lingua portuguesa CRISTINA HÜLLE
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ANGÉLICA PRADO
A coleção PANORAMAS propõe ampliar o olhar, transpor obstáculos e abrir espaço para diferentes visões e direções do conhecimento. Acesse o QR Code ao lado e participe dessa experiência descobrindo um lugar incrível relacionado a esta imagem.
LIVRO DO PROFESSOR
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lingua portuguesa LIVRO DO PROFESSOR
CRISTINA HÜLLE Bacharel e licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Licenciada em Pedagogia pela PUC-SP. Pós-graduada em Psicopedagogia pela PUC-SP. Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino. Autora de livros didáticos para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental.
ANGÉLICA PRADO Licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila. Pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino. Autora de livros didáticos para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental.
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Copyright © Cristina Tibiriçá Hülle, Angélica Alves Prado Demasi, 2019 Diretor de conteúdo e negócios Ricardo Tavares de Oliveira Diretora editorial adjunta Silvana Rossi Júlio Gerente editorial Roberto Henrique Lopes da Silva Editor Paulo Roberto Ribeiro Editores assistentes Marcel Fernandes Gugoni, Marilda Pessota, Pedro Augusto Baraldi, Silvia Cunha Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de arte Daniela Máximo Projeto gráfico e capa Sergio Cândido Foto de capa Adel Newman/Shutterstock.com Supervisor de arte Vinicius Fernandes dos Santos Editor de arte Daniel Cilli Diagramação Essencial Design Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Ilustrações Beatriz Mayumi, Biry Sarkis, Carlos Caminha, Dani Mota, Editoria de Arte, Fabio Eugenio, Lassmar, Leo Teixeira, Pedro Hamdan, Rafa Anton, Tel Coelho/Giz de Cera, Valter Ferrari Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Supervisora de preparação e revisão Viviam Moreira Revisão Adriana Périco, Camila Cipoloni, Carina de Luca, Célia Camargo, Felipe Bio, Fernanda Marcelino, Fernanda Rodrigues, Fernando Cardoso, Iracema Fantaguci, Paulo Andrade, Pedro Fandi, Rita Lopes, Sônia Cervantes, Veridiana Maenaka Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno Iconografia Marcia Trindade, Enio Lopes e Joanna Heliszkowski Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Hülle, Cristina Tibiriçá Panoramas língua portuguesa 6 / Cristina Tibiriçá Hülle, Angélica Alves Prado Demasi. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2019. ISBN 978-85-96-02422-8 (aluno) ISBN 978-85-96-02423-5 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Demasi, Angélica Alves Prado. II. Título. 19-27044 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6 Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Produção gráfica
Avenida Antônio Bardella, 300 - 07220-020 GUARULHOS (SP) Fone: (11) 3545-8600 e Fax: (11) 2412-5375
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APRESENTAÇÃO É com alegria que convidamos você a interagir com esta coleção e compartilhar esta experiência! O mundo atual é dinâmico, e o livro também deve ser! Nas unidades seguintes, você encontrará e fará descobertas, terá revelações e entrará em contato com um mundo cheio de informações, possibilitando diferentes relações com a linguagem. Você terá a oportunidade de investigar, refletir, argumentar, construir, vivenciar e se emocionar ao entrar em contato com esta coleção. Acreditamos que essas habilidades, atreladas ao respeito, à cooperação e à responsabilidade, proporcionarão a você novos sentidos e novas oportunidades. Prepare-se! O mundo vive o hoje e o agora! Então, mergulhe nesta experiência emocionante! Saudações e muita energia.
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As autoras #estamosjuntos
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UNIDADE
CONHEÇA SEU LIVRO
• Leitura Notícia
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ABERTURA DE UNIDADE
Observe a imagem e responda às questões.
DE OLHO NA NOTÍCIA
1. Você acha que esta cena pode render uma notícia? De que maneira? 2. Onde você imagina que uma notícia surgida desta cena pode ser veiculada?
Momento de preparação para os conteúdos da unidade, sempre a partir de imagens interessantes e questões de resposta oral e abordagem coletiva.
3. Que assuntos de notícias você acompanha?
• Língua e linguagens Advérbio; coerência textual • Foco na escrita Sílaba tônica; vírgula, dois-pontos, parênteses • Entretextos Anúncio • Momento de produção Notícia
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• Integrando com Arte Sustentabilidade
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CAPÍTULO
BEATRIZ MAYUMI
CAPÍTULO 1
A unidade está organizada em dois capítulos para auxiliar a sequência de conteúdos que serão abordados nas diferentes seções.
1. Você já vivenciou alguma lembrança que ficou gravada em sua memória? 2. Por que esse momento foi marcante para você? Converse com os colegas a respeito. 3. Observe o título do texto a seguir. Que relação você estabelece entre as palavras que o compõem?
LEITURA Leia o texto a seguir.
Bolachinhas e escova de dentes Uma lembrança saborosíssima da infância é a casa da minha bisavó. Ela parecia personagem de livro. Era baixinha, tinha o cabelo branco como a neve e usava sempre um vestidinho florido com cinto combinando. Quando eu chegava para visitá-la, era só dar boa-tarde que ela pegava minha mão e me levava até o armário mais incrível que já vi na vida. Era uma porta estreitinha no corredor que dava na cozinha e era lá que ela guardava sua coleção de latinhas de biscoito. Tinha latinha redonda, quadrada, estampada, florida, imitando casinha alemã e de todas as cores e formatos que alguém pudesse imaginar. Eram lindas! O mais incrível é que cada uma guardava um tipo de biscoito diferente. Amanteigado, de chocolate, com recheio, sem recheio, salgado, doce, tinha de tudo naquelas latinhas. Quando eu chegava em frente ao armário ela me deixava escolher QUALQUER uma. O problema é que eu só podia escolher UMA. Isso quer dizer que tinha uma única chance de acertar a latinha do sequilho de coco, que sempre foi o meu favorito, e isso me deixava nervosa. Nervosíssima!
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1. Em sua opinião, que descoberta o ser humano fez que foi importante para toda a humanidade? Compartilhe com os colegas. 2. Que descobertas científicas advêm do descobrimento do fogo?
LEITURA Leia o mito a seguir e veja como os indígenas explicam a existência do fogo.
ANDRADE E SILVA, Walde-Mar de. O menino e a onça. In: . Lendas e mitos dos índios brasileiros. São Paulo: FTD, 2015.
O menino e a onça
Fiando: tecendo (com fios). Fuso: instrumento usado para tecer. Biju: bolo de massa de mandioca.
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Walde-Mar de Andrade e Silva (19332015) nasceu em Timburi, no estado de São Paulo. Foi um historiador, artista plástico e ator brasileiro. Interessado pela cultura indígena, fez importantes pesquisas nessa área, residindo por um período no Parque Nacional do Xingu. Foi o fundador do Centro de Informação da Cultura Indígena e, na cidade de Embu das Artes (SP), onde morou, fundou o Museu do Índio.
Momento de leitura de textos dos mais variados gêneros, como notícias, poemas, contos, histórias em quadrinhos, crônicas, entre outros. Muitas vezes, os textos são acompanhados de glossário e minibiografia do autor, quando pertinentes.
WANIA SIRLENE ZANFORLIN SILVA
DANI MOTA
Como os Kaiapós conquistaram o fogo Há muito, muito tempo, os índios não conheciam o fogo, alimentando-se de polpa de madeira, frutos silvestres e carne, que preparavam sobre pedras aquecidas pelo Sol. Certo dia, dois meninos Kaiapós caminhavam pela floresta, quando um deles percebeu, sobre um rochedo, um ninho de araras-vermelhas. Pediu ajuda ao companheiro para encostar um tronco na rocha, conseguindo assim alcançar o ninho. Mas, ao subir, esbarrou numa pedra, que caiu e feriu o amigo. Com raiva, o menino atingido tirou dali o tronco deixando o outro sem meios para descer. Após algumas horas, apareceu no local uma onça macho. Ao ver a sombra do menino, a onça pôde localizá-lo sobre o rochedo, ao lado do ninho das araras-vermelhas, pássaros que sabiam carregar o fogo. Em troca de ajuda, a onça pediu que o menino lhe jogasse os filhotes. Concordando com a proposta, o índio pôde finalmente descer. Por haver permanecido muito tempo exposto ao calor, o menino ficou muito corado, fazendo a onça crer que se tratava do filho do Sol. Convidou-o para conhecer sua toca, onde a onça fêmea passava o dia assando carne ao fogo e fiando algodão. Apresentou-o a ela, pedindo que o tratasse muito bem, e saiu em seguida para caçar. A fêmea, entretanto, pôs-se a ameaçá-lo, rugindo e lhe mostrando os dentes.
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LEITURA
Ao tomar conhecimento disso, a onça macho resolveu ensinar o menino a usar o arco e a flecha para que pudesse se proteger. No dia seguinte, assim que o macho saiu, a fêmea tentou atacar o índio, que, com muita habilidade, matou a inimiga à primeira flechada. Ao voltar, a onça macho soube o que ocorrera, aprovando e elogiando o menino, que facilmente tudo havia aprendido. Pediu-lhe que voltasse à sua aldeia, levando o fuso e uma tocha, e cuidasse para que a tocha não se apagasse. Regressando aos seus, o indiozinho os ensinou a usar o fogo e depois a fiar algodão. Em comemoração, fizeram uma grande festa, na qual o biju, a mandioca, a carne e o peixe foram preparados ao fogo, que mantiveram aceso por muito tempo, alimentando-o com lenha seca. Certo dia, porém, a chuva apagou a chama, deixando todos muito tristes. Então, Begorotire, o homem-chuva, desceu do céu para ensinar-lhes a produzir fogo com dois pedaços de madeira: segurando, com os pés, as extremidades de um deles, que deveria ter um orifício no centro, fariam girar entre as mãos o outro, encaixando no primeiro, até o fogo surgir. Neste dia, voltou a alegria entre os índios Kaiapós.
CAPÍTULO 2
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POR DENTRO DO GÊNERO
1. Você já conhecia o autor dessas tirinhas? E o Armandinho?
1. Observe as partes que compõem a entrevista com Alexandre Beck.
Entrevista com Alexandre Beck
3. Qual foi a intenção do site ao publicar essa entrevista?
Título
Por Equipe ATIVAR
4. Por que Alexandre Beck foi entrevistado? 5. Como surgiu o Armandinho?
Ele criou o personagem Armandinho. Um garoto de cabelos azuis que saiu das páginas do jornal Diário Catarinense e invadiu a internet para encantar a todos com seu jeito ingênuo, puro e, ao mesmo tempo, contestador e crítico. Nosso entrevistado de hoje é o agrônomo, publicitário e ilustrador Alexandre Beck!
Introdução
6. Em que momento a personagem começou a fazer sucesso na internet? 7. Por que Alexandre Beck sente necessidade de equilibrar suas atividades?
Foto
8. Alexandre Beck tem intenção de levar Armandinho para o vídeo? Justifique. 9. Releia a resposta que Alexandre Beck deu à última pergunta. a) O que ele “espera” para o futuro? b) Na sua opinião, é uma meta fácil de alcançar? Explique. 10. Leia a tirinha a seguir e observe os recursos verbais e não verbais utilizados.
Atividades de estudo e compreensão das características do gênero do texto da seção Leitura.
Alexandre Beck, criador do personagem Armandinho. Foto: Reprodução
Legenda Alexandre é catarinense, tem 43 anos, e sempre teve paixão por desenhar. Em 2010, a bordo da redação de um jornal, ele gerou seu trabalho mais visível, um menino travesso chamado Armandinho. Não demorou muito e o personagem de quadrinhos que tem um sapo de estimação foi parar na internet, convidando leitores a refletir sobre a vida, sempre com uma pitada de humor e inocência. A página do Facebook, que começou apenas para divulgar seus trabalhos entre amigos, cresceu, levando Armandinho e seu pai para todo o Brasil. Hoje as tiras do Armandinho já são publicadas por oito jornais de grande circulação, conta com seis livros lançados e mais de 700 mil curtidores em sua fanpage. Confira a entrevista que fizemos com ele! Ativar Sentidos – Você fez alguns cursos de graduação até encontrar-se. O que diria para as pessoas que estão buscando sua verdadeira vocação profissional? Alexandre Beck – Tive ótimos momentos por todos os lugares onde passei. Isso eu trago comigo. Tudo o que aprendemos nos acrescenta, e é útil, por exemplo, para fazer as tirinhas do Armandinho. E talvez eu não trabalhe com isso por muito tempo.
Primeira pergunta e resposta
BECK, Alexandre. Armandinho. Tiras Beck, 24 jul. 2017. Disponível em: <http://tirasbeck.blogspot.com.br/>. Acesso em: 7 mar. 2019.
a) De acordo com Armandinho, por que é preciso construir pontes e não muros?
