Saberes Científicos

Page 1

SABERES CIENTÍFICOS 1 o. ANO •

SABERES CIENTÍFICOS 1 o. ANO • Ensino Fundamental

A coletânea Saberes Científicos apresenta propostas criativas e práticas para a alfabetização científica e para a ação cidadã nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Por meio da experimentação e da observação de diferentes objetos científicos, os alunos são convidados a compreender e a atuar em um mundo cada vez mais integrado pela tecnologia e marcado pela presença da ciência em suas diversas dimensões. Cada volume apresenta quatro planos de aula com orientações sobre os vídeos disponibilizados no FTD digital, na coleção

CIÊNCIAS, além de fichas de registro dos

experimentos científicos. Criada de modo a enriquecer e complementar os conteúdos da coleção didática FAÇA Ciências, as propostas de experimentação científica apresentam também aspectos atitudinais e procedimentais pertinentes à coleção. Os vídeos utilizam linguagem dinâmica e são apresentados como uma ferramenta de aprendizagem inovadora, articulando saberes

ISBN 978-85-96-00817-4

9

CAPA_Pos-Adotantes_SABERES.indd 1-3

788596 008174

49997382

técnicos e científicos ao método lúdico do teatro pedagógico.

11/16/16 10:42 AM



SABERES CIENTÍFICOS 1 o. ANO • Ensino Fundamental Organizadora: Ana Teresa Ralston Ana Teresa Ralston, licenciada em Pedagogia e Administração Escolar pela Universidade Mackenzie (1992); pós-graduada em Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) / Microsoft (2007); extensão em Gestão em Inovação pela Fundação Getúlio Vargas FGV-SP / Dom Cabral (2011); extensão em Inovação Babson (2012). Desde 2002 atua na área de educação como educadora em escolas particulares como Colégio Dante Alighieri - SP (1990-1999); diretora de Tecnologia de Educação Grupo KlickNet (1999-2003); gerente de Educação Microsoft (2003-2009); diretora de Tecnologia de Educação na Abril Educação (2009-2014); VP UniItalo (2014-2015); Ciência em Show (desde 2016).

1.ª edição | São Paulo | 2016

D4-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 1

11/24/16 15:55


Copyright © Editora FTD, 2016 Diretor editorial Gerente editorial Editoras Editora assistente Assessoria Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto gráfico e capa Supervisor de arte Editores de arte Tratamento de imagens Coordenadora de preparação e revisão Supervisora de preparação e revisão Preparação Revisão Supervisora de licenciamento de textos Diretor de operações e produção gráfica

Lauri Cericato Silvana Rossi Júlio Deborah d’Almeida Leanza, Luciana Pereira Azevedo Remião Laura Alves de Paula Priscila Manfrinati Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Bruno Attili Vinícius Fernandes Carolina Ferreira, Edgar Sgai, Felipe Borba Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Lilian Semenichin Izabel Cristina Rodrigues Márcia Anjo Ana Lúcia P. Horn, Carolina Manley Elaine Bueno Reginaldo Soares Damasceno

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Saberes científicos, 1o ano do ensino fundamental / organizadora Ana Teresa Ralston. –– 1. ed. –– São Paulo : FTD, 2016. ISBN 978–85–96–00817–4 1. Aprendizagem através de experimentos 2. Atividades 3. Ciência - Experimentos 4. Ciências (Ensino fundamental) 5. Prática de ensino 6. Sala de aula – Direção I. Ralston, Ana Teresa. 16–08654

CDD–372.35 Índices para catálogo sistemático:

1. Ciências : Experimentos : Ensino fundamental 372.35

1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à

EDITORA FTD Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br / E-mail: central.relacionamento@ftd.com.br Central de relacionamento com o cliente: 0800 772 2300

D4-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 2

Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

11/29/16 10:22 AM


Sumário Apresentação / 4 Episódios em vídeo e temas / 6 Alfabetização científica: abordagem teórica / 7 Aprender por meio de diferentes linguagens / 10 Bibliografia de apoio / 13 Planos de aula / 16 Na trilha dos bichos / 17 Tem vida aí? / 20 Pulando juntos / 23 Lixo, não! / 25

Anexos - Fichas de registro dos experimentos científicos / 29

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 3

11/18/16 5:44 PM


Apresentação Saberes científicos é uma coletânea de experimentos e atividades voltada para a alfabetização científica integrada à Coleção Faça Ciências. Concebida sob as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Ciências, coloca em pauta os conceitos de competências e habilidades expressos nos Quatro Pilares da Educação, nos princípios da Pedagogia Ativa, nas premissas elencadas na Teoria das Inteligências Múltiplas e nos fundamentos da Aprendizagem Significativa. Os planos de aula que compõem os volumes impressos dos Saberes científicos oferecem um conjunto de experimentos e atividades de Ciências, trabalhados com rigor conceitual, linguagem lúdica e adequada para alunos do 1o ao 5o ano do Ensino Fundamental, com a participação do grupo Ciência em Show, conhecido em todo o país por sua atuação em programas de televisão. A utilização de recursos cênicos para a demonstração das experiências parte de instrumental lúdico e, mais que isso, é uma ferramenta de aprendizagem que articula a linguagem e os saberes em dois extremos e complexos campos do conhecimento humano: o Teatro e a Educação. (JAPIASSU, 1998) No caso da coletânea Saberes científicos, os experimentos e as atividades articulam, ainda, conhecimentos de outra ordem: os técnicos e os científicos. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que os recursos cênicos do teatro pedagógico são ferramentas facilitadoras para a consecução da alfabetização científica, na medida em que possibilitam a desmistificação dos fenômenos e a introdução da reflexão sobre o espaço científico. Além disso, viabilizam a formação para a ação cidadã, incentivando iniciativas de sustentabilidade e a aplicação do conceito ecológico em suas variadas dimensões. Na plataforma digital da coleção são disponibilizados quatro vídeos para cada volume. Atrelados aos experimentos e às atividades

4

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 4

11/18/16 5:44 PM


dos vídeos, são propostos planos de aula para o professor e as fichas de registros dos experimentos científicos, que poderão ser copiadas e disponibilizadas aos alunos. Os planos de aula contêm propostas de trabalho com explicitação dos conceitos, sugestões para o manejo didático, além de abordagens articuladas à vida cotidiana. São seis seções planejadas para que o professor esclareça o percurso e se prepare para desenvolver as atividades: Introdução, Objetivos gerais e específicos, Descrição do experimento, Orientações didáticas, Encerramento e Ficha de registro dos experimentos científicos (anexo para aluno). A sinergia e a complementaridade com a Coleção Faça Ciências são estabelecidas pela correspondência de conteúdos conceituais e factuais, bem como pela sintonia dos aspectos atitudinais e procedimentais. As expectativas de aprendizagem poderão ser concretizadas por meio de experimentos e atividades, tomados como perspectiva motivadora e de ampliação de conhecimentos. Essas vivências darão oportunidades aos professores para o trabalho em sala de aula com a formulação de hipóteses e a confrontação de informações e para estimular os alunos a construir sínteses, mesmo que breves, para aplicação no cotidiano. O grande objetivo da coletânea Saberes científicos é contribuir para a alfabetização científica de maneira simples, porém rigorosa e contextualizada, oferecendo material para que os professores se sintam seguros em trabalhar temas aparentemente complexos, por meio dos quais os alunos desenvolvam competências e o prazer em aprender. A concepção da coletânea, complementar à Coleção Faça Ciências, repousa em estudos epistemológicos que descrevem a importância da experiência e da ludicidade na aprendizagem, baseia-se nas conclusões de pesquisas sobre a eficácia de procedimentos didáticos que envolvam a ação cognitiva e nutre-se da interlocução com docentes, conhecedores das necessidades da alfabetização científica dos alunos.

5

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 5

11/18/16 5:44 PM


SEMESTRE

ANO

Episódios em vídeo e temas

1

o

1o

2o

1o 2o 2o

1o 3o 2o

1o 4o

EPISÓDIO EM VÍDEO

Na trilha dos bichos

Animais silvestres; animais de diferentes ambientes; animais que habitam a floresta brasileira.

Tem vida aí?

Reconhecer seres vivos.

Pulando juntos

Prática de esportes.

Lixo, não!

