Simulado ENEM 2019
Prova 1
1Série a
1o Dia
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: As nuvens passam pelo céu.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 44 questões numeradas de 1 a 44 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 1 a 22, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 23 a 44, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 1 a 3 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas e trinta minutos. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
Instituição de ensino: Aluno:
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 22 Questões 1 a 3 (opção Inglês)
CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1989 WATTERSON / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
QUESTÃO 1
Na tira acima, Calvin se sente frustrado porque A acredita que extraterrestres são os responsáveis pela destruição das florestas. B pensa que não há vida inteligente fora da Terra, pois ainda não houve contato. C acha que há vida inteligente fora da Terra pelo fato de nunca ter havido contato. D pensa que os extraterrestres vão destruir a vida inteligente no planeta Terra. E acredita que árvores desmatadas vão atrair extraterrestres para o planeta Terra.
QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Média Calvin acha que o fato de nunca ter havido contato de vida inteligente fora da Terra é justamente o motivo para acreditar em sua existência, visto que manter distância de seres que destroem seu próprio planeta ao desmatar florestas, por exemplo, é um sinal de inteligência.
QUESTÃO 2 If you’ve never had a job before, it can be quite a shock to the system getting to know what you’re supposed to do and how you’re supposed to act. Everybody knows first impressions count, and when you begin work you have an excellent – but also vital – window of opportunity. It’s a chance to start off on the right foot and build from there, whereas a negative start can be difficult to shake off. When you start a new job most people will give you the benefit of the doubt, so mistakes and honest misunderstanding will be acceptable up to a point. Most of your co-woorkers will also remember their first days only too well. Given this readymade goodwill, the trick is not to take it for granted, or abuse it. Go in with the wrong attitude and you’ll build up almost unshakable resentment – even unreasonable resentment. […] How can I impress in my first job? Monster. Disponível em: <www.monster.co.uk/career-advice/article/how-can-i-impress-in-my-first-job>. Acesso em: 11 out. 2018.
O texto anterior tem algumas expressões idiomáticas. Aquela cujo sentido é decidir acreditar em alguém, mesmo se não houver certeza sobre o que a pessoa está dizendo ou fazendo, é A “window of opportunity”. B “the benefit of the doubt”. C “start off on the right foot”. D “can be difficult to shake off”. E “to take it for granted”.
QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H5 Dificuldade: Difícil A expressão “give someone the benefit of the doubt” significa acreditar em alguém mesmo sem ter certeza sobre o que a pessoa está dizendo ou fazendo. Dessa forma, no texto, a expressão é usada para demonstrar que, quando ainda não se conhece alguém, deve-se acreditar em suas boas intenções.
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QUESTÃO 3
Questões 1 a 3 (opção Espanhol) QUESTÃO 1 EL PLAZO PARA ABONAR EL IMPUESTO SOBRE ACTIVIDADES ECONÓMICAS DE BENAVENTE FINALIZA EL 3 DE DICIEMBRE […] Los recibos domiciliarios serán cargados el lunes 8 de octubre CASTAÑO, Rebeca. El plazo para abonar el impuesto sobre actividades económicas de Benavente finaliza el 3 de diciembre. Interbenavente, 7 out. 2018. Disponível em: <https://interbenavente.es/art/28956/el-plazo-para-abonar-el-impuestosobre-actividades-economicas-de-benavente-finaliza-el-3-de-diciembre>. Acesso em: 29 out. 2018.
No título da notícia, a palavra “abonar” significa A assegurar. B confirmar. C pagar. D adotar.
DDB HELSINKI, FINLAND
E valorizar.
O humor da propaganda acima se dá pelo fato de
QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H5 Dificuldade: Média A palavra “abonar” é um falso cognato e significa, em português, “pagar”. Segundo o título da notícia, “O prazo para pagar o imposto sobre as atividades econômicas de Benavente termina em 3 de dezembro”.
A a imagem não estar relacionada à legenda. B uma cama elástica não suportar o peso de uma vaca. C a vaca estar parada e parecer não estar balançando ali. D a imagem fazer uma brincadeira entre a foto e a palavra “milkshake”. E a palavra “shake” não poder ser traduzida para o português.
QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C1 | H1 Dificuldade: Fácil A brincadeira feita nessa propaganda reside no fato de aproximar a formação da palavra “milkshake” (leite batido) com a imagem apresentada, na qual a vaca poderia pular na cama elástica e “bater” o leite que produz. Assim, ela faria o “verdadeiro milkshake”.
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GARFIELD, JIM DAVIS © 2018 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
QUESTÃO 2
Na tirinha, a gata parece não gostar da falta de atenção de Garfield, mas acaba copiando a atitude dele. O comportamento dos personagens demonstra que A o encontro deles foi agradável. B ambos preferem utilizar o celular. C eles dialogaram durante o encontro. D a tecnologia auxiliou no encontro. E eles fizeram as pazes trocando mensagens.
QUESTÃO 3 Un maestro de arte visita la exposición de un joven pintor: — ¿Así que usted pintó estos cuadros? — Sí, maestro, así es. — Joven, su obra me recuerda a Beethoven. — ¿Beethoven?, ¡Pero si Beethoven no era pintor! — ¡Ni usted tampoco! Autor desconhecido. Chiste número #978. Web de chistes. Disponível em: <www.webdechistes.com/chiste/un-maestro-de-arte-visita-la-exposicion-de-un-joven-978/>. Acesso em: 29 out. 2018.
Nessa anedota, o efeito humorístico reside na A confusão entre pintura e música. B dúvida sobre a autoria dos quadros. C comparação com outro pintor. D crítica do maestro ao jovem pintor. E mentira contada pelo jovem pintor.
QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Fácil A gata questiona Garfield se ele ficará o encontro todo olhando seu celular e, para a surpresa dela, ele afirma que sim. Nessa tirinha, há uma quebra de expectativa, pois era esperado que ela o repreendesse, já que eles estão em um encontro, mas ela acaba incorporando a atitude de Garfield e também passa a olhar o celular. Desse modo, conclui-se que a tecnologia interferiu no relacionamento do casal, pois, por mais que estejam juntos fisicamente, não houve troca entre eles. QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H8 Dificuldade: Difícil A anedota é engraçada pelo fato de o artista não saber pintar, como supõe o maestro ao compará-lo a Beethoven, que foi um músico, não um pintor.
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QUESTÃO 4
QUESTÃO 5
QUANDO ATUAR É UMA ARTE
Espanha, Portugal e Brasil não poderiam reagir com espanto diante do prêmio a Bob Dylan. Nossa literatura
[…] Tomar todos esses processos internos e adaptá-los à vida espiritual e física da pessoa que estamos representando é o que se chama viver o papel. Isto é de máxima importância no trabalho criador. Além de abrir caminhos para a inspiração, viver o papel ajuda o artista a atingir um dos seus objetivos principais. Sua tarefa não é simplesmente apresentar a vida exterior do personagem. Deve adaptar suas próprias qua‑ lidades humanas à vida dessa outra pessoa e nela verter, inteira, a sua própria alma. O objetivo fundamental da nossa arte é criar essa vida interior de um espírito humano e dar-lhe expressão em forma artística. STANISLAVSKI, Constantin. A preparação do ator. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 43.
Em seu sistema de atuação para atores e atrizes, o ator e diretor russo Constantin Stanislavski especifica A a empatia do ator pelos sentimentos associados à persona‑ gem, criando uma releitura naturalista. B a vivência do ator e das experiências da personagem para a credibilidade da trama no espaço cênico.
em comum nasceu com a música dos trovadores. A lírica galego-portuguesa é um ponto de convergência das culturas ibéricas e influenciou profundamente a tradição brasileira. Não há como compreender a cultura popular nordestina, os repentes, os cantos de aboiar, a literatura de cordel, sem a presença do medievo ibérico, notadamente das cantigas trovadorescas. E o amor romântico, da literatura à música popular mais dor de cotovelo, alimenta-se delas também, em boa medida. LOZANO, José Ruy. Com o Nobel para Bob Dylan, é hora de redescobrir os trovadores. El País, 13 out. 2016. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/13/ opinion/1476365698_008589.html>. Acesso em: 2 nov. 2018.
No texto acima, é estabelecida uma relação entre o Prê‑ mio Nobel de Literatura, recebido pelo cantor e compositor norte‑americano Bob Dylan, e o Trovadorismo, que estaria na origem da literatura e da cultura brasileiras. Ao elencar as diferentes manifestações de raiz trovadoresca no repertório artístico do país, como o cordel, os repentes e as canções de amor, o autor procura ressaltar a influência do Trovadorismo galego-português
C a contextualização pessoal e emocional da personagem, manifestados em interpretação realista.
A no reconhecimento que as cantigas possuem no meio li‑ terário brasileiro, em que ainda são a forma de expressão privilegiada pelos escritores.
D o fluxo de ideias e técnicas para o desenvolvimento de uma personagem original pelo ator.
B na preponderância dos gêneros textuais escritos desde os primórdios da formação musical e literária do povo brasileiro.
E a exacerbação das emoções na interpretação para canali‑ zação da intensidade da peça ao público.
C na prevalência da poesia, no Brasil, em detrimento de outros gêneros da literatura, como aqueles consagrados à prosa ou ao drama.
QUESTÃO 4 Conteúdo: Sistema Stanislavski de atuação C5 | H16 Dificuldade: Média Stanislavski propunha um método de atuação realista, passando pelo realismo psicológico que advinha da construção sólida de uma personagem a partir de análise profunda dela e de suas motivações, especificando, assim, a criação de um background e a contextualização do seu modo de pensar e agir.
D no entrelaçamento da música e da literatura nas artes bra‑ sileiras e na relevância dos gêneros textuais orais na produ‑ ção literária. E na ausência de cultura letrada e de literatura em seus gêne‑ ros escritos na formação artística do Brasil, que privilegiou a tradição oral.
QUESTÃO 5 Conteúdo: Trovadorismo C5 | H17 Dificuldade: Média O autor explicita a relação entre o Trovadorismo da Península Ibérica e a tradição literária e musical do Brasil. Acima de tudo, ele indica como a tradição trovadoresca, marcada pelas cantigas e pelos recitais, contribuiu para a relação íntima entre música e literatura no país, o que estimulou o florecimento de diversos gêneros textuais orais na produção literária brasileira, tais como o cordel, o repente e o canto de aboiar.
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QUESTÃO 6
QUESTÃO 7
E no silêncio lento
PARQUE, PRAÇA E CICLOVIA PERTO INCENTIVAM
Um trovador, cheio de estrelas
EXERCÍCIO, CONFIRMA ESTUDO
Escuta agora a canção que eu fiz Pra te esquecer Luiza Eu sou apenas um pobre amador Apaixonado Um aprendiz do teu amor
Apesar de as atividades físicas regulares serem essenciais à qualidade de vida, 45,9% dos brasileiros – ou 67 milhões de pessoas – são considerados sedentários, não dedicando nem 30 minutos em três dias da semana aos exercícios, como apontam dados do Ministério do Esporte. Pesquisas realizadas em países de renda alta já indicam
Acorda amor
a ampliação dos locais públicos e abertos para a prática de
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
atividades físicas como saída para mudar essa realidade.
JOBIM, Antonio Carlos. Luiza. Edu & Tom. Rio de Janeiro: PolyGram, 1981.
As antigas canções trovadorescas galego-portuguesas, so‑ bretudo as cantigas de amor, exerceram e ainda exercem bastante influência na produção musical brasileira. Parte dessa influência pode ser observada na letra de “Luiza”, de Tom Jobim, uma vez que o eu lírico da canção, assim como os trovadores das cantigas de amor, expõe A seu desprezo em relação à mulher amada e um desejo por vin‑ gança, motivado pelo término de seu relacionamento amoroso. B sua alegria e seu êxtase pela união com a mulher amada, principal objetivo desse tipo de cantiga e da maior parte da produção trovadoresca. C sua submissão diante da mulher amada e o reconhecimento da impossibilidade da relação entre ambos, que deve ser, portanto, idealizada. D seu desejo pelo retorno da mulher amada, que se encontra distante dele, e a vontade de lutar contra os empecilhos que impedem essa relação. E sua tentativa de relembrar momentos alegres passados ao lado de sua amada e de cantar a relação entre os dois, que já não existe mais.
Ciclovias, parques e praças incentivam um maior número de pessoas a se dedicarem a diferentes modalidades. No Brasil, um dos estudos pioneiros sobre o tema é realizado pelo pro‑ fessor A. A. F., da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. […] GOMES, José Paulo. Parque, praça e ciclovia perto incentivam exercício, confirma estudo. Jornal da USP, 3 ago. 2017. Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/parque-praca-eciclovia-perto-incentivam-exercicio-confirma-estudo/>. Acesso em: 7 ago. 2018.
A prática de atividade física é muito importante para a manu‑ tenção de uma vida saudável. De acordo com o texto acima, A o aumento do número de espaços propícios à atividade física pode incentivar sua prática. B as pessoas estão praticando mais de 30 minutos de exercí‑ cios durante a semana. C os pesquisadores descobriram uma nova forma de acabar com o sedentarismo. D lugares públicos e abertos são alternativas para socialização durante a atividade física. E os estudos sobre atividades físicas mostram uma melhoria na saúde dos brasileiros.
QUESTÃO 6 Conteúdo: Trovadorismo C5 | H16 Dificuldade: Fácil Assim como os trovadores das cantigas de amor, o eu lírico da canção de Tom Jobim expressa a submissão (evidente pelas qualidades “pobre amador” e “aprendiz”) diante da mulher amada, que, por sua vez, não retribui o sentimento (fato evidenciado pela “neve” que cobre o coração de Luiza). Resta ao apaixonado contentar-se com a idealização desse amor até que ele seja esquecido, que é o objetivo da canção, evidenciado pelos versos “Escuta agora a canção que eu fiz/Pra te esquecer Luiza” – mesmo expediente realizado pelos trovadores galego-portugueses ao cantarem para suas senhoras.
QUESTÃO 7 Conteúdo: Atividades ao ar livre C3 | H11 Dificuldade: Média Conforme o texto, a ampliação de locais como praças, ciclovias e parques auxilia as pessoas a praticarem atividade física.
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QUESTÃO 8 MEDITAÇÃO MINDFULNESS CONTRA O ESTRESSE
QUESTÃO 9 Vimos que a percepção era dupla, ou melhor, tinha uma
[…] Uma pesquisa feita pelo Hospital Israelita Albert
dupla referência. Ela pode ser objetiva ou subjetiva. Mas o
Einstein, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o
difícil é saber como se apresentam no cinema uma imagem‑
Instituto Appana Mind revelou que uma hora e 15 minutos de
-percepção objetiva e uma imagem-percepção subjetiva. O
ioga e meditação três vezes por semana, ao longo de dois
que as distingue? Poder-se-ia dizer que a imagem subjetiva é
meses, cortou pela metade a concentração de cortisol de
a coisa vista por alguém “qualificado”, ou o conjunto tal como
uma turma em que a ansiedade atingia índices alarmantes,
é visto por alguém que faz parte desse conjunto. Diversos
os cuidadores de doentes com Alzheimer.
fatores marcam essa referência da imagem àquele que vê.
Viver mais tranquilo é ótimo. Mas diminuir o estresse tem outro papel importante no organismo: controlar problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, depressão e Alzheimer, doenças crônicas que estão no topo das causas de morte no mundo. Meditação mindfulness contra o estresse. Abril Saúde, 30 abr. 2017. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/meditacao-mindfulness-contra-o-estresse/>. Acesso em: 8 ago. 2018.
De acordo com o texto acima, o estresse pode ser controlado com atividades como ioga e meditação. Isso acontece em razão A da eliminação do cortisol no corpo. B do aumento da taxa de cortisol. C da diminuição do nível de cortisol. D da oscilação da concentração de cortisol. E da concentração constante de cortisol.
[…] Se é fácil, porém, verificar o caráter subjetivo da imagem, é porque a comparamos à imagem modificada, restituída, que se supõe objetiva. […] Ora, é aqui que a dificuldade começa. Com efeito, seria necessário poder afirmar que a imagem é objetiva quando a coisa ou o conjunto são vistos do ponto de vista de alguém que permanece exterior a esse conjun‑ to. Trata-se de uma definição possível, mas exclusivamente nominal, negativa e provisória. Pois o que nos garante que o que inicialmente tomávamos como exterior ao conjunto não vai se revelar como lhe pertencendo? DELEUZE, Gilles. Cinema 1: a imagem-movimento. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 86.
O filósofo Gilles Deleuze propõe uma divisão entre as visões subjetiva e objetiva, demonstra sua difícil definição no âmbito dos filmes, resumindo que A a subjetividade é a única visão dentro de um filme, visto que todo ponto de vista parte de uma personagem. B uma informação interna (portanto, subjetiva) não é permitida em filmes, pois as histórias são ficcionais.
QUESTÃO 8 Conteúdo: Ioga, meditação C3 | H10 De acordo com o primeiro parágrafo do texto, a prática de ioga e de meditação reduziu pela metade a concentração de cortisol.
C a objetividade toma forma no observador, que traz para a trama o olhar externo à ação fílmica. D objetividade e subjetividade, nos filmes, se alternam nas imagens contemplativas e nos diálogos. E a percepção de uma informação externa (objetiva) pode apresentar-se como interna de uma personagem.
QUESTÃO 9 Conteúdo: Visão subjetiva, visão objetiva C5 | H16 Dificuldade: Difícil Deleuze propõe que objetiva é a cena vista de fora, um foco de narrador distanciado, enquanto subjetiva é aquela que traz o olhar de uma personagem sobre o acontecido. Complementando essa noção, trata da dificuldade de tal percepção em um filme, pois a trama se apresenta aos poucos e algo tomado como externo pode ser visto, posteriormente, como interno, conforme a sugestão da alternativa.
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QUESTÃO 11 Conteúdo: Acordo ortográfico, encontro vocálico, sílabas tônicas, linguagem verbal e não verbal C6 | H18
QUESTÃO 10
Dificuldade: Difícil No último quadrinho, a personagem busca saber o que significa “ditongo” e “paroxítona”, conhecimentos da área de fonética e fonologia relacionados à definição de encontros vocálicos e à classificação de sílabas tônicas nas palavras. Esse desconhecimento por parte dos usuários da língua dificulta a assimilação das regras de acentuação.
B. tem um trabalho profícuo com o decassílabo, verso que costuma ser mais cerebral. Mas na nova obra surgem muitas redondilhas menores e maiores, ou seja, de cinco e sete sílabas métricas. A redondilha cria o ritmo que a maioria das pessoas, mesmo sem entender nada de poesia, tem em mente como poé‑ tico. Aqui vai uma bem famosa: “Batatinha quando nasce / se esparrama pelo chão”. É a métrica das canções de ninar ou cantigas de roda. MEIRELES, Maurício. P. H. B. volta à poesia com versos sobre a perda e a ausência de sentido. Folha de S.Paulo, 8 set. 2018. Disponível em: <https://folha.com/4tzg7h6k>. Acesso em: 27 set. 2018.
Pelos mesmos motivos citados no texto acima, a produção poética do Humanismo português também elegeu as redondilhas como sua metrificação favorita. Dessa maneira, a poesia humanista de Portugal privilegiou A a naturalidade da língua e sua circulação em ambientes mais íntimos. B a religiosidade dos temas e sua circulação nas cerimônias católicas. C os aspectos formais da língua e sua circulação em ambientes eruditos. D os temas filosóficos e as reflexões mais metafísicas sobre o ser humano. E os aspectos retóricos da língua e suas manifestações oratórias.
ORLANDELLI
QUESTÃO 11
A reação da personagem diante de uma das mudanças estabelecidas pelo Novo Acordo Ortográfico altera-se ao longo da tira. Sua reação no último quadrinho é indicativa de que A os conhecimentos em fonologia em nada contribuem para a compreensão das regras de acentuação, não colaborando para o usuário desenvolver eficientemente a comunicação. B a dificuldade enfrentada por muitos usuários da língua em fazer o uso correto do acento vem do desconhecimento de como se classificam os encontros vocálicos e da posição das sílabas tônicas nas palavras. C as regras referentes ao acento agudo são específicas e não se relacionam à pronúncia das palavras no que se refere à sílaba tônica e à modulação aberta ou fechada das vogais. D o domínio sobre as mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico depende do acesso aos livros de gramática e da capaci‑ dade do usuário em decorar as regras de acentuação gráfica. E a acentuação gráfica na língua portuguesa acaba sendo um conhecimento inválido, com excessivas regras, as quais não per‑ mitem a correta representação da linguagem falada na linguagem escrita.
QUESTÃO 10 Conteúdo: Humanismo C5 | H15 Dificuldade: Média
Assim como as cantigas de ninar e as cantigas citadas por B., a produção poética do Humanismo português também privilegiou a sonoridade, a naturalidade e a musicalidade de seus poemas. Como a poesia e a música começaram a se separar justamente nesse período, os poetas lançaram mão das redondilhas para não perder a musicalidade que sempre acompanhou a produção poética portuguesa, como nas cantigas do período trovadoresco. Além disso, os poemas eram recitados na intimidade da corte portuguesa, tais quais as canções de ninar e as cantigas atuais. Vale ressaltar que é durante o Humanismo português que a poesia deixa de circular em ambientes públicos para adentrar os salões e os recitais oferecidos pelas famílias mais abastadas.
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QUESTÃO 12
QUESTÃO 13
Pane no sistema, alguém me desconfigurou Aonde estão meus olhos de robô? Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo […] PITTY. Admirável chip novo. In: ___. Admirável chip novo. São Paulo: Deckdisck, 2003. CD. Faixa 2.
A a palavra “aonde”, usada no segundo verso, aparece em um contexto que indica qualidade do que é estático. B a palavra “roubou” no lugar de “robô” seria a mais adequada para garantir a rima com o verbo “desconfigurou”. C a palavra “vivo” é usada para rimar com “percebido” no terceiro verso, quando o correto seria “viva”. D a ausência da palavra “eu” antes do verbo “achei”, no quarto verso, foi usada para gerar ambiguidade. E a mistura indevida de primeira e terceira pessoa é justificada pela alternância de vozes e eu líricos explorados pela canção.
QUESTÃO 12 Conteúdo: Gramática normativa, norma-padrão, adequação e inadequação linguística C8 | H26 Dificuldade: Média De acordo com a norma-padrão, deve-se usar a palavra “aonde”, enquanto pronome relativo, com verbos que dão a ideia de movimento, sendo o resultado da combinação da preposição “a” com o pronome relativo “onde”. Já o relativo “onde” deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de “em que”, “no qual”, sendo empregado com verbos que não dão ideia de movimento. No trecho de letra de música, embora se desvie das regras da gramática normativa, para se adequar ao ritmo dos versos, “aonde” foi empregado no lugar de “onde”. Trata ‑se de um caso de licença poética, permitindo que a compositora da canção tenha liberdade de usar construções não conformes às regras para atingir objetivos expressivos.
RAFAEL C. NEMER/INFAME LÚDICO
A licença poética em textos literários e em letras de música concede liberdade expressiva ao artista, sem deixá-lo preso às regras gramaticais normativas. No trecho da música acima, a fim de manter o ritmo do verso,
Na linguagem usada em situações coloquiais no meio virtual, as palavras podem ser abreviadas até tornarem-se duas ou mesmo uma letra. Na charge acima, o efeito de humor decorre A do duplo sentido da abreviação digital “tc” escrita pela ara‑ nha, como resultado da transcrição fonética das palavras “teclar” e “tecer”. B da ortografia usada pela aranha no meio digital, feita por meio da imitação do modo de falar da palavra “teclar”, que‑ rendo dizer “tecer”. C da caligrafia não habilidosa da aranha que fez o registro gráfico das palavras usando sua própria teia, por meio da simplificação de dígrafos. D do significado adquirido de “tc” enquanto abreviatura feita pelo registro gráfico do primeiro grafema das sílabas de “te‑ cer”, imitando o contexto de um bate-papo virtual. E do empréstimo linguístico de “tc” usado pela aranha para se comunicar digitalmente no contexto de um bate-papo na internet.
QUESTÃO 13 Conteúdo: Unidades linguísticas, palavra, fonema, letra, grafema, gênero discursivo C1 | H1 Dificuldade: Difícil No contexto da charge, “tc” é usado pela aranha como uma abreviatura para o verbo “tecer”. Essa abreviatura foi realizada com base no registro escrito da primeira letra das sílabas “te” e “cer” que compõem a palavra ‘tecer”, e simulam, pelo som, a palavra completa. O humor decorre do fato de “tc” na linguagem de bate-papo na internet, referir-se a “teclar”, no sentido de “conversar”, sendo essa uma abreviação comum, assim como “vc” (você). Para a aranha, contudo, que imita o modo de escrever dos usuários de bate-papos virtuais, “tc” ganha outro sentido, o de “tecer teias”.
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QUESTÃO 14
No Brasil, nas primeiras décadas do século XX, houve intensa circulação de cartões-postais. No texto anterior, escrito em 1941, o emprego da palavra “cousa” marca uma variação A histórica, pela alternância do ditongo “ou” em “oi”. B coloquial, pela linguagem espontânea e dinâmica do cartão ‑postal. C regional, como marca linguística típica dos falantes do Sudeste. D estilística, pelo grau de formalidade registrado no texto. E social, como marca linguística usada por falantes de classes abastadas.
QUESTÃO 15 VII No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. […] BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2016. p. 17.
A poesia do brasileiro Manoel de Barros dialoga com as mu‑ danças nos campos culturais e artísticos do Modernismo à Literatura Contemporânea. No poema acima, ao empregar a palavra “descomeço”, o poeta A rompe com as regras da gramática normativa, anulando o sentido do primeiro verso. B comete um desvio da norma-padrão, de modo não intencio‑ nal e inconsciente. C explora de modo expressivo um novo sentido para uma pa‑ lavra que já existe. D atribui ao prefixo “des-” o valor de intensidade, salientando o sentido de “começo”.
BIBLIOTECA NACIONAL
E reforça a ideia de reinventar palavras na poesia, usando uma palavra não dicionarizada.
Transcrição do cartão-postal manuscrito: São Paulo, 5 Julho 1941. Dr. Ramos, Com esta vista do nosso São Paulo, desejo agradecer a extre‑ ma delicadeza que o Snr. e D. Luiza tiveram conosco quando passamos por aí. A sua amizade nós contamos entre as boas cousas que a America nos deu. Esperamos vê-les breve. Abraços Fes Azevedo
QUESTÃO 14 Conteúdo: Variação histórica, ditongo C5 | H20 Dificuldade: Fácil O emprego da palavra “cousa” tem registro na Língua Portuguesa dos séculos passados, sendo substituída gradativamente por “coisa”, alterando o ditongo “ou” para “oi”. Essa alteração marca uma variação histórica, que indica uma mudança na língua ao longo do tempo. QUESTÃO 15 Conteúdo: Prefixos, estrutura de formação de palavras, função poética C5 | H16 Dificuldade: Média O poeta cria uma palavra a partir do uso do prefixo de negação “des-” com a palavra “começo”, atribuindo a ela o sentido de “não começo”. Desse modo, o poeta brinca com as palavras, rompendo com o uso comum da linguagem a fim de criar novos sentidos para elas.
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QUESTÃO 16
QUESTÃO 17
“SOTAQUES DO BRASIL” DESVENDA AS DIFERENTES
ROTEIROS DE AGRO E ECOTURISMO BATEM
FORMAS DE FALAR DO BRASILEIRO
RECORDE DE TURISTAS As três semanas da 67a Festa do Figo e 22a Expogoiaba
[…] A primeira matéria da série mostra que muitos locais do
atraíram para os roteiros de agroturismo e ecoturismo 2 101
país têm um jeito diferente de pronunciar a letra “R”. Tem o “R”
turistas. O volume de visitantes foi considerado recorde
retroflexo, popularmente conhecido como “R” caipira; o “R” ca‑
pelos organizadores dos passeios, superando inclusive o ano
rioca, que raspa no fundo da garganta; o “R” gutural, que é
passado, com 1 592 usuários. Atingiu desde os turistas mais
mais suave, ouvido em Belo Horizonte e nas capitais do Norte
antigos até os mais novos, que vieram de todas as partes do
e Nordeste; o “R” pronunciado com a ponta da língua; e o “R”
estado de São Paulo, sul de Minas e Rio de Janeiro.
que perde vibração e quase desaparece. […]. ZIMMERMAN, Ana. “Sotaques do Brasil” desvenda as diferentes formas de falar do brasileiro. G1, 12 ago. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/ jornal-hoje/noticia/2014/08/sotaques-do-brasil-desvenda-diferentes-formasde-falar-do-brasileiro.html>. Acesso em: 22 nov. 2018.
O trecho da reportagem acima, publicado no site de um jornal televisivo, tem o objetivo de despertar a curiosidade do público‑ -alvo a respeito das diferentes formas de falar do brasileiro. Pela descrição oferecida aos leitores, subentende-se que a matéria abordará A as variações fonéticas do “r” na fala popular em locais afas‑ tados dos centros urbanos. B a maneira adequada de pronunciar o fonema “r” na Língua Portuguesa. C o modo como pessoas com dificuldade de dicção pro nunciam algumas palavras com “r”.
Roteiros de agro e ecoturismo batem recorde de turistas. Prefeitura de Valinhos, 5 fev. 2016. Disponível em: <www.valinhos.sp.gov.br/noticias/ roteiros-de-agro-e-ecoturismo-batem-recorde-de-turistas>. Acesso em: 4 dez. 2018.
A notícia veiculada exige do leitor a compreensão semântica dos elementos mórficos “expo”, “agro”, “eco”, que acoplados às palavras “goiaba” e “turismo” trazem uma nova significação a esses termos. Na notícia acima, essas palavras são marcas linguísticas próprias do uso A literário, pela força expressiva do jogo de palavras. B regional, com a presença de léxico de determinada região do Brasil. C coloquial, por meio do registro de informalidade. D oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade. E técnico, em conformidade com as normas da gramática.
D as características da letra “r” em diferentes contextos escritos e orais. E as produções fonéticas do “r” que marcam a identidade lin‑ guística regional dos falantes.
QUESTÃO 16 Conteúdo: Variante linguística C7 | H23 Dificuldade: Fácil A descrição da reportagem lista algumas formas de pronunciar o fonema /r/ em diferentes regiões do país e, para isso, cita as variações, como a caipira, a carioca, a de Belo Horizonte e das capitais do Norte e Nordeste. Deduz-se, portanto, que a reportagem abordará as variações regionais (diatópicas) que afetam a língua falada.
QUESTÃO 17 Conteúdo: Formação de palavras, prefixos, finalidade discursiva C8 | H25 Dificuldade: médio O uso dos afixos “expo”, “agro” e “eco” nas palavras “goiaba” e “turismo” conferem um sentido específico a elas; dos setores do campo e da ecologia, estão em consonância com as regras gramaticais de formação de palavras, e não marcam uso específico de alguma região do Brasil, como também não são marcas típicas da oralidade e coloquialidade. Na notícia, as palavras são usadas em serviço da função referencial, sem ter valor poético ou literário.
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QUESTÃO 18
QUESTÃO 19 PELO contração Através de; junção da preposição per com o artigo defi‑ nido o: o carro passou pelo túnel. Por aquilo ou por aquele; junção da preposição per com o pronome demonstrativo o: passou pelo sofrimento de perder um filho. Etimologia (origem da palavra pelo). Per + lo. substantivo masculino Filamento ceratinoso que cresce em praticamente toda a superfície do corpo: mãos com pelos. [Zoologia] Conjunto desses filamentos que crescem nos animais: pelo de carneiro. [Botânica] Penugem dos frutos, folhas etc. Etimologia (origem da palavra pelo). Do latim pilus.i. Disponível em: <www.dicio.com.br/pelo/>. Acesso em: 22 nov. 2018.
WILL LEITE/WILLTIRANDO
O verbete do dicionário on-line registra a definição da palavra “pelo”, sendo seu conceito explicado A por cinco significados distintos, que confirmam que “pelo” é uma palavra sem um sentido concreto. B por meio de exemplos que contextualizam a marcação da diferença entre “pelo” sem acento e “pêlo” com acento.
A conversa entre a neta e a avó se desencadeia a partir do significado da palavra “maratonar” proferida pela neta no primeiro quadrinho. O processo de formação dessa palavra reflete A as possibilidades de recursos oferecidos pela língua para a criação de novas palavras a fim de atender a uma necessi‑ dade expressiva. B a limitação expressiva da língua, que força a transformação do substantivo “maratona” em um verbo sem sentido no português. C a marca vocabular dos falantes das novas gerações, que se opõem ao significado vernacular das palavras usadas antigamente. D uma variação fonético-fonológica, que faz com que a avó e a neta pronunciem de modos diferentes a mesma palavra. E uma variação linguística lexical, que permite que palavras com o mesmo significado sejam escritas de maneiras diferentes.
C por duas significações de classes morfológicas diferentes, embora elas tenham a grafia igual. D com base, exclusivamente, nas áreas de conhecimento cien‑ tífico da zoologia e da botânica. E a partir de duas entradas dicionarizadas, que compartilham a mesma origem etimológica.
QUESTÃO 18 Conteúdo: Neologismo C8 | H25 Dificuldade: Média A neta utiliza a palavra “maratonar” como verbo criado a partir do substantivo “maratona”, faz uso, portanto, de um neologismo, conferindo uma nova acepção semântica a uma palavra já existente. Tal ocorrência é uma possibilidade expressiva da língua. QUESTÃO 19 Conteúdo: Acentuação, Novo Acordo Ortográfico C9 | H30 Dificuldade: Fácil Após o Novo Acordo Ortográfico ter sido ratificado em 2008 no Brasil, o acento diferencial entre as palavras pelo (preposição que significa “através de”) e pêlo (substantivo que significa filamentos que crescem nos animais) foi eliminado, de modo que o verbete registra essas duas diferenças da palavra segundo sua classe gramatical, como preposição e como substantivo masculino.
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QUESTÃO 20 MAGISTRADO DO RS TROCA “JURIDIQUÊS” POR LINGUAGEM SIMPLES EM SENTENÇA J. B. M. D. inovou ao ser relator de recurso no TRT4. Ideia é provocar o debate sobre as formas de se escrever textos jurídicos. Uma decisão judicial determinando a indenização de um pedreiro que sofreu um acidente de trabalho em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, chamou a atenção pela linguagem. Para facilitar o entendimento da sentença, o então juiz do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRT4) […] usou a linguagem coloquial, deixando de lado os jargões próprios do chamado “juridiquês”. […] Trecho da decisão sem “juridiquês” “Não pode ser uma indenização tão pesada que vire um inferno para seu I. pagar; nem muito pouco, porque aí ele paga sem problemas e não se importa se amanhã ou depois outro acidente acontece em sua casa. […]”. TRUDA, Felipe. Magistrado do RS troca “juridiquês” por linguagem simples em sentença. G1, 6 jun. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/rs/ rio-grande-do-sul/noticia/2015/06/magistrado-do-rs-troca-juridiques-por-linguagem-simples-em-sentenca.html>. Acesso em: 22 nov. 2018.
A explicação linguística que melhor elucida a discussão do caso trazido pela notícia acima está apresentada em A […] há variáveis próprias do falante, que são sua origem geográfica e sua classe social, o que conforma o que se pode entender por dialeto. LEITE, Marli Quadros. In: Silva, Luiz Antonio da (Org.). A língua que falamos. São Paulo: Globo, 2005, p. 185.
B […] todos os enunciados que estiverem próximos da tradição são considerados “cultos”, e todos os que dela se distanciarem são considerados menos cultos ou “populares”. Isso dá origem à dicotomia norma culta/normal popular. LEITE, Marli Quadros. In: Silva, Luiz Antonio da (Org.). A língua que falamos. São Paulo: Globo, 2005, p. 198.
C […] os grupos sociais são hierarquizados pelo poder aquisitivo (o que é comum nas sociedades capitalistas) e pelo nível cultural (entenda-se, de acumulação de conhecimento). LEITE, Marli Quadros. In: Silva, Luiz Antonio da (Org.). A língua que falamos. São Paulo: Globo, 2005, p. 206.
D […] a fala apresenta características que lhe são típicas, tanto em relação à estrutura do texto, seu modo de organização, por meio de turnos e tópicos, como à própria organização do enunciado linguístico […]. LEITE, Marli Quadros. In: Silva, Luiz Antonio da (Org.). A língua que falamos. São Paulo: Globo, 2005, p. 200-201.
E […] o uso propicia variações linguísticas, decorrentes da constante renovação da vida social, e estas vigoram por certo tempo, o que gera o fenômeno conhecido por mudanças linguísticas. LEITE, Marli Quadros. In: Silva, Luiz Antonio da (Org.). A língua que falamos. São Paulo: Globo, 2005, p. 183-184.
QUESTÃO 20 Conteúdo: Norma culta, norma coloquial, adequação linguística C8 | H27 Dificuldade: Difícil A notícia ilustra um caso de ruptura de expectativa na escolha do registro linguístico em uma dada situação. O esperado, na situação jurídica, é o uso da norma culta, porém, o magistrado opta propositalmente por um registro mais próximo da linguagem coloquial a fim de tornar a comunicação mais clara. Por essa razão, está em jogo a discussão linguística sobre norma culta e norma popular.
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QUESTÃO 21
QUESTÃO 22
Não me peças a causa de tanto encolhimento no anúncio
A necessidade de não perder tempo, somada à inércia do
e na missa, e tanta publicidade na carruagem, lacaio e libré.
ator e ao desejo de entrar em comunicação instantânea com
Há contradições explicáveis. Um bom autor, que inventasse
o público, desenvolveram no teatro uma predileção particular
a sua história, ou prezasse a lógica aparente dos aconteci‑
pelas personagens padronizadas. Não há dúvida de que o
mentos, levaria o casal Santos a pé ou em caleça de praça
lugar-comum é uma tentação permanente em todas as artes.
ou de aluguel; mas eu, amigo, eu sei como as coisas se
Mas talvez haja no teatro alguma coisa a mais, uma tendên‑
passaram, e refiro-as tais quais. Quando muito, explico-as,
cia para se cristalizar em torno de fórmulas, uma propensão
com a condição de que tal costume não pegue. Explicações
ao formalismo: compare-se, por exemplo a rigidez do teatro
comem tempo e papel, demoram a ação e acabam por enfadar.
clássico, com os seus preceitos imutáveis – a distinção de
O melhor é ler com atenção.
gêneros, a lei das três unidades, a divisão em cinco atos – ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 38-39.
No trecho do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, há a aparição explícita do narrador da história, que comenta o seu papel de narrador e as suas habilidades. Tais declarações indicam ao leitor a A limitação intelectual do narrador, incapaz de compreender os eventos que ele tenta ordenar e transformar em relato. B desconfiança do narrador diante dos acontecimentos nar‑ rados e diante das personagens, por causa da sua perso‑ nalidade cética marcada pela insegurança. C simpatia e a afetividade que o narrador sente pelas perso‑ nagens da história, principal razão para que essa narrativa seja contada. D onisciência arrogante e inquestionável do narrador, que deixa evidente seu domínio sobre a história narrada e sobre a vida das personagens. E relutância do narrador em contar essa história, que parece conter muitos segredos e fatos assombrosos que talvez es‑ tejam implícitos.
com a fluidez, a liberdade, a ausência de regras que sempre vigoraram no romance. Isso nos ajudaria a compreender fe‑ nômenos tão curiosos como a Farsa Atelana e a “Commedia Dell’Arte”, nas quais as personagens, entendidas como indivi‑ dualidades, foram inteiramente substituídas, durante séculos, por máscaras, arquétipos cômicos tradicionais. PRADO, Décio Almeida. A personagem no teatro. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2014. p. 93-94.
De acordo com o texto citado, o caráter concentrado e forma‑ lizado do teatro, regido pela unidade de tempo, de espaço e de ação, além da imprescindível interação com o público, tiveram como consequência, para o texto dramático, a pre‑ ferência pela construção de personagens A trágicas; por causa da urgência, por parte dos atores, em emocionar e comover o público. B complexas; que se destacavam por sua densidade psicoló‑ gica e pelos conflitos internos. C cômicas; pois o humor sempre foi a maneira mais fácil de se comunicar com a plateia. D melodramáticas; uma vez que elas são capazes de agir mo‑ vidas por emoções extremas.
QUESTÃO 21 Conteúdo: Gêneros literários – narrativa C5 | H16 Dificuldade: Fácil Ao longo do trecho citado, o narrador indica algumas vezes seu domínio absoluto diante da história que ele pretende contar e chega, até mesmo, a desdenhar dos fatos que serão relatados ao leitor e da maneira que ele pretende relatá-los. Isso fica evidente nos trechos “mas eu, amigo, eu sei como as coisas se passaram, e refiro-as tais quais”, que mostra sua onisciência em relação à história, e em “Explicações comem tempo e papel, demoram a ação e acabam por enfadar”, em que ele defende sua maneira de narrar ao mesmo tempo em que despreza os outros tipos de narradores, que costumam ludibriar seus leitores.
E tipos; representantes de categorias sociais e categorias psi‑ cológicas bem demarcadas.
QUESTÃO 22 Conteúdo: Gêneros literários – drama C5 | H16 Dificuldade: Média Como explica o autor do texto, as ordens rígidas do teatro, o seu formalismo, o tempo curto e a necessidade de interação com o público contribuíram para a presença de personagens tipos, que são planas, sem densidade psicológica. Esses fatores contribuíam para o envolvimento do público com a peça, pois, desse modo, ele já conseguia identificar a personalidade de um personagem apenas por suas roupas (ou máscaras) e por sua maneira de falar e de se comportar durante a encenação. Assim, nasceram as categorias psicológicas clássicas do teatro (o galã, a mocinha, o vilão), além dos tipos sociais (os princípes e as princesas, os arruaceiros e os bêbados, os comerciantes avarentos, entre outros).
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente". • fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTO I O Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem (ou bens) de natureza material e imaterial considerado importante para a identidade da sociedade brasileira. Segundo artigo 216 da Constituição Federal, configuram patrimônio “as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico”. […] Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. […] O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. […] INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Conheça as diferenças entre patrimônios materiais e imateriais. Disponível em: <www.brasil.gov.br/noticias/cultura/2009/10/conheca-as-diferencas-entre-patrimonios-materiais-e-imateriais>. Acesso em: 1o nov. 2018.
TEXTO II PERDA DE ACERVO RARO DO MUSEU NACIONAL AFETA CIÊNCIA E EDUCAÇÃO BÁSICA DO PAÍS Neste domingo [2/9/2018], o principal e mais antigo museu do país, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi tomado por um incêndio de grandes proporções que pode ter destruído toda a coleção do prédio principal – incluindo fósseis, estudos, o acervo de invertebrados (como borboletas e aranhas) e exemplares de múmias. Estima-se que, ao todo, 20 milhões de peças tenham sido perdidas. O que isso significa? Isso significa muita coisa. A perda do acervo do Museu Nacional afeta o nosso desenvolvimento científico, ligado às universidades, e também afeta a educação básica do país. RIGHETTI, Sabine. Perda de acervo raro do Museu Nacional afeta ciência e educação básica do país. Folha de S.Paulo, 2 set. 2018. Disponível em: <https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/02/perda-de-acervo-raro-do-museu-nacional-afeta-ciencia-e-educacao-basica-do-pais//>. Acesso em: 12 out. 2018.
TEXTO III LITERATURA DE CORDEL RECEBE TÍTULO DE PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL BRASILEIRO Gênero literário, veículo de comunicação, ofício e meio de sobrevivência para inúmeras pessoas, a literatura de cordel foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. […] […] O cordel foi inserido na cultura brasileira ao final do século 19. O gênero resultou da conexão entre as tradições orais e escritas presentes na formação social brasileira e carrega vínculos com as culturas africana, indígena, europeia e árabe. Tem ligação com as narrativas orais, como contos e histórias, à poesia cantada e declamada e à adaptação para a poesia dos romances em prosa trazidos pelos colonizadores portugueses. Literatura de cordel recebe título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Diário de Pernambuco, 20 set. 2018. Disponível em: <www.diariodepernambuco.com.br/ app/noticia/viver/2018/09/20/internas_viver,763309/literatura-de-cordel-recebe-titulo-de-patrimonio-cultural-imaterial-br.shtml>. Acesso em: 1o nov. 2018.
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ROGÉRIO REIS/PULSAR IMAGENS
TEXTO IV
A festa do Bumba Meu Boi é considerada Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Iphan desde 30 de agosto de 2011.
PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância do patrimônio cultural do Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. A correção da redação deve considerar os seguintes critérios: CRITÉRIO/COMPETÊNCIA
OBSERVAR
1) Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
Utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, evitando erros de ortografia e de pontuação.
2) Compreender a proposta de redação e apli- Abordar o tema com base no reconhecimento da importância da defesa do patrimônio cultural brasileiro. car conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. 3) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Argumentar e defender um ponto de vista de forma coesa e coerente, utilizando seus conhecimentos prévios sobre o assunto. Trechos que sejam cópias dos textos motivadores serão desconsiderados na correção.
4) Demonstrar conhecimento dos mecanismos Apresentar um bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando ambiguidades e redundâncias. linguísticos necessários para a construção da argumentação. 5) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Elaborar uma proposta de intervenção que esteja de acordo com o ponto de vista defendido no decorrer do texto, sem desrespeitar os direitos humanos.
Comentário: A redação deve discutir o tema “A importância do patrimônio cultural do Brasil”, assunto extremamente relevante no país, sobretudo após a perda irreparável provocada pelo incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Os textos de base ajudam a compreender a importância da valorização da cultura e do patrimônio cultural. Além disso, a imagem mostra a festa do Bumba Meu Boi, reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e conhecida no país por diversas gerações. É possível propor intervenções que valorizem e incentivem a manutenção do patrimônio com base em medidas a longo prazo, que envolvam a conscientização da população, e medidas a médio e curto prazos, como o tombamento. É importante que o aluno apresente argumentos com base em seu próprio repertório e desenvolva um texto autoral. Os textos de apoio servem de base, mas não devem ser limitantes. Textos que apresentem tais características e propostas de intervenções bem desenvolvidas devem ser valorizados. Aqueles que apenas reproduzirem as informações contidas na proposta devem ter desconto nas notas atribuídas.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 24
Questões 23 a 44
DOS PROBLEMAS FILOSÓFICOS
QUESTÃO 23
presente nos céticos antigos e, entre nós, na obra do filósofo
De fato, a grande aventura humana da ocupação do pla‑ neta se iniciou há 1 milhão de anos, quando algum membro do grupo dos Homo erectus, firmando-se sobre seus pés, esticou a cabeça por sobre a rala vegetação da savana africana e se perguntou sobre o que haveria para além das montanhas que ele percebia acima da linha do horizonte. Naquele instante, talvez não fossem relevantes o problema alimentar ou a necessidade de mais espaço. Nada nos leva a crer que aquele nosso ancestral tenha abandonado seu hábitat para resolver alguma questão material. Tanto isso é verdade que a esmagadora maioria de membros do grupo permaneceu no continente africano. É até provável que a sua saída tenha sido um risco não devidamente calculado, uma vez que estaria trocando o seguro pelo duvidoso, o poço de água conhecido ou o riacho ao lado do acampamento pelo perigo de uma área desértica; poderia estar ameaçado em sua segurança, saindo de uma área onde os perigos eram conhecidos, rumo ao desconhecido; abandonava uma região em que a tecnologia da sobrevivência era dominada para se embrenhar em situações novas. PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. 25. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 17. (Repensando a História).
No texto, o trecho a “grande aventura humana da ocupação” faz alusão à A ocupação de áreas desérticas e de savanas no continente africano pelo Homo erectus. B busca por terras férteis, que levaria à descoberta da agri‑ cultura na savana africana.
INVESTIGANDO A NATUREZA Mas no modo como compreendo as coisas – e que está brasileiro Oswaldo Porchat – o ceticismo é, em primeiro lugar, uma investigação sobre a própria natureza da filosofia e sobre o sentido dos problemas e teorias filosóficas. O traço caracte rístico da filosofia praticada pelo cético não é postular um conjunto preciso de teses (sejam positivas ou negativas), mas o cultivo de uma atitude crítica diante da pretensão dogmática de ter descoberto a verdade. Além disso, o cético não pode evitar a estranheza diante da absoluta falta de acordo entre os filósofos, já que os filósofos não se põem de acordo sobre nada, nem mesmo sobre a natureza da filosofia. SILVA FILHO, Waldomiro José da. Não saber de si. Revista Cult. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/nao-saber-de-si/>. Acesso em: 25 nov. 2018.
Na declaração acima, o autor faz um elogio ao ceticismo, tal como proposto pelos céticos antigos, pelo fato de ser essa uma corrente de pensamento que se ocupa em A salientar a importância da postura dogmática no papel da desconstrução de teorias filosóficas que pretendem alcançar a verdade. B alcançar a verdade por meio de uma atitude crítica baseada na dúvida extrema, revelando, dessa forma, sua natureza filosófica. C sugerir o estranhamento como pressuposto filosófico para alcançar um acordo entre os filósofos, que não chegam a um consenso. D propor uma conduta de criticidade em relação ao dogma‑ tismo presente mesmo em teorias filosóficas de caráter re‑ flexivo. E questionar os problemas filosóficos com a finalidade de pos‑ tular teses capazes de abarcar os desacordos de teorias antigas.
C saída do hominídeo do continente africano para o povoa‑ mento no restante do planeta. D necessidade de mais espaço do Homo erectus para o po‑ voamento interno da África. E busca da sobrevivência fora da África, que proporcionou mudanças na vida dos hominídeos.
QUESTÃO 23 Conteúdo: Ocupação do ser humano no planeta C6 | H26 Dificuldade: Fácil O texto de Jaime Pinsky refere-se diretamente à saída do Homo erectus de seu hábitat relativamente seguro no continente africano, há aproximadamente 1 milhão de anos, que o levaria a povoar o restante do planeta, abandonando a “região em que a tecnologia da sobrevivência era dominada para se embrenhar em situações novas”.
QUESTÃO 24 Conteúdo: Problemas filosóficos, ceticismo C1 | H1 Dificuldade: Média O ceticismo, como corrente filosófica, desde os gregos antigos até a contemporaneidade, defende que todo conhecimento compreendido como verdadeiro seja colocado em dúvida. Inclusive o conhecimento advindo de teorias filosóficas que se propõem verdadeiras e que, por serem filosóficas, guardam em si o caráter reflexivo próprio da disciplina. Esse comportamento de dúvida diante de noções tidas como verdadeiras é o que caracteriza o pensamento cético como um pensamento de forte criticidade.
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QUESTÃO 25
QUESTÃO 26
Percebe-se, pois, graças a este conjunto de considera‑
Os primeiros habitantes da América chegaram ao conti‑
ções, que, se a filosofia positiva é o verdadeiro estado de‑
nente há mais de 15 mil anos e vieram da Ásia em três ondas
finitivo da inteligência humana, aquele para o qual sempre
migratórias separadas. A conclusão é de um estudo realizado
tendeu progressivamente, não deixou de precisar, no início e
por uma equipe internacional de cientistas publicado […] pela
durante uma longa série de séculos, quer como método, quer
revista científica Nature.
como doutrina provisória, da filosofia teológica; filosofia cujo
“Durante anos, se debateu se os habitantes da América
caráter é ser espontânea e, por isso mesmo, a única possível
procediam de uma ou mais migrações através da Sibéria, mas
na origem, a única também capaz de oferecer a nosso espírito
nossa pesquisa põe fim a este dilema: os nativos americanos
nascente o devido interesse. É hoje muito fácil perceber que,
não procedem de uma só migração”, ressaltou à Agência
para passar da filosofia provisória para a filosofia definitiva, o
Efe o cientista colombiano Andrés Ruiz-Linares, do University
espírito humano necessita naturalmente adotar, como filosofia
College de Londres, autor principal do estudo.
transitória, os métodos e as doutrinas metafísicos. Esta última consideração é indispensável para completar a vista geral da grande lei indicada. […] COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. Tradução de José Arthur Gianotti e Miguel Lemos. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 41-42.
O excerto acima demonstra que o pensamento de Auguste Comte, um dos fundadores da Sociologia, A não tinha qualquer relação com o método metafísico. B tem como principal característica o caráter espontâneo. C propunha a Filosofia positiva como último e definitivo estado. D baseia-se na observação de agentes sobrenaturais. E é o primeiro estado do conhecimento positivo.
QUESTÃO 25 Conteúdo: Teoria sociológica C4 | H16 Dificuldade: Fácil Em sua ambição de fundar uma ciência da sociedade, Auguste Comte acreditava que, para alcançar a filosofia definitiva (estado científico ou positivo) – em sua opinião o estágio verdadeiro da inteligência humana –, o espírito humano deveria necessariamente passar antes pela filosofia provisória (estado teológico ou fictício) e pelas doutrinas e métodos metafísicos.
Embora os analistas calculem que tenham ocorrido pelo menos três grandes migrações, a maioria das tribos descende da primeira delas, conhecida como os “Primeiros America‑ nos”. As outras duas levas se limitaram à América do Norte. Quando as ondas migratórias ocorreram, o Estreito de Bering, entre a Ásia e a América, estava congelado, e serviu como ponte entre os dois continentes. EFE. Primeiros habitantes chegaram à América em três ondas migratórias. G1, 11 jul. 2012. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/ 07/primeiros-habitantes-chegaram-america-em-tres-ondas-migratorias.html>. Acesso em: 8 nov. 2018.
A notícia traz descobertas importantes sobre a chegada dos primeiros humanos à América e contraria a hipótese até então aceita de que A os hominídeos teriam chegado ao continente por via marítima e terrestre, numa única leva migratória. B os hominídeos teriam chegado ao continente pelo Estreito de Bering numa única leva migratória. C os hominídeos teriam cruzado o Estreito de Bering, na Ásia, por uma ponte de gelo, durante a era glacial. D as levas migratórias da Ásia teriam chegado ao continente pelo Estreito de Bering, fixando-se no Alasca. E as levas migratórias de hominídeos ficaram concentradas na América do Norte, desde a chegada da Sibéria.
QUESTÃO 26 Conteúdo: Ocupação humana na América C1 | H1 Dificuldade: Média A hipótese mais aceita e difundida para o povoamento humano na América é a que sustenta que os primeiros grupos de caçadores e coletores, vindos da Ásia, atravessaram o estreito de Bering, no último período glacial, há mais ou menos 15 mil anos, numa única onda de imigração. Segundo os geólogos, havia um desnível de aproximadamente 100 metros em relação ao atual nível do mar. Além disso, o Alasca, na América do Norte, era ligado fisicamente à Sibéria, permitindo a passagem direta de animais e pessoas da Ásia para a América do Norte. Segundo as descobertas divulgadas pela notícia, as pesquisas afirmam ter havido ao menos três levas de imigração, em diferentes períodos históricos, que teriam cruzado por via terrestre a passagem pelo Estreito de Bering.
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QUESTÃO 27
QUESTÃO 28 Passados 20 anos de seu primeiro título mundial, a sele‑ ção francesa de futebol voltou a alcançar a máxima glória do esporte [...], ao vencer a Croácia por 4 a 2, [...] em Moscou. Mais do que qualquer aspecto tático ou técnico, o resultado simboliza a união de um país que recentemente se acostumou com a polarização referente à crise imigratória no continente europeu. Dos 23 jogadores convocados pelo técnico D. D., apenas
ZÉ DASSILVA
sete não são filhos de imigrantes africanos [...]. A tolerância às diferenças étnicas foi elementar na campanha bem-sucedida da seleção francesa no Mundial da Rússia, assim como A charge expressa uma visão sobre a postura do povo e do governo brasileiros diante de seu patrimônio cultural de A valorização dos inúmeros monumentos e tradições, visitados, vivenciados e fotografados diariamente. B descaso, tanto dos governantes quanto da população, com os locais que guardam parte da memória nacional. C valorização da exposição em redes sociais tão grande quan‑ to a contemplação do patrimônio cultural. D descaso com a memória nacional, que sequer se torna co‑ nhecida e valorizada após ter sido destruída. E valorização do patrimônio cultural, tanto por parte da popula‑ ção, com o turismo, quanto do governo, com investimentos.
QUESTÃO 27 Conteúdo: Patrimônio cultural brasileiro C1 | H5 Dificuldade: Fácil As cinzas do Museu Nacional revelam descaso tanto dos governantes, que não investem na manutenção dessas instituições que guardam parte da memória nacional, quanto da população, que corre para visitá-lo e fotografá-lo apenas após seu incêndio e destruição.
aconteceu em 1998, quando os Bleus conquistaram a Copa pela primeira vez com um time repleto de descendentes de estrangeiros. “A diversidade do nosso time é a imagem desse belo país que é a França. Para nós, isso é esplêndido. Estamos orgulhosos em representar essa bonita camisa e acho que o povo também está orgulhoso por ter uma seleção como essa”, disse o volante B. M., filho de pai angolano e mãe congolesa. GAZETA PESS. Como em 98, descendentes de imigrantes colocam França no topo. O Vale, 15 jul. 2018. Disponível em: <www.ovale.com.br/_conteudo/2018/07/brasil/ 47363-como-em-98-descendentes-de-imigrantes-colocam-franca-no-topo.html>. Acesso em: 8 nov. 2018.
Segundo o volante B. M., a composição da seleção francesa de futebol, bicampeã mundial (1998 e 2018), revela que a postura do país em relação aos imigrantes é de A aceitação destes grupos, após anos evitando-os, como no primeiro título. B recusa destes grupos, após duas décadas de abertura, como em 1998. C receptividade, com a seleção representando a vida fora dos campos. D xenofobia, independentemente da origem desses imigrantes. E acolhida apenas durante as competições esportivas mundiais.
QUESTÃO 28 Conteúdo: Movimentos migratórios C2 | H8 Dificuldade: Fácil Para o volante da seleção francesa, com origens africanas (pai angolano e mãe congolesa), a diversidade do time é a imagem da França, o que revela, em sua visão, receptividade tanto dentro quanto fora dos campos.
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QUESTÃO 29
QUESTÃO 30 Esclarecimento […] significa a saída do homem de sua
TEXTO I O primeiro tipo só pode ser forte na medida em que as
minoridade, pela qual ele próprio é responsável. A minoridade
ideias e as tendências comuns a todos os membros da so‑
é a incapacidade de se servir de seu próprio entendimento
ciedade ultrapassem em número e intensidade aquelas que
sem a tutela de um outro. É a si próprio que se deve atribuir
pertencem pessoalmente a cada um deles. […]
essa minoridade, uma vez que ela não resulta da falta de
DURKHEIM, Émile. Sociologia. Organização de José Albertino Rodrigues. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000. p. 82.
entendimento, mas da falta de resolução e de coragem ne‑ cessárias para utilizar seu entendimento sem a tutela de outro. Sapere aude! Tenha a coragem de te servir de teu próprio
TEXTO II A solidariedade produzida pela divisão do trabalho é to‑ talmente diferente. […] só é possível se cada um tiver uma esfera própria de ação e, consequentemente, uma persona‑ lidade. […] DURKHEIM, Émile. Sociologia. Organização de José Albertino Rodrigues. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000. p. 83.
O Texto I e o Texto II referem-se, respectivamente, a dois conceitos de Émile Durkheim conhecidos como A solidariedade mecânica e coesão. B anomia e coesão. C solidariedade mecânica e fato social. D solidariedade mecânica e solidariedade orgânica. E fato social e divisão do trabalho.
QUESTÃO 29 Conteúdo: Teoria sociológica C4 | H16 Dificuldade: Média Enquanto a solidariedade mecânica é produzida por meio de sentimentos e crenças compartilhadas pelo coletivo, a solidariedade orgânica só é possível se o indivíduo tiver uma esfera de ação própria e puder realizar funções especiais e diferentes. Nesse caso, a solidariedade é produzida pela divisão do trabalho.
entendimento, tal é portanto a divisa do Esclarecimento. […] Quando se pergunta, portanto: vivemos atualmente numa época esclarecida? A resposta é: não, mas numa época de esclarecimento. Muito falta ainda para que os homens, no estado atual das coisas, tomados conjuntamente, estejam já num ponto em que possam estar em condições de se servir, em matéria de religião, com segurança e êxito, de seu próprio entendimento sem a tutela de outrem. […] KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Tradução de Luiz Paulo Rouanet. Disponível em: <https://bioetica.catedraunesco.unb. br/wp-content/uploads/2016/04/Immanuel-Kant.-O-que-%C3%A9-esclarecimento.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2018.
O conceito de esclarecimento é essencial para a compreen‑ são do contexto no qual se desenvolveu a filosofia da Moder‑ nidade. Conforme exposto no trecho acima, o esclarecimento caracteriza-se como atitude filosófica na medida em que o indivíduo A torna‑se capaz de utilizar a razão crítica, exceto no que diz respeito às doutrinas religiosas. B reconhece a capacidade de aceitar passivamente a autori‑ dade política e científica de sua época. C assume a postura de negar qualquer tutela que o mantenha inferiorizado intelectualmente. D alcança a idade apropriada para o uso da autonomia inte‑ lectual abandonando preceitos anteriores. E independe das condições nas quais está inserido para exer‑ cer o uso da razão crítica.
QUESTÃO 30 Conteúdo: História da Filosofia Moderna, atitude filosófica C1 | H1 Dificuldade: Média O esclarecimento é compreendido por Kant como uma atitude filosófica na medida em que o ser humano se liberta da tutela alheia e, desse modo, alcança a maiori‑ dade intelectual. Ou seja, quando o indivíduo se recusa que outros respondam ou pensem por ele, esse sujeito se torna maior intelectualmente. Segundo Kant, para que essa passagem de um estado de menoridade (ou minoridade) para um de maioridade intelectual seja possível é preciso coragem, pois é mais fácil conduzir a vida de modo não filosófico aceitando a tutela de terceiros. Havendo condições necessárias para o desenvolvimento pleno da racionalidade crítica, porém, é pos‑ sível tornar‑se responsável por sua independência intelectual e não depender de ninguém a não ser de sua própria capacidade racional, exibindo assim o que o iluminismo kantiano entendia como a atitude filosófica fundamental.
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QUESTÃO 31
QUESTÃO 32
A parte continental da Grécia é montanhosa e amplamente infértil. Muitos, contudo, são os vales produtivos que possibi‑ litam fácil acesso ao mar, mas que encontram nas montanhas obstáculos para uma tranquila comunicação terrestre entre si. Nesses vales, pequenas comunidades isoladas cresceram, as quais viviam da agricultura e orbitavam ao redor de uma cidade, em geral próxima ao mar. Nessas circunstâncias, era natural que, tão logo a população de determinada comunida‑ de crescesse a ponto de sobrepujar seus recursos internos, ARIONAURO
aqueles que não pudessem viver em terra firme se entregas‑ sem à navegação. […] RUSSELL, Bertrand. História da filosofia ocidental. Livro 1: a filosofia antiga. Tradução de Hugo Langone. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
Conforme o trecho acima, o desenvolvimento da civilização grega derivou da forma como pequenas comunidades gre‑ gas relacionaram-se com o seu meio. Assim, a partir dessa relação, os gregos antigos A expandiram territórios e acumularam riquezas, levando o mun‑ do grego a formular o mapa que ficou conhecido como T-O. B desenvolveram conhecimentos e habilidades que lhes permi‑ tissem explorar as riquezas e potencialidades de seu território. C ampliaram os horizontes geográficos ao alargar os mercados para produtos, iniciando o período das Grandes Navegações. D fizeram descobertas relativas à Astronomia e à localização na Terra, embora não tenham contribuído com a Cartografia. E impulsionaram a evolução da Geografia por meio dos seus principais filósofos, que cartografavam os territórios.
QUESTÃO 31 Conteúdo: Origem da Geografia C6 | H27 Dificuldade: Média Conforme o texto, as características do meio no qual se desenvolveu a civilização grega – e mesmo suas limitações – podem ser consideradas um dos fatores para que ela se preocupasse em desenvolver suas capacidades de se localizar no espaço e explorar as potencialidades do território, o que resultou em grandes contribuições para o desenvolvimento da Astronomia, da Geografia e da Cartografia.
A primeira metade do século XX foi marcada por conflitos entre Estados imperialistas, o que resultou nas grandes guer‑ ras mundiais. A charge acima ilustra o conflito iniciado logo após a Segunda Guerra Mundial, remetendo ao fato de que nesse contexto A ocorreu o fortalecimento dos EUA no cenário mundial, con‑ solidando a ordem unipolar com sua hegemonia. B a Geografia passou então a ser considerada uma ciência relevante para o controle dos territórios. C o mundo dividiu-se em socialismo e capitalismo, a partir do conflito político-ideológico entre EUA e URSS. D os EUA se fortaleceram no cenário mundial, com a ordem bipolar inaugurada após a fragmentação da URSS. E a polarização pós-guerra envolveu a América e a Europa, não influenciando a Ásia e a África.
QUESTÃO 32 Conteúdo: Guerra Fria, ordem bipolar C2 | H7 Dificuldade: Fácil Após a Segunda Guerra Mundial, estabeleceu-se o período da Guerra Fria, em que o mundo se orientava pela disputa político-ideológica entre EUA e URSS, caracterizando o que ficou conhecido como “ordem bipolar”.
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QUESTÃO 33
QUESTÃO 34
Os povos antigos em geral acreditavam em uma origem
[…] O rio oferece condições potenciais, que foram apro‑
divina da escrita: para os egípcios, o inventor da escrita foi
veitadas pela força de trabalho dos camponeses egípcios
Tot (deus inventor dos elementos culturais) ou Ísis; para os
– os felás –, organizados por um poder central, no período
babilônios, Nebo, filho de Marduk (deus do destino humano),
faraônico. Trabalho e organização foram, pois, os ingredientes
ou Namar-Bili; para os chineses, face de dragão Ts’ang Chien;
principais da civilização egípcia. O rio […] ao mesmo tempo
para os gregos, Hermes ou Cadmos; para os romanos, Mercú‑
que fertilizava, inundava. A cheia atingia de modo violento
rio; para os teutões, Odin ou Wotan; para os celtas, Ogmios;
as regiões mais ribeirinhas e parcamente as mais distantes.
para os astecas, Quetzacoatl. Segundo Heródoto, Cadmos,
Era necessário organizar a distribuição da água de forma
príncipe fenício, filho de Agenor, rei de Tiro, foi quem trouxe
mais ampla, para se poderem evitar alagados ou pântanos
o alfabeto fenício para os gregos […].
em algumas áreas e terrenos secos em outras. A solução foi
HUBNER, Manu Marcus. Alfabeto hebraico: origem divina versus humana. In: Língua Hebraica. Revista da USP, out. 2013. p. 233.
o trabalho coletivo e solidário, intenso e organizado. PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. 25. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 90. (Repensando a História).
De acordo com o trecho, uma característica em comum dos povos da Antiguidade, em relação ao surgimento da escrita, foi
Em relação à forma de organização do trabalho da civilização egípcia, o trecho aponta para
A a crença de uma origem sobrenatural de cada civilização, revelada por seus respectivos deuses.
A um sistema de trabalho com base na escravidão, de forma a controlar as cheias do rio para a agricultura.
B a importância econômica do alfabeto fenício, como funda‑ mentador das religiões e do comércio na Antiguidade.
B um Estado centralizador e coercitivo, capaz de gerir à força a coletivização do trabalho na agricultura.
C o fato de gregos e fenícios compartilharem de um mesmo sistema de escrita, de origem cuneiforme da Suméria.
C o manejo adequado dos recursos hídricos, possibilitado por uma organização de trabalho coletiva.
D a influência dos hieróglifos egípcios como base comum para os sistemas de escrita dos povos da Antiguidade.
D a regularidade de cheias que garantem a fertilidade das terras, sem a necessidade de esforços coletivos.
E um sistema de traços fonéticos em comum, simplificado pelo alfabeto fenício, de uso franco em comércios e templos.
E um sistema agrícola produtivo, estabelecido pela vontade do faraó, numa região desértica e improdutiva.
QUESTÃO 33 Conteúdo: Origem da escrita C4 | H16 Dificuldade: Fácil O texto revela a importância das religiões para os povos da Antiguidade, que eram fundamentais também para o avanço técnico, como o desenvolvimento da origem da escrita. Segundo a crença dos povos da Antiguidade, a escrita teria sido concebida ou ofertada pelos deuses, do Egito e da Mesopotâmia à China, assim como na Pérsia, na Grécia, em Roma e na América pré-colombiana, de acordo com a mitologia de cada povo.
QUESTÃO 34 Conteúdo: Egito Antigo C4 | H16 Dificuldade: Média O trecho aponta a importância do trabalho organizado, coletivo e solidário, de forma a aproveitar as cheias regulares do Nilo, que garantiam a fertilidade dos solos, sua produtividade e permitiram o florescimento da civilização egípcia ao longo de 4 mil anos.
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QUESTÃO 35 A MESOPOTÂMIA
HITITAS
Mar Cáspio
Lago Van
Eu
frates
Damasco SÍRIA
R io r T ig
Mar Mediterrâneo
Assur o
Ri
FEN ÍCIA
Nínive
e
Kish Babilônia
ISRAEL Jerusalém ARAMÉIA
Susa Nippur Lagash Ur
EGITO
ARÁBIA
Ri ALLMAPS
o
0
160
N
ilo
Golfo Pérsico
Mar Vermelho Mesopotâmia
Fonte: DUBY, G. Grand Atlas Historique. Larousse, 2001.
De acordo com o mapa, as civilizações orientais da Antiguidade, sobretudo a egípcia e a mesopotâmica, desenvolveram-se no chamado Crescente Fértil, região desértica e semiárida situada na bacia de rios volumosos, onde eram necessárias grandes obras hidráulicas para a prática da agricultura. Dessa forma, nessas sociedades predominava A o modo de produção escravista, relacionado ao caráter expansionista e militarista desses povos e à necessidade de gran‑ des obras. B o poder que o Estado exercia nas camadas populares, assegurando o desenvolvimento agrícola para todos. C o trabalho assalariado, que levou ao surgimento da propriedade privada e da livre iniciativa nos grandes empreendimentos hidráulicos. D a utilização do trabalho livre, com o domínio coletivo da propriedade, para a realização de obras para o manejo hídrico e das terras. E a servidão coletiva, com a exploração da terra pelo indivíduo considerado membro de uma comunidade que servia ao Estado.
QUESTÃO 35 Conteúdo: Egito Antigo, Mesopotâmia C4 | H19 Dificuldade: Difícil Nas sociedades do Crescente Fértil, especialmente a egípcia e a mesopotâmica, predominava a servidão coletiva, em que o indivíduo trabalhava a terra como membro de uma comunidade, servindo principalmente ao Estado, o proprietário absoluto dessas terras. O trabalho escravo era utilizado na construção de grandes obras hidráulicas, que serviam, por exemplo, para o controle das cheias dos rios. QUESTÃO 36 Conteúdo: Ocupação do espaço brasileiro, questão indígena C1 | H3 Dificuldade: Média Quando chegaram ao território brasileiro, os portugueses encontraram uma população originária muito diversa e distribuída praticamente por todo o território. A imposição a essa população de uma nova relação com o trabalho e com a terra significou um processo violento de expropriação territorial, cultural e de dizimação física, que gerou – e ainda gera – resistências da parte desses povos.
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QUESTÃO 36
TEXTO II
Problemas de terra continuam no foco central do noticiário desalentador que a mídia divulga a respeito dos índios no Brasil. Infelizmente, o público continua mal informado por no‑ tícias que apenas denunciam tensões sem as remeter a uma história continuada de conflitos, cuja trajetória é não só muito bem documentada, como fundada nas próprias contradições da política indigenista brasileira. […] Como se sabe, praticamente todos os grupos indíge‑ nas perderam grandes porções de seus territórios, fragmen‑ tados em parcelas que são reivindicadas e demarcadas, num parcelamento que gera novas reivindicações, assentadas no direito constitucional que enfatiza os “direitos originários” dos índios sobre suas terras, independentemente da demarcação. GALLOIS, Dominique Tilkin. Terras ocupadas? Territórios? Territorialidades? In: RICARDO, Fany (Org.). Terra Indígenas e Unidades de Conservação da Natureza: o desafio das sobreposições. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004. p. 37, 39.
A formação territorial brasileira está marcada pela relação estabelecida entre os povos originários e o colonizador euro‑ peu que aqui chegou a partir do século XVI. Nessa relação, A os indígenas sofreram um processo de expropriação territo‑ rial, apesar de suas populações terem sido numericamente preservadas. B houve um esforço desde o início para a identificação e de‑ marcação das terras indígenas, com a instituição da Lei das Sesmarias. C o colono português rapidamente subjugou os povos indígenas, que se distribuíam em um número muito pequeno de tribos indígenas. D os portugueses procuraram impor uma nova relação com o trabalho e com a terra aos povos originários, que ofereceram resistência. E negros e indígenas uniram-se para resistir à empreitada co‑ lonial e defender suas terras originárias, das quais foram expropriados.
Anunciado […] pelo presidente americano, Donald Trump, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da Embaixada dos EUA em Israel para a cidade são movimentos delicados e que causam muita polêmica no cenário internacional. Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado. Apesar de apelos por parte de líderes árabes e europeus, e de advertências que a decisão poderia desencadear uma onda de protestos e violência, Trump declarou que adota agora uma nova abordagem, considerando que mesmo com a postura anterior dos EUA, a paz na região até hoje não foi atingida. Entenda por que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos EUA é tão polêmico. G1, 6 dez. 2017. Mundo. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/ entenda-por-que-o-reconhecimento-de-jerusalem-como-capital-de-israel-pelos-eua-e-taopolemico.ghtml>. Acesso em: 8 nov. 2018.
A cidade de Jerusalém continua objeto de disputa entre árabes e judeus e de polêmica internacional. Fundada por Davi, no séc. I a.C., recentemente teve o seu status de capi‑ tal do moderno Estado de Israel reconhecido pelos Estados Unidos, que decidiu transferir sua embaixada de Telaviv para a cidade histórica. Para os judeus até os dias de hoje, a importância histórica e cultural da cidade se dá pelo A simbolismo do muro ocidental, local de peregrinação e reza para judeus e cristãos monoteístas do que restou do tem‑ plo sagrado. B significado do muro ocidental como um ponto de mitificação do reinado de Salomão e centro de referência militar e ma‑ terial para os judeus ortodoxos. C fato de ser reconhecida internacionalmente por cristãos e árabes como a capital indivisível do antigo povo hebreu. D monoteísmo ético que surge e se desenvolve na cidade, aceito e partilhado por cristãos, judeus ortodoxos e muçulmanos. E simbolismo do muro ocidental, única parte remanescente do templo de Salomão, ponto de referência espiritual e material para os judeus desde a Antiguidade.
QUESTÃO 37 TEXTO I A mitificação de Salomão decorre do fato de ter sido ele o construtor do famoso templo de Jerusalém, ponto de refe‑ rência espiritual e material do povo, tanto na época em que foi construído como depois. O templo passou a funcionar como uma espécie de símbolo nacional; da mesma forma como Jerusalém, metaforicamente, tinha o significado de Israel toda, o templo significava Jerusalém. Até hoje, judeus religiosos pedem a Deus a honra de estarem “o ano que vem em Jerusalém” para poderem rezar junto ao muro ocidental, o único que restou do templo.
QUESTÃO 37 Conteúdo: Hebreus C3 | H15 Dificuldade: Difícil Os dois textos referem-se à importância simbólica, material e histórica de Jerusalém para os judeus, descendentes dos antigos hebreus, e o que restou do templo de Salomão nos dias atuais, o chamado muro das Lamentações. Além disso, a cidade é disputada há décadas por judeus e árabes palestinos; tal disputa ganhou fôlego recentemente com a transferência da embaixada estadunidense para Jerusalém. Isso tornaria oficial o reconhecimento internacional da cidade como a capital indivisível dos judeus e de Israel, desde os tempos de Salomão e seu reinado mítico, referenciado na Bíblia.
PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. 25. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 142. (Repensando a História).
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QUESTÃO 38 Terras Indígenas por Unidade da Federação (UF) – Amazônia Legal (22 out. 2014) UF
Área da UF (ha)
Terras Indígenas (ha)
% sobre a UF
Acre
16 491 871
2 459 834
14,92%
Amapá
14 781 700
1 191 343
8,06%
Amazonas
158 478 203
45 232 159
28,54%
Maranhão
26 468 894
2 285 329
8,63%
Mato Grosso
90 677 065
15 022 842
16,57%
Pará
125 328 651
28 687 362
22,89%
Rondônia
23 855 693
5 022 789
21,05%
Roraima
22 445 068
10 370 676
46,20%
Tocantins
27 842 280
2 597 580
9,33%
Total
506 369 425
112 869 914
22,29%
Fonte: Instituto Socioambiental (ISA). Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/Localiza%C3%A7%C3%A3o_e_extens%C3%A3o_das_TIs>. Acesso em: 6 nov. 2018.
Segundo dados do Instituto Socioambiental, as Terras Indígenas (TIs) somam 717 áreas no Brasil, ocupando uma extensão total de 1 174 030 km2, equivalente a 13,8% das terras do país. A maior parte das TIs encontra-se na Amazônia Legal e, con‑ forme se pode observar na tabela acima, A Roraima é o estado com maior área absoluta ocupada por TIs e também o que tem a maior proporção de extensão territorial ocupada por elas. B o Amapá é o estado com menor área absoluta ocupada por TIs, mas tem a maior proporção de sua extensão territorial ocupada por elas. C Tocantins é o estado com menor área absoluta ocupada por TIs e um dos que tem a menor proporção de sua área ocupada por elas. D Mato Grosso é o segundo estado em termos de área absoluta ocupada por TIs e o que tem a menor proporção de sua área ocupada por elas. E Pará é o segundo estado em termos de área absoluta ocupada por TIs e o terceiro em termos da proporção de área ocupada por elas.
QUESTÃO 38 Conteúdo: Terras Indígenas C5 | H22 Dificuldade: Média Observando-se os dados apresentados na terceira coluna da tabela, verifica‑se que, em termos de área absoluta, o Pará tem mais de 28 milhões de hectares ocupados por TIs, ficando atrás apenas do Amazonas, que tem mais de 45 milhões de hectares de TIs. Já a quarta coluna mostra que, em termos do percentual de área ocupada, o Pará tem 26,89% de sua extensão territorial ocupada por TIs, ficando abaixo dos estados de Roraima (46,20%) e do Amazonas (28,54%). QUESTÃO 39 Conteúdo: Formação do território brasileiro: ciclos econômicos C4 | H18 Dificuldade: Média Como se pode verificar nos mapas oferecidos, a produção do açúcar ocupou uma parte importante do litoral do Nordeste do país, estendendo-se pela Zona da Mata e pelo Recôncavo Baiano. Enquanto no interior da região, conhecido como sertão, desenvolveu-se a criação de gado bovino. A produção açucareira era uma atividade econômica da maior importância no período colonial, tendo tido um papel crucial no povoamento da colônia e na formação socioterritorial do Brasil.
