geografia vontade 6

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VONTADE de

SABER

GEOGRAFIA Ensino Fundamental – Anos Finais Componente curricular: Geografia

MANUAL DO PROFESSOR

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Neiva Camargo Torrezani • • • •

Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela UEL-PR. Mestra em Geografia pela UEL-PR. Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.

1a edição

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São Paulo

2018

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Copyright © Neiva Camargo Torrezani, 2018. Diretor editorial Diretora editorial adjunta Gerente editorial Editor Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto de capa Foto de capa Supervisor de arte Coordenadora de preparação e revisão Supervisora de preparação e revisão Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Supervisora de arquivos de segurança Diretor de operações e produção gráfica Projeto e produção editorial Edição Assistência editorial Revisão e preparação Projeto gráfico Edição de arte Iconografia Tratamento de imagens Diagramação Editoração eletrônica

Antonio Luiz da Silva Rios Silvana Rossi Júlio Roberto Henrique Lopes da Silva João Paulo Bortoluci Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Sergio Cândido Klaus Balzano/Getty Images Vinicius Fernandes Lilian Semenichin Adriana Soares Elaine Bueno Silvia Regina E. Almeida Reginaldo Soares Damasceno Scriba Soluções Editoriais Karolyna Aparecida Lima dos Santos Raffael Garcia da Silva Amanda de Camargo Mendes, Moisés Manzano da Silva Laís Garbelini Barbara Sarzi Soraya Pires Momi Equipe Scriba Leda Teodorico Renan de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Torrezani, Neiva Camargo Vontade de saber : geografia : 6o ano : ensino fundamental : anos finais / Neiva Camargo Torrezani. — 1. ed. — São Paulo : Quinteto Editorial, 2018. “Componente curricular: Geografia.” ISBN 978-85-8392-155-4 (aluno) ISBN 978-85-8392-156-1 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Título. 18-20787

CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à

QUINTETO EDITORIAL Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970

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Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.

Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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Apresentação As transformações que estão ocorrendo no mundo globalizado têm exigido, cada vez mais, mudanças na educação. É preciso formar cidadãos capazes de analisar e interpretar criticamente a grande quantidade de informações transmitidas a eles diariamente. Nesse sentido, esta coleção foi elaborada e organizada para o ensino de conceitos e temas geográficos, mas também para colaborar com esse objetivo. A fim de contribuir ainda mais com esse trabalho, este Manual do professor apresenta-se como um guia prático com comentários e sugestões que cooperam com o trabalho docente, tornando as aulas mais atraentes e agradáveis. Inicialmente, este manual apresenta textos que discorrem sobre a importância do ensino de Geografia, destacando também os principais objetivos que norteiam o processo de ensino-aprendizagem dessa disciplina na presente coleção. Ainda nessas orientações iniciais, você pode encontrar informações sobre a estrutura da obra, ou seja, a maneira como os capítulos do volume estão organizados, além de mapa de conteúdos do ano letivo com os principais conceitos e noções, objetos de conhecimento, habilidades, competências e temas contemporâneos presentes na obra. Já as laterais e os rodapés das orientações específicas apresentam sugestões para o desenvolvimento dos capítulos e para o trabalho em sala de aula. São apresentados comentários a respeito de algumas atividades, sugestões de como trabalhar alguns conceitos, atividades complementares, entre outros. Há, também, textos adicionais, extraídos de fontes variadas, que contemplam diferentes assuntos tratados nos capítulos e que apresentam informações úteis para o professor e, em muitos casos, para os alunos. Esses textos permitem ao professor aprofundar seus conhecimentos e podem ser úteis na preparação das aulas. Espero, sinceramente, que você, professor, realize um bom trabalho! A autora.

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Sumário A estrutura da obra ...........................................V Livro do aluno ................................................................................................ V Manual do professor ................................................................................ XII Material digital ..........................................................................................XVI

A Base Nacional Comum Curricular ............ XVII As competências da BNCC ............................................................... XVIII Os temas contemporâneos e a formação cidadã ...................... XX

O papel do professor .................................... XXII Práticas pedagógicas ................................... XXIII A avaliação ................................................................................................XXIII A defasagem em sala de aula ........................................................... XXV O ensino interdisciplinar ...................................................................XXVI A competência leitora ......................................................................XXVIII Recursos didáticos ................................................................................XXIX

Proposta teórico-metodológica da coleção .................................................... XXXII O ensino de Geografia ....................................................................... XXXII Importantes estratégias para o ensino de Geografia ........XXXVI Principais conceitos/categorias da Geografia .....................XXXIX

Habilidades do 6o ano de Geografia na BNCC .................................................. XLIII Quadro de conteúdos Geografia 6o ano ..... XLIV Referências bibliográficas .......................... XLVII

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A estrutura da obra Livro do aluno A presente coleção é composta de quatro volumes, correspondentes aos anos finais do Ensino Fundamental: 6o, 7o, 8o e 9o anos. Cada volume apresenta oito capítulos, organizados internamente em temas e subtemas. Os capítulos têm início em páginas de abertura duplas, que apresentam recursos deflagradores dos assuntos a serem estudados. As páginas de conteúdos são organizadas em textos principais intercalados com diferentes seções e boxes, que complementam, ampliam e dinamizam o trabalho teórico. Em alguns momentos, em meio à teoria, algumas questões são sugeridas com o pro-

pósito de investigar o conhecimento prévio dos alunos, incentivando sua colaboração no estudo do tema abordado. De modo geral, cada capítulo é composto de dois blocos de atividades. Antes do último bloco, constará uma seção cuja intenção é, além da leitura e interpretação de textos e imagens, contextualizar o que foi estudado com situações e/ou acontecimentos locais ou globais. Os capítulos são encerrados com uma seção que visa recapitular o que foi estudado. Veja, a seguir, informações mais detalhadas sobre a estrutura dos capítulos.

Página de abertura Tem como principais objetivos explorar o conhecimento prévio e despertar o interesse dos alunos em relação aos temas que serão abordados. Por meio de imagens e textos nas aberturas, o professor vai encontrar alguns questionamentos para análise dos recursos apresentados. Esses questionamentos propiciam a exploração de habilidades fundamentais para o estudante, como observação, comparação, investigação, reflexão e descrição. Além disso, com a mediação do professor, o leque de interpretações pode ser aberto e enriquecido. Há questões específicas de exploração do conhecimento prévio que propiciam um importante momento de interação e troca de ideias entre professor e alunos, assim como dos alunos entre si. As questões propostas nessa

página de abertura podem ser muito úteis, também, como forma de comparar os conhecimentos dos alunos antes e depois do trabalho com os assuntos do capítulo. O papel do professor como mediador é fundamental para que os objetivos propostos nas aberturas e, consequentemente, o ensino

da disciplina, sejam alcançados. No processo de ensino-aprendizagem, o professor trabalha como mediador para que o aluno supere o senso comum e construa um conhecimento mais sistematizado. O aluno deve perceber que o conteúdo estudado no decorrer dos capítulos está relacionado à realidade de onde vive.

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Geografia em foco Essa seção terá por finalidade ampliar e/ou aprofundar o assunto estudado, visto que a complexidade de alguns deles exige um trabalho diferenciado. Por meio dessa seção serão apresentados aos alunos conceitos e temas importantes para a construção do conhecimento geográfico, relacionados à teoria apresentada. Em alguns momentos, essa seção poderá desempenhar uma função menos teórica, na qual será possível desenvolver trabalhos que envolvam acontecimentos factuais, com novas leituras de textos e imagens interessantes que contribuirão para o enriquecimento do assunto estudado. Além disso, a seção permitirá desenvolver conteúdos procedimentais, muito importantes para o ensino de Geografia.

Momento da Cartografia A Cartografia é uma ferramenta muito importante para o ensino de Geografia, uma vez que, por meio dela, é possível representar diferentes aspectos do espaço geográfico. Essa seção terá como principal objetivo desenvolver, cada vez mais, as noções cartográficas dos educandos, seja ampliando as que eles já possuem, seja criando situações em que possam se apropriar de novos conhecimentos. Além disso, nessa seção, por meio do trabalho com a Cartografia Escolar, será possível desenvolver conteúdos procedimentais que envolvam produção, leitura e interpretação de representações gráficas. Desse modo, o aluno será fundamentado na compreensão do espaço geográfico, por meio da elaboração das competências e habilidades que deve desenvolver. Os temas cartográficos são trabalhados com graus de complexidade que respeitam o nível cognitivo dos alunos.

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Investigando na prática Essa seção tem por finalidade desenvolver atividades investigativas de um dos temas apresentados no capítulo. As atividades propostas podem ser realizadas em sala de aula, em casa, no pátio da escola ou em um trabalho de campo. Com elas, os alunos podem desenvolver habilidades práticas de análise das características naturais e sociais do espaço geográfico que os cerca. Outro objetivo dessa seção é fazer a aproximação entre as teorias e as práticas geográficas, incentivando assim o levantamento de hipóteses por meio de questionamentos e conduzindo o assunto de modo a desenvolver os conhecimentos geográficos.

Explorando o tema Seção apresentada em todos os capítulos. Diferentes recursos são utilizados, como textos teóricos, literários, jornalísticos ou textos elaborados pela autora que, acrescidos de imagens diversas, como mapas, gráficos, fotografias e ilustrações, levarão o aluno a refletir sobre temas contemporâneos, indicados pela BNCC. Em geral acompanhada de questionamentos, debates e sugestões de pesquisa, essa seção contribui para o aprimoramento da aprendizagem dos alunos, estimulando-os à reflexão e à tomada de atitudes em situações que envolvem essas temáticas.

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Encontro com... Os diversos assuntos nos quais os conhecimentos geográficos estão integrados aos saberes de outras ciências são abordados nessa seção. Nela, você pode realizar trabalhos em conjunto com professores de outras disciplinas, a fim de contribuir para o enriquecimento do tema estudado, propiciando a compreensão dos alunos de modo abrangente.

Atividades As atividades apresentam respostas para o professor, porém é fundamental que os alunos sejam estimulados a elaborar respostas com suas próprias palavras, baseadas na interpretação dos assuntos trabalhados, e não produzir uma simples cópia. Os debates, quando apresentados, têm como principal objetivo estimular atitudes voltadas à socialização, à colaboração, ao respeito às opiniões dos colegas e, sobretudo, à tomada de decisões.

Essas atividades têm como objetivo principal desenvolver habilidades fundamentais para a compreensão dos assuntos trabalhados, além de verificar e revisar o que foi estudado. Os questionamentos sugeridos contribuem com a formação da competência leitora, visto que, para respondê-los de maneira satisfatória, os alunos precisam retomar o que foi estudado.

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Bloco de atividades com questões não consumíveis sugeridas para serem realizadas em sala de aula. Essa seção está organizada em três subseções:

Atividades

Atividades

1. Podemos afirmar que as paisagens são constantemente modificadas e em ritmos diferentes? Justifique sua resposta no caderno.

4. Podemos afirmar que a velocidade com que a dinâmica da natureza transforma as paisagens terrestres é sempre igual? Justifique sua resposta.

2. Explique a relação entre trabalho, técnica e transformação das paisagens.

5. Por que é importante preservar nas paisagens atuais alguns elementos culturais construídos em diferentes tempos históricos?

Exercícios de compreensão

Geografia no contexto 6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em dois momentos históricos diferentes. Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles, São Paulo

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Visita ao museu

Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.

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Chico Ferreira/Pulsar Imagens

Ao final, conversem sobre as transformações que ocorreram nas paisagens e depois produzam um relatório sobre esse aspecto.

Atividades • Exercícios Podemos afirmar que a velocidade de4.compreensão com que a dinâmica da natureza trans-

Composta questões de é semforma as de paisagens terrestres pre igual? de Justifique sua resposta. verificação conteúdo.

5. Por que é importante preservar nas 2. Explique a relação entre trabalho, paisagens atuais alguns elementos técnica e transformação das paisaculturais construídos em diferentes gens. a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles? tempos históricos? 3. Explique o que espaço geográfico. b )éQuais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para a sociedade?

Atividades

Geografia no contexto

9. Observe no planisfério as principais de desmatamento e desertificação Exercícios de áreas compreensão 6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão no planeta. 1. Com basemomentos no que você estudou,diferentes. defina, no caderno, o que é Cartografia. de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em dois históricos

3. De acordo com o que você estudou, podemos afirmar que o desenvolvimento A ividades tecnológico tem contribuído de tmaneira significativa para a evolução da Cartografia? Justifique sua resposta.Exercícios de compreensão

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visite

Visita ao museu Com o professor e os colegas, organizem uma visita ao museu ou à prefeitura de sua cidade a fim de verem o acervo de fotografias históricas. Nesse caso, observem como eram as paisagens da cidade e comparem com a paisagem atual.

1. Com base no que você estudou, defina, no caderno, o que é Cartografia.

Atividades • Geografia no contexto Composta de atividades mais contextualizadas, com a exploração de diferentes recursos, como imagens, reportagens, charges etc.

Geografia no contexto

2. Dê um exemplo de como eram realizados os primeiros registros cartográficos produzidos pelo ser humano. 3. De acordo com o que você estudou, podemos afirmar que o desenvolvimento tecnológico tem contribuído de maneira significativa para a evolução da Carto-

Justifique sua resposta. 4. O mapa abaixo foi produzido emgrafia? 1725 por John Senex. Compare-o com o mapa Geografia no contexto de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir 4. O mapa abaixo foi produzido em 1725 por John Senex. Compare-o com o mapa de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir no caderno. no caderno.

Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.

a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas?

Capítulo 8

Ao final, conversem sobre as transformações que ocorreram nas a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles? paisagens e depois b ) Quais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para produzam um a sociedade? relatório sobre 9. Observe no planisfério as principais áreas de desmatamento e desertificação no planeta. esse aspecto.

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2.Mundo: Dê um exemplo como eram realizados os primeiros registros cartográficos áreas dededesmatamento pelo ser humano. eproduzidos desertificação – 2015

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realizadas pelo ser humano, observadas na imagem B.

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Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 2018.

• Comparando as imagens acima, identifique, no caderno, quais alterações foram

E. Cavalcante

Com o professor e os colegas, organizem uma visita ao museu ou à prefeitura de sua cidade a fim de verem o acervo de fotografias históricas. Nesse caso, observem como eram as paisagens da cidade e comparem com a paisagem atual.

1. Podemos afirmar que as paisagens são constantemente modificadas e em ritmos diferentes? Justifique sua resposta no caderno.

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles, São Paulo

3. Explique o que é espaço geográfico.

Capítulo 8

Exercícios de compreensão

b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa? c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na atualidade. 5. A seguir são apresentadas situações em que o emprego de inovações tecnológicas e de instrumentos sofisticados na Cartografia se tornou imprescindível para a obtenção de resultados mais precisos da superfície da Terra. De acordo com o que você estudou, identifique que recurso tecnológico está sendo empregado em cada 2 340 4 680 km um dos casos: a ) Uma organização não governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema utiliza in-

Mundo: áreas de desmatamento e desertificação – 2015

formações de sensoresROSA, instaladosJussara em satélites artificiais localizados a quilôFontes: GIRARDI, Gisele; Vaz. Atlas metros de distância da Terra. geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166. 48 IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 63.

Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 2018.

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E. Cavalcante

O que podemos ao compararmos as áreas de desmatamento com as imagens acima,concluir identifique, no caderno, quais alterações foram • Comparando• as

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a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas? risco de desertificação? Justifique realizadas pelodeser humano, observadas na imagemsua B. resposta. b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa? 2 340

4 680 km

Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166. IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 63.

• O que podemos concluir ao compararmos as áreas de desmatamento com as g20_ftd_lt_6vsg_c1_p026a039.indd 38 de risco de desertificação? Justifique sua resposta. Pesquisando 10. Nas páginas 228 a 233 você estudou sobre os problemas ambientais que o ser humano tem provocado na natureza, como a poluição do ar, do solo e das águas. No lugar onde você mora ou próximo a ele existe algum problema relacionado a esses tipos de poluição? Pesquise qual é o tipo de poluição, como ela ocorre, o que vem acarretando à natureza e descreva-a no caderno. Descreva também o que é possível fazer para solucionar esse problema, se houver.

Pesquisando

Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema 235 utiliza informações de sensores instalados em satélites artificiais localizados a quilômetros de distância da Terra.

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Atividades • Pesquisando

c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na Composta de atividades que 10. Nas páginas 228 a 233 vocêatualidade. estudou sobre os problemas ambientais que o ser necessitam pesquisa para humano tem provocado5.na a poluição dode ar, do águas.de inovações tecnológicas e A natureza, seguir sãocomo apresentadas situações emsolo que eo das emprego serem concluídas. 10/15/18 2:57 PM No lugar onde você morade ouinstrumentos próximo a ele existe algum problema se relacionado a sofisticados na Cartografia tornou imprescindível para a obtenção esses tipos de poluição? Pesquise qual mais é o tipo de poluição, como da elaTerra. ocorre, que com o que você estudou, de resultados precisos da superfície Deoacordo vem acarretando à natureza e descreva-a no caderno. Descreva também o que é em cada um dos casos: identifique que recurso tecnológico está sendo empregado possível fazer para solucionar esseorganização problema, senão houver. a ) Uma governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata

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A sociedade e a apropriação dos Os boxes são utilizados nesta coleção com o objetivo de complementar os recursos hídricos

Capítulo 4

Os boxes

assuntos estudados e torná-los mais interessantes para os alunos. A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utilização da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa, pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo. Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações complementar ambientais. Vamos observar o caso Boxe do Mar de Aral. Capítulo 4

A sociedade e a apropriação dos recursos hídricos A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utilização da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa, pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo.

Ampliar o conhecimento dos educandos, com novas leituras de textos e imagens O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu interessantes, que tragam assuntos abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa. relacionados ao tema em estudo, O uso da irrigação é milenar na região do Mar detambém está entre os objetivos de Localização do Mar de Aral Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico. No entanto, a exploração desenfreada das águas dosensino desta 60°coleção. L O esgotamento do Mar de Aral

Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações ambientais. Vamos observar o caso do Mar de Aral. O esgotamento do Mar de Aral O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa.

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Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de Aral representada por meio de imagens de satélite retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.

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Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. 144-145.

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O nível do Mar de Aral foi baixando e, atualmente, bancos de sal e água contaminada por agrotóxicos predominam onde antes a atividade da pesca era fonte de alimento e renda para muitas pessoas.

Localização do Mar de Aral

E. Cavalcante

O uso da irrigação é milenar na região do Mar de Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico. No entanto, a exploração desenfreada das águas dos rios Amu Darya e o Syr Darya, a fim de ampliar a produção irrigada, gerou prejuízos socioeconômicos e, principalmente, ambientais incalculáveis.

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2014

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Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. 144-145.

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• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse recurso hídrico de maneira predatória.

Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de Aral representada por meio de imagens de satélite retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.

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• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse recurso hídrico de maneira predatória.

Sugestão de livros

Sugestão de filmes

Apresenta a sinopse de livros que tratam de temas relacionados ao assunto estudado.

Apresenta a sinopse 133 dog20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd filme que contextualiza e enriquece o tema abordado.

Sugestão de sites

Visita

Apresenta a descrição resumida e o endereço

Sugestão de visita a lugares como 10/15/18 4:49 PM museus feiras-livres, praças etc., com o intuito de complementar o estudo dos temas abordados em sala de aula.

do site que contextualiza e enriquece o tema abordado.

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Os ícones Para ajudar a organizar o estudo dos alunos e o andamento das aulas, a coleção conta com ícones que indicam o momento dos questionamentos ao longo do livro. Veja a seguir explicações sobre cada um deles.

Ícone no caderno

Este ícone indica que a resposta da atividade deve ser apresentada oralmente.

Ícone proporção

Ícone cor

Este ícone indica Este ícone indica que a resposta que o elemento da atividade deve representado está ser realizada no de proporção 8. Observe a bacia hidrográfica no mapa abaixo. fora Em seguida responda às questões no caderno. caderno. em relação à a ) Identifique o rio principal desta bacia. realidade.

Este ícone indica que as cores dos elementos representados se assemelham à realidade. Capítulo 4

Ícone oral

E. Cavalcante

b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa? c ) Em que estado brasileiro esBacia hidrográfica do rio Jequitinhonha tá localizada a nascente do rio principal? BA d ) Onde o rio principal deságua? e ) Diferencie a nascente da foz de um rio.

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Refletindo sobre o capítulo

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Capítulo 4

8. Observe a bacia hidrográfica no mapa abaixo. Em seguida responda às questões no caderno. a ) Identifique o rio principal desta bacia.

E. Cavalcante

b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa? c ) Em que estado brasileiro esBacia hidrográfica do rio Jequitinhonha tá localizada a nascente do rio principal? BA d ) Onde o rio principal deságua?

e ) Diferencie a nascente da foz de um rio.

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Bacia do rio Jequitinhonha

Seção localizada no final de todos os Rios capítulos. permanentes

Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Bacia do Rio Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/ mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018.

MG

Essa seção trará afirmações relacionadas aos OCEANO ATLÂNTICO principais assuntos estudados ES no capítulo. N

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42° O o aluno será Com base nelas, orientado a refletir e a realizar uma autoavaliação, estabelecendo relações Refletindo sobre o capítulo com reflita o quesobre aprendeu. Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, os temas nele apresentados. S

17° S

í

Bacia do rio Jequitinhonha Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Bacia do Rio Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/ mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018.

Rios permanentes

MG

OCEANO ATLÂNTICO

N

60 km

ES

L

O

0

S

42° O

Refletindo sobre o capítulo

Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• Relevo é o conjunto das formas que a superfície da Terra apresenta, que são formadas e

• Relevo é o conjunto das formas que a superfície da Terra apresenta, que são formadas e

transformadas por agentes internos, como os terremotos e vulcões, e externos, como a água, o vento e o gelo.

• As camadas internas da Terra se diferenciam de acordo com a profundidade, a composição e a temperatura. São elas: crosta, manto e núcleo.

• A crosta terrestre é dividida em grandes partes denominadas placas litosféricas, que deslizam sobre o manto.

transformadas por agentes internos, como os terremotos e vulcões, e externos, como a água, o vento e o gelo.

• As camadas internas da Terra se diferenciam de acordo com a profundidade, a composi-

• As rochas que compõem a superfície terrestre são formadas por minerais de características distintas e podem ser classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.

• As principais formas do relevo continental são classificadas em: depressões, planícies, planaltos e montanhas.

• As águas oceânicas possuem características diferentes de acordo com a temperatura e a salinidade. A temperatura das águas oceânicas varia de acordo com a latitude. tes tanto na superfície quanto no subsolo dos continentes.

• A variação do volume e do nível das águas dos rios é chamada de regime fluvial e divide-se em dois períodos: o da vazante e o da cheia.

ção e a temperatura. São elas: crosta, manto e núcleo.

• A crosta terrestre é dividida em grandes partes denominadas placas litosféricas, que des-

• As águas continentais compreendem as porções de águas, em sua maioria doce, existen-

lizam sobre o manto.

• As rochas que compõem a superfície terrestre são formadas por minerais de característi-

• Bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde correm um rio principal e seus afluentes.

cas distintas e podem ser classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.

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• As principais formas do relevo continental são classificadas em: depressões, planícies, g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd 137

planaltos e montanhas.

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• As águas oceânicas possuem características diferentes de acordo com a temperatura e a salinidade. A temperatura das águas oceânicas varia de acordo com a latitude.

• As águas continentais compreendem as porções de águas, em sua maioria doce, existen-

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tes tanto na superfície quanto no subsolo dos continentes.

• A variação do volume e do nível das águas dos rios é chamada de regime fluvial e divide-se em dois períodos: o da vazante e o da cheia.

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• Bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde

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Manual do professor O Manual do professor apresentado nesta coleção é organizado em duas partes. Na primeira, que está localizada no início de cada volume, estão presentes as informações gerais sobre a coleção, as relações estabelecidas com a BNCC e a fundamentação teórico-metodológica adotada. A se-

gunda parte do manual, por sua vez, é composta de orientações nas laterais e nos rodapés, que buscam subsidiar e complementar o trabalho em sala de aula. A seguir, veja as características das seções presentes neste manual.

Objetivos do capítulo No início de cada capítulo, são apresentados os objetivos a serem desenvolvidos pelos alunos. Você pode utilizar essa seção como modo de orientar suas aulas e também para acompanhar o aprendizado dos alunos.

Orientações gerais A fim de orientar o trabalho com os conteúdos (proposto em páginas de teoria e em seções, como Momento da Cartografia e Explorando o tema), serão apresentadas instruções, informações complementares, sugestões e outras orientações que vão auxiliá-lo na condução da aula.

Respostas Esse boxe é utilizado sempre que houver necessidade de apresentar resposta às questões nas laterais ou nos rodapés.

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BNCC Nessa seção são indicadas as relações entre os conteúdos da coleção e a BNCC. Assim, são elencados os temas contemporâneos, as competências gerais, as competências específicas para a área de Ciências Humanas e para o componente curricular Geografia, bem como as habilidades.

Sugestão de atividade Serão indicadas sugestões de atividades a serem abordadas pelo professor com a turma, para aprofundar os conteúdos quando oportuno.

Indicações de outras fontes As Orientações gerais também apresentam indicações de livros, sites e filmes para ampliar seus conhecimentos.

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Refletindo sobre o capítulo Ao final de cada capítulo são apresentadas orientações para o professor explorar essa seção com os alunos, auxiliando-os na autoavaliação e verificando o desenvolvimento das habilidades da BNCC.

Integrando saberes Esse boxe apresenta as relações de determinados conteúdos com outros componentes curriculares, possibilitando uma articulação entre as diferentes áreas do conhecimento.

Material digital Esse quadro apresenta sugestões ao longo do conteúdo para a utilização do material digital (sequências didáticas, projetos integradores e avaliações).

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Material audiovisual Nas indicações relacionadas a esse tipo de material, são apresentadas sugestões de arquivo de áudios e vídeos que possibilitam uma complementação do conteúdo abordado no livro do aluno.

Textos complementares Nas Orientações gerais também serão apresentados textos que poderão contribuir com a sua formação ou ser utilizados no trabalho com os alunos.

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Material digital Esta coleção oferece um Material digital que foi elaborado para contribuir com a organização do trabalho do professor em sala de aula. Assim como este manual, o Material digital apresenta recursos que propiciam o desenvolvimento de objetos de conhecimento e habilidades em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esses recursos são organizados em: planos de desenvolvimento, projetos integradores, sequências didáticas, propostas de acompanhamento das aprendizagens e material audiovisual. Cada um dos elementos que compõem o Material digital está estruturado em bimestres e alinhado a esta coleção. Neste Manual do professor, são identificadas oportunidades para aplicação deles junto aos alunos. Vale salientar que essas oportunidades configuram um complemento ao trabalho em sala de aula, portanto não devem ser consideradas como as únicas ferramentas de ensino. A seguir, são descritos mais detalhes sobre os elementos que compõem esse material.

Plano de desenvolvimento Cada bimestre apresenta um plano de desenvolvimento. O plano de desenvolvimento apresenta um panorama da distribuição dos objetos de conhecimento e suas respectivas habilidades na BNCC em cada bimestre do livro do aluno. Além disso, esse elemento reúne orientações que podem auxiliar o trabalho do professor em diversos momentos. Seguem algumas delas. • Práticas didático-pedagógicas relacionadas às habilidades desenvolvidas em cada bimestre. • Práticas recorrentes na sala de aula que favorecem o desenvolvimento de habilidades vinculadas aos conteúdos do bimestre. • Objetivos de aprendizagem e habilidades essenciais para os alunos avançarem nos estudos. • Indicações de livros, filmes, sites, entre outras fontes de pesquisa e consulta que se relacionam aos conteúdos do bimestre.

• Projeto integrador que articula objetos de conhecimento e habilidades de diferentes componentes curriculares.

Projeto integrador Cada plano de desenvolvimento apresenta um projeto integrador. Além de viabilizar o trabalho com componentes curriculares integrados, esse recurso é organizado em etapas conduzidas de modo a auxiliar na gestão da sala de aula e no acompanhamento das aprendizagens dos alunos. Cada etapa desenvolve atividades direcionadas à elaboração de um produto final a ser apresentado pelos alunos aos seus familiares, a toda a comunidade escolar ou à comunidade em geral.

Sequências didáticas Para cada bimestre são apresentadas três sequências didáticas. As sequências didáticas são atividades complementares, independentes do livro do aluno, conduzidas de modo a auxiliar na gestão da sala de aula e com orientações a respeito do acompanhamento das aprendizagens dos alunos. Esses recursos se organizam com base em objetivos de aprendizagens relacionados aos objetos de conhecimento e às habilidades propostos no plano de desenvolvimento para cada bimestre.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem O Material digital oferece ferramentas bimestrais para contribuir no processo de acompanhamento da aprendizagem dos objetos de conhecimento e habilidades desenvolvidos a cada bimestre. Cada proposta de acompanhamento da aprendizagem é composta de uma avaliação e uma ficha de acompanhamento das aprendizagens.

Avaliação Cada avaliação apresenta dez questões em uma estrutura pronta para ser entregue aos alunos. Essas avaliações são acompanhadas de gabaritos que contemplam as respostas

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corretas, possíveis interpretações das respostas dos alunos e sugestões de reorientação de planejamento, de modo a contribuir com o acompanhamento das aprendizagens dos alunos. Além disso, as avaliações apresentam uma grade de correção com o objetivo de facilitar a aferição das habilidades avaliadas.

Ficha de acompanhamento das aprendizagens As fichas de acompanhamento das aprendizagens são instrumentos que possibilitam uma aferição de aprendizagem objetiva em relação aos objetivos de aprendizagem do bimestre. Essas fichas são in-

dividuais e podem auxiliar o trabalho do professor, principalmente, nas reuniões do conselho de classe e no atendimento dos pais ou responsáveis pelos alunos.

Material digital audiovisual O material digital audiovisual é direcionado aos alunos e composto de áudios e vídeos que podem ser utilizados para sintetizar os assuntos estudados, aprofundar conceitos ou contribuir para a compreensão de determinados conteúdos. Esse material é direcionado ao estudante e tanto o livro do aluno quanto este manual identificam oportunidades em que os áudios e vídeos sugeridos podem ser trabalhados.

A Base Nacional Comum Curricular A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como objetivo definir as aprendizagens essenciais que os alunos desenvolverão de modo progressivo ao longo das etapas da educação básica. Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, esse documento normativo apresenta uma concepção de educação baseada em princípios éticos, políticos e estéticos que favorecem a formação integral dos estudantes. Nesse sentido, a BNCC valoriza a formação cognitiva dos alunos, mas também reconhece a necessidade de trabalhar com aspectos socioemocionais, buscando combater problemas como o preconceito e valorizar a diversidade. Além disso, a BNCC apresenta orientações para a construção de uma sociedade justa, democrática, inclusiva e preocupada com os problemas contemporâneos. Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as

necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea. Isso supõe considerar as diferentes infâncias e juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial de criar novas formas de existir. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 14. Disponível em: <http://basenacionalcomum. mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

Na etapa do Ensino Fundamental (Anos Finais), a BNCC sugere que seja feito um trabalho de retomada e aprofundamento do que foi desenvolvido na etapa dos Anos Iniciais, principalmente por causa da maior especialização assumida pelos componentes curriculares. Nos Anos Finais, os alunos devem fortalecer também sua autonomia ao refletir de modo crítico, realizando argumentações coerentes, análises embasadas criteriosamente e buscando sempre valorizar o diálogo e os princípios dos direitos humanos. Nesse período da vida escolar, os estudantes vivenciam uma etapa de transição à adolescência, o que impõe muitos desafios em relação à formação de sua personalidade, por exemplo. Eles também estão inseri-

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dos em uma cultura digital em ascensão, que deve ser pouco a pouco incorporada pela escola de modo crítico e responsável. Considerando esse contexto, a BNCC pre-

tende contribuir para evitar análises superficiais, fragmentadas e imediatistas, buscando fornecer subsídios para o desenvolvimento pleno, social e pessoal dos alunos.

As competências da BNCC A organização da BNCC foi estabelecida por meio da definição de competências gerais, competências específicas de área e competências específicas dos componentes curriculares. Nesta coleção, as competências gerais serão trabalhadas ao longo dos conteúdos,

nas atividades e nas propostas disponibilizadas nas orientações ao professor. Nesses momentos, os alunos serão incentivados a realizar reflexões que os levem a desenvolver seu senso crítico e sua capacidade de mobilização social diante dos desafios contemporâneos.

Competências gerais da BNCC 1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historica-

mente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à

abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3 Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4 Utilizar diferentes linguagens ‒ verbal (oral ou

visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital ‒, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5 Compreender, utilizar e criar tecnologias digi-

tais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências

culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7 Argumentar com base em fatos, dados e infor-

mações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde

física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de

conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia,

responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 9-10. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

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O trabalho com desenvolvimento das competências gerais auxilia os alunos a estabelecer relações com sua vida cotidiana, resolver problemas e atuar de modo consciente no mundo. Algumas iniciativas em sala de aula podem favorecer o trabalho com as compePesquisa

tências gerais, auxiliando os alunos a mobilizar seus conhecimentos para se tornarem pessoas atuantes na sociedade. Leia a seguir algumas estratégias didáticas que podem ser desenvolvidas para que as competências gerais sejam contempladas no trabalho com esta coleção.

Diálogo

Produção de textos escritos

CG 1, 2, 5

CG 4, 7, 8, 9

CG 1, 4, 7

Em atividades que permitem desenvolver essas competências, os alunos são orientados a usar de modo responsável os meios digitais, além de exercitar sua curiosidade intelectual.

Diferentes abordagens de diálogo são propostas ao longo da coleção, nas quais os alunos são levados a utilizar diversas linguagens para se expressar, desenvolvendo também a capacidade de argumentação.

Durante a coleção, os alunos poderão utilizar os conhecimentos construídos ao longo dos capítulos para expressar-se por meio da linguagem escrita para argumentar, formular reflexões, registrar informações etc.

Contexto local

Interpretação

Análise de imagens

CG 6, 8, 10

CG 1, 4, 7

CG 1, 2, 3

Em alguns momentos da coleção, serão estabelecidas relações entre os conteúdos e o contexto de vivência dos alunos. Desse modo, eles poderão refletir sobre a realidade em que vivem para que possam propor possíveis intervenções.

Para compreender de modo crítico os conteúdos apresentados no material, é necessário trabalhar a capacidade de interpretação. Desse modo, os alunos terão fundamentação para explicar a realidade e reconhecer a diversidade.

As análises de imagens permitem que os alunos desenvolvam seu senso estético, valorizando diferentes manifestações culturais.

Esta coleção também contempla as competências específicas de área e as competências específicas dos componentes curriculares, propostas pela BNCC. Competências específicas de Ciências Humanas 1 Compreender a si e ao outro como identidades

diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

2 Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.

3 Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

4 Interpretar e expressar sentimentos, crenças e

dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

5 Comparar eventos ocorridos simultaneamente

no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

6 Construir argumentos, com base nos conheci-

mentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabili-

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dade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

7 Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 355. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

Competências específicas de Geografia 1 Utilizar os conhecimentos geográficos para en-

tender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

2 Estabelecer conexões entre diferentes temas do

conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

3 Desenvolver autonomia e senso crítico para

compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

4 Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

5 Desenvolver e utilizar processos, práticas e pro-

cedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

6 Construir argumentos com base em informa-

ções geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

7 Agir pessoal e coletivamente com respeito,

autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. p. 364. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 5 set. 2018.

Os temas contemporâneos e a formação cidadã No decorrer desta coleção, procuramos estimular os alunos à participação social, política e cidadã. Para isso, nesta obra, os alunos encontrarão auxílio para compreender a cidadania como a efetivação de seus direitos básicos, de modo a combater as diversas formas de segregação. É muito importante entender bem o que é cidadania. Trata-se de uma palavra usada todos os dias, com vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o direito de viver decentemente. Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento, processar um médico que tenha agido com negligência. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o

direito de ser negro, índio, homossexual, mulher, sem ser discriminado. De praticar uma religião sem ser perseguido. Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios da cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública. O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. [...] DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 2005. p. 12-13.

Ao longo da coleção, a noção de cidadania será trabalhada de modo integrado aos temas contemporâneos apontados pela BNCC. Conheça mais sobre esses temas no quadro abaixo.

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O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aprovado no Brasil em 1990, trata da necessidade de conceder proteção integral à criança e ao adolescente, atribuindo prioridade a essa parcela da sociedade em diversos setores públicos e na destinação de recursos. Essa nova concepção acerca das crianças e dos adolescentes passou a compreendê-los como pessoas em estágio de desenvolvimento e que requerem atenção e proteção da sociedade como um todo. Nesse sentido, prima-se por uma educação que destaque elementos como a prevenção do trabalho e a exploração infantil, a promoção da convivência familiar saudável, a prevenção da violência intrafamiliar, além do incentivo e apoio à ampliação do universo cultural das crianças e adolescentes. Problemas relacionados à convivência no trânsito se impõem como um dos grandes desafios atuais, principalmente em um mundo cada vez mais urbanizado e com escassos investimentos em planejamento de infraestrutura. Nesse sentido, a educação para o trânsito tem como objetivo contribuir para reflexões sobre posturas responsáveis e sustentáveis de pedestres, ciclistas e motoristas. Considerando as perspectivas alarmantes divulgadas nos últimos anos sobre a situação do planeta, discutir a educação ambiental na escola tornou-se algo essencial. Essa formação visa preparar cidadãos que sejam preocupados, conscientes e que consigam tomar atitudes adequadas em relação ao consumo de recursos, à poluição, ao despejo indevido de resíduos, à implantação de energias alternativas, entre outras questões. Nesse sentido, assuntos como o desenvolvimento sustentável e o consumo consciente devem fazer parte do cotidiano dos alunos. A preocupação com a alimentação e com o aprimoramento nutricional também é muito importante no contexto atual. Com os altos níveis de industrialização vivenciados nos últimos anos e com a aceleração do ritmo de vida imposta pelo sistema capitalista, nos submetemos a uma alimentação muitas vezes de má qualidade e sem critérios adequados para saúde. Assim, a educação nutricional se faz necessária, para que possamos identificar e seguir melhores hábitos. O Estatuto do Idoso foi aprovado no Brasil em 2003, visando garantir o bem-estar das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Nesse documento, uma série de leis busca promover o respeito, a autonomia, a integração e a participação efetiva dos idosos na sociedade brasileira. A educação tem um papel relevante a cumprir na efetivação dessas leis, atuando na conscientização dos alunos sobre a importância das pessoas idosas em nossa sociedade, buscando promover a sociabilização e o compartilhamento de experiências entre pessoas idosas e alunos. A noção de direitos humanos foi construída historicamente, ao longo de anos de lutas e mobilizações. Tratar o outro com dignidade, considerando sua condição humana fundamental, é um dever de todos. A escola se apresenta então como um espaço ideal para que essas noções sejam discutidas. Desse modo, busca-se combater concepções e atitudes que tenham como base perspectivas discriminatórias. A aprovação de leis afirmativas, como a lei no 10.639, de 2003, que determinou a introdução do ensino de história da África e da cultura afro-brasileira, e a lei no 11.645 de 2008, que estabeleceu a obrigatoriedade da inclusão de história e cultura dos povos indígenas aos alunos dos níveis fundamental e médio, colabora para a desconstrução de preconceitos e estereótipos sobre africanos e indígenas, fortemente impregnados no conteúdo escolar. No caso da inserção da história da África e da cultura afro-brasileira e da história e cultura indígenas nos currículos dos ensinos fundamental e médio, vemos a expansão dos direitos de grupos tradicionalmente marginalizados, os quais têm agora sua cultura e sua contribuição para a construção da sociedade brasileira reconhecidas, ao mesmo tempo que as especificidades desses grupos devem ser valorizadas como responsáveis por contribuições originais na formação de nosso povo.

Direitos da criança e do adolescente

Educação para o trânsito

Educação ambiental

Educação alimentar e nutricional

Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso

Educação em direitos humanos

Educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena

Saúde A escola apresenta um papel importante nas reflexões dos estudantes sobre sua saúde. Os conhecimentos apreendidos com base nos componentes curriculares e na convivência diária no ambiente escolar devem sempre contribuir para a formação de hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos e a higiene, além de promover o cuidado com o bem-estar físico, mental e emocional. Conceber a convivência familiar e social como um tema significativo de ser abordado com os estudantes faz parte da proposta de educação integral. Assim, é necessário que se tenha na escola reflexões sobre: diferentes constituições familiares, conceito de concepções patriarcais e matrilineares, papel dos membros familiares, regras de convivência com diferentes grupos, importância do diálogo e do respeito, entre outras discussões.

Vida familiar e social

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Educação para o consumo

Educação financeira e fiscal

Nos últimos anos, o estabelecimento de políticas responsáveis de consumo tem sido um grande desafio, levando em conta a repercussão dos meios de comunicação em incentivar o consumo de bens e serviços de modo desenfreado. Com isso, a educação para o consumo visa contribuir para que os estudantes analisem criticamente o contexto atual, identificando assim atitudes consumistas e possíveis alternativas sustentáveis em seu dia a dia. É papel do cidadão compreender as dinâmicas que envolvem a aplicação de investimentos tributários pelo poder público e também saber lidar com aspectos da economia. Assim, a escola pode contribuir para a formação inicial dos estudantes em relação à educação financeira, apresentando reflexões que envolvam noções de planejamento financeiro, aplicação, investimentos, consumo consciente, tomada de decisões etc.

Trabalho

Ciência e tecnologia

Diversidade cultural

Reflexões sobre as relações de trabalho são importantes para os alunos compreenderem de modo crítico o mundo em que vivemos. Temas como trabalho infantil, desemprego, direitos trabalhistas, importância dos sindicatos e trabalho escravo devem ser abordados em sala de aula para auxiliar os alunos a perceber as dinâmicas do sistema capitalista nas quais estão inseridos. A partir de discussões como essas, é possível auxiliar os alunos a analisarem as condições adversas que podem estar presentes em seu dia a dia, como é o caso da desigualdade social. Refletir criticamente sobre as aplicações do desenvolvimento científico, analisando as tecnologias sob diferentes perspectivas e olhares, torna-se essencial no contexto contemporâneo. O espaço escolar deve estar aberto às transformações e às modernizações, aplicando-as com responsabilidade e capacitando os alunos a desenvolver o uso consciente desses recursos. Entrar em contato com povos e culturas variados permite aos estudantes desenvolverem a ideia de diversidade, reconhecendo, portanto, que o mundo é formado por diferentes modos de vida e tradições. Uma educação escolar voltada à valorização da diversidade favorece a desconstrução de ideias etnocêntricas. Nesse sentido, o Brasil surge como país privilegiado para discutir tais questões, vista a grande diversidade de etnias que contribuíram para a formação do povo brasileiro.

O papel do professor O professor vem desempenhando cada vez mais um papel de mediador entre os conteúdos específicos de cada componente curricular e os conhecimentos adquiridos pelos alunos. Assim, o professor deve desenvolver de maneira constante a reflexão para demonstrar que o ato de estudar não é apenas fundamental, mas também prazeroso, despertando, assim, o interesse dos alunos. A união entre teoria e prática geralmente ocorre quando o professor propicia aos alunos momentos em que eles possam debater, refletir e emitir opiniões sobre acontecimentos ocorridos em contextos locais e mundiais. Dessa forma, a prática reflexiva sobre os conteúdos estudados é essencial para o ensino contextualizado. É fundamental que o professor tenha sensibilidade para perceber as singularida-

des do relacionamento professor-aluno e aluno-aluno, intervindo em casos de possíveis dificuldades de aprendizagem e conduzindo suas aulas de modo a promover a construção do conhecimento pautada em respeito e empatia. Para isso, o docente deve ter autonomia, tanto perante seus alunos quanto perante os colegas. Essa autonomia refere-se à capacidade de fazer escolhas e de posicionar-se, participando de maneira cooperativa diante de percalços e desafios. É importante que, ao adotar essa postura, o professor se esquive de atitudes impositivas, alheias ao interesse coletivo, e se dispa de conceitos preestabelecidos. Além disso, faz parte do papel do professor estimular a autonomia do estudante, a fim de que ele assuma um papel proativo em sala de aula – e, também, fora dela –, encorajando e sendo encorajado ao questio-

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namento e à argumentação em suas tomadas de decisões. Para isso, o professor deve assumir a responsabilidade no processo ensino-aprendizagem, preservando a consciência de que suas ações refletem diretamente no desenvolvimento dos alunos.

Para adotar a postura mediadora, a formação do professor deve ser constante, extrapolando a sua formação inicial e firmando-se em uma carreira docente construída por meio da observação dos alunos e da atualização de práticas e conteúdos.

Práticas pedagógicas A avaliação A importância da avaliação A avaliação é um instrumento que o professor possui para diagnosticar, analisar, sistematizar e orientar suas ações pedagógicas. Entende-se a avaliação como um diálogo contínuo entre professor e aluno, uma vez que, quando elaborada em concordância com o conteúdo ensinado, serve como resposta concreta à prática do professor e ao processo de ensino-aprendizagem. No contexto em que atua, deve estar claro para o professor que além de a avaliação ser importante, seu processo deve ser contínuo e não se restringir a resultados ou a momentos definidos e estanques, pois ela diagnostica os reais problemas e defasagens na aprendizagem dos alunos e colabora para a evolução de seu conhecimento. Segundo Bonesi e Souza, a avaliação é definida como: [...] o ato por meio do qual A e B avaliam juntos a prática implementada, as aprendizagens efetivadas, as conquistas erigidas, o desenvolvimento conquistado, os obstáculos encontrados ou os erros e equívocos porventura cometidos. Daí seu caráter dialógico. BONESI, Patrícia Góis; SOUZA, Nadia Aparecida de. Fatores que dificultam a transformação da avaliação na escola. Estudos em avaliação educacional, v. 17, n. 34, maio/ago. 2006. p. 134.

Assim, professores e alunos participam da avaliação, que só acontece efetivamente se as dificuldades, os erros e os acertos fizerem sentido para ambos, como uma via de mão dupla para o ensino e a aprendizagem.

O professor pode desenvolver, dentro de sua atuação em sala de aula, três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa (também conhecida como classificatória). A avaliação diagnóstica deve ser realizada a cada início de um ciclo de estudos, já que se constitui uma sondagem do que os alunos conhecem, ao mesmo tempo que é uma projeção do que o professor deverá planejar para seu trabalho com os próximos conteúdos. Segundo Santos e Varela (2007, p. 4), “É uma etapa do processo educacional que tem por objetivo verificar em que medida os conhecimentos anteriores ocorreram e o que se faz necessário planejar para selecionar dificuldades encontradas.”. Já a avaliação formativa é importante que seja utilizada durante todo o processo de ensino-aprendizagem, pois está relacionada aos aspectos que proporcionam a formação dos alunos e considera o processo de aprendizagem tão importante quanto aquilo que se aprende. A avaliação formativa privilegia a observação do processo ensino-aprendizagem por meio de diversos instrumentos que podem ser utilizados para verificar o alcance dos objetivos almejados, o domínio do conhecimento, os avanços, as dificuldades em que o aluno necessita de uma nova abordagem. O erro é visto como parte integrante de uma caminhada e revela a necessidade interventiva em determinado conteúdo ou em dado momento. GAVASSI, Susana Lisboa. Avaliação formativa: um desafio aos professores das séries finais do ensino fundamental. Medianeira: UTFPR, 2012. p. 21.

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A avaliação somativa pretende ajuizar o progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já colhidos por avaliações do tipo formativa e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino. Corresponde a um balanço final, a uma visão de conjunto relativo a um todo sobre o qual, até então, só haviam sido feitos juízos parcelares. É fato que a avaliação somativa é a mais utilizada nas escolas e que, em muitos casos, representa um caráter classificatório. Cabe ao professor pensar na avaliação como um processo que vai além de sua mera realização, que precisa ser cuidadosamente elaborado. O resultado dessa avaliação, por sua vez, deve ser devolvido e revisado com os alunos, para perceberem o ensino como um processo, o que implica rever os motivos de seus erros a fim de avançar na aprendizagem. O planejamento do processo de avaliação deve incluir conteúdos trabalhados em sala de aula de maneira contextualizada e reflexiva, levando em consideração o processo de aprendizagem do aluno. Deve, ainda, na medida do possível, conter atividades que valorizem diferentes formas de expressão do conhecimento do aluno, como exercícios objetivos, dissertativos, trabalhos em grupo, debates, e assim por diante. Para que a avaliação não se torne uma forma de seleção e exclusão, focada apenas em princípios de eficiência e competitividade, é importante haver um canal de comunicação entre alunos e professor. Desse modo, os critérios da avaliação, seja ela formativa ou somativa, precisam ser apresentados e discutidos antes de sua realização, para que o aluno saiba como e sob quais aspectos será avaliado. Quando elaborada, aplicada e revisada corretamente, a avaliação perde seu caráter punitivo e excludente e passa a avaliar o aluno de maneira formativa e continuada, além de possibilitar que o professor reveja sua prática pedagógica.

A autoavaliação A autoavaliação tem papel fundamental na democratização da avaliação. A utilização dessa ferramenta possibilita tanto a alunos quanto a professores avaliarem seu desempenho em sala de aula. [...] Para o aluno autoavaliar-se é altamente favorável o desafio do professor, provocando-o a refletir sobre o que está fazendo, retomar passo a passo seus processos, tomar consciência das estratégias de pensamento utilizadas. Mas não é tarefa simples. Para tal, ele precisará ajustar suas perguntas e desafios às possibilidades de cada um, às etapas do processo em que se encontra, priorizando uns e outros aspectos, decidindo sobre o quê, como e quando falar, refletindo sobre o seu papel frente à possível vulnerabilidade do aprendiz. [...] HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001. p. 54.

Portanto, ao desafiar os alunos, o professor também passa a refletir sobre a sua atuação nos processos didáticos, adequando-se às necessidades do dia a dia em sala de aula e tomando consciência de seu papel diante dos desafios do processo de ensino-aprendizagem. Veja a seguir sugestões de questionamentos autoavaliativos que podem ser apresentados aos alunos.

• O que estou aprendendo? • O que eu já aprendi? • De que forma poderia aprender melhor? • Como poderia agir/participar para aprender mais?

• Que tarefas e atividades foram realizadas?

• O que aprendi com elas? O que mais poderia aprender?

• O que eu aprendi, com meus colegas e professores, a ser e a fazer?

• De que forma contribuí para que todos aprendessem mais?

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A defasagem em sala de aula Cada aluno aprende de um jeito. Dentro de uma mesma sala de aula temos uma diversidade de alunos quando pensamos em características comportamentais e cognitivas. Cada um tem uma história, que é única, e decorre das particularidades de sua estrutura biológica, psicológica, familiar e sociocultural, resultando em diferenças que interferem diretamente na maneira como eles se apropriam do conhecimento na escola, ou seja, eles aprendem de formas diversas. Como salienta Bencini (2003), “As crianças [e os adolescentes] são o resultado de suas experiências. Para compreender seu desenvolvimento é preciso considerar o espaço em que elas vivem, a maneira como constroem significados, as práticas culturais etc.”. A questão norteadora do trabalho docente deve ser: como enfrentar a heterogeneidade das turmas? Tendo em vista essas condições, é importante estarmos conscientes de que os níveis de aprendizagem em uma sala de aula serão distintos, e devemos estar preparados para lidar com esse aspecto do trabalho docente, de modo que o desenvolvimento dos alunos não seja prejudicado. É função da escola “[...] detectar a diversidade presente nas salas de aula e criar condições para que os conteúdos trabalhados, quando não são bem compreendidos, sejam retomados em classe com novas atividades e estratégias de ensino” (FRAIDENRAICH, 2010). Antes mesmo de refletirmos sobre rendimento e defasagem escolar, salientamos que, para um bom desempenho dos alunos em sala de aula, é fundamental que eles compreendam a importância dos estudos e abandonem a visão pessimista que muitos têm de que “estudar é chato”. Atividades instigantes, desafiadoras e que saiam da rotina contribuem para atrair a atenção do aluno e para o desenvolvimento de competências que favoreçam tanto a aprendizagem quanto a sua formação socioemocional. O envolvimento da família nesse processo é de suma importância para criar uma relação de confiança com a escola.

O rendimento escolar dos alunos e a possível defasagem em sala de aula podem ser influenciados por aspectos cognitivos (crianças com necessidades especiais relacionadas à linguagem, à percepção ou ao raciocínio, por exemplo, ou outros problemas de saúde), socioculturais (ambiente familiar, lugar onde mora, convívio social, oportunidade de desenvolvimento de atividades extracurriculares, tempo e lugar para se dedicar aos estudos em casa, relação da família com a escola e participação no processo de educação, entre outros) e político-institucionais (legislação educacional, trabalhista e de saúde em seus diversos níveis, metodologia de ensino adotada pela escola, corpo diretivo escolar, qualificação e motivação dos professores, infraestrutura da escola etc.). Desse modo, é necessário refletirmos a respeito das situações de ensino e aprendizagem que podem detectar os tipos de defasagens dos alunos. Para conhecer os níveis de aprendizagem dos alunos e detectar uma possível defasagem, as ferramentas de avaliação e o trabalho do professor em conjunto com a coordenação pedagógica da escola são fundamentais. “O diagnóstico inicial, as provas, a observação de sala de aula, as atividades de sondagem, as tarefas de casa e a análise de cadernos e portfólios são alguns dos instrumentos que ajudam a ter um panorama da turma.” (FRAIDENRAICH, 2010). Geralmente, o que se faz em sala de aula é desenvolver o mesmo tipo de atividade para todos os alunos. Em vários casos, alguns alunos terminam mais rápido, outros precisam de mais tempo e outros nem conseguem realizar a atividade, de maneira que o objetivo de ensino-aprendizagem nem sempre é atingido. Essa situação acaba desestimulando aqueles que têm resultados e ritmos diferentes da maioria da classe. Uma possibilidade de auxiliar todos a atingirem os objetivos de aprendizagem de maneira satisfatória e eficiente é diversificar as estratégias de ensino, respeitando

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essa diversidade de modo a potencializar as habilidades de cada aluno. E quais são as estratégias de ensino que podem contribuir para corrigir as defasagens dos alunos? São muitas e devem variar de acordo com a realidade de cada comunidade escolar. No entanto, podem começar pelo espaço da sala de aula: em vez de trabalhar permanentemente com as carteiras enfileiradas, é possível alterar a organização delas em círculo ou em grupos, para que a interação entre os alunos flua. O importante é que a sala de aula seja um ambiente flexível. Também devem fazer parte da rotina os trabalhos em grupo, em dupla e individuais. Para cada um deles, é possível desenvolver diferentes habilidades. Ao propor trabalhos em dupla ou em grupo, é importante misturar alunos que possuam diferentes níveis de aprendizagem, pois dessa forma um ajuda o outro e desenvolvem diferentes competências, como trabalho em equipe, organização, liderança e empatia. Em outros momentos, concentrar nos grupos os alunos com níveis de aprendizagem semelhantes é relevante para dar a atenção necessária, e de maneira integrada, para o grupo. Já os trabalhos individuais permitem ao aluno momentos de autonomia e criatividade. Do mesmo modo, é importante utilizar outros espaços, além da sala de aula, para atividades de ensino e aprendizagem, como o pátio da escola, o laboratório, o bairro, uma praça, um parque municipal, um museu etc. Tais espaços possibilitam, muitas vezes, a aprendizagem de forma lúdica, informal, permanecendo o objetivo educativo. Outro ponto importante é alternar o uso de materiais pedagógicos – revistas, mapas, jogos didáticos, histórias em quadrinhos,

músicas, filmes – que desafiam o aluno a refletir e a diversificar as formas de aprendizagem e expressão do conhecimento formulado. Isso porque há alunos que são mais visuais, outros que são mais auditivos e outros, cinestésicos. A avaliação diagnóstica inicial, com atividades variadas de escrita, leitura e interpretação de diferentes linguagens, auxilia a detectar as principais características dos alunos, pois alguns podem ter dificuldades em interpretar uma música (estímulo auditivo), por exemplo, enquanto outros podem ter bom desempenho em analisar uma imagem (estímulo visual). Utilizar ferramentas digitais também é um ótimo recurso, quando corretamente empregado e mediado pelo professor. No caso das escolas que tenham sala de tecnologia, o professor pode usar as ferramentas como sites e aplicativos para corrigir as defasagens. Em alguns casos, quando se detecta que a defasagem de determinado aluno está muito aquém do desempenho da turma, é importante desenvolver atividades educativas separadas dos demais, para avançar com ele na compreensão de certos conteúdos. Para isso, sempre que possível, reserve momentos, ainda que semanais, para acompanhar individualmente as atividades realizadas por alguns alunos. Em outros casos, atividades extras em sala separada, com auxílio de outro professor e da coordenação pedagógica, são conduções relevantes para a progressão do aluno. Em todas essas situações, o professor deve planejar seu cotidiano, “Por isso, é papel de todo professor ter muito claros os objetivos e resultados que pretende alcançar com uma atividade, para não exigir mais nem menos da turma.” (BENCINI, 2003).

O ensino interdisciplinar O conceito norteador de um trabalho educacional feito em parceria, fruto de uma

pedagogia integradora, é o de interdisciplina, definido a seguir.

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[...] Interdisciplina — Interação existente entre duas ou mais disciplinas. Essa interação pode ir da simples comunicação de ideias à integração mútua dos conceitos diretores da epistemologia, da terminologia, da metodologia, dos procedimentos, dos dados e da organização referentes ao ensino e à pesquisa. Um grupo interdisciplinar compõe-se de pessoas que receberam sua formação em diferentes domínios do conhecimento (disciplinas) com seus métodos, conceitos, dados e termos próprios. [...] FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2011. p. 54.

Em sala de aula, essa interação pode ocorrer, por exemplo, por meio de projetos investigativos ou de pesquisa. Por apresentarem etapas, como planejamento, levantamento de hipóteses, coletas de dados, análises, deduções e conclusões, essas atividades possibilitam maior integração entre os componentes curriculares. Além disso, elas podem criar situações de aprendizagem de forma dinâmica, por meio da reflexão, do questionamento e da argumentação dos alunos. Dentro dessa perspectiva, um trabalho interdisciplinar preocupa-se em relacionar os conceitos de maneira articulada, levando em conta os objetivos gerais e específicos de cada componente curricular envolvido, com o propósito de evitar a fragmentação do conhecimento e instigar o interesse dos alunos para envolvê-los diretamente no processo de aprendizagem. Cabe enfatizar que o trabalho interdisciplinar deve estar ligado à vida dos alunos e às suas motivações, de modo que os envolva e se torne, além de útil, prazeroso. Nessas atividades, os alunos aprendem a trabalhar coletivamente, privilegiando a interação com os colegas e favorecendo o desenvolvimento da capacidade de argumentar e organizar as informações. O en-

volvimento dos alunos motiva o fortalecimento das relações entre professores de diferentes componentes curriculares. [...] O estilo de educação que prioriza o trabalho em equipe, que busca a interdisciplinaridade e o compromisso com a integralidade das ações e que procura respeitar as especificidades de cada profissão, está pautado nas concepções teóricas das metodologias ativas de ensino-aprendizagem. [...] BASSIT, Ana Zahira (Org.). O interdisciplinar: olhares contemporâneos. São Paulo: Factash Editora, 2010. p. 118.

Na escola, uma postura interdisciplinar traz contribuições quando os alunos começam a estabelecer um relacionamento de parceria e colaboração com a equipe escolar, bem como com a comunidade onde a escola está inserida. Propostas como essas abrangem estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; possibilita a formulação de um saber crítico-reflexivo com base no diálogo entre os conteúdos de diferentes componentes curriculares; e permite uma nova postura de professores e alunos diante do conhecimento, deixando de concebê-lo como algo estanque. [...] “Interdisciplinaridade” é um termo utilizado para caracterizar a colaboração existente entre disciplinas diversas ou entre setores heterogêneos de uma mesma ciência [...]. Caracteriza-se por uma intensa reciprocidade nas trocas, visando a um enriquecimento mútuo. [...] FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2011. p. 73.

A fim de promover a superação da fragmentação disciplinar, em sintonia com a BNCC, esta coleção propõe em diversos momentos uma articulação entre os componentes curriculares e seus respectivos objetos de conhecimento com base em temas,

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conteúdos, recursos e seções que favoreçam tal abordagem. A seção Encontro com..., por exemplo, apresenta essa proposta de maneira clara e fácil de ser reconhecida pelo professor. Em outros momentos, são apre-

sentadas orientações de desenvolvimento específicas para compreender quais componentes podem ser desenvolvidos com base na leitura de um texto ou na resolução de uma determinada atividade.

A competência leitora De acordo com pesquisas recentes, uma parcela significativa dos brasileiros, apesar de saber ler e escrever, não consegue compreender textos mais extensos ou complexos, ou seja, não tem competência leitora de qualidade. Sabendo que a capacidade de apreender aquilo que se lê e observa é imprescindível para participar efetivamente da vida em sociedade, é importante que a escola possibilite ao aluno desenvolver estratégias de leitura contínua e atenta que o auxiliem a compreender e explorar mensagens, verbais ou não verbais, em diversos níveis de cognição. O fato de um aluno ser considerado alfabetizado não significa que ele consiga utilizar a leitura e a escrita como maneiras de se expressar. Nesse sentido, a noção de competência leitora, especificamente, está ligada à prática de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno explorar as mensagens (estejam elas em textos, imagens, gráficos, formulários ou tabelas, por exemplo) em diversos níveis de cognição, o que viabiliza a interpretação e a compreensão para uma leitura mais crítica e autônoma, além da construção de novos saberes. A prática da leitura é importante para ampliar o vocabulário dos alunos e, consequentemente, torná-los mais seguros para desenvolver suas habilidades de comunicação oral e escrita. Ao desenvolver a competência leitora, o aluno estabelece mais facilmente relações entre os diversos assuntos que fazem parte do seu repertório cultural. Nesse sentido, é importante a criação de estratégias de leitura que permitirão ao aluno:

Extrair o significado do texto, de maneira global, ou dos diferentes itens incluídos nele. Saber reconduzir sua leitura, avançando ou retrocedendo no texto, para se adequar ao ritmo e às capacidades necessárias para ler de forma correta. Conectar novos conceitos com os conceitos prévios que lhe permitirão incorporá-los a seu conhecimento. SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37.

Além da leitura, a escrita também deve ser constantemente estimulada. A produção de textos incentiva os alunos a pensarem criticamente e a refletirem sobre aquilo que estão escrevendo. [...] Num mundo como o atual, em que os textos estão por toda parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social. Professores como você têm um papel fundamental nessa tarefa [...]. Independentemente de seu campo de atuação, você pode ajudar os alunos a ler e compreender diferentes tipos de texto, incentivando-os a explorar cada um deles. Pode ensiná-los a fazer anotações, resumos, comentários, facilitando a tarefa da interpretação. Pode, enfim, encaminhá-los para a escrita, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos na exploração de livros, revistas, jornais, filmes, obras de arte e manifestações culturais e esportivas. [...] RATIER, Rodrigo. O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas. Nova Escola. São Paulo: Abril, 10 jan. 2010. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1535/o-desafio-de-ler-ecompreender-em-todas-as-disciplinas>. Acesso em: 6 set. 2018.

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Se o objetivo principal é formar leitores autônomos com base na leitura de textos e imagens, é preciso favorecer esse processo escolhendo temas relevantes e interessantes à sua faixa etária; selecionando textos verbais com vocabulário e extensão adequados; apresentando ao aluno o objetivo das leituras, a fim de que ele perceba que em alguns momentos lemos para buscar informações e, em outros, a leitura consiste em diversão, por exemplo; orientando como a leitura deverá ocorrer: silenciosamente, guiada, em grupo etc. Ao longo desta coleção, o desenvolvimento da competência leitora é constantemente estimulado por meio da utilização de recursos textuais e imagéticos diversifi-

cados, aumentando a autonomia dos alunos e tornando-os sujeitos mais ativos no próprio aprendizado. Para favorecer a análise desses recursos, são propostas questões de interpretação no livro do aluno, além de sugestões de questões de análise nas orientações ao professor. Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recapitular para os colegas, opinar, resumir, comparar suas opiniões com relação ao que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. [...] SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução: Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1988. p. 173.

Recursos didáticos O uso de diferentes recursos didáticos propicia maior dinâmica em sala de aula, além de possibilitar que o aluno tenha acesso à informação por meio de diferentes linguagens, desenvolvendo assim estratégias de aprendizagem diversas, afinal, realizar uma pesquisa em um livro é diferente de realizar a mesma pesquisa em uma revista ou na internet, ainda que seja sobre o mesmo assunto, ler uma imagem é diferente de ler um texto verbal, e assim por diante. Dessa maneira, é importante compreender quais recursos podem ser utilizados em sala de aula e como esse uso pode efetivamente auxiliar o aluno a ser protagonista de seu aprendizado.

Tecnologia A tecnologia faz parte da evolução do ser humano e da história da humanidade. Atualmente, temos as tecnologias de informação e comunicação (TICs), que modificam as noções de tempo e espaço e influenciam diretamente as relações humanas. Elas permitem o processamento de qualquer tipo de informação, e a comunica-

ção ocorre em tempo real mesmo entre pessoas distantes geograficamente. A presença das TICs ampliou a gama de elementos disponíveis para enriquecer o trabalho em sala de aula, que há muito tempo já contava com recursos tecnológicos como televisão, filmes, músicas e projeções. O uso de tecnologias em sala de aula potencializa o processo de aprendizagem, favorecendo a interação entre professor, aluno e conhecimento. Além disso, por meio da internet, os recursos e as ferramentas tecnológicas transformam a escola em um espaço aberto, conectado com o mundo, capaz de promover trocas de experiências entre professores e alunos de outras localidades. É importante ressaltar, porém, que o uso de TICs é um instrumento para o processo de ensino-aprendizagem, e não o foco. A lousa, o giz e o professor compartilham espaço na sala de aula com televisores, CDs, DVDs, computadores, softwares, lousas digitais e projetores multimídia e não reduzem o papel da escola ou do professor na educação.

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[...] Os recursos semióticos que encontramos nas telas dos computadores são basicamente os mesmos que podemos encontrar em uma sala de aula convencional: letras e textos escritos, imagens estáticas ou em movimento, linguagem oral, sons, dados numéricos, gráficos, etc. A novidade, em resumo, está realmente no fato de que as TIC digitais permitem criar ambientes que integram os sistemas semióticos conhecidos e ampliam até limites inimagináveis à capacidade humana de (re)apresentar, processar, transmitir e compartilhar grandes quantidades de informação com cada vez menos limitações de espaço e de tempo, de forma quase instantânea e com um custo econômico cada vez menor (COLL e MARTÍ, 2001). [...] COLL, César; MAURI, Teresa; ONRUBIA, Javier. A incorporação das tecnologias da informação e da comunicação na educação: do projeto técnico-pedagógico às práticas de uso. In: COLL, César; MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 76.

Ao longo da coleção, é possível encontrar sugestões de como aproveitar as novas ferramentas e recursos tecnológicos multimidiáticos e multimodais, presentes no dia a dia dos alunos, para ampliar o campo da educação e torná-la mais significativa e prazerosa, um desafio para a formação das novas e futuras gerações. É inegável que a educação seja influenciada pela tecnologia e pelas diferentes formas de comunicação, assim como não é possível desvincular o ensino da comunicação em massa, seja ela impressa ou digital. Por isso, propomos também a utilização de outros recursos no ensino, como programas de televisão, filmes, pinturas, esculturas, histórias em quadrinhos, literatura variada, jornais, revistas ou trechos de livros paradidáticos, recursos que permitem ao professor avançar na prática pedagógica.

Televisão e cinema A televisão e o cinema podem ser utilizados para mostrar fatos históricos, a cons-

trução de conceitos científicos e os conceitos errôneos presentes em muitas ideias de senso comum. Os filmes e a televisão têm em comum o aspecto motivador e, dependendo da ação do professor, podem ser contextualizados com os conceitos científicos do currículo escolar. Ao longo da coleção são encontradas orientações de trabalho com essas ferramentas.

Artes gráficas e literatura O trabalho com leitura de imagens é extremamente importante e pode ser utilizado em diferentes momentos. O próprio material didático apresenta fotografias, pinturas, murais, entre outras imagens que podem ser exploradas em sala de aula, considerando sempre que possível o contexto em que a imagem foi produzida, a técnica utilizada, o artista que a produziu (quando for o caso) e o objetivo da imagem (apresentar uma crítica social, expressar um sentimento, retratar um momento etc.). Outra possibilidade é o trabalho com literatura, que, além de estimular a leitura, permite aos alunos o desenvolvimento da criatividade e da imaginação. É importante que o professor conheça o contexto da obra (autor, época, público) para que, dessa forma, o conteúdo se torne mais instigante. Algumas atividades podem ser realizadas de modo a desenvolver nos alunos a competência leitora e a habilidade de interpretar textos literários.

Jornais e revistas A leitura de jornal traz diversos benefícios ao trabalho em sala de aula, pois, além de contribuir para o desenvolvimento da competência leitora, ele é uma importante fonte de informação. Nele estão registradas informações, opiniões, fatos históricos, descobertas científicas e conflitos políticos e econômicos. Trata-se de um veículo de comunicação capaz de auxiliar na formação de cidadãos críticos. O trabalho com jornais na escola desenvolve nos alunos habilidades como: identi-

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ficar, relacionar, combinar, comparar, selecionar, classificar e ordenar, codificar, esquematizar, reproduzir, transformar, memorizar, conceituar, criar e reaplicar conhecimentos. Esse trabalho também promove a capacidade de indução, dedução, levantamento e verificação de hipóteses. Além de se depararem com textos reproduzidos de importantes jornais brasileiros, ao aluno e ao professor são feitas indicações de diferentes veículos de comunicação que podem contribuir com o processo de ensino e aprendizagem. As revistas especializadas (História, Ciências, Linguística) geralmente têm uma preocupação com o caráter didático de suas reportagens, o que facilita a compreensão e aumenta o comprometimento com o assunto estudado. Elas são indicadas tanto para a sua leitura quanto para a do aluno, sempre que o momento for propício.

Sala de aula invertida A sala de aula invertida é, atualmente, um recurso que promove o protagonismo do aluno, incentivando a participação mais ativa dele no processo de aprendizagem. Consiste em o professor sugerir ao aluno projetos ou pesquisas como atividade inicial. O docente lança um tema ou assunto a ser pesquisado de acordo com o perfil e a autonomia do aluno, que se empenha na busca pelas informações por meio das tecnologias da informação e da comunicação, somadas aos recursos físicos, como livros, enciclopédias, dicionários e combinadas com seus conhecimentos prévios e estratégias particulares de estudo. Posteriormente ele compartilha suas descobertas, impressões, conclusões e dúvidas com a turma sob a monitoração do professor. A sala de aula invertida é um ambiente de interação resultante da participação, da troca, da síntese e da discussão entre colegas com a supervisão do professor, que

passa a assumir o papel de orientador e tutor. Ao aluno cabe a responsabilidade pela busca do conhecimento básico, e os estágios mais avançados são norteados pelo docente e pelo grupo, o que torna o processo mais criativo e empreendedor. Nesta coleção, o professor encontra sugestões metodológicas que dialogam com essa prática, por exemplo, quando solicita ao aluno uma pesquisa prévia sobre determinado conteúdo que venha a ser trabalhado. [...] O importante para inverter a sala de aula é engajar os alunos em questionamentos e resolução de problemas, revendo, ampliando e aplicando o que foi aprendido on-line com atividades bem planejadas e fornecendo-lhes feedback imediatamente. Há muitas formas de inverter o processo de aprendizagem. Pode-se começar por projetos, pesquisa, leituras prévias e produções dos alunos e depois promover aprofundamentos em classe com a orientação do professor. [...] MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 14.

Pesquisa O ato de pesquisar é fundamental para o processo de aprendizagem e está diretamente ligado à proposta da sala de aula invertida. Nesta coleção, em vários momentos, os alunos são instruídos a realizar pesquisas, tanto individuais quanto coletivas. Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas etapas importantes que devem ser seguidas sempre que possível: definição do tema, planejamento, coleta de dados, análise e interpretação dos dados, produção do texto, revisão, socialização.

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Proposta teórico-metodológica da coleção O trabalho com o ensino de Geografia, sempre que possível, deve partir da reflexão do espaço vivido pelos alunos, ou seja, de situações em que os educandos relacionem sua vivência com a de outros lugares do mundo. Essas situações são importantes à medida que estimulam os alunos a refletirem sobre diferentes aspectos do mundo atual, levando-os, assim, a construir conhecimentos cada vez mais complexos sobre a relação sociedade e natureza. É necessário compreender que nossos alunos chegam à escola repletos de conhecimentos, os quais necessitam ser sistematizados e enriquecidos no decorrer do processo de ensino-aprendizagem. Por essa razão, em vários momentos desta coleção, os alunos são estimulados a expor o que sabem sobre os conteúdos estudados. Uma vez que o aluno interage diuturnamente com o universo no qual ele vive, torna-se inerente ao procedimento didático do professor inteirar-se desse universo. O aluno na escola, o aluno na aula de Geografia não é um fragmento de pessoa, ele é esta pessoa como um todo, ele é um feixe de modos de ser no qual se inclui também o ser cognitivo a quem se pretende disponibilizar algumas formas de compreender geograficamente o mundo. [...] KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008. p. 118-119.