Reutilizar objetos.

Enganando o paladar

Sentidos em ação: reconhecer cheiros e sabores.

Que som é esse?

Os sons do ambiente: de onde vem esse som.

Quente ou frio?

O que a pele pode perceber: medindo a temperatura.

Pincéis iluminados

O trajeto da luz: reconhecer fontes de luz.

Comer, comer!

Os alimentos e seus nutrientes.

O rei do amendoim

Cultivo dos alimentos.

Inimigo invisível

Doenças transmitidas pela água.

Se eu achasse um dinossauro...

Estudo dos fósseis.

Comidinha, para onde vai?

Os alimentos e seus nutrientes.

De olho na chuva

A previsão do tempo: o uso de equipamentos.

Correndo com amendoins

A energia nos seres vivos: um exemplo de transformação de energia.

Carro ou bicicleta?

O consumo de combustíveis fósseis: etanol, o álcool combustível.

O quadro perfeito

Transformar recursos da natureza: o uso de pigmentos do solo.

Tudo pelo meu time

A eletricidade em movimento: a obtenção da energia elétrica.

Que presente é esse?

Plantas, flores e sementes: plantas que produzem flores.

No céu também tem rei

O Sistema Solar: Sol e planetas rochosos.

2o

1o 5o

2o

TEMA

6

D4-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 6

11/24/16 15:37


Alfabetização científica: abordagem teórica As velozes mudanças no mundo contemporâneo, as inovações nas formas de produção, comunicação e relacionamento social, bem como a democratização do uso de ferramentas tecnológicas, marcam um novo tempo para a educação e para as expectativas de aprendizagem. Nesse contexto, a presença da Ciência na vida cotidiana demanda a alfabetização científica, que é definida de maneiras distintas pelos cientistas, mas que apresenta, de forma recorrente, a capacidade de o ser humano aplicar a Ciência para melhorar a qualidade de vida. Segundo Furió, a alfabetização científica são as possibilidades de que a grande maioria da população disponha de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários para se desenvolver na vida diária, ajudar a resolver os problemas e as necessidades de saúde e sobrevivência básica, tomar consciência das complexas relações entre ciência e sociedade. (FURIÓ et al, 2010). Conforme Chassot (2000), o termo representa “o conjunto de conhecimentos que facilitariam aos homens e mulheres fazer uma leitura do mundo onde vivem”. Ampliando o conceito, Hurd (1998) afirma que a alfabetização científica “envolve a produção e utilização da Ciência na vida do homem, provocando mudanças revolucionárias na Ciência com dimensões na democracia, no progresso social e nas necessidades de adaptação do ser humano”. Apesar dessas afirmações dos estudiosos, a alfabetização científica nem sempre é contemplada pelos percursos formativos das propostas pedagógicas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, apoiada no desenvolvimento de habilidades e atitudes ou como porta de entrada para conteúdos factuais/conceituais.

7

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 7

11/18/16 5:44 PM


Permanece, ainda, certa rigidez propedêutica no desenvolvimento do ensino de Ciências, com aulas expositivas e conteúdos descritivos, quando experimentos, experiências1 e atividades investigativas2 poderiam estabelecer mais facilmente a relação com a realidade e a apropriação de conceitos importantes para a compreensão de fenômenos relacionados ao cotidiano dos alunos. Entretanto, como pontua Melina Furman3, não basta identificar as competências que queremos ensinar, nem ser apenas criativos, quando realizamos experiências ou experimentos. Essas vivências, como atividades mobilizadoras, precisam ser mais do que oportunidades para colocar “mãos à obra”: elas precisam ser oportunidades de colocar as “mentes em ação”. De modo geral, os educadores demarcam e identificam os conceitos a serem ensinados para, na sequência, projetar ou planejar as maneiras de ensiná-los, definindo competências. No caso do ensino de Ciências, é fundamental que as atividades propiciem o desenvolvimento de competências científicas e que, ao longo da escolaridade, haja um progressivo avanço das mais simples, como observar e descrever, para as mais complexas, como fundamentar experimentos4 e argumentar. No entanto, para que esse percurso possa ser beneficiado por atividades que façam sentido, é necessário que se pergunte: o que de fato se deseja que o aluno aprenda? Em outras palavras: quais são as expectativas de aprendizagem? Se há clareza quanto a isso, será possível identificar as competências das quais se pretende tratar. 1 Do latim experientia, é a ação e o efeito de experimentar (realizar ações destinadas a descobrir ou comprovar determinados fenômenos). O procedimento, habitual no âmbito dos trabalhos científicos, tem o propósito de averiguar uma hipótese. 2 Para Melo (2000), o ensino de Ciências deve levar em consideração necessidades, interesses e curiosidades dos alunos, seus conhecimentos prévios, tirando-os da posição de observadores e levando-os a pesquisar e encontrar soluções para questões problematizadoras. 3 Bióloga argentina, Melina Furman é doutora em Educação e Ciências pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e coordenadora científica da Sangari Argentina. 4 “Os experimentos constituem-se como proposta de criação de situações que discutam com o sujeito aprendiz a apropriação de conhecimentos já existentes para as ciências, mas novos para o sujeito” (CACHAPUZ; PRAIA; JORGE, 2004).

8

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 8

11/18/16 5:44 PM


As competências não se desenvolvem espontaneamente. Para serem desenvolvidas é necessário um planejamento de trabalho com o uso de estratégias precisas e facilitadoras que viabilizem a concretização das expectativas de aprendizagem. Ensinar a observar, por exemplo, não significa apresentar um fenômeno e pedir que os alunos o observem. A observação, de fato, ocorrerá se o professor fornecer elementos para que o aluno preste atenção a aspectos específicos, em movimentos identificados ou em algum ponto em que haja uma informação de destaque. A experiência ou experimento terão sentido se o aluno for capaz de compreender o que viu e de relatar o que vivenciou, pois as palavras formalizam aquilo que aprendemos: [...] palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. E, pensar, não é somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado algumas vezes, mas é sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece. (LARROSA, 2001, p. 20) Vive-se atualmente uma busca desenfreada por informações. Nossa sociedade, entretanto, não deve ser entendida como uma sociedade do conhecimento, pois essa licença semântica pode levar ao equívoco de que aprender se reduz à simples apropriação de informações. Nesse sentido, Walter Benjamin, em um de seus textos (apud LARROSA, 2001), aponta que empobrecemos em experiências e estamos saturados pelo excesso de informações, nos transformando em “sujeitos informantes e informados” mas pouco experientes. A construção dos experimentos da Coleção Faça Ciências fundamenta-se na teoria epistemológica de Gaston Bachelard, que concebe a construção do conhecimento nas Ciências para além da racionalidade presente nas atividades escolares, articuladas apenas com o algoritmo matemático. Bachelard defende a experimentação, que requisita os conhecimentos prévios dos alunos e pode evidenciar as

9

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 9

11/18/16 5:44 PM


motivações e dúvidas, suscitar inferências e até revelar mitos e concepções do senso comum, elementos constitutivos do ato de “fazer suposições”, necessário para a compreensão de fenômenos. Ao fornecer ferramentas para a construção de saberes pela prática, propiciamos aos alunos a oportunidade de refletir, criar, sentir, expressar-se, experimentar e motivar-se para construir saberes e não somente um repertório de informações. Os experimentos propiciam, também, o desenvolvimento de meios de expressão, de comunicação e de reconhecimento de novas linguagens na medida em que os alunos são estimulados a formular hipóteses e construir sentidos. Nessa perspectiva, serão capazes de dizer o que vivenciaram no decurso dos experimentos e o que, de fato, aprenderam. Transformar essas concepções em práticas pedagógicas exige dos educadores bem mais do que boas intenções. Exige clareza e domínio do manejo didático e metodológico. Exige da escola a clareza de discurso e de objetivos, bem como a ousadia de acessar e construir conhecimentos por diferentes meios.

