Simulados historia

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6 ANO

simulado para o ENSINO FUNDAMENTAL II Baseado na Matriz de Refer锚ncia do SAEB

hist贸ria caderno de prova


1. Você está recebendo um Caderno de Questões de História e uma Folha de Resposta. 2. O Caderno de Questões contém 25 questões. 3. Você terá 60 minutos para finalizar o simulado. 4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 7. Cada questão tem uma única resposta correta. 8. Procure não deixar questões sem resposta. 9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


Durante séculos, aproveitando as noites quentes e claras os mesopotâmios observavam o curso das estrelas. Eles achavam que a Terra fosse um disco rígido e que a abóbada do céu fosse uma espécie de bolha oca que todos os dias girasse por cima da Terra. Hoje nós sabemos que não são as estrelas que giram com a Terra em torno do Sol. São os “planetas”. Mas naquele tempo os mesopotâmios não podiam saber disso. Eles pensavam que as estrelas fossem seres poderosos e que sua posição no céu tivesse um significado para o destino dos homens. Achavam então que fosse possível prever o futuro pelo estudo da posição dos astros. Hoje essa crença recebe o nome de astrologia Ernst Hans Gombrich. Breve história do mundo. Trad. Mônica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Adaptado.

A ideia central do texto é de que (A) os mesopotâmicos eram incapazes de analisar a natureza. (B) a astrologia consegue prever o futuro. (C) o estudo das estrelas é uma invenção moderna. (D) a interpretação dos fenômenos naturais era religiosa.

História é uma dessas palavras que possuem mais de um significado. Quando dizemos história do Brasil, por exemplo, estamos nos referindo ao conhecimento que aparece nos livros escritos pelos historiadores. [...] A história vivida por uma pessoa ou por um grupo social é uma coisa; a história-conhecimento, contada nos livros pelos historiadores, é outra; nem sempre as duas coincidem. O que aparece nos livros de história não é a história de todas as sociedades, de todos os grupos sociais que compõem a sociedade, tampouco de todas as pessoas. Maria Inez Turazzi; Carmen Teresa Gabriel. Tempo e história. São Paulo: Moderna, 2000.

O texto apresenta a chamada “história-conhecimento” como o resultado de um processo de (A) descobrimento progressivo dos efeitos da história social no destino pessoal de cada indivíduo. (B) produção de narrativas capazes de considerar a contribuição de cada pessoa para a história coletiva. (C) identificação dos aspectos da sociedade que são independentes da ação dos indivíduos. (D) seleção parcial de um conjunto de narrativas sobre determinados grupos sociais, sociedades e eventos.

O Papalagui* nunca está satisfeito com o tempo que tem. Divide o dia tal qual homem partiria uma fruta com uma faca em pedaços cada vez menores. Todos esses pedaços têm nome: segundo, minuto, hora. Só consigo entender isso pensando que se trata de doença grave. “O tempo voa”, “O tempo corre feito um corcel!”, “Deem um pouco mais de tempo”: são as queixas do Branco. Todo Papalagui é possuído pelo medo de perder o seu tempo [...] Não precisamos de mais tempo do que temos e, no entanto, temos muito tempo. Vamos despedaçar a sua pequena máquina de contar o tempo e lhe ensinar que, do nascer ao pôr do sol, o homem tem muito mais tempo do que é capaz de usar. *Papalagui: homem branco SCHEURMANN, Erich. O Papalagui: comentários de Tuiávii, chefe da tribo Tiavéa, nos mares do sul. Rio de Janeiro: Marco Zero, 2008. Adaptado.

No texto, o chefe da tribo Tiavéa apresenta uma reflexão sobre como o homem branco percebe o tempo. Para o líder indígena, o homem branco (A) divide o tempo e teme não aproveitá-lo. (B) adoece ao desperdiçar o tempo. (C) usa o tempo sem contá-lo. (D) reclama da divisão do tempo.


Thiayu Suyá. Parque Indígena do Xingu - Instituto Socioambiental , in Pellegrini, Marco César. Vontade de saber - História, 6º ano / Marco César Pellegrini, Adriana Machado Dias, Keila Grinberg. – 3. ed. – São Paulo. FTD, 2015, p. 32.

O calendário acima, produzido para retratar o modo de vida indígena no Parque do Xingu, é um exemplo da (A) utilização dos meses para otimizar a vida nas cidades. (B) divisão do ano em estações para organizar a produção de artesanato. (C) permanência da divisão do tempo baseada na mitologia indígena. (D) contagem do tempo para melhorar a exploração dos recursos naturais.


Oração ao Nilo Salve, tu, Nilo! Que te manifestas nesta terra E vens dar vida ao Egito! Misteriosa é a tua saída das trevas Neste dia em que é celebrada! Ao irrigar os prados criados por Rá, Tu fazes viver todo o gado, Tu – inesgotável – que dás de beber à Terra! Senhor dos peixes, durante a inundação, Nenhum pássaro pousa nas colheitas. Tu crias o trigo, fazes nascer o grão, Garantindo a prosperidade aos templos. Para-se a tua tarefa e o teu trabalho, Tudo o que existe cai em inquietação. Livros sagrados e literatura primitiva oriental. Tomo II. In: Coletânea de documentos históricos para o 1o grau. São Paulo: CENP Secretaria Estadual de Educação, 1985.

Com base no poema acima, pode-se afirmar que a importância do Rio Nilo para a sociedade egípcia deve-se ao fato de (A) sua navegabilidade favorecer o contato entre os povos. (B) sua inundação ser responsável pela criação de diversos oásis no deserto. (C) sua instabilidade promover o modo de vida nômade. (D) seu regime de cheias favorecer a sedentarização humana .

Durante a maior parte da pré-história, as populações eram nômades, isto é, mudavam constantemente de uma região para outra em busca de condições favoráveis para sobreviver. [...] As mudanças eram frequentes e apenas os bens mais necessários eram transportados. Mas, no período neolítico, começou um processo de sedentarização. A agricultura, a domesticação dos animais e as técnicas de controle do meio ambiente permitiram ao homem permanecer num mesmo lugar por mais tempo. [...] A ocupação mais duradoura permitiu uma nova forma de organização da sociedade e do espaço: iniciou-se a urbanização, ou seja, o surgimento das cidades. REDE, Marcelo. A Mesopotâmia. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 12-13. (Que história é esta?). Adaptado.

De acordo com as informações apresentadas, a origem das primeiras cidades se relaciona com criação de técnicas que garantiam o(a) (A) domínio dos sistemas de escrita da época. (B) exploração sistemática e constante de recursos naturais. (C) exaustão de recursos naturais de uma região. (D) mínima intervenção do homem na natureza e na paisagem.


Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos europeus, um grande movimento de migração parece ter se iniciado no sul da floresta amazônica. Os povos que se moviam falavam línguas aparentadas, de uma grande família de línguas a que denominamos tupi-guarani. Plantavam milho e, sobretudo, mandioca, praticando o que se chama de “agricultura de coivara”. Queimavam um trecho da floresta e aí realizavam suas plantações. Quando a terra se esgotava e a produção se tornava mais fraca, mudavam para outro local e repetiam o mesmo processo. Por isso, estavam sempre em movimento. GUARINELLO, Norberto Luiz. Os primeiros habitantes do Brasil. São Paulo: Atual, 1994.

O texto indica um exemplo de (A) permanência de uma tribo num mesmo território. (B) criação de cidades na região amazônica. (C) devastação ambiental causada pelos índios. (D) domesticação de plantas na América do Sul.

Pintura rupestre em Tassili N'ajjer na Algéria. Disponível em http://www.thebassbarn.com/ . Acesso em 28 abr. de 2016.

A pintura rupestre em questão, localizada na África, ilustra um aspecto importante do(a) (A) Período Histórico, o desenvolvimento da escrita. (B) Período Neolítico, a domesticação de animais. (C) Idade Antiga, o uso de roupas. (D) Período Paleolítico, o surgimento do monoteísmo.


Há muitas indicações de que [as mulheres da família real] ocupavam posições proeminentes e cargos importantes no reino. Quando o Egito se encontrava sob a dominação cuxita, a função de grande sacerdotisa [...] do deus Amon em Tebas era exercida pela filha do rei, o que lhe conferia grande influência econômica e política. Mesmo após a extinção do cargo, em consequência da perda do Egito, as mulheres da família real continuaram a ocupar altas posições e a exercer um poder considerável [...]. Posteriormente, as rainhas – mães ou esposas – passaram a assumir o poder político e proclamaram-se soberanas, chegando a adotar o título real de “Filho de Rá, Senhor das Duas Terras” [...]. Muitas delas tornaram-se famosas, e no período greco-romano a cidade de Méroe era conhecida por ter sido governada por uma linhagem de Candaces, Kandake, ou rainhas-mães reinantes.

MOKHTAR, G., (Ed.). História geral da África, II: África antiga. 2. ed. Brasília: UNESCO, 2010.

O papel das mulheres no Reino de Cuxe, localizado ao sul do Egito, era proeminente porque elas (A) retiraram os homens dos cargos de comando. (B) poderiam ocupar posições administrativas e religiosas. (C) possuíam o acesso irrestrito ao voto. (D) tinham privilégios políticos frente aos homens.

Patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar: são os monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares. Tudo enfim que produzimos com as mãos, as ideias e a fantasia. LONDRES, Cecília. Apresentação. In: BRAYNER, Natália Guerra. Patrimônio cultural imaterial: para saber mais. Brasília, DF: Iphan, 2007. p. 5. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=3172>. Acesso em: 12 jan. 2015.

Ao preservarmos os patrimônios mencionados no texto, estamos protegendo bens (A) culturais. (B) de alto valor econômico. (C) de consumo. (D) esquecidos.

A rivalidade entre as cidades gregas era perceptível nos Jogos Olímpicos. Era uma ocasião em que se desenvolvia o que já foi classificado de “uma guerra sem armas” e que propiciava a disputa entre as cidades em situação controlada. É interessante notar também que este momento era aberto por um ritual religioso no qual participavam, em comunhão, todos os gregos. Assim reafirmava-se a identidade grega frente aos não gregos. HIRATA, E. F. V. Os Jogos Olímpicos e a competição entre as cidades do mundo grego. S.P, Labeca. MAE-USP, 2009. Disponível em labeca.usp.br. Acesso em 28 abr. de 2016. Adaptado.

Os Jogos Olímpicos na Grécia antiga, além de palco da disputa esportiva, eram (A) áreas de comunhão da identidade grega. (B) zonas de conflito violento entre gregos. (C) espaços de decisão política e democrática. (D) locais de paz e ausência de rivalidade.


Will & Deni Mcintyre/Getty Images

Acima estão destacadas as famosas pirâmides de Gizé, Quéops, Quéfren e Miquerinos no Egito. No mundo antigo, as pirâmides do Egito demonstravam o poder (A) religioso e financeiro dos patesis. (B) econômico e religioso dos sacerdotes. (C) político e econômico dos servos. (D) político e religioso do faraó.

Quando Anu o sublime, o Rei dos Anunaki, e Bel, o senhor dos céus e da terra, que decretaram o destino da terra, assinalaram a Marduk , o todo poderoso filho de Ea, deus de tudo que é direito, o domínio sobre os homens (...) eles chamaram a Babilônia por seu nome ilustre, fizeram-na grande na terra e fundaram nela um reino permanente, cujas fundações são tão sólidas quanto as do céu e a da terra; então Anu e Bel chamaram por meu nome Hamurabi, o príncipe exaltado que temia a deus, para trazer a justiça na terra, destruir os maus e criminosos, para que os fortes não ferissem os fracos (...) e trouxesse esclarecimento à terra, para assegurar o bem estar dos homens. Trecho do Código de Hamurabi, In: The Eleventh Edition of the Encyclopaedia Britannica, 1910. Disponível em www.faimi.edu.br. Acesso em 27 abr. de 2016.

No início do documento em questão, conhecido como Código de Hamurabi, é apresentada uma justificativa (A) filosófica para a criação do conjunto de leis. (B) política para a nomeação de Hamurabi como príncipe. (C) econômica para as decisões tomadas pelos deuses. (D) religiosa para a criação das leis escritas.


Os cinco primeiros livros da Bíblia constituem a Torá, ou Pentateuco; aí lemos a história da criação do mundo e a dos dez mandamentos que Deus entregou a Moisés, base da ética judaica. SCLIAR, M. ABC do mundo judaico. São Paulo: Edições SM, 2007.

Na Idade Antiga, a tradição religiosa judaica foi responsável pela propagação de um importante princípio religioso, o (A) dualismo. (B) politeísmo. (C) monoteísmo. (D) panteísmo.

Moisaico bizantino na Igreja de Santa Sofia retratando o imperador João II Comneno e sua esposa Piroska da Hungria. Disponível em wikimedia.com. Acesso em 28 abr. de 2016.

Na imagem acima a Virgem Maria e o menino Jesus estão rodeados pelo imperador bizantino e a sua esposa. Ao analisar o mosaico, percebe-se o(a) (A) simplicidade do imperador. (B) combate ao culto das imagens. (C) uso político da religião. (D) comercialização de itens sagrados.


A figura do rei apareceu muito cedo na Mesopotâmia. Tudo indica que os membros de uma assembleia elegiam um rei para cuidar de tarefas específicas. [...] Com o tempo, o rei fortaleceu seu poder e impôs a sua vontade sobre o restante da comunidade. Foi o início de uma forte tendência de concentração do poder nas mãos do soberano, que marcou toda história política mesopotâmica. Paralelamente, o rei tornou-se uma autoridade independente do templo e de seus sacerdotes. De fato, as escavações arqueológicas constataram que, por volta de 2600 a.C., surgiu nas cidades uma segunda grande estrutura arquitetônica, além do templo: o palácio, que seria, a partir de então, a morada do rei e o novo centro do poder. REDE, M. A Mesopotâmia. São Paulo: Saraiva, 1997.

Segundo o texto, o nascimento dos palácios na Mesopotâmia se relaciona com o(a) (A) origem das cidades. (B) fortalecimento dos sacerdotes. (C) centralização do poder monárquico. (D) democratização do poder.

Na nossa terra temos muitas serras. Dentro das serras moram os xaporis, hekuras, os espíritos da natureza. As serras são lugares sagrados onde os espíritos dos mortos retornam para viver. Os nossos velhos deixaram seus espíritos nesses lugares. Nós, índios yanomamis, queremos que as serras sejam respeitadas, não queremos que sejam destruídas. Queremos que esses lugares sejam preservados para não acabar com a nossa história e com nossos espíritos. ZENUN, Katsue H.; ADISSI, Valeria Maria A. Ser índio hoje. São Paulo: Loyola, 1998. Adaptado.

De acordo com as informações apresentadas, pode-se afirmar que, para que as serras no território yanomami sejam preservadas, é necessário combatermos o (A) aquecimento global. (B) desmatamento. (C) comércio. (D) desperdício.


