SIM! Alfabetização em Foco - Volume 2 by Editora FTD

ALFABETIZAÇÃO EM FOCO

ENSINO FUNDAMENTAL

ISBN 978-85-96-03381-7

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Capa: Andréia Crema Imagens: yusufdemirci/Shutterstock.com

ANOS INICIAIS

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ENSINO FUNDAMENTAL

A N OS INICIAIS

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Diretor-geral Ricardo Tavares de Oliveira  Diretor de Conteúdo e Negócios Cayube Galas  Diretor Adjunto de Sistema de Ensino Júlio Ibrahim Gerente de Conteúdo Cláudia Pedro Winterstein  Editoras Ana Olívia Ramos Pires Justo e Luzia Estevão Garcia  Editoras Assistentes Beatriz Simões Araujo, Fernanda Batista dos Santos e Suzana Naomi Hara Elaboradoras de Original Carla Silva, Daniele Cardoso e Michelle Taborda Consultoria Pedagógica Renan de Almeida Sargiani Assistente de Fluxo Bruna Ferri Torresi Supervisora de Preparação e Revisão Nathalia Ferrarezi  Preparação e Revisão Equipe FTD   Gerente de Produção e Design Letícia Mendes de Souza  Coordenador de Produção e Arte Fabiano dos Santos Mariano  Projeto Gráfico Carolina Ferreira e Juliana Carvalho Supervisora de Produção e Arte Bianca Giglio de Almeida  Editora de Arte Monique Bruno Elias Diagramação Casa Crema Coordenadora de Imagem e Texto Marcia Berne  Imagem e Licenciamento Equipe FTD Ilustrações Arthur França/Yancom, Artur Fujita, Avalone, Bruna Assis Brasil, Bruno Nunes, Caco Bressane, Dayane Raven, Edson Farias, Enágio Coelho, Flavio Remontti, Giba Valadares, Guilherme Asthma, Ideário Lab, Ilustra Cartoon, Imaginario Studio, Leo Teixeira, Lucas Farauj, Marcel Borges, Marcos de Mello, Marcos Machado, Primo da Cidade, Psonha Renam Penante, Ronald Martins, Sandra Lavandeira, Sidney Meireles/Giz de Cera, Silvia Otofuji, Tânia Ricci, Vanessa Prezoto, Waldomiro Neto, Wandson Rocha Supervisora de Arquivos de Segurança Silvia Regina E. Almeida  Coordenador de Eficiência e Analytics Marcelo Henrique Ferreira Fontes  Diretor de Operações e Produção Gráfica Reginaldo Soares Damasceno Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) SIM! : alfabetização em foco : volume 2. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2022. Vários autores FTD. ISBN 978-85-96-03381-7 (aluno) ISBN 978-85-96-03382-4 (professor) 1. Alfabetização (Ensino fundamental). 22-112657

CDD-372.41 Índices para catálogo sistemático: 1. Alfabetização : Ensino fundamental 372.41 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 1a edição – 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Todos os direitos reservados à EDITORA FTD Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01326-010 Tel. 0800 772 2300 – Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftdse.com.br relacionamento@ftdse.com.br

Produção gráfica

Avenida Antônio Bardella, 300 - 07220-020 GUARULHOS (SP) Fone: (11) 3545-8600 e Fax: (11) 2412-5375

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APRESENTAÇÃO Olá! Este livro foi cuidadosamente feito para você. Com ele, você terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos em leitura e em escrita, partindo daquilo que você já sabe. Com seus professores e colegas, você vai explorar diferentes temas por meio da oralidade, da leitura e da escrita. E, ao final deste percurso, esperamos que se divirta com a literatura que selecionamos para você! As propostas de aprendizagem vão auxiliá-lo a compreender o mundo à sua volta e a perceber como é importante o desenvolvimento da oralidade, da leitura e da escrita. Vamos lá?