Aprender por meio de diferentes linguagens Ouvir narrativas, assistir a cenas que mobilizam sentimentos, imagens e emoções, dramatizar e encenar são situações que proporcionam prazer. Aristóteles (apud GUÉNOUN, 2004) argumenta que essas vivências, além de prazerosas, fazem-nos raciocinar, teorizar, buscar significados e generalizar o que aprendemos para outras situações e contextos; por meio delas aprendemos a conhecer o mundo, os outros e a nós mesmos. Na verdade, construímos sentidos na experiência pessoal de sermos espectadores. Embora o teatro seja um ato coletivo, cada indivíduo exercita sua memória e recorre a seus conhecimentos prévios, construindo novos significados e acessando o conhecimento por meio da experiência estética.

10

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 10

11/18/16 5:44 PM


Como indicamos anteriormente, a utilização de recursos cênicos para a construção dos experimentos e das atividades dos Saberes científicos não é apenas um recurso lúdico5, mas uma ferramenta de aprendizagem, que mobiliza conhecimentos técnicos e científicos. Nessa direção, é possível afirmar que os recursos cênicos do teatro pedagógico se constituem em ferramenta pedagógica de apresentação e desmistificação dos fenômenos e introdução de reflexão sobre o espaço científico. Um teatro didático-pedagógico é aquele que deve despertar a curiosidade e o interesse, que possibilite uma utilização informativa, recreativa, e educativa à assistência, possibilitando uma utilização crítica, estimulando o espectador a dialogar com a cena ou imagem. (CRUZ et al, 2012, p. 225) O teatro didático-pedagógico leva em conta a natureza inferencial da linguagem humana, a faixa etária, o rigor e a clareza em relação aos conceitos e a utilização dos elementos culturais da sociedade a que se destina. E é com essas preocupações que as técnicas do teatro foram utilizadas como facilitadoras da aprendizagem, materializando a relação entre teatro, ciência e educação, na construção dos vídeos da coletânea Saberes científicos para a Coleção Faça Ciências. Embora, na Europa, países como Portugal, Inglaterra, Suécia, Holanda já tenham desenvolvido e disseminado o teatro científico como ferramenta pedagógica, no Brasil a assunção desse modelo educativo ainda é tímida. Realizar a alfabetização e formação científica, com recursos inovadores, permite a oferta de oportunidades de aprendizagem por meio de múltiplas linguagens, ampliando possibilidades para aqueles que 5 É por intermédio da atividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ela se integrando, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com seus semelhantes e conviver como um ser social. Além de proporcionar prazer e diversão, o jogo, o brinquedo e a brincadeira podem representar um desafio e provocar o pensamento reflexivo da criança. Assim, uma atitude lúdica efetivamente oferece aos alunos experiências concretas, necessárias e indispensáveis às abstrações e operações cognitivas. (DALLABONA; MENDES, s/d)

11

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 11

11/18/16 5:44 PM


teriam dificuldades de acessar o conhecimento por meio de exposição descritiva, por exemplo. Os experimentos e as atividades dos planos de aula devem provocar reflexões, de forma que os alunos se arrisquem a fazer relações, estimativas, suposições sobre problemas, fenômenos e conceitos científicos, habilidades essenciais para a formação do espírito científico, sem serem cerceados pelas práticas presentes em atividades discursivas. Entende-se, portanto, que os conteúdos, a linguagem e a proposta da coletânea possam promover situações facilitadoras para a consecução de vários aspectos da alfabetização científica, motivando os alunos, provocando a curiosidade e estimulando-os a empreender pesquisas e descobertas. Finalmente, recobrando Hurd (1998), quando se estabelece as relações da alfabetização científica “com dimensões na democracia, no progresso social e nas necessidades de adaptação do ser humano”, certamente, aponta-se para a aprendizagem de valores e atitudes que integram a cidadania local e planetária. Nesta perspectiva, a coletânea Saberes científicos traz no seu ideário não apenas a intencionalidade educativa para a postura cidadã, mas materializa seus princípios nas propostas de atividades, nos itinerários formativos dos vídeos e na articulação do conhecimento com a qualidade de vida e a sustentabilidade do planeta.

12

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 12

11/18/16 5:44 PM


Bibliografia de apoio ARMSTRONG, T. Inteligências múltiplas na sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2001. BRASIL.MinistériodaEducação.SecretariadeEducaçãoFundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997. Disponível em: <portal .mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2016. CACHAPUZ, A.; PRAIA, J.; JORGE, M. Da educação em Ciências às orientações das Ciências: um repensar epistemológico. Revista Ciência & Educação, v. 10, n. 3, p. 363-381, 2004. CARVALHO, F. W. De quem é o palco? Festival de teatro na escola: um processo de transgressão. Brasília, DF: Departamento de Artes Cênicas da UnB, 2003. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Ed. Unijuí, 2000. CRUZ, J. A. L. et al. Ensino de física em espaços não formais. In: ALVES, A. S.; JESUS, J. C. O.; ROCHA, G. R. (Org.). Ensino de Física: reflexões, abordagens e práticas. São Paulo: Livraria da Física, 2012. v. 1. p. 215-236. DALLABONA, S. R.; MENDES, S. M. S. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Instituto Catarinense de Pós-Graduação – ICPG, s/d. Disponível em: <http://www. posuniasselvi.com.br/artigos/rev04-16.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2016. DELORS, J. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 6. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC, Unesco, 2001. DESGRANGES, F. Pedagogia do teatro: provocação e dialogismo. São Paulo: Hucitec, 2006. FURIÓ, C. et. al. Finalidades de la enseñanza de las ciencias em la secundaria obligatoria. Enseñanza de las ciencias, v. 19, n. 3, p. 365-376, 2010.

13

D4-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 13

11/29/16 10:24 AM


FURMAN, M.; PODESTÁ, M. E. La aventura de enseñar ciencias naturales. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2014. GUÉNOUN, D. O teatro é necessário? São Paulo: Perspectiva, 2004. HURD, P. D. Scientific Literacy: New Minds for a Changing World. Science Education, v. 82, n. 3, 1998. p. 407-416. JAPIASSU, R. O. V. Jogos teatrais na escola pública. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 81-97, jul./dez. 1998. JULIÃO, G. S. Show de Física: diálogos científicos. São Paulo: lnstituto de Física da Universidade de São Paulo, 2004. Dissertação de Mestrado. LARROSA. J. B. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. In: I Seminário Internacional de Educação de Campinas. Campinas, jul. 2001 Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/ n19a02.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2016. MELO, M. R. Ensino de Ciências: uma participação ativa e cotidiana. In: SANTOS, P. O.; BISPO. J. S.; OMENA, M. L. R. A. (2005). O ensino de Ciências Naturais e cidadania sob a ótica de professores inseridos no programa de aceleração de aprendizagem da EJA – Educação de Jovens e Adultos. Ciência & Educação (Bauru), 11(3), 411-426. NÓVOA, A. Os professores na virada do milênio: do excesso dos discursos à pobreza das práticas. Cuadernos de Pedagogía, n. 286, dez. 1999. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/bitstre am/10451/690/1/21136_1517-9702_.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2016. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. PERRENOUD, P.; THURLER, M. G. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. SILVA, F. T.; SILVA, A. L. S. O teatro como instrumento pedagógico para o ensino de Física. Caderno de Física da UEFS, Feira de

14

D4-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 14

11/24/16 15:45


Santana, v. 11, n. 01 e 02, p. 43-55, 2013. Disponível em: <http:// dfis.uefs.br/caderno/vol11n12/Artigo04TerciaJuan.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2016. WILKER, F. O espelho do mundo: teatro-educação e a criação de novos olhares para a vida. In: BRASIL. Ministério da Educação. Linguagem teatral e práticas pedagógicas. Brasília, DF, maio 2010. (Salto para o futuro). Disponível em: <http://cdnbi.tvescola.org.br/ resources/VMSResources/contents/document/publicationsSeries/ 14465604-Linguagemteatral.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2016.

15

D4-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 15

11/24/16 15:46


Planos de aula

16

D3-CIE-F1-1044-V1-PG-MP-M16.indd 16

11/18/16 5:44 PM


Plano de aula 1

Episódio em vídeo

Na trilha dos bichos

Duração w 2 aulas

Tema w Animais silvestres, da floresta e de outros ambientes Conteúdo relacionado w Unidade 2, capítulos 1 e 2 O tema “Animais silvestres, da floresta e de outros ambientes” é tratado no vídeo Na trilha dos bichos, cujo roteiro leva os alunos a se questionarem sobre as condições necessárias à preservação e ao desenvolvimento de alguns seres vivos. O roteiro da experiência consiste na identificação de local adequado para o plantio de uma árvore e na observação detalhada da localização dos seres vivos na natureza. Nessas atividades, os alunos serão estimulados a levantar suposições sobre o ambiente, a as formas de vida e as fontes de alimentação de uma árvore e de outros seres vivos. Como parte das reflexões, os cientistas orientarão a descrição de animais e do local onde se encontram, além de abordarem a condição da interdependência dos seres vivos.