Mulheres de Atenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Sofrem por seus maridos Poder e força de Atenas [...] Elas não têm gosto ou vontade, Nem defeito, nem qualidade Têm medo apenas Não tem sonhos, só tem presságios* O seu homem, mares naufrágios, Lindas sirenas*, morenas. BUARQUE, Chico. Mulheres de Atenas. In: CHICO, Buarque, Meus Caros Amigos, Universal Music, 1976.

*presságio: fato ou sinal pelo qual se julga adivinhar o futuro. *sirenas: sereias, seres mitológicos metade mulher metade peixe.

Na letra da música apresentada, o compositor Chico Buarque indica que as mulheres da cidade grega de Atenas (A) gostavam de servir os seus maridos. (B) tinham pouca liberdade individual e política. (C) temiam desagradar os deuses. (D) exerciam livremente suas vontades.

Os animais selvagens da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo; mas os homens que combatem e morrem pela Itália possuem apenas a luz, o ar, e nada mais. [...] Eles combatem e morrem para sustentar o luxo e a opulência dos outros; são chamados de senhores do mundo, quando não possuem sequer um pedaço de terra. CORASSIN, Maria Luiza. Sociedade e política na Roma antiga. São Paulo: Atual, 2001.

O discurso de Tibério Graco, referente à sociedade da Roma Antiga, trata da(s) (A) unificação do poder na figura de César. (B) rebeliões de escravos contra o exército. (C) luta entre patrícios e comerciantes. (D) defesa da reforma agrária.


A luta pelos direitos civis dos plebeus foi o grande motor das transformações históricas a partir da República, por dois séculos (V e IV a.C.). Parte da plebe urbana conseguiu acumular riquezas pelo artesanato e pelo comércio, sem que pudesse gozar de igualdade de direitos em relação aos patrícios. Os plebeus urbanos preocupavam-se, portanto, com os direitos políticos e sociais: queriam ocupar cargos, votar no Senado e até mesmo casar-se com patrícios, o que lhes era proibido. FUNARI, Pedro Paulo A. A cidadania entre os romanos. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2005.

O texto destaca a importância, no contexto da Roma Antiga, do(a) (A) enriquecimento dos plebeus para a compra de votos no senado. (B) pressão política dos pebleus para a ampliação se sua cidadania. (C) benevolência dos patrícios em abrir mão de seus privilégios. (D) intervenção dos sacerdotes para a paz entre romanos.

Uma das reformas de maior impacto promovidas por Dario foi a padronização da moeda [...] A difusão das moedas persas testemunha o intenso crescimento do comércio [...] Regiões que nunca haviam mantido relações comerciais começaram a trocar mercadorias. Com uma moeda comum confiável, uma rede de estradas seguras e um sistema unificado de pesos e medidas, criou-se um enorme mercado comum. Da Índia saíam especiarias, ouro, pérolas e pedras preciosas. As minas da Anatólia produziam prata, cobre e ouro. Linho e papiro do Egito, tecidos de Cartago e de Corinto, corantes da Fenícia, tapetes [da Pérsia], escudos da Ática e espadas do mar Negro, madeira [...] das florestas da Trácia — todos esses artigos foram amplamente distribuídos. Henry Woodhead (Dir.). A elevação do espírito: 600-400 a.C. Trad. Cláudio Marcondes.

A padronização da moeda no Império Persa, descrita no texto, foi fundamental para o(a) (A) fim das relações comerciais baseadas nas trocas. (B) integração comercial entre as partes do império persa. (C) comunicação entre as regiões do império persa. (D) criação de um mercado globalizado no império.

Lembre-se, por favor, que o chamado “escravo” é um homem igual a você, vivendo sob o mesmo sol, respirando, movendo-se e sendo mortal igual a você! [...]. Quando pensar que pode fazer o que quiser com seus escravos, lembre-se que o mesmo pode ser feito por seu senhor. “Mas”, você me diz, “não tenho senhor”. Há, ainda, uma longa vida a seguir: pode ter um, quando menos esperar. FUNARI, Pedro Paulo A. Roma: vida pública e vida privada. São Paulo: Atual, 1993.

No texto o romano Sêneca defende um melhor tratamento dos escravos tendo em vista que os próprios senhores poderiam se tornar escravos devido a problemas relacionados a (A) jogos. (B) guerras. (C) festas. (D) ideias.


Os primeiros mercados gregos eram lugares onde os agricultores se encontravam para trocar produtos, e discutiam muito para fazer um bom negócio. [...] Um mercado grego era mais do que apenas um lugar para se fazer compras, vender artigos que você tivesse feito ou ver os vizinhos e os amigos. Muitas vezes, era lá onde os homens se reuniam para discutir política e debater sobre o melhor modo de administrar sua cidade. MACDONALD, Fiona. Como seria sua vida na Grécia Antiga? São Paulo: Scipione, 1996,

Nas cidades da Grécia Antiga, além de ser um centro comercial, o mercado era também um espaço (A) religioso. (B) civil. (C) militar. (D) artístico.

Não é fantástico poder escrever tudo a partir de 22 sinais, fáceis de desenhar? Coisas sensatas ou bobas, agradáveis ou desagradáveis. Para os egípcios, com seus hieróglifos, a tarefa não era tão fácil. Para os mesopotâmicos também não, com sua escrita cuneiforme, composta por um número imenso de sinais, que não correspondiam a letras, mas, na maioria das vezes, a sílabas inteiras. Foi uma inovação incrível imaginar que um sinal poderia ser equivalente a um som e que, a partir de 22 sinais, seria possível formar qualquer palavra. Os seres humanos que descobriram isso tinham necessidade de escrever muito, fossem cartas, contratos comerciais. De fato, eles eram comerciantes que percorriam o mar para comprar, vender ou trocar mercadorias ao longo de todo Mediterrâneo. Ernst Hans Gombrich. Breve história do mundo. Trad. Mônica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

O desenvolvimento do sistema alfabético fenício de 22 sinais, indicado no texto, foi responsável por (A) restringir as informações nas mãos dos escribas e de imperadores. (B) criar o comércio e a diplomacia entre os reinos. (C) promover a comunicação e o comércio entre os povos. (D) alfabetizar nobres, sacerdotes e escravos do mundo antigo.

Todos os caminhos levam a Roma Hoje em dia, os caminhos terrestres, aéreos ou marítimos levam viajantes a qualquer lugar. Porém, quando queremos dizer que todas as alternativas têm a mesma solução, dizemos que “todos os caminhos levam a Roma”. A tradição vem, é claro, dos tempos da antiga Roma, quando a cidade dos césares era o umbigo do mundo. “No século I, quando o Império ia da Bretanha (na atual Inglaterra) à Pérsia (no atual Irã), Roma chegou a ter 80 mil quilômetros de estradas”, segundo pesquisa da historiadora Maria Luiza Corassin, da Universidade de São Paulo. Todos os caminhos levam a Roma. Guia do estudante. São Paulo, 1 nov. 2003.

No interior de um Império no mundo Antigo, a criação de caminhos terrestres e marítimos procurava garantir o(a) (A) comunicação entre territórios e a administração dos mesmos. (B) controle da população e o estímulo ao turismo. (C) isolamento das regiões litorâneas. (D) autonomia das províncias e o fortalecimento do comércio.


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7 ANO

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1. Você está recebendo um Caderno de Questões de História e uma Folha de Resposta. 2. O Caderno de Questões contém 25 questões. 3. Você terá 60 minutos para finalizar o simulado. 4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 7. Cada questão tem uma única resposta correta. 8. Procure não deixar questões sem resposta. 9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


Disponível em: descomplicarte.com.br. Acesso em 9 mai. 2016. Findlay Rankin/Age Fotostock/Easypix

Na imagem, destaca-se o contraste entre (A) o formato arredondado da torre lateral com o formato de suas janelas. (B) a aparência antiga da casa com a modernidade dos grafites. (C) a cor azul da porta central com as tonalidades escuras dos muros. (D) as chaminés à esquerda com as cúpulas das torres à direita.

Se a atenção do homem medieval se focalizava no céu, e a do homem da Renascença neste mundo, a atenção dos homens do século XVII estava voltada para dentro, residindo na natureza e nas emoções do próprio ser humano. A expressão cultural desse período introspectivo, centralizado no homem, é geralmente chamada Barroco. Max Savelle (Coord.). História da civilização ocidental: os tempos modernos. Belo Horizonte: Itatiaia Limitada, 1968. p. 32.

O texto distingue o homem medieval, renascentista e barroco a partir de suas diferenças (A) culturais. (B) políticas. (C) religiosas. (D) temporais.


Havendo Jesus Cristo concedido à sua Igreja o poder de conceder indulgência, e tendo a Igreja usado desta faculdade que Deus lhe concedeu, desde os tempos mais remotos; ensina e ordena o sacrossanto Concílio que o uso das indulgências [...] deve conservar-se pela Igreja, e fulmina o anátema contra os que, ou afirmam serem elas inúteis, ou neguem que a Igreja tenha poderes para concedê-las. Não obstante, deseja que se proceda com moderação na sua concessão, [e] estabelece em geral, pelo presente decreto, que se exterminem de forma absoluta todos os lucros ilícitos que se cobram dos fiéis para que as consigam [...]. Sessão XXV do Concílio de Trento. In: Adhemar Martins e outros. História moderna através de textos. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 121. (Textos e documentos).

O documento apresentado indica que, durante o chamado Concílio de Trento, a Igreja católica determinou o(a) (A) extinção das indulgências. (B) aumento da oferta de indulgências. (C) fim da venda de indulgências. (D) invenção das indulgências.

Olaus Magnus. 1555. Xilogravura. Coleção particular. Foto: The Granger Collection/Glow Images.

A figura em questão, representando um monstro marinho devorando um marinheiro, se refere ao imaginário (A) romano antigo sobre as populações germânicas. (B) europeu medieval sobre os oceanos. (C) medieval sobre os territórios muçulmanos. (D) grego antigo sobre o Mar Mediterrâneo.


Oh! Mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos, quantas mães choraram Quantos filhos em vão rezaram Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, oh! mar! PESSOA, Fernando. Mar português. Mensagem. São Paulo: FTD, 1992.

Os famosos versos de Fernando Pessoa fazem referência (A) às guerras de reconquista do território ibérico contra os mouros. (B) à grande quantidade de mortes ocorridas nas Grandes Navegações. (C) aos conflitos sucedidos durante o processo de formação do Estado português. (D) ao comércio português realizado no Mar Mediterrâneo.

TEXTO 1: [...] além de castigarem seres humanos, as caldeiras necessitavam de grandes fornecimentos de lenha que, muito cedo, esgotaram as matas próximas dos engenhos. Tornou-se necessário então procurar florestas distantes cuja madeira, extraída por escravos, era transportada por barcos e carros de boi até o seu destino”. Pe. André João Antonil. Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas. Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1737. Acesso em 11 maio 2016.

Texto 2:

Fundação SOS Mata Atlântica, São Paulo

Tendo em vista as informações apresentadas no texto 1, referente ao passado colonial do Brasil, pode-se afirmar que a existência da campanha do texto 2 aponta para a continuidade de um problema que remete aos primeiros anos de formação da sociedade brasileira, o problema referido diz respeito à (A) desigualdade entre as classes sociais. (B) dificuldade de ocupação das regiões amazônicas. (C) destruição da flora nacional. (D) falta de arborização das cidades do país.


Escola francesa. Séc. XV. Papel velino. Biblioteca Municipal, Dijon.

A imagem representa um torneio medieval, atividade que somente podia ser praticada por (A) reis. (B) plebeus. (C) religiosos. (D) nobres.

[...] não devemos pensar na mulher medieval como um grupo compacto oprimido pelos homens. As diferenças sociais foram sempre tão fortes quanto as diferenças de sexo. Não é possível alinhar, num mesmo plano, condessas e castelãs com servas e camponesas livres, ricas burguesas com artesãs, domésticas ou escravas. A opressão muitas vezes foi exercida pelas mulheres poderosas sobre as suas dependentes. [...] MACEDO, José Rivair. A mulher na idade média. São Paulo: Contexto, 1990.

O texto destaca como as condições de vida de uma mulher na Idade Média se definiam a partir do(a) (A) condição social que seu marido possuía. (B) atividade profissional que ela realizava. (C) estamento social ao qual ela pertencia. (D) quantidade de escravas ou domésticas que possuía.


Por que Meca é tão importante para o islamismo? Porque ali fica o santuário de Ka’bah, construído no segundo milênio antes de Cristo. Segundo a tradição islamita, Ka’bah é o único local da Terra que as forças celestes teriam tocado. Situada na Arábia Saudita, a cidade já era ponto de parada de caravanas e centro comercial antes de Maomé. Mas os maometanos, também chamados de muçulmanos, [...] a converteram em sua capital. De acordo com os preceitos religiosos, todo fiel tem o dever de visitála ao menos uma vez antes de morrer. Além disso, onde quer que estejam tem que rezar cinco vezes ao dia voltados para lá. “E a oração do meio-dia de sexta-feira precisa ser feita em uma mesquita, que sempre é construída em sua direção”. Ka’bah: Santuário de Meca é o centro do Islamismo. Superinteressante, São Paulo, jan. 1996. Disponível em: <http://super.abril.com.br/historia/kabah-santuario-de-meca-e-o-centro-do-islamismo>. Acesso em: 30 mar. 2015.

O texto indica que a cidade de Meca é importante para o islamismo, pois a cidade (A) é um importante ponto de parada de caravanas. (B) está localizada na Arábia Saudita. (C) foi construída antes do nascimento de Cristo. (D) possui um caráter sagrado para os fiéis dessa religião.

Conta a tradição iorubá que, nos primórdios, o orun (céu para os iorubás) era habitado por Olodumaré (o deus supremo) e uma série de outros deuses, entre os quais estava Oduduwa. Abaixo do orun havia apenas uma imensidão de água. Para criar a Terra (que os iorubás chamam de Aiê), o deus supremo, Olodumaré concedeu ao deus Oduduwa um punhado de terra e uma galinha, entre outros itens. Então, Oduduwa lançou-se no espaço e, em determinado momento, atirou um punhado de terra sobre a água e, em seguida, soltou a galinha; esta começou a ciscar com as patinhas espalhando terra por toda parte. E, como a terra caía mais em um lugar que em outro, foram se formando montes, montanhas e vales. Estava criado o mundo. Segundo a tradição, Ifé foi o lugar a partir de onde as terras se teriam espalhado sobre as águas dando origem ao mundo. Depois disso, a Terra foi povoada. Inicialmente, Oduduwa criou as aves, depois plantou árvores e, em seguida, moldou os corpos de seres humanos que ganhavam vida pelo sopro de Olodumaré. Como os seres se multiplicaram rapidamente, a água existente tornou-se insuficiente para saciar a sede de todos. Olodumaré, então, enviou a chuva. Boulos Júnior, Alfredo. História sociedade & cidadania, 7o ano — 3. ed. — São Paulo : FTD, 2015, p. 84.