Com vistas a atingir tais objetivos, ressaltamos a importância do trabalho do pro-

fessor na investigação dos conhecimentos prévios dos alunos. A utilização de recursos didáticos variados, como textos literários, entrevistas, poemas, obras de arte e histórias em quadrinhos, também contribui para que os alunos reflitam sobre o espaço vivido e realizem analogias com outros espaços. Além de serem úteis para a investigação dos conhecimentos prévios, os recursos didáticos constituem importantes deflagradores para o trabalho com os temas propostos, tornando assim o estudo mais dinâmico e interessante aos alunos. Por meio desses recursos, os alunos reconhecem as informações geográficas explícitas ou implícitas nesses diferentes meios, de modo que o professor, por sua vez, encontre formas diversificadas de dinamizar e estimular a aprendizagem em sala de aula. Veja no quadro a seguir alguns dos recursos utilizados no decorrer das páginas desta coleção. Textos

• Jornalísticos (livros, revistas e internet). • Literários (poemas, crônicas etc.). • Entrevistas. • Histórias em quadrinhos e charges. Imagens

• Mapas, gráficos e tabelas. • Fotografias. • Ilustrações e esquemas. • Obras de arte. • Imagens de satélite.

O ensino de Geografia O mundo atual é marcado por uma intensa rede de relações econômicas, sociais e culturais, sendo denominada, em muitos estudos, de globalização. Diante dessa realida-

de nos perguntamos: Como fica o ensino de Geografia, que busca refletir sobre a relação entre sociedade e natureza nessa atual organização do espaço geográfico mundial?

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Em razão desse e de outros questionamentos, muito se tem discutido sobre os caminhos a serem seguidos no ensino de Geografia. Um dos consensos dessas discussões é o de que os materiais didáticos atuais necessitam ser muito mais que apenas um elenco de conteúdos descritivos de fenômenos geográficos, sejam eles naturais ou sociais. Na atualidade, tornou-se imprescindível que esses materiais sejam instrumentos competentes, úteis e interessantes aos olhos daqueles que se encontram envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, principalmente os professores e os alunos. Pensando nisso, apresentamos esta coleção voltada para o ensino da ciência geográfica, que tem como foco os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. A proposta de trabalho desta coleção foi estruturada de acordo com as mais recentes discussões sobre o ensino de Geografia, nas quais os objetivos de estudo dessa ciência na escola voltam-se, principalmente, para a compreensão da produção e da organização do espaço geográfico de maneira integrada às variáveis que determinam essa produção e organização. De acordo com Lana de Souza Cavalcanti: [...] A finalidade de ensinar Geografia para crianças e jovens deve ser justamente a de os ajudar a formar raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço. Trata-se de possibilitar aos alunos a prática de pensar os fatos e acontecimentos enquanto constituídos de múltiplos determinantes; de pensar os fatos e acontecimentos mediante várias explicações, dependendo da conjugação desses determinantes, entre os quais se encontra o espacial. A participação de crianças e jovens na vida adulta, seja no trabalho, no bairro em que moram, no lazer, nos espaços de prática política explícita, certamente será de melhor qualidade se estes conseguirem pensar sobre seu espaço de forma mais abrangente e crítica. [...] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 4. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 24.

A abordagem integrada entre aspectos físicos e humanos possibilita aos alunos perceberem a relação de interdependência entre tais elementos, além de compreenderem que essa interdependência figura como a principal responsável pela transformação constante das paisagens e da construção do espaço geográfico. A proposta desta coleção está baseada no trabalho com conteúdos que possibilitem aos alunos compreenderem de que maneira as sociedades humanas se relacionaram, entre si e com a natureza, ao longo do tempo, e como essas relações se apresentam na atualidade. Esse estudo serve de base para a compreensão do espaço geográfico, vislumbrado nas paisagens. Entendemos que, com base nesse estudo, os alunos têm condições de identificar as particularidades do lugar em que vivem, assim como as diferentes relações que esse lugar estabelece com outros lugares do planeta. A presente coleção também prima pelo desenvolvimento de valores éticos e de preservação ambiental. Os trabalhos com esses valores estão diretamente relacionados à elaboração do saber geográfico, à medida que incentivam os alunos a assumirem posturas críticas diante de diferentes situações, com o intuito de atuar por um mundo cada vez melhor. Os temas apresentados abordam, sempre que possível, os aspectos físicos e humanos de maneira integrada, visto que no processo de ensino da Geografia é necessário promover situações por meio das quais os alunos possam refletir a respeito das relações sociais, culturais, econômicas e naturais em conjunto, reconhecendo tanto suas particularidades em escala local, a exemplo do espaço vivido por eles, quanto as características dessas relações em escala global.

Os objetivos que norteiam o ensino de Geografia Como sabemos, os objetivos são os principais norteadores do processo de ensino-aprendizagem. Ao estabelecê-los, estamos direcionando a prática docente e de-

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terminando bases conscientes de trabalho, com as quais podemos dialogar e vislumbrar a finalidade de contribuir com a construção do conhecimento feita pelos alunos. Para o ensino de Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental, consideramos pertinente que cada aluno atinja objetivos como:

• Reconhecer que a sociedade e a natu-

reza possuem princípios e leis próprios e que o espaço geográfico resulta das interações entre elas, historicamente definidas; [...] • Reconhecer a importância da cartografia como uma forma de linguagem para trabalhar em diferentes escalas espaciais as representações locais e globais do espaço geográfico; [...] • Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiriram ao longo da escolaridade são parte da construção da sua cidadania, pois os homens constroem, se apropriam e interagem com o espaço geográfico nem sempre de forma igual; • Perceber, na paisagem local e no lugar em que vivem, as diferentes manifestações da natureza, sua apropriação e transformação pela ação da coletividade de seu grupo social; • Reconhecer e comparar a presença da natureza, expressa na paisagem local, com as manifestações da natureza presentes em outras paisagens; • Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais se apropriam da natureza e a transformam, identificando suas determinações nas relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas formas de se expressar e no lazer; • Conhecer e começar a utilizar fontes de informação escritas e imagéticas utilizando, para tanto, alguns procedimentos básicos; [...] • Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orien-

tação e distância, de modo que se desloque com autonomia e represente os lugares onde vive e se relaciona; • Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em que vive, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se devem ter na preservação e na conservação da natureza; [...] • Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhe-se em democratizá-las; [...] • Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o território e os lugares e as diferentes paisagens; • Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos; [...] • Fortalecer o significado da cartografia como uma forma de linguagem que dá identidade à Geografia, mostrando que ela se apresenta como uma forma de leitura e de registro da espacialidade dos fatos, do seu cotidiano e do mundo; • Criar condições para que o aluno possa começar, a partir de sua localidade e do cotidiano do lugar, a construir sua ideia do mundo, valorizando inclusive o imaginário que tem dele. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Geografia. Brasília, 1998. p. 53-100.

A BNCC e o ensino de Geografia O estudo da ciência geográfica é fundamental para que os alunos compreendam o mundo atual, marcado por uma comple-

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xa rede de relações econômicas, sociais e culturais, que são, ao mesmo tempo, globais e locais. É importante que os alunos consigam compreender a relação entre os conteúdos do currículo e possam agir com base nos conhecimentos elaborados ao longo de sua vida escolar e social, reconhecendo-se como protagonistas na busca por soluções para os problemas da vida cotidiana, individual ou coletiva. De acordo com a BNCC: [...] No Ensino Fundamental – Anos Finais, espera-se que os alunos compreendam os processos que resultaram na desigualdade social, assumindo a responsabilidade de transformação da atual realidade, fundamentando suas ações em princípios democráticos, solidários e de justiça. Dessa maneira, possibilita-se o entendimento do que é Geografia, com base nas práticas espaciais, que dizem respeito às ações espacialmente localizadas de cada indivíduo, considerado como agente social concreto. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 1o out. 2018.

O objetivo é levar os alunos a se apropriar de conhecimentos e desenvolver habilidades com as quais possam fazer uma

leitura cada vez mais realista e crítica do mundo, apoiados por um pensamento espacial, por meio do raciocínio geográfico. [...] Essa é a grande contribuição da Geografia aos alunos da Educação Básica: desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza. Para tanto, é necessário assegurar a apropriação de conceitos para o domínio do conhecimento fatual (com destaque para os acontecimentos que podem ser observados e localizados no tempo e no espaço) e para o exercício da cidadania. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular, 2017. p. 358.

Desenvolver nos alunos o senso crítico e as habilidades que permitam o uso de ferramentas para analisar e interpretar a realidade é uma das grandes contribuições da Geografia para a Educação Básica. O raciocínio geográfico tem como base alguns princípios norteadores para que os alunos consigam desenvolver, exercitar ou aperfeiçoar o pensamento espacial. Observe o quadro a seguir.

Princípio

Descrição

Analogia

Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre.

Conexão

Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes.

Diferenciação

É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas.

Distribuição Extensão

Localização

Ordem

Exprime como os objetos se repartem pelo espaço. Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico. Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais). Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade.

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Importantes estratégias para o ensino de Geografia O ensino de Geografia pode valer-se de alguns instrumentos ou técnicas que se transformam verdadeiramente em estratégias de ação para o processo de ensino-aprendizagem. Essas estratégias podem ser utilizadas pelo professor de Geografia a qualquer momento que julgar pertinente, além de poder adotar sugestões que estão presentes em toda a coleção.

Planejamento O planejamento se torna uma estratégia fundamental para a reflexão do professor sobre como, onde, quando e o que trabalhar para desenvolver diferentes habilidades nos alunos ou para abordar diferentes conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. Cabe ressaltar que o ato de planejar não pode ser um impulso alheio aos objetivos finais, nem ser totalmente destituído de visões políticas e sociais, como mostra o texto a seguir. O planejamento não será nem exclusivamente um ato político-filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será, sim, um ato ao mesmo tempo político-social, científico e técnico: político-social, na medida em que está comprometido com as finalidades sociais e políticas; científico, na medida em que não se pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes para se obter os resultados. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1999. p. 108.

Contudo, ao focar no objetivo a ser alcançado para a aprendizagem de cada assunto, o planejamento permite, ao professor, adequar-se ao tempo disponível e estabelecer o tempo necessário para cada atividade. O texto a seguir fala sobre a importância do planejamento para alcançar resultados.

O ser humano age em função de construir resultados. Para tanto, pode agir aleatoriamente ou de modo planejado. Agir aleatoriamente significa “ir fazendo as coisas”, sem ter clareza de onde se quer chegar; agir de modo planejado significa estabelecer fins e construí-los por meio de uma ação intencional. [...] LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1999. p. 102.

Portanto, o planejamento deve contemplar desde a delimitação do tema e o levantamento de hipóteses, passando pela investigação do problema e a sistematização dos conceitos, até a avaliação dos conteúdos.

Trabalho em grupo O trabalho em grupo se torna uma ferramenta fundamental para o incentivo à ação coletiva. Trabalhar coletivamente, organizar ideias e realizá-las em grupo são ações extremamente importantes para desenvolver a socialização dos alunos, como explica Celso Antunes no texto a seguir. Colocar os alunos em grupos não os faz necessariamente aprender a “trabalhar juntos”; portanto, torna-se essencial ensiná-los a cooperar, somar, dividir responsabilidades, interagir. Ensinar os alunos a trabalhar em equipes, despertar-lhes a sensibilidade para o relacionamento interpessoal, para a descoberta de si mesmo através da descoberta do outro [...] ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 102.

O trabalho em grupo desenvolve a autonomia individual, o poder de tomar decisões, de concordar ou não com o que o colega propõe e de ponderar a compreensão do outro sobre determinado assunto. Além disso, quando se proporciona um trabalho em grupo no qual a cooperação é verdadeiramente necessária, seu objetivo principal, que é o enriquecimento da aprendizagem, é facilmente alcançado.

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Trabalho de campo O trabalho de campo é uma ferramenta fundamental para a compreensão do espaço geográfico. Ele se torna o elo entre o conteúdo trabalhado em sala de aula e a realidade externa. É durante o trabalho de campo que o aluno pode vislumbrar e vivenciar os conceitos fundamentais dessa ciência, além de perceber o espaço geográfico como aquele próximo a si e não apenas aquele teorizado pelos professores durante as aulas. É a oportunidade que a Geografia proporciona ao seu estudante de aproximar-se do foco de estudo, seja ele ambiental, populacional, econômico etc., de acordo com o objetivo estabelecido para o trabalho de campo. O trabalho de campo ainda favorece momentos de socialização, permitindo maior convívio entre os alunos, e até mesmo entre alunos e professores, além de proporcionar momentos incomuns, como a pesquisa, a observação fora do ambiente escolar e o trabalho em conjunto com outras disciplinas. No entanto, para os trabalhos de campo, são necessários alguns cuidados que devem ser observados pela escola e pelo professor.

Preparando o trabalho de campo Inicie o planejamento da atividade selecionando previamente o local a ser estudado durante o trabalho de campo. Em seguida, verifique com a direção da escola a melhor data, a disponibilidade do transporte para os alunos e a possibilidade de contar com a participação de outros professores e funcionários.

Providencie termos de autorização a serem encaminhados aos pais ou responsáveis pelos alunos, solicitando possíveis materiais necessários, assim como trajes e calçados adequados. Em sala de aula, estabeleça com os alunos e os demais professores o objetivo do trabalho de campo a ser realizado, assim como os elementos e conteúdos que devem ser observados durante o trabalho.

Durante o trabalho de campo Incentive a observação e o registro das informações por meio de anotações, desenhos, croquis, fotografias, filmagens ou até mesmo gravações de áudios. Esteja atento à participação, assegurando que as informações possam ser alcançadas ou acessadas por todos os alunos. Lembre-se de mostrar os pontos, as situações ou os elementos que devem ser considerados, de acordo com os conteúdos que dizem respeito à aula.

Após o trabalho de campo De volta à sala de aula, promova um diálogo entre os alunos, para que a experiência seja compartilhada, considerando que a percepção de cada indivíduo sobre o mesmo elemento pode ser sempre diferenciada. Certifique-se da participação de todos, valorizando o convívio e o respeito às opiniões diversas.

Visite o local previamente, estabeleça o tempo necessário para a realização do trabalho e verifique questões como acessibilidade e infraestrutura de apoio, como locais de paradas para descanso e/ou explicações teóricas sobre o que pode ser observado.

Oriente-os na produção do trabalho que deve resultar dessa experiência. Estimule a criatividade dos alunos, solicitando a apresentação desse trabalho de diferentes maneiras, como textos, cartazes, paródias, peças teatrais, entre outras, apontando os principais elementos que devem ser relatados.

Organize regras de comportamento a serem estabelecidas previamente para os alunos. Essas regras podem, inclusive, ser organizadas com a participação dos alunos e dos outros professores.

Avalie os resultados do trabalho de campo de maneira integral. Não considere apenas um ou outro momento, mas observe o quanto ele foi enriquecedor para a elaboração do conhecimento geográfico de cada aluno.

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Tempestade cerebral A técnica da tempestade cerebral é uma estratégia de ensino geralmente muito utilizada pelo professor de Geografia, principalmente para investigar os conhecimentos que os alunos trazem para a sala de aula. Essa técnica ainda favorece a socialização deles, estimulando a criatividade individual e o respeito ao outro. Aplique essa dinâmica como estratégia didática sempre que julgar pertinente, especialmente para iniciar um novo capítulo. O texto a seguir trata a tempestade cerebral de maneira sistematizada.

Tempestade cerebral A “tempestade cerebral” constitui um modo de estimular a geração de novas ideias. Fundamenta-se no plano de captar as ideias em estado nascente, antes de serem submetidas aos esquemas fechados e rígidos dos processos de pensamento lógico. Ao mesmo tempo que nos comprometemos a nos considerar como uma equipe durante a sessão, estabelecemos a regra de que cada um é capaz de produzir ideias. Em lugar de proceder à análise crítica dos elementos que possuímos, solicita-se ao grupo que deixe funcionar sua imaginação, evitando o controle, seja a respeito dos critérios de coerência interna da série de ideias produzidas, seja a respeito de critérios exteriores à atividade presente. Sem pretender opor-se ou sobrepor-se às técnicas clássicas de reflexão, a tempestade cerebral trata de preservar a parte de imaginação criadora. Apoiada na educação ativa, a tempestade cerebral tem sido usada em muitas universidades e empresas de publicidade, que organizam ciclos regulares de exercício para a criatividade. Exemplos de Tempestade cerebral 1. O professor descreve aos alunos as condições ecológicas da Ama-

zônia, o padrão de dispersão da população e outras características. Logo anuncia aos alunos que, empregando a técnica de Tempestade cerebral, gostaria de solicitar-lhes ideias – as mais originais e inovadoras possíveis – para conseguir a alfabetização sólida e rápida de toda a população amazônica. [...] Como gerar as ideias 1. Os participantes devem expressar, em frases ou palavras curtas, todas as ideias sugeridas pela questão proposta, com toda liberdade e conforme surjam em seu espírito. 2. Devem eliminar toda atitude crítica que levaria a emitir um juízo e selecionar as ideias próprias ou as dos outros. 3. Como exercício de imaginação podem-se emitir ideias originais ainda que inspiradas nas ideias emitidas por outros. Cada ideia pode ser desenvolvida, transformada ou achar outra que se oponha a ela. Devemos observar a regra geral da Tempestade cerebral: Os participantes não devem rodear-se de garantias, verificando hipóteses, antes de emitir suas ideias. O animador estabelecerá a duração da sessão de 10 minutos a uma hora. [...] BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 157-158.

Para explorar essa técnica em sala de aula, anote no quadro as palavras ou frases levantadas pelos alunos e, ao final do tempo determinado, leia as anotações para eles, de modo a elaborar uma linha de partida para o trabalho. Se julgar necessário, solicite aos alunos que também anotem as palavras no caderno. Em seguida, ao refletir sobre o assunto tratado no capítulo, retome as ideias iniciais, construindo um paralelo com os conhecimentos adquiridos.

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Principais conceitos/categorias da Geografia O trabalho e o entendimento de determinados conceitos e categorias da ciência geográfica, como lugar, paisagem, região, território e espaço geográfico, são essenciais no processo de ensino-aprendizagem. Pela compreensão desses conceitos, os alunos passam a realizar uma efetiva transposição do senso comum para os conhecimentos científicos. Nossa proposta nesta coleção é desenvolver um estudo em espiral, que envolva, em cada um dos volumes, os conteúdos com um nível maior de complexidade sobre os conceitos e os temas próprios dessa ciência, respeitando o nível cognitivo dos alunos. Essa proposta de trabalho visa promover um estudo integrado entre cada um dos volumes e, sobretudo, possibilitar que os educandos compreendam cada vez mais a dinâmica do espaço onde vivem e atuam.

Lugar O lugar corresponde à porção do espaço vivido, onde as pessoas estabelecem suas relações mais diretas, sobretudo as afetivas. Os lugares, apesar de terem características mundiais manifestas, também são únicos, carregados de características próprias que os diferem dos demais lugares, como aspectos físicos, sociais, econômicos, culturais e políticos. O texto abaixo complementa a definição de lugar. O lugar é a porção do espaço apropriável para a vida — apropriada através do corpo — dos sentidos — dos passos de seus moradores, é o bairro, é a praça, é a rua, e nesse sentido poderíamos afirmar que não seria jamais a metrópole ou mesmo a cidade lato sensu a menos que seja a pequena vila ou cidade – vivida/conhecida/reconhecida em todos os cantos. CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 20-21.

Veja o texto a seguir, que apresenta o conceito de lugar visto por diferentes perspectivas.

Na Geografia Humanística, lugar é o espaço que se torna familiar ao indivíduo, é o espaço do vivido, do experienciado. [...] Na concepção histórico-dialética, lugar pode ser considerado no contexto do processo de globalização. A globalização indica uma tensão contraditória entre a homogeneização das várias esferas da vida social e fragmentação, diferenciação e antagonismos sociais. Por ser assim, a compreensão da globalização requer a análise das particularidades dos lugares, que permanecem, mas que não podem ser entendidas nelas mesmas. O que há de específico nas particularidades deve ser encarado na mundialidade, ou seja, o problema local deve ser analisado como problema global, pois há na atualidade um “deslocamento” (no sentido de deslocar) das relações sociais. [...] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 4. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 89-90.

Região A noção de região está ligada à noção de diferenciação de áreas. Neste sentido, uma região é delimitada por apresentar um conjunto de características distintas em relação a outras áreas. O texto a seguir aborda o conceito de região. É possível, então, compreender a região, na atualidade, como uma área formada por articulações particulares no quadro de uma sociedade globalizada. Essa região é definida a partir de recortes múltiplos, complexos e mutáveis, mas destacando-se, nesses recortes, elementos fundamentais, como a relação de pertencimento e identidade entre os homens e seu território, o jogo político no estabelecimento de regiões autônomas ante um poder central, a questão do controle e da gestão de um território (Gomes 1995). CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 4. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 104.

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Território Territórios são delimitados por relações de poder e, na maioria das vezes, são associados à figura do Estado, como território nacional. Veja o texto a seguir. [...] Territórios existem e são construídos (e desconstruídos) nas mais diversas escalas, da mais acanhada (p. ex., uma rua) à internacional (p. ex., a área formada pelo conjunto dos territórios dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN); territórios são construídos (e desconstruídos) dentro de escalas temporais as mais diferentes: séculos, décadas, anos, meses ou dias; territórios podem ter um caráter permanente, mas também podem ter uma existência periódica, cíclica. [...] SOUZA, Marcelo José Lopes. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias de (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 81.

Os territórios podem ser destituídos na medida em que as relações de poder cessam. Em escala nacional, o Estado é o gestor do território e, quando finda seu poder, acaba também sua soberania sobre o território.

Paisagem A paisagem é aquilo que se apreende pela visão. Essa categoria não é estática, nela estão presentes elementos como cores, sons, odores e movimentos. Ela exprime as relações entre o homem e a natureza, ocorridas em momentos e lugares específicos. O geógrafo Milton Santos diferencia paisagem artificial ou cultural de paisagem natural, sendo a primeira aquela transformada pelo homem, e a segunda, aquela que ainda não sofreu nenhuma interferência da ação humana. A paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais; é formada por frações de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou por qualquer outro critério. A paisagem é sempre heterogênea. [...] SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 65.

Espaço geográfico O espaço geográfico é a materialização da relação dinâmica entre sociedade e natureza no decorrer do tempo. Um dos principais objetivos da ciência geográfica é compreender o dinamismo da transformação e da construção do espaço geográfico. Para essa ciência, o espaço é um conjunto de relações entre os objetos sociais e naturais, animados pelo movimento da sociedade. O espaço é resultado de um conjunto inseparável de sistemas de objetos (casas, ruas, lavouras, indústrias) e sistemas de ações (trabalho, comércio, relações sociais e familiares). O espaço é resultado da ação dos homens sobre o próprio espaço, intermediados pelos objetos, naturais e artificiais. [...] SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 71.

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. [...] O espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2004. p. 63.

Cartografia e o ensino de Geografia No ensino de Geografia, a aquisição de noções cartográficas pelos alunos é essencial para sua interpretação e intervenção na realidade. Assim, um dos objetivos da Geografia, como disciplina escolar, é preparar alunos leitores e produtores de mapas. Esse processo possibilita a eles uma maior consciência de sua prática social, pois, de certa maneira, todo produtor de mapas tem aprimoradas suas habilidades de observação, interpretação, análise, síntese, entre outras.

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[...] O aluno precisa ser preparado para “ler” representações cartográficas. Só lê mapas quem aprendeu a construí-los. [...] O fundamental no ensino da Geografia é que o aluno/cidadão aprenda a fazer uma leitura crítica da representação cartográfica, isto é, decodificá-la, transpondo suas informações para uso do cotidiano. [...] CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Apreensão e compreensão do espaço geográfico. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 39.

A consulta a mapas e a globos terrestres precisa fazer parte do cotidiano escolar no decorrer das aulas, sobretudo nas aulas de Geografia. Esses instrumentos não podem ser utilizados em eventuais situações e como algo incomum, e sim regularmente, a fim de incentivar os alunos a consultarem mapas, atlas e globos, com o intuito de extrair informações desses recursos. Nesse sentido, ressaltamos a importância da presença constante desses materiais em sala, como fundamentado pelo texto a seguir. A formação dos alunos para entender os fatos geográficos em sua espacialidade necessita de mapas e globos como acervos permanentes nas salas de aula, sem que haja necessidade de transporte a cada aula. Paralelamente à necessidade de o professor de Geografia possibilitar a visualização do espaço geográfico em estudo, os mapas e globos são um convite para os alunos pensarem o espaço. [...] Como sabemos, todo fato ocorre em um lugar e em um determinado tempo, portanto não há necessidade de se planejar uma aula específica para trabalhar com mapas, pois estes devem fazer parte do material de todo estudante — como a carteira, o dicionário, o caderno, os estojos etc. [...] PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica. In: PASSINI, Elza Yasuko; ALMEIDA Rosângela D. de (Org.). Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. p. 143.

Embora saibamos que a Cartografia tenha significativa importância no processo de ensino-aprendizagem, é preciso ter alguns cuidados muito claros no ensino das linguagens e noções cartográficas na escola. De acordo com Ângela Massumi Katuta, existem dois pressupostos para o ensino da Cartografia. [...] Primeiro pressuposto: a apropriação e o uso da linguagem cartográfica devem ser entendidos no contexto da construção dos conhecimentos geográficos, o que significa dizer que não se pode usá-la per se, mas como instrumental primordial, porém não único, para a elaboração de saberes sobre territórios, regiões, lugares e outros. Se a supervalorizarmos, em detrimento do saber geográfico, corremos o sério risco de defender a linguagem por ela mesma, o que, a nosso ver, a esvazia em importância e significado tanto no ensino superior quanto no básico. É preciso que ocorra a aprendizagem e o uso da linguagem cartográfica para, sobretudo, entendermos a lógica da (re)produção dos territórios; caso contrário, ela perde seu sentido ou razão de ser no ensino geográfico superior e básico. Segundo pressuposto: a apropriação e [a] utilização da linguagem cartográfica depende não só, mas em grande parte, das concepções de Geografia e do ensino dessa disciplina que os professores e seus alunos possuem. Por exemplo: se entendermos que ela é uma ciência e/ou disciplina que tem como objetivo apenas localizar e descrever lugares, o uso que se fará da linguagem cartográfica e de seus produtos, tais como mapas, cartodiagramas, gráficos, quadros, plantas e outros, será o de mera localização e descrição de fenômenos. [...] KATUTA, Ângela Massumi. A linguagem cartográfica no ensino superior e básico. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (Org.). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002. p. 133-134.

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Os conteúdos a serem considerados em Geografia Os conteúdos desta coleção estão organizados e apresentados com o objetivo de estabelecer relação entre a educação escolar e a realidade dos alunos, tendo em vista suas relações sociais e, posteriormente, o mundo do trabalho. Desse modo, essa proposta possibilita ao professor trabalhar com os conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais, permeados por oportunidades de desenvolver com os alunos valores, habilidades e competências que lhes permitam tornarem-se indivíduos atentos ao que ocorre à sua volta, autônomos na obtenção e análise de informações e críticos ao perceberem o importante papel que desempenham no mundo em que vivem. Assim, as atividades propostas, como análises de imagens, pesquisas, debates, produções de textos e até mesmo as perguntas orais sugeridas ao professor para verificar conhecimentos prévios dos alunos, tornam-se momentos muito importantes de aprendizagem, considerando que o aprendizado é um movimento constante entre o pensar e o fazer consciente. Sendo assim, os conteúdos conceituais permitem que o aluno entre em contato com noções e conceitos importantes que envolvem cada disciplina escolar. Esses conceitos são a base para a compreensão e organização dos fatos na realidade. Desse modo, a fim de que esses conceitos estejam contextualizados à realidade vivida pelo aluno, e façam sentido em seus estudos, torna-se imprescindível que a sondagem da vivência e da realidade próxima do aluno seja a base para o planejamento do professor, para que ele possa organizar seu trabalho de maneira eficaz.

Os conteúdos procedimentais envolvem propostas que possibilitam ao aluno buscar cada vez mais autonomia visando compreender as informações e a formação do conhecimento. Esses conteúdos instrumentalizam os alunos, capacitando-os intelectualmente a buscar novos conhecimentos. Sendo assim, as atividades envolvidas por conteúdos procedimentais, nesta coleção, incentivam o aluno a observar, ler, descrever, comparar, analisar, refletir, interpretar, inferir, levantar hipóteses, registrar, produzir textos, entre outras ações, a respeito de conceitos e situações presentes em seu cotidiano. Já os conteúdos atitudinais estão relacionados ao conhecimento escolar em um contexto socializador e de formação cidadã. Esses conteúdos privilegiam a formação de valores e atitudes que visam à convivência social, seja na escola ou em outras comunidades de vivência do aluno. Portanto, as atividades que envolvem o trabalho com conteúdos atitudinais propiciam o diálogo, a expressão de opiniões, o respeito mútuo, o repúdio ao preconceito, entre outras propostas. Cabe ressaltar a importância do papel da escola para o desenvolvimento de cada tipo de conteúdo relacionado anteriormente, assim como é de responsabilidade de cada área do conhecimento e do professor a reflexão sobre esses conteúdos, com vistas a viabilizar e desenvolver cada um deles de acordo com a realidade que os rodeia. Em Geografia esses conteúdos são trabalhados por meio da espacialização, possibilitando aos alunos compreender o espaço geográfico com base no próprio cotidiano e estabelecer relações sociais em seu dia a dia.

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Habilidades do 6o ano de Geografia na BNCC EF06GE01

Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.

EF06GE02

Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.

EF06GE03

Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.

EF06GE04

Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.

EF06GE05

Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.

EF06GE06

Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.

EF06GE07

Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades.

EF06GE08

Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas.

EF06GE09

Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre.

EF06GE10

Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.

EF06GE11

Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.

EF06GE12

Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos.

EF06GE13

Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.). BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular, 2017. p. 382-383.

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ítulo

ítulo

Cartografia e representação do espaço geográfico

Ca p

Lugares e paisagens

Ca p

longo da história. • Diferentes formas de representação do espaço terrestre. • Convenções cartográficas. • Orientação e localização na superfície terrestre. • Pontos cardeais e coordenadas geográficas. • O uso da escala.

• Evolução da cartografia ao

naturais e culturais. • Transformação das paisagens. • O domínio de técnicas e a interferência humana na paisagem. • Fatores naturais na transformação das paisagens. • A formação do espaço geográfico.

• Elementos da paisagem

Principais conceitos e noções

• Mapas temáticos do Brasil.

7o ano

representados de diferentes maneiras.

• Fenômenos naturais e sociais

sobre a formação territorial do Brasil. • Biodiversidade brasileira.

• Ideias e concepções

7o ano

naturais e antrópicas. • Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras. • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

• Identidade sociocultural. • Transformação das paisagens

Objetos de conhecimento

• CECH4 • CECH5 • CECH7 • CEG2 • CEG3 • CEG4 • CG10 • CG2 • CG3 • CG4 • CG6 • CG7 • CG9

consumo.

• Ciência e tecnologia. • Educação ambiental.

• Diversidade cultural.

• Vida familiar e social. • Trabalho. • Educação para o

Temas contemporâneos

CG: Competência geral CECH: Competência específica de Ciências Humanas CEG: Competência específica de Geografia

Competências

• EF06GE08 • CEG4 • CG1 • CG2 • CG4

• EF06GE01 • EF06GE02 • EF06GE06 • EF06GE07 • EF06GE09 • EF06GE11

Habilidades

Veja a seguir o quadro detalhado de conteúdos do 6o ano. Nele, você também vai encontrar as relações entre os objetos de conhecimento do 6o e do 7o ano da BNCC, que indicam as progressões de conteúdos ao longo da coleção.

Quadro de conteúdos Geografia • 6o ano


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ítulo

ítulo

ítulo

O clima, a vegetação e as paisagens

Cap

O relevo, as águas e as paisagens

Ca p

Conhecendo o planeta Terra

Cap

pressão, massas de ar). • Clima e tempo. • Principais tipos de clima do Brasil e do mundo. • O clima e o modo de vida das pessoas. • O clima e as formações vegetais do planeta.

componentes físico-naturais.

• Biodiversidade brasileira.

7o ano

hidrológico.

• Biodiversidade e ciclo

naturais e antrópicas.

• Biodiversidade brasileira.

7o ano

sociais representados de diferentes maneiras. • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

• Fenômenos naturais e

• Relações entre os

• EF06GE02 • EF06GE03 • EF06GE05 • EF06GE06 • EF06GE07 • EF06GE10 • EF06GE11

• EF06GE03 • EF06GE04 • EF06GE05 • EF06GE09 • EF06GE10 • EF06GE11 • EF06GE12

• Identidade sociocultural. • EF06GE01 Relações entre os componentes • • EF06GE02 físico-naturais. • EF06GE03 • EF06GE05 7o ano • Biodiversidade brasileira.

• Composição e características • Identidade sociocultural. da atmosfera. • Relações entre os componentes físico-naturais. • Elementos atmosféricos (ventos, temperatura, • Transformação das paisagens

interferem no relevo. • A interferência humana nas formas de relevo. • Mapa altimétrico e perfis de relevo. • Águas oceânicas e continentais. • Bacias hidrográficas. • O uso e a importância dos recursos hídricos.

• O relevo terrestre. • Dinâmica interna da Terra. • Formas de relevo. • Ações naturais que

planeta Terra. • Tempo geológico e tempo histórico. • Movimentos do planeta Terra. • Zonas térmicas. • Fusos horários.

• Surgimento do

• CECH1 • CECH6 • CECH7 • CEG7 • CG1 • CG2 • CG4 • CG6 • CG8 • CG10

• CECH1 • CECH3 • CECH7 • CEG2 • CEG3 • CEG4 • CEG5 • CG2 • CG4 • CG6 • CG7 • CG10

• CECH7 • CEG5 • CG1 • CG2 • CG3

nutricional. • Diversidade cultural. • Vida familiar e social. • Educação ambiental.

• Educação alimentar e

• Educação ambiental. • Trabalho.

• Educação ambiental. • Diversidade cultural.


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ítulo

ítulo

ítulo

A natureza, as atividades econômicas e os problemas ambientais

Cap

A sociedade, as atividades econômicas e o espaço geográfico

Cap

A natureza e a sociedade nas paisagens

Ca p

(poluição atmosférica, mudanças climáticas, poluição do solo, desertificação e poluição das águas). • Fontes de energia (gás natural, carvão mineral, petróleo). • Exploração de petróleo no Brasil. • Fontes de energia mais limpas.

• Problemas ambientais

geográfico. • As atividades econômicas e os recursos da natureza. • Recursos naturais renováveis e não renováveis. • Extrativismo mineral, agropecuária, indústria e comércio.

• A organização do espaço

elementos da natureza nas paisagens terrestres. • El Niño. • As relações entre sociedade e natureza (hidrovias, agricultura, energia elétrica).

• As relações entre os

Principais conceitos e noções

consumo de mercadorias. • Biodiversidade brasileira.

• Produção, circulação e

7o ano

naturais e antrópicas. • Biodiversidade e ciclo hidrológico. • Atividades humanas e dinâmica climática.

• Transformação das paisagens

consumo de mercadorias. • Desigualdade social e trabalho. • Biodiversidade brasileira.

• Produção, circulação e

7o ano

naturais e antrópicas. • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

• Identidade sociocultural. • Transformação das paisagens

• Biodiversidade brasileira.

7o ano

naturais e antrópicas. • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

• Identidade sociocultural. • Transformação das paisagens

Objetos de conhecimento

• EF06GE06 • EF06GE07 • EF06GE11 • EF06GE12 • EF06GE13

• EF06GE02 • EF06GE06 • EF06GE07 • EF06GE11

• EF06GE01 • EF06GE02 • EF06GE06 • EF06GE07 • EF06GE10 • EF06GE11 • EF06GE12

Habilidades

• CECH2 • CECH3 • CECH6 • CECH7 • CEG1 • CEG3 • CEG4 • CEG6 • CEG8 • CG2 • CG7

• CECH7 • CEG1 • CEG3 • CEG5 • CEG6 • CEG7 • CG1 • CG2 • CG4 • CG6 • CG7 • CG10

• CECH7 • CEG1 • CEG2 • CEG3 • CEG6 • CG1 • CG2 • CG3 • CG4

Competências

consumo.

• Educação ambiental. • Saúde. • Educação para o

consumo. • Educação financeira.

• Educação ambiental. • Trabalho. • Saúde. • Ciência e tecnologia. • Educação para o

• Educação ambiental. • Ciência e tecnologia.

Temas contemporâneos


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VONTADE de

SABER

GEOGRAFIA Ensino Fundamental – Anos Finais Componente curricular: Geografia

6 Neiva Camargo Torrezani • • • •

Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela UEL-PR. Mestra em Geografia pela UEL-PR. Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.

1a edição

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Copyright © Neiva Camargo Torrezani, 2018. Diretor editorial Diretora editorial adjunta Gerente editorial Editor Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto de capa Foto de capa Supervisor de arte Coordenadora de preparação e revisão Supervisora de preparação e revisão Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Supervisora de arquivos de segurança Diretor de operações e produção gráfica Projeto e produção editorial Edição Assistência editorial Revisão e preparação Projeto gráfico Edição de arte Iconografia Tratamento de imagens Diagramação Editoração eletrônica

Antonio Luiz da Silva Rios Silvana Rossi Júlio Roberto Henrique Lopes da Silva João Paulo Bortoluci Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Sergio Cândido Klaus Balzano/Getty Images Vinicius Fernandes Lilian Semenichin Adriana Soares Elaine Bueno Silvia Regina E. Almeida Reginaldo Soares Damasceno Scriba Soluções Editoriais Karolyna Aparecida Lima dos Santos Raffael Garcia da Silva Amanda de Camargo Mendes, Moisés Manzano da Silva Laís Garbelini Barbara Sarzi Soraya Pires Momi Equipe Scriba Leda Teodorico Renan de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Torrezani, Neiva Camargo Vontade de saber : geografia : 6o ano : ensino fundamental : anos finais / Neiva Camargo Torrezani. — 1. ed. — São Paulo : Quinteto Editorial, 2018. “Componente curricular: Geografia.” ISBN 978-85-8392-155-4 (aluno) ISBN 978-85-8392-156-1 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Título. 18-20787

CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à

QUINTETO EDITORIAL Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970

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Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.

Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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Apresentação Estudar Geografia é uma oportunidade de ficarmos cada vez mais atentos ao mundo em que vivemos, não apenas como simples observadores, mas como indivíduos atuantes e críticos em relação a tudo o que está a nossa volta. Além desses benefícios, o estudo da Geografia nos leva a conhecer o modo de vida de diferentes povos e a compreender os motivos pelos quais o ser humano utilizou os recursos da natureza, transformando as paisagens terrestres, descobrindo e criando novos espaços geográficos. O conhecimento geográfico também contribui para pensarmos e agirmos de modo a estabelecer relações entre o lugar em que vivemos e outros lugares, conscientes de fazermos parte de um mundo conectado. Considerando tudo isso, esta coleção foi elaborada com o intuito de tornar seu estudo ainda mais agradável e de auxiliar você a se preparar para os desafios tanto do presente quanto do futuro.

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Os autores.

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seu livro está o m Co o rg an i za do

Abertura de capítulo Nestas páginas, você verá imagens e questionamentos que nortearão o estudo do capítulo.

Geografia em foco

Boxe complementar

Nesta seção, algumas informações referentes ao assunto estudado serão acrescentadas. É um momento em que você desenvolverá trabalhos relacionados a acontecimentos reais, enriquecendo o conteúdo.

Aqui você encontrará informações complementares, como textos e imagens, que vão enriquecer seu aprendizado.

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Explorando o tema Nesta seção, serão apresentados textos e imagens que o levarão a refletir sobre temas contemporâneos relevantes para sua formação como cidadão.

Investigando na prática Nesta seção, você encontrará atividades que podem ser realizadas tanto na escola quanto em casa ou em um trabalho de campo. Nesse momento, você também conhecerá, na prática, as características naturais e sociais do espaço geográfico que o cerca.

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Este ícone indica sugestões de sites relacionados ao assunto que você está estudando.

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Sempre que você encontrar este ícone, significa que as atividades podem ser respondidas oralmente.

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Sempre que você encontrar este ícone, significa que as atividades devem ser respondidas no caderno.

Momento da Cartografia Nesta seção, você conhecerá diferentes representações para contemplar os aspectos do espaço geográfico.

Encontro com... Nesta seção, são apresentados conteúdos que podem ser trabalhados em conjunto com outros componentes curriculares e que contribuirão para seus estudos em Geografia.

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Atividades Nesta seção, você realizará atividades que o auxiliarão a desenvolver habilidades fundamentais para a compreensão dos assuntos trabalhados, além de conferir e revisar o que foi estudado.

Refletindo sobre o capítulo Neste momento, você poderá retomar os conteúdos abordados no capítulo, além de promover a reflexão e o diálogo com os colegas. Você também poderá fazer uma autoavaliação sobre o conteúdo aprendido.

Glossário Os significados de algumas palavras pouco mencionadas em nosso dia a dia ou que podem gerar dúvidas em relação ao sentido utilizado no texto serão destacados nas páginas para auxiliar sua compreensão.

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Sumário Cap

ítulo

Lugares e paisagens 12 A Geografia e os lugares 14 A relação entre os lugares 16

Os lugares e as paisagens 18 As paisagens não são iguais 19

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Os elementos são naturais, mas a paisagem é cultural 19

Investigando na prática 20 Os sentidos e as paisagens

Momento da Cartografia 22 Planos da paisagem

ni od fW Je

Atividades 24 As transformações das paisagens 26 A ação da natureza e a transformação das paisagens 26 As paisagens são transformadas em ritmos diferentes 27

Cap

O ser humano e as transformações das paisagens 28

O trabalho, as técnicas e as transformações das paisagens 29 Encontro com... História 30 Trabalho e técnica ao longo do tempo Técnicas e transformações das paisagens 32

Geografia em foco 33 A coexistência de técnicas diferentes

O espaço geográfico 34 Explorando o tema 36 As paisagens e o patrimônio cultural da humanidade

Atividades 38

ítulo

Cartografia e representação do espaço geográfico 40 Cartografia: dos antigos registros à atualidade 42 Cartografia e tecnologia 44

Atividades 48

kli tis /S hu tte rst oc k .com

Diferentes representações do espaço terrestre 50

In

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Kr

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Os mapas 50 O globo e o planisfério 51 As representações tridimensionais 52 O mapa é fruto da visão vertical 54

Orientação pelos pontos cardeais 56 Orientação e localização por meio das coordenadas geográficas 58

Convenções cartográficas 61 Escalas 62 Explorando o tema 66 As imagens de satélites e os problemas ambientais

Atividades 68

Orientação e localização na superfície terrestre 56

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M

Cap

Conhecendo o planeta Terra

70

A Terra não para 82 Movimento de rotação 82

O tempo geológico e o tempo histórico 74

Zonas térmicas da Terra 83

Geografia em foco 76

Movimento de translação 85

A tabela do tempo geológico

As esferas terrestres 77 Encontro com... Ciências 78 Terra: um planeta no Universo

Atividades 80

Fusos horários da Terra 88 Fusos horários no Brasil 89

Explorando o tema 90 A origem da noite

Atividades 92

ada Sertic e Giovanni tos: N . Fo Sgutterstock.com gemtende/ a t n n i mo Ben to Fo

A origem da Terra 72

ítulo

A forma e os movimentos da Terra 81 Geografia em foco 81 Observações cotidianas

O relevo, as águas e as paisagens 94

Geografia em foco 99 Vulcão Etna volta a entrar em erupção Terremotos 100 Dobramentos e falhamentos: lentas alterações no relevo 101

As rochas e seus minerais 102 O Brasil e seus principais minerais 103

Encontro com... Ciências 104 Rochas e minerais bem perto de você

Atividades 106 Dinâmica externa da Terra e as formas do relevo 107 Ação erosiva no relevo 107 Ação humana e erosão 109

As formas do relevo terrestre 111 O relevo brasileiro 113

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Atividades 117 As águas e as paisagens terrestres 118 Encontro com... Ciências 119 O movimento da água pelo nosso planeta

As águas oceânicas 120 Importância das águas oceânicas 121

As águas continentais 122

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Vulcanismo 98

Mapa altimétrico e o perfil do relevo

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Vulcões e terremotos transformam o relevo terrestre 97

Momento da Cartografia 114

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Dinâmica interna da Terra e as formas de relevo 96

ítulo

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O relevo terrestre 96

Cap

A importância dos rios 123 As partes de um rio 124 Regime dos rios 126 Os rios e as paisagens 127

Bacias hidrográficas 128 As regiões hidrográficas do Brasil 129 As águas subterrâneas 132

A sociedade e a apropriação dos recursos hídricos 133 Explorando o tema 134 Aquíferos: reservas superexploradas

Atividades 136

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Cap

ítulo

O clima, a vegetação e as paisagens 138 Atmosfera: a camada de gases que envolve a Terra 140 Elementos atmosféricos 141 Pressão atmosférica 145 Ventos: o ar em movimento 146

Circulação atmosférica global 147 un ya roj

Umidade 148

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Massas de ar, tempo e clima 150 Tempo e clima, qual a diferença? 152

Climogramas 154

Cap

Climas do mundo 158 Climas do Brasil 160

Temperatura 141

Le at rip Pu

Atividades 156

O clima e o modo de vida das pessoas 162 O clima e as formações vegetais do planeta 164 Explorando o tema 168 Alimentos da floresta

Atividades 170

ítulo

A natureza e a sociedade nas paisagens 172

Zo ran M

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terstoc k.com

As relações entre os elementos da natureza nas paisagens terrestres 174 A interdependência dos elementos da natureza e a formação dos solos 175 As interações do clima com as correntes marítimas 176

As relações entre a natureza e a sociedade nas paisagens 183 Os rios e a energia hidrelétrica 184 Os rios e as hidrovias 185 Relevo e agricultura 186 Clima e agricultura 187

Geografia em foco 177

Explorando o tema 188

El Niño As relações entre a altitude do relevo e a vegetação 178

Encontro com... Artes

Atividades 181

Tecnologia e paisagens

Atividades 190

180

As paisagens registradas nas pinturas em telas

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M

Cap

ítulo

A sociedade, as atividades econômicas e o espaço geográfico 192

As atividades econômicas e os recursos da natureza 196 Geografia em foco 196 Recursos naturais renováveis e não renováveis Recursos naturais e o extrativismo 197

Agricultura 202 Pecuária 206

Indústria 208 Os diferentes tipos de indústrias 208

O comércio e a prestação de serviços 210 Geografia em foco 211 O comércio eletrônico

utterstock.com ck/Sh dnia Wo Jef

As atividades econômicas e a organização do espaço geográfico 194

Explorando o tema 212 Refletindo sobre o consumo

Geografia em foco 199 O garimpo e seus impactos ambientais e sociais

Atividades 214

Atividades 200 Agropecuária 202 Cap

A natureza, as atividades econômicas e os problemas ambientais 216 218

Geografia em foco 220 É possível cuidar do ar que respiramos?

Investigando na prática 221 Bioindicadores de poluição do ar Consequências das mudanças climáticas 224 Poluição do solo 228

Geografia em foco 230 O fenômeno ambiental da desertificação Poluição das águas 232

Atividades 234

Fontes de energia e as atividades econômicas 236 Gás natural 236

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Poluição atmosférica

Carvão mineral 237 Petróleo 238

Geografia em foco 240 O petróleo brasileiro Fontes de energia mais limpas 241

Momento da Cartografia 242

Z UM sia/ AA SIP

Os problemas ambientais 218

ítulo

Croqui: desenhando paisagens

Consciência ambiental 246 Geografia em foco 248 O que estamos fazendo para garantir o futuro do nosso planeta?

Explorando o tema 250 Água sob ameaça

Atividades 252

Mapas 254

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Bibliografia 255

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Objetivos do capítulo

• Compreender

que, além do lugar onde vive, existem muitos outros lugares diferentes.

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Lugares e paisagens

• Identificar como as pessoas se relacionam com os lugares.

• Perceber que o modo de vida das pessoas torna os lugares diferentes entre si.

• Compreender como os

lugares se inter-relacionam.

• Distinguir os elementos

naturais e culturais que compõem as paisagens.

• Verificar que cada lu-

gar possui uma paisagem diferente.

• Perceber

Jef Wodniack/ Shutterstock.com

que alguns elementos da paisagem podem ser verificados por meio de outros sentidos, além da visão.

• Verificar

que os elementos das paisagens podem ser reconhecidos por meio da observação e da delimitação dos planos das paisagens.

• Compreender

que as paisagens estão em constantes transformações.

• Identificar

as transformações das paisagens por meio da ação da natureza.

• Verificar

que as paisagens são transformadas pelo ser humano por meio de técnicas e trabalho diferentes.

• Compreender

que o ser humano vem transformando e ainda transforma o espaço geográfico ao longo do tempo.

Perceber que o espaço geográfico compreende a porção da superfície terrestre ocupada e transformada pelo ser humano.

• Reconhecer

os patrimônios naturais e culturais como elementos das paisagens que revelam as características e a história do lugar.

A fotografia retrata a ponte japonesa, localizada em Giverny, França, 2018.

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Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd

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• Para explorar a tela do artista Claude Monet e a foto-

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grafia, utilize como recurso a dinâmica da tempestade cerebral. Essa dinâmica consiste em incentivar os alunos a expor oralmente suas ideias sobre o assunto que está sendo abordado em aula. Além disso, consiste em um importante instrumento para o professor investigar o conhecimento prévio dos alunos.

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Esta fotografia retrata o jardim da casa do artista Claude Monet, localizada em Giverny, França. Por considerar esse lugar especial, Monet decidiu reproduzir a paisagem desse jardim em uma tela.

Flaper

Museu de Arte da Filadélfia, EUA

Em nosso dia a dia frequentamos lugares que consideramos especiais, por exemplo, a nossa casa. Estudar os lugares é muito importante, pois podemos conhecer a relação entre o modo de vida das pessoas e as paisagens desses lugares.

A obra de arte Ponte japonesa e lírios-d’água foi produzida pelo pintor francês Claude Monet, em 1899.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

A Descreva o lugar que era importante para o artista Claude Monet e que foi registrado em uma de suas mais belas pinturas. B Se você fosse pintar um lugar de que gosta muito, qual lugar seria? C Em seu dia a dia você frequenta lugares diferentes? Quais são eles? Cite alguns para os colegas.

BNCC

• Promova uma conver-

sa na classe para que os alunos falem de quais lugares gostam e com quem costumam frequentá-los. A atividade de socialização de opiniões é importante para que os alunos entrem em contato com a diversidade de gostos e opiniões e saibam respeitá-la, conforme orienta a competência geral 4 da BNCC. Além disso, incentive os alunos a falarem livremente suas hipóteses sobre a importância de estudar os lugares. Com base no que expuserem, conduza a discussão: é importante estudar não somente os lugares perto de onde vivemos, mas também os mais longínquos. É necessário compreender a dinâmica terrestre, suas constantes mudanças, visando sempre a preservação e a conservação da natureza pelo ser humano. Orientações gerais

• Comente com os alu-

nos que vários outros artistas, assim como o pintor francês Claude Monet, também retrataram lugares especiais para eles, como o pintor holandês Vincent van Gogh, que pintou seu quarto e a casa amarela onde morou em Arles. Para conhecer algumas de suas obras sugerimos o acesso ao site a seguir.

> A galeria de Vincent

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Respostas

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A O lugar que era importante para Claude Monet é um jardim com diversos tipos de plantas, algumas apenas folhagens verdes, outras com flores coloridas e um lago onde foi construída uma ponte.

van Gogh. Disponível em: <http://livro.pro/ k4hjhe>. Acesso em: 11 set. 2018.

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B Resposta pessoal. Incentive os alunos a pintar esse “lugar especial” e socialize as pinturas deles. Incentive o respeito à expressão de todos. Monte um painel com a produção dos alunos.

C Resposta pessoal. Caso considere interessante, escreva no quadro os lugares citados pelos alunos. Verifique com eles se frequentam lugares em comum.

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A Geografia e os lugares

BNCC

• O tema abordado nes-

tas páginas favorece o trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural, oferecendo elementos para a compreensão de que existem diferentes lugares e modos de vida pelo mundo e que é fundamental valorizar e respeitar as diferenças étnicas e culturais. Comente com os alunos que as populações citadas nestas páginas retratam uma parte da grande riqueza sociocultural dos lugares onde vivem.

No dia a dia, além da nossa casa, frequentamos outros lugares. Vamos à escola, à casa de um vizinho ou de um parente, circulamos pelas ruas do bairro. Nesses ambientes, convivemos com outras pessoas e vivemos experiências que tornam tais lugares significativos para nós. Além desses espaços que conhecemos e vivenciamos, existem muitos outros bem diferentes entre si, tanto nas áreas urbanas quanto nas áreas rurais.

O povo massai vive na porção leste da África. Suas habitações são cabanas produzidas com estacas de madeira e esterco de vaca e ordenadas em círculos, com os animais domésticos dispostos ao centro. Desse modo, evitam que sejam capturados por animais silvestres, pois esses rebanhos são bens preciosos para eles. Na fotografia, podemos ver homem massai próximo à sua moradia, na Tanzânia, África, 2018.

Sun_Shine/Shutterstock.com

Planisfério político: povos e culturas

• O tema destas páginas

também favorece uma abordagem da competência específica de Ciências Humanas 4. Durante o estudo, evite estereótipos, apresentando aos alunos de maneira imparcial o modo de vida das populações citadas no livro.

0º Equador

• Conhecer

0º Equador

Orientações gerais

• Aproveite

a opinião dos alunos e reitere a importância de estudar os lugares em Geografia para conhecer e compreender algo mais sobre as diversas paisagens e culturas dos mais diferentes lugares do mundo.

0

1 210

2 420 km

0

1 210

2 420 km

Meridiano de Greenwich

Assim como outros grandes centros urbanos, a cidade de São Paulo é caracterizada por uma concentração de culturas, pelas numerosas construções verticais, pelo intenso trânsito de veículos e pedestres. Ao lado, paisagem da cidade de São Paulo (SP), 2018.

Meridiano de Greenwich

BRASIL

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

diferentes lugares e paisagens pelo mundo e suas características permite aos alunos também reconhecerem as diferenças nas paisagens no lugar em que vive, contemplando o trabalho com as habilidades EF06GE01 e EF06GE02.

0

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.

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Jorgen Udvang/Alamy/Fotoarena

Observe, a seguir, alguns lugares do mundo e conheça um pouco o modo de vida das pessoas que neles vivem.

Hinduísta: pessoa que pratica a religião conhecida como Hinduísmo. O hinduísmo é uma das mais antigas religiões do mundo. Nômade: povo que não tem habitação fixa; que constantemente muda de lugar, à procura de alimento para si e para seus rebanhos, onde possa se fixar por um determinado período.

Capítulo 1

Entretanto, eles não são diferentes apenas por causa dos elementos da natureza, como vegetação, clima e relevo, mas também pelo modo como vivem seus habitantes. A maneira como as pessoas se relacionam com a natureza, a língua falada, o jeito de se vestir, de se alimentar, as crenças religiosas, ou seja, a cultura dos povos é diferente em vários lugares do mundo.

MIANMAR ÍNDIA

Os mokens são um povo nômade que passa grande parte da vida em barcos. Habitam, predominantemente, o arquipélago de Mergui, localizado próximo a Mianmar, onde é possível avistar, no horizonte, seus pequenos barcos, os kabangs. Do mar eles retiram os alimentos que consomem, além de conchas e ostras para comercializar.

QUÊNIA

De Visu/Shutterstock.com

Meridiano de Greenwich

Eles vivem em terra firme somente no período em que as chuvas e os ventos se tornam mais intensos, dificultando a navegação. Na fotografia, mokens em seus kabangs, Mianmar, 2017.

O rio Ganges é sagrado para os hinduístas. Para eles as águas desse rio purificam a existência. Diariamente, milhares de pessoas banham-se no Ganges, bebem suas águas e depositam nele as cinzas de seus mortos. Na fotografia, pessoas banhando-se nas águas do Ganges, na cidade de Varanasi, Índia, 2018.

E

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Sugestão de atividade Pesquisa sobre diferentes culturas Objetivos

• Conhecer

diferentes

culturas.

• Valorizar a diversidade

cultural. a ) Solicite que os alunos se organizem em grupos a fim de pesquisarem em livros, revistas e na internet informações sobre a cultura e as principais manifestações de povos de outros países do mundo. b) Determine qual país cada grupo deve pesquisar, a fim de evitar que muitos estudem sobre o mesmo povo. O enfoque também pode ser a cultura local, com base no que o aluno conhece e vive. c ) Com a pesquisa pronta, solicite aos alunos que elaborem cartazes, com imagens e textos sobre as informações que obtiveram. Em seguida, cada grupo deve apresentar o cartaz que produziu aos demais alunos da sala. d) Converse com o professor de História sobre as possibilidades de relacionar esta atividade aos assuntos de interesse de sua disciplina, como a origem cultural dos diferentes povos do mundo, por exemplo.

• Qual dos ambientes e povos mostrados mais chamou sua atenção? Por quê? Resposta pessoal.

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Sugestão de atividade

A relação entre os lugares

De onde vem esse produto?

Frequentamos lugares diferentes em nosso cotidiano. Esses lugares podem estar perto de onde moramos ou em bairros mais distantes. Também nos relacionamos com lugares situados em outros municípios, estados e até mesmo em outros países. Essas relações podem acontecer de diversas maneiras, como ao realizarmos uma viagem e ao assistirmos a um programa de televisão que aborde notícias de outros lugares.

Objetivos

• Refletir sobre a relação entre diferentes lugares.

• Identificar

a origem dos produtos consumidos diariamente. Para desenvolver essa atividade, oriente os alunos da seguinte maneira: a ) Peça antecipadamente que tragam para a sala de aula algumas embalagens de produtos utilizados em seu dia a dia e identifiquem nos rótulos dos produtos os lugares onde foram produzidos. b) Solicite a eles que reflitam sobre as relações entre os lugares pelos quais esse produto passou até chegar ao lugar onde moram. Neste momento é possível trabalhar com o tema contemporâneo Educação para o consumo, pois os alunos poderão conhecer a origem dos produtos e refletir sobre seu consumo. c ) Esclareça que os lugares envolvidos na produção do item investigado têm múltiplas relações entre si e, por vezes, assumem mais de uma função no processo de produção.

Os produtos que consumimos diariamente também são meios pelos quais podemos nos relacionar com diferentes lugares, pois alguns deles são fabricados em outros locais, muitas vezes em lugares distantes. Além disso, durante o processo de produção, podem passar por etapas que, em geral, são realizadas em diferentes localizações. A seguir, podemos observar algumas etapas do processo de produção do macarrão.

1

2

Salvador Aznar/Shutterstock.com

Depois de colhido, o trigo é transportado até uma indústria de moagem, também conhecida como moinho, onde é transformado em farinha. Na fotografia abaixo, grãos de trigo passando por moagem, nas Ilhas Canárias, Região Autônoma da Espanha, 2017.

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

O processo de produção do macarrão tem início em uma plantação de trigo, conforme mostra a fotografia abaixo, no município de Três de Maio (RS), 2017.

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Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd

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• As imagens contidas nesta ou em qualquer outra pá-

gina do livro possuem interesse exclusivamente didático, sem finalidade de promover marcas ou produtos.

• Esclareça aos alunos que os lugares mostrados em cada uma das etapas da produção do macarrão são ilus-

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trativos, ou seja, serviram para exemplificar a relação que existe entre os lugares na fabricação de um produto. Para tanto, comente a sequência substituindo o trigo por outro produto e seus derivados (leite, queijo, iogurte; cana-de-açúcar, açúcar, biscoito doce).

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Quantos lugares diferentes você já conheceu por meio de uma revista, de um livro, de um jornal ou, ainda, pela programação da televisão? Os meios de comunicação, como os citados acima, trazem informações sobre as características de diferentes locais, que podem estar próximo ou muito distantes de onde moramos. Entre os diversos meios de comunicação a que atualmente temos acesso está a internet. Ela é a rede mundial de computadores e nos mostra, de maneira rápida e abrangente, diferentes informações sobre os lugares do mundo. Com a internet é possível, em poucos instantes, obter informações sobre como vivem as pessoas e também observar paisagens de outras regiões.

Capítulo 1

Fotomontagem. Fotos: Andrey_Popov e Circle Creative Studio/Shutterstock.com

Os lugares e a internet

Acessando um site de busca, em pouco tempo temos informações sobre uma infinidade de lugares, como mostra a fotografia, onde de sua casa, a menina tem acesso a paisagem de Paris, França, 2018.

O jardim secreto Direção de Agnieszka Holland. EUA: Warner Home Video, 1993. (101 min). Uma garota transforma um jardim abandonado em um lugar muito especial para um grupo de crianças. Nesse lugar, o grupo consegue superar uma série de problemas que vivenciam.

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3

Extarz/Shutterstock.com

O macarrão produzido na indústria é levado a diversos estabelecimentos comerciais, onde é posto à venda e o consumidor pode adquiri-lo, como mostra a fotografia abaixo, de um supermercado na Tailândia, 2018.

Giorgio Rossi/Shutterstock.com

A farinha é utilizada por algumas indústrias que produzem diversos tipos de alimentos, entre eles o macarrão, como podemos observar na fotografia abaixo, de uma indústria na Itália, 2017.

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Orientações gerais

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• Informe ao aluno que EUA é uma sigla referente ao pa-

Sugestão de atividade Pesquisa na internet Objetivos

• Utilizar a internet co-

mo ferramenta digital de pesquisa.

• Conhecer características de diferentes lugares do mundo.

Ao abordar o tema Os lugares e a internet, sugira uma pesquisa na rede mundial de computadores sobre diferentes lugares no mundo. Para isso, sugerimos alguns procedimentos. a ) Escolha previamente alguns lugares que deverão ser pesquisados. b) Determine com os alunos alguns aspectos a serem pesquisados, como localização, dados físicos, populacionais, econômicos, históricos e culturais. c ) Indique para os alunos alguns sites de busca, como Google, Achei e Yahoo!. d) Oriente os alunos a pesquisarem em sites confiáveis. Uma dica é observar a extensão final dos endereços eletrônicos: .org (organização sem fins lucrativos), .edu (organização ligada ao ensino), .gov (organização relacionada ao governo). e ) Oriente os alunos que, caso utilizem imagens ou textos citados da internet, é importante elaborarem seus respectivos créditos. f ) Peça aos alunos que apresentem sua pesquisa aos demais alunos da sala. O resultado da pesquisa pode ser utilizado para a confecção de um painel com o título: A internet e os lugares.

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ís norte-americano Estados Unidos da América.

• Se possível, reproduza o filme O jardim secreto e depois organize uma roda de conversa sobre a relação estabelecida entre o grupo de crianças e o lugar especial para elas que era o jardim. 17

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Sugestão de atividade

Os lugares e as paisagens

Descrevendo uma paisagem

Paisagem é tudo aquilo que vemos em determinado lugar, em dado momento, e algumas de suas características também são percebidas por meio de sons, odores e movimentos.

Objetivos

• Descrever os elementos de uma paisagem.

Existem paisagens que são formadas por elementos naturais, como rios, oceanos, formas de relevo, vegetação que foram formados por processos naturais, sem intervenção direta do ser humano. Desse modo, por não apresentarem evidências da ação humana, elas são consideradas paisagens naturais. Entretanto, atualmente, em nosso planeta há poucas que não receberam intervenção direta ou mesmo indireta do ser humano.

• Compreender

Orientações gerais

Em outras paisagens, predominam elementos culturais, também chamados de artificiais ou humanizados, ou seja, produzidos pela ação humana, como casas, edifícios, escolas, rodovias e lavouras. As paisagens compostas por esses elementos são consideradas paisagens culturais. Veja os exemplos a seguir. Valentyn Volkov/Shutterstock.com

A

A fotografia acima, mostra paisagem localizada em Saint-Croix-du-Verdon, França, 2017.

B

Kagan Kaya/Shutterstock.com

que a percepção da paisagem pode ocorrer de maneiras diferentes. a ) Apresente aos alunos, por meio de imagem digital, fotocópia, recorte de jornal ou revista, a imagem de uma paisagem. Solicite que cada um dos alunos descreva-a no caderno. Depois, peça a cada um que leia sua descrição para os colegas da sala. b) Por meio dessa atividade, oriente os alunos a compreenderem que a percepção dos elementos de uma mesma paisagem não ocorre da mesma maneira entre diferentes pessoas. Isso acontece porque cada pessoa tem uma maneira diferente e única de perceber e descrever a mesma paisagem. c ) Incentive os alunos a perceberem a presença de elementos culturais, tais como estradas e construções, além de elementos naturais, como rio, relevo e vegetação. Caso escolha uma fotografia que retrate o espaço rural, apesar de apresentar elementos naturais, ele também é construído culturalmente, pois as espécies presentes são artificialmente trazidas e cultivadas pelo homem. Isso será aprofundado no estudo da página 19.

Visão panorâmica de um porto em Barcelona, Espanha, 2017.

• Em qual das imagens, A ou B, predominam elementos naturais? Em qual delas predominam elementos culturais? Naturais: A. Culturais: B.

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• O tema desta página desenvolve um estudo

relacionado à paisagem. O texto a seguir consiste em uma importante fonte de apoio teórico ao trabalho com esse conceito. A paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem, enquanto grosseiramente podemos dizer que a paisagem natural é aquela ainda não

mudada pelo esforço humano. Se no passado havia a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente não existe mais. Se um lugar não é fisicamente tocado pela força do homem, ele, todavia, é objeto de preocupações e de intenções econômicas ou políticas. Tudo hoje se situa no campo de interesse da história, sendo, desse modo, social.

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A paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais; é formada por frações de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou por qualquer outro critério. A paisagem é sempre heterogênea. [...] SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 64-65.

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construções rio

vegetação rio

construções

Rosalba Matta-Machado/Shutterstock.com

Vista do município de Curitiba (PR), 2017.

1. Converse com os colegas sobre as características que diferenciam os elementos que compõem as paisagens. Resposta esperada: os elementos

que compõem as paisagens podem se repetir, porém o modo como são organizados e as suas características podem ser diferentes. Um exemplo são os rios, que apresentam quantidade de água e extensão variadas. As construções podem ser mais antigas ou mais modernas. O tipo de vegetação pode ser diferente.

vegetação

Paulo Vilela/Shutterstock.com

Os elementos que compõem as paisagens podem se repetir entre uma e outra, porém não exatamente com as mesmas características. Por isso, cada paisagem é única e, geralmente, apresenta aspectos distintos. Observe as imagens dos municípios de Curitiba e de Carolina. Tanto em uma quanto na outra, podemos observar os mesmos tipos de elementos. No entanto, a maneira como eles estão organizados e as características diversas desses lugares tornam suas paisagens diferentes.

Capítulo 1

As paisagens não são iguais

As paisagens não são iguais, peça aos alunos que se juntem em grupos de dois a quatro integrantes para conversarem sobre as características que diferenciam os elementos que compõem as paisagens apresentadas nesta página. Posteriormente, analise as imagens com a classe e oriente-os a registrarem suas conclusões no caderno. Os alunos poderão perceber que, apesar de os elementos serem comuns, suas características próprias e organização no espaço fazem com que as paisagens sejam distintas. da nesta página tem o objetivo de avaliar o conhecimento prévio dos alunos. Verifique se eles identificam que, embora os elementos sejam naturais, eles foram plantados pelo ser humano e, por isso, a paisagem é considerada cultural.

Vista do município de Carolina (MA), 2017.

Observe a imagem abaixo. 2. Em sua opinião, essa paisagem pode ser considerada natural ou cultural? Resposta pessoal.

À primeira vista, podemos pensar que a imagem abaixo retrata uma paisagem natural. No entanto, se analisarmos essa fotografia considerando que os girassóis, embora sejam elementos naturais, cresceram nesse lugar porque foram plantados pelo ser humano e não em consequência da ação da natureza, compreendemos que essa paisagem é cultural.

Material digital

•A

Lavoura de girassóis na Ucrânia, 2018.

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• Para trabalhar o tema

• A questão apresenta-

Os elementos são naturais, mas a paisagem é cultural

S.Borisovich/Shutterstock.com

Orientações gerais

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sequência didática 1, localizada no material digital, propõe um trabalho em que os alunos deverão investigar com familiares ou moradores antigos informações sobre a ocupação do bairro, assim como o registro e a pesquisa de imagens sobre seu lugar de vivência. Essa sequência auxilia no desenvolvimento das habilidades EF06GE01 e EF06GE02. É possível também trabalhar com as competências gerais 9 e 10 da BNCC, pois estimulam o diálogo e o convívio entre os familiares e pessoas do bairro, o que também propicia contemplar o tema contemporâneo Vida familiar e social.

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Orientações gerais

• Para realizar a ativida-

de proposta nesta seção, solicite com antecedência aos alunos que tragam de casa plantas que julgarem interessantes, bonitas e perfumadas, ou pequenos pedaços de rochas (pedras) de diferentes texturas e cores, que podem ser encontradas no quintal de suas casas ou no caminho entre a casa e a escola. Traga também elementos diferentes para compor a atividade.

Investigando na prática

Os sentidos e as paisagens

Vamos realizar uma atividade em que você vai investigar como é possível perceber alguns elementos da paisagem com outros sentidos, além da visão. O que você vai precisar

• vasos com diferentes tipos de plantas, ou

seja, com texturas, cheiros e tamanhos de folhas diferentes, como hortelã, capim-cidreira e alecrim;

• areia; • pedras pequenas;

• Oriente os alunos para que não tragam plantas que, ao serem manuseadas, possam machucar, ou seja, plantas que possuam espinhos ou folhas cortantes. Também solicite que peçam auxílio de um adulto para coletar esses materiais e que tragam no máximo dois exemplares de cada tipo.

• algodão; • folhas secas; • gravetos; • carteiras; • pedaços de tecido para vendar os olhos.

Como fazer A Organize os materiais que vocês trouxeram em um local da escola e aguardem na

sala de aula. B O professor deve organizar as carteiras em uma fileira. Em cada carteira deverá

colocar os materiais selecionados.

• Organize os elementos

Orientações gerais

• Solicite aos alunos que

cuidem da limpeza e organização da sala após o trabalho prático.

José Vitor Elorza/ASC Imagens

na mesa agrupando de acordo com suas características, de modo que elementos com características semelhantes fiquem próximos. Essa organização possibilita aos alunos sentir e perceber pequenas diferenças entre elementos semelhantes, como a textura das folhas ou o tamanho médio das pedras. Na fotografia, a professora Eloíza organiza nas carteiras os materiais selecionados, em Londrina (PR), 2014.

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Orientações gerais

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• O texto a seguir fundamenta a realização do trabalho proposto nesta seção.

[...] Um ser humano percebe o mundo simultaneamente através de todos os seus sentidos. A informação potencialmente disponível é imensa. No entanto, no dia a dia do homem, é utilizada somente uma pequena porção do seu poder

inato para experienciar. Que órgão do sentido seja mais exercitado, varia com o indivíduo e sua cultura. Na sociedade moderna, o homem tem que confiar mais e mais na visão. [...] Embora todos os seres humanos tenham órgãos dos sentidos similares, o modo como as suas capacidades são usadas e desenvolvidas

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começa a divergir numa idade bem precoce. Como resultado, não somente as atitudes para com o meio ambiente diferem, mas difere a capacidade real dos sentidos, de modo que uma pessoa em determinada cultura pode desenvolver um olfato aguçado para perfumes, enquanto os de outra cultura adquirem profunda visão estereos-

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Capítulo 1

C Em grupos, com olhos vendados e com

Fotos: José Vitor Elorz a/ASC Imagens

ajuda do professor, os alunos devem retornar ao local da atividade e se dirigir até a fileira de carteiras. Toque cada um dos materiais dispostos sobre a mesa.

Os alunos da professora Eloíza tocam e sentem o cheiro dos materiais sobre as carteiras. Fotografia registrada em Londrina (PR), 2014.

Nesta fotografia os alunos sentem os materiais por meio das mãos, em Londrina (PR), 2014.

D Em seguida, sinta o cheiro dos materiais

para percebê-los por meio do olfato.

Orientações gerais

• Durante

a execução da atividade, estimule os alunos a participarem. Para isso você pode separá-los em pares, permitindo que um aluno auxilie o outro, e vice-versa, observando sempre para que ambos toquem e sintam elementos distintos dispostos na mesa. BNCC atividade proposta nestas páginas também tem como objetivo instigar no aluno a curiosidade intelectual e a investigação, conforme orienta a competência geral 2 da BNCC. Para explorar mais este tema, sugira que os alunos escolham uma paisagem do lugar onde moram e realize essa mesma experiência. Depois, reserve um momento da aula para que eles possam comentar o que perceberam nessa ocasião.

•A

visite

Resposta

Visita ao parque ou praça

• Resposta pessoal. • Resposta pessoal. • Espera-se que os alu-

Com o professor e os colegas, visite um parque ou praça do município onde mora. Nesse lugar, por meio da visão, procure identificar os elementos presentes nessa paisagem. Depois, utilizando outros sentidos humanos, perceba os cheiros, os sons e os movimentos presentes na paisagem visitada.

Converse sobre suas observações Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

• O que você sentiu ao tocar os materiais que fazem parte da atividade? • Quais cheiros você sentiu? • Assim como na atividade, também podemos perceber os elementos das

Com os olhos vendados, aluna sente o cheiro de alecrim. Fotografia registrada em Londrina (PR), 2014.

paisagens por meio do tato e do olfato? Dê exemplos.

• Com seus amigos caminhe pelo pátio da escola e use seus sentidos

como o tato, o olfato e a visão para perceber os elementos da paisagem.

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nos respondam que por meio do tato é possível sentir a textura do tronco das árvores e das folhas e por meio do olfato é possível sentir os cheiros das flores e das frutas.

• Auxilie

os alunos a perceberem os elementos presentes na paisagem, como os cheiros, a forma, a textura, entre outros. Além de utilizar as mãos, eles também podem aguçar o tato andando descalços pelo gramado e pela calçada.

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cópica. Ambos os mundos são predominantemente visuais: um será enriquecido por fragrâncias, o outro pela agudeza tridimensional dos objetos e espaços. TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Tradução: Livia de Oliveira. São Paulo: Difel, 1980. p. 12-14.