As coisas mudam, as pessoas mudam. Acredito que o caminho é mais importante que um destino. Se posso sugerir algo, seria ficar tranquilo e aproveitar bem a viagem.
b) Observe a fisionomia e os traços da personagem Armandinho. Que sentimentos ela demonstra? c) O que significa a expressão “de tijolinho em tijolinho”?
2. Leia o título da entrevista. Que informação é transmitida por ele?
d) Na região onde você mora, as pessoas utilizam outra expressão com sentido semelhante?
3. Qual foi a intenção do site ao publicar essa entrevista?
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LÍNGUA E LINGUAGENS
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5. Leia estas frases e observe as palavras destacadas.
LÍNGUA E LINGUAGENS
O doce ficou excelente.
Adjetivo
A voz dela é doce.
a) Qual é a função das palavras destacadas? b) A que classe de palavras pertence o vocábulo excelente?
1. Como ficaria este trecho do texto se as palavras destacadas fossem excluídas?
c) Reescreva a primeira frase, substituindo a palavra doce pela expressão os doces. d) O que ocorre com o adjetivo? Por quê?
Saiu uma cocada morena. De ponto brando, atravessada de pau de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada.
O adjetivo deve concordar com o substantivo em número (singular e plural) e em gênero (masculino e feminino).
6. Releia este trecho do texto “As cocadas”. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta — má e dolorida — de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.
a) Quais palavras poderiam substituir as características da terrina sem alterar o sentido do texto? Escreva sinônimos. b) Agora, escreva antônimos das palavras da atividade anterior. O texto teria o mesmo sentido?
BIRY SARKIS
Seção que aborda conhecimentos linguísticos, propõe atividades e apresenta conceitos claros e objetivos.
POR DENTRO DO GÊNERO
http://ativarsentidos.com.br/visao/entrevista-com-alexandre-beck
ARMANDINHO DE ALEXANDRE BECK
Atividades de compreensão e interpretação do texto da seção Leitura.
POR DENTRO DO TEXTO
2. Quem realizou a entrevista e onde foi publicada? Como é possível obter essas informações?
HTTP://ATIVARSENTIDOS.COM.BR/VISAO/ENTREVISTA-COM-ALEXANDRE-BECK, EDITORIA DE ARTE
POR DENTRO DO TEXTO
a) Identifique os substantivos a que se referem os adjetivos destacados e explique a concordância entre eles.
As palavras morena, brando, brando cheirosa, gordo, carnudo, leitoso, excelente, grande, funda, pesada são adjetivos. O adjetivo é a classe de palavras que tem a função de atribuir características ao substantivo, modificando-o, particularizando-o.
b) Escreva mais um adjetivo para cada um dos substantivos que você identificou. Lembre-se de que os adjetivos devem concordar com os substantivos.
2. Nas frases a seguir, identifique entre as palavras destacadas
7. Veja as imagens de lugares do Brasil e descreva-as com detalhes. Você utilizou adjetivos para retratar os lugares? Quais?
os substantivos e os adjetivos. a) “Apanhou um papel pardo sujo.” b) “[...] veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda.”
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c) “[...] tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.”
3. Os adjetivos são importantes nos relatos? Converse com um colega. 4. Identifique neste trecho o adjetivo. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente.
a) O adjetivo foi colocado antes ou depois do substantivo?
Vista do Elevador Lacerda (à esquerda), em Salvador, na Bahia.
b) Qual é o efeito do uso do adjetivo antes do substantivo?
Gruta do Lago Azul, em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
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FOCO NA ESCRITA
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6. Explique por que as palavras após, até, está, ninguém recebem acento. Se necessário, consulte uma gramática. 7. Escreva uma regra de acentuação para as palavras oxítonas.
1. Releia em voz alta as seguintes palavras do infográfico da página 86. muscular
cansaço
8. Leia esta frase e considere as palavras em destaque. Os sintomas podem durar só três dias.
vômitos
a) Quantas sílabas tem cada uma dessas duas palavras?
a) Identifique a sílaba tônica de cada uma delas.
b) Qual das alternativas a seguir corresponde ao número de sílabas de cada uma dessas duas palavras?
b) Explique a posição que a sílaba tônica assumiu em cada palavra. A sílaba tônica de uma palavra é pronunciada com mais intensidade. As demais sílabas são átonas, pronunciadas com menor intensidade. As palavras são classificadas quanto à posição da sílaba tônica. • Oxítona: a sílaba tônica é a última. Exemplos: transmissão, porém. • Paroxítona: a sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: sintomas, mosquito. • Proparoxítona: a sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: náuseas, último.
família
vírus
espécie
ecológico
município
náusea
lápis
secretário
notícia
biólogo
médico
II. Dissílabas.
III. Trissílabas.
IV. Polissílabas.
Os monossílabos são formados por uma sílaba e podem ser tônicos ou átonos. Os monossílabos átonos são pronunciados geralmente de forma fraca nas frases e “acabam se apoiando” na palavra vizinha, como que, ao, me etc. Os monossílabos tônicos são pronunciados com maior intensidade nas frases e, por isso, não se apoiam na palavra vizinha. São exemplos as palavras é, bom, meu etc.
possível
9. Leia a tirinha a seguir. © MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.
Paroxítonas
I. Monossílabas.
c) Explique por que as palavras só e três são acentuadas.
2. Leia as palavras abaixo e, em seguida, reproduza-as no quadro de acordo com as sílabas tônicas.
Proparoxítonas
SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica. Disponível em: <http://turmadamonica.uol.com.br/ tirinhasdomarcelinho/index.php?a=13>. Acesso em: 2 abr. 2019.
3. O que se pode observar com relação à acentuação de palavras proparoxítonas?
a) Identifique e circule os monossílabos presentes na tirinha.
4. Considerando as paroxítonas que você selecionou, que regras de acentuação podem ser indicadas pela terminação das palavras?
b) Classifique as demais palavras da tirinha em oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas.
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5. Em duplas, pesquisem em uma gramática as regras de acentuação de palavras paroxítonas.
FOCO NA ESCRITA
Sílaba tônica
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Seção que aborda conteúdos relacionados às regularidades ortográficas e a outros aspectos da língua escrita, propõe atividades e apresenta conceitos claros e objetivos.
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5. Leia esta notícia sobre a escultura Maman, da artista Louise Bourgeois.
Escultura e notícia 1. Veja as imagens a seguir e explique o que elas têm em comum.
Medindo dez metros de altura e pesando dez toneladas, a escultura ‘Maman’, de Louise Bourgeois, chega ao Aterro
BOURGEOIS, Louise. Maman. 1999. Bronze, nitrato de prata e pátina, e granito, 274 cm × 457 cm × 378 cm.
[...] Em 1999, a artista plástica franco-americana Louise Bourgeois empunhou canos de aço, parafusos de vários calibres e um capacete de soldagem para expurgar de uma vez por todas a imagem da própria mãe. Fez esboços, avaliou possibilidades e decidiu dar à luz a figura que lhe parecia mais familiar, mais maternal. Assim nasceu “Maman” (“mamãe”, em francês), a aranha de dez metros de altura esculpida em metal [...]. “A aranha é uma homenagem a minha mãe, que foi minha melhor amiga”, escreveu a escultora — morta em maio de 2010, aos 98 anos de idade — depois de ser interpelada sobre sua obra mais expressiva. “Mamãe, assim como as aranhas, era tecelã, comandava com muita esperteza o ateliê de restauração de tapeçarias de nossa família e era superprotetora dos filhos.” Na opinião de Louise, uma das maiores artistas de seu tempo, nada mais adequado do que transformar a figura maternal num animal peçonhento, gigantesco, com 26 ovos de mármore no ventre. E o bicho fez um sucesso danado. [...]
Obra Aranha, de Emanoel Araújo, exposta ao público do lado de fora do MAM, em São Paulo, foto de 2016.
Obra Maman, de Louise Bourgeois, exposta no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, foto de 2011.
TARDÁGUILA, Cristina. Medindo dez metros de altura e pesando dez toneladas, a escultura ‘Maman’, de Louise Bourgeois, chega ao Aterro. O Globo, 3 nov. 2011. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/cultura/medindodez-metros-de-altura-pesando-dez-toneladas-escultura-maman-de-louisebourgeois-chega-ao-aterro-2703154#ixzz5N1nEEPQZ>. Acesso em: 14 mar. 2019.
MAM. SÃO PAULO. FOTO: PAULO ALTAFIN
ARAÚJO, Emanoel. Aranha. 1981. Aço-carbono pintado, 530 cm × 550 cm.
Louise Bourgeois (1911-2010) foi uma artista plástica francesa, bastante conhecida pelas esculturas que produziu. Por causa de sua relevância no mundo das ar tes, em 1982 ocorre no Moma (Museu de Arte Moderna), em Nova York, uma retrospectiva em sua homenagem, a primeira dedicada a uma artista mulher.
a) Por que a figura da aranha é considerada maternal para a artista plástica? b) Em sua opinião, um animal peçonhento pode ser uma figura maternal? c) Releia o trecho a seguir e explique a que se refere a palavra bicho. [...] E o bicho fez um sucesso danado.
2. Quais sentimentos essas esculturas causam em você? a) Qual delas você considera mais realista? Por quê? b) Qual delas você considera mais abstrata?
d) O que o autor da notícia quis dizer com esse trecho?
6. Qual é a relação entre essa notícia que você acabou de ler, o texto “As solitárias aranhas da areia” e as esculturas Maman e Aranha?
3. Na sua opinião, qual é a intenção dos artistas ao criar essas esculturas?
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REVISÃO E REESCRITA DO TEXTO
1. Utilize expressões para marcar a passagem do tempo e ordenar os acontecimentos.
Observe as imagens e escolha uma delas para criar um mito. Sua narrativa deve explicar a existência de um destes fenômenos ou dos sentimentos que surgiram a partir da sua observação.
1. Releia seu texto. Observe se os marcadores temporais colaboram para a organização da sequência dos acontecimentos.
2. Elabore os diálogos na forma de discurso direto e caracterize as falas das personagens com uma linguagem do cotidiano. Use os sinais de pontuação adequados para isso.
PLANEJAMENTO DO TEXTO ESCRITO 1. Observe atentamente cada uma das imagens. Elas retratam elementos da natureza que podem inspirar a criação de mitos sobre alguns dos temas a seguir, entre outras ideias possíveis:
2. Releia as frases para ver se as ideias que quer transmitir estão claras. 3. Observe se as falas das personagens estão demarcadas pelos sinais de pontuação adequados.
3. Utilize palavras ou expressões em sentido figurado. 4. Dê um título para a história.
• A origem de uma árvore importante em uma aldeia. • A origem dos relâmpagos e trovões.
DEPOIS DA PRODUÇÃO ESCRITA DO MITO
• A origem de uma grande montanha na paisagem. • A formação de gelo e neve e como o ser humano aprendeu a se aquecer em regiões geladas.
1. Após a correção do professor, releia e verifique o que é necessário corrigir ou incluir em seu texto para melhorá-lo.
2. Lembre-se: as narrativas míticas tratam dos mais variados assuntos, como a origem do universo, da humanidade, das leis, da natureza etc. O que vai acontecer para ocorrer o fenômeno?
2. Faça as correções e digite o texto utilizando os recursos disponíveis na escola. 3. Você pode ilustrar o seu texto com outras imagens além daquela que o inspirou. Ilustre personagens, ações, desfechos da narrativa. A imagem escolhida será exposta com seu texto.
3. Os mitos são uma forma de transmitir ensinamentos, valores e comportamentos. Quais são os temas de que os mitos vão tratar? Há lições aprendidas pela tribo em relação àquele mito?
RAFAEL MARTOS MARTINS/SHUTTERSTOCK.COM
Proposta de produção de texto escrito e/ou oral dos mais variados gêneros, com orientações a respeito de cada uma das etapas que envolvem sua elaboração.
DURANTE A PRODUÇÃO DO TEXTO ESCRITO
MOMENTO DE PRODUÇÃO
Mito
4. Quando os textos estiverem prontos e impressos, vocês devem organizar a exposição para que os colegas possam ler as produções uns dos outros.
4. Quem serão as personagens da narrativa? Essas personagens terão nomes? Qual será a relação delas com o fenômeno explicado? Essas personagens serão humanas ou animais com comportamento humano?
5. Organizem, com o professor, a data para a exposição dos trabalhos e o convite aos pais e colegas. Vocês devem estar preparados para contar como foi o processo de escrita – o que leram, estudaram e como surgiu a ideia para escrever.
5. Quais serão os sentimentos humanos que surgirão a partir desse fenômeno?
CAMMIE CZUCHNICKI/SHUTTERSTOCK.COM
MOMENTO DE PRODUÇÃO
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6. Organize a estrutura da narrativa: a situação inicial, o conflito, o clímax, o desfecho e a finalização.