Pode-se afirmar que a função social de mitos tradicionais, como o apresentado no texto, era (A) explicar a origem do mundo e o funcionamento da natureza. (B) transmitir normas comportamentais e valores morais. (C) difundir noções de geografia e de domesticação de animais. (D) fortalecer as identidades locais e o poder de seus soberanos.


IMAGEM 1:

Duccio di Buoninsegna. 1285. Têmpera sobre painel. Galeria degli Uffizi, Florença. Foto: The Brigdeman Art Library/Keystone

IMAGEM 2:

Perugino. A Entrega das Chaves a São Pedro. c. 1482. Afresco

Pode-se afirmar que uma das importantes diferenças entre a pintura medieval, exemplificada na imagem 1, e renascentista, indicada na imagem 2, consiste no fato de que a segunda (A) aborda temáticas religiosas. (B) abandona a representação realista da natureza. (C) representa cenas cotidianas. (D) faz uso consciente da perspectiva.


François Dubois. c. 1572-84. Óleo sobre painel. Musee des Cantonal Beaux-Arts de Lausanne, Suíça. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone

A pintura em questão representa a chamada Noite de São Bartolomeu, ocorrida em 24 de agosto de 1572, quando milícias católicas mataram uma grande quantidade de huguenotes, uma minoria religiosa cujo surgimento está relacionado à quebra da unidade cristã da Europa causada pelo(a) (A) descobrimento da América. (B) Reforma Protestante. (C) expansão do Islã. (D) Renascimento.


A História do povo Tupinambá de Olivença que não está nos livros Há quinhentos anos atrás os portugueses invadiram nossas terras, deram o nome de Brasil a nosso território e apelidaram os nativos como índios, achando que tinham chegado à Índia. Hoje estamos exigindo nossos direitos, que sabemos que temos desde muito tempo, bem antes da invasão. Agora os fazendeiros falam que vivem nessa terra há 80 anos, mas eles esquecem que bem antes de Pedro Álvares Cabral invadir o Brasil, nós nativos tupinambá, já habitávamos essas terras. Governo, fazendeiros e coronéis não falam dessa dívida que têm com o povo Tupinambá de Olivença. Lembremos que, em 1560, Mem de Sá ordenou que matassem todos os Tupinambá de Olivença, o que ficou conhecido na história como a Batalha dos Nadadores no Rio Cururupe, que significa rio dos sapos. Mas também ficou conhecido como rio de sangue, porque a água do rio ficou vermelha como sangue. Centenas de corpos dos guerreiros Tupinambá foram colocados enfileirados no meio da praia. Mesmo com todo mal que, fazem contra nós, índios Tupinambá de Olivença, eles têm que saber que das árvores que eles derrubaram, ficaram muitas sementes e essas sementes brotaram e vêm brotando a cada dia que passa. TUPINAMBÁ, Kaluanã. Índios on-line, ago. 2012. Disponível em: http://www.indiosonline.net/ha-historia-do-povo-tupinamba-de-olivenca-que-naoesta-nos-livros/ Acesso em: 17 jun. 2015. Adaptado.

O autor do texto justifica que os indígenas devem ser os proprietários da terra em questão ao argumentar que (A) os indígenas são cidadãos brasileiros com direito à moradia. (B) os coronéis e fazendeiros são responsáveis pelos massacres indígenas do século XVI. (C) a ocupação indígena da região é anterior à chegada dos colonizadores europeus. (D) os nativos da região não são como os habitantes da Índia.

No dia do Natal de 800, na basílica de São Pedro em Roma, onde fora assistir à missa, Carlos Magno, até então rei dos francos e dos lombardos, recebeu a coroa imperial das mãos do papa Leão III. [...] a coroação imperial de Carlos Magno foi o remate para uma obra de expansão territorial, iniciada sob seus antecessores imediatos e concluída por ele, a qual resultou, pela primeira vez após a queda do Império Romano do Ocidente em 476, no estabelecimento de uma grande unidade política na Europa Cristã. [...] MELLO, José Roberto. O Império de Carlos Magno. São Paulo: Ática, 1990. p. 5-6.

A expressão “unidade política” é utilizada no texto para indicar que, na época, grande parte das sociedades europeias passava a (A) ser administrada por um mesmo governante. (B) adotar a mesma religião. (C) imigrar para as mesmas regiões. (D) utilizar o mesmo idioma.


A rapidez com que os espanhóis conquistaram o Império Asteca leva sempre a uma questão: como um punhado de europeus puderam enfrentar um império [com] milhões de habitantes? A resposta é complexa. A luta de Cortez tinha vários aliados. Entre esses aliados [...] havia outros povos do México que não aceitavam o domínio asteca, e acabaram por engrossar, de forma significativa, as fracas tropas de Cortez. Também o uso das armas de fogo e dos cavalos representou um formidável aliado dos planos dos invasores. Porém, um aliado invisível seria o mais fundamental: as epidemias. O contato com os espanhóis expôs os astecas a novas formas de doenças, para as quais não tinham defesa: a varíola, a gripe, o sarampo e tantas outras. Essas doenças existiam há séculos na Europa e já faziam parte do cotidiano dos europeus. Na América, porém, eram uma novidade, e causaram epidemias que dizimaram milhares de nativos. [...] Totalmente despreparados para esta guerra bacteriológica, os astecas acreditaram que seus deuses os puniam com a doença, enfraquecendo ainda mais o ânimo da resistência. [...] Leandro Karnal. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996. p. 30. (Para conhecer melhor)

O texto indica que a conquista do Império Asteca por parte da Espanha foi possível graças (A) às alianças feitas com outros grupos indígenas e ao avanço de epidemias trazidas da Europa. (B) ao uso intenso de armas de fogo e à incapacidade militar dos indígenas. (C) à falta de vontade dos indígenas em defender seus territórios e à quantidade de soldados espanhóis. (D) ao auxilio dos aliados europeus de Cortez e ao baixo número de tropas astecas.

Para eliminar e remediar e pôr fim aos grandes excessos e pilhagens feitas e cometidas por bandos armados, que há muito vivem e continuam vivendo do povo [...]: “O Rei proíbe, sob pena de acusação de lesa-majestade [...], a qualquer pessoa, de qualquer condição, que organize, conduza, chefie [...] uma companhia de homens em armas, sem permissão, licença e consentimento do Rei [...]”. HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. p. 82.

O documento apresentado, referente a uma lei aprovada na França em 1439, aponta para uma importante característica do Estado Moderno, o(a) (A) igualdade de direitos entre os cidadãos. (B) monopólio da violência por parte do Estado. (C) valorização das normas indicadas na constituição. (D) existência da pena de morte.

O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. [...] Como não há poder [...] sem a vontade de Deus, todo governo, seja qual for sua origem, justo ou injusto, pacífico ou violento, é legítimo; todo depositário da autoridade [...] é sagrado. Revoltar-se contra ele é cometer um sacrilégio. BOSSUET, J. A política segundo a Sagrada Escritura. In: TOUCHARD, J. História das ideias políticas. Lisboa: Europa-América, 1970. v. 3. p. 13.

Segundo o trecho apresentado, a autoridade dos monarcas absolutos era justificada pelo(a) (A) tradição religiosa. (B) apoio da sociedade civil. (C) constituição federal. (D) competência de sua administração.


Lei inglesa de 1660 Para o andamento dos navios e estímulo à navegação desta nação... fica estipulado que, a partir do primeiro dia de Dezembro de 1660..., nenhum artigo ou mercadoria de qualquer espécie será importado ou exportado das nossas terras, ilhas, plantações ou territórios de propriedade ou posse de Sua Majestade... na Ásia, África ou América, em qualquer outro navio ou navios de qualquer tipo, mas nos navios que realmente e sem fraude pertencerem apenas ao povo da Inglaterra ou Irlanda ou Domínio de Gales... ou construídos e pertencentes a qualquer das ditas terras, ilhas, plantações ou territórios, como verdadeiros proprietários, e dos quais o mestre e três quartos dos marinheiros, pelo menos, sejam ingleses. FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1976, v. 2. p. 224.

A lei apresentada pode ser associada a um conjunto de práticas econômicas denominadas (A) feudalismo. (B) mercantilismo. (C) industrialismo. (D) escravismo.

Todos os povos subjugados pelos astecas eram obrigados a pagar-lhes pesados impostos, sob diversas formas: penas raras (do pássaro quetzal, por exemplo), pedras preciosas (como o jade), alimentos (milho, cacau), pessoas para oferecer em sacrifício aos deuses. Consta que, todos os anos, chegavam à capital do império 7 mil toneladas de milho, 4 mil toneladas de feijão e cerca de 2 milhões de peças de algodão. Prata e ouro, em enormes quantidades, eram levados todos os dias à poderosa cidade de Tenochtitlán, dona do lago e cabeça de um vasto império. KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996. p. 9-10. (Para conhecer melhor).

Sobre a organização política asteca, o trecho apresentado permite concluir que essa sociedade estava organizada a partir (A) dos conselhos populares dos povos subjugados. (B) das organizações de produtores de penas raras e pedras preciosas. (C) do poder centralizado na capital do Império. (D) dos conselhos de produtores de milho, feijão e algodão.


[...] O Império Inca era composto por um mosaico de povos e de paisagens naturais, dispersos num quadro montanhoso [...] A força dos incas é primeiramente o império de uma língua, o quéchua, imposta às populações tributárias e ensinada aos chefes dos grupos derrotados. É também o resultado de um centralismo estatal e de uma política [...] que fixava nas regiões controladas pelo Inca as etnias [...] das regiões insubmissas. É a eficácia de uma rede viária de vinte mil quilômetros que cobria a maior parte do país. Por fim, é um laço [...] religioso, o culto ao Sol Inti, que não parava de reafirmar a superioridade do Inca. GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização. São Paulo: Companhia das Letras, 1999 p. 77-78. (Virando séculos).

Dentre as razões listadas no texto para justificar a dominação Inca sobre os diversos povos que compunham seu Império estão (A) a extensão de seu território, a eficácia de seu sistema tributário, a qualidade de suas leis e a superioridade de seu clima. (B) sua unificação linguística, sua centralização política, a qualidade de sua rede de estradas e os valores de sua religião. (C) a precisão de seu idioma, a força de seu exército, a eficiência de sua rede de comunicações e a diversidade de suas paisagens naturais. (D) a distribuição de suas montanhas, o ensino de sua língua, a mobilidade territorial de suas populações e a identidade cultural promovida por sua religião.

A todos. Aprovamos também o que o Senhor ordenou pela lei, para que os trabalhos servis não sejam feitos aos domingos [...] que os homens não sejam obrigados aos trabalhos dos campos, nem ao cultivo das videiras, nem a lavrar as terras, nem a ceifar, ou a cortar o feno, ou a plantar nas reservas, nem desbravar florestas, nem derrubar árvores [...] Só se permite fazer três tipos de transporte, os transportes militares ou os transportes de víveres [...] conduzir um corpo ao cemitério. AQUINO, Rubim Santos Leão de; FRANCO, Denize de Azevedo; LOPES, Oscar G. P. Campos. História das sociedades: das comunidades primitivas às sociedades medievais. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2009. p. 307.

Pode-se afirmar que a lei em questão, publicada pelo principal líder do Império Carolíngio, Carlos Magno, apresenta uma justificativa (A) civil. (B) política. (C) religiosa. (D) jurídica.


São os camponeses que fazem viver os outros, que os alimentam e sustentam, são eles que sofrem os mais graves tormentos, a neve, a chuva, o furacão. Rasgam a terra com suas mãos, com grande sacrifício e muita fome. Levam uma vida bastante rude, pobre, mendicante e miserável. Sem essa raça de homens, não sei verdadeiramente como os outros poderiam viver. OLIVEIRA, Carlos Roberto de. História do trabalho. São Paulo: Ática, 1995.

A condição dos camponeses medievais, descrita no texto, se explica, pois, no período, (A) as condições climáticas da Europa eram mais árduas do que hoje em dia. (B) os camponeses medievais não possuíam instrumentos de trabalho. (C) os trabalhadores braçais medievais recebiam salários muito baixos. (D) a ordem social feudal reservava todo trabalho braçal aos camponeses.

A noz-de-cola é um produto da floresta [...]. No interior desse fruto de diversas variedades, ficam os gomos, com um sumo extremamente amargo, que, ao ser consumido nas regiões áridas do deserto [...], sacia a sede e produz uma sensação de bem-estar graças ao seu alto teor de cafeína. De conservação delicada, era transportado com cuidado, envolto em folhas verdes e largas, tendo de ser constantemente reembalado para que seu frescor fosse mantido. Oferecido aos visitantes ilustres, não podia faltar entre os bens das pessoas de maior distinção. [...] Tinha alto valor de troca, o que compensava as longas distâncias e os cuidados especiais relacionados ao seu comércio. No Brasil a noz-de-cola, conhecida como obi e orobo, tem lugar de destaque na realização de alguns cultos religiosos afro-brasileiros. MELLO E SOUZA, Marina de. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 18.

Segundo o texto, dentre as razões que faziam da noz-de-cola um produto com alto valor de troca, podemos mencionar (A) a existência de suas diversas variedades. (B) as dificuldades envolvidas em seu transporte e comércio. (C) seu sabor extremamente amargo. (D) sua embalagem de folhas verdes e largas.


Sabe-se hoje que foram os portugueses os primeiros a projetar e construir uma caravela, fato ocorrido por volta de 1440. Além de serem ligeiras e fáceis de manobrar, as caravelas podiam entrar em rios, contornar bancos de areia e zarpar com uma certa velocidade no caso de um ataque. Além disso, podiam também efetuar manobras rápidas que dispensavam o uso de remos, navegar em zigue-zagues e eram capazes de navegar contra o vento. Observou um especialista que: “a eficiência e a agilidade das caravelas, sobretudo em viagens curtas e médias, tornaram-nas ideais para a utilização na rota do Brasil. RAMOS, Fábio Pestana. No tempo das especiarias: o império da pimenta e do açúcar. São Paulo: Contexto, 2006. p. 50-51.

As caravelas portuguesas foram importantes no contexto da(s) (A) Reconquista da Península Ibérica. (B) Cruzadas. (C) Queda de Constantinopla. (D) Grandes Navegações.

No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos animais, [...]. CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. Grandezas do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996. p. 34. (O Olhar Estrangeiro).