Objetivos gerais e específicos Objetivo geral w Essa unidade tem como objetivo apresentar exemplos de seres vivos, ressaltando a relação de suas características físicas e de alguns de seus hábitos de vida com os ambientes em que vivem.

Objetivos conceituais w Conhecer alguns seres vivos, locais onde podem ser encontrados e algumas de suas características. w Ampliar o vocabulário sobre os temas tratados.

Objetivos procedimentais w Expor e discutir oralmente os conhecimentos prévios e os construídos ao longo da unidade. w Realizar o estudo sobre a temática dos animais por meio da análise de gravuras e da observação de espécies na natureza. w Relacionar as condições ambientais com a presença de seres vivos. w Examinar informações sobre os animais estudados.

Objetivos atitudinais w Reconhecer e respeitar a diversidade de espécies que estão em diferentes ambientes naturais. w Conscientizar-se da importância de não retirar animais silvestres de seu hábitat natural para domesticá-los. w Indagar sobre benefícios provenientes do contato com a natureza. w Assumir uma postura sustentável, por meio de ações que promovam a conservação e o aumento da quantidade de áreas verdes, como plantar árvores e cultivar jardins em casa.

17

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 17

11/18/16 5:44 PM


Experimento em vídeo

Na trilha dos bichos Material necessário w Uma muda de árvore. Escolha aquela que melhor se adapte à sua região e ao local escolhido para o plantio. Uma opção é consultar o órgão responsável por plantios no seu município e solicitar a ele uma muda. w Pá. w Placa identificadora. w Regador. w Cerca protetora. w Folhas secas.

Procedimentos 1 Escolha o local adequado para o plantio, avaliando a facilidade de acesso, a insolação, a disponibilidade de água da chuva e água de rega, a presença de construções e estruturas nas proximidades. 2 Cave uma cova de aproximadamente 30 cm de profundidade e 30 cm de largura. 3 Corte e retire o saquinho da muda, com cuidado para não desmanchar o torrão. 4 Acomode o torrão na cova e preencha com terra o espaço do buraco. 5 Aperte a terra para que fique firme e deixe o terreno em volta da muda aproximadamente 2 cm abaixo do nível natural dele, para facilitar a rega. 6 Cubra o solo com folhas secas para ajudar a manter a umidade. 7 Regue a planta abundantemente, mas sem encharcar. 8 Identifique a muda com uma plaquinha. 9 Se achar necessário, caso o local do plantio esteja sujeito à depredação, por exemplo, posicione e fixe uma cerca de proteção em volta da planta.

Fenômenos observados As árvores e outras plantas têm grande importância no ambiente, pois produzem oxigênio por meio da fotossíntese e gás carbônico pela respiração, influenciando o clima e a atmosfera local. Sua transpiração deposita vapor de água na atmosfera, o que, em grande escala, influi no regime das chuvas, por exemplo. Elas servem de moradia para diversas espécies de seres vivos, além de serem fonte de alimento. É importante salientar que, na atividade demonstrada no vídeo, foi usada uma muda previamente preparada. Essa preparação se dá com o plantio da semente em recipiente próprio, com terra, irrigação e clima apropriados para cada planta e, de preferência, sua mudança para o local definitivo deve acontecer de acordo com a recomendação para a espécie. Uma sugestão é recorrer a um órgão público responsável pelo plantio de árvores para obter informações sobre as mudas recomendadas e disponíveis e, se necessário, sobre os processos específicos de plantio para a espécie adotada, uma vez que os procedimentos propostos na atividade do vídeo são genéricos e não levam em conta especificidades da mexeriqueira, por exemplo, embora sejam confiáveis para a maioria das espécies. Mais informações podem ser encontradas em: <http://ftd.li/mqh6ux> e <http://ftd.li/wsjqor> (acessos em: out. 2016). Também é importante destacar, ao final da atividade, como espécies animais são beneficiadas ao plantarmos uma árvore, incluindo nós, seres humanos.

Orientações didáticas

Ao término do vídeo, procure elaborar, com os alunos, uma lista dos animais que foram encontrados durante o passeio dos cientistas. Pergunte a eles do que os seres vivos encontrados se alimentam e peça que descrevam o local onde foram encontrados. Ressalte que os animais, geralmente, vivem em ambientes que são propícios ao seu desenvolvimento. Depois, fale sobre o plantio da árvore. Pergunte aos alunos por que é importante plantarmos árvores. Anote as respostas no quadro.

18

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 18

11/24/16 16:02


Questione a turma sobre as condições dos lugares onde as plantas normalmente podem ser encontradas e se essas condições estavam presentes onde a árvore foi plantada. Ressalte que elas são importantes para o crescimento da planta. Pergunte se alguém tem vasos de plantas ou jardim em casa. Também questione os alunos sobre o formato das folhas, a cor, a textura (explique o que é) e o aroma das plantas que eles possuem em casa ou que já observaram em praças e outras áreas verdes que tenham visitado. Com base nas respostas, destaque a variedade de espécies e dê alguns exemplos de plantas que se adaptam facilmente a ambientes domésticos, como orquídeas, gerânios e cactos. A ideia aqui é levar os alunos a perceber como pode ser fácil e prazeroso auxiliar na manutenção de plantas. Estimule a turma a dar alguns exemplos de plantas que apresentem frutos, avisando que nem todas as plantas os produzem. Nesse momento, não é necessário diferenciar fruto de frutos partenocárpicos e outras estruturas; apenas ressalte a diversidade existente. Antes da apresentação do vídeo, pergunte aos alunos se eles já plantaram algum tipo de vegetal. Também questione sobre o que é necessário para se iniciar um pequeno jardim. Depois da exibição do vídeo, retome as respostas e veja se eles querem modificá-las. Sobre a adubação, instrua os alunos sobre restos de alimentos que podem ser utilizados como fertilizantes para as plantas, como cascas de frutos, de verduras e de legumes, bem como folhagens, normalmente descartados no lixo doméstico. A ideia é mostrar aos alunos como é importante fazer reaproveitamento de resíduos domésticos e diminuir a produção de lixo. Discuta com eles a importância de apenas observar a natureza, e não retirar pedaços de plantas e outros seres vivos sem que exista real necessidade. Estimule-os a desenhar o que eles acharam interessante, em vez de coletar. Em seguida exiba o vídeo Na trilha dos bichos.

Encerramento w Após a exibição do vídeo, questione os alunos sobre a relação entre plantação e preservação de árvores e de animais. O interessante é que, neste ponto da aula, a turma já consiga verbalizar que a preservação ambiental é importante para mantermos seguros os locais onde as espécies vivem. w Aproveite para perguntar-lhes sobre o que possivelmente acontece às espécies que têm seu hábitat destruído pela derrubada ou queimada de árvores. w Diga aos alunos que tão importante quanto preservar as áreas já existentes é praticar o reflorestamento das que foram desmatadas. w Neste ponto da atividade, se possível, programe previamente um momento para que eles realizem o plantio de algumas mudas no espaço escolar ou outro de fácil acesso próximo à escola, como uma praça ou canteiro. Opte por um local onde a planta não tenha de ser removida posteriormente. Também é válido levar os alunos para acompanharem as diferentes etapas de crescimento da muda. Peça a eles que façam desenhos indicando o que mudou no ambiente e na planta conforme o crescimento. Outra atividade que possibilita aos alunos colocar em prática os conteúdos aprendidos nessa unidade é entregar-lhes algumas revistas e jornais e pedir que façam recortes de exemplos de árvores e plantas. Esses recortes podem ser fixados em cartolinas na sala de aula. Procure identificar os nomes populares das plantas e pergunte aos alunos se eles já viram essas plantas em algum local. w Por fim, entregue a Ficha de registro dos experimentos científicos aos alunos e peça que realizem as atividades propostas.