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INTEGRANDO COM
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INTEGRANDO COM
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CIÊNCIAS E HISTÓRIA
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a) Qual é o assunto desse texto?
b) Como se deu essa descoberta? Exemplifique com um trecho.
Advento do fogo 1. Leia o texto a seguir para responder às questões.
A descoberta que mudou a humanidade c) Esse trecho apresenta um fato real ou um exemplo fictício? Explique.
d) Qual palavra do texto indica essa possibilidade? DAVID WHEAT/SHUTTERSTOCK.COM
2. Observe as imagens e indique que benefício para a humanidade a descoberta do fogo pelos hominídeos proporcionou ao desenvolvimento do seu modo de vida. a)
OLIVEIRA, Adilson. A descoberta que mudou a humanidade. Ciência Hoje, 16 jul. 2010. Disponível em: <http://cienciahoje.org.br/coluna/a-descoberta-que-mudou-a-humanidade/>. Acesso em: 2 maio 2019.
ESTEBAN DE ARMAS/SHUTTERSTOCK.COM
b)
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c)
DANIEL ESKRIDGE/SHUTTERSTOCK.COM
Há centenas de milhares de anos, nas noites frias de inverno, a escuridão era um grande inimigo. Sem a lua cheia, a negritude da noite, além de assustadora, era perigosa. Havia muitos predadores com sentidos aguçados, e que poderiam atacar facilmente enquanto dormíamos. O frio intenso era outro inimigo. Não eram fáceis os primeiros passos da humanidade, dados por antepassados muito diferentes de nós. Até que, um dia, talvez ao observar uma árvore atingida por um raio, os hominídeos primitivos descobriram algo que modificaria completamente o rumo da nossa evolução: o fogo. Ao dominar essa entidade, foi possível se aquecer, proteger-se dos predadores e ainda cozinhar os alimentos. Como nenhuma outra criatura do nosso planeta, conseguimos usar a nosso favor um fenômeno natural para ajudar a vencer as dificuldades diárias. Com o fogo, a noite já não era mais tão perigosa, e diminuía a necessidade de se esconder ou lutar. Acredita-se que a descoberta de seu uso tenha agido diretamente sobre a nossa forma de pensar, pois permitiu mais tempo para pensarmos. [...] A importância da utilização do fogo como instrumento de transformação da nossa sociedade se acelerou com o progresso da cultura humana. Além de fornecer conforto térmico e melhorar a preparação de alimentos, ele desde cedo foi usado em rituais dos mais diferentes povos, na fabricação de armas (até os dias atuais), na produção de novos materiais (ajudando a fundir metais, por exemplo) e como fonte de calor para máquinas térmicas. [...]
PAPER DREAM/SHUTTERSTOCK.COM
Integração da Língua Portuguesa com outras disciplinas, promovendo o diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento de maneira interdisciplinar. A seção também possui abordagem que privilegia a formação integral e cidadã para o mundo contemporâneo, mobilizando habilidades relacionadas a alguns destes pilares: caráter, cidadania, colaboração, comunicação, criatividade e criticidade.
MICHAEL DOROGOVICH/SHUTTERSTOCK.COM
Seção que aborda diferentes gêneros textuais (verbais, não verbais e multimodais), estabelecendo relações intertextuais e interdiscursivas entre eles ou entre eles e textos de outras seções da unidade.
4. Você acha que essas fotografias poderiam complementar um texto de divulgação científica como “As solitárias aranhas da areia”? Por quê?
ENTRETEXTOS
© THE EASTON FOUNDATION/ AUTVIS, BRASIL, 2018. FOTO: GUSTAVO PELLIZZON/AGÊNCIA O GLOBO
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uma experiência pessoal significativa. • Há apresentação do tempo (quando aconteceu) e do espaço (onde aconteceu). • Apresenta descrições de pessoas, lugares, objetos etc. • Os verbos usados são conjugados no tempo passado.
Substantivo • Nomeia seres, lugares e objetos, além de qualidades, estados e processos. • É classificado em comum, próprio, concreto, abstrato e coletivo. • Flexiona-se em gênero (masculino e
BEATRIZ MAYUMI
feminino) e número (singular e plural).
EDITORA PEIRÓPOLIS
crianças da Barra do Ribeira. São Paulo: Peirópolis, 2017. Esse livro reúne relatos de crianças e de adultos da comunidade de Barra do Ribeira, no litoral de São Paulo, que falam sobre seu estilo de vida e sobre a cultura tradicional dos caiçaras.
Patacoadas, de Patricia Auerbach. São Paulo: Escarlate, 2016.
Formação de palavras
Nesse livro, a autora relata algumas de suas travessuras e “patacoadas”, com um tom de humor, de sua infância e adolescência. São experiências que envolvem esquecimentos, vergonhas, arrependimentos etc., e podem ser identificadas por qualquer um que já cometeu uma patacoada.
• Palavras primitivas dão origem a outras palavras que são chamadas de palavras derivadas. • A derivação é o processo que permite criar palavras originadas de uma palavra primitiva. • O acréscimo de afixos ao radical da palavra pode ocorrer antes (prefixo) ou depois (sufixo) dele.
Filmes Território do Brincar, de David Reeks e Renata Meirelles. Brasil, 2015. O Território do Brincar é um filme e um site com pequenos vídeos, que mostram crianças com seus brinquedos e brincadeiras em diversas partes do Brasil: comunidades rurais, indígenas, quilombolas, grandes metrópoles, sertão e litoral.
Usos de s e z • Usa-se s nas palavras terminadas em -esa, -isa, -ose e -oso(a), nas derivadas de outras grafadas com s e depois de ditongos. • Usa-se z nas palavras derivadas de outras grafadas com z; nos substantivos terminados em -ez/-eza formados de adjetivos, no sufixo -zinho(a), em verbos com final -uzir e na terminação -triz.
O menino no espelho, de Guilherme Fiuza Zenha. Brasil, 2013. No filme O menino no espelho, Fernando, um garoto de 10 anos, percebe que, se conseguir deixar para alguém as coisas que ele não gosta de fazer, terá tempo de sobra para se divertir e aproveitar a vida. Inesperadamente essa oportunidade aparece e Fernando viverá muitas aventuras e grandes surpresas.
Site Museu da Pessoa. O Museu da Pessoa é um acervo virtual de relatos da experiência de vida de muitas pessoas. Elas contam histórias da infância, relembram a família, contam sobre coisas de que gostam etc. Disponível em: <http://livro.pro/i5ikyx>. Acesso em: 27 mar. 2019.
Considere tudo o que foi visto nesta unidade e avalie seu aprendizado: • O que você compreendeu bem? • O que você precisa rever para compreender melhor?
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AVALIAÇÕES
PRIMEIRA AVALIAÇÃO – Unidades 1 e 2 NOME: TURMA:
AVALIAÇÕES
Propostas de avaliação para acompanhamento da aprendizagem, por meio de atividades dissertativas ou de múltipla escolha.
Sugestões de livros, filmes, sites etc. com o intuito de contribuir para a expansão do conhecimento de maneira prazerosa.
Manual da criança caiçara, de Marie Ange Bordas e as
EDITORA ESCARLATE
Momento de relembrar os principais conteúdos estudados no decorrer da unidade e avaliar o avanço do aprendizado.
própria vida. • O objetivo é relembrar e compartilhar
Livros
• Atribui características ao substantivo, modificando-o, particularizando-o. • Concorda com o substantivo em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
FILME DE DAVID REEKS E RENATA MEIRELLES. TERRITÓRIO DO BRINCAR. 2015. BRASIL. PRODUÇÃO MARIA FARINHA FILME E LUDUS VIDEOS E CULTURA
• Narração de fatos importantes da
AMPLIE
AMPLIE Adjetivo
FILME DE GUILHERME FIUZA ZENHA. O MENINO NO ESPELHO. 2013. BRASIL.
Gênero textual: relato de experiência vivida
HTTP://WWW.MUSEUDAPESSOA. NET/PT/HOME
VAMOS RELEMBRAR
DATA:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 4.
Caminhada no Rio pede agilidade na adoção de crianças e adolescentes Os participantes chamam atenção para adoção de crianças mais velhas Para dar visibilidade às crianças e adolescentes que vivem em abrigos à espera de adoção, foi realizada na manhã de hoje (20), na Orla de Copacabana, a 9a Caminhada da Adoção, que marca também o Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio. Os participantes pediram agilidade nos trâmites judiciais para adoção, principalmente de crianças que estão fora do perfil mais procurado pelos adotantes. […] “Existe um desencontro entre a criança real, que está com a situação jurídica definida para ser adotada, e o que as pessoas idealizam como filhos adotivos, a preferência nacional são crianças brancas, sem doenças nem irmãos, de 0 a 3 anos. Essas crianças existem, mas em menor número. As nossas crianças, às vezes, são negras, de grupos de irmãos”. […]
As atividades propostas a seguir foram organizadas para que você possa praticar, ampliar e avaliar seu aprendizado no decorrer das unidades. Elas se apresentam na forma de questões discursivas e de testes de múltipla escolha e têm como objetivo mobilizar competências e habilidades fundamentais para sua formação.
NITAHARA, Akemi. Caminhada no Rio pede agilidade na adoção de crianças e adolescentes. Agência Brasil, 20 maio 2018. Direitos Humanos. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/ noticia/2018-05/caminhada-no-rio-pede-agilidade-na-adocao-de-criancas-e>. Acesso em: 21 fev. 2019.
1. Qual a) b) c) d)
é o fato central do texto? A 9a Caminhada da Adoção na Orla de Copacabana. A dificuldade em conseguir adotantes para crianças mais velhas. A reivindicação de um processo de adoção mais rápido e que inclua crianças mais velhas. As características das crianças que estão fora do perfil de adoção.
2. Releia o título do texto. Há duas palavras formadas pelo processo de derivação: caminhada e agilidade. Podemos dizer que elas foram formadas pelo acréscimo de: a) afixos. b) sufixos. c) prefixos. d) radicais. PRIMEIRA AVALIAÇÃO – Língua Portuguesa
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BOXES E ÍCONES
GLOSSÁRIO
Apresenta o significado de algumas palavras que aparecem nos textos lidos, de forma contextualizada.
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BIOGRAFIA
Apresenta informações sobre a trajetória de vida dos autores de textos ou obras utilizados na coleção.
#FICA A DICA! Apresenta dicas e sugestões de ampliação de conteúdos ou temas, como forma de estímulo ao aluno para expandir seu conhecimento.