O documento apresentado, referente ao Brasil Colonial, evidencia os(as) (A) custos da manutenção da saúde dos escravos africanos trazidos ao país. (B) condições de vida nos quilombos de escravos africanos fugidos. (C) estratégias de controle dos escravos por parte dos senhores de engenho. (D) maus tratos sofridos pelos escravos africanos trazidos ao país.


simulado para o ENSINO FUNDAMENTAL II Baseado na Matriz de Refer锚ncia do SAEB

hist贸ria caderno de prova




8 ANO

simulado para o ENSINO FUNDAMENTAL II Baseado na Matriz de Refer锚ncia do SAEB

hist贸ria caderno de prova


1. Você está recebendo um Caderno de Questões de História e uma Folha de Resposta. 2. O Caderno de Questões contém 35 questões. 3. Você terá 1 hora e 15 minutos para finalizar o simulado. 4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 7. Cada questão tem uma única resposta correta. 8. Procure não deixar questões sem resposta. 9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


Antes do aparecimento das fábricas o relógio não era necessário. Porém, quando as relações de trabalho se transformaram, mudou também a orientação que as pessoas tinham com relação ao tempo. O assalariamento gerou a necessidade de controlar a produtividade, ou seja, de criar uma jornada de trabalho. Simultaneamente, começaram a se difundir os relógios. Edgar de Decca; Cristina Meneguello. Fábricas e homens: a Revolução Industrial e o cotidiano dos trabalhadores. São Paulo: Atual, 1999. Adaptado.

A Revolução Industrial foi responsável por alterar a medição do tempo (A) do trabalho para o do ócio. (B) do relógio para o da natureza. (C) da natureza para o da máquina. (D) cronológico para o subjetivo.

Para a maioria dos historiadores, conquistamos a independência política no dia 7 de setembro de 1822, quando o príncipe D. Pedro (1798-1834) teria proclamado “independência ou morte!”, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo. Alguns estudiosos, no entanto, acreditam que a independência teve lugar em 28 de janeiro de 1808, quando o príncipe regente D. João (1767-1826), pai de D. Pedro e mais tarde rei de Portugal, abriu os portos brasileiros “às nações amigas”, emancipando comercialmente a Colônia. Finalmente, há quem defenda que a independência só ocorreu em 1825, quando a Coroa portuguesa reconheceu o Brasil como nação soberana. Caio César Boschi. Por que estudar História? São Paulo: Ática, 2007. p. 40.

O caso da “Independência do Brasil” é um exemplo de como a História é (A) baseada em fatos neutros e imutáveis. (B) produzida por consensos e debates. (C) criada e recriada por seus personagens políticos. (D) formada por um discurso ideológico de esquerda.


Quando se faz uma visita ao Museu Britânico, em Londres, ao Louvre, em Paris, ou à Ilha dos Museus de Berlim, é fácil enxergar seus acervos como algo natural esquecendo que foram adquiridos ao longo do tempo. A palavra “adquiridos”, empregada com frequência nos círculos dos museus, alude a doações, aquisições e objetos pilhados – não pelo museu, é claro, mas por alguns marchands (comerciantes de obras de arte) e doadores. Será que cada objeto de um patrimônio cultural dado que, no passado, foi retirado de seu ambiente original, quer tenha sido doado, comprado ou roubado, deveria ser devolvido? A meu ver, o mundo sairia empobrecido se tudo fosse devolvido. O acúmulo de objetos de muitos lugares diferentes em grandes museus públicos proporcionou a grande número de pessoas a oportunidade de apreciar as realizações de outras culturas. Por outro lado, determinados objetos se tornaram símbolos de identidade nacional. Na minha opinião, os mármores do Parthenon deveriam ser devolvidos à Grécia, o busto de Nefertiti, ao Egito, e pelo menos alguns dos bronzes do Benin, à Nigéria, mas grandes acervos internacionais como os do Museu Britânico e do Louvre não deveriam ser fragmentados. Como mostra o número de visitantes estrangeiros que passam por esses museus, esses acervos viraram parte de uma cultura global. BURKE, Peter. Caçada aos tesouros. Folha de S.Paulo. 28 fev. 2010. Disponível em www.folha.uol.com.br . Acesso em 2 mai. de 2016. Adaptado.

A ideia central defendida pelo autor é de que os acervos dos museus (A) devem permanecer na Europa, pois demandam de uma grande infraestrutura de manutenção. (B) devem ser devolvidos aos seus países de origem por serem fruto de ações ilegais. (C) precisam ser estudados e documentados antes de serem restituídos aos seus países. (D) não podem ser inteiramente restituídos, pois tornaram-se bens da cultura mundial.

A comemoração do dia 2 de julho é uma celebração muito importante para a Bahia e uma das mais importantes para o país, já que, mesmo com a declaração da independência, em 1822, o Brasil ainda precisava se livrar das tropas portuguesas instaladas na região. [Quase um] ano após o grito de D. Pedro de “independência ou morte”, [...] as tropas do Exército e da Marinha brasileira conseguiram, enfim, no dia 2 de julho de 1823, por meio de muita luta, a separação definitiva do domínio de Portugal sobre o Brasil. Nesse dia, as tropas brasileiras entraram na cidade de Salvador, que era ocupada pelo exército português, tomando a cidade de volta e consolidando a vitória. ARAÚJO C., Independência da Bahia. Disponível em www.cultura.gov.br. Acesso em 3 mai. 2016.

O episódio tratado anteriormente se contrapõe a um determinado discurso que caracteriza o processo de Independência do Brasil como (A) violento. (B) impopular. (C) popular. (D) pacífico.


Na versão tradicional da historiografia brasileira, o conflito com o Paraguai resultou da megalomania e dos planos expansionistas do ditador paraguaio Solano López. Membros das Forças Armadas — especialmente do Exército — encaram os episódios da guerra como exemplos da capacidade militar brasileira, exaltando os feitos históricos de Tamandaré, de Osório e, em especial, de Caxias. [...] Na década de 1960, surgiu entre os historiadores de esquerda, como o argentino León Pomer, uma nova versão. O conflito teria sido fomentado pelo imperialismo inglês. O Paraguai era um país de pequenos proprietários que optara pelo desenvolvimento autônomo, livrando-se da dependência externa. FAUSTO, Bóris. História do Brasil. São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1995. Adaptado.

No texto anterior, as menções à “megalomania” do ditador paraguaio Solano Lopes e à suposta interferência inglesa referem-se, respectivamente, ao(à) (A) conquista dos países da tríplice aliança e à recolonização ibérica. (B) pretensão de se criar um único país na América do Sul e aos interesses ingleses no Rio da Prata. (C) bloqueio do acesso ao Rio da Prata e à Guerra das Malvinas. (D) tentativa de obter de uma saída para o mar e à interferência britânica na Bacia do Prata.

Lembro-me muito bem do efeito que causou em mim minha primeira visão de Manchester, quando olhei para a cidade pela primeira vez do final da linha férrea que vinha de Liverpool, e vi uma floresta de chaminés expelindo vapor e fumaça, formando uma cobertura escura que parecia abraçar e envolver todo o lugar... Muitos anos se passaram desde aquela manhã, mas repetidas visitas a Manchester não diminuíram os efeitos daquela primeira impressão. DE DECCA, Edgar. Fábricas e homens: a Revolução Industrial e o cotidiano dos trabalhadores. São Paulo: Atual, 1999.

O relato anterior, que trata da cidade de Manchester em 1848, aborda o problema ambiental (A) da poluição causada pelas máquinas a vapor. (B) do desmatamento nos arredores da cidade. (C) das fontes de energia não renováveis como o carvão. (D) dos combustíveis fósseis usados nos trens.


A outra face do crescimento industrial foi a degradação do meio ambiente, também em grande escala. Os resíduos do carvão, que movia as máquinas a vapor, dos metais e de outras substâncias eram simplesmente descartados na água, no ar e no solo, sem considerar os possíveis resultados de tais práticas. Hoje sentimos na pele os efeitos dessa inconsequência, com os altos níveis de poluição associados ao carvão, ao petróleo e à eletricidade. Quase 90% de toda a energia gerada no mundo provém de três combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural. O carvão, de uso mais antigo, é mais empregado atualmente em países asiáticos, como a China, onde 70% da energia gerada resultam da queima desse combustível. Além de estimular, juntamente com o petróleo, o aquecimento planetário, o carvão contribui diretamente para as [chuvas] com alta concentração de ácidos em sua composição. [...] Outros danos ambientais resultam da poluição das águas e do solo, nas proximidades das minas de carvão. Além disso, o homem destruiu florestas inteiras para obter carvão vegetal e lenha. O desmatamento tornou os rios mais vulneráveis à erosão. As fábricas e a poluição ambiental. Nova Escola. São Paulo: Abril, ed. 163, fascículo 3, jun./jul. 2003. Encarte Especial Meio Ambiente – Conhecer para preservar. Disponível em revistaescola.abril.com.br. Acesso em 3 mai. 2016.

As fontes de energia citadas no texto contribuem para os seguintes danos ambientais: (A) assoreamento dos rios, poluição visual e queimadas. (B) chuva ácida, contaminação dos solos e desmatamento. (C) contaminação das águas, aquecimento global e poluição sonora. (D) efeito estufa, desmatamento e poluição do ar.

Para muitos brasileiros, a ideia de pátria não tinha materialidade, mesmo após a independência. Existiam, no máximo, identidades regionais. A guerra veio alterar a situação. De repente, havia um estrangeiro inimigo que, por oposição, gerava o sentimento de identidade brasileira. CARVALHO, J. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. Adaptado.

A identidade brasileira, elaborada no interior do período imperial, tomou forma durante o(a) (A) Guerra da Cisplatina. (B) Período Regencial. (C) Guerra do Paraguai. (D) Confederação do Equador.


GAST, John., Progresso Americano. 1873. Coleção particular. Foto: The GrangerCollection/Otherimages

No quadro do pintor norte-americano John Gast fica evidente o(a) (A) ideologia cientificista, que combatia o criacionismo. (B) doutrina segregacionista, que garante privilégios aos índios. (C) discurso civilizador, que considerava o oeste como bárbaro. (D) retórica do progresso, que propunha melhorar a vida dos indígenas.

Se todos estão se servindo no mesmo prato, evite pôr nele a mão antes que o tenham feito as pessoas de mais alta categoria, e trate de tirar o alimento apenas da parte do prato que está à sua frente. Ainda menos deve pegar as melhores porções, mesmo que aconteça de você ser o último a se servir. [...] E ainda mais, se estás à mesa de pessoas refinadas, não é suficiente enxugar a colher. Não deves usá-la mais, e sim pedir outra. [...] Como há muitos [costumes] que já mudaram, não duvido que vários destes mudarão também no futuro. Antigamente a pessoa podia... molhar o pão no molho, contando apenas que não o tivesse mordido ainda. Hoje isto seria uma mostra de rusticidade. DE COURTIN, A., In: Norbert Elias. O processo civilizador. Trad. Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

As regras de etiqueta citadas no texto são exemplos de (A) políticas higienistas da nobreza. (B) mecanismos de distinção social. (C) recomendações médicas de convívio. (D) protocolos de inclusão social.


O preto era o mais sacrificado do mundo, a cor preta era escravizada, ninguém gostava, tinha racismo, o preto não tinha valor para nada. A coisa era triste mesmo, era triste lá uns tempos atrás. Depois que acabou o cativeiro ficou uns quarenta, cinquenta anos naquela escravidão ainda, [...]. Mesmo depois da escravidão. Eu mesmo ainda fui muito sacrificado na minha vida de criança... eu tinha um sacrifício danado. Eu com idade de 14 anos estava capinando... trabalhando pros outros, passando mal, dormindo mal dormido, comendo mal comido... eu fui escravo do mundo. Eu fui escravo do mundo. Escravo do mundo... meu pai foi escravo de fazendeiro, eu fui escravo do mundo, sofri muito. (Seu Julião, RJ, 81 anos, 27/10/1995) RIOS, A.; MATTOS, H.. Memórias do Cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Adaptado.

As memórias apresentadas anteriormente indicam o(a) (A) enfraquecimento da cultura escravista no país, uma vez que o narrador não encontrou empecilhos para ascender socialmente. (B) sobrevivência de práticas escravistas, já que o narrador foi submetido, capturado e escravizado na zona rural. (C) continuidade do tráfico de escravos, uma vez que o narrador foi vítima do comércio dos filhos de ex-escravos. (D) permanência de aspectos da sociedade escravista, já que o narrador foi vítima do racismo e da desvalorização do trabalho manual.

Na Alemanha, a unificação foi direcionada pela Prússia, num movimento claramente “de cima para baixo”, contando com o apoio da nobreza junker e da burguesia e afastando completamente os setores populares. A unificação foi completada em 1871, após a vitória sobre os franceses na Guerra Franco-Prussiana. Esta guerra não assinala apenas o momento da unificação. Marca também, profundamente, o inconsciente coletivo da população francesa, vindo a se constituir, naquele país, um forte sentimento nacionalista e revanchista, que explodirá no início do século XX.

MARQUES, A., et. al., História contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2005.

No processo de unificação da Alemanha está presente o(a) (A) imperialismo, que se expandiu por toda a Europa. (B) nacionalismo, que fomentou a Grande Guerra. (C) luta de classes, que explodiu na Revolução Russa. (D) separatismo, que favoreceu a fragmentação dos impérios.


A centralização, tal qual existe comprime a liberdade, constrange o cidadão suga a riqueza das províncias, constituindoas satélites do grande astro da corte – centro absorvente e compressor que tudo corrompe e tudo concentra em si. O regime de federação baseado na independência recíproca das províncias, elevando-as à categoria de Estados unicamente ligados pelo vínculo da mesma nacionalidade é aquele que adotamos no nosso programa. Somos da América e queremos ser americanos.

DEL PRIORE, Mary [et al]. Documentos de historia do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. Adaptado.

O documento anterior expressa um discurso (A) republicano, que se opunha à centralização monárquica. (B) federalista, que combatia a autonomia provincial. (C) progressista, que criticava a identidade nacional. (D) nacionalista, que defendia a subordinação dos Estados.

[...] Os nobres [...] desfrutavam, no final do século XVIII, [de] muitos privilégios [...]: podiam usar espada; tinham banco reservado nas igrejas [...]. Os maiores benefícios da nobreza, entretanto, vinham da isenção de tributos e da prestação de serviços obrigatórios, [como fazer a manutenção de estradas]. Possuíam ainda direito de caça e pesca e detinham o monopólio de acesso aos cargos superiores do exército, da Igreja e da magistratura. Finalmente, havia um grande número deles que ainda recebia direitos senhoriais sobre os camponeses. Paulo Miceli. As revoluções burguesas. 10. ed. São Paulo: Atual, 1994. p. 61.

A passagem do Antigo Regime para os novos Estados republicanos é marcada pela transição de uma sociedade baseada em (A) desigualdades para uma sociedade sem distinções econômicas. (B) princípios religiosos para uma sociedade ateia. (C) privilégios para uma sociedade de direitos universais. (D) igualitária para uma sociedade de contrastes.