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Orientações gerais

• Para trabalhar o tema

destas páginas, retome com os alunos a ideia de que a paisagem é formada tanto por elementos naturais quanto por elementos culturais. Chame a atenção deles para observarem esses elementos na imagem dessas páginas.

Momento da Cartografia

Planos da paisagem

Podemos analisar uma paisagem por partes, verificando os conjuntos de elementos em cada uma delas. Essas partes, chamadas planos da paisagem, aparecem dispostas horizontalmente ou paralelas à linha do horizonte. No primeiro plano da paisagem estão os elementos mais próximo de quem a observa e, no último, os elementos mais distantes.

• Oriente

os alunos a perceberem que:

As fotografias constituem um importante recurso para observação e análise dos planos das paisagens.

> o primeiro plano da

paisagem apresenta o predomínio de elementos naturais (canteiro de flores); > o segundo plano apre-

senta tanto elementos naturais quanto elementos culturais (vegetação e pessoas);

Paisagem do Monte Fuji, Japão, 2017.

> o terceiro plano apre-

senta o predomínio de elementos naturais (montanha com neve no topo).

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Capítulo 1

A paisagem destas páginas foi retratada por meio de uma fotografia, na qual podemos verificar os elementos que a compõem e sua organização. Observe os planos da paisagem no esquema a seguir.

No terceiro plano da paisagem, observamos uma montanha com o pico coberto de neve.

Fotomontagem de Barbara Sarzi. Foto: Victor FlowerFly/Shutterstock.com

Linha do horizonte.

No segundo plano da paisagem, podemos observar a presença de vegetação e de algumas pessoas.

BNCC O conteúdo abordado nestas páginas embasa os alunos para que analisem e comparem os conjuntos de elementos das paisagens, tanto naturais quanto modificadas pelos diferentes tipos de sociedades, desenvolvendo as habilidades EF06GE01 e EF06GE02, sendo estas fundamentais para que os alunos desenvolvam e exercitem posteriormente a habilidade EF06GE09.

•O

desenvolvimento do raciocínio espacial, por meio do uso de linguagens cartográficas ao analisar os planos da paisagem, contempla o trabalho com a competência específica de Ciências Humanas 7. Esse trabalho envolve, no que tange a essa competência, o desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal que se relaciona a noções de distância, direção, simultaneidade, sucessão e conexão.

No primeiro plano da paisagem, observamos um canteiro de flores.

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Orientações gerais

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• Comente com os alunos que durante a observação dos

planos de uma paisagem, caso haja algum elemento no céu, como nuvens e balões, ele também poderá ser considerado um plano da paisagem. • De acordo com a BNCC:

[...] O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pensamento espacial, aplica determinados princípios [...] para

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compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 25 set. 2018. p. 357.

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Atividades

BNCC

• A atividade 4 desta pá-

• Ao

final da pesquisa de imagem realizada pelos alunos na questão e, aproveite para solicitar a eles que expliquem o resultado da pesquisa e como identificaram os elementos e planos da paisagem. Este é um momento oportuno para exercitar a competência geral 4 da BNCC, pois oportuniza ao aluno desenvolver a linguagem oral.

Exercícios de compreensão 1. Resposta 1. Escolha um lugar que você frequenta em seu dia a dia. Elabore um texto descrepessoal. Verifique se o vendo, no caderno, as características desse lugar e o que você costuma fazer nele. texto elaborado pelos alunos 2. Em sua opinião, é importante estudar as paisagens na Geografia? Por quê? está coerente Possível resposta: com o estudo das paisagens podemos compreender fenômenos naturais, sociais e as com a atividade 3. Responda no caderno. transformações que ocorreram nos lugares onde vivemos e em outros lugares do mundo. Compartilhe e complemente as respostas dos alunos. proposta. 3. a) As paisagens a ) O que caracteriza uma paisagem natural? E uma paisagem cultural? naturais são b ) Com base no que você estudou, o que torna as paisagens únicas? formadas por elementos c ) Como é a paisagem do lugar onde você vive? Descreva os elementos culturais naturais. Já as paisagens culturais e naturais que você observa nela. Resposta pessoal. apresentam elementos produzidos Geografia no contexto pelo ser humano, ou 4. A fotografia a seguir retrata uma paisagem do Rio de Janeiro. Observe-a. seja, elementos culturais. 3. b) As paisagens se tornam únicas porque seus elementos nunca apresentam exatamente as mesmas características e estão, geralmente, organizados de formas diferentes. Alexandre Rotenberg/Shutterstock.com

gina favorece uma abordagem da competência específica de Geografia 4, pois possibilita exercitar o pensamento espacial utilizando a linguagem cartográfica.

Paisagem da cidade do Rio de Janeiro (RJ), 2018.

Agora, responda no caderno. a ) Quais elementos da paisagem mostrada acima compõem o primeiro, o segunplano: mar. Segundo plano: área urbana do e o terceiro planos? Primeiro com edificações. Terceiro plano: vegetação e morros.

b ) A fotografia retrata uma paisagem com predomínio de elementos naturais ou naturais. Porque a maior parte da paisagem culturais? Justifique sua resposta. Elementos retratada é tomada pelo mar e pelos morros cobertos pela mata. c ) Identifique e escreva o nome de dois elementos naturais que você pode visualizar na paisagem. Resposta esperada: morros, vegetação e mar. d ) Em qual dos planos da paisagem você observa mais elementos culturais? No segundo plano.

e ) Pesquise em revistas ou na internet uma imagem em que seja possível identificar os planos da paisagem. Nela, trace a linha dos planos, inclusive a linha do horizonte. Depois, descreva os elementos que constituem cada um dos planos da paisagem e classifique-os como elementos naturais ou culturais. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

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Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c1_p012a025.indd

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• A atividade 2 aborda o tema da página 18 sobre a im-

portância do estudo da paisagem pela Geografia. Leia o texto a seguir que trata da importância do ensino de Geografia na formação de nossos alunos. [...] a geografia existe desde sempre, e nós a fazemos diariamente. Romper então com aquela visão de que geografia é algo que só veremos em aulas de geografia. Mas,

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como traduzir essa concepção de mundo em nossas aulas? Primeiramente, não sobrecarregando o aluno com milhões de informações que são inutilmente decoradas. [...] A forma como trabalhamos e construímos o conhecimento com os alunos é o cerne de uma educação mais democrática e comprometida na luta contra a repetência e a exclusão social. [...] Mais importante do que listar muitos conteúdos

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Mikhail Olykainen/Shutterstock.com

3 Mendenhall Olga/Shutterstock.com

2 Ralph Orlowski/Getty Images

1

Capítulo 1

5. Ao consumirmos determinados produtos, fazemos parte de relações entre diferentes lugares. Observe as imagens abaixo e responda às questões no caderno.

Gerson Gerloff/ Pulsar Imagens

5 Emile Wamsteker/ Bloomberg/Getty Images

4

Orientações gerais

• Explique

aos alunos que reflorestamento é a prática de constituir ou restaurar a cobertura vegetal de uma área. O reflorestamento pode ser realizado com intuito ambiental, a fim de recuperar uma formação vegetal, ou com o objetivo de produzir matérias-primas para serem exploradas comercial ou industrialmente.

Etapas de produção de um lápis de cor.

a ) Ordene as imagens acima escrevendo, no caderno, os números de acordo com as etapas de produção do lápis. 2, 3, 5, 4 e 1. b ) De onde vem a madeira, uma das matérias-primas para a produção desse lápis? De uma área de reflorestamento.

c ) Onde essa matéria-prima é transformada em um produto? Em uma indústria. d ) De acordo com as imagens, quais lugares estabeleceram relações durante a área rural de reflorestamento, de onde é extraída a madeira; os lugares por onde produção do lápis? Aa madeira cortada é transportada; a indústria, onde a madeira é transformada em lápis; e o estabelecimento comercial, onde as pessoas podem adquiri-lo.

e ) Cite um exemplo de como, em nosso dia a dia, estamos nos relacionando com Resposta pessoal. Possível resposta: outros lugares por meio dos produtos que consumimos. quando compramos produtos fabricados

em lugares distantes de onde moramos, como tênis, produtos eletrônicos e brinquedos, estamos nos relacionando com esses lugares. Comente com os alunos que, além da madeira, o grafite também é utilizado como matéria-prima na fabricação do lápis.

6. Observe a fotografia abaixo.

• Que argumento você utilizaria para explicar a uma pessoa que a imagem abaixo não retrata uma paisagem natural e sim uma paisagem cultural?

Photos by D/Shutterstock.com

Embora os elementos que a formem sejam naturais, eles foram cultivados pelo trabalho humano e, por isso, constituem uma paisagem cultural.

Plantação de flores na Holanda, 2017.

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é entender o fio condutor que constrói as paisagens: os homens na sua luta pela sobrevivência. [...] Partimos do pressuposto que a geografia é um ramo do conhecimento que, tal qual a matemática, a língua materna, a história, etc., tem uma linguagem específica, própria e como tal é necessário “alfabetizar o aluno em geografia”

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para que ele não só se aproprie do vocabulário específico desta área de conhecimento, mas, sobretudo, se capacite para a “leitura-entendimento do espaço geográfico” próximo ou distante. [...] CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999. p. 11-12.

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As transformações das paisagens

BNCC

• Por meio do estudo do

conteúdo destas páginas, o aluno será capaz de identificar e explicar as transformações das paisagens pela ação da natureza e pela ação humana e de reconhecer que as interações entre sociedade e natureza deixam marcas nas paisagens e pode contemplar, o trabalho com as habilidades EF06GE07 e EF06GE11.

Ao observarmos uma paisagem pela segunda vez não a veremos exatamente como a vimos pela primeira. Isso acontece porque as paisagens estão em constante transformação, que ocorre em períodos diversos e com diferentes durações. Algumas são modificadas pela ação da natureza, seja pela força da dinâmica interna da Terra, como vulcões e terremotos, seja pela ação de agentes externos, como os ventos, as águas das chuvas e dos rios. Outras paisagens são alteradas pela ação humana por meio da construção ou reformas de edifícios e casas, aberturas de novas ruas e até mesmo pelo movimento de carros e pessoas. Cada uma dessas transformações afeta a paisagem em maior ou menor grau, dependendo de sua intensidade e natureza.

A ação da natureza e a transformação das paisagens

• Incentive

os alunos a observarem as transformações das ruas perto da escola ou de onde moram. Oriente-os a analisar se há modificações e se as pessoas que caminham pelo local acabam alterando aquela paisagem, reforçando a habilidade EF06GE01.

sequência didática 2, disponível no material digital, propõe um trabalho de análise das paisagens, dos elementos que as compõem, suas transformações e impactos (causas e consequências). Essa sequência auxilia no desenvolvimento das habilidades EF06GE01, EF06GE02, EF06GE06, EF06GE07 e EF06GE11. É possível também trabalhar com as competências gerais 4 e 7 ao permitir que o aluno elabore representações e textos expressando informações e análises. Também contempla as competências gerais 9 e 10 da BNCC, pois estimula o diálogo e o trabalho em equipe.

Nguyên Quý Trung/Xinhua/ZUMA Wire/Fotoarena

•A

As imagens a seguir mostram exemplos de transformações das paisagens provocadas pela dinâmica da natureza, ainda que se trate de paisagens de lugares que já passaram pela interferência da ação humana. Observe-as. A fotografia ao lado mostra uma área onde a força e a grande quantidade de água da chuva provocaram um deslizamento de terra, em Lai Chau, Vietnã, 2018.

Sebastian Ramos/NurPhoto/ZUMA Wire/Fotoarena

Material digital

A ação da natureza está constantemente transformando as paisagens do planeta. Entre essas ações da natureza, podemos citar a ocorrência de um tornado em uma cidade, a ação modeladora das águas do mar ao esculpir as rochas do litoral ou do rio ao escavar um vale, a erupção de um vulcão, a ocorrência de um terremoto, entre muitas outras.

Esta fotografia mostra uma área do município de Coquimbo, Chile, após a ocorrência de um tsunami, 2015.

Tornado: grandes redemoinhos de ventos que se formam em áreas continentais de baixa pressão atmosférica. Os ventos de um tornado podem alcançar até 500 quilômetros por hora. Tsunami: onda marítima gigante que é formada em decorrência de tremores ocorridos no fundo dos oceanos. Esse tipo de onda pode atingir até 30 metros de altura.

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Sugestão de atividade Análise de manchete

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Objetivos

• Extrair informações de manchetes jornalísticas.

• Diferenciar as transformações das paisa-

gens causadas por ações da natureza daquelas causadas por ações do ser humano.

a ) Utilize manchetes de jornal como as apresentadas a seguir para avaliar o conhecimento prévio dos alunos e se eles identificam qual é o agente transformador das paisagens: a ação humana ou a ação da natureza. A primeira manchete refere-se a evento natural, enquanto a segunda indica uma ação humana.

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Japão: forte terremoto é sentido em Tóquio Gazeta Online, 7 jul. 2018. Disponível em: <www.gazetaonline.com.br/noticias/mundo/2018/07/ japao-forte-terremoto-e-sentido-em-toquio-1014138873. html>. Acesso em: 13 set. 2018.

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Capítulo 1

A natureza transforma as paisagens terrestres em ritmos diferentes. Enquanto algumas são transformadas em poucos minutos, como quando ocorre um terremoto ou tsunami, outros eventos podem levar milhares de anos para provocar uma alteração na superfície terrestre. É o caso da formação dos cânions, onde as águas de um rio levam milhares de anos para remover sedimentos e escavar a rocha, formando profundos vales. Conheça o exemplo da formação do Grand Canyon, nos Estados Unidos, no texto a seguir. Conhecido por suas formas e cores fantásticas, o Grand Canyon é uma das paisagens mais espetaculares dos Estados Unidos. O extenso cânion foi esculpido em suas muitas camadas de pedra pelas águas barrentas do rio Colorado. Ele se estende por 466 quilômetros através do noroeste do estado do Arizona, variando de 200 metros a 29 quilômetros de larGrand Canyon – Estados Unidos gura. Em alguns lugares, tem mais de 1,5 quiParque Nacional Utah lômetro de profundidade.

[...]

Lollipor/ Shutterstock.com

BRITANNICA. Grand Canyon. 2018. Reprinted with permission from Enciclopédia Escolar Britannica, © 2018 by Encyclopædia Britannica, Inc. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/ article/Grand-Canyon/481397>. Acesso em: 15 ago. 2018.

Grand Canyon

Limite estadual Cidade Rio

Nevada Las Vegas 35° N

ado

Algumas das rochas do Grand Canyon têm 4 bilhões de anos. O rio Colorado começou a corroer, ou desgastar, as pedras há cerca de 6 milhões de anos. O vento e a chuva ajudaram nesse processo, chamado erosão. Algumas das torres de pedra que sobem das profundezas do cânion parecem castelos e templos. O cânion é principalmente vermelho, mas várias camadas de pedra são marrons, roxas, verdes, cor-de-rosa e cinza.

E. Cavalcante

Grand Canyon

Rio Color

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As paisagens são transformadas em ritmos diferentes

Arizona

Orientações gerais

• Após a leitura do texto

sobre o Grand Canyon, comente com os alunos que no Brasil também existem cânions que foram esculpidos pela ação das águas ao longo de milhões de anos, como o Cânion Itaimbezinho (no Rio Grande do Sul), Cânion do Xingó (em Sergipe), Cânion Guartelá (no Paraná), Cânion de Capitólio (em Minas Gerais), entre outros. Para conhecer estes e outros cânions pelo Brasil, sugerimos o acesso ao site a seguir. > Cinco cânions para co-

nhecer no Brasil, do Rio Grande do Sul a Alagoas. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://livro. pro/viyj5u>. Acesso em: 13 set. 2018.

N L

O

Califórnia

S

0

Material digital

Flagstaff 60 km

113° O

Fonte: NPS (National Park Service). Disponível em: <https://www.nps.gov/ grca/planyourvisit/upload/ GRCAmap2.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2018.

Vista do Grand Canyon nos Estados Unidos, 2018. Essa formação é resultado da força das águas ao longo de milhões de anos.

•O

tema As transformações das paisagens pode auxiliar no trabalho com o projeto integrador proposto para o 1º bimestre no material digital, pois permite ao aluno reconhecer as transformações das paisagens pela ação da natureza e pela ação do ser humano e contextualizá-las para sua realidade próxima e perceber as mudanças ao longo do tempo.

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Tráfego no túnel sob a Via Expressa deve ser liberado no próximo mês O Povo Online, 5 set. 2018. Disponível em: <www.opovo. com.br/noticias/fortaleza/2018/09/trafego-no-tunel-soba-via-expressa-deve-ser-liberado-no-proximo-mes.html>. Acesso em: 13 set. 2018.

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b) Explique aos alunos que a Via Expressa indicada na manchete é uma avenida localizada no município de Fortaleza, Ceará. Peça para os alunos localizarem o Japão no planisfério político da página 254.

c ) Caso você utilize outras manchetes, é importante solicitar aos alunos que encontrem a localização do país, para que eles tenham o hábito de manusear instrumentos como planisférios e globo terrestre.

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O ser humano e as transformações das paisagens

BNCC

• Ao aplicar os conheci-

Avenida Paulista em São Paulo (SP), 1902.

contextualizar o tema para a realidade próxima dos alunos, procure na prefeitura ou em museus de sua cidade fotografias como as expostas nesta página e apresente-as aos alunos. Em seguida, peça a eles que identifiquem as principais transformações que ocorreram nessa paisagem ao longo do tempo, exercitando assim as habilidades EF06GE01 e EF06GE07.

• Um dos materiais dis-

poníveis nesta coleção trata das transformações das paisagens ao longo do tempo, que será apresentado em formato de vídeo curta-metragem. Nesse vídeo é abordado o conceito de paisagem, com destaque para suas transformações. Como exemplos, são apresentadas as cidades de São Paulo e Brasília.

Avenida Paulista em São Paulo (SP), 2017.

• Com base no que revelam as imagens, identifique as principais transformações

• Para

Material audiovisual

Paulo Vilela/Shutterstock.com

As imagens a seguir mostram a paisagem de um mesmo lugar, porém em épocas diferentes. Observe. Acervo Iconographia/Reminicências

mentos geográficos na análise das transformações das paisagens, o aluno desenvolve o senso crítico para a compreensão da realidade que o cerca, podendo ser trabalhada a competência específica de Geografia 3, assim como poderá compreender as modificações ocorridas na paisagem pelos nossos ancestrais, possibilitando um trabalho com a competência específica de Ciências Humanas 5 e a habilidade EF06GE02.

Veja no material audiovisual o vídeo sobre os diversos tempos em uma paisagem.

observadas na paisagem da Avenida Paulista.

As áreas de vegetação foram praticamente eliminadas, assim como as casas, que deram espaço aos grandes edifícios.

Analisando essas imagens, podemos perceber que o entorno da Avenida Paulista passou por intensas transformações no decorrer do tempo. A vegetação e as poucas casas foram retiradas e em seus lugares foram construídos vários prédios, ruas, ou seja, nessa paisagem passaram a predominar os elementos culturais. As pessoas transformam as paisagens dos lugares, seja com maior ou menor intensidade. Nossos ancestrais faziam poucas modificações. Quando retiravam da natureza recursos necessários para sua sobrevivência, como materiais para construir moradias, produzir vestimentas ou coletar alimentos, o faziam sem grandes alterações nas paisagens. Com o passar do tempo, as transformações provocadas pelas pessoas tornaram-se cada vez mais significativas. Atualmente, são poucas as paisagens do nosso planeta que ainda não foram transformadas diretamente pela ação humana.

Moais da Ilha de Páscoa, Chile, 2017.

Em algumas paisagens que observamos na atualidade, é possível verificar a existência de elementos culturais produzidos por grupos humanos em diferentes tempos históricos. A imagem abaixo mostra uma dessas paisagens transformadas pelo ser humano no passado e que preservam alguns elementos culturais até hoje. kataleewan intarachote/Shutterstock.com

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Integrando saberes

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• O tema desta página possibilita um momento de arti-

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moais na Ilha de Páscoa. Hoje a ilha é bastante visitada culação com o componente curricular de História. Con- por turistas que procuram conhecer essas estátuas e as verse com o professor deste componente e solicite que paisagens desse lugar. Aproveite e peça para os alunos trabalhe com os alunos as teorias sobre a construção dos localizarem o Chile no planisfério político da página 254.

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Capítulo 1

O trabalho, as técnicas e as transformações das paisagens

Engenheiros analisando a planta de uma obra em Saint Louis, Estado Unidos, 2018.

• Aproveite a oportuni-

dade e comente com os alunos sobre a importância de respeitar os diferentes tipos de trabalho na sociedade, exercidos tanto por homens quanto por mulheres. Dessa forma, possibilita-se um trabalho com as competências gerais 6 e 9 da BNCC.

Pedreiros trabalhando em construção no município de Silva Jardim (RJ), 2018.

• Neste

momento também pode ser trabalhado o tema contemporâneo Trabalho. Apesar de permear o cotidiano de todos, poucas vezes os alunos são levados a refletir sobre o assunto. Com o objetivo de incentivar o exercício da cidadania, leve os alunos à reflexão, abordando o trabalho como algo útil e necessário a toda a sociedade. Mostre que o trabalho, de qualquer natureza, é honroso a todo cidadão.

Jasni/Shutterstock.com

Jon Rehg/Shutterstock.com

Agricultor trabalhando em horta no município de Naviraí (MS), 2018.

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Observe as imagens a seguir.

BNCC reconhecer que é por meio do trabalho e das técnicas que o ser humano transforma as paisagens em busca de suprir suas necessidades, estão sendo desenvolvidas as habilidades EF06GE06 e EF06GE07.

• Ao

Coletores de lixo trabalhando em uma rua de Kajang, Malásia, 2018.

As imagens acima retratam pessoas realizando diferentes tipos de trabalho. Trabalho é toda atividade realizada pela ação humana com a finalidade de suprir necessidades. É por meio do trabalho que o ser humano vem, historicamente, se relacionando com a natureza e transformando as paisagens. As transformações promovidas pelo ser humano estão diretamente relacionadas ao conhecimento técnico acumulado por uma sociedade, com o passar dos anos. As técnicas consistem na aplicação dos conhecimentos desenvolvidos pelas pessoas nos modos de trabalho ou na criação de ferramentas e de outros instrumentos para a realização de um trabalho. Conforme uma sociedade amplia seus conhecimentos e os aplica em novas técnicas e instrumentos de trabalho, as transformações nas paisagens são realizadas de maneiras diferentes, menos ou mais intensas.

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Orientações gerais

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• Sugerimos a leitura do texto a seguir, que

auxilia na compreensão sobre a relação entre paisagem e técnica. Em cada momento histórico, os modos de fazer são diferentes, o trabalho humano vai tornando-se cada vez mais complexo, exigindo mudanças correspondentes às inovações. Através

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das novas técnicas vemos a substituição de uma forma de trabalho por outra, de uma configuração territorial por outra. Por isso, o entendimento do fato geográfico depende tanto do conhecimento dos sistemas técnicos. O homem vai construindo novas maneiras de fazer coisas, novos modos de produção que reú-

nem sistemas de objetos e sistemas sociais. [...] A paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança. [...] É uma espécie de marca da história do trabalho, das técnicas. [...] SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 67-68.

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Encontro com... História

BNCC integração com o componente curricular de História permite ao aluno compreender o processo histórico das transformações das paisagens ao longo do tempo, de que forma ocorreram as intervenções humanas e o uso dos recursos da natureza, dando destaque para a competência específica de Geografia 2.

•A

Trabalho e técnica ao longo do tempo

Estas ilustrações são representações artísticas produzidas com base em pesquisas históricas.

As imagens a seguir revelam como o desenvolvimento, cada vez maior, de técnicas e instrumentos de trabalho se refletiu na transformação, também mais intensa, das paisagens terrestres. A

2 milhões de anos atrás

• A análise e a compa-

ração das imagens, que apresentam as transformações em diferentes tempos por nossos ancestrais e pelo ser humano, contemplam o trabalho com as habilidades EF06GE01 e EF06GE02.

Há cerca de 2 milhões de anos, início do período Paleolítico, as atividades desenvolvidas pelos Homo habilis, ancestrais do ser humano moderno, não implicavam alterações significativas na natureza, de modo que a transformação do espaço onde viviam era quase imperceptível e facilmente recuperável pela própria dinâmica natural.

B

Orientações gerais

• Sugerimos a seguir al-

200 mil anos atrás

gumas questões de condução do tema e exploração das imagens.

> Incentive os alunos a

observarem as imagens, de modo que percebam como as técnicas e as paisagens foram sendo alteradas ao longo do tempo. > Comente que a modi-

ficação das paisagens é o resultado da evolução do conhecimento das técnicas com o passar do tempo. > Observem cada ima-

gem e identifiquem os elementos naturais e os elementos humanizados. Esses elementos permanecem iguais com o passar do tempo? Justifique sua resposta. > Resposta: Não, pois

mesmo que a vegetação esteja presente em todas as paisagens, ela se modificou com o passar dos anos.

Por volta de 200 mil anos atrás, final do período Paleolítico, o ser humano passou a aprimorar e a desenvolver novas técnicas, ampliando sua defesa e adaptação aos lugares. Nesse período, as transformações no espaço geográfico promovidas pelo ser humano passaram a ser mais intensas.

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> Como era a paisagem há 2 milhões de anos? Quais

> Resposta: Com o passar do tempo a vegetação que se

elementos mais se destacavam? > Resposta: A paisagem era pouco modificada, com

encontrava em abundância foi dando lugar a pastos, lavouras e construções.

grande presença de vegetação e animais.

> Sugira aos alunos que façam um quadro-síntese das

> A partir da análise da sequência de imagens, descreva

diferenciações apresentadas nas paisagens. Eles poderão seguir este modelo:

a evolução da vegetação com o passar o tempo.

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Sugestão de atividade

Capítulo 1

C

11 mil anos atrás

As técnicas ao longo do tempo Objetivos

• Conhecer o aperfeiço-

amento das técnicas ao longo do tempo. a ) Sugira ao professor de História uma atividade conjunta de pesquisa utilizando livros e revistas ou a internet. O professor de História também pode comentar mais algumas informações sobre os períodos pré-históricos apresentados nestas páginas. b) Divida os alunos em grupos e oriente-os a buscar informações sobre técnicas humanas que foram aperfeiçoadas ao longo do tempo. c ) Cada grupo pode ficar responsável por uma técnica em especial, apresentando as informações em um cartaz, possibilitando assim um trabalho com as habilidades EF06GE01 e EF06GE06. Sugerimos os seguintes temas para os cartazes: > Construção civil e evolução das técnicas de construção. > Criação de animais e evolução da pecuária. > Agricultura e evolução das técnicas de plantio. d) Após a pesquisa, cada grupo deverá escolher um aluno que ficará responsável por compartilhar as informações em sala de aula. Atividades como esta possibilitam que os alunos desenvolvam a competência geral 2 da BNCC, pois, ao fazer a pesquisa, terão que refletir em grupo quais informações são mais importantes, de que forma vão apresentar, quem será o aluno a apresentar, entre outras atitudes.

Há cerca de 11 mil anos, no início do período Neolítico, o ser humano passou a se organizar em comunidades e a desenvolver técnicas mais eficientes que favoreceram o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais, ampliando a produção de alimentos e criando novas atividades. Nessa fase, inicia-se um período de crescentes e significativas transformações no espaço geográfico promovidas pelo ser humano.

Ilustração: Flaper

D

Sociedade atual

A sociedade atual é marcada pelo elevado nível tecnológico empregado no desenvolvimento dos mais diferentes produtos. A criação de máquinas e equipamentos modernos promoveu o aumento da produção nas indústrias, a substituição de imensas áreas de florestas por lavouras e pastagens, o crescimento das cidades, além de dinamizar as relações entre as pessoas. Fonte: PALMER, Douglas. Evolução, a história da vida. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009. p. 221-243.

O trabalho e o uso de técnicas cada vez mais desenvolvidas fazem parte da vida do ser humano, desde seus mais antigos ancestrais.

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2 milhões de anos 200 mil anos 11 mil anos sociedade atual

Instrumentos de trabalho

Vestimentas

Moradia

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Rocha e osso

Sem vestimentas

Não havia moradia fixa, utilizando cavernas e árvores para se abrigar

Fogo e madeira

Pele de animais

Abrigos utilizando peles de animais e ossos

Rocha lapidada e madeira ‒ machado

Tecidos rústicos

Casas com materiais mais resistentes, como madeira e palha

Máquina colheitadeira e celular

Variedade de tecidos e acessórios

Casas e prédios de alvenaria

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Orientações gerais

Técnicas e transformações das paisagens

• Para avaliar o conheci-

As técnicas, algumas rudimentares, outras mais sofisticadas, possibilitaram às pessoas transformar as paisagens dos lugares onde viviam e permitiram que a humanidade povoasse grande parte da superfície do planeta.

mento prévio dos alunos, explore as imagens contidas na página, incentivando os alunos a perceber as interferências humanas presentes em cada uma. Pergunte quais são as razões que movem o ser humano a promover as interferências em cada paisagem mostrada, deixando-os responder oralmente. Aproveite também para questioná-los sobre os elementos presentes nessas paisagens e avaliar o que compreenderam do conteúdo até o momento.

Prath/Shutterstock.com

Amir Cohen/Reuters/Fotoarena

Veja nas imagens a seguir algumas paisagens transformadas. Verifique como o conhecimento técnico foi importante para que a humanidade ocupasse os mais diferentes lugares da Terra.

• Solicite aos alunos que

localizem no planisfério político, na página 254, os países apresentados nesta página: Israel, China, França e Estados Unidos. Nesta fotografia observamos túnel construído em Hong Kong, China, 2018.

A imagem acima, mostra uma rodovia construída sobre região montanhosa da França, 2017.

MaRap/Shutterstock.com

Stephane ROUSSEL/Alamy/Fotoarena

A fotografia acima, mostra área irrigada no Vale de Hula, Israel, 2017.

Na fotografia acima, podemos observar a barragem de Glen Canyon, construída em um trecho do rio Colorado no Arizona, Estados Unidos, 2017.

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em foco

Capítulo 1

Geografia

A coexistência de técnicas diferentes

Atualmente, em diferentes locais do planeta, tanto as técnicas rudimentares quanto as mais elaboradas se mantêm na execução de atividades econômicas. A existência de diferentes técnicas permite que as ações humanas transformem de maneira mais ou menos intensa as paisagens.

smereka/Shutterstock.com

Veja alguns exemplos de técnicas nas imagens abaixo.

• Para

a realização da atividade proposta, procure orientar os alunos a se dividirem em grupos para a troca de ideias e informações. Depois, socialize o debate com todos os grupos. Verifique se os alunos percebem que diferentes técnicas podem coexistir durante o processo de produção, ou seja, que técnicas em diferentes níveis de avanço tecnológico podem ser utilizadas para a elaboração de um mesmo produto (os exemplos podem se referir a atividades do campo ou da cidade, de preferência do lugar onde vivem).

Dpa picture alliance/Alamy/Fotoarena

Agricultor arando a terra com ajuda de cavalos em Kaluch, Ucrânia, 2017.

Orientações gerais

Linha de produção de automóveis em Emden, Alemanha, 2017.

Como podemos observar nas imagens acima, algumas atividades são realizadas por meio de técnicas artesanais, enquanto outras são desempenhadas com o auxílio de técnicas bem mais sofisticadas. No exemplo de Kaluch, Ucrânia, a agricultura está sendo praticada por meio de técnicas agrícolas rudimentares. Já em Emden, Alemanha, as indústrias apresentam técnicas sofisticadas, com maquinários modernos. Desse modo, podemos perceber que em nossa sociedade coexistem diferentes níveis técnicos na execução das mais diversas atividades econômicas.

• Converse com os colegas da sala e identifiquem outras atividades econômicas que vocês conhecem e que são realizadas por meio de técnicas diferentes. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

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Resposta

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• Espera-se que os alunos mencionem a produção de

alimentos, por exemplo, o macarrão, que pode ser produzido utilizando-se máquinas com aplicação de tecnologia e também pode ser fabricado artesanalmente, ou seja, produzido pelas mãos do ser humano sem o uso de

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maquinário avançado. Os alunos também podem citar a fabricação de objetos de decoração, como vasos de cerâmica, que em muitos lugares são fabricados em indústrias cerâmicas e em outros o oleiro utiliza as mãos para moldar a argila.

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O espaço geográfico

BNCC

• Nestas páginas o alu-

no poderá estabelecer conexões entre os conceitos de lugar, paisagem e espaço geográfico de forma a compreender de que maneira atuam na construção e transformação do espaço geográfico, conforme orienta a competência específica de Geografia 2.

No decorrer de sua evolução, o ser humano tem se relacionado com a natureza por meio do trabalho e de seus conhecimentos técnicos, transformando diferentes lugares e paisagens da Terra. Ao transformar lugares e paisagens, o ser humano acaba constantemente construindo e modificando o espaço geográfico. Assim, o espaço geográfico compreende todos os espaços da superfície terrestre que o ser humano ocupa e transforma direta ou indiretamente por meio de sua relação com a natureza. Desse modo, podemos dizer que o lugar onde moramos e os lugares com os quais nos relacionamos por meio dos produtos que consumimos, por exemplo, fazem parte do espaço geográfico.

• Por meio do reconheci-

mento de que as atividades econômicas deixam marcas na paisagem e transformam o espaço geográfico, contempla-se o trabalho com as habilidades EF06GE06 e EF06GE07. Solicite aos alunos exemplos de atividades que demonstrem as relações de consumo que ocorrem no espaço geográfico e que o transformam cotidianamente. Incentive-os a refletir sobre seu cotidiano para buscar esses exemplos, assim pode-se trabalhar com o tema contemporâneo Educação para o consumo.

ZUMA Press, Inc./Alamy/Fotoarena

Vivemos no espaço geográfico e atuamos em sua construção e transformação, como podemos observar nos exemplos das fotografias a seguir.

Lestertair/Shutterstock.com

Extensas áreas de lavoura são cultivadas para atender, sobretudo, à demanda de matérias-primas industriais e alimentícias. Na fotografia ao lado, podemos observar colheita de algodão em Xinjiang, China, 2017.

O consumo estimula as indústrias a fabricar novos produtos e, assim, a utilizar cada vez mais matérias-primas, mantendo a transformação do espaço geográfico. Nesta fotografia, vemos um supermercado em Madri, Espanha, 2018.

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Orientações gerais

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• Ao trabalhar este tema, chame a atenção dos alunos para conceberem o espaço geográfico como um produto das relações sociais e da interação delas com a natureza. O texto a seguir fala sobre a diferença entre paisagem e espaço geográfico.

[...] O espaço é resultado da ação dos homens so-

bre o próprio espaço, intermediados pelos objetos, naturais e artificiais. [...] A paisagem é diferente do espaço. A primeira é a materialização de um instante da sociedade. Seria, numa comparação ousada, a realidade de homens fixos, parados como numa fotografia. O espaço resulta do casamento da sociedade com

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a paisagem. O espaço contém o movimento. Por isso, paisagem e espaço são um par dialético. Complementam-se e se opõem. Um esforço analítico impõe que os separemos como categorias diferentes, se não queremos correr o risco de não reconhecer o movimento da sociedade. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. p. 25.

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Capítulo 1

Munique Bassoli/Pulsar Imagens

A fim de atender às necessidades de moradia e do desenvolvimento de atividades econômicas, realizamos transformações no espaço geográfico. Na fotografia ao lado, pessoas construindo habitações no município de Taquaritinga (SP), 2018.

Orientações gerais

• Aproveite a oportuni-

dade para avaliar a compreensão dos alunos, verificando, desta forma, se eles percebem a diferença entre paisagem e espaço geográfico. Para isso, sugerimos as questões a seguir.

> Uma fotografia repre-

senta uma paisagem ou o espaço geográfico? > Resposta: Uma paisa-

gem. > Por que uma fotografia

Paolo Bona/Shutterstock.com

representa uma paisagem? > Resposta: Porque na

As relações sociais que estabelecemos caracterizam os espaços onde elas ocorrem. As áreas de lazer, por exemplo, são construídas para momentos de descanso e convívio social e fazem parte do espaço geográfico. Na fotografia, podemos ver parte do Central Park em Nova York, Estados Unidos, 2018.

A Geografia analisa as relações entre sociedade e natureza que se Arqueologia: ciência que estuda aspectos culturais, desenvolvem no espaço geográfico. Assim, procuramos compreender de antigas sociedades, por de que forma as relações sociais e as dinâmicas da natureza ocorrem meio de vestígios fósseis e de construções que e interagem em diferentes lugares do planeta. Também é importante restaram do passado. observar de que maneira essas ocorrências e interações permanecem ou não registradas nas paisagens terrestres. Muitas vezes, ao estudar Geografia, necessitamos do auxílio de outras ciências para compreender certos aspectos do espaço geográfico. Quando estudamos, por exemplo, o modo de vida, as técnicas e as características do espaço habitado por nossos antepassados há milhões de anos, buscamos os conhecimentos desenvolvidos pela Arqueologia.

fotografia vemos a materialização de um instante da sociedade relacionando-se com a natureza. > Por que não é possível

observar o espaço geográfico em uma fotografia? > Resposta: Porque o es-

paço geográfico é dinâmico, compreende todos os espaços da superfície terrestre que o ser humano ocupa e transforma direta ou indiretamente por meio de sua relação com a natureza e está em constante movimento.

Portanto, por meio dos estudos geográficos podemos conhecer melhor a realidade do lugar onde vivemos e como ele se relaciona com outros lugares do espaço geográfico. Podemos, também, refletir sobre as ações humanas e as transformações que elas realizam nas paisagens terrestres. E, principalmente, reconhecer qual a nossa participação na construção e na transformação do espaço geográfico.

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BNCC

• Esta seção possibilita um trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural. Comente com os alunos que o patrimônio cultural se refere às manifestações artísticas e culturais de diferentes povos e podem ser tanto materiais (como o centro histórico de Salvador e as pirâmides do Egito) quanto imateriais ou intangíveis, que compreendem as expressões dos modos de vida e tradições dos povos (como o frevo e o acarajé). Conhecer e valorizá-las é uma forma de manter viva a cultura de seu povo, conforme orienta a competência geral 3 da BNCC.

Explorando o tema

As paisagens e o patrimônio cultural da humanidade

Ao observarmos as paisagens de alguns lugares, podemos não perceber o quanto da história da Terra e da humanidade elas carregam. Por sua importância, lugares como esses são considerados patrimônios culturais ou patrimônios naturais. Os patrimônios culturais estão ligados à identidade cultural e à memória dos mais diversos povos, por preservarem parte de sua trajetória em diferentes momentos históricos. Já os patrimônios naturais são formações físicas, biológicas e geológicas que, por sua relevância estética e científica, precisam ser preservados. Veja abaixo alguns exemplos de patrimônios culturais e naturais no Brasil e no mundo. Salvador (BA), 2017.

vador O centro histórico de Sal zação oni col revela muitos traços da com es arõ cas São portuguesa. al, ruas de arquitetura monument igrejas. Por itas mu s), moledo (pedra ica, cultural e tór his ia ânc ort imp sua erado arquitetônica é consid Brasil. do ico tór his o ôni patrim

• Para

conhecer outros bens patrimoniais materiais e imateriais do Brasil, acesse o site a seguir.

> Instituto do Patrimô-

nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Disponível em: <http://livro. pro/dndshz>. Acesso em: 13 set. 2018.

Foz do Iguaçu (PR), 2017.

As Cataratas do Iguaçu, localizadas em Foz do Iguaçu, no Paraná, são uma importante formação natural. Sua origem decorre de atividades vulcânicas ocorridas na região, que provocaram o derramamento de lava em três momentos diferentes e resultaram em uma estrutura em degraus, por onde correm as águas do rio Iguaçu. Por conter belezas naturais, formações geológicas importantes e abundância de águas, as Cataratas do Iguaçu são consideradas patrimônio natural do Brasil.

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Orientações gerais

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• Para iniciar o tema, explique aos alunos que cada um tem seu patrimônio junto à família. Por exemplo, uma receita de bolo da avó, uma fotografia que sua mãe guardou dos seus avós, uma poltrona que seu pai ajudou o pai dele a fazer, uma cantiga que seu tio canta originada no estado onde ele morava, entre

outros bens a que damos valor e que acompanham nossa memória afetiva. Os alunos também possuem seu patrimônio: uma boneca que ganhou da mãe quando era bebê, uma história que o avô sempre conta, entre outros. Se ampliarmos para o bairro, a escola, a cidade... Em todos os lugares vamos encontrar

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bens patrimoniais que devem ser reconhecidos como tal e valorizados, por fazerem parte de nossa identidade. Converse com os alunos para que eles indiquem o que eles consideram como seu patrimônio.

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Capítulo 1

As pirâmides Qu éops, Quéfren e Miquerinos estão localizadas em Giz é, próximo à cidade do Cairo, no Egito .A mais alta, Quéops , tem 147 metros de altura e é a maior construção maciç a feita pelo homem. Até hoje, é um mistério como as rochas, que pesa m em média 2500 kg, foram erguidas, há 2500 anos, sem o uso de equipam entos modernos, como guindastes. Exist em outras pirâmides no Egito e em ou tras regiões da África que foram constru ídas especialmente pa ra fins funerários. Por conta de sua rep resentatividade histórica e cultural , as pirâmides sã o patrimônio da hu manidade. Gizé, Egito, 2016.

Orientações gerais

• No Brasil existem vá-

rios patrimônios naturais e culturais como: o Centro Histórico de Salvador, na Bahia; o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná; a área de conservação do Pantanal e do Cerrado; o Centro Histórico de Diamantina, em Minas Gerais; o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí; as paisagens cariocas, no Rio de Janeiro; as reservas de Fernando de Noronha; as ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; entre outros.

• Pelo

mundo existem locais que foram alterados pelos povos locais em busca de proteção, produção de alimentos, espaço para moradia e trabalho etc. Em razão da importância desses lugares para esses povos, eles foram reconhecidos como patrimônios culturais da humanidade. Esses locais, geralmente, são protegidos pelo Estado e é importante que a população conheça a importância de cada um para que, assim, auxilie em sua conservação.

Construída há aproximadamente 500 anos, Machu Picchu, a cidade perdida dos incas, revela estruturas muito interessantes, como relógios de sol e pequenas salas. Estudos sugerem que a motivação para a sua construção foi servir de fortaleza e espaço para dedicação espiritual. Com a chegada dos espanhóis, os povos incas foram dizimados e Machu Picchu ficou escondida por muitos anos. Somente há pouco mais de um século, esse patrimônio da humanidade foi revelado e hoje é um dos locais mais visitados do mundo. Machu Picchu, Peru, 2017.

a ) Analise os patrimônios que estão nas imagens e escreva o que mais lhe chamou a atenção em cada um. b ) Em sua opinião, por que é importante respeitar os patrimônios culturais e naturais? c) Pesquise outros exemplos de patrimônios culturais ou naturais na cidade onde você vive e em outros lugares do Brasil ou do mundo. Registre-os por meio de fotografias ou desenhos e, em seguida, prepare um cartaz para apresentá-los aos colegas.

Fotomontagem de Carmen Martinez. Fotos: kataleewan intarachote, BOONCHUAY PROMJIAM, Cabeca de Marmore, niroworld, Evikka, Perutskyi Petro, Elena Odareeva, Stephanie Kenner, totophotos, Pavel Savchuk, Jess Kraft, MIKHAIL GRACHIKOV e Chinch/ Shutterstock.com

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

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Respostas

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A Resposta pessoal. Neste item o aluno deve analisar as fotos e escrever sobre o que mais lhe chamou a atenção. Valorize as opiniões pessoais, os diferentes pontos de vista etc.

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B Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem que eles possuem importância ligada à identidade, estética, ciência, antropologia e à memória de diversos povos. Como são raros e não existem outros exemplares iguais, devem ser preservados.

C Resposta pessoal. O aluno deverá dispor em uma cartolina fotos que considerar importantes para apresentar aos colegas, explicando por que escolheu aquela imagem e o que ela representa.

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Atividades

Objetivos • Investigar as transformações das paisagens por meio de entrevistas. • Compreender por que as paisagens são transformadas. Materiais • caderno • lápis • borracha • gravador portátil ou telefone celular (se possível) Procedimento

• Proponha

aos alunos que convidem um antigo morador do bairro onde moram para uma entrevista sobre as transformações ocorridas nas paisagens do bairro.

• Auxilie

os alunos na elaboração prévia das questões para a entrevista. Veja sugestões:

> Há quanto tempo você

reside no bairro? > No

passado, como eram as construções que predominavam no bairro?

> Quais elementos do

passado permanecem na paisagem atual? > Quais eram os lugares

de uso coletivo, como praças e escolas? > Como funcionavam os

serviços básicos, como abastecimento de água e energia elétrica?

3. O espaço Exercícios de geográfico corresponde a todos os espaços da 4. Podemos afirmar que a velocidade 1. Podemos afirmar que as paisagens superfície terrestre com que a dinâmica da natureza transsão constantemente modificadas e ocupados e transformados forma as paisagens terrestres é semem ritmos diferentes? Justifique direta ou pre igual? Justifique sua resposta. indiretamente pelo sua resposta no caderno. ser humano, por meio de sua 5. Por que é importante preservar nas 2. Explique a relação entre trabalho, relação com a paisagens atuais alguns elementos técnica e transformação das paisanatureza. 4. Não. Enquanto gens. culturais construídos em diferentes algumas tempos históricos? paisagens são 3. Explique o que é espaço geográfico. Essas marcas nas paisagens contam um pouco transformadas da história e do modo de vida das pessoas que em poucos minutos, quando, por exemplo, ocorre um fizeram parte desses lugares. terremoto, Geografia no contexto outras ações podem levar milhares de anos 6. Observe as imagens a seguir. Elas retratam a praia de Botafogo e o morro do Pão para revelarem de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em dois momentos históricos diferentes. uma alteração na superfície A terrestre, por exemplo, a formação dos cânions. visite

Visita ao museu Com o professor e os colegas, organizem uma visita ao museu ou à prefeitura de sua cidade a fim de verem o acervo de fotografias históricas. Nesse caso, observem como eram as paisagens da cidade e comparem com a paisagem atual.

Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 1980.

B

Chico Ferreira/Pulsar Imagens

Resgatando o passado nas paisagens

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles, São Paulo

1. Sim, pois as paisagens estão em constantes transformações causadas tanto pela ação da natureza como pela ação humana. Essas transformações podem ocorrer em ritmos diferentes, ou seja, lentamente ou rapidamente. 2. As paisagens são constantemente modificadas pela ação do trabalho humano, e as técnicas utilizadas nesse trabalho também estão em constante desenvolvimento. Por conta o ser humano tem alterado de maneira mais intensa as compreensão disso, paisagens terrestres.

Sugestão de atividade

Ao final, conversem sobre as transformações que ocorreram nas paisagens e depois produzam um relatório sobre esse aspecto.

> Como eram os estabe-

lecimentos comerciais?

Praia de Botafogo e, ao fundo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (RJ), 2018.

> Qual é a principal di-

ferença entre o modo de vida das pessoas naquela época e atualmente?

• Oriente

os alunos a anotarem no caderno as respostas do entrevistado ou a verificarem se ele permite que a entrevista seja gravada.

• Em sala de aula, peça

aos alunos que apresentem sua entrevista, explicando transformações ocorridas nas paisagens do lugar onde vivem.

• Comparando as imagens acima, identifique, no caderno, quais alterações foram realizadas pelo ser humano, observadas na imagem B.

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A construção de aterro na base do morro do Pão de Açúcar, prédios e casas e a ocupação dos morros.

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Orientações gerais

• Para realizar a visita ao museu ou à prefeitura munici-

pal, lembre-se de agendar com antecedência e visitar o local antes para verificar a disponibilidade dos materiais necessários e a infraestrutura. Providencie os termos de autorização a serem encaminhados aos pais e, em sala

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de aula, estabeleça as regras de comportamento e os objetivos do trabalho de campo.

• Para a produção do relatório, aponte aos alunos o que deverá constar a respeito das transformações das paisagens retratadas nas fotografias.

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Capítulo 1

7. Leia o depoimento a seguir. Depois, responda às questões no caderno. [...] Outro dia, caminhando para o viaduto do Chá, observava como tudo havia mudado em volta, ou quase tudo. O Teatro Municipal repintado de cores vivas, ostentava sua qualidade de vestígio destacado do conjunto urbano. Nesse momento descobri, sob meus pés, as pedras do calçamento, as mesmas que pisei na infância. Senti um grande conforto [...]. As pedras resistiram e em íntima comunhão com elas os meninos brincando nos lances da escada [...]. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 444.

a ) Quais elementos da paisagem permaneceram ao longo do tempo? Elementos culturais, ou seja, o teatro e o calçamento.

b ) No lugar onde você mora, existe algum elemento natural ou cultural que resistiu às transformações da paisagem ao longo do tempo? Caso você não saiba identificar esses elementos, pergunte a algum morador mais antigo do bairro. Depois escreva no caderno suas observações. Resposta pessoal.

Orientações gerais

• Para

enriquecer o questionamento proposto na questão b da atividade 7, os alunos podem fazer uma pequena entrevista com algum morador antigo do bairro. Entretanto, oriente-os a estarem acompanhados dos pais ou responsáveis. Se houver possibilidade, convide algum morador antigo do bairro da escola para ir até a classe e responder às perguntas dos alunos sobre a paisagem antiga.

Pesquisando 8. Realize uma pesquisa sobre alguma situação ocorrida próximo de onde você vive que esteja de acordo com a seguinte afirmação: O espaço geográfico é constantemente transformado e construído pela sociedade.

• Depois descreva no caderno o resultado da sua pesquisa.

Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• Em nosso planeta existem muitos lugares além daqueles que frequentamos diariamente. • Diariamente, nos relacionamos com lugares próximos e distantes de onde vivemos. • A paisagem compreende tudo aquilo que podemos observar em um lugar, em um dado momento.

• As paisagens são transformadas constantemente pela ação da natureza e pela ação humana.

• O ser humano transforma as paisagens por meio de seu trabalho. • Atualmente, técnicas rudimentares e sofisticadas coexistem, porém não estão distribuídas igualmente no espaço.

• O espaço geográfico corresponde a toda porção da superfície terrestre onde o ser humano, geralmente em sociedade, se relaciona com a natureza.

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Refletindo sobre o capítulo

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• Esta seção tem o intuito de propor uma re-

flexão. Leia com os alunos as informações e promova uma conversa sobre os temas. Esse é um bom momento para identificar possíveis dúvidas dos alunos.

• Estimule a autonomia na aprendizagem dos

alunos solicitando-lhes que realizem a proposta de autoavaliação. Explique-lhes que, caso não tenham compreendido alguma das afirmações, é importante que o professor seja informado para que possa retomar o conteúdo correspondente e sanar as deficiências na aprendizagem.

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• Avalie se os alunos desenvolveram as ha-

bilidades indicadas no decorrer deste capítulo. Se necessário, verifique a necessidade de utilizar outras estratégias de aprendizagem para que as habilidades e os objetivos sejam alcançados.

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Objetivos do capítulo

• Compreender

que a Cartografia consiste na arte ou técnica de elaborar mapas.

ítulo Cap

Cartografia e representação do espaço geográfico

• Perceber que a localização espacial é uma necessidade do ser humano há milhares de anos.

• Verificar que as novas

tecnologias possibilitam representações cada vez mais precisas da superfície terrestre.

• Compreender

Ingus Kruklitis/ Shutterstock.com

o que são mapas e como são produzidos.

• Verificar

a diferença entre globos terrestres e planisfério.

• Reconhecer a maquete

como uma representação tridimensional do espaço.

• Identificar os diferentes

pontos de vista (horizontal, oblíquo e vertical) e compreender que o mapa é fruto da visão vertical.

• Reconhecer o uso dos

pontos de referência para a localização espacial.

• Exercitar

o uso dos pontos cardeais para se orientar no espaço (rosa dos ventos, bússola).

• Identificar paralelos e meridianos, latitudes e longitudes.

• Reconhecer as coorde-

nadas geográficas como uma técnica de orientação e localização espacial.

• Compreender

o que são convenções cartográficas.

• Constatar que a escala

cartográfica estabelece a relação de proporção entre o espaço real e a representação.

Jovem consultando um mapa em um ponto turístico de Macau, China, 2017.

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Orientações gerais

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• Para explorar a foto em que o jovem observa

o mapa, incentive os alunos a relatarem oralmente se já passaram por uma situação em que estiveram acompanhados de algum adulto que precisou recorrer à observação de um mapa para definir seu destino. Peça-lhes que

descrevam para os colegas da sala como foi a situação.

• Se possível, leve um mapa da cidade para a sala

de aula a fim de que os alunos o observem. Oriente-os a encontrar no mapa a localização da escola.

• Como outra opção para essa atividade, le-

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ve para a sala de aula alguns mapas antigos e promova uma conversa sobre as mudanças nas técnicas de representação cartográfica, como o traço e o tipo de papel, e sobre os elementos presentes na legenda. Procure esses mapas em sites, revistas ou livros.

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:03 PM

BNCC

• Os temas trabalhados

Neste capítulo, você vai conhecer diferentes representações cartográficas do espaço terrestre e como elas foram aprimoradas até os dias atuais. Também vai perceber como o conhecimento cartográfico está presente em várias situações do nosso cotidiano.

Coleção particular

Representação cartográfica: representação da configuração do espaço terrestre, elaborada por meio de mapa, globo terrestre, carta e planta.

neste capítulo favorecem uma abordagem da habilidade EF06GE08. Comente com os alunos que, com base nos mapas, é possível calcular distâncias entre diferentes lugares no planeta Terra, utilizando-se de sua escala.

• O conteúdo trabalha-

do na imagem da página favorece abordagens das competências gerais 1, 2 e 4 da BNCC, pois a imagem de abertura apresenta um turista procurando localizar-se por meio de um mapa, utilizando seus conhecimentos geográficos e estabelecendo conexões sobre sua realidade, desenvolvendo seu pensamento espacial através do uso de uma representação cartográfica, ou seja, utilizando-se de uma linguagem específica em sua vivência. Orientações gerais

• Peça

Gravura de cartógrafo produzida por Martin Engelbrecht, 1740.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

A Que tipo de representação cartográfica a pessoa da fotografia ao lado está observando? B Quais representações cartográficas são mostradas na gravura acima? C Você já utilizou algum tipo de representação cartográfica em seu dia a dia? Qual? Ela auxiliou você em quê? D Converse com os colegas da sala sobre a importância das representações cartográficas.

para os alunos observarem com atenção a imagem menor. Chame a atenção deles para a alguns detalhes na imagem, tais como as vestimentas da época e os homens que estão no segundo plano. É importante que percebam que a cartografia e a representação cartográfica nos remetem a tempos bem antigos.

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Respostas

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A É importante o aluno perceber que a representação cartográfica é um mapa. B Globo terrestre e um mapa fixado na parede. C Resposta pessoal. Incentive os alunos a ex-

porem para a turma a situação vivenciada por

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eles em que a representação cartográfica foi essencial. Eles podem citar, por exemplo, a utilização de um mapa, planta e globo terrestre. D Resposta pessoal. Verifique se as considerações dos alunos estão coerentes com a atividade proposta. Estimule a participação de to-

dos. Oriente-os no decorrer da conversa, conduzindo a adequada manifestação de cada um. Eles podem exemplificar o uso das representações em atividades cotidianas, como encontrar um lugar, ou o uso por profissionais como taxistas ou engenheiros e arquitetos etc.

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Orientações gerais

Cartografia: dos antigos registros à atualidade

•O

tema Cartografia: dos antigos registros à atualidade traz uma linha do tempo marcada com diferentes representações cartográficas produzidas pelo ser humano. Chame a atenção dos alunos para o fato de que as técnicas mais modernas, como a captura de imagens da Terra por satélites, surgiram muito recentemente, em relação ao tempo registrado na linha do tempo.

As representações da superfície terrestre fazem parte da vida do ser humano há milhares de anos, antes mesmo da escrita. Diferentes povos, no passado, como babilônios, egípcios, chineses e maias, já tinham o hábito de representar o espaço onde viviam, os percursos de caça, os trajetos dos rios, os territórios conquistados, entre outros. Para isso, utilizavam materiais disponíveis na época, como argila, conchas, pedaços de madeira, que podiam ser fixados nas paredes das cavernas ou em troncos de árvores.

• Tire eventuais dúvidas que apareçam quanto à linha do tempo (termos, sua disposição nas páginas, a linearidade do tempo histórico etc.).

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Januário/Andre Dib/Pulsar Imagens

Ao lado, pinturas rupestres representando seres humanos e animais em cena de caça, registradas, aproximadamente, há 10 mil anos, no município de Januária (MG), 2017.

Além do espaço em que viviam, os povos antigos representavam suas explicações sobre fenômenos da natureza e cenas do convívio em sociedade. Essas representações, como as pinturas rupestres, eram repletas de mitos e expressavam as crenças desses povos.

• Comente com os alu-

nos que, além das representações da superfície terrestre mostradas nas páginas 40 e 41, existem outras, produzidas pelo homem ao longo do tempo, as quais se utilizam de inúmeras técnicas e materiais.

6000 a.C.

5500 a.C.

5000 a.C.

4500 a.C.

4000 a.C.

3500 a.C.

3000 a.C.

2500 a.C.

2000 a.C.

Integrando saberes

• A linha do tempo re-

rio

Science Source/Fotoarena

presentada nessas páginas permite um trabalho em conjunto com a disciplina de História.

• Converse

com o professor dessa disciplina sobre a possibilidade de uma atividade em conjunto para trabalhar a análise da linha do tempo.

•É

possível comparar o período representado com o período de um ano, a fim de facilitar a compreensão de noções mais abstratas de períodos de tempo tão extensos, para uma referência comum e mais concreta ao aluno.

Norte

Oeste

montanhas

Leste

Uma das representações cartográficas mais antigas de que se tem registro foi encontrada na região da Mesopotâmia, onde hoje se localiza o Iraque. Trata-se de um mapa conhecido por Ga-Sur, produzido em uma pequena placa de argila cozida, entre os anos 2400 e 2200 a.C.

Acredita-se que o Ga-Sur, ao lado, representa aspectos que caracterizam a região onde foi encontrado.

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1000 a.C.

• Aproveite as imagens

expostas no livro para explicar a questão temporal a partir dos mapas. Oriente-os a colocar os mapas expostos em ordem cronológica e propor – a partir das características observáveis dos mapas – justificativas para suas opiniões/ respostas.

as imagens escrevendo na lousa da seguinte forma: 1- pintura rupestre; 2- mapa Ga-Sur; 3- mapa de Francesco Rosseli; 4imagem de satélite, para orientar os alunos na leitura da ordem cronológica da linha do tempo.

A representação cartográfica acima, produzida pelo pintor italiano Francesco Rosselli, 1508, representa um dos mais importantes mapas elaborados nessa época.

500 a.C.

0

500 d.C.

1000 d.C.

1500 d.C.

• Explore

as imagens (mapas) explicando que nossa civilização há muito tempo se orienta por meio de representações, independente das tecnologias que existiam disponíveis em cada época.

2000 d.C.

• Comente

No decorrer do século XX, várias inovações tecnológicas foram incorporadas à Cartografia, como fotografias aéreas e imagens de satélite. Desse modo, é possível notar um aprimoramento das técnicas cartográficas. Nos dias de hoje, podemos encontrar variados tipos de representações bem detalhadas e fidedignas em relação ao espaço e às informações representadas.

sobre as Grandes Navegações e sobre o período mercantilista, exaltando o mapa como um instrumento essencial na organização e transformação de nossa história, além de estar, atualmente, em constante evolução técnica em busca do aprimoramento das informações que nele são representadas.

• Pergunte

Observando a imagem do planisfério acima, de 2018, podemos verificar como a superfície terrestre pode ser representada de maneira detalhada com base em imagens de satélite.

Grandes Navegações: viagens ultramarinas (transoceânicas) realizadas principalmente por portugueses e espanhóis, aproximadamente entre os séculos XV e XVI. A busca por especiarias, metais preciosos e conquistas territoriais motivou os europeus a fazer essas expedições.

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Orientações gerais

• Enumere

NASA

1500 a.C.

Museu Marítimo Nacional, Londres, Inglaterra

Entre os séculos XV e XVI, quando os europeus promoveram as Grandes Navegações, as representações cartográficas passaram por importantes avanços. Nesse período, os participantes dessas viagens de exploração necessitavam de mapas cada vez mais precisos das rotas oceânicas e das terras conhecidas. As descrições das rotas e das terras recém-descobertas foram essenciais para que os novos mapas passassem a representar a superfície do planeta com mais detalhes e precisão.

Capítulo 2

Ao longo do tempo, a necessidade crescente de se registrar áreas da superfície terrestre fez o ser humano desenvolver e aprimorar as técnicas de representação do espaço. Estudos e descobertas realizados por diversos povos, como chineses, árabes e europeus, contribuíram para que essas técnicas se tornassem cada vez mais elaboradas. Todo esse movimento levou à evolução da Cartografia, que consiste em um conjunto de técnicas e métodos científicos e artísticos para elaborar mapas.

se eles se orientam por meio de mapas em seu dia a dia. Dê ênfase novamente à questão da representação cartográfica, associando os dados e as informações contidos no mapa como uma representação de uma dada realidade.

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BNCC

Cartografia e tecnologia

• Esta

O uso de novas tecnologias na Cartografia tem possibilitado a produção de representações cartográficas cada vez mais sofisticadas e precisas, assim como o aprimoramento e o desenvolvimento de instrumentos de localização, orientação e registro têm permitido ao ser humano representar a superfície terrestre com mais eficiência. A utilização desses equipamentos altamente sofisticados tem se tornado imprescindível não apenas para o trabalho dos cartógrafos, mas também para outros profissionais ligados às ciências da Terra, como os geógrafos e os geólogos, que, com esses recursos, obtêm informações bem mais detalhadas da superfície do planeta.

Fotografias aéreas As fotografias aéreas são imagens de uma determinada área da superfície terrestre obtidas por meio de sensores geralmente instalados em aeronaves. Seu uso na produção de representações cartográficas mais aperfeiçoadas, desde o início do século XX, ocasionou uma revolução na produção dessas representações.

Digital Globe/ Google Earth

seção favorece uma abordagem da competência específica de Geografia 4, pois apresenta aspectos que abordam a interface cada vez mais constante de cartografia e tecnologia. Nesse momento é importante destacar alguns elementos que fazem parte das novas tecnologias em Geografia, ou seja, as geotecnologias. O satélite é um desses produtos tecnológicos. Por meio de imagens de satélites, a realidade da representação cartográfica se alterou totalmente. Atualmente, dispomos de acesso a informações sobre inúmeros lugares com uma exatidão e clareza jamais vistas. Muitas contribuições no sentido do melhoramento das fotografias aéreas também foram obtidas. Orientações gerais

• Aproveite os aspectos

ilustrativos das páginas, explorando a fotografia aérea com os alunos e explicando e associando-a à ilustração da página 45.

• Talvez a imagem aérea

exposta nas páginas seja o primeiro contato de seu aluno com tal representação. Explore a imagem, identificando ruas, edificações ou vegetação e pontos como os carros ou mesmo outros aspectos que eles destacarem. Fotografia aérea do município de Taboão da Serra (SP), 2018.

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Sugestão de atividade Mapa mental

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Objetivos

• Conhecer uma fotografia aérea e seus detalhes. • Associar a foto ao seu cotidiano, construindo um mapa mental.

Para desenvolver esta atividade, proponha aos alunos o seguinte:

a ) Separe a turma em grupos que morem na mesma localidade (proximidade e semelhança de rotas entre a escola e a casa). b) Peça que observem atentamente a fotografia aérea do livro. Oriente-os a anotar no caderno detalhes (pontos de referência, por exemplo) que achem importantes para sua realidade.

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c ) Proponha que construam uma rota (mapa mental) entre a casa deles e a escola. d) Peça que indiquem os pontos de referência que consideram mais importantes nesse caminho. e ) Solicite que expliquem oralmente as rotas que construíram para a turma toda.

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Google Maps

Registro de fotografias aéreas Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 27.

Gilberto Alicio

Capítulo 2

Esse recurso propiciou a análise, em conjunto, dos diferentes elementos existentes no espaço geográfico, como rios, plantações, construções, rodovias, entre outros. Além disso, permitiu a elaboração de mapas mais completos e com informações mais pertinentes aos estudos dos espaços representados.

Na internet, você pode encontrar sites de pesquisa, como o Google Maps, que disponibilizam, gratuitamente, mapas e imagens de satélites. Acessando sites como esse, você pode visualizar e localizar diferentes partes do mundo. O Google Maps pode ser acessado pelo endereço eletrônico: <http://livro.pro/qf5u64>. Acesso em: 24 jul. 2018.

*Resposta pessoal. Os alunos poderão citar ruas, rodovias, plantações, rios, edifícios, casas, entre outros. As fotografias aéreas são obtidas por meio de uma câmera fotográfica especial, denominada aerofotogramétrica, instalada na parte inferior de aviões, como mostra a ilustração ao lado. As fotografias são obtidas com intervalos de distâncias de acordo com o objetivo que se tem com elas.

Orientações gerais

• Retome brevemente a questão da linha do tempo dos mapas.

• Localize

essas representações mais modernas na linha do tempo.

• Explique que as novas

tecnologias da informação geográfico-cartográfica estão baseadas nas fotografias aéreas (mais antigas) e nas imagens de satélite (atuais), que serão trabalhadas nas páginas posteriores.

• Comente com os alu-

nos que, no Brasil, o órgão responsável por pesquisas relacionadas à ciência e tecnologia, na área espacial e no ambiente terrestre, chama-se Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o qual tem instalações em diversas áreas do território brasileiro.

• Compare

o trabalho sugerido sobre mapas mentais com bases cartográficas profissionais e digitalizadas, explorando as diferenças entre produzir uma representação cartográfica à mão e em numa plataforma digital, acessando previamente o site do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) Disponível em: <http://livro.pro/beywtn>. Acesso em: 13 set. 2018.

• Imagine que fotografias aéreas fossem

tiradas do bairro onde você vive. Conte aos colegas o que poderia ser visualizado nas imagens fotografadas.*

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Orientações gerais

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• O texto a seguir contribui para entender melhor a política de acesso de dados espaciais no Brasil. As imagens são disponibilizadas de forma gratuita, utilizando um satélite brasileiro, em parceria com a China.

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Imagens de satélite e sua distribuição A política de dados pelo Brasil tem sido referência mundial na área de Observação da Terra. A distribuição gratuita através da internet começou em 2004, através do portal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com as

imagens do CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Atualmente, as imagens do satélite CBERS-4 são fornecidas sem custo para qualquer usuário no mundo. BRASIL. Agência Espacial Brasileira. Disponível em: <http:// www.aeb.gov.br/servicos/imagens-de-satelites/>. Acesso em: 13 set. 2018.

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Orientações gerais

Imagens de satélite

• Semelhante

ao que foi proposto com a fotografia aérea, estimule os alunos a observarem a imagem de satélite.

As imagens de satélite são obtidas pela técnica do sensoriamento remoto e têm a finalidade de obter informações a respeito da superfície terrestre. Por meio do sensoriamento remoto é possível captar imagens de grandes extensões e acompanhar as alterações que possam ocorrer nessas áreas, uma vez que as informações sobre um mesmo local são obtidas pelos sensores e registradas diversas vezes em intervalos que podem variar entre algumas horas e alguns dias.

• Nesse

caso, alguns pontos estão indicados. Comente as diferenças visuais que observam na diferenciação entre área agrícola, área urbana, rio, cobertura vegetal e barragem da represa.

Desse modo, com o uso do sensoriamento, é possível elaborar diferentes tipos de mapas, identificar regiões de florestas em processo de desmatamento, analisar as condições meteorológicas e visualizar as áreas urbana e agrícola nos municípios, como podemos observar na imagem a seguir.

• Mostre

que informações como essas estão localizadas e são expressas em formatos e tons de cores diferentes (linhas ou áreas).

área agrícola

• Pergunte

aos alunos as principais diferenças e semelhanças entre uma fotografia aérea e uma imagem de satélite. Apesar de os dois exemplos estarem em escalas diferentes, é esperado que os alunos percebam que as duas representações estão sendo vistas de cima, ou seja, verticalmente.

• Aproveite a oportuni-

área urbana

dade e comente com os alunos sobre a importância do emprego de tecnologia e utilização de instrumentos modernos na elaboração de mapas.

A imagem de satélite mostra parte do município de Itumbiara (GO), 2018. Nela, é possível visualizar elementos naturais e culturais que compõem a paisagem conforme as indicações.

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Leonardo Mari

Fonte: FLORENZANO, Teresa Galloti. Imagens de satélite para estudos ambientais. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. p. 9.

Capítulo 2

Sensoriamento remoto

Orientações gerais

• No

trabalho com a página 47 você pode começar a abordar questões que envolvam a captação e o tratamento de dados relativos às imagens, ou seja, o sensoriamento remoto.

• Oriente os alunos a fa-

zer a leitura da imagem destacada na parte superior da página.

• Reproduza

para os alunos o vídeo educativo do site Sensoriamento Remoto. Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Disponível em: <http://livro. pro/4dpc8d>. Acesso em: 13 set. 2018.

Os raios solares chegam à superfície terrestre. Aqueles que não são absorvidos são refletidos pelos diferentes elementos que compõem a superfície terrestre, como casas, rodovias, vegetação, rios, formas de relevo e cultivos agrícolas. Por meio de sensores colocados em satélites artificiais, que estão orbitando a Terra, é possível captar a energia refletida pelos elementos da superfície terrestre e usá-la para compor as imagens de satélite, que irão auxiliar no mapeamento e no estudo de fenômenos que ocorrem na Terra.

Material audiovisual

• Esse material audiovi-

sual apresenta um panorama do sensoriamento remoto, desde o espectro eletromagnético até os diferentes tipos de sensores, colaborando tanto para a introdução da temática junto ao aluno como para sua ampliação.

cobertura vegetal

barragem da represa

Satélite artificial: equipamento fabricado pelo ser humano, lançado ao espaço e colocado em órbita do Sol, de um planeta e até mesmo de outro satélite artificial. Esse tipo de satélite, geralmente, é utilizado como instrumento de captação de informações para pesquisas científicas e como parte do sistema de telecomunicações. Órbita: trajetória realizada por um corpo celeste, como um satélite ou um astro, em torno de outro.

Digital Globe/Google Earth

rio

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• Na atividade 1, por se

tratar de uma temática ampla, resgate os saberes anteriores do capítulo listando os seguintes conceitos que dão sentido à grande área que é a Cartografia: representação cartográfica, sensoriamento remoto, convenções cartográficas, fotografia aérea e imagem de satélite.

• Quanto ao mapa refe-

rente à atividade 4, associe a observação visual, expondo características gráficas, tais como cores, traços, áreas, linhas e pontos, para facilitar a resolução da questão, além das referências geográficas (localização e orientação) associadas às questões tecnológicas já abordadas.

1. Cartografia pode ser definida como um conjunto de técnicas, Exercícios de compreensão métodos científicos e artísticos para se elaborar mapas. 2. Resposta esperada: as representações 1. Com base no que você estudou, defina, no caderno, o que é Cartografia. eram elaboradas 2. Dê um exemplo de como eram realizados os primeiros registros cartográficos com materiais produzidos pelo ser humano. como argila, conchas e pedaços de 3. De acordo com o que você estudou, podemos afirmar que o desenvolvimento madeira, que tecnológico tem contribuído de maneira significativa para a evolução da Cartopodiam ser fixados nas grafia? Justifique sua resposta. Possível resposta: sim, porque o emprego de novas tecnologias na paredes de Cartografia tem possibilitado a produção de representações cavernas ou cartográficas cada vez mais sofisticadas e precisas. em troncos Geografia no contexto de árvores. Esses mapas 4. O mapa abaixo foi produzido em 1725 por John Senex. Compare-o com o mapa representavam de Francesco Rosselli, mostrado na página 43, e responda às questões a seguir o espaço onde foram no caderno. elaborados e, muitas vezes, continham elementos míticos do período e local em que foram confeccionados.

John Senex/Coleção particular

Atividades

Orientações gerais

• Leve

um planisfério para a sala de aula para que os alunos possam visualizar a representação atual da América do Sul.

• Para uma melhor com-

preensão sobre a Cartografia e sua história, assista ao vídeo indicado a seguir: História da Cartografia. Youtube. Disponível em: <http://livro. pro/iychv3>. Acesso em: 13 set. 2018.

a ) Quais são as principais diferenças entre essas representações cartográficas? b ) Que mapa representa a América do Sul de forma mais precisa? 4. a) As principais diferenças estão nas formas dos continentes representados em cada mapa. Os alunos podem detalhar a indicação dessas diferenças com o nome dos continentes.

O mapa de John Senex, de 1725.

c ) Cite um exemplo de recurso tecnológico utilizado na produção de mapas na atualidade. Possíveis respostas: fotografia aérea e sensoriamento remoto. 5. A seguir são apresentadas situações em que o emprego de inovações tecnológicas e de instrumentos sofisticados na Cartografia se tornou imprescindível para a obtenção de resultados mais precisos da superfície da Terra. De acordo com o que você estudou, identifique que recurso tecnológico está sendo empregado em cada um dos casos: a ) Uma organização não governamental (ONG) faz o monitoramento da Mata Atlântica por meio de um sistema de alta tecnologia. Esse sistema utiliza informações de sensores instalados em satélites artificiais localizados a quilômetros de distância da Terra. Sensoriamento remoto.

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Capítulo 2

b ) Luísa está fazendo um trabalho escolar e precisa identificar o uso do solo em seu município. Para isso, está utilizando imagens obtidas com câmeras fotográficas especiais instaladas em aviões. Fotografias aéreas.