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SUMÁRIO UNIDADE 1 LEMBRANÇAS E REGISTROS • 12 Capítulo 1....................................................................................................................14 Leitura • Bolachinhas e escova de dentes, Patricia Auerbach (Relato de experiência vivida) ..................... 14 Por dentro do texto........................................................................................................................ 18 Por dentro do gênero..................................................................................................................... 20 Língua e linguagens • Substantivo........................................................................................................ 22 Foco na escrita • Formação de palavras.............................................................................................. 26 Entretextos • Poema e pintura........................................................................................................... 29
Capítulo 2....................................................................................................................32 Leitura • As cocadas, Cora Coralina (Relato de experiência vivida)...................................................... 32 Por dentro do texto........................................................................................................................ 34 Foco na escrita • Usos de s e z............................................................................................................... 35 Língua e linguagens • Adjetivo.............................................................................................................. 36 Momento de produção • Relato de experiência vivida........................................................................... 38 Integrando com Geografia • Valorização do idoso............................................................................... 40 Vamos relembrar..................................................................................................................................... 44 Amplie....................................................................................................................................................... 45
UNIDADE 2 VOCÊ SABE ENTREVISTAR? • 46 Capítulo 1....................................................................................................................48 Leitura • Entrevista com Alexandre Beck, Ativar Sentidos (Entrevista)................................................. 48 Por dentro do texto........................................................................................................................ 51 Por dentro do gênero..................................................................................................................... 52 Língua e linguagens • Substantivo e adjetivo........................................................................................ 54 Coesão textual............................................................................................... 56 Foco na escrita • Fonema e letra........................................................................................................ 60 Entretextos • Crônica......................................................................................................................... 62
Capítulo 2....................................................................................................................66 Leitura • Luna Buschinelli, Curadoria (Entrevista).................................................................................. 66 Por dentro do texto........................................................................................................................ 68 Língua e linguagens • Discurso direto e discurso indireto...................................................................... 70 Foco na escrita • Sinais de pontuação.................................................................................................... 72 Momento de produção • Entrevista oral e escrita.................................................................................. 74 Integrando com Geografia • Bens públicos e privados.......................................................................... 76 Vamos relembrar..................................................................................................................................... 80 Amplie....................................................................................................................................................... 81
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UNIDADE 3 DE OLHO NA NOTÍCIA • 82 Capítulo 1...................................................................................................................84 Leitura • Febre amarela mata todas as famílias de macacos bugios do Parque Horto Florestal, Ana Paula Niederauer, O Estado de S. Paulo (Notícia) ............................................... 84 Por dentro do texto ....................................................................................................................... 87 Por dentro do gênero.................................................................................................................... 88 Língua e linguagens • Advérbio............................................................................................................ 91 Foco na escrita • Sílaba tônica ............................................................................................................... 94 Entretextos • Anúncio ....................................................................................................................... 96
Capítulo 2...................................................................................................................98 Leitura • Moradores são alertados quanto ao acúmulo de entulho e descarte irregular de esgoto que contribui para proliferação do Aedes aegypti, Prefeitura de Palmas, Secretaria Municipal da Saúde (Notícia) ......................................................................................98 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 100 Língua e linguagens • Coerência textual ............................................................................................ 102 Foco na escrita • Vírgula, dois-pontos, parênteses ............................................................................... 105 Momento de produção • Notícia ........................................................................................................ 108 Integrando com Arte • Sustentabilidade ............................................................................................. 110 Vamos relembrar .................................................................................................................................. 114 Amplie.................................................................................................................................................... 115
UNIDADE 4 CULTURA POPULAR • 116 Capítulo 1.................................................................................................................118 Leitura • O homem que venceu o medo, Rosane Pamplona (Conto popular) ............................... 118 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 121 Por dentro do gênero.................................................................................................................. 123 Língua e linguagens • Verbo .......................................................................................................... 124 Foco na escrita • Usos de g e j ........................................................................................................ 126 Entretextos • Texto dramático ......................................................................................................... 127
Capítulo 2.................................................................................................................130 Leitura • Um presente para o rei, Walther Moreira Santos (Conto popular) .................................. 130 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 132 Língua e linguagens • Tempo verbal e modo verbal ....................................................................... 134 Foco na escrita • Usos de x e ch...................................................................................................... 137 Encontro consonantal e dígrafo .......................................................................... 138 Momento de produção • Conto popular ........................................................................................ 140 Integrando com História • Patrimônio cultural ............................................................................... 142 Vamos relembrar .................................................................................................................................. 146 Amplie.................................................................................................................................................... 147
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UNIDADE 5 EM CENA! • 148 Capítulo 1..................................................................................................................150 Leitura • A megera domada, William Shakespeare (Tradução e adaptação: Flavio de Souza) (Texto dramático)................................................................................................................................ 150 Por dentro do texto...................................................................................................................... 156 Por dentro do gênero................................................................................................................... 158 Língua e linguagens • Linguagem formal e linguagem informal...................................................... 160 Foco na escrita • Palavras oxítonas e palavras proparoxítonas........................................................... 164 Entretextos • Poema........................................................................................................................ 166
Capítulo 2..................................................................................................................168 Leitura • Os três mosqueteiros, Alexandre Dumas (Adaptação: Ana Maria Machado) (Texto dramático)................................................................................................................................ 168 Por dentro do texto...................................................................................................................... 172 Foco na escrita • Formação de palavras: composição......................................................................... 173 Língua e linguagens • Concordância nominal.................................................................................. 176 Momento de produção • Adaptação para texto dramático.............................................................. 178 Integrando com História e Arte • Artes cênicas.............................................................................. 182 Vamos relembrar................................................................................................................................... 186 Amplie..................................................................................................................................................... 187
UNIDADE 6 ANÚNCIO EM TODO LUGAR • 188 Capítulo 1................................................................................................................. 190 Leitura • Seja a raiz da nossa fundação, SOS Mata Atlântica (Anúncio publicitário)...................... 190 Por dentro do texto...................................................................................................................... 191 Por dentro do gênero................................................................................................................... 193 Língua e linguagens • Verbo: modo imperativo e modo subjuntivo................................................. 196 Foco na escrita • Palavras monossílabas átonas e tônicas................................................................. 200 Entretextos • Infográfico.................................................................................................................. 202
Capítulo 2................................................................................................................. 204 Leitura • Trabalho infantil: você não vê, mas existe, Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho (Anúncio publicitário)........................................................................... 204 Por dentro do texto...................................................................................................................... 205 Foco na escrita • Sinônimos............................................................................................................. 207 Língua e linguagens • Artigo........................................................................................................... 208 Numeral....................................................................................................... 210 Momento de produção • Anúncio publicitário................................................................................. 212 Integrando com Geografia • Estatuto da Criança e do Adolescente................................................ 214 Vamos relembrar................................................................................................................................... 218 Amplie..................................................................................................................................................... 219
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UNIDADE 7 CIÊNCIA EM AÇÃO! • 220 Capítulo 1................................................................................................................ 222 Leitura • As solitárias aranhas da areia, Carlos Fioravanti, Pesquisa Fapesp (Texto de divulgação científica) ........................................................................................................... 222 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 224 Por dentro do gênero.................................................................................................................. 226 Língua e linguagens • Frase e oração ............................................................................................. 229 Foco na escrita • Palavras paroxítonas ............................................................................................. 232 Entretextos • Escultura e notícia...................................................................................................... 234
Capítulo 2.................................................................................................................236 Leitura • Serpentes atlânticas, Henrique Caldeira Costa, Antônio Jorge S. Argôlo, Mario Ribeiro Moura, Ciência Hoje (Texto de divulgação científica)..................................................... 236 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 239 Foco na escrita • Antônimos ........................................................................................................... 241 Língua e linguagens • Sequência descritiva .................................................................................... 242 Sequência expositiva ................................................................................... 244 Sequência narrativa ..................................................................................... 245 Momento de produção • Texto de divulgação científica ................................................................. 246 Integrando com Matemática e Ciências • Biodiversidade ............................................................... 248 Vamos relembrar .................................................................................................................................. 252 Amplie.................................................................................................................................................... 253
UNIDADE 8 MITOS INDÍGENAS • 254 Capítulo 1.................................................................................................................256 Leitura • História do dia, Daniel Munduruku (Mito) ...................................................................... 256 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 258 Por dentro do gênero.................................................................................................................. 260 Língua e linguagens • Período simples e período composto ........................................................... 262 Foco na escrita • Separação silábica ................................................................................................ 264 Entretextos • Resenha ..................................................................................................................... 266
Capítulo 2.................................................................................................................268 Leitura • O menino e a onça, Walde-Mar de Andrade e Silva (Mito) .............................................. 268 Por dentro do texto ..................................................................................................................... 270 Foco na escrita • Diferença entre há e a ......................................................................................... 271 Língua e linguagens • Sujeito e predicado ...................................................................................... 272 Sujeito e concordância verbal ...................................................................... 274 Momento de produção • Mito ....................................................................................................... 276 Integrando com Ciências e História • Advento do fogo................................................................. 278 Vamos relembrar .................................................................................................................................. 282 Amplie.................................................................................................................................................... 283
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 284 Avaliações ................................................................................................................................ 285
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UNIDADE
1
LEMBRANÇAS E REGISTROS
COLEÇÃO PARTICULAR
• Leitura Relato de experiência vivida • Língua e linguagens Substantivo; adjetivo • Foco na escrita Formação de palavras; usos de s e z • Entretextos Poema e pintura • Momento de produção Relato de experiência vivida • Integrando com Geografia Valorização do idoso
ANDRADE, Aracy Boucault de. Jogando bolinha de gude. 2017. Acrílica sobre tela. 50 cm 3 48 cm. Coleção particular.
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Consulte o Guia para mais orientações sobre a Unidade 1.
Observe a imagem e responda às questões. 1. O que essa pintura mostra? A pintura mostra diferentes brinquedos e brincadeiras de crianças. 2. Quais dessas brincadeiras você conhece? De que brincadeiras de infância você se lembra? Respostas pessoais. 3. De que forma você registraria as brincadeiras de hoje em dia? Resposta pessoal.
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CAPÍTULO 1
1. Você já vivenciou alguma lembrança que ficou gravada em sua memória? Resposta pessoal. 2. Por que esse momento foi marcante para você? Converse com os colegas a respeito.
Resposta pessoal.
3. Observe o título do texto a seguir. Que relação você estabelece entre as palavras que o compõem? Uma das possibilidades é associar a ingestão de alimentos à escovação dos dentes.
LEITURA Leia o texto a seguir.
Bolachinhas e escova de dentes Uma lembrança saborosíssima da infância é a casa da minha bisavó. Ela parecia personagem de livro. Era baixinha, tinha o cabelo branco como a neve e usava sempre um vestidinho florido com cinto combinando. Quando eu chegava para visitá-la, era só dar boa-tarde que ela pegava minha mão e me levava até o armário mais incrível que já vi na vida. Era uma porta estreitinha no corredor que dava na cozinha e era lá que ela guardava sua coleção de latinhas de biscoito. Tinha latinha redonda, quadrada, estampada, florida, imitando casinha alemã e de todas as cores e formatos que alguém pudesse imaginar. Eram lindas! O mais incrível é que cada uma guardava um tipo de biscoito diferente. Amanteigado, de chocolate, com recheio, sem recheio, salgado, doce, tinha de tudo naquelas latinhas. Quando eu chegava em frente ao armário ela me deixava escolher QUALQUER uma. O problema é que eu só podia escolher UMA. Isso quer dizer que tinha uma única chance de acertar a latinha do sequilho de coco, que sempre foi o meu favorito, e isso me deixava nervosa. Nervosíssima!
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BEATRIZ MAYUMI
Lembro até hoje do meu coração disparado em frente àquele armário cheio de cores e possibilidades, e dos intermináveis segundos que separavam o momento que eu escolhia a latinha e a hora que descobria o que havia dentro dela. Não era fácil. Às vezes eu errava feio e pegava uma lata de biscoito salgado com temperos estranhos. Ah, que tristeza que me dava! Mas a minha história com biscoitos e bolachinhas não para por aí. Eu devia ter uns 9 ou 10 anos e, nessa época, frutas e verduras estavam liberadas em casa, mas guloseimas e bolachinhas a gente só podia comer no fim de semana. A questão é: como explicar para a barriga e para o cérebro da gente que eles só podem ter vontade de doce no sábado ou no domingo? Impossível! Além disso, tudo o que é proibido tem um sabor especial de transgressão, e com as bolachinhas não era diferente. Por isso pensei num plano infalível para conseguir comer biscoitinhos de coco em plena terça-feira sem que ninguém em casa percebesse. Esperei minha mãe sair, peguei minhas economias na gaveta do criado-mudo e guardei no bolso. Depois passei no banheiro e preparei a bolsinha com escova de dentes e uma pasta bem cheirosa. Então desci para brincar no condomínio, como eu sempre fazia.
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Só que naquele dia não fui para o parquinho ao lado do prédio. Em vez disso, segui direto para um supermercado que ficava ali perto. Atravessei a rua com todo o cuidado e entrei na loja torcendo para não encontrar nenhuma vizinha amiga da minha mãe, porque isso estragaria meu plano. Aquele parecia ser meu dia de sorte. Na seção de biscoitos encontrei minha marca favorita bem na altura dos olhos. Peguei o pacote azul, fui até o caixa e comemorei silenciosamente quando constatei que o dinheiro economizado seria suficiente para pagar pelo pacote. Então guardei minha compra no saquinho e fui andando de volta para casa. Já dentro do condomínio, encontrei um lugar tranquilo e sentei-me para saborear as deliciosas bolachinhas crocantes. Eu estava feliz com a minha coragem e esperteza, orgulhosa de mim mesma. Terminei o lanchinho e fui até o salão de festas do prédio, afinal precisava escovar os dentes antes de chegar em casa para ninguém desconfiar do que tinha acontecido. Mas a porta do banheiro estava trancada! Se eu contasse toda a história para o porteiro, talvez ele me emprestasse a chave, mas talvez também comentasse com a minha mãe. Então fui até ele e usei todo o talento de interpretação para fingir que estava apertadíssima para ir ao banheiro. Deu certo, só de ver minhas pernas cruzadas ele já estendeu a mão com a chave do banheiro do salão. Aliviada, escovei os dentes como se estivesse indo para uma consulta no dentista, devolvi a chave e voltei para casa toda faceira. Chegando lá minha mãe abriu a porta com um grande sorriso e eu, toda feliz, sorri de volta. Mas assim que começamos a conversar ela disse: — Filha, você não estava no parquinho? Por que está com esse cheiro de pasta de dente? AUERBACH, Patricia. Patacoadas. São Paulo: Escarlate, 2016. p. 29-34.
Patricia Auerbach (1978-) nasceu em São Paulo, formou-se em Arquitetura e trabalhou em agências de publicidade antes de se tornar escritora e professora. Ela escreve e ilustra os próprios livros.
FERNANDA ZGOURIDI
Transgressão: não cumprimento ou violação de uma ordem. Condomínio: em um prédio de apartamentos, conjunto de apartamentos e área comum desse prédio. Faceira: vaidosa.
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POR DENTRO DO TEXTO 1. O relato de experiências vividas na infância envolvendo o gosto pessoal da menina por bolachas.