"Deus protege todos os governos legítimos, qualquer que seja a forma em que estão estabelecidos: quem tentar derrubá-los não é apenas um inimigo público, mas também um inimigo de Deus” BOSSUET, Jacques. Politique tirée des prope paroles de l’Écriture Sainte. [A Política extraída das próprias palavras das Sagradas Escrituras]. Bruxelas, 1710.

O pensamento de Jacques Bossuet foi um dos pilares do(da) (A) contrarreforma, pois entregava nas mãos do Estado o combate aos protestantes. (B) absolutismo europeu, pois legitimava o poder do soberano com argumentos religiosos. (C) teocracia moderna, pois divinizava a figura do monarca absoluto. (D) contrato social, pois tornava sagrada a relação entre o soberano e os súditos.


Charge “É de se esperar que o jogo acabe bem cedo”. Bibliotèque Nationale de France, 1789. Disponível em wikimedia.com. Acesso em 2/maio/2016.

No contexto da Revolução Francesa de 1789, a charge anterior intitulada “É de se esperar que o jogo acabe bem cedo” expressa o(a) (A) poder do clero e da nobreza, que conduziram o terceiro estado à revolução. (B) exploração do terceiro estado, que era obrigado a pagar impostos para o clero e a nobreza. (C) força revolucionária do clero, que submeteu os integrantes da velha nobreza. (D) sociedade de privilégios, que estavam concentrados nas mãos do terceiro estado.


Decreto de Berlim 1806 Napoleão, Considerando, 4º. Que ela [a Inglaterra] estende às cidades e portos de comércio não fortificados nas embocaduras dos rios, o direito de bloqueio que, segundo a razão e o costume de todos os povos civilizados, só se aplica às praças fortes. 5º. Que este monstruoso abuso do direito de bloqueio tem por objetivo impedir as comunicações entre os povos, e erguer o comércio e a indústria da Inglaterra sobre as ruínas da indústria e do comércio do continente; Por conseguinte, temos decretado e decretamos que: Art. 2º. Qualquer comércio e qualquer correspondência com as Ilhas Britânicas ficam interditados. Decreto de Berlim (1806). Disponível em www.napoleon.org. Acesso em 2 de mai. de 2016. Adaptado.

O Decreto de Berlim de 1806 feito por Napoleão visava enfraquecer a Inglaterra, que necessitava de (A) matérias-primas e do contato com seu mercado consumidor. (B) contato diplomático com as potências do Continente. (C) commodities americanas para o combate à fome. (D) apoio militar e financeiro de sua colônia norte-americana.


Capa da obra de Thomas Hobbes O Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil, 1651. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Leviat%C3%A3_(livro)#/media/File:Leviathan_by_Thomas_Hobbes.jpg. Acesso en 2 de mai de 2016.

Na capa da obra O Leviatã de Thomas Hobbes, o rei é retratado como um (A) monstro gigante, que ataca seus súditos na cidade. (B) árbitro infalível, que foi eleito por seus súditos. (C) soberano poderoso, que é formado e apoiado por seus súditos. (D) ser divino, que julga o destino da humanidade.


“A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. Para que não possa abusar do poder é preciso que pela disposição das coisas, o poder freie o poder [...] tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as disputas de particulares”. MONTESQUIEU, Livro IX. In: PISIER, Evelyne. Histórias das ideias políticas. Barueri/São Paulo: Manole, 2004.

O trecho anterior pertence a uma tradição de pensamento (A) absolutista, que apoiava o chamado despotismo esclarecido. (B) iluminista, que reconhecia a centralização política. (C) republicano, que defendia a autonomia entre os poderes. (D) empirista, que sustentava a realização de experimentos políticos.

A ocupação da Espanha pela França foi o gatilho que desencadeou os movimentos coloniais de separação da Espanha, embora suas origens tenham sido muito mais remotas e complexas. [...] [Napoleão Bonaparte] esperava que as colônias aceitassem a mudança de dinastia e enviou emissários com instruções aos administradores coloniais para que proclamassem José Bonaparte seu rei. No entanto, [...] a opinião pública nas colônias reagiu com extrema repulsa à ocupação francesa e, em toda a parte, proclamou efusivamente sua lealdade a Fernando VII, o monarca Bourbon [preso pelas tropas de Napoleão]. BETHELL, L. (Org.), História da América Latina: da independência a 1870. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2004. Adaptado.

A ocupação da Península Ibérica pelas tropas de Napoleão teve como desdobramento na América o(a) (A) revolução do Haiti e a abolição da escravidão no continente e nas ilhas. (B) vinda da família real em 1808 e os movimentos de independência. (C) independência do México e o fim do sistema colonial. (D) emancipação do Brasil em 1822 e a Lei áurea.

A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.

O texto aborda um fenômeno na África conhecido como (A) colonialismo ibérico. (B) pan-africanismo. (C) neocolonialismo. (D) rastafarianismo.


A primeira Constituição brasileira, outorgada em 1824 por D. Pedro I, dividia os cidadãos entre ativos e passivos. Isto quer dizer que não reconhecia a igualdade de direitos e deveres para todos os brasileiros. Os homens livres, maiores de 25 anos e com renda anual líquida de, no mínimo, 100 mil réis eram considerados os cidadãos brasileiros ativos, os únicos com poder de voto e, portanto, responsáveis pela condução política do país. [...] As mulheres ficavam na categoria dos cidadãos passivos, junto aos homens pobres [...] Sobretudo, a Constituição de 1824 mantinha a escravidão, o que ia diretamente contra os princípios de respeito da dignidade humana. A Constituição [de 1988, entretanto], colocou o indivíduo como o primeiro dos valores, o cidadão acima do Estado. Além disso, também anuncia de forma clara, no artigo 3o os seguintes objetivos para o país: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização, e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem. PESSINE, Ana Cristina. (Ed.) Como exercer sua cidadania. São Paulo: Bei Comunicação, 2003.

Comparando a Constituição de 1824 com a de 1988 notamos que a primeira era (A) republicana e laica, enquanto a segunda é progressista. (B) federalista e democrática, enquanto a segunda é republicana e elitista. (C) conservadora e democrática, enquanto a segunda é socialista. (D) elitista e escravista, enquanto a segunda é inclusiva e democrática.

Artigo I. O Congresso não legislará no sentido de estabelecer uma religião, nem proibindo o livre exercício de uma; nem cerceando a liberdade de palavra, ou de imprensa, ou o direito do povo a reunir-se pacificamente, e de dirigir ao Governo petições para a reparação dos seus agravos. Estatuto dos Direitos. Disponível em: http://icitizenforum.com. Acesso em: 30 abr. 2016.

O documento anterior, o Estatuto dos Direitos (1791) norte-americanos, foi inspirado nos princípios (A) liberais contra o jacobinismo. (B) iluministas contra o Antigo Regime. (C) absolutistas contra o liberalismo. (D) metropolitanos contra a emancipação colonial.


Os Estados Unidos foram preservados e ao mesmo tempo profundamente transformados pela Guerra Civil. [...] Em termos jurídicos, foram aprovadas três novas emendas à Constituição, que representaram o sepultamento definitivo da herança colonial: pela 13ª Emenda, os negros tornaram-se homens livres. Pela 14ª, todos os cidadãos do país foram equiparados em direitos e deveres [...] Pela 15ª, foi garantido o direito de voto a todos os cidadãos, sem distinção de raça, cor ou condição social. A equiparação jurídica entre brancos e negros não foi, porém, assimilada pelos derrotados. O preconceito continuou e ainda hoje, embora sem a mesma visibilidade de outrora, subsiste a organização racista Ku Klux Klan, surgida em 1866, que se notabilizou por executar linchamentos de negros insubmissos e brancos considerados “traidores” de sua raça. MARTIN, André. Guerra de Secessão. In: MAGNOLI, Demétrio. História das guerras. São Paulo: Contexto, 2006.

A Guerra de Secessão ocorrida nos Estados Unidos da América trouxe mudanças jurídicas que não foram totalmente assimiladas pelos (A) Estados do Norte, por causa da intolerância com irlandeses católicos. (B) Estados do Sul, por causa de guerras com a América espanhola. (C) Estados do Norte, por causa de sua política de branqueamento. (D) Estados do Sul, por causa de sua herança escravista.

Se vocês homens de Ashanti não forem adiante, iremos nós. Nós, as mulheres. Eu convidarei as minhas companheiras. Nós lutaremos contra os homens brancos. Nós lutaremos até que a última de nós caia nos campos de batalha. Disponível em http://casadeculturadamulhernegra.org.br. Acesso em 30 abr. de 2016.

No texto, a rainha-mãe do povo Ashanti na África trata do(da) (A) aliança dos homens africanos com as instituições imperialistas. (B) resistência das mulheres africanas contra o imperialismo. (C) divisão do povo Ashanti diante da invasão britânica. (D) recusa das mulheres em participar do mundo da política.


A independência das colônias espanholas não seria possível sem a participação das classes dominantes coloniais. [...] Embora fossem frequentes as revoltas populares contra o domínio espanhol, elas esbarraram sempre na repressão violenta, por parte tanto da Metrópole quanto dos elementos da aristocracia criolla. Apenas no momento em que se aprofundou o [conflito] entre a Metrópole e suas colônias, traduzido pelas reivindicações coloniais de liberdade econômica e autogoverno, foi que [os grupos] dominantes coloniais se articularam em torno do movimento de independência, conduzindo-o à vitória final, embora com a participação das camadas populares que integraram os exércitos coloniais. Não se deve pensar que o bloco dominante nas colônias fosse homogêneo. Do ponto de vista [das ideias, os grupos] dominantes coloniais [também] divergiam: ao lado de republicanos radicais, como os venezuelanos Francisco de Miranda e Simón Bolívar, encontravam-se monarquistas liberais, como o argentino José de San Martín. Assim, o movimento de independência ocorreu em torno de determinados líderes — os caudilhos —, não possuindo caráter nacional (e sim local e regional). AQUINO, Rubim. [et. al.] História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2000.

De acordo com o texto, os membros da elite criolla (A) impediram a formação de um único país de língua hispânica na América. (B) conseguiram frear a mobilização popular pela independência. (C) foram incapazes de conduzir o processo de independência na América. (D) conseguiram combater os grupos aristocráticos nas colônias.

Um panfleto revolucionário Ó vós homens cidadãos: ó vós Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus Ministros. Ó vós povo que nascestes para seres livre e para gozares dos bons feitos da Liberdade, ó vós Povos que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado, esse mesmo rei que vós criastes; esse mesmo rei tirano é quem se firma no trono para vos vexar, para vos roubar e para vos maltratar. Homens, o tempo é chegado para a vossa ressurreição, sim para ressuscitares do abismo da escravidão, para levantares a sagrada Bandeira da Liberdade. A liberdade consiste no estado feliz, no estado livre do abatimento; a liberdade é a doçura da vida, o descanso do homem com igual paralelo de uns para outros, finalmente a liberdade é o repouso e a bem-aventurança do mundo. PRIORE, Mary Del; NEVES, Maria de Fátima das; ALAMBERT, Francisco. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997.

Um elemento radical presente na Conjuração Baiana de 1798 que se destaca perante os demais movimentos emancipacionistas brasileiros está no(na) (A) ideal republicano. (B) inspiração iluminista. (C) defesa do abolicionismo. (D) desejo separatista.


A batalha final contra a escravidão no Brasil travou-se no Congresso e durou seis dias, de 8 a 13 de maio de 1888. O Legislativo agiu sob intensa pressão da população, quase sitiado em suas duas casas. Essa mesma população estendeu os festejos até 20 de maio. Foram treze dias que testemunharam o mais importante acontecimento da história do Brasil independente. Escreveu-se muito sobre o que aconteceu, mas, diante da grandeza do evento, mesmo levandose em conta as precárias condições técnicas da época, são modestos os registros fotográficos que chegaram até os dias de hoje. CARVALHO, J. Registros de liberdade. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 68, p. 34, maio 2011.

Segundo o texto, na abolição da escravatura foi fundamental a atuação (A) das associações, clubes e movimentos da sociedade civil. (B) do poder legislativo, dos latifundiários e oligarcas. (C) da monarquia, dos cafeicultores e dos escravos. (D) do movimento negro, das feministas e do republicanismo.

Novas formas de energia, particularmente o vapor, substituíram a força animal e os músculos humanos. Descobriramse maneiras melhores de obtenção e utilização de matérias-primas, e implantou-se uma nova forma de organizar a produção e os trabalhadores — a fábrica. No século XIX, a tecnologia avançou [...] com um ímpeto sem precedentes na história humana. A explosão resultante na produção e produtividade econômicas transformou a sociedade com uma velocidade surpreendente PERRY, M., Civilização ocidental: uma história concisa. 3. ed. Trad. Waltensir Dutra; Silvana Vieira. São Paulo: Martins Fontes, 2002. Dentre as transformações decorrentes da Revolução Industrial, podemos citar o(a) (A) fim da escravidão e do artesanato. (B) êxodo rural e a formação do proletariado. (C) extinção da nobreza e da sociedade de classes. (D) decadência dos burgos e das feiras.


Um homem estica o arame, outro o endireita, um terceiro corta-o, um quarto o aponta, um quinto o achata na extremidade em que ficará a cabeça; para fazer a cabeça são necessárias duas ou três operações diferentes; fabricálo é uma tarefa peculiar; branqueá-lo é outra; é uma verdadeira arte, também, espetá-los no papel... Vi pequenas fábricas dessas onde trabalhavam apenas dez homens, alguns deles realizando duas ou três operações diferentes. Esses homens podiam, quando se esforçavam, fabricar cerca de cinco quilos de alfinetes em um dia. SMITH, Adam. In: HEILBRONER, Robert. A história do pensamento econômico. 6. ed. Trad. Therezinha M. Deutsch; Sylvio Deutsch. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

No trecho anterior, o economista Adam Smith relata uma prática que se aproxima do modelo (A) taylorista, no qual existe a racionalização da produção e divisão das atividades (B) fordista, no qual se realiza apenas uma função numa linha de montagem. (C) toyotista, no qual os trabalhadores são polivalentes. (D) startup, no qual há flexibilidade de funções e horários.

Eu o príncipe regente faço saber aos que o presente alvará virem: que desejando promover, e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas, e melhoram, e dão mais valor aos gêneros e produtos da agricultura, e das artes, e aumentam a população dando que fazer a muitos braços, e fornecendo meios de subsistência a muitos dos meus vassalos, que por falta deles se entregariam aos vícios da ociosidade: e convindo remover todos os obstáculos, que podem inutilizar, e prestar tão vantajosos proveitos: sou servido abolir, e revogar toda e qualquer proibição, que haja a este respeito no Estado do Brasil, e nos meus domínios ultramarinos, e ordenar, que daqui em diante seja o país em que habitem, estabelecer todo o gênero de manufaturas. Alvará assinado pelo príncipe regente D. João em 1808. Disponível em historiacolonial.arquivonacional.gov.br. Acesso 30 abr. de 2016.