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MÁ

RIO

O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 ABECEDÁRI

HERÓIS E HEROÍNAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

QUANDO EU ERA PEQUENO.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

NÃO PRECISA SER IGUAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

COMO É QUE SE ESCREVE.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

JOGOS DE PALAVRAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

QUANTO CUSTA?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

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MAS EU VOU SENTIR SAUDADE?.. . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

COMO É QUE SE ESCREVE.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

EU SOU, ELE É, ELA É.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

AMIGOS, AMIGUINHOS E AMIGÕES. . . . . . . . . . . . 66

AS PESSOAS AO MEU REDOR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 COMO É QUE SE ESCREVE.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

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A B E C E DÁ R I O

A a A a

B b b D d D d

C c C c E e E e

F f

G g

H h

F f

G g

H h

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L l

M m

K k

L l

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N n

O o

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O o

P p P p

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X x

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X x

Y y

Z z 7

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HERÓIS E HEROÍNAS Nestas atividades, eu vou

Identificar e escrever letras maiúsculas e minúsculas.

Reconhecer palavras e escrevê-las.

Produzir textos breves.

BONDADE

CORAGEM

AGILIDADE

ARTENOT/SHUTTERSTOCK.COM

1 Um herói sempre busca defender, proteger e ajudar as pessoas. Escreva as características a seguir em letra minúscula.

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2 Você conhece o herói que usa teias de aranha para defender as pessoas? Procure na teia a seguir as letras que completam o nome de dois acessórios usados por heróis e heroínas.

MARK RADEMAKER/SHUTTERSTOCK.COM

a 9

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3 Observe as imagens e escreva, em letra minúscula, os nomes dos profissionais que salvam vidas, assim como heróis e heroínas.

ASANTOSG/SHUTTERSTOCK.COM

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4 Agora, escolha uma das profissões da atividade anterior e forme uma frase para falar de sua importância.

Resposta pessoal.

TEXELART/SHUTTERSTOCK.COM

5 Esta é a super-heroína defensora do meio ambiente. Ela separa o lixo corretamente e recicla os materiais. No diagrama a seguir, encontre o nome de quatro materiais que a heroína recicla. S

C O W Q

A D

N M Q

T W

O Z

M E

D M E

Y W D

6 Agora, escreva, em letra minúscula, o nome de cada um dos materiais recicláveis que você encontrou na atividade anterior. m

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7 Você sabia que os materiais reciclados podem ser utilizados de diversas maneiras? Pesquise formas de reutilizar cada um dos materiais a seguir. Dê exemplos encontrados em sua pesquisa. Respostas pessoais. a) Plástico

b) Metal

c) Vidro

d) Papel

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8 A super-heroína defensora do meio ambiente também protege os animais em perigo de extinção. Organize as sílabas e descubra o nome de cinco animais em risco de extinção. a)

ÇA

ONÇA-PINTADA

ZUL

ARARA-AZUL

AN ANTA

GUI

PRE

CHO

ÇA

SAVEJUNGLE/SHUTTERSTOCK.COM

BICHO-PREGUIÇA

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DHEERAJ BALAJI/SHUTTERSTOCK.COM

9 Imagine que você é o ajudante da super-heroína defensora do meio ambiente. Escreva uma mensagem para conscientizar as pessoas da importância da preservação dos animais em perigo de extinção. Resposta pessoal.

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ARATEHORTUA/SHUTTERSTOCK.COM

10 Contorne o super-herói ou a super-heroína de que você mais gosta. Depois, preencha o registro com as informações dele ou dela.

REGISTRO OFICIAL DE SUPER-HERÓI OU SUPER-HEROÍNA Nome: Idade: Superpoder: Cores da vestimenta: Defende: ( ) Animais

( ) Florestas

( ) Pessoas

( ) Cidades

( ) Crianças

( ) Mares 15

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SOCORRO! MEU CACHORRO CAIU EM UM BURACO!

Resposta pessoal.

DANOMYTE/SHUTTERSTOCK.COM

11 Super-heróis também ajudam as pessoas nos problemas cotidianos. Imagine que você é um super-herói ou uma super-heroína e recebeu a mensagem ao lado. Escreva uma resposta para esse pedido de ajuda.

12 De que forma podemos ajudar as pessoas ao nosso redor? Faça uma lista de possíveis boas ações.

Resposta pessoal.

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13 Leia o texto e faça o que se pede. Vivo me perguntando se eles realmente são de verdade. Estão sempre em gibis e filmes e são todos sensacionais. Salvam as pessoas de qualquer perigo que possa imaginar. Com seus superpoderes, fazem coisas fora do normal. Fico aqui admirando e pensando em ser um super-herói. Texto elaborado para esta obra.

a) Dê um título para o texto que você acabou de ler. Resposta pessoal.

b) Você já leu um gibi ou assistiu a um filme de super-herói? Qual? Resposta pessoal.