BEATRIZ MAYUMI
2. Quem relata é quem está se lembrando do acontecimento. No caso, o relato é uma lembrança da autora sobre sua infância, por isso está escrito em 1a pessoa.
5. a) Enfatizar que podia escolher a lata que quisesse, mas que era uma escolha difícil, pois entre todas as opções tinha que decidir por uma apenas. 5. b) A escolha era tão difícil que ela ficava muito nervosa, isto é, mais nervosa do que o normal. É um sufixo que dá ideia de intensidade ao sentimento da menina. 6. a) Significa que ela estava nervosa, ansiosa, excitada etc., por causa da escolha da lata de biscoito de que mais gostava. 6. b) A bisavó tinha muitas latas coloridas de biscoitos, de vários formatos e sabores, e não era possível saber qual seu conteúdo. Ela tinha várias possibilidades para escolher o de que mais gostava sem saber em qual lata estava. 6. c) Para a menina, parecia que o tempo demorava mais a passar entre o momento da escolha e o momento em que podia ver o que tirou da lata.
1. Qual é o assunto do texto? Converse com os colegas. 2. Quem relata os acontecimentos? Como é possível perceber isso? 3. Quais palavras do texto permitem chegar a essa conclusão? Os pronomes eu, minha; e as formas verbais lembro, pensei, esperei etc.
4. Como é possível identificar quem é o autor?
O aluno deve ler a fonte da qual o texto foi extraído, informação que consta ao final dele.
5. Releia este trecho e responda.
O mais incrível é que cada uma guardava um tipo de biscoito diferente. Amanteigado, de chocolate, com recheio, sem recheio, salgado, doce, tinha de tudo naquelas latinhas. Quando eu chegava em frente ao armário ela me deixava escolher QUALQUER uma. O problema é que eu só podia escolher UMA. Isso quer dizer que tinha uma única chance de acertar a latinha do sequilho de coco, que sempre foi o meu favorito, e isso me deixava nervosa. Nervosíssima! [...]
a) Observe as palavras escritas totalmente com letra maiúscula. Explique qual é a intenção presente no texto com a utilização desse recurso. b) Explique o sentido da palavra nervosíssima no texto. Qual o efeito do final -íssima nessa palavra?
6. Releia este trecho. [...] Lembro até hoje do meu coração disparado em frente àquele armário cheio de cores e possibilidades, e dos intermináveis segundos que separavam o momento que eu escolhia a latinha e a hora que descobria o que havia dentro dela. Não era fácil. Às vezes eu errava feio e pegava uma lata de biscoito salgado com temperos estranhos. Ah, que tristeza que me dava! [...]
a) Qual o significado da expressão coração disparado? b) Explique por que o armário da bisavó era “cheio de cores e possibilidades”. c) No texto, o que quer dizer intermináveis segundos?
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7. Qual é o acontecimento central desse relato? a) A coleção de latinhas de biscoito da bisavó. b) A afetividade entre a menina e a bisavó. c) A única chance de acertar a latinha de sequilho de coco. d) O plano infalível da menina para conseguir comer biscoitinhos de coco. e) A sensação de contentamento ao conseguir escovar os dentes. 8. A palavra infalível no texto pode ter o mesmo significado de: d) incorruptível. a) indiferente. e) imperfeito. b) indestrutível. c) incorreto.
7. Alternativa D. 8. Alternativa B. 9. Ela decidiu ir ao supermercado comprar seus biscoitinhos favoritos para comer em um dia de semana (terça-feira), pois a mãe só permitia que ela os comesse aos finais de semana. 10. a) A menina considera impossível lidar com a vontade de comer os biscoitinhos de coco. 10. b) A pergunta é feita pela menina para ela mesma, mas também ao leitor, para acompanhar o que ela pensou e imaginar uma resposta.
9. Por que a menina decidiu agir escondida da mãe? 10. Observe o trecho.
BEATRIZ MAYUMI
[...] A questão é: como explicar para a barriga e para o cérebro da gente que eles só podem ter vontade de doce no sábado ou no domingo? Impossível! [...]
a) O que a menina considera impossível? Por quê? b) A quem se dirige essa pergunta?
11. Releia este trecho do texto. [...] Mas a porta do banheiro estava trancada! Se eu contasse toda a história para o porteiro, talvez ele me emprestasse a chave, mas talvez também comentasse com a minha mãe. [...]
• Explique qual efeito as palavras destacadas nesse trecho causam no leitor.
11. Mostram que há uma oposição em uma ideia que estava sendo narrada. A menina teve a ideia de escovar os dentes no banheiro do prédio, porém não conseguiu entrar. Teve outra ideia, porém ficou preocupada se a mãe iria descobrir o que ela fez para ter que usar o banheiro do prédio. 12. As respostas dos alunos devem ser coerentes com os acontecimentos do texto. A menina pode ter contado a verdade para a mãe ou inventado uma desculpa por ter escovado os dentes.
12. O que você imagina que a menina respondeu para a mãe após essa pergunta final?
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1. Ela teve que escovar os dentes depois de comer escondida todas as bolachinhas de que tanto gostava. Resposta pessoal. 2. Alternativas A e B. 3. Relembrar e compartilhar uma experiência pessoal importante, ocorrida em algum momento da vida. 3. a) Um acontecimento da vida dela. A autora já é adulta e está relembrando um acontecimento da própria infância, portanto ela participa dos fatos. 3. b) Sugestões de resposta: “Quando eu chegava”, “casa da minha bisavó”, “meu dia de sorte” etc. 3. c) Porque foi algo marcante, uma lembrança emocionante. 4. Alternativa C. Aconteceram no passado, pois as experiências relatadas ocorreram na infância da autora. Resposta possível: “Eu devia ter uns 9 ou 10 anos e, nessa época, frutas e verduras estavam liberadas em casa, mas guloseimas e bolachinhas a gente só podia comer no fim de semana.”. 5. A autora do relato informa ao leitor do que se trata a experiência vivida, de quem se fala, do local onde viveu momentos inesquecíveis e de quando aconteceram. Essas informações são importantes porque situam o leitor quanto ao tema da narrativa, ao espaço e ao tempo.
POR DENTRO DO GÊNERO 1. Releia o título do texto, na página 14. Explique a relação do título com o fato principal do relato, revendo sua resposta à terceira pergunta da página 14. Sua hipótese foi confirmada? 2. Com base no texto, assinale as afirmações que considera verdadeiras. a) O texto relata uma sequência de acontecimentos e situações e envolve pelo menos uma personagem. b) O relato apresenta lembranças e impressões narradas em 1a pessoa a respeito da própria infância. c) Um relato de experiência vivida precisa considerar fatos atuais e futuros. d) Não é possível identificar quando os fatos ocorreram.
3. Qual é a intenção de um relato de experiência vivida? a) A autora relata um acontecimento da vida dela ou da vida de outra pessoa? Ela participa dos fatos? Explique. b) Identifique no texto palavras que comprovem sua resposta ao item a. c) Na sua opinião, por que a narradora se lembra disso até hoje?
4. O relato geralmente apresenta fatos que: a) acontecem no presente. b) acontecerão no futuro. c) aconteceram no passado.
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• Justifique a escolha desse tempo no relato de experiências vividas, exemplificando com um trecho do texto. Em um relato de experiência vivida, uma pessoa narra fatos importantes da própria vida. O relato é narrado em 1a pessoa e geralmente os verbos estão no passado. No texto, há apresentação do tempo (quando aconteceu), do espaço (onde aconteceu) e de outras personagens envolvidas. Em geral, a intenção é relembrar e compartilhar uma experiência pessoal importante e significativa.
5. Quais são as informações relatadas no primeiro parágrafo? Elas são importantes para o leitor? Por quê?
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6. Releia o início do terceiro parágrafo do texto. Mas a minha história com biscoitos e bolachinhas não para por aí. [...] 6. Esse trecho gera expectativa no leitor, que espera uma continuação do relato. 7. O assunto continua a ser os biscoitos e as bolachinhas. 7. a) A menina, o porteiro e a mãe. 7. b) No prédio onde morava e em um supermercado. 7. c) A mãe. O último parágrafo é composto pela fala da mãe.
• Que efeito esse trecho gera no leitor? Explique.
7. Qual é o assunto nos demais parágrafos do texto? a) Quem são as pessoas envolvidas nesses parágrafos? b) Onde as experiências são vivenciadas?
c) Uma das pessoas envolvidas ganha voz no relato. Quem é essa pessoa e em que parte do texto ela aparece? 8. a) Descrever o armário de biscoitos da casa da bisavó e
8. Releia este trecho do texto.
despertar no leitor a curiosidade para saber o que havia de tão importante dentro das latas para a autora relatar o fato. 8. b) Resposta pessoal.
[...] Era uma porta estreitinha no corredor que dava na cozinha e era lá que ela guardava sua coleção de latinhas de biscoito. Tinha latinha redonda, quadrada, estampada, florida, imitando casinha alemã e de todas as cores e formatos que alguém pudesse imaginar. Eram lindas! O mais incrível é que cada uma guardava um tipo de biscoito diferente. Amanteigado, de chocolate, com recheio, sem recheio, salgado, doce, tinha de tudo naquelas latinhas. [...]
a) Qual é o objetivo desse trecho? b) Imagine que a lembrança fosse relatada por outra pessoa que não tivesse vivenciado a experiência. Em sua opinião, a expressão dos sentimentos, das emoções e das sensações seria a mesma?
9. Como era a bisavó? Descreva-a. 10. Você tem algum familiar que se parece com a bisavó do texto? Como ele é? 11. Onde é possível ler relatos de experiências vividas?
RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA
9. Era baixinha, tinha o cabelo branco como a neve e usava sempre um vestidinho florido com cinto combinando. 10. Estimular os alunos a comparar um familiar com a descrição feita no texto. Caso não tenham avó, pedir que contem o que lembram ou o que ouviram algum familiar contar sobre ela. 11. É possível lê-los em livros e em blogs, mas há outros suportes, como jornais, revistas e redes sociais.
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1 OBJETIVOS • Relembrar e compartilhar uma experiência pessoal importante.
BLOOMICON/ SHUTTERSTOCK.COM
CARACTERÍSTICAS • Acontecimentos ocorridos no passado. • Predominância de narração de fatos, situações ou acontecimentos. • Descrição de pessoas, lugares, objetos etc. • Impressões pessoais sobre os fatos relatados.
3 NARRADOR • Relata os fatos dos quais participa.
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3. a) Coragem: sentimento. Lanchinho: objeto. Prédio: lugar ou objeto. Casa: lugar ou objeto. 3. b) Lanchinho e prédio são substantivos masculinos e coragem e casa são substantivos femininos. 3. c) Prédios e casas. Sim.
LÍNGUA E LINGUAGENS
Substantivo 1. Releia este trecho do texto “Bolachinhas e escova de dentes” e observe as palavras destacadas.
Uma lembrança saborosíssima da infância é a casa da minha bisavó. Ela parecia personagem de livro. Era baixinha, tinha o cabelo branco como a neve e usava sempre um vestidinho florido com cinto combinando. Quando eu chegava para visitá-la, era só dar boa-tarde que ela pegava minha mão e me levava até o armário mais incrível que já vi na vida. [...]
• O que essas palavras indicam?
Elas indicam o nome de algo.
2. Como identificar quais palavras são substantivos? Converse com seus colegas. Resposta pessoal. As palavras da língua organizam-se em classes de palavras. As palavras destacadas no trecho acima pertencem à classe dos substantivos. Os substantivos nomeiam seres, lugares, objetos, qualidades, estados e processos.
3. Agora, releia este trecho. Eu estava feliz com a minha coragem e esperteza, orgulhosa de mim mesma. Terminei o lanchinho e fui até o salão de festas do prédio, afinal precisava escovar os dentes antes de chegar em casa para ninguém desconfiar do que tinha acontecido.
BEATRIZ MAYUMI
a) Considerando as categorias que o substantivo nomeia (seres, lugares, objetos, qualidades, estados, processos etc.), a quais delas você associaria os substantivos em destaque? b) É possível estabelecer uma diferença entre a dupla de palavras coragem, casa e a dupla de palavras lanchinho, prédio? c) Se o texto apresentasse as palavras prédio e casa com a letra s ao final, como estariam escritas? Essas palavras continuariam sendo substantivos?
Algumas classes de palavras são invariáveis, e outras, variáveis. O substantivo varia entre masculino e feminino (flexão de gênero) e singular e plural (flexão de número).
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4. Substantivos masculinos: vestidinho, cinto, armário. Substantivos femininos: casa, bisavó, neve, mão.
6. As palavras Patricia e Arquitetura nomeiam, respectivamente, uma pessoa e uma arte ou disciplina que são únicas, específicas, por isso são escritas com 4. Use o quadro a seguir como modelo e organize os substanti- letra inicial maiúscula. As palavras agências, escritora, professora e livros vos destacados no trecho do texto da atividade 1 conforme a publicidade, nomeiam seres e objetos da mesma espécie classificação de gênero. sem especificá-los, por isso são escritas com letra inicial minúscula.
