Sentimentário - Degustação

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sentimentário

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© Marina Miyazaki, 2024

© Sandra Jávera, 2024

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD.

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diretor - geral Ricardo Tavares de Oliveira

diretor de conteúdo e negócios Cayube Galas

gerente editorial Isabel Lopes Coelho

editor Estevão Azevedo

editor - assistente Bruno Salerno Rodrigues

analista de relações internacionais Tassia R. S. de Oliveira

coordenador de produção editorial Leandro Hiroshi Kanno

preparadora Marina Nogueira revisora Lívia Perran

editora de arte Camila Catto

projeto gráfico e diagramação Tereza Bettinardi

diretor de operações e produção gráfica

Reginaldo Soares Damasceno

MARINA MIYAZAKI nasceu no Paraná. É autora de Dislexicando (contemplado em edital para escola pública), Pai Francisco (selecionado para o Programa Nacional de Remição de Pena pela Leitura) e O medo de rabo preso (finalista do prêmio Flipoços).

SANDRA JÁVERA nasceu em São Paulo. Formou-se em Arquitetura na USP e fez diversos cursos em São Paulo e Nova York. Além de desenhar, produz peças de cerâmica, pinturas, estampas e papéis de parede.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Miyazaki, Marina

Sentimentário / Marina Miyazaki; ilustrações de Sandra Jávera. – 1. ed. – São Paulo: FTD, 2024.

ISBN 978-85-96-04365-6

1. Literatura infantojuvenil I. Jávera, Sandra. II. Título.

24-203743

Índices para catálogo sistemático:

1. Literatura infantil 028.5

2. Literatura infantojuvenil 028.5

Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427

CDD-028.5

E todo o amor do mundo cabe na palavra amor?

Na palavra vovó eu sei que cabe.

Para vó Lina e Ba

Outro dia, senti um cheiro muito bom, era de uma flor, da minha flor. Todas as que estão em outros jardins também são minhas (mas isso é um segredo!). Descobri que o nome do pé dela é macaná manacá, mas não é daquele grandão sem perfume, o meu é do pequeno.

Achei a palavra “manacá” engraçada, então fui procurar no dicionário pra saber de onde ela vinha. Acabei descobrindo que só encontra o manacá no dicionário quem sabe ler, porque, lá dentro, flor não solta perfume pra gente saber onde ela tá.

No mundo, tudo tem cheiro, menos as palavras que estão no dicionário.

Quando eu procuro uma palavra nesse livrão, acho um pouco chato. Ele só mostra o significado dela e mais nada!

Sabe o que estava escrito sobre o manacá?

manacá (substantivo masculino)

1. Palavra de origem indígena (tupi), usada para definir várias plantas do gênero Brunfelsia, da família das solanáceas.

2. Arbusto de até 2 metros (Brunfelsia hopeana) muito apreciado como planta ornamental para jardins e praças. Apresenta flores perfumadas nas cores roxa, lilás e branca. MANACÁ-CHEIROSO.

Eu achei tão sem graça esse jeito de falar do manacá, do meu manacá… Por que não escrevem a verdade?

Que o manacá é uma arvorezinha linda e cheia de flores roxas, que parecem até encantadas, pois aos poucos vão mudando de cor, clareando, passando pelo lilás até ficarem brancas! Daí o manacá fica florido com todos os tons de lilás! E, então, as flores espalham um perfume forte que vai pra dentro de casa e pra muito longe. O manacá-de-cheiro, como a minha vó diz, é tão especial que tem até borboleta só pra ele: a borboleta-do-manacá. Ela é preta e alaranjada, mas antes de virar borboleta era um bigato preto e amarelo.

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