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QUESTÃO 39
DOMÍNIO DO AÇÚCAR
ÁREA DE EXPLORAÇÃO DO PAU-BRASIL
Área de produção açucareira Área de criação de gado bovino
A LLMAPS
Cultura de tabaco
DOMÍNIO DA MINERAÇÃO
São Paulo
CAFÉ E A BORRACHA
Principais áreas de mineração
Principais áreas produtoras de café
Áreas de criação de muares
Principais áreas de produção de borracha
Direção geral das Bandeiras Paulistas Fonte: AZEVEDO, Aroldo de. Brasil: a terra e o homem. São Paulo: Cia. Editora Nacional/Edusp, 1970. p. 372; 375; 384; 412.
Os mapas acima mostram a espacialização no território brasileiro das atividades em que se basearam os principais ciclos econômicos do país. Do ponto de vista histórico e geográfico, A esses ciclos foram de grande importância na formação socioterritorial do país, pois permitiram um desenvolvimento equilibrado das diferentes regiões do país. B o açúcar constituiu um importante agente econômico de povoamento do Brasil colonial, estendendo-se pela Zona da Mata Nordestina e pelo Recôncavo Baiano. C a extração do pau-brasil foi de grande importância para a apropriação do território da colônia pela metrópole, estendendo-se do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul. D a predominância da mineração não excluiu o desenvolvimento de outras atividades econômicas na Colônia, como a prática da pecuária no Sul e no Centro-Oeste. E enquanto o cultivo do café manteve o padrão colonial de produção para a exportação, a extração da borracha respondeu às necessidades de um mercado interno.
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QUESTÃO 40
ALLMAPS
POPULAÇÃO MUNDIAL (1500)
Fonte: BROTTON, J. Uma história do mundo em doze mapas. Rio de Janeiro: Zahar, 2014. p. 533.
A cartografia é um importante instrumento para representar fenômenos e informar sobre diversos aspectos da superfície terres‑ tre. A representação cartográfica acima, que mostra a distribuição da população humana no ano de 1500, é conhecida como A mapa de Peters. B hipsometria. C Projeção de Mercator. D anamorfose. E curvas de nível.
QUESTÃO 40 Conteúdo: Cartografia, anamorfose C2 | H6 Dificuldade: Média Anamorfose é uma representação cartográfica que distorce o formato e o tamanho das áreas representadas proporcionalmente à magnitude do fenômeno representado. No caso em análise, as dimensões dos países foram distorcidas em função do contingente populacional de cada região em 1500.
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QUESTÃO 41 O IMPÉRIO PERSA
Território inicial Conquistas de Cambises Conquistas de Dario
0
Estrada Real
410
ALLMAPS
Império de Ciro
Fonte: ALBUQUERQUE, J. M. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro, 1986.
Para melhor controlar as dimensões expansionistas do Império e o poder cada vez maior dos sátrapas (administradores das províncias), o soberano persa Dário I organizou a administração governamental, dando mais responsabilidade aos funcionários das satrapias, que atuavam como “os olhos e ouvidos do rei”. Além disso, Dário I A
concedeu mais poder aos sacerdotes na administração dos templos e no aconselhamento dos sátrapas.
B
construiu um conjunto eficiente de estradas, ligando as diferentes satrapias ao centro do Império.
C
dispunha de um corpo burocrático enviado periodicamente às satrapias para fiscalizar a atuação dos sátrapas.
D
centralizou o poder, retirando a autonomia dos povos dominados, e unificando o poder religioso em sua figura.
E
introduziu uma moeda local, que facilitou as trocas comerciais entre as províncias, em substituição ao dárico.
QUESTÃO 41 Conteúdo: Império Persa C2 | H8 Dificuldade: Difícil Dário I construiu um sistema de estradas ligando as mais distantes satrapias ao centro do Império, dotadas de postos de reabastecimento com alimentos, água e cavalos. No mapa, pode-se observar a Estrada Real. Com isso, era possível enviar mensagens e produtos para qualquer ponto do Império com grande rapidez.
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QUESTÃO 42
0
250
ALLMAPS
AS ROTAS COMERCIAIS DOS FENÍCIOS
Fonte: Atlas histórico mundial. De los origenes a la Revolución Francesa. Madrid: Istmo, 1971.
Pela localização geográfica das principais cidades fenícias, como Biblos, Sídon e Tiro, e das rotas no mapa, nota-se que o povo fenício dava importância para o comércio A terrestre-naval, aproveitando-se das rotas persas e o desenvolvimento de navios feitos de madeira de cedro. B fluvial, aproveitando-se da navegabilidade dos rios da região, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates. C marítimo, estabelecendo intensas trocas comerciais com os povos do Mediterrâneo. D viário, por estradas e rotas construídas pelos persas no reinado de Dário I. E pelas montanhas, dado que seu território era pouco extenso e cercado por terrenos montanhosos.
QUESTÃO 42 Conteúdo: Fenícios C6 | H26 Dificuldade: Fácil Dada a dimensão estreita de seu território, cercado de montanhas e florestas de cedros (matéria-prima para os navios), restou aos fenícios voltar-se para o mar, onde se destacaram como grandes comerciantes marítimos e ficaram conhecidos como o povo do mar, contribuindo inclusive para o desenvolvimento da Astronomia, ciência que auxilia à navegação. QUESTÃO 43 Conteúdo: Escala C2 | H6 Dificuldade: Média Quanto menor o denominador da escala, maior o detalhamento do objeto representado, e vice-versa. Assim, um mapa de escala grande é aquele com um denominador pequeno. QUESTÃO 44 Conteúdo: Carta topográfica, curvas de nível, perfil topográfico C6 | H26 Dificuldade: Difícil Isoípsas, ou curvas de nível, são as linhas que unem pontos de mesma altitude em um mapa topográfico. O perfil topográfico é construído projetando-se essas linhas em um plano que representa um corte nesse mapa topográfico.
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QUESTÃO 43
QUESTÃO 44 MAPA 1
Equador
0º
OCEANO ATLÂNTICO
Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca. Rio de Janeiro (RJ). PÃO DE AÇÚCAR E MORRO DA URCA (RJ): PERFIL TOPOGRÁFICO E MAPA
OCEANO PACÍFICO e Trópico d
SORAIA NOVAES/SHUTTERSTOCK.COM
50° O
Metros 400
Bauru-SP
o Capricórni
300
0
560
200
1:56 000 000
100
0 A’
MAPA 2
B’
Praia Vermelha
50 100
50
Bauru A
ALLMAPS
OCEANO ATLÂNTICO 100 150 250 350 200 300 Pão de Açúcar
150
200 Morro da Urca
B
Praia
MAPAS: ALLMAPS
de
CA UR
Fora
0
115
1: 11 500 000
Fonte: Prefeitura Municipal de Bauru. Disponível em: <http://www.bauru.sp.gov. br/arquivos2/arquivos_site/sec_meioambiente/diagnostico_ambiental/Mapas/ Declividade1_50.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2018.
Enseada do Botafogo
Praia 50 rro Mo
ão eC ad Car
da Urca
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2013. p. 15.
A escala cartográfica representa a relação entre os territórios e as suas representações gráficas, sendo definida como a relação entre as dimensões de um objeto ou lugar represen‑ tado e sua medida real. Em relação à escala, a análise dos mapas acima demonstra que
Ao traçar o perfil topográfico dos morros da Urca e do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, revelam-se as linhas de uma famosa formação da paisagem fluminense. A construção des‑ se perfil a partir de uma representação plana
A quanto maior o denominador, mais próxima da realidade é a representação.
A é possível graças à utilização de isoípsas, linhas que unem pontos de mesma altitude.
B é possível obter a mesma riqueza de detalhes utilizando-se escalas diferentes.
B só pode ser obtida porque as curvas de nível dos morros estão demarcadas na paisagem.
C países são representados em escalas cinco vezes maiores que estados.
C é bastante fiel, já que o perfil topográfico é uma representa‑ ção em três dimensões.
D deve-se representar os mapas por escalas grandes, para maior detalhamento.
D constitui uma representação plástica pouco fiel às caracte‑ rísticas topográficas do terreno.
E a escala será tanto maior quanto menor for a área represen‑ tada, e vice-versa.
E tornou-se possível apenas após o advento das técnicas de sensoriamento remoto. CH ‑ 1a Série | 1o Dia ‑ ROSA ‑ Página 31
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R
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A
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C
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Simulado ENEM 2019
Prova 1
1Série a
2o Dia
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: Os animais convivem na Terra.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 46 questões numeradas de 45 a 90, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 45 a 68, relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias; b) questões de número 69 a 90, relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
Instituição de ensino: Aluno:
9160604000002
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Questões 45 a 68 QUESTÃO 45 COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS POR 100 GRAMAS DE PARTE COMESTÍVEL: CENTESIMAL, MINERAIS, VITAMINAS E COLESTEROL Número do alimento
Descrição dos alimentos
Umidade (%)
Energia (kcal)
(kJ)
Fibra Proteína Lipídeos Colesterol Carboidrato Cinzas Cálcio Magnésio Alimentar (g) (g) (mg) (g) (g) (mg) (mg) (g)
32
Farinha, de centeio, integral
10,8
336
1405
12,5
1,8
NA
73,3
15,5
1,7
34
120
33
Farinha, de milho, ama‑ rela
11,8
351
1467
7,2
1,5
NA
79,1
5,5
0,5
1
31
34
Farinha, de rosca
9,8
371
1550
11,4
1,5
NA
75,8
4,8
1,6
35
57
35
Farinha, de trigo
13,0
360
1508
9,8
1,4
NA
75,1
2,3
0,8
18
31
36
Farinha, láctea, de cereais
2,7
415
1736
11,9
5,8
11
77,8
1,9
1,9
196
58
Tabela brasileira de composição de alimentos. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011. p. 28.
Uma atleta recebe de sua nutricionista uma dieta hipoproteica e rica em carboidratos, com orientação para ingerir 300 g de farinha por dia, não podendo ultrapassar a ingestão máxima de 23 g de proteína e devendo ultrapassar 236 g de carboidratos. A julgar pela tabela apresentada, a opção que a atleta deve fazer é de utilizar a farinha A de centeio, integral. B de milho, amarela. C de rosca. D de trigo. E láctea, de cereais.
QUESTÃO 45 Conteúdo: Moléculas orgânicas C5 | H17 Dificuldade: Difícil Uma dieta hipoproteica e rica em carboidratos deve garantir, ao mesmo tempo, uma baixa ingestão de proteínas e uma alta ingestão de carboidratos, nutrientes energéticos. A julgar pela tabela, a farinha escolhida deve ser aquela que apresente, ao mesmo tempo, as duas características citadas. Depois de escolhida, deve-se multiplicar os dados de proteínas e carboidratos por três, já que a tabela indica a quantidade de cada nutriente em 100 g de farinha, e o enunciado indica que a atleta irá ingerir 300 gramas do produto, ou seja, três vezes mais nutrientes do que indicado na tabela. Pelo cálculo final, em 300 gramas de farinha de milho amarela existem 21,6 g de proteínas e 237,3 g de carboidratos, ficando respectivamente abaixo e acima dos valores indicados pelo enunciado.
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QUESTÃO 47
QUESTÃO 46 Conta-se que o astrônomo inglês Arthur Eddington iniciou uma de suas aulas, em certa ocasião, dizendo: “Acredito que o número total de elétrons no universo (igual ao número de prótons) é dado por 15 747 724 136 275 002 577 605 653 961 181 555 468 044 717 914 527 116 709 366 231 425 076 185 631 031 296.” Na opinião dele, este número representaria uma constante fundamental da Natureza, dedutível teoricamente. Embora as ideias numerológicas de Eddington não tenham encontrado receptividade, este exemplo serve pelo menos para ilustrar o fato de que na física é frequente termos de lidar com números muito grandes ou muito pequenos, uma vez que ela abrange o estudo de fenômenos que vão desde a escala atômica até a do Universo. Torna-se necessário assim o uso de notação conveniente. […] NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de Física Básica. [S.l.]: Edgard Blücher. p. 5.
A forma correta de se expressar a constante de Eddington em potência de 10, com uma casa decimal depois da vírgula, é A 1,5 ⋅ 1079 B 1,5 ⋅ 1078 C 1,6 ⋅ 1079 D 1,6 ⋅ 1078 E 1,574 ⋅ 1079
Ao fazer a medição da massa de um átomo e compará-la com a soma das massas de suas partículas constituintes (prótons e nêutrons), nota-se uma pequena diferença, conhecida como defeito de massa. Essa diferença provém da formação dos átomos, quando parte da massa de suas partículas é con‑ vertida em energia para gerar a força de ligação de curto alcance (com ordem de grandeza de 10−15 m), conhecida como força nuclear. Graças a essa força, os prótons – apesar de apresentarem cargas positivas – mantêm‑se unidos dentro do núcleo, uma vez que a força nuclear supera as forças de repulsão Coulombianas. O cálculo do defeito de massa pode ser feito de forma bem simples, basta somar a massa de suas partículas constituintes (prótons e nêutrons) e subtrair da massa do átomo. Ao utilizar a relação de Einstein (E = mc2), é possível relacionar a massa com energia, sendo E a energia, m a massa e c a velocidade da luz. Essa relação é utilizada para referir ao defeito de mas‑ sa em termo de energia e a energia que mantém as partículas unidas, sendo que dessa forma se apresenta como a energia de ligação das partículas no núcleo do átomo. Na Física Nuclear é comum não utilizar a unidade padrão de energia do sistema internacional (Joules), mas expressar a energia em elétron-volts (eV), que é mais adequado ao mun‑ do subatômico. Livros de Física Nuclear trazem a equivalência entre a massa, em unidade de massa atômica (u.m.a.), para a massa de repouso. A massa de repouso é obtida utilizando‑se a relação de Einstein, favorecendo a energia em MeV. Assim, 1 u.m.a. equivale a 931,48 MeV. Sabendo que o átomo de 4 He é constituído de 2 prótons e 2 nêutrons, em MeV, a energia de ligação das partículas é de
QUESTÃO 46 Conteúdo: Notação científica C5 | H17 Dificuldade: Fácil O número de Eddington possui 80 casas decimais; assim, considerando apenas uma casa decimal depois da vírgula, tem-se: 1,6 ⋅ 1079, uma vez que o número posterior ao 5 é o 7, que é maior do que 5; logo, deve-se aumentar em uma unidade o valor da primeira casa decimal depois da vírgula. QUESTÃO 47 Conteúdo: Sistema Internacional de Unidades C5 | H17 Dificuldade: Difícil De acordo com as informações do texto, para obter a energia de ligação das partículas, primeiro deve-se conhecer o defeito de massa do átomo de hélio. Para isso é somada a massa de 2 prótons (2 ⋅ 1,0087 = 2,0174 u.m.a.) com a massa de 2 neutrons (2 ⋅ 1,0073 = 2,0146 u.m.a.). Somatório das massas: mp+n = 2,0174 + 2,0146 mp+n = 4,032 u.m.a.
(Dados: massas atômicas: He – mHe = 4,0026 u.m.a., próton – mp = 1,0087 u.m.a., nêutron – mn = 1,0073 u.m.a.) A 27,386 MeV B 0,0294 MeV C 4,0026 MeV D 3 728,34 MeV E 3 755,73 MeV
Subtrai-se a massa do átomo de hélio (4,0026): m4He = 4,032 − 4,0026 m4He = 0,0294 u.m.a. Para converter u.m.a. para MeV: m4He = 0,0294 ⋅ 931,48 m4He = 27,385512 MeV, utilizando-se três casas decimais m4He = 27,386 MeV
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QUESTÃO 48
QUESTÃO 49
A QUÍMICA DO AÇÚCAR
MÉDICOS CONSEGUEM CURAR CÂNCER COM VÍRUS
[…] O açúcar é obtido da cana-de-açúcar ou da beterraba
MODIFICADO DO SARAMPO […]
açucareira. No Brasil e na Austrália a preferência é pela cana
Segundo o hematólogo Stephen Russell, principal autor do
devido à sua maior capacidade de aclimatação e adaptação
estudo, os pesquisadores trabalharam durante uma década
aos ambientes locais; em países europeus é utilizada a be‑
para pôr em prática “um conceito muito simples”, o que “os ví‑
terraba açucareira.
rus entram naturalmente no corpo e destroem os tecidos”. [...]
[…]
Além disso, “há indicações que (o vírus geneticamente
A cana-de-açúcar após a maturação, com pelo menos
modificado) pode estimular o sistema imunológico para que
13% de sólidos solúveis (Brix), é colhida e transportada até a
reconheça melhor as células cancerígenas e ajude a lutar
unidade produtora. O caldo da cana é obtido por um processo
contra elas de forma mais eficaz”, comentou [Angela] Dis‑
de extração utilizando um conjunto de rolos (moendas) ou por
penzieri [outra autora do estudo].
difusão utilizando difusores. […].
O estudo inscreve-se dentro da pesquisa com viroterapia
O caldo da cana, por sua vez, é submetido a um pro‑
oncolítica, que consiste no uso de vírus modificados genetica‑
cesso de clarificação mais ou menos intenso, dependendo
mente para que infectem as células tumorais, mas respeitem
do produto a ser obtido. O açúcar bruto é processado com
os tecidos normais.
cal – a chamada caleagem; o açúcar branco é processa‑ do com enxofre e cal. Este caldo clarificado é concentrado em evaporadores e cozedores, transformando-se em uma massa, a massa cozida. A turbinagem (ou centrifugação) da massa cozida separa os cristais de açúcar da parte líquida, denominada “mel”. O açúcar é, portanto, definido como o produto obtido da industrialização da cana, sendo constituído de cristais de sacarose. CRUZ, Sandra Helena da; SARTI, Danilo Augusto. A química do açúcar. Conselho Regional de Química – IV Região, Química Viva, 7 dez. 2011. Disponível em: <www.crq4.org.br/quimicaviva_acucar>. Acesso em: 21 nov. 2018.
No processo de produção de açúcar, descrito no texto, as etapas de extração, clarificação e turbinagem envolvem, respectivamente, transformações A química, química e física. B física, física e química. C química, física e química. D física, química e física. E física, física e física.
QUESTÃO 49 Conteúdo: Biotecnologia, vírus C8 | H29 Dificuldade: Média Vírus não possuem membrana celular, citoplasma ou núcleo e são considerados acelulares; portanto, precisam infectar uma célula que possua “matéria-prima” e as ferramentas que possam ser utilizadas para construção de novos vírus. É essa infecção que sinaliza ao corpo quais células já estão comprometidas. No entanto, segundo o texto, os vírus podem ser alterados para não serem patogênicos, permanecendo com especificidade a um tecido-alvo e mantendo a capacidade de sinalização de sua presença ao sistema imunológico, o que faz o corpo atacar as células tumorais não por serem patogênicas, mas por abrigarem um agente que deve ser combatido.
EFE. Médicos conseguem curar câncer com vírus modificado do sarampo. Exame, 15 maio 2014. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/ciencia/ medicos-conseguem-curar-cancer-com-virus-modificado-do-sarampo/>. Acesso em: 21 nov. 2018.
A viroterapia oncolítica, citada na notícia, é um tratamento promissor, pois se utiliza de uma característica biológica do vírus, a qual por A ser acelular, tem afinidade por células das quais pode utilizar sua maquinaria celular; assim, pode ser programado para atingir tecidos tumorais específicos e sinalizá-los ao sistema imunológico. B ser acelular, se associa a tecidos específicos; entretanto, o vírus se desprende da porção saudável dos tecidos e morre quando não recebe nutrientes suficientes para se reproduzir. C ser formado por células, se mistura entre os tecidos huma‑ nos, inclusive os tumorais; assim, causa aumento do tumor e, dessa maneira, sinaliza ao sistema imunológico sua loca‑ lização exata. D apresentar potencial de contaminação elevado, é seleciona‑ do no ambiente e utilizado da maneira como é encontrado, sem alterações realizadas em laboratório. E ser formado por células, entra naturalmente no corpo; suas células percorrem o corpo procurando o tecido pelo qual possuem mais afinidade; quando o encontram, sinalizam ao sistema imunológico.
QUESTÃO 48 Conteúdo: Transformações físicas e químicas C3 | H8 Dificuldade: Fácil A extração a partir de rolos ou difusores e a turbinagem (ou centrifugação) são transformações físicas, pois o açúcar não sofre alteração na sua estrutura química. Na etapa de clarificação, o enxofre e a cal reagem com o açúcar, mudando sua cor, caracterizando um processo químico.
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QUESTÃO 50
QUESTÃO 51
DOBRADINHA
COMO FUNCIONA O PARAQUEDAS?
Procedimentos: 1. Pesar 6 kg de dobradinha. 2. Cortar em pedaços de 3 × 3 cm. 3. Lavar bem e deixar escorrer a água. Separar em amos‑ tras de 1 kg. 4. Não adicionar nenhum ingrediente ao alimento. 5. Colocar 1 kg em uma panela com 2,5 litros de água e levar ao fogo médio para cozinhar por cerca de 60 minutos.
1. Num salto-padrão, o paraquedista deixa o avião quando ele atinge cerca de 12 mil pés de altitude, ou seja, 3 600 metros. Nas costas, o saltador carrega a mochila que guarda o paraquedas todo dobrado. 2. Quando a queda livre começa, o corpo do paraquedista vai aumentando progressivamente de velocidade até atingir cerca de 200 km/h. Até chegar a essa velocidade e se esta‑ bilizar, lá se vão 12 segundos de adrenalina! 3. Quando a altitude cai para 5 mil pés (1 500 metros), é
6. Desprezar a água.
hora de abrir o paraquedas, após 45 longos segundos de
7. Deixar esfriar.
queda livre! Saltadores mais experientes ainda ganham al‑
Tabela brasileira de composição de alimentos. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011. p. 124.
A dobradinha teve sua origem em Portugal e, posteriormen‑ te, foi enraizada como prato típico na cultura do Rio de Ja‑ neiro. Observando que na receita acima o único ingrediente é o bucho de boi (ou seja, seu órgão muscular chamado estômago), pode-se inferir que essa iguaria regional é rica, principalmente, em A vitaminas. B ácidos nucleicos. C carboidratos. D lipídios. E proteínas.
QUESTÃO 50 Conteúdo: Biomoléculas C5 | H18 Dificuldade: Fácil O estômago é um órgão constituído de tecido muscular. Sendo as fibras musculares constituídas de proteínas, logo, a molécula orgânica principal da receita são as proteínas.
guns segundos extras ao acionar o equipamento a 3 mil pés do solo (900 metros). 4. O paraquedas tem várias “peças”. O slider serve para regular a velocidade de abertura do velame, evitando que o equipamento se enrole todo. O velame, por sua vez, é forma‑ do pelas células de náilon, que inflam para lhe dar o formato de uma asa. Com ele aberto, a velocidade do voo fica em cerca de 30 km/h. JOKURA, Tiago. Como funciona o paraquedas? Superinteressante, 18 abr. 2011. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funciona-oparaquedas/>. Acesso em: 21 nov. 2018.
Na situação descrita no texto, com relação ao movimento do paraquedista A a velocidade é constante durante todo o trajeto, o que, além de propiciar a sensação de adrenalina, protege o paraque‑ dista mesmo em alta velocidade. B a velocidade aumenta continuamente durante todo o trajeto, permitindo ao paraquedista chegar rapidamente e em segu‑ rança ao solo. C a velocidade é uniformemente variada nos primeiros 12 se‑ gundos, indicando uma aceleração diferente de zero, res‑ ponsável pela sensação de adrenalina do paraquedista. D a velocidade do paraquedista é crescente quando o para‑ quedas se abre, momento em que há a liberação de adre‑ nalina, permitindo que o mesmo chegue ao solo. E classifica‑se uniformemente variado quando os velames es‑ tão abertos, sendo que sua aceleração é diferente de zero, garantindo ao paraquedista aterrissar com segurança.
QUESTÃO 51 Conteúdo: Movimento uniformemente variado C6 | H20 Dificuldade: Média Como a velocidade está aumentando constantemente nos primeiros 12 segundos, caracteriza um movimento uniformemente variado, com aceleração na direção do movimento.
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QUESTÃO 52
QUESTÃO 53
ELEMENTO QUÍMICO: FÓSFORO
12 MITOS E VERDADES SOBRE A COCA-COLA
O fósforo possui cerca de 10 variedades alotrópicas, que podem ser classificadas em três categorias principais: bran‑ ca, vermelha e preta. O fósforo branco possui duas varieda‑ des alotrópicas: a alfa, que é estável à temperatura ambiente e tem estrutura cristalina cúbica, e a beta, que é estável so‑ mente abaixo de −78 °C e tem estrutura cristalina hexagonal. O fósforo branco é venenoso; quando exposto à luz solar ou ao calor, ele é convertido na variedade vermelha, que é mais inerte quimicamente. Aliás, esta variedade não só não fosfo‑ resce (não brilha no escuro) como também não queima pela simples exposição ao ar, à temperatura ambiente. PEIXOTO, Eduardo Motta Alves. Elemento Químico: Fósforo. Química Nova na Escola. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a12.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2018.
As variedades alotrópicas do fósforo branco (P4) e do fósforo vermelho (Pn) se diferenciam pela A atomicidade e pela reatividade; sendo o fósforo branco mais reativo que o vermelho. B atomicidade e pela disposição espacial dos átomos; sendo o fósforo branco menos reativo que o vermelho.
É verdade que ela consegue corroer ossos de galinha? Sim, porém não exatamente por ser a Coca-Cola e sim em virtude dos ácidos contidos na bebida. Em geral, refrigerantes do tipo cola (o que inclui a Pepsi, por exemplo) contêm ácido fosfórico e ácido carbônico. E tanto o osso humano quanto o animal são formados por carbonato de cálcio, que, ao en‑ trar em contato com um ácido, acaba dissolvendo, virando CO2 e água. Essa reação ocorre quando você deixa o osso embebido no líquido, então obviamente esse risco não existe durante a ingestão. A Coca-Cola que bebemos vai para o sistema digestório, sem contato com o esqueleto. 12 Mitos e verdades sobre a Coca-Cola. Superinteressante, 5 out. 2017. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/12-mitos-e-verdades-sobre-a-coca-cola/>. Acesso em: 21 nov. 2018.
As bebidas citadas no texto são essencialmente ácidas. Os ossos de animais, presentes no experimento descrito de sub‑ mersão em refrigerantes do tipo cola, além de ricos em car‑ bonato de cálcio, são constituídos por uma proteína chamada colágeno. As soluções ácidas e o colágeno presente nos ossos são caracterizados, respectivamente, por apresentar pH A acima de 7 e ser constituído por aminoácidos.
C estrutura amorfa e pela reatividade; sendo o fósforo branco mais reativo que o vermelho.
B abaixo de 7 e ser constituído por monossacarídeos.
D atomicidade e pela estrutura cristalina; sendo que tanto o fósforo branco quanto o fósforo vermelho possuem a mesma reatividade.
D abaixo de 7 e ser constituído por aminoácidos.
C igual a 7 e ser constituído por nucleotídeos.
E acima de 7 e ser constituído por glicerídeos.
E estrutura cristalina e pela reatividade; sendo o fósforo branco mais reativo que o vermelho.
QUESTÃO 52 Conteúdo: Alotropia C7 | H24 Dificuldade: Média As variedades alotrópicas do fósforo se diferenciam pelo índice ou atomicidade, número que indica a quantidade de átomos por molécula, e pela reatividade. Conforme o texto-base, pode-se inferir que o fósforo branco é mais reativo que o vermelho.
QUESTÃO 53 Conteúdo: Escala de pH, biomoléculas C4 | H15 Dificuldade: Média Os refrigerantes do tipo cola citados no texto são soluções ácidas, portanto têm pH abaixo de 7 (mais precisamente próximo de 3). O colágeno presente nos ossos de animais, por sua vez, possui aminoácidos como monômeros, já que se trata de uma proteína.
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QUESTÃO 54
QUESTÃO 55
A flotação é uma técnica de separação de misturas que con‑ siste na adesão de partículas sólidas na superfície de bolhas de ar introduzidas em uma suspensão.
ERRO DA NASA PODE TER DESTRUÍDO SONDA Um erro elementar de conversão de pesos e medidas cometido pelos controladores de voo pode ter sido o motivo pelo qual a sonda espacial Mars Climate Orbiter foi destruí‑ da ao tentar entrar na órbita de Marte [...]. Ao se aproximar
DRCMARX/SHUTTERSTOCK.COM
do planeta, a sonda recebeu duas informações conflitantes
É um método muito utilizado nas indústrias de extração de metais de minérios, como a extração do cobre metálico do minério calcopirita (CuFeS2). A primeira etapa da flotação consiste na trituração do minério, que, em seguida, é misturado com óleo, água e detergentes. As partículas de minério são molhadas pelo óleo, mas não pela água. Após essa mistura, são introduzidas correntes de ar, que formam um grande número de bolhas. As partículas do minério aderem às bolhas de ar e flutuam na superfície da água, formando uma espuma intensa, como mostrado na figura. Já o resíduo pobre em minério (ganga) deposita-se no fundo do recipiente. A separação do minério é feita a partir da remoção da espuma. A técnica empregada pelas indústrias mineradoras é um processo A físico aplicado a sistemas homogêneos. B químico aplicado a sistemas homogêneos. C físico aplicado a sistemas coloidais. D químico aplicado a sistemas heterogêneos. E físico aplicado a sistemas heterogêneos.
QUESTÃO 54 Conteúdo: Métodos de separação C5 | H18 Dificuldade: Difícil A flotação é um método amplamente aplicado na separação de minérios, ou seja, em sistemas heterogêneos. A separação consiste na adesão de partículas sólidas na superfície de bolhas de ar introduzidas em uma suspensão, configurando um processo físico.
dos controladores na Terra. Uma, no Sistema Métrico Decimal (que usa metro e quilograma) e outra, em unidades britâni‑ cas (que usa pé e libra). As informações eram consideradas críticas para que a sonda alcançasse a órbita apropriada de Marte. [...] O erro de navegação fez com que a Mars Climate Orbiter (MCO) chegasse a apenas 60 km de Marte – 100 km mais perto do que o planejado e 25 km abaixo do nível de segu‑ rança do projeto. O erro de rota teria sido suficiente para que ela fosse destruída pela atmosfera do planeta [...]. FERRONI, Marcelo. Erro da Nasa pode ter destruído sonda. Folha de S.Paulo, 1o out. 1999. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0110199905.htm>. Acesso em: 19 jul. 2017.
O problema ocorrido nessa missão estava em um programa de computador que forneceu as informações em lbf ⋅ s (libra ‑força-segundo) em vez de N ⋅ s (Newton-segundo). A saber, 1 lbf (libra-força) é igual ao peso exercido sobre uma massa de uma libra submetida à gravidade. Assim, se uma libra tem aproximadamente 0,45 kg, na Terra, o fator multiplicativo f que evidencia a relação 1 lbf ⋅ s = f N ⋅ s é A 0,22 B 0,45 C 1,0 D 2,2 E 4,5
QUESTÃO 55 Conteúdo: Unidade de medida C5 | H17 Dificuldade: Fácil Utilizando valores aproximados fornecidos, tem-se: 1 lbf = m ⋅ g = 0,45 kg ⋅ 10 m/s2 = 4,50 N Assim, 1 lbf ⋅ s = 4,50 N ⋅ s
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QUESTÃO 56
QUESTÃO 57 anteparo móvel de sulfeto de zinco
folha de chumbo com pequeno orifício caixa de chumbo contendo polônio
SETUP
folha de ouro
ROBERT SULLIVAN / AFP
partículas alfa
Michael Jordan, um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos, notabilizou-se por suas jogadas inimagináveis e precisas. Ele praticamente voava pelas quadras, para desespero dos adversários e delírio dos fãs. Suas jogadas foram imortalizadas em filmes e campanhas publicitárias e celebradas ano após ano. Sabendo que, de acordo com as medidas oficiais da National Basketball Association (NBA), a cesta deve ficar suspensa a 3,2 m do solo e supondo que Jordan atingisse a altura máxima exatamente na cesta, o tempo que o jogador fica suspenso no ar, deste momento até retornar ao solo, é de A
0,4 s
B
0,6 s
C
0,8 s
D
1,0 s
E
1,2 s
No experimento representado acima, é possível observar uma fonte emissora de partículas alfa, uma folha de chumbo com um orifício, uma fina lâmina de ouro e um anteparo revestido de sulfeto de zinco. O padrão produzido pela colisão das partículas alfa com o anteparo indicava que algumas partículas sofriam desvio ao se chocar com a lâmina de ouro; outras, não. Esse estudo foi realizado por Rutherford e permitiu A
a descoberta de uma nuvem densa de elétrons.
B
a comprovação de que o modelo de Thomson estava correto.
C
o desenvolvimento de um novo modelo atômico.
D
a descoberta de partículas denominadas nêutrons.
E
a evidência de que os átomos são esferas maciças.
QUESTÃO 56 Conteúdo: Composição de movimento C5 | H17 Dificuldade: Difícil Para resolver a questão, pode-se utilizar a equação de Torricelli, v2 = v20 + 2a∆S, em que a aceleração a é a aceleração da gravidade −10 m/s2 −, a velocidade final v é a que se deseja calcular, v0 é 0, e o valor do deslocamento ∆S é a altura 3,2 m. Substituindo esses valores na equação de Torricelli, encontra-se: v2 = v20 + 2a∆S v2 = 02 + 2 ⋅ 10 ⋅ 3,2 v2 = 64 v = 8 m/s Para determinar o tempo, deve-se utilizar a equação da velocidade em função do tempo, v = v0 + at. Substituindo os valores das variáveis, obtém-se: v = v0 + at 8 = 0 + 10 ⋅ t t = 0,8 s QUESTÃO 57 Conteúdo: Evolução dos modelos atômicos C6 | H20 Dificuldade: Fácil Com o experimento, Rutherford desenvolveu um modelo atômico em que o átomo teria um centro positivo, que concentraria a maior parte de sua massa, ao redor do qual os elétrons orbitariam. O modelo atômico proposto por Rutherford ficou conhecido como planetário.
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QUESTÃO 58
QUESTÃO 59
COMO JURASSIC PARK E A FICÇÃO CIENTÍFICA IMPULSIONARAM PESQUISAS VLADIMIR ISCHUK/SHUTTERSTOCK.COM
[…] Atualmente as questões não são sobre a ressurreição de dinossauros, mas sobre trazer mamutes de volta […]. A ética de trazer um mamute de volta anda em mão-dupla. O paleontólogo Michael Archer afirma que temos a obriga‑ ção moral de recuperar espécies como o tigre da Tasmânia porque nós − por aumento da população e da caça − fomos os causadores de sua extinção. Mas a maioria dos cientis‑ tas argumenta que nosso tempo e recurso deveria ser gasto conservando o meio ambiente que temos hoje. Um dos pes‑ quisadores disse que “se aliens pousassem aqui e olhassem para a nossa sociedade, eles ficariam bem surpresos ao ver que decidimos gastar recursos tentando trazer um mamute de volta”. JONES, Elizabeth. Como Jurassic Park e a ficção científica impulsionaram pesquisas. Galileu, 10 jun. 2015. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/ noticia/2015/06/como-jurassic-park-e-ficcao-cientifica-impulsionaram-pesquisas.html>. Acesso em: 8 out. 2018.
De acordo com a lógica da ficção científica da qual o texto trata, a molécula que revelaria os códigos que tornariam pos‑ sível “ressuscitar” os animais citados é A o lipídio. B o RNAt. C a proteína. D o peptídeo.
A célula esquematizada acima deve pertencer a A uma araucária e apresenta cílios e flagelos para movimen‑ tação celular. B uma ave e possui núcleo organizado com grande parte do DNA da célula. C um peixe e possui grandes vacúolos que controlam o equi‑ líbrio osmótico. D uma bactéria e possui uma parede celular externa constituída por celulose. E um lagarto e a maior parte do DNA se encontra disperso no citoplasma.
E o DNA.
QUESTÃO 58 Conteúdo: Biomoléculas C5 | H18 Dificuldade: Fácil As informações genéticas dos seres vivos, responsáveis por sua hereditariedade, são armazenadas em moléculas de DNA. Sendo assim, das opções apresentadas, a única molécula que poderia servir de código-base para “ressuscitar” os animais é o DNA.
QUESTÃO 59 Conteúdo: Célula procariótica e eucariótica, organelas C5 | H17 Dificuldade: Fácil A célula esquematizada é eucariótica, já que apresenta um núcleo organizado que delimita o espaço em que se encontra grande parte do DNA celular, podendo pertencer a organismos eucariontes, como animais e vegetais. No entanto, ela não apresenta cílios, flagelos ou grandes vacúolos – estes últimos, típicos de células vegetais.
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QUESTÃO 60 O minério de ferro é considerado um componente essencial para muitas linhas de produção, servindo como matéria-prima para a indústria de base.
Fe2O3(s) + 3 CO(g) → 2 Fe(l) + 3 CO2(g) Considerando rendimento de 80%, qual seria a massa de ferro metálico obtida no processamento de 2,8 toneladas de minério puro? (Dados de massas molares: C = 12 g/mol; O = 16 g/mol; Fe = 56 g/mol) A 1,96 t B 1,57 t C 2,06 t D 1,67 t E 1,87 t
QUESTÃO 61 O conceito de turbulência pode ser descrito como um movimento ou distúrbio atmosférico que se caracteriza pela mudança da direção e da velocidade do vento, resultante das variações de pressão e temperatura que ocorrem em uma massa de ar. O conceito pode também ser aplicado quando ocorre uma alteração na velocidade e na direção de deslocamento de uma corrente de ar por conta da presença de barreiras naturais, como montanhas, ou artificiais, como prédios. As constantes variações que afetam o escoamen‑
fluxo laminar
EDITORIA DE ARTE
O minério de ferro é retirado da natureza, cheio de impure‑ zas, precisando passar por procedimentos de limpeza e pu‑ rificação para, só então, ser utilizado nas indústrias. O ferro é obtido em altos-fornos que operam acima de 1 000 °C a partir da reação entre minério de ferro, Fe2O3, e monóxido de carbono, em um processo que demanda elevado con‑ sumo de energia. A equação abaixo descreve o que ocorre no alto-forno.
fluxo turbulento Imagem mostrando o comportamento do escoamento do vento em um fluxo laminar e um fluxo turbulento (turbulência). MELLO, Ivan Bitar Fiuza de. Turbulência descomplicada: um guia para pilotos. Disponível em: <www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/profissionais-da-aviacao-civil/ meteorologia-aeronautica/arquivos/GUIAPARAPILOTOSTURBULENCIA.pdf>. Acesso em: 17 out. 2018.
Mesmo voando em elevadas camadas da atmosfera, os aviões estão sempre sujeitos às condições meteorológicas. Quando o clima está estável, as massas de ar estão ordena‑ das, e o voo é tranquilo; no entanto, quando os ventos estão fortes e há formação de nuvens e tempestades, o voo passa por diversas turbulências. Assim, as correntes de ar afetam o avião de tal forma que A durante um voo tranquilo, ele entra em regime ascendente ou descendente por possuir componente de velocidade apenas no sentido vertical. B durante qualquer voo, fornecem apenas uma componente vertical da velocidade no sentido positivo do eixo cartesiano, fazendo o avião assumir um movimento ascendente. C durante as turbulências, não existe componente vertical da velocidade, apresentando apenas uma componente hori‑ zontal de velocidade. D durante qualquer voo, fornecem apenas uma componente vertical da velocidade no sentido negativo do eixo cartesiano, fazendo o avião assumir um movimento descendente. E durante as turbulências, fornecem componentes verticais da velocidade, que se alternam para cima e para baixo, alterando a trajetória estável do avião.
to das partículas de uma massa de ar e as mudanças de velocidade e direção de deslocamento de uma corrente de ar originam bruscos movimentos verticais ascendentes e descendentes atribuindo-se a essa ocorrência o conceito de turbulência. O fenômeno da turbulência pode ser classificado de duas maneiras: a Turbulência Clássica e a Turbulência Aeronáutica. A turbulência clássica se baseia mais em uma definição física sobre o comportamento caótico e estranho de um fluido em movimento quando perturbado por alguma fonte. A turbulên‑ cia aeronáutica se refere ao impacto do fenômeno sobre uma aeronave e os solavancos sentidos a bordo […].
QUESTÃO 60 Conteúdo: Cálculos estequiométricos C7 | H20 Dificuldade: Média 1 mol de Fe2O3 —— 2 mol de Fe 100% —— 1,96 t 160 g ⋅ mol−1 —— 56 g ⋅ mol−1 80% —— x 160 g Fe2O3 —— 112 g Fe x = 1,57 t de Fe 2,8 ⋅ 106 —— x x = 1,96 ⋅ 106 g ou 1,96 t de Fe QUESTÃO 61 Conteúdo: Composição de movimentos C5 | H17 Dificuldade: Difícil Conforme ilustrado na figura, o movimento irregular da massa de ar fornecerá componentes na direção vertical ora para cima, ora para baixo. Essas componentes modificam a resultante do avião, fazendo a trajetória mudar várias vezes, o que faz o avião balançar.
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QUESTÃO 62 Conteúdo: Célula vegetal C3 | H10 Dificuldade: Média
A fase fotoquímica da fotossíntese ocorre nos tilacoides dos cloroplastos. A interferência dos óxidos de nitrogênio nessa etapa gera substâncias oxidantes que são metabolizadas por peroxissomos e pelo retículo endoplasmático agranular.
QUESTÃO 62
QUESTÃO 63
EFEITOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Os fertilizantes nitrogenados são muito utilizados na agricultu‑ ra. A seguir, vê‑se uma tabela com alguns desses fertilizantes e suas fórmulas químicas.
NA VEGETAÇÃO A cobertura vegetal é mais sensível à poluição atmosférica do que os animais. [...]
Fertilizantes nitrogenados
[...] [...] A maior razão da importância dos NOx como poluentes é a sua participação em reações fotoquímicas produzindo ozônio troposférico (O3) e nitrato de peroxiacetil (PAN), dois oxidantes altamente fitotóxicos. [...] Efeitos da poluição. Companhia ambiental do Estado de São Paulo - Cetesb. Disponível em: <https://cetesb.sp.gov.br/solo/efeitos-da-poluicao/>. Acesso em: 18 dez. 2018.
Os óxidos de nitrogênio (NOx) são uns dos principais poluen‑ tes atmosféricos com efeito herbicida. A exposição de plantas a essas moléculas, dependendo do tempo e da concentração, acaba por causar sua morte. Segundo o texto, os óxidos de nitrogênio atuam A no estroma dos cloroplastos, afetando diretamente a fotos‑ síntese, e também produzindo muitas substâncias oxidantes que podem sobrecarregar a capacidade de metabolização delas pelo aparelho golgiense. B nas cristas das mitocôndrias, afetando diretamente a respi‑ ração, e também produzindo muitas substâncias oxidantes que podem sobrecarregar a capacidade de metabolização delas pelos lisossomos. C nos tilacoides dos cloroplastos, afetando diretamente a fotos‑ síntese, e também produzindo muitas substâncias oxidantes que podem sobrecarregar a capacidade de metabolização delas pelos peroxissomos. D nas cristas das mitocôndrias, afetando diretamente a fermen‑ tação, e também produzindo muitas substâncias oxidantes que podem sobrecarregar a capacidade de metabolização delas pelos ribossomos. E no citoplasma das células, afetando diretamente a fotossín‑ tese, e também produzindo muitas substâncias oxidantes que podem sobrecarregar a capacidade de metabolização delas pelo vacúolo.
Amônia
NH3
Nitrato de amônio
NH4NO3
Sulfato de amônio
(NH4)2SO4
Di-hidrogenofosfato de amônio
NH4H2PO4
Ureia
(NH2)2CO
Entre as substâncias presentes nos fertilizantes nitrogenados, qual possui maior percentual em massa de nitrogênio? (Dados de massas molares: N = 14 g/mol; H = 1 g/mol; O = 16 g/mol; S = 32 g/mol; C = 12 g/mol; P = 31 g/mol) A Amônia. B Nitrato de amônio. C Sulfato de amônio. D Di-hidrogenofosfato de amônio. E Ureia.
QUESTÃO 64 RADARES DE VELOCIDADE MÉDIA FLAGRAM QUASE 900 MIL, MAS NÃO MULTAM NINGUÉM […] Segundo números da CET, 852 298 veículos foram identificados entre novembro de 2017 e maio de 2018 nos pontos de fiscalização, situados nas avenidas Jacu-Pêssego, 23 de Maio, Bandeirantes e na pista expressa da Marginal Tietê. A via com o maior número de notificações foi a Avenida
QUESTÃO 63 Conteúdo: Estequiometria C7 | H25 Dificuldade: Média O cálculo da porcentagem, em massa, de nitrogênio em cada um dos compostos é o seguinte: Amônia Di-hidrogenofosfato de amônio NH3 N NH4H2PO4 N 17 g —— 14 g 115 g —— 14 g 100% —— x g 100% —— x g x = 82,4% x = 12,2% Nitrato de amônio Ureia NH4NO3 2 N (NH2)2CO 2 N 80 g —— 28 g 60 g —— 28 g 100% —— x g 100% —— x g x = 35% x = 46,7% Sulfato de amônio (NH4)2SO4 2 N 132 g —— 28 g 100% —— x g x = 21,2%
Jacu‑Pêssego – e o número poderia ser ainda mais alto, já que apenas 3 dos 26 km de extensão da avenida são monitorados. […] Como funciona? Os radares de velocidade média iniciam a medição quan‑ do o motorista passa pelo primeiro radar, que registra horário e velocidade do veículo. O condutor não deve alcançar o radar seguinte em um tempo menor do que o necessário para percorrer o trecho dentro da velocidade máxima permitida na via. […] Radares de velocidade média flagram quase 900 mil, mas não multam ninguém. UOL, 6 jun. 2018. Disponível em: <https://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2018/06/06/ radares-de-velocidade-media-flagram-quase-900-mil-mas-nao-multam-ninguem.htm>. Acesso em: 5 nov. 2018.
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Se a avenida Jacu‑Pêssego fosse monitorada em toda a sua extensão, um motorista, sem exceder o limite de velocidade da via (50 km/h), deveria percorrê-la totalmente em um tempo mínimo de
QUESTÃO 66 CIENTISTAS “REEDUCAM” CÉLULAS PARA EVITAR A REJEIÇÃO DE ÓRGÃOS TRANSPLANTADOS
A 52,0 minutos.
Transplantes de órgãos e células salvam milhares de vidas
B 31,2 minutos.
todos os anos. Médicos e pacientes, entretanto, têm de lidar
C 115,4 minutos.
com uma dificuldade que pode comprometer os esforços da
D 120,0 minutos.
cirurgia: a rejeição pelo próprio organismo. Granulócitos, mo‑
E 192,8 minutos.
nócitos, macrófagos e linfócitos, “soldados” do sistema imu‑ nológico que lutam contra invasores, muitas vezes enxergam
QUESTÃO 65
o material transplantado como inimigo. A saída pode estar
Como frequentemente acontece na ciência, uma técnica nova e mais precisa leva a uma descoberta muito importante. Quando os cientistas usaram os primeiros espectrômetros de massas, eles descobriram […] que nem todos os átomos de um mesmo elemento químico têm a mesma massa. Em uma amostra de neônio perfeitamente puro, por exemplo, a maior parte dos átomos tem 3,32 ⋅ 10-26 kg, isto é, cerca de 20 vezes a massa do átomo de hidrogênio. Alguns átomos de neônio, entretanto, são cerca de 22 vezes mais pesados do que o hidrogênio e, outros, cerca de 21 vezes mais. Os três tipos de átomos têm o mesmo número atômico e são, sem nenhuma dúvida, átomos de neônio.
na reeducação das células regulatórias (Tregs), cuja função natural é prevenir as doenças autoimunes, como diabetes e lúpus, caracterizadas pela falha do organismo em reconhecer estruturas que ele mesmo produz. FRANKEN, Paulo. Cientistas “reeducam” células para evitar a rejeição de órgãos transplantados. GaúchaZH, 7 ago. 2011. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com. br/geral/noticia/2011/08/cientistas-reeducam-celulas-para-evitar-a-rejeicao-de-orgaostransplantados-3435611.html>. Acesso em: 8 out. 2018.
A estrutura ou molécula responsável pelo reconhecimento de células e a consequente rejeição de órgãos transplantados e a parte da célula em que ela se encontra são, respectivamente, A glicocálix, localizado na membrana celular. B lipídio, localizado no tecido adiposo. C carboidrato, localizado nos músculos. D neurotransmissor, localizado nos neurônios.
Sinal detectado
E vitamina D, localizada no tecido subcutâneo.
QUESTÃO 64 Conteúdo: Cinemática escalar C6 | H20 Dificuldade: Fácil
∆S , como a velocidade máxima é ∆t v = 50 km/h e o percurso total é de ∆S = 26 km, obtém-se o tempo igual a: 26 50 = ∆t 26 ∆t = = 0,52 h 50 Utilizando a definição de velocidade média v =
20 21 22 Massa ATIKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. F17.
A observação feita pelos cientistas ajudou a mostrar que exis‑ tem átomos de um mesmo elemento químico com massas A diferentes, chamados de isóbaros. B diferentes, chamados de isótopos. C iguais, chamados de isóbaros. D iguais, chamados de isótopos.
∆t = 0,52 h, que corresponde a ∆t = 0,52 ⋅ 60 = 31,2 minutos. QUESTÃO 65 Conteúdo: Massa atômica, isótopos C5 | H17 Dificuldade: Média Os átomos que compõem um mesmo elemento químico são chamados de isótopos e diferem na massa. QUESTÃO 66 Conteúdo: Membrana celular C4 | H14 Dificuldade: Difícil O glicocálix, presente na membrana celular, é uma estrutura formada por glicoproteínas e glicolipídios que permite a identificação de células, como as próprias do corpo, em contraposição às de origem externa, que poderiam vir de um transplante.
E diferentes, chamados de isótonos.
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QUESTÃO 67
QUESTÃO 68 CICLO DA ÁGUA
O MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA TERRA INFLUENCIA NA DURAÇÃO DOS VOOS? Não, o fato de a Terra girar a 1 675 km/h no sentido oeste-leste não é capaz de, por si só, encurtar ou prolongar uma viagem. De fato, escolher a rota adequada pode sim ser um atalho para economizar combustível – algo que as companhias aéreas sabem como ninguém. Mas isso não acontece por conta desse movimento natural terrestre, e sim
MARINAMARIYA/GETTY IMAGES
devido à dinâmica das massas de ar. […] ELER, Guilherme. O movimento de rotação da Terra influencia na duração dos voos? Superinteressante, 25 set. 2017. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/ o-movimento-de-rotacao-da-terra-influencia-na-duracao-dos-voos/>. Acesso em: 5 nov. 2018.
O movimento de rotação é aquele que a Terra realiza em torno do próprio eixo, definindo o dia e a noite. Assim, de acordo com o texto anterior, se a Terra fosse considerada uma esfera perfeita e usando a aproximação π = 3, o raio estimado do planeta seria igual a A 5 025 km B 6 700 km C 13 400 km D 20 100 km E 40 200 km
QUESTÃO 67 Conteúdo: Cinemática escalar C6 | H20 Dificuldade: Média
∆S com a velocidade v = 1 675 km/h ∆t e o tempo ∆t igual a 24 h (que é o tempo que a Terra leva para realizar uma volta completa), o valor do deslocamento é igual a: ∆S = v ⋅ ∆t ∆S = 1 675 ⋅ 24 ∆S = 40 200 km Considerando a Terra uma esfera, a rotação em torno de seu próprio eixo será descrita por um círculo. Assim, utilizando a relação do comprimento da circunferência: C = 2πR, sendo C = 40 200 km O valor do raio da Terra seria igual a: 40 200 = 2 ⋅ 3 ⋅ R R = 6 700 km
Utilizando a definição de velocidade média v =
A manutenção do ciclo da água, representado na figura aci‑ ma, é fundamental para garantir a vida na Terra. No ciclo, ocorrem várias transformações. Uma delas acontece quan‑ do a água ou a umidade da terra absorve o calor do Sol e das imediações. À medida que o calor é absorvido, algumas moléculas do líquido adquirem a energia necessária para recomeçar a subir à atmosfera. De acordo com a figura, a transformação mencionada cor‑ responde à A evaporação. B ebulição. C fusão. D liquefação. E sublimação.
QUESTÃO 68 Conteúdo: Transformações da matéria C6 | H20 Dificuldade: Fácil A evaporação ocorre na superfície de um líquido. Nesse tipo de transformação, algumas das moléculas com energia cinética mais elevada escapam para a fase gasosa. No caso do ciclo da água, o Sol e as imediações oferecem o calor necessário para as moléculas subirem à atmosfera.
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 70 O esquema abaixo representa o terreno que uma construtora deseja dividir em três lotes, compreendido entre as ruas A, B, C e D, conforme representado a seguir.
QUESTÃO 69
Rua A
João tem 170 cm de altura e está caminhando em uma ladeira, conforme a figura abaixo:
20 m
x
y
Rua C
A
Rua D
Questões de 69 a 90
49 m 35 m 25 m
Rua B
As linhas que representam as divisões entre os lotes são pa‑ ralelas às ruas C e D.
B
Os valores de x e y, em metros, são, respectivamente, João
B 29,2 e 38.
C
C 28,2 e 39. D 29 e 38,2.
sombra D EDU RANZONI
A 28 e 39,2.
F E O ponto E é onde inicia a ladeira, e junto a ele há um poste vertical de 620 cm de altura, com uma lâmpada de tamanho desprezível no ponto A. Considerando João sobre essa ladeira, em posição vertical e paralela ao poste; depois de subir 540 cm, a medida, em metros, do comprimento da sombra de João é
E 39,2 e 28,2.
QUESTÃO 70 Conteúdo: Teorema de Tales C3 | H14 Dificuldade: Fácil Utilizando o teorema de Tales, tem-se: x 35 ⇒ 25x = 700 ⇒ x = 28; 28 m = 20 25 y 49 = ⇒ 25y = 980 ⇒ x = 39,2; 39,2 m 20 25
A 2,00 B 2,02 C 2,04 D 2,06 E 2,08
QUESTÃO 69 Conteúdo: Semelhança de triângulos C2 | H9 Dificuldade: Fácil Os triângulos CBD e CAE são semelhantes pelo caso AA. Sendo y a medida da sombra, logo: y + 540 620 = ⇔ 620y = 170y + 91 800 ⇔ 450y = 91 800 ⇔ y = 204 cm = 2,04 m y 170
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QUESTÃO 71
QUESTÃO 72
Uma agência que promove intercâmbio para estudo do idioma inglês fez um levantamento da procura em relação à prefe‑ rência de país para estudar nos últimos 12 meses. As infor‑ mações foram organizadas no quadro a seguir.
Em certa cidade há três pontos turísticos que atraem muitos visitantes: o Museu, o Parque de diversões e o Estádio de futebol, conforme o esquema abaixo.
Quantidade de pessoas
Estados Unidos
300
Inglaterra
200
Austrália
150
Estados Unidos e Inglaterra
50
Estados Unidos e Austrália
80
Inglaterra e Austrália
70
Estados Unidos, Inglaterra e Austrália
30
30º
5 000 m 78º
72º
O total de pessoas que procuraram essa agência nos últimos 12 meses para fazer intercâmbio para o estudo de inglês foi A 450 B 470 C 480
EDU RANZONI
País
Dados: sen 30° = 0,5; cos 30° = 0,89; sen 78° = 0,978; cos 78° = 0,208; tg 78° = 4,705; sen 72° = 0,951; cos 72° = 0,309; tg 72° = 3,078. Júlia está no Estádio de futebol e quer ir ao Parque de di‑ versões.
D 870
A distância, em metros, que ela percorrerá fazendo esse tra‑ jeto é, aproximadamente,
E 880
A 2 550 QUESTÃO 71 Conteúdo: Operações com conjuntos C5 | H21 Dificuldade: Média Compondo as informações da tabela em um diagrama de Venn, tem-se: Estados Unidos
B 2 630 C 1 190 D 8 060 Inglaterra
20
200
110
30 50
40
30
E 810
QUESTÃO 72 Conteúdo: Lei dos senos C2 | H6 Dificuldade: Fácil Sendo x a distância aproximada, em metros, do Parque de diversões ao Estádio de futebol, e utilizando a lei dos senos, tem-se: 5000 x 5000 x ⇒ 0,951x = 2 500 ⇒ x ; 2 630 m ⇒ = = sen 72° sen 30° 0,951 0,5
Austrália Portanto, foram entrevistadas 200 + 20 + 30 + 50 + 30 + 40 + 110 = 480 pessoas.
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QUESTÃO 73
QUESTÃO 74
Um engenheiro deseja calcular a distância entre dois edi‑ fícios que estão na margem de um rio canalizado. Ele sabe que as margens são paralelas naquele trecho.
Em uma escola de dança fizeram uma pesquisa com seus alunos para saber qual seria o ritmo que tocaria em uma das salas no próximo baile. Sabe-se que X, Y e X ∪ Y são conjuntos que representam gosto musical por forró, sertanejo e forró ou sertanejo, respectivamente; e sabe-se ainda que n(X) = 90, n(Y) = 50 e n(X ∪ Y) = 110. A quantidade de pessoas que disseram que gostam tanto de forró quanto de sertanejo, ou seja, que é indiferente ao ritmo de música que tocará na sala é
30 m
rio 60°
30°
A 10 B 30 C 50
(Dado: 3 1,7 )
D 70
A distância entre os edifícios é
E 90
A 17 m
QUESTÃO 75
B 51 m
Na aula de Arte, Pedro recebeu um barbante de 80 cm e, com ele, deverá construir uma figura geométrica que sirva como base para o quadro que estava desenvolvendo. A figura escolhida por ele foi um triângulo retângulo cuja medida da hipotenusa vale 34 cm.
C 68 m D 90 m E 121 m
A medida do maior cateto do triângulo construído por Pedro mede
QUESTÃO 73 Conteúdo: Trigonometria no triângulo retângulo C2 | H6 Dificuldade: Fácil De acordo com a figura, tem-se:
A 30 cm B 16 cm C 10 cm D 24 cm E 36 cm
x 60°
y
30°
30 m
rio 60°
30°
tg 60° =
30 30 ⇒ 3= ⇒ x 3 = 30 ⇒ x 17 m x x
tg 30° =
30 3 30 ⇒ = ⇒ y 3 = 90 ⇒ y 51m y 3 y
∴ x + y = 17 + 51 = 68; 68 m
QUESTÃO 74 Conteúdo: Operações com conjuntos C5 | H21 Dificuldade: Fácil Utilizando a regra que determina o número de elementos na união de dois conjuntos, tem-se: n(X ∪ Y) = n(x) + n(y) − n(X ∩ Y) ⇒ n(X ∩ Y) = n(x) + n(y) − n(X ∪ Y) ⇒ ⇒ n(X ∩ Y) = 90 + 50 − 110 = 30 O número de pessoas que responderam à pesquisa e disseram que gostam de forró e sertanejo é 30.
QUESTÃO 75 Conteúdo: Teorema de Pitágoras C2 | H8 Dificuldade: Média Como o barbante tem 80 cm de comprimento, pode-se concluir que o perímetro do retângulo é 80 cm; portanto, a soma dos catetos é igual a 46 cm, pois a hipotenusa mede 34 cm. Assim:
34 cm 46 – x
x x2 + (46 − x)2 = 342 ⇒ 2x2 − 92x + 960 = 0 ⇒ x = 30 ou x = 16 Portanto, a medida do maior cateto é 30 cm.
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QUESTÃO 76
QUESTÃO 78
João estava fazendo um origami (arte japonesa de dobrar papel) com uma folha retangular de 32 cm de base por 24 cm de altura. O primeiro passo para fazer esse origami era dobrar a folha conforme a figura abaixo.
Os professores de Matemática e Educação Física fizeram uma aula conjunta em que uma dupla de alunos deveria partir do mesmo ponto em marcha atlética, formando um ângulo de 60° entre si, conforme esquema abaixo.
A
32 cm
B
A
B
24 cm D
D C
E
22 cm
3m
C
A medida, em centímetros, do segmento AE é
A
A 10 B 12 C 24 D 26 E 30
QUESTÃO 77 Para calcular a quantidade ideal de ração que um cachorro de determinada raça deve ingerir, pode-se utilizar a função E = 80 4 m3 , em que E é a quantidade de energia, em quilo‑ caloria, que a alimentação diária deve conter e m é a massa ideal do cachorro. Logo, um cachorro dessa raça, que está com a massa ideal, que é de 16 kg, deve receber energia diária de A 640 kcal B 1 280 kcal
60° 4m
Após o tempo dado pelos professores, eles mediram quanto cada um dos alunos caminhou, e a dupla tinha exatamente 1 minuto para calcular a distância que havia entre eles ao final da corrida. O resultado encontrado por eles, em metros, foi A
7
B
10
C
11
D
13
E
15
QUESTÃO 78 Conteúdo: Lei dos cossenos C2 | H6 Dificuldade: Média Seja x a distância entre os dois alunos, então: x2 = 32 + 42 − 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ cos 60° ⇒ x2 = 13 ⇒ x = 13
C 2 460 kcal D 5 120 kcal E 10 240 kcal
QUESTÃO 76 Conteúdo: Teorema de Pitágoras C2 | H8 Dificuldade: Média Sejam x a medida do segmento AE, e DE = 32 − 22 = 10; logo: x2 = 102 + 242 ⇒ x2 = 676 ⇒ x = 26 Portanto, o segmento AE mede 26 cm. QUESTÃO 77 Conteúdo: Função C1 | H3 Dificuldade: Fácil Se m = 16 kg, então: E = 80 4 163 ⇒ E = 80 ⋅ 8 = 640 kcal
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QUESTÃO 79
QUESTÃO 80
A figura abaixo representa a vista frontal de uma casa. O ar‑ quiteto sabia apenas algumas das medidas do projeto, indi‑ cadas na figura, e sabia que a medida DC era igual à metade da medida AD.
Em uma pequena cidade, o hospital fica a 100 m da escola e a escola fica distante da praça 150 m, de acordo com o esquema abaixo. HOSPITAL
4 2m 45°
D B
30°
10
0m
X
E
C
150 m
EDU RANZONI
A
60°
Se uma criança se acidenta na praça e precisa ir ao hospital, ela deverá percorrer uma distância mínima de F
G
A 7 15 m B 7 35 m
Dado: 3 = 1,7. Com essas informações, o arquiteto pode concluir que a lar‑ gura FG da casa é
C 40 7 m D 50 7 m E 55 7 m
A 14,5 m B 15,5 m C 16,5 m
QUESTÃO 80 Conteúdo: Lei dos cossenos C2 | H6 Dificuldade: Fácil Seja d a distância do hospital à praça. Utilizando a lei dos cossenos, tem-se: d2 = 1002 + 1502 − 2 ⋅ 10 ⋅ 150 ⋅ cos 60° ⇒ d2 = 10 000 + 22 500 − 15 000 ⇒ ⇒ d2 = 17 500 ⇒ d = 17 500 ⇒ d = 50 7 Portanto, a menor distância entre a praça e o hospital é 50 7 m.
D 17,7 m E 18,7 m
QUESTÃO 79 Conteúdo: Trigonometria no triângulo retângulo C2 | H9 Dificuldade: Difícil Sejam x a medida de AD e AD = DE, então: x 2 + x 2 = 4 2
( )
2
⇔x=4
Como DC é igual à metade da medida de AD, então DC = 2. 6 3 6 ⇒ = ⇒ BC = 10,5 Assim, AC = 6 e tg30° = BC 3 BC Portanto, FG = 10,5 + 4 = 14,5.
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QUESTÃO 81
QUESTÃO 83
Na aula de Desenho Geométrico, um aluno construiu com régua e compasso um triângulo ABC qualquer.
Na aula de Matemática, os alunos criaram desafios para os colegas resolverem. Júlio elaborou o seguinte desafio:
Com o transferidor, mediu os ângulos  e B̂, que eram, res‑ pectivamente, 45° e 50°. Depois ele mediu o lado oposto ao ângulo Ĉ e verificou que era igual a 60 cm.
A idade dos meus irmãos pertence ao conjunto X ∩ (Y ∩ Z), em que:
Dados: sen 85° = 0,99; cos 85° = 0,08; sen 50° = 0,76 e cos 50° = 0,64.
Y = { n ∈ |n = 3k, com k ∈ }
Apenas com esses dados, ele pôde constatar que a medida do lado AC, em centímetros, era aproximadamente
Z = n ∈ |n =
A 36
X = { n ∈ |3 ≤ n < 9}
{
18 , com k ∈ * k
De acordo com o desafio, conclui‑se que Júlio tem A 1 irmão.
B 46
B 2 irmãos.
C 55
C 3 irmãos.
D 65
D 4 irmãos.
E 75
E 5 irmãos.
QUESTÃO 82 O desfile das escolas de samba do grupo Especial no Rio de Janeiro acontece no domingo e na segunda-feira de Carnaval no sambódromo da Marquês de Sapucaí.
QUESTÃO 84 A figura abaixo representa o esquema que Laura fez da escola em que estuda. sala de aula
Numa família de 25 pessoas, algumas pretendem ir ao desfile: 9 decidiram ir no domingo, 14 na segunda-feira e 7 não vão em nenhum dos dois dias. A quantidade de pessoas que decidiram ir ao desfile nos dois dias é A 0 B 2 C 4 D 5 E 7
}
QUESTÃO 81 Conteúdo: Lei dos senos C2 | H6 Dificuldade: Média
()
Sejam x a medida de AC e med Ĉ = 180° − ( 50° + 45° ) = 85°; pela lei dos senos, tem-se: x 60 x 60 = ⇒ = ⇒ 0,99x = 45,6 ⇒ x 46 sen 50° sen 85° 0,76 0,99
QUESTÃO 82 Conteúdo: Operações com conjuntos C1 | H4 Dificuldade: Fácil Colocando os dados no diagrama de Venn, tem-se:
9–x
Domingo
x
14 – x
Segunda-feira
7
Assim: 9 − x + x + 14 − x + 7 = 25 ⇒ x = 5 Portanto, 5 pessoas assistiram ao desfile nos dois dias.
10 m x
cantina
15 m x + 10
quadra
biblioteca
O caminho que liga a sala de aula à quadra é bissetriz do ângulo formado pelos caminhos que ligam a sala de aula à cantina e a sala de aula à biblioteca. A distância da quadra à biblioteca, em metros, é A 10 B 15 C 20 D 25 E 30
QUESTÃO 84 Conteúdo: Teorema da bissetriz interna de um triângulo C2 | H8 Dificuldade: Média Utilizando o teorema da bissetriz interna de um triângulo, tem-se: 10 15 = ⇒ 10x + 100 = 15x ⇒ x = 20 m x x + 10 A distância da quadra à biblioteca é de x + 10; portanto, 20 + 10 = 30; 30 m
QUESTÃO 83 Conteúdo: Intervalos numéricos C1 | H4 Dificuldade: Média Realizando a operação entre os conjuntos, tem-se: (Y ∩ Z) = {3, 6, 9, 18} X ∩ (Y ∩ Z) = {3, 6} Dois elementos, o que significa 2 irmãos.
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QUESTÃO 85
QUESTÃO 87
Uma fábrica de sapatos calcula seu lucro mensal por meio da equação L = 0,5C, em que L é o lucro e C é o preço de venda desse sapato para o comércio.
Para calcular o consumo elétrico em quilowatt-hora (kWh) de um aparelho eletrônico são necessárias duas infor‑ mações: a potência elétrica, dada em watts (W), e o nú‑ mero de horas de uso durante o mês. Assim, tem-se: potência (W) ⋅ tempo (h) . consumo (kWh) = 1 000 Em uma cidade brasileira, o custo da energia elétrica é R$ 0,40 por quilowatt-hora. Nessa cidade, um chuveiro elé‑ trico que funciona com potência de 5 000 watts na posição “inverno” e 3 000 watts na posição “verão” é utilizado durante 30 minutos por dia, todos os dias do mês de janeiro.
Por outro lado, o preço C de venda é calculado pela sentença C = 10 + 3P, em que P é o valor gasto com a matéria-prima para a fabricação desse sapato. A lei da função que determina o lucro diretamente do gasto Pé A (L o C ) ⋅ (P) = 5 + 1,5P B (L o C) ⋅ (P) = 0,5 + 1,5P
Se o chuveiro for utilizado somente no modo verão, o custo total da utilização desse aparelho durante o mês será
C (L o C) ⋅ (P) = 5 + 10P D (L o C) ⋅ (P) = 5 + 3P
A R$ 30,00
E (L o C) ⋅ (P) = 15 + 10P
B R$ 18,00 C R$ 36,00
QUESTÃO 86 x+5 é 2x − 3 invertível. Outro aluno interveio na conversa e afirmou que, de fato, essa função era invertível e enunciou o domínio da função inversa.
Um aluno afirmou ao professor que a função f ( x ) =
D R$ 1.080,00 E R$ 1.800,00
QUESTÃO 87 Conteúdo: Função C5 | H21 Dificuldade: Difícil O chuveiro é utilizado durante 30 min/dia ⋅ 30 dias = 0,5 hora/dia ⋅ 30 dias = 15 ho3 000 ⋅ 15 = 45 kWh ras durante o mês. Considerando a posição “verão” tem‑se: consumo = 1 000 3 000 ⋅ 15 consumo = = 45 kWh. Como cada quilowatt-hora custa R$ 0,40, o custo da utilização do chu1 000 veiro durante o mês é de 45 ⋅ 0,4 = R$ 18,00.
Na intervenção feita pelo segundo aluno, o domínio enun‑ ciado foi A B − C − D −
{} {} {} 3 2
1 2
2 3
E − {−5}
QUESTÃO 85 Conteúdo: Função composta C1 | H3 Dificuldade: Difícil Segundo o enunciado, tem-se: L(C(P)) = 0,5 ⋅ (10 + 3P) ⇒ (L o C) (P) = 5 + 1,5P
QUESTÃO 86 Conteúdo: Função inversa C1 | H4 Dificuldade: Difícil Trocando as variáveis na função dada no enunciado, tem-se: 3x + 5 y+5 x= ⇔ x ( 2y – 3 ) = y + 5 ⇔ 2xy – 3x = y + 5 ⇔ y ( 2x – 1) = 3x + 5 ⇔ y = 2y – 3 2x – 1 3x + 5 + 5 ⇔ y ( 2x – 1) = 3x + 5 ⇔ y = 2x – 1 1 1 Logo, 2x − 1 ≠ 0 ⇔ x ≠ . Portanto, D ( f −1 ) = − . 2 2
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QUESTÃO 88
QUESTÃO 89
Por um ponto A de uma circunferência, traça-se o segmen‑ to AH perpendicular a um diâmetro BC, conforme a figura abaixo.
Jurandir e João resolveram apostar corrida, fazendo percurso de acordo com a figura abaixo. Ambos partiram do ponto A e foram até o ponto D. Jurandir correu pelo semicírculo maior de raio 20 metros e João, pelo segmento AB, pelo semicírculo de raio 10 metros e pelo segmento CD. Os pontos A, B, C e D estão alinhados, AB = CD = 10 m.
A
B
H
O
C
A
B
C
D
Dado π = 3. Depois da corrida eles constataram que O ponto H determina no diâmetro segmentos de 9 cm e 16 cm.
A Jurandir correu 80 metros.
O produto da medida do segmento AH pela medida do raio da circunferência vale
B João correu 120 metros.
A 144 B 150 C 225
C Jurandir correu 150 metros. D Jurandir correu 60 metros. E João correu 80 metros.
D 300
QUESTÃO 90
E 400
O lucro referente à produção de um tipo de lâmpadas de uma empresa é representado pela lei da função f(x) = 35x − 3 920, em que x é a quantidade de lâmpadas desse tipo vendidas durante um mês.
QUESTÃO 88 Conteúdo: Relações métricas no triângulo retângulo C2 | H7 Dificuldade: Média I) Ao utilizar as relações métricas no triângulo retângulo, tem-se: AH2 = BH ⋅ HC ⇒ AH = 9 ⋅ 16 ⇒ AH = 12 9 + 16 = 12,5 II) A medida do raio é: r = 2 III) O produto da medida do segmento AH pela medida do raio da circunferência é: 12 ⋅ 12,5 = 150.
O número mínimo de produtos que essa empresa precisa vender para obter lucro é A 100 B 102 C 112 D 113 E 124
QUESTÃO 89 Conteúdo: Circunferência C2 | H8 Dificuldade: Média Jurandir correu π ⋅ r = 3 ⋅ 20 = 60 m João correu 10 + π · 10 + 10 = 10 + 30 + 10 = 50 m QUESTÃO 90 Conteúdo: Função C1 | H3 Dificuldade: Fácil A função é crescente, pois a > 0; então 35x − 3 920 = 0 ⇒ x = 112. Logo, a empresa precisa vender no mínimo 113 produtos para obter lucro.
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Simulado ENEM 2019
Prova 1
2Série a
1o Dia
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: As flores embelezam o mundo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 44 questões numeradas de 1 a 44 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 1 a 22, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 23 a 44, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 1 a 3 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas e trinta minutos. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
Instituição de ensino: Aluno:
9160604000007
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 22 Questões 1 a 3 (opção Inglês)
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QUESTÃO 1
Na tirinha acima, Charlie Brown faz uso da expressão “That’s the last straw”. Em português, essa expressão pode ser tradu‑ zida, sem alteração de sentido, por A “É um chato de galocha!”. B “Ele é um vira-casaca!”. C “Acertou na mosca!”. D “É o fim da picada!”. E “Viajou na maionese!”.
QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C6 | H19 Dificuldade: Fácil A expressão “That’s the last straw” é usada em inglês quando alguém se depara com uma situação absurda, irritante ou inacreditável. Em português, pode ser traduzida por “É o fim da picada” ou “É a gota d’água”. Na tirinha, Charlie Brown se sente irritado e ofendido por Snoopy chamá-lo de servo e, ainda por cima, solicitar que ele entre em sua casinha pelos fundos.
AGENCY KAUSA
QUESTÃO 2
A propaganda acima tem por objetivo principal A evidenciar casos de violência doméstica. B protestar contra o uso de armas de fogo. C denunciar a morte de trabalhadores domésticos.
QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C7 | H21 Dificuldade: Média A propaganda tem por objetivo principal incentivar as denúncias de todo tipo de trabalho infantil.
D demonstrar que produtos de limpeza são tóxicos. E incentivar a denúncia contra o trabalho infantil. LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 3
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QUESTÃO 3 Panic and confusion erupted in Central Park on Saturday night after a loud noise frightened concertgoers at the Global Citizen Festival, with some people erroneously attributing the sound to gunshots.
Questões de 1 a 3 (opção Espanhol) QUESTÃO 1 ALERTA POR UN PROGRAMA MILITAR PARA PROPAGAR VIRUS CON INSECTOS
Witnesses described a near-stampede in some places, as
El objetivo del proyecto es la protección de cultivos en
people sprinted for cover, jumped fences and trampled one
EE UU, pero científicos europeos temen su posible uso
another. Some were in tears and called their loved ones, and
como arma biológica
others said they had lost items or gotten separated from their friends, according to social media reports. But the police quickly refuted reports of a shooting, saying that the noise was from a fallen barrier, not gunshots. […]
Cuatro equipos de científicos de EE UU investigan con virus modificados genéticamente para que alteren el ADN de los cultivos. Para propagar el virus usarían diversas especies de insectos también modificados. El objetivo declarado del programa, financiado por los militares, es
[…] MERVOSH, Sarah. Panic in Central Park caused by “popping” drink bottle, not fallen barrier or gunshots. NY Times, 29 set. 2018. Disponível em: <www. nytimes.com/2018/09/29/nyregion/central-park-panic-global-citizen-festival. html?action=click&module=Well&pgtype=Homepage&section=New%20York>. Acesso em: 27 nov. 2018.
O pânico que tomou conta do Central Park em um sábado à noite se deu porque A pessoas ouviram barulhos similares a disparos de armas de fogo no local. B alguém estava ameaçando os entes queridos das pessoas que estavam ali. C foram feitos disparos no local, confirmados posteriormente pela polícia. D foi confirmado que o barulho era de um muro que desabou próximo ao local. E os policiais mantiveram a hipótese de o barulho ser disparos de arma de fogo.
QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C1 | H3 Dificuldade: Média O pânico que tomou conta do Central Park se originou com barulhos similares a disparos de armas de fogo no local. Como esse tipo de atentado é, de certa forma, recorrente nos Estados Unidos, as pessoas se assustam mais facilmente ao fazer esse tipo de associação do que em lugares onde isso aconteceria com menor frequência. O barulho, entretanto, veio do estouro de uma garrafa ao ser pisoteada e não de disparos.
proteger las cosechas de una repentina sequía, heladas... o un ataque exterior. Sin embargo, otros investigadores alertan ahora de que los insectos con los virus mutantes podrían convertirse en un arma biológica incontrolada. […] CRIADO, Miguel Ángel. Alerta por un programa militar para propagar virus con insectos. El País, 5 out. 2018. Disponível em: <https://elpais.com/elpais/2018/10/04/ ciencia/1538629256_730193.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.
O objetivo dessa notícia é A informar sobre doenças que alimentos geneticamente mo‑ dificados podem causar. B revelar a fabricação de armas biológicas contra os insetos que atacam as lavouras. C divulgar novas tecnologias de obtenção de alimentos seguros para a população. D alertar que o projeto de proteção de cultivos pode ser usado como arma biológica. E alarmar sobre ataques dos países europeus às plantações de países inimigos.
QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H6 Dificuldade: Difícil O objetivo da notícia está no subtítulo/olho: “O objetivo do projeto é a proteção de cultivos nos EUA, mas cientistas europeus temem seu possível uso como arma biológica”.
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©JOAQUIM S. LAVADO TEJÓN (QUINO), TODA MAFALDA/FOTOARENA
QUESTÃO 2
A tira Mafalda, de Quino, tem como objetivo criticar A os erros ortográficos. B os pichadores. C o censo. D o plágio. E a censura.
QUESTÃO 3 Si no fuera porque tus ojos tienen color de luna, de día con arcilla, con trabajo, con fuego, y aprisionada tienes la agilidad del aire, […] NERUDA, Pablo. Soneto VIII. 1959. Disponível em: <www.poesi.as/ pn59008.htm>. Acesso em: 27 nov. 2018.
No poema, a amada do eu lírico possui olhos A cor da lua. B amarelos. C com fogo. D de argila. E cor de âmbar.
QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Média Na tira de Quino, tanto o comentário de Mafalda como a forma que ele é redigido são críticas à censura. Algumas das palavras ditas pela personagem argentina estão pela metade: “pintu” em vez de “pintura”; “pu” em vez de “pudo”, “termi” em vez de “terminar”, “razo” em vez de “razón” e “domin publi” em vez de “dominio público”. QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Fácil A resposta está no primeiro verso da primeira estrofe: Se não fosse porque teus olhos têm a cor da lua.