A

Landsat/Copernicus/Google Earth

6. Observe a imagem de satélite a seguir de uma área localizada em Sacramento, no estado da Califórnia, Estados Unidos, 2018. No caderno, identifique os elementos indicados pelas letras. A: rio; B: área agrícola; C: área urbana.

Orientações gerais

• No

trabalho com a atividade 6, aproveite o estudo já realizado a respeito da imagem de satélite na página 46 a fim de explorar esse rcurso. Retome com os alunos tal trabalho e, ainda tendo dúvidas, ajude-os a resolver a questão.

• Na

atividade 7 faça uma leitura compartilhada em voz alta com os alunos. Dê condições para eles efetuarem a pesquisa, solicitando uma pesquisa prévia para, então, executar o estudo em sala de aula.

B

C

Pesquisando 7. Leia o texto a seguir.

Monitoramento inteligente por satélite projeta produtividade da colheita Tecnologia promete localizar pragas, identificar áreas mais e menos férteis, prever quanto a safra vai produzir, além de gerar comparativos entre cultivos anteriores e atuais. Canal Rural, 22 out. 2017. Disponível em: <canalrural.uol.com.br/noticias/agricultura/monitoramento-inteligente-porsatelite-projeta-produtividade-colheita-69449/>. Acesso em: 9 jul. 2018.

• O texto acima retrata a utilização de imagens de satélites na realização de uma atividade econômica no campo. Faça uma pesquisa em jornais, revistas e na internet de outros exemplos de uso desse tipo de tecnologia. Possível resposta: estudos meteorológicos, análises de desmatamento, visualização de áreas urbanas.

Orientações gerais

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• Para avaliar a aprendizagem dos alunos até aqui, veri-

fique suas respostas em uma roda de conversa, estimulando todos a falar dos principais conceitos aprendidos e em que as atividades propostas contribuíram para isso. • Como forma de avaliar o conhecimento dos alunos, acompanhando suas percepções, dificuldades e avan-

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ços, insira em seu planejamento de aula todas as observações que considerar pertinentes, relativas às suas estratégias de ensino e às observações realizadas com os alunos, a fim de tomar decisões de retomada de explicações ou novos exercícios que possam auxiliar os alunos em suas aprendizagens.

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Orientações gerais

Diferentes representações do espaço terrestre

• Ao

iniciar o estudo desta página, incentive os alunos a falarem sobre os mapas que conhecem (guias de rua, por exemplo). Caso a escola disponha de um globo terrestre ou de um planisfério, leve-o para a classe e deixe que os alunos o manuseiem livremente. Oriente-os a achar o país onde moram, depois o estado e, finalmente, a capital do estado.

• Você já precisou utilizar um mapa? Em qual situação? Conte aos colegas. Resposta pessoal. Verifique se a resposta dos alunos está coerente com a atividade proposta.

Os mapas Os mapas são representações do espaço geográfico elaboradas em uma superfície plana e em tamanho reduzido. Neles, são registradas várias características da superfície terrestre, por meio de diferentes símbolos e outros recursos visuais, como: altitudes do relevo, tipos de clima e de vegetação, estradas e rodovias ou ainda a distribuição da população por um território. Os mapas podem fornecer muitas informações que auxiliam na compreensão de fenômenos naturais ou de intervenções do ser humano no espaço geográfico.

• Incentive

os alunos a observarem os elementos cartográficos presentes no mapa do estado do Pará, como orientação, escala, título e legenda. Caso seja possível, leve para a sala de aula mapas com escalas diferenciadas e chame a atenção dos alunos para essa questão.

Para que possamos interpretar um mapa corretamente, devemos identificar cada um dos elementos que constituem uma representação cartográfica. Veja abaixo.

Pará: divisão política - 2015 E. Cavalcante

título

OCEANO ATLÂNTICO

AP

legenda

RR

• Promova

Belém

um debate sobre a utilidade de cada uma dessas representações, aproveitando a oportunidade para avaliar a compreensão dos alunos.

AM

MA 4° S

• Para mais informações

PA

sobre representações do espaço terrestre a partir de suas diferenciações, consulte o site do IBGE: Atlas geográfico escolar. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Disponível em: <http://livro.pro/ tqdd99> Acesso em: 13 set. 2018.

Limite internacional Limite estadual Limite municipal Capital estadual TO N

MT

0

130 km

L

O S

52° O

Fonte: IBGE. Mapa político do estado do Pará. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_estaduais_e_ distrito_federal/politico/2015/pa_politico1750k_2015_v2.pdf>. Acesso em: 2 jul. 2018.

fonte

escala

rosa dos ventos

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Capítulo 2

O globo e o planisfério Tanto o globo terrestre como o planisfério representam de maneiras diferentes a superfície do nosso planeta. Os globos terrestres representam a superfície da Terra de maneira mais aproximada de sua forma real. No entanto, por causa desse formato arredondado, não conseguimos ver, de uma só vez, toda a superfície representada. Já os planisférios representam a Terra em uma superfície plana. Graças a essa característica, conseguimos observar toda a superfície do planeta, mas com algumas distorções.

Orientações gerais

• Nesta página temos um

modelo clássico de diferenciação de representações cartográficas (globo terrestre e planisfério).

S-F/Shutterstock.com

• Antes de considerá-los

para a classe, pergunte quais são as representações cartográficas que eles observam na página.

• Questione sobre suas

semelhanças e diferenças, que podem ser:

> Globo terrestre: mais

próximo do real, formato arredondado e não plano, está representando os continentes; visualização em partes (não é possível visualizar todas as informações de uma só vez); menos distorções; escala pequena; três dimensões.

Globo terrestre.

> Planisfério: formato

Mundo: divisão política

plano, com muitas distorções; visualização de todos os continentes e oceanos da Terra de uma vez só; duas dimensões.

OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico

•O Trópico de Câncer

Equador Meridiano de Greenwich

OCEANO PACÍFICO Trópico de Capricórnio

0

2 340

4 680 km

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

Círculo Polar Antártico

Limite internacional

E. Cavalcante

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO ÍNDICO

N L

O

1: 234 000 000

S

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.

programa de computador chamado Google Earth está disponível gratuitamente através de download e também on-line na internet. Com ele é possível trabalhar com os alunos alguns conceitos da cartografia, tais como escala, diferentes tipos de representação, geotecnologias e muito mais, de uma forma interativa e estimulante para os alunos. Disponível em: <http:/livro.pro/uqvebz> Acesso em: 13 set. 2018.

• Converse com os colegas e o professor: qual das duas formas de representação cartográfica permite visualizar todos os continentes e oceanos ao mesmo tempo? O planisfério.

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Orientações gerais

As representações tridimensionais

• Nas

• Retome

brevemente essas imagens, antes de iniciar os trabalhos com a maquete, perguntando aos alunos o que eles entendem por 2D e 3D. Essas duas abreviações (principalmente 3D) são bastante utilizadas atualmente, devido às inovações tecnológicas oriundas da mídia em geral (games, sites, cinema, vídeos, imagens etc.).

As características do espaço terrestre também podem ser registradas por meio de representações tridimensionais, a exemplo do globo mostrado na página 51. Esse tipo de representação apresenta três dimensões do espaço – comprimento, largura e altura –, diferentemente das representações bidimensionais, como os mapas, que apresentam duas dimensões – comprimento e largura. As maquetes também são representações tridimensionais muito comuns no estudo do espaço. Esse tipo de representação nos permite observar o espaço concebido de diferentes pontos de vista.

Egberto Ras/D.A Press

páginas 50 e 51 foram apresentadas algumas representações, tanto em duas dimensões (mapa político do Pará e planisfério) como em três dimensões (globo terrestre e a maquete).

As construtoras costumam elaborar maquetes de seus empreendimentos imobiliários, de modo que os futuros compradores possam ter uma visão panorâmica do imóvel que pretendem adquirir em tamanho menor e guardadas as devidas proporções. Observe a maquete ao lado. Maquete de um empreendimento no município do Rio de Janeiro (RJ), 2015.

• Exemplifique

concretamente com os alunos as representações em 3D, mostrando, por exemplo, em um globo ou maquete as dimensões de comprimento, largura e altura, assim como as representações em 2D, mostrando, por exemplo, em um mapa as dimensões de comprimento e largura.

O mapa transpõe as características de um espaço tridimensional para uma representação bidimensional. Isso pode ser observado quando elaboramos uma planta da sala de aula, por exemplo, com base em uma maquete desse local. Veja a seguir como isso é possível. Para produzir a maquete da sala de aula, é possível utilizar materiais recicláveis, como embalagens de papel ou plástico (sucata), que podem representar os elementos que compõem o espaço da sala.

Flaper

Veja, abaixo, os principais materiais necessários para elaborar uma maquete da sala de aula.

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• O texto a seguir trata da importância da maquete na passagem do tridimensional ao bidimensional. [...] O uso de maquetes favorece a passagem da representação tridimensional para a bidimensional, por possibilitar domínio visual do espaço, a partir de um modelo reduzido. [...] Essa redução, apesar de não conservar as mesmas relações de comprimento, área e volume do real (ou seja, ape-

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sar de não seguir uma escala única), permite ao aluno ver o todo e, portanto, refletir sobre ele. Além disso, as maquetes são conhecidas das crianças, acostumadas com brinquedos que são miniaturas de objetos reais. O principal objetivo do trabalho com maquete é chegar ao ponto de vista vertical, por isso não é necessário construí-la em escala. [...] ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2014. p. 77-78.

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Capítulo 2

Escolha os materiais que representem aproximadamente os elementos da sala de aula, como carteiras, armário etc. Lembre-se de que se um móvel for maior que outro na realidade, na maquete também deverá ser, respeitando a proporcionalidade. Disponha os objetos como se encontram em sua sala. A maquete permite a visualização do espaço sob diferentes pontos de vista, sobretudo da visão vertical, da qual se produzem as plantas e os mapas. Com a maquete da sala pronta, é possível produzir uma planta, que é um tipo de mapa que representa espaços menores.

Orientações gerais

• Oriente os alunos nes-

ta produção, indicando que para representar o espaço por meio da maquete é necessário guardar algumas proporções, como utilizar elementos (caixa, tampinhas, entre outras sucatas) com formas e tamanhos aproximadamente proporcionais uns em relação aos outros. Material digital

• A sequência didática 3,

localizada no material digital, apresenta uma oportunidade de trabalho de construção de mapa tridimensional, ampliando as noções cartográficas dos alunos, além do trabalho em equipe.

Observando a maquete do ponto de vista vertical, pode-se registrar em uma folha de papel o espaço da sala, o formato dos objetos que representam os elementos do lugar, como são vistos de cima para baixo. Veja, ao lado, como pode ser uma planta elaborada com base em uma maquete.

• Elabore, com os colegas, uma maquete da sala de aula de vocês. Sigam as etapas

Ilustrações: Flaper

demonstradas acima e, depois, produzam uma planta da sala, observando a maquete do ponto de vista vertical.

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Orientações gerais

O mapa é fruto da visão vertical

• Aproveite as imagens

Um mapa representa uma ou mais características da superfície terrestre ou de parte dela. Todo mapa representa o ponto de vista vertical da superfície, ou seja, aquele por meio do qual a observamos do alto e de cima para baixo. Veja.

da página e faça uma leitura coletiva delas.

• Diferencie, em um pri-

meiro momento, a visão horizontal e oblíqua, explicando que o mapa não apresenta essas duas visões.

Diego Grandi/Shutterstock.com

Visão horizontal

• Divida

a sala em pequenos grupos explorando essas duas visões, perguntando: que elementos podem ser visualizados na visão horizontal que não se observa na oblíqua?

• Dê exemplos de situ-

ações que vivenciou nas quais teve oportunidade de observar paisagens nas visões oblíqua e horizontal no município. Peça aos alunos que deem exemplos também.

• Contextualize

os diferentes pontos de vista que se pode ter durante uma partida de futebol, seja ao vivo, seja por meio de uma transmissão de TV.

Visão horizontal do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em São Paulo (SP), 2017. Observe que sob esse ponto de vista os elementos do espaço geográfico são vistos de frente.

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

Visão oblíqua

• Exponha aos alunos a seguinte situação:

> Se vou ao estádio de

futebol ver um jogo, posso ter contato com os diferentes pontos de vista. > Visão horizontal: quan-

do levo diante da grade, junto ao campo, vendo os jogadores mais ou menos na minha frente. > Visão oblíqua: quando

estou no alto da arquibancada para ver o jogo. > Visão vertical: quan-

do levo meu celular e estou acompanhando o jogo pela TV e eles estão mostrando o campo de uma câmera suspensa ou por meio de um drone.

Visão oblíqua de parte da cidade de São Paulo (SP), 2018, em que os elementos do espaço geográfico são vistos mais do alto.

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Digital Globe/Google Earth

Capítulo 2

Visão vertical

Orientações gerais

• Peça que comparem as

duas representações, expondo suas semelhanças e diferenças, que podem ser: as formas de representação, as cores, a presença de espaços vazios ou não etc.

• Peça

aos alunos que observem que cada conjunto de elementos representados foi generalizado, ou seja, foi agrupado e identificado sem grande detalhamento. Para essa simplificação, escolhe-se uma maneira que melhor represente cada elemento, tal como ícones, cores ou hachuras.

Visão vertical de parte da cidade de São Paulo (SP), 2017, em que os elementos do espaço geográfico observado são vistos do alto, de cima para baixo.

0

200 m

Leonardo Mari

Representação da visão vertical

A representação acima foi elaborada com base na visão vertical, mostrada na imagem anterior. Observe como cada conjunto de elementos dessa paisagem foi delimitado e representado de maneira mais simplificada, ou seja, sem muitos detalhes.

• Observe e compare as imagens. Em seguida, identifique um ou mais elementos visualizados por meio da visão oblíqua e que não são visualizados na visão horizontal. Possíveis respostas: área de vegetação e a avenida logo atrás do Masp, além dos prédios mais distantes ao fundo do museu.

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Orientações gerais

Orientação e localização na superfície terrestre

• Para complementar o

estudo deste tema, comente com os alunos que, no decorrer da história da humanidade, os astros também tiveram grande importância na orientação e localização na superfície do planeta. Ainda hoje, pessoas se orientam por meio dos astros observando a posição do Sol ou da Lua para encontrarem os pontos cardeais e, assim, se guiarem em seus caminhos, como os pescadores que saem para realizar suas atividades em mar aberto.

Para nos orientarmos quando nos deslocamos de um lugar para outro, ou quando precisamos encontrar determinado local, utilizamos pontos de referência. Esses pontos de referência podem ser elementos da paisagem, como um estabelecimento comercial, uma escola ou uma árvore. Por isso, frequentemente utilizamos expressões como “ao lado do supermercado”, “em frente da escola”, “logo após a farmácia” ou “onde há uma árvore grande em frente” para localizar um lugar. Além desses pontos, existem outras formas de nos orientarmos no espaço geográfico. Vamos estudar algumas delas.

Orientação pelos pontos cardeais Podemos nos orientar por meio dos pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste. A orientação pelos pontos cardeais está presente em nosso dia a dia quando observamos placas indicando direções como “zona norte”, “zona sul”. Outro exemplo são os estados do Rio Grande do Norte ou de Mato Grosso do Sul. Nesses casos, os pontos cardeais compõem o nome de alguns lugares na tentativa Orientação e mapas de auxiliar sua localização. Eduardo Banquieri. São Paulo:

• Diga

também que no Hemisfério Sul (hemisfério onde está localizada a maior parte do Brasil) é possível observar as estrelas que compõem o Cruzeiro do Sul e encontrar o ponto cardeal sul, além dos demais pontos cardeais. Sugira que, acompanhados de um adulto, em uma noite estrelada, realizem essa atividade. Explique que, para localizar o ponto cardeal sul com base na observação do Cruzeiro do Sul, é necessário projetar quatro vezes e meia a extensão de seu segmento maior na direção em que ele aponta para a superfície terrestre. Caso considere pertinente, anote essas orientações na lousa e peça aos alunos que as copiem para a realização da atividade.

Escala Educacional, 2007. (Guia de Campo).

Nesse livro, são apresentadas as coordenadas geográficas, escalas, métodos de orientação e interpretação de mapas, entre outros temas.

Flaper

Os pontos cardeais também são muito importantes quando precisamos entender as informações presentes nas representações cartográficas ou em procedimentos de orientação. Observe na imagem abaixo como podemos identificar os pontos cardeais orientando-nos pelo Sol.

• A posição em que o Sol aparece no horizonte ao

amanhecer é a direção leste, como podemos observar nesta imagem.

• Olhando para a direção oposta ao leste, localizaremos o

oeste, onde o Sol desaparece no horizonte, no final da tarde.

• Esticando o braço direito na direção leste e o esquerdo na direção oeste, à nossa frente encontraremos a direção norte; atrás de nós, a direção sul.

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• O texto a seguir explica a diferença entre norte geográfico e norte magnético.

Não se sabe exatamente a origem desse comportamento, mas nosso planeta possui um campo magnético próprio e pode ser comparado a um grande ímã. As extremidades desse ímã, também conhecidas como polos magnéticos, não coincidem com os polos geográficos. Por causa desta diferença entre os polos magnético e geográfico, o campo

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magnético terrestre não está alinhado com a direção NorteSul e, consequentemente, a agulha da bússola não aponta para o Norte Geográfico. Chama-se de norte magnético a direção das linhas do campo magnético da Terra em um ponto qualquer. FRIEDMANN, Raul M. P. Fundamentos de orientações, cartografia e navegação terrestre: um livro sobre GPS, bússola e mapas para aventureiros radicais e moderados, civis e militares. 2. ed. Curitiba: Editora UTFPR, 2008. p. 30.

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A rosa dos ventos e os pontos cardeais

NNE NE

ONO

ENE

O

Algumas rosas dos ventos também indicam a direção dos chamados pontos colaterais, denominados nordeste (NE), sudeste (SE), noroeste (NO) e sudoeste (SO). Outras, ainda, apresentam os pontos subcolaterais, que são NNE (nor-nordeste), ENE (es-nordeste), ESE (es-sudeste), SSE (su-sudeste), SSO (su-sudoeste), OSO (oes-sudoeste), ONO (oes-nordeste) e NNO (nor-noroeste).

Capítulo 2

NNO NO

L OSO

ESE

SO

Clarissa França

A rosa dos ventos é um símbolo muito utilizado para orientar as representações cartográficas e serve para indicar os pontos cardeais, representados na rosa dos ventos por siglas. Observe.

N

SE SSO

SSE

S

Ilustração da rosa dos ventos indicando pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.

Orientação pela bússola A bússola é um instrumento de orientação muito antigo. Estudos indicam que ela foi criada pelos chineses, no século X, e depois aperfeiçoada por outros povos, principalmente árabes e europeus.

Bússola.

• Ao

trabalhar com a Orientação pela bússola, explique aos alunos que esse é um instrumento composto por uma agulha imantada que direciona constantemente uma de suas pontas para a direção norte. A agulha da bússola é fixada em um eixo que lhe permite girar sobre uma superfície plana, na qual estão indicados os pontos cardeais, muitas vezes, na forma de rosa dos ventos. Desse modo, quem utiliza a bússola pode localizar, a partir do norte, os demais pontos cardeais.

• Esclareça

aos alunos que a direção para onde a agulha desse instrumento aponta não corresponde ao norte geográfico, mas sim ao norte magnético da Terra.

Tatiana Popova/ Shutterstock.com

Na atualidade, a bússola é utilizada em viagens marítimas e aéreas; além disso, é um instrumento muito importante para pessoas que realizam expedições em florestas, montanhas ou desertos.

Orientações gerais

• Explique aos alunos que

a bússola ao lado apresenta as siglas dos pontos cardeais em inglês, sendo E (east) o mesmo que leste e W (west) o mesmo que oeste.

1. Qual é a direção da prefeitura em relação à escola? Direção leste.

2. E a direção da escola em relação à prefeitura? Direção oeste.

3. Qual é a direção da igreja em relação à prefeitura? Direção sul.

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Orientações gerais

• Para

Orientação e localização por meio das coordenadas geográficas

• Localize

Imagine que os tripulantes de um barco que está navegando em meio ao oceano Atlântico precisem saber qual é sua localização nessa imensidão de água. Você sabe como eles podem obter essa informação? A localização do barco, como qualquer outro ponto situado na superfície terrestre – seja no meio do oceano, do espaço aéreo ou em qualquer parte de um continente da Terra –, pode ser dada por meio das coordenadas geográficas. Vamos aprender como isso é possível.

trabalhar o assunto de coordenadas geográficas, disponibilize o globo terrestre para os alunos observarem. os paralelos e mostre as medidas em graus, as latitudes. Faça o mesmo com os meridianos e aponte as medidas em graus, as longitudes.

Para determinar as coordenadas geográficas precisamos, em primeiro lugar, compreender o que são os paralelos e as latitudes, e também os meridianos e as longitudes.

Paralelos e latitudes Os paralelos são linhas circulares imaginárias, traçadas horizontalmente sobre as representações do planeta no sentido leste-oeste. O principal paralelo, conhecido por linha do equador, é disposto na porção mais larga do planeta, à mesma distância tanto do Polo Norte quanto do Polo Sul, dividindo o globo em duas partes: Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. A latitude, medida em graus (o), corresponde à distância dos paralelos em relação à linha do equador. Desse modo, a linha do equador apresenta latitude 0o. A latitude dos paralelos que se distanciam dessa marca na direção norte ou na direção sul aumenta gradativamente, chegando, no máximo, à latitude de 90o nos polos. Paralelos e latitudes

Círculo Polar Ártico

Luciane Mori

Trópico de Câncer Hemisfério Norte

Linha do equador

Hemisfério Sul

Trópico de Capricórnio

Círculo Polar Antártico

Fonte: DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. Florianópolis: UFSC, 2002. p. 48-54.

Além da linha do equador, os paralelos que também têm nomes específicos são: o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico, no Hemisfério Norte; e o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico, no Hemisfério Sul.

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Orientações gerais

• O texto a seguir trata da importância do estudo das coordenadas geográficas.

[...] Os referenciais geográficos de localização foram definidos a partir da observação dos astros e deram origem ao sistema de coordenadas geográficas. Este foi construído historicamente, resultando da necessidade de maneiras

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cada vez mais seguras de determinar a localização, tanto ao elaborar mapas, quanto durante as navegações e jornadas por terra. Este caráter imposto pela necessidade social e histórica traz, para a abordagem do tema na escola, uma discussão sobre seu significado na formação atual dos alunos. Hoje ninguém precisa apoiar-se nessas coordenadas

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Capítulo 2

Meridianos e longitudes Os meridianos são linhas imaginárias traçadas nas representações da superfície terrestre que se prolongam verticalmente, ou seja, de um polo a outro, no sentido norte-sul. O principal meridiano, conhecido por Meridiano de Greenwich, divide o planeta em duas partes: Hemisfério Oriental e Hemisfério Ocidental. A longitude, medida em graus (o), corresponde à distância dos meridianos em relação ao Meridiano de Greenwich, que apresenta longitude 0o. A longitude dos meridianos que se distanciam nas direções leste ou oeste vai aumentando aos poucos, até atingir 180o. Meridianos e longitudes

Orientações gerais

• Explique

aos alunos que todos os meridianos possuem um antimeridiano situado no hemisfério oposto. Por exemplo: o Meridiano de Greenwich possui um antimeridiano que é o meridiano de 180o, conhecido também como Linha Internacional da Mudança de Data.

• Para Hemisfério Oriental

Antimeridiano (Linha Meridiano de Internacional de Greenwich Mudança de Data) 10h

8h

12h

6h 4h

14h

2h

16h 18h

20h

22h Domingo Segunda-feira

O Meridiano de Greenwich também é conhecido como meridiano de origem, por apresentar longitude 0° .

Fonte: DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. Florianópolis: UFSC, 2002. p. 48-54.

No ponto de encontro entre um paralelo e um meridiano, marcados por suas respectivas medidas em graus (latitude e longitude), temos uma coordenada geográfica. É ela que fornece a localização de qualquer ponto da superfície terrestre. Veja, ao lado, como encontramos uma determinada coordenada geográfica.

Fonte: SCHÄFFER, Neiva Otero et al. Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: Editora da UFRGS/Núcleo de Integração Universidade & Escola da Prorext/UFRGS, 2003. p. 105.

São Paulo: coordenada geográfica 50º O

46º O

N L

O S

23º S

Trópico de Capricórn io Limite estadual Limite internacional Capital estadual

20º S

46º O

São Paulo 0

170 km

23º S OCEANO ATLÂNTICO

E. Cavalcante

Coordenadas geográficas

N. Akira

Luciane Mori

Meridiano de Greenwich

Hemisfério Ocidental

facilitar a compreensão, leve para a sala de aula um globo e permita que os alunos observem como a Linha Internacional de Mudança de Data está oposta ao Meridiano de Greenwich. Veja na imagem a seguir.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 174.

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para deslocar-se de um lugar para outro (exceto nas navegações aérea e marítima, apoiadas por instrumentos sofisticados). Por que, então, o cidadão comum precisa saber o que são paralelos, meridianos, latitude e longitude? Penso que há apenas uma razão realmente pertinente para que alguém tenha que aprender esses conceitos: eles estão en-

10/15/18 4:19 PM

volvidos no conceito de mapa. Um mapa é obtido por meio da malha de coordenadas que amarra a superfície representada com a superfície da Terra, envolvendo, também, projeção e escala. [...] ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001. p. 51.

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Orientações gerais

As coordenadas geográficas do Brasil

• Peça

aos alunos que observem as linhas que se entrecruzam no mapa do Brasil. Diga que essas são as coordenadas geográficas.

• Uma

dessas tecnologias é o GPS. Leia o texto da página em voz alta e de forma compartilhada com a turma, abrindo uma roda de conversa para tirar dúvidas e complementar os saberes já adquiridos. BNCC • O trabalho com coordenadas geográficas, assim como o estudo sobre a tecnologia da localização por meio de GPS favorecem a abordagem de um dos princípios do raciocínio geográfico da localização, que tem como premissa que o aluno possa encontrar a posição de um objeto na superfície terrestre, seja por meio de coordenada geográfica (posição absoluta) ou por meio de relações topológicas ou referenciais (posição relativa). Também permite contemplar a competência específica da Geografia 4 da BNCC, em que se busca o desenvolvimento do pensamento espacial por meio da linguagem cartográfica.

E. Cavalcante

forme aos alunos que as medidas em graus das latitudes se iniciam na linha do equador e as medidas em graus das longitudes têm início no Meridiano de Greenwich.

Coordenadas geográficas 70º

60º

Coordenada

Cidade 40º

50º

N L

O

São Paulo (SP)

Localiza-se na latitude de 23o ao sul da linha do equador e a 46o a oeste do meridiano de Greenwich. Então, dizemos: 23o S 46o O

Manaus (AM)

3o S 60o O

Porto Alegre (RS)

30o S 51o O

S

Equador

Manaus Teresina

10º

OCEANO ATLÂNTICO

Campo Grande 20º

São Paulo ricórnio Trópico de Cap OCEANO PACÍFICO

Campo Grande (MS) 20o S 54o O Porto Alegre

30º

Limite internacional Limite estadual Capital estadual

0

530 km

Teresina (PI)

5o S 42o O

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 152.

GPS Conhecido por Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), o GPS foi criado na década de 1970, nos Estados Unidos, para fins militares. Além de fornecer a localização exata de objetos ou pessoas na superfície terrestre, as informações obtidas por meio dele auxiliam a delimitação e a medição de elementos que, depois, serão representados cartograficamente, como limites de municípios, propriedades, rios, morros, entre outros. Atualmente, o GPS é utilizado para as mais diversas finalidades, como para navegação, aviação ou simplesmente por uma pessoa que queira saber sua localização, o melhor trajeto a ser percorrido e o tempo gasto no trânsito e em roteiros de viagens. Na agricultura, o GPS vem sendo utilizado na coleta de dados para mapear extensas lavouras, identificando áreas mais produtivas ou que apresentam problemas e que necessitam de tratamento especial.

BorneoRimbawan/Shutterstock.com

• Caso haja dúvidas, in-

Observe no mapa a seguir a localização de algumas cidades brasileiras por meio de sua coordenada geográfica apresentada na tabela.

• Converse com os colegas sobre a presença do GPS no cotidiano de muitas pessoas.

Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

Pessoa utilizando GPS em alto mar na Malásia, 2018.

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g20_ftd_lt_6vsg_c2_p060a069.indd Resposta

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• Peça que os alunos expressem as vivências que já

tiveram com o manuseio de aparelhos de GPS ou com aplicativos de telefones celulares que indicam a localização pessoal e endereços. Comente que essas tecnologias fazem uso dos sistemas de satélites para a localização do aparelho e para orientar os usuários sobre trajetos.

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Capítulo 2

Convenções cartográficas Os mapas registram uma série de informações importantes do espaço terrestre. Essas informações são representadas por diversos símbolos e outros recursos visuais que traduzem para o mapa os fenômenos escolhidos. Esses recursos cartográficos podem ser representados de diferentes maneiras, isto é, no formato de linhas, pontos, formas geométricas, hachuras, cores, números, letras, entre outras. O significado desses recursos cartográficos é indicado na legenda, a fim de auxiliar a leitura e a compreensão dos mapas. Para criar uma identidade visual e facilitar a interpretação das informações nos mapas, alguns símbolos cartográficos foram padronizados. São as chamadas convenções cartográficas.

Clima polar

Ferrovia

Área de planalto

Rodovia

Criação de gado extensiva

Fluxos

Área urbana

Quantidade

Indústria automobilística

Cidade menor

maior

Criação de gado bovino Aeroporto

0

10

50

habitantes/km2

Capital de estado

100

Densidade demográfica

Áreas alagadas menos

mais

Ilustrações: Renan Fonseca

Qualidade

Convenções Cartográficas, traga para a sala de aula diferentes tipos de mapas temáticos, com os diversos símbolos existentes nas representações cartográficas, além dos apresentados nesta página. pode encontrar mapas temáticos na prefeitura de sua cidade, em atlas, e também no site do IBGE. Extraído de: Atlas geográfico escolar. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em: <http://livro.pro/ tqdd99>. Acesso em: 13 set. 2018.

Cores

Hidrografia

• Durante o estudo das

• Você

Entre os exemplos de convenções cartográficas, podemos citar: cor azul para representar rios e oceanos; uma linha com pequenos traços sobrepostos indicando as ferrovias; e figuras geométricas para indicar uma localização pontual, como cidade ou indústria. Nos quadros abaixo estão representados alguns símbolos e outros recursos utilizados em diferentes mapas. Observe. Linhas

Orientações gerais

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Escalas

Integrando saberes

• O tema Escalas apre-

sentado nestas páginas possibilita um trabalho em conjunto com o componente curricular Matemática. Converse com o professor desse componente a fim de organizarem juntos uma atividade na qual os alunos possam exercitar o cálculo de escalas.

Observe as imagens a seguir. As duas imagens têm a mesma dimensão. No entanto, na imagem 1, de 2018, podemos visualizar com detalhes a área onde se localiza o estádio de futebol Arena da Amazônia, em Manaus, e algumas construções em seu entorno. 1

Orientações gerais

• Peça

aos alunos que façam uma leitura das duas imagens da página 62. CNES/Airbus/Google Earth

• Chame a atenção deles

para as características das imagens, principalmente suas semelhanças e diferenças.

• Instrua-os a perceber

Na imagem 2, também de 2018, observamos a Arena da Amazônia e uma área bem maior a sua volta.

que as imagens não são totalmente iguais, pois alguns elementos que aparecem em uma não são visíveis em outra em razão da escala em que cada uma foi produzida.

2

• Diga

CNES/Airbus/Google Earth

que essa condição é definida pela escala e que depende da distância (altura) da captação da imagem pelo sensor.

Ao observar as imagens acima, percebemos que, quando a porção da superfície terrestre retratada é maior, os detalhes visíveis na imagem se tornam menores, ou seja, quanto maior for a área representada, menores serão os detalhes mostrados.

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Capítulo 2

Isso também acontece nas representações cartográficas.

1 : 5 000

Nos mapas, a escala informa a proporção em que a representação está reduzida em relação à realidade. Por isso, dizemos que as escalas estabelecem uma relação de proporcionalidade entre a representação e a área correspondente da superfície terrestre. Veja como podemos identificar essa relação de proporção por meio das escalas, na explicação do quadro ao lado.

O número 1, chamado de numerador da escala, indica a unidade de medida utilizada.

De acordo com a explicação do quadro, uma unidade no mapa representa 5 mil unidades da realidade. Em geral, a unidade utilizada é o centímetro. Então, neste caso, cada 1 centímetro no mapa corresponde a 5 mil centímetros na realidade.

Já o número 5 000 indica a quantidade de vezes que a medida da área real da superfície terrestre foi reduzida para a elaboração do mapa. Esse número é conhecido por denominador da escala.

Brasil: estados e capitais Amapá (AP) Macapá

Roraima (RR)

Equador

Belém São Luís Manaus Amazonas (AM)

Acre (AC)

Porto Velho Rio Branco Rondônia (RO)

Bahia: divisão política MA

Fortaleza Maranhão Rio Grande Ceará do Norte (MA) Teresina (CE) (RN) Natal Paraíba João (PB) Pessoa Piauí (PI) Pernambuco (PE) Recife Alagoas Palmas (AL) Maceió Sergipe Tocantins (SE) Aracaju (TO) Bahia (BA) Distrito Salvador Federal (DF)

Pará (PA)

Mato Grosso (MT) Cuiabá

Goiânia Goiás Campo (GO) Grande

PE

PI

AL

OCEANO PACÍFICO

TO

SE

12° S

BA

Limite municipal Limite estadual

MG

E. Cavalcante

Capital estadual

DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de cartografia. 2. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. p. 123-124.

N L

O S

0

400 km

Limite estadual 50° O

OCEANO ATLÂNTICO

Vitória Rio de Janeiro (RJ) Rio de Janeiro São Paulo Trópico de Capric ó r ni o Curitiba

Santa Catarina Florianópolis (SC) Rio Grande do Sul Porto Alegre (RS)

Salvador GO

OCEANO Brasília ATLÂNTICO Minas Gerais (MG) Belo Horizonte Espírito Santo (ES)

Mato Grosso do Sul São Paulo (MS) (SP)

Paraná (PR)

senta informações complementares sobre as escalas e os tipos de representações.

E. Cavalcante

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 90.

• O texto a seguir apre-

[...] cartas e plantas são mapas, mas nem todo mapa é carta ou planta. [...] Planta seria também uma espécie de mapa em grande escala, em que a curvatura da Terra pode ser desprezada, cujo documento destina-se a fornecer informações detalhadas de uma parte pouco extensa da superfície terrestre como, por exemplo, um terreno, uma rua ou um bairro. Até mesmo a planta de uma casa não deixa de ser uma espécie de mapa. Mapa, por sua vez, podemos entender como qualquer representação, geralmente plana (existe técnica de confecção em alto-relevo), parcial ou total da superfície de um astro (Terra, Lua, Marte, etc.) ou mesmo do céu, em escala reduzida, mostrando seus componentes por meio de símbolos e, às vezes, cores também, concebidos arbitrariamente ou respeitando o estabelecido em planos técnicos.

Compare, nos mapas a seguir, a representação do estado da Bahia em escalas diferentes.

Boa Vista

Orientações gerais

Capital federal Capital estadual

Fonte: IBGE. Mapa político do estado da Bahia. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_estaduais_e_ distrito_federal/politico/2015/ba_politico1300k_2015.pdf>. Acesso em: 2 jul. 2018.

N L

O S

42° O

ES

0

110 km

Verifique, nos mapas acima e ao lado, que quanto maior a área representada, maior será o valor do denominador da escala.

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BNCC

Existem dois tipos de escala: numérica e gráfica. Veja.

• O estudo das escalas

numérica e gráfica, associado à observação, à análise e ao cálculo de distâncias, tendo como base diferentes escalas, permite ao aluno desenvolver noções relacionadas à redução do espaço na representação, contemplando assim o trabalho com a habilidade EF06GE08 da BNCC.

Escala numérica Pode ser representada das seguintes maneiras: 1/100 000, em que se lê: um sobre cem mil. 1 : 100 000, em que se lê: um por cem mil.

Escala gráfica Essa escala é composta por uma reta horizontal dividida em segmentos, que indica a correspondência entre a medida do mapa e a medida real.

0

10

20

30 km

Orientações gerais

medida real medida do mapa

• Disponibilize vários tipos de mapas temáticos aos alunos.

• Peça

O planisfério abaixo mostra a apresentação da escala numérica e da escala gráfica. Observe que a relação de proporcionalidade entre as medidas da superfície real e do mapa é igual nos dois tipos de escala. O que muda é apenas a maneira de se apresentar essa proporção.

que façam, tal como está orientado na página, o mesmo exercício em diferentes pontos e localidades.

• Oriente-os no uso da

régua, caso tenham alguma dificuldade.

Planisfério político

• Com a prática de cálcu-

mais informações sobre escala numérica e gráfica, consulte o manual de Noções Básicas de Cartografia do IBGE, no site: <http://livro.pro/ieun6r>. Acesso em: 14 set. 2018.

Trópico de Câncer OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

Equador

OCEANO PACÍFICO Trópico de Capricórnio

0

Escala gráfica 2 500

5 000 km

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

Círculo Polar Antártico

Limite internacional

E. Cavalcante

• Para

Meridiano de Greenwich

lo de escala, os alunos podem explorar ainda mais os conhecimentos sobre representações cartográficas e suas escalas.

OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico

OCEANO ÍNDICO

Escala numérica

N L

O

1: 250 000 000

S

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 32.

• Quantos quilômetros estão representados em cada centímetro desse mapa? Cada centímetro representa 2 500 quilômetros.

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Capítulo 2

Com a escala, podemos calcular a distância real aproximada, em linha reta, entre dois pontos no mapa. Conforme observamos, os mapas podem representar áreas utilizando diferentes escalas, de acordo com os detalhes que se deseja mostrar. Veja como isso é possível utilizando as cidades de Coxim e Selvíria como exemplo, ambas no estado de Mato Grosso do Sul. 1 Meça a distância em centímetros entre as cidades de Coxim e Selvíria.

Estado de Mato Grosso do Sul

MS

Limite internacional Limite estadual Capital estadual Cidade

• Globo terrestre ou pla-

20º S

nisfério • Papel • Lápis

Selvíria

• Borracha • Calculadora • O procedimento

PARAGUAI

PR Iguatemi

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 178.

Japorã 0

100 km

N L

O S

55º O

2 Verifique na escala do mapa a distância real correspondente

a cada centímetro (cm). Nesse caso, 1 cm corresponde a 100 quilômetros (km).

0

100 km

pelos centímetros que você encontrou em linha reta no mapa. Com esse cálculo, é possível obter a distância real aproximada, em linha reta, entre as duas cidades. Considerando que no mapa a distância entre Coxim e Selvíria, em linha reta, é 4 cm e que, nessa representação, cada centímetro equivale a 100 km, a distância real aproximada entre as duas cidades é 400 km.

José Vitor Elorza/ASC Imagens

3 Multiplique o valor equivalente a cada centímetro na escala

4 ✕ 100 = 400

• Agora, calcule a distância real aproximada, em linha reta, entre as seguintes cidades: a ) Inocência e Japorã; Distância real aproximada 510 km. b ) Selvíria e Iguatemi. Distância real aproximada 460 km.

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Orientações gerais

• Para facilitar a medida das distâncias na superfície

curva do globo, peça aos alunos que utilizem um barbante para medir a distância entre as localidades e depois meçam na régua o segmento do barbante.

cálculos de escalas com base na escala do globo terrestre ou em um planisfério. • Comparar distâncias entre diferentes rotas. • Utilizar a internet como ferramenta digital de pesquisa.

Materiais

SP

Trópico de Capricórnio

• Realizar

cas de diferentes lugares do mundo.

Inocência MG

Campo Grande

Miranda

Calculando distâncias Objetivos

• Conhecer característi-

GO

Coxim

BOLÍVIA

E. Cavalcante

José Vitor Elorza/ASC Imagens

MT

Sugestão de atividade

para a realização dessa atividade foi extraído do livro Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Leia o trecho a seguir. Os alunos observam a escala do globo, e o professor questiona sobre o quanto a Terra foi diminuída. Pede que escrevam a escala e a utilizem para calcular distâncias entre, por exemplo, as cidades de: (a) Porto Alegre e São Paulo; (b) São Paulo e Belém; (c) São Paulo e Montevidéu; (d) São Paulo e Vitória; (e) São Paulo e Buenos Aires. O professor propõe que comparem as distâncias e as escrevam em ordem crescente. [...] Podem fazer o mesmo com percursos de ônibus ou de outros meios de transporte comuns na região e os respectivos custos das passagens. [...] SCHÄFFER, Neiva Otero et al. Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p. 82.

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• A atividade também pode ser feita com o uso de um planisfério para medir as distâncias.

• Pode-se complementar a atividade relacionando o preço das passagens entre os diferentes modais e países.

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Orientações gerais

• No

estudo do tema As imagens de satélites e os problemas ambientais, promova uma conversa com os alunos sobre a importância do uso de tecnologias na preservação do meio ambiente, destacando o tema contemporâneo Ciência e Tecnologia. Durante a conversa, comente que o Inpe realiza o monitoramento de áreas de queimada no território brasileiro.

Explorando o tema

As imagens de satélites e os problemas ambientais

As imagens de satélites têm contribuído de maneira significativa para o monitoramento de problemas ambientais, como erosão dos solos, desmatamento, desertificação e inundações. Com essas imagens, é possível detectar alterações ocorridas com o passar do tempo. Assim, para controlar e, principalmente, conter a degradação ambiental da Floresta Amazônica, foram implantados no Brasil mecanismos de monitoramento da região. Além de estudos voltados para dinâmicas climáticas, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também desenvolve um sistema de acompanhamento de intervenções humanas nos domínios da floresta, utilizando, para isso, recursos tecnológicos, como o sensoriamento remoto e as imagens de satélite.

• Oriente

os alunos a identificarem os elementos presentes nas imagens disponíveis, como área urbana, cobertura vegetal, nuvens e rios.

Atualmente, o Inpe consegue monitorar focos de queimadas e de desmatamento na Amazônia. As imagens de satélite e o mapeamento, resultantes desse monitoramento, visam agilizar e facilitar as operações de fiscalização realizadas por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal.

• Nas imagens da pági-

Na imagem, podemos observar uma das salas do Inpe, em São José dos Campos (SP), 2018, onde são utilizados computadores e aparelhos de alta tecnologia.

na 67, as cores em tons de branco e rosa representam as construções e edificações de caráter urbano, enquanto as cores em tons de verde representam a área de vegetação. Comente também sobre os traços de cor mais escura, os quais representam os cursos de água.

• Aproveite

o ensejo e acesse o site do Inpe e tenha acesso a mais imagens e representações cartográficas que abordam as questões ambientais, especificamente em relação a queimadas: Programa queimadas. Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Disponível em: <http://livro.pro/ ptfysc>. Acesso em: 14 set. 2018.

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Capítulo 2 NASA/Landsat8

NASA/Landsat8

As imagens a seguir mostram o avanço do desmatamento (áreas escuras) em uma área da Floresta Amazônica no município de Alta Floresta, estado de Mato Grosso.

Orientações gerais

• Aproveite a oportuni-

dade e comente com os alunos sobre a importância da utilização dos recursos tecnológicos na preservação do meio ambiente. Respostas

Imagem capturada em 1984.

A Resposta esperada: o avanço do desmatamento foi intenso nessa área da floresta. Incentive os alunos a comentarem as impressões que tiveram ao comparar as duas imagens.

Imagem capturada em 2017.

a ) Ao comparar as imagens de satélite, como você avalia o avanço do desmatamento nessa área da Floresta Amazônica? Troque ideia com os colegas.

B Resposta pessoal. Eles podem citar notícias sobre o monitoramento de áreas com focos de queimadas e de desmatamento. Verifique se as considerações dos alunos estão coerentes com a atividade proposta. Estimule a participação de todos.

b) Faça uma pesquisa em jornais, revistas ou na internet sobre notícias que abordem o monitoramento de florestas por meio de imagens de satélite. Escreva um resumo da notícia. Avalie, por meio das informações obtidas, se algo realmente tem sido feito para resolver o problema do desmatamento no local noticiado. Conte aos colegas e discutam possibilidades de como o monitoramento pode orientar ações concretas para a conservação da natureza.

CPTEC/INPE

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

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Atividades

Orientações gerais

• Proponha

outras atividades em sala de aula em relação ao cálculo de escalas, solicitando apoio do professor de Matemática para isso.

• Solicite à escola cola-

boração para fazer mais trabalhos externos, utilizando GPS (ou mesmo celulares), observando o espaço geográfico e lendo a paisagem.

• Fomente

a construção de representações cartográficas a partir desses trabalhos complementares, tais como mapas mentais, croquis ou mesmo captação de imagens para entendimento espacial.

2. Latitude é a distância, medida em graus, dos paralelos em à linha do equador. Longitude é a distância, medida em Exercícios de compreensão relação 3. Resposta graus, dos meridianos em relação ao Meridiano de Greenwich. esperada: um planisfério. O 1. Além dos pontos de referência, de que outras maneiras podemos nos orientar no planisfério espaço geográfico? Por meio de pontos cardeais, bússola e coordenadas geográficas. permite a visualização de 2. No caderno, explique o que é latitude e o que é longitude. toda a superfície 3. Imagine que você precisasse fazer um trabalho de Geografia em que fosse necesterrestre de uma só vez. Já sário mostrar todos os continentes e os oceanos da superfície terrestre de uma o globo só vez. Qual representação cartográfica você utilizaria: um globo terrestre ou um terrestre não possibilita planisfério? Justifique sua resposta. essa visualização, Geografia no contexto pois é necessário 4. Localize no mapa e escreva no caderno o nome de cada cidade cuja localização girá-lo para observar as em coordenadas geográficas é dada abaixo. demais partes da Terra. a ) 29o N 95o O; c ) 48o N 2o L; e ) 40o N 140o L; Houston – Estados Unidos.

Paris – França.

b ) 25o S 49o O;

Ajigasawa – Japão.

d ) 30o N 9o O;

f ) 42o N 116o L.

Agadir – Marrocos.

Curitiba – Brasil.

Pequim – China.

Planisfério: coordenadas geográficas 170˚

Círc

ulo

60˚

150˚

Pola

130˚

110˚

90˚

50˚ 30˚ 10˚ 10˚ 30˚ 50˚ 70˚ 90˚ 110˚ 130˚ 150˚ 170˚ 170˚

70˚

150˚

130˚

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

r Árti

co

110˚ 70˚ 60˚

50˚

50˚

40˚

Paris Houston

30˚

20˚ OCEANO PACÍFICO reenwich ano de G

OCEANO ATLÂNTICO Equador

10˚ 20˚ Trópico de Capricórnio

E. Cavalcante

30˚

30˚

Cairo

ncer

10˚ 0˚

Ajigasawa

Curitiba Buenos Aires

OCEANO PACÍFICO

0˚ 10˚ 20˚

L

O

50˚ 160˚

140˚

120˚

30˚

N

40˚

Capital do país Cidade

10˚

OCEANO ÍNDICO

Meridi

20˚

Agadir

Trópico de Câ

40˚

Pequim

40˚

S

Círculo

100˚

80˚

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

ntártico

Polar A

60˚

40˚

20˚

20˚ 40˚

60˚

80˚

0

100˚ 120˚ 140˚ 160˚

2 340

180˚

4 680 km

160˚

50˚

140˚

Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XXVIII-XXIX.

5. Ainda utilizando o mapa, calcule a distância em linha reta, em km, entre as seguintes cidades: a ) Houston e Agadir;

c ) Cairo e Ajigasawa;

e ) Houston e Buenos Aires;

b ) Buenos Aires e Pequim;

d ) Paris e Curitiba;

f ) Pequim e Ajigasawa.

8 892 km.

68

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19 890 km.

10 530 km. 11 466 km.

10 062 km. 2 340 km.

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Capítulo 2

6. Observe o mapa abaixo para responder às seguintes questões no caderno. a ) Qual é a informação principal apresentada nesse mapa? A distribuição das agroindústrias na região Centro-Oeste.

b ) Qual é a fonte das informações apresentadas?

GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 73.

c ) Quantos quilômetros representa cada centímetro desse mapa? Em que parte do mapa é possível obter essa informação? Representa 250 km. Na escala. d ) Quais recursos gráficos estão sendo utilizados neste mapa? Cores, linhas e figuras. Centro-Oeste: distribuição das agroindústrias AM

TO

DF

GO

Cuiabá

MS Campo Grande

E. Cavalcante

N

SP L

15° O

Brasília

Goiânia

Principais setores agroindustriais Beneficiamento de arroz MG Usina de açúcar e álcool Óleos vegetais Capital estadual Capital federal Limite internacional Limite estadual

Trópico de Capricórnio

S

250 km

material digital, a Avaliação 1 propicia um momento de verificação da aprendizagem dos alunos, por meio de diferentes atividades abordando assuntos dos capítulos 1 e 2.

BA

MT

0

• No

PA

RO

O

Material digital

PR 55° S

OCEANO ATLÂNTICO

Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 73.

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita a respeito dos temas estudados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado com base nas afirmações a seguir. • Para nos orientarmos e nos localizarmos no espaço geográfico, podemos utilizar os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) com o auxílio de uma bússola ou por meio das coordenadas geográficas, usando um mapa ou um GPS. • Os mapas são representações do espaço elaboradas sobre uma superfície plana. • Tanto os globos terrestres quanto os planisférios representam toda a superfície do nosso planeta, porém de maneiras diferentes. • Os globos, assim como as maquetes, são representações tridimensionais do espaço e permitem observá-lo sob diferentes pontos de vista. • Um mesmo espaço pode ser observado sob diferentes pontos de vista: ponto de vista horizontal, ponto de vista oblíquo e ponto de vista vertical. • As convenções cartográficas padronizam os símbolos e facilitam a leitura e a interpretação dos mapas. • As escalas dos mapas informam a proporção em que tal representação está reduzida em relação à realidade.

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Refletindo sobre o capítulo

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• Esta seção tem o intuito de propor uma re-

flexão. Leia com os alunos as informações e promova uma conversa sobre os temas. Esse é um bom momento para identificar dúvidas.

• Estimule a autonomia na aprendizagem dos

alunos solicitando-lhes que realizem a proposta desta seção. Explique-lhes que, caso

não tenham compreendido alguma das afirmações, é importante que o professor seja informado para que possa retomar o conteúdo correspondente e sanar as deficiências na aprendizagem.

• Auxilie os alunos que apresentarem mais dificuldades no trabalho com o capítulo, veri-

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ficando conceitos não apreendidos e que terão que ser retrabalhados.

• Avalie se os alunos desenvolveram as habili-

dades indicadas no decorrer deste capítulo. Se necessário, verifique a necessidade de utilizar outras estratégias de aprendizagem para que as habilidades e os objetivos sejam alcançados.

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Objetivos do capítulo

• Conhecer

ítulo Cap

Conhecendo o planeta Terra

o processo de formação do planeta Terra.

• Identificar as diferen-

ças entre o tempo histórico e o tempo geológico.

• Reconhecer

que as esferas terrestres são importantes para o desenvolvimento da vida no planeta.

• Reconhecer que o pla-

neta Terra faz parte, assim como os outros planetas, do Sistema Solar. Fotomontagem. Fotos: Nada Sertic e Giovanni Benintende/Shutterstock.com

• Identificar a forma esférica da Terra.

• Compreender

que a sucessão dos dias e das noites está relacionada ao movimento de rotação da Terra.

• Identificar

as zonas térmicas da Terra e compreender os fatores que dão origens a elas.

• Compreender

que as estações do ano acontecem em consequência do movimento de translação da Terra e do seu eixo de inclinação.

• Compreender o siste-

ma de fusos horários da Terra.

• Compreender

que as expressões culturais indígenas fazem parte da identidade desses povos e que a expressão cultural de cada povo deve ser valorizada e mantida.

Planeta Terra visto do espaço.

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g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd Orientações gerais

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• Para investigar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema que será trabalhado neste capítulo, aproveite as perguntas da página 71. Incentive os alunos a contarem sobre filmes ou livros que já tenham visto.

• Comente sobre a imagem da Terra representada nes-

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tas páginas. Questione os alunos sobre o que pode ser observado nesta imagem e deixe que eles comentem sobre os elementos, como os continentes e oceanos. Verifique se os alunos percebem que a atmosfera pode ser observada pelas nuvens.

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BNCC

• As atividades propos-

Como a Terra foi formada? Qual a localização do nosso planeta no Universo? Que movimentos a Terra realiza? Perguntas como essas sempre despertaram a curiosidade do ser humano, que, no decorrer de sua história, vem tentando compreender cada vez mais o planeta em que vive. Neste capítulo vamos estudar diferentes características do planeta Terra, o que nos possibilitará ampliar nosso entendimento sobre a história e a dinâmica do mundo em que vivemos.

tas nesta página favorecem uma abordagem da competência geral 1 da BNCC, pois apresentam questionamentos que permitem a valorização e utilização de conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico.

• Aproveite o conteúdo

para promover com a turma uma reflexão sobre a necessidade do ser humano em compreender as características e dinâmicas do mundo em que vivemos.

Flaper

Respostas

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

A Você já ouviu alguma hipótese sobre o surgimento do nosso planeta? Converse sobre esse assunto com seus colegas. B Na sua opinião, o conhecimento que o homem vem adquirindo a respeito do nosso planeta ao longo da história é importante para a vida na Terra? Por quê? C O que você sabe a respeito da Terra? Se fosse para descrevê-la, levando em consideração suas características, por exemplo, sua forma, localização e os movimentos que realiza, o que você diria?

A Resposta pessoal. Estimule-os a expressar conhecimentos sobre o assunto, ainda que sejam de ordem fictícia ou lendária. Essas também são produções culturais importantes. Oriente os alunos a respeitar as mais diversas opiniões sobre o surgimento da Terra que venham a ser apresentadas. B Resposta pessoal. Verifique se a opinião dos alunos está coerente com a atividade proposta. Estimule a participação de todos. C Resposta pessoal. Caso considere interessante, promova uma roda de conversa com os alunos de modo que troquem ideias sobre a atividade proposta. Verifique se existe um consenso em relação às respostas apresentadas por eles.

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Orientações gerais

A origem da Terra

• Antes

de iniciar esta seção, é interessante avaliar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema A origem da Terra. Questione como eles imaginam os primeiros seres vivos do nosso planeta e como ocorreu a evolução até surgirem os primeiros ancestrais do ser humano.

A busca do ser humano para esclarecer a origem de nosso planeta incentivou o desenvolvimento de importantes teorias científicas. Atualmente, as teorias mais aceitas afirmam que a formação da Terra teve início há cerca de 4,5 bilhões de anos. A seguir, apresentamos algumas fases importantes do processo de evolução do nosso planeta, segundo essas pesquisas. No início, a Terra era semelhante a uma grande bola composta por minerais fundidos e incandescentes. Próximo à superfície, esse material pastoso e quente se resfriou lentamente e se solidificou, dando origem a grandes placas rochosas que formaram a crosta terrestre. O processo de formação da crosta liberou uma grande quantidade de gases e vapores-d’água, que mais tarde deram origem à atmosfera primitiva da Terra. Os vapores-d’água formaram nuvens espessas que, ao se condensarem, provocaram volumosas chuvas. Na crosta, a água acumulada nas porções mais baixas do relevo originou os primeiros oceanos do planeta. Há cerca de 3,3 bilhões de anos, os primeiros seres vivos, tais como as bactérias e as algas, surgiram nos oceanos 1 .

• Solicite

que façam desenhos representando essas fases e apresentem aos colegas da turma. Após o estudo do esquema apresentado nas páginas 72 e 73, proponha que realizem uma análise comparativa entre o esquema e os desenhos confeccionados por eles e verifiquem se as teorias conferem com o modo em que imaginaram a origem dos primeiros seres vivos do planeta Terra.

Pequenos mamíferos.

Por volta de 550 milhões de anos atrás, outros seres vivos, como estrelas-do-mar e trilobitas, passaram a habitar os oceanos 2 . No entanto, somente após cerca de 500 milhões de anos, algumas espécies de bactérias, fungos e algas passaram a se desenvolver fora da água. Ao morrerem, essas bactérias tornaram-se uma espécie de adubo que propiciou, mais tarde, o desenvolvimento das primeiras plantas terrestres 3 .

8

Trilobita.

Integrando saberes

Primeiras plantas aquáticas.

•O

estudo do tema A origem da Terra permite um trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências. Para isso, converse com o professor do componente e elaborem juntos uma atividade para que os alunos possam conhecer mais sobre os seres que originaram a vida na Terra.

Primeiros organismos unicelulares.

1

•A

atividade pode ser feita em forma de pesquisa realizada na internet ou na biblioteca da escola, para a qual os alunos devem recolher imagens e informações sobre os organismos unicelulares e a vida que se originou a partir desses organismos. É possível pedir que os alunos apresentem a pesquisa em forma de cartazes, que poderão ficar expostos nos corredores da escola.

2

4

3 Primeiras plantas terrestres.

Primeiros vertebrados.

5 Primeiros anfíbios.

Condensação: passagem do estado gasoso para o estado líquido. Crosta terrestre: camada mais superficial do planeta Terra, composta por rochas e minerais. Trilobita: animal que viveu no fundo dos oceanos há, aproximadamente, 500 milhões de anos. Atualmente, os trilobitas são encontrados apenas na forma de fóssil.

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Aparecimento dos dinossauros.

Luciane Mori

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Capítulo 3

Há, aproximadamente, 230 milhões de anos, surgiram as primeiras plantas coníferas 6 . E cerca de 200 milhões de anos atrás, várias espécies de plantas e grandes répteis, conhecidos por dinossauros, habitaram os continentes da Terra 7 . Há cerca de 70 milhões de anos, ocorreu a extinção dos dinossauros, e, nesta época, a superfície terrestre passou a ser povoada por mamíferos 8 . Os primeiros ancestrais do ser humano surgiram na Terra há cerca de 2,5 milhões de anos 9 .

Há cerca de 400 milhões de anos, algumas espécies de plantas, como as samambaias, e de animais invertebrados, como as baratas, as aranhas e os escorpiões, que viviam na água, passaram a viver em ambientes terrestres. Nessa época surgiram também os primeiros vertebrados 4 . Mais tarde, há 350 milhões de anos, a superfície terrestre já era coberta por densas florestas. Neste ambiente, surgiram os anfíbios que, posteriormente, se desenvolveram e se tornaram sapos e rãs 5 .

Grandes mamíferos.

6

Aparecimento das coníferas.

9 Aparecimento dos seres humanos.

Conífera: grupo de plantas, como os pinheiros, que apresentam os órgãos de reprodução em sementes com formato de cone. Invertebrado: animal que não possui coluna vertebral. Vertebrado: animal que possui coluna vertebral.

Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, 1995. p. 10-11. (Atlas visuais).

Orientações gerais

• Para

aprofundar seus conhecimentos a respeito da forma e dimensões do planeta Terra, sugerimos a leitura do texto a seguir. [...] Para podermos definir as linhas da rede geográfica (paralelos e meridianos), a Terra é considerada como uma esfera perfeita, mesmo sabendo-se que existe um pequeno achatamento polar. [...] Por outro lado, quando a Terra é vista do cosmos, ela se apresenta também com esta forma, não se percebendo o achatamento polar. Imaginemos que estamos no espaço cósmico e, aos poucos, vamos nos aproximando da Terra. Conforme fôssemos chegando mais perto, poderíamos perceber que nosso planeta tem uma forma bastante irregular, se considerarmos as saliências e reentrâncias do relevo. No entanto, quando se trata de estabelecer medidas para fins de mapeamento, a irregularidade da superfície terrestre, em razão do relevo e também do achatamento polar, é prejudicial. Por isso, os cientistas se preocuparam em definir uma forma para o planeta, de maneira que os cálculos pudessem ser facilitados [...]. Foi então que surgiu o elipsoide, que pode ser definido como uma superfície teórica, para fins científicos, resultante do movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo menor, sendo semelhante a uma elipse [...]. DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 2. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2002. p. 65.

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O tempo geológico e o tempo histórico

BNCC

• O tema trabalhado nes-

O tempo em que a Terra se formou e passou por transformações (que ainda continuam) é imensamente diferente do tempo histórico, com o qual lidamos cotidianamente e que se refere à história do ser humano em nosso planeta. As paisagens com predomínio de elementos naturais resultam das transformações ocorridas ao longo do tempo geológico. Veja a seguir a diferença entre o tempo geológico e o tempo histórico. Ao compararmos o tempo geológico e o tempo histórico, percebemos que existe uma grande diferença temporal entre eles. Como exemplo, podemos citar o surgimento do ser humano. Para nós, esse acontecimento parece ter ocorrido há muito tempo. No entanto, trata-se de um período consideravelmente recente se comparado à origem do nosso planeta.

Littleaom/ Shutterstock.com

ta página favorece uma abordagem da habilidade EF06GE01. Comente com os alunos que as paisagens se modificam ao longo do tempo, sendo por ação da natureza, processo que ocorre de maneira lenta (tempo geológico), ou pela ação antrópica, que ocorre mais rapidamente (tempo histórico), se comparado ao tempo geológico. Retome noções e exemplos tratados no estudo da unidade 1 amplie-as inserindo as transformações citadas naquele estudo no contexto temporal tratado na presente unidade. Orientações gerais

• Explore a imagem com

os alunos, elencando os elementos da paisagem que revelam a temporalidade de sua composição. Inicialmente, peça que localizem a paisagem por meio da leitura da legenda e, se necessário, encontrem em um planisfério a Itália e a cidade de Nápoles. Em seguida, solicite que localizem e nominem os elementos e sua localização no tempo histórico ou geológico. Por exemplo: vulcão (tempo geológico); embarcações (tempo histórico); mar (tempo geológico); construções (tempo histórico) e assim por diante.

Tempo histórico Em um período da história da Terra em que o planeta já havia adquirido características bem próximas das atuais, surgiram os primeiros ancestrais do ser humano. Desde então, teve início a história da humanidade, também conhecida por tempo histórico.

Ao longo do tempo, o ser humano também foi responsável por mudanças significativas nas paisagens terrestres. Essas mudanças, geradas por meio de seu trabalho, contribuíram para moldar muitas das características da superfície do nosso planeta.

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Passado

Tempo geológico

Tempo histórico

Remoto

Surgimento dos Aparecimento dos primeiros ancestrais primeiros seres vivos. do ser humano.

Recente

Formação de cadeias Invenção da montanhosas como televisão e dos os Andes, na América satélites artificiais. do Sul.

Capítulo 3

Portanto, embora a história da Terra e a história do ser humano estejam interligadas, a história humana iniciou-se muito depois, ou seja, há uma grande diferença entre elas na escala de tempo. Assim, o significado de passado recente e passado remoto pode ter conotações diferentes se tiver como referência o tempo geológico ou o tempo histórico.

Foram necessárias centenas de milhões de anos para que a Terra adquirisse as formas e características que apresenta atualmente. Essa configuração é resultado de sucessivas transformações provocadas por fenômenos naturais. Algumas transformações na paisagem dos lugares, ocasionadas por fatores naturais (como os vulcões e terremotos), deixaram marcas na superfície de nosso planeta que podem ser vistas até os dias de hoje. Todo esse tempo ao longo do qual vem se construindo a história da Terra é chamado tempo geológico.

•A

sequência didática 4, localizada no material digital, pode complementar o trabalho com o tema Tempo geológico e tempo histórico.

• Ao utilizar este mate-

Recente: que aconteceu recentemente. Remoto: que sucedeu há muito tempo; antigo.

Tempo geológico

Material digital

Podemos observar, nesta fotografia, aspectos da paisagem que nos remetem ao tempo geológico, como a formação do vulcão Vesúvio em um tempo geologicamente remoto. Em relação ao tempo histórico recente, podemos observar parte da cidade e do porto de Nápoles, Itália, 2018.

rial, é possível trabalhar com a competência geral 3 da BNCC e a competência específica de Geografia 5, pois propõe despertar nos alunos a curiosidade intelectual e o uso de práticas de investigação sobre o surgimento da espécie humana.

• Além disso, aproveite o

momento para trabalhar em conjunto com os componentes curriculares de História e Matemática.

Os Andes Os Andes são a cadeia de montanhas mais longa do mundo, com aproximadamente 7 500 km de extensão. É também conhecida como Cordilheira dos Andes e se estende pelos seguintes países: Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Você pode encontrar mais informações sobre essa cadeia de montanhas consultando o site: <http://livro.pro/xzrbad>. Acesso em: 14 maio 2018.

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BNCC

Geografia

• O conteúdo desta se-

em foco

ção favorece uma abordagem da competência geral 2 da BNCC, pois situa os principais acontecimentos da história do nosso planeta e suas eras geológicas, exercitando a curiosidade intelectual ao recorrer à abordagem própria da ciência. Aproveite o conteúdo para promover com a turma uma reflexão sobre a importância de cada período na evolução do planeta e da humanidade.

A tabela do tempo geológico

Os principais eventos que marcaram a história da Terra podem ser apresentados em uma tabela conhecida como tabela do tempo geológico. Nela, os acontecimentos mais antigos são apresentados na parte inferior, enquanto os mais recentes, na parte superior. Veja. Principais acontecimentos

Tempo em anos

Invenção da lâmpada elétrica, automóvel, avião, televisão, satélite artificial, computador, entre outros. Descoberta da penicilina. Acontecem a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.

Cerca de 100 anos até hoje

Período

Era

Quaternário

O Brasil torna-se República. Os europeus colonizam a América.

Sugestão de atividade

Surgem os primeiros ancestrais do ser humano na África.

Linha do tempo Objetivos

Formação das cadeias de montanhas: Andes e Montanhas Rochosas (América); Alpes, Pirineus e Apeninos (Europa); Himalaia (Ásia); Atlas (África).

• Exercitar raciocínios que envolvam eventos ocorridos no tempo geológico e no tempo histórico.

Os dinossauros são extintos e o planeta passa a ser dominado pelos mamíferos. Surgem as plantas com flores (angiospermas).

Materiais

Os dinossauros dominam a Terra.

• Canetas hidrocor. • Cartolina. • Tesoura com pontas

Há cerca de 65 a 2 milhões de anos

Há cerca de 248 a 65 milhões de anos

Terciário

Cretáceo Jurássico

Mesozoica

Triássico

Aparecem os mamíferos e as aves. Os anfíbios vão para a terra. Surgem os primeiros répteis e insetos.

arredondadas.

Formação das cadeias montanhosas dos Apalaches (América) e Urais (Ásia).

• Tubos de cola.

a ) Reúna a turma em grupos de quatro alunos. Cada equipe deverá pesquisar e recolher na internet ou na biblioteca da escola imagens e informações sobre os acontecimentos nas eras geológicas (Pré-cambriana – Paleozoica – Mesozoica – Cenozoica). b) Solicite que cada grupo organize o material selecionado em cartolinas (uma para cada era geológica), formando uma linha do tempo. c ) Para finalizar, peça que os grupos apresentem seus trabalhos, os quais poderão ser expostos na sala de aula para que constantemente os alunos possam consultá-los.

Cenozoica

500 anos atrás

Aparecem os primeiros peixes no meio aquático e vegetação primitiva nos continentes. Surgem os invertebrados no meio aquático, entre eles o molusco.

Há cerca de 350 a 248 milhões de anos

Há cerca de 545 a 350 milhões de anos

Aparecem os primeiros seres vivos (crustáceos, Aproximadamente algas, bactérias, fungos, entre outros). 2 bilhões de anos Surgem os oceanos e mares nas grandes atrás depressões. Origem da crosta terrestre com as rochas mais antigas da Terra. Formação do planeta Terra.

Aproximadamente 4,5 bilhões de anos atrás

Permiano Carbonífero Devoniano

Paleozoica

Siluriano Ordoviciano Cambriano Algonquiano Pré-cambriana Arqueano

Fontes: TEIXEIRA, Wilson et al (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. p. 558-559. LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. 14. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. v. 1. p. 27.

Penicilina: antibiótico natural, proveniente de um fungo. Foi descoberto na década de 1920 pelo médico escocês Alexander Fleming e muito utilizado nas décadas de 1950 a 1980.

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g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd Orientações gerais

76

• No estudo de A tabela do tempo geológico, apresente

aos alunos a origem dos nomes de alguns períodos geológicos, conforme trata o texto a seguir. Vários períodos geológicos foram batizados de acordo com o local onde as rochas da idade em questão foram estudadas pela primeira vez:

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Jurássico por causa das montanhas de Jura, cordilheira, localizada ao norte dos Alpes, na Europa. Permiano pela província de Perm, na Rússia. Cambriano por ser o nome romano de Gales, na atual França. Outros foram batizados em razão de um traço específico

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Capítulo 3

As esferas terrestres À medida que nosso planeta se formou, também tiveram origem elementos que proporcionaram as condições necessárias para que a vida se desenvolvesse na Terra. Entre eles, podemos citar o solo, o ar e a água, em determinada temperatura e composição. Esses elementos estão distribuídos em três grandes porções da Terra, denominadas esferas terrestres. Observe a tela abaixo e veja a representação de cada uma dessas esferas. Atmosfera: é composta pelos gases que envolvem o planeta, entre eles o oxigênio, do qual nossa sobrevivência depende.

Hidrosfera: compreende toda a água existente em nosso planeta em suas diferentes formas, como rios, oceanos e aquíferos (líquida), vapor de água (gasosa) e geleiras (sólida).

ce o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental. Proponha uma discussão com a turma sobre a importância do equilíbrio entre as três esferas terrestres (litosfera, atmosfera e hidrosfera) para a manutenção da vida em nosso planeta.

• Ao

utilizar a tela de Paul Cézanne, um recurso da linguagem iconográfica e artística, para abordar o tema sobre as esferas terrestres, é possível realizar um trabalho abrangendo a competência geral 3. Comente com os alunos que esse artista costumava pintar diferentes paisagens. Aproveite e retome com os alunos as características dos elementos naturais e culturais.

Museu Metropolitano de Arte, Nova York, EUA

Litosfera: corresponde às camadas em que estão as rochas e os solos existentes no planeta.

BNCC

• Este conteúdo favore-

• Caso

queira apresentar outras obras desse artista para os alunos e conhecer um pouco mais sobre sua biografia, sugerimos o acesso ao site a seguir.

> Paul Cézanne, Histó-

ria das Artes. Disponível em: <http://livro.pro/ sivm7x>. Acesso em: 17 set. 2018. Orientações gerais

• Ao Na tela O Golfo de Marselha visto de L’Estaque, produzida pelo pintor francês Paul Cézanne em 1885, é retratada a região do porto de Marselha, na França.

A inter-relação das três esferas terrestres compõe a biosfera do planeta, também conhecida por “esfera da vida”. É na biosfera que as mais variadas formas de vida se desenvolvem e encontram, em diferentes tipos de ambientes, as condições necessárias para sobreviver.

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das rochas do período, como: Carbonífero por suas camadas ricas em carvão. Cretáceo do latim creta, “greda”, por causa dos grandes depósitos de greda que se formam na época.

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trabalhar este tema, é importante que os alunos compreendam que a vida na Terra só é possível a partir da interação das três esferas apresentadas (hidrosfera – atmosfera – litosfera). Deixe claro que a “esfera da vida” é o todo, o ponto em comum (biosfera). Ressalte também a importância da conservação de cada uma dessas esferas para perpetuação da vida no planeta, pois elas foram formadas ao longo de bilhões de anos.

SCROGGIE, Justin et al. Planeta Terra e o Universo. Tradução: Claudio Coutinho de Biasi. Rio de Janeiro: Reader’s Digest, 2005. p. 72.

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Encontro com... Ciências

BNCC

• Este conteúdo permi-

te uma abordagem da competência geral 1 da BNCC, pois apresenta questionamentos que favorecem a valorização e a utilização de conhecimentos históricos construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital. Aproveite o tema para promover com a turma uma reflexão sobre as teorias historicamente construídas referentes ao planeta Terra e à dinâmica do Universo.

Terra: um planeta no Universo Hoje sabemos que a Terra é apenas um dos planetas que existem no Universo. Mas, durante muito tempo, acreditou-se erroneamente que ela fosse o centro do Universo, estando os demais planetas ao seu redor. Com base na teoria heliocêntrica, apresentada pelo cientista polonês Nicolau Copérnico no século XVI, a humanidade, aos poucos, passou a compreender o Universo de outra forma. Segundo o heliocentrismo, o Sol não gira ao redor da Terra, como se acreditava anteriormente, e sim o nosso planeta é que gira ao redor do Sol.

gurb101088/Shutterstock.com

A Terra está localizada no Sistema Solar, que pertence à galáxia Via Láctea, que, por sua vez, contém em torno de 100 bilhões de estrelas. A imagem a seguir representa a Via Láctea.

Orientações gerais

• Durante o estudo des-

te tema, incentive os alunos a observarem a imagem da Via Láctea, seu formato e cores. Ressalte que a Terra é apenas um pequeno ponto em meio a tantos outros, chamando a atenção para que os alunos percebam a grandiosidade dessa galáxia.

Galáxia: concentração de estrelas e de outros corpos celestes que giram em torno de um centro comum.

Imagem da Via Láctea, galáxia na qual está localizado o nosso planeta, 2018.

• Para

auxiliar a compreensão da diferença entre as teorias heliocêntrica e geocêntrica, apresente aos alunos a origem da formação dessas palavras: Biblioteca Nacional da Austrália, Camberra

> HELIO = de origem

grega, significa SOL; > GEO = de origem gre-

ga, significa TERRA.