Substantivo masculino
Substantivo feminino
cabelo
lembrança
5. Substantivo masculino: livros. Substantivos femininos: Patricia, Arquitetura, agências, publicidade, escritora, professora.
5. Identifique os substantivos do trecho a seguir e escreva-os no quadro da atividade anterior, de acordo com a classificação de gênero.
6. Por que, na atividade 5, há substantivos escritos com letra inicial maiúscula e outros com letra inicial minúscula? Os substantivos podem ser classificados em comuns ou próprios. Os substantivos comuns nomeiam seres ou objetos da mesma espécie, qualidades, estados e processos/ações, sem especificá-los. Exemplos: escritora, professora, livros, esperteza, tristeza, transgressão etc. Os substantivos próprios nomeiam algo específico, como pessoas e lugares que tenham uma individualidade, ou arte/disciplina etc. Exemplos: Patricia, Arquitetura etc.
BEATRIZ MAYUMI
Patricia [...] formou-se em Arquitetura e trabalhou em agências de publicidade antes de se tornar escritora e professora. Ela escreve e ilustra os próprios livros.
7. Leia este trecho do texto. A questão é: como explicar para a barriga e para o cérebro da gente que eles só podem ter vontade de doce no sábado ou no domingo?
• O substantivo destacado indica: a) qualidade. b) estado.
Alternativa B.
c) processo/ação.
d) objeto.
Os substantivos também podem ser classificados como concretos ou abstratos. Os substantivos concretos são os que dão nomes a pessoas, lugares, instituições etc. Exemplos: filha, bolachinha, cozinha. Os substantivos abstratos designam noções, qualidades, estados, sentimentos, processos ou ações. Exemplos: tempo, bem, mal (noções); cultura (conjunto de padrões e crenças ou o cultivo de terra); alegria (estado de satisfação); juventude (estado de jovem); transgressão (ação de transgredir).
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8. Substantivos concretos: bisavó, coração, armário, cores, latinha. Substantivos abstratos: lembrança, infância, tristeza, possibilidades, momento.
8. Classifique em concretos ou abstratos os substantivos destacados nestes trechos. Uma lembrança saborosíssima da infância é a casa da minha bisavó.
Ah, que tristeza que me dava!
Lembro até hoje do meu coração disparado em frente àquele armário cheio de cores e possibilidades, e dos intermináveis segundos que separavam o momento que eu escolhia a latinha e a hora que descobria o que havia dentro dela.
CLARA GOMES/BICHINHOSDEJARDIM.COM
9. Agora, leia esta tirinha.
GOMES, Clara. Bichinhos de jardim. 6 nov. 2018. Disponível em: <http://bichinhosdejardim.com/page/27/>. Acesso em: 27 mar. 2019.
9. a) Todas as alternativas estão corretas.
a) Marque a(s) alternativa(s) que completa(m) a ideia a seguir. Joana não quer nomear os sentimentos porque... • Tem receio de se apegar a eles. • Não sabe nomeá-los. • Prefere deixá-los um pouco distantes.
9. b) Raiva, tristeza, mágoa, rancor, sentimentos. 9. c) Joana. O nome da personagem, que é uma joaninha, aproxima-a mais ainda do universo dos seres humanos, em que conselhos como esse, dado pela outra personagem, ocorrem frequentemente.
• Talvez não seja possível defini-los. • Pode passar a gostar até dos ruins. b) Quais são os substantivos abstratos presentes na tirinha? c) Circule na tirinha o substantivo próprio e explique de que modo ele colabora com a construção do humor.
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10. Leia a tira a seguir. 10. b) Sim. No contexto da tirinha, a palavra arranjo designa disposição, arrumação, FRANK & ERNEST, BOB THAVES © 2012 THAVES / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
agrupamento, assim como a palavra buquê.
THAVES, Bob.
a) Qual é o efeito de sentido provocado pelo uso do substantivo buquê? Explique. O uso da palavra buquê provoca humor, pois não designa um conjunto ou agrupamento de flores, mas sim um agrupamento de itens.
b) A palavra arranjo tem o mesmo sentido da palavra buquê? Justifique. Os substantivos que podem designar vários seres ou objetos de uma mesma espécie são chamados de substantivos coletivos. Exemplos: coleção (conjunto de obras de arte, de selos etc.), cacho (conjunto de bananas, de uvas etc.).
PEANUTS, CHARLES SCHULZ © 1970 PEANUTS WORLDWIDE LLC. / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
11. Leia a seguir esta tirinha do Snoopy.
2074-POR-V6-U01-F006 SCHULZ, Charles. Snoopy.
a) De que maneira as personagens exprimem seus sentimentos nos três primeiros quadrinhos? b) Por que elas têm a mesma reação? c) Identifique um substantivo coletivo e explique o que ele designa.
12. Associe as palavras do quadro abaixo aos substantivos coletivos listados a seguir.
SCHULZ, Charles. Snoopy.
11. a) Elas manifestam o que estão sentindo por meio da expressão “Ora, vejam só!”. 11. b) Porque elas ficaram espantadas ao descobrir que Snoopy foi promovido e passou a ser o “chefe da matilha”. 11. c) Matilha. Designa um grupo de cães.
espectadores estrelas elefantes bois animais pessoas plantas peixes livros a) manada
c) biblioteca
e) fauna
g) constelação
b) cardume
d) multidão
f) flora
h) plateia
a) elefante, bois b) peixes
c) livros d) pessoas
e) animais f) plantas
g) estrelas h) espectadores
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FOCO NA ESCRITA
Formação de palavras 1. a) As palavras são sabor, crível, cobrir, lanche. 1. b) Primitivas. 2. As partes inseridas são -osa, -íssima, -inho, in-, des-. 3. Em incrível e em descobrir. As palavras primitivas são crível (algo em que se pode crer, acreditável) e cobrir (agasalhar, tapar, ocultar algo). 4. O sufixo -osa pode indicar abundância, intensidade, tendo função caracterizadora; o sufixo -íssima tem a função de intensificar ainda mais uma característica (trata-se do grau superlativo do adjetivo); o sufixo -inho demarca diminutivo; os prefixos in- e des-, nesse caso, indicam negação, formando antônimos originados da palavra primitiva. 5. Nervosa, nervosíssima, apertadíssima, baixinha, vestidinho, estreitinha, latinha, casinha, bolachinhas, parquinho, impossível, infalível, intermináveis, desconfiar.
1. Observe as palavras a seguir. Algumas delas apareceram no texto “Bolachinhas e escova de dentes”.
sabor – saborosa – saborosíssima
descobrir – cobrir
incrível – crível lanche – lanchinho
a) Identifique quais são as palavras que deram origem às outras. b) Como se chamam as palavras que dão origem a outras? • Primitivas.
• Derivadas.
2. Você consegue identificar as partes inseridas para formar outras palavras? 3. Em quais palavras a inserção de afixos formou antônimos? Quais são as palavras primitivas dos antônimos identificados e o que significam? As palavras primitivas dão origem a outras palavras. Com o acréscimo de prefixos ou sufixos pode-se formar palavras que são chamadas de palavras derivadas. Esse é um processo de formação de palavras.
4. Explique o sentido que os afixos acrescentam à significação das palavras primitivas da atividade 1. GOODSTUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
5. Localize no texto outras palavras formadas com os mesmos afixos. 6. Observe as palavras a seguir.
perto
apertado
desapertado
apertadíssima
• Com um colega, explique a função dos afixos.
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Os afixos podem ser acrescidos antes (prefixos) ou depois (sufixos) do radical, possibilitando a formação de palavras derivadas.
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7. Com um colega, pesquise a definição de prefixo, sufixo e radical. Construa de modo colaborativo uma definição para cada item pesquisado e afixem no mural da sala. Um dos processos de formação de palavras em língua portuguesa ocorre por derivação. Esse mecanismo permite criar novas palavras originadas de uma palavra primitiva. Para isso, ocorre o acréscimo de afixos na parte invariável de uma palavra, que é chamada de radical (que contém o significado básico da palavra). Os afixos que modificam o radical podem aparecer antes (prefixo) ou depois (sufixo) dele.
7. Respostas pessoais. 8. a) Considerar e enaltecer o que não tem valor monetário, como os sentimentos, os sonhos, a natureza, a liberdade etc.
ARMANDINHO DE ALEXANDRE BECK. TEXTO: BY HERDEIROS DO MANOEL DE BARROS
8. Na tira a seguir, a personagem Armandinho cita um poema de Manoel de Barros. Observe.
BECK, Alexandre. Armandinho, 2 fev. 2018. Disponível em: <https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/104161286594/tirinha-original>. Acesso em: 27 mar. 2019.
a) O que significa respeitar coisas desimportantes e seres desimportantes? b) Que características podemos atribuir ao eu lírico por meio da descrição que faz de si mesmo? c) De que modo o cartunista articulou o sentido do poema com as imagens da tira? d) Identifique na tira uma palavra que emprega um dos afixos estudados anteriormente.
8. b) O eu lírico se coloca como um ser simples, admirador da natureza. 8. c) Cada imagem proposta pelo cartunista ilustra características do eu lírico, mostrando o garotinho livre e amorosamente ligado a coisas simples e naturais. 8. d) A palavra passarinhos emprega o sufixo -inho, que marca o diminutivo.
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9. Espera-se que os alunos identifiquem, por exemplo, velocidade (veloz + -dade), nascença (nasce + -ença), aparelhado (a- + parelha + -ado) , entre outras. 10. Resposta pessoal. Respostas possíveis: estar preparado, disposto, ter inclinação, predisposição para gostar de passarinhos etc. 11. Sim. Para apreciar a natureza, como enuncia o eu lírico, nada é necessário, a não ser querer apreciá-la. Assim, essa palavra no texto pretende significar o contrário (não estar provido de nada) do que se esperaria dos sentidos do uso dela.
9. Desafio: escreva outras palavras derivadas que aparecem na tira e identifique afixos diferentes dos que foram estudados. 10. Na sua opinião, o que é ser “aparelhado” para gostar de passarinhos? 11. Com base no uso que se fez da palavra aparelhado no texto, é possível dizer que se atribuiu um novo sentido a ela? Justifique. No poema citado na tira, o autor utilizou um neologismo. São consideradas neologismos palavras e expressões novas, derivadas ou formadas a partir de outras, e também as palavras e expressões já existentes às quais são atribuídos novos significados.
12. Leia este poema.
Escola Meu pouco estudo minha leitura fraca eu aprendi numa escola rural — dessas pequenininhas que cabem no bolso.
BIRY SARKIS
Dessas que numa olhadela cabe a escola todinha e aguenta ainda litros de céu árvores e árvores cachorros e cocôs no corredor e um menino com a cara breada de terra
Breada: suja.
brincando com os números. MARQUES, Francisco (Chico dos Bonecos). Galeio: antologia poética. São Paulo: Peirópolis, 2004. p. 63.
12. a) Pequenininhas, olhadela, todinha. 12. b) O sufixo -inha indica o diminutivo. Pode-se observar que a escola a que o eu lírico se refere era uma escola muito pequena, pois ele diz que ela cabia no bolso. 12. c) O emprego do sufixo -inha, neste caso, sugere afetividade, pois percebe-se que o eu lírico demonstra carinho pela escola em que estudou, e também indica o diminutivo, pois a escola é tão pequena que caberia em um simples olhar.
a) Identifique no texto palavras formadas pelo processo de derivação com acréscimo de sufixo à palavra primitiva. b) Na formação da palavra pequenininhas, o sufixo -inha foi acrescentado à palavra primitiva para indicar qual sentido? c) E na palavra todinha, no sétimo verso, o sufixo -inha foi usado para indicar o mesmo sentido? d) Observe o emprego da palavra olhadela no sexto verso do poema. • Qual é o significado dessa palavra no texto? Uma olhada rápida. • Essa palavra é primitiva ou derivada? Derivada. • Identifique o sufixo que foi acrescentado à palavra primitiva na formação dessa palavra. O sufixo -ela. • Esse sufixo foi usado em olhadela para indicar qual sentido?
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O sufixo -ela indica o diminutivo (ato de olhar de forma breve, rapidamente).
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ENTRETEXTOS
Poema e pintura Leia o poema a seguir.
Caixa Carregamos pela vida afora os cheiros dos encontros raros, dos acontecimentos, da nossa primeira casa, do quintal, se houve quintal, da mãe na cozinha, dos sonhos quando acordamos. Se houvesse uma caixa para guardá-los, seriam nosso tesouro. E então, em dias de saudade, abriríamos nossa caixa e mergulharíamos como num túnel do tempo.
PEDRO HAMDAN
MURRAY, Roseana. Cinco sentidos e outros. Ilustrações: Elvira Vigna. Belo Horizonte: Abacatte, 2014. p. 33.