Respostas das atividades da Ficha de registro dos experimentos científicos 1 Espera-se que os alunos representem em seus desenhos formigas, borboletas, pássaros, joaninhas e pequenos insetos. 2 Resposta pessoal. 3 Espera-se que os alunos representem algumas das etapas de plantio realizadas durante o experimento, como a preparação da terra, a irrigação e a germinação das sementes. 4 Espera-se que os alunos representem a importância das árvores como fonte de alimentos, moradia de animais e na regulação climática, por exemplo.

19

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 19

11/18/16 5:44 PM


Plano de aula 2

Episódio em vídeo

Tem vida aí?

Duração w 2 aulas

Tema w Reconhecer seres vivos Conteúdo relacionado w Unidade 5, capítulos 1 e 2 O tema deste episódio é o reconhecimento e a conceituação do que são seres vivos e elementos não vivos. Os cientistas farão uma expedição para fotografar plantas, animais, paisagens e demais seres da natureza. A intenção científica dessa atividade é caracterizada pela introdução de conteúdos procedimentais e atitudinais materializados na determinação de regras e critérios prévios, pela exigência de observância dessas condições e pela problematização, apresentada como “missão” para os alunos: fotografar seres vivos e elementos não vivos sob determinadas condições. Os cientistas mediarão a atividade levando os alunos à construção dos conceitos de seres vivos em desenvolvimento nas diversas etapas da vida e de elementos não vivos, usando a observação, o levantamento de suposições e a comparação. O resultado será a exposição fotográfica em painel de seres vivos e elementos não vivos com comentários e explicações dos alunos sobre a interdependência dos seres da natureza e o compromisso com sua preservação.

Objetivos gerais e específicos Objetivo geral w O principal objetivo dessa unidade é identificar e diferenciar seres vivos e elementos não vivos em um ambiente por meio da observação e da comparação entre eles.

Objetivos conceituais w w w w w

Conhecer o que são seres vivos e elementos não vivos. Distinguir os seres vivos dos elementos não vivos. Reconhecer relações entre os seres vivos e os elementos não vivos. Examinar as diferentes etapas de vida de alguns organismos. Perceber o papel de alguns elementos não vivos na manutenção da vida dos seres vivos. Por exemplo: o ar (elemento não vivo) exerce papel fundamental na vida das plantas e dos animais (seres vivos).

Objetivos procedimentais w w w w

Identificar as características dos seres vivos e dos elementos não vivos. Planejar e compreender as etapas de uma atividade prática. Trabalhar a capacidade de reconhecimento e de classificação de seres vivos e elementos não vivos. Estabelecer relações entre os seres vivos e os elementos não vivos, levantando hipóteses sobre o que aconteceria, por exemplo, se uma planta (ser vivo) não tivesse água (elemento não vivo) à sua disposição.

Objetivos atitudinais w Reconhecer, com base nos exemplos estudados, a diversidade de características apresentadas pelos seres vivos encontrados na natureza. w Conscientizar-se da importância de zelar pela preservação de elementos não vivos, como a água, o ar, a terra, que são necessários para a sobrevivência dos seres vivos, como as plantas, os animais e os seres humanos. w Com base no conteúdo trabalhado nessa unidade, exercitar o respeito dos alunos ao meio ambiente e aos seres vivos.

20

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 20

11/18/16 5:44 PM


Experimento em vídeo

Tem vida aí? Material necessário w w w w w

Câmera fotográfica (pode ser a de um celular). Cartolina ou papel cartão para a confecção do mural. Cola ou fita adesiva. Canetão. Quadro.

Procedimentos 1 Prepare os alunos para uma atividade de estudo do meio, cujo objetivo é observar seres vivos e elementos não vivos. 2 Dê atenção especial à segurança do passeio, que pode ser até mesmo em um jardim. 3 Peça aos alunos que fotografem os seres vivos e os elementos não vivos que encontrarem. 4 Imprima as fotos escolhidas. 5 Incentive a produção de um mural para expor as fotos categorizadas de acordo com as legendas: “Seres vivos” e “Elementos não vivos”.

Fenômenos observados Nessa etapa de aprendizagem dos alunos, seres vivos podem ser definidos como aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Portanto, seu período de vida tem etapas distintas que, em muitos casos, podem ser observadas e identificadas: filhotes e animais adultos, plantas pequenas e árvores adultas, larvas e moscas, lagartas e borboletas, alevinos e peixes, girinos e sapos etc. A atividade proposta estimula a observação para que os alunos possam identificar na natureza seres vivos e a etapa da vida na qual se encontram, registrando-os. Caso não reconheçam as diferentes etapas, indique a eles que etapa do desenvolvimento estão vendo e como é esse ser vivo em outra fase. São também apresentados elementos não vivos, conhecidos como abióticos, que são parte do ambiente, muitas vezes fonte de recursos para os seres vivos, mas que apresentam características distintas, como o ar, as rochas e a água. Mostre a eles que há ainda outros elementos não vivos que podem ter sido colocados no ambiente por seres humanos, como lixos, placas ou cercas.

Orientações didáticas Os seres vivos, nessa fase do desenvolvimento dos alunos, podem ser definidos como aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem, como os animais, os fungos, as plantas, as algas, os protozoários e as bactérias. Os elementos não vivos são aqueles que não possuem vida, mas que também estão no ambiente, como o ar, a água, o solo e as pedras. Alguns podem ser produzidos pelo ser humano, como os carros, as roupas, os computadores, os brinquedos e vários outros. Enfatize aos alunos que os elementos não vivos interferem nas condições necessárias para a vida dos seres vivos. Alguns deles são indispensáveis à vida, outros podem comprometer a sustentabilidade dos recursos do planeta. Exemplifique dizendo que a água é um elemento não vivo, mas que as plantas precisam dela para se reproduzir e crescer; os peixes, por sua vez, vivem nela. Indique também que a água é essencial à manutenção dos seres humanos e de todos os outros seres vivos. Dê outros exemplos de elementos não vivos que são essenciais à vida, como o ar, que permite a respiração, e a terra, que proporciona a fixação às plantas e a obtenção das condições necessárias para viver.

21

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 21

11/24/16 16:03


No passeio sugerido, mostre aos alunos outros exemplos de interação entre elementos não vivos e seres vivos. Procure explorar as interações observáveis no local e mostrar a eles, por exemplo, uma rocha ou um muro que tenha musgos fixados. Diga aos alunos que o musgo contou com o auxílio de alguns elementos não vivos para se estabelecer naquele local, como o ar, a água e a luminosidade do Sol que contribuíram para o nascimento da planta. Tente mostrar a eles também, se possível, diferentes tamanhos de musgos. A ideia é que a turma perceba as diferentes etapas de desenvolvimento de um ser vivo. Mostre uma foto ou figura com seres vivos e elementos não vivos e peça aos alunos que os identifiquem. Procure mobilizar toda a classe, promovendo a participação de todos na identificação dos seres vivos e elementos não vivos da foto. Se necessário, disponibilize mais de uma foto. Exiba o vídeo Tem vida aí?

Encerramento w Depois de os alunos assistirem ao vídeo, questione: 1 Quais seres vivos foram citados no vídeo? 2 Quais elementos não vivos foram fotografados? 3 Dê exemplos de elementos não vivos que não foram citados no vídeo. w Neste ponto da unidade, também é válido criar um momento em que os alunos verbalizem alguns exemplos da interação entre os elementos não vivos e os seres vivos. w O professor pode dar um exemplo de ser vivo e a turma dizer quais elementos não vivos são necessários para a vida do ser vivo em questão. Procure trabalhar exemplos de seres vivos de diferentes reinos, como plantas, animais etc. w Também é válido fazer o inverso. Dê um exemplo de elemento não vivo e peça aos alunos que digam quais seres vivos precisam dele para viver. w Uma vez que a turma tenha compreendido a relação existente, demonstre a importância de cada cidadão preservar o meio ambiente, com ações como evitar jogar lixo em local inadequado, prevenir queimadas e não contaminar mananciais de água, mostrando como isso afeta a vida dos seres vivos. w Conclua a discussão esclarecendo as possíveis dúvidas que os alunos ainda tenham e, em seguida, peça que realizem as atividades propostas na Ficha de registros dos experimentos científicos.