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QUESTÃO 4
Ao som do termo afrontoso
OS POEMAS
Que os ouvidos lhe ofendeu,
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. [...] QUINTANA, Mario. Esconderijos do tempo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
No trecho do poema de Mario Quintana, a fim de se atin‑ gir determinada necessidade comunicativa, o eu lírico faz uso de A linguagem denotativa, conferindo uma sonoridade cotidiana ao falar do ato poético. B linguagem formalista, de maneira a enaltecer o fazer poético e suas regras.
O rústico alçou a orelha, Rosnou, e se enfureceu.
Queria lançar-se a eles, Mas tinha ouvido uma vez: – Nem Hércules contra dois, E inda menos contra três. –
Enfim, c’um ar espantado Lhes disse o pobre lapuz:
QUESTÃO 5 Conteúdos: Poema, Fábula, Pré-Romantismo C5 | H15 O poema-fábula de Bocage trata da dominação de uns sobre outros, usando como critério a cor da pele, ou, na metáfora do pelo negro do cão, de cor azeviche (uma gema fóssil negra), e como um instrumento à violência, deixando claro não haver justiça nessa situação, somente opressão. Portanto, especialmente ao final, quando o poema, como toda fábula, dedica-se a um ensinamento moral, está evidente a posição do poeta como contrária à escravidão, mantendo sua postura de afronta aos valores da sociedade escravocrata portuguesa da época, não deixando também de ser irônico.
“Eu cativo! Por que crime?
C linguagem realista, descrevendo o ato de voar como um esforço poético.
Vós senhores! Com que jus?”
D enunciado denotativo, que confere significados ambíguos ao fazer poético.
O valentão já citado
E linguagem metafórica, conferindo expressividade ao fazer poético.
Ao miserável responde,
Dá um pulo, e de repente
Arreganhando-lhe o dente:
QUESTÃO 5 OS CÃES DOMÉSTICOS E O CÃO MONTANHÊS Afirma escritor antigo Que lá num grande sertão Três cães perdidos na caça Viram sozinho outro cão.
Que este era cor de azeviche, Aqueloutros cor de neve (Porque isto faz muito ao caso) Primeiro notar-se deve.
Nascera de lãs forrado O tal cão, e era montês: Tinham pelo muito fino,
“O nosso jus é a força, O teu delito é a cor.” De homens pretos, e homens brancos Cuido que fala este autor. BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du. Poesias.
Nesse poema-fábula do português Bocage, a visão temática, bem como a construção de sua narrativa com um ensinamen‑ to moral, revela-se como uma A análise sociopolítica do comportamento de cães em disputa por poder na natureza. B manifestação do poeta contra a escravidão. C crítica à política portuguesa da época por ter suplantado a escravidão. D descrição anedótica do preconceito racial contra o escravo. E visão antiga do preconceito, superada nos dias atuais.
E eram da cidade os três.
Um deles, o mais disposto A fazer qualquer agravo, Disse para o bom campônio: “Ó amigo, és nosso escravo.”
QUESTÃO 4 Conteúdo: Conotação, metáfora, poesia C5 | H15 Dificuldade: Fácil No trecho, quando diz “Os poemas são pássaros”, o poeta faz uso da metáfora, figura de linguagem essencial da poesia, tratando-se, portanto, de um exemplo de sentido figurado, conotativo, a fim de conferir expressividade ao fazer poético, do qual o eu lírico se vê encarregado. Diz-se, assim, que poemas alçam voo e pousam, numa comparação metafórica, como um desdobramento da metáfora inicial “os poemas são pássaros”.
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QUESTÃO 7 Conteúdo: Desigualdade entre gêneros no esporte C3 | H11 Dificuldade: Fácil
O texto afirma que, apesar de a seleção feminina dos Estados Unidos ter melhor resultado que a masculina, suas jogadoras recebem pouco menos de um quarto do salário dos atletas homens.
QUESTÃO 6
QUESTÃO 7
BUNGEE WORKOUT: O EXERCÍCIO QUE FAZ AS
HOMENS CHEGAM A RECEBER 234 VEZES MAIS QUE
PESSOAS PERDEREM PESO NAS ALTURAS
MULHERES NO ESPORTE
[…]
[…]
Ficar em forma, cuidar da saúde e se divertir. Tudo ao
Bons resultados nem sempre são decisivos para de‑
mesmo tempo agora e sem colocar muito os pés no chão.
finir quem ganha mais – ao menos quando se compara a
Essa é a proposta do bungee workout, série de exercícios
premiação entre homens e mulheres no esporte. Na última
criada na Tailândia que combina dança, movimentos aéreos
temporada das principais modalidades, as mulheres com
e acrobacias.
desempenho superior ao dos homens ainda faturaram muito
[…] O bungee workout ganhou o mundo através dos vídeos gravados na academia tailandesa de pessoas “voando” com o auxílio de elásticos presos ao corpo. A técnica de resistência consiste na combinação de movimentos de dança, fitness e acrobáticos em uma aula dinâmica e com muita coreografia. [...] Mas quem acha que é fácil “voar”, está enganado. “Mui‑ tos veem os vídeos e pensam que o bungee irá ajudá-lo a ‘voar’, mas na verdade é o oposto. Você precisa dar muita energia para criar tensão e conseguir se levantar do chão”, complementa. Riscos O bungee workout tem suas peculiaridades, em especial por permitir a realização de muitas acrobacias. Justamente por isso, é preciso tomar cuidado na execução dos movimen‑ tos. “Para quem não tem preparo físico, podem acontecer pequenas lesões, mas nada sério, ao contrário do CrossFit, que costuma causar lesões mais sérias”, avalia Lenzi. MIQUELETTO, Maria Isabel. Bungee workout: o exercício que faz as pessoas perderem peso nas alturas. Gazeta do Povo, 10 ago. 2017. Viver bem – Saúde e Bem-estar. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/ bungee-workout-o-que-e-riscos-e-beneficios/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
Segundo o texto, quem não conhece profundamente o bungee workout, A deve evitar a prática dessa nova modalidade para não se lesionar. B pode praticar, procurando executar os movimentos com pre‑ cisão. C precisa antes se dedicar a aulas de CrossFit para ganhar força. D não pode praticar, porque é preciso saber fazer acrobacias. E é capaz de aprender a voar e a fazer movimentos aéreos.
menos do que eles. […] Se o pagamento igualitário não é garantido com a entrega de resultados, vira questão de Justiça. Na tentativa de exigir salários paritários […] cinco das principais jogadoras da se‑ leção feminina de futebol dos Estados Unidos […] entraram ontem com uma ação contra a entidade responsável pela modalidade no país. Campeã do Mundial do ano passado no Canadá, a sele‑ ção feminina recebeu um total de US$ 2 milhões, enquanto os homens faturaram US$ 9 milhões no Brasil na Copa-2014, mesmo sendo eliminados nas oitavas de final. […] A diferença nas premiações norte-americanas não é exclu‑ sividade das grandes competições. Pela seleção, um jogador pode receber até US$ 17,6 mil por uma vitória num amistoso. Em caso de derrota, recebe US$ 5 mil. Por uma partida similar, uma jogadora ganha US$ 1,3 mil somente em caso de triunfo – não há bônus para derrotas ou empates. Nem o argumento da popularidade justifica tamanha dis‑ paridade. A média de público das duas seleções é similar – por volta de 30 mil pessoas por partida em 2015 – e tem igual apelo de espectadores pela televisão. O problema não é só no futebol feminino dos Estados Unidos. Cinco vezes melhores do mundo, Marta e Messi têm contas bancárias muito diferentes. Ao faturar US$ 26 milhões por temporada, o argentino ganha 65 vezes mais que a bra‑ sileira, que leva US$ 400 mil anuais para atuar na Suécia. […] RIBEIRO, Gabriela. Homens chegam a receber 234 vezes mais que mulheres no esporte. Correio Braziliense, 1o abr. 2016. Disponível em: <www.df.superesportes.com.br/app/ noticias/mais-esportes/2016/04/01/noticia_maisesportes,60693/homens-chegam-areceber-234-vezes-mais-que-mulheres-no-esporte.shtml>. Acesso em: 27 nov. 2018.
Segundo o texto, no futebol dos Estados Unidos, as atletas recebem menos que os jogadores mesmo A tendo melhores resultados nas competições. B recebendo maior visibilidade e mais fama. C participando de um número maior de campeonatos.
QUESTÃO 6 Conteúdo: Novas modalidades de atividade física C3 | H11 Dificuldade: Média Os últimos parágrafos afirmam que, por ser uma modalidade com muitas acrobacias e que requer energia e preparo físico, é preciso tomar cuidado ao realizar os movimentos, a fim de evitar lesões.
D ganhando bônus, em caso de derrota ou empate. E recebendo cinco vezes o título de melhores do mundo.
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QUESTÃO 8 Durante os séculos XVIII e XIX, quando os trabalhos aqui presentes foram feitos, a arte nas Marquesas não era concebi‑ da pelo senso ocidental, como uma atividade feita puramente, ou primariamente, para apreciação estética. Ao contrário, sua
QUESTÃO 9 NASCE O SOL E NÃO DURA MAIS QUE UM DIA Moraliza o poeta nos ocidentes do Sol a inconstância dos bens do mundo
intenção era ser funcional. Os objetos que nós admiramos
Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
como arte foram antes usados para embelezar casas, locais
Depois da Luz se segue a noite escura,
cerimoniais e corpos do povo que habitava as Marquesas, e
Em tristes sombras morre a formosura,
para agir como intermediários entre humanos e os poderes sobrenaturais que sustentavam o universo. Indivíduos que possuíam excepcional talento intelectual, físico ou artístico eram conhecidos e honrados como especia‑
Em contínuas tristezas a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
listas ou tuhuka, e seu serviço era grandemente procurado.
Como a beleza assim se transfigura?
Havia tuhuka para quase toda ocupação, da recitação de
Como o gosto da pena assim se fia?
cânticos e genealogias às artes performáticas, tatuagens,
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
esculturas e a confecção de ornamentos. Os tuhuka eram altamente especializados, cada um tipicamente devotando suas habilidades à execução de uma única atividade ou à
Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza.
produção de um único tipo de objeto. O ato de cada criação
Começa o mundo enfim pela ignorância,
artística era sagrado em si mesmo, ou tapu. Muitas formas
E tem qualquer dos bens por natureza
de arte estavam sob a proteção de divindades específicas, e
A firmeza somente na Inconstância.
a declamação de cantos apropriados e encantamentos má‑ gicos era tão crucial para a criação de um processo criativo quanto o trabalho físico envolvido. Pagos em comida, teci‑ dos, ornamentos e outras mercadorias, alguns tuhuka, como os tatuadores e confeccionadores de ornamentos de orelha, eram essencialmente artistas profissionais. KJELLGREN, Eric. Adornando o mundo: arte das Ilhas Marquesas. Nova York: The Metropolitan Museum of Art, 2005. p. 4-5. Tradução livre.
Ao abordar as obras dos povos das Ilhas Marquesas, o cura‑ dor Eric Kjellgren expõe uma característica da arte já em seu nascimento, que é A a presença do misticismo nas obras artísticas inferiores.
MATOS, Gregório de. Nasce o Sol e não dura mais que um dia.
O poema de Gregório de Matos, poeta conhecido como Boca do Inferno, foi escrito no século XVII, no período Barroco, pois seu estilo se caracteriza A pelo uso de oposições sistemáticas. B pela noção conceptista de mundo. C pela crença em uma entidade superior, representada por elementos da natureza. D pela forma rígida do soneto, típica da literatura barroca. E pela estabilidade do mundo em meio ao caos das paixões do eu lírico.
B a influência do pensamento mágico na criação artística. C o religioso alimentando o pensamento crítico nas tribos. D a figuração do transcendente percebido socialmente. E o reforço do tratado social no trabalho de arte.
QUESTÃO 8 Conteúdo: Pensamento mágico C4 | H12 Dificuldade: Fácil O texto aponta como a arte das Ilhas Marquesas estava vinculada à concepção do místico da cultura, usada em um sentido prático de acesso a esse. Trata-se, portanto, da manifestação do pensamento mágico na arte, como sugere a alternativa, o que era comum às criações artísticas desde seu surgimento.
QUESTÃO 9 Conteúdo: Barroco, antítese C5 | H16 Dificuldade: Média Neste soneto, forma tradicional de composição na poesia, advinda do Renascimento italiano, o eu lírico recorre ao uso sistemático de oposições – ou antíteses – para falar da inconstância do mundo. Isso fica claro já no início do primeiro quarteto: “Nasce o Sol e não dura mais que um dia/Depois da Luz se segue a noite escura”, opondo luz e escuridão, claro e escuro, alegria e tristeza, em uma alternância constante de opostos, característica típica das composições poéticas da literatura barroca.
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QUESTÃO 10
QUESTÃO 11
O IMPACTO DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES 2018 As fake news ganharam notoriedade após a campanha para eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, em 2016, quando as pesquisas apontaram que realmente houve uma influência direta das fake news nas eleições norte-americanas SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE/ PREFEITURA CANAÃ DOS CARAJÁS
e que, inclusive, 27% do eleitorado teriam acessado, pelo menos, uma fake news nas semanas que antecederam a eleição presidencial. [...] existem bots (robôs) que podem publicar mais de mil tweets por segundo, provando, assim, a facilidade de se viralizar algo inverídico nas redes. Este tema tem trazido muita preocupação, a ponto de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se mobilizar para combater e inibir as fake news nas campanhas eleitorais [...]. Também já existem diversos projetos de lei apresentados na Câmara e no Senado para criminalizar as fake news no Brasil. O grande problema é que tais notícias falsas têm se utili‑ zado do compartilhamento irresponsável de muitas pessoas na rede, que estão disseminando notícias mentirosas, sem verificar previamente sua veracidade. Inclusive, há casos que o compartilhamento é realizado após o indivíduo ler apenas a manchete, desconhecendo por completo o conteúdo com‑ partilhado. D’URSO, Luiz Augusto Filizzola. O impacto das fake news nas eleições 2018. Estadão, 16 mar. 2018. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/oimpacto-das-fake-news-nas-eleicoes-2018/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
Segundo o texto, a prática de compartilhamento de fake news nas redes sociais causa impacto nas campanhas eleitorais uma vez que A muitas informações falsas a respeito dos candidatos continuam a ser compartilhadas mesmo depois de serem desmentidas. B grande parte das pessoas espalham conteúdos nas redes sem antes verificar a veracidade da informação compartilhada. C impede que os eleitores identifiquem se as informações que circulam na rede são verdadeiras. D não há medidas plausíveis a serem tomadas para conter o compartilhamento de notícias falsas, principalmente nas redes sociais. E garante aos eleitores a possibilidade de acessar maior nú‑ mero de informações a respeito dos candidatos.
A publicidade, de modo geral, alia elementos verbais e não verbais para a composição dos sentidos do texto. A partir da análise desses recursos, a peça publicitária acima, cujo tema é o câncer de mama, pretende A convencer as mulheres a divulgar a campanha de conscien‑ tização para o diagnóstico precoce do câncer de mama. B engajar as mulheres no uso do laço rosa, que representa o Outubro Rosa, campanha de conscientização a respeito do câncer de mama. C mostrar a seriedade do assunto, muitas vezes ignorado pelas mulheres, dificultando o diagnóstico precoce da doença. D evidenciar que o câncer de mama precisa ser uma preocu‑ pação das mulheres jovens. E alertar as mulheres a respeito da importância do autoexame, valendo-se do duplo sentido da expressão “se toque”.
QUESTÃO 10 Conteúdo: Impacto das fake news na era digital C9 | H28 Dificuldade: Média Segundo o texto, a postura irresponsável de muitas pessoas na rede tem ampliado o compartilhamento de notícias falsas, relacionado à ausência de verificação da autenticidade das informações disseminadas. O texto ainda acrescenta o fato de que muitos usuários compartilham essas informações após terem lido somente a manchete. QUESTÃO 11 Conteúdo: Interpretação de linguagens vebais e não verbais C7 | H21 Dificuldade: Fácil A expressão “se toque”, no contexto da peça publicitária, está relacionada a uma linguagem coloquial, mais próxima do universo jovem, o que justifica, inclusive, a colocação pronominal indevida. A ambiguidade da expressão faz com que sejam veiculados dois possíveis sentidos: (1). tocar, no sentido literal e denotativo, ou seja, tocar o próprio corpo, pois o autoexame é realizado a partir do toque; (2). tocar no sentido figurado e conotativo, ou seja, perceber a importância do autoexame para o diagnóstico precoce.
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FERNANDO GONSALES
QUESTÃO 12
O humor presente na tirinha decorre do emprego da expressão “pir”, que contribui para QUESTÃO 12 Conteúdo: Variedade linguística C8 | H25 caracterizar a identidade linguística de uma região. Dificuldade: Média enfatizar a relação familiar entre as personagens. A variação linguística na tirinha está atrelada ao dialeto tipicamente caipira, marcado, principalmente, pela pronúncia do “r” retroflexo. Dessa fordemonstrar o tom autoritário da galinha. ma, a questão aborda a variação geográfica, que corresponde às diferensinalizar a influência da educação familiar nas escolhas vocabulares. ças observadas nos usos linguísticos de cada região de um determinado país e que, portanto, é parte da identidade cultural de seus falantes.
A marcar a classe social das personagens. B C D E
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
QUESTÃO 13
“Zaga” e “teile” são gírias criadas por uma estudante de 29 anos, que viralizaram pelas redes sociais em 2018. O uso dessas gírias em publicações do Ministério da Educação objetiva QUESTÃO 13 A evidenciar a subjetividade da linguagem que circula nas redes sociais. B corroborar a disseminação de termos já valorizados pela sociedade. C incentivar os leitores a criar neologismos para participar das práticas sociais. D criticar implicitamente a circulação de termos informais na sociedade. E aproximar a linguagem dos conteúdos publicados de seu público-alvo.
Conteúdo: Variedade linguística C8 | H26 Dificuldade: Média A apropriação de gírias em publicações elaboradas pelo Ministério da Educação, relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio, tem como objetivo atingir de forma mais significativa o seu público-alvo, a partir do uso de termos e expressões que circulam entre os jovens e que, portanto, se aproximam deles.
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QUESTÃO 14 Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor
QUESTÃO 15 15 de julho de 1955 Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia com‑
tentarão apagar a tua cor!
prar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos
E as gerações dessas gerações quando apagarem
alimenticios nos impede a realização dos nossos desejos.
a tua tatuagem execranda,
Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro! Pai-João, Mãe negra, Fulô, Zumbi, negro-fujão, negro cativo, negro rebelde
par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar. Eu não tinha um tostão para comprar pão. Então eu lavei 3 litros e troquei com o Arnaldo. Ele ficou com os litros e deu-me o pão. Fui receber o dinheiro do papel. Recebi
negro cabinda, negro congo, negro ioruba,
65 cruzeiros. Comprei 20 de carne. 1 quilo de toucinho e
negro que foste para o algodão de U.S.A.,
1 quilo de açucar e seis cruzeiros de queijo. E o dinheiro
para os canaviais do Brasil,
acabou-se.
para o tronco, para o colar de ferro, para a canga de todos os senhores do mundo; [...] LIMA, Jorge de. Olá! Negro. Obra poética. Rio de Janeiro: Getulio Costa, [s.d.]. p. 263.
No poema “Olá! Negro”, Jorge de Lima evidencia as ten‑ sões presentes nas relações sociais que marcam a história do negro, a partir A de dados objetivos que estabelecem uma relação entre o lucro material e a trajetória de sofrimento do negro. B do apagamento das memórias ancestrais por meio do pro‑ cesso de aculturação promovido pelos colonizadores. C da superação das desigualdades sociais entre os escravos e os senhores.
Passei o dia indisposta. Percebi que estava resfriada. A noite o peito doia-me. Comecei tussir. [...] JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. Edição popular. p. 9.
Diário é um gênero textual geralmente utilizado para registrar acontecimentos cotidianos a partir de uma perspectiva pessoal. O trecho acima foi retirado do livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, mãe solteira e moradora da primeira grande favela de São Paulo, a Canindé. Nesse fragmento, há a presença de elementos que A conferem um caráter formal para o texto. B tornam a linguagem do texto inadequada à composição do gênero. C não permitem identificar o uso informal da língua portuguesa.
D da desvalorização de africanismos que compõem o universo afro-nordestino no Brasil.
D conferem maior realismo à obra, dada a sua situação de produção.
E da preservação da identidade cultural do negro apenas a partir da abolição da escravatura.
E não permitem reconhecer marcas estruturais do gênero diário.
QUESTÃO 14 Conteúdo: Representação do negro na literatura nacional C5 | H17 Dificuldade: Difícil O poema de Jorge de Lima, ao tratar dos lucros materiais, como o algodão e o açúcar, estabelece uma relação desse processo com a trajetória de sofrimento do negro no Brasil, por meio de referências como o tronco, o colar de ferro e a canga.
QUESTÃO 15 Conteúdo: Aspectos linguísticos do gênero diário C6 | H18 Dificuldade: Média A linguagem utilizada reflete de forma simples, objetiva e direta a rotina da escritora. Apesar de o contexto de escrita ser marcado pelas dificuldades do cotidiano na favela, como é possível observar no fragmento, Maria Carolina de Jesus faz uso de termos rebuscados em seu texto, o que gera uma quebra de expectativa em relação ao (não) domínio que um morador da favela teria em relação à linguagem. Nesse sentido, os erros gramaticais fazem que o relato se aproxime ainda mais da realidade vivenciada pela autora.
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QUESTÃO 17
QUESTÃO 16 Ardor em coração firme nascido! Pranto por belos olhos derramado! Incêndio em mares de água disfarçado! Rio de neve em fogo convertido!
PANCHO
Tu, que um peito abrasas escondido, Tu, que em um rosto corres desatado, Quando fogo em cristais aprisionado,
A sociedade globalizada possibilita trânsitos culturais de for‑ ma intensa. Esse movimento impacta diretamente a língua e, portanto, o modo como as pessoas constroem sentidos no mundo e se comunicam. Nesse contexto, é comum perceber a incorporação de palavras de origem estrangeira no cotidiano. Considerando essas questões, a charge acima revela
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas brandamente? Se és neve, como queimas com porfia? Mas ai! que andou Amor em ti prudente.
A que as personagens se mostram favoráveis aos emprés‑ timos linguísticos, uma vez que a língua inglesa é de fácil compreensão.
Pois para temperar a tirania, Como quis, que aqui fosse a neve ardente, Permitiu, parecesse a chama fria. MATOS, Gregório de.
O poema de Gregório de Matos tem como característi‑ ca o paradoxo, uma figura de linguagem que estabelece relação de oposição entre palavras ou ideias que parecem excluir-se mutuamente. O verso em que essa oposição se faz claramente presente no texto apresentado é A “Ardor em coração firme nascido!”. B “Pranto por belos olhos derramado!”.
B que o uso de estrangeirismos é fruto de uma sociedade elitista que pretende traçar o perfil das pessoas com base no conhecimento que elas apresentam da língua inglesa. C um desconhecimento das personagens em relação ao sig‑ nificado da palavra closed, embora elas corroborem a valo‑ rização do inglês como língua mais bonita. D uma crítica à apropriação de estrangeirismos, uma vez que grande parte dos cidadãos brasileiros não conhece outras línguas. E que as personagens demonstram resistência à apropriação dos empréstimos linguísticos, pois a língua inglesa não deve ser valorizada em território brasileiro.
C “Tu, que em um rosto corres desatado”. D “Pois para temperar a tirania”. E “Permitiu, parecesse a chama fria”.
QUESTÃO 16 Conteúdo: Figuras de linguagem C6 | H18 Dificuldade: Fácil A chama é caracterizada como a parte gasosa visível do fogo, ou seja, ela só existe em alta temperatura. Nesse sentido, não haveria como atribuir a ela o adjetivo “fria”, produzindo, portanto, uma relação contraditória e paradoxal.
QUESTÃO 17 Conteúdo: Presença de LEM no cotidiano C2 | H6 Dificuldade: Média É possível inferir que as personagens da charge desconhecem o significado da palavra closed, pois acreditam que esse seja o nome do estabelecimento. Além disso, uma vez que dizem “em inglês é mais bonito”, mesmo desconhecendo a língua, elas estão ratificando a valorização do inglês em detrimento do português.
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QUESTÃO 18 TEXTO I Pelas redes sociais, [...] internautas ficam a um clique de milhões de pessoas em todo o mundo, mas essa facilidade de conexão pode ser ilusória, alertam pesquisadores da Universidade de Pittsburgh. Um estudo realizado com quase 2 mil adultos americanos, com idades entre 19 e 32 anos, revelou que quanto mais tempo as pessoas passam navegando por essas plataformas, maiores as chances de elas experimentarem a sensação de isolamento social. [...] Os pesquisadores levantaram algumas possíveis teorias para explicar como o aumento do uso de redes sociais pode alimentar a sensação de solidão. Uma delas é que a conexão por meio dessas plataformas, de alguma forma, acaba subs‑ tituindo experiências sociais mais autênticas, porque quanto mais tempo gasto on-line, menor o tempo disponível para interações no mundo real. As redes sociais também possuem algumas características que facilitam o sentimento de exclusão, como mostrar fotos de amigos se divertindo em eventos para os quais a pessoas não foi convidada, ou pela exposição a representações idealizadas da vida de colegas nas redes sociais, o que pode alimentar o sentimento de inveja e a crença distorcida de que as outras pessoas são mais felizes e bem-sucedidas. [...] Psicólogos alertam que o uso de redes sociais pode alimentar a solidão. O Globo, 6 mar. 2017. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/psicologos-alertam-que-uso-deredes-sociais-pode-alimentar-solidao-21016908>. Acesso em: 27 nov. 2018.
ARIONAURO
TEXTO II
Ao abordar a questão do isolamento social, os textos I e II apresentam visões complementares a respeito do uso das tecno‑ logias da informação e comunicação, uma vez que A afirmam que é preciso valorizar as conexões por meio das plataformas digitais para torná-las mais autênticas. B evidenciam o fato de que as redes sociais podem ser grandes aliadas daqueles que pretendem fazer amigos. C transmitem uma mensagem de otimismo em relação ao uso dessas tecnologias no convívio social. D concordam que o ser humano pode experimentar sensações de solidão mesmo estando conectado às redes sociais. E julgam que as redes sociais são instrumentos que auxiliam o convívio social de forma proporcional ao tempo de uso.
QUESTÃO 18 Conteúdo: Interpretação de texto C9 | H28 Dificuldade: Fácil O texto I alerta para o fato de que as redes sociais podem provocar ou aumentar o sentimento de isolamento social, ainda que seja possível se conectar a outras pessoas através da rede. Segundo os pesquisadores apresentados no texto, quanto mais os usuários ficam conectados às redes sociais, menos tempo eles têm para interagir no mundo real, o que implica solidão. O mesmo processo é retratado na tirinha quando a personagem percebe que, embora tenha muitos amigos nas redes sociais, não tem nenhum na vida real e, portanto, está sozinha. a o
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QUESTÃO 19 Conteúdo: Interpretação de texto C6 | H18 Dificuldade: Difícil
Segundo a pesquisadora, “letramento de reexistência” é um conceito que designa práticas sociais envolvendo língua oral e escrita que se caracterizam pela não linearidade,
QUESTÃO 19
pela multimodalidade, pela heterogeneidade e pela criticidade. Dessa forma, contribuem para romper com práticas e espaços já ratificados e socialmente legitimados.
QUESTÃO 20
LETRAMENTOS DE REEXISTÊNCIA: CULTURAS E
Ontem a Serra Leoa,
IDENTIDADES NO MOVIMENTO HIP HOP
A guerra, a caça ao leão,
terogênea e crítica, o que na tese nomeio como letramentos
QUESTÃO 20 Conteúdos: Romantismo, condoO sono dormido à toa reirismo C6 | H18 Sob as tendas d’amplidão! Dificuldade: Difícil No poema, o eu lírico, bastante Hoje... o porão negro, fundo, indignado e eloquente, utiliza-se Infecto, apertado, imundo, da progressão temática como um procedimento enunciador para dar Tendo a peste por jaguar... sequência à sua argumentação E o sono sempre cortado contra a escravidão. De acordo com o trecho, as estrofes definem Pelo arranco de um finado, dois períodos: o antes e o depois, E o baque de um corpo ao mar... o que determina a progressão temática, pois garante sua estrutura poética descrevendo dois opostos Ontem plena liberdade, das vidas dos negros escravizados: “ontem” (antes), com a liberA vontade por poder... dade na África, e o presente, a realidade da escravidão no porão do Hoje... cúm’lo de maldade, navio negreiro, configurado pelo Nem são livres p’ra morrer. advérbio de tempo “hoje”. Apesar do uso de recursos estilísticos e da Prende-os a mesma corrente eloquência característica da gera— Férrea, lúgubre serpente — ção condoreira, sobressai-se também a descrição da brutalidade do Nas roscas da escravidão. presente (à época) da escravidão, E assim zombando da morte, alternando-se com o saudosismo dos tempos de liberdade (“A guerDança a lúgubre coorte ra, a caça ao leão,/O sono dormido Ao som do açoute... Irrisão!... à toa/Sob as tendas d’amplidão!”)
de reexistência, uma vez que responsivamente questionam,
[...]
Esta tese caracteriza o movimento cultural hip hop como uma agência de letramento e seus ativistas, em suas comu‑ nidades de pertença e naquelas em que estão em contato, como agentes de letramento. Tomando por base uma pers‑ pectiva sócio-histórica, as análises dos dados explicitam que os letramentos singulares praticados pelo grupo de partici‑ pantes da pesquisa têm lhes permitido redimensionar suas identidades, ressignificando papéis e lugares sociais a eles atribuídos por uma sociedade ainda marcada por desigual‑ dades raciais e sociais. [...] As análises evidenciaram uma reinvenção de práticas de uso da linguagem que os sujeitos realizam levando em conta as experiências educativas – de que compartilham na esfera escolar, como estudantes – as produzidas na esfera do cotidiano e as engendradas pelos movimentos sociais negros, tornando-as próprias, o que pode contribuir para repensar os múltiplos letramentos dentro e fora da escola. A configuração desse conjunto de práticas sociais da língua escrita e oral mostra-se não linear, multimodal, he‑
contestam, criam e propõem alterações nos moldes e nos espaços já ratificados e socialmente legitimados em relação aos usos da linguagem em sociedade. SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: culturas e identidades no movimento hip hop. 2009. 206 f. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, 2009.
Segundo o texto, o conceito de “letramentos de reexistência” é usado em sua tese para A nomear as práticas escolares que não consideram as expe‑ riências educativas dos estudantes negros, dentro e/ou fora das salas de aula. B contestar os participantes da pesquisa que definem suas identidades culturais com base no movimento hip hop.
ALVES, Castro. O navio negreiro e Vozes d’ África. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2013. p. 24. (Série prazer de ler; n. 5)
No trecho do poema “O navio negreiro”, o poeta Castro Alves, da terceira geração do Romantismo, descreve a situação dos negros escravizados e suas duras condições de vida durante a viagem da África ao Brasil. Nessas estrofes, a progressão do tema retratado se constrói como uma argumentação contra a escravidão, defendendo a justiça e a liberdade desse povo, A pelos recursos estilísticos expressivos, que evidenciam a dor vivida no porão do navio negreiro. B pelo sentido negativo dos adjetivos que caracterizam a es‑ cravidão e o sentimento de liberdade. C pela oposição marcada pelos advérbios de tempo, definindo o antes e o depois da escravidão.
C designar um conjunto de práticas sociais da língua escrita e oral que buscam modificar padrões estabelecidos e legi‑ timados na sociedade.
D pelas metáforas em alguns versos, que constroem alegorias sobre a escravidão ao longo do poema.
D definir o movimento cultural hip hop como uma marca das desigualdades raciais e sociais no contexto da pesquisa.
E por recorrer a ironias e antíteses que mostram os dois lados da vida do negro: livre e como escravo.
E estabelecer critérios fixos para que a língua escrita e oral possa ser ensinada na escola, considerando as identidades culturais dos participantes da pesquisa.
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QUESTÃO 21
QUESTÃO 22
Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece,
[...] Entre o emissor e o receptor deve haver um nível mínimo de concordância sobre os significados do vestir para que ocorra a interação. Como uma “roupa apropriada”
Surda agonia o coração fenece,
para uma entrevista de emprego ou um “vestido de casa‑
E devora meu ser mortal desgosto!
mento”. Os tecidos, por exemplo, são plenos de significação. Mulheres usam voile que reflete as características estereotipa‑
Do leito embalde no macio encosto
das como femininas (macio e frágil) e homens usam tecidos
Tento o sono reter!… já esmorece
como denim que fazem o mesmo efeito para o reforço dos
O corpo exausto que o repouso esquece… Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! AZEVEDO, Álvares de. Soneto.
No poema de Álvares de Azevedo, poeta da segunda geração romântica no Brasil, também conhecida como ultrarromânti‑ ca, o eu lírico, em sua angústia, além da desilusão amorosa, expressa A a constatação da morte como algo inevitável.
estereótipos masculinos (ativo e forte). Hoje em dia essas características femininas e masculinas dos tecidos são con‑ sumidas por ambos os sexos, [...]. MIRANDA, Ana Paula de. Consumo de moda: a relação pessoa-objeto. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008. p. 25.
No texto acima, a autora demonstra que a roupa é um mani‑ festo do indivíduo e da sociedade, na medida em que par‑ ticipa como signo nas comunicações interpessoais. Nesse sentido, a comunicação é A um processo dinâmico e intencional; para ser efetiva, os símbolos devem ser comuns aos interlocutores. B mecânica e ocasional, pois não é possível se estabelecer signos comuns no contexto de vivência social. C frequente, mas improvável, pois nunca o significado de um signo é comum aos indivíduos de uma coletividade. D um fator preestabelecido e imutável, visto que é determinada pelos valores morais de um grupo social. E impossível, na medida em que a compreensão de mundo de um indivíduo é pessoal e isenta de valores sociais.
B a indiferença diante da perda da pessoa amada. C o desejo da morte como alívio para a perda da amada. D a melancolia que o impede de reagir diante da perda amorosa. E a atração pela escuridão como refúgio para a melancolia.
QUESTÃO 22 Conteúdo: Símbolo C4 | H14 Dificuldade: Média Ao mencionar que a roupa é um código e comunica uma informação, a autora estabelece o paralelo de que o ato da comunicação, em si, carrega intencionalidade, mas depende de ser compreendido pelo outro, ou seja, é necessário que partilhem significações.
QUESTÃO 21 Conteúdo: Romantismo, segunda geração romântica no Brasil C5 | H16 Dificuldade: Difícil O fundamento da angústia do eu lírico é, mais do que a desilusão amorosa, um sentimento muito comum entre os poetas ultrarromânticos; trata-se de uma melancolia que inviabiliza qualquer possibilidade de reação do eu lírico diante da perda da amada, confirmada nos seguintes versos que exprimem o seu torpor: “Do leito embalde no macio encosto/ Tento o sono reter!... já esmorece/ O corpo exausto que o repouso esquece.../ Eis o estado em que a mágoa me tem posto!”.
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente". • fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I O QUE SÃO OS DIREITOS HUMANOS? Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação. [...] Os direitos humanos são garantidos legalmente pela lei de direitos humanos, protegendo indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. […] O que são os direitos humanos? Nações Unidas no Brasil. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
TEXTO II CASO MARIELLE FRANCO É DESTAQUE EM CAMPANHA GLOBAL DE DIREITOS HUMANOS A Anistia Internacional lança hoje (10) [10 de outubro de 2018] no Brasil a campanha global Escreva por Direitos (Write for Rights). Em 2018, o foco são mulheres, gênero e defensoras dos direitos humanos. A entidade reforçou que a discriminação, o abuso, a intimidação e a violência afetam de forma desproporcional as mulheres e, em particular, as que se posicionam publicamente na sociedade. Um dos destaques da campanha é a vereadora Marielle Franco, reconhecida defensora dos direitos humanos e morta em março deste ano no Rio de Janeiro. A diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, defendeu que, sete meses após o assassinato de Marielle e Anderson Gomes (motorista do carro onde a vereadora estava no momento em que foi morta), é fundamental que a sociedade se mantenha firme, exigindo respostas e pressionando para que os responsáveis sejam identificados e levados à Justiça. […] LABOISSIÈRE, Paula. Caso Marielle Franco é destaque em campanha global de direitos humanos. Agência Brasil, 10 out. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/ direitos-humanos/noticia/2018-10/caso-marielle-franco-e-destaque-em-campanha-global-de-direitos>. Acesso em: nov. 2018.
ALEXANDRE BECK
TEXTO III
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TEXTO IV DIREITOS HUMANOS NÃO TÊM COR POLÍTICA, DIZ DIRETOR DO UNIC RIO EM PALESTRA “Todos defendemos o direito à liberdade de expressão, o direito de participação política, o direito de não ser morto por isso. Sem esses direitos, um país já não seria democrático. A democracia é um direito. Sem o direito de liberdade de expres‑ são, ninguém estaria gozando dos seus direitos humanos plenamente”, declarou [Maurizio] Giuliano [diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)] na ocasião. […] Para ele, tanto no Brasil como no mundo há uma clara distorção na percepção da população sobre o que são os direitos humanos, seus objetivos e suas funções. “Eles não são de esquerda, não são de direita, não são do norte, do sul, do ocidente ou oriente. Os direitos humanos são nossa casa e possuem valor próprio. São as linhas que guiam regras básicas para garantir a decência da vida humana. São direitos que todos nós, vocês como eu, beneficiamos”, disse. Direitos humanos não têm cor política, diz diretor do UNIC Rio em palestra. Nações Unidas do Brasil, 5 out. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/direitos-humanos-nao-tem-cor-politica-diz-diretor-do-unic-rio-em-palestra/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A luta pela defesa dos direitos humanos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
A correção da redação deve considerar os seguintes critérios: CRITÉRIO/COMPETÊNCIA
OBSERVAR
1) Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
Utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, evitando erros de ortografia e de pontuação.
2) Compreender a proposta de redação O aluno deve abordar o tema levando em consideração a importância dos direitos humanos para a construção e e aplicar conceitos das várias áreas de manutenção de uma sociedade digna. conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativoargumentativo em prosa. 3) Selecionar, relacionar, organizar e Argumentar e defender um ponto de vista de forma coesa e coerente, utilizando-se do seu conhecimento prévio sobre o interpretar informações, fatos, opiniões assunto. Trechos que sejam cópias dos textos motivadores serão desconsiderados na correção. e argumentos em defesa de um ponto de vista. 4) Demonstrar conhecimento dos mecanismos Apresentar bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando ambiguidades e redundâncias. linguísticos necessários para a construção da argumentação. 5) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Elaborar uma proposta de intervenção que esteja de acordo com o ponto de vista defendido no decorrer do texto, sem desrespeitar os direitos humanos.
Comentário: A redação deve discutir o tema “A luta pela defesa dos direitos humanos no Brasil”, assunto pertinente para a manutenção de uma sociedade democrática e digna, ainda mais após os assassinatos de líderes sociais e defensores dos direitos humanos, como o caso de Marielle Franco. Os textos de apoio demonstram a importância dos direitos humanos e afirmam que não se referem a determinadas classes sociais ou etnias, mas que devem proteger todos os cidadãos. É possível desenvolver propostas de intervenção que proponham medidas para que os direitos humanos sejam aplicados de maneira eficaz. Além disso, é importante que a sociedade tenha consciência de seu significado e não o associe a meras questões partidárias. É importante apresentar aspectos de repertório próprio e desenvolver um texto autoral. Os textos de apoio servem de base, mas não devem ser limitantes. Textos que apresentem tais características e propostas de intervenções bem desenvolvidas devem ser valorizados. Aqueles que apenas reproduzirem as informações contidas na proposta devem receber desconto nas notas atribuídas.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 24
Questões de 23 a 44
tas, quaisquer ideias na mente a respeito das quais a mente
QUESTÃO 23
qual devem ser trazidas à observação pela recordação, isto
SÓLON PROMULGOU LEIS QUE BENEFICIARAM SOBRETUDO AS CAMADAS MAIS POBRES Fiz retornar para Atenas, a pátria fundada pelos deuses, aqueles que foram vendidos; uns injustamente, outros com justiça; alguns exilados por causa de seus débitos e que já não falavam mais a língua ática. Outros homens, submissos a uma servidão indigna e que tremiam diante de seus senho‑ res, eu os tornei livres. Eis o que eu fiz, pela soberania da lei, agindo de acordo com a força e a justiça, cumprindo até o fim as minhas promessas. DEFRADAS, J. Les Élégiaques Grecs. Paris, 1962. p. 62-64. In: ARRUDA, José Jobson de A. História antiga e medieval. 2. ed. São Paulo: Ática, 1977. p. 151.
[…] Cabe-me acrescentar: se houver quaisquer ideias ina‑ não pensa atualmente, devem estar situadas na memória, da é, devem ser reconhecidas, quando são recordadas, como tendo antes sido percepções na mente, […] e desde que recordar é perceber alguma coisa na memória, ou ter a cons‑ ciência de que isto era antes conhecido ou percebido. Sem isto, seja qual for, a ideia que surge na mente é nova, e não recordada; esta consciência de ter estado na mente antes de ser é distinguida pela recordação de todas as outras maneiras de pensar. Seja qual for a ideia que nunca foi percebida pela mente, nunca esteve na mente. […] LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 52-53.
As reformas políticas, econômicas e sociais de Sólon confi‑ guraram importantes vitórias para as camadas mais baixas da população ateniense. Uma das mais importantes de suas reformas foi a
No trecho acima, o filósofo inglês John Locke (1632-1704) expõe princípios fundamentais de sua teoria do conheci‑ mento, entre os quais, os de mente, percepção e memória. Para Locke, a relação entre uma representação mental e a percepção sensível estabelece-se por meio da memória, na medida em que essa
A imposição da pena de morte, ajudando, assim a controlar o poder dos patrícios pelo medo.
A conserva ideias inatas que precedem a experiência, sendo esta última compreendida como secundária.
B transformação das leis orais em leis escritas, auxiliando os camponeses a reivindicarem direitos.
B é responsável por trazer à luz ideias que só puderam ser impressas na mente a partir da experiência.
C reforma agrária, distribuindo as terras dos eupátridas para a população camponesa.
C contribui para o surgimento de ideias novas criadas a partir do próprio intelecto do sujeito pensante.
D abolição da servidão, gerando aos servos a ascensão social através do trabalho assalariado.
D organiza-se de maneira cartesiana no interior da mente do sujeito pensante, negando as ideias inatas.
E abolição da escravidão por dívidas, possibilitando aos hectemoros (pequenos camponeses) retornarem às suas terras.
E traz à tona dados da experiência sensível de forma ineficien‑ te, impedindo, assim, a formação das ideias.
QUESTÃO 23 Conteúdo: Grécia, Atenas C5 | H22 Dificuldade: Média Como dito no discurso de Sólon, uma de suas principais reformas foi abolir a escravidão por dívidas dos próprios atenienses, tendo como consequência o retorno dos hectemoros (pequenos camponeses) que haviam sido transformados em escravos para suas terras (“Fiz retornar para Atenas […] aqueles que foram vendidos”).
QUESTÃO 24 Conteúdo: Teoria do conhecimento, empirismo C1 | H1 Dificuldade: Média De acordo com o texto, a experiência sensível, ou seja, a percepção, precede toda e qualquer ideia que se faça presente na mente. Isto é, as ideias só surgem na mente porque já foram impressas anteriormente pela percepção sensível. Para o filósofo inglês, portanto, não existem, ao contrário do que afirmavam o filósofo francês René Descartes (1596-1650) e os racionalistas modernos, ideias inatas, isto é, ideias presentes na mente e anteriores a qualquer contato do ser humano com o mundo externo. Esse é um dos princípios fundamentais da teoria do conhecimento de Locke, por esse motivo, considerado um dos precursores do empirismo moderno.
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QUESTÃO 25
QUESTÃO 26
[…] Um negociante de Filadélfia manifestou […] seu es‑
O progresso econômico fez surgir uma nova classe social:
panto ao verificar que, no Brasil como na Argentina, para con‑
a dos homens novos ou cavaleiros. Os elementos dessa clas‑
quistar um freguês tinha necessidade de fazer dele um amigo.
se eram antigos plebeus que possuíam algum capital e o
Nosso velho catolicismo, tão característico, que permite
aplicaram em atividades rendosas, como: cobrança de im‑
tratar os santos com uma intimidade quase desrespeitosa e
postos na qualidade de publicanos; fornecimento de víveres
que deve parecer estranho às almas verdadeiramente religio‑
aos exércitos durante as campanhas militares; arrendamento
sas, provém ainda dos mesmos motivos. […]
da exploração de minas e florestas pertencentes ao poder
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O homem cordial. São Paulo: Penguin Classics/ Companhia das Letras, 2012. p. 55.
público; construção de pontes, estradas etc. Os lucros con‑ seguidos nessas atividades aumentaram ainda mais o capital
O fato citado no primeiro parágrafo do trecho acima faz re‑ ferência ao homem cordial, conceito cunhado por Sérgio Buarque de Holanda. O autor, no parágrafo seguinte, comenta a respeito, considerando-o um exemplo de como
dos homens novos, que passaram a aplicá-lo em empréstimos
A as relações no Brasil são estabelecidas, sobretudo, por uma ética emotiva.
As conquistas militares romanas do período republicano trou‑ xeram diversas alterações na paisagem social itálica. Dentre essas mudanças, estavam
B os brasileiros reproduzem atos de discriminação nas relações comerciais e religiosas. C o coronelismo apresenta elementos que favorecem esse tipo de prática. D o nepotismo possibilita a aproximação entre pessoas por interesses egoístas. E o patrimonialismo é uma prática constante em países sub‑ desenvolvidos como o Brasil.
QUESTÃO 25 Conteúdo: Sociedade brasileira C1 | H1 Dificuldade: Média Sérgio Buarque aponta a cordialidade como traço característico das relações sociais no Brasil, cultivada e mantida pela cultura da grande família patriarcal que predominou, inicialmente, no meio rural e, depois, expandiu-se para as relações do espaço urbano.
a juros e na atividade bancária. ARRUDA, José Jobson de A. História antiga e medieval. 2. ed. São Paulo: Ática, 1977. p. 229.
A o aumento de poder de toda a classe plebeia, pois eram a principal mão de obra utilizada neste período. B a queda da elite patrícia, que teve de disputar poder com as altas camadas locais das novas províncias. C o retorno ao sistema político da Monarquia, devido às diver‑ sas disputas de poder internas da República. D o surgimento de um novo grupo dentro da classe plebeia, a partir dos ganhos obtidos nas conquistas. E o aparecimento do sistema político da democracia, sobretudo após as pressões feitas pela classe plebeia.
QUESTÃO 26 Conteúdo: Roma, República Romana C3 | H11 Dificuldade: Fácil Como indicado no texto, no período da expansão romana, surge uma classe de plebeus chamada de “homens novos” que se utiliza de seu capital para investir em atividades públicas e ligadas à guerra, o que lhes gerou ainda mais capital e, portanto, um enriquecimento crescente.
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QUESTÃO 27 O México ofereceu vistos temporários de trabalho para migrantes da caravana com milhares de pessoas que está passando por seu território em direção aos EUA. […] A maioria dos migrantes diz que não tem intenção de abandonar seus planos de ir para os Estados Unidos. “A maioria pretende cruzar a fronteira. É minha intenção também”, diz o hondurenho J. S. à BBC. “Porque, embora a vida aqui seja mais calma do que em casa, ainda não é como nos EUA, onde ficaria melhor. Esse é o objetivo: ter uma vida melhor.” […] Um porta-voz das Nações Unidas disse que mais de 7 mil pessoas formavam a caravana em 22 de outubro, citando estimativas da Organização Internação para Migração. […] A marcha partiu de San Pedro Sula, em Honduras, no dia 13 de outubro, formada inicialmente por cerca de mil hondure‑ nhos, que fogem do desemprego e da violência – a cidade é conhecida pelos altos índices de criminalidade. A notícia rapidamente se espalhou pela imprensa e pelas redes sociais, fazendo com que mais hondurenhos e pessoas de outros países da América Central se juntassem à marcha ao cruzar a Guatemala em direção à fronteira com o México. A região tem uma das maiores taxas de homicídio do mundo, segundo dados da ONU, e Honduras lidera o ranking glo‑ bal, com 55,5 mortes para cada 100 mil habitantes em 2016 – o Brasil ocupa a sétima posição, com 31,3 para cada 100 mil. Cerca de 10% da população da Guatemala, El Salvador e Honduras já deixou seus países para fugir da criminalidade, o recrutamento forçado por gangues e as poucas oportunidades de trabalho. Caravana de migrantes: México faz oferta para migrantes que se dirigem aos EUA. BBC, 27 out. 2018. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/internacional-46005983>. Acesso em: 16 nov. 2018.
O mundo tem assistido a um fluxo constante de movimentos migratórios, em especial, nesta segunda década do século XXI. As pessoas costumam buscar outros lugares para viver em função de desastres ambientais, guerras ou perseguições de natureza étnica, política, religiosa etc. O motivo que leva a caravana dos povos centro-americanos aos Estados Unidos, no entanto, é de natureza A cultural, pois esse grupo inclui inúmeras pessoas interessadas nas artes estadunidenses. B ideológica, visto que os Estados Unidos são a terra dos seres humanos livres e corajosos. C social, pois seus países oferecem poucas oportunidades de progresso e desenvolvimento. D política, já que sofrem perseguição dos governos da Guatemala, El Salvador e Honduras. E comercial, pois querem estabelecer lojas e pequenas empresas em solo estadunidense.
QUESTÃO 27 Conteúdo: Movimentos migratórios, crise humanitária C3 | H11 Dificuldade: Fácil Os integrantes da caravana nascida em Honduras, e que agregou habitantes de outros países centro-americanos como Guatemala e El Salvador, buscam imigrar para os Estados Unidos em virtude da baixa perspectiva de desenvolvimento humano e social de seus respectivos países. Nos locais onde moravam antes de partir em marcha para o norte do continente americano, os índices de criminalidade e pobreza são tão elevados que muitos deles se sentem inseguros ou descrentes de poder desenvolver uma vida digna e justa.
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QUESTÃO 28 Foram anunciados […] os vencedores do Prêmio Nobel da Paz […]. O anúncio surpreendeu as casas de apostas, que davam favoritismo aos líderes da Coreia do Sul e do Norte pelos encontros recentes que esfriaram o clima na península coreana. A academia apontou dois vencedores unidos na luta con‑ tra a violência a mulheres. Venceram o médico congolês Denis Mukwege e a ativista iraquiana Nadia Murad. Mukwege se destacou na ajuda a mulheres vítimas de violência sexual no Congo. Murad foi sequestrada pelo estado islâmico em 2014 e depois se tornou ativista pelos direitos das mulheres sobretudo no Oriente Médio. O Nobel deste ano já havia nomeado duas mulheres […]. Agora, na Paz, a academia norueguesa reforça o peso femini‑ no nesta edição dos prêmios não só com uma premiada como com uma temática em defesa das mulheres do mundo todo.
QUESTÃO 29 ELEITORES TRANSGÊNEROS E TRAVESTIS PODERÃO USAR NOME SOCIAL, DECIDE TSE “Não pode violar o direito à intimidade das pessoas por um risco de que se cometa fraude”, afirmou o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques. FERNANDES, Marcella. Eleitores transgêneros e travestis poderão usar nome social, decide TSE. Huffpost Brasil, 2 abr. 2018. Disponível em:<www.huffpostbrasil. com/2018/04/02/eleitores-transgeneros-e-travestis-poderao-usar-nome-socialdecide-tse_a_23401065/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
O título e subtítulo da reportagem acima demonstram que a decisão do TSE favorece A a discriminação da população LGBT. B a garantia da Constituição Federal. C o direito de herança. D a atualização da Constituição Federal. E a violência da população LGBT.
Nobel da Paz comprova: este é o ano das mulheres. Exame, 5 out. 2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/nobel-da-paz-comprova-este-e-o-anodas-mulheres/>. Acesso em: 16 nov. 2018.
Concedido desde 1901, o Prêmio Nobel da Paz é uma das distinções mais importantes do mundo no terreno dos direitos humanos. Foi criado pelo inventor sueco Alfred Nobel (18331896), no século XIX. Em 2018, o Nobel da Paz foi concedido a um médico e uma ativista “por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra e de conflitos armados”, segundo comunicado da Fundação Nobel. O trecho da reportagem revela que o Prêmio Nobel da Paz em 2018 valorizou
QUESTÃO 29 Conteúdo: Gênero, sexualidade C5 | H22 Dificuldade: Média Essa resolução de lei confere aos transgêneros e travestis um direito que já está previsto na Constiuição Federal, de todos poderem votar nas eleições municipais, estaduais e federais, visto que o nome social não interfere no direito e obrigatoriedade do voto.
A a ação de representantes de Estado, sobretudo em defesa de minorias étnicas ao redor do mundo. B as ações da sociedade civil em diferentes continentes em relação às questões do universo feminino. C as ações de médicos, químicos e físicos na defesa dos di‑ reitos femininos no planeta como um todo. D tanto as ações de representantes de Estado quanto da so‑ ciedade civil em defesa dos direitos humanos. E as ações da sociedade civil nas mais diversas categorias científicas, incluindo a Química e a Física.
QUESTÃO 28 Conteúdo: Combate à violência contra mulheres C5 | H23 Dificuldade: Média O Prêmio Nobel da Paz, em 2018, valorizou as ações relacionadas à defesa das mulheres, em especial, das vítimas de violência sexual em contexto de guerras e conflitos armados. A reportagem chama a atenção para o fato de outras mulheres terem sido premiadas em 2018 nas categorias científicas (Prêmios Nobel de Química e Física), indicando a importante participação feminina nesse ano.
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QUESTÃO 30 Não houve tempo nenhum em que não fizésseis alguma coisa, pois fazíeis o próprio tempo.
QUESTÃO 31 […] antes da intrusão ocidental, desenvolveu-se [na Chi‑ na] uma forte tradição cartográfica e de descrição geográfica.
Nenhuns tempos Vos são coeternos, porque Vós perma‑
Produziram-se grandes atlas e mapas provinciais mais espe‑
neceis imutável, e se os tempos assim permanecessem, já
cíficos. Nos mapas chineses, o posicionamento dos pontos
não seriam tempos. Que é, pois, o tempo? Quem poderá
não era feito através da observação astronômica, mas sim
explicá-lo clara e brevemente? Quem o poderá apreender,
pela medição das distâncias de ponto a ponto. […] Apesar
mesmo só com o pensamento, para depois nos traduzir por
de haver uma tradição na China, à semelhança da Europa, de
palavras o seu conceito? E que assunto mais familiar e ba‑
cosmografia religiosa, a maior parte da cartografia chinesa foi
tido nas nossas conversas do que o tempo? Quando dele
criada com fins administrativos. Por exemplo, foram desco‑
falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos
bertos recentemente mapas que datam de aproximadamente
também o que nos dizem quando dele nos falam. O que é,
150 a.C., cuja função parece ter sido militar e burocrática. […]
por conseguinte, o tempo? Se ninguém mo perguntar, eu
FOSS, Theodore N. Uma interpretação ocidental da China – cartografia jesuíta. Do original: East Meets West: the Jesuits in China, 1582-1773. Editado por Charles E. Ronan, S. J. e Bonnie B. C. Oh. Chicago: Loyola University, 1988. p. 129-152. Disponível em: <www.icm.gov.mo/rc/viewer/30021/1752>. Acesso em: 19 nov. 2018.
sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei. Porém, atrevo-me a declarar, sem receio de contes‑ tação que, se nada sobreviesse, não haveria tempo futuro, e se agora nada houvesse, não existiria o tempo presente. De que modo existem aqueles dois tempos – o passa‑ do e o futuro –, se o passado já não existe e o futuro ainda não veio? Quanto ao presente, se fosse sempre presente,
O texto apresenta uma relação entre a cartografia chinesa e a ocidental, apesar de haver semelhanças e diferenças entre ambas, os mapas representam, de modo geral, A reprodução exata de uma dada espacialidade. B territórios e territorialidades de forma acrítica.
e não passasse para o pretérito, já não seria tempo, mas
C regiões uniformes e fisicamente delimitadas.
eternidade. Mas se o presente, para ser tempo, tem neces‑
D interpretações sobre uma dada espacialidade.
sariamente de passar para o pretérito, como podemos afirmar
E regiões e territórios socialmente estabelecidos.
que ele existe, se a causa da sua existência é a mesma pela qual deixará de existir? Para que digamos que o tempo ver‑ dadeiramente existe, porque tende a não ser? AGOSTINHO, Santo. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 322.
Santo Agostinho (354-430) foi um filósofo medieval conheci‑ do por assumir uma filosofia de caráter platônico, isto é, de postura idealista. A preocupação metafísica apresentada por Agostinho no trecho acima fundamenta-se na A facilidade com que a pergunta feita inicialmente sobre o tempo pode ser respondida com base no aparato técnico atual. B diferença com que o tempo é medido em sociedades anti‑ gas e atuais e como essa diferença altera o significado do conceito. C natureza estática do tempo que, sendo ao mesmo tem‑ po passado, presente e futuro, é alçado ao patamar da eternidade.
QUESTÃO 30 Conteúdo: Filosofia medieval, metafísica, tempo C1 | H1 Dificuldade: Difícil O que faz o tempo existir é justamente a passagem de sua existência (presente) para a inexistência (passado e futuro). Essa problemática aparentemente sem solução configura a própria essência do tempo. Ou seja, o passado é a memória do presente (a passagem do tempo passado para o tempo presente) e o futuro é a esperança da passagem do presente para o futuro. Para Agostinho, portanto, o tempo é “uma certa distensão”, distinguindo, assim, o tempo astronômico (medido pela Fisica) do tempo metafísico (pensado como essência fundamental) e do tempo psicológico (pensado como a sensação que se tem de sua passagem). QUESTÃO 31 Conteúdo: Cartografia C3 | H11 Dificuldade:Difícil Um mapa é uma representação de espaços e fenômenos e possui, invariavelmente, um ou diversos autores. O autor do mapa, por sua vez, é um indivíduo portador de visões de mundo e valores, os quais condicionam a forma como ele vê os espaços e fenômenos que representa. Desse modo, um mapa nunca é neutro ou acrítico, pelo contrário, é sempre uma interpretação da realidade.
D impossibilidade de atestar a existência do tempo, dado que este não é permanente e dele não resta senão a dúvida. E maneira com que a passagem do tempo da existência para a não existência configura a própria essência do tempo.
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QUESTÃO 32
QUESTÃO 33
A teoria da Terra plana, que vem sendo fortemente propa‑
Vê-se que o essencial gira em torno do feudo. A palavra
gada nas redes sociais nos últimos meses, não é novidade.
apareceu no oeste da Alemanha no início do século 11 e
Por volta do século 16 a.C., os egípcios e mesopotâmios já
sob sua acepção técnica difundiu-se ao fim daquele mesmo
falam na possibilidade de uma Terra plana, acreditando ser
século, sem ser empregada em todo lugar ou em todo tem‑
um disco flutuando no oceano. Na época, é claro, a ciência
po com este sentido preciso. É mais um termo dos juristas
não era avançada.
e historiadores modernos do que um vocábulo da época. O
Mas, mesmo com todas descobertas científicas nos últi‑
importante é que o feudo quase sempre era uma terra. Esse
mos anos, os adeptos da teoria (terraplanistas) seguem firmes
fato faz o feudalismo assentar sobre sua base rural e torna
na convicção de que a Terra não é esférica. […]
manifesto que se trata, em primeiro lugar, de um sistema de
Entenda, de uma vez por todas, por que a Terra NÃO é plana. Medium, 7 jan. 2018. Disponível em: <https://medium.com/futuro-exponencial/entenda-de-uma-vez-por-todaspor-que-a-terra-n%C3%A3o-%C3%A9-plana-b8950a4d81a3>. Acesso em: 7 nov. 2018.
posse e exploração da terra. LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Tradução de José Rivair de Macedo. Bauru, SP: Edusc, 2005. p. 84-85. (Coleção História).
Os gregos antigos perceberam a esfericidade da Terra há mais de 2 mil anos. A esfericidade do planeta, para os gregos, esteve baseada na constatação de que a
O feudalismo foi o sistema político, social e econômico que vigorou na Europa Ocidental e tinha como base o feudo. O surgimento do feudalismo na Europa relacionou-se
A estrutura de um barco que avança em sentido ao horizonte desaparecia abruptamente.
A às lutas religiosas no fim do Império Romano, levando a expansão cristã através das Cruzadas.
B posição dos astros celestes permanecia invariável ao se deslocar no sentido norte-sul.
B às crises do século III e IV no Império Romano, responsáveis pelo êxodo urbano da população.
C estrutura de um barco que se locomovia rumo ao horizonte desaparecia gradualmente.
C ao crescimento do escravismo antigo, que gerou mão de obra abundante para os feudos.
D sombra da Terra projetada nos astros celestes mostrava-se achatada nas extremidades.
D ao aumento do controle real sobre a sociedade, centralizando e unificando o poder político.
E curvatura da Terra ficava visível quando se olhava para o horizonte a distâncias médias.
E ao crescimento do comércio, possibilitado pelas invasões normandas, muçulmanas e húngaras.
QUESTÃO 32 Conteúdo: Cartografia C1 | H2 Dificuldade: Fácil Os estudos e as constatações feitos pelos gregos baseavam-se na observação do deslocamento de barcos rumo ao horizonte, os quais “desapareciam” progressivamente, primeiro o casco e, em seguida, as velas. Os gregos também embasavam-se nas mudanças no posicionamento dos astros celestes à medida que se deslocavam no sentido norte-sul e na observação dos eclipses lunares, momento em que a sombra esférica da Terra projetava-se na superfície lunar.
QUESTÃO 33 Conteúdo: Idade Média, feudalismo C4 | H18 Dificuldade: Difícil As crises dos séculos III e IV no Império Romano (envolvendo tanto crise do escravismo quanto invasões e lutas políticas) levaram a um clima de insegurança nas cidades latinas, o que gerou um intenso êxodo urbano para as grandes propriedades rurais, locais onde um proprietário oferecia proteção à população, tornando o feudalismo um sistema tipicamente rural, como apontado no texto.
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QUESTÃO 34
QUESTÃO 35
As novas concepções sobre a forma da Terra, por oposi‑
Neste momento, Tupac Inca está sentado em seu trono de
ção às concepções dominantes na Idade Média, que a ima‑
ouro; o monarca está usando sua insígnia real, a trança
ginavam com o formato de um disco, levaram à conclusão de
de lã que cinge sua testa como uma coroa; vestiu, por cima
que seria possível atingir qualquer continente pela navegação
do vestido de lã de alpaca, uma capa de pelo de morcego.
marítima em linha reta. Isso porque, sendo a Terra esférica,
O Filho do Sol refulge com o brilho de suas joias, e os lóbulos
partindo-se de um ponto qualquer e navegando-se sempre
de suas orelhas, que descem até os ombros, conferem à sua
na mesma direção, dever-se-ia necessariamente voltar ao
figura um ar majestático. À sua volta dispuseram as estátuas
ponto de partida. Não bastavam, porém, novas ideias. Eram
do Sol, do Raio e do Relâmpago, assim como as múmias
necessárias condições técnicas – o desenvolvimento da
ancestrais, enfeitadas com suntuosas vestes, e com todos
arte da construção naval e da própria navegação. Os pro‑
aqueles que zelavam por elas. Tanta Carua está estarrecida
gressos da cartografia – os portulanos –, o uso da bússola
com essa pompa. Ela assiste às libações do Inca, que ofere‑
e do astrolábio e, sobretudo, a invenção da caravela deram
ce a seu pai, o Sol, uma cerveja de milho feita para este fim
a segurança mínima necessária para enfrentar as enormes
pela coya, sua esposa principal – e irmã –, e pelas pallas,
dificuldades que representava a vastidão do mar-oceano.
suas outras mulheres, que trazem jarros de ouro contendo a
ARRUDA, José Jobson de A. História moderna e contemporânea. São Paulo: Ática, 1993. p. 23.
De acordo com o texto, a Expansão Marítima Europeia, ocor‑ rida nos séculos XV e XVI, foi resultado A do aparecimento de concepções religiosas mais radicais, advindas do movimento das Cruzadas. B do medo geral do oceano Atlântico, proporcionando desta‑ que aos grandes navegadores. C do surgimento de novas mentalidades, possibilitadas pelos avanços técnico-científicos do Renascimento. D da centralização de recursos na nobreza, que os utilizou para financiar as expedições marítimas. E da submissão do clero ao Rei, que passou a utilizar as ri‑ quezas eclesiásticas para o comércio ultramarino.
QUESTÃO 34 Conteúdo: Grandes Navegações, Expansão Marítima Europeia C4 | H19 Dificuldade: Média A invenção de instrumentos que possibilitaram a navegação em longas distâncias foi essencial para as novas expedições marítimas. Essas inovações tecnológicas, por sua vez, geraram descobertas sobre a Terra e seus limites, alterando completamente a mentalidade do período.
preciosa bebida. Ela vê também o grande sacerdote degolar uma lhama de pelo imaculado como sua própria pele e regar com o sangue que jorra a farinha branca do milho, preparada para a cerimônia. Ele faz com isso uma massa que dá para o Inca e seus próximos comerem. BERNAND, Carmen; GRUZINKSKI, Serge. História do Novo Mundo: da descoberta à conquista, uma experiência europeia, 1492-1550. Tradução de Cristina Muracheo. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2001. p. 39.
Nas relações entre os povos europeus e indígenas, prevale‑ ceu o etnocentrismo europeu e a consequente desvalorização dos elementos nativos, vistos muitas vezes como bárbaros e grotescos. Contudo, com base no texto, percebe-se na his‑ tória indígena da América A a fragilidade dos costumes e construções indígenas, visto que a maioria de suas manifestações culturais não sobrevi‑ veu até os dias de hoje. B a complexidade das populações nativas, que possuíam uma pluralidade de manifestações culturais tão importantes quan‑ to às europeias. C a completa destruição da cultura indígena ao longo da con‑ quista da América, percebida através da ausência de ele‑ mentos nativos no cotidiano. D a inferioridade cultural vivida pelos povos pré-colombianos, demonstrada pela ausência de agricultura, alfabeto e sistema monetário até a chegada dos europeus. E a unidade cultural entre as diversas etnias americanas, que pode ser percebida através de elementos comuns tanto à cultura inca quanto à dos maias.
QUESTÃO 35 Conteúdo: História indígena, História pré-colombiana C1 | H1 Dificuldade: Difícil O texto relata uma cerimônia inca da Festa do Sol, repleta de ritos e elementos complexos, demonstrando a grande organização do povo inca em prol da celebração do deus Sol. Esses elementos permitem enxergar a pluralidade das manifestações culturais indígenas americanas.
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QUESTÃO 36 PLANISFÉRIO: PROJEÇÃO DE PETERS
4 665 ALLMAPS
0
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 5. ed. Rio de Janeiro, 2009. p. 24.
PLANISFÉRIO: PROJEÇÃO DE MERCATOR
4 665
ALLMAPS
0
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 5. ed. Rio de Janeiro, 2009. p. 24.
Os planisférios acima foram construídos utilizando-se diferentes projeções cartográficas. Diante das características de cada projeção, a mais indicada para retratar fenômenos que necessitem de uma representação das dimensões territoriais pouco distorcida é a de A Peters, por manter relação de proporcionalidade entre áreas continentais e oceânicas. B Mercator, por causa de sua propriedade de distorcer controladamente os territórios. C Mercator, por ser fiel às posições dos contornos das áreas continentais e oceânicas. D Peters, por distorcer as propriedades cartográficas de forma controlada e reduzida. E Mercator, por distorcer pouco as áreas de baixa latitude em relação às áreas polares.
QUESTÃO 36 Conteúdo: Projeções cartográficas C2 | H6 Dificuldade: Difícil A projeção de Peters mantém certa fidelidade às dimensões territoriais, portanto, é a mais indicada para representar fenômenos e eventos que necessitem de uma menor distorção das dimensões das áreas.
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GRAVURA ANÔNIMA
QUESTÃO 37
Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil, em gravura do século XIX.
O Governo-Geral de Tomé de Sousa foi uma tentativa da Coroa Portuguesa de estabelecer seu controle sobre as possessões americanas. Um dos elementos da imagem que corrobora com essa informação é A o destaque dado às roupas de Tomé de Sousa, assinalando a superioridade do português frente ao indígena. B a presença de vários soldados atrás do governador-geral, simbolizando o potencial militar da Coroa Portuguesa. C o papel secundário exercido pelo Padre, que demonstrava o controle estabelecido pelo rei sobre a Igreja. D a posição inferior do indígena na composição, sinalizando submissão e hierarquia frente ao representante da Coroa. E a valorização de aspectos americanos, como as árvores e os nativos, demonstrando o interesse real por suas possessões.
QUESTÃO 37 Conteúdo: Brasil colonial, Governo Geral C1 | H2 Dificuldade: Difícil Como centro da imagem, destaca-se o governador-geral Tomé de Sousa, símbolo da Coroa Portuguesa, tendo atrás de si um padre, demonstrando a união entre Coroa e Igreja. União que se estabeleceu justamente com o objetivo de dominar as populações indígenas da América. A submissão pode ser vista na imagem através do gestuário presente no indígena, que está curvado de forma submissa frente a Tomé de Sousa.
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QUESTÃO 38
QUESTÃO 39
CEARÁ PODE TER ANO DE SECA EM 2019, SEGUNDO
BACIA AMAZÔNICA
CLIMATEMPO
Considerada a rede hidrográfica mais extensa do mundo,
O Ceará em particular – e a Região Nordeste, de um modo
a Bacia Amazônica ocupa uma área total de 7 008 370 km².
geral – podem ter chuvas abaixo da média histórica em 2019.
Esta área vai desde as nascentes, nos Andes Peruanos, até
Isso porque a possibilidade da ocorrência de um El Niño no
sua foz (local onde o rio deságua) no Oceano Atlântico –
fim de 2018 e início de 2019 chega a 70%, segundo o Centro
64,88% (ou 3 843 402 km2) desse total ficam em território bra‑
de Previsão Climática do NOAA (Administração Oceânica e
sileiro e o restante está dividido entre a Colômbia (16,14%),
Atmosférica Nacional), dos Estados Unidos.
Bolívia (15,61%), Equador (2,31%), Guiana (1,35%), Peru
Ceará pode ter ano de seca em 2019, segundo Climatempo. G1, 18 set. 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2018/09/18/ceara-pode-ter-ano-de-seca-em2019-segundo-climatempo.ghtml>. Acesso em: 19 nov. 2018.
O fenômeno conhecido como El Niño, relacionado a um pos‑ sível período de seca no Nordeste em 2019, decorre do A resfriamento das águas do litoral sul-americano, alterando dinâmicas atmosféricas em toda a Terra. B aquecimento das águas do litoral norte-americano, alterando a circulação da corrente de Humboldt. C resfriamento das águas do Pacífico-setentrional, alterando a rota regional das correntes marítimas frias. D aumento no fluxo dos ventos alísios, modificando as dinâmi‑ cas de correntes marítimas no equador. E aquecimento das águas do Pacífico Sul, na América, influen‑ ciando dinâmicas oceânicas e continentais.
(0,60%) e Venezuela (0,11%). Rios e bacias do Brasil formam uma das maiores redes fluviais do mundo. Governo do Brasil, 31 out. 2009. Disponível em: <www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/ 2009/10/rios-e-bacias-do-brasil-formam-uma-das-maiores-redes-fluviais-do-mundo>. Acesso em: 19 nov. 2018.
O Brasil possui uma das mais extensas redes hidrográficas do mundo, da qual a Bacia Amazônia é um exemplo notável. Essa rede evidencia a A pujança hídrica brasileira e a garantia do abastecimento para a população. B capacidade instalada no território brasileiro para gerar ener‑ gia hidrelétrica. C complexidade internacional para a gestão dos recursos hí‑ dricos no território. D integração comercial entre Brasil e países sul-americanos por meio fluvial. E limitação do poder de ação sobre a bacia, diante de países como Guiana.
QUESTÃO 38 Conteúdo: Dinâmicas atmosféricas C6 | H27 Dificuldade: Difícil O fenômeno El Niño ainda possui causas misteriosas, mas suas consequências são bem conhecidas. O aquecimento anômalo das águas superficiais da costa oeste da América do Sul altera a dinâmica marítima e atmosférica em diversas regiões do globo, inclusive no Brasil.
QUESTÃO 39 Conteúdo: Bacias hidrográficas C6 | H27 Dificuldade: Média A extensão da Bacia Amazônia sobre outros países da América do Sul evidencia a complexidade de gestão dos recursos hídricos, uma vez que há outros governos nacionais e interesses envolvidos. Caso semelhante ocorre no Centro-Sul com a Bacia do Paraguai.
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QUESTÃO 40 AS REGIÕES MAIS AMEAÇADAS POR CONFLITOS DE ÁGUA NO MUNDO
QUESTÃO 41 A escravidão foi uma instituição nacional. Penetrou toda a sociedade, condicionando seu modo de agir e de pensar. O
Para identificar áreas ao redor do mundo mais ameaçadas
desejo de ser dono de escravos, o esforço por obtê-los ia da
por conflitos “hidro-políticos”, o Programa de Avaliação das
classe dominante ao modesto artesão branco das cidades.
Águas Transfronteiriças da ONU realizou um abrangente
Houve senhores de engenho e proprietários de minas com
estudo das bacias hidrográficas levando em conta fatores
centenas de escravos, pequenos lavradores com dois ou três,
sociais, econômicos, políticos e ambientais. Os resultados
lares domésticos, nas cidades, com apenas um escravo. O
do estudo acabam de ser publicados na revista Global
preconceito contra o negro ultrapassou o fim da escravidão e
Environment Change.
chegou modificado a nossos dias. Até pelo menos a introdu‑
A análise sugere que os riscos de conflito devem aumen‑ tar nos próximos 15 a 30 anos em quatro regiões principais: Oriente Médio, Ásia Central, a bacia Ganges-Brahmaputra‑ -Meghna e as bacias Orange e Limpopo no sul da África.
ção em massa de trabalhadores europeus no Centro-Sul do Brasil, o trabalho manual foi socialmente desprezado como “coisa de negro”. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 ed. atual. e ampl., 2. reimpr. São Paulo: Edusp, 2015. p. 62. (Didática; 1).
BARBOSA, Vanessa. As regiões mais ameaçadas por conflitos de água no mundo. Exame, 20 jul. 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/as-regioes-maisameacadas-por-conflitos-de-agua-no-mundo/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
O sistema socioeconômico definido no texto marcou as re‑ lações econômicas do Brasil colonial e teve consequências
Segundo o excerto acima, os conflitos envolvendo recursos hídricos estarão concentrados em quatro regiões principais, as quais convivem, atualmente, com a
A sociais, pois impediu que durante a história brasileira hou‑ vesse aproximações entre as culturas africanas e europeias.
A ocorrência de conflitos de diferentes ordens e a escassez hídrica. B abundância hídrica, cuja posse das reservas é dos paramilitares. C pacificação recente das zonas de conflitos e a escassez hídrica. D dominação estrangeira de seus territórios e a abundância hídrica. E subjugação geopolítica a grupos terroristas e a escassez hídrica.
QUESTÃO 40 Conteúdo: Conflitos por água no mundo C3 | H15 Dificuldade: Difícil As regiões mencionadas são atingidas por conflitos sociais, econômicos, políticos, ambientais, étnicos, entre outros. Além disso, são regiões marcadas por escassez hídrica, a exemplo do Oriente Médio, onde a água é um dos recursos mais escassos e disputados.
B políticas, pois para ser considerado um “homem bom” e participar da política colonial era necessário possuir escravos. C sociais, pois até os dias de hoje os mais variados tipos de trabalhos manuais permanecem desprezados pela sociedade. D políticas, pois durante o período colonial só eram concedidas sesmarias e capitanias para quem detivesse escravos. E sociais, pois o trabalho passa a ser entendido como algo ligado à população escravizada negra e, portanto, inferior.
QUESTÃO 41 Conteúdo: Escravidão, Brasil colonial C3 | H11 Dificuldade: Fácil Ao longo do Brasil colonial, desenvolveu-se uma mentalidade que ligava o trabalho manual à população escravizada africana. Dessa forma, todos os setores, ricos ou mais modestos, buscavam ter escravos para assumir os trabalhos.
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QUESTÃO 42 CLIMOGRAMA – CAMPO GRANDE (MS) Temp. Máx.
Temp. Mín.
35 °C
250 mm
30 °C
200 mm
25 °C
150 mm
20 °C
100 mm
15 °C
50 mm
Precipitação
Temp. Mín./Máx.
Precipitação
0 mm
10 °C Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
Fonte: Climatempo. Climatologia. Disponível em: <www.climatempo.com.br/climatologia/212/campogrande-ms>. Acesso em: 20 dez. 2018.
Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, localizada no Centro-Oeste, apresenta características de temperatura e precipitação do clima A equatorial, com amplitude térmica anual de 5 °C e a temperatura variando de 19 °C a 24 °C. B equatorial, com amplitude térmica anual elevada, cujas temperaturas ficam acima dos 20 °C. C tropical, com duas estações bastante marcadas, mas sem estação predominantemente seca. D tropical, com amplitude térmica visivelmente elevada e o período mais seco no inverno. E subtropical, com duas estações definidas e pluviosidade bem distribuída ao longo de um ano.
QUESTÃO 42 Conteúdo: Climas do Brasil C2 | H6 Dificuldade: Fácil Campo Grande está nos domínios do clima tropical, cujas características são duas estações bem demarcadas, uma quente e úmida, outra fria e seca, amplitude térmica elevada e pluviosidade concentrada no verão.
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QUESTÃO 43
QUESTÃO 44
[…] A sociedade das Minas era fortemente miscige
A evolução histórica do capitalismo nos últimos dois sé‑
nada, e o ambiente urbano permitia que públicos distintos
culos produziu uma recorrente assimetria na repartição do
se cruzassem por toda parte. Era comum ver proprietários
trabalho pelo mundo. Apesar de encontrar-se subordinada ao
e escravos trabalhando juntos ou apenas vivenciando a
desenvolvimento das atividades produtivas, a capacidade de
maior flexibilidade proporcionada pelo cotidiano da vida na
absorver uma maior ou menor quantidade de trabalhadores
cidade, onde poderia haver uma atuação mais autônoma
não depende exclusivamente do grau de expansão de cada
do escravo e a construção das condições que, quem sabe,
país, mas do padrão de desenvolvimento econômico nacional.
levassem à sua liberdade. A urbanização e o uso intenso do
Da mesma forma, a qualidade dos postos de trabalho
mecanismo da alforria – a liberdade concedida pelo senhor
existentes tende a estar associado tanto ao desenvolvimento
ao escravo –, sobretudo na modalidade de compra dessa
tecnológico e organização do trabalho quanto às condicio‑
liberdade pelo próprio cativo, seja dando o valor de uma
nalidades impostas pela regulação no mercado nacional de
só vez, seja mediante o pagamento em parcelas acordadas
trabalho. […]
entre as partes interessadas – a coartação –, marcaram a sociedade do ouro […]. SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 126.