1. Qual é o tema abordado no poema? As lembranças e experiências vividas pelo eu lírico. a) No texto, qual é o elemento responsável pelas lembranças? Por quê? O cheiro. Os alunos devem reconhecer que há cheiros capazes de trazer certas lembranças à mente. b) Você já passou pela mesma situação? Conte para um colega como foi. Resposta pessoal.
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2. a) Antologia é uma coletânea de textos. 2. b) Os sentidos são: visão, audição, paladar, tato e olfato. 2. c) A outros sentimentos e a outras sensações que são despertadas pelos sentidos.
2. O poema faz parte de uma antologia da autora, que foi publicada no livro Cinco sentidos e outros. Observe a capa do livro.
ABACATTE EDITORIAL
MURRAY, Roseana. Cinco sentidos e outros. Ilustrações: Elvira Vigna. Belo Horizonte: Abacatte, 2014.
a) Você sabe o que é uma antologia? Explique.
3. O texto se refere aos cheiros dos encontros raros, dos acontecimentos, da primeira casa, do quintal, da mãe na cozinha e dos sonhos ao acordar. Carregamos essas memórias pela vida porque andamos com elas em nossas mentes, e porque não podemos guardá-las em uma caixa, como nossos objetos pessoais de memória. 3. a) Não, pois é impossível guardar os cheiros como se fossem objetos. 3. b) Os alunos devem notar que é um objeto que só existe no mundo da imaginação. 4. Porque os acontecimentos vividos podem virar lembranças preciosas, que podem ser guardadas e preservadas. 5. Mergulhar, nesse contexto, significa entrar por completo na memória, relembrar cada momento vivido em detalhes. 6. O texto desperta emoções e sentimentos no leitor, como o da memória de experiências vividas.
b) Quais são os cinco sentidos a que a autora se refere no título da obra? c) A que a palavra outros se refere? Explique.
3. O que o poema diz que carregamos pela vida? Explique o que isso significa. a) É possível guardar isso em uma caixa? Por quê? b) Você acha que essa caixa existe? Justifique sua resposta. 4. Por que essa caixa seria considerada um tesouro? 5. Releia este trecho do poema. [...] E então, em dias de saudade, abriríamos nossa caixa e mergulharíamos como num túnel do tempo.
• Qual é o significado de mergulhar nesses versos? 6. Que sensações o poema desperta no leitor?
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7. Agora, reúna-se com um colega e leia o poema em voz alta para ele. Depois, escute a leitura dele. a) O que vocês acharam da leitura? b) Como é feita a leitura de um poema? 8. Você sente saudade de algum momento de sua vida? De qual? Descreva-o.
7. a) Resposta pessoal. 7. b) Os alunos devem perceber que os versos indicam como deve ser feita a leitura. Se houver pontuação no poema, o leitor terá outros indícios para fazê-la. 8. Resposta pessoal. 9. a) Algumas casas, uma menina na janela, um gato no telhado, um menino segurando algumas flores, algumas crianças, a Lua.
RICARDO FERRARI/ACERVO DO ARTISTA
9. Observe esta obra de arte.
FERRARI, Ricardo. A memória mais bonita da rua. 2011. Óleo sobre tela, 60 cm 3 80 cm.
9. b) A memória mais bonita da rua. O título foi escrito abaixo da imagem. Os alunos devem observar que, além a) O que aparece na imagem? Quais elementos a compõem? do título da obra, também aparecem o nome do pintor, o ano em que a obra foi produzida, a técnica utilizada e o b) Qual o título da pintura e como é possível identificá-lo? tamanho dela. 9. c) A obra retrata um menino segurando c) Qual é a relação dos elementos da pintura com o título? algumas flores, que, provavelmente, serão para a menina que está na janela; 10. Explique a relação dessa obra de arte com o poema "Caixa" e entregues os desenhos parecem ser feitos por uma com o relato "Bolachinhas e escova de dentes". Aponte aspec- criança, como se o artista quisesse retratar um momento marcado na memória. tos semelhantes e diferentes para justificar sua resposta. 10. A obra de arte, o poema e o relato de experiência vivida retratam experiências, memórias e lembranças, expressando diferentes sentimentos de quem vivenciou cada uma delas. São semelhantes na intenção e na temática, que é a de trabalhar com experiências vividas. São diferentes em sua linguagem e na sua composição, materializando-se em formas e estilos distintos.
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CAPÍTULO 2 1. O que seria um dia especial para você?
Resposta pessoal.
2. Converse com um colega a respeito de como você registraria esse dia.
Resposta pessoal.
LEITURA Leia o relato a seguir.
BIRY SARKIS
As cocadas Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando foi cortada em losangos. Saiu uma cocada morena. De ponto brando, atravessada de pau de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.
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Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez, mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível. De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina. Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze. Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão de ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina. As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor. Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco-caso. Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta — má e dolorida — de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro. CORALINA, Cora. O tesouro da casa velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000. p. 85-86.
Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985), nascida na cidade de Goiás, no estado de Goiás. Começou a escrever muito cedo e, aos 14 anos, publicou seu primeiro conto. Destacou-se na literatura brasileira pelos poemas e pelos contos, tendo publicado 15 livros.
NIELS ANDREAS/FOLHAPRESS
Prestimosa: que gosta de ajudar; prestativa. Areado: limpo e polido, para que fique brilhoso. Fornalha: grande forno, geralmente a lenha. Terrina: vasilha grande e funda. Gamela: vasilha de madeira ou de barro. Almofariz: recipiente para triturar alimentos. Deslembrada: esquecida. Negligentes: que não têm cuidado com algo.
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1. Quem escreveu o relato foi Cora Coralina, contando uma lembrança de infância sobre cozinhar cocadas junto com a prima. Os alunos devem perceber que o relato é pessoal, escrito em 1a pessoa. As formas verbais e pronomes indicam que foi a própria pessoa que escreveu. Respostas possíveis: eu devia, acompanhei, vi, minha prima, eu esperava. 2. No livro O tesouro da casa velha. Os alunos devem perceber que a lembrança faz parte de uma época da vida dela. 3. a) Para mostrar como foi trabalhoso fazer as cocadas. 3. b) O coco era gordo, carnudo e leitoso. 3. c) Ao mostrar que o coco era muito gostoso e que deu muito trabalho fazer as cocadas, também se mostra como surgiu a vontade que a menina ficou de experimentar mais cocadas e não apenas algumas. 4. Respostas possíveis: ajudando nas quitandas – ajudando nas compras; aguando e de olho na terrina – com água na boca e de olho no lugar onde foram guardadas as cocadas. 5. As cocadas ficaram emboloradas. Resposta possível: “As cocadas [...] tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.”. 6. Não se importou, andou lerdo até elas, lambeu com pouco-caso. 7. A menina ficou triste, decepcionada e com raiva por entregarem ao cão aquelas cocadas. 8. a) Ela ainda sente uma revolta por não ter comido as cocadas quando foram feitas, tem raiva dos adultos que se esqueceram das cocadas, que acabaram ficando bolorentas, e arrepende-se de não ter partilhado as cocadas bolorentas com o cachorro. 8. b) Resposta pessoal. Ao terminar o relato com essa lembrança, a autora parece indicar que os sentimentos (tristeza, decepção, raiva etc.) ficaram em sua memória até hoje. 9. Ela conta o fato quando já é adulta e se lembra das cocadas. Ela cita no início que era menina prestimosa à moda do tempo. E no final comenta que, quando se lembra, sente revolta.
POR DENTRO DO TEXTO 1. Quem escreveu esse relato? Do que ele trata? Escreva as palavras ou expressões que confirmam a autoria. 2. Onde esse relato foi publicado? Em sua opinião, por que a autora do relato conta esse fato em um livro? 3. Releia o segundo parágrafo, em que a personagem narra todo o trabalho de fazer as cocadas. a) Com que intenção todas as etapas do trabalho são descritas? b) Como é descrito o coco que foi utilizado para fazer o doce? c) Qual é a relação dessas descrições com o fato que é narrado depois? 4. Releia este trecho. [...] De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina. [...]
• O que significam as expressões em destaque? 5. O que aconteceu com as cocadas depois de alguns dias? Apresente um trecho do texto para comprovar sua resposta. 6. A prima ofereceu as cocadas ao cachorro. Ele ficou satisfeito? 7. Ao ver as cocadas emboloradas, como a menina se sentiu? 8. Releia o último parágrafo. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta — má e dolorida — de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.
#FICA A DICA!
Acesse o link a seguir e veja mais informações sobre a vida e a obra da poetisa Cora Coralina. Disponível em: <http:// livro.pro/3bd4jj>. Acesso em: 28 fev. 2019.
a) Explique os sentimentos e intenções da autora do relato. b) Para você, qual é a intenção da autora ao encerrar o relato com esse trecho?
9. O relato foi feito no momento em que os fatos aconteceram? Justifique sua resposta.
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FOCO NA ESCRITA
Usos de s e z
PAGSEGURO UOL
1. Leia no anúncio a seguir um exemplo de uso de neologismo.
UOL. Disponível em: <https://infonegocios.me/wp-content/uploads/2017/03/pagseguroaposta-em-maquininha-com-pre%C3%A7o-mais-acessivel.jpg>. Acesso em: 27 mar. 2019.
a) Que recurso da língua foi usado na construção da palavra minizinha? 1. a) Usou-se derivação
com acréscimo do sufixo
b) Que efeito de sentido o anunciante quis promover com a formação -zinha ao termo míni. 1. b) O elemento de dessa palavra? c) Por que essa palavra foi grafada com z?
2. No caderno, complete as palavras do quadro a seguir com s ou z. USA-SE . S
USA-SE . Z
barone a profeti a escolio e gosto o cheiro a pau a coi a casa – ca inha pesquisa – pesqui ar
condu ir indu ir cicatri juiz – ajui ar feliz – feli ardo insensato – insensate magro – magre a avião – avião inho mãe – mãe inha
composição mini- significa “pequeno” e o sufixo -zinha constrói diminutivos. Logo, o anunciante sugere que o objeto anunciado, que já era pequeno, ficou ainda menor. 1. c) Os alunos devem resgatar conhecimentos a respeito do uso do sufixo -zinho(a).
#FICA A DICA! Se sentir necessidade, consulte um dicionário ou uma gramática.
Usa-se s nas palavras terminadas em -esa, -isa ou -ose, nas palavras derivadas de outras grafadas com s, em palavras terminadas em -oso(a) e depois de ditongos. A letra z é usada em palavras derivadas de outras palavras com z: nos substantivos terminados em -ez/-eza formados a partir de adjetivos, no sufixo de diminutivo -zinho(a), em verbos terminados em -uzir e na terminação -triz.
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LÍNGUA E LINGUAGENS 1. Sem os adjetivos, o relato perderia parte de sua caracterização, pois não saberíamos como ficaram as cocadas, nem como era o coco ou a terrina onde elas foram guardadas.
Adjetivo 1. Como ficaria este trecho do texto se as palavras destacadas fossem excluídas? Saiu uma cocada morena. De ponto brando, atravessada de pau de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada.
a) Quais palavras poderiam substituir as características da terrina sem alterar o sentido do texto? Escreva sinônimos. BIRY SARKIS
b) Agora, escreva antônimos das palavras da atividade anterior. O texto teria o mesmo sentido? As palavras morena, brando brando, cheirosa, gordo, carnudo, leitoso, excelente, grande, funda, pesada são adjetivos. O adjetivo é a classe de palavras que tem a função de atribuir características ao substantivo, modificando-o, particularizando-o.
2. Nas frases a seguir, identifique entre as palavras destacadas 1. a) Respostas possíveis: enorme, profunda. 1. b) Sugestão: pequena, rasa. O sentido seria diferente – o oposto – porque não seria uma terrina muito grande e, no caso, não caberiam muitas cocadas. 2. a) Papel, substantivo; pardo, sujo, adjetivos. 2. b) Trovador, substantivo; lerdo, preguiçoso, nutrido, adjetivos. 2. c) Penugem, substantivo; cinzenta, macia, aveludada, adjetivos. 3. Resposta pessoal. Sim, pois os relatos são escritos em 1a pessoa, o autor expressa o seu ponto de vista ao relatar fatos e acontecimentos, descrever lugares, caracterizar pessoas e situações etc. 4. Pequenas. 4. a) O adjetivo foi colocado antes do substantivo. 4. b) Destacar o tamanho das piruetas que as cocadas dançavam na imaginação da autora.
os substantivos e os adjetivos. a) “Apanhou um papel pardo sujo.” b) “[...] veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda.” c) “[...] tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.”
3. Os adjetivos são importantes nos relatos? Converse com um colega. 4. Identifique neste trecho o adjetivo. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente.
a) O adjetivo foi colocado antes ou depois do substantivo? b) Qual é o efeito do uso do adjetivo antes do substantivo?
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5. Leia estas frases e observe as palavras destacadas.