• Faça

a ligação entre essas palavras e as teorias as quais representam: Geocentrismo, na qual a Terra é o centro, e Heliocentrismo, na qual o Sol é o centro.

A compreensão da Terra como centro do Universo é conhecida como geocentrismo e foi aceita como verdadeira até o século XV. A teoria geocentrista, defendida pelo pensador grego Aristóteles (384-322 a.C.) e pelo astrônomo grego Ptolomeu (século II), afirmava que a Terra permanecia imóvel no centro do Universo, enquanto o Sol e demais astros giravam ao seu redor.

A imagem ao lado mostra um esquema de como o mundo era compreendido a partir do geocentrismo.

• As

explicações sobre o movimento de translação, que o nosso planeta realiza em torno do Sol, serão apresentadas nas páginas seguintes.

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g20_ftd_lt_6vsg_c3_p070a080.indd Orientações gerais

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• Comente com os alunos que, durante muito tempo,

Plutão foi considerado um planeta. Ele deixou de assumir essa condição quando cientistas estabeleceram alguns critérios de classificação de um astro como planeta. As características apresentadas por Plutão não mais condiziam com os requisitos julgados necessários por

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esses cientistas. Leia com os alunos o texto a seguir, que aborda essa discussão. […] para ser considerado um planeta, o astro deve orbitar o Sol, ser esférico [...] e ter limpado a vizinhança de sua órbita. Essa última condição significa que: o astro deve ter eliminado os corpos celestes próximos de sua órbita, seja

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A imagem ao lado retrata um esquema do heliocentrismo.

Capítulo 3

Biblioteca Nacional da Austrália, Camberra

No século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) resgatou os estudos do grego Aristarco (310-230 a.C.) e publicou um livro no qual defendia a ideia de que a Terra gira ao redor do Sol, não o contrário. Essa teoria, conhecida como heliocentrismo (helios, em grego, significa Sol), foi retomada e aperfeiçoada, mais tarde, no século XVII, pelo cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642).

A Terra no Sistema Solar O Sistema Solar é composto pelo Sol e por vários outros corpos celestes, entre eles o planeta onde vivemos.

Sugestão de atividade Meu endereço no Universo

• Convide

o professor de Ciências para juntos construírem um esquema de endereço que leve em consideração o Universo e não apenas a localização na superfície terrestre. Veja o exemplo a seguir, que mostra o endereço completo de um morador da Avenida Duque de Caxias, nº 635, Londrina, Paraná. Universo

Além da Terra, há mais sete planetas que formam o Sistema Solar. Atraídos pela força de gravidade do Sol, todos os planetas giram em redor dessa estrela em órbita. Veja na imagem abaixo um esquema semelhante ao Sistema Solar.

Via Láctea Sistema Solar Planeta Terra

JPL/NASA/SPL/Fotoarena

Sistema Solar Netuno

Saturno

Urano

Marte

Terra

Continente

América

País

Brasil

Estado

Paraná

Município

Londrina

Rua/ Avenida

Duque de Caxias

Número

Nº 635

• Esta

atividade pode ser registrada em um cartaz ou em uma folha de sulfite em que cada aluno constrói seu endereço residencial e seu pertencimento a esse espaço maior que o planeta Terra no universo.

Júpiter

Vênus

Mercúrio

Órbita: trajetória definida por um astro ao redor do outro.

Resposta

• A terra ocupa a terceira posição no Sistema Solar.

Representação do Sistema Solar.

Fonte: LUHR, James F. (Ed.). Earth: the definitive visual guide. London: Dorling Kindersley, 2007. p. 118-119.

• Iniciando a contagem por Mercúrio, que é o primeiro planeta mais próximo do Sol, qual é a posição da Terra no Sistema Solar? Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

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colidindo (batendo) com eles, capturando-os como satélites (luas) ou tendo expulsado esses corpos para longe. Em resumo, esse critério requer que o candidato a planeta seja maior que todos os corpos próximos a ele. Essa condição não se aplica a Plutão, pois ele é pequeno demais para ter

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limpado a sua órbita. Portanto, Plutão deixou de ser considerado um planeta. Agora, ele pertence à categoria dos planetas-anões [...] MAKLER, Martín. Você sabia que Plutão não é mais um planeta? Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, ano 19, n. 175, dez. 2006. p. 12.

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Atividades

Integrando saberes

• A atividade da seção Geografia no contexto possibilita o trabalho conjunto com o componente curricular de Língua Portuguesa. Articule com o professor desse componente e programem juntos a realização desta atividade. Discutam o tema com a turma e proponham aos alunos que ordenem cronologicamente e ilustrem em forma de infográficos a sequência de acontecimentos que descrevem a formação do planeta Terra. Ao final, organizem uma exposição de trabalhos nos corredores da escola.

3. Hidrosfera: compreende todas as formas de água existentes no planeta. Atmosfera: composta pelos gases que envolvem o planeta. Litosfera: corresponde à camada onde se encontram as rochas e os solos existentes no planeta. 4. A teoria geocêntrica, defendida pelo pensador grego Aristóteles e pelo astrônomo também grego Ptolomeu, afirmava que a Terra era o centro do Universo e que o Sol e os demais astros giravam em torno dela.

Exercícios de compreensão

1. O tempo geológico corresponde ao tempo ao longo do qual vem se construindo a história da Terra. Já o tempo histórico corresponde à história da humanidade, ou seja, é contado a partir do surgimento do ser humano na Terra.

1. Qual é a principal diferença existente entre o tempo geológico e o tempo histórico? 2. Cite um exemplo de acontecimento que se refere ao tempo geológico e um exemplo que se refere ao tempo histórico. Possível resposta: tempo geológico: surgimento de mamíferos e aves. Tempo histórico: colonização europeia da América.

3. No caderno, caracterize as três esferas que compõem a biosfera terrestre. 4. Descreva a teoria geocêntrica.

5. De acordo com o que você estudou, o planeta Terra é o único corpo celeste do Sistema Solar? Explique sua resposta no caderno. Não. O Sistema Solar é composto pelo Sol e por vários outros corpos celestes, que giram ao seu redor atraídos pela força da gravidade, entre eles o nosso planeta.

Geografia no contexto

6. Indique a sequência numérica que ordena cronologicamente as frases abaixo, que descrevem a formação do nosso planeta. Anote sua resposta no caderno. 1, 4, 5, 3, 2 e 6.

1 A Terra era semelhante a uma grande bola composta por minerais fun-

didos e incandescentes. Próximo à superfície, esse material pastoso e quente se resfriou lentamente e solidificou-se, dando origem a grandes placas rochosas que formaram a crosta terrestre.

2 Extinção dos dinossauros.

3 Algumas espécies de plantas, como as samambaias, e de animais inver-

tebrados, como as baratas, aranhas e escorpiões, que viviam na água, passaram a viver no ambiente terrestre. Nessa época surgiram também os primeiros peixes vertebrados.

4 O resfriamento da crosta liberou vapores de água que formaram espes-

sas nuvens. Ao se condensarem, essas nuvens ocasionaram volumosas chuvas. Na crosta, a água acumulada nas porções mais baixas do relevo deu origem aos primeiros oceanos do planeta. 5 Por volta de 550 milhões de anos atrás, seres vivos, como estrelas-do-

-mar e trilobitas, passaram a habitar os oceanos. No entanto, somente após cerca de 500 milhões de anos, algumas espécies de bactérias, fungos e algas passaram a se desenvolver fora da água. 6 Surgem os primeiros ancestrais do ser humano.

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Capítulo 3

Laerte

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Laerte

Veja a charge a seguir. Eg

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:48 PM

A forma e os movimentos da Terra

LAERTE. Classificados 1. São Paulo: Devir, 2001. p. 52.

A charge acima satiriza uma antiga crença de alguns povos de que a Terra seria plana. Portanto, se alguém navegasse em linha reta pelos oceanos, “cairia” do planeta. Contudo, com base em muitos estudos e observações, o ser humano foi capaz de perceber que o planeta e sua superfície possuíam forma arredondada. A forma esférica de nosso planeta foi verificada com a criação de modernas tecnologias de exploração do Universo, como os satélites artificiais e os telescópios. Mesmo antes da criação de tais instrumentos e da exploração espacial, já existiam hipóteses sobre o formato arredondado da Terra. Dessa forma, além de revolucionar a visão que a humanidade tinha da Terra, foi possível esclarecer inúmeras dúvidas a respeito de outros corpos celestes.

Geografia

Planeta Terra visto do espaço.

Telescópio: aparelho utilizado para observação dos corpos celestes e que permite aproximar e ampliar a imagem observada.

Mesmo antes da criação de instrumentos modernos e da exploração espacial, já se acreditava no formato arredondado da Terra. As observações de algumas situações do cotidiano forneciam evidências da forma esférica do planeta. Veja um exemplo. 1

2

• Comente com os alu-

nos que a charge ilustra um momento histórico do conhecimento humano, em que as concepções sobre o formato do planeta não indicavam que ele poderia ser esférico. No entanto, há séculos o ser humano passou a criar hipóteses sobre a esfericidade da Terra, teoria que foi comprovada apenas no século XX.

3

Flaper

Ao observar embarcações próximo ao litoral, pode-se vê-las por completo, imagem 1 . À medida que se distancia do litoral, parte da embarcação passa a não ser vista, devido à curvatura da Terra, imagens 2 e 3 .

so didático contempla a competência específica de Ciências Humanas 7, pois aborda o uso de diferentes gêneros textuais, aliando linguagem verbal e não verbal para a compreensão do conteúdo proposto. Antes de iniciar o tema, avalie o conhecimento prévio dos alunos sobre o conteúdo da charge e averigue se eles conseguem interpretá-la. Orientações gerais

Observações cotidianas

em foco

BNCC

• A charge como recur-

Fonte: MATSUURA, Oscar. Atlas do Universo. São Paulo: Scipione, 1996. p. 10.

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Material digital

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• O trabalho com este tema pode ser complementado

com o desenvolvimento do projeto integrador referente ao 2º bimestre apresentado no material digital, com ênfase nas variadas teorias construídas no decorrer da história da humanidade, para explicar a origem da Terra e seus fenômenos.

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• Esta atividade permite um trabalho com o tema con-

temporâneo Diversidade cultural, ao incentivar a valorização e o respeito a manifestações culturais de diferentes povos.

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A Terra não para

BNCC

• O tema proposto nes-

ta página favorece uma abordagem da habilidade EF06GE03. Promova com a turma uma reflexão sobre fenômenos naturais que comprovam que o planeta Terra não é estático no Universo. Ou seja, ela realiza movimentos que lhe conferem variações de temperatura e luz entre a noite e o dia, estações do ano, variação das marés, movimento de translação etc. Para isso, solicite que os alunos façam anotações e desenhos, a partir da observação da posição do Sol durante um dia. Com base nessas anotações, proponha uma análise das percepções dos alunos em relação ao tema.

A Terra realiza movimentos que são responsáveis pela manutenção da vida e da dinâmica da natureza em nosso planeta. Vamos estudar, a seguir, os movimentos de rotação e de translação da Terra.

Movimento de rotação A sucessão dos dias e das noites em nosso planeta ocorre em razão de um dos movimentos que a Terra realiza. Nesse movimento, conhecido por rotação, a Terra gira ao redor de si mesma em relação a um eixo imaginário, inclinado a 23 graus, que atravessa o seu centro de polo a polo, como representa a imagem abaixo. A rotação ocorre de oeste para leste e leva, aproximadamente, um dia (24 horas) para dar uma volta completa. Em decorrência desse movimento, a incidência dos raios solares sobre uma porção do globo modifica-se gradativamente à medida que a Terra gira. Desse modo, enquanto uma de suas faces encontra-se amplamente iluminada pelo Sol, caracterizando o dia, em outra não há iluminação solar, o que caracteriza a noite.

N

Integrando saberes

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• Este

estudo permite um trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências. Para isso, converse com o professor desse componente e elaborem juntos uma atividade para que os alunos possam conhecer mais sobre os movimentos da Terra.

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• Levem para a sala de

aula um globo terrestre e permita que os alunos os auxiliem na representação dos movimentos que a Terra realiza. Utilize o globo para mostrar o movimento de rotação e, com o auxílio de um objeto qualquer que represente o Sol, demonstre o movimento de translação. A visualização desses movimentos na prática favorece a compreensão dos alunos.

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Luciane Mori

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movimento de rotação

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S Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 52.

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Capítulo 3

Ao observamos o Sol em diferentes posições ao longo do dia, temos a impressão de que é esse astro que se move no sentido leste-oeste.

Sarawut Suksao/Alamy/Fotoarena

O movimento aparente do Sol

Movimento aparente do Sol (sentido leste-oeste).

Essa impressão, de que o Sol executa um movimento contrário ao de rotação da Terra, é chamada de movimento aparente do Sol. Veja no esquema ao lado o que nos leva a pensar que é o Sol, e não a Terra, que se move. A Terra, ao realizar o movimento de rotação, no sentido oesteleste, nos dá a impressão de que o Sol se move no céu, no sentido leste-oeste.

Movimento da Terra (sentido oeste-leste).

A inclinação do eixo de rotação da Terra e a sua forma arredondada são características que contribuem para que os raios solares incidam de maneira desigual em cada parte do globo. Dessa forma, ocorre uma distribuição diferenciada de energia do Sol em nosso planeta. Veja, no esquema abaixo, como isso ocorre.

Lucian

e Mori

Raios solares na superfície terrestre raios solares

Os raios incidem de maneira inclinada nas porções da Terra localizadas próximo aos polos, dispersando seu calor por áreas de grandes dimensões. Desse modo, essas áreas são menos aquecidas e, consequentemente, apresentam temperaturas mais baixas.

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Cí r

Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 48.

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abordagem da habilidade EF06GE03. Comente com os alunos que, devido à inclinação do eixo e à forma arredondada do planeta, os raios solares incidem de forma diferenciada (com maior ou menor intensidade) na superfície terrestre.

• Para demonstrar esse

Zonas térmicas da Terra

1

BNCC

• Este estudo favorece a

fenômeno à turma, leve para a sala de aula um globo terrestre e uma lanterna. Com o apoio dos alunos, segure o globo inclinado, em seguida direcione a luz da lanterna para ele (mantenha uma distância entre o globo e a lanterna de mais ou menos 80 centímetros). Solicite que os alunos observem a incidência da luz no globo e verifiquem quais pontos recebem mais ou menos luz. Relacione a atividade à distribuição diferenciada da energia solar em nosso planeta.

raios solares

r

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2

Nas áreas perto da linha do equador, as temperaturas são mais elevadas, pois, nessas porções do planeta, os raios solares incidem de maneira direta e concentrada na superfície terrestre.

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Sugestão de atividade

Assim, em nosso planeta é possível identificar diferentes zonas térmicas, que se caracterizam de acordo com a distribuição da radiação solar sobre sua superfície. As zonas térmicas da Terra são: zona tropical ou intertropical, zona temperada do norte, zona temperada do sul, zona polar norte e zona polar sul. As zonas térmicas da Terra estão representadas no esquema a seguir.

Os países e as zonas térmicas da Terra Objetivos

• Identificar a delimita-

ção das zonas térmicas em uma representação do planeta Terra.

Zonas térmicas da Terra

Radiação: ato ou efeito de irradiar; emissão de raios.

• Identificar

a localização de alguns países nas diferentes zonas térmicas da Terra.

Cí r

Materiais

• Globo terrestre ou pla-

Tr ó

nisfério.

• Folha de sulfite ou ca-

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derno.

a ) Esta atividade pode auxiliar a avaliar o conhecimento dos alunos em relação à delimitação das zonas térmicas da Terra. Solicite a eles que citem países que possuam climas diferentes, observando a incidência de neve, chuva, seca, entre outros e, a partir da reflexão sobre o assunto, levantem algumas hipóteses sobre as causas das diferenças climáticas entre as regiões do planeta. b) Para melhor compreensão da influência das zonas térmicas na configuração dos climas, leve um globo terrestre para a sala de aula e, com base no esquema proposto nesta página, com a turma, localizem e relacionem alguns países às suas zonas térmicas (polares, temperadas e tropicais). c ) Em seguida, elaborem um quadro demonstrativo, como no modelo a seguir, e escrevam o nome de alguns países relacionando-os à zona térmica a que pertencem. Aponte a existência de países que se localizam em mais de uma zona térmica. Solicite o registro da tabela no caderno, pois ela servirá como base para outra atividade que será explicada na página 87.

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Luciane Mori

• Lápis e borracha.

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Cí r cu A n lo P o tá r l t i co a r Fonte: SCHÄFFER, Neiva Otero et al. Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p. 57.

3

3 2 1

1

Zonas polares: a incidência dos raios solares que atingem essas zonas se dá de maneira bastante inclinada e com pouca intensidade. O frio é intenso e contínuo ao longo do ano nessas regiões.

2

Zonas temperadas: nessas regiões, os raios solares atingem a superfície terrestre com certa inclinação. Assim, ocorre um equilíbrio entre os dias quentes e frios.

3

Zonas tropicais: nessas regiões, os raios solares incidem sobre a superfície do planeta praticamente sem inclinação. Em razão dessa incidência concentrada, as regiões tropicais apresentam temperaturas altas e constantes durante o ano todo.

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Países e sua localização nas zonas térmicas

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Zonas polares Suécia

Zonas temperadas Alemanha

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Zonas tropicais Brasil

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Capítulo 3

Movimento de translação A Terra também realiza um movimento ao redor do Sol, chamado movimento de translação, que leva, aproximadamente, um ano (365 dias, cinco horas e 48 minutos) para ser completado. Ao longo desse percurso, em razão da órbita elíptica que percorre e da inclinação de seu eixo de rotação, algumas regiões de nosso planeta recebem quantidades diferentes de radiação solar em determinados períodos do ano. Essa distribuição desigual da radiação contribui para a existência das quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. As estações do ano ocorrem de maneira oposta nos Hemisférios Norte e Sul, por causa da quantidade diferenciada de radiação solar que esses hemisférios recebem. Por isso, enquanto no Hemisfério Norte é inverno, no Hemisfério Sul é verão, e assim sucessivamente. Veja, no esquema abaixo, como isso ocorre. Movimento de translação Equinócio de 21 de março

Luciane Mori

A partir dessa data, os Hemisférios Norte e Sul da Terra recebem quantidades semelhantes de radiação solar. É quando se iniciam a primavera no Hemisfério Norte e o outono no Hemisfério Sul.

Solstício de 21 de dezembro

Início do verão no Hemisfério Sul e do inverno no Hemisfério Norte. A posição da Terra nesse dia propicia uma incidência maior dos raios solares na região do Trópico de Capricórnio.

Equinócio de 23 de setembro

Solstício de 21 de junho

Início do inverno no Hemisfério Sul e do verão no Hemisfério Norte. A posição da Terra nesse dia permite uma maior incidência dos raios solares sobre o Trópico de Câncer.

Nessa data, iniciam-se o outono no Hemisfério Norte e a primavera no Hemisfério Sul. A partir de então, os Hemisférios Norte e Sul passam a receber quantidades semelhantes de radiação solar.

Solstícios e equinócios Os solstícios marcam o início do verão e do inverno nos Hemisférios Norte e Sul da Terra. Eles acontecem em dois dias do ano, nos quais os raios solares incidem com intensidades diferentes nesses hemisférios, com incidência máxima em um e incidência mínima em outro. Nos dias de solstício, os dias e as noites no planeta têm durações diferentes. Os equinócios marcam o início da primavera e do outono nos Hemisférios Norte e Sul da Terra. Durante esses dias, os hemisférios recebem a mesma quantidade de luz e calor do Sol, pois os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do equador. Além disso, durante o equinócio, o dia e a noite em nosso planeta têm, praticamente, a mesma duração.

Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino et al. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 52.

• Ao

trabalhar o tema Movimento de translação, explique que o movimento da Terra ao redor do Sol dura 365 dias, 5 horas e 48 minutos, ou 365,25 dias. Comente que os egípcios, há mais de 2 mil anos, por convenção, decidiram juntar essa fração, equivalente a um quarto de dia, fazendo com que, a cada quatro anos, o calendário anual tivesse um dia a mais no mês de fevereiro.

• Caso

considere interessante, proponha uma pesquisa em livros, revistas ou na internet sobre a origem do nome e curiosidades referentes ao ano bissexto. Organize a turma em roda de conversa, a fim de criar uma discussão sobre os resultados da pesquisa. Aproveite para avaliar a participação de cada aluno. Convide o professor de Ciências para participar das atividades propostas e, assim, contribuir com informações complementares.

• Caso julgue pertinente,

antes de propor a pesquisa, apresente aos alunos a reportagem “Ano bissexto, o ano da confusão”, disponível no site a seguir.

> Ano bissexto, o ano da

confusão. Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: <http://livro.pro/ mx9i93>. Acesso em: 17 set. 2018.

• Comente com os alunos 85

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Orientações gerais

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que, nos dias de equinócio, os hemisférios Norte e Sul recebem o mesmo tempo de luminosidade solar. E aproveite para ressaltar que no inverno o dia de solstício é o mais longo do ano.

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BNCC estudo deste conteúdo favorece uma abordagem das habilidades EF06GE03 e EF06GE05. Importante avaliar os conhecimentos prévios dos alunos referentes às estações do ano e suas características, relacionando suas falas com as imagens apresentadas na página. Questione-os se em todas as regiões do planeta as estações possuem as mesmas características e intensidade, relacionando os comentários com as características das estações de acordo com o clima da região onde moram.

As estações do ano e as paisagens terrestres

•O

Durante as estações do ano, as paisagens de diferentes lugares do nosso planeta passam por alterações por conta da atuação das condições climáticas que caracterizam cada um desses períodos. De acordo com as zonas térmicas da Terra, as estações do ano apresentam características diferentes, as quais se refletem nas paisagens. As zonas temperadas da Terra são as porções do planeta onde as quatro estações são bem marcadas, apresentando verões quentes, invernos com temperaturas próximo de 0 °C, além de primaveras e outonos com temperaturas amenas. Cada uma dessas condições reflete-se nas paisagens de lugares das zonas temperadas, que se diferenciam a cada estação, como observamos a seguir em uma paisagem de Baviera, Alemanha, 2017. Verão

Outono

Inverno Fotos: Willy Matheisl/Alamy/Fotoarena

Primavera

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Capítulo 3

Na porção intertropical da Terra, as estações do ano se caracterizam por temperaturas elevadas o ano todo. Além disso, algumas áreas apresentam um período chuvoso e outro seco. Isso ocorre em uma extensa área do território brasileiro.

Sugestão de atividade Localizando países nas zonas térmicas Objetivos

• Compreender

Andre Dib/Pulsar Imagens

as diferenças e as mudanças entre as estações do ano.

• Relacionar as estações

do ano e as zonas térmicas. Materiais

• Cartolina. • Recortes de paisagens. • Tesoura com pontas arredondadas.

• Tubo de cola.

Paisagem do município de Corumbá (MS), 2017, na estação chuvosa.

Sara Winter/Shutterstock.com

Nas zonas polares, as médias térmicas se mantêm baixas durante todo o ano, embora haja uma acentuada variação de temperatura entre uma estação e outra. Nessas áreas, o inverno apresenta ausência de luz e o verão se caracteriza por um período sem noites.

Paisagem de Lofoten, Noruega, 2016, na estação do inverno, em que os dias são pouco iluminados.

As quatro estações e outros haicais Massau Simizo. São Paulo: Aymará, 2009. Neste livro são apresentados pequenos poemas que descrevem de maneira simples as principais características de cada uma das estações do ano.

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a ) Resgate a tabela demonstrativa dos países e as zonas térmicas, sugestão indicada na página 84. Relembre junto aos alunos as principais características das zonas térmicas e alguns países que as compõem. b) Em seguida, reúna a turma em cinco grupos; cada equipe ficará responsável por uma zona térmica (polar norte, polar sul, temperada norte, temperada sul e tropical). c ) Solicite que realizem uma pesquisa na biblioteca da escola ou na internet e tragam imagens de paisagens dos países presentes na tabela em que possam ser percebidos elementos climáticos (presença de neve, chuva, desertos etc.). d) Solicite que os grupos organizem as imagens em cinco painéis que serão confeccionados utilizando as cartolinas (um para cada zona térmica). e ) Para finalizar, cada grupo deverá apresentar as imagens, relacionando suas paisagens às características climáticas. Os painéis poderão ser expostos nos corredores da escola, com autorização da direção.

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Fusos horários da Terra

Orientações gerais

• Peça

aos alunos que observem no mapa alguns países, como China e Índia, que possuem as linhas dos fusos diferentes dos estabelecidos pelo traçado do meridiano. Nesses casos há definições de horas quebradas devido a questões específicas do país.

Ao longo do tempo, muitos povos, cada um a seu modo, desenvolveram técnicas para contar o tempo a fim de organizar suas atividades diárias e registrar acontecimentos de sua história. No entanto, a padronização da contagem do tempo é recente, pois foi estabelecida apenas no final do século XIX. Em 1884, nos Estados Unidos, uma conferência realizada por astrônomos fundamentou um sistema de convenções de horas, chamado fusos horários, por meio do qual se regulamentou as horas entre os países do mundo. De acordo com esse sistema, a Terra foi dividida em 24 faixas imaginárias iguais, denominadas, então, fusos horários. Cada fuso da Terra corresponde a uma hora e o seu conjunto equivale às 24 horas do dia. A contagem das horas foi estabelecida a partir do fuso que coincide com o Meridiano de Greenwich. A leste de Greenwich, as horas dos 12 fusos aumentam gradativamente. Por outro lado, as horas dos 12 fusos que estão a oeste de Greenwich são atrasadas à medida que esses fusos se afastam do meridiano.

aos alunos que, conforme informado no mapa, as linhas dos fusos não coincidem necessariamente com o traçado dos meridianos. Oriente-os a olhar, na imagem, para as linhas/demarcações em vermelho.

Convenção: acordo sobre determinado assunto; combinação; tratado.

Existem países, ainda, que, por uma série de conveniências, usam horas fracionadas, ou seja, as horas não são exatas, pois são acrescidas de alguns minutos.

Fusos horários da Terra 180˚

165˚

150˚

135˚

120˚

105˚

90˚

75˚

60˚

45˚

30˚

15˚

15˚

30˚

As linhas dos fusos não coincidem necessariamente com o traçado dos meridianos. Há algumas regiões em que os fusos foram adaptados por decisões políticas.

45˚

60˚

75˚

90˚

105˚

120˚

135˚

150˚

165˚

180˚

E. Cavalcante

• Explique

OCEANO GLACIAL ÁRTICO 80°

70°

Círculo Polar Ártico 60°

Berlim

Vancouver

OCEANO ATLÂNTICO

50°

Tóquio

40° 30°

Dacar

20° 10°

OCEANO PACÍFICO

Equador

Nairóbi

10°

Brasília

Lima

20° Trópico de Capricórnio

N

30°

L

O

40°

S

0

50°

+12 –12

–11

1 400

–10

–9

2 800 km

–8

–7

–6

OCEANO ÍNDICO

Meridiano de Greenwich

OCEANO PACÍFICO

Trópico de Câncer

–5

–4

–3

–2

–1

0

Horário fracionado Linha Internacional da Data +1

+2

+3

+4

+5

+6

+7

+8

+9

+10

+11

+12 –12

Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 35. DSHO (Divisão Serviço da Hora). Disponível em: <http://pcdsh01.on.br>. Acesso em: 14 ago. 2018.

• Se em Londres forem 9 horas da manhã, em Berlim serão 10 horas e em Brasília,

6 horas. Isso ocorre porque a cada fuso à direita de Greenwich soma-se uma hora. Por outro lado, a cada fuso à esquerda do meridiano inicial subtraímos uma hora. A partir dos horários de Berlim e Brasília, identifique o horário das demais cidades apresentadas nesse mapa, observando a localização de cada uma delas em relação a Greenwich. Vancouver: 1 h. Lima: 4 h. Dacar: 9 h. Nairóbi: 12 h. Tóquio: 18 h.

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Capítulo 3

Fusos horários no Brasil O território brasileiro está totalmente localizado no Hemisfério Ocidental, a oeste do Meridiano de Greenwich. Portanto, todos os fusos horários do Brasil têm horas atrasadas em relação a Greenwich. Em virtude da grande extensão do território brasileiro, nosso país tem quatro fusos horários.

Amapá Macapá

São Luís

Fortaleza Rio Grande Fernando de Noronha do Norte Natal Paraíba João Pessoa

Maranhão Ceará Teresina

Pará

Piauí Acre

Rio Branco

Porto Velho

Pernambuco Recife Alagoas Maceió

Palmas

Sergipe Aracaju

Tocantins

Rondônia

Bahia

Mato Grosso

OCEANO PACÍFICO

Belém

Manaus Amazonas

Equador

Salvador Distrito Federal Brasília Cuiabá Goiânia Goiás Minas Gerais Mato Grosso Espírito Santo Belo Horizonte do Sul Vitória Campo Grande São Paulo Paraná Santa Catarina

São Paulo

Rio de Janeiro Rio de Janeiro

OCEANO ATLÂNTICO

Trópico d e

Curitiba

Capricó rnio

Limite internacional Limite estadual

Florianópolis

Rio Grande do Sul Porto Alegre

Capital federal Capital estadual N L

O

50° O

S

0

380 km

E. Cavalcante

Roraima

• Complemente o estu-

do do tema apresentando aos alunos o texto a seguir sobre a existência do horário de verão brasileiro. [...] Você já reparou que, de outubro a fevereiro, alguns estados brasileiros têm de adiantar o relógio em uma hora? Isso é que o chamamos de horário de verão! Mas por que será que existe essa mudança no horário? Para podermos aproveitar mais o dia, ora! Durante esse período – de outubro a fevereiro –, as áreas mais próximas ao Trópico de Capricórnio recebem luz do Sol por um período maior, então, os dias são mais longos do que as noites. Ao adiantarmos o relógio, podemos aproveitar uma hora a mais de luz natural e, assim, economizar energia elétrica. [...] No Brasil, o horário de verão foi adotado [...] em 1931. O objetivo era o mesmo dos países da Europa: economizar energia. [...] Mas já que o horário de verão nos traz tantos benefícios, por que ele só existe em uma parte do país? Como as regiões Norte e Nordeste estão próximas à linha do Equador, os dias e as noites ali têm quase o mesmo tamanho em todas as épocas do ano. [...]

Fusos horários do Brasil

Boa Vista

Orientações gerais

Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 35. DSHO (Divisão Serviço da Hora). Disponível em: <http://pcdsh01.on.br/>. Acesso em: 30 jul 2018.

Observando o mapa acima, verifique que:

• O fuso onde se localiza Brasília, instituído como o horário oficial brasileiro, está 3 horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich. Nesse fuso, estão todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, como também os estados do Amapá, Pará, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal.

PEGORIM, Eliana. Oba! Mais uma hora de sol! Ciência Hoje das Crianças, Instituto Ciência Hoje, 23 dez. 2004. Disponível em: <http:// chc.org.br/oba-mais-uma-horade-sol/>. Acesso em: 17 set. 2018.

• Os estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do

Sul estão 4 horas atrasados em relação ao Meridiano de Greenwich e, consequentemente, têm 1 hora a menos que o horário oficial brasileiro.

• O fuso horário que compreende a ilha de Fernando de Noronha tem 1 hora a mais em relação a Brasília e 2 horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich.

• O Acre e parte do Amazonas estão 5 horas atrasados em relação ao meridiano de Greenwich e, consequentemente, têm 2 horas a menos que o horário de Brasília.

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Orientações gerais

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• Com o objetivo de identificar os estados que adotaram

o horário de verão, caso considere interessante, apresente aos alunos o site do Observatório Nacional, que apresenta a Hora legal brasileira. > Hora legal brasileira. Observatório Nacional. Disponível em: <http://livro.pro/cdd5t5>. Acesso em: 17 set. 2018.

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• Comente com os alunos que as ilhas brasileiras de Trindade, Martim Vaz, arquipélago de São Pedro e São Paulo e o Atol das Rocas, por conta da escala do mapa, não aparecem na imagem, no entanto também possuem uma hora a mais em relação a Brasília e duas horas a menos em relação a Greenwich.

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BNCC

• O estudo de como os

povos observavam e explicavam os elementos naturais e as transformações da paisagem favorece a abordagem da habilidade EF06GE02.

Explorando o tema

A origem da noite

A origem de fenômenos naturais sempre despertou curiosidade no ser humano. Em busca de explicações, diversos povos criaram, ao longo do tempo, mitos e lendas que, segundo suas crenças, esclareciam mistérios, como o surgimento do dia e o da noite.

• Comente com os alu-

nos que, ao longo do tempo, povos originários, como alguns povos indígenas, explicavam os fenômenos naturais a partir de mitos e lendas. Leia com a turma a lenda indígena de origem tupi, A origem da noite, que tem como intuito explicar, para o povo indígena tupi, a separação do dia e da noite. Em seguida, sugira uma análise do enredo, observando os elementos naturais que compõem a trama.

Essas histórias, contadas há muitos anos, fazem parte de diferentes culturas. Recontá-las é uma forma de preservar e valorizar a identidade de cada uma delas. Conheça a seguir a lenda indígena do Tucumã, de origem tupi, que explica como surgiu a noite.

No início, não existia a noite. Essa pertencia a uma enorme serpente, que a mantinha no fundo das águas. Quando a filha da serpente se casou, exigiu que a noite fosse com ela [...]. O esposo, então, enviou três mensageiros para que a trouxessem.

• Este

é um momento oportuno para trabalhar a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4, ao utilizar a lenda como um recurso pedagógico e desenvolver a compreensão de outro gênero textual.

A serpente, senhora da noite, recebeu-os com indiferença. Mesmo assim, entregou-lhes um tucumã, lacrado com cera de abelha, dizendo-lhes que ali estava o que vieram buscar. Não deveriam, entretanto, abri-lo, pois a noite poderia escapar. Na volta, os índios perceberam que saíam ruídos de sapos e grilos do tucumã. Um deles, o mais curioso, convenceu os companheiros a abri-lo. E assim o fizeram. Logo que derreteram a cera, a noite saiu, escurecendo o dia.

Integrando saberes

considerar pertinente, converse com o professor de Língua Portuguesa, que poderá contribuir com o trabalho destas páginas, que apresentam um texto que se encaixa no gênero lenda e valoriza ainda mais a expressão cultural de um povo, seu conhecimento e suas linguagens.

Daniel Araujo

• Se

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Capítulo 3

A filha da serpente aborreceu-se, pois deveria descobrir como separar o dia da noite. Assim, ao surgir a grande estrela da madrugada, criou o pássaro cujubim, ordenando-lhe que cantasse para que nascesse a manhã. Em seguida, criou o pássaro inhambu, que deveria cantar à tarde, até que viesse a noite. Criou ainda outros pássaros para alegrar o dia, diferenciando-o da noite.

BNCC

• Ao trabalhar com esta

seção, você também poderá desenvolver um trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural, ao valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais das sociedades, conforme orienta a competência geral 6. Incentive o respeito e a valorização às tradições no momento em que os alunos realizarem a pesquisa sobre os mitos e lendas.

Aos mensageiros desobedientes, lançou sua ira, transformando-os em macacos de boca preta – devido à fumaça usada para abrir o tucumã – e risca amarela – pela cera derretida. Então, a filha da serpente finalmente se deitou e todos os seres puderam dormir. SILVA, Walde-Mar de Andrade e. Lendas e mitos dos índios brasileiros. 4. ed. São Paulo: FTD, 2015. p. 56, 58.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

a ) De acordo com a lenda, como surgiu a noite? b) O texto que você leu é um exemplo de expressão cultural de origem indígena. Em sua opinião, por que devemos respeitar as manifestações culturais? c ) Você conhece outros exemplos de mitos e lendas que retratam a origem da Terra, do dia, da noite ou de outros fenômenos naturais? Faça uma pesquisa e registre no caderno as informações encontradas.

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Respostas

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A De acordo com a lenda, a noite surgiu quando índios curiosos abriram um fruto de tucumã onde ela estava guardada.

a diversidade cultural, que enriquece a vida em sociedade, amplia nossos conhecimentos e estimula o respeito à expressão de opinião e modos de vida diferentes.

B Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que respeitar outras culturas faz parte de valorizarmos

C Resposta pessoal. Se considerar pertinente, comente sobre algumas lendas conhecidas na região onde moram.

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Atividades

Orientações gerais

• Você

pode aproveitar as atividades propostas nesta e na página seguinte para avaliar a aprendizagem dos alunos ao final deste capítulo. Esta é uma forma de averiguar se houve alguma dificuldade de aprendizagem no decorrer dos estudos.

Exercícios de compreensão 3. Durante o movimento de translação, algumas regiões de nosso planeta recebem quantidades diferentes de radiação solar em determinados períodos do ano. Essa distribuição desigual da radiação contribui para a existência das quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

1. Por que temos a impressão de que todos os dias o Sol realiza um movimento no durante o movimento de rotação a Terra se move céu? Anote sua resposta no caderno. Porque no sentido oeste-leste, dando-nos a impressão de que o Sol se move no céu no sentido leste-oeste.

2. No caderno, explique o movimento de translação realizado pela Terra.

É o movimento que a Terra realiza em torno do Sol, e que leva aproximadamente 365 dias, ou seja, 1 ano, para ser completado.

3. Qual a relação entre o movimento de translação e as quatro estações do ano? Anote sua resposta no caderno. 4. Nas férias escolares, Juliana e sua família viajaram para Manaus, no estado do Amazonas. Um dia, às 16 horas, Juliana telefonou para Luísa, uma de suas amigas que mora em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, para falar sobre sua viagem. Que horas eram, no lugar onde Luísa mora, quando recebeu o telefonema de Juliana? Anote sua resposta no caderno. Eram 17 h. 5. Considere o horário das 8 horas da manhã em Brasília. Com base nisso e observando o mapa de fusos horários na página 88, escreva, no caderno, que horas seriam nas cidades indicadas abaixo. a ) Vancouver 3 h

d ) Nairóbi 14 h

b ) Tóquio 20 h

e ) Lima

c ) Berlim 12 h

f ) Dacar 11 h

6h

6. No lugar onde você mora, as estações do ano são bem definidas? Descreva as características da estação do ano de que você mais gosta. Resposta pessoal. Verifique se o texto elaborado pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Geografia no contexto 7. Leia o texto abaixo. Ele traz uma explicação mitológica do povo do antigo Egito para a existência dos dias e das noites. Todo dia, na alvorada, o deus-sol nascia da deusa-céu. Ele atingia a maturidade ao meio-dia e envelhecia ao entardecer. No anoitecer, ia para o mundo subterrâneo. [...] WILLIS, Roy. Mitologias: deuses, heróis e xamãs nas tradições e lendas de todo o mundo. São Paulo: Publifolha, 2007. p. 46.

Agora, responda às questões no caderno. a ) A explicação mitológica do povo egípcio para a existência dos dias e das noites está relacionada ao movimento de rotação da Terra? Justifique sua resposta. Não. Para os egípcios, os dias e as noites estão relacionados ao ciclo de vida do deus-sol. b ) Descreva, de acordo com o que estudamos neste capítulo, a explicação científica para a existência dos dias e das noites. Os dias e as noites são resultado do movimento

92

de rotação, que leva 1 dia para ser completado. Em decorrência desse movimento, a incidência dos raios solares sobre uma porção do globo modifica-se gradativamente à medida que a Terra gira. Assim, enquanto uma de suas porções é amplamente iluminada pelo Sol, caracterizando o dia, em outra não há iluminação solar direta, o que caracteriza a noite.

Refletindo sobre o capítulog20_ftd_lt_6vsg_c3_p081a093.indd 92 tomar o conteúdo correspondente e sanar as Estimule a autonomia na aprendizagem dos alunos solicitando-lhes que realizem a deficiências na aprendizagem. proposta de autoavaliação desta seção. ExpliSe julgar pertinente, você pode usar os ponque-lhes que, caso não tenham compreenditos indicados e formular questões para um do alguma das afirmações, é importante que jogo de perguntas e respostas, conforme os o professor seja informado para que possa reexemplos a seguir.

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a ) As teorias científicas mais aceitas na atualidade afirmam que a origem da Terra teve início há cerca de: ( ) 2 bilhões de anos ( ) 500 mil anos (X) 4,5 bilhões de anos ( ) 1 bilhão de anos

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:59 PM

Capítulo 3

8. Leia o texto a seguir. [...] Na região em que eu morava, o inverno era terrivelmente frio. Era um descampado, varrido pelo vento e sujeito a longas temporadas de chuva no inverno. Mas quando chegava a primavera, aí pelo mês de abril, cessava a chuva e a paisagem mudava inteiramente. Nos campos, em volta de nossa aldeia, as plantações de trigo despontavam, o barro dos caminhos secava e a gente saía para olhar as árvores se cobrirem de folhinhas. [...] PINSKY, Mirna. Carta errante, avó atrapalhada, menina aniversariante. São Paulo: FTD, 2012. p. 23.

• O texto acima descreve uma região localizada na zona térmica temperada ou tro-

Integrando saberes Convide o professor do componente curricular de História para organizarem juntos a pesquisa proposta na atividade 9. Orientem os alunos a buscarem informações em livros e revistas sobre o assunto, além de sites confiáveis na internet.

pical? Justifique sua resposta no caderno. Resposta esperada: na zona térmica temperada.

Pesquisando

Essa zona térmica apresenta as estações do ano mais marcadas, ou seja, com maiores transformações nas paisagens.

9. Em 1961, o cosmonauta russo Yuri Gagarin, a bordo de uma nave espacial denominada Vostok 1, foi o primeiro ser humano a observar, do espaço, a Terra. Nessa ocasião o cosmonauta obteve uma importante comprovação para a humanidade. Pesquise em livros como foi este acontecimento e qual foi a comprovação do cosmonauta russo. O cosmonauta comprovou que nosso planeta tem o formato esférico. Cosmonauta: termo utilizado mais frequentemente pelos russos para nomear os astronautas.

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• As teorias científicas mais aceitas na atualidade afirmam que a origem da Terra teve início há cerca de 4,5 bilhões de anos.

• A biosfera é formada pela inter-relação das três esferas terrestres — a atmos-

fera, a litosfera e a hidrosfera — e é nela que a vida se desenvolve no planeta.

• Tempo geológico é o tempo que se refere à origem e à evolução do planeta

Terra, e tempo histórico refere-se ao tempo contado a partir do surgimento do ser humano.

• A partir da teoria heliocêntrica de Copérnico, a humanidade passou a compreen-

der que a Terra é apenas mais um planeta no Universo e que ela gira em torno do Sol.

• Rotação é o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo e deter-

mina os dias e as noites. Translação é o movimento em torno do Sol e determina a duração do ano e de suas quatro estações.

• Durante as estações do ano, as paisagens de diversos lugares do planeta se alteram devido às condições climáticas que caracterizam cada período.

• Os fusos horários são 24 faixas imaginárias dispostas sobre a Terra, e cada uma delas corresponde a uma hora.

• O Brasil, localizado no Hemisfério Ocidental, tem quatro fusos horários atrasados

em relação a Greenwich. O horário oficial do Brasil é correspondente ao fuso horário que passa pela capital, Brasília, e tem 3 horas a menos que Greenwich.

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b) A biosfera é formada pela inter-relação das três esferas terrestres. Em qual delas encontram-se as rochas e o solo? ( ) Atmosfera (X) Litosfera ( ) Hidrosfera ( ) Estratosfera c ) Rotação é o movimento que a Terra faz em torno do quê?

( ) do Sol

( ) de outros planetas

( ) da Lua

(X) do seu próprio eixo

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e ) Quantos fusos horários existem no mundo? ( ) 12 ( ) 36

d) Translação é o movimento que a Terra faz em torno do quê? (X) do Sol ( ) de outros planetas

(X) 24

( ) da Lua

( )1

( ) do seu próprio eixo

( )4

f ) Quantos fusos horários existem no Brasil? (X) 4 ()2 ()3

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Objetivos do capítulo

• Identificar

as partes que compõem a estrutura interna de nosso planeta.

ítulo Cap

O relevo, as águas e as paisagens

• Compreender

a ação da dinâmica interna da Terra na modelagem do relevo terrestre.

• Identificar os tipos de

rochas e minerais que compõem a superfície terrestre.

• Verificar que as rochas

são formadas por minerais e relacioná-las ao seu uso pela sociedade.

• Identificar os agentes

externos modeladores do relevo e compreender como eles atuam.

• Perceber

que a sociedade interfere sobre o relevo, o que, muitas vezes, causa problemas ambientais.

• Identificar

as principais formas de relevo continental.

• Conhecer as principais

características das unidades do relevo brasileiro.

• Compreender como são produzidos um mapa altimétrico e um perfil do relevo.

• Analisar a distribuição

de água em nosso planeta.

• Reconhecer as princi-

pais características das águas oceânicas e continentais.

• Valorizar a água como

elemento fundamental para a preservação da vida.

• Identificar

as partes que compõem um rio.

• Compreender

a dinâmica do ciclo da água.

• Perceber

que os rios interferem nas formas de relevo que percorrem e vice-versa.

• Compreender

como são delimitadas as bacias hidrográficas.

• Reconhecer

a importância das águas subterrâneas para a sociedade.

Na imagem, observamos uma paisagem de relevo e hidrografia na Islândia, 2017.

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Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c4_p094a103.indd

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• Incentive os alunos a observarem a paisagem retratada nestas páginas. Estimule-os a comentar sobre os diferentes elementos presentes na paisagem, como as montanhas, a vegetação e o curso do rio. Leve-os a perceber a diferença entre a altitude do conjunto de montanhas e da planície onde se localiza o rio. • Avalie os conhecimentos prévios dos alunos, explo-

10/15/18 4:27 PM

rando as questões apresentadas na página seguinte. • Estabeleça uma ligação entre o relevo observado na paisagem e o relevo de seu município. Comente sobre as diferentes altitudes da região onde vivem. Ressalte que os rios e cursos d’água percorrem as regiões mais altas em direção às regiões de menor altitude. Leve-os a perceber o relevo próximo de onde vivem.

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:27 PM

BNCC

Robert Postma/Axiom RF/Design Pics Inc/Alamy/Fotoarena

• Para este capítulo, se

Nosso planeta é repleto de diferentes paisagens. Ao longo do tempo, elas vêm sendo constantemente transformadas pela ação de diferentes fatores, como vento, água das chuvas, rios e mares, atividade vulcânica e também pela ação do ser humano. Neste capítulo, vamos estudar esses fatores que atuam na transformação das formas de relevo terrestre. Vamos conhecer e refletir sobre a importância da água para a manutenção da vida em nosso planeta. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

faz importante valorizar os conhecimentos do cotidiano dos alunos, bem como investigar, refletir criticamente e autonomamente as diversas relações estabelecidas entre natureza e sociedade e suas implicâncias.

• As

temáticas abordadas favorecem as competências gerais 2, 4, 6, 7 e 10 da BNCC, as quais são complementadas pelas competências específicas de Geografia 2 e 3.

• Além

disso, elas abrangem principalmente as habilidades EF06GE03, EF06GE04, EF06GE05 e EF06GE11.

• Os

temas contemporâneos que abrangem o capítulo estão relacionados à Educação ambiental e Trabalho.

A Como a ação das águas está alterando a paisagem representada na fotografia? B Você já viu alguma forma de relevo parecida com a mostrada nessa fotografia? Conte para os colegas. C Você e seus colegas conhecem alguns dos fatores que modificam a paisagem da Terra? Quais?

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Respostas

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a ) A força das águas está alterando a paisagem à medida que desgasta o relevo e amplia a largura e a profundidade do curso do rio. b) Resposta pessoal. Oriente os alunos a pensar nas formas de relevo do lugar onde vivem, as que observaram durante uma viagem, em uma fotografia etc.

10/15/18 4:28 PM

c ) Resposta pessoal. Verifique se a opinião dos alunos está coerente com a atividade proposta. Estimule a participação de todos.

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Orientações gerais

O relevo terrestre

• Explique

• Comente

que as perfurações realizadas na crosta terrestre são importantes para conhecer algumas caraterísticas do interior da Terra, como temperatura e composição.

• Após apresentar as in-

formações sobre a perfuração da crosta terrestre para os alunos, peça que realizem um debate sobre a seguinte afirmação: “As perfurações realizadas até hoje correspondem a pequenos ‘arranhões’ na crosta terrestre”.

• Verifique se concluíram

que a perfuração na crosta terrestre, já alcançada pelo ser humano, é insignificante quando comparada ao raio da Terra.

Na superfície terrestre podemos observar a existência de vários tipos de terrenos: uns mais elevados, outros mais planos. Esse conjunto de formas variadas da superfície do nosso planeta é chamado de relevo. As características do relevo são modificadas por agentes internos e externos, que formam e transformam o modelado terrestre. As diferentes formas de relevo existentes são resultado da combinação das dinâmicas interna e externa da Terra.

Dinâmica interna da Terra e as formas de relevo As forças que caracterizam a dinâmica interna da Terra existem desde a formação do nosso planeta. O conhecimento atual sobre o interior da Terra foi obtido com base nas observações feitas na superfície terrestre de fenômenos naturais originados no interior do planeta. Outro recurso utilizado foi a comparação de dados obtidos de algumas perfurações pouco profundas. Estudos geológicos demonstraram que o nosso planeta apresenta três grandes subdivisões internas: a crosta, o manto e o núcleo. Essas camadas diferenciam-se, principalmente, por causa de sua profundidade, composição e temperatura. Observe a ilustração abaixo. Estrutura interna da Terra Crosta É a camada mais superficial do nosso planeta, composta por rochas e minerais. Sua espessura média é de 40 km aproximadamente. Sua temperatura pode variar entre 800 ºC e 1 000 ºC.

Andr rena zej Wojcic ki/SPL/Fotoa

aos alunos que dos 6 340 km que separam a superfície da Terra de seu núcleo, o ser humano perfurou cerca de 10 km, ou seja, apenas 0,1% (apresente aos alunos a imagem da perfuração da crosta terrestre mostrada abaixo). Dessa profundidade em diante, torna-se difícil perfurar e medir a crosta, já que as rochas que a compõem são muito resistentes e a temperatura delas é muito alta (atinge aproximadamente 1 000 oC). Além disso, cálculos indicam que após 10 km de profundidade, mesmo utilizando os melhores recursos disponíveis na atualidade, a perfuração não avançaria mais que 1 centímetro por dia.

Manto É a camada localizada entre a crosta e o núcleo. Sua espessura é de aproximadamente 2 800 km e sua temperatura pode chegar a 2 000 ºC. O manto possui uma composição pastosa denominada magma.

Núcleo É a região central do interior da Terra, composta em sua maioria por ferro e níquel. O núcleo é dividido em:

• Núcleo externo: Consiste em uma camada mais fluida, com cerca de 2 200 km de espessura e temperatura de aproximadamente 3 000 ºC.

• Núcleo

interno: É a parte sólida do núcleo, com aproximadamente 1 300 km de espessura que pode atingir 6 000 ºC.

Fontes: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000. p. 49. LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. p. 17-20.

Magma: material rochoso e de consistência pastosa, composto por ferro, silício, cobre e outros minerais, presente no interior da Terra, e que pode chegar à superfície por meio de atividades vulcânicas.

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Capítulo 4

Vulcões e terremotos transformam o relevo terrestre Os vulcões e terremotos são fenômenos naturais ocasionados por forças originadas no interior do planeta, que atuam intensamente na modelagem do relevo terrestre. Ao se estudar fenômenos como vulcões e terremotos, é necessário compreender que a litosfera não é formada por uma camada rochosa inteiriça. Ela é dividida em grandes partes, denominadas placas litosféricas, ou placas tectônicas, as quais deslizam lentamente sobre o manto terrestre. Veja essas placas e as áreas de maior ocorrência de terremotos e vulcanismos nos mapas abaixo.

• Solicite aos alunos que

analisem algumas regiões com maior atividade de vulcanismo ou de terremotos da Terra a partir da comparação dos mapas apresentados. Espera-se que os alunos destaquem a Cordilheira dos Andes, a Cordilheira do Himalaia, o Círculo de Fogo e o Japão. Para tal, leve para a sala de aula um globo terrestre e peça-lhes que identifiquem, no globo, as regiões em destaque.

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

Círculo Polar Ártico

PLACA EURASIÁTICA

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

PLACA DO PACÍFICO

PLACA DO PACÍFICO

PLACA AFRICANA

PLACA DE NAZCA

Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO

PLACA SUL-AMERICANA

Meridiano de Greenwich

Equador

E. Cavalcante

Trópico de Câncer

OCEANO ÍNDICO

PLACA INDO-AUSTRALIANA

N L

O

Círculo Polar Antártico

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

S

0

2 670

5 340 km

PLACA ANTÁRTICA

Sentido do movimento das placas Limite entre as placas

• Caso

seja possível, comente com os alunos acerca dessas regiões e a importância das placas tectônicas para elas.

Fonte: Reference atlas of the world. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XIV.

Principais áreas de ocorrência de terremotos e vulcanismos

• Ao final, avalie os alu-

nos questionando-os sobre os motivos pelos quais o Brasil não apresenta vulcanismo nem abalos sísmicos de grande magnitude. Os alunos devem ser levados a buscar a resposta, principalmente pelos mapas apresentados.

Jack Brodóski em resgate no círculo de fogo E. Cavalcante

Flavio de Souza. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.

Área de ocorrência de terremotos Vulcões ativos atuais

4 690

9 380 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 12-13.

O livro narra a história de Jack, um menino que vai de um extremo ao outro do planeta, juntamente com sua família e um professor de Geografia. Durante o percurso o professor ensina sobre vulcanismo, placas litosféricas, ondas gigantes e outros fenômenos da Terra.

• Espera-se

Ao compararmos os mapas, verificamos que as porções da Terra onde há maior frequência de terremotos e vulcanismos são aquelas em que as placas litosféricas se encontram. Isso porque, nessas áreas, há intensa liberação de energia proveniente do interior da Terra.

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centiva o aluno a argumentar a partir de análises e reflexões de dados ofertados, o que possibilita a aproximação com a competência geral 7 da BNCC.

Orientações gerais

Principais placas litosféricas da Terra

PLACA NORTE-AMERICANA

BNCC

• O questionamento in-

como resposta que os alunos possam identificar que o Brasil não se encontra em uma região de limite de placas tectônicas, ficando distante dos fenômenos ocasionados de tal origem.

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Orientações gerais

Vulcanismo

• Comente que o forma-

A atividade vulcânica ocorre quando forças provenientes do manto forçam a saída do magma para a superfície, na forma de lava. As erupções vulcânicas podem causar grandes modificações no relevo, além da queima da vegetação e a destruição de construções feitas pelo ser humano.

to cônico dos vulcões é formado paulatinamente, a partir de sucessivas erupções e liberação de magma em forma de lava e de seu resfriamento.

Muitas vezes, o vulcanismo está associado a terremotos, pois o magma, ao ser expelido para a superfície, causa tremores de terra que podem ser sentidos a quilômetros de distância.

que a lava, quando passa pelo processo de resfriamento em virtude de seu contato com a atmosfera, dá origem a alguns tipos de rochas e de relevo.

• Traga

para a sala de aula algumas imagens de vulcões e, se possível, alguns vídeos ilustrativos para que possam compreender melhor o processo de vulcanismo, como o vídeo indicado a seguir.

No Brasil, há cerca de 180 milhões de anos, onde hoje existe a formação geológica denominada Serra Geral, várias fendas abriram-se na crosta e, por meio delas, derramaram-se grandes quantidades de lava. A fotografia ao lado mostra uma das áreas de ocorrência dessas atividades vulcânicas. Vulcão Krakatoa na Indonésia, 2018.

> Vulcões. AFPBR. Dis-

Lava: material em estado incandescente e fluido que apresenta temperaturas muito elevadas (entre 800 °C e 1200 °C) e é expelido do interior da Terra por meio de atividades vulcânicas. Serra Geral: formação geológica resultante de um extenso derrame de lavas provocado por atividades vulcânicas ocorridas na porção Centro-Sul do Brasil e em áreas do Paraguai, Uruguai e Argentina, há aproximadamente 180 milhões de anos, durante a Era Mesozoica.

ponível em: <http:// livro.pro/9f25f9>. Acesso em: 22 set. 2018.

Zig Koch/ Pulsar Imagens

• Sugerimos

que apresente imagens do vulcão Kilauea, no Havaí. Aproveite para comentar com os alunos que a ilha em questão foi formada por sucessivas erupções vulcânicas, as quais foram acumulando material magmático até atingir a superfície oceânica, dando formato à ilha. Para comentar com os alunos sobre a erupção desse vulcão ocorrida em maio de 2018, apresente o vídeo a seguir.

Algumas atividades vulcânicas ocorrem a partir de profundas rachaduras na crosta terrestre, denominadas fissuras, por meio das quais a lava é expelida para a superfície na forma de derrames.

Usgs/Planet Pix/ZUMA Wire/Fotoarena

• Explique

A forma de relevo mostrada abaixo faz parte da formação Serra Geral, localizada no Parque Nacional da Serra Geral no município de São José dos Ausentes (RS), 2016.

> Erupção do vulcão Ki-

lauea cria nova ilha no Havaí. Bom Dia Brasil. Disponível em: <http://livro.pro/iem8r6>. Acesso em: 22 set. 2018.

• Apresente aos alunos

outros casos de ilhas cuja origem está relacionada à atividade vulcânica, como o Japão e o arquipélago de Fernando de Noronha, para que eles percebam as diferentes formas de transformação da paisagem.

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em foco

Capítulo 4

Geografia

Vulcão Etna volta a entrar em erupção

O vulcão Etna, localizado na Itália, entrou em erupção entre os dias 27 e 28 de fevereiro de 2017. Embora a erupção tenha causado explosões impressionantes e deixado autoridades e especialistas em alerta, não representou perigo aos moradores da região.

Marie-Laure Messana/AFP

Salvatore Allegra/Shutterstock.com

O vulcão Etna entrou em erupção nesta terça-feira [28], revelando explosões incandescentes, emissões de cinzas e vazamento de lava. [...] Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da cidade siciliana da Catânia, desde as 18h (14h de Brasília) de segunda-feira (27), a atividade na cratera sudeste, iniciada no dia 23 de janeiro, se intensificou de forma gradual. Os tremores vulcânicos alcançaram seus níveis mais elevados, quando o vulcão começou a expelir lava a centenas de metros de altura. Também houve explosões de fogo e vazamento de magma, que desceu em direção ao pico Monte Frumento Supino, segundo o instituto de Catânia. Os fenômenos se concentraram na zona superior do vulcão ativo mais alto da Europa, e não representam um perigo para a população, embora os moradores das localidades de Zaf-ferana e Liguaglossa, situadas nas proximidades, tenham notado uma modesta chuva de cinzas. As autoridades italianas acompanham com atenção a situação das estradas próximas. O aeroporto da Catânia segue operando normalmente.

Na fotografia podemos observar a cidade siciliana de Catânia e, ao fundo, o vulcão Etna, no dia 16 de fevereiro de 2017, dias antes de entrar em erupção. No detalhe, vemos o vulcão em plena erupção no dia 27 de fevereiro de 2017.

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Orientações gerais

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• Os filmes a seguir retratam erupções vulcânicas ex-

• Comente com os alu-

nos que a nuvem de cinzas é composta por vapor-d’água, gás e sedimentos, e pode ultrapassar os 100 oC.

• Explique

Veja a seguir como foi a ocorrência desse fenômeno.

VÍDEO mostra detalhes de erupção de vulcão Etna, na Itália. G1, 1o mar. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/video-mostra-detalhes-deerupcao-de-vulcao-etna-na-italia.ghtml>. Acesso em: 31 ago. 2018.

Orientações gerais

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que vulcões em forma de cone são mais propícios a erupções explosivas, pois, durante o período em que estão adormecidos, uma grande quantidade de material rochoso se acumula em seu topo. Quando o vulcão entra em atividade, a grande quantidade de gases e a elevada pressão fazem que o material depositado em seu topo seja expelido de maneira violenta, em uma explosão. Esses materiais incandescentes, também chamados de piroclásticos, são arremessados aleatoriamente na natureza e podem atingir o que estiver no caminho, a grandes distâncias. A fumaça quente e composta de gases e cinzas pode atingir quilômetros de distância. Por isso, para populações que vivem ao redor de um vulcão, uma explosão vulcânica é sempre muito perigosa.

• Comente

sobre a explosão do vulcão Vesúvio, no ano 79 d.C., que destruiu as cidades de Pompeia e Herculano. Se julgar pertinente, solicite aos alunos uma pesquisa sobre outras explosões vulcânicas que modificaram a paisagem ao seu redor. Caso julgue pertinente, solicite ao professor de História que conte aos alunos sobre os registros históricos referentes ao dia da erupção e como a cidade se encontra hoje.

> O Inferno de Dante. Direção de Roger Donaldson,

1997. (108 min).

plosivas e suas consequências. Tratam-se de produções cinematográficas, mas podem servir de demonstração para o tema.

• Em 2014, o filme Pompeia também retratou nas telas

> Volcano – A fúria. Direção de Mick Jackson, 1997.

> Pompeia. Direção de Paul W. S. Anderson, 2014.

(104 min).

(102 min).

do cinema a erupção do Vesúvio no ano de 79 d.C.

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Orientações gerais

Terremotos

• Informe aos alunos que

> KOBAYASHI, Eliza. O

que são terremotos e como se mede sua intensidade? Nova Escola, 1O ago. 2009. Disponível em: <http://livro. pro/5k4pnw>. Acesso em: 22 set. 2018.

Os abalos sísmicos, também conhecidos por terremotos, são vibrações ou tremores da crosta terrestre causados pela liberação de energia proveniente de movimentos das placas litosféricas ou, ainda, de atividades vulcânicas. Todos os anos ocorre cerca de um milhão de terremotos em nosso planeta, porém apenas uma pequena quantidade deles pode ser sentida pelas pessoas. A maior parte desses abalos é registrada por equipamentos especiais, denominados sismógrafos, que são sensíveis aos tremores de terra. Um terremoto de grande intensidade pode modificar porções do relevo e, consequentemente, as paisagens. Veja na fotografia um exemplo. Como os terremotos são medidos Para medir a força dos abalos sísmicos, utiliza-se uma escala de magnitude denominada escala Richter. A escala Richter representa, por meio de graus (o), a energia liberada por um terremoto. Veja ao lado. MARKA/Alamy/ Fotoarena

a escala ficou conhecida como “escala Richter” em homenagem a um dos seus criadores, o sismólogo americano Charles Francis Richter. Informe-os, porém, de que existem outras escalas que medem a intensidade dos sismos, como a escala de Mercalli. Explique que essa escala consiste em uma classificação feita com base na intensidade em que as pessoas sentem os abalos sísmicos. Já a escala Richter mede a energia liberada durante os terremotos. Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, sugerimos a leitura a seguir.

Fonte: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. p. 52.

Escala Richter - em graus (°)

Terremoto

Menos de 3

Tremores pequenos, que não causam danos.

5a6

Terremoto moderado, que pode causar danos.

Acima de 7

Tremores com grande poder de destruição.

Fotografia de Pescada del Tronto, Itália, 2016, após a ocorrência de um terremoto.

• Veja o texto a seguir,

que aborda o uso da palavra terremoto. Embora a palavra “terremoto” seja utilizada mais para falar dos grandes eventos destrutivos, enquanto os menores são chamados de abalos ou tremores de terra, todos são resultados do mesmo processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões. A principal diferença entre os grandes terremotos e os pequenos tremores é o tamanho da área de ruptura, o que determina a intensidade das vibrações emitidas. TEIXEIRA, Wilson et.al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 45-46.

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Capítulo 4

Dobramentos e falhamentos: lentas alterações no relevo As forças originadas no interior da Terra provocam movimentos que podem causar dobras ou fraturas (também chamadas de falhas) nas estruturas rochosas do relevo terrestre. No entanto, esses tipos de alterações ocorrem de maneira bem mais lenta do que as alterações provocadas por vulcões e terremotos. As falhas originam-se quando rochas rígidas da crosta terrestre rompem-se em razão da forte pressão provocada por forças do interior da Terra. Luciano Queiroz/Pulsar Imagens

Em decorrência desse rompimento, as partes das rochas podem se deslocar, deslizando umas sobre as outras, ou afastando-se umas das outras, formando, assim, grandes fraturas ou rachaduras na superfície da Terra. Essas falhas podem se estender por grandes extensões ou apenas por pontos específicos do relevo. As escarpas da Serra do Mar, mostradas na imagem ao lado, são um exemplo de formação originada por falhamentos. Além das escarpas das serras, os vales são outras formas de relevo que também podem ser originadas pela ocorrência de falhas. Esquema de falha

• Para explicar aos alu-

nos como ocorrem as dobras, utilize três ou quatro folhas de EVA sobrepostas e empurre as extremidades das folhas em sentido contrário, de modo que vão se formar as dobras do relevo (neste caso, as montanhas), conforme a ilustração do esquema de dobras desta página. Já para explicar como ocorrem as falhas, utilize quadrados de isopor ou de madeira e movimente-os tanto na vertical quanto na horizontal, conforme a ilustração do esquema de falhas desta página.

Vista da Serra do Mar no município de Urubici (SC), 2017.

Luciane Mori

Escarpa: parede muito íngreme presente na borda das áreas de planalto, serras.

Orientações gerais

Nigel Jarvis/Shutterstock.com

As dobras são originadas pelas fortes pressões horizontais exercidas sobre rochas consideradas menos resistentes e mais elásticas. Ao serem pressionadas, essas rochas tendem a se dobrar em vez de quebrar. Assim, por causa das forças aplicadas em suas laterais, elas se tornam arqueadas ou enrugadas. Na crosta terrestre, verificamos dobramentos de diferentes dimensões: podem abranger pequenos trechos da superfície terrestre ou vastas extensões, como grandes cadeias de montanhas, como os Andes e o Himalaia.

Luciane Mori

Esquema de dobras Dobramento de formação rochosa, em Agios Povlos, Grécia, 2016.

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Orientações gerais

As rochas e seus minerais

• Leia para os alunos o

FERNANDES, Luiz Alberto. O mundo micro das rochas sedimentares. Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, SBPC, ano 22, n. 202, jun. 2009. p. 10-11.

Rochas ígneas ou magmáticas: formam-se, basicamente, a partir da solidificação da lava no interior da crosta, ou quando chega à superfície por meio de derrames vulcânicos. São exemplos de rochas ígneas: basalto, granito e riolito. Veja no material audiovisual o vídeo sobre Rochas e solos, seus tipos e suas formações.

Exploração de basalto em Burgenland, Áustria, 2015.

Rochas sedimentares: são formadas pela compactação de sedimentos provenientes de outras rochas e também de restos de animais e vegetais. Os sedimentos que se desprendem das rochas depositam-se, principalmente, nas partes mais baixas do relevo, formando camadas que, ao longo do tempo, são compactadas por novas camadas de sedimentos. Em razão da pressão exercida pelo peso das camadas superiores, as porções mais profundas de sedimentos passam por transformações, originando novas rochas. São exemplos de rochas sedimentares: varvito, calcário e arenito.

Parmna/Shutterstock.com

Sabia que uma rocha sedimentar pode se comportar como uma esponja? Pode, sim! É que em seus poros a rocha sedimentar pode guardar água, gás ou petróleo. A água subterrânea, por exemplo, é, na verdade, resultado da acumulação, no interior da rocha, da água que cai na superfície de um terreno. Parte da chuva que cai no chão infiltra-se lentamente pelos poros das rochas. Ali, ela forma uma reserva subterrânea, como uma esponja encharcada. Se não tomamos cuidado, junto com a água infiltram-se substâncias que nos fazem mal. [...] Pesquisar as rochas sedimentares, portanto, é hoje muito importante para que se possa localizar reservatórios naturais de água potável, além de fontes de energia como petróleo e gás. As informações obtidas com o estudo dessas rochas também ajudam os especialistas a planejarem e orientarem as pessoas sobre a maneira mais adequada de usar os recursos naturais. E desses, você já deve saber, temos mesmo que cuidar, porque são limitados e podem acabar.

A litosfera terrestre é composta por diferentes tipos de rochas. As rochas, por sua vez, são formadas por um ou mais minerais de características distintas, como cor e brilho. Assim, elas se diferenciam umas das outras dependendo do mineral ou dos minerais que as constituem. Na litosfera, podemos encontrar três tipos de rochas. Veja, a seguir, as principais características de cada uma delas.

Paisagem de mineração de calcário em Kampot, Camboja, 2016.

Rochas metamórficas: formam-se quando rochas preexistentes, que podem ser ígneas ou sedimentares, submetidas a variações de temperatura e pressão, passam por alterações, dando origem a um novo tipo de rocha. São exemplos de rochas metamórficas: mármore, gnaisse e ardósia.

Seitan Lucian/Shutterstock.com

As rochas e os recursos naturais

Martin Siepmann/ImageBROKER/Glow Images

texto a seguir, que aborda a importância das rochas sedimentares.

Sedimento: partícula desagregada da rocha de origem por ação das águas, dos ventos e de outros agentes. Exploração de mármore em Tasos, Grécia, 2017.

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Orientações gerais

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• Para aprofundar o tema, sugerimos o acesso

ao material a seguir, que apresenta explicações sobre a identificação de características para classificação de rochas e minerais e que, caso julgue pertinente, pode complementar o trabalho com os alunos.

> Rochas e minerais: como iniciar uma co-

leção e as características usadas na identificação. Geologia na escola: rochas e minerais. Mineropar. Disponível em: <http://livro. pro/83ahzy>. Acesso em: 22 set. 2018.

Material audiovisual

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• Um dos materiais disponíveis nesta cole-

ção trata da formação de diferentes tipos de rocha, da ação do intemperismo e a formação dos solos. Essas explicações são apresentadas por meio de uma animação, ou seja, um vídeo curta-metragem que apresenta imagens acompanhadas por textos explicativos.

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Capítulo 4

O Brasil e seus principais minerais O território brasileiro é rico em jazidas minerais. Em algumas regiões esses minerais são encontrados em grande quantidade. Os minerais que têm valor econômico são chamados minério. Observe no mapa abaixo a localização das principais jazidas e regiões mineradoras do Brasil.

E. Cavalcante

AP Equador

Jazida: depósito natural de uma ou mais substâncias fósseis ou minerais, localizadas no interior ou na superfície da Terra.

PA AM

MA

CE PI

PB

AL SE

TO RO

RN PE

AC BA

MT

OCEANO PACÍFICO

MG

SP

OCEANO ATLÂNTICO

RJ

Trópico d e

PR

Capricó

r n io

SC

Principais recursos minerais Bauxita Chumbo Estanho Carvão Ferro Cobre Ouro Nióbio Cromo

RS

Manganês Níquel Urânio Diamante

a turma em seis grupos de modo que cada grupo ficará responsável por um tipo de rocha indicado no quadro a seguir. Eles devem pesquisar em livros e na internet em quais objetos essas rochas são utilizadas. Peça aos alunos que anotem no caderno e tragam para a sala de aula e compartilhem com os colegas. estratégia contempla a habilidade EF06GE11 e também favorece uma abordagem da competência geral 6 da BNCC, sendo complementada pela competência específica de Geografia 5, uma vez que valoriza os processos de investigação do espaço.

ES

MS

o conhecimento prévio dos alunos sobre os usos das rochas e minerais no cotidiano, apresente o quadro a seguir, sobre alguns exemplos dos diferentes tipos de rochas.

• Esta

DF GO

• Como forma de avaliar

• Divida

Brasil: principais minérios e regiões mineradoras - 2013

RR

Orientações gerais

N L

O S

0

360 km

50° O

Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 78. IBGE. Atlas Nacional do Brasil Milton Santos. Jazimentos Região de gemas coradas – Jazidas de pedras minerais. Rio de Janeiro, 2010. p. 64. Disponível em: <https:// preciosas e semipreciosas www.ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/>. Acesso em: 30 jul. 2018. Região aurífera – Jazidas de ouro

Região diamantífera – Jazidas de diamante

No ano de 2016, o Brasil se destacou por ter sido o maior produtor mundial do minério nióbio, matéria-prima utilizada na fabricação de máquinas e equipamentos de alta tecnologia. O Brasil foi o quinto maior produtor mundial de manganês, utilizado na fabricação do aço e de diversos produtos químicos; o segundo maior produtor mundial de ferro, minério empregado na fabricação de aço; e o terceiro maior produtor mundial de bauxita, matéria-prima do alumínio.

• Identifique no mapa acima os tipos de minérios encontrados no estado onde pessoal. Verifique se os alunos identificaram os ícones dos minérios presentes você mora. Resposta no estado em que vivem.

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Rochas ígneas

Rochas sedimentares

Rochas metamórficas

Granito

Argila

Ardósia

Basalto

Areia

Mármore

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Encontro com... Ciências

Orientações gerais

• Para complementar o

estudo do tema, solicite aos alunos que observem no caminho de casa até a escola objetos produzidos com rochas e minerais. Em sala de aula, peça que relatem o que observaram.

Rochas e minerais bem perto de você Muitas rochas e minerais existentes em nosso planeta são utilizados na fabricação de objetos presentes em nosso dia a dia. Observe a imagem a seguir e conheça as rochas e os minerais que estão presentes na paisagem da rua retratada.

também que durante o trajeto coletem amostras de rochas ou minerais, como brita (basalto), areia (quartzo), pedaços de tijolo (argila).

www.sandatlas.org/ Shutterstock.com

Suporte de metal: ferro.

Com o material recolhido, promova na sala de aula uma exposição sobre rochas e minerais. O tema da exposição pode ser “Os minerais em nosso dia a dia”. Para a realização da exposição, divida a turma em grupos de três alunos. Cada grupo será responsável por pesquisar em livros ou na internet alguns objetos utilizados em nosso dia a dia, produzidos a partir da coleta de rochas ou minerais.