A sociedade originada na região mineradora se distinguiu em vários níveis daquela da economia açucareira. Entre as diferenças, destacava-se A a configuração de uma sociedade mais urbanizada, misci‑ genada e com relações sociais mais flexíveis. B o surgimento de relações sociais mais estáticas, com rígida separação entre senhores e escravos. C o aparecimento de relações mais democráticas e horizontais dentro da sociedade mineradora. D o desaparecimento do trabalho escravo, pois a extração aurífera não exigia numerosa mão de obra. E a passagem da economia brasileira de tipicamente agrícola para mercantil, para abastecer as Minas.
QUESTÃO 43 Conteúdo: Sociedade do ouro C4 | H16 Dificuldade: Fácil A sociedade mineradora caracterizou-se pela miscigenação e urbanização muito mais elevada que a sociedade açucareira, visto que as áreas de extração de ouro não conseguiam produzir seus próprios bens de subsistência. Consequentemente, o escravo encontrava maiores chances de trabalhos autônomos que lhe rendessem chances de alforria e ascensão social para os libertos ou descendentes de escravos, por meio do comércio ou dos ofícios ligados às artes, como foi o caso, por exemplo, de Aleijadinho.
PONCHMANN, Marcio. Economia global e a nova Divisão Internacional do Trabalho. Facultad de Ciencias Sociales de la República. Disponível em: <http://decon.edu.uy/ network/panama/POCHMANN.PDF>. Acesso em: 19 nov. 2018.
Muitos são os fatores relacionados à capacidade produtiva e à qualidade da mão de obra em cada país, contudo, e em primeiro lugar, é preciso considerar a A posição do respectivo país no contexto da Divisão Interna‑ cional do Trabalho (DIT). B forma e estágio de desenvolvimento do capitalismo nos países economicamente ricos. C relação entre bens importados e bens exportados, assim como seu tipo e valor agregado. D regulamentação trabalhista e coesão dos mecanismos de luta, como as forças sindicais. E relação entre investimentos internos na economia e presença de capital privado externo.
QUESTÃO 44 Conteúdo: Economia C2 | H7 Dificuldade: Média A capacidade produtiva e a qualidade da mão de obra em cada país estão relacionadas à posição dos países na Divisão Internacional do Trabalho, a qual constitui a interdependência econômica entre as nações no contexto do sistema capitalista, que cria a relação entre países dominantes e dominados, ricos e pobres, exportadores e importadores, agrários e industriais etc.
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Simulado ENEM 2019
Prova 1
2Série a
2o Dia
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: As ondas do mar batem nas pedras.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 46 questões numeradas de 45 a 90, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 45 a 68, relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias; b) questões de número 69 a 90, relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
Instituição de ensino: Aluno:
9160604000008
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 46
Questões de 45 a 68
Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do sistema anti-
QUESTÃO 45
de fábrica, nacionais e importados.
RESOLUÇÃO NO 312, DE 03 DE ABRIL DE 2009 travamento das rodas − ABS nos veículos novos saídos […] Parágrafo único. A partir de 01 de janeiro de 2014, todos os veículos novos, saídos de fábrica, nacionais e importados,
GRITSALAK KARALAK/SHUTTERSTOCK.COM
somente serão registrados e licenciados se dispuserem de sistema de antitravamento de rodas − ABS. […] CONTRAN. Resolução no 312, de 3 de abril de 2009. Disponível em: <www.denatran.gov. br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_312_09.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
A imagem é uma referência a um processo que ocorre na membrana plasmática e que permite a entrada e saída de determinadas substâncias. Nessa ilustração, identifica-se A a presença de permeases, proteínas específicas para cada substância, que se ligam a elas de maneira reversível. B uma camada formada por lipídios, os quais apresentam afi‑ nidade com a água, facilitando o transporte de moléculas. C a ocorrência de transporte ativo, por meio do qual o soluto é transportado do meio hipertônico para o meio hipotônico. D a ocorrência de osmose, por meio do qual o soluto é trans‑ portado do meio hipotônico para o meio hipertônico. E o transporte de moléculas de alto peso molecular por meio dos canais iônicos contra o gradiente de concentração.
QUESTÃO 45 Conteúdo: Tipos de transporte de membrana celular C4 | H14 Dificuldade: Fácil O transporte representado é a difusão facilitada, que ocorre a favor de um gradiente de concentração, isto é, sem gasto de energia, utilizando-se da ajuda de algumas proteínas presentes na constituição da membrana para realizá-lo.
O uso de freios com assistência ABS possibilita maior segu‑ rança em frenagens emergenciais no trânsito, pois reduz a dis‑ tância percorrida pelo carro até parar. A tabela a seguir mostra uma relação entre os coeficientes de atrito entre a borracha do pneu e o asfalto em situação de pista seca e molhada. Coeficiente de atrito estático
Coeficiente de atrito cinético
Seco
0,9
0,8
Molhado
—
0,75
Materiais em contato
Condição
Borracha/ Asfalto Borracha/ Asfalto
Fonte: Propriedades tribológicas. CTB. Disponível em: <www.ctborracha.com/borrachasintese-historica/propriedades-das-borrachas-vulcanizadas/propriedades-tribologicas/>. Acesso em: 30 nov. 2018.
O motivo pelo qual os freios com ABS apresentam vantagens em relação a um sistema sem essa assistência se deve ao melhor aproveitamento do coeficiente de atrito A estático, que apresenta maior força de atrito na frenagem do veículo. B cinético, que apresenta menor força de atrito na frenagem do veículo. C cinético, que, ao travar as rodas, torna a força de atrito mais intensa. D estático, que, ao travar as rodas, torna a força de atrito mais intensa. E estático, que favorece a resistência do ar e contribui com a frenagem do veículo.
QUESTÃO 46 Conteúdo: Força de atrito C1 | H2 Dificuldade: Média Como a força de atrito é dada por F = mN, quanto maior o valor do coeficiente µ, mais intensa é a força de atrito, que é responsável pela frenagem. Como o coeficiente de atrito estático é maior, a força será maior, contribuindo, dessa maneira, com a frenagem.
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QUESTÃO 47
QUESTÃO 48
Os discos de vinil surgiram no final dos anos 1940, substituin‑ do os antigos discos de goma-laca de 78 rpm (rotações por minuto). Esses vinis eram encontrados em dois tamanhos: o long‑play (LP), com cerca de 20 minutos por lado e tocado a 33 rpm, e o extended‑play (EP), com cerca de 8 minutos por lado e tocado a 45 rpm. Embora esse tipo de gravação seja antigo, existem muitos fãs pelo mundo todo que apreciam a música tocada em um toca-discos. Esses aparelhos devem ser versáteis, pois é necessário tocar em três frequências diferentes, uma para cada tipo de disco, caso contrário o som sairia acelerado ou mais lento. B A C
Representação das engrenagens de um toca-discos.
Acima, tem-se uma representação de três engrenagens, aco‑ pladas por meio de uma polia, que servem para tocar cada tipo de disco, e a relação entre seus diâmetros é RA > Rc > RB. Para que o LP, o EP e os discos de goma-laca sejam toca‑ dos adequadamente, deve-se utilizar, respectivamente, as engrenagens
[...] Todos os meus pequenos modelos de balão são in‑ variavelmente cheios com hidrogênio. E no interior de balões assim cheios, muitas vezes me diverti fazendo explodir o gás, misturado com o oxigênio do ar. Basta para isto introduzir no balão modelo um pequeno tubo e enviar por este e por meio de uma bomba, um pouco do ar ambiente; depois, é só acender com uma faísca elétrica. [...] DUMONT, Alberto Santos. Os meus balões. Traduzido por A. de Miranda Bastos. Brasília, DF: Fundação Rondon, 1986. p. 103.
Os primeiros dirigíveis projetados e pilotados por Santos Du‑ mont eram inflados com gás hidrogênio, em razão da baixa densidade desse gás. No trecho acima, Santos Dumont des‑ creve uma brincadeira que fazia aproveitando-se da inflama‑ bilidade do gás. A equação balanceada que representa o processo descrito e o volume de ar atmosférico, nas CNTP, necessário para reagir com 30 L de gás hidrogênio são (Considere que a proporção de gás oxigênio no ar é de 21%.) A 2H2 + O2 → 2H2O; 30 L de ar atmosférico. B 2 H2 + O2 → 2 H2O; 71,4 L de ar atmosférico. C 2 H + O → H2O; 71,4 L de ar atmosférico. D 2 H2O + O2 → 2 H2O; 15 L de ar atmosférico. E 2H2 + O2 → 2H2O; 142,8 L de ar atmosférico.
A A, B e C. B B, A e C. C C, A e B. D A, C e B. E B, C e A.
QUESTÃO 47 Conteúdo: Transmissão de movimento circular C6 | H20 Dificuldade: Média Na transmissão de movimento circular por polias, a velocidade linear é a mesma para todas as engrenagens. Relacionando a velocidade linear com a velocidade angular por: v = wR; sendo a velocidade angular definida por: ω = 2πf, tem-se: v = 2πfR. Assim, se a velocidade linear é a mesma para todas as engrenagens, a frequência é inversamente proporcional ao raio delas, ou seja, quanto menor a engrenagem, maior a frequência. Desse modo, se o LP, o EP e os discos de goma-laca se apresentam em ordem crescente de frequência (33 rpm, 45 rpm e 78 rpm), logo, devem ser tocados nas engrenagens A > C > B.
QUESTÃO 48 Conteúdo: Cálculos estequiométricos, combustão C5 | H18 Dificuldade: Difícil A equação química balanceada da combustão do gás hidrogênio, processo descrito no texto, é representada por: 2 H2 + O2 → 2 H2O. Nas condições estequiométricas, 2 mols de gás hidrogênio reagem com 1 mol de gás oxigênio. Considerando que o volume de 1 mol de qualquer gás nas CNTP é 22,4 L, para 44,8 L de gás hidrogênio são necessários 22,4 L de gás oxigênio, ou seja, metade do volume de gás hidrogênio. Portanto, para reagir com 30 L de gás hidrogênio, são necessários 15 L de gás oxigênio. Sabendo que o gás oxigênio compõe apenas 21% do ar atmosférico, determina-se o volume total de ar pela seguinte relação de proporções: 15 L 21% x 100% x = 71,4 L de ar atmosférico
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QUESTÃO 49
QUESTÃO 50
Mitocôndria
Estrutura da célula
Vacúolos Núcleo
Microtúbulos
Nucléolo
SAKURRA/ SHUTTERSTOCK.COM
Retículo endoplasmático
Complexo golgiense
Lisossomos
DREAMY GIRL/SHUTTERSTOCK.COM
Centríolos
Ribossomos
Retículo endoplasmático
A ilustração representa uma célula eucariota e suas estruturas. Uma das características desse tipo de célula é a ausência de uma parede celular que dê forma e proteja a célula contra gradientes osmóticos. Nas células eucarióticas, a forma e a manutenção da homeostase osmótica são mantidas A pelo retículo endoplasmático que compõe o citoesqueleto e pelos vacúolos (ambos representados na ilustração). B pelos microtúbulos (representados na ilustração) que com‑ põem o citoesqueleto e pelo vacúolo pulsátil (não represen‑ tado na ilustração). C pelos ribossomos que compõem o citoesqueleto e pelos lisossomos (ambos representados na ilustração). D pelo complexo golgiense que compõe o citoesqueleto e pe‑ los vacúolos (ambos representados na ilustração). E pela membrana esquelética (não representada na ilustração) que compõe o citoesqueleto e que participa de ambas as atividades.
QUESTÃO 49 Conteúdo: Citologia C4 | H14 Dificuldade: Fácil Os microtúbulos são estruturas formadas por tubulina, e estão relacionados com a manutenção do formato da célula. Em eucariotos aquáticos unicelulares existem vacúolos pulsáteis que mantêm a homeostase osmótica. QUESTÃO 50 Conteúdo: Divisão celular C4 | H13 Dificuldade: Média A meiose é uma divisão reducional que ocorre frequentemente em organismos diploides na formação de células reprodutivas. Durante todo o processo ocorre recombinação gênica, o que aumenta a diversidade genética dos indivíduos formados. QUESTÃO 51 Conteúdo: Densidade C7 | H24 Dificuldade: Fácil A densidade é expressa pela razão entre massa e volume de um material. Então, o volume com base na massa e densidade de um corpo pode ser determinado pela 1350 razão deles. Assim, V = = 500 cm3. 2,7
A imagem representa um processo de divisão que ocorre nas células dos organismos. Esse processo é caracterizado por ocorrer em células da linhagem A somática de organismos diploides, garantindo manutenção da composição genética na população. B germinativa de organismos diploides, garantindo maior di‑ versidade genética na população. C somática de organismos diploides, garantindo maior diversi‑ dade genética na população. D germinativa de organismos haploides, garantindo maior di‑ versidade genética na população. E somática de organismos haploides, garantindo manutenção da composição genética na população.
QUESTÃO 51 Há décadas a reciclagem do alumínio, bem como a de outros metais, traz não só benefícios ambientais como econômicos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2012, havia mais de 400 mil catadores de resíduos sólidos no país. Em uma cooperativa de reciclagem caracterizou-se o volume de uma peça de alumínio, de densidade igual a 2,7 g/cm3 e massa de 1,350 kg O volume do material é A 3,5 cm3 B 0,002 cm3 C 2 cm3 D 0,5 cm3 E 500 cm3
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QUESTÃO 52 A acessibilidade, em diferentes níveis, tem sido cada vez mais presente em projetos de construção civil e alterações nas estruturas e serviços de uma cidade. A inclusão de pessoas com deficiência exige atenção diferenciada para cada tipo de necessidade. A construção de rampas de acesso deve obedecer às normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com inclinações adequadas para que o esforço de cadeirantes não seja muito grande.
© ABNT 2004
h ⋅ 100 A inclinação da rampa é calculada por i = , em que i é a inclinação da rampa em porcentagem, h é altura do desnível c e c é o comprimento da projeção horizontal.
Representação superior e lateral da rampa.
A tabela a seguir mostra a conformidade da inclinação e o desnível. Inclinação admissível em cada segmento de rampa i (%)
Desníveis máximos de cada segmento de rampa h (m)
Número máximo de segmentos de rampa
5,00 (1:20)
1,50
Sem limite
5,00 (1:20) < i ≤ 6,25 (1:16)
1,00
Sem limite
6,25 (1:16) < i ≤ 8,33 (1:12)
0,80
15
Fonte: ABNT NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2004. Disponível em: <www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/ files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
Em um projeto de construção de um hospital, foi dimensionada uma rampa para transpor dois andares compostos de dois segmentos, cada um deles com um desnível de 0,80 m e projeção horizontal de 10 m. De acordo com os dados apresentados, a rampa desse projeto A não está em conformidade com a ABNT, pois o desnível total supera 1,50 m de altura. B não está em conformidade com a ABNT, pois apresenta dois segmentos para uma inclinação de 8%. C está em conformidade com a ABNT, pois apresenta até 0,08% de inclinação, compatível com a tabela. D está em conformidade com a ABNT, pois apresenta 8 segmentos, compatível com a tabela. E está em conformidade com a ABNT, pois apresenta inclinação de 8%, compatível com o desnível máximo.
QUESTÃO 52 Conteúdo: Plano inclinado C1 | H4 Dificuldade: Fácil A inclinação dessa rampa será: i =
(0,8 ⋅ 100) = 8%. Assim, a rampa está no intervalo entre 6,25 e 8,33% de inclinação, dentro do estabelecido pela ABNT. 10
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QUESTÃO 53
QUESTÃO 54
JORNADA DESTACA IMPORTÂNCIA DE PREVENÇÃO E
VAZAMENTO DE ÓLEO NA CHINA JÁ COBRE ÁREA DO
TRATAMENTO DA PARASITOSE
TAMANHO DE PARIS
O Movimento Brasil sem Parasitose lançou a terceira jor‑
Onze dias após a explosão do petroleiro iraniano Sanchi,
nada para conscientizar a população sobre a importância da
no Mar da China Oriental, as manchas de óleo já cobrem uma
prevenção, do diagnóstico e do tratamento para erradicar a
área de 101 quilômetros quadrados, equivalente ao tamanho
doença. A jornada é uma iniciativa da Federação Brasileira
de Paris.
de Gastroenterologia. [...] As parasitoses são infecções causadas por parasitas in‑ testinais. Há mais de 10 tipos diferentes da doença, conforme o parasita, como amebíase, ascaridíase, [...] esquistossomose mansônica e giardíase. [...] [...] uma das formas mais importantes de prevenção é o cuidado com a higiene pessoal e da casa. Isso envolve lavar as mãos constantemente, evitar colocá-las na boca e nos olhos, manter unhas bem cortadas, evitar andar descalço em locais de pouca higiene, manter a casa e o terreno sempre limpos. No manejo dos alimentos, sempre lavar vegetais, to‑ mar e usar água filtrada e vedar bem o lixo. VALENTE, Jonas. Jornada destaca importância de prevenção e tratamento da parasitose. Agência Brasil, 17 jul. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/ noticia/2018-07/jornada-destaca-importancia-de-prevencao-e-tratamento-da-parasitose>. Acesso em: 30 nov. 2018.
Além dos modos de prevenção individual citados pelo texto, uma medida muito importante de caráter coletivo para a pre‑ venção das doenças citadas é A uma campanha de vacinação contra esses parasitas da po‑ pulação feita pelo poder público. B uma campanha de erradicação de mosquitos transmissores feita pelo poder público. C a coleta de lixo regular para a eliminação dos alimentos es‑ tragados que as causam. D a coleta de esgoto, pois elas se caracterizam por serem transmitidas pelas fezes. E distribuição de métodos anticoncepcionais para evitar con‑ taminação por contato sexual.
QUESTÃO 53 Conteúdo: Parasitoses C8 | H30 Dificuldade: Média Todas as doenças citadas são transmitidas pelo contato com fezes contaminadas; assim, um sistema de coleta de esgoto dificultaria a disseminação dessas parasitoses.
[...] Ambientalistas e autoridades do governo chinês estão preocupados com os potenciais impactos do vazamento de óleo na região, considerada uma das mais ricas em biodiver‑ sidade, e também sobre o comércio de recursos pesqueiros. O petroleiro iraniano transportava 139 mil toneladas [equi‑ valente a 174 milhões de litros] de petróleo condensado (um tipo leve e altamente volátil do óleo) do Irã para a Coreia do Sul e boa parte desse volume queimou após a explosão. BARBOSA, Vanessa. Vazamento de óleo na China já cobre área do tamanho de Paris. Exame, 18 jan. 2018. Mundo. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/ vazamento-de-oleo-na-china-ja-cobre-area-do-tamanho-de-paris/>. Acesso em: 30 nov. 2018.
Conter um vazamento de petróleo é um processo lento e complexo, pois se trata de um produto que se espalha rapi‑ damente. No entanto, recolher esse material é possível, uma vez que ele não se mistura com a água. Considerando as informações apresentadas sobre massa e volume do petróleo transportado, a densidade do óleo é de aproximadamente A 0,7 g/cm3, isto é, menor do que a da água, o que garante que esse material fique na superfície. B 0,8 g/cm3, isto é, menor do que a da água, o que garante que esse material fique na superfície. C 0,8 g/cm3, isto é, menor do que a da água, o que garante que esse material fique no fundo do mar. D 1,25 g/cm3, isto é, maior do que a da água, o que garante que esse material fique na superfície. E 1,25 g/cm3, isto é, maior do que a da água, o que garante que esse material fique no fundo do mar.
QUESTÃO 54 Conteúdo: Densidade C1 | H4 Dificuldade: Fácil Das unidades de medida: 1 ton = 1 ⋅ 103 kg e 1 L = 1 ⋅ 10-3 m3. Ao se calcular a m 139000000 densidade do petróleo que vazou, tem-se: d = ⇒ d = = 798 kg/m3. V 174000 Sendo 1 kg/m3 = 1 ⋅10-3g/cm3, d = 0,8 g/cm3. Como ele é menos denso do que a água, permanece na superfície.
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QUESTÃO 55 Ao projetar casas, é necessário conhecer o clima da região para que seja possível encontrar combinações adequadas de materiais para cada parte da estrutura residencial. No caso das paredes, é possível construí-las com diferentes materiais, obtendo resultados variados em função dos custos. Para as paredes de uma casa foram sugeridos três materiais: concreto, madeira e drywall com preenchimento de espuma. O proprietário do imóvel recebeu do engenheiro o seguinte gráfico, que mostra o comportamento térmico de cada um dos materiais que podem ser usados para a construção das paredes. GRÁFICO DE FLUXO DE CALOR (EM W) EM FUNÇÃO DA ESPESSURA DO MATERIAL (EM CM)
Fluxo de calor
1,4 W Madeira 1,2 W
Espuma
Concreto
1W
0,8 W
0,6 W
0,4 W
0,2 W
0
0,2 cm 0,4 cm 0,6 cm 0,8 cm
1 cm
1,2 cm 1,4 cm 1,6 cm 1,8 cm
2 cm
2,2 cm
Espessura do material
Conhecendo o clima do local e desejando que a temperatura no interior de sua casa sofresse a menor variação possível em relação ao ambiente externo, o proprietário notou que A o concreto seria a melhor escolha, por apresentar maior isolamento térmico em relação aos outros materiais para a mesma espessura de parede. B a madeira seria a melhor escolha, por apresentar isolamento térmico intermediário, deixando a temperatura no interior da casa próxima à do exterior. C a espuma seria a melhor escolha, por apresentar fluxo de calor menor em relação aos outros materiais para a mesma espessura de parede. D a espuma, por apresentar menor fluxo de calor, principalmente a partir dos 0,6 cm, poderia deixar a temperatura no interior da casa equilibrada em relação à exterior. E o concreto tem fluxo de calor até 22% maior que a madeira e até 400% maior que a espuma, tornando-o um ótimo condutor para equilibrar as temperaturas interna e externa.
QUESTÃO 55 Conteúdo: Propagação de calor C5 | H17 Dificuldade: Fácil Ao analisar o gráfico e fixar qualquer espessura no eixo das abcissas, a espuma apresenta sempre o menor fluxo de calor, o que a torna um bom isolante térmico, promovendo menor variação de temperatura no interior da casa em relação ao clima externo.
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QUESTÃO 57
QUESTÃO 56 Segundo o estudo mais recente da revista científica Lancet, entre 2005 e 2015 houve a redução de um terço das mortes infantis provocadas por diarreia. Essa queda do número de mortes por diarreia está associada, entre outras medidas, à iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) de distribuir soluções de reidratação oral (SRO) nas áreas mais afetadas ao redor do globo.
Ratos e roedores
Baratas
Aranhas
Mosquitos
Serpentes
Escorpiões
Cupins
Besouros
Abelhas
Pulgas
Moscas
Carrapatos
Formigas
Pulgões
Caramujos e lesmas
Morcegos
Sais
Concentração (g/L)
Cloreto de sódio
2,6
Glicose, anidro
13,5
Cloreto de potássio
1,5
Citrato de trissódico, diidrato
2,9
A criança vítima de uma grave desidratação infantil perde água e significativa quantidade de sais minerais. Além disso, com a contínua desidratação pode ocorrer passagem de água do meio intracelular para o meio extracelular das células do indivíduo. Portanto, a solução de reidratação oral (SRO) é A isotônica, visto que repõe os sais minerais e hidrata a partir da osmorregulação dos meios intra e extracelular, impedindo a perda de água do meio hipotônico (intracelular) para o hipertônico (extracelular). B hipertônica, visto que repõe os sais minerais e hidrata a partir da osmorregulação dos meios intra e extracelular, impedindo a perda de água do meio hipotônico (intracelular) para o hipertônico (extracelular). C hipotônica, visto que repõe os sais minerais e hidrata a partir da osmorregulação dos meios intra e extracelular, impedindo a perda de água do meio hipotônico (intracelular) para o hipertônico (extracelular). D isotônica, visto que repõe os sais minerais e hidrata a partir da osmorregulação dos meios intra e extracelular, impedindo a perda de água do meio hipotônico (extracelular) para o hipertônico (intracelular). E hipertônica, visto que repõe os sais minerais e hidrata a partir da osmorregulação dos meios intra e extracelular, impedindo a perda de água do meio hipotônico (extracelular) para o hipertônico (intracelular).
QUESTÃO 56 Conteúdo: Osmorregulação C1 | H2 Dificuldade: Média Com uma contínua desidratação do meio extracelular, pode ocorrer mais perda de água do que sais minerais. Assim, o meio extracelular fica hipertônico em relação ao meio intracelular. Por osmose, o meio intracelular (hipotônico) perde água para o meio extracelular (hipertônico). A SRO é formulada para ser isotônica às condições normais do corpo, por isso osmorregula os meios intra e extracelular, reduzindo a diferença de concentração entre os meios e impedindo a passagem de água do meio hipotônico para o meio hipertônico. Além disso, durante a desidratação por diarreia ocorre não somente a perda de água do corpo mas também de sais minerais, portanto, a atuação da SRO também é repor alguns sais perdidos.
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Composição das soluções de reidratação oral
Na imagem acima é possível identificar diversos animais que fazem parte, direta ou indiretamente, do cotidiano. Por perten‑ cerem ao mesmo reino, esses organismos podem apresentar características compartilhadas ou ainda algumas que os res‑ tringem a divisões menores: filo, classe, ordem etc. Analisando os animais representados na imagem, pode-se associar A as formigas às baratas, que, por pertencerem ao grupo dos insetos, apresentam entre outras características do grupo: três pares de patas e respiração traqueal. B as abelhas às aranhas, que, por pertencerem ao grupo dos aracnídeos, apresentam entre outras características: o corpo dividido em cefalotórax e abdome. C as formigas aos caramujos, que, por pertencerem ao mesmo filo, apresentam entre outras características: a presença de antenas que funcionam como quimiorreceptores. D os escorpiões às cobras, que, por pertencerem ao mesmo filo, apresentam entre outras características: a produção e a secreção de substâncias venenosas. E os morcegos às pulgas, que, por pertencerem à mesma classe, apresentam aparelho bucal do tipo sugador.
QUESTÃO 57 Conteúdo: Características do reino Animalia C4 | H13 Dificuldade: Média Os insetos são um grupo pertencente ao filo dos artrópodes, que apresentam, entre si, algumas características peculiares, dentre elas: a presença de três pares de patas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, um par de antenas, excreção através dos túbulos de Malpighi e sistema respiratório traqueal.
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QUESTÃO 58
QUESTÃO 59
Orientados pelo professor de Biologia, um grupo de alunos da 2a série do Ensino Médio elaborou um jogo da memória. Nele, os pares de carta são compostos de uma carta com a imagem de um organismo e outra com uma característica associada a esse organismo.
No processo de deterioração, o pH do leite diminui por causa da produção de ácido lático por microrganismos que degra‑ dam o alimento. Uma prática de adulteração recorrente é o ajuste do pH do leite impróprio para o consumo pela adição de soda cáustica (NaOH). Em um relatório da Anvisa sobre uma amostragem de leite adulterado, encontra-se:
A
B
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Durante o jogo, um aluno retirou uma carta com a seguinte característica: “Ausência de citoplasma.”. A carta que com‑ pleta corretamente esse par é
C
Acidez em ácido lático está estabelecida no PIQ do Leite UHT, sendo tolerado valores entre 0,14 a 0,18 g de ácido lático/100 mL. Segundo os certificados de análise do MAPA, foram encontrados valores que variaram de 0,10 a 0,12. […] ANVISA. Informe Técnico, n. 34, 31 out. 2007. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/> Acesso em: 30 nov. 2018.
Supondo que a substância alcalina adicionada seja hidróxido de sódio e considerando a faixa de concentração de ácido lático encontrada e também que esse ácido é monoprótico, o volume de base adicionado a 1 litro de leite adulterado, adotando que sua concentração inicial era de 0,20 g de ácido para 100 mL de leite, foi (Dados: massa molar do ácido lático = 90 g/mol; concentra‑ ção da base de NaOH utilizada para adulteração = 2 mol/L)
D
A 11 mL B 5 mL C 0,5 mL
E
D 0,1 mL E 25 mL
QUESTÃO 58 Conteúdo: Características dos organismos C4 | H13 Dificuldade: Fácil Os bacteriófagos (ilustrados na alternativa) fazem parte do grupo dos vírus, estruturas biológicas que não apresentam organização celular, com ausência de citoplasma.
QUESTÃO 59 Conteúdo: Concentração de soluções C2 | H7 Dificuldade: Difícil Considerando a concentração inicial de 0,20 g de ácido lático em 100 mL de leite, houve a neutralização de aproximadamente 0,09 g de ácido por 100 mL de leite para que a concentração no leite adulterado caísse para a faixa de 0,10 a 0,12 g de ácido. Portanto, em 1 litro de leite, ou seja, 1 000 mL, foram neutralizadas 0,9 g de ácido, ou ainda, 0,01 mol de ácido: 1 mol de ácido 90 g x 0,9 g x = 0,01 mol de ácido Sendo o ácido lático monoprótico, conclui-se que 0,01 mol de NaOH foram necessários para a neutralização. Partindo de uma base de concentração de 2 mol/L, determina-se que foram adicionados 50 mL da base em 1 litro de leite: 2 mol 1L 0,01 mol y y = 0,005 L = 5 mL
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QUESTÃO 60
QUESTÃO 61
Com a profissionalização de várias modalidades esportivas, cada vez mais são desenvolvidas tecnologias híbridas que acabam sendo aplicadas em diferentes equipamentos. Uma delas é o freio à disco hidráulico usado nos automóveis e, atualmente, adotado também em bicicletas, por oferecer maior eficiência de frenagem. Esse tipo de freio permite que, com o toque de um dedo no manete do freio, as rodas recebam a frenagem com maior intensidade.
ESTRATÉGIA ANTIVIRAL POLIVALENTE
pressão dos manetes
Apesar do elevado número de fármacos antivirais dispo‑ níveis atualmente, o tratamento contra doenças causadas por vírus muitas vezes falha, devido ao desenvolvimento de resistência por esses agentes infecciosos. Uma estratégia promissora para superar esse problema é criar drogas que atuem sobre a camada mais externa de vários vírus, o cha‑ mado envelope viral, e assim sejam eficazes contra diversos tipos desses agentes. MARTINS, Margarida. Estratégia antiviral polivalente. Ciência Hoje, 27 jul. 2017. Disponível em: <http://cienciahoje.org.br/estrategia-antiviral-polivalente/>. Acesso em: 30 nov. 2018.
A ação das drogas citadas no texto deve afetar A a homeostase osmótica dos vírus. VANESSA NOVAIS
B o processo de transcrição reversa.
pressão nos discos
O pistão dos manetes possui, em média, um diâmetro quatro vezes menor que o pistão sobre as pastilhas do freio a disco. Em uma frenagem de emergência, situação em que a força aplicada nos manetes pode atingir 20 quilograma-força (kgf), A as rodas não correm o risco de travar, uma vez que a pressão nos manetes é igual à pressão nos discos. B os discos de freio recebem a mesma força dos manetes, pois a pressão do fluido de freio é a mesma ao longo do tubo. C a força aplicada nos discos de freio chega a ser quatro vezes mais intensa que aquela aplicada nos manetes. D a força aplicada nos discos de freio chega a ser 16 vezes mais intensa que aquela aplicada nos manetes. E a pressão aplicada nos discos de freio chega a até 160 kgf, travando as rodas, o que diminui a distância de frenagem.
C o mecanismo de replicação do DNA viral. D a síntese de proteínas do vírus. E a capacidade do vírus de infectar a célula.
QUESTÃO 60 Conteúdo: Princípio de Pascal C5 | H18 Dificuldade: Média De acordo com o princípio de Pascal, tem-se a comparação:
F1 F2 = , em que A1 e A1 A 2
F1 se referem aos manetes e A2 e F2, ao pistão sobre as pastilhas de freio. Como a área da base de um cilindro é um circulo, então A = π ⋅ R2. O fato de o diâmetro do pistão da pastilha ser quatro vezes maior que o pistão dos manetes, faz com que o raio também seja quatro vezes maior (R2 = 4 ⋅ R1). Então, dado que a área depende do raio ao quadrado, tem-se que A2 = π ⋅ (4 ⋅ R1)2 = 16 ⋅ A1. F1 F2 = A1 A 2 F1 F = 2 A 1 16 ⋅ A 1 F2 = 16 ⋅ F1 Portanto, a força exercida pelo pistão da pastilha é 16 vezes mais intensa que a aplicada sobre os manetes. QUESTÃO 61 Conteúdo: Vírus C4 | H15 Dificuldade: Difícil Participando da estrutura externa do vírus, o envelope auxilia na fixação dele nas células hospedeiras. Dessa forma, ao atuarem sobre essa camada mais externa, as drogas citadas interferem na capacidade de ancoragem do vírus, evitando a infecção.
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QUESTÃO 62
QUESTÃO 64
Em países onde há invernos rigorosos com neve, é comum a prática de jogar sais como cloreto de sódio e cloreto de cálcio nas estradas para evitar o acúmulo excessivo de gelo. Já nos países de clima tropical, como o Brasil, costuma-se adicionar sal no gelo para manter as bebidas mais geladas em um dia de temperaturas altas.
Uma forma bastante comum de esfriar o leite que acabou de ser fervido é passar a bebida de uma caneca para outra. Isso permite a troca de calor do leite para a caneca, diminuindo a temperatura do leite.
Esses fenômenos são explicados pela propriedade coligativa denominada crioscopia, na qual a adição de solutos A voláteis a um solvente causa o aumento do ponto de con‑ gelamento; em ambos os casos, garante que o gelo seja formado a temperaturas mais altas. B voláteis a um solvente causa a diminuição do ponto de con‑ gelamento; em ambos os casos, garante que o gelo seja formado a temperaturas mais baixas. C não voláteis a um solvente causa o aumento do ponto de congelamento; em ambos os casos, garante que o gelo seja formado a temperaturas mais altas. D não voláteis a um solvente causa a diminuição do ponto de congelamento; em ambos os casos, garante que o gelo seja formado a temperaturas mais baixas. E não voláteis a um solvente causa o aumento do ponto de congelamento; em ambos os casos, garante que o gelo seja formado a temperaturas mais baixas.
QUESTÃO 63 Os solos agrícolas constituem uma das mais importantes fon‑ tes de emissão de óxido nitroso para a atmosfera. Esse óxido é um dos principais gases do efeito estufa. Segundo pesqui‑ sas, a cada 100 kg de nitrogênio (N) na forma de fertilizante aplicados no solo, 1,25 kg de nitrogênio (N) são liberados na atmosfera na forma de N2O. Aproximadamente quantos kg de óxido nitroso são libera‑ dos no emprego de 1 tonelada de ureia, (NH2)2CO, como fertilizante? Massas molares (g/mol): N = 14; H = 1; C = 12; O = 16 A 8,9 kg B 12,5 kg C 19,6 kg D 733,3 kg E 73,3 kg
QUESTÃO 62 Conteúdo: Propriedades coligativas C5 | H19 Dificuldade: Fácil Pelo efeito crioscópio, a adição de solutos não voláteis a um solvente causa a diminuição do ponto de congelamento. Nas estradas, o ponto de congelamento mais baixo garante que o gelo seja formado a temperaturas muito mais baixas e, portanto, quando adicionado, derrete a neve acumulada nas vias. Para gelar as bebidas, a mistura de gelo, sal e água promove um sistema de temperatura menor do que aquele sem o soluto.
Suponha que uma caneca cerâmica com capacidade térmica de 90 cal/ºC, volume de 200 mL e a temperatura ambiente de 20 ºC seja totalmente preenchida com leite, cuja densidade é de 1 g/cm3 e calor específico sensível de 1 cal/g ⋅ ºC, à 90 ºC. Espera-se um tempo até que o equilíbrio térmico entre a ca‑ neca e o leite seja atingido. E, em seguida, seja feita a trans‑ ferência do leite para outra caneca nas mesmas condições da primeira. Considerando desprezíveis quaisquer trocas de calor com o meio externo, após esses procedimentos, quan‑ do se atingiu o equilíbrio térmico com a segunda caneca, a temperatura do leite é, aproximadamente, Dado: 1 mL = 1 cm3 A 45,5 ºC B 53,2 ºC C 55,0 ºC D 68,2 ºC E 70,0 ºC
QUESTÃO 63 Conteúdo: Estequiometria C7 | H25 Dificuldade: Difícil Em 60 g de ureia (massa molar) tem-se 28 g de nitrogênio. Portanto, para 1 tonelada, ou 106 g de ureia, há 4,6 ⋅ 105 g de nitrogênio: 60 g de ureia 28 g de nitrogênio 106 g de ureia x x = 4,6 ⋅ 105 g de nitrogênio Segundo a relação explícita no texto, tem-se a formação de 1,25 kg de N na forma de óxido a cada 100 kg de N fertilizante. Para a massa de nitrogênio de fertilizante encontrada: 100 kg de N fertilizante 1,25 kg de N óxido 4,6 ⋅ 105 g y 3 y = 5,7 ⋅ 10 g de N óxido Pelas massas molares, sabe-se que em 44 g de óxido nitroso há 28 g de nitrogênio. Portanto, para a massa de N em óxido produzido, tem-se a seguinte massa de óxido nitroso liberada para a atmosfera: 44 g de óxido 28 g de N z 5,7 ⋅ 103 g de N 3 z = 8,9 ⋅ 10 g = 8,9 kg de óxido QUESTÃO 64 Conteúdo: Troca de calor C6 | H21 Dificuldade: Difícil Lembrando que a quantidade de calor Q é dada por: Q = m ⋅ c ⋅ ∆θ, e que a capacidade térmica é dada por C = m ⋅ c, para o princípio da troca de calor, tem-se, para a temperatura de equilíbrio θe: Primeira caneca Qrecebido + Qcedido = mleite ⋅ cleite ⋅ ∆θ + Ccaneca ⋅ ∆θ = 0 ⇒ ⇒ 200 ⋅ 1⋅(θe - 90) + 90⋅(θe - 20) + = 0 200 θe - 18 000 + 90 θe - 1 800 = 0 ⇒ 290 θe = 19 800 θe = 68,2 ºC Segunda caneca Quando o leite é colocado na segunda caneca, que está a 20 °C, o leite, em equilíbrio térmico com a primera caneca, está a 68,2 °C. Assim, repetindo o processo para a segunda caneca: Qrecebido + Qcedido = 0 ⇒ 200 ⋅ 1 ⋅ (θe - 68,2) + 90⋅(θe - 20) = 0 200 θe - 13 640 + 90 θe - 1 800 = 0 ⇒ 290 θe = 15 440 θe = 53,2ºC
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QUESTÃO 65
QUESTÃO 66
Considerando que durante uma hora de estudos gasta-se em média 120 kcal, uma estudante decidiu realizar o experimento para determinar a massa de pão que deveria ser ingerida para se obter a energia necessária para estudar durante três horas seguidas. Para isso, realizou o experimento utilizando 0,5 g de pão e 100 g de água, medindo as temperaturas inicial e final. Temperatura inicial
25 °C
Temperatura final
37 ºC
Qual a massa de pão que deve ser ingerida pela estudante? Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g °C A 0,15 g B 30 g C 150 g D 30 000 g E 15 000 g
QUESTÃO 65 Conteúdo: Termoquímica C5 | H17 Dificuldade: Média Aplicando os valores de massa de água, a variação de temperatura (diferença entre temperatura final e inicial) e o calor específico da água na equação, tem-se a quantidade de calor absorvida pela água: Q = 100 ⋅ 1 ⋅ 12 = 1 200 cal = 1,2 kcal Portanto, para 0,5 g de pão temos 1,2 kcal. Para 3 horas de estudo, precisa-se ingerir 360 kcal. Logo, encontramos a massa de pão que deve ser consumida: 0,5 g de pão 1,2 kcal x 360 kcal x = 150 g de pão
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK.COM
A quantidade de energia dos alimentos pode ser determinada por um método simples, em que a variação da temperatura de determinada massa de água aquecida é medida a partir da queima de um pedaço de alimento. Então, determina-se o calor absorvido pela água, em calorias, utilizando a seguin‑ te equação: Q = m ⋅ c ⋅ ∆t, sendo Q o calor absorvido pela água; m a massa da água; c o calor específico da água; e ∆t a variação da temperatura da água durante a queima do alimento analisado.
Na elaboração de uma cartilha para a comunidade do bairro, os alunos selecionaram a imagem acima. Essa cartilha visa alertar a população local sobre a forma de contaminação por algumas doenças e os modos para sua prevenção. A ilustração selecionada pelos alunos poderia ilustrar os cui‑ dados para a prevenção de A doença de Chagas e leishmaniose. B ascaridíase e ancilostomíase. C meningite e conjuntivite. D amebíase e giardíase. E filariose e esquistossomose.
QUESTÃO 66 Conteúdo: Protozooses C8 | H30 Dificuldade: Média Tanto amebíase como giardíase são causadas pela ingestão de água contaminada com cistos desses dois protozoários.
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QUESTÃO 67
QUESTÃO 68
TREINAMENTO EM PISCINA AQUECIDA AJUDA A
CALOR EM TERESINA: AQUECIMENTO DAS ÁGUAS
CONTROLAR HIPERTENSÃO RESISTENTE
MATA PEIXES NO RIO POTY
A prática de atividade física em piscina aquecida pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento de pacientes com hipertensão resistente, mostrou uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP). […] Cerca de 72 horas após o término da última sessão de exercícios, os voluntários foram reavaliados. Enquanto o gru‑ po controle apresentou resultados praticamente inalterados, como esperado, no grupo treinamento a pressão arterial am‑ bulatorial caiu de 165/88 para 129/76 mmHg − valor dentro da faixa considerada ideal. TOLEDO, Karina. Treinamento em piscina aquecida ajuda a controlar hipertensão resistente. Fapesp, 8 jan. 2014. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/treinamentoem-piscina-aquecida-ajuda-a-controlar-hipertensao-resistente/18439/>. Acesso em: 30 nov. 2018.
A pressão arterial aferida sempre apresenta duas medidas, a primeira é um máximo (sistólico) e a segunda, um mínimo (diastólico), medidos em milímetros de mercúrio (mmHg). Como comparação, a pressão atmosférica a nível do mar é 760 mmHg, equivalente a 1 atm ou 1 ⋅ 105 Pa.
CALOR em Teresina: Aquecimento das águas mata peixes no rio Poty. Meio Norte, 14 out. 2015. Disponível em: <www.meionorte.com/videos/calor-em-teresinaaquecimento-das-aguas-mata-peixes-no-rio-poty-39650>. Acesso em: 30 nov. 2018.
ODOR DE OVO PODRE DO RIO PODE CAUSAR ENJOO E DOR DE CABEÇA Mais forte em dias quentes, o mau cheiro é resultado do esgoto em decomposição, explica professor da USP GERAQUE, Eduardo; GALLO, Ricardo. Odor de ovo podre do rio pode causar enjoo e dor de cabeça. Folha de S.Paulo, 8. abr. 2012. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fsp/ cotidiano/35836-odor-de-ovo-podre-do-rio-pode-causar-enjoo-e-dor-de-cabeca.shtml>. Acesso em: 10 ago. 2018.
As manchetes referem-se a fenômenos observados em dias quentes. Esses fenômenos A estão relacionados à alta solubilidade de gases em altas temperaturas; em Teresina, a alta solubilidade de O2 cau‑ sou a mortandade dos peixes, e, em São Paulo, provocou o escape de gases com mau odor para a atmosfera. B não estão relacionados; a mortandade dos peixes em Teresi‑ na ocorre por causa da seca, e, em São Paulo, o mau cheiro é fruto da liberação de gases provenientes das estações de tratamento de esgoto.
De acordo com a pesquisa sobre a prática de atividades físi‑ cas em piscinas aquecidas, a diminuição da pressão sistólica representa aproximadamente
C estão relacionados à alta solubilidade de gases em altas temperaturas; a alta concentração de gases tóxicos causou a morte dos peixes e o escape desses gases para a atmosfera, em São Paulo.
A 5% da pressão atmosférica a nível do mar, por causa da dilatação das veias favorecida pela água durante a atividade física.
D estão relacionados à ocorrência de gases poluentes em ambos os rios; tanto em Teresina quanto em São Paulo há descarte incorreto de efluentes.
B 5% da pressão atmosférica a nível do mar, por causa da contração das veias favorecida pela água durante a atividade física.
E estão relacionados à baixa solubilidade dos gases em altas temperaturas; em Teresina, a baixa solubilidade de O2 cau‑ sou a mortandade dos peixes, e, em São Paulo, provocou o escape de gases com mau odor para a atmosfera.
C 5% da pressão atmosférica a nível do mar a cada 72 horas, quando os exercícios se repetem para manter a contração das veias. D 0,05% da pressão atmosférica a nível do mar, por causa da contração das veias favorecida pela água durante a atividade física. E 0,05% da pressão atmosférica a nível do mar, por causa da dilatação das veias favorecida pela água durante a atividade física.
QUESTÃO 68 Conteúdo: Solubilidade C2 | H10 Dificuldade: Média A solubilidade dos gases decresce conforme o aumento da temperatura. No Rio Poty, em Teresina, as altas temperaturas ocasionaram a falta de oxigenação dos rios, matando os peixes por asfixia. Em São Paulo, o mau odor também é explicado pela baixa solubilidade dos gases em água, visto que gases poluentes com mau odor escapam para a atmosfera.
QUESTÃO 67 Conteúdo: Pressão C2 | H7 Dificuldade: Média A diferença entre as duas pressões sistólicas é 165 − 129 = 36 mmHh. Isso representa: ∆p =
36 = 0,047 = 4,7%. 760
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 69 a 90 QUESTÃO 69
Fotografar é uma atividade cada vez mais comum em todos os ambientes, e pessoas de todas as idades podem ser obser‑ vadas fotografando as mais diversas situações. Para aqueles que querem se aprofundar na atividade, existem lentes adap‑ táveis a câmeras fotográficas com funções que auxiliam na hora do clique. As “lentes olhos de peixe” (fisheye, em inglês) são um exemplo desse recurso: elas aumentam o campo de visão da foto, diminuindo detalhes e provocando distorções.
Adotando o valor 1,7 para a raiz quadrada de 3, traçou-se com esse compasso uma circunferência cujo valor aproxi‑ mado do raio é
LZF/SHUTTERSTOCK.COM
OLEG GOLOVNEV/SHUTTERSTOCK.COM
Um compasso cujas pernas medem 9 cm foi aberto de modo que o ângulo de abertura media 30°.
QUESTÃO 70
A representação do que acontece em uma lente olho de peixe pode ser observada na ilustração a seguir. A
D
A 9 cm
1m
B 8 cm C 7 cm
C
2m
D 6 cm
O
E 5 cm
QUESTÃO 69 Conteúdo: Teorema dos cossenos C2 | H7 Dificuldade: Média A abertura do compasso representa, com as pernas e o plano, um triângulo isósceles com lados medindo, em centímetros, 9, 9 e R (raio). O ângulo entre os lados de 9 cm é dado no enunciado: 30°. Pelo Teorema dos cossenos, sabe-se que: a2 = b2 + c2 − 2bc ⋅ cos x. Então: R2 = 92 + 92 − 2 ⋅ 9 ⋅ 9 ⋅ cos 30°; logo: R2 = 24,3. Assim, R é aproximadamente 5 cm.
4m
B
Na ilustração, a lente original tem campo de visão BC; com uma lente olho de peixe, esse campo de visão aumenta para AD. Se AD//BC , AB = 1 m, BC = 4 m e BO = 2 m, o novo campo de visão AD mede A 6m B 5,5 m C 5m D 6,5 m E 8m
QUESTÃO 70 Conteúdo: Semelhança de triângulos, teorema de Tales C4 | H16 Dificuldade: Fácil Pelos dados do enunciado, o triângulo OBC é semelhante ao triângulo OAD pelo caso AA. Logo: OB BC = OA AD 2 4 Daí: = 3 AD Portanto, AD = 6 m.
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QUESTÃO 71
QUESTÃO 72
O ioiô é um dos brinquedos mais antigos do mundo. Atualmente, ele pode ser fabricado em aço, policarbonato ou alumínio, mas já foi feito com plástico, madeira e até barro. O brinquedo consiste em dois discos circulares de mesmo tamanho, ligados por um cano interno de diâmetro menor, usado para enrolar e fixar um barbante. A brincadeira é segurar o barbante e soltar o ioiô de certa altura, de modo que ele dê várias voltas, e a pessoa consiga retorná-lo à posição original, fazendo com que o barbante se enrole no cano novamente.
Em uma aula de Matemática, a professora deu exemplos de algumas situações cotidianas em que os números estão presentes. Ela citou a medida da diagonal de uma mesa quadrada de lado medindo 1 m, o preço de um alimento a R$ 1,80 o quilograma e a temperatura em um dia de inverno no Canadá a −12 °C. Os números que aparecem nos exemplos dados pela professora podem ser classificados, respectivamente, nos conjuntos A
Natural, Irracional e Inteiro positivo.
B
Irracional, Racional e Inteiro negativo.
C
Irracional, Racional e Irracional.
D
Irracional, Racional e Natural.
E
Racional, Irracional e Inteiro negativo.
BLUERINGMEDIA/SHUTTERSTOCK.COM
QUESTÃO 73
Suponha que os dois discos circulares que representam peças de um ioiô tenham diâmetro igual a 6 cm, e que o diâmetro do cano interno que liga as peças seja de 2 cm. Um barbante é enrolado em torno do cano interno, deixando-se uma sobra de 8 cm. Ao soltar o barbante, o ioiô dá 7 voltas completas até o barbante esticar. O comprimento total do barbante desse ioiô, considerando π = 3,14, é A
51,96 cm
B
43,96 cm
C
87,92 cm
D
95,92 cm
E
139,99 cm
QUESTÃO 71 Conteúdo: Comprimento de circunferência C2 | H8 Dificuldade: Fácil O raio do cano interno é igual a 1 cm. São dadas 7 voltas em torno dessa circunferência menor; logo: 7 ⋅ 2 ⋅ 3,14 ⋅ 1 = 43,96 cm. Como foi deixada uma sobra de 8 cm, o comprimento total do barbante é: 43,96 + 8 = 51,96 cm
Segundo dados divulgados por um jornal de grande circulação no país, o número de acidentes de trânsito no Brasil vem aumentando desde 2007. Os dados apontam que, em 2007, houve 34 147 acidentes; em 2016, esse número aumentou para 44 475. Considerando que esse aumento seja linear e se mantenha para os anos seguintes, o número de acidentes de trânsito no Brasil em 2020 será de A
54 803
B
56 661
C
50 210
D
49 065
E
48 050
QUESTÃO 72 Conteúdo: Classificação de conjuntos C1 | H1 Dificuldade: Fácil A diagonal de uma mesa quadrada de lado medindo 1 metro tem medida 2 m, que é um número irracional. Já o valor de R$ 1,80 representa um número racional. Por fim, −12 é um número inteiro e negativo. QUESTÃO 73 Conteúdos: Função de 1o grau, taxa constante de crescimento C5 | H20 Dificuldade: Média Como o crescimento pode ser modelado por uma reta, a taxa de crescimento é dada por: ∆y a= ∆x Logo: 44475 − 34147 10328 a= = = 1 147,5 2016 − 2007 9 Em 2020, tem-se: 44 475 + 4 ⋅ 1 147,5 = 44 475 + 4 590 = 49 065
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QUESTÃO 74
QUESTÃO 75
A eficiência de um antibiótico pode ser analisada com base em uma curva que mede a efetividade do medicamento no decorrer do tempo, após o organismo começar a metaboli‑ zá-lo. Algumas pessoas têm um metabolismo mais lento, o que faz o antibiótico demorar para surtir efeito e necessitar de mais doses. A tabela abaixo relaciona a efetividade máxi‑ ma de determinado antibiótico em pacientes que realizaram testes voluntários à faixa de idade a que pertencem esses voluntários.
Um estacionamento cobra de cliente avulso R$ 6,00 pela primeira hora do veículo estacionado mais R$ 2,00 por hora adicional. Caso o cliente prefira, pode pagar R$ 15,00 na diária. Há casos em que a frequência é tão intensa (a pes‑ soa precisa ir muitas vezes ao estacionamento por mês) que se torna interessante adquirir um plano mensal ao custo de R$ 180,00.
Efetividade Máxima
Faixa de idade
50% a 60%
Mais de 55 anos
60% a 80%
Entre 20 e 55 anos
80% a 100%
Menos de 20 anos Dados elaborados para fins didáticos.
A curva de efetividade desse remédio para determina‑ do paciente pode ser aproximada pela função quadrática 25 2 E(x) = − x + 25x , em que E(x) é a efetividade em pontos 12 percentuais e x é o tempo decorrido em horas após a ingestão do antibiótico. O paciente em questão é uma pessoa que está na faixa de idade A de mais de 55 anos, com efetividade máxima do remédio de 50% atingida após 3 horas da ingestão. B entre 20 e 55 anos, com efetividade máxima do remédio de 65% atingida após 4 horas da ingestão. C entre 20 e 55 anos, com efetividade máxima do remédio de 75% atingida após 6 horas da ingestão. D de menos de 20 anos, com efetividade máxima do remédio de 85% atingida após 6 horas da ingestão. E de menos de 20 anos, com efetividade máxima do remédio de 95% atingida após 5 horas da ingestão.
QUESTÃO 74 Conteúdos: Função de 2o grau, máximo e mínimo C6 | H24 Dificuldade: Difícil Como a efetividade calculada é a efetividade máxima, trata-se do vértice da função. Daí, pode-se obter a abcissa do vértice da parábola que representa a função por meio de X V = −
Três amigos, Ana, Beto e Carlos, frequentam esse estacio‑ namento. Como desempenham funções distintas na empre‑ sa em que trabalham, usam o estacionamento por períodos diferentes. Sabe-se que Ana usa o estacionamento 6 horas por dia, durante 15 dias no mês. Beto usa o estacionamento 3 horas por dia, durante 16 dias no mês, e Carlos estaciona o carro 4 horas por dia, durante 14 dias. Se cada cliente pode optar por estacionar o carro como avulso, diarista ou mensalista, a melhor opção para cada um dos amigos, seria, respectivamente A mensalista, avulso, avulso. B avulso, mensalista, diarista. C mensalista, avulso, diarista. D avulso, diarista, mensalista. E mensalista, mensalista, avulso.
QUESTÃO 75 Conteúdo: Inequação e equação de 1o grau C1 | H3 Dificuldade: Média Para responder à questão, é necessário verificar cada situação a fim de decidir qual é a melhor opção para cada um dos amigos. Ana: 6 h por dia = 6 + 5 ⋅ 2 = 16 reais por dia na opção avulso; logo, a opção diária é melhor. Mas como Ana usa o estacionamento em 15 dias do mês, sua despesa seria 15 ⋅ 15 = 225 reais por mês na opção diarista. Assim, a opção de mensalista por 180 reais é melhor para ela. Logo, Ana deveria ser mensalista. Beto: 3 h por dia = 6 + 2 ⋅ 2 = 10 reais por dia na opção avulso; logo, a opção avulso é melhor. Mas Beto usa o estacionamento em 16 dias do mês; então, sua despesa seria 10 ⋅ 16 = 160, ou seja, 160 reais por mês na opção avulso. Mesmo assim, o avulso ainda é melhor. Logo, Beto deve optar pelo estacionamento avulso. Carlos: 4 h por dia = 6 + 3 ⋅ 2 = 12 reais por dia na opção avulso; logo, a opção avulso é melhor. Mas Carlos usa o estacionamento em 14 dias do mês; então, sua despesa seria 12 ⋅ 14 = 168, ou seja, 168 reais por mês na opção avulso. Mesmo assim, o avulso ainda é melhor. Logo, Carlos também deve optar pelo estacionamento avulso.
b . Logo, XV = 6. 2a
Substituindo esse valor na função, conclui-se que a efetividade máxima desse indíviduo é de 75%. Observando a tabela, pode-se concluir que se trata de uma pessoa entre 20 e 55 anos.
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QUESTÃO 76 Todo equipamento de mensuração possui uma propriedade chamada incerteza, que é uma imprecisão (ou erro) origina‑ da na própria fabricação do equipamento, que pode ser uma balança, uma régua, uma trena etc. Essa incerteza pode ser determinada pela metade da menor unidade encontrada no objeto utilizado. Para obter a medida mais aproximada possível, o módulo da diferença entre a medida feita e a medida real deve ser menor ou igual a incerteza.
QUESTÃO 78 Uma roda-gigante está instalada em um parque de diversões. Posicionando um par de eixos ortogonais com origem no cen‑ tro da estrela, conforme figura, pode-se adotar uma posição aproximada de cada cabine usando a inclinação da cabine em relação ao ponto (A, 0), em graus, em um intervalo de 0° a 360°. A roda-gigante gira em sentido anti-horário. 4
Se o objeto utilizado foi uma trena, cuja menor unidade é o milí‑ metro e a medição feita foi de 3,4 cm, qual o intervalo de valores, em centímetros, que melhor representa a medida x correta?
3
2
5
1
A x < 3,4 B 0,5 < x < 3,4 C 0,05 ≤ x ≤ 3,4 D 2,9 ≤ x ≤ 3,9
(A, 0) 6
E 3,35 ≤ x ≤ 3,45
12
7
11
Em certa cidade, em determinada época do ano, a quanti‑ dade de grilos prolifera-se muito por conta das chuvas. Um biólogo pesquisador, com base em estimativas do número de grilos, estabeleceu uma função que relaciona a quantidade de chuva (em mm) à quantidade de grilos (em milhares), dada por g(c) = 2 + 0,5c, em que c é o volume de chuva e g(c) é a quantidade de grilos. O pesquisador observou ainda que o aumento da quantidade de grilos faz a população de lagartos, seu predador natural, aumentar também segundo a função l(g) = g2 + 1, em que g e l(g) são as quantidades, em milhares, de grilos e lagartos, respectivamente. Dessa forma, o pesquisador pôde também estabelecer uma relação direta entre o volume da chuva e o número de lagartos. A função que relaciona o número de lagartos e o volume de chuva é
8
10 9
VANESSA NOVAIS
QUESTÃO 77
Se a roda-gigante rodar um total de 1 320°, em que posição estará a cabine 2, localizada originalmente na posição de 70°? A 1 390° B 1 320° C 240° D 310° E 70°
A l(c) = g2 + 0,5c + 3 B l(c) = g2 − 0,5c − 1 C l(c) = 0,25c + 2c + 5 2
D l(c) = 0,25c2 + 5 E l(c) = −0,25c2 + 2c + 5
QUESTÃO 78 Conteúdo: Arcos côngruos C2 | H6 Dificuldade: Fácil Dada uma rotação de 1 320°, compreende-se que a roda-gigante dará várias voltas. Com base nisso, como uma volta corresponde a 360°, deve-se realizar a divisão: 1 320° por 360°. Essa divisão dá quociente 3 (ou seja, três voltas completas) e resto 240°, que é a quantidade percorrida na 4a volta. Como a cabine 2 já estava na posição 70°, após a rotação, sua nova posição será: 70° + 240° = 310°.
QUESTÃO 76 Conteúdo: Inequação modular C5 | H19 Dificuldade: Média Pelo enunciado, o módulo da diferença entre a medida feita e a medida real deve ser menor ou igual a incerteza. Como a incerteza é a metade da menor unidade da trena, o erro é 0,05 cm. Daí: |3,4 − x | ≤ 0,05; logo: −0,05 ≤ 3,4 − x ≤ 0,05, o que resulta em 3,35 ≤ x ≤ 3,45. QUESTÃO 77 Conteúdo: Função composta C5 | H21 Dificuldade: Média A função que representa diretamente a relação entre a chuva e a quantidade de lagartos é a função composta de g(c) com l(g), ou seja: l(g(c)) = (2 + 0,5c)2 + 1 Essa função é: l(c) = 0,25c2 + 2c + 5
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QUESTÃO 79
QUESTÃO 80
As unidades de medidas usadas para estimar as distâncias no espaço são chamadas de unidades astronômicas. Para medir distâncias dentro do sistema solar é utilizada a Unidade Astro‑ nômica (UA), que corresponde à distância média da Terra ao Sol, na qual 1 UA equivale a 1,5 × 108 km, aproximadamente. Determinado cometa está a 2 UA do Sol e faz uma trajetória circular em torno dele, percorrendo um arco de medida
3π 5
A tabela abaixo mostra a frequência cardíaca normal (quan‑ tidade de vezes que o coração bate por minuto) de pessoas em diferentes faixas etárias durante o período de repouso. A frequência cardíaca é dada em bpm, ou seja, batimentos por minuto. Pulso normal
Faixa etária
60-70 bpm
Homens adultos
70-80 bpm
Mulheres adultas
80-90 bpm
Crianças acima de 7 anos
A 3,0 ⋅ 10 km
80-120 bpm
Crianças de 1 a 7 anos
B 1,08 ⋅ 10 km
110-130 bpm
Crianças abaixo de um ano
C 5,4 ⋅ 10 km
130-160 bpm
Recém-nascidos
radianos. Adotando π = 3, a distância percorrida pelo cometa é de, aproximadamente, 8
8
8
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003. p. 21. Disponível em: <www.fiocruz.br/ biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2018.
D 9,0 ⋅ 10 km 8
E 1,8 ⋅ 108 km
QUESTÃO 79 Conteúdo: Arcos na circunferência C2 | H9 Dificuldade: Média Como a trajetória é circular com centro no Sol e raio 2 UA, ou 3,0 ⋅ 108 km o moviL mento do cometa descreve um arco de circunferência. Sabe-se que α = , em que r α é a medida do arco em radiano, L é o comprimento do arco em quilômetro e r é o raio da circunferência em quilômetro. Daí,
6π 3π L UA . Considerando = ; logo, L = 5 5 2
π = 3 e 1 UA = 1,5 ⋅ 108 km, tem-se L = 5,4 ⋅ 108 km.
Para obter a frequência cardíaca de uma pessoa, pode-se observar a função que corresponde à pressão sanguínea dela em mmHg. O comportamento da pressão sanguínea de um paciente foi modelado por meio de um monitoramento e pôde ser escrito como a função: 31π t , em que t é dado em segundos P(t) = 120 − 10 ⋅ cos 15 e P(t) em mmHg e que um período completo dessa função corresponde a 1 batimento cardíaco. Observando a tabela e a função, e sabendo que a frequência é igual ao inverso do período, a frequência cardíaca desse paciente se enquadra na faixa de pulso normal referente a A um homem adulto. B uma mulher adulta. C uma criança acima de 7 anos. D uma criança abaixo de um ano. E um recém-nascido.
QUESTÃO 80 Conteúdo: Período da função cosseno C6 | H24 Dificuldade: Difícil Considerando a função, sabe-se que: P =
2π , em que a é o coeficiente da variáa
2π 30 ⇒P = . Dado que o período da função corresponde a um 31π 31 15 30 batimento cardíaco, tem-se que: a cada segundos o coração bate uma vez. 31 vel t. Logo, P =
Como o enunciado indica batimentos por minuto, divide-se o período encontrado por 60 e obtém-se a frequência de 62 bpm, que corresponde ao pulso normal de um homem adulto.
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QUESTÃO 81
QUESTÃO 82
Durante períodos de grande agitação do mar, observa-se um fenômeno conhecido como ressaca. Esse fenômeno ocorre pela ação contínua do vento em uma área muito grande do mar durante um extenso período (horas/dias), transferindo energia para a superfície da água e gerando as ondas por atrito. Quando o acúmulo de energia é muito grande, surgem as ressacas, que são formadas por ondas que podem ultra‑ passar 3,5 metros de altura.
NO RN, SEGUNDO MAIOR FAROL DA AMÉRICA LATINA
Observando um período de ressaca, um oceanógrafo elabo‑ rou o gráfico abaixo, que relaciona a altura das ondas, em metros, em função do tempo de observação, em horas.
prédio de 16 andares. Para chegar ao alto é preciso subir 298
3,5
COMPLETA 100 ANOS O Farol do Calcanhar, mais conhecido como Farol de Touros, localizado no litoral Norte do Rio Grande do Norte, completa 100 anos [...]. Segundo a Marinha do Brasil, esta é a segunda maior torre de orientação náutica da América Latina. São 62 metros da base até o topo, o equivalente a um degraus. Lá em cima trabalha o faroleiro, considerado a alma do farol. Ele é encarregado de manter o funcionamento do aparelho óptico, que ilumina os mares e permite a orientação
y
pelos mares, mesmo a longas distância.
3
HOLDER, Caroline; MENDES, Luiza. No RN, segundo maior farol da América Latina completa 100 anos. G1, Rio Grande do Norte, 21 dez. 2012. Disponível em: <http:// g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2012/12/no-rn-segundo-maior-farol-daamerica-latina-completa-100-anos.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.
2,5 2 1,5 1 0,5 0
0,5 1 1,5
2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6
x
A função que determina esse comportamento pode ser dada π por: H(t) = A + B ⋅ sen t , em que H é a altura das ondas 3 medida em metros e t é o tempo passado de observação em horas e A e B são números reais positivos. Com base no gráfico, os valores para os parâmetros A e B são, respectivamente,
Após alguns quilômetros, um tripulante de um navio que se afasta da costa do estado do Rio Grande do Norte faz a pri‑ meira observação sob um ângulo de 60° com a horizontal e enxerga o topo do Farol do Calcanhar. Após certo tempo, o tripulante observa novamente o topo do Farol sob um ângulo de 30° com a horizontal. Durante a segunda observação, em relação ao local da primeira observação, o navio se encon‑ trava a uma distância de A
124 3 metros. QUESTÃO 82 3
62 3 metros. B 3
Topo do farol
A 3,5 e 0,5.
186 3 metros. C 3
B 0 e 4,5.
D
C 2 e 0,5. D 3,5 e 1,5. E 2 e 1,5.
Conteúdo: Tangente de um arco C2 | H6 Dificuldade: Média A situação pode ser representada pela figura a seguir.
248 3 metros. 3
E 124 3 metros.
60° x
Ponto 1
30°
Ponto 2
y
A distância x pode ser calculada a partir da tg 60° e a distância y pela tg 30°. Como a altura do farol é constante, tem-se que: tg 60° =
62 62 62 , então 3 = ⇒x= metros. x x 3
QUESTÃO 81 Conteúdos: Máximo e mínimo de função seno 186 3 62 62 ⇒y= metros. tg 30° = , então = C5 | H20 3 y y 3 Dificuldade: Média 186 62 124 3 124 3 É possível observar que os pontos máximo e mínimo da curva ocorrem respecti− = ⋅ = Logo, y − x é a distância entre o ponto 1 e o ponto 2. Assim: vamente em H = 3,5 m e H = 0,5 m. Como A e B são números reais positivos, a 3 3 3 3 3 62do seno 124 3 124 3 altura máxima decorre do máximo seno, enquanto a altura mínima186 decorre − = ⋅ = metros. mínimo. Logo, pode-se concluir que: A + B = 3,5 e que A − B = 0,5.3Resolvendo 3 3 3o 3 sistema, tem-se que A = 2 e B = 1,5.
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QUESTÃO 83
QUESTÃO 84
O sistema que leva os passageiros da praia (A) até o topo do Pão de Açúcar (D) é composto de dois bondinhos. O primeiro vai até o topo do Morro da Urca (B), a 220 m de altura, e o segundo segue do Morro da Urca (C) ao topo do Pão de Açúcar (D). D
400 m
12º
C
B
Algumas doenças infecciosas apresentam a febre alta como um dos sintomas. No entanto, é preciso considerar que a febre costuma apresentar períodos de aumento e de diminuição. Observou-se que uma determinada doença apresenta um padrão muito específico de períodos de febre e esse padrão π foi modelado pela função: T(t) = 38 + 2 ⋅ cos t , em que T 6 é a temperatura do paciente em graus Celsius, medida no instante t, dado em horas, no intervalo de [0,24[. Um paciente com essa doença terá temperatura corporal de 37 °C às
220 m 21,5º
A
Observando a representação da figura, calcula-se que o com‑ primento total aproximado dos cabos AB e CD que levam os bondes até os picos dos morros é Dados: sen 12° = 0,21; cos 12° = 0,98; tg 12° = 0,21; sen 21,5° = = 0,37; cos 21,5° = 0,93; tg 21,5° = 0,4.
A 4 e 8 horas, apenas. B 4 horas, apenas. C 4, 8, 16 e 20 horas. D 5 horas e 10 horas. E 2, 4, 6, 8 horas.
A 595 m B 857 m C 1 452 m D 1 407 m E 1 627 m
QUESTÃO 83 Conteúdo: Razões trigonométricas C2 | H9 Dificuldade: Média O segmento AB pode ser obtido a partir do sen 21,5°. Enquanto que CD pode ser 220 obtido pelo sen 12°. Para AB, tem-se que: sen 21,5° = ; logo, AB é aproximaAB 180 damente 595 m. Para CD, tem-se que: sen 12° = ; logo, CD é aproximadamente CD
QUESTÃO 84 Conteúdos: Resolução real de equação trigonométrica, função C5 | H22 Dificuldade: Difícil Sabendo que o enunciado indica a temperatura de 37 °C, pode-se dizer que: π 2π 1 π π 38 + 2cos t = 37. Assim, tem-se: cos t = − , logo: t = + 2kπ ou 6 6 6 3 2 π 4π t= + 2kπ, com k ∈ , que resulta nas seguintes expressões: t = 4 + 12k ou 6 3 t = 8 + 12k, com k ∈ . Como t varia em um intervalo [0, 24[, pode-se testar k = 0, logo t = 4 ou t = 8; k = 1, logo t = 16 ou t = 20; com k = 2, t não está no intervalo estipulado. Logo, o paciente terá 37 °C quando t = {4, 8, 16, 20}.
857 m. Assim, a soma de AB com CD será 1 452 m.
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QUESTÃO 85
QUESTÃO 86
Leandro observa um pássaro que sobrevoa uma árvore a 15 m de distância dele. O rapaz enxerga o topo da árvore, a 6 m do chão, sob um ângulo α; ao passo que para avistar o pássaro ele precisa inclinar sua cabeça em um ângulo 2α, como mostra a figura abaixo.
Em sua linha de produção, uma montadora de automóveis tem dois modelos de carros: A e B, vendidos em três versões diferentes: V1, V2 e V3. Para definir um plano de venda para o modelo C, que está em fase final de projeto, foram estudados os últimos três meses de vendas dessa montadora. Sabe-se que a quantidade de carros A vendidos pode ser dada pela matriz A de ordem 3, em que aij = i + 2j é a quantidade de carros vendidos, em milhares, da versão i no mês j. O mesmo foi feito com a quantidade de carros B, que pode ser dada pela matriz B de ordem 3, em que bij = 3i − j é a quantidade de carros vendidos, em milhares, da versão i no mês j. Dado que a quantidade produzida de carros do modelo C será igual à soma das quantidades dos modelos A e B vendidos nos últimos três meses, serão produzidos do modelo C A 9 000 carros. B 36 000 carros. C 54 000 carros. D 90 000 carros.
2α EDU RANZONI
α
E 120 000 carros.
15 m
6m
Sabendo que Leandro tem 2 m de altura, infere-se que o pássaro que ele observa está voando a uma altura de, apro‑ ximadamente, A 8m
QUESTÃO 86 Conteúdo: Matrizes C5 | H22 Dificuldade: Díficil Para obter o valor desejado, deve-se montar as matrizes A e B, dadas suas leis de formação: aij = i + 2j e bij = 3i − j, obtém-se: 3 A = 4 5
B 8,4 m C 8,6 m
5 6 7
7 8 9
2 e B= 5 8
1 4 7
0 3 6
. Ao adicionar os elementos de A, obtém
-se 54, enquanto que, ao adicionar os elementos de B, obtém-se 36. Logo, a soma é 90. Como o enunciado diz que a quantidade é dada em milhares, resulta em 90 000 carros vendidos. Portanto, serão produzidos 90 000 carros do modelo C.
D 10,6 m E 12,6 m
QUESTÃO 85 Conteúdo: Tangente do dobro de um arco C2 | H6 Dificuldade: Média A partir da observação do desenho, conclui-se que tg α =
4 . Chamando de h, a 15
distância vertical que vai da cabeça de Leandro até o pássaro, tem-se: h 2 tgα . Para tg 2α: tg 2α = . 1− tg2α 15 4 2⋅ h 15 ; logo h = 8,6 m, aproximadamente. Adicionando a altura = Assim: 2 15 4 1− 15 tg 2α =
de Leandro, conclui-se que o pássaro está a, aproximadamente, 10,6 m de altura.
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QUESTÃO 87 Como Rafaela vai para o Rio de Janeiro, decidiu verificar antecipadamente a previsão do tempo. PREVISÃO DE QUINTA PARA RIO DE JANEIRO - 18/10 Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite. chuva 80% 10 mm
36°
20°
PREVISÃO DE SEXTA PARA RIO DE JANEIRO - 19/10 Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora. chuva 80% 18 mm
29°
19°
Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora. chuva 80% 5 mm
26°
17°
EDU RANZONI
PREVISÃO DE SÁBADO PARA RIO DE JANEIRO - 20/10
Ela decidiu organizar as informações em uma matriz A = (aij)4 × 3, em que a linha i = 1, indica a temperatura máxima, i = 2, a temperatura mínima, i = 3, a chance de chuva e i = 4, a precipitação de chuva em mm, enquanto que cada coluna j indica os dias observados, em ordem crescente. Sendo assim, a matriz construída por Rafaela foi A 36
20 29 19 26 17
80 10 80 18 80 5
B 36
29 26 20 19 17 80 80 80 10 18 5
C 26
29 36 17 19 20 80 80 80 5 18 10
D 26
17 29 19 36 20
80 5 80 18 80 10
QUESTÃO 87 Conteúdo: Montagem de matrizes C6 | H24 Dificuldade: Fácil Na primeira coluna devem estar as informações do dia 18/10; na segunda coluna, as do dia 19/10 e na terceira coluna, as do dia 20/10. Essas informações estão dispostas na seguinte ordem: temperatura máxima, temperatura mínima, chance de chuva (%) e precipitação de chuva, em mm, logo a matriz deve ser:
36 20 80 10
29 19 80 18
26 17 80 5
.
E 17
19 20 26 29 36 5 18 10 80 80 80
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QUESTÃO 88
QUESTÃO 89
Uma ONG na cidade de São Paulo faz arrecadação de ali‑ mentos e os leva para bairros mais afastados do centro da cidade para distribui-los gratuitamente todos os dias. Em grande maioria, esses alimentos são o excesso da produção que seriam descartados em grandes centros de distribuição. Em determinado dia, três tipos de alimentos (A, B e C) foram recolhidos e seriam distribuídos pelos bairros 1 e 2, como mostra a tabela abaixo. A B C 1 0,5 0,2 Bairro 1 Bairro 2 2 0,5 1 Para fazer a distribuição, cotou-se o valor do transporte des‑ ses alimentos com duas empresas, e os orçamentos em reais, por tonelada de alimento, foram marcados na tabela que se‑ gue, em que a linha indica a empresa que fará o transporte, enquanto a coluna indica o bairro de destino: Bairro 1 Bairro 2 300 500
Os terremotos são fenômenos naturais que acontecem em algumas regiões do planeta, ocasionando quase sempre da‑ nos à população local. Com o intuito de minimizar estragos e alertar as populações envolvidas, a ocorrência de terremotos é monitorada por diversos centros de estudo, e a observação das magnitudes dos terremotos ficam registradas em relató‑ rios para futuras análises. Na matriz, estão as magnitudes tij dos terremotos, na escala Richter, nas últimas i localizações, nos momentos j. Na ordem, as localizações mais recentes atingidas por terremotos são: New Caledonia, Rússia e Havaí. 6,8 T = 6,7 2,5
5,8
5,4
5,6
4,9
3,9
3
5,1 4,5 2,9
De acordo com os registros, a média, aproximada, mais alta de magnitude ocorreu na localização A New Caledonia, com 5,4 graus na escala Richter. B Rússia, com 5,4 graus na escala Richter.
400 Empresa 1 200 Empresa 2
C Havaí, com 3 graus na escala Richter. D Rússia, com 5,8 graus na escala Richter. E New Caledonia, com 5,8 graus na escala Richter.
Calculando-se o valor gasto para fazer o transporte, é mais vantajoso para a ONG contratar a empresa A 2, visto que economizará 360 reais.
QUESTÃO 89 Conteúdo: Localização e média de termos na matriz C6 | H24 Dificuldade: Fácil Para obter a resposta, deve-se fazer a média de cada linha da matriz, que é dada pela soma, seguida pela divisão por 4. Logo, a média em New Caledonia é de 5,8 graus aproximadamente; na Rússia é de 5,4 graus; e no Havaí é de 3 graus. Logo, New Caledonia é a localização com maior média.
B 2, visto que economizará 1 910 reais. C 1, visto que economizará 300 reais. D 1, visto que economizará 360 reais. E 2, visto que economizará 300 reais.
QUESTÃO 88 Conteúdo: Multiplicação de matrizes C6 | H25 Dificuldade: Difícil Dado que o valor total cobrado por cada empresa pode ser obtido pelo cálculo do produto entre as duas matrizes, tem-se que:
300 500
1 400 ⋅ 200 2
1 2
1 5
1 2
1
1100 = 900
350
460
350
300
em que na primeira linha da matriz obtida são os valores cobrados pela empresa 1 para fazer o transporte de cada tipo de alimento, enquanto na segunda linha são os valores cobrados pela empresa 2. Ao somar os valores da linha 1, tem-se que o valores cobrados pela empresa 1 é de 1.910 reais, enquanto, somando os valores da linha 2, tem‑se que o valor cobrado pela empresa 2 é de 1.550. Logo, a empresa 2 é a mais vantajosa, propiciando à ONG a economia de 360 reais em relação à contratação da concorrente.
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QUESTÃO 90 Um grupo de escoteiros desenvolveu um código para trocar mensagens secretas entre os membros do grupo. Para ler as mensagens, deve-se operar matrizes numéricas corretamente, obtendo a matriz final S. 5 2 1 1 2 3 , B = , C = −2 Dado que A = 0 1 3 1 2 8
3 7 3 e D= 9 3 2
−1 1 2
3 2 t , e que S = A ⋅ B + C + 2D. A partir de S, deve-se 2
verificar na tabela as letras correspondentes e obter o texto da mensagem que é lida a partir da 1a linha e 1a coluna até o último elemento da 1a linha, passando para a 2a linha, seguindo essa sequência sucessivamente. 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
A mensagem enviada foi A PARTIU B PASSEI C PERDEU D GANHEI E MATRIZ
QUESTÃO 90 Conteúdo: Equações matriciais C6 | H25 Dificuldade: Média 2 Inicialmente deve-se fazer a multiplicação entre as matrizes A e B: 0
1 1 ⋅ 1 3
2 1
3 5 = 2 3
5 1
8 . 2
Após isso, Ct é a matriz C transposta, logo: 5 3
5 1
8 5 + 2 7
–2 3
8 10 = 3 10
16 5
3 4
Assim, soma-se o resultado obtido e a matriz 2D: 10 10
3 4
16 6 + 5 9
–2 1
3 16 = 4 19
1 5
19 9
Confrontando o resultado com as letras na tabela e seguindo as instruções da leitura, tem-se a palavra: PASSEI.