No documento anterior o Alvará de 1785, que proibia a criação de manufaturas no Brasil, é anulado. Esse ato, empreendido pelo príncipe regente D. João em 1808, foi responsável por (A) desarticular o modelo escravista agroexportador. (B) favorecer os movimentos emancipatórios. (C) gerar o surto industrial conhecido como a Era Mauá. (D) contribuir para a desconstrução do sistema colonial.


Liberdade [...] não é um conceito entendido de forma única; tem significados diversos, apropriados também de forma particulares pelos diversos segmentos da sociedade. Para Simón Bolívar, um representante das classes proprietárias venezuelanas, liberdade era sinônimo de rompimento com a Espanha, para a criação de [...] nações livres [...] para comerciar com todos os países, livres para produzir – única possibilidade, segundo sua visão, do desabrochar do Novo Mundo. Já para Dessalines, um dos líderes da revolução escrava do Haiti, que alcançou a independência da França em 1804, a liberdade, queria dizer antes de tudo o fim da escravidão [...]. Para outros dominados e oprimidos, como os índios mexicanos, a liberdade passava distante da Espanha e muito próxima da questão da terra. Na década de 1810, Hidalgo e Morelos, os líderes da rebelião camponesa mexicana, curas pobres de pequenos povoados, clamavam por terra para os deserdados. PRADO, Maria Lígia. A formação das nações latino-americanas. 11. ed. São Paulo: Atual, 1994.

Segundo o texto, nas lutas de independência da América, a liberdade era um(uma) (A) termo de múltiplos sentidos, mas que tinha o objetivo comum de promover o fim das classes sociais. (B) lugar comum no discurso político, que expressava a falta de direcionamento dos movimentos emancipatórios. (C) conceito variável, mas que buscava combater as estruturas montadas no sistema colonial. (D) ideia sem conteúdo fixo, que abrigava formas ocultas de dominação e tirania.

O Rio de Janeiro (que, por volta de 1850, tinha uma população de 200 mil habitantes) e outras cidades estavam cheias de empresas artesanais, que faziam sabão, velas, fios de algodão, roupas, chapéus, [...] móveis e ferragens, mas as tecelagens e as fábricas de processamento de alimentos, que viriam constituir a base do primeiro crescimento industrial brasileiro, não surgiram antes de 1840. BETHELL, L. (Org.). História da América Latina: da Independência a 1870. São Paulo; Brasília: Edusp, 2004.

O desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro descrito acima mantém relação com o(a) (A) lucrativo comércio de escravos feito pela elite de Salvador. (B) acumulação de capital das oligarquias do Vale do Paraíba. (C) descoberta de jazidas auríferas pelos paulistas. (D) crescimento da produção de borracha no Oeste paulista.


Se a importância econômica das ferrovias é evidente, há que se destacar aspectos nem sempre imediatamente visíveis. A criação da malha ferroviária influiu no cotidiano das pessoas. O trem tornou-se um dos mais poderosos símbolos de modernidade, da técnica e do domínio que a humanidade obtivera sobre a natureza. [...] As estações e suas praças passaram a exibir relógios que marcavam a hora precisa, impondo a todos a noção de pontualidade, uma vez que o trem, comandado pela racionalidade e impessoalidade, não espera por ninguém. Perder o trem — ou o bonde, outro símbolo moderno —, como ensinam os dicionários, tornou-se sinônimo de desorganização e incompetência. DE LUCA, T., Marcha para o Oeste paulista. História Viva: temas brasileiros. São Paulo: Duetto, n. 1, s/d.

O modo de funcionamento das ferrovias durante o Segundo Reinado revela aspectos essenciais da modernidade, tais como o(a) (A) racionalização do tempo e a impessoalidade das relações sociais. (B) busca do controle da natureza e a exploração dos recursos naturais (C) existência de burocracia estatal e a valorização do individualismo. (D) crença na subjetividade individual e na autonomia política do cidadão.

[Os editores da Biblioteca Azul acreditavam que os] livros deveriam chegar a todas as camadas da sociedade, ampliando o público de leitores, em um período em que somente às elites cabiam os livros. Mas, como dar às massas condições de conhecerem e interpretarem textos? Um processo de adaptação foi operado no texto de obras apropriadas pela Biblioteca Azul, reescritos em uma [linguagem] diferente daquela de seus destinatários originais. Brochuras normalmente encapadas em papel e com um custo de produção de menos de um centavo por exemplar, os livros azuis se tornaram progressivamente, entre 1660 e 1780, um elemento particular da cultura camponesa. Textos de ficção cômica, conhecimentos úteis e exercícios de devoção agradaram de forma imediata às camadas popular e rural. Não era mais preciso ir às cidades para ler. LOUREIRO, A., A nova ordem do livro – II parte: textos ao alcance de todos. Disponível em ebah.com.br. Acesso em 5 mai. de 2015. Adaptado.

A estratégia adotada pela Biblioteca Azul é um exemplo do(a) (A) uso dos meios de comunicação como propaganda de Estado. (B) utilização da tecnologia moderna como o veículo de difusão de ideias. (C) exploração econômica de trabalhadores no mercado editorial. (D) doutrinação da esquerda nos meios de comunicação.


simulado para o ENSINO FUNDAMENTAL II Baseado na Matriz de Refer锚ncia do SAEB

hist贸ria caderno de prova



9 ANO

simulado para o ENSINO FUNDAMENTAL II Baseado na Matriz de Refer锚ncia do SAEB

hist贸ria caderno de prova


1. Você está recebendo um Caderno de Questões de História e uma Folha de Resposta. 2. O Caderno de Questões contém 35 questões. 3. Você terá 1 hora e 15 minutos para finalizar o simulado. 4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 7. Cada questão tem uma única resposta correta. 8. Procure não deixar questões sem resposta. 9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


A história procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. A transformação é a essência da história; quem olhar para trás, na história e na sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual, e é através do tempo que se percebem as mudanças.

Vavy Pacheco Borges. Coleção Primeiros Passos. O que é história. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 50.

Segundo as informações apresentadas, pode-se afirmar que a história busca compreender (A) a relação apresentada entre as mudanças na vida individual e as transformações sociais. (B) as mudanças causadas pelo tempo em um dado organismo. (C) os processos de transformação social que se sucedem ao longo do tempo. (D) as implicações das atitudes presentes no futuro da sociedade.

O etnocentrismo consiste em julgar, a partir de padrões culturais próprios, como “certo” ou “errado”, “feio” ou “bonito”, “normal” ou “anormal”, os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos, desqualificando suas práticas e até negando sua humanidade. Assim, percebemos como o etnocentrismo se relaciona com o conceito de estereótipo, que consiste na generalização e atribuição de valor (na maioria das vezes, negativo) a algumas características de um grupo, reduzindo-o a essas características e definindo os “lugares de poder” a serem ocupados. É uma generalização de julgamentos subjetivos, feitos em relação a um determinado grupo, impondo-lhe o lugar de inferior e de incapaz, no caso dos estereótipos negativos. Curso de especialização em gênero e sexualidade/Organizadores: Carrara,Sérgio…[et al]. – Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília, DF : Secretaria especial de políticas públicas para as mulheres, in WILD, Bianca. Etnocentrismo, estereótipos, estigmas, preconceito e discriminação. Disponível em http://www.geledes.org.br/etnocentrismo-estereotipos-estigmas-preconceito-e-discriminacao/

De acordo com a definição apresentada, um exemplo de postura etnocêntrica poderia ser o(a) (A) visão desenvolvida pelos europeus a respeito das culturas indígenas da América. (B) perseguição a críticos da Igreja Católica no início da Idade Moderna. (C) violência repressora desencadeada na Rússia contra opositores do regime soviético. (D) preconceito social atual contra portadores de deficiências físicas e cognitivas.


Chama-se cultura tudo o que é feito pelos homens, ou resulta do trabalho deles e de seus pensamentos. [...] Uma casa qualquer [...] é claramente um produto cultural, porque é feita pelos homens. A mesma coisa se pode dizer de um prato de sopa, de um picolé ou de um diário. Mas estas são coisas da cultura material, que se podem ver, medir, pesar. Há, também, para complicar, as coisas da cultura imaterial [...]. A fala, por exemplo, que se revela quando a gente conversa, [...] é criação cultural. [...] Além da fala, temos as crenças, as artes, que são criações culturais, porque inventadas pelos homens e transmitidas uns aos outros através das gerações. RIBEIRO, Darcy; ZIRALDO (ilustrações). Noções de coisas. São Paulo: FTD, 1995. p. 34.

Tendo em vista as definições apresentadas, um exemplo de cultura imaterial seria (A) um automóvel. (B) o ritmo musical frevo. (C) um computador. (D) o gás oxigênio.

Os diversos instrumentos de medição do tempo desenvolvidos pelos seres humanos indicam uma crescente necessidade de (A) prever as condições meteorológicas do futuro. (B) desenvolver instrumentos esteticamente mais atrativos. (C) quantificar o tempo de formas cada vez mais exatas. (D) criar instrumentos facilmente transportáveis.


[...] Para Fernand Braudel temos um fato histórico breve e curto — o evento —, um outro que decompõe o passado em fatias — a conjuntura — e um último que se mantém, permanece, sobrevive apesar do tempo — é a estrutura ou longa duração. Todavia, é bom que se destaque que esses tempos dos fatos históricos não estão isolados, na realidade, há um entrecruzamento desses movimentos, com interações e rupturas.

Rivail Carvalho Rolim. O uso do jornal para trabalhar com a noção de fato e tempo histórico. História & Ensino, Londrina, v. 8, out. 2002. p. 70.

A partir da leitura do trecho apresentado, é correto afirmar que o historiador Fernand Braudel estabelece uma distinção entre três categorias do tempo histórico a partir de suas diferentes (A) causas. (B) importâncias. (C) fontes documentais. (D) durações.

O antropólogo americano W. Arens, em seu livro The Man-Eating Myth [O Mito do Canibal], procura comprovar a tese de que a antropofagia nunca existiu de fato, sendo antes um preconceito sempre atribuído ao Outro: o canibal é invariavelmente o inimigo [...]. Com base em exaustivo estudo de boa parte das fontes existentes, Arens chega à conclusão de que todos os registros carecem de confiabilidade científica por não resultarem da observação direta: algumas descrições chegam a minúcias, mas nunca há nelas o testemunho do autor de que presenciou o que relata. [...] Se é que a antropofagia de fato existiu, não me parece possível estabelecer com certeza o modo como era praticada, nem qual teria sido seu sentido, a partir de observações meramente exteriores. [...] Roberto Gambini. Espelho Índio: a formação da alma brasileira. São Paulo: Axis Mundi; Terceiro Nome, 2000. p. 111-2; 116.

O texto apresentado, que aborda o tema do canibalismo entre os indígenas tupi, aponta uma das dificuldades do historiador, a de (A) encontrar indivíduos capazes de descrever em detalhes os eventos históricos analisados. (B) comprovar a confidencialidade das fontes documentais de sua pesquisa. (C) encontrar oportunidades de observar diretamente os eventos analisados. (D) compreender o sentido de uma dada prática social a partir da parcialidade das fontes documentais.


TEXTO 1: [...] Os filósofos [...] do século XVI percebiam que viviam em uma nova época, consideravam a época anterior — o período que passou a ser chamado de Idade Média como um tempo de trevas e obscurantismo e, para marcarem sua diferença com esse tempo passado, voltaram-se para o passado mais distante — a Antiguidade. [...] Os próprios intelectuais daquele tempo chamaram a época em que viviam de Renascimento, como se na Idade Média não tivesse havido qualquer produção cultural importante. [...] Maria Teresa Vianna Van Acker. Renascimento e humanismo: o homem e o mundo europeu do século XIV ao século XVI. São Paulo: Atual, 1992. p. 6-7. (História geral em documentos).

TEXTO 2: A ideia de um texto suscetível de múltiplas leituras é característica da Idade Média, essa Idade Média tão caluniada e complexa que nos deu a arquitetura gótica, as sagas da Islândia e a filosofia escolástica na qual tudo está discutido; que nos deu, sobretudo, a Comédia*, que continuamos lendo e que continua nos assombrando, que durará além de nossa vida, muito além de nossas vigílias e que será sempre enriquecida por nova geração de leitores. BORGES, Jorge Luis. A Divina Comédia. Tradução de Luiz-Olyntho Telles da Silva. Disponível em http://www.tellesdasilva.com/divinacomedia.pdf

*Divina Comédia, obra do poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321) Pode-se afirmar que os intelectuais renascentistas, mencionados no texto 1, e o escritor Jorge Luis Borges, autor do texto 2, interpretam a Idade Média de maneira (A) semelhante, pois ambos destacam a importância de buscar o conhecimento em fontes de época distantes como a Antiguidade. (B) divergente, pois os primeiros a veem como um período de decadência cultural, ao passo que o segundo faz um elogio de sua produção artística. (C) semelhante, pois os primeiros a condenam por seu obscurantismo, ao passo que o segundo critica o excesso de complexidade de suas obras artísticas. (D) divergente, pois os primeiros a veem como um período marcado pela ausência de cultura letrada, ao passo que o segundo destaca a importância social dos escritores do período.


[...] Os racistas não cessavam de proclamar que a história da África não tinha importância nem valor: os africanos não poderiam ser os autores de uma “civilização” digna desse nome e por isso não havia entre eles nada de admirável que não houvesse sido copiado de outros povos. É assim que os africanos se tornaram objeto — e jamais sujeito — da história. Eram considerados aptos a recolher as influências estrangeiras sem dar em troca a mínima contribuição ao mundo. O racismo pseudocientífico exerceu sua influência máxima no início do século XX. Após 1920, tal influência declinou entre os especialistas em ciências sociais e naturais, e após 1945, virtualmente desapareceu dos meios científicos respeitáveis. Mas a herança desse racismo perpetuou-se. [...] P. D. Curtin. Tendências recentes das pesquisas históricas africanas e contribuição à história em geral. In: Joseph Ki-Zerbo (Org.). História geral da África: Metodologia e pré-história da África. São Paulo: Ática/UNESCO, 1998, v. 1. p. 40-1.

Segundo o texto, dentre as bases que justificavam as concepções racistas das ciências sociais e naturais do século XX, estava a falsa ideia de que (A) os africanos tiveram um papel ativo na construção da própria história. (B) as grandes civilizações africanas do passado haviam desaparecido. (C) a África era incapaz de dar contribuições culturais relevantes para o mundo. (D) os africanos foram influenciados por culturas estrangeiras.

O entrelaçamento de pobreza e riqueza, sobretudo nas grandes cidades, tem sido marca do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Apesar dos progressos realizados, o país permanece um dos mais desiguais do mundo. Juntas, mas fraturadas, nas cidades ‘partidas’ as populações urbanas convivem contraditoriamente num inquietante caldeirão de tensões. REIS, Daniel Aarão (Coord.). Modernização, ditadura e democracia: 1964-2010. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. v. 5.)