Respostas das atividades da Ficha de registro dos experimentos científicos 1 Resposta pessoal. Espera-se que os alunos desenhem animais, como abelhas e cachorros, e plantas, como jabuticabeira e grama. 2 Resposta pessoal. Espera-se que os alunos representem elementos como água e rochas. 3 Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam, para cada elemento, as seguintes opções. Água: plantas e animais. Solo: plantas. Luz solar: plantas. Ar: plantas e animais. 4 Resposta pessoal. Os alunos poderão representar a relação das plantas com a luz solar, por exemplo.

22

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 22

11/18/16 5:44 PM


Plano de aula 3

Episódio em vídeo

Pulando juntos

Duração w 2 aulas

Tema w Prática de esportes Conteúdo relacionado w Unidade 6, capítulo 1 O episódio Pulando juntos tem como foco a prática de esportes e a discussão sobre como as partes do corpo são mobilizadas nas diversas modalidades esportivas e exercícios. Nesta atividade, com base nos conhecimentos prévios dos alunos, o professor terá a oportunidade de refletir sobre a energia necessária para a prática de esportes e a relação da condição física com a alimentação saudável. A atividade promove condições para a análise da prática esportiva em vários aspectos: lazer e bem-estar, competição saudável, aptidão pelas modalidades, limitação física e inclusão, métricas esportivas, regras esportivas, eventos esportivos etc. Nesse contexto, o professor poderá também abordar conteúdos atitudinais, acrescentando ao vídeo discussões sobre o significado de vencer, perder, empatar e esperar sua vez, o convívio com indivíduos de diferentes religiões, características físicas e níveis sociais. Também nesse momento, pode ser proveitoso discutir a inclusão das pessoas com deficiência nos esportes e a importância sociocultural dos esportes paraolímpicos. Exploram-se, também, as ideias das crianças sobre diferentes atividades físicas e sobre o biotipo corporal mais favorável para um melhor desempenho em algumas modalidades esportivas.

Objetivos gerais e específicos Objetivo geral w O principal objetivo dessa unidade é ampliar o conhecimento sobre o corpo humano, destacando-se a importância dos exercícios físicos.

Objetivos conceituais w Reconhecer que a prática regular de atividades físicas é um hábito importante para a manutenção da saúde. w Conhecer as capacidades e os limites do próprio corpo. w Exercitar a percepção sobre o espaço e o tempo.

Objetivos procedimentais w w w w

Perceber como a atividade física contribui para o gasto de energia, melhorando a concentração. Estabelecer interações sociais e o espírito colaborativo. Aprender a elaborar e respeitar regras. Estimular a imaginação e aprimorar a capacidade lógica.

Objetivos atitudinais w w w w

Respeitar diferenças individuais relacionadas à capacidade de realização de atividades físicas. Perceber-se como componente do grupo e valorizar as vivências que este proporciona. Incentivar outras pessoas à prática regular de exercícios físicos. Aprender a respeitar as diferenças de habilidades físicas das pessoas.

23

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 23

11/30/16 10:14 AM


Experimento em vídeo

Pulando juntos Material necessário w Bandeiras confeccionadas para marcar posição. Faça bandeiras com as cores de cada equipe. w Trena.

w Lousa ou flip-chart com canetão para anotar os resultados.

Procedimentos 1 2 3 4

Prepare os alunos fazendo um alongamento para atividade esportiva. Divida-os em duas equipes, pelo menos. Marque no chão uma linha, que será o ponto de partida. Para cada equipe, todo participante terá direito a um salto, com os pés posicionados na linha de partida ou na linha determinada pelo salto do participante anterior. A distância do salto será marcada com a bandeirinha da equipe. No final, vence a equipe cuja soma das distâncias dos saltos for maior. 5 Proceda com os saltos e as medidas, anotando os resultados. 6 Faça a soma e identifique a equipe vencedora.

Fenômenos observados O conhecimento do próprio corpo e a prática esportiva são essenciais para a manutenção da saúde. O hábito de praticar esportes deve ser estimulado desde a infância, pois os benefícios gerados ao longo da vida são diversos. Na atividade proposta, o professor tem a oportunidade de refletir com os alunos sobre a prática de esportes em vários aspectos: lazer e bem-estar, competição, aptidão pelas modalidades, limitação física e inclusão, métricas esportivas, regras esportivas, eventos esportivos etc. Na prática sugerida, salto em distância, podem-se estabelecer relações de planejamento, como a escolha dos participantes com melhor desempenho; de métricas, como a medição do salto; de cumprimento das regras estabelecidas e acordadas; entre outras. Sugere-se ao professor também ressaltar a importância da alimentação adequada e a necessidade de hidratação para um bom desempenho esportivo.

Orientações didáticas O ser humano realiza muitas atividades: comer, tomar banho, vestir-se, brincar, desenhar. Para realizar essas e outras atividades, utilizamos diferentes partes do corpo. Indague os alunos sobre quais partes são utilizadas em cada atividade. Eles devem perceber que todas as partes do corpo são importantes, em maior ou menor grau. As brincadeiras são atividades físicas que colaboram para o desenvolvimento do corpo das crianças e podem ser usadas como exemplos para que os alunos reconheçam as partes do corpo e as características de exercícios. As modalidades esportivas coletivas podem trazer ainda outros benefícios às crianças: o aprendizado das regras e do significado de ganhar, perder, empatar e esperar sua vez; o convívio com indivíduos de diferentes religiões, características físicas e níveis sociais. É importante incentivar o espírito esportivo dos alunos e mostrar a eles que as diferenças devem ser respeitadas. Promova um momento em que os alunos verbalizem de quais brincadeiras mais gostam. Em seguida, questione-os sobre quais partes do corpo são mais utilizadas nessas brincadeiras, mas ressalte que as partes menos utilizadas também são importantes. Podem-se exemplificar também alguns esportes, como futebol, vôlei, natação, e questionar os alunos sobre quais partes do corpo os atletas mais exercitam na prática deles. Nesse ponto da atividade, é válido, ainda, levar algumas gravuras de esportistas paralímpicos e mostrar aos alunos que os atletas em questão, mesmo com deficiências motoras, não deixaram de tentar ultrapassar seus limites físicos e de praticar exercícios.

24

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 24

11/24/16 16:05


Antes de finalizar a atividade, promova um momento de alongamento com toda a turma, salientando a importância da atividade física para a saúde das pessoas, desde que feita de maneira correta. Finalmente, exiba o vídeo Pulando juntos.

Encerramento w Depois de exibir o vídeo, peça aos alunos que respondam às seguintes questões: 1 Qual é o esporte preferido de Wilson e de Gerson? 2 Por que temos de beber água depois de praticar esportes? (Destaque que é necessário ingerir água, ainda que em menor quantidade, durante a prática de alguns exercícios físicos, de modo a manter-se saudável. Se possível, explique simplificadamente o conceito de hidratação para eles.) w Antes de finalizar, diga aos alunos que o corpo humano necessita de energia para funcionar e que esta é proveniente dos alimentos. w Para tanto, é importante cultivar o hábito de se associar a prática regular de atividade física a uma alimentação saudável. Nesse momento, pode-se trabalhar alimentação saudável como a refeição realizada na quantidade certa e com alimentos variados. w Nesse ponto da atividade, é válido instigar os alunos a assumirem uma atitude cidadã, em que eles partilhem o conteúdo estudado nesta unidade com familiares e amigos. w A ideia é levar os alunos a perceberem como a difusão de conhecimento pode acarretar melhorias à vida das pessoas. w Conclua a discussão esclarecendo as possíveis dúvidas que eles ainda tenham e, em seguida, peça que realizem as atividades propostas na Ficha de registro dos experimentos científicos.

Respostas das atividades da Ficha de registro dos experimentos científicos 1 Resposta pessoal. 2 Espera-se que os alunos representem alimentos variados, saudáveis e preferencialmente não industrializados, como frutas, legumes e verduras. 3 Resposta pessoal.

Plano de aula 4

Episódio em vídeo

Lixo, não!