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Simulado ENEM 2019
Prova 1
3Série a
1o Dia
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: O brilho do Sol modifica a vida.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 1 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 1 a 5 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
Instituição de ensino: Aluno:
9160604000013
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
Selo FSC aqui
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 2
Questões de 1 a 45
not alone – more than 45 million people in the United States
Questões de 1 a 5 (opção Inglês)
the little plastic hemispheres.
If you throw out your contact lenses every day or so, you’re wear contacts, and many of them use disposable versions of But if they are not tossed out correctly, contact lenses may
QUESTÃO 1
have a dark side. […] Contact lens packages don’t currently tell users how to dispose of them, said Dr. Halden, who suggested that companies should add labels recommending that contacts be put in the garbage rather than washed down the drain. He pointed out that some manufacturers have already begun recycling programs to reclaim the plastic from lenses. While contact lenses are far from the largest source of microplastic pollution
ANÚNCIO DA CITROËN. CRIAÇÃO: AGÊNCIA BNY
in water, they appear to be a readily avoidable one.
A propaganda acima traz um elemento cômico e inusitado para anunciar um novo item presente em um de seus carros; trata‑se A
do sistema de segurança, com vidros mais escuros e à prova de balas.
B
do revestimento reforçado do carro em caso de acidentes graves.
C
da trava de segurança contra roubos escondida em diversos pontos do carro.
D
do sistema de monitoramento, que avisa o motorista sobre pontos cegos.
E
do painel inteligente, que avisa o motorista sobre perigos na estrada.
GREENWOOD, Veronique. Before you flush your contact lenses, you might want to know this. The New York Times, 19 ago. 2018. Disponível em: <https://nytimes. com/2018/08/19/science/contact‑lenses‑pollution.html?action=click&module= Smarter%20living&pgtype=Homepage>. Acesso em: 26 nov. 2018.
Segundo o texto, as pessoas devem conscientizar‑se sobre o descarte de lentes de contato, pois A
elas são a maior fonte de poluição plástica na água.
B
trata‑se de um tipo de poluição que pode ser prontamente evitado.
C
todos os fabricantes de lentes possuem programas de reciclagem.
D
trata‑se de um lixo plástico gerado por 45 milhões de lentes descartáveis.
E
a melhor forma de descartá‑las, pelo vaso sanitário, é desconhecida.
QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C7 | H24 Dificuldade: Fácil O carro possui um sistema de monitoramento que avisa sobre pontos cegos, ou seja, pontos que o motorista não consegue enxergar pelo retrovisor. A propaganda brinca com isso ao colocar um personagem de filme de terror com um brinquedo de criança na mão, fazendo-o passar de uma ameaça a algo inofensivo. QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H6 Dificuldade: Média Apesar de a poluição causada pelo descarte equivocado de lentes de contato estar longe de ser uma das maiores, ela pode ser facilmente evitada se seus usuários se conscientizarem sobre seu descarte adequado.
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QUESTÃO 3
QUESTÃO 4 WHAT EXACTLY IS MINDFULNESS? When we are mindful, we are more conscious of our thoughts, our actions and what is happening around us. We might notice a beautiful sunset or really listen carefully to what a friend is saying, rather than planning what we’re going to say next. We are also more aware of our own feelings and thoughts. Jon Kabat Zinn, who has done a lot to make mindfulness popular, says mindfulness is: “Paying attention, on purpose, in the present moment, and without judging.” So we are consciously deciding what to pay attention to, we are not worrying about the past or planning for the future and we are not trying to control or stop our thoughts or feelings – we’re just noticing them. Mindfulness. British Council. Disponível em: <https://learnenglish.britishcouncil.org/sites/ podcasts/files/LearnEnglish-Magazine-Mindfulness_0.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2018.
O termo “mindfulness” está em voga nos últimos tempos e, acredita-se, pode ajudar tanto na realização de tarefas do dia a dia quanto no controle da ansiedade. Segundo o texto, “mindfulness” é
© CREATORS
A perceber-se apto a controlar pensamentos e sentimentos com prontidão.
Na tirinha acima, a falha na comunicação entre os persona‑ gens ocorre porque
B planejar o que dizer, ao invés de prestar atenção no que o outro diz. C estar atento ao que acontece ao redor e apto a fazer julgamentos. D tornar-se mais consciente de seus pensamentos e ações. E viver o presente sem esquecer do passado ou do futuro.
A Momma faz uma interpretação denotativa da expressão “ups and downs”. B Francis não se incomoda com o excesso de escadas em seu novo trabalho. C Momma faz uma interpretação conotativa da expressão “ups and downs”. D Francis dá a entender que em seu trabalho há momentos bons e ruins.
QUESTÃO 4 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H5 Dificuldade: Fácil “Mindfulness” é a capacidade de se tornar mais consciente de seus pensamentos e ações, assim como daquilo que acontece ao redor.
E Francis não entende por que Momma não considera as escadas um problema.
QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C6 | H19 Dificuldade: Média O problema de comunicação se dá entre os personagens em questão por causa da expressão “ups and downs”, que foi interpretada por Momma de forma denotativa, ou seja, ela isolou os significados literais de “ups” (altos) e “downs” (baixos) e fez uma conexão direta com a existência de muitas escadas, pois um espaço que possui lugares altos e baixos necessariamente precisa contar com escadas para que se faça o deslocamento. Francis, entretanto, fez uso de uma expressão idiomática na qual “altos e baixos” deve ser entendido de forma conotativa como “partes boas e ruins”.
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QUESTÃO 5 Anyone with a smartphone can access a host of apps capable of reshaping a jaw, changing skin tone or lengthening eyelashes in a matter of seconds. Doctoring women’s bodies and faces has been common practice in fashion magazines for years, but now it’s easier than ever for people to perform digital plastic surgery on themselves with the click of a button. Some may think that’s a great thing. Ashley Graham knows it’s a problem. “If you are constantly showing an altered woman in media,” said the IMG model in a recent interview, “what is that little girl going to go and do when she looks in the mirror and doesn’t see smoothed-out skin, or almond eyes, or a pinched nose and plumped-up lips?” Ashley Graham, unfiltered. The New York Times, 5 set. 2018. Disponível em: <www.nytimes.com/interactive/2018/09/04/style/ashley-graham-body-positive-movementar-ul.html?mc=adintl&mccr=2018-09&ad-keywords=IntlAudDev&subid1= kensholl&dclid=CjkKEQjw6MHdBRDN6J_vvl-Y-PMBEiQAVjTbDIQRGR6PcNL9U_ qCc-SdDj3FFYVpRt7bY75qC26WPzTw_wcB>. Acesso em: 27 nov. 2018.
Para a modelo mencionada no texto, o maior problema de aplicativos e revistas que alteram os rostos e os corpos das mulheres é A o impacto negativo que isso pode ter no processo de auto‑ aceitação de jovens meninas. B a dificuldade de algumas mulheres de conseguir realizar cirurgia plástica, pois é muito cara. C a mudança no tratamento recebido pelas modelos, que antes apareciam como realmente eram. D a banalização do tratamento digital em fotos, pois todos com um smartphone podem fazê-lo. E o fato de hoje em dia essa prática ter sido adotada e ser recorrente entre pessoas comuns.
QUESTÃO 5 Conteúdo: Interpretação de texto C1 | H4 Dificuldade: Média A maior preocupação da modelo citada no texto em relação aos aplicativos e revistas que alteram os rostos e os corpos de mulheres para ficarem dentro de um padrão, é que garotas muito provavelmente terão problemas em aceitar os seus próprios corpos, pois certos (ou muitos) traços não vão corresponder a esse padrão.
Questões 1 a 5 (opção Espanhol) QUESTÃO 1 Fue justamente la apariencia inofensiva lo que permitió que las tiras de Mafalda no sean censuradas por el régimen, recuerda el humorista gráfico de diario Última Hora, Mario Casartelli. […] Esa sutileza y capacidad de Joaquín Salvador Lavado para expresar entre líneas una ácida crítica coyuntural sirvió de influencia para que artistas controlados por la dictadura no caigan en la obviedad, opina el periodista Antonio Pecci. “Mafalda era considerada por las autoridades de la época una tira infantil, una nena inocente”, relata Pecci. “Pero si uno se pone a leer el análisis de esa nena, cae en la cuenta de que son reflexiones propias de un adulto.”, rememora. […] ¿Cuál fue el acto más revolucionario de esa niña con moñito que odiaba la sopa, cuestionaba a sus padres, jugaba con sus amiguitos del barrio y tenía una tortuga llamada “burocracia”? “Lo más revolucionario de Mafalda es que invita a pensar, a reflexionar sobre lo que está pasando desde un punto de vista pacifista. Mafalda siempre está pidiendo que haya paz en el mundo”, apunta Pecci. PIRIS, Elías. Mafalda, la niña que burló la censura de la dictadura. Última Hora, 29 set. 2014. Disponível em: <www.ultimahora.com/mafalda-la-ninaque-burlo-la-censura-la-dictadura-n834016.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.
De acordo com o texto, o maior ato revolucionário de Mafalda, personagem das tiras de Quino, foi A provocar os responsáveis pela censura na época das ditaduras militares no Cone Sul. B ser considerada pelas autoridades da época do regime ditatorial uma tira infantil e inocente. C questionar tudo e poder dizer livremente e sem censura seus gostos, como o de odiar sopa. D convidar as pessoas a refletir sobre o que está acontecendo do ponto de vista pacifista. E possuir características específicas como interrogar seus pais e questionar seus amigos.
QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Média A resposta se encontra no último parágrafo: “‘O mais revolucionário de Mafalda é que ela convida a pensar, a refletir sobre o que está acontecendo de um ponto de vista pacifista. Mafalda está sempre pedindo que haja paz no mundo’, aponta Pecci.”.
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QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H8 Dificuldade: Fácil
A resposta se encontra no último parágrafo: “Como sinto falta dos meus amigos, quero que eles voltem”. O efeito humorístico da anedota está no fato de o terceiro homem pedir ao gênio que traga os outros dois de volta, após ambos terem pedido para estar perto da família e de amigos.
QUESTÃO 2 La casa de papel cuenta la clásica historia del “atraco perfecto” desde el punto de vista de los ladrones. “Ellos no solamente están robando para sí mismos, sino que también le están dando un golpe […] y una llamada de atención al sistema capitalista en el que estamos”, le dijo Alejandro Bazzano, uno de los directores de la serie, al diario argentino La Nación. La peculiaridad de este atraco provoca la atracción de buena parte de la audiencia, que en ocasiones encuentra similitudes con lo que ocurre en sus países.
A anedota evoca uma situação cômica. Seu efeito humorístico reside A no desejo do terceiro homem de trazer seus amigos de volta. B no clássico tema do gênio que realiza três desejos. C na lâmpada mágica encontrada na ilha deserta. D na saudade de estar com seus familiares e amigos. E no encontro inusitado com o gênio da lâmpada mágica.
QUESTÃO 4
[…] El enfoque de la trama hace que, finalmente, gran parte de la audiencia desee que el atraco llegue a buen puerto y no al contrario. Y es por eso que la serie llegó a causar polémica en ©JOAQUIM S. LAVADO TEJÓN (QUINO), TODA MAFALDA/FOTOARENA
algunos países. En Turquía, por ejemplo, el exalcalde de Ankara Ibrahim Melih Gökçeh calificó la ficción como “un símbolo de rebeldía” que debía “ser intervenida por las autoridades policiales”. DÍAZ, Marcos González. 5 cosas que explican el éxito internacional de La casa de papel, la seria de habla no inglesa más vista de la historia de Netflix. BBC, 18 abr. 2018. Disponível em: <www.bbc.com/mundo/noticias-43818320>. Acesso em: 27 nov. 2018.
No texto, o ex-prefeito de Ancara, Ibrahim Melih Gökçeh, utiliza a expressão “un símbolo de rebeldía” sobre a série La casa de papel porque A os protagonistas assaltam o lugar onde as cédulas de dinheiro são produzidas. B grande parte do público quer que o assalto se concretize e não o contrário. C representa semelhanças com o que acontece na realidade dos países. D conta a história clássica de “roubo perfeito” apenas do ponto de vista dos ladrões. E pune os que cometeram os desastres que tornaram pobres alguns países latinos.
Mafalda é uma personagem argentina com um humor reflexivo que se mostra sempre atual. A tira acima remete a uma crítica A à má vontade dos filhos em ajudar nos trabalhos domésticos. B ao desejo da mãe de extinguir os países do globo terrestre. C ao trabalho infantil realizado dentro das próprias casas.
QUESTÃO 3
D aos governos ruins presentes em alguns países da Terra.
Eran tres hombres en una isla desierta, y de pronto se encuentran una lámpara mágica, y los tres hombres la frotan, de pronto sale el genio de la lámpara y les dice a los tres hombres que les va a conceder un deseo a cada uno, el primer hombre dice: Quisiera estar con mi familia y amigos. Y de pronto desaparece, el segundo hombre dice: Quisiera estar cerca de mi familia y amigos. Y de pronto desaparece y el tercero y el último de los hombres dijo: Como echo de menos a mis amigos, quisiera que regresaran.
E à falta de compreensão entre os pais e seus filhos.
Chiste número #3664. Web de Chistes. Disponível em: <www.webdechistes.com/ chiste/eran-tres-hombres-en-una-isla-desierta-y-de-pronto-se-3664/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
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QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Difícil O ex-prefeito de Ancara utiliza a expressão “um símbolo de rebeldia” em razão de os telespectadores torcerem para o sucesso dos bandidos da história. QUESTÃO 4 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Média No último quadrinho, Mafalda pergunta a sua mãe: “Limpo todos os países ou apenas aqueles que têm governos ruins?”. Dessa maneira, Quino, criador de Mafalda, critica os maus governos de alguns países.
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QUESTÃO 5
QUESTÃO 6 A CARTOMANTE Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é
CONTEE – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE TRABALHADORES EM ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
que o fazia por outras palavras. — Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. […] Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. […] Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; Rita tratou especial‑ mente do coração, e ninguém o faria melhor. Como daí chegaram ao amor, não o soube ele nunca. […] Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima, que lhe chamava imoral e pérfido, e dizia que a aventura era sabida de todos. […] No dia seguinte, estando na repartição, recebeu Camilo este bilhete de Vilela: “Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te A figura do professor passa por grandes transformações ao longo das décadas. De valor fundamental para o desenvolvi‑ mento de um país, muitas vezes lhe falta esse reconhecimento. No cartaz, a palavra “borrar” significa A apagar.
sem demora.” […] — Desculpa, não pude vir mais cedo; que há? Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe sinal, e foram para uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde sufocar um grito de terror: — ao fundo sobre o ca‑
B manchar.
napé, estava Rita morta e ensanguentada. Vilela pegou-o pela
C valorizar.
gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.
D apoiar. E substituir.
QUESTÃO 5 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H5 Dificuldade: Fácil A palavra “borrar” significa apagar. Dessa maneira, o cartaz, referente à Campanha Nacional Contra a Desprofissionalização do Professor, pode ser traduzido como: “Apagar o professor é apagar o futuro”. QUESTÃO 6 Conteúdo: Realismo no Brasil, interpretação de texto C7 | H22 Dificuldade: Média Quando cita “Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”, o narrador do texto insinua que há muitas coisas que a razão humana desconhece, ou seja, nem tudo é previsível. Machado de Assis retoma intertextualmente o autor Shakespeare, dramaturgo da tragédia – assim, o conto já anuncia certo mistério e condiz também com todo o misticismo de que o texto trata.
ASSIS, Machado de. Machado de Assis: contos selecionados. Colatina/Chicago: Clock-Book, 2016. p. 8-17.
O conto machadiano “A cartomante” traz em seu corpo a ideia de que, na vida, muita coisa é inexplicável e imprevisível. O trecho que revela essa percepção é A “Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens”. B “Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão”. C “Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima, que lhe chamava imoral e pérfido […]”. D “Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”. E “[…] ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era”. LC ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 7
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QUESTÃO 7
QUESTÃO 8 14 DE JULHO Passei o dia deitada por estar com febre e dor nas per‑ nas. Não tinha dinheiro, mas eu havia deixado uns ferros lá no senhor Manoel e mandei o José Carlos ir pesar e rece‑ ber. Ganhou 22 cruzeiros. Comprei 5 de pão e 5 de açúcar e comprimido. Levantei só para preparar as refeições. Passei o dia deitada. O José Carlos ouviu a Florenciana dizer que eu pareço louca. Que escrevo e não ganho nada. JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014. p. 92-93.
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora brasileira, moradora da antiga favela do Canindé, em São Paulo. Durante a década de 1950 escreveu seus diários, posteriormente publicados no livro Quarto de despejo. Sobre as características desse gênero, pode-se inferir que, no trecho acima, a autora A apresenta de maneira objetiva o cotidiano das pessoas que vivem na favela do Canindé. B utiliza recursos formais do diário, como vocativo, expressões de despedida e assinatura. C relata, ficcionalmente, como é a vida em uma favela, por meio da construção de personagens.
BENETT
D faz uso de uma linguagem simples e informal para registrar seus relatos pessoais e os acontecimentos. E utiliza uma linguagem complexa a fim de expressar sua sub‑ jetividade e conflitos pessoais.
O contexto da tirinha é composto da postura realista do per‑ sonagem pelo fato de A apresentar visão pessimista da vida, sem idealizações de um futuro promissor. B desejar a morte por ter a certeza da não possibilidade de aproveitar a vida. C manter-se fiel ao propósito inicial de vencer obstáculos, nu‑ trindo expectativas. D usar adjetivos coerentes com as características de um vilão dos enredos realistas.
QUESTÃO 8 Conteúdo: Diário, gênero literário C5 | H18 Dificuldade: Fácil Ao longo de seus diários, Carolina Maria de Jesus registra os acontecimentos cotidianos de sua vida na favela do Canindé, sua relação com os filhos e com a vizinhança, além de discutir seu processo de escrita. A linguagem empregada é simples e de fácil compreensão, o que está associado ao gênero diário, que demonstra maior proximidade da autora consigo mesma e com seu objeto de escrita.
E manter no ideário infantil o sonho de ser alguém importante quando crescer.
QUESTÃO 7 Conteúdo: Escola literária realista C7 | H21 Dificuldade: Fácil Atendo-se às características da escola realista da Literatura, tem-se suas características marcantes como objetividade, racionalidade e cessão das idealizações românticas de quaisquer setores da vida e sociedade. A tirinha, embora contemporânea, é uma retomada à postura realista por apresentar um personagem “pé no chão”, que foge de criar expectativas/idealizações para não se frustrar.
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QUESTÃO 9 CONHEÇA VIVIEN VADJA, A PENTACAMPEÃ BRASILEIRA DE “PULA CORDA”
QUESTÃO 10 Pesquisadores de universidades da Suécia e dos EUA desenvolveram próteses de braços e mãos biônicos que po‑
Já ouviu falar em Jump Rope ou Rope Skipping? Tradu‑
derão mudar a vida de milhares de pessoas com amputações.
zindo ao pé da letra, é o nosso bom e velho “pular corda”,
Esses dispositivos […] são controlados de maneira intuitiva,
prática dos alunos na hora dos recreios escolares. Mas quase
permitem a liberdade dos movimentos e, mais surpreenden‑
ninguém sabe que o Brasil tem uma pentacampeã mundial
temente, trazem de volta a sensibilidade do tato.
de Pula Corda – a brincadeira virou esporte competitivo nos
Na Suécia, a inovadora mão biônica fez que um paciente
anos 70. Vivien Vajda, de 20 anos, conheceu o esporte aos
com o braço amputado até o cotovelo pudesse voltar a rea‑
10 e se apaixonou. Filha de pai húngaro – László Vadja, um
lizar todas as atividades do dia a dia. O braço artificial está
importante nome da patinação no gelo no país europeu – e
conectado diretamente ao esqueleto, o que lhe dá maior
mãe brasileira, Elisângela Peixoto – criadora da parte artís‑
estabilidade […].
tica nas competições – passou a infância sobre os patins e também praticou ginástica olímpica, mas o Rope Skipping a arrebatou. Em 2010, ela disputou o primeiro campeonato mundial ganhando medalhas de ouro e prata. “Geralmente as pessoas se surpreendem quando eu digo que pulo corda profissionalmente. Mas depois de uma apresentação, elas ficam surpresas e isso é gratificante”, diz Vivi […]. Conheça Vivien Vadja, a pentacampeã brasileira de “Pula Corda”. Época, 30 maio 2015. Disponível em: <https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2015/05/ conheca-vivien-vadja-pentacampea-brasileira-de-pula-corda.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.
O esporte no qual Vivien Vadja é pentacampeã mundial é A popular no Brasil há cerca de 20 anos. B famoso por ter dado origem a uma brincadeira. C conhecido por ser uma modalidade artística. D praticado no gelo sobre patins adaptados. E disputado oficialmente há mais de 40 anos.
Conheça a nova geração de próteses biônicas que estão mudando a vida de milhares de pessoas. History. Disponível em: <https://seuhistory.com/noticias/conheca-novageracao-de-proteses-bionicas-que-estao-mudando-vida-de-milhares-de-pessoas>. Acesso em: 27 nov. 2018.
O texto mostra a importância de próteses biônicas na vida de pessoas que sofreram amputações. Entre os benefícios desses dispositivos, estão A autonomia para se movimentar e recuperação do tato. B sensibilidade do tato e estabilidade emocional. C estabilidade motora e maior controle sobre o tato. D ampliação e estabilidade dos movimentos. E controle dos movimentos e aumento da força física.
QUESTÃO 11 BRASIL TEM MAIOR TAXA DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE DO MUNDO, DIZ OMS O número de diagnósticos em mulheres […] é maior por uma conjunção de fatores biológicos e culturais. […] a gra‑
QUESTÃO 9 Conteúdo: Esportes, brincadeiras C3 | H9 Dificuldade: Fácil A brincadeira de pular corda deu origem ao esporte, que virou competição na década de 1970 (há aproximadamente 40 anos). QUESTÃO 10 Conteúdo: Inclusão, acessibilidade C3 | H11 Dificuldade: Média De acordo com o primeiro parágrafo do texto, os dispositivos trazem mais liberdade dos movimentos e sensibilidade do tato. QUESTÃO 11 Conteúdo: Saúde mental C3 | H10 Dificuldade: Média Segundo o texto, o número de diagnósticos é menor entre os homens porque eles apresentam dificuldades de procurar atendimento e expressar os sintomas.
videz, a menopausa e o próprio ciclo menstrual provocam alterações hormonais que podem levar a manifestação dos sintomas desses transtornos. Elas também têm mais proble‑ mas na tireoide – responsável pela produção de hormônios. Já os homens têm uma resistência maior em procurar atendi‑ mento médico e também de expressar os sintomas, por isso, há um menor número de diagnósticos. CHADE, Jamil; PALHARES, Isabela. O Estado de S. Paulo. 23 fev. 2017. Disponível em: <https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-maior-taxa-de-transtorno-deansiedade-do-mundo-diz-oms,70001677247>. Acesso em: 26 nov. 2018.
O texto levanta um dado alarmante sobre o transtorno de ansiedade no Brasil. De acordo com ele, com referência a esse transtorno, A as mulheres não costumam buscar tratamento. B os homens são diagnosticados com mais frequência. C as mulheres apresentam sintomas mais claros. D os homens são mais resistentes a buscar atendimento. E as mulheres se autodiagnosticam periodicamente. LC ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 9
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QUESTÃO 12
QUESTÃO 13
A Idade Média herdara o desprezo ao qual a Antiguidade
No processo de encorajamento à criatividade, há profunda
relegara a condição de qualquer homem que trabalhasse com
necessidade de se atender aos conteúdos afetivos, do mesmo
suas mãos, ainda que fosse um artista. Os romanos admira‑
modo que aos conteúdos cognitivos.
vam as obras dos gregos e desprezavam esses graeculi que
Os processos de solução de problema, ou problem
debaixo de seus olhos tentavam prolongar-lhes o espírito. […]
solving, além de atenderem apenas ao aspecto cognitivo da
Aos graeculi, esses artesãos gregos desdenhados, ficava
mente, levam a uma estreita operacionalidade. Um exemplo
reservada a execução das obras de arte.
interessante é representado por alguns métodos de ensinar
1
A epistemologia das ciências e das artes, tal como a
a escrever criativamente, baseados somente em jogos de
conhecia a Antiguidade, nos foi deixada pelos autores do
fluência, flexibilidade e originalidade. Eles são tão esquemá‑
final do mundo antigo: Boécio Cassiodoro, Isidoro de Sevilha
ticos que apenas criam novos modelos de expressão ou um
e Marciano Capella, gramático africano do século V. O que
novo convencionalismo de escrever descontraído.
eles denominavam artes se classificava em duas grandes
Isso é confundir criatividade com descompressão, e parece
categorias: as servis ou mecânicas e as liberais. Nas artes
significar que o ensino criativo consiste em treinar novas
servis se confundem indistintamente todas as ações operativas
habilidades; contudo, “ensino criativo é aquele que dá estímulo,
que requerem o uso da mão. […]
entusiasmo e satisfação à aprendizagem […]”.
[…]
A resposta ao problem solving é um produto criativo, mas
A tudo quanto era “servil” se associava a maldição própria
a resposta artística é um produto criativo mais poderoso, como
da escravidão, pois o escravo não era um homem completo;
gerador de novos produtos, porque os conteúdos afetivos da
será necessário o advento do cristianismo para libertá-lo de
expressão artística ampliam as forças de introjeção do produto,
seu grilhão. […]
tornando possível um feedback mais afetivo.
[…] Esse descrédito ligado à prática das belas-artes, consi‑ deradas “servis”, pesara por muito tempo sobre a condição social dos artistas. […] 1
Termo em latim utilizado pelos romanos ao se referir aos gregos de forma desdenhosa. BAZIN, Germain. História da história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1989. p. 5-6.
No trecho, o historiador de arte Germain Bazin expõe um conflito sentido pelas artes ao longo dos séculos, da Antiguidade ao Renascimento. Trata-se da A concepção da criação artística como algo menor ligado uni‑ camente ao artesanato manual, sem intervenção do intelecto. B observação das artes como ferramenta da construção de ideários sociais e, portanto, danosa ao meio. C inclusão das artes visuais dentro das artes liberais, impos‑ sibilitando a classificação própria que lhe é devida. D percepção da música como arte servil, pois se sujeitava à imposição da temática religiosa. E notação de pintura como arte servil por ser subordinada à elite, restringindo-se à criação de retratos da nobreza.
BARBOSA, Ana Mae Tavares. Teoria e prática da Educação Artística. São Paulo: Cultrix, 1975. p. 59-60.
Como o excerto aponta, para a pioneira em arte-educação Ana Mae Barbosa, A o problem solving é uma prática pouco eficaz em sala de aula, devendo ser desconsiderado pelo educador. B o domínio afetivo proporcionado pela expressão artística é mais efetivo que apenas o domínio cognitivo. C o domínio cognitivo se manifesta nos processos de solução de problemas, sendo fundamental para o aluno. D o produto criativo cria diversas possibilidades de atuação e é o mais procurado no mercado de trabalho. E o ensino criativo, ao contrário do que se supõe, não passa pelo ensino de novas habilidades ao praticante.
QUESTÃO 13 Conteúdo: Arte-educação C4 | H12 Dificuldade: Média A autora propõe, no excerto, que, mais que a técnica, é preciso focar na criação de elos emocionais com o aprendido para um domínio efetivo do conteúdo artístico, o que permitiria a fluência criativa a ser aplicada inclusive na solução de problemas.
QUESTÃO 12 Conteúdo: Artes mecânicas e liberais C4 | H13 Dificuldade: Fácil Deixa-se claro que “servil”, no contexto, se refere ao uso das mãos, o que equiparava o serviço do artista ao do escravo (pois ambos usavam aquelas), diminuindo o valor da atividade artística, como sugere o enunciado.
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QUESTÃO 15 Conteúdo: Literatura contemporânea, literatura portuguesa C8 | H25 Dificuldade: Média
QUESTÃO 14
José Saramago é um importante nome da literatura portuguesa contemporânea. Uma das características de sua produção textual é a marcante quebra da norma de pontuação e tradicional uso de maiúsculas. Esse fator estilístico requer uma posição interpretativa ainda mais complexa, já que torna necessário adequar o ritmo mentalmente. Saramago, assim, tira o leitor da zona de conforto, o que também é uma característica da literatura contemporânea.
Embora os textos lidos tenham linguagens diferentes – verbal, no texto I, e visual, no texto II –, eles têm como objetivo comum
TEXTO I
A mostrar características regionais dos indígenas do Brasil.
JUCA-PIRAMA
B apelar para a idealização pseudoromântica.
IV
C caracterizar a figura humana pela nudez.
Meu canto de morte,
D exaltar a força e a bravura do indígena.
Guerreiros, ouvi:
E ressaltar a gana por morte do indígena brasileiro.
Sou filho das selvas, Nas selvas cresci;
QUESTÃO 15
Guerreiros, descendo Da tribo Tupi.
HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA
Da tribo pujante,
Disse o revisor, Sim, o nome deste sinal é deleatur, usamo-lo
Que agora anda errante
quando precisamos suprimir e apagar, a própria palavra o está
Por fado inconstante, Guerreiros, nasci: Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. […]
a dizer, e tanto vale para letras soltas como para palavras com‑ QUESTÃO 14 Conteúdo: Intertextualidade, Romantismo, Indianismo C5 | H16 Dificuldade: Fácil “Juca-Pirama” é um longo poema narrativo em que Gonçalves Dias conta a história de um indígena prestes a passar por um ritual antropofágico, que se desenrola em lágrimas e luta. O trecho citado é a apresentação de Juca ‑Pirama, que se identifica como homem valente e guerreiro. A mesma bravura e valentia pode ser vista na pintura, com um indígena em posição de ataque. DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama.
pletas, Lembra-me uma cobra que se tivesse arrependido no momento de morder a cauda, Bem observado, senhor doutor, realmente, por muito agarrados que estejamos à vida, até uma serpente hesitaria diante da eternidade, Faça-me aí o desenho, mas devagar, É facílimo, basta apanhar-lhe o jeito, quem olhar distraidamente cuidará que a mão vai traçar o terrível círculo, mas não, repare que não rematei o movimento aqui onde o tinha começado, passei-lhe ao lado, por dentro, e agora vou continuar para baixo até cortar a parte inferior da curva, afinal o que parece mesmo é a letra Q maiúscula, nada mais, Que pena, um desenho que prometia tanto, Contentemo-nos com a ilusão da semelhança, porém, em verdade lhe digo, senhor doutor, se me posso exprimir em estilo profético, que o interesse da vida onde sempre esteve foi nas diferenças, Que tem isso que ver com a revisão tipográfica, Os senhores autores vivem nas alturas, não gastam o precioso saber em despiciências e insignificâncias, letras feridas, trocadas, invertidas, que assim
TEXTO II
lhes classificávamos os defeitos no tempo da composição manual, diferença e defeito, então, era tudo um, […] SARAMAGO, José. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 11.
José Saramago é um importante nome da Literatura Por‑ tuguesa. Seus textos, a exemplo de História do cerco de Lisboa, apresentam um estilo particular que os enquadra como contemporâneos pelo fato de A serem escritos com um vocabulário rebuscado, típico dos autores do início do século XX.
COLEÇÃO PARTICULAR
B serem escritos predominantemente por neologismos carac‑ terísticos de Portugal.
DEBRET, Jean-Baptiste. Sinal de Combate (Coroados), 1834.
C observar-se uma ruptura no sistema de pontuação tradicional da Literatura. D tratar de um assunto passível de discussão apenas nos dias do século XXI. E romper com as normas de concordância verbo-nominal tra‑ dicionais da Língua. LC ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 11
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QUESTÃO 16
QUESTÃO 17
VASO CHINÊS
NOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o.
[…]
Casualmente, uma vez, de um perfumado
E eu que nasci no sertão
Contador sobre o mármor luzidio,
E no sertão fui criado,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Estou à vontade, pois De casa para o roçado
Fino artista chinês, enamorado,
Foi através do cordel
Nele pusera o coração doentio
Que fui alfabetizado.
Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio.
E quando fui para a escola Já tinha boa noção.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Hoje, após ler muitos livros
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Já cheguei à conclusão
Também lá estava a singular figura;
De que é muito relativo O assunto EDUCAÇÃO.
Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. OLIVEIRA, Alberto de. Disponível em: <www.academia.org.br/academicos/ alberto-de-oliveira/textos-escolhidos>. Acesso em: 19 nov. 2018.
Os versos do soneto “Vaso chinês”, do parnasiano Alberto de Oliveira, apresentam um eu lírico que A se compromete com as transformações político-sociais finisseculares. B critica os valores culturais da sociedade, exaltando o artesanato popular. C valoriza a escultura e a pintura, tratando o artista com sentimentalismo. D se aliena dos fatos recentes do país, seguindo emotivo em sua arte. E se mostra distante da realidade cotidiana, sendo objetivo e racional.
QUESTÃO 16 Conteúdo: Parnasianismo, análise de poema C5 | H15 Dificuldade: Difícil “Vaso chinês” é um exemplo de como o Parnasianismo valoriza a forma e a estética. O poema fala sobre o trabalho árduo de confecção de um vaso. O poeta, neste caso, e na maioria dos poemas parnasianos, mantém-se alheio aos problemas sociais e também aos afetos. A linguagem é objetiva, racional, não havendo espaço para excessos de sentimentalismo. A prioridade é a beleza do trabalho artístico.
ACOPIARA, Moreira de. Nos caminhos da educação. Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Disponível em: <www.ablc.com.br/nos-caminhos-da-educacao/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
A literatura de cordel é considerada uma manifestação da cultura popular brasileira, precisamente do Nordeste. O poema apresentado pode ser considerado um cordel por A retratar, por meio do uso da métrica, temas que pertencem ao imaginário folclórico. B fazer uso da linguagem formal e da poesia para tecer críticas políticas. C retratar, por meio da linguagem coloquial, temas diversos que podem ser considerados regionais e universais. D utilizar-se unicamente do humor para abordar temas que pertencem ao universo nordestino. E construir narrativas cotidianas por meio do uso de versos livres.
QUESTÃO 17 Conteúdo: Literatura de cordel, literatura brasileira C5 | H16 Dificuldade: Média Apesar de utilizarem a métrica para sua constituição, os cordéis são retratados por meio de uma linguagem simples, o que gera proximidade com a língua falada. Os cordéis não tratam unicamente de um tema, eles abordam a cultura popular nordestina, a vida no Nordeste, a seca, que podem ser considerados temas regionais, bem como a educação, a saúde, a desigualdade social, que podem ser considerados temas universais.
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ARMANDINHO, DE ALEXANDRE BECK
QUESTÃO 18
A respeito do humor na tirinha de Armandinho, o autor A utilizou-se dos termos “rentista” e “rendeira” para explicitar as noções de “riqueza” e “pobreza”, respectivamente. B explorou o caráter polissêmico da palavra “renda”, que pode significar dinheiro e tecido produzido manualmente. C critica aqueles que vivem com muito dinheiro e valoriza os pequenos artesãos. D explicita que os idosos utilizam o tempo livre para dedicar-se às tarefas manuais. E explorou o caráter paradoxal do termo “renda”, que pode significar ideias contraditórias.
QUESTÃO 19 QUESTÃO 19 Conteúdo: Campanhas, publicidade C7| H21 Dificuldade: Fácil A campanha sobre o suicídio, veiculada pelo Ministério da Saúde, tem como principal objetivo incentivar que pessoas busquem ajuda e profissionais da saúde. Para que isso se concretize, apresenta informações de centros de atenção (Centro de Atenção Psicossocial, Centro de Valorização da Vida) e afirma que o suicídio pode ser prevenido se houver incentivo para que as pessoas busquem ajuda: “procure ou incentive a pessoa a PROCURAR AJUDA”.
MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO FEDERAL
QUESTÃO 18 Conteúdo: Construção de humor, tirinha C6 | H18 Dificuldade: Média A polissemia representa a multiplicidade de sentidos que uma palavra pode possuir. Na tirinha de Armandinho, tal recurso é empregado pelo uso da palavra “renda”, que possui mais de um significado e gera os substantivos “rendeira” e “rentista”: no primeiro caso, se refere àquela que sobrevive de renda (dinheiro) e, no segundo, àquela que faz renda (tecido). A construção de humor se dá pela quebra de expectativas do personagem e, consequentemente, do leitor.
As campanhas publicitárias podem ser utilizadas com o intuito de demonstrar determinadas problemáticas sociais. O cartaz acima tem como objetivo A conscientizar a população brasileira que já tentou suicídio sobre os perigos de uma segunda tentativa. B demonstrar que o suicídio pode afetar determinada parcela da população. C exigir que as autoridades criem ações preventivas contra o suicídio. D apresentar o aumento do número de casos de suicídio no país. E incentivar que as pessoas busquem ajuda e profissionais da saúde, a fim de prevenir o suicídio. LC ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 13
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QUESTÃO 20
QUESTÃO 21 Conteúdo: Romantismo, interpretação de texto C4 | H12 Dificuldade: Média
Aurélia Camargo não gostava da ideia de ser cortejada naquele momento, pois sabia que era pelo fato de ter se tornado uma mulher muito rica. Além de bela, uma mulher rica chamava a atenção dos homens, fato que a fazia se sentir enojada – o que corrobora a idealização feminina do Romantismo: Aurélia é bela, digna, honesta e de bons valores.
PERNILONGOS ATACAM PESSOAS PELO CHEIRO [...] Eles não são vampiros, mas vêm de noite em busca de sangue. Conhecidos como pernilongos, mosquitos do gênero Culex – que atacam principalmente no verão – escolhem suas vítimas pelo cheiro. Só as fêmeas picam. Quem tem um metabolismo mais ace‑ lerado está mais sujeito às picadas. Isso porque as pernilongas rastreiam no ar o CO2 e o ácido lático – substâncias geralmente produzidas em maior quantidade por essas pessoas [...]. Os mosquitos têm proteínas em suas antenas que fun‑ cionam como receptores de “cheiro” [...]. Além disso, a atra‑ ção que os pernilongos têm por alguma pessoa em especial pode estar relacionada à flora de bactérias e fungos presentes na pele. Pior do que a picada do pernilongo é o ardor e a coceira
Assaltada por uma turba de pretendentes que a dispu‑ tavam como o prêmio da vitória, Aurélia, com sagacidade admirável em sua idade, avaliou da situação difícil em que se achava, e dos perigos que a ameaçavam. Daí provinha talvez a expressão cheia de desdém e um certo ar provocador, que eriçavam a sua beleza aliás tão correta e cinzelada para a meiga e serena expansão d’alma. Se o lindo semblante não se impregnasse constantemente, ainda nos momentos de cisma e distração, dessa tinta de sar‑ casmo, ninguém veria nela a verdadeira fisionomia de Aurélia, e sim a máscara de alguma profunda decepção. [...] Na sala, cercada de adoradores, no meio das esplêndidas reverberações de sua beleza, Aurélia bem longe de inebriar‑ -se da adoração produzida por sua formosura, e do culto que lhe rendiam; ao contrário parecia unicamente possuída de indignação por essa turba vil e abjeta.
no local. Essas sensações decorrem da reação alérgica que o
Não era um triunfo que ela julgasse digno de si, a torpe
organismo produz às substâncias presentes na saliva do bicho.
humilhação dessa gente ante sua riqueza. Era um desafio,
[...] ALVES, Gabriel. Pernilongos atacam pessoas pelo cheiro, diz cientista. Folha de S.Paulo, 11 jan. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ ciencia/2015/01/1573181-pernilongos-atacam-pessoas-pelo-cheiro-diz-cientista.shtml>. Acesso em: 31 jan. 2018.
As palavras destacadas no texto têm a função de modificar o verbo que acompanham e a circunstância da ação expressa. Elas podem ser substituídas, respectivamente, sem prejuízo de sentido pelos advérbios A supostamente, normalmente. B habitualmente, exclusivamente. C normalmente, supostamente. D predominantemente, habitualmente. E exclusivamente, predominantemente.
QUESTÃO 21 SENHORA PRIMEIRA PARTE Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela.
que lançava ao mundo; orgulhosa de esmagá-lo sob a planta, como a um réptil venenoso. [...] As revoltas mais impetuosas de Aurélia eram justamente contra a riqueza que lhe servia de trono, e sem a qual nunca por certo, apesar de suas prendas, receberia como rainha desdenhosa, a vassalagem que lhe rendiam. ALENCAR, José de. Senhora.
Aurélia Camargo, heroína romântica idealizada, diante dos inúmeros cortejos que lhe eram rendidos, sentia-se A lisonjeada, pois o dinheiro lhe trouxera a fama que sempre almejou. B ludibriada, já que os cortejos eram feitos por sua beleza, não por seus valores. C contrariada, pois a atenção que desejava receber era de um único homem. D ofendida, pois eram manifestações de interesse por seu poderio econômico. E extasiada, já que o sonho de ser musa dos bailes e salões finalmente se realizara.
Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa. Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante. [...]
QUESTÃO 20 Conteúdo: Advérbio C6 | H18 Dificuldade: Fácil O advérbio “predominantemente” expressa o mesmo sentido de “principalmente”, indicando que os pernilongos atacam sobretudo no verão. Tanto o advérbio “habitualmente” como o “geralmente” indicam, no contexto, que as substâncias são produzidas de forma usual, de maneira recorrente e, portanto, um pode ser substituído pelo outro sem prejuízo de sentido.
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QUESTÃO 22 Conteúdo: Preconceito linguístico, noção de erro C7 | H22 Dificuldade: Fácil
QUESTÃO 22
A noção de preconceito linguístico, trabalhada pelo linguista Marcos Bagno, tem como objetivo esclarecer como estão equivocadas determinadas noções de erros e acertos com relação a uma língua. Ao afirmar que “as pessoas que dizem Cráudia pertencem a uma classe social desprestigiada, marginalizada e sem acesso à educação formal”, o autor nos demonstra que esse tema está relacionado à desigualdade social, pois a população marginalizada, na maioria das vezes, não tem acesso à educação formal e por isso fala “errado”, segundo algumas concepções. Em contrapartida, a elite é mais favorecida e também tem mais acesso à língua prestigiada.
QUESTÃO 24
Se dizer Cráudia, praca, pranta é considerado “errado”, e, por outro lado, dizer frouxo, escravo, branco, praga é conside‑ rado “certo”, isso se deve simplesmente a uma questão que não é linguística, mas social e política – as pessoas que dizem Cráudia, praca, pranta pertencem a uma classe social despres‑ tigiada, marginalizada, que não tem acesso à educação formal e aos bens culturais da elite, e por isso a língua que eles falam sofre o mesmo preconceito que pesa sobre elas mesmas, ou seja, sua língua é considerada “feia”, “pobre”, “carente”, quando na verdade é apenas diferente da língua ensinada na escola. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2007.
Marcos Bagno, em seu livro Preconceito linguístico, aborda as concepções de certo e errado na língua portuguesa, sustentadas pela gramática normativa. Ao afirmar que não é simplesmente uma questão linguística, o autor A defende que o preconceito linguístico está relacionado à desigualdade social. B afirma que esse tipo de preconceito se restringe ao âmbito escolar. C afirma que todas as pessoas desfavorecidas falam errado.
HTTP://CRPPR.ORG.BR
D compara o preconceito linguístico a outros preconceitos, como o racial. E critica a metodologia utilizada pelos professores de língua portuguesa nas escolas.
QUESTÃO 23 ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. de Ariana para Dionísio [...] Meu ouvido escutaria O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio. Porque é melhor sonhar tua rudeza E sorver reconquista a cada noite Pensando: amanhã, sim, virá.
A campanha criada pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) tem como slogan a frase “Saúde não se vende, louco não se prende: quem tá doente é o sistema social”. O cartaz tem como objetivo A conscientizar a população sobre a importância da psicologia no país. B defender a saúde pública para toda a população brasileira.
E o tempo de amanhã será riqueza:
C criticar o sistema social vigente no Brasil.
A cada noite, eu Ariana, preparando
D defender a luta antimanicomial.
Aroma e corpo. E o verso cada noite
E lutar pela liberdade dos pacientes internados.
Se fazendo de tua sábia ausência. HILST, Hilda. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Globo, 2001.
Um dos temas recorrentes na poesia de Hilda Hilst é o amor, representado em sua subjetividade. No poema acima, o eu lírico A suplica a volta do amado, Dionísio, que está ausente. B personificado na figura de Ariana, retoma a mitologia grega com o intuito de retratar o amor nesse período. C apresenta uma voz feminina, personificada pela figura de Ariana, que lamenta a ausência de seu amado, Dionísio. D compõe versos enquanto espera seu amado que está por chegar. E questiona o amor que sente pelo amado, apresentado pela figura de Dionísio.
QUESTÃO 23 Conteúdo: Eu lírico, ode C5 | H16 Dificuldade: Difícil O canto de Ariana é um lamento motivado pela ausência de seu amado, Dionísio. O eu lírico não questiona o que sente pelo amado, o espera, mas também não sabe se ele está por chegar. Do mesmo modo, não suplica a sua volta, apenas o espera repetidamente. QUESTÃO 24 Conteúdo: Campanhas publicitárias C7 | H21 Dificuldade: Fácil A campanha publicitária tem como objetivo defender a luta antimanicomial, discussão importante para salvaguardar a dignidade e o respeito de pessoas com distúrbios mentais.
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QUESTÃO 25 TEXTO I
QUESTÃO 26 Os aportes bantos ou bantuismos, ou seja, palavras africanas que entraram para a língua portuguesa no Brasil, estão asso‑ ciados ao regime da escravidão (senzala, mucama, banguê, quilombo), enquanto a maioria deles está completamente inte‑ grada ao sistema linguístico do português, formando derivados portugueses a partir de uma mesma raiz banto (esmolambado, dengoso, sambista, xingamento, mangação, molequeira, caçu‑ linha, quilombola), o que já demonstra uma antiguidade maior. Em alguns casos, a palavra banto chega a substituir a palavra de sentido equivalente em português: caçula por benjamim,
COLEÇÃO PARTICULAR
corcunda por giba, moringa por bilha, molambo por trapo, xingar por insultar, cochilar por dormitar, dendê por óleo-de-palma, [...] marimbondo por vespa, carimbo por sinete, [...].
DEBRET, Jean-Baptiste. Feitores castigando negros, 1835.
TEXTO II A pintura documental, o termo indica (documento, do latim documentum, “que serve a instruir e ensinar”), tem um compro‑ misso primeiro com o registro e com a descrição de cenas de época, acontecimentos históricos, fatos cotidianos, costumes, tipos humanos e paisagens. [...] Pintura documental. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/ termo3915/pintura-documental/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
A pintura Feitores castigando negros de Jean-Baptiste Debret pode ser considerada documental porque
CASTRO, Yeda Pessoa de. Das línguas africanas ao português brasileiro. Patrimônio – Revista Eletrônica do Iphan. Disponível em: <www.labjor.unicamp.br/ patrimonio/materia.php?id=214/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
Quanto ao papel das línguas africanas para a formação do português brasileiro, compreende-se que A contribuiu exclusivamente para a mudança lexical a partir da substituição do vocabulário português. B expandiu-se juntamente ao português europeu, o que de‑ monstrou uma convivência entre os diferentes falares. C as línguas bantas foram as únicas que influenciaram e mo‑ dificaram a língua portuguesa no Brasil. D os aportes bantos ou bantuismos deram origem ao que atual‑ mente é conhecido como português brasileiro. E o contato entre os africanos escravizados e os colonizadores modificou diversos aspectos da língua portuguesa no Brasil.
A retrata a harmonia entre os colonizadores e outros povos que habitavam o Brasil. B demonstra a violência entre os portugueses e os indígenas. C representa os conflitos da sociedade brasileira durante o século XVI. D retrata as mazelas da escravidão negra durante o período colonial. E representa o contato parcimonioso entre os colonizadores e os africanos.
QUESTÃO 26 Conteúdo: Línguas africanas, banto, português brasileiro C6 | H20 Dificuldade: Média Os africanos escravizados no Brasil trouxeram consigo suas línguas maternas, sendo a maioria de origem banto, o contato com os colonizadores, ou seja, com os portugueses, fez com que tais línguas se influenciassem. O português foi instituído como língua oficial, mas o banto deixou muitas marcas nesta língua, como o uso de determinadas palavras.
QUESTÃO 25 Conteúdo: Pintura documental, história, colonização C4 | H12 Dificuldade: Difícil As pinturas históricas exprimem a visão de determinados povos sobre outros e carregam consigo juízos de valores. Com base em tais informações e com a definição apresentada, pode-se considerar que a pintura de Debret pertence a tal classificação, pois a imagem retratada ilustra a escravidão do povo negro durante o período colonial no Brasil.
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QUESTÃO 27
QUESTÃO 28
NORDESTINO SIM, NORDESTINADO NÃO
O REFORMADOR DO MUNDO
Nunca diga nordestino Que Deus lhe deu um destino Causador de padecer Nunca diga que é o pecado Que lhe deixa fracassado Sem condições de viver
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras. — Asneiras, Américo? — Pois então?!… Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustendo frutas pequeninas, e lá adiante vejo colossal abóbora presa ao caule
[...]
duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o
Não é Deus quem nos castiga
contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim,
Nem é a seca que obriga
eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira
Sofrermos dura sentença Não somos nordestinados Nós somos injustiçados Tratados com indiferença [...] ASSARÉ, Patativa do. Nordestino sim, nordestinado não. Disponível em: <www.vermelho.org.br/noticia/37785-1/>. Acesso em: 9 out. 2018.
Com base na leitura do poema e no emprego do neologismo “nordestinado”, observa-se que o eu lírico A explica as difíceis condições de vida dos nordestinos, incen‑ tivadas pela seca. B coloca-se em uma posição ambígua ao afirmar que é nor‑ destino, mas não é nordestinado. C expressa um caráter negativo ao fato de ser nordestino. D contrapõe-se à ideologia dominante de que os nordestinos estão destinados ao sofrimento. E idealiza o nordeste ao afirmar que não existem problemas sociais na região.
e as abóboras para a jabuticabeira. Não tenho razão? [...] — Mas o melhor – concluiu – é não pensar nisto e tirar uma soneca à sombra destas árvores, não acha? [...] Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, reformado inteirinho pelas suas mãos. [...] De repente, no melhor da festa, plaf! Uma jabuticaba cai do galho e lhe acerta em cheio no nariz. Américo desperta de um pulo; pisca, pisca; medita sobre o caso e reconhece, afinal, que o mundo não era tão mal-feito assim. E segue para casa refletindo: [...] Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria sido eu? [...] E Pisca-Pisca continuou a piscar pela vida em fora, mas já sem a cisma de corrigir a natureza. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994. p.10-11.
QUESTÃO 27 Conteúdo: Poesia nordestina, neologismo C5 | H16 Dificuldade: Fácil Ao utilizar o neologismo “nordestinado não”, o eu lírico demonstra que é falsa a ideia de que os nordestinos estão destinados ao sofrimento em razão da seca ou de um castigo divino. Afirma que tais conflitos se dão pela indiferença, que pode estar associada à falta de investimentos públicos.
O texto citado, do pré-modernista Monteiro Lobato, tem como público-alvo a criança. Trata-se de uma fábula, pois A discute questões políticas. B ensina princípios morais. C apresenta mudança de vida. D relata hábitos de vida infelizes. E descreve fenômenos naturais.
QUESTÃO 28 Conteúdo: Fábula, interpretação de texto C7 | H23 Dificuldade: Fácil Fábulas, de Monteiro Lobato, é um livro inicialmente destinado ao público infantil. Entretanto, o conteúdo dos textos, justamente por revelarem ensinamentos de princípios morais, é lido e apreciado por leitores de todas as idades. Em “O reformador do mundo”, o personagem conclui que de nada adianta tentar mudar a natureza, que se mostra sempre sábia.
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QUESTÃO 29
QUESTÃO 30 TEXTO I O primeiro indício da evolução que vai culminar na morte da narrativa é o surgimento do romance no início do período moderno. O que separa o romance da narrativa (e da epo‑ peia no sentido estrito) é que ele está essencialmente vin‑ culado ao livro. A difusão do romance só se torna possível com a invenção da imprensa. A tradição oral, patrimônio da poesia épica, tem uma natureza fundamentalmente distinta da que caracteriza o romance. BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas, volume 1: magia e técnica, arte e política – Ensaios sobre literatura e história da cultura. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
TEXTO II [...] Olhe: um chamado Aleixo, residente a légua do Passo do Pubo, no da-Areia, era o homem de maiores ruindades calmas que já se viu. [...] Um dia, só por graça rústica, ele matou um velhinho que por lá passou, desvalido rogando esmola. O senhor não duvide — tem gente, neste aborrecido mundo, que matam só para ver alguém fazer careta... Eh, pois, empós, o resto o senhor prove: vem o pão, vem a mão, vem o são, vem o cão.
RAFAEL
ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
As tirinhas apropriam-se de recursos linguísticos para cons‑ truir efeitos de comicidade. Desse modo, a tira acima A é cômica pelo fato de a personagem Norma estar desem‑ pregada. B satiriza a personagem Norma, que continua desempregada por corrigir a fala das pessoas em diferentes contextos. C satiriza os profissionais de letras por seguirem as regras da gramática normativa na cotidianidade. D afirma que até mesmo os profissionais formados estão de‑ sempregados. E critica as pessoas que não compreendem que a gramática normativa não representa a fala cotidiana.
QUESTÃO 29 Conteúdo: Tirinha, construção de humor C6 | H18 Dificuldade: Média Sobre a construção de humor na tirinha, percebe-se que esse efeito se dá pelo fato de a personagem Norma ter se graduado em Letras e continuar desempregada em razão de algumas atitudes que geram conflitos e desconforto entre ela e aqueles que ela atende. Isso ocorre porque ela corrige as pessoas gramaticalmente.
Walter Benjamin, em O narrador, defendeu que a morte do narrador tradicional seria causada pelo romance moderno, que acabaria com a arte de contar histórias “cara a cara”. Com base na narrativa construída em Grande sertão: veredas, Riobaldo pode ser considerado um narrador moderno, pois retrata os conflitos contemporâneos do sertão A tradicional, pois utiliza na narrativa uma linguagem rebuscada com neologismos. B tradicional, pois conta estórias épicas do sertão, que na maioria das vezes não são verídicas. C moderno, pois utiliza-se de uma linguagem atual para contar histórias, como os neologismos. D tradicional, pois conta histórias que fazem referência à épica grega. E tradicional, pois conta de maneira épica os acontecimentos do sertão e de seus habitantes.
QUESTÃO 30 Conteúdo: Narrativa, narrador C6 | H19 Dificuldade: Média Riobaldo pode ser considerado um narrador tradicional por retratar de maneira épica o que ocorre no sertão. Suas histórias não são fictícias porque ele conta aquilo que viveu ao longo de sua travessia, inclusive marca suas experiências a partir de afirmações como “eu vi”, “eu ouvi” etc. Os neologismos criam a oralidade do texto e conseguem aproximá-lo à fala popular, mas é característica da estética do romance, e não somente de Riobaldo enquanto narrador. Além disso, os neologismos não podem ser considerados expressivamente modernos.
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QUESTÃO 31
QUESTÃO 32 A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como
NAÇÃO ZUMBI Por que não cuidam deles, ora essa? O rim é meu ou não
terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns
é? Até um pé eu venderia e de muleta eu viveria. Na minha.
aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o
Um olho enxerga pelos dois ou não enxerga? Se é pra livrar
ferro ao pescoço, outro ferro ao pé; havia também a máscara
minha barriga da miséria até cego eu ficaria. [...]
de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da em‑ briaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três
[...] Por que vocês não se preocupam com os meninos aí, soltos na rua? Tanta criança morta e inteirinha, desperdiçada em tudo que é esquina. Tanta córnea e tanta espinha. Por que não se aproveita nada no Brasil, ora bosta? Viu? Aqui se mata mais que na Etiópia, à míngua. Meu rim ia salvar uma vida, não ia salvar? Diz, não ia salvar? Perdi dez mil, e agora? FREIRE, Marcelino. Nação Zumbi. Contos negreiros. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 54-55.
O conto “Nação Zumbi” narra a história de um negro que de‑ cide vender seu rim para ganhar dez mil reais, mas é desco‑ berto e capturado pela polícia. Sobre o narrador-personagem, pode-se inferir que
buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dous pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade cer‑ tas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras. ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2007.
Uma característica do realismo machadiano presente no texto acima é a
A trata-se de um traficante de órgãos, o que justifica a sua detenção.
A ludicidade, com excesso de descrições.
B é um sujeito marginalizado socialmente, que encontra como alternativa a venda do próprio órgão para sua sobrevivência.
C temática, que gira em torno da escravidão no Brasil.
C preocupa-se com o outro e por isso opta pela venda de seu próprio órgão.
B ironia, capaz de naturalizar eventos grotescos.
D racionalidade, que caracteriza as personagens. E narrativa, com a presença de um narrador-personagem.
D utiliza-se da função conativa da linguagem com o único objetivo de convencer o leitor a aceitar o tráfico de órgãos. E refere-se diretamente à polícia ao questionar-se sobre a proi‑ bição do tráfico de órgãos no Brasil.
QUESTÃO 31 Conteúdo: Contos negreiros, narrador-personagem C5 | H17 Dificuldade: Fácil No excerto apresentado, o narrador-personagem justifica a razão pela qual opta pela venda do próprio rim. Ele afirma que tal decisão não deveria ser considerada um crime, pois há muita gente “precisando de um rim”, e diz que sua principal razão “é livrar minha barriga da miséria”, pois trata-se de um sujeito marginalizado e pobre, buscando a sobrevivência.
QUESTÃO 32 Conteúdo: Realismo machadiano C6 | H18 Dificuldade: Difícil O realismo machadiano está marcado pela ironia, que exprime a crítica proposta pelo autor ao tratar com naturalidade temas grotescos, como a escravidão no Brasil. A ironia com a qual o narrador conta como funcionavam os aparelhos de tortura durante a escravidão aponta para uma crítica à própria sociedade que vê determinados acontecimentos com naturalidade.
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QUESTÃO 34 Conteúdo: Poética de autor C5 | H16 Dificuldade: Média
QUESTÃO 33
Olhos d ’água começa com um questionamento aparentemente simples, quando a personagem principal se pergunta sobre a cor dos olhos de sua mãe. Esse acontecimento faz com que ele retorne às suas origens, à sua cidade, para encontrar-se com a mãe. Quando as duas se encontram, a personagem percebe que ali não havia sofrimento, e sim lágrimas de felicidade. Esse encontro do sujeito com ele mesmo e com o outro demonstra a profundidade dessas personagens.
[São Paulo], 15 de novembro de [1923] – Viva a República! Tarsila, minha querida amiga: (Agora a letra corrente da conversa:) Cuidado! Fortifiquem-se bem de teorias e desculpas e coi‑ sas vistas em Paris. Quando vocês aqui chegarem, temos briga, na certa. Desde já, desafio vocês todos juntos, Tarsila, Oswaldo, Sérgio para uma discussão formidável. Vocês foram a Paris como burgueses. Estão épatés. E se fizeram futuristas! hi! hi! hi! Choro de inveja. Mas é verdade que considero vocês todos uns caipiras em Paris. Vocês se parisianizaram na epiderme. Isso é horrível! Tarsila, Tarsila, volta para dentro de ti mesma. Abandona o Gris e o Lhote, empresários de criticismos decrépi‑ tos e de estesias decadentes! Abandona Paris! Tarsila! Tarsila! Vem para a mata-virgem, onde não há arte negra, onde não há também arroios gentis. Há MATA VIRGEM. Criei o matavirgismo. Sou matavirgista. Disso é que o mundo, a arte, o Brasil e a minha queridíssima Tarsila precisam. AMARAL, Aracy (Org.). Correspondência: Mário de Andrade & Tarsila do Amaral. São Paulo: Edusp, 2001.
O modernismo brasileiro era um movimento cultural, artístico e literário que ficou conhecido no país durante a primeira metade do século XX. Em uma carta à artista Tarsila do Amaral, o escritor Mário de Andrade expõe seu projeto artístico. Para o autor, o movimento modernista tinha como objetivo A difundir a literatura brasileira no exterior, principalmente nas grandes metrópoles, como Paris. B criar uma literatura que apenas descrevesse a mata virgem e os povos nativos do Brasil. C desenvolver uma literatura nacional que não se espelhasse no modernismo europeu. D desenvolver um projeto nacionalista no Brasil, em que o país fosse colocado como uma grande potência. E criar um movimento literário brasileiro a partir de influências das vanguardas europeias.
QUESTÃO 34 OLHOS D’ÁGUA E quando, após longos dias de viagem para chegar à minha terra, pude contemplar extasiada os olhos de minha mãe, sabem o que vi? Sabem o que vi? Vi só lágrimas e lágrimas. Entretanto, ela sorria feliz. Mas eram tantas lágrimas, que eu me perguntei se minha mãe tinha olhos ou rios caudalosos sobre a face. E só então com‑ preendi. Minha mãe trazia, serenamente em si, águas cor‑ rentezas. Por isso, prantos e prantos a enfeitar o seu rosto. A cor dos olhos de minha mãe era cor de olhos d’água. Águas de Mamãe Oxum! Rios calmos, mas profundos e enganosos para quem contempla a vida apenas pela superfície. EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas Mini, 2018. p.18-19.
Olhos d’água, de Conceição Evaristo, retrata a história de um personagem que, ao questionar-se sobre a cor dos olhos de sua mãe, regressa à sua terra para encontrar-se com ela. A respeito da poética da autora, observa-se que
A constrói de maneira objetiva temas e indagações cotidianas, como “a cor dos olhos de minha mãe”. B utiliza-se da metáfora “olhos d’água” para expressar apenas o sofrimento contido na personagem que é a mãe da narradora. C constrói a narrativa a partir de uma indagação, que é capaz de exprimir a profundidade de suas personagens e origens. D faz alusão aos elementos de matriz africana, como os orixás, com o objetivo de valorizar religiões como o Candomblé e a Umbanda. E expressa objetivamente quais são os conflitos existentes nos núcleos familiares.
QUESTÃO 35 QUE CAMINHOS SEGUIR NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA [...] Para isto, nós da música popular devemos partir, creio, da compreensão emotiva e racional do que foi a música popular brasileira até agora; devemos criar uma possibilidade seletiva como base de criação. Se temos uma tradição e queremos fazer algo de novo dentro dela não só teremos de senti-la, mas conhecê-la. E é este conhecimento que vai nos dar a possibilidade de criar algo novo e coerente com ela. VELOSO, Caetano. Que caminhos seguir na música popular brasileira. Mesa Redonda. Revista de Civilização Brasileira, maio 1966, n. 2. Disponível em: <http://tropicalia.com.br/eubioticamente-atraidos/reportagens-historicas/que-caminhosseguir-na-mpb/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
Caetano Veloso fez parte de um movimento musical e cultural no Brasil que ficou conhecido como Tropicalismo entre os anos 1967 e 1968. Dentre suas principais características, o movimento tinha como objetivo A romper com a estética da bossa nova e universalizar a MPB com a incorporação de elementos atuais, como os instru‑ mentos elétricos. B possibilitar um sincretismo musical por meio da mescla entre estilos heterogêneos, como o rock e a bossa nova. C romper com os outros movimentos artísticos vigentes no país, através do lema “música pela música”. D defender a separação entre música erudita e música popular. E desenvolver músicas de protesto contra a ditadura militar, que havia sido instaurada no país há pouco tempo.
QUESTÃO 33 Conteúdo: Carta, movimento modernista C4 | H14 Dificuldade: Média Em carta escrita à artista Tarsila do Amaral, o escritor Mário de Andrade tece uma crítica aos artistas do movimento modernista que tinham como objetivo o desenvolvimento de um projeto nacional, mas que estavam em Paris recebendo influências europeias. Para ele, era importante criar uma literatura do Brasil para o próprio Brasil. Mário de Andrade defendia um projeto nacional, e não nacionalista, pois não queria que o país se colocasse como uma grande potência, e sim que assumisse sua realidade (indígena, negra etc.) para criar sua própria história.
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QUESTÃO 36
QUESTÃO 37
TEXTO I
DIÁRIO DE UM DETENTO
A composição, que para uns é o ato de aprisionar a poesia no poema e para outros o de elaborar a poesia em poema; que para uns é o momento inexplicável de um achado e para outros as horas enormes de uma procura, segundo uns
Tem uma cela lá em cima fechada Desde terça-feira ninguém abre pra nada Só o cheiro de morte e Pinho Sol
e outros se aproximem dos extremos a que se pode levar
Um preso se enforcou com o lençol
o enunciado desta conversa, a composição é, hoje em dia,
Qual que foi? Quem sabe? Não conta
assunto por demais complexo e falar da composição, tarefa agora dificílima, se quem fala preza, em alguma medida, a objetividade. MELO NETO, João Cabral de. Poesia e composição – a inspiração e o trabalho de arte. Revista Brasileira de Poesia, São Paulo, n. 7, 1956. In: Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro, 1973. Ed. Vozes, p. 532.
TEXTO II PSICOLOGIA DA COMPOSIÇÃO [...] não a forma obtida em lance santo ou raro, tiro nas lebres de vidro
Ia tirar mais uns seis de ponta a ponta Nada deixa um homem mais doente Que o abandono dos parentes RACIONAIS MC’S. Diário de um detento. Disponível em: <www.letras.mus.br/racionais-mcs/63369/>. Acesso em: 16 out. 2018.
Apesar de ainda ser considerado um ritmo musical margi‑ nalizado, o rap ganhou forças no Brasil a partir da década 1990 com o aparecimento de grupos como os Racionais MC’s. A letra da canção apresentada A explicita os casos de suicídio que ocorrem nas prisões. B defende o fim do sistema carcerário no Brasil.
do invisível;
C denuncia a precariedade do sistema carcerário brasileiro.
mas a forma atingida
D denuncia o abandono familiar sofrido por aqueles que estão na penitenciária.
como a ponta do novelo
E reflete sobre as condições humanas na atualidade.
que a atenção, lenta, desenrola, [...] MELO NETO, João Cabral de. Psicologia da Composição. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 95.
Em um texto, a linguagem pode ser expressa de acordo com a função que se deseja enfatizar. Os textos de João Cabral de Melo Neto expõem a função metalinguística, pois discutem na própria literatura o significado do fazer poético. A poética desenvolvida pelo autor A defende que a composição é um ato de aprisionar a poesia no poema e incapaz de exprimir sua subjetividade. B acredita que a literatura é fruto da inspiração divina, o que expressa sua subjetividade. C afirma que a composição literária é um assunto complexo e, por isso, deve ser evitado pelos escritores. D propõe um movimento literário que defende a poesia objetiva e concisa. E defende que a composição poética deve ser fruto de trabalho de arte e não de uma inspiração divina.
QUESTÃO 35 Conteúdo: Tropicalismo, música popular brasileira C4 | H14 Dificuldade: Difícil O movimento Tropicalista tinha como objetivo universalizar a música popular brasileira a partir da mistura entre diferentes estilos musicais. Seus traços mais simbólicos estão relacionados à incorporação de instrumentos elétricos, como a guitarra, à música tradicional brasileira. O excerto referente à fala de Caetano Veloso explicita que o Tropicalismo não tinha como objetivo romper totalmente com a tradição musical brasileira, e sim estudá-la, compreendê-la e “fazer algo novo dentro dela”. QUESTÃO 36 Conteúdo: Composição poética C5 | H16 Dificuldade: Difícil A poesia de João Cabral de Melo Neto é reconhecida por sua estética formal. O autor, assim como outros que ficaram conhecidos como neomodernistas, defendia que a composição poética não deveria ser fruto de uma inspiração divina, ou indisciplinada (como acreditavam os modernistas). Como crítico literário, o autor defende que a composição deve ser fruto de estudo e procura. QUESTÃO 37 Conteúdo: Sistema carcerário, rap C7 | H23 Dificuldade: Média A música “Diário de um detento” faz referência ao massacre do Carandiru, mas é vista como uma crítica ao sistema carcerário brasileiro ainda hoje. A letra relata as condições degradantes sofridas por aqueles que se encontram na penitenciária e é considerada um mecanismo de denúncia por dar visibilidade ao que ocorre nos bastidores das prisões brasileiras.
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QUESTÃO 38
QUESTÃO 38 Conteúdo: Literatura africana de língua portuguesa, prosa poética, interpretação de texto C4 | H14 Dificuldade: Média
O narrador de Terra sonâmbula conta a história de forma subjetiva, expressando sentimentos e pensamentos íntimos. O trecho apresentado pode ser considerado lírico porque se dá evidência ao “eu” – explicitado pelos pronomes “me” e “mim” (“me apago a mim”). As palavras (léxico) escolhidas pelo autor são dotadas de alto lirismo, usadas conotativamente e engendradas de forma poética.
QUESTÃO 39
PRIMEIRO CADERNO DE KINDZU
TEXTO I
O tempo em que o mundo tinha a nossa idade
A UM POETA
Quero pôr os tempos, em sua mansa ordem, conforme esperas e sofrências. Mas as lembranças desobedecem, entre a vontade de serem nada e o gosto de me roubarem do
Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, no silêncio e no sossego,
presente. Acendo a estória, me apago a mim. No fim destes
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
escritos, serei de novo uma sombra sem voz.
Mas que na forma se disfarce o emprego
Sou chamado de Kindzu. É o nome que se dá às palmeiritas
Do esforço, e a trama viva se construa
mindinhas, essas que se curvam junto às praias. Quem não
De tal modo, que a imagem fique nua,
lhes conhece, arrependidas de terem crescido, saudosas do
Rica, mas sóbria, como um templo grego.
rente chão? Meu pai me escolheu para esse nome, homenagem à sua única preferência: beber sura, o vinho das palmeiras. Assim era o velho Taímo, solitário pescador. Primeiro, ele ainda esperava que o tempo trabalhasse a bebida, dedicado nos proibidos ser‑
Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício.
viços de fermentar e alambicar. Depois, nem isso: simplesmente
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
cortava os rebentos das palmeiras e ficava deitado, boquinha‑
Arte pura, inimiga do artifício,
berto, deixando as gotas pingar na concha dos lábios. Daquele
É a força e a graça na simplicidade.
modo, nenhum cipaio lhe apertaria os engasganetes: ele nunca destilava sura. Vida boa, aconselhava ele, é chupar manga sem descascar o fruto.
BILAC, Olavo. Disponível em: <www.academia.org.br/academicos/ olavo-bilac/textos-escolhidos>. Acesso em: 14 nov. 2018.
TEXTO II
Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos improvisos. As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. Nenhuma narração tinha fim, o sono lhe apagava a boca antes do desfecho. Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso. [...] COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia de Bolso, 2015. p.14.
O texto do moçambicano Mia Couto é uma obra-prima da literatura africana de língua portuguesa. Mesmo sendo um texto em prosa, o trecho apresenta teor poético pela A denotação apontada na escolha do nome do personagem (“Kindzu”). B presença de vocabulário oriundo da cultura africana (“sura”). C presença marcante do elemento natural africano (“palmeiras”).
E apresentação da rotina do homem moçambicano (“beber sura, o vinho”).
QUESTÃO 39 Conteúdo: Intertextualidade, Parnasianismo, metalinguagem, ironia, tirinha C7 | H22 Dificuldade: Média No Parnasianismo, há a ideia de que a escrita de um poema não depende de inspiração, mas de “transpiração”, trabalho árduo com a palavra (“Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”). A tirinha ironiza o principal e mais árduo trabalho do poeta que, segundo o personagem, não é a escrita do poema em si, mas seu possível reconhecimento e publicação por uma editora.
OS PASSARINHOS, DE ESTEVÃO RIBEIRO
D escolha lexical conotativa e lirismo em trechos (“me apago a mim”).
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A tirinha e o poema apresentam como tema comum o trabalho com a escrita; entretanto A a tira tem tom irônico ao afirmar que o maior trabalho do escritor está em publicar sua obra. B o poema salienta a inspiração como máxima potencialidade na produção poética do escritor. C a tira inibe o leitor a perceber que o trabalho poético exige disciplina e concentração.
QUESTÃO 41 UMA INTRODUÇÃO À CALIGRAFIA JAPONESA NA COLEÇÃO DE BARNET E BURTO A caligrafia em particular tem sido o foco primário da coleção de Barnet e Burto. Entre as mais difíceis de todas as formas de arte do Leste Europeu para se compreender e apreciar, ela tem sido vista na China, Coreia e Japão como
D o poema nega a necessidade da reescrita do texto se o poeta for movido pela inspiração.
a forma artística suprema de expressão e técnica. A crença
E a tira parodia o texto poético à medida que contradiz o senso estético do poema clássico.
do interior do artista e seu nível de cultura; é o meio pelo
QUESTÃO 40
antiga diz que a caligrafia é a mais pura manifestação visual qual a alma, os pensamentos e os sentimentos do artista são melhores comunicados. Isto não equivale dizer, contudo, que um observador pode assumir o lugar de um quiromancista ao
Não apenas surge uma mentalidade renovadora na educa‑
examinar um único trabalho de caligrafia. Como mencionado
ção e nas artes, como se principia a questionar seriamente a
no Conto de Genji, não só a caligrafia, mas também a poesia
legitimidade do sistema político, dominado pela oligarquia rural.
manifesta o caráter pessoal, e todas as artes expressam –
[…] seja tomado como movimento renovador, seja como
em maior ou menor grau – a natureza interior de seu criador.
estética, seja como sinônimo da literatura dos últimos quarenta
Para apreender os muitos aspectos da personalidade do
anos, o Modernismo revela, no seu ritmo histórico, uma adesão
calígrafo, é também necessário conhecer alguma coisa de
profunda aos problemas da nossa terra e da nossa história
seu contexto, educação e identidade social.
contemporânea. De fato, nenhum outro momento da literatura brasileira é tão vivo sob esse aspecto; nenhum outro reflete com tamanha fidelidade, e ao mesmo tempo com tanta liberdade criadora os movimentos da alma nacional. […] Os modernistas de 1922 nunca se consideraram compo‑ nentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embe‑ lezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal
MURASE, Miyeko. Caligrafia japonesa e pinturas da coleção de Sylvan Barnet e William Burto. Nova York: The Metropolitan Museum of Art, 2002. p. 11. Trad. livre.
Ao abordar a arte da caligrafia japonesa, a autora menciona algo importante na apreciação das obras de arte como um todo, a sua contextualização sobre a vida do artista, o que contribui A para a motivação intrínseca à criação da obra. B com a compressão da experiência do criador. C com a percepção da grandiosidade de toda obra. D para o reforço do conceito do Belo nas artes. E com a crítica social ao momento histórico.
e a realidade do País. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade) que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. “Cria o teu ritmo livre‑ mente”, disse Ronald de Carvalho. CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1964. p. 9.
Segundo o texto, um dos intuitos dos pioneiros no Modernismo brasileiro era A rejeitar o cotidiano para não banalizar a poesia e a prosa. B subverter a gramática para promover manutenção do léxico. C realizar uma leitura crítica das tradições culturais e lite‑ rárias do país. D adotar o academicismo deixado de lado por seus antecessores. E utilizar o vocabulário português como forma de ironia e sarcasmo.
QUESTÃO 40 Conteúdo: Modernismo brasileiro, crítica literária C4 | H12 Dificuldade: Difícil O Modernismo, principalmente em sua primeira geração, traz a ideia de retomada da questão identitária e o nacionalismo. Todavia, contrariamente ao Romantismo, que também é nacionalista, o texto moderno vem revestido de crítica, sem as idealizações do passado. Portanto, o Modernismo brasileiro revisita as tradições e a cultura do país, sem perder de vista os problemas constantes da nação e do povo (leitura crítica). QUESTÃO 41 Conteúdo: Criação artística C4 | H12 Dificuldade: Difícil A caligrafia exporia o interior do artista, mas a autora ressalta que mesmo esta precisa ser contextualizada com o momento do artista. Conhecendo-se este, sabe-se o que o move e, portanto, o que motiva sua expressão artística, como sugere a alternativa.
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QUESTÃO 42
QUESTÃO 43
[…] As relações da arte com a sociedade são complexas e
Nas épocas de florescência artística, como foi exposto,
ambivalentes, quer porque o artista precede a sociedade e a
o artista não se encontrava, geralmente, “livre” diante de um
orienta, quer porque Ihe segue as diretivas. […] Toda obra de
mercado abstrato e anônimo, mas contava com a encomenda
arte representa uma imagem desejada e ideal da vida. Cada
concreta do patrão. Virgílio, Michelangelo, Mozart criaram
uma é expressão do desejo, de uma espécie de lenda ou de
algumas das suas maiores obras sob encomenda de perso‑
utopia. Hauser confessa que certas obras, como a Última Ceia
nalidades altamente colocadas. O mesmo vale para inúmeros
de Leonardo da Vinci, os afrescos dos quartos vaticanos e a
outros artistas de gênio. Esses patrões, porém, geralmente
abóbada da Capela Sistina, são sociologicamente não expli‑
não eram quaisquer indivíduos enriquecidos, mas represen‑
cadas; ali não se encontra nenhuma relação racionalmente
tavam muitas vezes a sociedade, eram expoentes dela. Os
identificável com os stimuli aos quais as obras devem sua
papas, a burocracia egípcia, a hierarquia indiana eram, no
existência. Proposição surpreendente para um sociólogo e
fundo, só intermediários duma concepção de mundo repre‑
que só me parece explicável pela admiração do autor, pois
sentativa para a sociedade (ou pelo menos para a classe
acho, ao contrário, que todo o ciclo confiado a Rafael guarda
dominante). Era para esta que, em última análise, o artista
uma relação inequívoca com as intenções dos humanistas de
criava. E como essa concepção de mundo costumava ser
Júlio II e Leão X, enquanto a Sistina de Miguel Ângelo expri‑
também a do artista, havia a possibilidade de criações sin‑
me a recusa dessa ética e dessa estética. Arrebatado por seu
ceras e espontâneas, mesmo faltando-lhe liberdade absoluta.
entusiasmo pela grandeza do gênio (noção, entretanto, bem
[…] Hoje são raros os artistas avançados que podem con‑
romântica), Hauser concede que o materialismo histórico é conciliável com um desacordo entre valores sociais e valores artísticos; o motivo comum que leva artistas e público a se encontrar tem limites mais amplos que os de uma classe social determinada ou de um partido político. A arte não é mero produto da sociedade – ao contrário, acontece-Ihe servir de modelo, conferindo a vida da imagem a ideias, a normas humanistas. BAZIN, Germain. História da história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 1. ed. p. 281.