14 Observe esta família de super-heróis. Depois, escolha um nome e um superpoder para cada integrante da família e escreva-os a seguir. Resposta pessoal.

SAM ISAM MILLER/SHUTTERSTOCK.COM

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QUANDO EU ERA PEQUENO Nestas atividades, eu vou

Identificar letras e posicioná-las para completar palavras.

Identificar as letras inicial e final das palavras.

Reconhecer palavras e escrevê-las.

Identificar rimas e registrá-las.

1 Quando as crianças são bebês, os adultos costumam fazê-las dormir embalando-as e cantando cantigas de ninar. Cante com os colegas uma dessas cantigas. Se essa rua se essa rua fosse minha eu mandava eu mandava ladrilhar com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes para o meu para o meu amor passar. Nessa rua nessa rua tem um bosque que se chama que se chama solidão dentro dele dentro dele mora um anjo que roubou que roubou meu coração. Cantiga popular

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Indica-se realizar com os estudantes um trabalho de busca no dicionário da palavra ladrilhar.

Agora, procure na cantiga de ninar a palavra que rima com: a) ladrilhar passar

b) solidão coração

2 As cantigas podem ter diferentes versões. Realize a leitura da cantiga e crie rimas para ela. Se essa rua se essa rua fosse minha eu mandava eu mandava enfeitar com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes para o meu para o meu amor Resposta pessoal.

Se essa rua se essa rua fosse minha eu mandava eu mandava Resposta pessoal.

com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes para o meu para o meu amor sorrir.

Cantiga popular

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3 Que confusão! Os versos da cantiga estão fora de ordem. Leia cada verso com atenção e enumere-os de acordo com a Os versos da cantiga podem ser disponibilizados em tiras de papel sequência correta. para os estudantes ordená-los e, depois, numerá-los no livro. com pedrinhas

eu mandava

com pedrinhas de brilhantes

Se essa rua

para o meu amor passar.

eu mandava ladrilhar

para o meu

se essa rua fosse minha

que roubou meu coração.

nessa rua tem um bosque

Nessa rua

que se chama solidão

que se chama

dentro dele mora um anjo

dentro dele

que roubou

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MANUAL DO PROFESSOR

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) SIM! : alfabetização em foco : volume 2. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2022. Vários autores FTD. ISBN 978-85-96-03381-7 (aluno) ISBN 978-85-96-03382-4 (professor) 1. Alfabetização (Ensino fundamental). 22-112657

CDD-372.41 Índices para catálogo sistemático: 1. Alfabetização : Ensino fundamental 372.41 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 1a edição – 1 2 3 4 5 6 7 8 9

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APRESENTAÇÃO Ler e escrever são habilidades essenciais para o desenvolvimento humano individual e coletivo. Após a alfabetização estar consolidada, é possível utilizar a leitura e a escrita para novas aprendizagens. Com o objetivo de auxiliar na aquisição da leitura e da escrita dos estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a FTD Educação criou o programa SIM! Alfabetização em foco. O conteúdo do programa está dividido em três volumes que visam impulsionar a consolidação do processo de alfabetização. Para cada Livro do Estudante, o professor receberá um Manual do Professor com orientações gerais sobre o processo de alfabetização, sugestões e atividades de rotina, planejamento aula a aula e sequências didáticas de todas as atividades propostas no volume do estudante. Além disso, na Iônica, nosso ambiente digital, estão disponíveis a versão digital dos materiais impressos, recursos educacionais digitais para potencializar o processo de ensino e aprendizagem e uma trilha formativa para apoiar os professores nessa jornada. Desejamos um percurso repleto de aprendizagens e descobertas!