Tijolo: argila. Coprid/Shutterstock.com

• Sugira

Integrando saberes

• Durante

a exposição, cada grupo deve expor suas amostras e citar alguns objetos produzidos com os minerais e rochas exemplificados pelas amostras. Para enriquecer a exposição, convide o professor de Ciências para conversar com os alunos sobre a composição dos solos ou a importância dos minerais para o crescimento das plantas.

104

g20_ftd_lt_6vsg_c4_p104a115.indd 104 BNCC • Esta seção favorece uma abordagem das competências gerais 2, 4 e 6 da BNCC, sendo complementada pela competência específica de Geografia 2, ao buscar compreender as formas como os seres humanos fazem

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uso dos recursos naturais.

• Comente com os alunos que argila, areia, calcário, ardósia, granito e mármore são rochas e que cobre, feldspato, talco, caulim, titânio e óxidos metálicos são minerais.

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Capítulo 4

• Com os colegas, observem a sala de aula e identifiquem dois elementos que

possuem rochas ou minerais em sua composição. Anote no caderno o que vocês constataram. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor. Vidro: areia, calcário e feldspato.

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

Tyler Boyes/ Shutterstock.com

Pintura (tinta): calcário, talco, caulim, titânio, óxidos metálicos.

Dr Ajay Kumar Singh/ Shutterstock.com

photka/Shutterstock.com

Piso de pedra: ardósia, granito e mármore.

Orientações gerais

• Para complementar o

estudo desta seção, sugerimos o acesso ao material a seguir, que apresenta objetos de casa e as rochas e minerais que os compõem.

> Geologia na escola: a

sua casa vem da mineração. Mineropar. Disponível em: < http://livro.pro/ 3dfomu>. Acesso em: 22 set. 2018.

• O material sugerido a

seguir também permite um trabalho com o componente curricular de Ciências. Se considerar pertinente, em conjunto, desenvolva algumas atividades com os alunos em laboratório.

> Geologia no laborató-

rio: atividades práticas. Mineropar. Disponível em: < http://livro.pro/ 5zksot>. Acesso em: 22 set. 2018.

A fotografia mostra uma rua da cidade de Paraty (RJ), 2018.

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Resposta

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• Resposta pessoal. Auxilie os alunos na identificação dos elementos existentes na sala de aula e dos minerais que os compõem.

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Atividades

Orientações gerais

• Leia o texto a seguir para os alunos sobre o surgimento da ilha Surtsey.

ATLAS do extraordinário: prodígios da natureza. Madrid: Ediciones del Prado, 1995. v. 2. p. 192.

Exercícios de compreensão 1. As rochas mais rígidas da crosta terrestre rompem-se por causa da forte pressão provocada por forças do interior da Terra, podendo se deslocar, deslizando lado a lado ou afastando-se umas das outras. Que nome recebem essas deformações? Fraturas, também chamadas de falhas.

2. As rochas menos resistentes e mais elásticas tendem a se deformar ao sofrerem pressões horizontais provenientes das forças do interior da Terra. Que nome recebem essas deformações? Dobras.

Geografia no contexto 3. Responda às questões no caderno. Adrian Baker/Shutterstock.com

[...] Em 14 de novembro de 1963, um barco de pesca, o Isleifur II, movia-se lentamente através do mar ocidental de Geirfuglasker, na Islândia. A manhã que começava era tranquila e pacífica, enquanto a tripulação ordenava no chão suas longas linhas de pesca do bacalhau. De repente uma grande onda golpeou o navio [...]. Quando recuperaram o equilíbrio, os pescadores viram uma alta coluna de fumaça ao sudoeste. O capitão do Isleifur II pensou que estava ardendo um barco, transmitiu por rádio a situação à guarda costeira [...]. Porém, quando os pescadores se aproximaram do fogo, constataram a realidade. Não ardia nenhum barco, era uma erupção vulcânica que explodia através do mar. [...] Nuvens de vapor subiam da água. Explosões periódicas lançavam rochas pelo ar. Depois de três horas da primeira erupção a coluna de fumaça e cinzas havia ascendido 3 660 m. [...] A coluna da erupção pôde ser vista desde Reykjavk, a capital da Islândia, situada 120 km para o noroeste. Depois de dois dias de observação, os cientistas foram capazes de distinguir um objeto no coração da densa nuvem. Uma grande aresta de rocha começou a tomar forma. Depois, se fez claramente visível uma grande ilha de 40 m de altura e 550 m de extensão. [...]

Vulcão Mayon em erupção nas Filipinas, 2018.

a ) Qual fenômeno natural está retratado na imagem acima? Erupção vulcânica. 3. b) As erupções b ) De que maneira esse fenômeno pode transformar as paisagens terrestres? vulcânicas atuam intensamente 4. Leia a manchete abaixo e responda às questões a seguir no caderno. na modelagem do relevo terrestre e também alteram Terremoto de magnitude 5,5 atinge a região sul do Irã os solos, provocam Estadão, 19 abr. 2018. Disponível em: <https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,terremotoqueimas na de-magnitude-5-5-atinge-a-regiao-sul-do-ira,70002275118>. Acesso em: 23 ago. 2018. vegetação e destroem as a ) Qual fenômeno natural é abordado na manchete acima? O terremoto. construções humanas. b ) De acordo com o que você estudou, quais as causas desse fenômeno?

O terremoto ocorre pela liberação de energia, que pode ser proveniente de atividades vulcânicas ou dos movimentos das placas litosféricas.

Pesquisando

5. Faça uma pesquisa em sua casa sobre alguns minerais usados no seu dia a dia e qual a sua utilização. Depois, compare sua pesquisa com a de seus colegas.

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Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Sugestão de atividade A formação da Ilha Surtsey Objetivo

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• Conhecer e analisar informações a respeito

de um fenômeno de origem interna da Terra na transformação do relevo e das paisagens. Com base na leitura do texto sobre a Ilha Surtsey, peça aos alunos que respondam às questões a seguir.

a ) O texto descreve um fenômeno natural que age na transformação do relevo terrestre. Que fenômeno é esse? Resposta esperada: vulcanismo. b) Explique como o fenômeno natural citado no texto transformou a paisagem do mar ocidental de Geirfuglasker.

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Resposta: com a ocorrência do fenômeno natural, ou seja, o vulcanismo, surgiu no mar ocidental de Geirfuglasker uma grande ilha de 40 m de altura e 550 m de extensão. c ) Como você classifica o ritmo de transformação da paisagem descrita no texto: rápido ou lento? Resposta esperada: como ritmo rápido.

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Capítulo 4

Dinâmica externa da Terra e as formas do relevo As formas do relevo terrestre também são modeladas por agentes externos, ou seja, pela ação da água das chuvas, dos rios, dos oceanos e mares, e dos ventos.

A ação erosiva no relevo Objetivo

• Elaborar e analisar si-

A seguir, vamos conhecer melhor a ação de alguns desses agentes externos.

Ação erosiva no relevo A ação de vários agentes naturais, como a água, o gelo, os ventos, a variação da temperatura, as plantas e os animais, ocasiona constante alteração no relevo. A atuação desses agentes desencadeia processos erosivos, isto é, causa a desintegração e o transporte de fragmentos de rocha, o que altera as formas do relevo. Veja a seguir aspectos da ação modeladora de alguns desses agentes. A água das chuvas atua constantemente na transformação do relevo. O escoamento superficial das águas pluviais ocorre quando a quantidade de água que se precipita é maior e mais rápida que a quantidade e a velocidade com que essa água consegue se infiltrar no solo. Desse modo, podem se formar filetes que transportam sedimentos em pequenas quantidades. Também podem se formar enxurradas que concentram maior volume e força no escoamento da água, carregando grandes quantidades de sedimentos, provocando processos erosivos mais acentuados. Nos rios, a água ocasiona alterações do relevo ao carregar sedimentos, promovendo o alargamento ou aprofundamento dos cursos de água. Há casos também, principalmente na falta de vegetação ciliar (vegetação existente nas margens nos rios), em que os sedimentos transportados pelas águas vão sendo depositados em alguns trechos do rio, reduzindo a profundidade do seu leito, em um processo denominado assoreamento. No litoral, a água dos mares esculpe paredões de rochas, que chamamos de falésia.

Tales Azzi/Pulsar Imagens

Na fotografia, podemos observar um exemplo de falésia no município de Porto Seguro (BA), 2017.

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Sugestão de atividade

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mulação de fenômeno erosivo na superfície terrestre. a ) Proponha a seguinte atividade prática com os alunos: em uma caixa de madeira, simule diferentes formas de relevo, utilizando o solo encontrado nas proximidades da escola. Procure produzir formas de relevo como montanhas, planícies e depressões. b) Essa caixa deverá ser deixada exposta à ação do tempo, ou seja, chuva, sol e vento. No decorrer de 30 dias, aproximadamente, leve os alunos para observarem a caixa e perceberem as mudanças, como a ausência de chuvas causando o ressecamento do solo, a força do vento alterando a forma do relevo, a ausência de vegetação intensificando a ação erosiva e causando, muitas vezes, o deslizamento de terras. Retome com eles a temática de como os agentes externos modificam o relevo. c ) Esta estratégia favorece a abordagem da competência geral 2 da BNCC, sendo complementada pela competência específica de Geografia 5, ao desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo e avaliar ações para questões que requerem conhecimentos científicos de Geografia. A atividade também contempla a habilidade EF06GE05.

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Orientações gerais

A atuação dos ventos na transformação do relevo ocorre quando o ar em movimento carrega partículas de sedimentos, transportando-as para outros lugares, como ocorre com as dunas. O vento também faz essas partículas se chocarem contra formações rochosas, que, ao longo do tempo, são desgastadas por esse processo.

• Pergunte aos alunos se

Cecilia Colussi Stock/Alamy/Fotoarena

eles já observaram paisagens como as mostradas nesta página. Questione se conhecem dunas e verifique o grau de entendimento da ação dos agentes naturais modificando o relevo terrestre.

• Comente

sobre a relação existente entre a ação dos ventos na modificação do relevo e a formação de bacias sedimentares. Relembre o conteúdo acerca das rochas sedimentares.

• Explique que as partí-

culas de poeira que são abrasadas e carregadas pelo vento tendem a ser depositadas em relevos em baixas altitudes. O sucessivo depósito desse material cria camadas, as quais, depois de milhares de anos, se tornam bacias de sedimentos diversos.

A fotografia acima retrata uma paisagem esculpida pela ação do vento, entre outros agentes, no Parque Nacional de Badlands, localizado no estado de Dakota do Sul, porção centro-norte dos Estados Unidos, 2016.

Goran Vrhovac/Shutterstock.com

Em algumas regiões frias da Terra, é comum o acúmulo de grandes quantidades de gelo e neve. Esses aglomerados de gelo, denominados geleiras, ao se movimentarem, carregam consigo fragmentos de rocha, provocando alterações no relevo. Alguns vales são exemplos de formas de relevo esculpidas por geleiras.

A fotografia acima mostra a geleira Soelden na Áustria, 2018.

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Capítulo 4

Ação humana e erosão O ser humano altera constantemente o relevo, de várias formas: constrói aterros e túneis, retira a vegetação e realiza cortes e desmontes de morros para a exploração de minérios, entre outras ações.

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Entretanto, muitas das ações humanas têm prejudicado o meio ambiente. O desmatamento ou a exploração inadequada do solo, por exemplo, podem provocar processos erosivos. As chuvas carregam as partes mais férteis do solo e formam grandes sulcos no terreno chamados voçorocas, como mostra a fotografia abaixo. Aterro: local nivelado geralmente por meio do acúmulo de terra.

BNCC

• O conteúdo desta pá-

gina e da seguinte se aproxima da competência geral 6, sendo complementada pela competência específica de Geografia 5, ao permitir que o aluno reflita sobre as transformações na paisagem decorrentes da ocupação inadequada do espaço e suas consequências, propondo ações sobre as questões socioambientais.

• Pergunte

aos alunos se eles já escutaram ou viram notícias em jornais ou revistas sobre algum deslizamento de terra. Comente sobre os grandes deslizamentos de terra, em lugares ocupados por moradias irregulares, que são noticiados pela televisão no período de chuvas em todo o Brasil. Apresente as seguintes questões aos alunos:

> Em sua opinião, por

que as pessoas moram em áreas com risco de deslizamento?

Voçoroca no município de Manoel Viana (RS), 2018.

> De que maneira a ren-

Marcos Amend/Pulsar Imagens

A vegetação oferece uma proteção ao solo contra a força física da água. A água da chuva, ao se precipitar sobre uma área onde haja cobertura vegetal, principalmente as mais densas, encontra diversas barreiras até atingir o solo (folhas das copas, galhos, troncos e vegetação rasteira). Nesses casos, a água que chega ao solo infiltra-se em menor quantidade e mais lentamente, provocando menor ação erosiva.

da familiar pode influenciar na localização da moradia das pessoas?

• Instigue-os

a pensar que esse problema não é somente ambiental, mas também um problema socioeconômico.

Área recoberta por vegetação no município de Caracaraí (RR), 2016.

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Orientações gerais

Com o solo desprotegido de cobertura vegetal em virtude de desmatamento ou queimada, as chuvas carregam essas porções de solo para o leito dos rios, provocando assoreamento, como estudamos anteriormente.

• Comente com os alu-

nos sobre os riscos de construção de moradias irregulares em encostas, sendo uma consequência do processo de segregação residencial e exclusão social.

Muitas áreas são desmatadas para dar lugar à expansão das cidades ou de lavouras. Em algumas cidades, em encostas de morros, a vegetação é retirada para a construção de moradias. No entanto, esses são lugares de risco, pois a falta da cobertura vegetal favorece a saturação do solo pela água da chuva, provocando erosões ou mesmo deslizamentos de terra. Observe como isso ocorre.

• Inicie um diálogo com os alunos acerca dos conceitos de segregação residencial, exclusão social e ocupação do solo para que, posteriormente, possa associá-los às moradias irregulares.

• Evidencie

Ao retirar a cobertura vegetal, o ser humano deixa o solo desprotegido e, consequentemente, mais exposto à ação erosiva das águas das chuvas.

aos alunos que a retirada da cobertura vegetal associada às chuvas pode acarretar deslizamentos de terras.

Os deslizamentos oferecem grandes riscos à vida das pessoas, pois, quando ocorrem, além da grande porção de solo deslocado, as águas levam consigo blocos de rochas e vegetação que acabam por atingir e soterrar muitas moradias.

Sem a vegetação, nos períodos de chuvas intensas, aumenta a probabilidade de ocorrer deslizamentos, já que o solo fica encharcado e vulnerável ao intenso fluxo de água que escoa com maior rapidez pelas encostas.

Deslizamento de terra ocorrido em Mairiporã (SP), 2016.

• Neste momento, divi-

da os alunos em grupos de três pessoas e apresente a eles imagens de moradias irregulares. Em sequência, coloque as questões a seguir para que os grupos discutam.

> Como podem identi-

ficar a segregação residencial e a exclusão social nas imagens? > Seria esse um local

apropriado para a instalação de moradias? > Qual fator leva essas

pessoas a morarem em uma área de risco? > Quais as consequênEduardo Anizelli/ Folhapress

cias da instalação de moradias irregulares nesses locais?

• Ao

final das discussões, solicite que os grupos apresentem possíveis soluções. Oriente-os a lançar um olhar crítico na busca de soluções.

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Capítulo 4

As formas do relevo terrestre As principais formas do relevo terrestre, resultado da ação das dinâmicas interna e externa da Terra, podem ser classificadas em: depressões, planícies, planaltos e montanhas. A seguir, vamos estudar cada uma delas. As depressões são formas de relevo de altitudes mais baixas do que aquelas que estão ao seu redor. Quando sua altitude está equiparada ao nível do mar, as depressões são chamadas de relativas, e quando a altitude está abaixo do nível do mar, são chamadas de absolutas.

Orientações gerais

• Comente com os alu-

nos que o relevo constitui a porção terrestre onde vivemos. No entanto, essa porção não é semelhante em todas as partes e apresenta-se em variados níveis na superfície terrestre.

• Destaque Leo Caldas/Pulsar Imagens

as quatro principais formas de relevo a partir dos textos apresentados nestas páginas, mas evidencie aos alunos que há outros tipos de relevo, tais como: serra, cordilheira, vale, colina, entre outros.

• Explique para os alu-

nos que o termo cordilheira também é utilizado para indicar um conjunto de cadeias de montanhas.

• Lembre-os dos agen-

tes internos e externos de modelagem do relevo. Comente e relembre alguns dos principais agentes externos: chuva, variação térmica, vento, intemperismo, erosão e ação da água.

Na fotografia, vemos a depressão Sertaneja no município de Teixeira (PB), 2017.

João Prudente/Pulsar Imagens

Os planaltos constituem formas de relevo irregulares, que apresentam áreas mais planas ou acidentadas e com altitudes variáveis. São áreas que resultam de processos erosivos antigos e intensos, além de, normalmente, estarem sujeitas a sofrer mais desgastes que os terrenos ao seu entorno.

Na fotografia, podemos observar parte da Serra da Mantiqueira, área de planalto localizada no município de Maria da Fé (MG), 2017.

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Material digital

As planícies são formas de relevo basicamente planas que podem ser encontradas em todas as altitudes. Porém, é mais comum que apresentem baixas altitudes. De origem sedimentar, essas áreas recebem, constantemente, grande quantidade de sedimentos provenientes de outros terrenos. Marco Antonio Sa/kino.com.br

• A sequência didática 5, localizada no material digital, pode complementar o trabalho com o tema relevo e seus agentes modeladores.

Vista aérea da planície do Pantanal Mato-Grossense no município de Poconé (MT), 2016.

Marc Bruxelle/Alamy/Fotoarena

As montanhas são um tipo de relevo que possui as maiores altitudes do planeta. A ação intensa de agentes naturais, como água, vento e calor do sol, vai desgastando as montanhas, gerando sedimentos que são depositados nos terrenos mais baixos. Geralmente, essas formações estão organizadas em cadeias, isto é, em um conjunto de montanhas dispostas umas próximas às outras.

Na fotografia, vemos a cordilheira do Himalaia, no Nepal, 2015.

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Capítulo 4

O relevo brasileiro A maior parte do território brasileiro é formada por terrenos antigos, resultantes de fenômenos provocados pela dinâmica interna do planeta há dezenas de milhões de anos. Desde então, a dinâmica interna não tem causado impactos de grandes proporções no relevo brasileiro, porém, ao longo de todo esse tempo, os processos erosivos vêm atuando na transformação do relevo do nosso país. Esses processos erosivos desgastaram as áreas de maiores elevações, dando origem às bacias sedimentares existentes no território brasileiro. As bacias sedimentares são terrenos extensos rebaixados em relação ao seu entorno, preenchidos ao longo do tempo por uma grande quantidade de sedimentos.

Orientações gerais

• Incentive

os alunos a localizar no mapa o tipo de relevo predominante no estado onde vivem. Leve para a classe um mapa político do Brasil para facilitar aos alunos a localização dos estados do país.

• Se

considerar necessário, peça aos alunos que comparem o mapa desta página com o mapa político do Brasil.

Além dos agentes erosivos, a ação do ser humano também contribui consideravelmente para esculpir as formas do relevo em nosso país.

• Aproveite a oportuni-

O relevo brasileiro foi classificado em porções denominadas unidades de relevo. Essa classificação foi baseada em diferentes aspectos, como os tipos de rochas, as formas e as altitudes do relevo, assim como seus processos de formação. Dessa forma, existem no Brasil três grandes unidades principais: os planaltos, as planícies e as depressões. Veja abaixo.

dade para avaliar a espacialização dos alunos, como a capacidade de reconhecer, no mapa, a região onde vivem e de interpretar informações contidas no mapa.

Brasil: unidades do relevo Rio

Planaltos

5 5

13

Equador 23

12 1

28

1 6

12 14

6

12

25

2

6

6

6

2

6

10

2

6

20

24

4

19

15 17

Depressões 8

9 16

28

26

OCEANO ATLÂNTICO

7

E. Cavalcante

9

18

3

OCEANO PACÍFICO

Bacias sedimentares 1 - Planalto da Amazônia oriental 2 - Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba 3 - Planaltos e chapadas da bacia do Paraná Intrusões e coberturas residuais de plataforma 4 - Planaltos e chapada dos Parecis 5 - Planaltos residuais norte-amazônicos 6 - Planaltos residuais sul-amazônicos Cinturões orogênicos 7 - Planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste 8 - Planaltos e serras de Goiás-Minas 9 - Serras residuais do Alto Paraguai Núcleos cristalinos arqueados 10 - Planalto da Borborema 11 - Planalto sul-rio-grandense

21

Trópico d e Capri córn io

7

12 - Depressão da Amazônia ocidental 13 - Depressão marginal norte-amazônica 14 - Depressão marginal sul-amazônica 15 - Depressão do Araguaia 16 - Depressão cuiabana 17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé 18 - Depressão do Miranda 19 - Depressão sertaneja e do São Francisco 20 - Depressão do Tocantins 21 - Depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná 22 - Depressão periférica sul-rio-grandense

Planícies 22 11

27 N L

O S

0

370 km

23 - Planície do rio Amazonas 24 - Planície do rio Araguaia 25 - Planície e pantanal do rio Guaporé 26 - Planície e Pantanal Mato-grossense 27 - Planície da lagoa dos Patos e Mirim 28 - Planícies e tabuleiros litorâneos

50° O

Fonte: ROSS, Jurandyr L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 53.

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Momento da Cartografia

BNCC

• O conteúdo desta se-

•O

uso da linguagem cartográfica contribui para o desenvolvimento do pensamento espacial, conforme orientam a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4.

Mapa altimétrico e o perfil do relevo

As altitudes do relevo terrestre podem ser representadas por meio de um mapa, chamado mapa altimétrico. Nesse tipo de representação, as altitudes do relevo são projetadas em uma superfície plana. Veja nas imagens a seguir como isso é possível. Tony Monti/Shutterstock.com

ção permite desenvolver a habilidade EF06GE09 ao propor que os alunos compreendam como se elaboram um mapa altimétrico e um perfil topográfico como forma de representar elementos da superfície terrestre.

Na fotografia, de 2017, vemos a imagem do Morro do Pão de Açúcar (à esquerda, ao fundo) e do Morro da Urca (à frente) no Rio de Janeiro (RJ). Abaixo, na ilustração desse morro em visão horizontal, as linhas traçadas delimitam as faixas de altitudes dessa forma de relevo.

Mapa altimétrico do Morro do Pão de Açúcar e do Morro da Urca A representação ao lado é uma visão horizontal, ou seja, é um perfil do Pão de Açúcar e do Morro da Urca. As linhas traçadas delimitam as faixas de altitudes dessa forma de relevo.

Altitude em metros 400 300 200 100 0

A

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

B

1600

Praia Vermelha

OCEANO ATLÂNTICO

Pão de Açúcar

Morro da Urca

A

B

Urca

N. Akira

0

Enseada de Botafogo

390 m

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar: ensino fundamental do 6o ao 9o ano. 2. ed. Rio de Janeiro, 2015. p. 12.

Geralmente, para as altitudes mais baixas, são utilizadas tonalidades de cores mais claras, que se intensificam conforme as faixas de altitudes são mais elevadas. Veja como as cores foram utilizadas nesta representação. A cor verde foi utilizada para representar as atitudes entre 0 e 100 metros acima do nível do mar.

Praia de Fora

Praia da Urca

O mapa ao lado representa a visão vertical do morro Pão de Açúcar. Nele, podemos perceber as linhas que distinguem as faixas de altitude, mostradas na ilustração.

Altitudes em metros

350 ou mais 300 250 200 150 100 50 0

A cor amarela indica as faixas de altitude entre 100 e 200 metros acima do nível do mar. A cor laranja indica as altitudes compreendidas entre 200 e 300 metros acima do nível do mar, e a cor marrom, as altitudes acima de 300 metros do nível do mar.

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Capítulo 4

Em um mapa altimétrico, as linhas representadas, tanto na visão horizontal quanto na visão vertical (visão apresentada no mapa do Morro do Pão de Açúcar e do Morro da Urca), são chamadas de curvas de nível. Cada uma delas compreende partes do relevo que possuem a mesma altitude. Para distinguir uma curva de nível da outra, convencionou-se utilizar cores diferentes para representar as faixas de altitude. Agora, observe o mapa altimétrico do Brasil e em seguida responda às questões em seu caderno. Aproximadamente 93% do relevo brasileiro é formado por terrenos que apresentam altitudes inferiores a 900 metros em relação ao nível do mar. Dessa maneira, o Brasil é considerado um país em que predominam terrenos não muito elevados. Os dois pontos considerados os mais elevados do país, o Pico da Neblina e o 31 de Março, localizados no estado do Amazonas, não ultrapassam os 3  000 metros de altitude. Brasil: mapa altimétrico N L

O S

Altitudes em metros

E. Cavalcante

1 200 ou mais 800 500 200 0

0

350 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 88.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

a ) Em quais estados brasileiros predominam as maiores altitudes do relevo? b) No estado do Amazonas, predomina qual faixa de altitude do relevo? c ) No estado onde você mora, quais faixas de altitude são encontradas?

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Respostas

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a ) Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. b) De 0 a 200 metros. c ) Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram as faixas de altitude do estado em que moram.

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Sugestão de atividade Maquete Objetivos • Compreender o sistema de cotas utilizado nos mapas altimétricos. • Verificar as formas de relevo representadas na maquete. Materiais • Tesoura com pontas arredondadas. • Folhas de borracha EVA coloridas. • Papel vegetal. • Papel-carbono. • Cola para EVA. • Tinta azul. • Pincel. a ) Selecione mapas altimétricos e organize a sala em cinco grupos. Cada mapa deve apresentar uma escala de, no mínimo, 1:50 000, pois mapas muito pequenos podem dificultar a realização da atividade. b ) Oriente os alunos sobre as cores de EVA que serão utilizadas nessa maquete, verificando a quantidade de cotas que serão representadas. Oriente os alunos a utilizarem as cores do mapa apresentado nesta página. c ) Coloque o papel vegetal sobre o mapa e trace as cotas do relevo, enumerando-as. Em seguida, coloque o papel-carbono sobre o EVA e sobre este o papel vegetal com o traçado das cotas. Cada cota do relevo deverá ser traçada sobre a folha de EVA na cor correspondente. Por exemplo, a área de menor altitude pode ser traçada na folha verde e a de maior altitude, na marrom. d) Após desenharem todas as cotas, os alunos precisam recortar as folhas de EVA seguindo as linhas traçadas e, em seguida, as cotas serão colocadas uma sobre a outra, conforme o mapa original do relevo a ser representado na maquete. Ao final, eles devem pintar os rios existentes no relevo.

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Orientações gerais

• Selecione

Perfil de altitudes do relevo

Altitudes em metros

• Solicite

aos alunos que analisem se há ou não relação do uso do solo a partir da altimetria apresentada. Peça-lhes que justifiquem suas hipóteses.

• Posteriormente,

No eixo vertical do gráfico está indicada a altitude do relevo

promova uma discussão com os alunos de forma que todos possam expressar suas opiniões e construir uma hipótese coletiva.

Renan Fonseca

Hidrografia

GO

A

Fr

Je

onha

18° S

MG

ba anaí Grand

tinh qui

B e

ES

ce

Par

SP OCEANO ATLÂNTICO

RJ 0

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 171.

Nessa área localiza-se o ponto mais baixo do relevo no segmento de reta A̶B.

Rio Jequitinhonha Rio São Francisco

500

Fonte: Elaborado pela autora.

200 0

140 km

45° O

Porção onde está localizado o ponto mais elevado por onde passa o segmento de reta A̶B.

Altitude (em metros) 800

DF

S

an

Do

Com base em um mapa altimétrico é possível construir um gráfico denominado perfil do relevo. Em um perfil de relevo, podemos observar com mais detalhes as irregularidades presentes na superfície de determinado terreno. Veja como isso é possível.

Acima de 800 De 500 a 800 De 200 a 500 De 0 a 200

L

O

E. Cavalcante

N

BA ci sc o

Os mapas altimétricos representam as diferentes altitudes do relevo terrestre. Veja, ao lado, o mapa altimétrico do estado de Minas Gerais.

Minas Gerais: altitudes do relevo e hidrografia

S ão

um mapa altimétrico e de uso do solo da cidade onde vivem. Apresente os mapas para os alunos com a proposta de que possam identificar os pontos mais altos e os mais baixos e o uso do solo (moradias, comércio, indústrias) a partir da altimetria apresentada. A atividade pode ser realizada em grupos de aproximadamente três pessoas.

A

B

No eixo horizontal do gráfico está indicado o segmento A̶B, que corresponde à reta traçada no mapa altimétrico.

Para produzir um perfil, é necessário traçar um segmento de reta no mapa altimétrico utilizado como referência. As altitudes do relevo por onde essa reta passa são representadas em um gráfico, formando o perfil do relevo. O perfil mostrado acima foi elaborado com base no segmento de reta A—B, traçada no mapa altimétrico de Minas Gerais. Observando esse perfil, podemos verificar, por exemplo, as diferentes altitudes do relevo, a localização dos pontos mais elevados e as áreas mais baixas do estado, na trajetória da linha do perfil.

• Compare o perfil com as altitudes do relevo por onde a reta foi traçada no mapa.

Depois, anote no caderno quais pontos estão localizados nas porções mais baixas do relevo e quais estão localizados nas porções mais elevadas. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

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• A porção mais baixa do relevo representada no perfil

mede de 0 a 200 metros de altitude. Já a porção mais elevada localiza-se acima de 800 metros, terreno percorrido pelo rio Jequitinhonha.

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Capítulo 4

Atividades Exercícios de compreensão 1. Quais são as principais unidades do relevo brasileiro? Planaltos, planícies e depressões. 2. Observe novamente o mapa da página 113 e identifique. a ) Qual a unidade do relevo predominante na porção Sul do Brasil? E na porção Norte? Na porção Sul predominam os planaltos e na porção Norte, as depressões. b ) Qual(is) unidade(s) do relevo está(ão) presente(s) no estado onde você mora?

Resposta pessoal. Auxilie os alunos a identificar a(s) unidade(s) de relevo e a descrevê-las corretamente no caderno.

3. Uma pesquisa científica detectou, em uma região do fundo dos oceanos, grandes montanhas com intensa atividade vulcânica. De acordo com o que você estudou, a qual forma de relevo submarino a pesquisa científica está se referindo?

• Em seguida, sugira que

4. Observe o mapa e responda às questões no caderno. altitude de 200 m a 500 m.

N

b ) Em qual faixa de altitude são encontradas a Serra do Cachimbo e a Serra faixa de altitude entre dos Carajás? Na 500 m a 800 m.

L

O S

• Verifique se a pesquiOriximiná

sa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta. Estimule-os a analisar as fotografias ou desenhos dos colegas e verificar outras transformações ocorridas no relevo.

Belém

B

A

Altamira

D Eldorado dos Carajás

C Novo Progresso Altitudes em metros 800 500 200 100 0 Rios permanentes Capital estadual Cidade

São Felix do Xingu

E F

0

490 km

Perfil do relevo

E. Cavalcante

4. c) A capital do estado está localizada na faixa de altitude de 0 a 100 m. Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 159.

pesquisem em livros e na internet outros lugares que apresentam alguma modificação semelhante à que eles observaram.

Pará: altitudes do relevo

d ) Observe o perfil do relevo abaixo e identifique a qual segmento traçado no mapa ele se refere? Ao segmento C-D.

neste capítulo, a ação humana altera constantemente o relevo terrestre. Solicite aos alunos que pesquisem um exemplo da ação humana na modificação do relevo que eles vêm percebendo próximo do lugar onde moram. grafar ou desenhar o que observaram para mostrar aos colegas em sala de aula.

A pesquisa científica está se referindo a uma cordilheira oceânica.

c ) Em qual faixa de altitude está localizada a capital do estado?

• Conforme estudamos

• Os alunos devem foto-

Geografia no contexto

a ) Qual faixa de altitude predomina no estado do Pará? Predomina a faixa de

Orientações gerais

Altitude (em metros) 800 700 600 500 400

Keithy Mostachi

300 200 100 0

Fonte: Elaborado pela autora.

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As águas e as paisagens terrestres

Orientações gerais

• Auxilie

com os alunos os problemas que a falta de água em grandes cidades pode acarretar. Apresente as manchetes abaixo e promova um debate entre eles sobre a importância do consumo adequado da água potável.

Maior aquífero do mundo fica no Brasil e abasteceria o planeta por 250 anos

2. Resposta esperada: a água está presente nos rios, lagos, geleiras, no ar (na forma de vapor de água), infiltrada no solo, acumulada em aquíferos etc. 3. Resposta esperada: percebemos que a água é essencial para nossa existência quando sentimos sede, quando precisamos fazer a nossa higiene e ainda quando preparamos nossos alimentos.

1. De que maneira a água faz parte da paisagem mostrada acima? Ela faz parte dessa paisagem porque está presente no mar e nas nuvens.

UOL Notícias, 21 mar. 2015. Disponível em: <https:// noticias.uol.com.br/cotidiano/ ultimas-noticias/2015/03/21/ maior-aquifero-do-mundofica-no-brasil-e-abasteceriao-planeta-por-250-anos.htm>. Acesso em: 22 set. 2018.

SP e outras 10 cidades do mundo que podem ficar sem água como a Cidade do Cabo

Na fotografia, podemos visualizar paisagem litorânea do arquipélago das Ilhas Virgens, Caribe, 2017.

2. Além dos mares e das nuvens, de que outras maneiras a água está presente em nosso planeta? 3. A água é essencial para o desenvolvimento da vida na Terra. Em quais situações do nosso dia a dia percebemos que a água é um elemento vital para nossa existência? Distribuição de água na Terra

BBC Brasil, 11 fev. 2018. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/ internacional-42996544>. Acesso em: 22 set. 2018.

0,3% Água doce nos rios e lagos 2,5% Água doce Total de água da Terra

97,5% Água salgada

0,9% Outros reservatórios

29,9% Água subterrânea doce 68,9% Calotas polares e geleiras

Renan Fonseca

• Comente

Observe a imagem a seguir. Aitor Gonzalez Frias/Shutterstock.com

os alunos na interpretação dos gráficos desta página. Chame a atenção para o fato de que apenas 2,5% das águas do planeta estão nos continentes, possíveis de serem aproveitadas para o consumo humano, e, destas, 68,9% estão nas calotas polares ou nas geleiras.

Como cuidar da nossa água Laura Aguiar; Regina Scharf. 3. ed. São Paulo: BEI, 2010. (Coleção Entenda e Aprenda). Este livro apresenta a distribuição da água no planeta Terra, além de outros aspectos, como o uso desse recurso, a poluição e o desperdício.

A água é um dos elementos imprescindíveis para a manutenção da vida na Terra. Além disso, as águas agem intensamente na constituição e transformação das paisagens terrestres. No entanto, a distribuição dessas águas é desigual pelo nosso planeta. Veja o esquema ao lado. 4. Troque ideias com os colegas sobre como é a distribuição total de água na superfície terrestre. Verifique se os alunos concluíram que as águas oceânicas representam a maior parte das águas do planeta.

Fonte: REBOUÇAS, Aldo da C.; BRAGA, Benedito; TUNDISI, José G. (Org.). Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 2. ed. São Paulo: Escrituras, 2002. p. 8.

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Encontro com... Ciências

Orientações gerais

• Converse

com o professor do componente curricular de Ciências para propor aos alunos a produção de um desenho/esquema de ciclo d'água direcionando-o para o lugar onde vivem. Esta atividade é um complemento da atividade b, ao final da página. O conteúdo referente a este tema contempla a habilidade EF06GE04.

O movimento da água pelo nosso planeta Em nosso planeta encontramos a água em diferentes lugares e em diferentes estados físicos:

• em estado líquido, como nos oceanos, mares, rios, lagos e aquíferos; • em estado sólido, como a neve e o gelo nas altas montanhas e regiões polares; • em estado gasoso, como o vapor de água na atmosfera. A mudança da água de um estado físico para outro é desencadeada por vários fenômenos, sendo os principais a ação da energia solar e a força da gravidade. Nesse processo, a água cumpre um ciclo que a mantém em constante movimento em nosso planeta, chamado ciclo da água.

• Para complementar o

Observe abaixo como esse fenômeno ocorre na natureza.

estudo sobre o ciclo da água, sugerimos o acesso ao site a seguir, que apresenta infográficos e dados referentes ao ciclo da água, quantidade e qualidade da água, usos da água, entre outros.

1 evaporação 2 condensação

Ciclo da água

3 precipitação 4 infiltração

2

> Conjuntura dos Recur-

sos Hídricos 2017. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: < http://livro.pro/4dvc4t>. Acesso em: 23 set. 2018.

1

Luciane Mori

3 1

4

Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, 1994. p. 40. (Atlas Visuais).

a ) Identifique na imagem a ação da energia solar e da força da gravidade, que são propulsores do ciclo da água. b) Acompanhe, seguindo a numeração, o caminho da água em seu ciclo e procure identificar cada uma dessas fases em seu dia a dia, no lugar onde vive. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

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Respostas

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a ) É importante que os alunos reconheçam o Sol e a emissão de calor provocando a evaporação da água, e que a força da gravidade pode ser identificada inicialmente pela precipitação da chuva e pelo escoamento da água das partes mais elevadas para as partes mais baixas do relevo.

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b) Incentive os alunos a serem observadores desse e de outros fenômenos da natureza. Por exemplo, reconhecerem a chuva como parte do ciclo que a água cumpre na natureza; as enxurradas e os rios como o escoamento dessas águas, deslocando-se das partes mais

elevadas para as mais baixas do relevo, e expostas ao calor proveniente do Sol ao evaporar e formar as nuvens que dão continuidade a esse ciclo etc.

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As águas oceânicas

Orientações gerais

• Comente com os alu-

As águas oceânicas correspondem às águas salgadas existentes nos mares e oceanos. Elas representam 97% do total das águas do planeta.

nos que a temperatura mencionada no texto também varia conforme a salinidade, a ocorrência de correntes marítimas quentes ou frias e a profundidade das águas, pois os raios solares não atingem áreas abaixo de 250 metros. A partir de determinada profundidade, as águas oceânicas tornam-se mais densas e frias.

As águas oceânicas localizadas nas regiões mais próximas dos continentes, ou até mesmo no interior deles, são denominadas mares. Em relação aos oceanos, os mares apresentam menor profundidade, maiores variações de salinidade e temperatura e recebem muito mais quantidade de sedimentos provenientes das áreas litorâneas. Observe no mapa abaixo.

Salinidade: relativo à concentração de sais minerais dissolvidos na água marinha.

Distribuição dos oceanos e tipos de mares

• Oriente

2

os alunos a retomar o esquema das zonas térmicas da Terra na página 84.

• Explique

aos alunos que quanto maior a evaporação da água, maior é a concentração de sais minerais nas águas.

3

Renan Fonseca

1

• O sal contido nas águas

oceânicas tem sua origem na decomposição de rochas que se acumularam no fundo dos oceanos ao longo de milhões de anos.

2 500

5 000 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 33.

Mar aberto

1

Tipo de mar que apresenta uma grande ligação com os oceanos e mares vizinhos, como o mar do Caribe.

2

Mar interior É aquele que se comunica com os oceanos por meio de pequenos canais naturais, denominados estreitos, como o mar Mediterrâneo.

3

Mar fechado É o mar que não tem ligação direta com os oceanos e outros mares, como o mar Cáspio.

As águas oceânicas apresentam características que as diferenciam das águas continentais, como temperatura, salinidade e deslocamento, além de uma rica diversidade de fauna e flora. A temperatura das águas dos oceanos e mares varia conforme a latitude. As águas oceânicas próximas da linha do equador, onde a radiação solar é maior, são mais quentes. Já as águas oceânicas mais próximas dos polos são mais frias. As massas de água com temperatura e salinidade semelhantes que se deslocam nos oceanos são chamadas correntes marítimas. Essas correntes podem ser quentes, se originadas na zona térmica tropical, e frias, se forem formadas nas zonas polares. As correntes marítimas influenciam as temperaturas e, consequentemente, o clima das regiões por onde passam.

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Orientações gerais

• Comente

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com os alunos que os oceanos também possuem relevos. Explique a eles sobre a maior cadeia de montanhas oceânicas, a Dorsal Meso-Oceânica, localizada entre o continente americano e os continentes europeu e africano, bem ao centro do oceano Atlântico, seguindo em sentido norte-sul, desde a Islân-

dia até a Antártida, sendo possível observá-la em algumas imagens de satélite. Incentive os alunos a buscarem imagens e informações sobre essa cordilheira submarina em livros e na internet. • Comente com os alunos que, no fundo do oceano Pacífico, a leste das ilhas Marianas,

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entre a Indonésia e o Japão, a Fossa das Marianas é o local mais profundo da superfície terrestre. Nele, está localizado o ponto de maior profundidade da crosta, conhecido como Challenger Deep. Esse vale atinge, aproximadamente, 11 quilômetros abaixo do nível do mar.

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Capítulo 4

As águas oceânicas representam uma importante fonte de diferentes recursos para a sociedade. Veja a seguir alguns exemplos de atividades econômicas realizadas pelos seres humanos.

Tales Azzi/Pulsar Imagens

Importância das águas oceânicas

A elevada salinidade das águas oceânicas permite à sociedade extrair dos oceanos diversos sais minerais, sendo o mais importante deles o cloreto de sódio, conhecido popularmente como sal de cozinha.

Uma das mais importantes atividades econômicas realizadas nos oceanos é a pesca. É praticada em pequenas embarcações e equipamentos rudimentares, denominada pesca artesanal, mais voltada para o sustento do pescador e sua família do que para a atividade comercial.

zahimmohd/Shutterstock.com

Na fotografia, podemos observar uma área de salinas no município de Galinhos (RN), 2018.

Orientações gerais

• Realize uma dinâmica

de tempestade cerebral com os alunos, buscando avaliar o que eles sabem sobre a importância das águas oceânicas. Inicie questionando-os sobre qual a importância das águas oceânicas para a sociedade. Ajude-os nas respostas. Na sequência, incentive-os a citar produtos advindos das águas oceânicas que consomem ou utilizam no dia a dia. Espera-se que os alunos comentem sobre o cloreto de sódio, peixes variados, utilização de meio de transporte, entre outros.

Também ocorre em grandes embarcações com equipamentos modernos, denominada pesca comercial. Esse tipo de pesca possibilita a obtenção de grande quantidade de pescados.

As águas oceânicas também são utilizadas pela sociedade como vias de transportes. Pelos oceanos e mares é transportada diariamente uma infinidade de produtos que serão comercializados em diferentes partes do mundo, como automóveis e aparelhos eletrônicos, gêneros agropecuários, recursos minerais e produtos energéticos, como petróleo e carvão.

Tales Azzi/Pulsar Imagens

Na fotografia, vemos pesca comercial sendo realizada na Malásia, 2017.

Ao lado, vemos o porto de Santos (SP), 2018, de onde partem e chegam, todos os anos, milhares de toneladas de diferentes produtos.

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As águas continentais

BNCC

• Aproveite

As águas continentais compreendem tanto as porções de água da superfície, como rios e lagos, quanto as águas subterrâneas existentes nos continentes, e são compostas, em sua maioria, de águas doces. A maior parte das águas doces do nosso planeta está localizada nas calotas polares, sob a forma de gelo, e no subsolo, na forma líquida, em águas subterrâneas. A água representa um dos recursos naturais mais preciosos do nosso planeta, além de ser um componente essencial para a manutenção da dinâmica da natureza. Utilizamos a água em diversas atividades em nosso dia a dia. Observe alguns exemplos. A

C

Utilização da água na atividade doméstica nos Estados Unidos, 2018.

Tales Azzi/Pulsar Imagens

Goran Bogicevic/Shutterstock.com

as questões desta página para refletir com os alunos sobre a forma como eles utilizam a água no dia a dia, ou seja, de que forma ocorre a apropriação dos recursos hídricos pela sociedade, tanto no espaço rural quanto no espaço urbano, e quais alterações nas paisagens são realizadas. Ao desenvolver o senso crítico para compreensão da realidade, baseando-se nos conhecimentos geográficos, este tema permite um trabalho com a habilidade EF06GE10 e contempla a competência específica de Geografia 3.

Uso da água no processo de lavagem de maçãs em indústria de beneficiamento do município de Bom Jardim da Serra (SC), 2017.

D

Irrigação de plantação em Flevopolder, Holanda, 2018.

Chico Ferreira/Pulsar Imagens

Auke/Shutterstock.com

B

Pescador lançando tarrafa no rio Camboriú, no município de Balneário Camboriú (SC), 2016.

• Como a água está sendo utilizada em cada uma das situações mostradas acima? Esse uso reflete a importância desse recurso para as pessoas?

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Na fotografia A, para a atividade doméstica; na fotografia B, para a irrigação de plantação; na fotografia C, para a atividade industrial; e, na fotografia D, para a pesca. Espera-se que os alunos digam que sim, em cada situação mostrada nas fotografias o uso da água é muito importante para as atividades econômicas e cotidianas.

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Capítulo 4

A importância dos rios Os rios sempre foram as fontes de água mais exploradas pela sociedade, seja no passado ou no presente. O ser humano sempre procurou as margens dos rios para se fixar. Desde os tempos mais remotos até a atualidade, os rios são fontes de água para muitas sociedades, que retiram deles a água necessária para sua sobrevivência e também para a prática de diversas atividades econômicas, para a geração de energia, como via de transportes e lazer etc.

Integrando saberes

• Este tema possibilita a

articulação com o componente curricular de Língua Portuguesa na compreensão da importância da água.

• Converse

IR Stone/Shutterstock.com

com o professor desse componente curricular para propor, em conjunto, a produção de uma história em quadrinhos que tenha como tema a utilização e a importância da água no cotidiano dos alunos.

• Peça que, em um pri-

meiro momento, o professor explique aos alunos esse gênero textual e a linguagem a ser utilizada na atividade. Após as devidas explicações, providencie papel sulfite e solicite aos alunos lápis de cor e canetas hidrocor e dê início às produções.

Na fotografia podemos observar Londres, capital da Inglaterra, 2015, que se desenvolveu em torno das margens do rio Tâmisa.

• Ao

final, exponha os trabalhos em um local movimentado da escola para que a comunidade escolar possa observar as produções realizadas.

•O

Léo Burgos/Pulsar Imagens

Esse reconhecimento nos leva a refletir sobre como a água é um recurso importante para a natureza e, principalmente, para o modo de vida praticado pela humanidade nos dias atuais. A produção e o consumo cada vez maiores, dos mais variados tipos de produtos, envolvem também uma avançada exploração dos recursos da natureza, sendo o principal deles a água. Desse modo, temos acompanhado a exploração desenfreada e muitas vezes a degradação de muitos rios. Podemos citar exemplos no Brasil como o rio Tietê, que sofre com a poluição proveniente da maior cidade da América Latina, e o rio São Francisco, que corta a região Nordeste e tem sido drenado para levar recursos hídricos para diversas localidades. O rio Ganges, na Índia, é intensamente poluído por dejetos domésticos, industriais e também por agrotóxicos. Na Europa, o rio Danúbio sofre com a poluição industrial e das cidades que cresceram ao seu redor. Ainda que o uso desses recursos seja indispensável para a vida e as atividades humanas, o consumo excessivo, além do mau uso e o desperdício têm tornado essa utilização predatória no Brasil e no mundo. Rio Pinheiros poluído em razão do descarte incorreto do lixo no município de São Paulo (SP), 2017.

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uso de outros gêneros textuais, como a história em quadrinhos, é um bom recurso para a aprendizagem dos temas geográficos e permite aos alunos se comunicar e transmitir informações aos colegas, conforme orienta a competência geral 4 da BNCC.

•A

proposta da atividade também favorece a abordagem da competência geral 7 da BNCC, sendo complementada pela competência específica de Geografia 3, ao desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e exercício do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e da produção do espaço.

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Orientações gerais

As partes de um rio

• Oriente os alunos a re-

alizar a leitura deste infográfico da nascente para a foz.

Os rios são cursos de água que, partindo de sua nascente, correm seguindo a inclinação do terreno, ou seja, de uma parte mais alta para uma mais baixa. Posteriormente, deságuam em um lago, em outro rio ou no oceano.

aos alunos que alguns rios nascem do degelo de neve em áreas montanhosas, como o Rio Amazonas, que nasce do derretimento de neve nos Andes. Já outros rios nascem do afloramento de lençóis de água subterrâneos.

Os rios são formados por diferentes partes, e cada uma delas tem características próprias e recebe um nome específico, conforme estudaremos no infográfico a seguir.

• Explique

Rios de planície: esses rios percorrem áreas de relevo plano com declividades suaves. Geralmente, suas águas escoam com menor velocidade e em cursos sinuosos, ou seja, com muitas curvas, chamadas de meandros.

• Observe com os alunos

que a direção de um rio é definida pela altitude das nascentes. É importante evitar a associação indevida de “norte” com “em cima”, muito comum nessa faixa etária.

• Discuta com os alunos o potencial envolvendo os rios de planalto. Evidencie que esses rios correm por terrenos com maiores desníveis de altitude, onde algumas porções mostram-se mais elevadas que as outras. Nesse processo, os rios de planalto apresentam um escoamento mais rápido em relação aos demais.

Margem: área localizada ao lado do rio. Portanto, os rios possuem margem esquerda e direita.

• Em

decorrência desses fatores, os rios de planalto têm um grande potencial hidrelétrico.

Rio principal: rio onde um ou mais afluentes deságuam.

Luciane Mori

Leito: superfície do relevo que compõe o trajeto percorrido pelo rio.

Foz: parte do rio que deságua em outro rio, em um lago ou no oceano.

Fonte: STRADLING, Jan. The wonders inside the Earth. San Diego: Silver Dolphin, 2009. p. 32-33, 72-73.

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Capítulo 4 Nascente: local onde o rio nasce e inicia o seu curso.

Rios de planalto: esses rios correm por terrenos com maiores desníveis de altitude, onde algumas porções mostram-se mais elevadas que outras. Essa irregularidade da superfície gera o escoamento mais rápido, ou seja, com maior velocidade das águas do rio ao longo de seu percurso.

Orientações gerais

• Ao trabalhar As partes

de um rio, apresente aos alunos informações sobre as extensões de importantes rios do mundo, mostradas na tabela abaixo.

• Solicite aos alunos que

Corredeiras: trechos de um rio em que o relevo apresenta declividades acentuadas.

pesquisem sobre um dos rios apresentados na tabela. Oriente-os a pesquisar aspectos como clima, vegetação e relevo existentes na região onde o rio está localizado. Peça também que pesquisem sobre a utilização do rio pela sociedade e a possível existência de problemas ambientais.

Afluente ou tributário: rios menores que deságuam no leito do rio principal.

• Determine qual rio ca-

da aluno deve pesquisar, a fim de evitar que muitos estudem o mesmo rio. Caso considere pertinente, promova uma pesquisa em grupo.

Cachoeira: forma-se em locais de desnível repentino do relevo por onde passa o curso do rio.

Material digital

•A

proposta da sequência didática 6, localizada no material digital, pode complementar o trabalho com o tema da importância dos rios.

Lago: área de depressão do relevo que propicia o acúmulo de água, formando um tipo de reservatório.

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Rio

Extensão (km)

Localização

Rio

10/15/18 4:44 PM Extensão (km)

Localização

Nilo

6 671

África

Madeira-Mamoré

3 200

América do Sul Ásia

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Congo

4 200

África

Yang-Tsé

5 800

Mackenzie

4 241

América do Norte

Huang He

4 845

Ásia

Mississippi

3 778

América do Norte

Volga

3 531

Europa

Prata-Paraná

4 700

América do Sul

Danúbio

2 860

Europa

Fonte: ATLAS National Geographic: a Terra em números. São Paulo: Abril, 2008. v. 19. p. 86-87.

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Orientações gerais

Regime dos rios

• Comente com os alu-

a identificar os motivos pelos quais o Rio Amazonas apresenta os dois tipos de regime. Espera-se que os alunos possam identificar que na região, em virtude da vegetação em abundância (Floresta Amazônica), há uma grande quantidade de chuvas que abastecem os leitos dos rios, mas que, apesar de ser em pouca quantidade, as águas são formadas também pelo derretimento de gelo da Cordilheira dos Andes.

Delfim Martins/Pulsar Imagens

• Instigue-os

Assim como outros elementos da natureza, os rios também se modificam. O volume e o nível de suas águas não são sempre os mesmos, pois sofrem alterações, principalmente por causa das condições climáticas das regiões por onde passam. Essa mudança do volume e do nível das águas dos rios é um fenômeno denominado regime fluvial, que se divide em período de cheia e período de vazante. Observe abaixo o exemplo de um rio cujo regime é determinado pelas chuvas.

Período de cheia Nos períodos do ano em que o volume de chuvas é maior, os rios, consequentemente, recebem quantidades maiores de água, aumentando assim seu volume e nível. Esses períodos são chamados de períodos de cheia.

Na fotografia, período de cheia do rio Tapajós, no município de Santarém (PA), 2014. Fonte: WICANDER, Reed; MONROE, James S. Fundamentos de geologia. Tradução: Harue Ohara Avritcher. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 270.

Delfim Martins/Pulsar Imagens

nos que quando um rio é formado pela chuva, ele tem característica de regime pluvial. No entanto, quando o volume de água de um rio é formado por degelo em montanhas, é chamado de regime nival. Explique aos alunos que no Brasil temos um rio que apresenta os dois tipos de regime: o Rio Amazonas.

Período de vazante Já em épocas mais secas, nas quais a quantidade de chuva é reduzida, os rios têm seus volumes e níveis reduzidos. Esse período é conhecido como período seco ou de vazante.

• Leve

Ilustrações: Luciane Mori

para os alunos um globo terrestre para que possam localizar a Amazônia e a Cordilheira dos Andes.

Na fotografia, período de vazante do rio Tapajós, no município de Santarém (PA), 2014.

Nos períodos de vazante, muitos rios chegam a secar e expor seu leito por longos trechos de seu curso. Esses rios são conhecidos como rios temporários. Em razão da influência do clima quente, marcado pela baixa umidade do ar e longos períodos de seca, alguns rios da região Nordeste do Brasil são temporários, pois secam completamente no período das vazantes. No entanto, a maior parte dos rios brasileiros não seca, independentemente da estação do ano. Esses rios são chamados de permanentes ou perenes.

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Orientações gerais

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• O texto a seguir pode colaborar nas discus-

sões da temática. Leia-o para os alunos e depois realize uma discussão buscando associar os rios às paisagens ilustradas no livro, bem como às paisagens de algum rio localizado na cidade onde vivem.

Os rios são os principais agentes geológicos que atuam na superfície da Terra. À medida que erodem o substrato rochoso e transportam e depositam areia, cascalho e lama, todos os rios, desde os pequenos riachos até os mais caudalosos, são proeminentes escultores da paisagem. [...]

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Os rios cobrem a maior parte da superfície terrestre e são os principais modeladores da paisagem dos continentes. Eles erodem as montanhas, levam os produtos do intemperismo até os oceanos e acumulam, nos depósitos de barras fluviais e planícies de inundação ao longo do ca-

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:44 PM

Capítulo 4

Os rios e as paisagens A presença dos rios, associada a outros elementos da natureza, torna as paisagens terrestres diferentes umas das outras. Isso ocorre porque os rios proporcionam características peculiares às paisagens dos lugares por onde passam, por exemplo, desgastando o relevo ou propiciando o desenvolvimento da vegetação em seu entorno. Por outro lado, as características de alguns rios também são influenciadas por vários elementos da natureza. O clima da região por onde o rio corre, como vimos na página 126, interfere diretamente em seu regime fluvial. O relevo também interfere diretamente nas características de um rio, pois, se ele percorrer terrenos com grande declividade, seu escoamento será mais rápido e, ainda, existirá a possibilidade de formação de cachoeiras. Já um rio que corre por terrenos planos tende a ter um curso mais lento e sinuoso. Veja as imagens a seguir.

Rios Andrew Haslam; Barbara Taylor. São Paulo: Scipione, 1999. (Mãos à Obra!). O livro traz as principais características dos rios e sugestões de projetos práticos, maquetes e experiências relacionadas ao tema tratado.

A

Andre Dib/Pulsar Imagens

Trecho de um rio de planalto localizado no município de Alto Paraíso de Goiás (GO), 2018.

1. Resposta esperada: o rio mostrado na imagem A possui cachoeiras decorrentes dos desníveis do relevo de planalto por onde passa. Já o rio mostrado na imagem B possui grande sinuosidade em razão do relevo de planície.

B

Delfim Martins/Pulsar Imagens

Na fotografia ao lado, vemos um rio de planície, localizado no município de Barra do Garça (MT), 2018.

1. Quais são as principais diferenças entre os rios mostrados acima? 2. Existem rios próximos do lugar onde você mora? Descreva algumas característipessoal. Verifique se os alunos identificaram o nome do rio e se já observaram cas desse rio. Resposta suas características.

127

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minho, bilhões de toneladas de sedimentos. Nas suas desembocaduras, na borda dos continentes, eles descarregam quantidades ainda maiores de sedimentos, construindo novos terrenos mar adentro. Em todo o mundo, os rios transportam, anualmente, cerca de 16 bilhões de toneladas de se-

dimentos clásticos e, além disso, 2 a 4 bilhões de toneladas de material dissolvido. Os humanos são responsáveis por grande parte da carga atual dos rios. De acordo com certas estimativas, o transporte de sedimentos, antes do surgimento do homem, era algo em torno de 9 bilhões de toneladas por ano, menos da metade da quantidade atual. Em certos lugares, a carga sedimen-

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tar dos rios aumentou devido à agricultura e à erosão acelerada. Em outros, a carga sedimentar foi reduzida pela construção de barragens, que retêm os sedimentos atrás de seus diques de contenção. [...] PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução: Rualdo Menegat. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 341-342.

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Bacias hidrográficas

Orientações gerais

• Apresente aos alunos

As águas continentais formam conjuntos ou redes hidrográficas, que podem ser compostas por uma ou mais bacias hidrográficas. Cada bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde correm um rio principal e seus afluentes.

o mapa físico do estado onde vivem. Para isso, acesse o site a seguir.

> Mapas. IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em: <http://livro.pro/ xykvcb>. Acesso em: 8 out. 2018.

No limite entre uma bacia e outra está o divisor de águas. Trata-se da porção mais elevada do relevo, que pode ser representada, por exemplo, por morros, chapadas ou serras. Veja, abaixo, a ilustração de uma bacia hidrográfica e a representação cartográfica da bacia hidrográfica do rio São Francisco, em que se observam o rio principal e alguns de seus mais importantes afluentes.

• Com os alunos, iden-

tifique, por exemplo, as áreas do estado que possuem maior quantidade de rios, algumas bacias hidrográficas e a existência de rios na divisa com demais estados, entre outras características.

Bacias hidrográficas Divisor de água Rio principal

Rio principal

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E. Cavalcante

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OCEANO ATLÂNTICO

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Marcos Amend/Pulsar Imagens

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Tocantins

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Por meio dos divisores de águas, que são as partes mais altas do relevo que dividem as bacias hidrográficas, os rios são escoados e direcionados para um rio principal, como podemos observar neste esquema.

Fonte: FILIZOLA, Roberto. Meu mundo em mapas. Curitiba: Positivo, 2008. p. 39.

Bacia hidrográfica do rio São Francisco MA

Chapada: termo utilizado no Brasil para nomear os relevos de grandes superfícies planas e com aproximadamente 600 metros de altitude ou mais. Essa formação geológica pode ser encontrada nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do nosso país. Serra: conjunto de elevações do terreno que possuem grandes desníveis.

Na fotografia acima, podemos observar o Rio das Velhas no município de Lagoa Santa (MG), 2018. Esse rio é um dos afluentes do São Francisco.

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190 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 105.

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Capítulo 4

A partir de 2003, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, órgão do Governo Federal, passou a classificar a rede hidrográfica brasileira em unidades chamadas regiões hidrográficas, que podem abrigar uma ou mais bacias hidrográficas. Para delimitar essas regiões, foram considerados, além de aspectos físicos, aspectos culturais e econômicos que abrangem um rio principal e seus afluentes, desde a nascente até a foz. O Brasil possui 12 grandes regiões hidrográficas, que, juntas, formam uma das mais extensas redes hidrográficas do mundo. Observe no mapa.

E. Cavalcante

Brasil: regiões hidrográficas N L

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• Traga

para a sala de aula um globo terrestre, um mapa político do Brasil ou um mapa das bacias hidrográficas para que os alunos possam identificar o estado em que moram e a área da região hidrográfica.

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• Em caso de materiais

físicos, exponha-os no chão e leve os alunos a explorá-los. Busque lembrá-los das orientações cartográficas, para que possam perceber que os rios não “correm para cima”, por exemplo. Desta forma, os alunos conseguem visualizar melhor em relação a um mapa exposto na parede, o qual pode apresentar dificuldades para associar com a representação real do espaço.

OCEANO ATLÂNTICO

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OCEANO PACÍFICO

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Solimões

360 km

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BNCC • Este tema permite uma abordagem das habilidades EF06GE11 e EF06GE12 ao possibilitar que o aluno identifique as regiões hidrográficas brasileiras e de que forma ocorre o consumo dos recursos hídricos nessas regiões.

Orientações gerais

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:49 PM

As regiões hidrográficas do Brasil

Região Amazônica Região Tocantins-Araguaia Região Paraguai Região Paraná Região Uruguai Região Atlântico Sul Região Parnaíba Região São Francisco Região Atlântico Sudeste Região Atlântico Leste Região Atlântico Nordeste Ocidental Região Atlântico Nordeste Oriental Rio

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 105.

Cada região hidrográfica pode apresentar características diferentes, de acordo com a forma de relevo onde estão localizadas, entre outros fatores. Como exemplos, podemos citar a região hidrográfica Amazônica, que possui 37% das hidrovias do país, e a região hidrográfica do Paraná, que detém 48% do potencial de energia instalado do país. Veja, a seguir, algumas peculiaridades das demais regiões hidrográficas brasileiras. 1. Resposta pessoal. Alguns estados podem se estender por duas ou mais regiões hidrográficas. 1. A qual região hidrográfica pertence o estado onde você mora? 2. Identifique o nome de um dos rios que fazem parte da região hidrográfica situada pessoal. Verifique se os alunos identificaram, corretamente, o(s) rio(s) em seu estado. Resposta da(s) região(ões) hidrográfica(s) situada(s) no estado em que moram.

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Orientações gerais

• Analise

Regiões hidrográficas

junto com os alunos os dados da tabela apresentada nesta página. Peça a eles que verifiquem, por exemplo, qual região consome maior volume desse recurso na irrigação, no consumo dos animais e no abastecimento urbano. Solicite que identifiquem como é distribuído o consumo de água na região hidrográfica onde está localizado o estado onde moram.

Região Amazônica

• Solicite aos alunos que

pesquisem qual é o rio que corre mais próximo de onde vivem e investiguem para qual finalidade a água desse curso de água é utilizada. Oriente-os a pesquisar essas informações na prefeitura ou na companhia de saneamento do município onde moram.

Área no território brasileiro (mil km2) 3870

Principal uso das águas 32% consumo dos animais

Região Tocantins-Araguaia

920

62% irrigação

Região Paraguai

363

34% consumo dos animais

Região Paraná

879

24% abastecimento urbano

Região Uruguai

274

82% irrigação

Região Atlântico Sul

187

66% irrigação

Região Parnaíba

333

73% irrigação

Região São Francisco

638

77% irrigação

Região Atlântico Sudeste

214

49% abastecimento urbano

Região Atlântico Leste

388

47% irrigação

Região Atlântico Nordeste Ocidental

274

48% abastecimento urbano

Região Atlântico Nordeste Oriental

286

62% irrigação

Fonte: BRASIL. ANA (Agência Nacional de Águas). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: regiões hidrográficas brasileiras. Brasília: ANA, 2015. Disponível em: <http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-conteudos/ conjuntura-dos-recursos-hidricos/regioeshidrograficas2014.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2018.

Região Hidrográfica Amazônica: apresenta ampla disponibilidade de recursos hídricos. O relevo de planície dificulta a exploração do potencial hidrelétrico dos rios amazônicos, porém esses cursos formam uma grande rede navegável e servem como vias de transporte, principalmente para as populações ribeirinhas, que também utilizam suas águas para a pesca. Ao longo do rio Amazonas e de seus afluentes estão algumas das áreas mais povoadas e industrializadas da região Norte do país. Região Hidrográfica do São Francisco: principal rio dessa região, o São Francisco é o único rio perene que cruza o semiárido nordestino. Suas águas são bastante utilizadas para a irrigação e possibilitaram o desenvolvimento de polos agrícolas regionais dedicados, sobretudo, à fruticultura. Por ser um rio de planalto, o São Francisco apresenta ainda bom potencial hidrelétrico, explorado por meio de algumas hidrelétricas instaladas em seu curso. Seu principal trecho navegável situa-se entre as cidades de Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e Pirapó(MG).

• Verifique, também, se

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

constataram a influência da ação humana no rio, como a presença de poluição, resíduos sólidos nas margens, entre outros.

Região Hidrográfica do Paraná: abrange parte da bacia do rio Paraná. As águas dessa região hidrográfica são largamente utilizadas para o abastecimento de áreas urbanas e também para irrigação de cultivos agrícolas no sul e sudeste do país. Nesses rios foram construídas usinas hidrelétricas de grande porte, responsáveis por abastecer a região Sudeste, a mais industrializada do país. Além disso, a maioria desses cursos de água apresenta intensa ocupação de suas margens e a poluição das águas é um grave problema. Vista de trecho intensamente poluído do rio Tietê na cidade de São Paulo (SP), 2018.

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Capítulo 4

Importantes bacias hidrográficas no mundo

Bacia do rio Yangtsé: formada pelo rio Yangtsé ou Azul, como também é chamado na China, esse rio e seus tributários são de grande relevância histórica e econômica para a China. Boa parte do rio Yangtsé apresenta grau elevado de ocupação de suas margens, marcadas pela presença de cidades, regiões industriais e polos agrícolas importantes. Entretanto, o uso intenso de suas águas para abastecimento da população e para a irrigação de cultivos agrícolas, somado ao desmatamento e à presença de indústrias e áreas urbanas ao longo de suas margens, tem provocado diversos impactos ambientais no rio Yangtsé. Entre os graves impactos podemos citar a poluição de suas águas por agrotóxicos.

O rio Mississippi tem grande importância para a economia estadunidense em razão do escoamento de sua produção por meio do transporte fluvial. Na fotografia acima, trecho do rio Mississippi em Nashville, Estados Unidos, 2017. gvictoria/Shutterstock.com

Bacia do rio Nilo: localizada no nordeste da África, tem como rio principal o Nilo. Esse rio é uma indispensável fonte de água e alimento para milhões de pessoas que vivem ao longo de suas margens, principalmente no Sudão e no Egito. As variações no nível do rio ao longo do ano são particularmente importantes, pois as inundações periódicas causadas pelas cheias do Nilo fertilizam os solos e possibilitam a prática da agricultura em uma região de clima desértico. O Nilo conta ainda com vários trechos navegáveis e com algumas usinas hidrelétricas para a geração de energia. Essas usinas são importantes para o desenvolvimento econômico da região, mas vêm alterando o regime de cheias e vazantes do rio, gerando impactos ambientais e sociais.

Lavoura cultivada às margens do rio Nilo em uma região agrícola do Egito, 2016.

A poluição das águas é um dos impactos ambientais que degrada o rio Yangtsé. Na fotografia, trecho desse rio em Xangai, 2017.

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• Leve o globo terrestre e deixe que os alunos possam explorá-lo para identificar a localização dos pontos indicados nesta página.

• Realize um debate com

os alunos sobre a importância das bacias hidrográficas indicadas para a população que reside em sua área de abrangência.

• Comente também com

Zolnierek/Shutterstock.com

Bacia do rio Mississippi: formada pelo rio Mississippi e seus tributários, é a mais importante bacia hidrográfica dos Estados Unidos. O aproveitamento para geração de eletricidade é baixo, mas o relevo facilita a navegação e o acesso ao oceano Atlântico com um importante fluxo no transporte de mercadorias. Suas águas também são utilizadas para abastecimento da população e para a irrigação, sendo a agricultura a principal atividade econômica realizada ao longo de suas margens. Consequentemente, a poluição de suas águas por agrotóxicos está entre os principais impactos ambientais verificados na bacia do rio Mississippi.

Paul Brady Photography/Shutterstock.com

Vamos conhecer e analisar as principais características de algumas das mais importantes bacias hidrográficas do mundo.

Orientações gerais

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os alunos que o rio Nilo tem uma importância histórica ainda maior. Em suas margens foi possível o desenvolvimento da agricultura por povos nômades e, a partir dela, foi possível a fixação ao solo, ou seja, deixar de ser nômade para a constituição de uma sociedade.

• Comente com os alu-

nos que, além de prover água para consumo, alimentos e transporte, existem rios que têm um valor sagrado para algumas culturas, como é o caso do rio Ganges, na Índia. Os hinduístas acreditam que as águas do rio Ganges são sagradas e as utilizam para se banhar, lavar roupas, beber, cozinhar etc. Porém, eles também as utilizam para rituais de purificação e é onde depositam suas oferendas (as cinzas dos corpos cremados). Por esses e outros motivos, o rio encontra-se com um nível alto de contaminação bacteriana. Aproveite este momento e reforce com os alunos que devemos respeitar as diferentes características religiosas e promover a valorização da identidade cultural, conforme orienta a competência específica de Ciências Humanas 1.

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Orientações gerais

As águas subterrâneas

• Comente com os alu-

As águas subterrâneas correspondem a aproximadamente 30% de toda a água doce que compõe as águas continentais. Essas águas estão distribuídas por grandes extensões do subsolo e atingem profundidades que variam de dezenas até milhares de metros. Elas formam grandes reservatórios, os quais são chamados aquíferos ou lençóis subterrâneos. Muitos deles estão localizados abaixo de lugares extremamente secos de nosso planeta, no entanto, em muitos casos, esses aquíferos podem aflorar e formar na superfície terrestre nascentes de rios.

nos que pesquisadores da Universidade Federal do Pará estão estudando o que pode ser considerado maior aquífero do mundo, conhecido como Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA). Sugerimos a leitura do texto a seguir para conhecer mais desse complexo reservatório.

ALISSON, Elton. Amazônia tem “oceano subterrâneo”. Agência Fapesp, 5 ago. 2014. Disponível em: <http://agencia.fapesp. br/amazonia-tem-oceanosubterraneo/19541/>. Acesso em: 23 set. 2018.

1

2

Ao longo do tempo, os aquíferos são abastecidos por parte da água da chuva que se infiltra pelo solo.

Armazenadas entre as rochas de natureza permeável da crosta, as águas subterrâneas levam geralmente milhares de anos para formar grandes reservatórios.

Luciane Mori

1

22

Área do Aquífero Guarani E. Cavalcante

[...] A Amazônia possui uma reserva de água subterrânea com volume estimado em mais de 160 trilhões de metros cúbicos [...]. O volume é 3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani [...]. O conhecimento sobre esse “oceano subterrâneo”, contudo, ainda é muito escasso e precisa ser aprimorado tanto para avaliar a possibilidade de uso para abastecimento humano como para preservá-lo em razão de sua importância para o equilíbrio do ciclo hidrográfico regional. [...] D i f e re n t e m e n t e d o Aquífero Guarani, acessível apenas por suas bordas – uma vez que há uma camada de basalto com dois quilômetros de extensão sobre o reservatório de água –, as áreas do Aquífero Amazônia são permanentemente livres. Em áreas de floresta, essa exposição do aquífero não representa um risco. Já em áreas urbanas, como nas capitais dos estados amazônicos, isso pode representar um problema sério. [...]

Águas subterrâneas

N

GO

MT

Cuiabá

L

O

Brasília Goiânia

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BOLÍVIA

MG MS

PARAGUAI

Campo Grande SP

BACIA DO PARANÁ

São Paulo

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Trópico de Capricórn

PR

ARGENTINA

Curitiba 26º S

SC

BACIA CHACO-PARANAENSE

RS

Florianópolis

Porto Alegre OCEANO ATLÂNTICO

URUGUAI

55° O

0

260 km

Área do Aquífero Guarani Capital federal Capital estadual

Fonte: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 324.

Na América do Sul está localizado um dos maiores reservatórios de água subterrânea do mundo, conhecido por Aquífero Guarani. Segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, o Aquífero Guarani possui uma área total de aproximadamente 1,2 milhão de km2 e passa pela Argentina, pelo Paraguai, pelo Uruguai e pelo Brasil, e a maior parte de sua área está concentrada no território brasileiro. No Brasil, o aquífero tem uma extensão de cerca de 840 mil km2 e atravessa oito estados — Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além da qualidade de sua água, o Aquífero Guarani apresenta um grande potencial hídrico capaz de promover um abastecimento público eficiente e dar suporte para o desenvolvimento das atividades industriais, agroindustriais e turísticas. Fonte: OEA (Organização dos Estados Americanos). Aquífero Guarani: programa estratégico de ação. 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/publicacoes/ agua/category/42-recursos-hidricos.html?download=883:programa-estrategicode-acao>. Acesso em: 20 ago. 2018.

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Capítulo 4

A apropriação dos recursos hídricos é uma prática humana que tem ocorrido das mais diversas formas ao longo da história. Atualmente, mais do que nunca, a utilização da água, além de ter se intensificado, tem ocorrido de maneira mais vantajosa, pois os recursos hídricos podem servir para a irrigação na produção de alimentos, para a geração de energia elétrica ou como vias de transporte, por exemplo. Apesar dos benefícios causados à humanidade, a intensa exploração das fontes de água, sobretudo nos dias atuais, tem ocasionado prejuízos sociais e degradações ambientais. Vamos observar o caso do Mar de Aral.