No trecho, o historiador francês Germain Bazin discorda do sociólogo húngaro Arnold Hauser. O ponto de contradição seria Hauser A atrelar a Rafael a caracterização humanista que viria de seus mecenas, Júlio II e Leão X. B rejeitar o impacto social das obras de Rafael no cotidiano renascentista, visto seu caráter humanista. C não atribuir às obras de Miguel Ângelo as devidas influências das criações de Rafael. D conceituar como inexplicáveis as obras de Rafael, pois toda obra tem relação com a sociedade. E arrastar-se pelos padrões românticos e acusar Miguel Ângelo de opositor ao humanismo visto em Rafael.
QUESTÃO 42 Conteúdo: Influência social na arte C4 | H14 Dificuldade: Média Ao dizer “Proposição surpreendente para um sociólogo e que só me parece explicável pela admiração do autor”, Bazin acusa Hauser de partidarismo na análise de Rafael, não reconhecendo nele traços de humanismo característico dos papas Júlio II e Leão X.
tar com encomendas nesse sentido concreto. […] Mas a maioria dos grandes artistas contemporâneos, sem contato com a sociedade através da encomenda concreta de verdadeiros expoentes dela, sente-se inteiramente livre, livre como um passarinho, e vive sem comunicação artística, trabalhando para um mercado de alguns [...] que não repre‑ sentam [...] senão a si mesmos. ROSENFELD, Anatol. Cinema: arte & indústria. São Paulo: Perspectiva, 2013. 1. ed. p. 40-41.
No texto acima, o atuor propõe uma mudança no fazer artístico da atualidade em relação ao passado, na qual A a criação artística não encontra barreiras sociais em sua concepção. B as artes submetem-se ao julgo financeiro em vez do julgo social. C a liberdade artística relaciona-se a uma perda de significação social. D há mais liberdade criativa, atrelada a obras de maior impacto social. E as obras atuais não são determinadas pelos valores de patrocinadores.
QUESTÃO 43 Conteúdo: Criação artística C5 | H15 Dificuldade: Média O autor pontua que no passado o mecenas era alguém de impacto na sociedade e as obras encomendadas refletiam valores sociais que muitas vezes eram o do próprio artista. Hoje, haveria mais liberdade criativa, mas as obras não teriam o mesmo peso.
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QUESTÃO 44 Para garantir que crianças e adolescentes se alimentem
QUESTÃO 45 AS ALTERAÇÕES NO CORPO DA GESTANTE
de maneira mais saudável, poder público e instituições de
Gradativamente, a gestante aumenta o seu peso ao longo
ensino vêm adotando medidas que restringem a entrada
da gestação. Além do aumento do peso, uma série de outras
de alimentos que podem ser nocivos à saúde no ambien‑
mudanças no corpo acompanha o período gestacional da
te escolar. Alguns exemplos são leis que proíbem a venda
mulher. As transformações são totalmente naturais e neces‑
de refrigerantes e frituras dentro dos colégios e a decisão de
sárias, pois à medida que o bebê se desenvolve o corpo
substituir lanches trazidos de casa por refeições preparadas
feminino precisa se adaptar à realidade. Surge, por exemplo,
na própria instituição.
uma alteração do centro de gravidade, a rotação da pelve,
Apesar disso, para que os bons hábitos alimentares sejam realmente enraizados – combatendo, assim, problemas como
o aumento da curvatura lombar e uma maior elasticidade dos ligamentos.
a obesidade – muitas escolas de educação infantil têm apos‑
O útero aumenta o seu volume para acomodar o bebê,
tado em projetos mais amplos, que ensinem a importância
assim como vários tecidos do corpo também sofrem alterações.
de comer bem. E o foco não são só as crianças: para que
Os hormônios da gravidez também estimulam adaptações no
elas possam se alimentar melhor, os pais também precisam
corpo materno. De modo geral, todos os órgãos e sistemas
passar por um processo de reeducação.
do corpo da gestante passam por profundas mudanças e que
“Escola e pais devem trabalhar juntos. A escola irá reforçar a alimentação saudável através de um cardápio variado e
acabam contribuindo para gerar alguns impactos negativos para a mulher.
que contemple os nutrientes vitais para o desenvolvimento da
Surgem dores em diversas regiões, inclusive na coluna
criança. Se isso também for aplicado em casa, é possível que
vertebral, que é uma das mais afetadas pela sobrecarga que
as crianças se tornem agentes promotores da sua saúde e de
as mudanças promovem. Quando as estruturas corporais
sua família”, diz Sabrina Bairão, coordenadora pedagógica
não estão bem preparadas para essas alterações, as dores
da escola de educação infantil do Colégio Palmares, o Gente
são inevitáveis, principalmente, na região lombar. Essas rea‑
Nossa, localizado em São Paulo.
ções dolorosas também podem ser provenientes de tensões
FONTOURA, Juliana. Projetos de educação alimentar nas escolas buscam mudar hábitos familiares. Revista Educação, ed. 237, 16 mar. 2017. Disponível em: <www.revistaeducacao.com.br/projetos-de-educacao-alimentar-nas-escolas-buscammudar-habitos-familiares>. Acesso em: 27 nov. 2018.
O texto aborda um projeto para promover alimentação ade‑ quada nas escolas, cuja implementação depende A do consumo de refrigerantes e frituras de melhor qualidade. B da variação do cardápio escolar para agradar as crianças.
musculares, em virtude de desvios posturais já existentes ou adquiridos durante o período gestacional. Disponível em: <www.institutopilates.com.br/pilates-gestantes>. Acesso em: 27 nov. 2018.
A gestação é um processo pelo qual o corpo da mulher sofre inúmeras transformações. Conforme o texto, esse período muitas vezes é acompanhado de
C do engajamento de toda a família em uma educação alimentar.
A rigidez ligamentar.
D do aumento da quantidade de comida na merenda escolar.
B inatividade hormonal.
E da adoção de lanches com maior valor nutricional feitos em casa.
C ampliação da pelve. D desconforto lombar. E oscilações de peso.
QUESTÃO 44 Conteúdo: Nutrição C3 | H10 Dificuldade: Média O foco do texto é mostrar que algumas instituições de ensino vão além de proibir alimentos nocivos nas suas refeições, mas desenvolver um programa de reeducação alimentar que envolve toda a família, para que na escola e em casa as crianças tenham uma alimentação com variedade de nutrientes.
QUESTÃO 45 Conteúdo: Gestação C3 | H11 Dificuldade: Média O ganho de peso, as alterações na pelve e os desvios posturais são alguns exemplos de situações que podem causar dores lombares em mulheres gestantes.
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”. • fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I REPRESENTATIVIDADE IMPORTA (E CUSTA): O DESAFIO DAS MULHERES NAS ELEIÇÕES Em uma democracia representativa é desejável que exista uma relação equilibrada entre os grupos da sociedade e seus representantes. O eleitorado brasileiro é composto por 52,3% de mulheres com poder de voto, mas na Câmara dos Depu‑ tados apenas 10% dos deputados e 16% dos senadores são mulheres. A cada dez municípios brasileiros, apenas um é administrado por uma mulher. Somos um dos piores países do mundo quando o assunto é diversidade de gênero na política. Debater a falta de mulheres na política é ir além de uma discussão puramente eleitoral. As consequências são sentidas dentro do meio social. Pouca representatividade significa ausência de interessados defendendo seus direitos no ambiente parlamentar e, na questão de gênero, pode indicar também uma percepção discriminatória de que o espaço da política não é para mulheres. AMARAL, Tabata; AGUIAR, João Benício. Representatividade importa (e custa): o desafio das mulheres nas eleições. Congresso em foco, 8 ago. 2018. Disponível em: <https://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/forum/representatividade-importa-e-custa/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
TEXTO II POR QUE HÁ MAIS CANDIDATOS NEGROS. E QUAIS SEUS DESAFIOS Na eleição de 2018, mais negros e negras estão se candidatando, na comparação com a eleição geral anterior, em 2014. A quantidade, porém, fica abaixo da proporção de negros na população brasileira. São aproximadamente 13 mil candidatos negros na eleição de 2018. Isso representa 46,8% do total de candidaturas, mas os negros são pouco mais da metade da população brasileira. Ou seja, eles estão sub-representados nas eleições. Quando se consideram os negros eleitos, a taxa cai ainda mais. Entre os deputados federais eleitos em 2014, por exemplo, apenas um em cada cinco eram negros. PIMENTEL, Matheus. Por que há mais candidatos negros. E quais seus desafios. Nexo Jornal, 4 out. 2018. Disponível em: <www.nexojornal.com.br/expresso/2018/10/04/Por-que-h%C3%A1-mais-candidatos-negros.-E-quais-seus-desafios>. Acesso em: 27 nov. 2018.
TEXTO III “SOU RESULTADO DO MOVIMENTO DE LUTA”, DIZ 1a INDÍGENA ELEITA DEPUTADA Os 8 491 eleitores que votaram na candidata a deputada federal por Roraima Joênia Batista de Carvalho elegeram a primeira mulher indígena para a Câmara dos Deputados, desde que esta foi criada, em 1824 – ano em que a primeira Constituição brasi‑ leira foi promulgada, sem qualquer menção à existência e aos direitos dos índios brasileiros. Há 31 anos, desde que o cacique xavante Mário Juruna deixou o Congresso Nacional, em 1987, um índio não era eleito deputado federal. Aos 43 anos, Joênia Wapichana é pioneira da causa indígena e milita desde 1997, quando se tornou a primeira mulher índia a se formar em Direito, na Universidade Federal de Roraima. Em 2008, tornou-se a primeira indígena a falar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo a legalidade da homologação dos limites contínuos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. […] RODRIGUES, Alex. “Sou resultado do movimento de luta”, diz 1a indígena eleita deputada. Agência Brasil, 10 out. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil. ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-10/sou-resultado-do-movimento-indigena-diz-1a-indigena-eleita-deputada/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
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POLITIZE
TEXTO IV
PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Representatividade: a presença de grupos marginalizados na política brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. A correção da redação deve considerar os seguintes critérios CRITÉRIO/COMPETÊNCIA
OBSERVAR
1) Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
Utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, evitando erros de ortografia e de pontuação.
2) Compreender a proposta de redação e aplicar O aluno deve abordar o tema levando em consideração a importância da presença de grupos considerados “minorias” conceitos das várias áreas de conhecimento para ou “marginalizados” na política brasileira. desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. 3) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar Argumentar e defender um ponto de vista de forma coesa e coerente, utilizando-se do seu conhecimento prévio sobre informações, fatos, opiniões e argumentos em o assunto. Trechos que sejam cópias dos textos motivadores serão desconsiderados na correção. defesa de um ponto de vista. 4) Demonstrar conhecimento dos mecanismos Apresentar um bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando ambiguidades e redundâncias. linguísticos necessários para a construção da argumentação. 5) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Elaborar uma proposta de intervenção que esteja de acordo com o ponto de vista defendido no decorrer do texto, sem desrespeitar os direitos humanos.
Comentário: A redação deve discutir o tema “Representatividade: a presença de grupos marginalizados na política brasileira”, assunto pertinente após as inúmeras discussões encabeçadas pelo processo eleitoral no Brasil, ocorrido no dia 7 de outubro de 2018. A ausência de políticos que representem a população marginalizada (negros, mulheres, indígenas, LGBTs) faz grande parte da população não se sentir contemplada ou até mesmo deixar de votar. Os textos de apoio demonstram os desafios propostos para as minorias que lutam por seus direitos no país, bem como a importância de que essas pessoas ocupem cargos políticos no Senado, na Câmara dos Deputados etc. É possível desenvolver propostas de intervenções que proponham alternativas para o reconhecimento e o incentivo de que essas pessoas sejam representantes políticos, como possíveis reformas no sistema político atual. É importante apresentar aspectos de repertório pessoal e desenvolver um texto autoral. Os textos de apoio servem de base, mas não devem ser limitantes. Textos que apresentem tais características e propostas de intervenções bem desenvolvidas devem ser valorizados. Aqueles que apenas reproduzirem as informações contidas na proposta devem receber desconto nas notas atribuídas. a o
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões 46 a 90 QUESTÃO 46
QUESTÃO 47 DISFARCE LEGALISTA E MÉTODOS ILEGAIS […] Com a promulgação da nova Lei de Segurança Nacional, em 1967, e com o Ato Institucional no 5 (AI-5) [...], em 1968, o
A indústria lítica também parece ter tido importância con‑
aparato legal de repressão ganhou novos tentáculos. A nova
siderável na economia sambaquieira, tanto na produção de
lei criou mais de 30 crimes contra a segurança nacional, entre
artefatos decisivos para sua adaptação ao ambiente lacustre
eles, propaganda contra a ordem, organização de grupos de
– como, por exemplo, os machados e cunhas, utilizados na
contestação, ações armadas ou não contra o Estado, agres‑
lida com madeira, especialmente na fabricação das canoas
são verbal a autoridades, auxílio a “potências estrangeiras”,
– quanto para o processamento de alimentos vegetais, como
ultraje aos símbolos nacionais, aliciamento para paralisações
os almofarizes, pilões e quebra-coquinhos, assim como uma
de funcionários públicos etc.
variedade de manos (ou pedras de mão: batedores, soca‑ dores etc.) e mãos de pilão de diversos tamanhos e formas encontrados em grande número nestes sítios [...]. DEBLASIS, Paulo et al. Sambaquis e paisagem: dinâmica natural e arqueologia regional no litoral do sul do Brasil. Arqueologia Sul-Americana, jan. 2007. Disponível em: <www.museunacional.ufrj.br/arqueologia/docs/papers/rita/RAS2007.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2018.
Os sambaquis ou concheiros são depósitos construídos pelo homem, formados por materiais orgânicos e calcários que, empilhados ao longo do tempo, fazem parte de inúmeros sítios arqueológicos comuns ao longo da costa litorânea do Brasil, evidenciando uma presença humana muito antiga no território brasileiro. De acordo com o período em que foram construídos, os sambaquis podem ser caracterizados como vestígios de ocupações pré-históricas
Repressão. Memórias da Ditadura. Disponível em: <http://memoriasdaditadura.org.br/ repressao/index.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.
No período citado no trecho acima, os governantes tinham o poder (legalizado) para reprimir aqueles considerados contra o regime vigente, por isso muitos músicos nesse momento denunciavam sua inconformidade com a ditadura por meio de composições de duplo sentido, o que era uma forma de lutar pela garantia do direito A ao acesso à cultura. B à liberdade de expressão. C à proteção da intimidade. D à liberdade de profissão. E à liberdade de imprensa.
A paleolíticas, uma vez que são formas sedentárias de fixação humana e ocupação do solo. B neolíticas, pois se observa o desenvolvimento de ferramentas líticas, usadas na caça e na agricultura. C paleolíticas, pelo fato de a subsistência ser baseada na agri‑ cultura de cereais. D paleolíticas, em transição para o Neolítico, pois já há aspec‑ tos de sedentarização.
QUESTÃO 47 Conteúdo: Ditadura militar C5 | H24 Dificuldade: Fácil A ditadura militar restringiu brutalmente os direitos fundamentais do indivíduo, e legitimou as práticas de repressão por meio de Atos Institucionais, como o AI-5, que suspenderam a liberdade de expressão dos cidadãos, censurando músicas, peças teatrais, livros e os conteúdos veiculados pelos meios de comunicação em geral.
E mesolíticas, em razão do desenvolvimento de uma economia comercial.
QUESTÃO 46 Conteúdo: Pré-História brasileira, sambaquis C4 | H16 Dificuldade: Média Na Pré-História brasileira, os sambaquis são um vestígio da transição da forma de vida paleolítica, caracterizada pela subsistência da coleta e da caça, sobretudo em regiões litorâneas e lacustres, para o estilo de vida neolítico, caracterizado pelo processo de sedentarização, que começava a se estabelecer no litoral brasileiro. O acúmulo de material orgânico e de artefatos em pontos fixos da costa evidencia o processo de sedentarização, comumente encontrado no período Neolítico.
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QUESTÃO 48
QUESTÃO 49
Surge disso uma questão: é melhor ser amado que temido ou o inverso? A resposta é que seria de desejar ser ambas as coisas, mas, como é difícil combiná-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se tem de desistir de uma das duas. Isso porque se pode dizer o seguinte acerca dos homens: que são ingratos, volúveis, simulados e dissimulados, fogem dos perigos, são ávidos por ganhos e, enquanto lhes fizeres bem, pertencem inteiramente a ti, te oferecem o sangue, os bens, a vida e os filhos desde que a carência esteja distante; mas, quando precisas deles, revoltam-se. […] Deve, contudo, o príncipe fazer-se temer de modo que, se não conquistar o amor, que pelo menos escape ao ódio; pois é perfeitamente possível ser temido e não ser odiado ao mesmo tempo […]. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Tradução de Maria Júlia Goldwasser. 4. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. p. 82-83. (Clássicos WMF).
FOTOS: SANDRA MORAES/SHUTTERSTOCK.COM
A obra O príncipe, de Maquiavel, funda a filosofia política moderna porque rompe com a tradição política medieval, na qual o bom governo era exercido pelo príncipe portador de virtudes cristãs. No trecho acima, a recusa à figura desse bom governo justifica-se A pela necessidade que o príncipe tem de ser amado para manter um bom governo. B pelo ódio que nasce nas sociedades governadas por alguém que é temido. C pela incapacidade de o príncipe ser amado e temido dada a sua imaturidade. D pela dissimulação com que os seres humanos tratam aqueles que lhes governam. E pelo caráter moralmente virtuoso que o príncipe adquire ao longo de seu governo.
Pinturas rupestres em São Raimundo Nonato, estado do Piauí.
Ao comparar as pinturas rupestres representadas acima, evidencia-se que os grupos ali caracterizados A buscam retratar aspectos étnicos em suas pinturas.
QUESTÃO 48 Conteúdo: Filosofia política C3 | H11 Dificuldade: Média Maquiavel expõe no trecho citado que a importância de o príncipe ser temido reside no caráter dissimulado dos seres humanos que são por ele governados pois, enquanto receberem as benesses promovidas pelo governante, os governados estarão sempre à disposição do príncipe, mas, quando este demonstrar necessitar da ajuda desses mesmos seres humanos, receberá tão somente a revolta e o desdém. Isso porque, de acordo com o pensamento de Maquiavel, os seres humanos são governados pelos seus interesses pessoais e, não havendo respeito e temor pelo governante, não receiam em ofendê-lo.
B são sedentários, já que caçam em pequenos grupos. C utilizam de artefatos de metal para caça e coleta. D possuem áreas específicas para a criação de animais. E têm a carne como uma das principais fontes de alimentação.
QUESTÃO 49 Conteúdo: Pré-História brasileira, pinturas rupestres C6 | H27 Dificuldade: Fácil Observando a pintura, nela são representados aspectos cotidianos de caçadores e coletores da Pré-História brasileira; destacam-se em ambas as pinturas a presença de animais a serem abatidos, uma das principais fontes de alimentação desses grupos.
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QUESTÃO 50
QUESTÃO 52
Os Egípcios dizem que Ceres e Baco possuem um poder so‑
Um novo sistema fiscal reaqueceu a economia, mas
berano nos infernos. Foi também esse povo o primeiro a afirmar
apenas adiou o declínio. Teoricamente administrado por
que a alma do homem é imortal e que, morto o corpo, transmigra
dois governadores, o Império dividiu-se aos poucos em
sempre para o de qualquer animal; e depois de haver passado
uma parte oriental e outra ocidental, enquanto províncias
assim, sucessivamente, por todas as espécies de animais terres‑
afastadas caíam nas mãos de invasores bárbaros. A própria
tres, aquáticos e voláteis, torna a entrar num corpo de homem,
Roma foi saqueada pelo visigodo Alarico (410) e pelo vândalo
realizando-se essas diferentes transmigrações no espaço de três
Genserico (455) e, em 493, um reino ostrogodo foi fundado na
mil anos. Sei que alguns Gregos esposaram essa opinião, uns
Itália [...]. O Império Ocidental caiu nas mãos dos invasores e,
mais cedo, outros mais tarde, considerando-a como sua. Não
em meados do século 6, fracassou a tentativa de Justiniano
ignoro seus nomes, mas prefiro não mencioná-los.
de reunir as duas metades. [...]
HERÓDOTO apud COUTINHO, Luciano. Katabasis e autossalvação na recriação do orfismo no Banquete de Platão. Boletim de Estudos Clássicos, v. 62, 2017, p. 34-35.
De acordo com o relato de Heródoto, a cultura religiosa dos antigos egípcios era tida como A original e influente, irradiando alguns de seus aspectos para outros povos da Antiguidade. B sincrética e universal, adotada pelos povos da Antiguidade, que sobrepunham suas divindades às egípcias. C divina e sobrenatural, como a dos gregos da Antiguidade, complementando o Olimpo com deuses egípcios. D original e influente, base de toda a cultura grega antiga, sobretudo na formulação de narrativas míticas. E original e hermética, como a dos povos mesopotâmicos, ficando delimitada a seus territórios.
QUESTÃO 51
O Império Romano de Augusto a Justiniano – 31 a.C. a 565 d.C. In: Folha de S.Paulo; The Times. Atlas da História do Mundo. São Paulo: Publifolha, 1995. p. 88.
A partir do século III d.C., o Império Romano viveu uma fase de crise aguda, desagregação e profundas transformações sociais. De acordo com o trecho, isso ocasionou A o renascimento de centros econômicos na parte ocidental do Império, em crescente processo de urbanização. B a derrota dos povos bárbaros, que se estabeleceram nas fronteiras dos territórios, pressionados pelas legiões. C a união político-administrativa do Império do Ocidente com o Oriente, a fim de reduzir a crise. D a cisão do Império em uma parte oriental, com sede em Constantinopla, e outra ocidental, tendo Roma como capital. E o aumento da segurança no campo, em decorrência das desordens político-sociais e da crise econômica nas cidades.
A Ilíada de Homero é geralmente caracterizada como um poema que trata da Guerra de Troia, que teria acontecido 500 anos antes da composição de tal poema, e teria sido trans‑ mitido através da tradição oral, até o momento em que foi escrito pela primeira vez. Esperava-se, portanto, que os fatos narrados pelo poeta correspondessem aos achados arqueológicos encon‑ trados para o Período Micênico, mas o que se encontra na Ilíada é uma mistura de elementos da sociedade micênica e da socie‑ dade contemporânea a Homero, ou seja, o século VIII a.C. [...] ZANON, Camila Aline. A Ilíada de Homero e a Arqueologia. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. p. 6.
De acordo com o fragmento acima, os versos dos poemas homéricos recolhidos da Ilíada A representam um documento histórico, pois o autor descreve com fidelidade fatos verídicos. B permitem entender a evolução da sociedade grega, por meio de trechos de sua narrativa épica. C refletem elementos da época de sua escrita incorporados ao tema das narrativas. D fazem alusão a um tipo de sociedade grega que deixou de existir no período homérico.
QUESTÃO 50 Conteúdo: Egito Antigo, religião, monoteísmo C1 | H5 Dificuldade: Média A cultura egípcia possui originalidade, tal como diz no trecho “Foi também esse povo o primeiro a afirmar que a alma do homem é imortal”; seus aspectos originais – por exemplo, no que diz respeito à crença na vida após a morte – influenciaram outros povos acerca dessa concepção, inclusive os gregos. QUESTÃO 51 Conteúdo: Período homérico, Grécia Antiga C1 | H2 Dificuldade: Média O texto diz que, nos poemas da Ilíada, Homero mescla os elementos do período micênico com outros do século VIII a.C., como se estes já estivessem presentes 500 anos antes dos acontecimentos narrados. Portanto, a obra não é um relato fiel produzido na época da guerra de Troia. Ela também não apresenta fatos cronológicos da época de sua narrativa, além de conter elementos que foram transmitidos pela cultura oral por aproximadamente cinco séculos antes de Homero. QUESTÃO 52 Conteúdo: Roma Antiga, Império Romano C3 | H15 Dificuldade: Fácil Por volta do século III, o Império Romano passou por uma enorme crise político-econômica, com a falta de recursos a serem investidos e com as invasões estrangeiras. Assim, o centro do poder romano dividiu-se em Oriente (cuja capital era Constantinopla, um rico centro comercial) e Ocidente (sediada em Roma e cada vez mais enfraquecida com o tempo, vindo a cair em 476 d.C.).
E servem de fundamentação para outros estudos que comprovam a veracidade da narrativa de Homero. CH ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 30
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QUESTÃO 53 O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou […], em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, que dará continuidade às ideias políticas de Fidel Castro […].
QUESTÃO 54 TEXTO I […] Se, com efeito, a existência precede a essência, não será nunca possível referir uma explicação a uma natureza
Emocionado por discursar na mesma tribuna em que Fidel
humana dada e imutável; por outras palavras, não há deter‑
Castro falou pela primeira vez ao mundo há 58 anos, Díaz‑
minismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Assim,
-Canel ressaltou que a maioria da população cubana quer
não temos nem atrás de nós, nem diante de nós, no domínio
dar sequência à obra do líder revolucionário. […]
luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós
“Somos a continuidade, não a ruptura. Agradeço aos líde‑
e sem desculpas. É o que traduzirei dizendo que o homem
res mundiais pela rejeição quase unânime, todos os anos, ao
está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou
bloqueio econômico, comercial e financeiro de nosso país”,
a si próprio; e, no entanto livre, porque, uma vez lançado ao
afirmou.
mundo, é responsável por tudo quanto fizer. […]
“Apesar do bloqueio, da hostilidade e das ações execu‑ tadas pelos EUA para impor uma mudança de regime em Cuba, aqui está a Revolução Cuba, viva e pujante, fiel aos seus princípios”, destacou. EFE. Exame, 26 set. 2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/na-onunovo-presidente-de-cuba-questiona-prisao-de-lula/>. Acesso em: 3 dez. 2018.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Tradução de Vergílio Ferreira. 3. ed. Lisboa: Editorial Presença, s.d. p. 227-228.
TEXTO II […] Todo sujeito coloca-se concretamente através de pro‑ jetos como uma transcendência; só alcança sua liberdade pela sua constante superação em vista de outras liberdades;
Em seu primeiro discurso na ONU, em 26 de setembro de 2018, Miguel Díaz-Canel, presidente cubano, usou um tom contraditório em seu agradecimento porque fez referência
não há outra justificação da existência presente senão sua
A à forma como os países foram ríspidos em relação a Cuba.
que, sendo como todo ser humano, uma liberdade autônoma,
B aos líderes mundiais por outorgarem o embargo imposto a Cuba.
descobre-se e escolhe-se num mundo em que os homens
C ao insucesso das políticas implementadas pela Revolução Cubana. D a entrada do capitalismo na ilha, com o apoio dos Estados Unidos. E à hostilidade, ao embargo e às ações executadas pelos Estados Unidos.
QUESTÃO 53 Conteúdo: Geopolítica C2| H7 Dificuldade: Fácil Em seu discurso, Díaz-Canel agradece pela hostilidade que Cuba enfrentou desde a Revolução Cubana. O tom contraditório está em agradecer as ações e o bloqueio imposto pelos Estados Unidos, mas que, no fim, fortaleceram a política interna de Cuba bem como seu posicionamento político em relação aos outros países. QUESTÃO 54 Conteúdo: Existencialismo, Filosofia contemporânea, feminismo C1 | H4 Dificuldade: Média Quando Beauvoir expõe no trecho que a mulher foi relegada à “condição de Outro”, ela afirma que o conceito de Homem, enquanto sujeito universal e neutro (e, por esse motivo, utilizado para se referir ao ser humano em sua totalidade), ocupou historicamente uma posição central no pensamento filosófico, social e político da humanidade, enquanto a mulher ocupou o lugar de Outro, do não universal e, portanto, não representativo da humanidade. A filósofa aponta, assim, que esse lugar de Outro ao qual a mulher foi submetida faz que a liberdade que se coloca diante dela não seja, de fato, tão irrestrita quanto o é para o indivíduo (universal) ao qual Sartre se refere como “condenado a ser livre”. Embora Sartre aponte para a radical liberdade do ser humano, Beauvoir problematiza essa concepção de liberdade por meio da condição feminina na humanidade.
expansão para um futuro indefinidamente aberto. […] Ora, o que define de maneira singular a situação da mulher é
lhe impõem a condição de Outro. […] BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Tradução de Sérgio Milliet. 3. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, s.d. p. 22-23.
O existencialismo foi uma corrente que ganhou grande reper‑ cussão em meados do século XX. Os franceses Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Simone de Beauvoir (1908-1986) foram pensadores que ajudaram a popularizar essa perspectiva filosófica, defendendo a liberdade como ponto fundamental da existência humana. O contraste da posição de Beauvoir em relação à de Sartre nos trechos citados sobre a questão da liberdade reside A na responsabilidade com a qual as mulheres deparam ao fazerem escolhas com vistas à liberdade. B na compreensão de que os papéis sociais de gênero influem na limitação da liberdade da mulher. C no caráter pejorativo com que o texto trata a liberdade das mulheres ante a liberdade dos homens. D na perspectiva de que as mulheres, por serem o Outro, possuem maior liberdade do que seus pares. E na liberdade irrestrita segundo a qual a mulher, sendo o Outro, possui uma existência indefinidamente aberta.
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QUESTÃO 55 Conteúdo: Meio ambiente C6 | H27 Dificuldade: Fácil
A charge é irônica, pois os mosquitos transmissores da dengue aprovam a atitude humana de não ter nenhum tipo de cuidado com o descarte do lixo doméstico, favorecendo assim a transmissão da doença.
QUESTÃO 55
QUESTÃO 57 […] Assim também o devoto, ao nascer, encontra prontas as crenças e as práticas da vida religiosa; existindo antes dele, é porque existem fora dele. O sistema de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos, o sistema de moedas que emprego para pagar dívidas, os instrumentos de crédito que utilizo nas relações comerciais, as práticas seguidas na profissão etc., etc. funcionam independentemente do uso que delas faço. […] Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais.
ARIONAURO
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. Tradução de Maria Isaura P. de Queiroz. 8. ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1977. p. 2.
A charge faz uma crítica ao comportamento humano por meio da
No excerto acima, Émile Durkheim conduz a explicação de que os fatos sociais são QUESTÃO 57 A individuais, coercitivos e singulares. Conteúdo: Fato social
A ironia, pois os mosquitos aprovam o descarte inadequado do lixo.
B externos, gerais e coercitivos.
B crítica, pois o descarte inadequado do lixo polui o meio ambiente.
D dinâmicos, relativos e únicos.
C neutralidade, pois a dengue não tem relação com o descarte do lixo. D aprovação, pois o descarte do lixo reciclável propicia o acúmulo de água. E desaprovação, pois o descarte inadequado facilita a trans‑ missão da dengue.
C internos, flexíveis e gerais. E relativos, coercitivos e dinâmicos.
C3 | H11 Dificuldade: Média Os fatos sociais são coercitivos, uma imposição social (externa) a todos os indivíduos, ou seja, atingem não somente alguns indivíduos, mas todo o coletivo.
QUESTÃO 58 A paquistanesa Malala Yousafzai anunciou […] que três brasileiras passarão a integrar a Rede Gulmakai, uma iniciativa do Fundo Malala que patrocina homens e mulheres que incen‑ tivam ou promovem a educação de meninas em vários países.
QUESTÃO 56
O Fundo Malala já chegou a investir recursos em projetos de
ONU: QUASE 2 MILHÕES DE PESSOAS DEIXARAM A
ativistas indígenas do México, mas o anúncio […] marca a
VENEZUELA DESDE 2015 “Cerca de 5 000 pessoas deixam a Venezuela por dia hoje”, disse Filippo Grandi, alto comissário da ONU para os refugiados
A população venezuelana está asfixiada por uma crise econômica caracterizada pela hiperinflação, pobreza, falta de serviços públicos e escassez de artigos de primeira necessi‑ dade, especialmente remédios e alimentos. Isso provocou um êxodo em massa de centenas de milhares de venezuelanos. AFP. ONU: quase 2 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015. Exame, 1o out. 2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/onu-quase-2-milhoesde-pessoas-deixaram-a-venezuela-desde-2015/>. Acesso em: 3 dez. 2018.
As informações apresentadas na notícia são importantes para o Brasil por causa B dos fluxos migratórios. C das mudanças políticas. D das relações comerciais. E das diferenças culturais.
çando pelo Brasil. O projeto já contempla outros seis países: Afeganistão, Líbano, Índia, Nigéria, Paquistão e Turquia. Em 2012, Malala foi vítima de um atentado do Talebã por insistir em ir à escola – uma atividade proibida para meninas.
[…]
A das diferenças religiosas.
expansão da Rede Gulmakai para a América Latina, come‑
QUESTÃO 56 Conteúdo: Dinâmicas populacionais, fluxos migratórios C2 | H8 Dificuldade: Média A notícia mostrada é importante para o Brasil porque é o país que mais tem recebido venezuelanos.
Desde então, ela criou uma organização para incentivar a educação de meninas em todo o mundo, e em 2014 se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz. MORENO, Ana Carolina. Malala vai patrocinar três brasileiras que lutam pela educação de meninas. G1, 10 jul. 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/ malala-vai-patrocinar-tres-brasileiras-que-lutam-pela-educacao-de-meninas.ghtml>. Acesso em: 3 dez. 2018.
O trecho revela que Malala A foca seu ativismo em questões educacionais femininas e em sua região de origem, o Oriente Médio. B reconhece e valoriza diferentes lutas femininas em sua região de origem, o Oriente Médio. C restringe seu ativismo a questões educacionais femininas e expande-o para países da Europa. D reconhece e valoriza a luta pelos direitos humanos e expande seu ativismo para países como o Brasil. E apoia iniciativas políticas que trabalham o empoderamento feminino, por meio do Fundo Malala e da Rede Gulmakai.
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QUESTÃO 59
QUESTÃO 60
CAPOEIRA É RECONHECIDA COMO PATRIMÔNIO
INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES DESTRÓI O
CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE
MUSEU NACIONAL, NA QUINTA DA BOA VISTA
Com o título, a capoeira se tornou a quinta manifestação
A maior parte do acervo, de cerca de 20 milhões de itens,
cultural brasileira reconhecida pela Unesco. O samba de
foi totalmente destruída. Fósseis, múmias, registros históricos
roda do Recôncavo Baiano; o Kusiwa, arte e pintura corporal
e obras de arte viraram cinzas. Pedaços de documentos quei‑
própria dos povos indígenas Wajãpi, do Amapá; o frevo; e a
mados foram parar em vários bairros da cidade.
peregrinação religiosa do Círio de Nazaré já foram incluídos na lista do patrimônio cultural da ONU. Capoeira é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Câmara dos Deputados, 28 nov. 2014. Disponível em: <www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/ materias/COM-A-PALAVRA/478472-CAPOEIRA-E-RECONHECIDA-COMO-PATRIMONIOCULTURAL-IMATERIAL-DA-HUMANIDADE.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.
A Organização das Nações Unidas para a Eduçação, a Ciência e a Cultura (Unesco) classifica diversas manifesta‑ ções culturais ao redor do mundo como patrimônio imaterial. Para o Brasil, a inclusão de práticas como as mencionadas no texto em sua lista é importante porque A ajuda a preservar a memória de manifestações típicas do período escravista. B garante a manutenção de manifestações desconhecidas pela população do país. C permite que os povos originários preservem seus sítios con‑ siderados sagrados.
[...] Apesar de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e está há pelo menos três anos funcionando com orçamento reduzido [...]. A situação chegou ao ponto de o museu anunciar uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos junto ao público para reabrir a sala mais importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata. A meta era chegar a R$ 100 mil. [...] Em nota, o Ministério da Educação lamentou “o trágico incêndio ocorrido [...] no Museu Nacional do Rio de Janeiro, criado por Dom João VI e que completa 200 anos neste ano.
D colabora para a valorização e a preservação de manifesta‑ ções culturais diversas.
O MEC não medirá esforços para auxiliar a UFRJ no que for
E promove manifestações culturais de regiões pobres, com poucos recursos econômicos.
rico”, diz o comunicado.
QUESTÃO 58 Conteúdo: Direitos humanos C3 | H11 Dificuldade: Média Além de seu ativismo, Malala apoia e também reconhece diferentes lutas a favor dos direitos humanos no mundo e, até o momento, de forma mais específica em países em desenvolvimento, marcados pelas grandes desigualdades sociais. QUESTÃO 59 Conteúdo: Patrimônio e diversidade cultural no Brasil C1 | H3 Dificuldade: Fácil As práticas mencionadas no trecho são próprias de contextos sociais e históricos bastante diversos. Seu reconhecimento pela Unesco é uma forma de valorizar e fortalecer essa diversidade, que está na base da formação socioespacial brasileira.
necessário para a recuperação desse nosso patrimônio histó‑ TORRES, Lívia et al. Incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista. G1, 2 set. 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/ noticia/2018/09/02/incendio-atinge-a-quinta-da-boa-vista-rio.ghtml>. Acesso em: 3 dez. 2018.
O Museu Nacional é um dos mais importantes do Brasil, tanto pelo valor histórico-cultural de sua edificação quanto pelos artefatos museológicos que abrigava. Diversas entidades lamentaram o acidente, o que se justifica pelo fato de que A os principais danos causados pelo incêndio foram na estrutura do prédio. B o prejuízo histórico e científico causado pelo fogo são irrecuperáveis. C a principal perda do museu foi a incineração do dinossauro Dino Prata. D o museu precisará de R$ 100 mil para poder retomar suas atividades. E a crise financeira da UFRJ afetou pontualmente as atividades do museu.
QUESTÃO 60 Conteúdo: Importância do patrimônio histórico-científico-cultural C1 | H1 Dificuldade: Média O incêndio do Museu Nacional destruiu documentos históricos e itens pertencentes a coleções científicas que jamais poderão ser recuperados, afetando o registro histórico e científico e prejudicando ou inviabilizando pesquisas em andamento e futuras.
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QUESTÃO 61 Conteúdo: Relação homem-natureza, proteção ambiental C6 | H29 Dificuldade: Média
QUESTÃO 61
A destruição da formação rochosa de milhares de anos revela que o escoteiro não lhe atribuía valor algum. A falta de consciência do público quanto à importância dos aspectos abióticos do planeta indica a necessidade de reforçar a educação para a conservação dos elementos não vivos do globo.
QUESTÃO 63
RAPAZ DESTRÓI MARAVILHA NATURAL MILENAR E
[...] Os últimos séculos do Império Romano em declínio e as próprias conquistas dos bárbaros destruíram grande quantidade
SE GABA EM VÍDEO Foram necessários pelo menos 170 milhões de anos para
de forças produtivas; a agricultura declinara, a indústria estava
a água e o vento esculpirem as belas formações rochosas
em decadência pela falta de mercados, o comércio adormecera
do Goblin Valley State Park, no estado americano de Utah.
ou fora violentamente interrompido, a população, tanto a rural
E apenas um minuto para um escoteiro derrubar uma das
como a urbana, diminuíra. Essas condições preexistentes e o
rochas no chão, de propósito.
modo de organização da conquista por elas condicionado fize‑
[...]
ram com que se desenvolvesse, sob a influência da organização
Após destruir a formação de arenito antigo que data do
germânica, a propriedade feudal. Como a propriedade tribal e a
período Jurássico, o rapaz se gaba de ter modificado a
comunal, esta também repousa numa comunidade em face da
paisagem local. [...]
qual não são mais os escravos – como no sistema antigo – mas
BARBOSA, Vanessa. Rapaz destrói maravilha natural milenar e se gaba em vídeo. Exame, 22 out. 2013. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/ rapaz-destroi-formacao-rochosa-milenar-e-se-gaba-em-video/>. Acesso em: 3 dez. 2018.
os pequenos camponeses servos da gleba que constituem a
O episódio relatado no trecho indica que a criação da área protegida não foi suficiente para garantir a preservação de seus aspectos geológicos. Tendo em vista a dicotomia entre preservação e degradação, uma possível medida a ser tomada para protegê-los seria
posse da terra e a vassalagem armada a ela conectada davam
A o incentivo à elaboração e à aplicação de leis voltadas à preservação do meio abiótico. B a cobrança de ingresso para o acesso a áreas protegidas de grande importância geológica.
classe diretamente produtora. [...] A estrutura hierárquica da à nobreza o poder sobre os servos. Essa estrutura feudal, como toda a antiga propriedade comunal, era uma associação contra a classe produtora dominada; o que variava era a forma de associação e a relação com os produtores diretos, já que as condições de produção haviam mudado. ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã. Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Hucitec, 1984. p. 33-34.
C a instalação de câmeras de segurança nas formações rochosas das áreas protegidas.
No sistema feudal descrito no texto, que surgiu na Europa após o declínio do poder romano, predominava
D a divulgação das grandes extensões das formações geoló‑ gicas, o que reduz sua raridade.
A a propriedade e a produção coletivas, autossustentável entre os servos que cultivavam o manso servil.
E o investimento em educação para a conservação dos as‑ pectos abióticos do planeta.
B uma economia agropastoril, com a produção de excedentes voltada à comercialização com as cidades. C uma sociedade estamental, com rígida hierarquia social, que determinava a propriedade da terra e a produção.
QUESTÃO 62 Em 632, Maomé fez sua última visita a Meca, e o discurso que ali proferiu foi registrado nos textos tradicionais como a de‑ claração final de sua mensagem: “Sabei que todo muçulmano é irmão do outro, e que os muçulmanos são irmãos”; devia-se
D um poder político centralizado no monarca germânico, de‑ terminante para as relações sociais e econômicas. E o trabalho livre, em que os servos podiam cultivar as terras do senhorio, sem o pagamento de tributos.
evitar a luta entre eles, e o sangue vertido em tempos pagãos não devia ser vingado; os muçulmanos deviam combater todos os homens, até que dissessem: “Só há um Deus”. HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 36.
No trecho, com sua afirmação que “Só há um Deus” Maomé proclama a fundação de uma religião monoteísta. Com isso, marcou o nascimento do Islã, que, em árabe, significa “sub‑ missão total a Deus”, tendo como consequência A a unificação dos povos árabes do deserto e das cidades em um Estado arábico, de perfil teocrático. B a unificação dos povos árabes do deserto, estabelecendo a democracia e um regime igualitário. C o estabelecimento do comércio de caravanas entre diferentes califados, tendo Bagdá como capital do Império. D a unificação das religiões monoteístas do Oriente Médio, tendo Maomé como o principal profeta. E a submissão dos pagãos ao islamismo em razão das ame‑ aças muçulmanas em converter os infiéis a força.
QUESTÃO 62 Conteúdo: Império islâmico, Idade Média C4 | H16 Dificuldade: Fácil A afirmação do profeta em torno de um Deus único permitiu, mais tarde, com os cumprimentos das cinco leis do islamismo que permitiam a continuação das antigas tradições, a unificação de povos e tribos árabes do deserto sob uma religião monoteísta. Assim, sob a liderança de Maomé, instaurou-se um Estado arábico, tendo Meca como capital e permitindo a expansão e a consolidação do islamismo em um império de perfil teocrático. QUESTÃO 63 Conteúdo: Idade Média, feudalismo C2 | H8 Dificuldade: Difícil Ao longo da Idade Média europeia consolidou-se o sistema feudal, caracterizado pelas relações de dependência entre os servos e os nobres ou os senhores feudais, os quais eram donos de propriedades e cobradores de tributos dos servos, mão de obra das terras do feudo. Assim, a sociedade feudal era rigidamente hierarquizada e rural; os feudos eram autossuficientes e raramente comercializavam suas produções excedentes. O monarca ou o rei tinha pouca influência política, pois o poder era descentralizado entre os vários senhores feudais, com quem mantinha relações de suserania e vassalagem.
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QUESTÃO 64 Conteúdo: Brasil colonial, escravidão, tráfico negreiro C2 | H9 Dificuldade: Fácil
Com o estabelecimento das colônias portuguesas tanto na África quanto na América, o tráfico e a comercialização de africanos escravizados tornaram-se um negócio bastante lucrativo para a Coroa, sendo um dos pilares do sistema mercantilista, fornecendo mão de obra principalmente para a indústria açucareira dos engenhos, um setor crucial para a economia da época.
QUESTÃO 64
Dia a dia, os traficantes estão raptando nosso povo – crianças deste país, filhos de nobres e vassalos, até mesmo pessoas de nossa própria família. [...] Essa forma de cor‑ rupção e vício está tão difundida que nossa terra acha-se completamente despovoada. [...] Neste nosso reino, só pre‑ cisamos de padres e professores, nada de mercadorias, a menos que sejam vinho e farinha para a Missa. [...] É nosso desejo que este reino não seja um lugar de tráfico ou de transporte de escravos. HOCHSCHILD, Adam. O fantasma do rei Leopoldo: uma história de cobiça, terror e heroísmo na África colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 22.
O trecho menciona as relações escravocratas entre Portugal e Congo, sendo o autor da carta o rei congolês Afonso I. Durante o período colonial, tal prática para Portugal A ficou restrita ao território africano e às ilhas da costa, detendo todo o monopólio escravista.
De acordo com o texto, a plantação de açúcar foi um dos pri‑ meiros empreendimentos elaborados pela Coroa portuguesa no Brasil. Nesse sentido, entre os motivos que levaram os portugueses a incentivar os engenhos, estava a A necessidade de construir um mercado interno produtivo na colônia com base no trabalho livre. B necessidade de levar alimentos e mantimentos para a explo‑ ração do ouro nas Minas Gerais. C necessidade de ocupar e tornar a vasta colônia produtiva, garantindo a posse do território. D busca por integrar e pacificar nativos indígenas e colonos portugueses em conflito. E busca por expandir o território da colônia, ultrapassando os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas.
QUESTÃO 66 […] A produção capitalista não é apenas a produção de mercadoria, é essencialmente produção de mais-valia.
B contribuiu para a prosperidade e satisfação de senhores locais da África e das nações aliadas aos portugueses.
O trabalhador produz não para si, mas para o capital. Não
C fortaleceu os laços entre colonos e escravos nas Américas, levando ao movimento abolicionista.
mais-valia. […]
D foi articulada ao sistema mercantilista, fornecendo mão de obra para as colônias e gerando lucro para as metrópoles. E durou pouco, sendo substituída pela mão de obra imigrante e assalariada na lavoura de café e cana-de-açúcar.
QUESTÃO 65 Baseada na experiência acumulada com o fabrico do produto nas ilhas da Madeira e de São Tomé, a Coroa portu‑ guesa procurou estimular a construção de unidades açuca‑ reiras no Brasil desde a década de 1530. Mas, até os anos
basta, portanto, que produza em geral. Ele tem de produzir
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo: Abril Cultural, 1984. p. 105.
O termo mais-valia é explicado por Karl Marx como a A perda da consciência pelo trabalhador do processo de trabalho. B quantidade de trabalho necessária para a produção de mercadorias. C transformação da mercadoria em dinheiro. D apropriação do excedente de trabalho pelo capital. E quantidade de força de trabalho.
1570, os colonos encontraram grandes dificuldades para fundar em bases sólidas uma rede de engenhos no litoral, como problemas com o recrutamento da mão de obra e falta de capitais para financiar a montagem dos engenhos. Ao serem superadas tais dificuldades, com atrelamento da produção brasileira aos centros mercantis do Norte da Europa e articulação do tráfico de escravos entre África e Brasil, tornou-se viável o arranque definitivo da indústria de açúcar escravista da América portuguesa, o que ocor‑ reu entre 1580 e 1620, quando o crescimento acelerado da produção brasileira ultrapassou todas as outras regiões abastecedoras do mercado europeu. MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias – séculos XVII a XIX. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 74, mar. 2006, p. 110-111. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?pid=S010133002006000100007&script=sci_arttext>. Acesso em: 3 dez. 2018.
QUESTÃO 65 Conteúdo: Brasil colonial C6 | H27 Dificuldade: Difícil O incentivo à produção de açúcar na América portuguesa tem relação direta com a necessidade de ocupar e tornar essas terras produtivas utilizando a monocultura, uma vez que Portugal corria o risco de perder a posse dessas terras em virtude das invasões estrangeiras, principalmente de franceses. QUESTÃO 66 Conteúdo: Marx, mais-valia C4 | H18 Dificuldade: Média Mais-valia seria a apropriação, pelo capitalismo, do trabalho excedente (mais do que necessário para existência do trabalhador), seja por prolongamento da jornada ou por processos técnicos que aumentam a produtividade do trabalho. QUESTÃO 67 Conteúdo: Redes de transporte no Brasil – rodovias e ferrovias C4 | H18 Dificuldade: Média Os mapas mostram uma grande preeminência da rede rodoviária sobre a rede ferroviária no território nacional. Essa opção da via rodoviarista para a integração do território nacional remonta ao governo de Juscelino Kubitschek, período de importante crescimento da indústria automobilística brasileira.
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Para Hannah Arendt, é no discurso e na ação que o indivíduo se mostra ao mundo humano como sujeito de existência ativa. Por isso a ideia de um “segundo nascimento”: a partir do momento em que domina o discurso (as palavras) e a ação (os atos), o ser humano se coloca no espaço público e social como um ser criador, como um ser que toma iniciativa.
QUESTÃO 68 Conteúdo: Filosofia contemporânea, Antropologia filosófica C1 | H1 Dificuldade: Média
QUESTÃO 67
QUESTÃO 68
MAPAS: ALLMAPS
BRASIL – REDE FERROVIÁRIA (2013)
É com palavras e atos que nos inserimos no mundo hu‑
50° O
AP
RR
Equador
mano; e esta inserção é como um segundo nascimento, no 0°
AM
PA
RN PB PE AL SE
PI
AC TO
RO
BA
MT DF
o trabalho. Pode ser estimulada, mas nunca condicionada, pela presença dos outros em cuja companhia desejamos estar; seu ímpeto decorre do começo que vem ao mundo quando nascemos, e ao qual respondemos começando algo
OCEANO ATLÂNTICO
GO MG
MS OCEANO PACÍFICO
novo por nossa própria iniciativa. […]
ES
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução de Roberto Raposo. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. p. 189-190.
RJ
órnio de Capric Trópico
PR
No trecho acima, a filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975) aponta que o acesso ao mundo humano se dá por meio
SP
SC RS 0
605
50° O
C do nascimento primeiro do indivíduo, caracterizado desde o início pela novidade.
AP
Equador
0°
CE
AM
PA MA
RN PB PE AL SE
PI
AC BA
TO
RO
A da necessidade imposta pelo labor em criar novas formas de existência. B da utilidade do trabalho em criar uma forma de existência que seja nova.
BRASIL – REDE RODOVIÁRIA (2013) RR
nosso aparecimento físico original. Não nos é imposta pela necessidade, como o labor, nem se rege pela utilidade, como
CE
MA
qual confirmamos e assumimos o fato original e singular do
E da reafirmação da existência humana mediante o discurso e a ação.
QUESTÃO 69
MT DF
OCEANO ATLÂNTICO
MG
GO MS
ES
OCEANO PACÍFICO
PR
enquanto a Casa da Moeda de Vila Rica cunhou uma média
SP
mensal de 215:303$847 réis nos 33 meses decorridos entre
SC RS
As Casas de Fundição e Moeda de Vila Rica, que funcio‑ naram entre 1724 e 1735, cunharam mais moedas do que as Casas da Moeda de Lisboa e do Rio de Janeiro nesse período:
RJ
órnio de Capric Trópico
D do desejo de estar na companhia de indivíduos com interes‑ ses em comum.
0
605
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Evolução das redes ferroviária e rodoviária. 2014. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_ brasil/brasil_evolucao_das_redes_ferroviaria_e_rodoviaria.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2018.
Em maio de 2018, o Brasil enfrentou uma grande greve de caminhoneiros que afetou o abastecimento de mercadorias no país. A análise dos mapas acima indica que a crise pode ser relacionada
agosto de 1724 e maio de 1727, as Casas da Moeda de Lisboa e do Rio de Janeiro, nos 48 meses de janeiro de 1724 a dezem‑ bro de 1727, cunharam uma média mensal de, respectivamente, 91:500$000 e 81:986$000 réis. [...] CARRARA, Angelo Alves. Amoedação e oferta monetária em Minas Gerais: as Casas de Fundição e Moeda de Vila Rica. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 26, n. 43, jun. 2010, p. 218. Disponível em: <www.redalyc.org/pdf/3844/384434837012.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2018.
A instalação das casas de fundição na região das Minas Gerais deixa claro o propósito da Coroa portuguesa de
A à priorização da rede ferroviária nas políticas de integração nacional.
A possibilitar a livre exploração do ouro e seu escoamento para a Europa, sobretudo para a Inglaterra.
B ao equilíbrio na distribuição das redes dos dois modais representados.
B garantir maior controle metropolitano sobre as áreas auríferas, com a cobrança de impostos e tributos.
C ao maior investimento dedicado às rodovias em detrimento das ferrovias.
C garantir o monopólio metropolitano na exploração do ouro brasileiro.
D à maior concentração da rede ferroviária na região Sudeste do país.
D garantir a posse da região das minas frente ao constante ataque de espanhóis.
E ao menor custo do transporte rodoviário em comparação ao ferroviário.
E criar condições para a instalação de manufaturas na região das minas.
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ALLMAPS
QUESTÃO 70
Placa Norte-americana
Placa Eurasiática
Placa Eurasiática Placa Juan de Fuca Placa das Filipinas
Placa Caribenha
Placa de Cocos
Placa Arábica
Placa Indiana
Placa do Pacífico Placa Australiana
Placa de Nasca
Placa Sul-Americana
Placa Africana
Placa Australiana Placa Scotia Placa Antártica 0
2 965
Fonte: Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). Vamos mexer nos continentes. 2006. Disponível em: <www.lneg.pt/CienciaParaTodos/edicoes_online/diversos/guiao_tectonica_placas/texto>. Acesso em: 3 dez. 2018.
Em setembro de 2018, a Indonésia ganhou destaque no noticiário por causa da ocorrência de um terremoto e um tsunami, causando a morte de mais de 1 600 pessoas. Não é a primeira vez que o país enfrenta fenômenos como esses, o que se explica por sua posição no planeta, uma vez que o limite A convergente entre a placa Australiana e a placa do Pacífico produz intensa atividade sísmica na região. B divergente entre a placa das Filipinas e a placa do Pacífico favorecem o crescimento do território da Indonésia. C divergente entre a placa Australiana e a placa Euroasiática produz a menor atividade sísmica do globo. D entre a placa Australiana e a placa do Pacífico favorece uma baixa atividade tectônica na Indonésia. E entre a placa Norte-Americana e a placa do Pacífico é local de grande ocorrência de terremotos e tsunamis.
QUESTÃO 69 Conteúdo: Brasil colonial, ciclo do ouro, Intendência das Minas C2 | H8 Dificuldade: Difícil A Coroa portuguesa criou mecanismos para controlar, fiscalizar e tributar a extração do ouro brasileiro. Na região das minas, o diamante era de extração exclusiva metropolitana, por exemplo. Assim, a organização da Intendência das Minas e a instalação de casas de fundição representaram uma tentativa da metrópole de controlar a extração de ouro, buscando garantir parte da riqueza encontrada por meio da cobrança de impostos, como o quinto. QUESTÃO 70 Conteúdo: Estrutura interna da Terra C2 | H6 Dificuldade: Difícil A Indonésia localiza-se na região do Círculo do Fogo do Pacífico, uma das regiões mais propensas a abalos sísmicos, dada a existência do limite convergente formado entre as placas Australiana e do Pacífico.
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QUESTÃO 71 O domínio holandês em Pernambuco durou pouco. Em 1645, eclodiu a revolta dos colonos luso-brasileiros, que levaria à expulsão definitiva dos holandeses da América portuguesa em 1654; antes disso, em 1648, os colonos luso-brasileiros do
O patrimônio geológico do Geoparque Araripe é mundialmente conhecido por abrigar fósseis do Cretáceo Inferior. Esses fósseis podem ser encontrados principalmente em rochas A ígneas intrusivas. B metamórficas.
Rio de Janeiro se responsabilizaram diretamente pela expulsão
C ígneas extrusivas.
dos holandeses de Angola. [...]
D sedimentares.
MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias – séculos XVII a XIX. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 74, mar. 2006, p. 112.
O texto faz referência ao domínio holandês no Nordeste aproximadamente entre os anos de 1630 e 1654, quando os holandeses dominaram o litoral nordestino, sobretudo Pernambuco. A escolha dos holandeses por invadir e ocupar essa região específica se deu
E magmáticas.
QUESTÃO 73
A pela presença escassa de colonos portugueses na região, o que facilitava a ocupação. B pela existência de engenhos de açúcar, um importante negócio da burguesia mercantil holandesa. C pela presença de escravos na região, por conta de intenso tráfico de mão de obra para os engenhos.
E pelo interesse limitado de Portugal pela região, uma vez que o comércio africano era mais lucrativo.
QUESTÃO 72 GEOPARQUE MUNDIAL ARARIPE (BRASIL) [...] O patrimônio geológico do Geoparque é caracteriza‑
ARIONAURO
D pelo excedente populacional na região, que podia ser usado como mão de obra livre nos engenhos.
A realidade agrária brasileira apresenta diversas configura‑ ções produtivas. A charge acima faz uma crítica à produção agrícola do país que está relacionada A à expansão da fronteira agrícola em direção à Amazônia. B ao crescimento do consumo dos produtos agrícolas.
do por registros geológicos importantes do período Cretáceo
C ao aumento do uso de agrotóxicos na produção agrícola.
Inferior, entre 90 e 150 milhões de anos atrás, especialmen‑
D ao crescimento da exportação dos produtos agrícolas.
te em seu conteúdo paleontológico. A preservação desse
E ao aumento do consumo de produtos industrializados.
vasto e rico patrimônio de fósseis na região foi causada por condições únicas durante a evolução geológica da Bacia do Araripe, especialmente no período Cretáceo. A paleobiologia revela grande diversidade, que inclui troncos silicificados, impressões de samambaias, coníferas e plantas floridas, foraminíferos, moluscos, artrópodes (ostracódios, aranhas, escorpiões e insetos), peixes (tubarões, arraias, peixes ósseos e muitos celacantinos), anfíbios e répteis (tartaru‑ gas, lagartos, crocodilíneos e pterossauros). Os depósitos sedimentares preservam uma grande diversidade de rochas (calcários, argilas, arenitos e depósitos espessos de gesso), que são um registro de ambientes geológicos que existiam na região. Geoparque Mundial Araripe (Brasil). Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Disponível em: <www.unesco.org/new/pt/brasilia/naturalsciences/environment/biodiversity/geoparks/araripe-unescoglobal-geopark/>. Acesso em: 3 dez. 2018.
QUESTÃO 71 Conteúdo: Holandeses no Brasil C6 | H26 Dificuldade: Média Os holandeses invadiram a região do Nordeste, pois havia ali instalado o centro produtor de açúcar da Colônia, com os engenhos. Na Europa, os negociantes holandeses ocupavam uma função importante no comércio do açúcar, atuando no refino e na distribuição do produto. Quando houve a União Ibérica entre 1580 e 1640, com a unificação das Coroas espanhola e portuguesa pelo rei espanhol Felipe II, os espanhóis proibiram os holandeses de manter comércio com o Brasil, bloqueando os seus negócios, o que motivou a invasão direta à fonte produtora de açúcar. QUESTÃO 72 Conteúdo: Formação e preservação de fósseis C6 | H30 Dificuldade: Média Os fósseis são vestígios de animais, plantas e outros seres vivos que ficam preservados sobretudo entre camadas de rochas sedimentares, em decorrência da sobreposição de sedimentos a esses vestígios. QUESTÃO 73 Conteúdo: Configurações da atividade agropecuária – uso de agrotóxicos C4 | H19 Dificuldade: Fácil A charge apresenta uma crítica ao aumento do uso de agrotóxicos e pesticidas na agricultura brasileira.
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QUESTÃO 74 Conteúdo: Desigualdade social, IDH C3 | H15 Dificuldade: Média
A charge apresenta dois personagens com preocupações diferentes, pois enquanto um está mais preocupado com o IDH e a situação social em que vive, o outro mostra-se alienado à própria situação social.
QUESTÃO 74
obras de grandes artistas. É possível dizer que o conceito de valor de uso dos teóricos frankfurtianos citado no texto se aplica a essas empresas, pois ele A contrapõe-se ao fetichismo cultural, uma vez que expressa que o valor das obras de arte só pode ser mensurado mo‑ netariamente. B relativiza a noção de valor de troca, uma vez que as pessoas passam a se interessar mais por arte depois de adquirirem produtos que replicam obras artísticas.
TACHO
C reforça o conceito de fetichismo, mostrando que há, por parte do público, o desejo de ter para si o prestígio social embutido na posse de uma obra de arte. D expressa uma visão otimista da comercialização de objetos artísticos, apontando os benefícios desse processo para o consumidor final.
O diálogo entre os personagens da charge indica que os dois A não sabem o que significa o IDH. B estão mais interessados em futebol.
E expõe o processo de ganho de sentido pelo qual as obras de arte passam quando são transformadas em mercadorias e comercializadas.
QUESTÃO 76 […] Desconfiai desses cosmopolitas que vão buscar em
C estão em situação de baixo IDH.
seus livros os deveres que desdenham cumprir em relação
D apresentam preocupações diferentes.
aos seus. Tal ou qual filósofo ama os tártaros, para ser dis‑
E desejam melhores condições de vida.
QUESTÃO 75
pensado de amar seus vizinhos. O homem natural é tudo para ele; é a unidade numérica, é o absoluto total, que não tem relação senão consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil não passa de uma unidade
[…] Aquilo que se poderia chamar o valor de uso na re‑
fracionária presa ao denominador e cujo valor está em relação
cepção dos bens culturais é substituído pelo valor de troca,
com o todo, que é o corpo social. As boas instituições sociais
em lugar do prazer estético penetra a ideia de tomar parte e
são as que mais bem sabem desnaturar o homem, tirar-lhe
estar em dia; em lugar da compreensão, ganha-se prestígio.
sua existência absoluta para dar-lhe outra relativa, e colocar
O consumidor torna-se o álibi da indústria do divertimento,
o eu na unidade comum, de modo que cada particular não
a cujas instituições ele não se pode subtrair. […] Tudo tem
se acredite mais ser um, que se sinta uma parte da unidade,
valor somente enquanto pode ser trocado, não enquanto é
e não seja mais sensível senão no todo. Um cidadão de Roma
alguma coisa per se. O valor de uso da arte, o seu ser, é para
não era nem Caio, nem Lúcio; era um romano; amava mesmo
os consumidores um fetiche, a sua valoração social, que eles
uma pátria exclusivamente sua. […]
tomam pela escala objetiva das obras, torna-se o único valor de uso, a única qualidade de que usufruem. […] ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. O Iluminismo como mistificação das massas. In: ADORNO, Theodor W. Indústria cultural e sociedade. Tradução de Juba Elisabeth Levy et al. 5. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p. 36.
Os filósofos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973) são representantes da corrente fi‑ losófica que se convencionou chamar de teoria crítica. For‑ temente influenciados pela tradição marxista e conhecidos também pela instituição na qual realizavam seus trabalhos – o Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, ou Escola de Frankfurt –, foram os responsáveis por criar a noção de indústria cultural, isto é, a constatação de que, a partir do desenvolvimento capitalista do século XX, toda e qualquer arte é comercializada e transformada em uma mercadoria como outra qualquer. Muitas empresas associam, assim, seus produtos a obras de arte. Fabricantes de tênis e mochilas, por exemplo, estampam suas criações com reproduções de
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da Educação. Tradução de Sérgio Milliet. 3. ed. São Paulo: Difel, 1979. p. 13.
Ao analisar o comportamento dos cidadãos de antigas socie‑ dades para refletir sobre qual seria o melhor processo de edu‑ cação para a formação de cidadãos no tempo em que vivia, o filósofo suíço de língua francesa Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) critica a inserção do homem à civilidade, pois esta inserção configura-se A pelo desvio da própria natureza humana, corrompida pelas instituições sociais. B pelo acordo entre a essência natural do homem e as institui‑ ções sociais. C pela dependência que as instituições têm do homem en‑ quanto um todo na sociedade. D pelo esforço em tornar-se absoluto no corpo social, abando‑ nando sua natureza. E pelo próprio caráter político da natureza humana expresso pelas instituições sociais. CH ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 39
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QUESTÃO 77
QUESTÃO 78
TEXTO I FISCALIZAÇÃO FLAGRA TRABALHO ESCRAVO E INFANTIL EM MARCA DE ROUPAS DE LUXO EM SP [...] Cinco trabalhadores bolivianos – incluindo uma menina de 14 anos – foram encontrados na pequena oficina no bairro de Aricanduva, cuja produção era 100% destinada à marca. [...] SENRA, Ricardo. Fiscalização flagra trabalho escravo e infantil em marca de roupas de luxo em SP. BBC, 20 jun. 2016. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/ brasil-36574637>. Acesso em: 3 dez. 2018.
TEXTO II OPERAÇÃO FLAGRA TRABALHO ESCRAVO E INFANTIL
G1 acompanhou blitz, que resgatou 19 trabalhadores, além de 7 menores. Produto vai para grandes supermercados da capital, diz superintendente. REIS, Thiago. Operação flagra trabalho escravo e infantil em carvoarias do interior. G1, 21 jan. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/operacaoflagra-trabalho-escravo-e-infantil-em-carvoarias-do-interior.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.
A abolição da escravidão ocorreu no Brasil em 1888, no en‑ tanto, ainda existe um tipo de trabalho análogo à escravidão. Isso se explica A pela falta de qualificação dos trabalhadores.
ONU
EM CARVOARIAS DO INTERIOR O emblema da Organização das Nações Unidas (ONU) baseia-se em uma representação do mundo feita segundo uma projeção cartográfica centrada no Polo Norte. Como qualquer projeção, esta, ao representar a superfície terrestre, produz distorções, que, neste caso, são maiores nas A zonas de altas latitudes do planeta. B zonas de baixa latitude e no Equador. C altas latitudes do Hemisfério Norte. D regiões polares do Hemisfério Norte. E altas latitudes do Hemisfério Sul.
B pela permissividade do Estado e do Ministério do Trabalho. C pela ingenuidade de imigrantes recém-chegados. D pelo resgate dos trabalhadores em situações de trabalho análogas à escravidão. E pelo difícil processo de contratação de novos trabalhadores.
QUESTÃO 75 Conteúdo: Indústria cultural, teoria crítica C1 | H4 Dificuldade: Difícil Para a teoria crítica frankfurtiana, a indústria cultural e suas ramificações resultam no empobrecimento da experiência estética dos indivíduos, que passam não mais a usufruir do objeto artístico em sua plenitude per se, como escrevem os filósofos, mas a adquiri-los em função do prestígio associado ao consumo de produtos ditos “culturais”. A fruição estética é, assim, convertida em um mero fetiche, pois o valor de uso da obra, o que ela pode representar por si mesma, é convertido em mero valor de troca, isto é, seu valor material enquanto mercadoria comercializável.
QUESTÃO 77 Conteúdo: Mundo do trabalho, escravidão, desigualdade social C2 | H8 Dificuldade: Fácil O fato de os trabalhadores precisarem de resgate e de fiscalização do Ministério do Trabalho, mencionados nas manchetes, comprova a situação de ilegalidade e injustiça que ainda vigora no Brasil. QUESTÃO 78 Conteúdo: Projeções cartográficas C2 | H6 Dificuldade: Média A projeção azimutal ou plana apresenta menor distorção ao redor de seu centro, aumentando-a à medida que se afasta desse ponto. Além disso, esse tipo de projeção não permite a representação de toda a superfície do planeta em um único mapa.
QUESTÃO 76 Conteúdo: Filosofia moderna, Estado social, natureza humana C1 | H1 Dificuldade: Média Rousseau acredita que as instituições sociais retiram o homem de sua condição natural de totalidade, de ser absoluto, tornando-o, dessa forma, um ser fragmentado e por isso mesmo corrompido, desviado de sua natureza pelas instituições sociais e civis.
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QUESTÃO 80
QUESTÃO 79 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL (2015)
Biomassa 9,7%
Outros 1,5%
Hidráulica 2,5% Nuclear 4,9%
Carvão 28,1% Gás Natural 21,6%
Petróleo e derivados 31,7%
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA (2016)
Outras não renováveis 0,7%
Outras renováveis 5,4% Carvão 5,5%
Lenha e carvão vegetal 8% Derivados da cana 17,5%
Petróleo e derivados 36,5%
Hidráulica Gás 12,6% natural Nuclear 12,3% 1,5% Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Matriz energética e elétrica. 2017. Disponível em: <www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica>. Acesso em: 3 dez. 2018.
°F
°C
Altitude: 771 m
Climate: Cfb
°C: 18,5
mm: 1340 mm
230 110
220
212 100
200
194 90
180
176 80
160
158 70
140
140 60
120
122 50
100
104 40
80
86 30
60
68 20
40
50 10
20
32
0
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
0
Fonte: Climate-Data. Disponível em: <https://pt.climate-data.org/location/655/>. Acesso em: 3 dez. 2018.
O climograma é uma representação gráfica que combina dados de temperatura e precipitação médias mensais de um dado local ao longo de um ano, permitindo apreender um pa‑ drão climático. O climograma acima poderia ser de uma localidade de clima A equatorial, marcado por elevada umidade no inverno e verão seco. B tropical típico, marcado por elevada umidade no verão e inverno seco. C tropical úmido, que apresenta chuvas bem distribuídas ao longo do ano.
Conforme os gráficos acima, a matriz energética mundial e a matriz energética brasileira seguem tendências opostas quanto ao emprego de fontes de energia renováveis e não renováveis. A adoção de uma matriz energética como a brasileira, nesse sentido, é vantajosa na medida em que as energias renováveis
D subtropical, com predomínio de temperaturas elevadas no inverno seco.
A são mais limpas e apresentam menor impacto ambiental associado à emissão dos gases de efeito estufa.
QUESTÃO 79 Conteúdo: Fontes de energia renováveis e não renováveis C6 | H28 Dificuldade: Difícil Dentre as principais vantagens do uso das energias renováveis, destacam-se o menor impacto ambiental em decorrência da não emissão de gases de efeito estufa e da redução da dependência energética em relação aos combustíveis fósseis. No entanto, elas podem ter outros impactos ambientais, como o alagamento de áreas para a formação de reservatórios hidrelétricos, além de poderem implicar altos custos de instalação.
B implicam baixos custos de investimento e infraestrutura, podendo, assim, ser instaladas em qualquer área. C implicam maiores impactos ambientais e/ou sociais, não importa qual seja a fonte da qual são obtidas. D provêm de fontes bioenergéticas, como a cana, que são fontes limpas, apesar do custo das turbinas. E não geram impactos visuais ao meio ambiente e implicam, em geral, baixos custos de instalação.
E semiárido, que apresenta chuvas concentradas em alguns meses do ano.
QUESTÃO 80 Conteúdo: Climas do Brasil C2 | H6 Dificuldade: Fácil O climograma apresentado é de clima tropical típico. As barras permitem observar que as chuvas são concentradas no verão, com ocorrência de inverno seco, enquanto a linha mostra que a temperatura média se mantém aproximadamente entre 15 °C e 22 °C.
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QUESTÃO 81 Conteúdo: Dinâmicas populacionais no Brasil C5 | H24 Dificuldade: Média
O gráfico mostra que as taxas de fecundidade, ou seja, o número de filhos por mulher, teve grande redução no período observado, em todas as regiões do Brasil. Esse dado está relacionado a mudanças sociais ocorridas a partir de meados do século XX, como a urbanização da sociedade, a ampliação da escolaridade, a difusão do planejamento familiar e do uso de métodos contraceptivos, e a maior participação da mulher no mercado de trabalho.
QUESTÃO 81
TAXA DE FECUNDIDADE CONFORME REGIÃO DO BRASIL 1940
2000
7,17
2010 7,15 5,69
3,16
2,69
2,47
Norte
2,1
2,06
Nordeste
6,36
5,65
1,7
Sudeste
2,24 1,78
Sul
6,16 2,25 1,92
Centro-Oeste
2,38
1,9
Brasil
Fonte: IBGE. In: TAXA de fecundidade no Brasil cai e é menor entre mais jovens e instruídas. G1, 17 out. 2012. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/10/taxa-de-fecundidade-e-menor-entre-mais-jovens-e-instruidas-diz-ibge.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.
Os dados demográficos refletem as transformações que ocorrem no seio das diferentes sociedades. No gráfico acima, observa-se uma A elevação nas taxas de fecundidade da maioria das regiões brasileiras, o que decorre do crescimento do número de casa‑ mentos precoces e da diminuição da mortalidade infantil no período. B redução generalizada das taxas de fecundidade no Brasil, que está relacionada ao aumento do uso de métodos contraceptivos e maior participação da mulher no mercado de trabalho. C elevação das taxas de fecundidade nas diversas regiões brasileiras, que se reflete no decréscimo da expectativa de vida da população brasileira e no aumento do número de filhos por mulher. D redução das taxas de fecundidade nas regiões do Brasil, sobretudo aquelas que reduziram a mortalidade infantil em decor‑ rência da melhoria de suas instalações urbanas e sanitárias. E estabilização das taxas de fecundidade das regiões brasileiras no século XXI, em virtude da maior participação da mulher no mercado de trabalho e das políticas de planejamento familiar.
QUESTÃO 82 A formação de Pombal também sofreu influência da política econômica inglesa, pois procurou as soluções da crise portuguesa no modelo inglês. Contudo, um dos motivos pelos quais não obteve o êxito esperado foi pela existência de uma contradição fundamental: a diferença no sistema político dos dois países. Em Portugal, estava presente o absolutismo e, na Inglaterra, o sistema instituído era o parlamentar. MACIEL, Lizete Shizue Bomura; SHIGUNOV NETO, Alexandre. A educação brasileira no período pombalino: uma análise histórica das reformas pombalinas do ensino. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 3, set.-dez. 2006, p. 467. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/%0D/ep/v32n3/a03v32n3.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2018.
O texto faz referência à formação intelectual e política de Marquês de Pombal, que foi Secretário de Estado durante o reinado de D. José I, entre 1750-1777. De acordo com o trecho, existe um desencontro entre a formação política do Marquês de Pombal e as bases materiais existentes em Portugal. Dessa forma, tal desencontro acontece em função A do período pombalino ter representado a revolução burguesa em Portugal, a qual abandonou o absolutismo como regime político. B do fato de Portugal ter se mantido absolutista ainda no século XVIII, enquanto a Inglaterra, dando o exemplo, incentivava o fim da monarquia na Europa. C de Portugal ter sido a principal potência no século XVIII, o que possibilitou a revolução industrial precoce na Península Ibérica. D da crise do Antigo Regime, do sistema colonial e do aumento da influência iluminista na Europa, enquanto Portugal mantinha-se absolutista. E das políticas de incentivo adotadas pelo Marquês de Pombal para a instalação de missões jesuíticas no Brasil a fim de cristianizar a população.
QUESTÃO 82 Conteúdo: Portugal, despotismo esclarecido, absolutismo, período pombalino C6 | H27 Dificuldade: Difícil
O desencontro entre as influências inglesas do Marquês de Pombal e a realidade portuguesa reside no momento do avanço do Iluminismo na Europa, especialmente em países mais avançados economicamente, como a Inglaterra, e da manutenção do absolutismo em Portugal. Por isso, a tentativa de se instalar um despotismo esclarecido no país, como uma forma de pôr em prática ideias iluministas sem abandonar o absolutismo monárquico, mostrou-se contraditória.
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QUESTÃO 83
QUESTÃO 85
A revolução portuguesa de 1820 tinha aspectos contradi‑
HISTÓRIA DE MACHU PICCHU
tórios para os brasileiros. Podia ser definida como liberal, por
Em Machu Picchu foram construídas pirâmides em degraus,
considerar a monarquia absoluta um regime ultrapassado e
templos, calendários solares e diversas outras construções em
opressivo e por tratar de dar vida a órgãos de representação
pedra e adobe. Além disso, era comum a domesticação de
da sociedade, como é o caso das Cortes. [...]
animais, como a alpaca e o lhama, que estava na base da
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. p. 81
As contradições colocadas no texto residem na forma como a Revolução Liberal do Porto se efetivava no Brasil e em Portugal. Enquanto na Europa visava adotar medidas consideradas ilu‑ ministas e liberais, no Brasil a burguesia portuguesa pretendia A fazer que o Brasil voltasse a se subordinar inteiramente a Portugal, com a volta do Pacto Colonial. B transferir a Corte portuguesa em definitivo para o Brasil, mantendo os gastos da monarquia na Colônia. C estender a cidadania aos habitantes do Brasil, independente‑ mente de sua posição social, em função da pressão inglesa. D impedir que brasileiros ocupassem assentos com direito a voto nas Cortes portuguesas. E impedir a Independência do Brasil, mantendo a Família Real governando no território brasileiro.
QUESTÃO 84 A partir da década de [19]20, a União Soviética iniciou um grande processo de expansão da indústria pesada e das minas de carvão, transferindo populações de diversas partes
economia do povo quíchua, já que deles era extraído a lã e também serviam para transporte de carga e alimento. FERNANDES, Cláudio. História de Machu Picchu. História do Mundo. Disponível em: <https://historiadomundo.uol.com.br/inca/machu-picchu.htm>. Acesso em: 3 dez. 2018.
As ruínas da cidade mencionada estão entre as mais preser‑ vadas e visitadas do mundo, porém desde 2016 o governo peruano vem enfrentando problemas relacionados ao cresci‑ mento vertiginoso do número de turistas. Ainda assim, pode haver aspectos positivos associados ao turismo de massa em sítios arqueológicos, como A a alteração dos registros arqueológicos por causa do grande fluxo de pessoas. B o desenvolvimento de novas vias de acesso e o aumento da produção de lixo. C a instalação da rede de serviços e a alteração dos blocos originais por réplicas. D o desenvolvimento de infraestrutura e o aumento da arreca‑ dação de impostos. E a criação de novos empregos e a modernização dos aspectos da cultura tradicional.
da Rússia para a região. A cidade cresceu e foi rebatizada como Stalino, em homenagem, claro, a Josef Stálin. O nome sobreviveu até a morte do ditador. Construída sobre um labirinto de túneis, Donetsk se tornou a cidade dos mineiros. Não à toa, o maior clube de futebol da região foi batizado em homenagem aos homens que tiravam as riquezas do subsolo: Shakhtar, em russo, significa mineiro. BOECHAT, Yan. Em guerra, República Popular de Donetsk vive saudosismo da União Soviética. Folha de S.Paulo, 19 ago. 2018. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ mundo/2018/08/em-guerra-republica-popular-de-donetsk-vive-saudosismo-da-uniaosovietica.shtml>. Acesso em: 3 out. 2018.
De acordo com o trecho da notícia, o rápido desenvolvimento industrial soviético, que se espalhou por outras repúblicas socialistas sob a influência de Moscou, sobretudo durante o governo de Stálin, deu-se A pelo desenvolvimento de indústrias de bens de consumo, próprias para abastecer o mercado interno e externo. B pela integração produtiva entre as repúblicas, com ênfase no desenvolvimento agrícola e de bens de consumo. C pelo investimento em indústrias de base, de máquinas pesadas, tendo o carvão e o petróleo como insumos essenciais. D pelo investimento em usinas nucleares a fim de fornecer energia para a produção industrial. E pelo desenvolvimento da indústria mineradora, incentivando a produção de carvão nas repúblicas satélites.