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COMO AS CRIANÇAS APRENDEM A LER E A ESCREVER I 5 SEIS PILARES ESSENCIAIS DA ALFABETIZAÇÃO I 9 DOCUMENTOS NORTEADORES PARA A ALFABETIZAÇÃO I 14 SUGESTÕES DE PRÁTICAS PARA INTERVENÇÕES DO ALFABETIZADOR I 24 Práticas essenciais I 25 Avaliação no processo de alfabetização I 40 Agrupamentos produtivos I 43 PLANEJAMENTO AULA A AULA I 45 SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS I 57 A IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO À LEITURA DE LITERATURA NA ESCOLA E NA FAMÍLIA I 149 Literacia familiar: lendo em família I 150 A LEITURA LITERÁRIA NA ESCOLA I 150 ESCOLA: IMPORTANTE ESPAÇO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES I 152 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS I 154

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COMO AS CRIANÇAS APRENDEM A LER E A ESCREVER Aprender a ler e a escrever, embora sejam competências cruciais para a inserção plena do indivíduo no meio social, não são habilidades adquiridas naturalmente e sem esforço, como acontece com a linguagem oral. Para aprender a falar, em condições típicas, uma criança ouvinte, exposta a experiências linguísticas variadas, vai desenvolvendo gradativamente seu repertório comunicativo, não verbal e verbal, pela interação com as pessoas que estão à sua volta. Assim, expressa-se inicialmente por meio de choro, riso, gestos indicativos e, na sequência, vai aumentando suas possibilidades comunicativas, que passam por vocalizações, balbucios, palavras, frases e chegam a narrativas orais. Não há necessidade de escola para que alguém aprenda a falar, uma vez que essa não é uma aprendizagem que requer ensino formal, mas que acontece por meio de interações naturais e rotineiras entre os falantes da língua, em que o sujeito que aprende está imerso. Entretanto, o mesmo não acontece com a linguagem escrita. Ler e escrever exigem sempre uma aprendizagem explícita, que pode ocorrer de forma mais ou menos estruturada, mas que na maioria dos 5

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casos precisa ser sistematicamente ensinada por serem habilidades altamente complexas. A imersão em um ambiente rico em experiências linguísticas escritas é importante, mas não suficiente para que essa aprendizagem ocorra. Por isso, o início do aprendizado formal a que a criança é exposta na escola destina-se à alfabetização. O termo “alfabetização” pode ganhar diferentes conotações, a depender da perspectiva teórica em que é estudado. No presente programa, utilizaremos como referência a ciência cognitiva da leitura, que agrega conhecimentos da Psicologia Cognitiva e das Neurociências e que tem permitido um entendimento cada vez maior dos mecanismos cerebrais e processos cognitivos e linguísticos envolvidos nos processos de leitura e de escrita. A Política Nacional de Alfabetização (PNA) conceitua alfabetização como “o ensino das habilidades de leitura e de escrita em um sistema alfabético” (BRASIL, 2019, p. 18). Isso significa que, para saber ler e escrever em um sistema alfabético de escrita, como é o caso do nosso idioma, o estudante precisa ser ensinado a relacionar os sons da fala (fonemas) a seus correspondentes gráficos (grafemas), estabelecendo, assim, uma relação entre fala e escrita. Compreender essa relação, ou seja, entender o princípio alfabético da escrita, é um passo fundamental para que a alfabetização aconteça. Cabe destacar que, antes de alcançar o princípio alfabético, as crianças precisam entender que os sons associados às letras são exatamente os mesmos sons da fala. Para nós, leitores experientes, essa informação parece elementar. Entretanto, para os leitores iniciantes, trata-se de uma tarefa árdua, que não surge de forma natural. Isso acontece porque os fonemas são unidades abstratas, que, em geral, não são foco de nossa atenção quando são produzidos ou escutados na fala, uma vez que normalmente os fonemas são encadeados em palavras no fluxo da fala. Portanto, para que sejam notados, é necessário que a atenção da criança seja voltada para eles, de forma sistemática e explícita, logo no início do Ensino Fundamental. Sendo assim, o estabelecimento das primeiras relações entre os símbolos escritos e os sons da fala permite aos estudantes começar a decodificar, ou seja, olhar as letras e resgatar na memória seus sons correspondentes, e codificar, isto é, pensar na palavra falada que se quer escrever e selecionar os grafemas correspondentes aos sons que a constituem, para que seja possível registrá-la graficamente. Neste momento, podemos dizer que a pessoa começa a ler e escrever. A psicóloga Linnea Ehri descreveu, em alguns trabalhos, que esse desenvolvimento acontece pela sucessão de quatro fases, conhecida como teoria das Fases do Desenvolvimento da Leitura e da Escrita, que caracteriza os avanços obtidos pela criança nesse processo. Nessa teoria, entende-se que o desenvolvimento da 6