Mar de Aral

Rio

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L

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S

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Resposta

TURCOMENISTÃO

Veja, a seguir, a rápida degradação do Mar de Aral representada por meio de imagens de satélite retratadas ao longo de aproximadamente 40 anos.

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u

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• Resposta pessoal. Es-

timule os alunos a um momento de reflexão sobre o uso correto dos recursos hídricos.

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a

CHINA

AFEGANISTÃO 0

1999

240 km

2014 Fotos: NASA/SPL/Fotoarena

1987

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E. Cavalcante

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Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. 144-145.

1973

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rD

O nível do Mar de Aral foi baixando e, atualmente, bancos de sal e água contaminada por agrotóxicos predominam onde antes a atividade da pesca era fonte de alimento e renda para muitas pessoas.

Localização do Mar de Aral 60° L

tema permite uma reflexão sobre a forma como a sociedade vem se apropriando dos recursos hídricos e a questão apresentada nesta página poderá ser utilizada para realizar um debate com os alunos, possibilitando um trabalho com as habilidades EF06GE10 e EF06GE12. este estudo os alunos também poderão analisar o modo como a sociedade tem interferido nos ciclos da natureza e as consequências que essas ações têm ocasionado nas paisagens, inclusive propondo formas de minimizar os danos, conforme orienta a competência específica de Ciências Humanas 3.

O Mar de Aral era, originalmente, um importante reservatório de água salgada, mas seu abastecimento era proveniente, principalmente, das bacias hidrográficas de dois importantes rios: o Amu Darya e o Syr Darya. Veja a localização no mapa. O uso da irrigação é milenar na região do Mar de Aral, onde atuam os climas semiárido e desértico. No entanto, a exploração desenfreada das águas dos rios Amu Darya e o Syr Darya, a fim de ampliar a produção irrigada, gerou prejuízos socioeconômicos e, principalmente, ambientais incalculáveis.

BNCC

• Este

• Com

O esgotamento do Mar de Aral

S

:49 PM

A sociedade e a apropriação dos recursos hídricos

• Com os colegas, converse sobre os prejuízos para nossa sociedade ao nos apropriarmos desse recurso hídrico de maneira predatória. Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

133

Orientações gerais

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• Para complementar o estudo sobre a intensa exploração do Mar de Aral, sugerimos a leitura do texto a seguir, que apresenta informações de um projeto que tem como objetivo o reflorestamento da região.

10/15/18 4:49 PM

> QOBIL, Rustam; HARRIS, Paul. Projeto tenta devolver

vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de irrigação. BBC, 4 jun. 2018. Disponível em: <http://livro. pro/otcsjt>. Acesso em: 23 set. 2018.

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Integrando saberes

• Este

tema permite o trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências, abordando o tema contemporâneo Educação ambiental. Aproveite a oportunidade e promova uma conversa com o professor desse componente, envolvendo questões como a importância da qualidade da água para a saúde humana, os processos de tratamento, as doenças adquiridas pelo contato ou consumo de águas contaminadas, entre outros.

Explorando o tema

Desde as antigas civilizações, os aquíferos são utilizados como fonte de água potável. No entanto, nos últimos 50 anos, eles vêm sendo explorados de forma excessiva e sem planejamento. Desse modo, a parcela de água infiltrada não tem sido suficiente para manter o nível desses aquíferos, pondo em risco o abastecimento de água para as populações que dependem deles. Atualmente, a superexploração e a contaminação das águas dos aquíferos são os principais problemas que atingem as águas subterrâneas no mundo.

1

• Leve os alunos a per-

ceberem as mudanças em seu dia a dia, incentivando-os a comentar sobre as atitudes que podem tomar, dentro de casa, para a preservação e conservação das águas subterrâneas. Assim, o trabalho com a competência geral 10 da BNCC será comtemplado. que a diminuição da produção de resíduos sólidos está entre as principais atitudes. Explique a eles que uma das maneiras de armazenar resíduos sólidos, gerados pelas atividades humanas, é o aterro sanitário. Quando construídos de maneira correta, esses locais de armazenamento de resíduos não poluem o meio ambiente. Leia o texto apresentado na página seguinte que o auxiliará neste tema.

3

Em muitos países, os aquíferos estão se esgotando em decorrência de uma exploração maior que sua capacidade de reabastecimento.

2

O despejo de esgoto doméstico e industrial, sem o devido tratamento, contamina as águas de rios e aquíferos.

A impermeabilização do solo impede a infiltração da água das chuvas, e isso acontece principalmente nas cidades, em razão da pavimentação de ruas e calçadas e da cimentação de construções.

Impermeabilização: efeito ocasionado por pisos (calçadas, asfalto) que evita a infiltração, sobretudo de líquidos, na superfície.

Flaper

• Comente

Aquíferos: reservas superexploradas

134

g20_ftd_lt_6vsg_c4_p127a137.indd Orientações gerais

134

• Peça aos alunos que busquem identificar os problemas relacionados à utilização de aquíferos.

• Em seguida, divida os alunos em duplas e solicite que

levantem soluções para evitar a exploração excessiva das águas de aquíferos e sua contaminação.

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• Como produto final, solicite aos alunos que produzam

um cartaz com ilustrações ou charges para conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da preservação não somente dos rios que correm em superfície terrestre, mas também dos aquíferos. Desta forma, exponha os cartazes em local movimentado.

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:49 PM

Brasil

Dinamarca

Estados Unidos

França

Alemanha

Marrocos

Áustria

Capítulo 4

Alguns países que utilizam águas subterrâneas

a ) O abastecimento de água em seu município provém de aquíferos? b ) Você já observou, no município em que vive, alguns dos problemas ambientais mostrados neste esquema e que podem contaminar as águas subterrâneas? O que é possível fazer para evitar que isso ocorra? Converse com os colegas. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

Índia

Bélgica

6

4

Os fluidos depositados em fossas negras estão contaminando vários aquíferos no mundo.

No espaço rural, grande parte da água de aquíferos é explorada para a irrigação de lavouras.

O acúmulo de lixo sobre o solo desprotegido produz o chorume, que se infiltra no solo e contamina as águas subterrâneas.

5

Fonte: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 439-441.

7

A aspersão de agrotóxicos em lavouras, se aplicados em grandes quantidades, pode contaminar os aquíferos.

Chorume: fluido formado a partir da decomposição de matéria orgânica presente no lixo. Fossa negra: escavação no solo destinada a receber esgoto doméstico em áreas que não possuem serviço de tratamento de esgoto.

Orientações gerais

• Explique

aos alunos como é realizado o armazenamento dos resíduos sólidos gerados no município onde vivem. Essa informação pode ser adquirida na prefeitura.

Aterro Sanitário O Aterro Sanitário é um aprimoramento de uma das técnicas mais antigas utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o aterramento. Modernamente, é uma obra de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo resíduos no menor espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio ambiente ou à saúde pública. Essa técnica consiste basicamente na compactação dos resíduos no solo, na forma de camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material inerte. [...] O aterro sanitário deve operar de modo a fornecer proteção ao meio ambiente, evitando a contaminação das águas subterrâneas pelo chorume (líquido de elevado potencial poluidor, de cor escura e de odor desagradável, resultado da decomposição da matéria orgânica), evitando o acúmulo do biogás resultante da decomposição anaeróbia do lixo no interior do aterro. [...] COMPANHIA Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). 2018. Disponível em: <https://cetesb. sp.gov.br/biogas/aterro-sanitario>. Acesso em: 23 set. 2018.

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Respostas

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a ) Resposta pessoal. Caso os alunos não tenham conhecimento de onde provém a água que abastece o município, instrua-os na pesquisa para a obtenção dessa informação. Eles podem pesquisar, por exemplo, no site da prefeitura.

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b) Resposta pessoal. Comente com os alunos que, mesmo que o município onde vivem não seja abastecido por aquíferos, ações como as mostradas nesse esquema contribuem para a contaminação dessas águas.

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• Sugerimos que, ao fi-

nal do estudo deste capítulo, seja realizado um trabalho de campo com os alunos no município onde moram. Escolha algumas das áreas onde vivem, onde eles consigam identificar, por exemplo, as características do relevo. Além disso, caso exista algum rio no município, é interessante levá-los até lá, para identificarem algumas de suas partes estudadas neste capítulo.

1. Não. Possível resposta: as águas oceânicas existem em maior proporção em nosso planeta; elas correspondem a 97% do total de água na Terra, enquanto as águas continentais representam 3%.

Exercícios de compreensão

4. O que são as correntes marítimas?

2. Mares Anote sua resposta no caderno. abertos: tipo 1. Podemos afirmar que as águas contide mar que apresenta uma 5. Cite dois exemplos da importância nentais e oceânicas estão presentes na grande ligação das águas oceânicas para a sociedade. mesma proporção em nosso planeta? com os Possível resposta: para a pesca e como vias de transporte. oceanos e Justifique sua resposta no caderno. 6. De acordo com o que você estudou mares vizinhos. Mares neste capítulo, cite dois exemplos de 2. No caderno, explique o que são mafechados: são como as águas dos rios são utilizares abertos, mares fechados e mares mares que não têm ligação das pela sociedade. de interiores. direta com os Possível resposta: irrigação, consumo próprio, oceanos e alimentação, transporte, uso industrial. 3. Descreva, no caderno, a relação exisoutros mares. Mares tente entre latitude e temperatura das A temperatura das águas dos oceanos varia de acordo com a latitude. Em latitudes interiores: são águas oceânicas.mais baixas, ou seja, mais próximas à linha do equador, a temperatura da água é maior; aqueles que se e em latitudes mais elevadas, próximas aos polos, a temperatura das águas diminui. comunicam com os Geografia no contexto oceanos por meio de 7. As imagens a seguir mostram um rio, localizado no Mato Grosso, em dois períopequenos dos diferentes de seu regime fluvial, no ano de 2013. Observe. canais naturais, denominados estreitos. A B 4. São massas de água com características de temperatura e salinidade semelhantes, que se deslocam em meio aos oceanos. 7. b) Resposta esperada: a paisagem, que apresentava um volume e nível de águas maior durante o período de cheias do rio, passou a apresentar um baixo nível de suas águas no período seco, inclusive com exposição de parte do seu leito.

Agora, responda às questões no caderno.

Fotos: Fabio Colombini

Atividades

Orientações gerais

a) Na imagem A é retratado o período de cheias e na imagem B, o período de vazantes.

a ) Qual período do regime fluvial é retratado na imagem A? E na imagem B?

b ) Escreva um pequeno texto descrevendo a transformação na paisagem desse rio com a mudança de seu regime fluvial.

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Capítulo 4

a ) Identifique o rio principal desta bacia. Rio Jequitinhonha.

E. Cavalcante

Itacambiruçu, Araçuaí, Piauí, b ) Qual o nome de seus afluentes representados no mapa? Rios São Miguel, São Pedro e São Francisco. c ) Em que estado brasileiro esBacia hidrográfica do rio Jequitinhonha tá localizada a nascente do rio principal? No estado de BA Minas Gerais.

d ) Onde o rio principal deságua? No oceano Atlântico.

e ) Diferencie a nascente da foz de um rio.

Rio São F r

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Material digital

• No material digital há

uma proposta de acompanhamento de aprendizagem referente ao 2º bimestre como sugestão de avaliação que pode auxiliá-lo a acompanhar a aprendizagem dos alunos em relação às habilidades desenvolvidas neste capítulo.

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Nascente é o local onde o rio nasce e inicia o seu curso. Foz é a parte do rio que deságua em outro rio, lago ou oceano.

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17° S

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8. Observe a bacia hidrográfica no mapa abaixo. Em seguida responda às questões no caderno.

Bacia do rio Jequitinhonha Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Bacia do Rio Jequitinhonha. Disponível em: <www.ibge. gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ diagnosticos_levantamentos/jequitinhonha/ mapa.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018.

Rios permanentes

MG

OCEANO ATLÂNTICO

N

60 km

ES

L

O

0

S

42° O

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• Relevo é o conjunto das formas que a superfície da Terra apresenta, que são formadas e

transformadas por agentes internos, como os terremotos e vulcões, e externos, como a água, o vento e o gelo.

• As camadas internas da Terra se diferenciam de acordo com a profundidade, a composição e a temperatura. São elas: crosta, manto e núcleo.

• A crosta terrestre é dividida em grandes partes denominadas placas litosféricas, que deslizam sobre o manto.

• As rochas que compõem a superfície terrestre são formadas por minerais de características distintas e podem ser classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.

• As principais formas do relevo continental são classificadas em: depressões, planícies, planaltos e montanhas.

• As águas oceânicas possuem características diferentes de acordo com a temperatura e a salinidade. A temperatura das águas oceânicas varia de acordo com a latitude.

• As águas continentais compreendem as porções de águas, em sua maioria doce, existentes tanto na superfície quanto no subsolo dos continentes.

• A variação do volume e do nível das águas dos rios é chamada de regime fluvial e divide-se em dois períodos: o da vazante e o da cheia.

• Bacia hidrográfica compreende o conjunto de terras de uma porção do relevo por onde correm um rio principal e seus afluentes.

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Refletindo sobre o capítulo

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• Avalie se os alunos desenvolveram as habilidades in-

dicadas no decorrer deste capítulo. Se necessário, verifique a necessidade de utilizar outras estratégias de aprendizagem para que as habilidades e os objetivos se-

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jam alcançados. É fundamental que os alunos percebam a importância de realizar a autoavaliação com seriedade para que reconheçam o que aprenderam e se precisam do auxílio do professor para rever algum conteúdo.

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Objetivos do capítulo

Capítulo

O clima, a vegetação e as paisagens

• Identificar quais são as

camadas que compõem a atmosfera.

• Determinar

as características dos elementos atmosféricos e compreender como eles interagem na formação de fenômenos, como a chuva e o vento.

• Compreender

o que são massas de ar e sua atuação na dinâmica do clima.

• Reconhecer a diferença entre clima e tempo atmosférico.

• Compreender como é realizada a previsão do tempo atmosférico e sua importância para a sociedade.

• Ler e interpretar climogramas.

• Identificar os principais

tipos de clima existentes no mundo e no Brasil.

• Reconhecer

como o clima interfere no modo de vida das pessoas.

• Refletir

a respeito de como o clima interfere na distribuição das formações vegetais do mundo.

• Analisar a interferência das atividades humanas nas formações vegetais do mundo.

• Reconhecer e valorizar

a importância da Floresta Amazônica para os povos que a habitam e os benefícios das plantas para a alimentação e a medicina. Trilha em meio à vegetação no Parque Nacional de Fiordland, Nova Zelândia, 2017.

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• Solicite aos alunos que procurem no planisfério po-

lítico das páginas 254 a localização da Nova Zelândia. Comente com os alunos que a Nova Zelândia é um país conhecido por suas belezas naturais e pela intensa presença de parques e reservas florestais.

• Incentive os alunos a observar a fotografia e a comen-

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tar com os colegas os elementos que podem caracterizar o clima da região, como a vegetação. Você pode iniciar o estudo desse tema para desenvolver uma dinâmica de “tempestade cerebral”, ou seja, incentivar os alunos a expor oralmente suas ideias sobre o assunto abordado nestas páginas relacionado à fotografia.

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BNCC explorar as páginas de abertura, já é possível trabalhar com a habilidade EF06GE05, pois os alunos poderão mencionar os componentes físico-naturais (clima e vegetação) que estabelecem relações de integração expressos na paisagem representada na fotografia.

• Ao

O ser humano sempre buscou compreender os fenômenos atmosféricos observados em nosso planeta, como a chuva, os ventos, os tornados e os furacões. No decorrer deste capítulo, vamos estudar esses fenômenos atmosféricos, os principais tipos de climas existentes em nosso planeta e sua relação com as formações vegetais nativas nos mais diferentes lugares. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

Orientações gerais

• Aproveite estas questões e avalie os conhecimentos prévios dos alunos. Verifique se eles percebem a relação existente entre o clima e a vegetação.

A Converse com os colegas e identifiquem algumas características da vegetação retratada na fotografia. B Ainda observando a formação vegetal, você conclui que ela se desenvolve em uma área de clima quente e úmido ou em uma área de clima frio e seco?

Respostas A Os alunos podem descrever que a vegetação é bastante densa e composta por uma grande variedade de espécies vegetais.

C No lugar onde você vive, quais são os meses do ano que normalmente registram as temperaturas mais elevadas? E quais são os que geralmente registram as temperaturas mais amenas? Troque ideias com os colegas.

Puripat Lertpunyaroj/Alamy/Fotoarena

B Conclui-se que a vegetação se desenvolve em uma área de clima quente e úmido. Complemente para os alunos os aspectos que denotam tais características, como o aspecto verdejante e úmido da vegetação. C Resposta pessoal. Verifique se a resposta dos alunos está coerente com a atividade proposta. Estimule a participação de todos.

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Orientações gerais

Atmosfera: a camada de gases que envolve a Terra

• Oriente

os alunos a realizar a leitura deste infográfico de baixo para cima, ou seja, das camadas mais próximas à superfície terrestre até as mais distantes.

A maior parte das formas de vida da Terra necessita da atmosfera para sobreviver. Sem ela, provavelmente não existiria vida em nosso planeta.

A atmosfera da Terra é composta de vários gases, no entanto, o nitrogênio e o oxigênio são seus principais componentes, correspondendo, respectivamente, a 78% e 21% de sua composição, assim como outros tipos de gases representam 1% de sua totalidade. De acordo com estudos baseados em dados obtidos por diferentes equipamentos, como balões atmosféricos e foguetes de observação, a atmosfera terrestre é composta de cinco camadas. Veja, na imagem a seguir, as principais características de cada uma delas. Raios ultravioleta: radiação de ondas eletromagnéticas emitidas pelo Sol, não visíveis ao olho humano. A radiação ultravioleta atua na produção de vitamina D na pele, mas o excesso de exposição a ela pode causar doenças.

Exosfera Exosfera

Fotomontagem de Luciane Mori. Foto: Npeter/Shutterstock.com

500 km

Termosfera

Está a mais de 500 km de altitude da superfície da Terra. Em todas as camadas da atmosfera o ar torna-se cada vez mais rarefeito conforme a altitude aumenta. Na exosfera o ar torna-se intensamente rarefeito, até o ponto em que deixa de existir, no espaço sideral.

Termosfera

Está entre 80 e 500 km de altitude da superfície terrestre. Sua temperatura se eleva conforme a altitude aumenta. É nessa camada que se refletem as ondas de radiotelefonia que possibilitam as transmissões de rádio entre todos os lugares do mundo.

Mesosfera

Esta camada alcança até aproximadamente 80 km do solo. Nela, conforme a altitude aumenta, a temperatura diminui, atingindo cerca de ‒90 oC.

Estratosfera

80 km Mesosfera Estratosfera

Situa-se a até 50 km de altitude. Nela, diferentemente da camada anterior, a temperatura aumenta conforme a altitude aumenta. Além disso, a maior parte do ozônio (O3), que é o gás que absorve parte dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, está localizada nesta camada da atmosfera.

50 km 15 km

Troposfera

Fonte: Tempo & clima. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1995. p. 110-111. (Ciência & Natureza).

Troposfera

Tem aproximadamente 15 km de altitude. Sua temperatura diminui cerca de 6,5 ° C a cada quilômetro que se distancia do solo. Esta camada concentra praticamente todo o vapor de água da atmosfera, e nela ocorre a dinâmica da maior parte dos fenômenos atmosféricos que caracterizam o clima, como os ventos, as massas de ar e as nuvens.

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Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c5_p138a149.indd

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• O texto a seguir trata da evolução do conhecimento humano a respeito da atmosfera terrestre.

[...] foram os gregos os primeiros a produzir e registrar de forma mais direta suas reflexões sobre o comportamento da atmosfera, decorrentes das observações feitas acerca da diferenciação dos lugares e em navegações pelo mar Mediterrâneo. [...]

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O domínio do mundo grego pelo Império Romano provocou uma queda considerável da produção intelectual no período, pois os romanos, diferentemente dos gregos, estavam mais preocupados com o expansionismo do Império que com o aprofundamento das reflexões sobre o comportamento dos fenômenos da natureza. [...] Foi a partir de movimentos como o Renascimento que as

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Na atmosfera do nosso planeta ocorrem diversos fenômenos atmosféricos, como os ventos, as nuvens e as precipitações (chuva, geada e neve). Esses fenômenos ocorrem quando os elementos atmosféricos, como temperatura, pressão e umidade, interagem na atmosfera terrestre, sobretudo na troposfera, sua camada inferior.

Capítulo 5

Elementos atmosféricos O tempo Eduardo Banqueri. São Paulo: Escala Educacional, 2007. (Guia de Campo). Nesse livro são apresentados os climas da Terra, tipos de nuvens, composição da atmosfera, entre outros temas relacionados aos fenômenos atmosféricos.

Temperatura A variação de temperatura na atmosfera está, em grande parte, relacionada ao aquecimento da superfície terrestre. Quanto maior for a intensidade de energia recebida do Sol e refletida pela superfície, maior será o aquecimento do ar que, consequentemente, apresentará temperaturas mais elevadas. Por outro lado, quanto menor a intensidade de calor recebido e emitido pela superfície terrestre, menores serão as temperaturas registradas. Isso quer dizer que a quantidade de calor emitido pela superfície terrestre, em determinado lugar e momento, pode proporcionar a ocorrência de dias mais quentes ou mais frios ao longo do ano.

• Solicite

Fotomontagem de Barbara Sarzi. Foto: Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Veja no material audiovisual o vídeo sobre Clima e reequilíbrio ambiental.

100% emitido pelo Sol.

50% chega à superfície.

Reemissão de energia (calor) pela superfície

Ao receber a energia proveniente do Sol, a superfície do planeta é aquecida e parte dessa energia é liberada para o ar, aquecendo-o.

27% refletido pelas nuvens.

20% absorvido pela atmosfera.

3% refletido pela superfície.

Fonte: DEMILLO, Rob. Como funciona o clima. São Paulo: Quark Books, 1998. p. 34-35.

nos o tema integrador Educação alimentar e nutricional, explicando que a vitamina D é importante para o organismo por atuar no fortalecimento dos ossos do corpo humano, além de prevenir outras doenças. Explique que essa vitamina pode ser elaborada pelo organismo humano em exposição moderada à luz solar (cerca de 15 minutos). A vitamina também promove a absorção de cálcio pelo organismo. Orientações gerais

Veja, no esquema a seguir, como ocorre o aquecimento do ar atmosférico. Radiação solar e o aquecimento do ar atmosférico

BNCC

• Trabalhe com os alu-

aos alunos uma leitura atenciosa do infográfico da radiação solar e do aquecimento do ar atmosférico. Peça que eles descrevam como sentem a temperatura do ar, seja ao estarem expostos ao sol, ao entrarem em um ambiente aquecido em um dia de elevada temperatura etc. Material audiovisual

• Um dos materiais dis-

poníveis nesta coleção permite compreender a importância de estudar os mecanismos do clima, pois trata das alterações climáticas, apresentado em formato de vídeo curta-metragem. Aborda as mudanças climáticas e a influência antrópica nesse processo.

Vista do município de Campo Grande (MS), 2018.

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preocupações com a atmosfera foram retomadas, no sentido de desvendar seu funcionamento. Alguns resultados daquelas preocupações podem ser identificados na invenção do termômetro, por Galileu Galilei, em 1593, e na invenção do barômetro, por Torricelli, em 1643.

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Após esse período, os saltos foram sendo cada vez mais rápidos e mais intensos, pois o conhecimento sistemático e detalhado da natureza era imperativo ante a necessidade de expansão capitalista europeia. [...] O lançamento de satélites meteorológicos, a partir da década de 1960, permitiu a aná-

lise e o monitoramento minuto a minuto das condições atmosféricas em escala regional e planetária. MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. p. 11-13.

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Orientações gerais

A temperatura do ar atmosférico também varia devido à latitude, altitude, maritimidade e continentalidade, como veremos a seguir.

• Retome com os alunos

as noções sobre a forma e os movimentos da Terra, assim como sobre radiação solar na superfície terrestre, já tratadas nas páginas 82 a 87, para explicar o efeito da latitude na caracterização da atmosfera terrestre. aos alunos que identifiquem, no planisfério político da página 254 a localização do Quênia e da Tanzânia.

1

Cír Tró

Luciane Mori

• Peça

Radiação solar na superfície da Terra

• Oriente

Lin Tró Cír

os alunos na leitura da imagem, reconhecendo que em primeiro plano a área de savana apresenta uma vegetação predominantemente rasteira e amarelada. Essas características revelam o aspecto de clima quente e seco que atua na região. Ao fundo, o vulcão com seu cume nevado revela como a temperatura do ar vai diminuindo conforme a altitude aumenta, ao ponto de formar uma cobertura de gelo no topo dessa formação vulcânica.

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Altitude

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Latitude Nas regiões polares, a radiação solar incide em um ângulo mais inclinado 1 e, por isso, distribui-se por uma área maior, o que torna essas porções da Terra menos aquecidas do que as que estão próximo à linha do equador (latitude 0°). Na região equatorial do planeta, a atmosfera terrestre tende a ser mais aquecida, pois os raios solares incidem de maneira mais direta 2 e intensa sobre ela. Portanto, de modo geral, nas regiões de menor latitude a temperatura média do ar atmosférico é mais elevada, e nas regiões de maior latitude a temperatura média do ar atmosférico tende a ser menor. Fonte: FILIZOLA, Roberto. Meu mundo em mapas. Curitiba: Positivo, 2008. p. 25.

Na troposfera, quanto maior a altitude em relação à superfície terrestre, menor a temperatura do ar. Desse modo, em geral, as áreas localizadas em altitudes elevadas, mesmo as situadas em áreas tropicais, apresentam temperaturas baixas. Um exemplo desse fato acontece com o vulcão Quilimanjaro que, embora localizado próximo à linha do equador, tem o topo coberto de neve por conta de sua elevada altitude, 5 895 metros.

V. GIANNELLA/ DEA/Getty Images

A fotografia abaixo mostra, ao fundo, o Monte Quilimanjaro, localizado na porção centro-leste da África, na divisa entre os países Quênia e Tanzânia, 2018.

• Solicite aos alunos que

pesquisem outras formações de relevo de elevada altitude, localizadas em regiões intertropicais e que também possuem o cume recoberto de gelo.

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Capítulo 5

Continentalidade e maritimidade Os efeitos da continentalidade e da maritimidade estão diretamente relacionados à proximidade ou não de vastas superfícies hídricas, como os mares e os oceanos. O efeito da continentalidade acontece em áreas afastadas das grandes massas de água, onde a temperatura do ar se aquece e se resfria mais rapidamente. Em decorrência disso, nessas áreas há uma maior variação da temperatura, como em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. O efeito da maritimidade ocorre em áreas próximo a mares e oceanos, onde as águas se aquecem e se resfriam mais lentamente. Como consequência, nessas áreas, a variação da temperatura é menor, como se verifica em Ilhéus, no estado da Bahia.

E. Cavalcante

RR

L

AP

S

Equador 0º

AM

CE

MA

PA

PI

AC RO

TO MT

SE

BA

Cuiabá

RN

PE

PB

Caso vivam em um município litorâneo, utilize as características da pequena amplitude térmica registrada. O inverso pode ser verificado, ou seja, uma amplitude térmica mais elevada, caso vivam em um município distante do litoral.

AL

Ilhéus

DF GO MG

MS SP PR

ES

RJ Trópico de Ca

• Depois da contextua-

pricórnio

lização proposta, procure avaliar se os alunos compreenderam os efeitos da continentalidade e da maritimidade, com base no exemplo do município onde vivem e, se necessário, realize outras exemplificações.

SC OCEANO ATLÂNTICO

RS OCEANO PACÍFICO

0

50º O

410 km

que Ilhéus (BA) e Cuiabá (MT) encontram-se em latitudes semelhantes. Portanto, o clima, que poderia ser igual, muda devido à influência de outros fatores, inclusive da continentalidade e da maritimidade. sobre o efeito da continentalidade e da maritimidade, tomando o contexto do lugar onde vivem. Traga um mapa político do Brasil para a sala de aula e, considerando a localização do município onde moram, questione qual dos efeitos exerce maior influência sobre o clima que atua localmente.

Cuiabá (MT) e Ilhéus (BA) N

• Comente com os alunos

• Faça questionamentos

Veja no mapa abaixo a localização de Cuiabá, no interior do continente, e de Ilhéus, no litoral.

O

Orientações gerais

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 90.

Como se calcula a amplitude térmica Em geral, a temperatura do ar atmosférico, em um determinado lugar, varia durante o dia e a noite. Em grande parte da superfície terrestre, durante o dia as temperaturas registradas são mais elevadas que as da noite. Para sabermos a variação da temperatura em um determinado lugar basta verificar a diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registradas nesse lugar, em um determinado período de tempo. A essa diferença de temperatura, em um determinado local, em determinado espaço de tempo, dá-se o nome de amplitude térmica.

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Orientações gerais

Veja, no exemplo a seguir, o cálculo da amplitude térmica medida entre as 7 e as 18 horas de um dia na cidade de São Paulo.

• Proponha cálculos da amplitude térmica de um determinado período do dia com os alunos. Vocês podem realizar medições na escola, no horário de entrada e próximo ao horário de saída, no período de aula dos alunos.

Temperatura máxima – Temperatura mínima = Amplitude térmica 28 oC – 13 oC = 15 oC

Como vimos na página 143, os efeitos da maritimidade e da continentalidade influenciam na variação da temperatura, ou seja, na amplitude térmica de um lugar. Isso porque, no interior dos continentes, a superfície das áreas é aquecida rapidamente durante o dia, resfriando-se, também rapidamente, durante a noite. Isso ocasiona uma amplitude térmica maior, ou seja, uma grande diferença entre as temperaturas do dia e da noite. Já em áreas do litoral, as águas se aquecem lentamente durante o dia e liberam calor também de maneira lenta durante a noite, ocasionando uma amplitude térmica menor nas áreas próximo a essas massas hídricas. Assim, a diferença de temperatura entre o dia e a noite torna-se menor.

• Também

é possível sugerir aos alunos que realizem medições em casa e tragam as informações para serem comparadas na escola. Para realizar essas medições, providencie um termômetro simples de temperatura ambiente, que pode ser encontrado facilmente em lojas de utilidades domésticas ou de artigos para turistas. Caso os alunos não disponham de um termômetro, organize um rodízio, em que cada um leva o termômetro providenciado para casa em um determinado dia, para que as medições sejam realizadas e trazidas para serem confrontadas pela turma.

Paralaxis/Alamy/Fotoarena

Vamos analisar o exemplo das duas cidades apresentadas no mapa da página 143, Cuiabá e Ilhéus, localizadas praticamente na mesma latitude, estando uma na porção central do continente e outra no litoral.

No município de Ilhéus, no estado da Bahia, por ser litorâneo, verifica-se o efeito da maritimidade. Localizado na latitude 14o S, apresenta amplitude térmica anual de 7 oC, com 28 oC de média máxima e 21 oC de média mínima anuais. Ao lado, vista do município de Ilhéus (BA), 2018.

Vinicius Tupinamba/Shutterstock.com

Cuiabá, no estado de Mato Grosso, é um município onde se verifica o efeito da continentalidade, por estar longe de grandes massas de água. Localizado na latitude 15o S, apresenta amplitude térmica anual de 12 oC, com 33 oC de média máxima e 21 oC de média mínima anuais. Ao lado, vista do município de Cuiabá (MT), 2018.

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Capítulo 5

Pressão atmosférica A pressão atmosférica pode ser definida como o peso que o ar exerce sobre qualquer lugar da superfície terrestre. Assim, tudo o que existe na superfície do planeta, como construções, automóveis, vegetação e inclusive nós, seres humanos, sofre a ação da pressão atmosférica. A pressão do ar não é a mesma em todos os lugares da superfície terrestre, pois ela pode variar de acordo com a temperatura e a altitude. Em lugares onde a temperatura é baixa, como nas regiões polares, as moléculas que compõem os gases da atmosfera se comprimem, tornando o ar mais denso e com maior pressão. Em situações opostas, como nas áreas de temperaturas elevadas, as moléculas dos gases que compõem o ar se expandem, tornando o ar menos denso e com pressão menor. Agora, veja no esquema abaixo como a pressão atmosférica varia de acordo com a altitude. Altitude e pressão atmosférica

Molécula: representa tanto a estrutura como também as propriedades de uma substância que é formada pela ligação de um ou mais átomos.

Altitude (em metros)

4 000 Luciane Mori

Coluna de ar baixa pressão

Nas regiões de altitudes elevadas, onde a coluna de ar sobre a superfície é menor, a pressão atmosférica também é menor.

3 000 Coluna de ar

2 000

Orientações gerais

• Comente com os alu-

nos que as pessoas que não estão acostumadas a viver em lugares com altitudes elevadas, acima de 2 800 metros acima do nível do mar, ao viajar para cidades como La Paz (Bolívia), Cusco (Peru) e Quito (Equador), muitas vezes são acometidas pela hipobaropatia, mais conhecida como “mal de altitude”. Esse mal-estar é um distúrbio causado pela baixa pressão parcial de oxigênio, levando a sua baixa difusão nos pulmões, com diferentes sintomas em nosso organismo: dor de cabeça, falta de ar, enjoo, cansaço, entre outros. E por que isso acontece? Conforme a altitude aumenta, a pressão atmosférica diminui e menos moléculas de oxigênio estão disponíveis no ar mais rarefeito.

Já nas regiões de baixa altitude, onde o ar é mais denso e a coluna de ar sobre a superfície terrestre é maior, a pressão atmosférica também é maior.

1 000

alta pressão

0 Fonte: PETERSEN, James F; SACK, Dorothy; GABLER, Robert E. Fundamentos de Geografia Física. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p. 77.

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Orientações gerais

Ventos: o ar em movimento

• Relembre os alunos de

que os fortes ventos podem se transformar em grandes redemoinhos que se formam em áreas continentais de baixa pressão atmosférica, como os tornados. Se considerar pertinente, retome o conteúdo da página 26 para que os alunos relembrem as consequências de um tornado nas paisagens. Para identificar a diferença entre tornado, furacão e tufão, sugerimos a leitura da reportagem a seguir.

Certamente você já percebeu a presença do vento, observando o movimento da vegetação ou sentindo o contato dele com o seu corpo. O vento é o ar em movimento. As diferenças de temperatura e de pressão estão diretamente relacionadas ao deslocamento do ar. Isso ocorre porque o ar sempre se desloca das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. Veja como isso ocorre nos esquemas a seguir. Deslocamento do ar

alta pressão

baixa pressão Os ventos partem das áreas de alta pressão, chamadas de dispersoras de ventos, em direção às áreas de baixa pressão, denominadas receptoras de ventos.

> BARBOSA, Vanessa.

Qual a diferença entre tornado, tufão e furacão? Exame, 24 set. 2018. Disponível em: <http:// livro.pro/6xbjzj>. Acesso em: 14 set. 2018.

Os ventos se deslocam em diferentes escalas espaciais, ou seja, eles podem se movimentar em escala global e em escala local. Veja, a seguir, um exemplo de como isso ocorre em escala local, ou seja, em uma área litorânea. Deslocamento do ar durante o dia

alta pressão

baixa pressão

Nas regiões litorâneas, durante o dia, os raios solares aquecem mais rapidamente as áreas do continente do que as massas de água. Nesse caso, criam-se uma área de alta pressão sobre o mar e uma área de baixa pressão sobre o continente. Dessa forma, os ventos se deslocam do mar em direção ao continente, originando a brisa marítima.

Durante a noite, o continente perde o calor acumulado durante o dia mais rapidamente que a água, tornando-se, então, mais frio. Já as águas liberam seu calor lentamente, permanecendo mais quentes que o continente. O vento, neste caso, se desloca do continente (alta pressão) para o mar (baixa pressão), originando a brisa terrestre.

Fonte das ilustrações: Tempo & clima. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1995. p. 42-43. (Ciência & Natureza)

baixa pressão

alta pressão

Ilustrações: Luciane Mori

Deslocamento do ar durante a noite

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Capítulo 5

Circulação atmosférica global Vimos na página anterior como ocorre a formação dos ventos em escala local. No entanto, esse deslocamento do ar também ocorre em escala global e tem características diferentes entre algumas porções do planeta. O mesmo mecanismo que diferencia temperatura e pressão, atuante no deslocamento do ar em escala local, também age em escala global. Desse modo, podemos identificar esse deslocamento das áreas de alta pressão para as de baixa pressão no globo terrestre. O deslocamento ocorre por meio de células, que são grandes correntes circulares de vento. Essas células também originam ventos superficiais, como os ventos alísios, os ventos de oeste e os ventos polares. Vamos analisar no esquema abaixo a dinâmica da circulação atmosférica global. Dinâmica global da atmosfera célula polar

Ventos polares: deslocam-se a partir dos polos em direção às regiões de baixas latitudes.

Células de Ferrel: circulação dos ventos entre as regiões dos trópicos e dos círculos polares (norte ou sul).

a leitura do texto acompanhada da observação da ilustração.

célula de Hadley

Gary Hincks/SPL/Latinstock

Ventos de oeste: deslocam-se dos trópicos para as regiões polares.

Células de Hadley: circulação dos ventos entre as regiões do equador e dos trópicos.

Orientações gerais

• Realize com os alunos

célula de Ferrel

Ventos alísios: deslocam-se dos trópicos para a região equatorial.

BNCC trabalho com o assunto desta página contempla a habilidade EF06GE03, ao propor a associação entre os movimentos do planeta e a circulação da atmosfera global. Ainda que os mecanismos dos ventos locais sejam semelhantes aos que movem os ventos em escala global, os movimentos e a dinâmica atmosférica do planeta são influenciados pelas áreas de baixa e alta pressão do globo.

•O

• Para

acompanhar em tempo real as condições da circulação atmosférica, sugerimos o acesso aos sites a seguir.

célula de Hadley

> Earth Nullschool. Dis-

célula de Ferrel

> Windy.

ponível em: <http://livro. pro/yfeua2>. Acesso em: 14 set. 2018. Disponível em: <http://livro.pro/ 7c8bwf>. Acesso em: 14 set. 2018.

célula polar Fonte: CAVALCANTI, Iracema Fonseca de A. et al. (Org.). Tempo e clima no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. p. 17.

O efeito de Coriólis Outros fatores interferem na circulação atmosférica global, como o movimento de rotação da Terra, que atua na circulação dos ventos atmosféricos globais. A força do movimento rotacional do planeta, de oeste para leste, muda a trajetória desses ventos em relação à superfície, recebendo o nome efeito de Coriólis. O efeito de Coriólis também atua na direção de furacões e tempestades de grandes dimensões, em que volumosas massas de ar em movimentos circulares giram em sentido horário no Hemisfério Sul e anti-horário no Hemisfério Norte.

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Orientações gerais

Umidade

• Peça

aos alunos que identifiquem, no planisfério político da página 254, onde está localizado o Chile.

• Em lugares com condi-

O deserto do Atacama, mostrado na imagem ao lado, em fotografia de 2018, está localizado entre o oceano Pacífico e a cordilheira dos Andes, no Chile. É considerado um dos lugares mais secos do planeta. Existem áreas desse deserto onde é registrada uma média de apenas 20 milímetros de chuvas ao longo do ano.

Suamy Beydoun/Futura Press

ções climáticas extremas, como os apresentados nesta página, as pessoas precisam adaptar suas atividades do cotidiano para vencer as adversidades da natureza, como no deserto do Atacama, em que a população buscou alternativas para abastecer de água algumas comunidades do norte chileno. Ao abordar esse tema, é possível trabalhar com a competência geral 1 da BNCC.

Jose Luis Stephens/Alamy/Fotoarena

A umidade está presente na atmosfera terrestre na forma de vapor de água. Ela é o resultado da evaporação da água de oceanos, lagos, rios e, também, da transpiração de plantas e animais. A umidade do ar atmosférico varia conforme o lugar, visto que, em nosso planeta, há lugares extremamente secos e outros cuja umidade é elevada. Veja a seguir um exemplo de cada caso.

O município de Manaus pode ser considerado um dos mais úmidos do Brasil. Anualmente, são registrados, em média, 2 300 milímetros de chuva. Na fotografia pode-se observar céu nublado e com chuva próximo ao Teatro Amazonas, no centro da cidade de Manaus (AM), 2016.

Chuva de hora certa em Manaus Antes ou depois da chuva? Essa é a pergunta que os moradores do município de Manaus fazem quase sempre ao marcar um encontro com alguém ou mesmo para compromissos profissionais. A chuva é utilizada como referência para a realização de muitas das tarefas do cotidiano porque acontecem praticamente todos os dias, geralmente, no horário de almoço.

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g20_ftd_lt_6vsg_c5_p138a149.indd Orientações gerais

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• Leia o texto a seguir, que descreve a antiga técnica de coleta de água pelos povos que vivem no Atacama. Essa técnica é utilizada pelos antigos habitantes locais e é eficaz para suprir as necessidades na atualidade.

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Pesquisa obtém água com ‘coletor de névoa’ no deserto chileno do Atacama [...] Como já fizeram antes as comunidades indígenas, na região chilena do Atacama o deserto mais árido do mundo é alvo do recolhimento das gotas de sua camanchaca, a névoa

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Capítulo 5

Precipitação O vapor de água contido na atmosfera, ao ser aquecido pelos raios solares, torna-se menos denso e se eleva. Em elevadas altitudes, o vapor de água se resfria e condensa-se, formando as nuvens. Quando as nuvens se tornam saturadas de água, ocorrem as precipitações na forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado sólido).

• Neve: forma-se quando o vapor de água, que se eleva e forma nuvens, encontra

Stefy Morelli/Shutterstock.com

temperaturas muito baixas e se congela, transformando-se em cristais de gelo. Esses cristais precipitam-se na forma de flocos de gelo, chamados neve.

A fotografia ao lado mostra precipitação de neve em Turim, Itália, 2018.

• Granizo: forma-se quando as gotas de água, carregadas pelos ventos para as

GeorgeVieiraSilva/Shutterstock.com

porções mais elevadas das nuvens onde as temperaturas são mais baixas, transformam-se em cristais de gelo. Ao se juntarem, os cristais de gelo tornam-se cada vez maiores até precipitarem-se e atingirem a superfície terrestre na forma de pedras de gelo.

Granizo acumulado em uma rua de Viana do Castelo, Portugal, 2018.

• Qual dos tipos de precipitação você já observou? Descreva-a para os colegas.

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costeira que cobre durante a madrugada estes céus límpidos. Os “coletores de névoa” são telas de polipropileno instaladas entre dois postes que se erguem sobre locais áridos do deserto do Atacama como cartazes publicitários. As gotas d’água da camanchaca se condensam na malha, antes de deslizarem para os recipientes localizados abaixo para

• Existem diferentes fe-

nômenos relacionados à condensação da água presente na atmosfera, além dos apresentados, como o orvalho e a geada. É do que trata o texto a seguir. [...] O orvalho é a condensação do vapor d’água sobre uma superfície cuja temperatura tenha se reduzido pelo resfriamento radiativo até abaixo da temperatura de ponto de orvalho do ar em contato com ele. Há dois processos de formação do orvalho. O primeiro é aquele em que, sob condições calmas, o vapor d’água difunde-se para cima, a partir do solo, para a superfície exposta e em processo de congelamento, tal como a grama em contato com ele, e aí se condensa. O segundo é aquele em que, sob condições de vento fraco, acontece a transferência turbulenta para baixo de vapor d’água da atmosfera para a superfície fria. Isto é conhecido como “orvalhada” e ocorre menos comumente do que o primeiro processo. [...] Diz-se que a geada ocorre quando a temperatura do ar em contato com o solo ou com anteparos está abaixo do ponto de congelamento, produzindo “geada superficial” e “geada do ar”, respectivamente. O termo “geada” é também usado para descrever os depósitos de gelo sobre o solo ou sobre objetos em tais condições de temperatura. [...]

Saturado: tornar-se cheio, encher ao máximo.

Resposta pessoal. Verifique se a descrição dos alunos está coerente com a atividade proposta.

Orientações gerais

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AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução: Maria Juraci Zani dos Santos. São Paulo: Difel, 1986. p. 154-158.

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acumular, gota a gota, o precioso líquido. [...] PESQUISA obtém água com ‘coletor de névoa’ no deserto chileno do Atacama. G1, 6 maio 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/ noticia/2016/05/pesquisa-obtem-agua-com-coletor-de-nevoa-no-desertomais-arido-do-mundo.html>. Acesso em: 14 set. 2018.

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Massas de ar, tempo e clima

Sugestão de atividade Experimento sobre evapotranspiração

Na atmosfera existem grandes porções de ar que apresentam características internas semelhantes, como temperatura, pressão e umidade. Essas características podem ser diferentes de outras porções de ar ao seu redor. Essas porções de ar são denominadas massas de ar.

Objetivos

• Compreender

como ocorre o fenômeno da evapotranspiração.

As massas de ar podem ser quentes ou frias, secas ou úmidas, pois suas características são adquiridas de acordo com a área de onde se originam.

• Relacionar os componentes físico-naturais.

Por exemplo, as massas formadas nas regiões polares marítimas são frias e úmidas, ao contrário daquelas originadas em regiões tropicais continentais, que se mostram quentes e secas. Uma exceção são as massas de ar tropicais originadas em áreas equatoriais, onde encontramos densas coberturas vegetais, semelhantes à Amazônia. Nessas áreas a intensa evapotranspiração da vegetação libera grande umidade para a atmosfera, deixando as massas de ar com características de tropical úmida.

Materiais

• Vaso com planta. • Saco plástico transparente.

• Fita adesiva. • Para desenvolver o ex-

Ao se deslocarem, essas massas interagem com os elementos atmosféricos dos locais por onde passam, como umidade e temperatura e, gradativamente, modificam suas características. Desse modo, ao passar por uma área com temperatura mais elevada, a temperatura da massa de ar eleva-se, assim como, ao passar por uma área de temperatura mais baixa, sua temperatura tende a diminuir.

perimento com a evapotranspiração e despertar a curiosidade intelectual dos alunos para a investigação, siga os passos a seguir. Essa é uma oportunidade de realizar um trabalho com a competência geral 2 da BNCC.

Evapotranspiração: Perda de água para a atmosfera ocasionada simultaneamente pelo processo de transpiração das plantas e de evaporação da água do solo.

• Cubra

a planta (ou uma parte dela, caso seja grande) utilizando o saco plástico.

Grupo principal Polar (P) Tropical (T) (incluindo a Equatorial)

Fonte: AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução: Maria Juraci Zani dos Santos. São Paulo: Difel, 1986. p. 100-101.

• Em seguida, prenda o

saco plástico utilizando a fita adesiva, com cuidado para não prejudicar as folhas. O vaso deve ficar localizado em um local exposto ao sol e ao calor. Evite fazer o experimento em dias nublados.

Brasil: massas de ar no verão

Massas de ar

Características

Polar Marítima

Fria e úmida

Polar Continental

Fria e seca

Tropical Marítima

Quente e úmida

Tropical Continental

Quente e seca

Ilustrações: E. Cavalcante

Brasil: massas de ar no inverno

• Cerca de uma hora de-

pois, mostre aos alunos o resultado: a superfície interna do saco plástico deverá conter gotículas de água, pois o vapor de água eliminado pelas folhas se condensou, transformando-se em líquido, ou seja, a planta retém umidade e a libera para a atmosfera.

N

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S

L

O

0

590 km

S

Fonte dos mapas: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 62.

• Observando os mapas e o quadro acima, qual(is) massa(s) de ar atua(m) durante

• Proponha

uma reflexão com os alunos sobre a atuação desse fenômeno em grandes áreas de formações vegetais, como a Floresta Amazônica. Assim os alunos poderão relacionar com o tema das páginas 148 e 149, sobre umidade e precipitação.

590 km

N L

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o verão no estado onde você mora? E durante o inverno? Resposta pessoal. Auxilie-os a identificarem no mapa as massas de ar que atuam no estado onde moram, tanto no verão quanto no inverno.

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Capítulo 5

A área de contato entre duas massas de ar com características diferentes é conhecida por frente. De acordo com o tipo de massa de ar, existe uma frente específica:

• frente quente: forma-se quando uma massa de ar quente avança sobre uma massa de ar frio;

• frente fria: forma-se quando uma massa de ar frio avança sob uma massa de

Acompanhe a leitura e observe a sequência de imagens de satélite e o deslocamento da massa de ar, principalmente na porção sul do Brasil. estudo desse tema, peça aos alunos que realizem uma pesquisa em jornais, revistas ou na internet sobre a chegada de massa de ar na região onde moram, ou em alguma região que pretendam visitar.

Normalmente, a chegada de uma massa de ar a um lugar causa intensas transformações nas condições meteorológicas, caso, nesse lugar, esteja atuando uma massa de ar com características diferentes da que está chegando. Uma frente fria, por exemplo, ao chegar em uma região onde há uma massa de ar quente provoca, geralmente, o aumento de ventos e a ocorrência de chuvas, seguidos, mais tarde, de sensível queda da temperatura e diminuição da frequência das chuvas. As imagens abaixo retratam a sequência de deslocamento de uma massa de ar frio por uma porção do Brasil, durante três dias do mês de agosto, no ano de 2018.

1

• Para complementar o

ar quente.

Dia 01/08/2018

Orientações gerais

• Solicite aos alunos que

escrevam as possíveis mudanças no tempo atmosférico em decorrência da aproximação dessa massa de ar. Depois, peça a eles que apresentem sua pesquisa aos colegas. Caso considere interessante, realize a pesquisa sugerida em grupos de, no máximo, quatro alunos.

Dia 02/08/2018

2

• Os alunos podem en-

Dia 03/08/2018

3

Ao analisar as imagens 1 a 3, se necessário, consulte o mapa da página 254.

1 No dia 1o, uma massa de ar polar começa a se deslocar da Argentina em direção ao Brasil. 2 No dia 2, a massa de ar atingiu a porção sul do Brasil.

Fotos: CPTEC/INPE

3 No dia 3, a mesma massa de ar desloca-se em direção ao oceano Atlântico.

contrar essas informações nas previsões de tempo disponíveis em jornais ou em sites especializados em tempo e clima, como o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Veja mais em Previsão do tempo. CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos). Disponível em: <http://livro.pro/ ruakdw>. Acesso em: 14 set. 2018.

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Tempo e clima, qual a diferença?

BNCC

• Para contemplar o tra-

Leia o texto a seguir.

balho com a habilidade EF06GE06, explique aos alunos que o trabalho permitiu o aperfeiçoamento das técnicas de produção ao longo do tempo, em que novas tecnologias e os avanços da ciência beneficiaram a produção agrícola e pecuária em regiões do planeta que naturalmente não apresentam condições climáticas favoráveis para tal. Por exemplo, as frutas cultivadas no Semiárido brasileiro utilizam técnicas de irrigação, já que necessitam de mais umidade, naturalmente indisponível nesse ecossistema.

Frente fria muda o tempo no Espírito Santo a partir de domingo

O sol e o tempo mais firme devem continuar a imperar no estado pelo menos até sábado (01). De acordo com o Instituto Climatempo, a frente fria reaparece no domingo (02) e faz com que a chuva, que deu uma trégua nos últimos dias, volte a aparecer no Espírito Santo. A umidade juntamente com a nebulosidade e as baixas temperaturas também devem influenciar o tempo nos próximos dias. [...] FRENTE fria muda o tempo no Espírito Santo a partir de domingo. Gazeta Online, 30 jun. 2017. Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2017/06/frente-fria-muda-otempo-no-espirito-santo-a-partir-de-domingo-1014072196.html>. Acesso em: 24 ago. 2018.

Conforme verificamos no texto acima, a chegada de uma frente fria pode alterar as condições do tempo atmosférico de uma localidade. Nesse exemplo, a frente fria ocasiona chuvas, aumenta a umidade, a nebulosidade e provoca queda nas temperaturas no estado do Espírito Santo. Algumas pessoas utilizam os termos “tempo” e “clima” como sinônimos, ou seja, com o mesmo significado. No entanto, esses termos têm significados diferentes. Produção da previsão do tempo atmosférico

Material digital

• Como

forma de avaliar a aprendizagem dos alunos sobre os elementos da dinâmica atmosférica, sugerimos que desenvolva a sequência didática 7, localizada no material digital. Por meio da relação entre os componentes físico-naturais, o aluno será capaz de identificar e descrever os elementos e fatores que compõem a dinâmica atmosférica, conforme a habilidade EF06GE11 da BNCC.

1

satélite meteorológico

2

2

radiossonda

balão meteorológico

2

avião meteorológico

• Apresente aos alunos

o vídeo disponível no site a seguir, que mostra alguns instrumentos usados em uma estação meteorológica.

> Chove ou não chove?

Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: <http: // li v ro. p ro/2q 2 b r p >. Acesso em: 14 set. 2018.

Fotomontagem de Leonardo Mari. Foto: Delfim Martins/ Pulsar Imagens

Orientações gerais

3 Fonte: Tempo & clima. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1995. p. 110-111. (Ciência & Natureza).

boia meteorológica

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Capítulo 5

• Tempo atmosférico pode ser entendido como as características da atmosfera

em um determinado momento e lugar. Quando dizemos frases como: “Hoje o dia está frio e chuvoso.” ou, então, “Ontem o dia estava quente e ensolarado.”, estamos caracterizando o tempo atmosférico, e não o clima.

• O clima corresponde ao conjunto das condições do tempo atmosférico de um lugar, registradas em um período mínimo de 30 anos. Desse modo, para identificar o clima de uma região, é necessário que, ao longo desse período, sejam registradas as condições do tempo atmosférico, principalmente a temperatura e a precipitação. Com base nesses registros, identifica-se o tipo de clima atuante.

Atualmente, temos acesso às previsões de tempo atmosférico em diferentes meios de comunicação, como jornais, rádios, televisão e internet. Essas previsões são realizadas pela Meteorologia, ciência que estuda os fenômenos atmosféricos, e são baseadas em dados e informações capazes de prever o tempo atmosférico com pequena margem de erro. A previsão do tempo tem colaborado consideravelmente com o trabalho de muitas pessoas, pois, por meio dela, é possível saber com antecedência sobre a ocorrência de chuvas, de dias ensolarados, de períodos de calor ou de quedas bruscas de temperatura. Para prever as condições do tempo são realizadas medições diárias da temperatura atmosférica, da umidade do ar, da pressão e da circulação dos ventos e das massas de ar. A imagem a seguir mostra, de maneira esquemática, como essas informações são coletadas.

1

Os satélites meteorológicos capturam imagens da atmosfera terrestre durante o dia todo. Por meio das imagens, os meteorologistas analisam a movimentação das massas de ar de nosso planeta.

2

Os balões e aviões meteorológicos e as radiossondas possuem sensores que coletam dados em grandes altitudes.

3

Há, também, estações meteorológicas nos continentes e as boias meteorológicas no mar, que coletam informações como temperatura, pressão do ar, umidade e direção dos ventos.

4

Todas as informações obtidas são enviadas para os computadores de grandes centros meteorológicos. Com base nesses dados, os meteorologistas realizam cálculos matemáticos para chegar a uma previsão do tempo mais segura possível. Depois, as informações da previsão do tempo nos próximos dias são transmitidas às pessoas pelos meios de comunicação.

estação meteorológica

4

nos que na agricultura, por exemplo, a previsão do tempo é fundamental para o planejamento dos melhores períodos para o plantio ou a colheita de lavouras. nos que existem outros dizeres populares como “Sapo coaxando, sol chegando”, “Ossos quebrados doendo, sinal de mau tempo”. Como curiosidade, sugerimos o acesso ao site a seguir. É um blog de uma meteorologista que tem como objetivo divulgar a meteorologia de forma mais fácil para adultos e crianças. Nessa página você poderá encontrar expressões populares de alguns países europeus.

Por muito tempo, as pessoas interpretavam situações do dia a dia buscando prever a ocorrência de fenômenos atmosféricos. Exemplos disso são dizeres populares como: “Andorinha voando baixo: tempo chuvoso” e “Andorinha voando alto: tempo ensolarado”.

3

• Comente com os alu-

• Comente com os alu-

Apostando na previsão do tempo

Radiossonda: aparelho, transportado por balões, que registra dados sobre as condições de vento, temperatura e pressão atmosférica à medida que ganha altitude. Os dados recolhidos são utilizados em estudos meteorológicos em terra.

Orientações gerais

> Ditados e expressões

populares relacionados com Meteorologia de alguns países europeus. Metrópole. Disponível em: <http://livro.pro/ gvdt6a>. Acesso em: 14 set. 2018.

instituto meteorológico

153

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Climogramas

BNCC

• O trabalho com os cli-

mogramas permite exercitar nos alunos a linguagem matemática e gráfica para compreensão das informações sobre precipitação e temperatura, relacionando-as, para obter dados climáticos, conforme orientam a competência geral 4 e a competência específica de Ciências Humanas 7.

O climograma é uma representação gráfica de dados climáticos. Esse gráfico apresenta informações sobre as médias mensais da precipitação e da temperatura de um determinado lugar, durante o período de um ano. Veja a seguir o climograma da cidade de Rio Branco, no estado do Acre.

As barras verticais representam as precipitações médias registradas durante cada mês.

A linha traçada ao longo do gráfico mostra a temperatura média de cada mês durante o ano.

Rio Branco (AC)

Integrando saberes

Precipitação (mm)

•O

estudo dos climogramas permite um trabalho em conjunto com o componente curricular de Matemática. Para isso, converse com o professor desse componente para que, juntos, auxiliem os alunos na leitura e interpretação destas representações gráficas. Vocês poderão inclusive construir junto com os alunos um climograma com informações obtidas no site do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

300

30

250

25

200

20

150

15

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10

50

5

0 Keithy Mostachi

> Previsão do tempo.

CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos). Disponível em: <http://livro.pro/ e76gn2>. Acesso em: 15 set. 2018.

Temperatura (°C)

J

F

M

A

M

J

J

A

S

O

N

D

0

Meses Fonte: CLIMATEMPO. Climatologia. Disponível em: <www.climatempo.com.br/ climatologia/6/riobranco-ac>. Acesso em: 12 mar. 2018.

No climograma acima, podemos analisar algumas características do clima de Rio Branco, como:

• a temperatura durante o ano não apresenta grande variação, permanecendo elevada com média anual próximo aos 26 oC;

• o período mais seco do ano ocorre entre os meses de junho e agosto; • os meses mais chuvosos são aqueles de novembro a março. CPTEC No site é disponibilizada a previsão do tempo atmosférico dos municípios brasileiros. Aproveite e consulte o tempo atmosférico do município onde você mora. <http://livro.pro/e76gn2>. Acesso em: 16 ago. 2018.

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Material digital g20_ftd_lt_6vsg_c5_p150a159.indd

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• O trabalho com o tema Climogramas pode ser complementado e vivenciado com o projeto integrador proposto para o 3º bimestre no material digital. O projeto permite que os alunos realizem a coleta de dados de temperatura e pluviosidade local e representem tais dados por meio de um climograma.

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Capítulo 5

Agora, observe os climogramas de outras duas cidades e responda às questões em seu caderno. Cairo (Egito) Precipitação (mm)

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Temperatura (°C)

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20

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10

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5

0

J

F

M

A

M

J J Meses

A

S

O

N

D

0

Ilustrações: Keithy Mostachi

30

250

25

200

20

150

15

100

10

50

5

0

J

F

M

A

M

J

J

A

S

O

Meses

N

D

0

os alunos na identificação das temperaturas máximas e mínimas aproximadas, registradas nos climogramas da cidade do Cairo (Egito) e de Barcelona (Espanha). Localize, também, essas cidades em um planisfério. alunos para os indicadores de precipitação e temperatura dos climogramas representados nesta página. Explique que a escala de precipitação do climograma do Cairo e de Barcelona é marcada de cinquenta em cinquenta milímetros e que a temperatura é marcada de cinco em cinco graus Celsius. Verifique se os alunos percebem que o volume de chuvas no Cairo é consideravelmente inferior ao de Barcelona.

Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Information Service. Disponível em: <http://worldweather. wmo.int/en/city. html?cityId=248>. Acesso em: 12 mar. 2018.

Temperatura (°C)

300

• Auxilie

• Chame a atenção dos

Barcelona (Espanha) Precipitação (mm)

Orientações gerais

• Faça o mesmo com as

escalas de temperatura dos dois climogramas, certificando-se de que os alunos perceberam que a temperatura do Cairo é aproximadamente 5 °C mais alta que a de Barcelona.

Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Information Service. Disponível em: <http://www.worldweather. org/en/city. html?cityId=1232>. Acesso em: 12 mar. 2018.

1. Qual cidade apresenta clima mais seco?Cairo. 2. Qual cidade possui o clima mais frio? Barcelona. 3. Qual é a amplitude térmica anual, aproximada, de cada uma dessas cidades? A amplitude térmica aproximada do Cairo é de 14 ºC. A amplitude térmica média de Barcelona é de 15 oC.

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Atividades

BNCC

• As atividades propos-

tas nesta página têm como objetivo desenvolver a habilidade EF06GE03. Aproveite o momento para avaliar o que os alunos compreenderam e, caso ainda tenham dúvidas a respeito da circulação geral da atmosfera e padrões climáticos, retome alguns pontos ao acompanhar a realização das atividades. Orientações gerais

• Faça

E. Cavalcante

as correções da análise do mapa sobre a amplitude térmica dos municípios representados, executando os cálculos junto com os alunos. Caso perceba que ainda restam dúvidas, proponha novos cálculos, se possível com dados locais.

1. A atmosfera é composta de cinco camadas: exosfera, termosfera, mesosfera, estratosfera e troposfera. É na troposfera 3. As massas Exercícios de compreensão que ocorre a maior parte dos fenômenos meteorológicos. de ar são grandes 1. Explique como a atmosfera pode 3. O que são massas de ar? Como porções de ar ser dividida. Depois, indique em elas podem interferir no tempo com características qual camada ocorre a maior parte atmosférico de um lugar? internas de dos fenômenos meteorológicos. temperatura, 4. Explique a diferença entre tempo pressão e umidade 2. Quais fatores influenciam na variaatmosférico e clima. semelhantes, o ção da temperatura na atmosfera? que as A altitude, a latitude, a continentalidade e a maritimidade. diferencia das áreas ao seu Geografia no contexto redor. Uma massa de ar, ao 5. O mapa abaixo apresenta as temperaturas médias, máximas e mínimas, registrachegar a uma das ao longo do ano em dois municípios do nosso país. região com características bem diferentes Estados do Brasil das suas, provoca 5. c) Porto Velho é influenciado N mudanças nos pela continentalidade, pois no L O ventos, nas interior do continente a S precipitações e temperatura do ar eleva-se e baixa Equador 0º mais rapidamente, proporcionando na temperatura. maior amplitude térmica. Já Maceió é influenciado pela maritimidade, 4. O tempo pois em regiões próximo ao litoral a atmosférico temperatura do ar eleva-se e baixa corresponde às mais lentamente, gerando menor características amplitude térmica. da atmosfera num determinado 34 oC 30 oC lugar em um determinado 18 oC 20 oC momento. Já o clima é a OCEANO ATLÂNTICO síntese das OCEANO PACÍFICO características do tempo atmosférico de Fontes: IBGE. Atlas geográfico um lugar, Limite internacional escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. observadas ao p. 152. Limite estadual longo de um CLIMATEMPO. Climatologia. Capital estadual período de Disponível em: <www.climatempo. tempo. com.br/climatologia/6/riobranco-ac>. 510 km 0 50º O

Acesso em: 12 mar. 2018.

a ) Qual é a amplitude térmica desses municípios? Porto Velho: 16o C, Maceió: 10o C. b ) Qual cidade apresentou maior amplitude térmica? Porto Velho. c ) Explique a influência exercida pelos efeitos da continentalidade e da maritimidade na diferença de amplitude térmica dos municípios indicados no mapa. 6. Leia a manchete abaixo:

Massa de ar frio que derrubou temperaturas no Sul avança para Sudeste e Centro-Oeste G1, 18 jul. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/massa-de-ar-frio-que-derruboutemperaturas-no-sul-avanca-para-sudeste-e-centro-oeste.ghtml>. Acesso em: 24 ago. 2018.

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:00 PM

Capítulo 5

Agora, de acordo com a manchete, responda às questões no caderno. a ) De acordo com o que você estudou, a manchete está informando sobre mudanças no tempo atmosférico ou no clima? Ela informa mudanças no tempo atmosférico.

b ) No caderno, elabore um texto do tipo manchete de jornal, que retrate uma mudança no tempo atmosférico. Resposta pessoal. Verifique se a manchete elaborada pelos

Manaus 25 ºC /36 ºC

24 ºC /30 ºC

São Luís 24 ºC /32 ºC

Teresina 22 ºC /37 ºC Porto Velho 23 ºC /32 ºC

Palmas 24 ºC /36 ºC

Rio Branco 20 ºC /35 ºC Possibilidade de pancadas de chuva

Cuiabá 22 ºC /25 ºC 18 ºC /30 ºC

Pancadas de chuva à tarde

L S

Brasília 18 ºC /30 ºC

E. Cavalcante

Macapá 25 ºC /33 ºC Belém

Fortaleza 23 ºC /31 ºC Natal 23 ºC /30 ºC João Pessoa 22 ºC /28 ºC Recife 22 ºC /28 ºC Maceió 23 ºC /28 ºC Aracajú 23 ºC /28 ºC Salvador 22 ºC /29 ºC

Belo Horizonte

Pancadas de chuva

Campo Grande 14 ºC /21 ºC

Parcialmente nublado Predomínio de sol Chuvas periódicas

0

490 km

15 ºC /28 ºC

Vitória 21 ºC /29 ºC Rio de Janeiro São Paulo 19 ºC /29 ºC 16 ºC /25 ºC Curitiba 12 ºC /18 ºC Florianópolis 13 ºC / 21 ºC Porto Alegre 10 ºC / 15 ºC

• Pesquisar informações a linguagem corporal e sonora para compartilhar informações. a ) Aproveite o mapa apresentado na atividade 7 e promova uma simulação de telejornal na qual os alunos devem realizar a apresentação de previsão do tempo. b) Para isso, divida a sala em grupos e explique que cada equipe deverá apresentar a previsão do tempo atmosférico de uma capital estadual. c ) Se julgar pertinente, auxilie os alunos a buscar informações atuais na internet, apontando novamente para a importância de se certificarem da credibilidade da informação, dando preferência aos sites com extensão .org ou .gov.

Previsão do tempo para o Brasil, 25/08/2018 N

Objetivos

• Utilizar

7. O mapa abaixo mostra a previsão do tempo atmosférico para o território brasileiro em 25 de agosto de 2018. Observe-o e responda às questões a seguir.

O

Telejornal

sobre previsão do tempo.

alunos está coerente com a atividade proposta.

Boa Vista 26 ºC /35 ºC

Sugestão de atividade

Fonte: CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos). Disponível em: <http:// tempo.cptec.inpe.br/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

a ) Qual capital estadual apresentou a temperatura mínima mais baixa prevista nesse dia? Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. b ) Qual capital estadual apresentou a temperatura máxima mais elevada? Teresina, no Piauí.

c ) Imagine que você tenha um amigo que mora em Recife, no estado de Pernambuco. Em 25/08/2018 ele pretende ir à praia, acreditando que poderia aproveitar o dia todo de sol. De acordo com o mapa, seu amigo está certo? Por quê? d ) Elabore um texto narrativo descrevendo a previsão do tempo para a capital do estado onde você mora, para o dia 25 de agosto de 2018, de acordo com esse mapa. Resposta pessoal. Verifique se o texto elaborado pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Pesquisando

7. c) Ele não está certo. De acordo com a previsão do tempo atmosférico haverá pancadas de chuva em Recife para esse dia.

8. Pesquise em jornais ou na internet o mapa da previsão do tempo atmosférico para o Brasil de algum dia do mês. Após a leitura do mapa, elabore um texto descrevendo as condições do tempo para seu estado, informando se o dia estará chuvoso, nublado ou com predomínio de Sol, e as temperaturas máxima e mínima previstas. Traga o resultado da sua pesquisa para a sala de aula e apresente-a para seus colegas. Resposta pessoal. Verifique se os alunos elaboraram textos adequados à previsão do tempo, de acordo com o material pesquisado.

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Climas do mundo

Orientações gerais

• Auxilie

os alunos na leitura e interpretação dos climogramas desta página e da seguinte. Leve-os a perceber que os climogramas apresentam graduações de temperaturas e precipitações diferentes.

Existem vários tipos de clima no mundo, e cada um tem características diferentes. Alguns climas apresentam, em geral, temperatura e umidade elevadas, sendo considerados quentes e úmidos. Outros apresentam temperatura e umidade baixas, e são considerados frios e secos. Fatores como latitude, altitude, continentalidade e maritimidade, já estudados nas páginas 142 e 143, influenciam nas características dos climas da Terra. Veja a seguir a distribuição dos principais tipos Climas do mundo de climas no mundo e suas características mais marcantes.

• Explique que os eixos

Edmonton (Canadá)

1

Clima frio: os períodos de verão são curtos e os invernos são rigorosos, com temperaturas baixas e intensa precipitação de neve. Precipitação (mm)

200

1

20

150

10

100

0

50

–10

0

2

Temperatura (°C)

J F M A M J J A S O N D

E. Cavalcante

dos climogramas exibidos nessas páginas não apresentam a mesma demarcação de valores. Comente que essa variação de valores é bastante comum, a qual ocorre em virtude da variação entre as médias de temperatura e de precipitação de cada local e da necessidade de melhorar a representação gráfica das informações.

–20

3

4

Meses

Atlanta (Estados Unidos) 2 Clima subtropical: apresenta temperaturas elevadas no verão e precipitações bem distribuídas ao longo do ano. No outono e no inverno, as temperaturas tendem a ser mais baixas. 240

Precipitação (mm)

Temperatura (°C)

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200

25

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20

120

15

80

10

40

5

0

0

J F M A M J J A S O N D Meses

Fontes dos climogramas: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Information Service. Disponível em: <http://worldweather. wmo.int/en/city.html?cityId=1237>. CLIMATEMPO. Climatologia. Disponível em: <www.climatempo. com.br>. Acesso em: 14 mar. 2018.

Manaus (Brasil)

3

0

Clima equatorial: é caracterizado pela grande quantidade de chuvas durante o ano todo e, também, por apresentar temperaturas médias elevadas, superiores a 20 oC ao longo do ano. Precipitação (mm)

Temperatura (°C)

350

35

300

30

250

25

200

20

150

15

100

10

50

5

0

J

F M A M J J A Meses

S O N

D

1560

3120 km 0

Petrolina (Brasil)

1560

3120 km

4

Clima semiárido: caracteriza-se por longos períodos de seca e períodos com poucas chuvas, acompanhados de temperaturas médias elevadas.

0

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Clima mediterrâneo: apresenta invernos úmidos e verões quentes com baixo volume de precipitação.

Precipitação (mm)

120

25

80

20

60

15

40

10

20

5 J F M A M J J A S O N D

0

120

8 9

Precipitação (mm)

25 20

60

15

40

10

20

5

0

0

J F M A M J J A S O N D Meses

5

Precipitação (mm)

50

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 58.

0

30

–10

20

–20

10

–30

6

Clima de altas montanhas: ocorre em áreas de elevada altitude, com verões curtos e invernos longos, apresentando temperaturas baixas praticamente o ano todo.

páginas, avalie a compreensão dos alunos sobre as relações dos componentes físico-naturais como temperatura e precipitação para a definição das condições climáticas. Para isso, os alunos devem se dividir em duplas para analisarem os climogramas apresentados. Com base em cada um dos climogramas devem responder às questões a seguir. registram maior volume de chuvas? E em quais meses registra-se o menor volume de chuvas?

> Quais são os meses em

que as temperaturas se mantêm mais elevadas? E em quais meses elas permanecem mais baixas?

– 40

J F M A M J J A S O N D Meses

Ulan Bator (Mongólia)

• Após o estudo destas

7

Clima desértico: caracteriza-se por ser extremamente seco durante a maior parte do ano, sendo quente durante o dia e muito frio à noite. Existem climas desérticos com temperaturas médias elevadas, e também desertos frios, com temperaturas abaixo de 0 ° C em vários meses do ano.

Ilustrações: E. Cavalcante

Clima tropical: tem como característica marcante o verão e o inverno bem definidos, ou seja, inverno seco e verão úmido e quente.

Lhasa (Tibete – China)

Temperatura (°C) 10

40

0

Orientações gerais

> Quais são os meses que

8

Clima polar: na maior parte do ano, as temperaturas são muito baixas, em geral abaixo de 0 oC, apresentando pouca umidade. Nestas regiões, as precipitações ocorrem principalmente em forma de neve.

6

5

30

80

Tiksi (Rússia)

10

Temperatura (°C)

100

7

Bangalore (Índia)

9

Clima temperado: tem as quatro estações do ano bem definidas. Os verões são quentes e os invernos rigorosos, com temperaturas baixas e frequente precipitação de neve.

Meses

km

:00 PM

30

100

0

Frankfurt (Alemanha)

Temperatura (°C)

Capítulo 5

Sevilha (Espanha) 10

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Orientações gerais

Climas do Brasil

• Aproveite

o mapa de Climas do Brasil para explorar ainda mais esse tema com os alunos. Utilize as informações, contidas na tabela a seguir, de três cidades brasileiras, para questioná-los, por exemplo, sobre qual o tipo de clima predomina nessas cidades e quais são as principais características dos climas identificados em cada uma delas.

O território brasileiro está localizado em áreas de baixas latitudes, ou seja, entre 5o de latitude norte e 33o de latitude sul. A maior parte do nosso território localiza-se na zona tropical da superfície terrestre, o que influencia a ocorrência de climas com temperaturas elevadas praticamente o ano todo. No entanto, cada um desses climas apresenta características particulares, como veremos a seguir.