No texto apresentado a expressão “cidades partidas” foi utilizada para indicar o(a) (A) baixa qualidade das avenidas e ruas das cidades brasileiras. (B) convívio harmonioso entre classes diferentes nas cidades brasileiras. (C) divisão étnica das populações das cidades brasileiras. (D) intensa desigualdade social das cidades brasileiras.


[...] Todos queriam pertencer à Guarda Vermelha para mostrar que eram revolucionários de verdade. Nessa fase inicial da revolução, para ser um Guarda Vermelho era preciso ser um dos “bons” — filho de um operário, camponês ou soldado. Os Guardas Vermelhos arrebanhavam os “maus”, incluindo professores, artistas e escritores. Eles os forçavam a usar compridos chapéus de papelão, “chapéus de burro”, e a pendurar grandes cartazes no pescoço. Eles os obrigavam a andar de quatro na frente de multidões aos gritos. Alguns dos “inimigos” foram mandados para a prisão ou para campos onde deviam dedicar-se ao trabalho braçal. Outros foram espancados até a morte. Muitos não suportaram os maus-tratos e acabaram se suicidando. [...] Ange Zhang. Terra Vermelha, Rio Amarelo. São Paulo: SM, 2005. p. 57.

O relato apresentado, referente à atuação das milícias apoiadoras de Mao Tsé-Tung durante os anos da chamada Revolução Cultural (1966-1968), aponta para a intensa perseguição dirigida no período contra os(as) (A) capitalistas chineses conservadores. (B) pessoas condenadas judicialmente. (C) intelectuais em geral. (D) indivíduos publicamente imorais.

Sem fazer pregações nem dar lições de moral, os contos franceses demonstram que o mundo é duro e perigoso. Embora, na maioria, não fossem endereçados às crianças, tendem a sugerir cautela. Como se erguessem letreiros de advertência, por exemplo, em torno à busca de fortuna: “Perigo!”; “Estrada interrompida!”; “Vá devagar!”; “Pare!” É verdade que alguns contêm uma mensagem positiva. Mostram que a generosidade, a honestidade e a coragem são recompensadas. Mas não inspiram muita confiança na eficácia de se amar os inimigos e oferecer a outra face. Em vez disso, demonstram que, por mais louvável que seja dividir o seu pão com mendigos, não se pode confiar em todos aqueles que se encontra pelo caminho. Alguns estranhos talvez se transformem em príncipes e fadas bondosas; mas outros podem ser lobos e feiticeiras, e não há maneira de distinguir uns dos outros. Robert Darnton. O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa. Trad. Sonia Coutinho. Rio de Janeiro: Graal, 1986. p. 78.

O texto indica que a função social dos contos da tradição oral francesa era (A) defender a importância dos valores morais. (B) incentivar a partilha de alimentos com necessitados. (C) difundir uma concepção de mundo baseada na prudência. (D) divertir o público com narrativas fantásticas sobre príncipes e fadas.


De muitas formas o texto constitucional é inovador. Começa invocando o povo e falando dos direitos, inspirados em [John] Locke. A Nação americana procurava assentar sua base jurídica na ideia de representatividade popular, ainda que o conceito de povo fosse, nesse momento, extremamente limitado. Já no início da Constituição encontramos a expressão: “Nós, o povo dos Estados Unidos...”. Quem eram “nós”? Certamente não todos os habitantes das colônias. A maior parte dos “americanos” estava excluída da participação política. O processo de independência fora liderado por comerciantes, latifundiários e intelectuais urbanos. Com a Constituição, cada estado, por exemplo, tinha a liberdade de organizar suas próprias eleições. [...] Leandro Karnal. Estados Unidos: a formação da nação. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 91-2.

O texto apresentado questiona o(a) (A) importância do voto nos EUA em seus primeiros anos de independência. (B) influência do filósofo John Locke na Constituição dos EUA. (C) processo de independência dos EUA. (D) extensão da cidadania nos primeiros anos de independência dos EUA.

Instalada há mais de um século no litoral cubano, a base [estadunidense] de Guantánamo subsiste porque é um vespeiro em que ninguém quer mexer. [...] “A presença em Cuba é pura questão de força política”, diz o cientista político João Roberto Martins Filho [...]. O professor de relações internacionais Günther Rudzit [...] concorda. “A atuação militar americana é tão grande que eles não precisariam mais da base, que tem pouca capacidade de operações”. A base foi estabelecida pela Marinha [estadunidense] em 1898, durante a Guerra Hispano-Americana. O último acordo, assinado em 1934, estabeleceu o arrendamento por tempo indefinido da área de 116 metros quadrados na baía de Guantánamo, que só voltará ao controle cubano por consentimento mútuo. Como Estados Unidos e Cuba raramente concordam, a possibilidade é pequena. Por esse “aluguel”, o governo [estadunidense] deposita numa conta 4085 dólares anuais, mas [o governo cubano] se recusa a sacar o dinheiro desde 1959. A base de Guantánamo já teve grande importância para os [estadunidenses]. “[...] O Caribe era estratégico para os planos de desenvolvimento [dos EUA]”, lembra [o professor Günther Rudzit]. Apesar das contestações, nunca houve uma tentativa de desocupação. [...] Antonio Neto. Como podem os EUA ter uma base militar em Cuba? Superinteressante. São Paulo: Abril, ano 17, n. 193, out. 2003. p. 42.

O texto indica que atualmente a base de Guantánamo continua ocupada pelos Estados Unidos devido (A) à sua importância militar para os americanos. (B) às dificuldades diplomáticas entre os governos envolvidos. (C) ao aluguel pago regularmente pelos americanos. (D) aos planos de desenvolvimento dos americanos no Caribe.


BETHEL, Leslie (Org.). História da América Latina. A América Latina Colonial. São Paulo: Edusp. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2004. v. 1.

Entre as causas para o fenômeno indicado no gráfico estão a(s) (A) queda acentuada da natalidade indígena e as migrações massivas de índios após os primeiros contatos com os europeus. (B) mortes provocadas pelo uso massivo de indígenas como mão de obra escrava e a conversão dos Incas ao cristianismo. (C) guerras internas entre as populações do Império Inca e a crise de abastecimento de água causada pelo mau uso dos recursos hídricos de seu território. (D) guerras entre indígenas e europeus e as epidemias de doenças trazidas ao continente americano pelos colonizadores.


A tatuagem existe desde que o mundo é mundo. O Homem de Gelo, um corpo congelado encontrado na Itália em 1991, que se supõe ter vivido há cerca de 7300 anos, tinha vários desenhos sobre a pele. A múmia da princesa Amunet, de Tebas, exibe desenhos feitos de pontos e linhas que certamente chamaram a atenção dos egípcios há mais de 4 000 anos. [...] “O corpo foi um dos primeiros instrumentos manipulados pelo homem para expressar um significado”, afirma a antropóloga Lux Vidal, especialista em pinturas corporais da Universidade de São Paulo. “Tatuagens, pinturas, mutilações e cortes de cabelo são modos de transformar o corpo para que ele comunique códigos, relações sociais e valores.” Mariana Mello. Arte à flor da pele. Extraído do site: http://super.abril.com.br/ Acesso em: 13 nov. 2014.

O texto apresentado indica que a manipulação corporal possui uma função social eminentemente (A) religiosa. (B) trabalhista. (C) sexual. (D) comunicativa.

[...] O [...] presidente Getúlio Vargas, famoso por suas posturas nacionalistas, preferia um sistema misto que lhe permitisse contar com o capital de investidores privados, inclusive estrangeiros. O projeto original do governo, porém, foi alterado no Congresso. Pela Lei 2004, de 3 de outubro de 1953, foi criada a Petróleo Brasileiro S/A — Petrobras. Cabia à companhia a execução do monopólio estatal do petróleo. As atribuições incluíam pesquisa, exploração, refino do produto nacional e estrangeiro, transporte marítimo e sistema de dutos. [...] Brasil cria Petrobras em 1953 no embalo da campanha ‘O petróleo é nosso’. Extraído do site: <http://acervo.oglobo.globo.com/fatoshistoricos/brasil-cria-petrobras-em-1953-no-embalo-dacampanha-petroleo-nosso-9676777> Acesso em: 19 jan. 2015

De acordo com as informações apresentadas, o projeto inicial de Getúlio Vargas para exploração do petróleo encontrado em território brasileiro previa o(a) (A) monopólio estatal da exploração do petróleo. (B) parceria entre o Estado e a iniciativa privada. (C) formação de centros estatais de pesquisa sobre exploração petroleira. (D) refino do produto nacional por parte de estrangeiros.


Vontade de saber história, 9º ano. Neiva Camargo Torrezani, p. 53. 2. ed. Arte E. Cavalcante. São Paulo : FTD, 2015. Fonte de dados: SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.

Vontade de saber história, 9º ano. Neiva Camargo Torrezani, p. 53. 2. ed. Arte E. Cavalcante. São Paulo : FTD, 2015. Fonte de dados: RUBENSTEIN, James M. The cultural landscape a introduction to human geography. 8. ed. New Jersey: Pearson Education, 2005.

A grande diferença observada entre os mapas acima se explica porque a(s) (A) divisão étnica da África deixou de existir a partir do momento em que foram formados os primeiros Estados Nacionais da região durante o século XIX. (B) fronteiras dos Estados Nacionais africanos foram definidas pelos europeus de modo arbitrário durante o período de ocupação do território no século XIX. (C) divisão étnica da África se formou depois do período de consolidação dos Estados Nacionais no continente em questão no século XIX. (D) desigualdade social da África permitiu que determinadas etnias se sobrepusessem a outras durante o período de constituição dos Estados Nacionais no século XIX.


Parece que, na época, Juscelino Kubitschek, o presidente sorridente, tornou-se também um presidente “pé quente”. Afinal, durante seu governo, os brasileiros viram não apenas a seleção de futebol sagrar-se campeã do mundo, mas outros esportes trazerem novas alegrias. Muitos deles, de natureza essencialmente amadora, entraram na onda do futebol, como se o “caneco” de ouro tivesse comprovado ao povo brasileiro que seus atletas podiam ser campeões. Foi o momento de torcer por Eder Jofre, no boxe, por Maria Ester Bueno, no tênis, pelas seleções feminina de basquete e de vôlei e masculina de basquete... [...] MOREIRA, Regina da Luz. O Brasil de JK. Esportes. FGV CPDOC. Disponível em: . http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Sociedade/Esportes Acesso em: 18 maio 2015.

O trecho evidencia a importância do esporte como um (A) possível instrumento político. (B) instrumento de inclusão social. (C) pré-requisito para uma vida saudável. (D) meio de transmissão de valores.

A Polônia foi um dos países mais resistentes ao domínio soviético. Em plena ditadura comunista, um movimento sindical independente floresceu no estaleiro de Gdansk, a grande cidade portuária da Polônia. O líder desse movimento foi Lech Walesa. Nascido em 1943, Walesa fundou, em setembro de 1980, o primeiro sindicato independente do mundo comunista: o Solidariedade. O sindicato recebeu tantas adesões que o regime comunista polonês, sentindo-se ameaçado, colocou-o na ilegalidade e decretou medidas repressivas no país. Mas a luta continuou e, em 1983, a despeito dos protestos do governo polonês, o líder do Solidariedade recebeu o Prêmio Nobel da Paz. No declínio da Guerra Fria, em dezembro de 1990, Lech Walesa elegeu-se presidente da Polônia. Candidato à reeleição em 1995, foi derrotado. Walesa perdeu muito da antiga popularidade, mas seu nome está na história como um dos homens que colaboraram para o fim do domínio soviético na Europa. MKARNAL, LEANDRO. A Guerra Fria. São Paulo: FTD, 2000. p. 48. (Para conhecer melhor)

Uma das consequências diretas e imediatas do fim do domínio soviético na Europa foi o(a) (A) reunificação da Alemanha. (B) criação da União Europeia. (C) fortalecimento dos partidos comunistas do continente. (D) criação do euro.


Lúcio Costa. 1957. Caneta sobre papel. 22 x 19 cm. Rio de Janeiro (RJ). Foto: Ana Carolina Fernandes/Folhapress.

A opção por construir a cidade de Brasília com a forma de um avião, tal como indicado na figura de sua planta, se deu devido ao desejo de associar a capital brasileira à ideia de (A) inacessibilidade. (B) modernidade. (C) eficiência. (D) velocidade.


A independência das colônias espanholas não seria possível sem a participação das classes dominantes coloniais. [...] Embora fossem frequentes as revoltas populares contra o domínio espanhol, elas esbarraram sempre na repressão violenta, por parte tanto da Metrópole quanto dos elementos da aristocracia criolla. Apenas no momento em que se aprofundou o [conflito] entre a Metrópole e suas colônias, traduzido pelas reivindicações coloniais de liberdade econômica e autogoverno, foi que [os grupos] dominantes coloniais se articularam em torno do movimento de independência, conduzindo-o à vitória final, embora com a participação das camadas populares que integraram os exércitos coloniais. Rubim Santos Leão de Aquino e outros. História das sociedades americanas. 7. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 206-7.

O texto aponta que a Independência das colônias espanholas foi possível graças à (A) subordinação da elite criolla aos interesses dos movimentos independentistas populares. (B) vitória dos exércitos coloniais sobre as elites criollas locais. (C) repressão violenta contra as revoltas de populares locais. (D) associação entre os interesses da elite criolla e dos movimentos independentistas populares.

A transferência da Corte para o Brasil, em 1808, provocou uma série de transformações na América portuguesa e sinalizou o fim do período colonial. Deu início também ao processo [...] de “interiorização da Metrópole”, ou seja, não só o estabelecimento no Rio de Janeiro das instituições-chave da administração do Império, como também a criação e consolidação de interesses próprios dos súditos americanos. [...] Essa situação se fez acompanhar de uma crescente consciência do papel que o Brasil ocupava no conjunto dos domínios lusitanos. Portugal, por outro lado, [...] viu-se reduzido a uma posição marginal. No Brasil, a importância adquirida pelo Rio de Janeiro como sede da Monarquia despertou as esperanças de que se estava fundando um novo império, mas com o passar dos anos e a manutenção dos procedimentos tradicionais, identificados com a Corte em Lisboa, o fardo sobre as províncias não foi aliviado, estimulando ressentimentos. A tudo isso, a proximidade da massa escrava acrescentava, para as autoridades, uma dimensão de temor constante, fruto do pavor ao “haitianismo” que se propagara com a revolta [de escravos no Haiti] em 1791 [...]. Ronaldo Vainfas (Org.). Dicionário do Brasil imperial: 1822-1889. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 225-6.

As transformações indicadas no texto culminariam, posteriormente, na (A) proclamação da República. (B) abolição da escravidão. (C) Inconfidência Mineira. (D) independência do Brasil.