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linguagem escrita acontece gradualmente, com o aperfeiçoamento do entendimento da conexão entre letras e sons que o estudante estabelece. Nesse modelo, é utilizado o termo “fases” para caracterizar os avanços obtidos. As quatro fases apontadas pela autora são: pré-alfabética, alfabética parcial, alfabética completa e alfabética consolidada. Elas refletem o conhecimento e o uso que a criança faz do sistema de escrita. Isso significa que o que leva uma criança a passar de uma fase para a outra é o conhecimento e o uso que faz do código alfabético, ou seja, das relações entre letras e sons. Ehri defende a coexistência de várias estratégias de aprendizagem em uma mesma fase, embora uma delas seja predominante. A fase pré-alfabética caracteriza-se pelo pouco conhecimento que as crianças têm da relação entre fala e escrita. Diante disso, elas se utilizam de pistas visuais ou contextuais para identificar as palavras escritas, embora a decodificação de fato ainda não seja possível. Assim, nessa fase, é comum observarmos crianças que ainda não conseguem nomear corretamente todas as letras do alfabeto, mas são capazes de reconhecer símbolos ou rótulos comuns em seu ambiente cotidiano (exemplos: nomes de restaurantes, marcas de alimentos, seu próprio nome ou de seus colegas escritos em um mural na sala de aula). Também é possível que consigam escrever algumas palavras, memorizadas visualmente, enquanto outras são escritas com letras inventadas, números e garatujas. Já a fase alfabética parcial surge quando as crianças aprendem o nome e os sons de algumas letras e usam esse conhecimento para estabelecer conexões entre grafias e pronúncias. Nesse momento, é imprescindível que a criança seja capaz de detectar alguns dos sons que compõem as palavras faladas, para que inicie o processo de decodificação e codificação. Entretanto, como seu conhecimento do sistema alfabético ainda não é pleno, sua capacidade de leitura e escrita é limitada, sendo observado, por exemplo, grafias em que apenas uma letra da palavra está correta, enquanto outras palavras são grafadas com a maior parte de suas letras corretas do ponto de vista fonológico ou ortográfico. Podem ainda estar presentes letras fora da ordem esperada na palavra ou trocas de grafemas que representam fonemas auditivamente semelhantes. Exemplos: DTO para DADO Z para ZEBRA QEIO para QUEIJO VIA para VEIA 7

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Por sua vez, a fase alfabética completa está presente quando as crianças adquirem a capacidade de estabelecer correspondência entre todos os grafemas e fonemas da língua, o que lhes permite ler e escrever palavras com autonomia. Entretanto, nesse momento, elas podem ainda não se ater às regras ortográficas, sendo observadas escritas como: CAMIZETA para CAMISETA GIPE para JIPE Por fim, a fase alfabética consolidada é caracterizada pelo progressivo aumento de padrões ortográficos que o estudante é capaz de memorizar. Também se observa o processamento de unidades maiores, como sílabas e morfemas, o que permite ao estudante ler com mais velocidade, precisão e fluência, bem como escrever com adequação ortográfica. Vale ressaltar que aprender a ler e a escrever não se resume a ser capaz de decodificar e codificar palavras. O grande objetivo da leitura é compreender o que se lê, enquanto, na escrita, espera-se que o estudante seja capaz de produzir textos com clareza, coesão, coerência e conteúdo significativo. Entretanto, é fundamental que os primeiros passos sejam adequadamente aprendidos, a fim de que se forme uma base sólida sobre a qual o estudante possa continuar progredindo e torne-se capaz de ler e escrever palavras e textos cada vez mais complexos, com autonomia

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UT TE RS TO CK

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e compreensão.

FIZ

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SEIS PILARES ESSENCIAIS DA ALFABETIZAÇÃO A PNA aponta seis pilares nos quais o processo de ensino da leitura e da escrita devem ser alicerçados, a fim de que a alfabetização aconteça de forma efetiva: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, vocabulário, fluência em leitura oral, compreensão de textos e produção de escrita.