QUESTÃO 83 Conteúdo: Revolução Liberal do Porto, Independência do Brasil C3 | H11 Dificuldade: Média Influenciada pelo Iluminismo, a Revolução Liberal do Porto de 1820 visava modernizar a economia e a gestão do Estado português. Para isso, apesar de liberal, a revolução pressionava pelo retorno do Brasil à condição de completa sujeição aos interesses portugueses, em especial com o retorno do Pacto Colonial, que chegou ao fim com a abertura dos portos em 1808 e a chegada da Família Real Portuguesa ao território brasileiro. QUESTÃO 84 Conteúdo: União Soviética, industrialização, socialismo C6 | H27 Dificuldade: Fácil De acordo com o trecho, o desenvolvimento industrial como um todo nas repúblicas socialistas soviéticas pautou-se pela consolidação de uma forte indústria de base, destinada à produção de máquinas pesadas, bens de produção, metalurgia, equipamentos e armamentos, e muito pouco para a fabricação de bens de consumo. Para isso, necessitava-se do carvão e do petróleo, insumos fósseis essenciais para esse tipo de indústria e que Moscou obteve principalmente nas repúblicas satélites soviéticas, como a Ucrânia, deixando marcas do governo as quais se mantêm até os dias de hoje nesses países. QUESTÃO 85 Conteúdo: Patrimônio histórico-cultural dos povos pré-colombianos C3 | H11 Dificuldade: Difícil As ruínas de Macchu Picchu vêm sofrendo modificações nos últimos anos em razão do aumento exacerbado do número de turistas, o que pode impactar na preservação desses locais, aumentar a produção de lixo ou causar a modificação dos registros originais pela implantação de réplicas e/ou adição de novos elementos. No entanto, a atividade pode também trazer vantagens, como o desenvolvimento de novas vias de acesso, instalação de redes de serviços, desenvolvimento de infraestrutura, aumento da arrecadação de impostos e criação de empregos.
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QUESTÃO 86
7000 6 000 5 000 4 000
População (milhões)
POPULAÇÃO URBANA E RURAL NO MUNDO (1950-2050)
3 000 2 000
Urbana
1 000
Rural
0 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 Fonte: WEBBER, Laís. Em 30 anos, a população urbana mundial deve ultrapassar as 6 bilhões de pessoas. UrbeLab, 3 jul. 2015. Disponível em: <https://urbe.me/lab/em-30-anos-a-populacao-urbana-mundial-deve-ultrapassar-as-6-mil-bilhoes-de-pessoas>. Acesso em: 3 dez. 2018.
O gráfico apresenta a evolução das populações urbana e rural no mundo a partir de 1950, e sua projeção para 2050. Os dados oferecidos indicam que A o ritmo de crescimento da população urbana é maior que o da população rural. B a população urbana ultrapassou a população rural na década de 2010. C o ritmo de crescimento da população rural é maior que o da população urbana. D a população rural e a população total têm ritmos de crescimento semelhantes. E o ritmo de crescimento da população rural é semelhante ao da população urbana.
QUESTÃO 86 Conteúdo: Evolução das populações urbana e rural no mundo C2 | H8 Dificuldade: Fácil O gráfico mostra que, enquanto a população urbana vê seu crescimento acelerar a partir de meados do século XX, a população rural vê seu crescimento desacelerar até alcançar a estagnação, com projeção de reduzir‑se.
QUESTÃO 87
ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
TEXTO I
Multidão participa do comício pelas Diretas no Rio de Janeiro (RJ) em 2 de maio de 1984. CH ‑ 3a Série | 1o Dia ‑ AZUL ‑ Página 44
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TEXTO II Primeiro, sob o comando do dr. Ulysses, o país assistiu às maiores manifestações contra o regime militar e em defesa das liberdades democráticas, inundando de gente, muita música e alegria as ruas e praças, de ponta a ponta do país, durante três meses frenéticos. O segundo ato foi a campanha de Tancredo Neves nas eleições indiretas do Colégio Eleitoral, deflagrada logo após a derrota das Diretas na madrugada de 22 de abril de 1984, mas gestada bem antes, como Ulysses descobriria depois. KOTSCHO, Ricardo. Das Diretas-Já a Tancredo Neves, a longa transição para a democracia. Folha de S.Paulo, 8 set. 2018. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/das-diretas-ja-a-tancredo-neves-a-longa-transicao-para-a-democracia.shtml>. Acesso em: 3 dez. 2018.
Em 1984, uma das maiores manifestações populares pela democracia ganhou força, conhecida como “Diretas já!”. De acordo com o depoimento acima, essa campanha A defendia a manutenção dos militares no poder, em defesa das liberdades democráticas. B buscava garantir a posse do primeiro presidente eleito diretamente pelo Colégio Eleitoral. C teve sucesso, pois contou com apoio de sindicatos, das instituições religiosas, das forças produtivas e dos militares. D foi responsável por reunir diferentes entidades partidárias pela aprovação de uma nova Constituição. E ganhou apoio de vários partidos em defesa da redemocratização pós-ditadura e pelas eleições diretas para presidente.
QUESTÃO 87 Conteúdo: Diretas já!, redemocratização, ditadura militar C1 | H3 Dificuldade: Média A mobilização das Diretas já! foi um grande movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil, ocorrido entre 1983 e 1984, ganhando o apoio de vários partidos políticos que haviam sido reestabelecidos nos estertores da ditadura militar e de vários setores da sociedade. A possibilidade de eleições diretas se daria com a votação da proposta conhecida como Emenda Constitucional Dante de Oliveira, que, no entanto, acabou não sendo aprovada, sendo o presidente, Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral, em 1985, conforme o trecho destacado no depoimento.
ARIONAURO
QUESTÃO 88
A globalização, marca da sociedade contemporânea, modificou profundamente os universos da produção, do trabalho, e a experiência humana em geral. Esse processo não se realiza sem contradições, como sugere a charge anterior, que A questiona o aumento das relações reais em detrimento das redes virtuais. B descreve os pontos positivos do aumento das redes de integração virtuais. C considera as relações reais menos importantes que as relações virtuais. D apoia o crescimento das redes sociais em detrimento do convívio real. E questiona a dicotomia entre a conexão virtual e o isolamento da vida social.
QUESTÃO 88 Conteúdo: Globalização, novas tecnologias de telecomunicação C5 | H21 Dificuldade: Fácil A charge evidencia o contraste entre a multiplicidade de conexões instantâneas proporcionada pelas redes sociais e a ausência de interações sociais reais, para além das redes virtuais.
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QUESTÃO 89 FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL (2015) COM HORÁRIO DE VERÃO
SEM HORÁRIO DE VERÃO 50° O
Arquipélago de São Pedro e São Paulo 0°
AP
Equador
AM
PA
PI
PE
AC TO
RO
BA
MT GO MG SP
Capricórnio Trópico de
AM
PA
PI
RJ
PE
AC
AL SE
TO
RO
BA
MT
MG Ilha de Trindade e Martim Vaz
Capricórnio Trópico de
PR
AL SE
ES
MS SP
RN PB
OCEANO ATLÂNTICO
DF GO OCEANO PACÍFICO
Arquipélago de Fernando de Noronha
CE
MA
RN PB
ES
MS
Arquipélago de São Pedro e São Paulo 0°
AP
OCEANO ATLÂNTICO
DF
OCEANO PACÍFICO
Arquipélago de Fernando de Noronha
CE
MA
RR Equador
RJ
Ilha de Trindade e Martim Vaz
PR SC
SC RS
RS 0
0
605
605
MAPAS: ALLMAPS
RR
50° O
Fonte: Horário de verão muda mapa de fusos horários no Brasil. G1, 19 out. 2015. Disponível em: <www.g1.globo.com/economia/noticia/2015/10/horario-de-verao-muda-mapa-de-fusos-horarios-no-brasil-veja.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.
Com o objetivo de reduzir o uso de energia, aproveitando a maior duração do dia durante a primavera e o verão em zonas mais afastadas da linha do equador, o Brasil adota o horário de verão, em parte de seu território, durante alguns meses do ano. Considerando que o fuso horário “normal” de Brasília (sem a vigência do horário de verão) é o GMT –3, em 2015 A o Acre esteve 2 horas atrasado em relação a Brasília o ano todo. B apenas alguns arquipélagos brasileiros ocuparam o fuso GMT –1. C o horário de Brasília foi o mesmo de Curitiba o ano todo. D o horário de verão não afetou os estados do Centro-Oeste. E o horário de Brasília, em dezembro, foi o mesmo de Palmas.
QUESTÃO 89 Conteúdo: Fuso horário, horário de verão C2 | H6 Dificuldade: Média Os mapas mostram os fusos horários do Brasil em 2015, com e sem a vigência do horário de verão, que afetou alguns estados do país, como o Distrito Federal e o Paraná, que utilizaram sempre o mesmo horário.
QUESTÃO 90 BRASIL: LEI AVANÇADA E PUNIÇÃO LENTA Um estudo qualitativo publicado pelo Senado Federal neste ano [2018] revela que aumentou a capacidade das brasileiras de reconhecerem as situações de violência (de 18% em 2015 para 27% em 2017), mas também indica que apenas uma em cada três mulheres busca alguma intervenção do Estado para enfrentar a violência sofrida. REINA, Elena et al. América Latina é a região mais letal para as mulheres. El País, 27 nov. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/24/actualidad/1543075049_751281.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.
O fato de as brasileiras reconhecerem mais as situações de violência significa que as A situações de violência contra a mulher aumentaram nas últimas décadas. B brasileiras atualmente possuem mais canais de denúncia contra a violência que sofrem. C brasileiras se tornaram mais intolerantes em relação aos homens. D situações de violência contra a mulher diminuíram nas últimas décadas. E situações de violência doméstica no Brasil estão intrinsecamente relacionadas às questões sociais.
QUESTÃO 90 Conteúdo: Gênero, violência contra a mulher C3| H15 Dificuldade: Média A capacidade de as mulheres reconhecerem situações de violência ampliou‑se, de acordo com os números, porque aumentou a quantidade de canais de denúncia desse tipo de violência e ocorreu um processo de conscientização de gênero em todo o país, iniciado e intensificado pelo movimento feminista.
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Simulado ENEM 2019
Prova 1
3Série a
2o Dia
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: Os pássaros são livres.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 91 a 135, relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias; b) questões de número 136 a 180, relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO ‑RESPOSTA. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
Instituição de ensino: Aluno:
9160604000014
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 92
QUESTÕES 91 A 135
agropecuárias desprovidas de práticas de manejo do solo
QUESTÃO 91
reposição de nutrientes […], rotação de culturas, diversifi‑
O desmatamento seguido da implantação de atividades […], principalmente as relacionadas com a sua conservação,
O hormônio antidiurético (ADH), também conhecido como vasopressina, é secretado pela hipófise e atua controlando a taxa de reabsorção de água pelos rins antes de essa subs‑ tância ser eliminada na urina. O gráfico a seguir mostra a relação entre o volume de urina produzida por uma pessoa, ao longo de cinco horas, em função da concentração de ADH, em unidades arbitrárias.
cação de sistemas produtivos etc., resulta no esgotamento rápido da capacidade produtiva do solo, além de deixá-lo exposto às intempéries. A combinação do solo desprotegi‑ do pela vegetação com grandes volumes de precipitação, comuns na região amazônica, permite que as partículas do solo […] sejam arrastadas para dentro de rios, córregos e tanques […].
Volume de urina
Concentração de ADH
Manual de restauração florestal: um instrumento de apoio à adequação ambiental de propriedades rurais do Pará. Belém: NBL/TNC, 2013. p. 9. Disponível em: <www.nature. org/media/brasil/manual-de-restauracao-florestal.pdf>. Acesso em: 7 dez. 2018.
Os danos ocasionados pelas situações descritas no texto podem desencadear diretamente a A concentração de metais pesados ao longo das cadeias ali‑ mentares aquáticas. B eutrofização e assoreamento dos cursos dos corpos hídricos. C formação e ocorrência de chuvas ácidas e o intemperismo do solo.
0
1 Urina ADH
2
3
4
5 Tempo (h)
Os dados expressos no gráfico revelam que esse hormônio A promoveu a maior reabsorção de água até a segunda hora. B aumentou proporcionalmente a quantidade de urina produzida. C estimulou a reabsorção de água a partir da segunda hora. D inibiu a produção de urina quando em concentrações baixas. E não alterou a concentração da urina a partir da segunda hora.
D erosão do solo e assoreamento dos cursos dos corpos hídricos. E destruição das matas ciliares e a eutrofização dos corpos hídricos.
QUESTÃO 92 Conteúdo: Problemas ambientais C3 | H12 Dificuldade: Média Com a retirada da cobertura vegetal, decorrente das atividades agropecuárias, o solo fica vulnerável a intempéries (no caso descrito no texto, os grandes volumes de precipitação da região amazônica) e é degradado ao longo do tempo por causa da remoção de elementos de sua superfície, caracterizando o processo de erosão. Arrastadas pelas águas das chuvas, as partículas do solo e sedimentos removidos pela erosão se depositam sobre os leitos dos rios, córregos e outros corpos hídricos, provocando o assoreamento de seus cursos.
QUESTÃO 91 Conteúdo: Fisiologia humana, sistema endócrino, sistema urinário C5 | H17 Dificuldade: Difícil Os valores demonstrados permitem concluir que a ação do hormônio ADH inibe a produção de urina, pois, em altas concentrações, o volume de urina produzido é menor. A menor produção de urina é justificada, então, pela ação do hormônio, que promove a reabsorção da água pelos rins.
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QUESTÃO 93
QUESTÃO 94
O processo de afinação das cordas de um violão ou guitarra pode ser feito de diversas maneiras: por meio da escuta pura e simples, por uma pessoa acostumada a identificar sons de frequências diferentes e audição apurada para a música; por observação visual do fenômeno físico ou, ainda, por meio de aplicativos eletrônicos e instrumentos de medição específicos.
Em tempos de crise, economizar é a palavra de ordem. O que pouca gente sabe é que algumas pequenas mudanças de hábitos podem colaborar bastante para a economia. Por exemplo, a maioria dos aparelhos eletroeletrônicos tem uma função chamada standby que permite que o aparelho, após desligado, seja religado em curto tempo. Medições indicam que essa função é responsável por cerca de 5% a 10% das contas mensais de energia elétrica, pois no modo standby, os aparelhos não estão totalmente desligados; na verdade, eles estão parcialmente ligados, por isso religam rapidamente, o que consequentemente gera consumo.
Para entender como esse fenômeno físico pode ajudar no processo de afinação das cordas, a imagem a seguir mostra o fuso (distância entre dois nós de uma onda) formado, com a corda pressionada na quinta casa, no braço do violão.
EL
EN
A1 00
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K. C
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Um caso cotidiano é o do forno micro‑ondas. Esse eletrodo‑ méstico tem potência em standby de 6 W (manutenção do relógio e painel) e; em uso, sua potência média é de 1 300 W.
A primeira corda de cima para baixo deve emitir um som fun‑ damental equivalente a uma nota. Pressionando essa corda na quinta casa, conforme mostrado na imagem, ela passa a emitir o som de uma nota Lá. Como a segunda corda na mesma orientação deve emitir um som na mesma nota Lá, sua tração deve ser ajustada até que ela comece a vibrar sem ter sido tocada, apenas tocando a primeira. Quando isso ocorrer, as cordas estão afinadas. O procedimento segue para as demais, com exceção do posicionamento na quarta corda. Todas as vibrações ocorridas nas cordas não tocadas eviden‑ ciam que sua afinação está correta. O fato de uma corda vi‑ brar sem ser tocada diretamente está associado ao fenômeno A
da ressonância, em que um corpo vibrante interfere no outro, fazendo‑o vibrar com o dobro de sua frequência fundamental
B
da ressonância, em que um corpo vibrante interfere no outro, fazendo‑o vibrar com a mesma frequência fundamental.
C
do batimento, em que um corpo vibrante interfere no outro, fazendo‑o vibrar com a mesma frequência fundamental.
D
do batimento, em que um corpo vibrante interfere no outro, fazendo‑o vibrar na frequência fundamental consecutiva, no caso, Si.
E
da ressonância, em que um corpo vibrante interfere no outro, fazendo‑o vibrar na frequência fundamental consecutiva, no caso, Si.
Diante dessas especificações, e considerando a utilização desse forno por um período total de 20 minutos por dia, a razão entre o consumo real (em funcionamento) e o consumo no modo standby é, aproximadamente, A
1
B
2
C
3
D
4
E
5
QUESTÃO 93 Conteúdo: Fenômenos ondulatórios C1 | H1 Dificuldade: Média A ressonância é um fenômeno que faz com que um elemento vibrante consiga, por transferência de energia, fazer outro vibrar com a mesma frequência fundamental. Na afinação do violão, a cada par de cordas, o pressionamento na casa correta de uma delas permitirá que as frequências sejam as mesmas quando afinadas. Assim, uma corda começa a vibrar em função da outra ser tocada. QUESTÃO 94 Conteúdo: Fenômenos elétricos e magnéticos C2 | H7 Dificuldade: Difícil ∆E . Assim, a energia é: DE = P ∙ Dt A potência é dada por: P = ∆t 1 Com a utilização por 20 minutos h por dia com a potência de 1 300 W, tem-se, 3 1 em um ano: ER = ⋅ 1300 = 433,33 kW ⋅ h. 3 O micro-ondas funciona na função standby durante o resto do dia (23h e 40 minu2 tos, o mesmo que 23 + h. Para esse período, tem-se: 3 2 ES = 23 + ⋅ 6 = 142 kW ⋅ h 3 E 433,33 Portanto, a razão será: R = = 3,05. ES 142
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QUESTÃO 95
QUESTÃO 96
A conexão elétrica de alguns aparelhos é feita por um cabo de energia com plug de três pinos, conforme mostra a imagem abaixo.
CONHEÇA AS VANTAGENS DO PISO DE PVC O PVC, ou policloreto de vinila, está mais presente em nosso dia a dia do que se imagina. No projeto de uma casa,
GABRIEL_RAMOS/SHUTTERSTOCK.COM
por exemplo, ele pode ser usado tanto em seu exterior, em forros e telhados, como em seu interior, em pisos e esquadrias de portas e janelas. Uma das formas mais comuns deste material é o PVC trançado, composto de uma malha tramada com fios reves‑ tidos em PVC. […] A composição do material é muito simples e sustentável.
Apesar de esse ser o padrão brasileiro, muitas residências ainda utilizam as antigas tomadas de dois pinos. Com isso, a solução de baixo custo é utilizar os adaptadores de tomada. O problema é que, em alguns casos, no momento da co‑ nexão com o plug do eletrodoméstico, o terceiro pino não se conecta a lugar algum, ficando para fora da tomada ou sendo arrancado dela.
Composto por sal marinho, água e eteno (derivado do petró‑ leo), é muito versátil e eficiente […]. Sua produção pode ser considerada 100% sustentável. […] Conheça as vantagens do piso de PVC. Leroy Merlin, 5 nov. 2012. Disponível em: <www.leroymerlin.com.br/dicas/conheca-as-vantagens-do-piso-de-pvc>. Acesso em: 7 dez. 2018.
Do ponto de vista ambiental, a afirmação contida no texto a respeito da sustentabilidade do PVC estaria correta apenas se A a água não fosse utilizada na síntese desse produto. B o sal fosse obtido de minas de sal em vez de ser marinho.
ASMCASTRO
C o eteno fosse obtido do pré-sal ao invés do petróleo.
Nesses casos, a utilização desses plugs fica em desacordo com as orientações dos fabricantes, pois esse terceiro pino tem a função importante de A ampliar os pontos de sustentação do plug para evitar a des‑ conexão e possíveis danos ao aparelho. B escoar o excedente de energia elétrica caso ocorra algum pro‑ blema na rede local, evitando um dano maior no equipamento. C fechar o circuito elétrico para que o excedente retorne à rede e o equipamento possa funcionar com maior eficiência.
D o polímero fosse produzido a partir de etano em vez de eteno. E o eteno fosse sintetizado a partir de fontes alternativas ao petróleo.
QUESTÃO 96 Conteúdo: Química ambiental C3 | H10 Dificuldade: Fácil Não se pode considerar a produção de um material que se utiliza de matérias-primas obtidas do petróleo como 100% sustentável, uma vez que o petróleo é uma fonte não renovável de materiais. Assim, para a afirmação do texto ficar correta, o eteno deveria ser obtido de modo alternativo ao petróleo, utilizando outra fonte, como cana-de-açúcar e etanol. De fato, isso já acontece em larga escala, dando origem ao que se conhece como eteno verde.
D levar corrente elétrica ao equipamento, permitindo que ele trabalhe na exata tensão de operação, tornando-o mais econômico. E devolver e reaproveitar a energia elétrica não utilizada no equipamento quando está no modo standby.
QUESTÃO 95 Conteúdo: Carga e corrente elétricas C2 | H6 Dificuldade: Fácil O terceiro pino é responsável pelo aterramento da instalação. Sua função é conduzir para o solo a carga elétrica excedente, por algum motivo de sobrecarga na rede, evitando causar maior dano ao equipamento.
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QUESTÃO 97 Em 2020, se tudo der certo, a indústria de cosméticos do Brasil terá à sua disposição uma matéria-prima de origem incomum: aromas produzidos por leveduras (microrganismos semelhantes aos que fermentam bebidas) […], que carregam o DNA de orquídeas e outras plantas da mata atlântica e crescem “comendo” rejeitos agrícolas.
QUESTÃO 98 A transposição de galharia (restos de galhos e folhas) é uma técnica utilizada para a recuperação das propriedades físico-químicas do solo, favorecendo o processo sucessional de áreas como a da fotografia abaixo. Trata-se da disposição de‑ sordenada desse material na área, formando um emaranhado de resíduos vegetais que gera abrigo para a fauna, além de sombra e umidade para o solo.
Em síntese, esse é o plano da startup Bio Bureau, criada por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). […] a equipe […] de biotecnologia está analisando o material genético de mais de 50 espécies vegetais de uma floresta do Vale do Ribeira (SP). […] LOPES, Reinaldo José. Empresa quer criar perfume a partir de levedura […] que come lixo. Folha de S.Paulo, 17 abr. 2017. Ciência. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ ciencia/2017/04/1876091-empresa-quer-criar-perfume-a-partir-de-levedura-transgenicaque-come-lixo.shtml>. Acesso em: 10 set. 2018. GIANE MINELLA
Do ponto de vista da biotecnologia, os microrganismos que a startup citada no texto visa obter são classificados como A plasmídeos. B transgênicos. C híbridos. D mutantes. E vetores de clonagem.
Considerando os resultados gerados pela técnica, a suces‑ são ecológica em uma área semelhante à da fotografia seria favorecida A pelo intemperismo químico do solo. B pelo afastamento de organismos pioneiros.
QUESTÃO 97 Conteúdo: Engenharia genética C8 | H29 Dificuldade: Fácil Organismos gerados da transferência de material genético de outro organismo, frequentemente de uma espécie diferente, do qual se deseja obter uma característica de interesse, são chamados de transgênicos. De acordo com o texto, as leveduras irão carregar o DNA de plantas, podendo sintetizar aromas naturalmente produzidos por elas.
C pelo estabelecimento de teias alimentares complexas. D pela instalação de uma comunidade em equilíbrio dinâmico. E pelo crescimento de plantas de pequeno porte.
QUESTÃO 98 Conteúdo: Sucessão ecológica C5 | H19 Dificuldade: Média O sombreamento e a umidade oferecidos pela galharia podem propiciar o crescimento de plantas de pequeno porte, que, sob incidência direta da luz solar no solo sem cobertura vegetal, não conseguiriam se desenvolver. Assim, a técnica pode auxiliar no processo sucessional da área, que ainda está em fase inicial.
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QUESTÃO 99 […] Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o […] bioma abriga. A sua área aproximada é 150 355 km2 (IBGE, 2004), ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu es‑ paço territorial […], que é uma planície […], é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. […] BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, DF. Disponível em: <https://bit.ly/2OUey2D>. Acesso em: 7 dez. 2018.
O bioma brasileiro retratado no texto é caracterizado princi‑ palmente pela ocorrência de A clima temperado. B cheias periódicas. C incêndios periódicos. D mistura de água doce e salgada. E plantas xerófitas.
QUESTÃO 100 A onda verde é um sistema de sincronismo de semáforos utilizado para gerenciar a fluidez do tráfego de veículos em avenidas de grande movimentação. De maneira simplificada, esse sistema permite que, após a abertura do sinal verde em um dado cruzamento, o motorista, ao se aproximar do próximo cruzamento, encontre uma nova abertura de semáforo e assim sucessivamente. Porém, para que se cumpra a intencionali‑ dade do sistema, é necessário que o veículo mantenha uma velocidade constante, e portanto que o percurso ocorra sem interrupções. Considere uma avenida de sentido único, onde existem se‑ máforos a cada 400 m, que abrem a cada 32 s e, após sua abertura, permanecem no sinal verde durante 32 s, ou seja, muda para o amarelo depois de 32 s. Um motorista que tra‑ fega por essa avenida passa por um semáforo no momento de sua abertura com velocidade de 36 km/h. Considerando que ele não pode ultrapassar nenhum sinal amarelo, man‑ tendo essa velocidade, a distância percorrida pelo motorista na avenida, a partir desse momento, sem parar em nenhum cruzamento, será A 1 200 m B 1 600 m
QUESTÃO 99 Conteúdo: Biomas C8 | H28 Dificuldade: Fácil O bioma retratado no texto é o pantanal mato-grossense. Em território brasileiro, esse bioma ocupa a parte oeste dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se pelo Paraguai e pela Bolívia. Caracteriza-se por ser uma imensa planície contida entre sistemas de serras e chapadas, sendo cortada por rios da Bacia do Paraguai, que, em épocas de chuvas, inundam e tornam o bioma um enorme alagado.
C 2 000 m D 2 400 m E 2 800 m
QUESTÃO 100 Conteúdo: Descrições do movimento e sua interpretação C1 | H2 Dificuldade: Média 36 Convertendo a velocidade em m/s, tem-se: v = = 10 m/s. 3,6 Com essa velocidade, analisando os intervalos de tempo para cruzar os semáforos conforme o esquema abaixo, tem-se que: Tempos
Abertura
0s
32s
64s
96s
128s
160s
Fechamento
32s
64s
96s
128s
160s
192s
1
2
3
4
5
6
400 m ∆t1 = ∆t 2 = ∆t 3 = ∆t 4 = ∆t 5 =
∆S1 v ∆S2 v ∆S3 v ∆S4 v ∆S5 v
400 m
400 m
400 m
400 m
⇒ ∆t1 =
400 = 40 s (conseguirá passar pelo segundo semáforo) 10
⇒ ∆t 2 =
800 = 80 s (conseguirá passar pelo terceiro semáforo) 10
⇒ ∆t3 =
1200 = 120 s (conseguirá passar pelo quarto semáforo) 10
⇒ ∆t 4 =
1600 = 160 s (conseguirá passar pelo quinto semáforo) 10
⇒ ∆t 5 =
2000 = 200 s (não conseguirá passar pelo sexto semáforo) 10
Ou seja, o motorista consegue passar pelo quinto semáforo, mas tem de parar no sexto, concluindo, assim, 2 000 m ininterruptos.
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QUESTÃO 101 MAU USO DE SMARTPHONES CAUSA DOENÇA NA COLUNA Há alguns anos, médicos ortopedistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde vêm chamando atenção para um problema de postura desencadeado pelo uso excessivo dos smartphones. Em inglês, a postura conhecida como “text neck” – pescoço de texto – refere-se à maneira como as pes‑ soas inclinam a cabeça para consultar o aparelho. Segundo um estudo publicado pela National Library of Medicine, por Kenneth Hansraj, a preocupação é justificada. De acordo com ele, com o tempo, a má postura pode levar ao desgaste da coluna vertebral, sobrecarregando as vérte‑ bras cervicais, o que pode motivar casos de degeneração tratáveis apenas com cirurgias. O primeiro sintoma de que o problema pode ter se iniciado é a dor na região superior das costas e no pescoço.[…] À medida que a inclinação se acentua, maiores são as complicações. A cabeça de um adulto pesa, em média, entre cinco e oito quilos. Contudo, à medida que a cabeça dobra para frente e para baixo, a pressão sobre a coluna cervical aumenta. Uma inclinação de 15 graus significa uma pressão de cerca de 12 quilos. Ao chegar a 60 graus, o peso equivale a quase 30 quilos. […] Segundo o especialista, é possível que jovens passem a necessitar de cuidados cada vez mais cedo. ANDRADE, Thiago. Mau uso de smartphones causa doença na coluna. Correio do Estado, Campo Grande, 13 set. 2016. Disponível em: <www.correiodoestado.com.br/ arte-e-cultura/mau-uso-de-smartphones-causa-doenca-na-coluna/286732/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
A cabeça humana tem massa de cerca de 5 kg. Com a postu‑ ra ereta, ela provoca uma força de contato − Fc − pela coluna vertebral equivalente ao seu próprio peso. Na condição de “pescoço de texto”, exposta no texto apresentado e ilustrada na figura a seguir, a cabeça está inclinada, formando um ângulo de 45° com a horizontal e, nesse momento, também atua uma força muscular (Fm) de 200 N, formando um ângulo de 35° com a horizontal. Fc Fm
Na condição de “pescoço de texto”, a sobrecarga aproximada na coluna vertebral para que a cabeça permaneça equilibra‑ da (força de contato) e a condição adequada para evitá-la são, respectivamente, (Dados: sen 35° = 0,57; cos 35° = 0,82; sen 45° = cos 45° = 0,71) A 171 N e manter o smartphone em uma posição em que a cabeça incline no máximo em 30°. B 171 N e manter o smartphone em posição vertical, na altura dos olhos. C 231 N e manter o smartphone em uma posição em que a cabeça incline no máximo em 30°. D 231 N e manter o smartphone em uma posição vertical, na altura dos olhos. E 231 N e manter o smartphone em uma posição acima da altura dos olhos.
QUESTÃO 102 Pneus de aviões são muito mais resistentes que os pneus de automóveis e de outros veículos de passeio terrestres, pois têm de suportar massas muito elevadas e variações de tempe‑ ratura muito bruscas. As temperaturas às quais esses pneus estão submetidos variam de –50 °C, quando o avião voa em altitudes elevadas, até 80 °C, quando os pneus atingem o solo e o atrito aumenta drasticamente a temperatura interna. Nessas temperaturas altas, gases inflamáveis de enxofre são formados dentro do pneu e, se o gás que enche o pneu não for escolhido adequadamente, existe risco de explosão. Do ponto de vista industrial, um gás abundante que cumpre as condições citadas e, portanto, é recomendável para encher pneus de aviões é o A hélio. B nitrogênio. C oxigênio. D ar atmosférico. E vapor de água. QUESTÃO 101 Conteúdo: Equilíbrio estático C2 | H6 Dificuldade: Difícil Representando as projeções verticais das forças envolvidas, tem-se: Fcy
Fc 45°
P
Fm
35°
Fmy
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P Para que a cabeça fique equilibrada, a soma das forças na vertical e na horizontal deve ser nula e o momento também. Assim, analisando as forças na vertical: Fm + P = Fc h y
y
h 200 ⋅ sen 35° + 50 = Fc ⋅ sen 45° h 114 + 50 = Fc ∙ sen 45° h Fc = 230,9 N. Para que a coluna não sofra sobrecarga, o ideal é que o pescoço não tenho inclinação. Assim, se o smartphone ficar na vertical, na altura dos olhos, o pescoço não inclina e não haverá composição horizontal da força de contato.
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QUESTÃO 103
QUESTÃO 104
PESQUISA REVELA QUE 17 MIL PESSOAS TIVERAM
Um casal de primos decidiu se casar, mas, por considerarem os riscos da consanguinidade para futuros filhos, resolve‑ ram fazer um aconselhamento genético antes de seguir um planejamento familiar. Realizaram, então, exames genéticos relacionados a uma determinada doença, que não possuíam. Essa doença apresenta herança monogênica autossômica dominante e se expressa apenas em indivíduos do sexo mas‑ culino. De acordo com os exames, a prima era heterozigota para o gene relacionado a essa condição.
SEQUELAS APÓS USO DO METACRIL Muito utilizado para preenchimento e modelagem facial e corporal, o polimetilmetacrilato (PMMA), também conhecido como metacril ou bioplastia, provocou deformidades e com‑ plicações em cerca de 17 mil pacientes de todo o país […]. O PMMA é um produto sintético composto por microesfe‑ ras de acrílico aplicado por meio de cânulas, sob anestesia local. Os riscos do uso do produto ganharam atenção no final de 2014, quando a modelo Andressa Urach foi internada em estado grave com uma infecção nos glúteos e coxas causada pelo uso de metacril e hidrogel, outro produto usado para preenchimento corporal. CAMBRICOLI, Fabiana. Pesquisa revela que 17 mil pessoas tiveram sequelas após uso do metacril. O Estado de S. Paulo, 19 dez. 2016. Disponível em: <https://saude.estadao. com.br/noticias/geral,pesquisa-revela-que-17-mil-pessoas-tiveram-sequelas-apos-usodo-metacril,10000095386>. Acesso em: 7 dez. 2018.
Um dos grandes desafios envolvidos no uso do PMMA em cirurgias plásticas está em evitar que certas partes do corpo entrem em contato com essa substância e reajam contra a substância invasora. As reações observadas no corpo de pacientes expostos de forma descontrolada ao PMMA podem advir de algumas características próprias dessa substância, não encontradas em moléculas naturalmente presentes no corpo humano. A estrutura do PMMA é mostrada a seguir.
O
O
n Uma das características responsáveis pelas reações adversas do PMMA no corpo humano pode ser o fato de ele A ser uma macromolécula, um tipo de molécula não encontrada na natureza. B ter longas cadeias carbônicas, formando estruturas tridimen‑ sionais de grande tamanho. C ser um polímero de adição sintético incompatível com algu‑ mas estruturas biológicas naturais. D ter uma estrutura que possibilita a formação de ligações de hidrogênio entre suas moléculas. E ter em sua estrutura um grupo éster, que reage fortemente com a água formando álcool e éter.
Supondo que este casal venha a ter um filho do sexo mas‑ culino, a probabilidade desse filho expressar a doença e de ser portador de pelo menos um alelo recessivo para essa condição é de, respectivamente, A 0,5 e 1. B 0,25 e 0,75. C 1 e 0,5. D 0,75 e 1. E 0,5 e 0.
QUESTÃO 102 Conteúdo: Gases C1 | H2 Dificuldade: Média O gás nitrogênio (N2) é um gás inerte extremamente abundante na atmosfera terrestre (respondendo por 78% de sua composição). Sendo inerte, ele não reage facilmente com outras substâncias, mesmo em temperaturas elevadas, como aquelas mencionadas no enunciado. Além disso, por causa de sua abundância (diferente do hélio, pouquíssimo abundante), sua purificação a partir do ar atmosférico é uma maneira prática de se obter esse gás sem a presença de oxigênio, esse sim um comburente eficiente e que, se presente dentro dos pneus dos aviões, poderia reagir com gases inflamáveis quando da ocorrência das fagulhas no atrito dos pneus com o solo e provocar uma explosão. Além disso, o N2 se apresenta no estado gasoso mesmo em pressões elevadas nas faixas de temperatura apresentadas no enunciado, diferente do vapor de água. QUESTÃO 103 Conteúdo: Polímeros C5 | H19 Dificuldade: Difícil O PMMA, como descrito na reportagem, é um produto sintético, isto é, fabricado pelo ser humano; e nesse caso, não existente na natureza. Dessa forma, o corpo humano pode reagir de maneira a expulsar a molécula invasora caso ela não seja compatível com as estruturas presentes no próprio corpo. QUESTÃO 104 Conteúdo: Hereditariedade C4 | H13 Dificuldade: Média Se a herança da doença é autossômica dominante e se expressa apenas no sexo masculino, os homens com genótipos Aa ou AA manifestam a doença. Como o primo não apresenta a doença, pode-se concluir que seu genótipo é aa. A prima, também sem a doença, é heterozigota para a condição, portanto, seu genótipo é Aa. Desse modo, o resultado do cruzamento entre ambos os primos seria: a
a
A
Aa
Aa
a
aa
aa
Entre os homens descendentes, a chance de manifestação da doença, cujo genótipo seria Aa, é de 50% ou 0,5, como indicado pelo círculo. Por sua vez, a probabilidade do filho ser portador de pelo menos um alelo recessivo para a condição é de 100% ou 1, já que os descendentes desse cruzamento teriam genótipo Aa ou aa.
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QUESTÃO 105
QUESTÃO 106
FALTA DE CHUVAS PODE LEVAR AO AUMENTO DO
LOCAL DE VAZAMENTO DE ETANOL VAI SER
USO DE TERMELÉTRICAS, DIZ COMITÊ
MONITORADO SEMANALMENTE 60 mil litros de etanol foram derramados no solo e se espa‑ lharam por cerca de 600 metros quadrados, nas proximidades do Rio Capivari, na cidade da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba. O acidente ambiental ocorreu após um trem, com dez vagões, sair dos trilhos e tombar […] A empresa [...] responsável pelo trem afirma que fez uma bacia de contenção, com escavações no solo e instalação de uma tubulação para sugar o produto derramado. Agora, um monitoramento semanal vai ser feito até que as condições sejam normalizadas.
A falta de chuvas poderá levar ao aumento do uso de usinas termelétricas, significando uma elevação no custo da geração de energia nos próximos meses. A conclusão é do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) […]. No entanto, o grupo decidiu, no momento, não acionar usinas térmicas adicionais. CRAIDE, Sabrina. Falta de chuvas pode levar ao aumento do uso de termelétricas, diz comitê. Agência Brasil, Brasília, 8 mar. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-03/falta-de-chuvas-pode-levarum-aumento-de-uso-de-termeletricas-diz-comite>. Acesso em: 1 out. 2018.
A escassez de chuvas é um problema para as regiões de grande concentração populacional, pois causa impactos na distribuição de água e na produção de energia elétrica. Mes‑ mo as hidrelétricas com reservatórios gigantescos têm sua capacidade diminuída nesses períodos e reduzem a produ‑ ção de energia. Quando isso ocorre, o Operador Nacional do Sistema (ONS) autoriza o funcionamento das usinas termoelé‑ tricas. Entretanto, essas usinas produzem energia por meio da queima de combustível e geram alguns impactos ao meio ambiente, além de aumentar a bandeira tarifária. No processo de geração de energia das termoelétricas, a queima de combustíveis fósseis é realizada com o objetivo de A impulsionar grandes motores que farão a conversão de ener‑ gia térmica em energia de movimento. B aquecer a água das caldeiras para se obter o vapor d’água e, com ele, movimentar as turbinas. C unir a liberação de gases do efeito estufa ao vapor d’água das altas temperaturas para potencializar o movimento das turbinas. D dilatar as turbinas para facilitar a passagem da água dos reservatórios e, assim, otimizar seu movimento. E acionar a bomba de captação, nos reservatórios, da água que passará pelas turbinas. QUESTÃO 105 Conteúdo: Energia C6 | H21 Dificuldade: Fácil Nas usinas termoelétricas, a queima de combustíveis fósseis é utilizada para o aquecimento das caldeiras até que se obtenha vapor d’água. Com a força desse vapor, as pás das grandes turbinas serão movidas produzindo energia elétrica. QUESTÃO 106 Conteúdo: Química ambiental C7 | H27 Dificuldade: Média O etanol é um produto volátil, isto é, evapora com facilidade. A partir do momento em que a área está contida e o excesso de etanol está sendo sugado, podem-se usar técnicas de aeração para aumentar a superfície de etanol exposta ao ar atmosférico, acelerando sua evaporação natural.
Desse modo, evita-se maior contaminação do solo ou dos leitos aquáticos com o etanol ou outras substâncias potencialmente tóxicas ao ambiente local. QUESTÃO 107 Conteúdo: Meiose C4 | H14 Dificuldade: Difícil Entre os fatores que interferem na variabilidade genética das populações está a permutação ou crossing-over, que ocorre durante a prófase I da meiose, durante o paquíteno, em que os cromossomos homólogos emparelham-se e trocam fragmentos entre suas cromátides homólogas. Uma vez que os ovos dessas formigas, de acordo com uma das hipóteses, não sofrem meiose, tal processo está ausente em sua reprodução.
PICHETTI, Lucian. Local de vazamento de etanol vai ser monitorado semanalmente. CBN Curitiba, 18 out. 2018. Disponível em: <https://cbncuritiba.com/local-vazamentoetanol-monitorado/>. Acesso em: 25 nov. 2018.
Além das medidas de contenção e sucção adotadas pela empresa responsável, outra medida eficaz para evitar danos ambientais mais severos seria A o aterramento da área afetada, confinando o produto que vazou. B a desidratação do etanol com ácido sulfúrico, formando eteno e água. C a reação com hidróxido de sódio, formando um sal orgânico pouco reativo. D a diluição do etanol até que ele possa ser despejado no Rio Capivari. E a aeração do local afetado, acelerando a evaporação do produto vazado.
QUESTÃO 107 A formiga Mycocepurus smithii foi a primeira espécie total‑ mente formada por fêmeas estudada por pesquisadores. Os ovos são colocados pela rainha, sem que haja fertilização. Uma das hipóteses levantadas para a origem de seus ovos é que eles são produzidos por mitoses e permanecem diploi‑ des, sem passar por uma fase haploide. Embora a reprodução assexuada possa ser mais econômica e eficiente em certos aspectos, é possível que essas formigas apresentem uma forma alternativa de gerar diversidade genética. A reprodução dessa espécie de formiga não gera variabili‑ dade genética pois, entre outros motivos, não apresenta o processo celular de A troca de pedaços entre cromátides-irmãs durante a etapa de citocinese. B formação de complexo proteico dos cromossomos homólogos na prófase II. C inversão dos cromossomos homólogos durante a etapa de anáfase II. D desintegração dos centrômeros da célula durante o processo de metáfase. E emparelhamento e troca de pedaços entre cromossomos homólogos na prófase I.
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QUESTÃO 108
QUESTÃO 109
Durante uma aula de Botânica, uma professora solicitou aos seus alunos que lacrassem com sacos plásticos transparen‑ tes os ramos de um arbusto de hibisco. Depois, orientou que cobrissem com papel alumínio metade dos ramos lacrados e que, após 48h, observassem as diferenças no conteúdo de água acumulada dentro dos dois grupos de sacos plásticos.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
Após o período mencionado, os resultados do experimento revelaram aos alunos que A a quantidade de água acumulada nos sacos plásticos com o papel alumínio foi maior, uma vez que a ausência de luz estimulou a abertura dos estômatos. B os sacos plásticos com o papel alumínio apresentaram maior quantidade de água, pois a alta temperatura em seu interior estimulou a evaporação foliar. C a quantidade de água acumulada foi maior nos sacos plás‑ ticos sem o papel alumínio, pois a incidência de luz permitiu uma transpiração foliar mais intensa. D o teor de água nos dois grupos de sacos plásticos foi igual, por causa da inibição das trocas gasosas da planta com o meio nessas duas condições. E a quantidade de água nos sacos plásticos sem o papel alumí‑ nio foi menor, pois a alta concentração de CO2 decorrente da atividade fotossintética estimulou a abertura dos estômatos.
BRASIL DE 1988 Art. 21. Compete à União: […] XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qual‑ quer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industriali‑ zação e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; […] c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 3 dez. 2018.
A tabela a seguir apresenta informações a respeito de alguns radioisótopos: Radioisótopo
Tempo de meia-vida
QUESTÃO 108 Conteúdo: Fisiologia vegetal C4 | H14 Dificuldade: Difícil A abertura dos estômatos é influenciada, entre outros fatores, pela intensidade da luz. Se ela é alta, os estômatos se abrem; pelo contrário, se for baixa, eles se fecham. O fechamento dos estômatos diminui a perda de água por transpiração. Desse modo, sob a incidência de luz, a transpiração foi mais intensa nos ramos que estavam nos sacos plásticos sem o papel alumínio.
Carbono-14
5 715 anos
Oxigênio-15
122 segundos
Flúor-18
110 minutos
Fósforo-32
14,3 dias
Gálio-67
3,2 dias
QUESTÃO 109 Conteúdo: Tempo de meia-vida C7 | H24 Dificuldade: Fácil Segundo a Constituição, é permitido que um particular produza e comercialize radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas. Entre os radioisótopos da tabela, apenas o oxigênio-15 (15O), o flúor-18 (18F) e o polônio-218 (218Po) têm tempo de meia-vida compatível com a lei.
Estrôncio-89
50,6 dias
Iodo-123
13,2 horas
Samário-153
1,9 dias
Polônio-218
182 segundos
Urânio-235
703 milhões de anos
O regime de permissão possibilita a delegação temporária da prestação de serviços feita pelo poder público para um particular, seja pessoa física ou jurídica. Dessa forma, com base nos preceitos constitucionais, e após as aprovações le‑ gislativas necessárias, no Brasil é permitido que um particular exerça a produção e comercialização de A
15
B
18
C
15
D
67
E
15
O, 18F e 218Po. F, 153Sm e 218Po. O, 67Ga e 153Sm. Ga, 123I e 153 Sm. O, 18F e 153Sm.
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2/13/19 6:49 PM
QUESTÃO 110
QUESTÃO 112
O abacaxi contém diversos nutrientes, como as vitaminas A, B e C, cálcio, magnésio e bromelaína, um extrato de enzimas contido nessa fruta. Ela é muito usada para amaciar carnes, antes do preparo, pois atua sobre as fibras musculares e o tecido conjuntivo.
Em uma aula prática em laboratório, à temperatura ambiente, um grupo de estudantes de Física realiza o processo de aque‑ cimento de uma dada substância. Após os 20 primeiros minu‑ tos de aquecimento, precisam acrescentar 200 mL de água à temperatura de 50 °C. Por uma distração, um dos integrantes do grupo, ao pegar o termômetro para checar a temperatura da água, o deixou cair, se quebrando no impacto com o chão. Como alternativa, colocou o recipiente com 200 mL de água, à temperatura ambiente, para aquecer em um bico de gás cuja taxa de fornecimento de energia é de 1400 cal/min.
Depois de um churrasco farto, muitas pessoas recomendam que se coma abacaxi, para facilitar a digestão. O fundamento dessa recomendação popular é que o abacaxi A diminui a quantidade de proteínas ingeridas quando se con‑ some carnes. B possui caráter ácido pronunciado, substituindo o suco gás‑ trico do estômago. C atua como catalisador da quebra das proteínas da carne em moléculas menores. D dissolve as fibras das carnes, tornando-as solúveis no corpo humano. E reage com a gordura da carne, diminuindo o teor calórico de sua ingestão.
Para obter a quantidade de água a 50 °C e dar sequência à atividade prática, o tempo necessário para o aquecimento dos 200 mL de água aquecidos pelo bico de gás deverá ser de (Dado: calor específico da água = 1 cal/g ∙ °C; temperatura ambiente de 22 °C) A 2 min B 3 min C 4 min
QUESTÃO 111
D 5 min
Seguindo o exemplo de alguns países europeus como, França e Holanda, a China desenvolveu um projeto de pavimentação para construir a maior rodovia solar do planeta. Os primeiros 1 000 m já pavimentados e testados totalizam 5 755 m2 em pai‑ néis fotovoltaicos de 1 m2 cada. O trecho completo de 2 000 m, inaugurado em Jinan, capital da província de Shandong, com os mesmos painéis revestidos por uma resina especial, são capazes de suportar uma pressão 10 vezes maior que o asfal‑ to comum. Cada painel é capaz de produzir cerca de 86 kW∙h de energia por ano. A princípio, parece pouco, mas, em todo caso, aproveita um espaço que já está em uso.
E 6 min
Considerando que a energia produzida será utilizada na ilu‑ minação pública, nos sistemas de derretimento de neve e também na alimentação de estações de carregamento de veículos elétricos, a meta chinesa de produção de energia, em kW∙h, durante um ano de utilização do trecho completo, corresponde a, aproximadamente, A 5 ∙ 105
B 7,5 ∙ 105 C 1,0 ∙ 106
D 1,5 ∙ 106
QUESTÃO 111 Conteúdo: Energia C6 | H23 Dificuldade: Média Em 1 000 m de comprimento da rodovia, tem-se 5 755 m2 de cobertura. Como cada placa tem área de 1 m2 e produz 86 kW∙h, em 2 000 m de extensão de rodovia são produzidos 989,86∙103 kW∙h durante um ano. 1 000 m — 5 755 m2 2 000 m — cobertura solar Cobertura solar: 11 510m² 1m² — 86 kW ∙ h 11 510m² — E E = 989,86∙103 kW∙h Aproximadamente 1,0 ∙ 106 kW ∙ h. QUESTÃO 112 Conteúdo: Fenômenos térmicos C6 | H21 Dificuldade: Fácil Primeiro, é necessário calcular a quantidade de calor que o volume de 200 mL de água irá absorver ao ser aquecido de 22 ℃ para 50 ℃. Então: Q = m ∙ c ∙ Δθ h Q = 200 ∙ 1 ∙ (50 − 22) h Q = 5 600 cal Assim, usando a taxa de fornecimento de energia do bico de gás: 1 400 cal — 1 min 5 600 cal — x min Portanto, o tempo necessário é de 4 minutos.
E 2,0 ∙ 106
QUESTÃO 110 Conteúdo: Enzimas C5 | H18 Dificuldade: Fácil As enzimas atuam como catalisadores de reações bioquímicas, acelerando diversas reações que não ocorreriam sem elas. No caso em questão, a bromelaína contida no abacaxi é um extrato de enzimas que atua de maneira análoga às que participam do processo digestivo, quebrando moléculas maiores das proteínas e fibras da carne e transformando-as em moléculas menores. Isso tem o potencial de facilitar a digestão das carnes, proporcionando uma sensação de alívio, principalmente depois de refeições com alto consumo de carnes, como churrascos.
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QUESTÃO 113
QUESTÃO 115
O grau de miniaturização de objetos está presente no traba‑ lho de alguns artistas plásticos. São obras que costumam apresentar detalhes impressionantes, demonstrando grande habilidade dos artistas na utilização de pequenos instrumen‑ tos, como bisturis, agulhas e pinças, para manusear e criar pequenas esculturas em pontas de lápis, giz de cera etc.
A panela de pressão é um utensílio muito eficiente para se cozinhar mais rapidamente os alimentos. Isso ocorre porque, nessa panela, a água entra em ebulição a uma temperatura maior do que em uma panela submetida à pressão ambiente (1 atm 1 105 Pa). Assim, ela atinge uma temperatura maior e os alimentos imersos nessa água mais quente acabam cozi‑ nhando mais rapidamente. Tipicamente, um líquido dentro da panela de pressão está submetido a uma pressão equivalente ao dobro da pressão atmosférica.
PRISYNCHRACY/SHUTTERSTOCK.COM
O gráfico a seguir mostra a dependência da temperatura de ebulição da água em diferentes pressões.
Em uma mostra de arte em miniaturas, bem à frente das es‑ culturas, foram posicionadas lentes esféricas para permitir ao público observar melhor os detalhes de cada obra. A posição adequada das esculturas deveria ser A anterior ao centro de curvatura da lente. B entre o centro de curvatura e o foco da lente.
Temperatura de ebulição da água (°C)
Dependência da temperatura de ebulição da água com a pressão 140 120 100 80 60 40 20 0
0
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
Pressão (kPa) Dessa forma, a temperatura de ebulição da água em uma panela de pressão, quando comparada com sua temperatura de ebulição na pressão ambiente,
C entre o foco e o centro óptico da lente.
A dobra.
D sobre o centro de curvatura da lente.
B aumenta em 20%.
E sobre o foco da lente.
C aumenta em 50%. D aumenta em 120%.
QUESTÃO 114 Por muito tempo, o chocolate foi considerado um vilão nas dietas, mas estudos recentes mostram que ingerir chocolate moderadamente pode trazer benefícios para a saúde. Pes‑ quisas indicam que o consumo diário de 30 g (três a quatro quadradinhos) de chocolate com 50% ou mais de cacau pode prevenir doenças e até controlar os níveis de açúcar no san‑ gue. Uma porção de 30 g tem em média 185 kcal. Considere que, em uma corrida leve, o consumo de energia equivale a 15 kcal/min. Supondo que uma pessoa tenha in‑ gerido uma barra de 150 g de chocolate, para consumir a quantidade de calorias acumuladas ela deverá realizar uma corrida leve por A 20 minutos. B 30 minutos. C 40 minutos. D 50 minutos. E 60 minutos.
QUESTÃO 113 Conteúdo: Óptica geométrica C2 | H6 Dificuldade: Fácil Para obter uma imagem com as características que permitam a observação detalhada das obras, ou seja, virtual, direita e maior que o objeto, ele deve ser posicionado anterior ao centro de curvatura da lente.
E aumenta em 200%.
QUESTÃO 114 Conteúdo: Energia C3 | H8 Dificuldade: Média Primeiro, calcula-se a quantidade de calorias adquirida ao comer uma barra de 150 g de chocolate: 30 g — 185 kcal 150 g — x Assim, deverão ser perdidas 925 kcal durante a corrida leve. 15 kcal — 1 minuto 925 kcal — y minutos Portanto, a corrida deve durar aproximadamente 60 minutos. QUESTÃO 115 Conteúdo: Variáveis de estado dos gases C2 | H6 Dificuldade: Média Como a pressão dentro de uma panela de pressão atinge o dobro do valor da pressão atmosférica, tem-se que a pressão dentro da panela vale 2 ⋅ 105 Pa = 200 000 Pa = 200 kPa. Consultando o gráfico, observa-se que a temperatura de ebulição da água nessa pressão vale aproximadamente 120 °C. Como a temperatura de ebulição da água sob pressão atmosférica vale 100 °C (informação que também pode ser obtida pelo gráfico), tem-se que a variação de temperatura foi de +20 °C. 20 ⋅ 100% = 20%. Em termos percentuais, o aumento foi de 100
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QUESTÃO 116
QUESTÃO 117
Em um vídeo que já possui mais de 16 milhões de visualiza‑ ções no Youtube, um grupo de pessoas decidiu fabricar o que eles chamaram de “a maior bomba efervescente do mundo”. Para tal, o grupo utilizou mais de 500 kg de bicarbonato de sódio e ácido cítrico, ambos puros, além de outros compo‑ nentes necessários para fazer o experimento funcionar. Em seguida, a “bomba” foi jogada dentro de uma grande piscina e o grupo contemplou o resultado da reação entre os dois reagentes, que incluiu uma grande efervescência devido à formação de CO2. Fórmula do ácido cítrico.
OH
O O
HO
O
OH
OH
Supondo que houve a neutralização total de todos os hi‑ drogênios ionizáveis do ácido cítrico, a reação química que ocorreu pode ser escrita como MINISTÉRIO DA SAÚDE
A 3 NaHCO3 + C6H4O7 H 3 Na+ + C6HO73– + 3 H2O + 3 CO2 B 3 Na2CO3 + 2 C6H4O7 H 6 Na+ + 2 C6HO73– + 3 H2O + 3 CO2 C 3 NaHCO3 + C6H8O7 H 3 Na+ + C6H5O73– + 3 H2O + 3 CO2 D 3 Na2CO3 + 2 C6H8O7 H 6 Na+ + 2 C6H5O73– + 3 H2O + 3 CO2 E 3 NaHCO3 + C10H8O7 H 3 Na+ + C10H5O73– + 3 H2O + 3 CO2
QUESTÃO 116 Conteúdo: Química descritiva C7 | H24 Dificuldade: Fácil Para montar a reação química, é necessário saber a fórmula molecular do bicarbonato de sódio e do ácido cítrico, que são, respectivamente, NaHCO3 e C6H8O7. O enunciado diz que há formação de CO2; além disso, como um dos reagentes é o bicarbonato, sabe-se que também será formada água. Dessa forma, a reação que ocorreu, balanceada, é 3 NaHCO3 + C6H8O7 H 3 Na+ + C6H5O3– + 3 H2O + 3 CO2 7
Segundo dados do Ministério da Saúde, milhares de pessoas anualmente são acometidas pela verminose esquistossomose, em especial aquelas que residem em regiões sem saneamen‑ to ou com saneamento básico inadequado. Diversas campa‑ nhas de conscientização sobre a doença são implementadas nas secretarias estaduais de saúde, como a do cartaz. A presença do invertebrado em destaque no cartaz é justifi‑ cada, pois, no ciclo da verminose, ele é considerado o A parasita causador da doença em humanos e outros animais. B hospedeiro intermediário da doença causada pelo verme. C predador das larvas do verme que causam a doença. D hospedeiro no qual o verme se reproduz de forma sexuada. E hospedeiro definitivo do verme causador da doença. QUESTÃO 117 Conteúdo: Verminoses C5 | H17 Dificuldade: Média No ciclo da esquistossomose, provocada pelo verme Schistosoma mansoni, o caramujo ocupa o papel de hospedeiro intermediário do parasita. Nas fezes humanas contaminadas, são eliminados ovos que, ao eclodirem, liberam larvas ciliadas denominadas miracídios, que passam a nadar ativamente até encontrarem o caramujo. Após penetrarem no caramujo, os miracídios se transformam em cercárias, que se libertam do animal e passam a nadar em busca do hospedeiro definitivo, o ser humano, no qual penetram através da pele. Atingindo o fígado, desenvolvem-se e lá permanecem até a fase adulta.
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QUESTÃO 118
QUESTÃO 120
Visando minimizar os efeitos fisiológicos desencadeados pela altitude de La Paz sobre a seleção brasileira de futebol, a comissão técnica elaborou uma estratégia para enfrentar o time adversário: os jogadores passaram apenas oito horas na capital boliviana e utilizaram cilindros de ar no intervalo do jogo. De acordo com estudos, os efeitos só aparecem de seis a oito horas após a chegada ao local.
Tubarões e raias que estão sob ameaça de extinção têm sido consumidos amplamente no mercado brasileiro. […] mais de 16 espécies de tubarões e raias foram encontradas em pontos de venda do Sul do país, região que possui uma das maiores indústrias pesqueiras do Brasil. Dentre elas, destaca‑ -se a raia-viola (Squatina occulta), considerada criticamente ameaçada, e o tubarão-martelo-entalhado (Sphyrna lewini), classificado como vulnerável.
A estratégia adotada pela comissão técnica da seleção bra‑ sileira visou minimizar os efeitos da A baixa temperatura, cujo ar frio dificulta a difusão do oxigênio nos alvéolos pulmonares. B alta pressão do ar, que compromete o funcionamento dos centros respiratórios do bulbo encefálico. C alta concentração de oxigênio, a qual satura a capacidade pulmonar vital e dificulta a respiração. D baixa concentração do gás oxigênio, que exerce menor pres‑ são nos receptores das artérias aorta e carótida. E alta concentração de gás carbônico, que estimula excessi‑ vamente os centros respiratórios do hipotálamo.
QUESTÃO 119 Com o crescimento da demanda de alimentos e matérias ‑primas advindos do campo, cresce consequentemente a quantidade de dejetos e resíduos que, quando não deposita‑ dos adequadamente, se tornam protagonistas de problemas de ordem sanitária e ambiental. Atualmente, uma das soluções adequadas para sanar tais problemas são as instalações de biodigestores nas áreas ru‑ rais, como fazendas e empresas ligadas à agropecuária. […] SHIMAKO, Mariana Zanarotti. O papel dos biodigestores na agropecuária sustentável. Portal Biossistemas Brasil – USP, 23 maio 2018. Disponível em: <http://www.usp.br/portalbiossistemas/?p=7972>. Acesso em: 1o out. 2018.
A solução referida no texto é adequada para as áreas rurais porque possibilita A o reaproveitamento dos dejetos dos rebanhos para a geração de energia elétrica. B o reaproveitamento do gás carbônico para a produção de combustível. C a captação do chorume para a produção de herbicidas naturais. D a captação do gás metano para a produção de biofertilizantes. E a produção de compostos nitrogenados para as plantas a partir do chorume. QUESTÃO 119 Conteúdo: Tecnologias ambientais C1 | H4 Dificuldade: Média A biodigestão consiste no processo em que, em um biodigestor, são armazenados dejetos de animais ou resíduos de matéria orgânica para que eles sejam decompostos por bactérias por fermentação anaeróbica. Durante essa etapa, os gases produzidos por essas bactérias (biogás) podem ser levados até uma câmara de armazenamento e empregados na substituição do GLP (gás liquefeito de petróleo) para a geração de energia elétrica. Além da geração de energia limpa, os biodigestores ajudam na diminuição da emissão do gás metano, a qual tem como uma das principais fontes os rebanhos de gado bovino e caprino.
O alerta foi divulgado pelo pesquisador da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Victor Hugo Valiati [...]. Valiati afirma que a diversidade de espécies sob o nome de cação superou a expectativa do estudo. Para chegar a esses dados foram visitados 15 pontos de venda em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre 2012 e 2013. Para a identificação das espécies foi utilizada uma fer‑ ramenta denominada “código de barras de DNA” que per‑ mite, a partir das informações contidas no material genético individual, afirmar de qual espécie se trata. Essa estratégia é necessária porque alguns pescadores, para fugir da fis‑ calização, jogam fora as partes que identificam as espécies como cabeça e barbatanas […]. Tubarão e raias ameaçados de extinção são consumidos no Brasil. EcoDebate, 30 nov. 2016. Disponível em: <https://www.ecodebate.com.br/2016/11/30/tubaroes-e-raiasameacados-de-extincao-sao-consumidos-no-brasil/>. Acesso em: 2 out. 2018.
Como mencionado no texto, para fraudar a fiscalização, os pescadores eliminam algumas partes dos animais. Outra es‑ trutura que identifica esses animais é A o opérculo que recobre as brânquias. B a linha lateral da epiderme. C o esqueleto formado por ossos. D a vesícula gasosa pulmonar. E o esqueleto formado por cartilagem.
QUESTÃO 118 Conteúdo: Sistema respiratório humano C4 | H14 Dificuldade: Difícil À medida que a altitude aumenta, o ar torna-se mais rarefeito e a quantidade de oxigênio é menor; nesse sentido, pessoas que não vivem em grandes altitudes podem apresentar complicações na respiração. Havendo diminuição pronunciada de concentração de gás oxigênio no sangue, os receptores químicos localizados nas paredes da artéria aorta e da artéria carótida enviam mensagens ao centro respiratório do bulbo encefálico – responsável pelo controle da respiração –, levando-o a aumentar a frequência respiratória como mecanismo para a obtenção de mais gás oxigênio. O aumento da frequência respiratória pode levar ao rápido cansaço, em especial durante atividades que demandem desempenho físico, à redução da quantidade do oxigênio nos tecidos (hipóxia) e a sintomas como dores de cabeça e tonturas. QUESTÃO 120 Conteúdo: Peixes cartilaginosos C8 | H28 Dificuldade: Fácil Como características que identificam os Chondrichthyes, os peixes cartilaginosos (tubarões, quimeras e raias), podem-se citar o esqueleto exclusivamente cartilaginoso e o revestimento corporal único (escamas placoides). A barbatana à qual o texto faz referência é a nadadeira caudal achatada lateralmente e assimétrica, com a parte superior maior que a inferior, denominada heterocerca.
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QUESTÃO 121
QUESTÃO 122
Na seção de Tarifas do site da Comgas, a Companhia de Gás de São Paulo, pode-se ler a seguinte informação: “Valores para gás natural referidos nas seguintes condições: Poder Calorífico Superior = 9 400 kcal/m3”.
Uma corretora de seguros tem, para uso de seus represen‑ tantes, uma frota de veículos monitorados por um sistema de rastreamento que verifica os limites de velocidade prati‑ cados pelo motorista. Um representante partindo da cidade de Piracicaba por uma rodovia vicinal realizou a viagem em duas etapas, descritas no gráfico abaixo, com apenas uma parada para descanso, que durou 30 minutos, em um posto de combustível. Em seguida, ele continuou diretamente para o seu destino, a cidade de Franca.
O gás natural é uma mistura composta de aproximadamente 90% de metano e 10% de etano (em volume), hidrocarbone‑ tos leves cujos poderes caloríficos inferiores são mostrados a seguir. Hidrocarboneto
Poder calorífico inferior (kcal/m3)
CH4
7 840
C2H6
15 440
Sabendo que o calor latente de vaporização da água vale +533 kcal/kg, a massa de vapor de água que é produzida pela queima de 1 m3 de gás natural é aproximadamente igual a
Velocidade x Tempo Velocidade (km/h)
O poder calorífico superior de uma substância é uma gran‑ deza que equivale à soma da energia liberada na forma de calor pela sua combustão com a energia gasta para evaporar a água líquida que se forma naquela reação. Já o poder ca‑ lorífico inferior despreza a parcela correspondente ao calor latente de vaporização da água e considera somente a par‑ cela relativa à combustão da substância.
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
0
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Tempo (h) Desconsiderando os períodos de desaceleração e aceleração, respectivamente, na entrada e na saída do posto, por meio do sistema de rastreamento, a distância determinada entre as cidades de Piracicaba e Franca será
A 13,5 kg
A 275 km
B 3 kg
B 280 km
C 14,7 kg
C 295 km
D 1,5 kg
D 310 km
E 17,6 kg
E 325 km
QUESTÃO 121 Conteúdo: Termoquímica C5 | H17 Dificuldade: Difícil Tem-se 1 m3 de gás natural, que é composto de 90% de metano (0,9 m3) e 10% (0,1 m3) de etano. Com base nos dados da tabela, a contribuição dos dois gases para o poder calorífico do gás natural é: metano: 1 m3 ––– 7 840 kcal 0,9 m3 ––– x x = 7 056 kcal etano: 1 m3 ––– 15 440 kcal 0,1 m3 ––– y y = 1 544 kcal total: 7 056 + 1 544 = 8 600 kcal Esse é o valor do poder calorífico inferior do gás natural. Contudo, o enunciado fornece o valor do poder calorífico superior, que equivale à soma desse valor com a energia gasta para evaporar a água gerada na combustão. Para 1 m3 de gás natural, o poder calorífico superior vale 9 400 kcal. Assim, a contribuição da energia gasta na evaporação da água vale: 9 400 – 8 600 = 800 kcal. A partir do calor latente de vaporização da água (+533 kcal/kg), tem-se que 1 kg de água necessita de 533 kcal para passar do estado líquido para vapor. Como na queima completa de 1 m3 de gás natural foram necessárias 800 kcal, a massa de água produzida foi igual a: 1 kg água ––– 533 kcal z ––– 800 kcal 800 = 1,5 kg de água. z= 533
0,5
QUESTÃO 122 Conteúdo: Gráficos do movimento uniforme C5 | H17 Dificuldade: Fácil Da observação do gráfico, as áreas dos retângulos formados abaixo das retas que representam as velocidades correspondem aos valores dos deslocamentos realizados antes e depois da parada. Sendo assim: ∆S1 = 90 ∙ 1,5 = 135 km ∆S2 = 80 ∙ 2 = 160 km O deslocamento total, que representa a distância entre as duas cidades, é dado por: ∆S1 + ∆S2 = 135 + 160 = 295 km
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QUESTÃO 123 A própolis é uma resina produzida pelas abelhas a partir de materiais coletados de plantas e apresenta uma estrutura quí‑ mica complexa. Um estudo visou analisar o potencial terapêutico de um tipo específico de própolis, a vermelha, encontrada nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Embora os resultados evidenciem sua capacidade antimicrobiana, a avaliação de segurança de uso dessa resina mostrou alterações no sangue dos camundongos utilizados na pesquisa, como se observa na tabela a seguir. Parâmetros hematológicos obtidos dos animais controle (basal) ou tratados com extrato […] de própolis vermelha, 1,0 g/kg/dia nos períodos de 1,7 ou 14 dias Tratamentos Parâmetros
Basal
Após 1,0 g/kg 1 dia
Após 1,0 g/kg 7 dias
Após 1,0 g/kg 14 dias
Hemácias (106/mm³)
8,5 ± 0,34
8,4 ± 0,22
8,1 ± 0,30
8,0 ± 0,28
Hemoglobina (g/dL)
13,2 ± 0,80
13,4 ± 0,98
13,0 ± 0,87
12,7 ± 0,78
Plaquetas (103/mm³)
261 ± 18
259 ± 16
258 ± 14
257 ± 12
Leucócitos (103/mm³)
8,3 ± 0,5
8,4 ± 0,7
8,2 ± 0,5
8,3 ± 0,6
RIBEIRO, Maria Cristina Marcucci et al. Composição química, atividade biológica e segurança de uso da própolis vermelha. Mensagem Doce, São Paulo, n. 125, mar. 2014. Disponível em: <www.apacame.org.br/mensagemdoce/125/artigo.htm>. Acesso em: 9 out. 2018.
A utilização da própolis vermelha por longos períodos poderia causar nos camundongos do estudo, principalmente A hemorragias, pelo aumento das plaquetas. B anemia, resultante do aumento dos glóbulos vermelhos. C hipóxia, em decorrência da diminuição das hemácias. D eritropoiese, devida à redução das proteínas solúveis no plasma. E imunodeficiência, por conta da diminuição dos glóbulos brancos.
QUESTÃO 123 Conteúdo: Tecido sanguíneo C4 | H15 Dificuldade: Média Os valores da tabela mostram que a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos), hemoglobina e plaquetas decresce nos camundongos ao longo dos dias de administração da própolis vermelha. Com relação às hemácias e à hemoglobina, isso pode comprometer as taxas de oxigênio nos tecidos (hipóxia), uma vez que essas células e essas proteínas são responsáveis pelo transporte dos gases respiratórios no sistema cardiovascular.
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QUESTÃO 124
QUESTÃO 125 REPRESA BILLINGS AMANHECE COM “TAPETE” DE ALGAS VERDES EM SP Um “tapete” de algas verdes cobria parte da Represa Billings, em São Paulo, nesta quarta-feira [10/10/2018]. [...] GIANCOLA, Carolina. Represa Billings amanhece com “tapete” de algas verdes em SP. G1, 10 out. 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/10/10/ represa-billings-amanhece-com-tapete-de-algas-verdes-em-sao-paulo.ghtml>. Acesso em: 2 dez. 2018.
O fenômeno descrito na matéria recebe o nome de eutrofiza‑ ção. Desde o início desse processo até o momento retratado na reportagem, a concentração de gás oxigênio dissolvido na represa Billings
G MARKET
A diminuiu, e continuará diminuindo depois que as algas co‑ meçarem a morrer. B diminuiu, mas passará a aumentar depois que as algas co‑ meçarem a morrer.
No anúncio acima, podem-se ler as frases “Um carro com tecnologia, potência no motor e bastante vitamina D.” e “Teto solar elétrico panorâmico”. Essa propaganda objetiva realçar alguns atributos do veículo mostrado. O destaque dado à vitamina D decorre do fato de o carro possuir A teto solar elétrico, e a eletricidade ser fundamental para as reações de produção dessa vitamina. B motor que funciona com um combustível que contém tal vi‑ tamina como aditivo em sua composição. C teto solar, e a tal vitamina ser transportada pelos raios solares até ser absorvida pela pele humana. D alta potência no motor, e a tal vitamina também possuir alto teor energético inerente em sua molécula. E teto solar, e a radiação ultravioleta desencadear reações químicas que produzem tal vitamina no corpo.
QUESTÃO 124 Conteúdo: Bioquímica, vitaminas C1 | H3 Dificuldade: Fácil A vitamina D pode ser obtida da alimentação, pela ingestão de ovos, alguns peixes e alimentos derivados do leite. Porém, a maioria da vitamina D de que o corpo necessita em seu metabolismo provém da síntese endógena dessa vitamina no próprio corpo humano. Sua síntese ocorre a partir do colesterol e da incidência de raios ultravioleta do Sol sobre a pele, que provoca uma série de reações que acaba por produzir as substâncias que compõem o complexo denominado de “vitamina D”. O veículo mostrado na propaganda possui teto solar, que, quando aberto, propicia ao motorista e aos passageiros exposição à luz solar, essencial para a produção de vitamina D.
C aumentou, e continuará aumentando depois que as algas começarem a morrer. D aumentou, mas passará a diminuir depois que as algas co‑ meçarem a morrer. E aumentou, e se manterá constante depois que as algas co‑ meçarem a morrer.
QUESTÃO 125 Conteúdo: Eutrofização C3 | H12 Dificuldade: Média A eutrofização ocorre quando certos produtos, como fertilizantes, alcançam os corpos de água. Esses produtos servem de nutrientes para algas e cianobactérias que vivem próximas da superfície, que então passam a se reproduzir mais. A maior quantidade de algas na superfície forma o “tapete” de algas retratado na reportagem, o qual diminui as trocas gasosas entre a água e o ar (reduzindo assim a concentração de gás oxigênio) e reduz também a passagem de luz. Sem luz, as algas subaquáticas não realizam fotossíntese, oxigenando menos a represa, até eventualmente morrerem. Quando as algas começam a morrer, sejam as algas da superfície ou as algas subaquáticas, a oxigenação da represa continua a diminuir, pois as bactérias aeróbicas decompositoras utilizam o já pouco oxigênio dissolvido no processo de decomposição, levando a uma desoxigenação ainda mais acentuada da represa.
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QUESTÃO 126
QUESTÃO 128
Em uma condição de asfalto molhado, consequentemente com maior tempo de frenagem, a razão entre as distâncias percorridas nos processos de frenagem, seco/molhado, será A
1 4
B
1 3
C
1 2
2 D 3 E
3 4
QUESTÃO 126 Conteúdo: Força de atrito C2 | H6 Dificuldade: Difícil Considerando que no processo de frenagem a resultante das forças é dada pela força de atrito, a desaceleração para pista seca será: FR = fat ⇒ m ⋅ a s = µ s ⋅ m ⋅ g ⇒ a s = 0,3 ⋅ 10 = 3 m/s2 . s
s
m
m
Para a pista molhada: FR = fat ⇒ m ⋅ am = µm ⋅ m ⋅ g ⇒ am = 0,15 ⋅ 10 = 1,5 m/s2 . Encontrando as distâncias percorridas no processo de frenagem em cada situação, tem-se: I) pista seca: v2 = v20 + 2 ⋅ as ⋅ ∆Ss h 0 = (15)2 + 2 ⋅ (–3) ⋅ ∆Ss h h ΔSs = 37,5 m II) pista molhada: v2 = v02 + 2 ⋅ am ⋅ ∆Sm h 0 = (15)2 + 2 ⋅ (–1,5) ⋅ ∆Sm h h ΔSm = 75 m ∆Ss 37,5 1 = = Portanto, a razão entre as distâncias será ∆Sm 75 2
QUESTÃO 127
Em uma pequena loja de artigos esportivos há 10 lâmpa‑ das fluorescentes com potência de 18 W cada, funcionando 10 horas por dia. Após assistir a uma reportagem sobre o consumo de energia de diversos tipos de lâmpadas, o dono da loja resolveu substituir as lâmpadas antigas por outras de LED, pois ouviu que essas são bem mais econômicas e duráveis. Conversando com um amigo eletricista sobre o assunto, o proprietário foi orientado a usar 10 lâmpadas de LED com potência de 10 W cada uma, para manter a mesma luminosidade das antigas. Após ter realizado a substituição conforme a orientação do amigo, e tendo o custo do kWh de R$ 0,24, a economia de energia, em kWh, e o valor, em reais, poupado após um ano de utilização das novas lâmpadas serão, respectivamente, mais próximos de A 236 kWh e R$ 56,64.
ZUZANAE/SHUTTERSTOCK.COM
Manter os pneus de um automóvel em boas condições é uma questão de segurança. Em condições normais de uso, as recomendações sobre distância de segurança e espaços de frenagem devem ser respeitadas. Para cada tipo de piso, essas condições podem ser de tal forma alteradas que é imprescindível atenção e cautela constantes dos motoristas. No asfalto seco, por exemplo, o coeficiente de atrito dinâmico entre o solo e os pneus é de 0,3. Já no asfalto molhado, esse coeficiente cai para 0,15. Comparativamente, um mesmo veí‑ culo apresenta espaços de frenagem completamente diferen‑ tes em pisos diferentes. Estando esse veículo a 54 km/h, com o asfalto seco, levará 5 s do momento do início da frenagem até parar totalmente, percorrendo uma determinada distância.
Em várias espécies, inclusive a humana, podem nascer indiví‑ duos com mutações cromossômicas em relação ao cariótipo-padrão da espécie. Geralmente, essas alterações causam grandes transtornos ao funcionamento celular, podendo le‑ var a condições graves ou até mesmo à morte. O cariótipo representado foi obtido após a análise cromossômica de uma pessoa com uma determinada síndrome genética. As principais características dessa pessoa são, provavelmente, A baixa estatura e pregas de pele nos lados do pescoço. B problemas de fertilidade e deficiência intelectual leve. C olhos com fendas palpebrais oblíquas e mãos curtas. D ausência de cromatina sexual e órgãos genitais atrofiados. E globo ocular pequeno e fenda no palato labial.
QUESTÃO 127 Conteúdo: Potência elétrica C2 | H5 Dificuldade: Média A energia consumida pelas lâmpadas já existentes é calculada por: E = P ∙ ∆t h E = (10 ∙ 18) ∙ (10 ∙ 365) = 657 000 Wh A energia consumida pelas novas lâmpadas será: E = P ∙ ∆t h E = (10 ∙ 10) ∙ (10 ∙ 365) = 365 000 Wh A diferença no consumo será: ∆E = 657 000 − 365 000 = 292 000 Wh Em kWh, tem-se: ∆E = (292 000) : (1 000) = 292 kWh Dessa forma, a economia gerada no período de um ano será: 292 ∙ 0,24 = R$ 70,08 QUESTÃO 128 Conteúdo: Cariótipo, mutações cromossômicas C5 | H17 Dificuldade: Média No cariótipo, podem ser notados três cromossomos sexuais, sendo dois X e um Y. A pessoa é, portanto, portadora da síndrome de Klinefelter e, por conta da condição, apresenta alterações no desenvolvimento dos órgãos genitais, problemas de fertilidade e deficiência intelectual leve, entre outras características.
B 254 kWh e R$ 60,96. C 274 kWh e R$ 65,76. D 292 kWh e R$ 70,08. E 308 kWh e R$ 73,92. CN ‑ 3a Série | 2o Dia ‑ AZUL ‑ Página 19
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QUESTÃO 129
QUESTÃO 131
A preocupação com a segurança durante voos nacionais e internacionais é cada vez maior. Isso desencadeou uma série de procedimentos que a tripulação deve realizar mo‑ mentos antes das decolagens e aterrissagens. Um desses procedimentos é solicitar a todos os passageiros que desli‑ guem celulares, tablets e notebooks logo após o embarque. Depois da decolagem, o uso desses aparelhos é permitido desde que estejam em “modo avião”. Quando próximo da aterrissagem, é solicitado que todos esses aparelhos sejam desligados novamente.