Gênova, a maior rival veneziana, conquistara em princípios do século XI a hegemonia mercantil no Mediterrâneo ocidental derrotando os muçulmanos e se apossando das ilhas de Elba, Sardenha e Córsega. Assim, para ela os interesses comerciais e o combate ao infiel eram a mesma coisa, o que facilmente a identificou com as Cruzadas. Mas seu apoio aos cruzados (transporte, provisões, empréstimos) estava sempre condicionado ao recebimento de privilégios comerciais nas cidades conquistadas por eles. Foi assim que os genoveses puderam formar um vasto e rico império colonial — arrancado dos bizantinos e muçulmanos — abrangendo Chipre, as principais ilhas do Egeu e territórios do Mar Negro. Hilário Franco Júnior. As Cruzadas: Guerra Santa entre Ocidente e Oriente. São Paulo: Moderna, 1999. p. 13-5. (Polêmica).

O texto mostra a relação existente entre (A) os comerciantes bizantinos e muçulmanos. (B) as ilhas de Elba, Sardenha e Córsega. (C) os interesses mercantis europeus e as Cruzadas. (D) o combate a heresias cristãs e a defesa dos dogmas dos cruzados.

A figura do rei apareceu muito cedo na Mesopotâmia. Tudo indica que os membros de uma assembleia (provavelmente formada pelos homens adultos) elegiam um rei para cuidar de tarefas específicas. Mas esse cargo não era fixo e foi criado somente para os casos de necessidade de um comando mais forte sobre a população, por exemplo, durante as guerras. Nessa época, o rei parece ter sido, antes de mais nada, um representante da comunidade, inclusive diante dos deuses, acumulando também funções sacerdotais. Com o tempo, o rei fortaleceu seu poder e impôs a sua vontade sobre o restante da comunidade. Marcelo Rede. A Mesopotâmia. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 34-5. (Que história é esta?).

O texto descreve o processo de (A) estabelecimento da democracia na Mesopotâmia. (B) centralização do poder em torno da figura do rei na Mesopotâmia. (C) decadência dos antigos líderes políticos da Mesopotâmia. (D) expansão militar da antiga Mesopotâmia.


[...] Na medida em que as novas cidades industriais envelheciam, multiplicavam-se os problemas de abastecimento de água, saneamento, superpopulação [...]. Nas vilas, a água de um poço próximo do cemitério podia ser impura, mas, pelo menos, seus habitantes não tinham de se levantar à noite para entrar numa fila diante da única bica que servia a várias ruas, nem tinham de pagar por ela. Os habitantes das cidades industriais tinham frequentemente de suportar o mau cheiro do lixo industrial e dos esgotos a céu aberto, enquanto seus filhos brincavam entre detritos e montes de esterco. E. P. Thompson. A formação da classe operária inglesa. 4 ed. Trad. Renato Busatto Neto; Cláudia Rocha de Almeida. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. v. 2. p. 185.

No que se refere aos efeitos da Revolução Industrial, o trecho apresentado indica que (A) as modernas tecnologias industriais são de pouca utilidade para o estabelecimento de sistemas sanitários funcionais. (B) a urbanização crescente teve como consequências a poluição das águas de poços localizados próximo a cemitérios. (C) as condições de higiene sanitária dos meios urbanos modernos são superiores àquelas observáveis nos vilarejos de zonas rurais. (D) os benefícios trazidos pelo desenvolvimento das tecnologias industriais não chegaram a grandes parcelas da população.

[...] Os nobres [...] desfrutavam, no final do século XVIII, [de] muitos privilégios [...]: podiam usar espada; tinham banco reservado nas igrejas [...]. Os maiores benefícios da nobreza, entretanto, vinham da isenção de tributos e da prestação de serviços obrigatórios, [como fazer a manutenção de estradas]. Possuíam ainda direito de caça e pesca e detinham o monopólio de acesso aos cargos superiores do exército, da Igreja e da magistratura. Finalmente, havia um grande número deles que ainda recebia direitos senhoriais sobre os camponeses. Muitos desses nobres viviam na Corte, desfrutando diretamente a companhia e, principalmente, os favores de Sua Majestade. [...] Cerca de quatro mil pessoas viviam nessa condição parasitária, à custa de pensões, soldos militares, rendas de cargos administrativos ou eclesiásticos. Tudo isso somado, pode-se imaginar que esses nobres recebiam recursos consideráveis, os quais se encarregavam de gastar com criados, roupas de luxo, jogos, festas e caçadas [...]. Paulo Miceli. As revoluções burguesas. 10. ed. São Paulo: Atual, 1994. p. 61.

O texto acima descreve a sociedade (A) do Antigo Regime francês. (B) das Treze Colônias norte-americanas. (C) do Brasil colonial. (D) do Império Asteca.


No seu nascedouro, a palavra descolonização já vem carregada de ideologia, parecendo definir um destino histórico dos povos colonizados: depois de ter colonizado, o europeu descoloniza, estando, pois, implícita a vontade do país colonizador de abrir mão de pretensos direitos adquiridos em determinado momento. A generalização do termo implica, de certa forma, uma interpretação eurocêntrica da História, ou seja, a noção de que só a Europa possui uma História ou é capaz de elaborá-la. Os outros não têm História: nem passado a ser contado nem futuro a ser elaborado. Maria Yedda Linhares. Descolonização e lutas de libertação nacional. In: Daniel Aarão Reis Filho; Jorge Ferreira; Celeste Zenha (Orgs.). O século XX. O tempo das dúvidas: do declínio das utopias às globalizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. v. 3. p. 41.

No trecho apresentado, a historiadora Maria Yedda Linhares critica a utilização do termo “descolonização”, frequentemente utilizado para fazer referência aos processos de independência das nações africanas ao longo do século XX, porque ele sugeriria uma interpretação que (A) ignora a importância das consequências futuras do colonialismo. (B) sugere que os processos de independência ocorreram de modo homogêneo no continente. (C) ignora a participação dos próprios africanos nesses processos. (D) despreza o papel das narrativas tradicionais africanas na construção do discurso historiográfico.

O ferreiro vive ainda hoje nas aldeias da África do Oeste e tem importante papel social, diferente do ferreiro europeu. Na Europa, um ferreiro é alguém especializado em trabalhar e consertar objetos de ferro, com auxílio da bigorna, do martelo ou de outros instrumentos. Na África tradicional, o termo “ferreiro” é como um recipiente no qual podemos também colocar outras palavras, como ourives, escultor de máscaras, construtor de canoas. [...] Nas sociedades africanas, o ferreiro pertence a uma casta, que é muito respeitada, porque seus membros são considerados detentores do saber e praticantes da magia. Eles só se casam com mulheres de sua casta. [...] Ahmadou Kourouma. Homens da África. Trad. Roberta Barni. São Paulo: Edições SM, 2009. p. 118-24.

Segundo o texto, a principal distinção entre ferreiros da África do Oeste e da Europa consiste no fato de que, na África, os ferreiros (A) possuem técnicas menos desenvolvidas de trabalho com o metal. (B) estão associados a outras atividades de caráter artístico e religioso. (C) abandonaram o trabalho com o metal em prol do uso da magia. (D) tem a possibilidade de se casar com as filhas de outros ferreiros.


“Houve uma crise financeira, da bolsa, e uma econômica, de produção e força de trabalho”, explica o historiador Wagner Pinheiro Pereira, autor de 24 de Outubro de 1929. “A crise levou acionistas a colocar ações à venda. Com excesso de ações e poucos compradores, o preço caiu, arruinando as pessoas. Sem recursos, as empresas demitiram. Bancos e fábricas faliram, e os efeitos se espalharam pelo mundo.” Felipe Van Deursen. Quebra da bolsa em 1929: Tragédia em Wall Street. Aventuras na História. Extraído do site: Acesso em: 7 nov. 2014.

No trecho apresentado, referindo-se ao contexto da quebra da bolsa de Nova York em 1929, o historiador Wagner Pinheiro Pereira associa a crise financeira da época com a econômica ao apontar que (A) as demissões em massa provocaram a diminuição do consumo e a consequente desvalorização das ações das empresas. (B) ambas as crises foram provocadas pela tentativa de aumentar o lucro das empresas através da redução do número de trabalhadores. (C) a falência das fábricas e as demissões em massa estão diretamente relacionadas à desvalorização súbita das ações das empresas. (D) os bancos provocaram a falência das fábricas ao diminuir o acesso das empresas aos recursos necessários ao financiamento da produção.

Um homem estica o arame, outro o endireita, um terceiro corta-o, um quarto o aponta, um quinto o achata na extremidade em que ficará a cabeça; para fazer a cabeça são necessárias duas ou três operações diferentes; fabricálo é uma tarefa peculiar; branqueá-lo é outra; é uma verdadeira arte, também, espetá-los no papel... Vi pequenas fábricas dessas onde trabalhavam apenas dez homens, alguns deles realizando duas ou três operações diferentes. [Esses homens] podiam, quando se esforçavam, fabricar cerca de cinco quilos de alfinetes em um dia. Em um quilo de alfinetes há uns oito mil alfinetes de tamanho médio. Essas dez pessoas, portanto, poderiam ao todo produzir cerca de oitenta mil alfinetes em um dia... Mas se trabalhassem separadas e independentemente, com certeza cada qual não produziria vinte, talvez nenhum alfinete por dia... Adam Smith. In: Robert Heilbroner. A história do pensamento econômico. 6. ed. Trad. Therezinha M. Deutsch; Sylvio Deutsch. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 60-1. (Os economistas).

O texto descreve o trabalho (A) escravo. (B) fabril. (C) artesanal. (D) compulsório.


No regime de cativeiro, os escravos eram incumbidos das mais diferentes tarefas ligadas ao café: derrubada das matas, preparo das terras, cuidado dos viveiros, plantio das mudas, colheita dos frutos e beneficiamento. Em meados do século XIX, calculava-se que apenas um cativo era capaz de fazer a colheita de mil árvores. Para a retirada dos grãos, os fazendeiros utilizavam, além dos homens, mulheres (escravas da roça) e crianças. Denis Cardoso. As metamorfoses da mão de obra. História Viva: temas brasileiros. São Paulo: Duetto, n. 1, s/d. p. 68. Edição Especial.

O texto revela um aspecto central do Brasil Imperial, que seria o(a) (A) baixo nível tecnológico empregado na produção agrícola nacional. (B) igualdade de oportunidades de trabalhos para homens, mulheres e crianças. (C) centralidade do trabalho escravo para o funcionamento de sua economia. (D) utilização massiva de trabalhadores tecnicamente especializados.

A chamada Grande Depressão, crise econômica dos Estados Unidos iniciada em 1929, afetou vários países da Europa e da América Latina. A crise agravou também a difícil situação econômica do Brasil, que era profundamente dependente da exportação de produtos agrícolas, principalmente do café. A diminuição internacional do consumo e a consequente queda dos preços, que gerou a Grande Depressão, fez despencar as exportações, levando grande parte dos agricultores brasileiros à falência. Além disso, acelerou a crise de poder que tirou as oligarquias cafeeiras do comando político do país.

Fonte: Nosso Século: 1930-1945. São Paulo: Abril Cultural, 1980

No que se refere ao contexto brasileiro, uma das consequências diretas do processo descrito no texto foi o(a) (A) decadência econômica das cidades e da nascente indústria brasileira. (B) aumento das importações do Brasil no contexto da crise. (C) migração de grandes parcelas da população rural para o meio urbano em busca de trabalho. (D) retomada de projetos políticos monarquistas em torno da figura de Getúlio Vargas.


Estando com apenas catorze anos, em Paris, onde nasci, eu já tinha visto o surgimento do telefone, do aeroplano, do automóvel, da eletricidade doméstica, do fonógrafo, do cinema, do rádio, dos elevadores, dos refrigeradores, do raio X, da radioatividade e, ademais, da moderna anestesia. O prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do progresso. In: Nicolau Sevcenko (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 3. p. 10.

O documento em questão, tendo sido produzido na virada do século XIX para o XX, aponta para um importante processo histórico que começou a ocorrer a partir da Revolução Industrial e que segue aumentando sua intensidade até os dias de hoje. Esse processo consiste na (A) crescente utilização de meios de comunicação de massa e na consequente homogeneização da cultural global. (B) dinamização da produção de novas tecnologias e na consequente aceleração da percepção do tempo histórico. (C) utilização cada vez mais precoce da tecnologia por parte de crianças e no consequente aumento do desinteresse pela leitura entre os jovens. (D) consolidação da França como a principal produtora de novas tecnologias e no consequente aumento da dependência do resto do mundo em relação a essa nação.

O odor fétido nos penetra garganta adentro ao chegarmos na nossa nova trincheira, à direita dos Éparges. Chove torrencialmente e nos protegemos com o que tem de lonas e tendas de campanha afiançadas nos muros da trincheira. Ao amanhecer do dia seguinte constatamos estarrecidos que nossas trincheiras estavam feitas sobre um montão de cadáveres e que as lonas que nossos predecessores haviam colocado estavam para ocultar da vista os corpos e restos humanos que ali haviam.

I Guerra Mundial – Uma comovente impressão sobre um grupo sobrevivente. Extraído do site: Acesso em: 20 mar. 2015.

A enorme escalada de destruição provocada pela Primeira Guerra Mundial tem entre suas causas a(s) (A) extensão prolongada do conflito, que terminou por superar a duração dos conflitos militares anteriormente conhecidos. (B) utilização de modernas armas industriais, as quais ampliavam enormemente a capacidade de destruição dos exércitos. (C) desproporção do poder destrutivo dos exércitos nacionais envolvidos no conflito, o que acabou por aumentar enormemente o número de mortos do lado francês. (D) condições climáticas das regiões onde o conflito ocorreu, as quais foram responsáveis pela proliferação de inúmeras doenças entre os combatentes.


[...] Antes da bomba termonuclear, o homem tinha de viver com a ideia de sua morte como indivíduo; de agora em diante, a humanidade tem de viver com a ideia de sua morte como espécie. [...] Uma invenção, uma vez feita, não pode ser “desinventada”: a bomba veio para ficar. A humanidade tem de viver com ela para sempre; não simplesmente durante a próxima crise e a seguinte, mas para sempre; não durante os próximos vinte, duzentos ou dois mil anos, mas para sempre. Ela tornou-se parte da condição humana. Arthur Koestler. O fantasma da máquina. Trad. Christiano Monteiro Oiticica; Hesiodo de Queiroz Facó. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1969. p. 342-4.

O sentimento de medo provocado pelo problema indicado no texto se expandiu a nível global durante o período da chamada (A) Revolução Francesa. (B) Segunda Guerra Mundial. (C) Guerra Fria. (D) Revolução Russa.


simulado para o ENSINO FUNDAMENTAL II Baseado na Matriz de Refer锚ncia do SAEB

hist贸ria caderno de prova


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