Produção de escrita

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Vocabulário

Instrução fônica sistemática

Consciência fonêmica

ALFABETIZAÇÃO

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC/Sealf, 2019. p. 33.

Para que a leitura e a escrita sejam desencadeadas, é imprescindível que a criança perceba os sons da fala, a fim de que, posteriormente, possa associá-los a seus grafemas correspondentes. A esse conhecimento explícito e reflexivo sobre as menores unidades fonológicas da fala (os fonemas) dá-se o nome de consciência fonêmica. É a consciência dos fonemas que possibilita às crianças entender como o alfabeto funciona. Assim, direcionar a atenção da criança para que perceba a estrutura sonora das palavras é fundamental. Nesse sentido, você pode, por exemplo, solicitar a ela que identifique as semelhanças, as diferenças, a quantidade e a ordem dos sons da fala em uma palavra. Ensinar as crianças a manipular os fonemas, por meio de estratégias lúdicas e sistemáticas, é uma habilidade imprescindível para a aprendizagem da leitura e da escrita. Entretanto, para que a criança consiga direcionar sua atenção ao fonema, é necessário que anteriormente ela adquira e desenvolva a consciência fonológica, que pode ser definida como a capacidade de refletir sobre diferentes unidades da 9

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fala, segmentá-las em estruturas menores e manipulá-las intencionalmente. Sendo assim, podemos dividir uma frase em palavras (exemplo: O – menino – caiu.), palavras em sílabas (exemplo: man – tei – ga) ou em fonemas (exemplo: /l/ - /a/ /t/ - /a/), ou fazer rima com as palavras (exemplo: macarrão – coração). A consciência fonêmica é uma das habilidades da consciência fonológica, no âmbito do fonema, que permite perceber os sons da fala isoladamente e manipulá-los deliberadamente. A idade e a escolaridade são fatores que influenciam no desenvolvimento da consciência fonológica. As atividades envolvendo palavras, rimas e sílabas são mais fáceis e independem da escolarização, sendo esperadas em crianças em idade pré-escolar. Contudo, a consciência fonêmica precisa ser estimulada intencionalmente pelos professores para que, de fato, seja desenvolvida pelos estudantes, já que sua emergência não é espontânea. A consciência fonológica pode ser trabalhada de modo lúdico. Assim, quando brincamos com as crianças de pensar sobre as palavras faladas, por exemplo, estamos estimulando a consciência fonológica. Em situações cotidianas, ao cantar músicas infantis ou recitar poesias e parlendas ricas em rimas, estamos direcionando a atenção das crianças à sonoridade das palavras. O mesmo acontece quando pedimos a elas que falem todas as palavras que conhecem que comecem igual a PALHAÇO, por exemplo, ou terminem igual a PAPEL. É importante lembrar que aqui nosso foco é levar a criança a refletir sobre as unidades fonológicas da palavra, e não sobre sua forma ortográfica. Então, se a criança responder que CÉU termina igual a PAPEL, ela estará correta, uma vez que ambas as palavras têm a estrutura sonora final igual, ainda que suas grafias sejam diferentes. Embora se espere que estudantes do 1o ano do Ensino Fundamental já estejam realizando tarefas que envolvam a consciência fonêmica, é possível haver crianças que ainda não atingiram essa habilidade, sendo necessário trabalhar as etapas anteriores da consciência fonológica. As sílabas, por exemplo, devem estar bem sedimentadas antes que se avance para o trabalho com os fonemas. Por isso, propõe-se que sejam realizados jogos de linguagem, seguindo uma hierarquia de habilidades, envolvendo:

a escuta, ou seja, a capacidade de prestar atenção aos sons ambientais e verbais de forma direcionada, intencional e seletiva;

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SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS AULA

• Compreensão de textos • Instrução fônica sistemática • Produção de escrita

Objetivos da aula

Identificar e escrever letras maiúsculas e minúsculas.

Desenvolver a capacidade de reconhecimento global de palavras.

Perceber a sílaba em sua variedade como contexto fonológico dessa representação.

Produzir textos breves.

Habilidades da BNCC (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita

e de cima para baixo da página. (EF12LP02) Buscar, sele cionar e ler, com a mediação do professor (leitura com-

partilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses. (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma

alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos

sons da fala. (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras)

com sua representação escrita.