Dizem que o lítio é o petróleo do futuro. É chamado de “ouro branco” ou “maravilha mineral” por suas excelentes qualidades para armazenar energia. No entanto, nem tudo que brilha é lítio: por trás da exploração desse mineral, que não é encontrado livre na natureza, há um contexto que muitas vezes é ignorado, e o meio ambiente sofre as consequências dessa atividade de mineração.
Mesmo com a correta realização desses procedimentos, alguns passageiros insistem em não colaborar com a tripulação, man‑ tendo seus celulares ligados, o que compromete a segurança do voo, pois pode ocasionar A ruídos no sistema de som interno da aeronave. B interferências nas comunicações entre o piloto e a torre de controle. C pane no sistema elétrico da aeronave. D queda no sinal de satélite que permite o acesso à rede sem fio da aeronave. E falha nas ligações que o passageiro realizar em voo.
QUESTÃO 130 À DERIVA NO OCEANO? VEJA POR QUE BEBER ÁGUA
[…] Atualmente, a principal técnica de extração de carbonato e do cloreto de lítio é a evaporação de salinas. Esse método consiste em colocar a salmoura, extraída de grandes profun‑ didades, em recipientes grandes e rasos, onde seca ao sol. Depois, vão sendo adicionados vários elementos químicos que desencadeiam reações que precipitam sais, como clo‑ reto de sódio ou de potássio, para, finalmente, ser obtido o carbonato ou cloreto de lítio. ANGULO, Patricia Jiménez. Como a bateria do seu celular pode matar os flamingos dos Andes. UOL, 3 out. 2018. Disponível em: <https://tecnologia.uol.com.br/ noticias/redacao/2018/10/03/como-a-bateria-do-seu-celular-pode-matar-osflamingos-dos-andes.htm>. Acesso em: 25 nov. 2018.
Mesmo após as etapas descritas na reportagem, o lítio não está pronto para ser usado nas baterias de celulares e outros equipamentos eletrônicos. As etapas adicionais causam mais impactos no meio ambiente. Entre esses impactos encontra-se o gasto de energia elétrica na
DO MAR CAUSA DESIDRATAÇÃO
A proteção catódica do cátion lítio.
Não é nada fácil sobreviver à deriva em alto-mar. O Sol queima a pele impunemente, não é fácil conseguir comida e toda a água que rodeia o náufrago não serve para matar a sede. O que fazer em tal situação?
B eletrólise para reduzir o cátion lítio.
Vamos por partes. Primeiro, entendendo por que não é recomendável beber a água do mar. O problema está na con‑ centração de sal – muito mais alta que a do nosso organismo. Quando bebemos água muito salgada, por mais contraditório que pareça, nós, na verdade, acabamos desidratados. CYMBALUK, Fernando. À deriva no oceano? Veja por que beber água do mar causa desidratação. UOL, 28 set. 2018. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ ultimas-noticias/redacao/2018/09/28/e-possivel-sobreviver-a-deriva-filtrando-agua-do-marcom-a-roupa.htm>. Acesso em: 2 dez. 2018.
A razão que justifica o título da reportagem está no processo que ocorre no corpo humano após a ingestão de água do mar. Tal processo é denominado A evaporação. B osmose. C filtração. D diluição. E dissolução fracionada. QUESTÃO 129 Conteúdo: Ondas C2 | H6 Dificuldade: Fácil Como as frequências de telefonia móvel são próximas das frequências utilizadas na comunicação entre pilotos e torre de controle, podem ocorrer interferências no contato entre avião e as torres de controle dos aeroportos.
C galvanização do cátion lítio. D eletrólise para oxidar o ânion lítio. E eletrodeposição do ânion lítio. QUESTÃO 130 Conteúdo: Osmose C4 | H14 Dificuldade: Média A ingestão de água do mar provoca o processo conhecido por osmose. A água do mar possui uma concentração de sais muito maior do que a das soluções que se encontram dentro das células do corpo humano. Logo, para atingir uma situação em que as concentrações dos sais nos ambientes interno e externo da célula sejam iguais, a água tende a sair do meio menos concentrado (no caso, as células) para o meio mais concentrado. Como a diferença de concentração de sais dentro e fora da célula é muito grande, praticamente toda a água que se encontra dentro das células acaba saindo, tornando-as desidratadas. QUESTÃO 131 Conteúdo: Eletrólise C7 | H24 Dificuldade: Difícil Após o processo de purificação da salmoura, o texto afirma que se obtêm os sais carbonato de lítio (Li2CO3) e cloreto de lítio (LiCl). Para sua utilização em ligas metálicas, o lítio, que está na forma de cátion monovalente (Li+) nesses sais, deve ser reduzido, de modo a ficar com número de oxidação igual a 0 na sua forma metálica. Tal processo não ocorre espontaneamente e é necessário fornecer energia elétrica na forma de corrente elétrica para forçar essa redução a ocorrer; tal processo é denominado eletrólise. Esse caso específico, com produção de Li0 a partir de Li+, é uma eletrodeposição de lítio metálico (que é a espécie que de fato se deposita no eletrodo, formando um sólido). Esse processo consome bastante energia elétrica, sendo mais um impacto ambiental envolvido na produção das baterias de dispositivos eletrônicos.
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QUESTÃO 133
UNIVERSAL HISTORY ARCHIVE/UIG/SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA
QUESTÃO 132
Biólogos geralmente representam as relações evolutivas entre os seres vivos por meio de uma filogenia. A filogenia acima indica a evolução dos vertebrados e outros grupos de seres vivos em uma árvore paleontológica elaborada por Ernst Haeckel, um evolucionista alemão, e foi publicada em um livro de 1910. O tempo está representado à esquerda e dividido em blocos identificados por algarismos romanos e outras subdivisões. O comprimento das ramificações pode ser considerado proporcional à quantidade de tempo que se passou desde que essa linhagem surgiu. Se a árvore da vida fosse representada dessa maneira, teria, certamente, um tronco muito longo antes de encontrar as primeiras rami‑ ficações de plantas e animais. Essa filogenia de Haeckel mostra que A alguns grupos de seres vivos surgiram mais recentemente que outros. B os grupos de seres vivos representados não possuem uma origem em comum. C os grupos de seres vivos representados têm a mesma idade. D todos os grupos representados têm a mesma quantidade de ramificações. E todos os organismos representados surgiram em um mesmo bloco de tempo. QUESTÃO 132 Conteúdo: Filogenia, evolução dos seres vivos C5 | H17 Dificuldade: Fácil Os grupos de seres vivos que surgiram no bloco de tempo V, por exemplo, são mais recentes em comparação aos que surgiram no bloco de tempo I, representados na raiz da filogenia. Portanto, as diferentes linhagens representadas surgiram em momentos diversos.
Quando a grama verde é cortada, sente-se um cheiro ca‑ racterístico, que agrada uns e desagrada outros. Uma das substâncias responsáveis pelo cheiro característico é o cis-hex-3-enal, que é emitido quando se danifica a grama após o seu corte. No entanto, essa substância é instável, sendo facilmente convertida em trans-hex-2-enal (produto I), uma molécula mais estável e de odor característico. Outra possibilidade é que o cis-hex-3-enal seja convertido em cis-hex-3-en-1-ol (produto II), muito utilizado na indústria de perfumes. As reações químicas de conversão do cis-hex-3-enal nos produtos I e II são denominadas, respectivamente, A oxidação seguida de isomerização (de posição), na formação do produto I, e redução, na formação do produto II. B isomerização (ótica) seguida de outra isomerização (de po‑ sição), na formação do produto I, e oxidação, na formação do produto II. C isomerização (geométrica) seguida de outra isomerização (de posição), na formação do produto I, e redução, na formação do produto II. D isomerização (ótica) seguida de outra isomerização (de posi‑ ção), na formação do produto I, e isomerização (de função), na formação do produto II. E isomerização (geométrica) seguida de outra isomerização (de posição), na formação do produto I, e isomerização (de função), na formação do produto II.
QUESTÃO 133 Conteúdo: Reações de compostos orgânicos C7 | H25 Dificuldade: Difícil A reação de formação de trans-hex-2-enal (produto I) a partir de cis-hex-3-enal se dá por meio de duas etapas de isomerização. A primeira é a formação de trans-hex-3-enal, um isômero geométrico (cis-trans) do reagente de partida. O H3C
H3C
O
Em seguida, o trans-hex-3-enal se isomeriza novamente, formando o trans-hex-2-enal, seu isômero de posição: H3C
O
H3C
O
Já a formação de cis-hex-3-en-1-ol não é uma isomerização, uma vez que a fórmula molecular dessa substância (C6H12O) é distinta da fórmula do reagente de partida cis-hex-3-enal (C6H10O). A reação de transformação do aldeído (cis-hex-3-enal) em álcool (cis-hex-3-en-1-ol) é uma reação de redução, pois o número de oxidação do carbono ligado ao átomo de oxigênio vai de +1 no aldeído para –1 no álcool. A reação que ocorre é a seguinte: OH
O H3C
H3C
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QUESTÃO 134
QUESTÃO 135
Os carros híbridos já são realidade em ruas e avenidas. Esses automóveis funcionam com dois motores, um de combustão e outro elétrico, que permitem maior agilidade e economia. O modelo abaixo, um dos primeiros a chegar no Brasil, nem sequer precisa ser conectado a uma tomada. Com um sistema que captura energia durante as frenagens, garante autonomia com os dois motores trabalhando em conjunto. Quando as ba‑ terias estão com nível de carga muito baixo, o motor de com‑ bustão supre a necessidade para continuar em movimento.
MENOR GOTA DE ÁCIDO POSSÍVEL ILUMINA A QUÍMICA INTERESTELAR A menor gota de ácido possível de ser produzida e as reações químicas no meio interestelar. O que têm a ver entre si coisas aparentemente tão díspares [...]? Têm tudo a ver, segundo os pesquisadores alemães Martina Havenith e Dominik Marx. […] Para testar a teoria, eles usaram nanogotas de hélio su‑ prafluido, numa temperatura de –272,8 °C, como uma espécie de armadilha, onde foram enfiando as moléculas de água e cloreto de hidrogênio, uma a uma.
VADIM RODNEV/SHUTTERSTOCK.COM
[...] Menor gota de ácido possível ilumina a química interestelar. Inovação Tecnológica, 16 jul. 2009. Disponível em: <https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/ noticia.php?artigo=menor-gota-acido-possivel-ilumina-quimica-interestelar>. Acesso em: 05 nov. 2018.
Com a menor utilização dos motores de combustão devido ao caráter híbrido dos veículos, tem-se a ideia de que os im‑ pactos no meio ambiente sejam reduzidos com a tecnologia descrita acima, pois A o uso de carros híbridos trará maiores demandas e consumo de energia elétrica, o que aumentará o número de usinas geradoras de eletricidade por meio de fontes renováveis. B com a menor utilização de combustíveis como a gasolina, a necessidade de exploração do petróleo diminuiria, assim como as emissões de gases poluentes decorrentes dos veí culos de combustão. C como os dois motores do carro híbrido trabalham em con‑ junto, a emissão de gases poluentes por meio do motor de combustão também será dobrada. D o uso de carros híbridos trará menores demandas de consumo de energia elétrica, o que diminuirá o interesse pela ampliação do uso de eletricidade gerada por meio de fontes renováveis. E com o aumento da demanda por carros híbridos, o consumo de combustível fóssil se mantém, pois o excedente do motor de combustão se destina à geração de energia elétrica.
O estado suprafluido (ou superfluido) é um estado de agre‑ gação da matéria que se encontra sob uma temperatura mui‑ to baixa, assemelha-se a um líquido e possui propriedades bastante particulares, como viscosidade muito baixa e alta capacidade de transmissão de calor. No caso do suprafluido mencionado no texto, as forças intermoleculares que permi‑ tem a formação desse estado são as A dipolo induzido-dipolo induzido. B dipolo-dipolo. C ligações de hidrogênio. D ligações covalentes. E ligações iônicas.
QUESTÃO 135 Conteúdo: Forças intermoleculares C5 | H18 Dificuldade: Média O hélio é um gás nobre. Sendo assim, costumeiramente é um gás monoatômico que interage muito pouco com outros átomos ou moléculas. Em temperaturas extremamente baixas, próximas ao zero absoluto, como mostrado na reportagem, o hélio pode ser liquefeito e formar o superfluido. Seus átomos interagem entre si pelas forças intermoleculares mais fracas que existem, as forças de London ou dipolo induzido-dipolo induzido, já que os átomos de hélio são neutros, apolares e muito pouco polarizáveis, em razão de seu tamanho.
QUESTÃO 134 Conteúdo: Energia C1 | H4 Dificuldade: Média A tecnologia mencionada no texto faz uso da energia das frenagens para carregar as baterias. Ou seja, não é necessário carregar as baterias com a energia elétrica das residências ou postos. Desse modo, não é utilizado combustível fóssil para gerar energia elétrica, como afirma a alternativa e, nem aumento na demanda de usinas (alternativa a) ou a duplicação na emissão de gases poluentes (alternativa c). Ainda que essa tecnologia aumente a demanda por energia elétrica (ao contrário da alternativa d), permite que esta seja originária de diversas fontes e diminui a demanda por gasolina.
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 136 a 180 QUESTÃO 136 Um agrônomo deseja plantar determinada espécie vege‑ tal. Para demarcar a região mais adequada para o plantio, ele utiliza a técnica de locação de pontos em um plano cartesiano, que consiste em marcar um ponto inicial con‑ veniente e definir que cada unidade corresponde a 1 km na realidade.
QUESTÃO 138 Um estudo verificou que, dependendo da qualidade da ali‑ mentação dada a uma criança que tenha nascido com 3,5 kg, ela pode engordar 0,7 kg por mês, durante os nove primeiros meses de vida, e, após esse período, ela passa a engordar, durante os próximos 8 meses, 40% do que engordava em cada mês do período inicial. Com base nesse estudo e sabendo que a faixa ideal de massa de uma criança com 17 meses é de 10% para mais ou para menos, ao consultar um paciente de 17 meses, o pediatra de‑ verá esperar que a massa, em kg, dessa criança esteja entre
Nesse plano cartesiano, a região considerada adequada para o plantio foi definida pela inequação: x – 3y + 9 < 0.
A [9,92; 11,25]
Por condições geográficas, foram escolhidas cinco coorde‑ nadas como as possíveis para se iniciar o cultivo: A(15, 5); B(0, 5); C(4, –9); D(21, 10); E(9, –1).
C
A coordenada que poderia ser usada para iniciar o plantio é A A B B C C D D E E
QUESTÃO 136 Conteúdo: Lugar geométrico C5 | H21 Dificuldade: Média Testando-se cada um dos pontos na inequação, tem-se: A: 15 – 3 ∙ 5 + 9 = 9 (não poderá ser escolhido) B: 0 – 3 ∙ 5 + 9 = –6 (poderá ser escolhido) C: 4 – 3 ∙ (–9) + 9 = 40 (não poderá ser escolhido) D: 21 – 3 ∙ 10 + 9 = 0 (não poderá ser escolhido) E: 9 – 3 ∙ (–1) + 9 = 21 (não poderá ser escolhido)
QUESTÃO 137
B
D E
QUESTÃO 138 Conteúdo: Função definida em mais de uma sentença [9,75; 14,15] C4 | H15 Dificuldade: Média Considerando nove meses ganhando massa de 0,7 kg [8,29; 12,24] por mês, uma criança que nasceu com 3,5 kg terá a seguinte massa no 9o mês: 3,5 + 9 ∙ 0,7 = 9,8 kg [10,02; 12,96] Nos próximos oito meses, o ganho de massa será: 0,4 ∙ 0,7 = 0,28 kg [10,84; 13,24] Assim, no 17o mês: 9,8 + 8 ∙ 0,28 = 12,04 Com a variação esperada de 10% para mais ou para menos, tem-se: [0,9 ∙ 12,04; 1,1 ∙ 12,04] = [10,84; 13,24]
QUESTÃO 139
Para produzir um utensílio de cozinha em larga escala, uma empresa preparou um molde, composto de uma semicircun‑ ferência com raio medindo 8 cm e oito semicircunferências idênticas, de maneira que os diâmetros das semicircunferên‑ cias menores estejam perfeitamente distribuídos e ajustados ao diâmetro da semicircunferência maior.
A qualidade do serviço de um restaurante vem diminuindo ao longo do tempo. Esse fato foi detectado por meio das avaliações que os clientes realizaram em um site de gas‑ tronomia. Após manter a nota de seu restaurante estável por três anos, o gerente percebeu que ela começou a decrescer. No primei‑ ro mês, a nota caiu 10% em relação à que tinha até então. No segundo, caiu 10% sobre a avaliação recebida anterior‑ mente. No terceiro, caiu 15% sobre a avaliação recebida no segundo mês. Diante disso, o gerente pretende realizar uma ação para que a nota do restaurante suba no quarto mês, a ponto de voltar ao patamar em que estava antes das três quedas consecutivas. Para isso, ele reformulou o cardápio e elaborou novos planos de atendimento, para torná-lo mais eficiente. Para que o gerente obtenha o resultado desejado, a nota de avaliação no fim do quarto mês precisa subir aproximadamente A 45% QUESTÃO 137
Conteúdo: Porcentagem
B 38% C4 | H17 C 35% D 27% E 15%
Dificuldade: Média Sendo x a nota antes de iniciar as sucessivas quedas, tem-se que as notas do restaurante foram: 1o mês: 0,9x 2o mês: 0,9 ∙ 0,9x 3o mês: 0,85 ∙ 0,9 ∙ 0,9x = 0,6885x
Para que a nota volte a ser x, ela precisa ter um aumento de (q – 1)%; sendo assim: q ∙ 0,6885x = x h q 1 1,45 h h q = 145% Portanto, espera-se que a nota suba aproximadamente 45% em relação ao terceiro mês.
Todo o perímetro das oito semicircunferências deve ser reco‑ berto por uma fina camada plástica, ao custo de R$ 0,20 por centímetro linear, que permitirá a utilização do instrumento para cortes. A semicircunferência maior será recoberta por uma camada plástica especial, ao custo de R$ 0,25 por cen‑ tímetro linear, usada para que o utensílio não escorregue. Sabendo que o custo de cada peça sem o revestimento plás‑ tico é R$ 13,00, o custo total de cada um dos utensílios de cozinha para a empresa será (Dado: p = 3) QUESTÃO 139 A R$ 34,60 B R$ 30,25 C R$ 27,75 D R$ 23,80 E R$ 18,40
Conteúdo: Circunferência C2 | H8 Dificuldade: Média Cada uma das oito semicircunferências terá raio de 1 cm; portanto, o perímetro de todas elas será: P1 = 8 ∙ p ∙ 1 = 8p = 24 cm A semicircunferência de raio 8 cm terá o seguinte perímetro: P2 = p ∙ 8 = 24 cm Portanto, a peça custará: 13 + 24 ∙ 0,20 + 24 ∙ 0,25 = 23,8 Cada peça custará à empresa R$ 23,80.
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QUESTÃO 140
QUESTÃO 141
Em uma cidade foi sancionada uma lei que obriga a padroni‑ zação dos cones utilizados na sinalização de trânsito.
Francisco foi a uma loja de informática comprar um compu‑ tador novo. Ele fez uma comparação entre dois modelos e a única diferença observada foi em relação ao processador. O primeiro vinha equipado com um processador de 2,6 GHz de velocidade e custava R$ 3.700,00; o segundo custa‑ va R$ 3.500,00 e vinha equipado com um processador de 2,1 GHz.
Como já houve relatos de cones que caíam na rua com o vento, estipulou-se que a base circular do novo cone deveria estar inscrita em um hexágono regular de lado 12 cm. Outro fator que acabou trazendo transtorno à prefeitura é a altura desses sinalizadores – muitas pessoas alegaram que não viram os cones e se envolveram em acidentes –, portanto, estipulou-se que eles teriam 68 cm de altura. A empresa que será contratada para a produção dos novos cones cobra de acordo com a área total de cada cone. É cobrado R$ 0,01 por cm2 de PVC utilizado. A base do cone será vazada, mantendo-se o PVC da região interna entre o hexágono e a circunferência, conforme indica a figura.
Francisco rapidamente percebeu que a diferença de valor decorria da diferença de velocidade entre os processadores. Sendo assim, poderia calcular quanto custava cada MHz a mais de velocidade. Dessa forma, ele concluiu que cada MHz de velocidade do processador custava A R$ 4,25 B R$ 2,50 C R$ 0,40 D R$ 0,25 E R$ 0,04
QUESTÃO 141 Conteúdo: Proporção C3 | H10 Dificuldade: Fácil Como foi descrito, a única diferença entre os computadores era a velocidade de processamento. Com o aumento de 500 MHz, o computador passava a custar R$ 200,00 a mais. Portanto, cada 2,5 MHz custa 1 real, e 1 MHz custa R$ 0,40.
QUESTÃO 142 Para substituir 1 000 unidades de cones usando essas medidas, a prefeitura deverá destinar aproximadamente (Dados: p = 3, 3 = 1,7 e
4 732 = 68,8)
QUESTÃO 140 Conteúdo: Geometria espacial C2 | H9 Dificuldade: Difícil Como a circunferência da base do cone está inscrita em
A R$ 20.200,00 B R$ 21.500,00 C R$ 23.800,00 D R$ 27.900,00
um hexágono regular de lado 12 cm, o raio de sua base 12 3 = 6 3 cm. é: 2
E R$ 30.600,00
Sendo assim, a área de PVC que irá compor a base será:
(
)
2 122 3 − π ⋅ 6 3 = 367,2 − 324 = 43,2 cm2 4 Em seguida, deve-se determinar a geratriz do cone para calcular sua área lateral; assim:
AB = 6 ⋅
g
h
r
(
g2 = 682 + 6 3
)
2
⇒ g2 = 4 624 + 108 ⇒ g = 4 732 ⇒ g = 68,8 cm
Portanto, a área lateral do cone vale:
Para comprar um carro usado no valor de R$ 30.000,00, sem pagar juros, Renato resolveu guardar dinheiro. Atualmente ele tem R$ 3.000,00. A intenção de Renato é guardar dinheiro todo mês, ao longo de cinco anos. Na primeira metade desse período, ele es‑ tipulou que vai reservar mensalmente metade do valor que pretende reservar mensalmente na outra metade. Após elaborar seu plano de economia, Renato precisou cal‑ cular o valor mensal das parcelas que pretendia guardar, con‑ cluindo que, na segunda metade do período, elas seriam de A R$ 600,00 B R$ 550,00 C R$ 500,00 D R$ 450,00 E R$ 400,00
QUESTÃO 142 Conteúdo: Equações do 1o grau C1 | H3 Dificuldade: Fácil Se a economia será feita em cinco anos, ou seja, 60 meses, durante 30 meses ele guardará x reais e nos próximos 30 meses, 2x reais. Dessa maneira: 30x + 30 ∙ 2x + 3.000 = 30.000 h 90x = 27.000 h x = 300 Portanto, se x = 300, 2x = 600. A parcela mensal desse segundo período será de R$ 600,00.
AL = π ⋅ 6 3 ⋅ 68,8 = 2 105,28 cm2 Sendo assim, a área total de PVC é 2 105,28 + 43,2 1 2 148,48 cm2 Considerando que é cobrado R$ 0,01 por cm2 de PVC, cada cone custará R$ 21,48. Para comprar 1 000 unidades, a prefeitura gastará R$ 21.480,00.
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QUESTÃO 143
QUESTÃO 144
Um operador de máquinas de determinada empresa pode escolher trabalhar em dois regimes diferentes, descritos a seguir:
Um engenheiro agrônomo foi contratado para indicar a divisão de área correta para um canteiro onde se pretende cultivar dois tipos de plantas ornamentais.
I) Trabalhar 3 dias seguidos e descansar 2 dias, recebendo R$ 400,00 por esse período de 5 dias.
Após o engenheiro tomar conhecimento de quais seriam as espécies a serem plantadas, espécies 1 e 2, indicou que 48 m2 do canteiro deveriam ser reservados ao cultivo de uma terceira espécie, que ajudaria na contenção de pragas e au‑ mentaria a produção das outras duas desejadas.
II) Trabalhar 2 dias seguidos e descansar 1 dia, recebendo R$ 220,00 por esse período de 3 dias. Ao longo de um mês com 30 dias, ele só pode optar por um desses regimes de jornada. Se tiver a intenção de receber o máximo possível por esses 30 dias de trabalho, esse operador deverá optar pelo regime A I, pois receberá R$ 400,00 a mais que no regime II. B I, pois receberá R$ 300,00 a mais que no regime II. C I, pois receberá R$ 200,00 a mais que no regime II. D II, pois receberá R$ 250,00 a mais que no regime I. E II, pois receberá R$ 350,00 a mais que no regime I.
Em seguida, ele determinou que a espécie 1 deveria ser culti‑ vada em uma área equivalente a 60% do total do canteiro e a espécie 2, em uma área equivalente a 80% da área restante. A expectativa desse engenheiro é que a espécie 1, plantada na maior porção do canteiro, produza 12 mudas por m2, e a espécie 2, 15 mudas por m2. Se todas as suas expectativas forem consumadas, espera-se que a produção das espécies 1 e 2 nesse canteiro seja de A 9 000 mudas. B 8 600 mudas.
QUESTÃO 143 Conteúdo: Divisibilidade C4 | H18 Dificuldade: Média Se escolher o regime I, o trabalhador só poderá realizá-lo seis vezes ao longo de 30 dias, recebendo 6 ∙ 400 = R$ 2.400,00. Se escolher o regime II, porém, poderá realizá-lo dez vezes ao longo de 30 dias, recebendo 10 ∙ 220 = R$ 2.200,00. Portanto, é mais rentável o regime de trabalho I, que aumenta em R$ 200,00 seus rendimentos, se comparado com o regime II.
C 7 850 mudas. D 7 200 mudas. E 5 400 mudas.
QUESTÃO 144 Conteúdo: Áreas C3 | H14 Dificuldade: Difícil Pela divisão do enunciado, pode-se construir a seguinte representação para um terreno de área x:
60% de 40% de x 60% de x
48 m2
Dessa maneira, tem-se que: 0,2 ∙ 0,4 ∙ x = 48 h x = 600 m2 Portanto, a maior área terá 360 m2 e produzirá 12 ∙ 360 = 4 320 mudas; a segunda área terá 192 m2 e produzirá 15 ∙ 192 = 2 880 mudas, totalizando 7 200 mudas.
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QUESTÃO 145
QUESTÃO 146
Durante um treinamento de uma brigada de incêndio, vários procedimentos e orientações são passados aos brigadistas.
Em um jogo de futebol americano existem pontuações que valem 1, 2, 3 e 6 pontos. Cada pontuação é associada a um tipo de jogada diferente, e a mais famosa é o touchdown.
Entre as informações compartilhadas no treinamento foi cita‑ do que, no plano de evacuação de um prédio, a expectativa é de que nos primeiros 5 minutos saiam do prédio 60 pessoas por minuto e, após esse tempo, a evacuação de pessoas con‑ tinue constante. Esses dados poderiam ser representados por uma reta em um gráfico, como mostrado a seguir. Pessoas no interior do prédio 800 600 400 200 0
2
4
6
8 10 Tempo (minutos)
O plano de evacuação apresentado no treinamento pode ser utilizado em um prédio com um número máximo de pessoas. Outro fator importante a ser mencionado é a quantidade média de pessoas que evacuam o prédio por minuto. Essa quantidade é equivalente a A 12 pessoas por minuto.
A partida de futebol americano é dividida em quatro períodos, ou seja, 4 quartos de 15 minutos cada um, podendo haver prorrogação em caso de empate. O gráfico a seguir representa a pontuação dos times em cada um dos quartos da partida. 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Primeiro
Segundo
Terceiro
Time A
Quarto
Time B
Um torcedor que não conseguiu acompanhar o jogo, ao entrar em um site de esportes, encontrou o gráfico anterior. Com es‑ sas informações, ele pôde concluir que o resultado do jogo foi
B 60 pessoas por minuto.
A 14 a 7 para o time B.
C 105 pessoas por minuto.
B 14 a 7 para o time A.
D 125 pessoas por minuto.
C 44 a 34 para o time A.
E 150 pessoas por minuto.
D 44 a 34 para o time B. E 34 a 31 para o time A.
QUESTÃO 145 Conteúdo: Função afim C6 | H26 Dificuldade: Média Como nos 5 primeiros minutos saem do prédio 60 pessoas por minuto, no total sairão 300 pessoas. O gráfico que representa a quantidade de pessoas após os 5 minutos é uma reta que passa por (6, 600) e por (10, 0). Portanto, sua equação será: f(6) = 600 h 6a + b = 600 f(10) = 0 h 10a + b = 0 –4a = 600 h a = –150 e b = 1 500 A função tratada é f(x) = –150x + 1 500; dessa maneira, a quantidade de pessoas que ainda estavam no prédio após 5 minutos de evacuação era: f(5) = –150 ∙ 5 + 1 500 = 750 Como inicialmente saíram 300 pessoas e depois mais 750, tem-se um total de 1 050 pessoas saindo do prédio em 10 min, média de 105 pessoas por minuto.
QUESTÃO 146 Conteúdo: Análise de gráficos C6 | H24 Dificuldade: Fácil As pontuações do time A foram: 10 + 3 + 14 + 7 = 34 As pontuações do time B foram: 7 + 9 + 14 + 14 = 44 Portanto, o jogo ficou 44 a 34 para o time B.
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QUESTÃO 147
QUESTÃO 148
Para incentivar clientes a investirem seu dinheiro em deter‑ minado tipo de ação, uma corretora está propondo que a taxa de administração seja decrescente. No primeiro mês o cliente deverá pagar R$ 55,00 de taxa e esse valor diminuirá ao longo do tempo. Para determinado grupo, considerou-se uma redução de 1% a cada mês.
Ao preparar alimentos em nível industrial é necessário seguir rigidamente as regras impostas pelos desenvolvedores do ali‑ mento, evitando, assim, modificações de sabores, textura etc. A tabela a seguir indica a quantidade de três substâncias estabilizantes que devem ser adicionadas a determinado alimento.
Carolina está querendo investir sob essas condições, mas está insegura sobre a taxa de administração total que vai pagar. Para tomar sua decisão ela consultou a seguinte tabela:
Situação
Somatório das taxas de administração ao longo do investimento
Condição pós ‑avaliação
A
Até R$ 5.000,00
Muito barata
B
Entre R$ 5.000,01 e R$ 6.000,00
Barata
C
Entre R$ 6.000,01 e R$ 7.000,00
Média
D
Entre R$ 7.000,01 e R$ 8.000,00
Cara
E
Acima de R$ 8.000,01 ou Inapropriada crescerá infinitamente
Com base nas informações sobre a taxa de administração e na tabela, a sua condição pós-avaliação é A muito barata. B barata. C média. D cara. E inapropriada.
QUESTÃO 147 Conteúdo: Progressão geométrica C1 | H2 Dificuldade: Média Pelas condições da taxa de administração, tem-se uma PG de razão 0,99 com primeiro termo 55. Assim, a soma dos infinitos termos dessa PG será: 55 55 = = 5 500 1− 0,99 0,01 Portanto, a taxa de administração é considerada barata. S∞ =
Substâncias estabilizantes
A cada dúzia de ovos
A cada 200 g de farinha
A
0,25 g
0,20 g
B
0,32 g
0,50 g
C
0,10 g
0,15 g
Ao preparar um lote de um bolo, a indústria usará, entre outros ingredientes, 1 200 ovos e 150 kg de farinha. As substâncias estabilizantes são exclusivamente as citadas. Na embalagem de cada bolo deverá constar a massa média de substâncias estabilizantes que contém a cada 100 g de produto. Dessa forma, se o lote de bolo tiver massa total de 250 kg, a embalagem deverá conter a informação de que foi usado A 0,2818 g de substâncias estabilizantes para cada 100 g de bolo. B 0,3255 g de substâncias estabilizantes para cada 100 g de bolo. C 0,3285 g de substâncias estabilizantes para cada 100 g de bolo. D 0,422 g de substâncias estabilizantes para cada 100 g de bolo. E 0,502 g de substâncias estabilizantes para cada 100 g de bolo.
QUESTÃO 148 Conteúdo: Proporção C3 | H12 Dificuldade: Média A cada dúzia de ovos é usado 0,67 g (0,25 + 0,32 + 0,10) de substâncias estabilizantes. Como foram usados 1 200 ovos, tem-se 100 dúzias. O total de substâncias estabilizantes para as 100 dúzias de ovos é 67 g. Em 150 kg de farinha, há um total de 750 unidades de 200 g. O total de substâncias estabilizantes que deverá ser adicionado a cada 200 g de farinha é de 0,85 g (0,20 + 0,50 + 0,15), obtendo-se um total de 637,5 g de substâncias estabilizantes, relativo à farinha, em 250 kg de bolo. Em 250 kg de bolo tem-se 67 g + 637,5 g = 704,5 g de estabilizantes. Portanto, a cada 100 g de bolo, tem-se x gramas de substâncias estabilizantes: 704,5 250 000 = ⇒ x = 0,2818 g x 100 Assim, 0,2818 g de substâncias estabilizantes para cada 100 g de bolo.
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QUESTÃO 149
QUESTÃO 150
O cartão a seguir é utilizado em um jogo de tabuleiro do tipo RPG (role‑playing game):
Em uma loja de armarinhos existem miçangas de diferentes cores e formatos. Um dos fornecedores de miçangas passou a identificar seus tamanhos de acordo com seu raio maior 10 11 5 10 9 utilizando as medidas mm; mm; mm; mm e mm. 7 8 2 9 5 Para padronizar a exposição das miçangas, as funcionárias da loja devem separá-las por cores e tamanhos, e os ta‑ manhos devem ser organizados de maneira crescente, da esquerda para a direita. Ao expor as miçangas em ordem crescente, a disposição dos tamanhos deverá ser
Para se produzir os cartões, cada uma de suas regiões é preenchida com uma cor; regiões que fazem “fronteira” nunca são pintadas da mesma cor. As cores escolhidas para preencher os cartões são verde, azul, vermelha e amarela. Cada composição de cores representa um personagem no jogo. Pelas regras, todos os personagens devem ser utilizados e cada um dos jogadores deverá controlar o mesmo número de personagens. A quantidade mínima de personagens por jogador é 2 e a máxima é 16. Dessa maneira, nas instruções do jogo deve constar que a quantidade de configurações diferentes de jogadores que ele pode ter é A 48 B 24 C 18 D 6
A B C D E
10 10 9 11 5 mm; mm; mm; mm e mm 9 7 5 8 2 5 11 10 10 9 mm; mm; mm; mm e mm 2 8 9 7 5 10 11 5 10 9 mm; mm; mm; mm e mm 7 8 2 9 5 5 9 10 10 11 mm; mm; mm; mm e mm 2 5 7 9 8 10 11 10 9 5 mm; mm; mm; mm; e mm 9 8 7 5 2
QUESTÃO 150 Conteúdo: Números racionais C1 | H1 Dificuldade: Fácil Escrevendo cada uma das frações na forma decimal, tem-se: 10 11 5 10 9 1,43mm; 1,38 mm; = 2,5 mm; 1,11mm e = 1,8 mm 8 2 9 5 7 Portanto, a ordem crescente será: 10 11 10 9 5 mm; mm; mm; mm; e mm 9 8 7 5 2
E 4
QUESTÃO 149 Conteúdo: Análise combinatória C1 | H5 Dificuldade: Fácil Tomando-se uma das casas como referência, tem-se a seguinte configuração de cores: 4
2
3
2
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 2 = 48 Portanto, são 48 configurações diferentes. Os divisores de 48 são 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16, 24, 48. Para cada jogador controlar no mínimo 2 personagens, a possibilidade de 48 jogadores está excluída. Para cada jogador controlar no máximo 16 personagens, as possibilidades de 1, 2 e 24 jogadores está excluída. Assim, restam as possibilidades: 3, 4, 6, 8, 12 e 16.
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QUESTÃO 151 Na gestão de um hospital há vários desafios e problemas a serem enfrentados, a começar pelos diagnósticos errados. Em um estudo de gestão hospitalar, os diagnósticos foram divididos em duas classes: I) Dar alta a um paciente que realmente precisa de atendimento médico. II) Medicar um paciente que está plenamente saudável. Ao realizar uma coleta de dados em seus arquivos, a equipe de gestão de um hospital conseguiu as seguintes informações:
Sexo
Recebeu alta indevidamente
Atendimentos
Recebeu alta corretamente (sem ser submetido a tratamento)
Recebeu tratamento corretamente
Masculino
2 500
20
120
2 200
Feminino
2 800
50
80
2 450
Todos os pacientes atendidos nesse hospital ou recebem alta ou são tratados. Portanto, nesse hospital, o índice de pacientes que foram tratados indevidamente é A 7,2% B 8,3% C 9,1% D 11,3% E 12,7%
QUESTÃO 151 Conteúdo: Probabilidade C7 | H29 Dificuldade: Média Para determinar o número de pacientes que sofreram tratamento indevidamente, tem-se: Masculino: 2 500 – 20 – 120 – 2 200 = 160 Feminino: 2 800 – 50 – 80 – 2 450 = 220 Como 380 pacientes receberam tratamento indevidamente, tem-se que: 160 + 220 = 7,2% 5 300
QUESTÃO 152 Para tratar a água que está em um reservatório, os técnicos precisam obter alguns dados, como a quantidade de água no reservatório e a quantidade de matéria orgânica dissolvida na água. Inicialmente, verificou-se que o reservatório tem a forma que lembra um paralelepípedo, com medidas internas de 12 m × 15 m × 8 m, e que estava com 90% de sua capacidade total. Após isso, verificou-se que a média de matéria orgânica dissolvida na água era de 0,12 mg/mL. Com esses dados, o volume de água, em litros, e a massa de matéria orgânica, em kg, com que devem trabalhar, são, res‑ pectivamente A 1 440 000 L e 172,80 kg. B 1 296 000 L e 155,52 kg. C 14 400 000 L e 1 555,20 kg. D 129 600 L e 15,552 kg. E 1 440 L e 1,728 kg.
QUESTÃO 152 Conteúdo: Unidades de medida C3 | H13 Dificuldade: Média Como cada litro corresponde a 1 dm3, deve-se transformar as dimensões do reservatório para dm. Portanto, seu volume será V = 0,9 ∙ 120 ∙ 150 ∙ 80 = 1 296 000 L. A massa de matéria orgânica dissolvida é de 0,12 mg/mL, ou seja, 0,12 g/L. Assim, 0,12 ∙ 1 296 000 = 155 520 g = 155,52 kg.
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QUESTÃO 153
QUESTÃO 154
No setor de eletrônicos de um supermercado existem 6 luga‑ res vagos para a exposição de televisores. Nesses lugares sempre são expostos todos os televisores que estão em pro‑ moção e somente eles. No momento em que um expositor vai começar seu trabalho, percebe que existem apenas quatro modelos de televisor em promoção, portanto, pelo menos um televisor terá de ser exposto no mínimo duas vezes.
Para avaliar a satisfação das pessoas que participam de um evento, será pedido aos participantes que respondam a um questionário sobre alguns fatores que consideram im‑ portantes no atendimento. A expectativa é de que o número de avaliações ótimas e boas seja maior que 80% das ava‑ liações respondidas.
Um pouco confuso, o promotor faz um rascunho de todas as possibilidades que tem para realizar a distribuição. A mu‑ dança da ordem de exposição é irrelevante, o que difere uma distribuição da outra é a quantidade e os modelos de televisores repetidos.
Ao promover um almoço em prol de uma instituição de ca‑ ridade, foi realizada a pesquisa, e o resultado foi composto em um gráfico: 180 155
Se o promotor conseguiu atingir o objetivo, a quantidade de possibilidades de distribuição que ele rascunhou foi
80
A C4,3 + C4,2 B C6,4
20
C A4,3 + A4,2 D A6,4
Ótimo
E P6 – A6,4 QUESTÃO 153 Conteúdo: Análise combinatória C1 | H5 Dificuldade: Difícil São quatro modelos de televisores e todos deverão aparecer na distribuição. Expondo-se um mesmo televisor três vezes, tem-se: Modelo 1
Modelo 2
Modelo 3
Modelo 4
3
1
1
1
1
3
1
1
1
1
3
1
1
1
1
3
Agora com dois dos modelos sendo expostos por duas vezes: Modelo 1
Modelo 2
Modelo 3
Modelo 4
2
2
1
1
2
1
2
1
2
1
1
2
1
2
2
1
1
2
1
2
1
1
2
2
Ou seja: C4,3 + C4,2
Bom
Regular
Ruim
40
Não soube ou não quis responder
São consideradas avaliações válidas as pessoas que re‑ almente opinaram sobre o serviço. Caso a expectativa de qualidade não seja atingida, a empresa pretende reestruturar sua equipe. Após a análise dos dados anteriores, a empresa A deverá reestruturar a equipe, pois a expectativa de qualidade ficou abaixo de 50%. B deverá reestruturar a equipe, pois a expectativa de qualidade ficou entre 51% e 60%. C deverá reestruturar a equipe, pois a expectativa de qualidade ficou entre 70% e 79%. D não deverá reestruturar a equipe, pois a expectativa de qualidade ficou entre 81% e 90%. E não deverá reestruturar a equipe, pois a expectativa de qualidade ficou acima de 90%.
QUESTÃO 154 Conteúdo: Análise de gráfico C1 | H4 Dificuldade: Média Pelo gráfico, a quantidade de pessoas que avaliaram como ótimo ou bom foi 335 (180 + 155), em um total de avaliações válidas de 435 (180 + 155 + 80 + 20). Logo: 335 77% 435 Assim, a equipe deverá ser reestruturada, pois a expectativa de qualidade ficou entre 70% e 79%.
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QUESTÃO 155
QUESTÃO 156
Um zootecnista foi contratado para fazer uma readaptação de uma reserva ambiental. Ele cobra por serviço prestado e o valor é R$ 0,30 por espécime trabalhado para a reserva, independentemente de os espécimes já estarem lá ou de deverem ser inseridos.
Em um show de música, o ingresso que custava R$ 25,00 poderia ser substituído pela doação de no mínimo 3 kg de alimento não perecível.
Após realizar o estudo sobre a reserva, o zootecnista desco‑ briu que a média de presas por predadores era de 40 espé‑ cimes. Segundo pesquisas anteriores realizadas na região onde fica a reserva, o ideal seria ter 30 presas por predador. Dessa maneira, o zootecnista solicitou que fossem inseridos na reserva ambiental 10 presas e 300 predadores, pois assim a média entre presas e predadores chegaria ao número ideal. Após o término do trabalho, o zootecnista deverá cobrar pelo serviço relacionado a essas presas e predadores o valor de A R$ 11.057,70 B R$ 11.088,20
Vítor preferiu adquirir o ingresso com a doação de alimentos, mas não quer gastar além do valor que poderia ter sido pago em dinheiro. Ao chegar ao mercado decidiu que compraria apenas um tipo de alimento entre as seguintes opções: • O pacote com 750 g de macarrão custa R$ 4,50. • O pacote com 600 g de feijão custa R$ 4,25. • O pacote com 1 900 g de arroz custa R$ 10,20.
A escolha de Vítor será baseada em doar a maior quantidade de alimento, mas sem ultrapassar o preço estipulado pelo ingresso em dinheiro. Dessa maneira, ele deverá escolher comprar
C R$ 11.150,70
A 3 pacotes de arroz.
D R$ 11.230,20
B 5 pacotes de macarrão.
E R$ 11.450,30
C 5 pacotes de feijão. D 2 pacotes de arroz.
QUESTÃO 155 Conteúdo: Médias de tendência central C7 | H30 Dificuldade: Difícil Considerando-se x presas e y predadores, tem-se: x = 40 ⇒ x = 40y (I) y Após a inserção de novos elementos na reserva ambiental, tem-se x + 10 e y + 300. Assim: x + 10 = 30 ⇒ x + 10 = 30(y + 300) (II) y + 300 Substituindo-se (I) em (II): 40y + 10 = 30y + 9 000 h 10y = 8 990 h y = 899 e x = 35 960 Portanto, o total de espécimes em questão será: 899 + 35 960 + 10 + 300 = 37 169 O custo total será R$ 11.150,70.
E 6 pacotes de feijão.
QUESTÃO 156 Conteúdo: Proporção C4 | H16 Dificuldade: Média
25 5 = 5 + . Portanto, com 4,5 9 cinco pacotes de macarrão, gastam-se R$ 22,50 e doam-se 3 750 g de macarrão. Comprando pacotes de macarrão, tem-se no máximo
25 15 = 5 + . Portanto, com 4,25 17 cinco pacotes de feijão, gastam-se R$ 21,25 e doam-se 3 000 g de feijão.
Comprando pacotes de feijão, tem-se no máximo
25 23 = 2 + . Portanto, com 10,2 51 dois pacotes de arroz, gastam-se R$ 20,40 e doam-se 3 800 g de arroz, sendo esta
Comprando pacotes de arroz, tem-se no máximo
a melhor opção para Vítor.
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QUESTÃO 157
QUESTÃO 158
Um engenheiro de produção foi contratado para encontrar uma expressão que determina a eficiência de certo maqui‑ nário em uma empresa. Ele sabe que a expressão a seguir é utilizada para os casos gerais:
O consumo indiscriminado de antibióticos pode causar um surto de doenças que se tornam incontroláveis. Assim, os laboratórios farmacêuticos controlam rigorosamente o tempo de uso de seus medicamentos.
1 (at + 2b t + ct2 ) 100 em que t é o tempo, em minutos, que a produção leva no intervalo 0 < t < 10; a, b e c são parâmetros definidos pelo maquinário utilizado e E, a eficiência do processo.
Para uma síndrome bacteriana mais complexa de ser curada, a expectativa de um laboratório farmacêutico é que a taxa de resistência da bactéria a essa medicação varie ao longo do tempo segundo a função quadrática expressa pelo gráfico:
O engenheiro, pensando em facilitar ainda mais a medição de eficiência, propôs encontrar constantes numéricas para os parâmetros. Para isso, ele fez algumas simulações e cons‑ tatou que:
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10
E(t) =
• quando a produção leva 1 minuto, a sua eficiência é de 7%; • quando a produção leva 4 minutos, a sua eficiência é de 20%; • quando a produção leva 9 minutos, a sua eficiência é de 39%.
Considerando os dados da simulação, a expressão que mede a eficiência do maquinário e em que os parâmetros são cons‑ tantes numéricas é
0
Resistência
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Tempo (meses)
A E(t) =
3t + 4 t 100
Estudos mostram que antes de cinco meses de tratamento a taxa de resistência não pode ser mensurada.
B E(t) =
3t + 2 t − t2 100
C E(t) =
4t + 3 t 100
O decréscimo da resistência da bactéria acontece após o 10o mês de administração. A indicação de uso do antibiótico será até o momento em que a resistência bacteriana atingir 0.
4t + 4 t + 7t2 D E(t) = 100 E E(t) =
2t + 5 t + t2 100
QUESTÃO 157 Conteúdo: Sistema linear C5 | H19 Dificuldade: Difícil Pelos dados do enunciado: E(1) = 0,07 h E(1) = E(4) = 0,2 h E(4) =
1 7 (a + 2b + c) = ⇒ a + 2b + c = 7; 100 100
1 20 (4a + 4b + 16c) = ⇒ a + b + 4c = 5 100 100
1 39 (9a + 6b + 81c) = ⇒ 3a + 2b − 27c = 13 100 100 Resolvendo-se o sistema: E(9) = 0,39 h E(9) =
a + 2b + c = 7 ⇒ a = 3; b = 2 e c = 0 a + b + 4c = 5 3a + 2b − 27c = 13 Ficando a expressão: 3t + 4 t E(t) = 100
Considerando meses de 30 dias e sabendo que o início da medicação se dá no 1o dia do mês 0, o tempo de uso que o laboratório deverá sugerir para esse medicamento é de (Dados: 2 = 1,42 e
3 = 1,73 )
A 17 meses. B 17 meses e 1 dia. C 17 meses e 3 dias. D 17 meses e 9 dias. E 17 meses e 15 dias.
QUESTÃO 158 Conteúdo: Função quadrática C5 | H20 Dificuldade: Difícil Como a função é quadrática, tem-se f(x) = ax2 + bx + c, com: I) f(5) = f(15) = 40 II) f(10) = 80 De (I) e (II), tem-se: f(5) = a ∙ 25 + b ∙ 5 + c = 40 h 25a + 5b + c = 40 f(15) = a ∙ 225 + b ∙ 15 + c = 40 h 225a + 15b + c = 40 f(10) = a ∙ 100 + b ∙ 10 + c = 80 h 100a + 10b + c = 80 a = –1,6; b = 32 e c = –80 Portanto, f(x) = –1,6x2 + 32x – 80. Determinado as raízes dessa função: –1,6x2 + 32x – 80 = 0 h h x 1 = 10 − 5 2 = 2,9 (não convém) ou x 2 = 10 + 5 2 = 17,1 17,1 meses equivalem a 17 meses e 3 dias.
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QUESTÃO 159
QUESTÃO 161
Durante uma observação, astrônomos encontraram um plane‑ ta em que as possibilidades para a vida existir são grandes. Um dos fatores considerados para que um planeta tenha vida é possuir uma órbita praticamente circular. Por meio de um programa de computador, foi possível verificar que, em um plano cartesiano adequado, a órbita desse planeta pas‑ sava pelos pontos diametralmente opostos (–3, 5) e (9, –11). Considera-se que, para que a órbita desse planeta seja perfei‑ tamente circular, o seu sol deve ser equidistante de qualquer um dos pontos da órbita.
O dono de uma casa de shows avalia o número de ingressos vendidos semanalmente. Sempre que o estabelecimento tem aumento de público por duas semanas consecutivas, ele au‑ menta o preço do ingresso em 10% para a semana seguinte. O preço do ingresso nunca abaixa. Caso o público tenha aumentado por duas semanas seguidas, a cada semana que o público continuar aumentando, o ingresso sofrerá um acréscimo de R$ 1,00.
Supondo que a órbita do planeta encontrado seja perfeita‑ mente circular, o raio da órbita do planeta será (Dado: todas as medidas foram determinadas em unidades astronômicas – U.A.)
D 15 U.A.
QUESTÃO 159 Conteúdo: Geometria analítica C5 | H22 Dificuldade: Média Como os pontos são diametralmente opostos, a distância entre eles determinará o diâmetro da circunferência descrita pela órbita. Dessa maneira:
E 25 U.A.
d = (−3 − 9) + (5 + 11) ⇒ d = 144 + 256 ⇒ d = 20 U.A.
A 20 U.A. B 10 U.A. C 30 U.A.
2
Uma banda tem o preço mínimo de seu ingresso estipulado em R$ 50,00 e pretende tocar nessa casa de shows exata‑ mente na semana em que o preço do ingresso estiver pela primeira vez em mais de R$ 50,00. Por meio da análise de dados anteriores em relação aos mesmos shows, pode-se concluir que o público esperado para as próximas semanas será o mostrado no gráfico a seguir: 145
144
146
146 139
141 135
131 122
2
126
143
125 121
120
Em um modelo de aplicação financeira, o valor aplicado só poderá ser resgatado após 50 meses de investimento. Silvana tem R$ 30.000,00 para aplicar e está avaliando se deve ou não investir seu dinheiro nesse modelo. Ela acha que valerá a pena se os juros totais da aplicação forem maiores que 50% do valor aplicado. Para esse modelo de aplicação, o montante P após um tempo t de aplicação de um valor P0 é dado pela relação: t 100
P(t) = 1,02 ⋅ P0 ⋅ e
, em que e é o número de Neper.
Após avaliar o modelo de aplicação, Silvana decidiu que (Dado: ln 1,65 = 0,5) A não deverá efetuar a aplicação, pois conseguirá um montante inferior a R$ 40.000,00. B não deverá efetuar a aplicação, pois conseguirá um montante inferior a R$ 45.000,00 e superior a R$ 40.000,00. C deverá efetuar a aplicação, pois conseguirá um montante superior a R$ 45.000,00 e inferior a R$ 50.000,00. D deverá efetuar a aplicação, pois conseguirá um montante superior a R$ 50.000,00 e inferior a R$ 55.000,00. E deverá efetuar a aplicação, pois conseguirá um montante superior a R$ 55.000,00 e inferior a R$ 60.000,00.
Se
QUESTÃO 160
m a Se na m 1 an Se a 2 m an Se a 3 m a Se na m 4 an Se a 5 m an Se a 6 m a Se na m 7 an Se a 8 m a Se na 9 m an Se a 1 0 m an Se a 1 1 m an Se a 1 2 m an Se a 1 m 3 an a 14
Logo, o raio da órbita do planeta será de 10 U.A.
Se, na semana 1, o valor do ingresso era R$ 42,00, a banda mencionada deverá se preparar para tocar nessa casa de shows na semana A 7 B 9 C 11 D 12 E 14 QUESTÃO 160 Conteúdo: Logaritmo C5 | H23 Dificuldade: Média Se Silvana aplicar no modelo proposto, terá: P(50) = 1,02 ∙ 30 000 ∙ e0,5 Como ln 1,65 = 0,5, tem-se que: e0,5 = 1,65 Dessa maneira: P(50) = 1,02 ∙ 30 000 ∙ 1,65 = 50 490 Portanto, vale a pena o investimento. QUESTÃO 161 Conteúdo: Gráficos C6 | H25 Dificuldade: Média Da semana 4 para a semana 5, houve aumento de público, assim como da semana 5 para a 6. Logo, o ingresso na semana seguinte irá para R$ 46,20. Da semana 6 para a semana 7, houve aumento de público novamente; então, o valor do ingresso irá para R$ 47,20. Da semana 8 para a semana 9, houve aumento de público, assim como da semana 9 para a 10. Logo, o ingresso na semana seguinte irá para R$ 51,92. Portanto, na semana 11 o ingresso estará custando mais de R$ 50,00 pela primeira vez e nessa semana a banda vai tocar.
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QUESTÃO 162
QUESTÃO 164
Para incentivar a educação no trânsito e ajudar a controlá-lo, a prefeitura de uma cidade iniciou uma campanha de cons‑ cientização. A proposta dessa campanha é dar desconto de 10% sobre o valor cobrado por um imposto municipal sobre os veículos se, de um semestre para outro, a quantidade média de multas por veículo diminuir.
Para escolher o adubo que mais se adapta a determinada espécie de vegetal, um laboratório verificou o crescimento em algumas amostras que serviram de teste.
No primeiro semestre de 2018, a quantidade média de multas por veículo desse município foi de 0,4; no segundo semestre, foi de 0,32. Para surpresa da prefeitura, a quantidade de multas aplicadas foi exatamente a mesma, mas como a frota de veículos cresceu, a média de multas por veículo diminuiu. Se o valor do imposto municipal sobre veículo em 2018 foi R$ 150,00, o valor que deve ser arrecadado com o impos‑ to em 2019, após aplicação do desconto prometido, será equivalente a A 90% do imposto arrecadado em 2018. B 95% do imposto arrecadado em 2018. C 32% do imposto arrecadado em 2018. D 125% do imposto arrecadado em 2018. E 112,5% do imposto arrecadado em 2018.
Após a aplicação do adubo, o crescimento dos vegetais foi distribuído desta maneira: Cresceram 0,8 cm Cresceram 0,7 cm Cresceram 0,6 cm Cresceram 0,5 cm Cresceram 0,4 cm Cresceram 0,3 cm 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
Quantidade de indivíduos
Em razão de uma norma técnica, após o experimento ser realizado, a taxa de crescimento que deve ser divulgada é numericamente igual à mediana dos dados conseguidos. Portanto, ao se divulgar o crescimento promovido por esse adubo para o vegetal em questão, deve-se expor a seguinte informação
QUESTÃO 163
A Promove crescimento de 0,8 cm.
Quando uma empresa recebe uma encomenda de insumos, o funcionário do almoxarifado é instruído a abrir a caixa e verificar se os produtos estão íntegros ou danificados.
B Promove crescimento de 0,55 cm.
Em um mês em que ocorreram muitas entregas, a orientação foi mudada. O funcionário deveria abrir a caixa, verificar, de maneira aleatória, apenas três dos produtos contidos na cai‑ xa e, caso ao menos um deles apresentasse defeito, a caixa deveria ser devolvida ao remetente. Com o grande número de caixas verificadas, constatou-se que a chance de uma caixa ser devolvida era de 27,1%. Todos os produtos recebidos são idênticos e provenientes de um mesmo fabricante. De posse desses dados, a empresa pôde determinar que a chance de um desses produtos apresentar defeito é de A 30% B 27,1% C 15,5% D 10% E 9,03%
QUESTÃO 163 Conteúdo: Probabilidade C7 | H28 Dificuldade: Fácil Sendo x% a chance de um produto não apresentar defeito, a caixa será devolvida ao remetente apenas nos casos em que pelo menos um, entre os três escolhidos, apresentar defeito. Logo, ela será devolvida em: 1 – x3 = 0,271 h x3 = 0,729 h x = 0,9 Portanto, a chance de um produto apresentar defeito é de 10%.
C Promove crescimento de 0,6 cm. D Promove crescimento de 0,65 cm. E Promove crescimento de 0,614 cm. QUESTÃO 162 Conteúdo: Médias C7 | H27 Dificuldade: Difícil Considerando-se uma frota de v veículos e uma quantidade m de multas aplicadas no primeiro semestre de 2018, tem-se: m = 0,4 ⇒ m = 0,4v v Como a frota de veículos aumentou no segundo semestre, considerando que a quantidade passe de v para v1, tem-se: m = 0,32 ⇒ m = 0,32v 1 v1 Um aumento de: 0,4v 0,32v 1 = 0,4v ⇒ v 1 = ⇒ v 1 = 1,25v 0,32 Se em 2018 foram arrecadados 150v reais com o imposto citado, em 2019 a arrecadação será de: 0,9 ∙ 150v ∙ 1,25 = 1,125 ∙ 150v Logo, ocorrerá um aumento de 12,5% nos impostos arrecadados. Ou seja, o valor arrecadado será 112,5% do imposto arrecadado em 2018. QUESTÃO 164 Conteúdo: Medidas de tendência central C7 | H29 Dificuldade: Média O gráfico apresenta a seguinte distribuição: 10 + 12 + 12 + 16 + 20 + 30 = 100 Portanto, a mediana está na média entre o 50o e 51o termos. O 50o termo é 0,6 e o 51o é 0,7. Assim, a mediana é 0,65 cm.
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QUESTÃO 165
QUESTÃO 166
Para decorar o troféu do campeonato de futebol de seu bairro, Davi encomendará adesivos autocolantes, que devem ser aderidos a toda a superfície do troféu, de formato esférico.
No projeto de um telhado em forma de pirâmide, consta que o vértice dela deve estar exatamente sobre o ponto de encontro das diagonais do quadrado formado pela laje da casa. Assim, será possível colocar um pilar de sustentação perpendicular ao ponto de encontro das diagonais, sustentando, de maneira equilibrada, toda a estrutura do telhado.
Ao chegar à gráfica onde pretende fazer a encomenda, Davi se deparou com alguns modelos. Veja a seguir.
Veja a representação da casa e da estrutura do telhado. E Modelo 1
D
C
O A
B
Modelo 2 J
G F
H I
Pela descrição do projeto, o pilar de sustentação deverá ser instalado no segmento de reta com vértices em
Modelo 3
A O e J. B O e E. C E e I. D A e H. E E e J.
Modelo 4 QUESTÃO 166 Conteúdo: Geometria espacial C2 | H6 Dificuldade: Fácil O vértice da pirâmide está representado pelo ponto E, e o encontro das diagonais do quadrado, pelo ponto O. Assim, o pilar deve ser instalado no segmento de reta com vértices em O e E.
Modelo 5
Entre os modelos apresentados, Davi poderá escolher para seu objetivo os modelos A 1 e 4. B 2 e 5. C 3 e 4. D 4 e 5.
QUESTÃO 165 Conteúdo: Geometria espacial C2 | H7 Dificuldade: Fácil Dos modelos apresentados, prestam-se a cobrir uma superfície de formato esférico apenas o 1 e o 4. Os outros são planificações de cubo, octaedro e cilindro, respectivamente.
E 1 e 5. MT ‑ 3a Série | 2o Dia ‑ AZUL ‑ Página 35
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QUESTÃO 167
QUESTÃO 169
Uma empresa de reciclagem está promovendo uma campa‑ nha para coletar latinhas e garrafas PET no centro da cida‑ de. A cada 10 latinhas doadas, a pessoa ganha um vale de R$ 3,00 para gastar no comércio, e a cada 8 garrafas PET doadas, a pessoa ganha um vale de R$ 2,50.
Ricardo quer comprar um piso novo para sua casa. Ao pesquisar o modelo pretendido, aproveitou e levou a planta de sua casa para que o vendedor pudesse auxiliá-lo em relação à quantidade de pisos a ser comprada. A planta da residência, em proporção reduzida, na escala 1 : 200, está representada a seguir.
No fim do dia, todo o talão com vales foi entregue com R$ 310,00 inicialmente. Com o sucesso da campanha, não foi possível ter muito controle sobre a quantidade de latinhas e garrafas PET arrecadadas, mas sabe-se que ambas somaram 1 008 unidades.
4,5 cm
5,5 cm
4 cm
No plano de controle de poluentes, cada latinha reciclada re‑ presenta 0,01 unidade de carbono não lançada na atmosfera e cada garrafa PET, 0,05 unidade de carbono não lançada na atmosfera.
6,5 cm
Ao divulgar o resultado da campanha, a empresa de recicla‑ gem poderá apresentar que só com esse dia de campanha deixaram de ser lançadas na atmosfera A 2 unidades de carbono. B 4,2 unidades de carbono. C 22,6 unidades de carbono. D 34,4 unidades de carbono. E 42,8 unidades de carbono.
QUESTÃO 168 Com a meta de atingir R$ 320,00 de arrecadação com a ven‑ da de alguns produtos, um lojista vai vender os dois tipos de produto que tem em estoque, mas ainda precisa decidir o preço de cada um deles. Sabe-se que, em estoque, existem oito unidades do primeiro produto. O preço de venda do se‑ gundo produto deve superar o do primeiro em R$ 10,00 e a quantidade vendida desse produto deve ser duas unidades além do valor unitário do primeiro produto. Essas informações foram retiradas de uma análise de estoque e vendas que a loja faz constantemente. A loja obtém um lucro maior com a venda do segundo pro‑ duto; por isso, ela deve determinar a relação entre o preço de venda de ambos. O percentual que o preço do segundo produto representará sobre o preço do primeiro será de A 200% B 150% C 100% D 80% E 75%
QUESTÃO 168 Conteúdo: Equação do 2o grau C5 | H21 Dificuldade: Difícil Tomando-se por x o preço do primeiro produto, tem-se: 8x + (x + 10)(x + 2) = 320 h 8x + x2 + 12x + 20 = 320 h h x2 + 20x – 300 = 0 h x = 10 ou x = –30 (não convém) Portanto, o preço do primeiro produto é R$ 10,00, e o do segundo, R$ 20,00. Ou seja, o preço do segundo produto representa 200% do valor do primeiro.
O vendedor orientou Ricardo a desconsiderar as paredes interiores e a espessura das paredes limites da casa. Também o orientou a comprar 10% a mais de piso, para eventuais quebras e para o rodapé. Tendo em vista a planta da casa em questão e as orientações do vendedor, a quantidade de piso, em metro quadrado, que Ricardo deverá comprar para pavimentar toda a área repre‑ sentada na planta é de A 46 m2 B 116 m2 C 231 m2 D 462 m2 E 1 155 m2
QUESTÃO 167 Conteúdo: Sistemas lineares C4 | H17 Dificuldade: Média Considerando cada dezena de latinhas como x e cada oito unidades de garrafa PET como y, tem-se o sistema: 3x + 2,5y = 310 ⇒ x = 40 e y = 76 10x + 8y = 1008 Portanto, foram recolhidas: • 40 ∙ 10 = 400 latinhas, gerando uma economia de carbono de 400 ∙ 0,01 = 4 unidades de carbono • 76 ∙ 8 = 608 garrafas PET, gerando uma economia de carbono de 608 ∙ 0,05 = 30,4 unidades de carbono No total, deixaram de ser lançadas na atmosfera 34,4 unidades de carbono. QUESTÃO 169 Conteúdo: Áreas C3 | H11 Dificuldade: Fácil Como a escala está na razão de 1 : 200, significa que cada 1 cm equivale a 2 m. Assim, a casa pode ser representada por um retângulo de 20 m × 21 m; portanto, uma área de 420 m2. Acrescentando 10%, tem-se: 462 m2.
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QUESTÃO 170
QUESTÃO 171
Um banco oferece cinco modelos de financiamento, cada qual com um tipo de capitalização, conforme a tabela abaixo.
Na fabricação de placas de isopor para montar caixas con‑ servadoras térmicas, uma empresa se viu com um problema técnico: os compradores se queixaram que as placas eram muito finas; por isso, os produtos não eram conservados con‑ forme desejado pelos clientes.
Período de capitalização dos juros
Taxa de juros
Mensal
2,0%
Bimestral
4,0%
Trimestral
6,0%
Semestral
12,0%
Anual
24,0%
O gerente‑geral do banco, em uma reunião com seus gerentes, orientou-os a verificar qual dos períodos de capitalização de juros representados na tabela traria maior lucro para o banco. O período que fosse determinado como o de maior lucro deveria ser o mais ofertado pelos gerentes. Considerando o período de um ano para o cálculo, os geren‑ tes deverão ofertar financiamentos com capitalização de juros
Para atender a essa demanda e manter o cliente satisfeito, a fábrica resolveu aumentar a espessura de sua placa em 20%. Mas, para não alterar o preço das caixas, manteve o volume de isopor usado. Com isso, o comprimento e a largura da placa foram igualmente reduzidos. O formato de cada placa de isopor pode ser representado da seguinte maneira:
Ao atender o pedido de seus clientes, a fábrica reduzirá o comprimento e a largura da placa em (Dado: 30 = 5,5 )
A mensais.
A 6%
B bimestrais.
B 8%
C trimestrais.
C 10%
D semestrais.
D 12%
E anuais.
E 14%
QUESTÃO 170 Conteúdo: Juros C4 | H18 Dificuldade: Média Uma taxa de juros de 2% mensais significa 1,0212 = 1,268, ou seja, 26,8% de juros anuais. Uma taxa de juros de 4% bimestrais significa 1,046 = 1,265, ou seja, 26,5% de juros anuais. Uma taxa de juros de 6% trimestrais significa 1,064 = 1,262, ou seja, 26,2% de juros anuais. Uma taxa de juros de 12% semestrais significa 1,122 = 1,254, ou seja, 25,4% de juros anuais. Todas as taxas são maiores que os 24% ofertados na modalidade anual.
QUESTÃO 171 Conteúdo: Prisma C2 | H9 Dificuldade: Média Considerando inicialmente que as medidas da caixa sejam: a = comprimento b = largura c = altura ou espessura da placa Assim, seu volume (V) será: V=a·b·c Considerando que c aumente em 20%, sua medida passará para 1,2c. Dessa maneira, para manter o volume, tem-se: abc = xa ∙ xb ∙ 1,2c h x 2 =
1 5 30 5,5 ⇒x= ⇒x= ⇒x= 92% 1,2 6 6 6
Portanto, as medidas a e b deverão sofrer uma redução de 8%.
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QUESTÃO 172 Um artista plástico pretende esconder um dos cantos de uma sala para sua exposição “Saia do seu canto”. Para realizar a ação, posicionará uma estrutura de madeira para que ela esconda um dos cantos da sala. A sala pode ser considerada um paralelepípedo, como representado na figura:
Após realizar os cálculos necessários, ele concluiu que a menor circunferência terá 2 m de raio; então, os raios das circunferências representadas na figura que darão origem às regiões representadas por A2 e A3 deverão ser iguais, res‑ pectivamente, a A 2 m e 2 m. B 3 m e 4 m. C 4 m e 3 m. D 2 2 m e 2 3 m. E 3 2 m e 2 2 m.
A
QUESTÃO 174 B
D
Para a festa de comemoração de aniversário de uma escola foram encomendadas impressões de cartelas numeradas de 100 a 699 para um sorteio que acontecerá no dia da festa. A pessoa que tiver o número sorteado terá direito a um jantar em um restaurante da cidade.
C
A estrutura de madeira é triangular e está representada pelos pontos A, B e C, equidistantes 2 m do canto da sala, repre‑ sentado pelo ponto D. Ao encomendar a estrutura de madeira, o artista plástico precisará indicar a área que ela ocupará. Sendo assim, a área encomendada, em metro quadrado, será de A 8 3m
2
B 6 2 m2 C 5 3 m2 D 4 3 m2 E 2 3 m2
QUESTÃO 172 Conteúdo: Áreas C2 | H8 Dificuldade: Média Todos os lados (x) da estrutura serão formados pelas hipotenusas de triângulos retângulos com lados medindo 2 m. Assim: x2 = 22 + 22 h x2 = 8 h x = 8 m Portanto, a área das placas será: A=
( 8 )2 ⋅ 4
3
Terminada a venda das cartelas, percebeu-se que só haviam sido impressos os números com algarismos distintos. Por isso, durante a festa, a pessoa que estava conduzindo o sorteio disse que a chance de ganhar o jantar havia aumentado. Esse aumento é de aproximadamente A 0,06% B 0,2% C 1,68% D 6% E 16,8% QUESTÃO 173 Conteúdo: Áreas C2 | H8 Dificuldade: Difícil Representando os devidos raios nas circunferências, tem-se:
= 2 3 m2
QUESTÃO 173 Ao projetar um jardim, um arquiteto pretende que todas as áreas delimitadas, conforme é possível ver no esquema a seguir, tenham mesma área.
r2
r1 r3
A1
A2
A3
Para isso, deve instruir os construtores sobre os raios das circunferências concêntricas que devem ser construídas.
Dessa maneira: I) A1 = p ∙ (r1)2 h A1 = 4p II) p ∙ (r2)2 – p ∙ (r1)2 = 4p h p ∙ (r2)2 – 4p = 4p h r2 = 8 ⇒ r2 = 2 2 m III) p ∙ (r3)2 – p ∙ (r2)2 = 4p h p ∙ (r3)2 – 8p = 4p h r3 = 12 ⇒ r3 = 2 3 m QUESTÃO 174 Conteúdo: Probabilidade C7 | H29 Dificuldade: Média Se tivessem sido impressas todas as cartelas, a chance de alguém ganhar seria 1 de 0,17%. 600 Como só foram impressos os números com algarismos distintos, tem-se um total de 432 números em sorteio (6 ∙ 9 ∙ 8 = 432). Isso indica uma chance de ganhar de: 1 0,23 432 Portanto, um aumento de 0,06%.
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QUESTÃO 175 A quantidade de estrangeiros em uma empresa inglesa cres‑ ceu nos últimos anos. No início de 2013, havia 3 estrangeiros para cada grupo de 97 ingleses; até o fim de 2018, já eram 2 estrangeiros para cada grupo de 23 ingleses. A quantidade total de funcionários da empresa manteve-se constante durante todo esse período e será a mesma até o fim de 2030. Para realizar uma previsão de seu quadro de funcionários e determinar a melhor política interna para atendê-los, a empre‑ sa considerou que o crescimento médio anual da quantidade de funcionários estrangeiros se manteria até o fim de 2030. Assim, a porcentagem esperada de funcionários estrangeiros em comparação com o total de funcionários ingleses no fim de 2030 é QUESTÃO 175 A 3% B 8% C 12% D 18% E 20%
Conteúdo: Proporção C4 | H16 Dificuldade: Média Inicialmente, tem-se a comparação de 3 estrangeiros para um grupo de 97 ingleses; então, seriam 3 estrangeiros a cada 100 funcionários da empresa. Cinco anos depois, a comparação passa a ser de 2 para 23; assim, seriam 2 estrangeiros a cada 25 funcionários ou, ainda, 8 a cada 100. Portanto, foi contratado 1 estrangeiro e demitido 1 inglês a cada ano. Como se espera manter o ritmo de contratação até 2030, ou seja, contratar 1 estrangeiro e demitir 1 inglês a cada ano, a expectativa é de que aumentem 12 funcionários estrangeiros, isto é, 20% dos funcionários da empresa.
QUESTÃO 176 Em uma imobiliária que só vende casas e apartamentos, o controle dos imóveis vendidos é feito por meio de uma distri‑ buição das vendas da seguinte maneira: Apartamentos
40% 60%
Casas
Após uma campanha de incentivo à venda de casas, a quan‑ tidade vendida aumentou em 25%, e a venda de apartamen‑ tos permaneceu constante, deixando a comparação entre as vendas assim:
Verificou-se que o aumento no percentual de venda de casas ocorreu em razão de 10 casas vendidas. Um gerente quer mostrar para toda a imobiliária a eficiência da campanha de venda de casas. Dessa maneira, ao apontar o crescimento do número total de vendas, deve-se indicar que o aumento foi de A 5% B 8% C 10% D 12% E 15%
QUESTÃO 176 Conteúdo: Gráficos C7 | H27 Dificuldade: Média Antes da campanha, o total de apartamentos vendidos era de 0,6x, sendo x o total de imóveis vendidos. Após a campanha, o total de apartamentos vendidos passou a ser 0,55(x + 10). Como a quantidade de apartamentos vendidos manteve-se igual, tem-se: 0,6x = 0,55(x + 10) h 0,05x = 5,5 h x = 110 Portanto, o número total de vendas passou de 110 para 120, um aumento de, aproximadamente, 8%.
QUESTÃO 177 Os programas de computador sofrem atualizações constan‑ tes. Considerando que as versões dos programas sejam sem‑ pre apresentadas na forma a b, em que a é a unidade e b, a casa decimal, podem-se produzir sucessivas modificações na versão de um programa. Quando uma atualização modifica significativamente as ca‑ racterísticas do programa, muda-se a versão dele nas uni‑ dades e zera-se qualquer casa decimal que tenha. Quando uma atualização é pouco significativa, ou só traz elementos que melhoram a segurança, a mudança vem na casa decimal de maneira crescente. Por exemplo, um programa que estava na versão 3.5 sofreu uma atualização de segurança e passou para a versão 3.6; após algum tempo sofreu uma mudança global e foi para a versão 4.0. Uma empresa de programas de computador já está na ver‑ são 5.2 de seu programa mais vendido. Os programadores conseguiram realizar uma mudança global no programa e, depois, mais cinco pequenas atualizações de segurança. Após as sucessivas atualizações, a versão apresentada para esse programa deverá ser A 5.7 B 6.0 C 6.5 D 6.7
Apartamentos
E 7.5
45% 55%
Casas
QUESTÃO 177 Conteúdo: Números C1 | H1 Dificuldade: Fácil Como a atualização global muda uma unidade e zera a casa decimal, o programa irá para a versão 6.0. Com mais 5 atualizações de segurança, irá para a versão 6.5.
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QUESTÃO 178 Durante uma simulação de combate naval, o operador de radar precisa indicar a seu comandante a sequência de ini‑ migos a serem enfrentados. Os combates devem acontecer considerando o perigo de aproximação dos inimigos da po‑ sição ocupada pela embarcação do comandante até o mais distante dela. Em determinado momento, a embarcação que estava no ponto do plano cartesiano indicado por (1, 3), usando seu radar, identificou três potenciais inimigos, pontos A, B e C, mostrados no plano a seguir. 8 7 6 5 4 3 2 1
B –6
–5
–4
–3
–2
–1
–1 –2 –3 –4 –5 –6 –7 –8
y
A 989 usuários. B 1 000 usuários. C 1 144 usuários. D 1 187 usuários. E 1 200 usuários.
x 1
2
3
4 C
5
6
Considerando as informações e as orientações dadas, a se‑ quência de combates deverá ser A A, B e C. B A, C e B. C B, A e C.
Durante os 120 minutos de transmissão de um evento es‑ portivo, a quantidade de espectadores esperados é dada pela relação: 5t f(t) = + 5 , em que f é a quantidade esperada de especta‑ 24 dores, em milhares, e t é o tempo de transmissão, em minutos. Após o evento, observou-se que a expectativa não foi atendi‑ da, pois a quantidade de espectadores do evento foi descrita pela relação: g(t) = 0,1t + 10, em que g é a quantidade real de espectadores, em milhares, e t é o tempo de transmissão, em minutos. Analisando os dados relativos ao evento, observou-se que, durante boa parte da transmissão, a quantidade real de es‑ pectadores foi maior que a quantidade esperada, fato consi‑ derado surpreendente. O intervalo de tempo durante a transmissão em que a quan‑ tidade de espectadores foi considerada surpreendente foi
D C, A e B. E C, B e A.
A 46 < t < 120
QUESTÃO 179
B 30 < t < 49
Em uma plataforma de jogo on-line, a quantidade de pes‑ soas que a utilizam é sempre variável. Relatórios de gestão indicam que a plataforma deve estar preparada para receber 20% de pessoas além da média de pessoas jogando simul‑ taneamente a cada hora.
C 0 < t < 46
Ao realizar um teste em uma plataforma de jogo, iniciou-se com 1 000 usuários e obteve-se a seguinte variação nas 4 horas de teste: Quantidade de pessoas que saem da plataforma Hora 1
Hora 4
Quantidade de pessoas que entram na plataforma 100
120
Hora 2
Hora 3
Conteúdo: Média aritmética C7 | H28 Dificuldade: Média Analisando o gráfico, observa-se que, na primeira hora, permaneceram na plataforma 980 pessoas (1 000 + 100 – 120); na segunda hora, 1 030 (980 + 130 – 80); na terceira hora, 969 (1 030 + 144 – 205); na quarta hora, 976 (969 + 102 – 95). Logo, a média de pessoas por hora foi: 980 + 1030 + 969 + 976 x= = 988,75 4 Portanto, a plataforma deve estar preparada para receber 988,75 ∙ 1,2 1 1 187 usuários.
QUESTÃO 180 A
0
Com base nos testes, a empresa que for administrar a pla‑ taforma que manterá o jogo on-line deverá se preparar para atender QUESTÃO 179
130
80
144
205
95
D 0 < t < 49 E 30 < t < 120
QUESTÃO 180 Conteúdo: Funções C5 | H23 Dificuldade: Média O período em que a quantidade de espectadores superou as expectativas foi para t > 0 e: t 5t + 10 > + 5 ⇒ t < 46 10 24 Assim, as expectativas foram superadas no intervalo de tempo entre 0 e 46 min. g(t) > f(t) ⇒
QUESTÃO 178 Conteúdo: Plano cartesiano C6 | H24 Dificuldade: Média Identificando as coordenadas dos pontos das embarcações inimigas, tem-se: A(5, 5), que dá uma distância em relação à embarcação analisada de: I) d2 = (5 – 1)2 + (5 – 3)2 h d2 = 20 B(–3, 2), que dá uma distância em relação à embarcação analisada de: II) d2 = (–3 – 1)2 + (2 – 3)2 h d2 = 17 C(4, –1), que dá uma distância em relação à embarcação analisada de: III) d2 = (4 – 1)2 + (–1 – 3)2 h d2 = 25 Portanto, a ordem do combate deve ser: B, A e C.
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