Duração w 2 aulas

Tema w Reutilizar objetos Conteúdo relacionado w Unidade 9, capítulo 1 O episódio Lixo, não! trata da reutilização de materiais que seriam descartados e de critérios usados para a separação de lixo. Promove a discussão sobre usos do descarte na indústria, na construção civil, na moda e nas artes, utilizando procedimentos científicos que possibilitam a transformação desses materiais. A atividade aborda, ainda, a consciência crítica sobre a responsabilidade de cada um na tarefa de diminuir a produção de lixo e os efeitos de seu descarte sem controle no planeta. Nesse contexto, pode-se abordar o trabalho realizado pelas ONGs e pelas pessoas que vivem do lixo, catadores que todos os dias recolhem centenas de itens e os encaminham para a reciclagem, propiciando a reflexão sobre o tema. Ao desenvolver a construção do brinquedo feito com material reciclável com os alunos, os cientistas os estimulam a fazer outros brinquedos em casa.

25

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 25

11/18/16 5:44 PM


Nessa atividade são trabalhadas as habilidades de observação, identificação, classificação, aplicação, avaliação e comparação, entre outras.

Objetivos gerais e específicos Objetivo geral w O objetivo geral é ampliar os conhecimentos sobre os materiais e seu tempo de vida útil e introduzir noções sobre meios de reaproveitamento que possibilitam novos usos a objetos descartados.

Objetivos conceituais w Compreender o significado do termo “reutilização de objetos” como a opção de dar novo uso a objetos descartados. w Identificar tipos de objeto que podem ser reutilizados. w Reconhecer situações do cotidiano em que se aplica a reutilização de objetos. w Estabelecer relações entre a produção de lixo excessiva e os danos causados ao meio ambiente.

Objetivos procedimentais w Compreender, com base nos brinquedos elaborados, algumas possibilidades de reúso de materiais descartados. w Desenvolver a observação e a criatividade. w Relacionar a elaboração de brinquedos feitos com materiais de descarte com a educação ambiental. w Perceber como o reaproveitamento de materiais diminui a necessidade de consumo. w Selecionar e separar objetos de descarte.

Objetivos atitudinais w w w w

Valorizar a necessidade de incorporar no cotidiano o hábito de reutilizar objetos. Reconhecer a importância de diminuir a produção de lixo na rotina diária. Exercitar o hábito de fazer a separação do lixo doméstico antes do descarte. Difundir entre amigos e familiares a importância de se adotarem atitudes cidadãs, sustentáveis e conscientes, por meio da reutilização e redução da quantidade de materiais descartados.

Experimento em vídeo

Lixo, não!

Material necessário Exp. 1.1. Metal – O jogo do tiro à lata w 6 latas. w Cola em bastão. w Papel. w Bola de tênis. Exp. 1.2. Plástico – A galinha w 2 embalagens de iogurte. w Barbante. w Cola. w Vela. w Prego.

Atenção! A atividade proposta prevê a utilização de material que oferece riscos. Essa etapa deverá ser realizada por um adulto.

Exp. 1.3. Papel – Jogo da velha w 1 caixa de ovos vazia. w Pedaços de papel colorido.

26

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 26

11/25/16 1:33 PM


Procedimentos Exp. 1.1. Metal 1 Separe 6 latas vazias. 2 Recorte algumas tiras de papel e passe ao redor de cada lata, como se fossem cintos largos. 3 Utilize cola em bastão para fixá-las. 4 Personalize a lata com olhos, orelhas e boca. 5 Faça uma pilha usando três latas na base. 6 Agora é só lançar a bola de tênis para tentar derrubar todas as latas. Exp. 1.2. Plástico Não permita que as crianças manuseiem o prego. Faça você mesmo os furos, preferencialmente antes do início da aula. Os golpes devem ser firmes e no sentido horizontal. 1 Separe um pedaço de barbante de aproximadamente 20 cm. 2 Separe duas embalagens de iogurte e faça um furo no fundo de uma delas utilizando um prego. 3 Passe o barbante pelo furo e dê dois nós para fixá-lo. 4 Cole as duas embalagens, boca com boca. 5 Passe a vela no barbante para que ele fique levemente pegajoso. 6 Puxe o barbante para baixo algumas vezes, em pequenos golpes. 7 Ouça o som produzido. Ele se assemelha ao cacarejo de uma galinha. Exp. 1.3. Papel 1 Corte a embalagem de ovos de forma que fique com nove espaços vazios, deixando três buraquinhos na horizontal e três na vertical. 2 Separe pedaços de papel de duas cores diferentes. Faça bolinhas com eles, amassando-os. 3 O objetivo do jogo é idêntico ao do jogo da velha: posicionar as peças, uma a uma, intercalando as vezes entre os jogadores até conseguir formar uma fileira com três peças, que pode ser vertical, horizontal ou diagonal. O adversário tentará impedir que o outro jogador complete a fileira colocando uma peça da sua cor segundo sua estratégia. Vence aquele que conseguir fazer o trio.

Fenômenos observados Os resíduos sólidos urbanos, conhecidos nos meios técnicos pela sigla RSU, são os resíduos sólidos ou semissólidos resultantes das atividades domésticas, comerciais e de limpeza urbana. Popularmente conhecido simplesmente por lixo, o RSU normalmente é descartado em sacos plásticos e sua coleta e destinação final são obrigação do município. No lixo são descartados objetos que poderiam ser reutilizados, tanto em casa quanto em atividades industriais ou agrícolas. Restos de alimentos, por exemplo, podem ser transformados em adubo, e embalagens de vidro e metal podem ser reutilizadas. No Brasil são produzidos todos os dias em torno de 215 mil toneladas de lixo, o que indica que cada brasileiro descarta aproximadamente 1 kg de lixo por dia (dados de 2014). Claramente, o descarte dessa quantidade de lixo torna-se dispendioso. Idealmente, os cidadãos devem sempre optar pela diminuição do consumo e, consequentemente, da geração de resíduos. A coleta seletiva, disponível em muitas cidades, também contribui para a redução do descarte, uma vez que, após separados, os materiais podem retornar ao ciclo produtivo e transformar-se em matéria-prima para novos produtos. Saber separar o RSU, categorizando-o de acordo com o material de que é feito (metal, vidro, papel), é o primeiro passo, e a atividade proposta permite uma importante ação, pois estimula os alunos a reconhecer as diversas categorias de materiais presentes no lixo. Com os materiais separados, as equipes promovem uma transformação do RSU em novos objetos, dando-lhe outra utilidade e evitando, assim, o seu descarte. Sugere-se ao professor, ao aplicar atividades desse tipo, estimar a quantidade de lixo reaproveitado e o que isso representa na sua comunidade.

27

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 27

11/24/16 16:10


Orientações didáticas

Instigue os alunos a pensar sobre a quantidade de resíduos sólidos acumulados no nosso dia a dia. Todos os dias, jogamos fora embalagens plásticas, latas, pedaços de papel, caixas de papelão e outros materiais. Questione os alunos se eles já pararam para pensar que alguns desses objetos poderiam ser aproveitados de outro modo, em vez de serem simplesmente descartados. Pergunte aos alunos se, na casa deles, costuma-se separar o lixo antes de descartá-lo. Com base nas respostas, positivas ou não, reafirme a importância de todos os cidadãos realizarem a separação adequada dos resíduos produzidos em ambiente doméstico. Demonstre como isso contribui para diminuir a quantidade de lixo em lixões e aterros sanitários. Se considerar conveniente, destaque os possíveis problemas de saúde que os lixões podem gerar (foco de verminoses, contaminação de água e solo etc.). Apresente aos alunos algumas gravuras sobre o trabalho de cooperativas, órgãos públicos ou ONGs que realizam a coleta, a separação e o processamento de materiais descartáveis. Isso os ajuda a perceber o destino dado ao lixo produzido em ambiente doméstico. Enfatize que a produção excessiva de lixo nas cidades é muito preocupante, porque pode causar vários problemas de saúde a seus cidadãos, e que é dever de todos realizar, sempre que possível, o reaproveitamento de objetos. Apresente aos alunos algumas alternativas de reaproveitamento de materiais, como reutilizar potes de vidro, devidamente higienizados, para o armazenamento de outros produtos. Também é viável a demonstração de brinquedos construídos com materiais recicláveis, que podem ser os mesmos do vídeo apresentado ou outras opções criativas. Algumas ideias podem ser encontradas em: <http://ftd.li/o34zdt> (acesso em: out. 2016). Saliente a importância de cada um dos alunos reavaliar os hábitos individuais diários sobre a produção e o descarte dos objetos. É válido fazer uma reflexão sobre o tipo de embalagem utilizada pelos alunos para trazer o lanche para a escola. Veja se eles utilizam embalagens descartáveis e se seria possível trocá-las por outras. Finalmente, exiba o vídeo Lixo, não!.