Atividades

Atividade 1 (página 8)

Atividade 2 (página 9)

Materiais necessários

Livro do Estudante.

Lápis grafite.

Borracha.

Gibis com histórias de super-heróis. 57

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Desenvolvimento da aula Reunir a turma em roda e perguntar aos estudantes se conhecem super-heróis da atualidade. Registrar a fala dos estudantes na lousa e reforçar para eles o sentido em que a leitura ocorre. Contextualizar o assunto, reforçando previamente algumas características marcantes dos super-heróis, como coragem, bondade, responsabilidade, humildade, entre outras. Pode-se aproveitar o momento para convidar os estudantes a manusear gibis de super-heróis para verificar essas características nas histórias. Depois, perguntar aos estudantes se gostariam de ser super-heróis e quais poderes desejariam ter. Nesse momento, explorar a oralidade e a troca de experiências entre eles, reforçando atitudes de respeito à opinião dos colegas. Explicar aos estudantes que podemos ser super-heróis no dia a dia ao ajudarmos um colega que está com alguma dificuldade, ao auxiliarmos os familiares nas tarefas domésticas, ao protegermos pessoas mais novas ou mais vulneráveis, entre outras atitudes. Na sequência, auxiliar os estudantes a realizar a atividade 1, em que devem escrever palavras em letra minúscula. Escrever na lousa as palavras da atividade em letra maiúscula e em letra minúscula, pedindo-lhes que observem as diferenças entre elas. Aproveitar o momento para trabalhar outras características dos super-heróis, registrando na lousa cada característica dita pelos estudantes. Explorar o nome do super-herói que usa teias (Homem-Aranha) e convidar um estudante para registrar o nome da personagem na lousa, da maneira que souber.

LEMBRE-SE

A todo momento, explorar a oralidade e a troca de experiências entre os estudantes, a fim de analisar os conhecimentos prévios deles sobre os assuntos explorados em sala de aula e favorecer o desenvolvimento de relações interpessoais.

Solicitar que mencionem o tipo de roupa que os heróis costumam vestir e o motivo de muitos usarem máscaras. Para concluir, estimular os estudantes a encontrar as letras que completam corretamente os nomes de duas vestimentas de personagens.

Como avaliar É importante observar se os estudantes conseguem identificar e nomear as letras do alfabeto e se estabelecem corretamente a relação entre grafema e fonema. É importante também perceber se conseguem relacionar os elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Somos todos super-heróis Materiais necessários •

Papel-cartão em diversas cores.

•

Tesoura com pontas arredondadas.

•

Rolo de lastex.

•

Canetas hidrográficas coloridas.

•

Perfurador de papel.

•

Papel kraft. Reunir a turma em roda e disponibilizar os materiais no centro do espaço. Propor a confecção de máscaras de super-heróis conforme o molde básico

a seguir.

Estimular os estudantes a estilizar a máscara como preferirem. Após a conclusão das peças, realizar um furo de cada lado da máscara com o perfurador de papel para que seja possível amarrar lastex em cada uma delas. Reunir novamente a turma e propor aos estudantes que digam seu nome de super-herói e quais superpoderes possuem. Depois, propor a confecção de um cartaz com atitudes que os novos super-heróis podem desempenhar em casa e na escola. Após a finalização, deixar o cartaz exposto em local de destaque na sala de aula. 59

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AULA

• Compreensão de textos • Produção de escrita

Objetivos da aula

Desenvolver a capacidade de reconhecimento global de palavras. Reconhecer imagens e escrever nomes de profissões. Produzir frases curtas. Encontrar palavras em um diagrama.

Habilidades da BNCC (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura com-

partilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses. (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma

alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos

sons da fala. (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras)

com sua representação escrita.

Atividades

Atividade Atividade Atividade Atividade

3 4 5 6

(página (página (página (página

10) 11) 11) 11)

Materiais necessários

Dispositivo com acesso à internet. Imagens de profissionais que atuam nas áreas de educação, saúde e segurança (professores, policiais, médicos, bombeiros, entre outros). Livro do Estudante. Texto curto sobre preservação do meio ambiente. Lápis grafite. Borracha.

Desenvolvimento da aula Reunir os estudantes em roda e explicar a eles que vão continuar a explorar o tema super-heróis. 60

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