O doce ficou excelente.
A voz dela é doce.
a) Qual é a função das palavras destacadas?
5. a) Na primeira frase, doce é um substantivo; na segunda, um adjetivo. 5. b) Adjetivo. 5. c) Os doces ficaram excelentes. 5. d) O adjetivo foi flexionado em número (plural), concordando com o substantivo, que, na reescrita, também foi flexionado no plural.
b) A que classe de palavras pertence o vocábulo excelente? c) Reescreva a primeira frase, substituindo a palavra doce pela expressão os doces. d) O que ocorre com o adjetivo? Por quê? O adjetivo deve concordar com o substantivo em número (singular e plural) e em gênero (masculino e feminino).
6. Releia este trecho do texto “As cocadas”. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta — má e dolorida — de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.
a) Identifique os substantivos a que se referem os adjetivos destacados e explique a concordância entre eles.
6. a) Má e dolorida (adjetivos no singular e no feminino) concordam com o substantivo revolta (no singular e no feminino). Negligentes (adjetivo no plural) concorda com o substantivo adultos (no plural e no masculino). Bolorentas (adjetivo no plural e no feminino) concorda com o substantivo cocadas (no plural e no feminino). 6. b) Resposta pessoal. Sugestões: revolta desumana, cruel; adultos omissos, despreocupados; cocadas velhas, mofadas, estragadas. 7. Resposta pessoal.
b) Escreva mais um adjetivo para cada um dos substantivos que você identificou. Lembre-se de que os adjetivos devem concordar com os substantivos.
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7. Veja as imagens de lugares do Brasil e descreva-as com detalhes. Você utilizou adjetivos para retratar os lugares? Quais?
Vista do Elevador Lacerda (à esquerda), em Salvador, na Bahia.
Gruta do Lago Azul, em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
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MOMENTO DE PRODUÇÃO
Relato de experiência vivida Nesta unidade, você leu alguns relatos de experiência vivida, que narram acontecimentos surpreendentes ou fatos marcantes e momentos de vida de diferentes pessoas. Agora relembre um momento que foi significativo para você e escreva o seu próprio relato, mostrando às pessoas por que essa vivência foi tão importante. O objetivo é produzir uma coletânea de relatos para compartilhar com os colegas da classe. PLANEJAMENTO DO RELATO 1. Pense no que vai relatar. Pode ser um momento com seus avós ou com alguma pessoa querida por você. Relembre detalhes desse momento antes de escrever seu relato. • Que sentimentos essa lembrança desperta em você? • Outras pessoas participaram dessa experiência? Quem são elas? 2. Organize a sequência em que serão relatados os acontecimentos. 3. Você tem fotografias, vídeos ou desenhos desse momento que quer relatar? Selecione fotografias ou desenhos que poderão ser acrescentados ao relato. 4. Busque responder às questões: O que aconteceu de especial ou engraçado nesse momento que faz você lembrá-lo até hoje? Por que ele foi especial? 5. Pense em quando e onde ocorreu esse acontecimento, usando palavras ou expressões que identifiquem o lugar e a data. Por exemplo: em vez de usar “há muito tempo”, prefira “quando eu tinha 5 anos”; em vez de “em um parque da minha cidade”, prefira “no Jardim Botânico” etc.
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VALTER FERRARI
DURANTE A ESCRITA DO RELATO 1. Considere o planejamento que você fez ao começar a escrever o seu relato. 2. Escreva com clareza as sequências dos acontecimentos para que os leitores possam compreender a ordem em que ocorreram. 3. Especifique, se houver, as outras pessoas que estavam com você nesse momento, caso isso seja importante no seu relato. 4. Descreva as sensações, os sentimentos e suas emoções pessoais (em 1a pessoa). 5. Use verbos adequados ao relato de experiência vivida, ou seja, que deixem claro que os fatos ocorreram no passado. 6. Use os substantivos na flexão adequada e lembre-se de que você pode acrescentar afixos (prefixos ou sufixos) às palavras para deixar seu relato ainda mais expressivo. Essas palavras derivadas podem intensificar um sentimento ou enaltecer a descrição de um lugar, por exemplo. O uso de neologismos também poderá enriquecer o seu texto, ao surpreender os leitores com palavras ou expressões inesperadas. 7. Escolha adjetivos para atribuir características aos substantivos e estabeleça a correta concordância entre essas classes gramaticais. 8. Use adequadamente os sinais de pontuação e acentue corretamente as palavras.
APÓS A ESCRITA DO RELATO 1. Verifique se a letra está legível, em caso de texto manuscrito, e se o tamanho dela é adequado, em caso de texto digitado. 2. Observe se o verbo e os tempos verbais estão adequados ao momento em que o fato é relatado. 3. Observe se a linguagem está adequada à proposta.
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4. Repare se a letra maiúscula foi usada no início das frases e nos substantivos próprios.
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5. Releia o relato, observando se o texto está organizado em parágrafos e se ele tem um título. Atente também para os sinais de pontuação, a concordância entre as palavras e a ortografia.
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INTEGRANDO COM
GEOGRAFIA
Valorização do idoso Você já teve a oportunidade de preparar alguma receita culinária com algum familiar? Leia esta notícia e descubra que avós e netos podem se divertir com as receitas de família.
Receitas de avó Projeto de cineasta francês chama a atenção para a importância das relações que se estabelecem entre as várias gerações através das receitas de família O neto que visita a avó para fazerem juntos gemada. Ela muito idosa, ele cheio de energia e disposição. Ambos se divertem enquanto cozinham e relembram histórias antigas. A cena doce, delicada e com uma boa dose de bom humor faz parte de um dos filmes da web série Grandmas. O projeto foi criado no início do ano passado pelo film maker francês Jonas Pariente. A inspiração é sua avó Suzanne, carinhosamente chamada de Nano, uma egípcia que mora há muitas décadas em Paris e que sempre teve na comida um ponto de contato com os filhos e, posteriormente, com os netos. Jonas colocou o projeto numa plataforma de financiamento coletivo no começo do ano passado. E conseguiu, dessa forma, viabilizá-lo. O resultado pode ser conferido no site do projeto. [...] HOLANDA, Ana. Receitas de avó. Vida Simples, 6 fev. 2016. Disponível em: <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/ compartilhe/receitas-de-avo.phtml>. Acesso em: 27 mar. 2019.
GRANDMAS PROJECT
Film maker: cineasta.
Suzanne, a avó egípcia de Jonas, em ação.
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1. Segundo a notícia, o projeto chama a atenção para a importância das relações que se estabelecem entre as várias gerações. a) Qual é o significado de geração nesse contexto? Nesse contexto, geração significa um grupo de pessoas que nasceram em uma mesma época. Neste caso, as várias gerações referem-se às diferentes pessoas, de diversas idades, que fazem parte da mesma família.
b) Por que o projeto valoriza a relação entre as várias gerações? Resposta pessoal.
2. Leia o trecho de outra notícia sobre esse projeto do diretor Jonas Pariente.
GRANDMAS PROJECT/DIREÇÃO MATHIAS MANGIN
Na websérie colaborativa chamada Grandmas Project, jovens diretores do mundo inteiro filmam as suas avós, utilizando-se das receitas favoritas delas para contar a relação e a herança familiar. [...]
CATRACA LIVRE. Disponível em: <https://catracalivre.com.br/gastronomia/serie-on-linemostra-receitas-de-familia-narradas-por-avos-do-mundo-inteiro/>. Acesso em: 29 mar. 2019.
a) Com quais pessoas da sua família você costuma conversar, além de seus pais e irmãos? Resposta pessoal.
Cada vídeo do Grandmas Project pode ter até oito minutos de duração. O projeto também recebeu apoio da
b) Se você fosse participar do Grandmas Project, com quem você gravaria o vídeo e qual seria a receita favorita? Resposta pessoal.
Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e seu objetivo é que ele se transforme em um portal de receitas e histórias.
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3. Leia um trecho do Estatuto do Idoso, criado em 2003. Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. [...] BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2019.
a) Você considera importante a existência de estatutos como esse? Por quê? Os alunos devem reconhecer que sim, pois garantem os direitos dos idosos.
b) Você acha que as pessoas com 60 anos ou mais são respeitadas por todos? Justifique com fatos que você tenha vivenciado. Resposta pessoal.
c) Com base em suas respostas anteriores, é possível considerar que os direitos dos idosos dispostos nos artigos desse trecho do estatuto são atendidos? Resposta pessoal.
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RAWPIXEL.COM/SHUTTERSTOCK.COM
OLIMPIK/SHUTTERSTOCK.COM
4. Observe as imagens a seguir e identifique os direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso que elas representam.
Direito à saúde e ao esporte.
ROB MARMION/SHUTTERSTOCK.COM
DIEGO CERVO/SHUTTERSTOCK.COM
Direito à convivência familiar e comunitária.
Direito ao trabalho. Direito à cultura e ao lazer.
5. As experiências vividas pelos idosos podem servir de aprendizado para as gerações mais novas? O que você já aprendeu com eles? Sim, pois os idosos podem ensinar, compartilhar momentos, relatar experiências etc.
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VAMOS RELEMBRAR Gênero textual: relato de experiência vivida • Narração de fatos importantes da própria vida. • O objetivo é relembrar e compartilhar uma experiência pessoal significativa. • Há apresentação do tempo (quando aconteceu) e do espaço (onde aconteceu). • Apresenta descrições de pessoas, lugares, objetos etc. • Os verbos usados são conjugados no tempo passado.
Substantivo • Nomeia seres, lugares e objetos, além de qualidades, estados e processos. • É classificado em comum, próprio, concreto, abstrato e coletivo. • Flexiona-se em gênero (masculino e
BEATRIZ MAYUMI
feminino) e número (singular e plural).
Adjetivo • Atribui características ao substantivo, modificando-o, particularizando-o. • Concorda com o substantivo em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
Formação de palavras • Palavras primitivas dão origem a outras palavras que são chamadas de palavras derivadas. • A derivação é o processo que permite criar palavras originadas de uma palavra primitiva. • O acréscimo de afixos ao radical da palavra pode ocorrer antes (prefixo) ou depois (sufixo) dele.
Usos de s e z • Usa-se s nas palavras terminadas em -esa, -isa, -ose e -oso(a), nas derivadas de outras grafadas com s e depois de ditongos. • Usa-se z nas palavras derivadas de outras grafadas com z; nos substantivos terminados em -ez/-eza formados de adjetivos, no sufixo -zinho(a), em verbos com final -uzir e na terminação -triz.
Considere tudo o que foi visto nesta unidade e avalie seu aprendizado: • O que você compreendeu bem? • O que você precisa rever para compreender melhor?
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AMPLIE Livros EDITORA PEIRÓPOLIS
Manual da criança caiçara, de Marie Ange Bordas e as crianças da Barra do Ribeira. São Paulo: Peirópolis, 2017. Esse livro reúne relatos de crianças e de adultos da comunidade de Barra do Ribeira, no litoral de São Paulo, que falam sobre seu estilo de vida e sobre a cultura tradicional dos caiçaras.
Nesse livro, a autora relata algumas de suas travessuras e “patacoadas”, com um tom de humor, de sua infância e adolescência. São experiências que envolvem esquecimentos, vergonhas, arrependimentos etc., e podem ser identificadas por qualquer um que já cometeu uma patacoada.
EDITORA ESCARLATE
Patacoadas, de Patricia Auerbach. São Paulo: Escarlate, 2016.
O Território do Brincar é um filme e um site com pequenos vídeos, que mostram crianças com seus brinquedos e brincadeiras em diversas partes do Brasil: comunidades rurais, indígenas, quilombolas, grandes metrópoles, sertão e litoral.
O menino no espelho, de Guilherme Fiuza Zenha. Brasil, 2013. No filme O menino no espelho, Fernando, um garoto de 10 anos, percebe que, se conseguir deixar para alguém as coisas que ele não gosta de fazer, terá tempo de sobra para se divertir e aproveitar a vida. Inesperadamente essa oportunidade aparece e Fernando viverá muitas aventuras e grandes surpresas.
FILME DE GUILHERME FIUZA ZENHA. O MENINO NO ESPELHO. 2013. BRASIL.
Território do Brincar, de David Reeks e Renata Meirelles. Brasil, 2015.
FILME DE DAVID REEKS E RENATA MEIRELLES. TERRITÓRIO DO BRINCAR. 2015. BRASIL. PRODUÇÃO MARIA FARINHA FILME E LUDUS VIDEOS E CULTURA
Filmes
Site HTTP://WWW.MUSEUDAPESSOA. NET/PT/HOME
Museu da Pessoa. O Museu da Pessoa é um acervo virtual de relatos da experiência de vida de muitas pessoas. Elas contam histórias da infância, relembram a família, contam sobre coisas de que gostam etc. Disponível em: <http://livro.pro/i5ikyx>. Acesso em: 27 mar. 2019.
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