Encerramento w Depois de exibir o vídeo, faça os seguintes questionamentos aos alunos: 1 Vocês têm o hábito de separar o lixo produzido em suas casas? 2 Em caso afirmativo, o que costumam fazer com as embalagens e os demais resíduos que podem ser reaproveitados? 3 O que acharam dos brinquedos confeccionados no vídeo? 4 Vocês acham que uma pessoa produz muito ou pouco lixo por dia? w Antes de finalizar, apresente aos alunos algumas oportunidades de se fazer o descarte adequado do lixo na região do colégio e nos bairros adjacentes. w Faça uma pesquisa previamente e elabore alguns cartões com o endereço e os horários de postos de coleta de materiais recicláveis no bairro. w Também é interessante inserir no cartão os dias e os horários em que é feita a coleta seletiva de lixo no bairro, caso ela exista. w Dê dois cartões a cada aluno: um para ser dado à família e outro para ser entregue a algum amigo. w O objetivo é mostrar aos alunos como eles podem contribuir para que o lixo seja descartado de maneira sustentável. w Para finalizar, peça que realizem as atividades propostas na Ficha de registro dos experimentos científicos.

Respostas das atividades da Ficha de registro dos experimentos científicos

28

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 28

1 Espera-se que os alunos representem um jogo de tomba-lata, um brinquedo de embalagem de iogurte ou um jogo da velha. 2 Resposta pessoal.

3 Resposta pessoal. 4 Espera-se que os alunos representem materiais como pilhas e resíduos orgânicos, apresentando soluções de reaproveitamento e descarte.

11/18/16 5:44 PM


Anexos

29

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 29

11/18/16 5:44 PM


PLANO DE AULA 1

EPISÓDIO EM VÍDEO

NA TRILHA DOS BICHOS TEMA w

FICHA DE REGISTRO DOS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

ANIMAIS SILVESTRES, DA FLORESTA E DE OUTROS AMBIENTES

NOME DO ALUNO: ANO/TURMA:

DATA: PROFESSOR(A):

1 NO ESPAÇO ABAIXO, DESENHE OS ANIMAIS QUE CONSEGUIMOS OBSERVAR NO VÍDEO.

30

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 30

11/29/16 10:27 AM


2 AGORA, RECORTE DE JORNAIS E REVISTAS IMAGENS DE OUTROS ANIMAIS SILVESTRES QUE VOCÊ CONHECE E QUE VIVEM NAS FLORESTAS BRASILEIRAS.

31

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 31

11/18/16 5:44 PM


3 FAÇA O DESENHO DAS ETAPAS DE PLANTIO DE UMA MUDA DE ÁRVORE.

32

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 32

11/18/16 5:44 PM


4 AGORA, FAÇA UM DESENHO REPRESENTANDO A IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS SERES HUMANOS E DE OUTROS ANIMAIS.

33

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 33

11/18/16 5:44 PM


PLANO DE AULA 2

EPISÓDIO EM VÍDEO

FICHA DE REGISTRO DOS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

TEM VIDA AÍ? TEMA w

RECONHECER SERES VIVOS

NOME DO ALUNO: ANO/TURMA:

DATA: PROFESSOR(A):

1 DESENHE UM SER VIVO QUE VOCÊ CONSEGUIU IDENTIFICAR NO VÍDEO.

34

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 34

11/18/16 5:44 PM


2 AGORA, DESENHE UM ELEMENTO NÃO VIVO.

35

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 35

11/18/16 5:44 PM


3 EM CADA CASO LEIA O ELEMENTO NÃO VIVO E DESENHE NO QUADRO UM SER VIVO QUE NECESSITA DELE PARA VIVER. ÁGUA

SOLO

LUZ SOLAR

AR

36

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 36

11/24/16 16:32


4 DESENHE UM EXEMPLO DE RELAÇÃO ENTRE UM ELEMENTO NÃO VIVO E UM SER VIVO QUE VOCÊ PÔDE OBSERVAR NO VÍDEO.

37

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 37

11/18/16 5:44 PM


PLANO DE AULA 3

EPISÓDIO EM VÍDEO

PULANDO JUNTOS TEMA w

FICHA DE REGISTRO DOS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

PRÁTICA DE ESPORTES

NOME DO ALUNO: ANO/TURMA:

DATA: PROFESSOR(A):

1 ESCOLHA O SEU ESPORTE PREFERIDO E O REPRESENTE COM UM DESENHO OU UMA IMAGEM RECORTADA DE JORNAIS OU REVISTAS.

38

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 38

11/24/16 16:33


2 DESENHE O TIPO DE ALIMENTAÇÃO ADEQUADA QUE DEVEMOS TER PARA OBTERMOS ENERGIA PARA A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS.

39

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 39

11/18/16 5:44 PM


3 DESENHE AS PARTES DO CORPO MAIS UTILIZADAS PARA A REALIZAÇÃO DO SEU ESPORTE PREFERIDO.

40

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 40

11/18/16 5:44 PM


PLANO DE AULA 4

EPISÓDIO EM VÍDEO

FICHA DE REGISTRO DOS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

LIXO, NÃO! TEMA w

REUTILIZAR OBJETOS

NOME DO ALUNO: ANO/TURMA:

DATA: PROFESSOR(A):

1 FAÇA UM DESENHO DE ALGUM BRINQUEDO QUE FOI FEITO NO VÍDEO COM MATERIAIS DESCARTADOS.

41

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 41

11/29/16 10:28 AM


2 VOCÊ TEM ALGUMA IDEIA DE BRINQUEDO QUE PODE SER FEITO UTILIZANDO PRODUTOS DESCARTADOS? DESENHE-O ABAIXO.

42

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 42

11/18/16 5:44 PM


3 RECORTE DE JORNAIS E REVISTAS ALGUMAS IMAGENS DE MATERIAIS QUE POSSAM SER REAPROVEITADOS PARA A CONFECÇÃO DE BRINQUEDOS.

43

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 43

11/24/16 16:35


4 DESENHE MATERIAIS QUE NÃO PODEM SER APROVEITADOS PARA FAZER BRINQUEDOS E ALGUMAS DAS MANEIRAS COMO ELES PODEM SER REUTILIZADOS.

44

D4-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 44

11/24/16 16:36


Anotações

45

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 45

11/18/16 5:44 PM


Anotações

46

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 46

11/18/16 5:44 PM


Anotações

47

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 47

11/18/16 5:44 PM


Anotações

48

D3-CIE-F1-1044-V1-PA-MP-M16.indd 48

11/18/16 5:44 PM


SABERES CIENTÍFICOS 1 o. ANO •

SABERES CIENTÍFICOS 1 o. ANO • Ensino Fundamental

A coletânea Saberes Científicos apresenta propostas criativas e práticas para a alfabetização científica e para a ação cidadã nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Por meio da experimentação e da observação de diferentes objetos científicos, os alunos são convidados a compreender e a atuar em um mundo cada vez mais integrado pela tecnologia e marcado pela presença da ciência em suas diversas dimensões. Cada volume apresenta quatro planos de aula com orientações sobre os vídeos disponibilizados no FTD digital, na coleção

CIÊNCIAS, além de fichas de registro dos

experimentos científicos. Criada de modo a enriquecer e complementar os conteúdos da coleção didática FAÇA Ciências, as propostas de experimentação científica apresentam também aspectos atitudinais e procedimentais pertinentes à coleção. Os vídeos utilizam linguagem dinâmica e são apresentados como uma ferramenta de aprendizagem inovadora, articulando saberes

ISBN 978-85-96-00817-4

9

CAPA_Pos-Adotantes_SABERES.indd 1-3

788596 008174

49997382

técnicos e científicos ao método lúdico do teatro pedagógico.

11/16/16 10:42 AM


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.