Clima equatorial: Ocorre em grande parte da porção norte do país. Esse clima é influenciado pelas massas de ar equatorial continental quente e úmida, e pela presença da densa Floresta Amazônica e de sua vasta rede hidrográfica. Apresenta temperaturas elevadas, com médias de 25 oC, e chuvas abundantes durante a maior parte do ano.

E. Cavalcante

Climas do Brasil

Clima tropical típico: As temperaturas permanecem elevadas ao longo do ano, com médias de 22 oC. As chuvas são abundantes no verão, e o inverno é seco. Esse clima é influenciado pelas massas de ar tropical continental, equatorial continental, tropical marítima e pelas massas de ar polares, no inverno.

Amazônia: Um caminho para o sonho. M. C. Jachnkee. São Paulo: Independente, 2011. O livro narra a história de cinco jovens que embarcam em uma viagem para a região amazônica. Lá eles se encantam com os aspectos naturais da região, como o clima, os mistérios, a cultura e o meio ambiente amazônico.

N

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 99.

N L

O S

O

L

0

240 0km

240 km

S

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Características climáticas de algumas cidades do Brasil

Manaus–AM

São Joaquim–SC

Petrolina–PE

Temperatura média:

Temperatura média:

Temperatura média:

27 ° C

14 ° C

26,3 ° C

Precipitação média:

Precipitação média:

Precipitação média:

190 mm

141 mm

50 mm

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Fonte: CLIMATEMPO. Climatologia. Disponível em: <www.climatempo.com.br>. Acesso em: 14 set. 2018.

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Capítulo 5

1. Qual(is) tipo(s) de clima atua(m) no estado onde você mora?

Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificaram no estado o tipo de clima atuante nele.

2. Converse com os colegas e com o professor sobre as características do clima do pessoal. Verifique se as considerações dos lugar onde vocês moram. Resposta alunos estão coerentes com a atividade proposta.

Clima semiárido: Quente e seco com chuvas concentradas em alguns meses do ano e longos períodos de estiagem, apresentando temperaturas médias superiores a 26 oC. Recebe influência tanto das massas de ar equatoriais quanto tropicais marítimas e, ocasionalmente, de massas de ar polares.

Orientações gerais

• Para trabalhar de for-

ma lúdica com os alunos sobre as condições climáticas, sugerimos o acesso ao site indicado a seguir. Nesse site estão disponíveis histórias em quadrinhos sobre diferentes condições climáticas, experiências que os alunos podem fazer em casa e na escola, assim como consultar a previsão do tempo. > Clima

Kids Turma da Mônica. Disponível em: <http://livro.pro/ p88keg>. Acesso em: 14 set. 2018.

Clima tropical úmido: Apresenta temperatura média de 22 oC, com chuvas abundantes, ocasionadas pela influência das massas de ar equatorial e tropical marítimas. Durante o inverno, com a aproximação da massa de ar polar marítima, as temperaturas tendem a ser mais amenas.

Clima subtropical: Apresenta verões quentes por conta da influência das massas de ar tropical marítima e tropical continental, com temperaturas que alcançam 30 oC. O inverno é influenciado pela massa de ar polar marítima, que torna as temperaturas mais baixas, muitas vezes com ocorrência de geada e neve em algumas localidades. As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano.

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O clima e o modo de vida das pessoas

BNCC

• Ao estudar as influên-

cias do clima nos modos de vida das pessoas, é possível desenvolver um trabalho contemplando a competência específica de Ciências Humanas 1. Para isso, peça aos alunos que pesquisem em livros, revistas e na internet textos, fotografias ou ilustrações que mostrem a influência de algum tipo de clima sobre as atividades humanas como, por exemplo, os povos ribeirinhos do Brasil, os inuítes no Polo Norte e os moken no sudeste da Ásia. Entre os aspectos que podem ser pesquisados, temos os hábitos alimentares, os tipos de moradia e vestuário, as técnicas utilizadas para se adaptar às condições climáticas etc. Peça aos alunos que apresentem aos demais colegas as informações que obtiveram em suas pesquisas.

R R/Shutterstock.com

O ser humano procurou se adaptar, entre outros aspectos, ao tipo de clima existente nas diversas áreas da superfície terrestre que passou a habitar. Dessa forma, podemos relacionar alguns hábitos alimentares, tipos de moradia e de vestuário das pessoas às características climáticas da região onde vivem. Observe alguns exemplos abaixo.

Na fotografia acima, podemos observar pessoas com roupas apropriadas para enfrentar as baixas temperaturas registradas em Sófia, Bulgária, 2018.

O modo como nos vestimos está relacionado com o clima do lugar onde moramos. Em regiões de clima polar, por exemplo, é necessário o uso de roupas grossas para manter o corpo aquecido. Devido ao clima quente e chuvas escassas ao longo do ano, no Mali, país do continente africano, existem moradias construídas com barro e sem telhados inclinados, pois não há necessidade de escoamento da água das chuvas em razão da escassez de precipitação.

• Aproveite

Souleymane Ag Anara/AFP

a oportunidade para incentivar ações de valorização e respeito às diferentes identidades dos povos pelo mundo. Para que sejamos respeitados por nossos hábitos e costumes, é necessário que também respeitemos os demais. Esse tema possibilita um trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural.

• Com

este trabalho podem ser desenvolvidas as habilidades EF06GE06 e EF06GE07 podem ser desenvolvidas com estes conteúdos, pois os alunos serão capazes de identificar nas paisagens as transformações realizadas pelo trabalho humano buscando adequar-se às condições climáticas dos lugares que habitam.

Na fotografia, um conjunto de casas de telhado reto em Gao, Mali, 2018.

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Capítulo 5

Já em alguns países de clima frio, onde a precipitação de neve é intensa em alguns meses do ano, as moradias são construídas com telhados bem inclinados para evitar o acúmulo de neve sobre elas durante esses períodos.

Sugestão de atividade O clima e os modos de vida Objetivos

David Noton Photography/Alamy/Fotoarena

• Compreender a influ-

ência do clima no lugar onde vivem.

• Realizar

entrevistas com pessoas da comunidade para conhecer seus modos de vida. a ) Peça aos alunos que organizem a sala de aula colocando as carteiras em um grande círculo. Pergunte a eles de que forma o clima exerce influência em seu cotidiano. b ) Proponha que eles realizem entrevistas com algumas pessoas da comunidade (determine a quantidade, por exemplo, dois ou três entrevistados por aluno). O objetivo é descobrir qual a influência do clima nos hábitos do dia a dia dessas pessoas, por exemplo, na alimentação, no vestuário, no lazer, entre outras informações que os alunos conseguirem obter. c ) Organize com eles algumas perguntas que poderão fazer para os entrevistados. Peça que tragam a entrevista para a sala de aula e proponha que conversem com os colegas sobre o tema. d) Esta atividade possibilita um trabalho com o tema contemporâneo Vida familiar e social, ao estimular o convívio familiar e com diferentes pessoas do bairro e da cidade.

Acima, um conjunto de casas de telhados inclinados em Valais, Suíça, 2018.

DJ Cockburn/Shutterstock.com

A atividade agrícola está diretamente relacionada às características climáticas da região onde é desenvolvida. Ao observarmos as paisagens rurais, percebemos que, geralmente, são cultivadas lavouras que se desenvolvem melhor no clima que ocorre no lugar. O trigo, a cevada e o centeio, por exemplo, são cereais que se desenvolvem melhor em regiões de clima que apresentam temperaturas mais amenas. Já o feijão, o milho e a soja são plantas que preferem temperaturas mais elevadas para se desenvolver.

Na fotografia, vemos uma lavoura de trigo em Faversham, Inglaterra, 2018.

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O clima e as formações vegetais do planeta

BNCC

• A relação entre os pa-

drões climáticos e as formações vegetais permite um trabalho com as habilidades EF06GE05 e EF06GE11. Converse com os alunos e questione-os de que forma o clima influencia na composição das formações vegetais.

A superfície terrestre é composta por diversas paisagens. O que torna essas paisagens diferentes entre si é a interação dos elementos naturais, como clima, relevo, solo, hidrografia e vegetação. Em nosso planeta, podemos observar paisagens com variados tipos de vegetação: extensas florestas, vegetação escassa em meio aos desertos, vegetação que durante boa parte do ano sobrevive sob uma camada de gelo, entre outros. O tipo de solo e o relevo são fatores importantes no desenvolvimento das formações vegetais, no entanto, o clima é o elemento natural que mais interfere nessas formações. Isso ocorre porque o padrão de chuvas e de temperaturas, próprios de cada tipo climático, favorece ou não o desenvolvimento de determinadas espécies vegetais.

Integrando saberes

• O tema abordado nes-

Vamos observar a seguir a distribuição das principais formações vegetais em nosso planeta e conhecer características específicas de algumas delas.

Formações vegetais do mundo

E. Cavalcante

tas páginas possibilita uma articulação com o componente curricular de Ciências, na medida em que transita pelas características físico-naturais das formações vegetais. Para enriquecer o estudo, converse com o professor desse componente e solicite a ele que apresente mais informações sobre as espécies vegetais comuns nas formações estudadas e também espécies da fauna encontradas nas regiões em que essas formações se localizam. Orientações gerais

• Para avaliar a aprendi-

zagem dos alunos a respeito do clima e das formações vegetais, solicite a eles que elaborem um quadro-síntese das principais informações sobre as características físico-naturais das formações vegetais. Peça que elaborem o quadro-síntese em uma folha de papel sulfite, na horizontal, para as informações ficarem mais bem dispostas. Acompanhe a execução da atividade para certificar-se de que as informações estão corretas. Eles poderão utilizar o modelo a seguir. Formação vegetal

0

2 340

4680 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 61.

• Identifique, no mapa acima, qual formação vegetal é predominante nas zonas tropicais da Terra.

Floresta pluvial tropical.

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Características climáticas

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Espécies vegetais encontradas

Floresta pluvial tropical

Temperaturas elevadas e grande precipitação durante todo o ano.

Jacarandá e mogno.

Floresta temperada

Clima temperado.

Vegetação do tipo caducifólia, como a faia, o carvalho e a sequoia.

Floresta de coníferas

Regiões próximas às zonas polares da Terra, onde o clima apresenta temperaturas extremamente baixas.

Pinheiros adaptados ao inverno rigoroso.

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:10 PM

Desenvolve-se na porção intertropical do planeta, que apresenta temperaturas elevadas e grande precipitação durante todo o ano. Suas florestas são densas e ricas em biodiversidade. Os jacarandás e o mogno são espécies comuns nessas florestas.

Capítulo 5

Rita Barreto/Fotoarena

Floresta pluvial tropical

A Floresta Amazônica (na América do Sul), a Floresta de Bornéu (na Ásia) e a Floresta do Congo (na África), embora também recebam o nome de florestas equatoriais, são exemplos de florestas tropicais.

Orientações gerais

• Oriente

os alunos a localizarem o Brasil no mapa e a identificarem as formações vegetais existentes no país. Verifique se os alunos concluem que uma grande parte do Brasil é coberta pela vegetação de Floresta pluvial tropical e outra pela vegetação de Savana (Cerrado).

Floresta temperada

Desenvolve-se em áreas com predomínio de clima temperado. Sua biodiversidade é menor que a das florestas tropicais, no entanto, maior que a da floresta de coníferas. As florestas temperadas são compostas principalmente pela vegetação do tipo caducifólia, como a faia, o carvalho e a sequoia. Essa formação vegetal se localiza basicamente entre os círculos polares e os trópicos.

Bill Lea/Dembinsky Photo Associates/Alamy/Fotoarena

Floresta tropical no estado do Amazonas (AM), 2016.

Tundra

Desenvolve-se em regiões de clima polar no curto período do verão, quando ocorre o degelo de algumas áreas. Caracteriza-se como uma vegetação rasteira, composta basicamente por musgos, plantas herbáceas e liquens.

Ray Bulson/Alamy/Fotoarena

Floresta temperada em Tennessee, Estados Unidos, 2017.

Vegetação de tundra no Alasca, Estados Unidos, 2017.

Biodiversidade: termo utilizado para se referir à grande diversidade biológica, ou seja, variedade de espécies vivas existentes em uma área. Caducifólia: tipo de planta que perde suas folhas na estação fria ou no período de seca. Esse tipo de vegetação é comum nas florestas do leste da América do Norte, no leste da Ásia e no oeste da Europa. Líquen: grande grupo de organismos originados da união de algas e fungos. Os liquens podem crescer em rochas e troncos de árvores. Planta herbácea: vegetal de pequeno porte cujo caule e ramos são verdes e flexíveis.

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Formação vegetal

Características climáticas

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Espécies vegetais encontradas

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Tundra

Clima polar no curto período do verão.

Musgos, plantas herbáceas e liquens.

Savana

Clima tropical típico, com uma estação seca e outra chuvosa.

Gramíneas e capins.

Estepe e pradaria

Estepes são encontradas em regiões de clima semiárido, já as pradarias, em áreas de clima mais úmido.

Gramíneas, arbustos e plantas herbáceas.

Vegetação do deserto

Clima árido.

Cactos.

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Material audiovisual

• Um dos materiais dis-

poníveis nesta coleção trata dos fatores do clima e sua relação com as formações vegetais, assim como da ação do ser humano interferindo no clima e na vegetação. Trata-se de uma animação, ou seja, um vídeo curta-metragem que apresenta imagens acompanhadas de textos explicativos.

Floresta de coníferas

Zoonar GmbH/Alamy/Fotoarena

estratégia para avaliar a aprendizagem dos alunos sobre os tipos de clima e sua relação com as formações vegetais e outros elementos é desenvolver a sequência didática 8, disponível no material digital, pois esse material permite trabalhar com as habilidades EF06GE03, EF06GE05, EF06GE10 e EF06GE11.

Veja no material audiovisual o vídeo sobre Fatores do clima e vegetação.

Desenvolve-se em regiões próximo às zonas polares da Terra, onde o clima apresenta temperaturas extremamente baixas. A floresta de coníferas, ou floresta boreal, é constituída principalmente por pinheiros adaptados a invernos bastante rigorosos.

Floresta de coníferas na Sibéria, Rússia, 2016.

Savana

Zoonar GmbH/Alamy/Fotoarena

• Uma

Vegetação composta por gramíneas e capins que recobrem o solo e ainda por árvores e arbustos dispersos. É encontrada em regiões de clima tropical típico, com uma estação seca e outra chuvosa. No Brasil, esse tipo de vegetação recebe o nome de cerrado.

Paisagem de savana no parque Massai Mara no Quênia, 2017.

Estepe e pradaria

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Material digital

Vegetações constituídas de gramíneas, arbustos e plantas herbáceas, encontradas principalmente nas zonas temperadas do planeta. A diferença entre essas vegetações é que as estepes são encontradas em regiões de clima semiárido, já as pradarias, em áreas de clima mais úmido. Geralmente, nas áreas de pradarias são desenvolvidas atividades pecuárias, pois a vegetação serve como pastagem natural. No sul do Brasil, esse tipo de vegetação é denominado pampa.

Edwin Remsberg/Alamy/Fotoarena

Vegetação de pradaria em São Borja (RS), 2017.

Deserto

Vegetação que se desenvolve em regiões de clima árido, adaptada à escassez de água e à grande variação de temperatura entre os dias e as noites. Algumas espécies possuem raízes profundas para alcançar os lençóis subterrâneos de água, enquanto outras nascem, florescem e morrem em poucos dias, por causa da falta de água. Os cactos são um exemplo de plantas nativas dos desertos. Vegetação de deserto na Namíbia, África, 2017.

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:10 PM

Capítulo 5

Formações vegetais e a ação humana Atualmente, as áreas originais das formações vegetais, mostradas no mapa da página 164, encontram-se bastante alteradas. Veja no planisfério a seguir as áreas alteradas das formações vegetais do planeta e algumas causas da devastação em determinados países do mundo.

Formações vegetais e áreas alteradas pelo ser humano

1 4

7

3 2

0

2 680

5

E. Cavalcante

6

BNCC

• Aproveite

esse momento para trabalhar o tema contemporâneo Educação ambiental, apontando para a importância da preservação e da conservação do ambiente natural para a manutenção da vida no planeta. Leve-os à reflexão sobre as causas do desmatamento e explique que a devastação mostrada no mapa é geralmente causada pela ação humana. Com base nisso, solicite a eles que construam argumentos para a defesa do meio ambiente. Esse conteúdo possibilita uma abordagem da competência específica de Ciências Humanas 6, assim como da habilidade EF06GE11.

5 360 km

Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 61-63.

Integrando saberes

• Convide

o professor de Ciências para desenvolver uma atividade de reconhecimento dos impactos causados nas formações vegetais do mundo. Oriente os alunos a escreverem uma carta direcionada a um colega de turma sobre como ele imagina que será o mundo caso o desmatamento continue. Aproveite o momento para avaliar a compreensão dos alunos sobre a responsabilidade ética que cada ser humano tem sobre o meio ambiente, conforme orienta a competência geral 10 da BNCC.

1 Entre os motivos do desmatamento no Canadá, estão a agropecuária, a expansão urbana e a construção de vias de transporte. 2 No Brasil, a agropecuária, a expansão urbana, a construção de usinas hidrelétricas e o consumo de madeira pela população estão entre as causas do desmatamento florestal. 3 Entre os motivos do desmatamento na República do Congo estão a prática da agricultura, a expansão urbana, a mineração, a extração de madeira e a construção de estradas. 4 Na Espanha, a agropecuária, a extração de madeira e as queimadas estão entre as causas do desmatamento florestal. 5 Grandes extensões de floresta sofrem com queimadas na Indonésia. O desmatamento também acontece devido à extração de madeira para o consumo da população, áreas mineradoras e plantação de palma para a produção de óleo. 6 Entre as causas do desmatamento na Índia, temos a construção de usinas hidrelétrica e nuclear, a extração de madeira para a indústria de papel e a expansão das áreas urbanas e agropecuárias. 7 Na China, intensa industrialização e extensas áreas de plantação de eucalipto estão entre as causas do desmatamento.

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Orientações gerais

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• Comente com os alunos que o futuro das florestas tropicais é uma preocupação para a humanidade. O rápido crescimento dos centros urbanos, acompanhado do corte de árvores para a extração de madeira e a criação de áreas de pastagem ou lavouras, vem destruindo vastas áreas dessa formação vegetal.

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• Explique aos alunos que os eucaliptos tam-

bém formam florestas, porém não apresentam as mesmas características de biodiversidade, assim como os habitáts para muitas espécies de animais e plantas nativas.

• Para aprofundar seus conhecimentos sobre

as formações vegetais e a ação humana, sugerimos a leitura a seguir. > MORAN, Emilio F.; OSTROM, Elinor (Org.).

Ecossistemas florestais: interação homem-ambiente. Tradução: Diógenes S. Alves e Mateus Batistella. São Paulo: Senac/Edusp, 2009.

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nos que os povos da floresta, também conhecidos como populações tradicionais da Amazônia, são grupos de pessoas que têm seus modos de vida e sustento por meio da extração de recursos naturais, como os seringueiros, os castanheiros e os indígenas. Muitos se dedicam também à caça e à pesca não predatória e também à agricultura de subsistência. Os saberes e vivências desses povos fazem parte de sua identidade, e conhecer suas características é uma forma de valorizá-los e respeitá-los. Esse assunto contempla a habilidade EF06GE02 e a competência geral 6 da BNCC.

Explorando o tema

Alimentos da floresta

Os povos que habitam algumas áreas da Floresta Amazônica sabem dos benefícios das plantas, das flores e das frutas nativas dessa região, por isso as utilizam na alimentação e também para fins medicinais. Conheça as principais características do perfil da vegetação amazônica e algumas espécies de frutas e plantas existentes em cada parte da floresta. 1

Nos terrenos mais altos e afastados dos rios, encontram-se os solos mais pobres, porém com árvores de grande porte, como a castanheira, a sumaúma, a sapopema e a maçaranduba. Esse grupo de vegetação é conhecido por mata de terra firme. A serrapilheira, camada de folhas e de outros restos de plantas que se acumula na porção superficial do solo, fornece os nutrientes necessários para a sustentação dessa parte da floresta.

A produção e a venda da castanha garantem o sustento de muitas famílias na região Amazônica. Contudo, a derrubada das castanheiras para a construção de estradas, barragens e criação de gado está colocando essa espécie em risco de extinção.

• Ao

reconhecer a importância que as florestas têm para esses povos, os alunos serão capazes de agir com respeito e responsabilidade diante das questões socioambientais postas nestas páginas, podendo assim desenvolver um trabalho com a competência específica de Ciências Humanas 6 e a competência específica de Geografia 7.

1

mirella cosimato/ Shutterstock.com

BNCC

• Comente com os alu-

2

168

g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd Orientações gerais

168

• As atividades econômicas exercidas pelos povos da floresta devem estar em consonância com a conservação ambiental para manutenção da biodiversidade. Para aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, suge-

10/15/18 5:10 PM

rimos a leitura do texto a seguir. > LINHARES, Jairo Fernando Pereira. Populações tradi-

cionais da Amazônia. Disponível em: <http://livro.pro/ suu88i>. Acesso em: 14 set. 2018.

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:10 PM

Capítulo 5

Muitos alimentos da floresta possuem alto valor nutricional, veja. Calorias / 100 g

a ) Você já conhecia algum desses frutos? Sabia da importância que eles têm para os povos da floresta ou para diversas atividades econômicas?

Vitaminas e minerais

Açaí

58 kcal

B2, cálcio, ferro, fósforo

Bacuri

105 kcal

C, ferro, fósforo, cálcio

Camu-camu

31 kcal

C

Castanha do Brasil

643 kcal

Cálcio, fósforo, ferro

Cupuaçu

49 kcal

B1, B2, cálcio, ferro, fósforo

b) Em sua opinião, como podemos contribuir para manter a biodiversidade da região amazônica e de outras formações vegetais, principalmente daquelas existentes nas proximidades de onde você vive? Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

3

Valentina Razumova/ Shutterstock.com

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/livro_ alimentos_regionais_brasileiros.pdf>. Acesso em: 1º set. 2018.

2

O açaí é utilizado de diversas maneiras como alimento e também para a fabricação de cosméticos.

Em terrenos um pouco mais elevados, desenvolve-se a mata de várzea, composta de ervas e capins comuns à região, árvores mais altas, como palmeiras de buriti e açaí, e seringueiras, que chegam a atingir mais de 40 metros de altura. Esses terrenos são caracterizados por inundações periódicas que fertilizam o solo com nutrientes depositados pelos rios.

Nos terrenos mais baixos, à beira de rios, de igarapés e em solos permanentemente alagados, desenvolve-se uma vegetação denominada mata de igapó, composta basicamente por árvores, arbustos e cipós. Nessas áreas, é muito comum a presença de vitórias-régias, plantas com imensas folhas arredondadas que flutuam sobre a superfície das águas mais rasas e calmas.

• O conteúdo desta página permite um trabalho com a competência geral 8 da BNCC. Para complementar o estudo, leia o texto a seguir.

> Bacuri – É proveniente

de uma árvore alta, o bacurizeiro, da família das clusiáceas. O fruto tem tamanho semelhante ao de uma maçã e é usado para fazer sucos, sorvetes e doces. Em seu caule há látex e possui uso medicinal, pois apresenta propriedades diuréticas. > Camu-camu – É pro-

veniente de uma árvore de porte médio e é a fruta que mais possui vitamina C até o momento, ganhando inclusive da acerola. Seu aspecto é parecido com o de uma ameixa, e as suas folhas podem ser aproveitadas para fazer chá, pois estudos revelaram haver propriedades para melhorar a imunidade. É muito usada em produtos cosméticos antienvelhecimento.

Videowokart/ Shutterstock.com

Fruta

Orientações gerais

A vitória-régia, que pode chegar a 2 metros de diâmetro, é comumente utilizada na alimentação, em tratamentos medicinais e na indústria de cosméticos.

> Açaí – tipo de palmeira

Luciane Mori

que produz um fruto rico em ferro e muito presente na alimentação da população da região Norte do Brasil. Atualmente, tem sido amplamente comercializado pelo restante do país, consumido na forma de suco ou congelado. Também é utilizado na indústria de cosméticos.

3

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Respostas

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A Resposta pessoal. O aluno deve expor se já conhece algum desses frutos e refletir sobre a importância deles para as situações citadas. B Resposta pessoal. Devemos respeitar o meio ambiente, não utilizar recursos naturais sem necessidade ou de maneira predatória. Devemos conservar a biodiversidade

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para termos esses e muitos outros frutos e espécies à disposição das populações que dependem deles, e também pela preservação da flora e da fauna. Cuidando da floresta teremos à disposição vários compostos que podem, inclusive, conter princípios e fármacos para a cura de doenças graves como o câncer, por exemplo.

> Cupuaçu – É prove-

niente de uma árvore de porte médio, e os frutos são marrons, compridos, com uma média de 20 centímetros de altura. Na alimentação é usado para a produção de musses, sucos, cremes e sorvetes. Nos cosméticos seu uso é para a produção de óleos, hidratantes, xampus e sabonetes.

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Atividades

Orientações gerais

• Para responder à ativi-

dade 5, peça aos alunos que atentem para a graduação do eixo da precipitação. Explique que o eixo da precipitação de Jacarta tem valores muito mais elevados que o de Copenhague. Integrando saberes

• Apresente aos alunos

os gráficos a seguir, que contêm o percentual de área desmatada e de remanescente florestal de alguns países. Esta atividade favorece uma abordagem da competência específica de Ciências Humanas 6, pois estimula nos alunos a consciência socioambiental ao incentivar a análise dos gráficos referentes ao desmatamento.

• Você

poderá utilizar esta atividade como complemento do conteúdo da página 167.

República do Congo

1. As diferenças nas temperaturas podem ser explicadas pelo tipo de clima que atua nas cidades mencionadas. Na cidade de Manaus ocorre o clima equatorial, que apresenta temperaturas elevadas durante a maior parte do ano. Já em São Joaquim atua o clima subtropical, cujas temperaturas são mais baixas, sendo comum ocorrerem geada e neve.

2. Isso ocorre Exercícios de compreensão porque o padrão de chuvas e de 1. No dia 15 de julho de 2010, a cidade de Manaus, no estado do Amazonas, registemperaturas, próprios de cada trou uma temperatura máxima de 31 oC. Nesse mesmo dia, em São Joaquim, no tipo climático, favorece ou não o estado de Santa Catarina, a temperatura máxima registrada foi de 14 oC. Como desenvolvimento você explica o fato de ocorrerem em um mesmo dia temperaturas tão diferentes de determinadas espécies vegetais. em duas cidades localizadas no Brasil? 3. b) Resposta 2. Por que o clima é considerado o elemento natural que mais interfere no desenvolpessoal. vimento das formações vegetais? Explique, escrevendo sua resposta no caderno. Incentive os alunos a pensarem 3. Compare o mapa da página 164 com o apresentado na página 167 e responda às sobre os questões a seguir. benefícios das formações vegetais a ) Identifique, no caderno, quais formações vegetais encontram-se mais alteradas. nativas para o As florestas temperadas e a vegetação mediterrânea. ser humano. b ) Por que é importante preservar essas formações vegetais? Comente sobre a relação das 4. Conforme você estudou, escreva, no caderno, quais são as principais causas formações vegetais com a da devastação das formações vegetais no planeta. A atividade agropecuária, a biodiversidade industrialização, a extração de madeira para consumo da população, a expansão urbana, a mineração etc. e com o clima, Geografia no contexto entre outros aspectos.

5. Os climogramas abaixo representam dois tipos de climas diferentes. Observe-os e depois responda às questões no caderno.

Copenhague (Dinamarca) Precipitação (mm)

Jacarta (Indonésia) Temperatura (°C)

Precipitação (mm)

Temperatura (°C)

400

40

400

40

320

32

320

32

240

24

240

24

160

16

160

16

34% 66%

80 0

China China

78%

Ilustrações: Keithy Mostachi

Índia

F

M

A

M

J J Meses

A

S

O

N

D

80

0

0

Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Information Service. Disponível em: <https://worldweather.wmo. int/en/city.html?cityId=190>. Acesso em: 16 ago. 2018.

22%

Índia

J

8

8

J

F

M

A

M

J J Meses

A

S

O

N

D

0

Ilustrações: E. Cavalcante

Congo

Fonte: WMO (World Meteorological Organization). World Weather Information Service. Disponível em: <https://worldweather.wmo. int/en/city.html?cityId=310>. Acesso em: 16 ago. 2018.

a ) Qual climograma representa o clima equatorial? E qual representa o clima climograma de Jacarta representa o clima equatorial e o temperado? Oclimograma de Copenhague representa o clima temperado.

b ) Com base nas informações apresentadas nos climogramas, descreva as características do clima equatorial e do clima temperado.

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O clima equatorial, representado pelo climograma de Jacarta, é caracterizado por apresentar temperaturas médias elevadas e por registrar grande quantidade de chuvas ao longo do ano. Já o clima temperado, representado pelo climograma de Copenhague, apresenta verões quentes e invernos rigorosos, com temperaturas baixas e frequente precipitação de neve.

23%

77%

Fonte dos gráficos: FAO (Food and Agriculture Organization). Disponível em: <www.fao.org.br/ download/i2000e. pdf>. Acesso em: 3 dez. 2014.

• Aproveite para trabalhar com as seguintes questões. g20_ftd_lt_6vsg_c5_p160a171.indd 170

a ) Qual país possui a menor quantidade de formações vegetais remanescentes? Resposta: China. b) Qual país possui a menor área desmatada? Resposta: República do Congo. c ) Quais as principais causas do desmatamento no mundo?

Resposta: A atividade agropecuária, a industrialização, a10/15/18 extração de madeira para consumo da população, a expansão urbana, a mineração etc. d) Por que é importante preservar essas formações vegetais? Resposta: Resposta pessoal. Incentive os alunos a pensarem sobre os benefícios das formações vegetais nativas para o ser humano. Comente sobre a relação das formações vegetais com a biodiversidade e com o clima, entre outros aspectos.

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Sergio Ranalli/Pulsar Imagens

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Capítulo 5

6. As imagens a seguir retratam lavouras temporárias desenvolvidas no estado do Paraná, no ano de 2017. Sabendo que neste estado predomina o clima subtropical, como você explica a opção dos agricultores em alternar os tipos de lavouras em suas propriedades? Anote a resposta no caderno.

Lavoura de trigo, no período de inverno no estado do Paraná, 2017.

Lavoura de soja, no período de verão no estado do Paraná, 2017.

Nesse tipo de clima os invernos são amenos e mais secos, condições melhores para o desenvolvimento de lavouras de trigo. No verão o clima é mais úmido e com temperaturas mais elevadas, ideais para o desenvolvimento de lavouras de soja. Lavoura temporária: lavoura que se desenvolve em períodos de curta duração.

Refletindo sobre o capítulo

• Comente com os alu-

nos que a realização da autoavaliação é importante para refletir sobre o que e como aprendeu, tomando consciência do seu percurso de aprendizagem.

• Leia com os alunos as

informações, promova uma conversa sobre os temas e avalie se o estudo atingiu seus objetivos e se os alunos desenvolveram as habilidades indicadas no decorrer deste capítulo. > Averigue se eles identificam quais são as camadas que compõem a atmosfera e as características dos elementos atmosféricos. > Observe se eles com-

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• A atmosfera da Terra é dividida em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.

• Ventos, nuvens e precipitações são fenômenos atmosféricos que se formam a partir da interação de elementos atmosféricos, como temperatura, pressão e umidade.

• A temperatura atmosférica varia de acordo com a latitude, a altitude, a maritimidade e a continentalidade.

• A pressão atmosférica pode ser definida como o peso que o ar exerce sobre qualquer lugar da superfície terrestre.

• As diferenças de temperatura e de pressão atuam no deslocamento do ar, que se desloca

preendem como os elementos atmosféricos interagem na formação de fenômenos, como a chuva, o vento e as massas de ar. > Certifique-se de que os alunos compreenderam a diferença entre tempo atmosférico e clima e como se realizam a previsão do tempo e a análise do climograma. > Constate se eles iden-

• Tempo atmosférico corresponde às características da atmosfera em um determinado mo-

mento e lugar. Já o clima corresponde às características do tempo atmosférico de um lugar, registradas ao longo de um período mínimo de tempo de 30 anos.

tificam com clareza os principais tipos de clima existentes no mundo e no Brasil e como o clima interfere no cotidiano das pessoas.

• Os climas da Terra são influenciados por fatores como latitude, altitude, continentalidade

> Verifique se os alunos

das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. Esse movimento do ar pode ocorrer em escala global ou local.

e maritimidade.

• O clima influencia as formações vegetais do planeta que, atualmente, se encontram bastante alteradas pela ação humana.

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reconhecem que o clima interfere na distribuição das formações vegetais e se analisam criticamente a interferência das atividades humanas. > Examine a percepção

dos alunos quanto à importância da Floresta Amazônica para os povos que a habitam e os benefícios das plantas para a alimentação e a medicina.

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e compreender a relação de interdependência dos elementos da natureza nas paisagens terrestres.

pí tu

• Identificar

lo

A natureza e a sociedade nas paisagens

Ca

Objetivos do capítulo

• Relacionar o processo de formação dos solos à interdependência dos elementos da natureza.

• Compreender a influência das correntes marítimas na característica de alguns tipos de clima.

• Compreender

a dinâmica básica do fenômeno El Niño, suas causas e consequências.

• Identificar

a relação entre a altitude do relevo e a vegetação.

• Observar as interações

de sociedade e natureza, que se manifestam na paisagem, retratadas em pinturas ou fotografias.

• Identificar as relações

entre os elementos da natureza e a sociedade.

• Relacionar

as transformações identificadas nas paisagens à interação da sociedade com meio natural.

• Reconhecer

a utilização da rede hidrográfica para a geração de energia hidrelétrica e também como vias de transporte.

• Relacionar as características do clima, do relevo e dos solos à atividade agrícola.

Na fotografia podemos observar o Mosteiro Meteora na Grécia, 2018.

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Orientações gerais

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• Incentive os alunos a observarem a fotografia e leve-os a perceber os diferentes elementos naturais e culturais ali retratados.

• Comente com eles sobre os possíveis de-

safios encontrados para construir as edificações no alto do morro. Esclareça que construções como essas dependem de um

alto avanço tecnológico na área de engenharia civil.

• Dê exemplos de construções semelhantes

a essas no Brasil, por exemplo, a igreja da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, construída no alto de um morro, ou procure exemplos de construções desse tipo em seu município.

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• Comente com os alunos que os mosteiros

são espaços religiosos habitados por monges e/ou monjas. As edificações do Mosteiro Meteora começaram a ser construídas no século XV. Pesquisadores estimam que as formações rochosas tenham começado há 60 milhões de anos pela erosão fluvial.

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Zoran Milosavljevic/ Shutterstock.com

Como estudamos anteriormente, o relevo, o clima e a vegetação estão em constante interdependência, atribuindo características diferentes às paisagens. O tipo de vegetação encontrado em um lugar, por exemplo, é o resultado da interação entre clima, solo e relevo. O ser humano, por sua vez, interage com a natureza, criando elementos culturais e transformando as paisagens de diversas maneiras. A construção do mosteiro da fotografia, por exemplo, foi realizada em um lugar de difícil acesso e nos mostra como o ser humano interfere nas paisagens. Neste capítulo, vamos estudar algumas das relações entre o ser humano e os elementos naturais, ou seja, entre a sociedade e a natureza. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

A Quais são os elementos naturais e culturais presentes na fotografia? B De que maneira você percebe a ação do ser humano na paisagem mostrada na fotografia?

BNCC

• Este

estudo favorece uma abordagem das competências específicas de Geografia 1, 2 e 3. Incentive os alunos a refletirem sobre a interação humana com a natureza e entre as sociedades. Aproveite para promover com os alunos o levantamento de hipóteses através de um diálogo em grupo para compreender o uso e a ocupação do espaço. Em conjunto a esse trabalho, propicia-se o desenvolvimento das competências gerais 1 e 2 da BNCC, visto que as questões e as reflexões propostas instigam e valorizam o conhecimento físico e social e estimulam a curiosidade intelectual.

• Aproveite as questões

para avaliar os conhecimentos prévios dos alunos. Questione-os também sobre o que pensam que seja a definição de “sociedade”, levando-os à compreensão de que fazem parte dela.

• Por meio das questões

é possível desenvolver a habilidade de resolver problemas, estimulando o senso crítico e a autonomia para compreensão e raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço.

Orientações gerais

• Verifique

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Respostas

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A Como elemento cultural temos as edificações do mosteiro, e como elementos naturais os alunos podem citar a vegetação e as formações rochosas. B Pela construção do mosteiro no alto do morro.

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a capacidade de análise dos alunos quanto à interação desse grupo humano com o local e suas adversidades climáticas e de relevo, assim como a manutenção da sobrevivência com tais condições e a dificuldade de acesso a outras cidades. Ajude-os a relacionar essa interação desde da construção do edifício, até a organização deles no cotidiano, trazendo para a reflexão as diferentes atividades humanas.

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As relações entre os elementos da natureza nas paisagens terrestres

BNCC

• Ao analisar as intera-

ções dos elementos físico-naturais nas paisagens, o aluno pode compreender o dinamismo de suas combinações, contemplando a habilidade EF06GE11.

• Para

iniciar o estudo do tema, chame a atenção dos alunos para as fotografias e questione-os sobre os elementos naturais que estabelecem relações e formam cada uma das paisagens apresentadas.

Veja alguns exemplos de combinação, ou seja, de interdependência dos elementos da natureza com as paisagens terrestres. Nessa paisagem, as águas do rio Iguaçu correm sobre gigantescos degraus de rochas, formando várias quedas-d’água.

Tales Azzi/Pulsar Imagens

Orientações gerais

Os elementos da natureza, como vegetação, clima, relevo, solo e hidrografia, estabelecem diferentes combinações entre si na superfície terrestre. Cada uma dessas combinações resulta em paisagens com características diferentes.

A fotografia ao lado mostra a relação entre hidrografia e relevo na paisagem das Cataratas do Iguaçu, localizadas na fronteira entre o Brasil e a Argentina, 2018.

• Explore

• Relembre com os alu-

nos o conceito de paisagem e de elementos naturais e culturais trabalhados no capítulo 1 deste volume.

fokke baarssen/Shutterstock.com

Nessa paisagem, os ventos deslocam constantemente os grãos de areia e transformam continuamente o relevo de dunas.

A interdependência de clima e relevo pode ser verificada na paisagem de deserto em Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2017.

As águas do mar desgastam as formações rochosas litorâneas e lançam sedimentos contra esses paredões, o que modifica gradativamente o relevo litorâneo.

Roney Lucio/Shutterstock.com

as dinâmicas apresentadas nestas paisagens. No caso das cataratas, explique a relação do relevo com o fluxo da água e a presença constante desse fenômeno. Para as dunas, explique o dinamismo delas ao serem constantemente movidas pelo vento. Se necessário, volte à página 107 e relembre o significado de falésia com os alunos, explicando como a ação do mar gera uma erosão constante no relevo que tem uma dinâmica lenta, mas constante.

A relação entre as águas do mar e o relevo pode ser vista na paisagem mostrada ao lado, que apresenta falésias localizadas em uma praia de Porto Seguro (BA), 2017.

Nas páginas seguintes, vamos estudar outros exemplos de interdependência dos elementos da natureza.

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Capítulo 6

A interdependência dos elementos da natureza e a formação dos solos O solo é extremamente importante para nossa sobrevivência. Sobre ele, construímos nossas moradias, realizamos atividades como cultivo de lavouras, destinadas à nossa alimentação, e de pastos, para alimentar as criações de animais, entre outros usos.

• Comparar as caracte-

Formação dos solos Matéria orgânica: matéria derivada de moléculas orgânicas em decomposição de organismos naturais (restos de plantas e de animais).

1 As rochas passam por um processo de fragmentação provocado pela ação de agentes naturais, como a variação de temperatura, as águas, os ventos, as plantas, os animais, entre outros fatores. Esse processo recebe o nome de intemperismo, também chamado por alguns estudiosos de erosão elementar.

Ilustrações: Luciane Mori

2

3

Nesta camada, a quantidade de matéria orgânica é menor. Nela, é possível encontrar fragmentos maiores de rocha.

Objetivos

a composição do solo e a interdependência dos elementos.

Existem diversos tipos de solo que se diferenciam de acordo com vários fatores, como o tipo de rocha do qual se origina, as características climáticas da região em que se encontra e a quantidade de matéria orgânica em sua composição. Veja, na sequência abaixo, como ocorre a formação dos solos.

Fonte: POPP, José Henrique. Geologia Geral. 2. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: LTC, 1988. p. 68.

Observando o solo da escola

• Observar

Os solos se originam da desintegração das rochas, em um processo que envolve a ação de outros elementos da natureza, como o calor do sol, a água das chuvas, os ventos, os animais e as plantas. Esse processo de formação dos solos, também conhecido como pedogênese, pode durar vários anos, dependendo do tipo de solo.

Com o passar do tempo, os fragmentos menores de rocha misturam-se com restos de animais e plantas, criando uma mistura orgânica em que diversos tipos de animais e vegetais passam a viver.

Sugestão de atividade

rísticas do solo da escola com as do lugar onde moram. a ) Leve os alunos ao jardim da escola e deixe-os observar a composição do solo, incentivando-os a verificar os organismos vivos, a cor e a textura do solo, o cheiro etc. b) Questione-os sobre os elementos que estão envolvidos na formação do solo, como a água, os ventos e as plantas. c ) Peça para eles observarem se esse solo é rico ou pobre em matéria orgânica. d) Se julgar pertinente, oriente-os a comparar as características observadas com as características do solo encontrado nos terrenos da casa ou dos arredores de onde moram e a levar as anotações para a sala de aula para compartilhar com os colegas.

Na camada mais próxima da superfície, o solo apresenta quantidades maiores de matéria orgânica e microrganismos, como bactérias e fungos. Camada onde se encontra a rocha matriz, ou seja, rocha que deu origem ao solo.

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Integrando saberes

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• O conteúdo desta página permite o trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências. Converse com o professor desse componente e proponha uma atividade em conjunto. Poderá ser trabalhada a interpretação das imagens ou a construção de maquete pa-

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ra simular a formação do solo. O professor de Ciências pode aproveitar o momento para trabalhar a temática dos organismos vivos que participam da formação e do enriquecimento biológico dos solos.

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Orientações gerais

As interações do clima com as correntes marítimas

• Realize

uma leitura conduzida do mapa desta página, a princípio chamando a atenção dos alunos para as cores das correntes marítimas que identificam a principal característica delas (quente ou fria). Analise com eles a predominância de correntes quentes nas porções próximo à linha do equador e dos trópicos. Já ao norte e ao sul dos círculos polares, há a presença das correntes frias. Relacione com eles as zonas térmicas da terra a essas porções e às características dessas correntes. Depois, leia os nomes das correntes e sua trajetória, destacando também algumas correntes mais conhecidas próximas a alguns continentes e ao Brasil.

• Para

complementar o estudo desse tema, peça aos alunos que em grupos realizem uma pesquisa em revistas, livros e na internet sobre a influência da corrente marítima de Humboldt na quantidade de peixes e na atividade pesqueira de países como Chile e Peru.

Durante seu deslocamento pelos oceanos, as correntes marítimas ou oceânicas influenciam as características climáticas de regiões do planeta, principalmente das regiões costeiras. Isso ocorre porque, em geral, as correntes marítimas modificam a temperatura, a pressão e a umidade das massas de ar que circulam sobre elas. Veja, no planisfério abaixo, a direção dos movimentos das correntes oceânicas.

E. Cavalcante

Correntes marítimas

0

2 500 km 5 000 km

Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XX-XXI. Roger Hollingsworth/Alamy/Fotoarena

Quando uma corrente marítima quente passa por uma região com temperaturas baixas, ela aquece o ar e traz umidade para aquela região. Já as correntes frias exercem influência contrária, ou seja, diminuem a temperatura e a umidade das regiões por onde passam. A corrente marítima quente do Golfo do México, por exemplo, influencia o clima de alguns países localizados na região noroeste da Europa. Essa corrente ameniza as baixas temperaturas e leva umidade a países como a Inglaterra.

• Peça-lhes

que registrem a pesquisa no caderno e apresentem os resultados obtidos aos demais alunos.

A Cornualha, região localizada na porção sudoeste da Inglaterra, recebe forte influência das águas quentes da corrente do Golfo do México. A influência dessa corrente impede, normalmente, que as temperaturas sejam muito baixas, tornando os invernos mais amenos e os verões mais frescos do que em outras áreas da Europa. Parque na região da Cornualha na Inglaterra, 2016.

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em foco

Capítulo 6

Geografia

El Niño

O El Niño é um fenômeno que consiste em modificações na dinâmica dos ventos e no aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico, que repercutem em alterações climáticas locais e em outros lugares do planeta. Veja, no esquema a seguir, como ocorre o El Niño.

El Niño O fenômeno El Niño ocorre quando esse sistema é modificado pelo enfraquecimento dos ventos alísios e, por vezes, pela inversão dos ventos de oeste para leste. Isso contribui para o aquecimento das águas do Pacífico na costa oeste da América do Sul, que passam a apresentar temperaturas mais elevadas que nos períodos em que o El Niño não atua.

• Traga

informações jornalísticas atuais sobre efeitos de El Niño e La Niña que porventura estejam ocorrendo no corrente ano de estudo e se estão sendo sentidos no lugar em que vivem, a fim de contextualizar o presente estudo com os alunos.

• Explique

aos alunos que a tradução do espanhol El Niño em português é “o menino”. O nome foi dado por pescadores do Peru e do Equador pois sua chegada ocorre próximo ao Natal, fazendo referência ao nascimento do “menino Jesus”.

Luciane Mori

Nos anos em que o El Niño não atua, as águas superficiais da região equatorial do oceano Pacífico são levadas para as proximidades da Austrália por ventos alísios que se deslocam de leste para oeste, ocasionando chuvas nessa região. Desse modo, as águas mais frias e profundas vêm à superfície, fenômeno chamado de ressurgência, e banham a costa oeste da América do Sul.

Orientações gerais

• Comente com os alu-

América do Sul

Fontes: EDEN, Philip; TWIST, Clint. Minienciclopédia: atmosfera e clima. Lisboa: Texto, 1998. p. 50. INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Disponível em: <http://enos.cptec.inpe.br/>. Acesso em: 31 jul. 2018.

América do Sul

Ao modificar a circulação dos ventos e consequentemente das massas de ar, o El Niño aumenta a quantidade de chuvas em determinadas regiões e provoca seca em outras. Veja, no mapa abaixo, os efeitos climáticos globais provocados pela ocorrência mais severa de El Niño, em um período de dezembro a fevereiro.

E. Cavalcante

Efeitos do El Niño no mundo Ressurgência: fenômeno que ocorre nos oceanos quando os ventos presentes na costa deslocam as águas superficiais, permitindo que as águas profundas e frias se elevem.

0

3 750 km 7 500 km

Fonte: L’Atlas de l’environement Le Monde diplomatique. Paris: Armand Colin, 2008. p. 44.

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Orientações gerais • Para ampliar o estudo sobre El Niño e La Niña, sugerimos o acesso ao site a seguir, onde é apresentada uma série de informações e infográficos relacionados a esses fenômenos.

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nos sobre outro fenômeno relacionado à interação da atmosfera e das águas oceânicas, denominado La Niña . Esse fenômeno ocorre quando as águas equatoriais do oceano Pacífico tornam-se mais frias que o normal. O texto a seguir pode ampliar seus conhecimentos sobre La Niña.

La Niña [...] El Niño representa um dos extremos da oscilação meridional; o outro extremo, chamado La Niña (“a menina”, em espanhol), ocorre quando as correntes de ar e água se reforçam mutuamente e produzem ventos alísios de intensidade incomum. Um volume de água quente muito superior ao usual é varrido para oeste, ao longo do oceano, trazendo chuvas torrenciais à Ásia e causando graves secas na América do Sul. TEMPO & clima. Tradução: Júlio Fischer. São Paulo: Abril, 1995. p. 141.

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> Possível ocorrência de El Niño. Inpe (Instituto Nacio-

nal de Pesquisas Espaciais). Disponível em: <http:// livro.pro/dsengy>. Acesso em: 18 set. 2018.

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BNCC

As relações entre a altitude do relevo e a vegetação

• Ao analisar as relações

entre o relevo e altitude e o uso do solo por meio de terraços é possível contemplar a habilidade EF06GE10.

Como estudamos no capítulo 5, a temperatura diminui cerca de 6,5 oC a cada quilômetro que se distancia da superfície terrestre. Assim, quanto mais elevada a altitude, mais baixa torna-se a temperatura do ar. Desse modo, em áreas de altitude mais elevada, desenvolve-se um tipo de vegetação que se adapta a temperaturas mais amenas. A ilustração mostra diferentes formações vegetais que se desenvolvem, por exemplo, na cordilheira do Himalaia, de acordo com as faixas de altitude.

Orientações gerais

• Oriente os alunos a rea-

lizar a leitura da ilustração de baixo para cima, ou seja, iniciando pelos terraços na porção inferior das encostas do Himalaia.

A cordilheira do Himalaia e a vegetação

• Comente que nos terre-

nos da porção inferior das encostas do Himalaia desenvolve-se o terraceamento, técnica utilizada na agricultura e que será estudada na página 186.

Em faixas de altitudes elevadas, desenvolvem-se as coníferas, vegetação do tipo pinheiro. No Himalaia, essa vegetação é encontrada em altitudes médias de 3 000 metros.

• Explique

aos alunos que as plantações de arroz precisam de muita irrigação e muitas vezes são feitas em terrenos alagados e que os terraços são excelentes para plantações desse tipo.

Em áreas um pouco mais elevadas, desenvolve-se vegetação do tipo caducifólia, que solta suas folhas durante as estações do outono e do inverno.

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Capítulo 6

6 000 m No pico da cordilheira, há neve e gelo eternos, ou seja, que não derretem ao longo do ano.

Luciane Mori

5 000 m

A formação vegetal que se desenvolve antes dos picos nevados são os prados alpinos, pequenos arbustos com predomínio de plantas rasteiras.

4 000 m

Integrando saberes

• Este conteúdo permite

a comparação entre os diferentes tipos de vegetação, possibilitando um momento de articulação com o componente curricular de Ciências. Estimule os alunos a compararem os diferentes níveis de altitude e os tipos de vegetação da ilustração e também a recorrerem a seus conhecimentos prévios, comparando com outras formações vegetais que eles conhecem. O professor desse componente poderá abordar outras características desse tipo de vegetação.

3 000 m

Nas áreas de menores altitudes, a temperatura e as condições de umidade permitem o desenvolvimento de vegetação típica de floresta tropical.

2 000 m

1 000 m

Os terrenos na porção inferior das encostas do Himalaia são comumente utilizados para a produção de arroz em terraços.

Fonte: SAUVAIN, Philip. Montanhas. São Paulo: Scipione, 1998. p. 14. (Geodetetive).

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Encontro com... Artes

BNCC

• Esta

seção possibilita um trabalho com as competências gerais 3 e 4, pois utiliza outras linguagens, como a artística e a iconográfica, para abordar o conhecimento geográfico e valorizar as manifestações artísticas.

As paisagens registradas nas pinturas em telas Por meio de pinturas as pessoas têm registrado as mais diferentes paisagens terrestres. Alguns desses registros mostram a relação entre elementos naturais, como um rio com cachoeiras correndo por formas de relevo íngremes ou, ainda, o relevo litorâneo sendo esculpido pela ação das águas do mar. Veja a imagem abaixo.

• Além disso, a análise

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo

A

da paisagem por meio de pinturas permite ao aluno ampliar a capacidade de interpretar diferentes recursos, desenvolvendo o raciocínio espaço-temporal, conforme orienta a competência específica de Ciências Humanas 7.

O artista Johann Moritz Rugendas registrou, no século XIX, elementos naturais da paisagem do Brasil. Nesta imagem, o rio segue seu percurso sobre um relevo plano cercado por floresta nativa. Floresta virgem perto de Mangaratiba.

Orientações gerais

• Comente com os alu-

nos que os artistas Johann Moritz Rugendas e Jules Marie Vincent de Sinety produziram várias obras no Brasil, retratando cenas do cotidiano da época. Para encontrar mais imagens de suas obras, sugerimos o acesso aos sites a seguir.

Já outras imagens artísticas registram paisagens que mostram a combinação de elementos naturais e culturais. Nessas obras, podemos observar a relação entre a sociedade e a natureza expressa nas paisagens registradas. Veja o exemplo a seguir. Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo

B

> Johann Moritz Ru-

gendas. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: <http://livro.pro/ k4yntz>. Acesso em: 18 set. 2018.

> Jules Marie Vincent de

Sinety. Brasil Iconografia. Disponível em: <http://livro.pro/n5awc2>. Acesso em: 18 set. 2018.

O artista Jules-Marie-Vincent de Sinety representou, na tela A Glória, elementos culturais e naturais da paisagem do Rio de Janeiro, no século XIX.

• Convide o professor de Arte para participar da atividade proposta nesta página, para que ele aborde alguns aspectos artísticos das obras.

• Proponha uma atividade na qual os alunos retratem uma paisagem em tela, o que pode auxiliar na avaliação dos dois componentes curriculares. Depois, organizem juntos uma mostra de arte com as telas produzidas.

• No caderno, identifique quais elementos naturais e culturais estão registrados nas imagens acima.

Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

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• Na imagem A estão registrados apenas elementos na-

turais que são a vegetação, o relevo e o rio. Na imagem B estão registrados elementos naturais (mar, relevo e vegetação) e elementos culturais (construções, ruas, carroça, entre outros).

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Exercícios de compreensão

1. Resposta pessoal. Verifique se as descrições dos alunos estão coerentes com a atividade proposta.

Capítulo 6

Atividades

2. Os fatores que diferenciam os tipos de solo são o tipo de rocha do qual se origina, as características climáticas da região em que se encontra e a quantidade de matéria orgânica em sua composição.

1. No caderno, descreva uma paisagem do lugar onde você vive, explicando a relação entre os elementos naturais existentes. Depois, apresente seu texto aos colegas.

4. Observe novamente o mapa da página 176 e explique, no caderno, qual a provável influência que a corrente marítima de Benguela exerce no clima da costa oeste da África.

2. Existem vários fatores que contribuem para que existam diferentes tipos de solo. Explique quais são esses fatores.

5. Explique como a corrente marítima do Golfo do México influencia a temperatura de alguns países localizados na região noroeste da Europa.

3. Escreva em seu caderno como ocorre o processo de formação do solo. Geografia no contexto 6. a) Relevo, hidrografia e vegetação.

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo

a ) Quais são os elementos naturais que mais se destacam na paisagem? b ) Quais relações entre os elementos da natureza estão evidentes nessa paisagem? Descreva-as no caderno.

• As atividades propos-

tas podem ser maneiras de avaliar por meio de acompanhamento da aprendizagem dos alunos, de acordo com a resolução que apresentam a cada uma delas.

• Os exercícios de com-

3. As rochas passam por um processo de fragmentação provocado pela ação de agentes naturais, como as águas, os ventos, as plantas, os animais, a temperatura, entre outros fatores. Com o passar do tempo, os fragmentos menores de rocha misturam-se com restos de animais e plantas, criando uma mistura orgânica em que diversos tipos de animais e vegetais passam a viver.

6. Conforme você estudou, os elementos da natureza estão em constante interdependência, o que atribui características diferentes a cada paisagem terrestre. Sabendo disso, observe a imagem ao lado.

Orientações gerais

preensão retomam, primeiramente, os conceitos de paisagem e de formação do solo. Peça que eles mencionem diferentes tipos de paisagens que já foram vistas nas aulas anteriores e outras que eles conheçam. Questione-os sobre os tipos de solo que eles aprenderam. Caso necessário, retome com os alunos esses conteúdos nas páginas 174 e 175.

• Em

seguida, para os exercícios 4 e 5, sugira uma conversa com o grupo relembrando com eles como é a dinâmica das correntes marítimas nos oceanos e como a temperatura das águas interfere nos climas de determinadas regiões. Permita que eles expliquem com suas próprias palavras e colabore para que as associações sejam feitas corretamente.

A relação entre o relevo e a hidrografia na formação da cachoeira no curso do rio. A formação natural da cachoeira só ocorre porque o relevo é acidentado. 4. A corrente de Benguela, por ser fria, tende a tornar as temperaturas mais baixas e o ar mais seco na costa oeste da África. 5. Essa corrente ameniza as baixas temperaturas e leva umidade a países como a Inglaterra. A Cornualha, região localizada na porção sudoeste da Inglaterra, recebe forte A tela A cachoeira de Paulo influência das águas quentes da corrente do Afonso foi produzida em Golfo. A influência dessa 1649 pelo artista holandês corrente impede, normalmente, Frans Post. que as temperaturas sejam muito baixas, tornando os invernos mais amenos e os verões mais frescos do que em outras áreas da Europa.

7. A costa oeste da América do Sul sofre influência de uma corrente marítima que diminui a temperatura e a umidade na região norte do Chile, e essa corrente contribui, junto a outros fatores, para a existência do deserto do Atacama. Normalmente ela provoca precipitações sobre os oceanos, fazendo que as massas de ar cheguem secas ao continente. Observe o mapa na página seguinte e responda às questões no caderno.

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Orientações gerais

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• Nas atividades Geografia no contexto, solicite que os

alunos respondam individualmente, verificando assim se compreenderam o conteúdo até o momento.

• Comente com os alunos que o artista Frans Post tam-

bém costumava retratar, em muitas de suas obras, as paisagens brasileiras. Para conhecer outras obras, suge-

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rimos o acesso ao site a seguir. > Frans Post. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em:

<http://livro.pro/xa7s5o>. Acesso em: 18 set. 2018.

• Aproveite a atividade 7 e questione os alunos de que maneira uma corrente marítima pode influenciar o clima de determinada região.

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• Qual o nome da corrente ma-

• Para

rítima que interfere no clima da costa oeste da América do Sul? Essa corrente marítima é quente ou fria? Que argumento você utilizaria para explicar sua resposta?

realizar a atividade 8, peça aos alunos que observem o mapa da página 177.

• Para ampliar os conhe-

cimentos dos alunos, na atividade 9, forneça algumas informações sobre a Serra da Mantiqueira. Ela se localiza entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro e está entre os três maiores picos do Brasil. Comente com os alunos que essa serra é bastante visitada por pessoas interessadas em belezas naturais, devido às suas paisagens exuberantes com remanescentes da Mata Atlântica. Em sua área, existem diversas unidades de conservação, como a Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, o Parque Nacional de Itatiaia, os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio e Campos do Jordão.

Corrente de Humboldt E. Cavalcante

Orientações gerais

Corrente do Peru ou de Humboldt. Essa corrente é fria pelo fato de se originar na região do Círculo Polar Antártico.

Fonte: Reference atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XX-XXI.

8. Leia o texto a seguir. [...]

0

1 350 km

8. O texto trata do fenômeno El Niño. Ele ocorre com modificações na dinâmica dos ventos alísios e no sistema de deslocamento das águas no oceano Pacífico. Essas modificações provocam o aquecimento das águas na costa oeste da América do Sul. Esse aquecimento ocasiona aumento da quantidade de chuvas em determinadas regiões e secas em outras.

A atuação do fenômeno tende a deixar o inverno mais frio e tempestuoso em todo o sul dos Estados Unidos, chuvoso na Califórnia e mais quente no Noroeste do Pacífico e no Norte das Montanhas Rochosas. Na América do Sul, o Brasil pode ficar mais seco em algumas áreas, principalmente no Centro-Norte e mais úmido no Sul, enquanto que a Argentina pode ter mais chuvas. [...] SIMIÃO, Jhonatas. Aumentam para 70% chances de El Niño no fim de 2018 e início de 2019, diz NOAA. Notícias Agrícolas, 16 jul. 2018. Disponível em: <https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/clima/217491-aumentam-para-70chances-de-el-nino-no-fim-de-2018-e-inicio-de-2019-diz-noaa.html#.W2Wd7tJKgdW>. Acesso em: 4 ago. 2018.

• Qual é o nome do fenômeno natural que provoca os efeitos descritos no texto? No caderno, explique como ele ocorre.

9. Leia o trecho abaixo, retirado de uma reportagem de revista. [...] começa a nossa caminhada nos céus, ou pelo menos essa é a impressão quando se está a mais de 2 400 metros de altitude. A vegetação é típica das alturas, rasteira, arbustiva e monocromática. Em vez de árvores, destacam-se as formações rochosas. Os campos de altitude são um dos ecossistemas associados à Mata Atlântica, bioma predominante na unidade de conservação, e como o nome indica, ocorre apenas nas alturas, mais especificamente acima dos 1 500 metros. Apesar das condições mais inóspitas, são ecossistemas ricos [...] MENEGASSI; Duda. Uma travessia nos céus: os caminhos da Serra da Mantiqueira. O Eco, 12 nov. 2017. Disponível em: <https://www.oeco.org.br/reportagens/uma-travessia-nos-ceus-os-caminhosda-serra-da-mantiqueira/>. Acesso em: 4 ago. 2018.

• O trecho cita uma inter-relação de aspectos naturais. Que relação é essa? Descreva-a no caderno. A relação entre relevo e vegetação. Quanto maior a altitude do relevo,

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menores são as temperaturas, o que influencia na formação da vegetação que se desenvolve. Nesse caso, os campos de altitude se desenvolvem apenas em relevos com mais de 1 500 metros acima do nível do mar.

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Desde o seu surgimento, o ser humano intervém na natureza, retirando dela recursos para suprir suas necessidades, cultivando lavouras, construindo moradias, estradas, viadutos e indústrias. Há situações em que os aspectos naturais influenciam diretamente nas atividades desenvolvidas pelas pessoas.

Capítulo 6

As relações entre a natureza e a sociedade nas paisagens

Vistas e paisagens do Brasil Nereide Shilaro S. Rosa. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 2005. Nesse livro são apresentadas paisagens das mais variadas regiões do país, captadas pela visão e inspiração de grandes artistas brasileiros. São imagens que abrangem desde a pintura documental dos viajantes, nos séculos XVII a XIX, até a visão contemporânea e abstrata de alguns artistas.

A construção de túneis, por exemplo, consiste em uma transformação realizada pelas pessoas, a fim de se deslocarem de um lugar para outro. Para construir essa via de transporte, muitas vezes é necessário transpor uma área de relevo acidentado.

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

A interação da sociedade com o meio natural ocorre por meio do trabalho realizado pelo ser humano, o que resulta nas transformações e adaptações do meio observadas nas paisagens.

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

Essas estacas sustentam as casas sobre as águas na época das cheias dos rios.

Na fotografia, observam-se palafitas às margens do rio Tocantins em Cametá (PA), 2017.

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• O conteúdo desta seção pode ser explorado utilizando a sequência didática 9, disponível no material digital, pois aborda a interdependência dos elementos da natureza e da sociedade.

nos que o trabalho executado nas mais diversas atividades econômicas, como agricultura, mineração e indústrias, transforma as paisagens e constrói ou modifica constantemente o espaço geográfico, relacionando as habilidades EF06GE06 e EF06GE07. Assim, não existe relação entre sociedade e natureza que não resulte na construção do espaço geográfico ou espaço geográfico que não seja o resultado da interação de ser humano e natureza.

• Desenvolva uma con-

za é visível nas paisagens, revelada pela presença de elementos naturais e culturais. No lugar onde você vive, é possível perceber essa interação? Com os colegas, citem exemplos. Resposta pessoal.

Material digital

nos que a relação entre os elementos da natureza e da sociedade ocorre desde o tempo dos nossos mais antigos ancestrais, por meio do trabalho e de suas técnicas, conceitos vistos no 6º ano e que reforçam as habilidades EF06GE01 e EF06GE02.

Orientações gerais

• Conforme verificamos nas imagens acima, a interação da sociedade com a nature-

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• Destaque para os alu-

• Comente com os alu-

Na fotografia, observa-se túnel construído em Cubatão (SP), 2018.

Existem moradias humanas, as palafitas, que foram adaptadas para serem erguidas sobre estacas de madeira às margens de rios como uma forma de adaptação à hidrografia.

BNCC conteúdos deste tema possibilitam uma abordagem das competências específicas de Geografia 1, 2 e 3, ao estabelecer conexões entre os diversos elementos físico-naturais e a sociedade, permitindo que os alunos desenvolvam o senso crítico em busca de soluções para os problemas.

• Os

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versa com os alunos sobre as maneiras como o ser humano se relaciona com os elementos da natureza e de que forma essa relação está presente no cotidiano. Aproveite e avalie os conhecimentos prévios deles com as questões a seguir. > Qual a relação entre os rios, o relevo e a energia elétrica? > Os rios podem ser usados como meio de transporte?

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Orientações gerais

Os rios e a energia hidrelétrica

•O

estudo deste tema possibilita o trabalho com as habilidades EF06GE10, EF06GE11 e EF06GE12, pois aborda a utilização dos rios para aproveitamento socioeconômico, neste caso, para as hidrelétricas e hidrovias, e as transformações ocorridas nas paisagens. Os alunos serão capazes de desenvolver o senso crítico para os problemas acarretados pela ocupação humana e produção do espaço, podendo construir argumentos que promovam a consciência socioambiental, conforme orientam as competências específicas de Geografia 3 e 6.

Os rios apresentam características relacionadas ao clima e ao relevo dos locais por onde passam. Os rios que correm por relevos de planaltos normalmente apresentam maior vazão e, por isso, podem ser mais bem aproveitados para a geração de energia. No território brasileiro, encontramos muitos rios propícios à exploração de energia hidrelétrica. Da energia elétrica consumida no Brasil, 80% são gerados em usinas hidrelétricas instaladas junto a barragens que represam os rios. Observe no mapa e no quadro abaixo a localização de algumas importantes usinas hidrelétricas do país. Usinas hidrelétricas do Brasil N

Usina hidrelétrica

L

O S

A ‒ Itaipu Binacional

C

B

D F

a pesquisar sobre a qualidade dos rios do município ou próximos ao local onde vivem, observando se a exploração humana tem degradado ou não esse ambiente, e leve-os a considerar a necessidade da preservação das águas para a continuidade da relação entre a sociedade e os recursos hídricos. Esse é um momento para desenvolver um trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

C ‒ Tucuruí

8 535 000 Tocantins

D ‒ Ilha Solteira

3 444 000 Paraná

F ‒ Paulo Afonso IV

São Francisco São 2 462 400 Francisco

G ‒ Itumbiara

2 146 500 Paranaíba

H ‒ São Simão

1 796 200 Paranaíba

I ‒ Governador Bento Munhoz da Rocha Neto (Foz do Areia)

1 676 000 Iguaçu

E ‒ Xingó G

H E

I Hidrelétrica E. Cavalcante

• Oriente-os

14 000 000 Paraná

B ‒ Belo Monte 11 233 890 Xingu

• Antes de iniciar o estu-

do do tema, faça com os alunos um levantamento sobre a hidrografia do município onde vivem e dos rios que têm relações com a comunidade, questionando se eles percebem sua presença no cotidiano.

Capacidade Rio instalada principal (kW)

A B C D E

F G Tucuruí H Ilha Solteira I Itaipu Belo Monte

Xingó

Paulo Afonso IV Itumbiara São Simão Foz do Areia

0

470 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 142.

3 162 000

Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/>. Acesso em: 27 jul. 2018.

Embora a fonte de energia hidrelétrica seja renovável e considerada uma fonte de energia limpa, isto é, que não prejudica o meio ambiente ao ser produzida, a construção de usinas hidrelétricas transforma intensamente uma paisagem. Isso porque, além de alterar o curso e a vazão dos rios, na maioria das vezes os reservatórios das usinas inundam extensas áreas, o que pode causar problemas ambientais e sociais. Como exemplo desses problemas, podemos citar a destruição de formações vegetais, o que compromete a vida animal existente nas proximidades. Outra consequência comum é o desalojamento de famílias que vivem próximo aos rios, chamadas de populações ribeirinhas, e a redução de áreas cultiváveis. Vazão: volume de água que escoa em um determinado lugar, como parte de um rio, por exemplo, em um período de tempo, como minutos, horas, entre outros.

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Orientações gerais

• Comente

g20_ftd_lt_6vsg_c6_p184a191.indd 184 no estado do Pará, no ano de 1984. Para sua com os alunos que nem todos instalação, foi necessário inundar uma área os rios têm potencial para aproveitamento de aproximadamente 2 430 km2 da Floresta hidrelétrico. • Comente com os alunos que a construção Amazônica.

da Usina Hidrelétrica de Itaipu envolveu a parceria entre Brasil e Paraguai, por isso ela é considerada binacional. A usina hidrelétrica de Tucuruí foi construída no rio Tocantins,

• No mapa estão indicadas as principais hi-

> Usinas hidrelétricas em operação até a data10/15/18

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de 18/12/2015. Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Disponível em: <http://livro.pro/ih5q5e>. Acesso em: 18 set. 2018.

drelétricas do país e acessando o site a seguir encontra-se a relação das demais usinas brasileiras.

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Capítulo 6

Os rios e as hidrovias Além da geração de energia elétrica, a hidrografia estabelece outro tipo de relação entre sociedade e natureza: ela é considerada “estrada aquática”, ou seja, hidrovia. Nessa “estrada”, podem navegar desde pequenos barcos até grandes embarcações, dependendo da largura do leito do rio. Em geral, as hidrovias estão localizadas em rios de planície, nos quais o relevo favorece o deslocamento das embarcações. Em rios de planalto, é necessária a construção de eclusas.

Observe, no mapa abaixo, a localização das principais hidrovias do país.

L S

E. Cavalcante

N

nos que na região Norte do Brasil os rios são a principal via de transporte de pessoas e mercadorias, devido à sua extensa rede hidrográfica.

ampliado das hidrovias brasileiras, sugerimos o site a seguir, que apresenta um mapa hidroviário do Brasil. > Mapa hidroviário do

Brasil. Ministério dos Transportes. Disponível em: <http://livro.pro/ e5z8vk>. Acesso em: 18 set. 2018.

Hidrovias brasileiras O

• Comente com os alu-

• Para acessar um mapa

Eclusa: canal construído para possibilitar a passagem de embarcações em trechos onde o leito dos rios apresenta desnível.

O Brasil possui mais de 41  000 quilômetros de hidrovias espalhadas por seu território. No entanto, considerando a extensa rede hidrográfica que ele tem para a navegação, a utilização dos rios em nosso país como hidrovia é limitada.

Orientações gerais

• Promova

uma discussão entre os alunos sobre a afirmação “O Brasil possui uma enorme extensão de rios navegáveis, porém apresenta poucas hidrovias”. Oriente-os a perceber que, mesmo possuindo uma extensa rede hidrográfica, as hidrovias em nosso país são subaproveitadas e os recursos destinados à utilização delas são reduzidos.

Rio perene

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 143.

Rio temporário Hidrovias Capital estadual 330 km

0

Capital federal

1. De acordo com o mapa, em qual parte do território brasileiro está concentrada a maioria das hidrovias? Na porção norte do país. 2. Com base no mapa, existe alguma hidrovia no estado onde você mora? Resposta pessoal. Verifique se as hidrovias citadas pelos alunos estão corretas.

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Localização

Apresente aos alunos a lista de algumas hidrovias por região do Brasil, relacionando a tabela com o mapa da página e, em seguida, localizem as hidrovias no mapa e anotem no caderno.

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Hidrovias brasileiras por região

Hidrovia

Orientações gerais

Hidrovia

Localização

Solimões-Amazonas

Norte

Tocantins-Araguaia

Norte/Nordeste/Centro-Oeste

Madeira

Norte

Paraná-Tietê

Sul/Sudeste/Centro-Oeste

Tapajós

Norte/Centro-Oeste

São Francisco

Sudeste/Nordeste/Centro-Oeste

Sul

Sul

Parnaíba

Nordeste

Paraguai

Sul/Centro-Oeste

Uruguai

Sul

Fonte: ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Anuário Estatístico Aquaviário 2013. Disponível em: <http:// www.antaq.gov.br/Portal/ Anuarios/Anuario2013/Tabelas/ Anuario2013.zip>. Acesso em: 10 abr. 2015.

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BNCC

Relevo e agricultura

• Por meio do estudo das

relações entre os elementos da natureza, relevo, clima e agricultura, os alunos poderão identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano, desenvolvendo as habilidades EF06GE06 e EF06GE10.

Além do clima e do solo, o relevo é outro elemento da natureza que influencia diretamente a atividade agrícola. Em terrenos com certa inclinação, por exemplo, são necessárias técnicas especiais de plantio, para que, durante as chuvas, as enxurradas não carreguem parte do solo e da lavoura. Nessas áreas, costuma-se utilizar a técnica conhecida como cultivo em curvas de nível. No Brasil, é muito comum observarmos o cultivo em curvas de nível. Essa técnica tem como principal objetivo proteger o solo da erosão provocada pelo escoamento em grande velocidade da água das chuvas em terrenos com certa inclinação.

• Converse com os alu-

Curva de nível: técnica de plantio em linha curva passando pelos pontos do terreno que possuem a mesma altitude.

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

nos sobre as atividades agrícolas que eles observam no município em que vivem e os leve a uma reflexão sobre o uso do solo e as transformações ocorridas nas paisagens.

Plantação, em curvas de nível em Londrina (PR), 2017.

Em terrenos muito íngremes, como nas encostas de montanhas, são necessárias técnicas especiais de plantio, como a do terraceamento.

thi/Shutterstock.com

O terraceamento consiste em produzir terraços, ou seja, degraus nas encostas de montanhas, com a finalidade de proteger o solo da erosão que a água das chuvas causa. Além disso, os terraços são utilizados em muitos países para aumentar a extensão de áreas agricultáveis.

Lavoura de arroz cultivada em terraços no Vietnã, 2017.

O plantio em encostas de montanhas, feito por meio da técnica do terraceamento, é muito comum em países do Sudeste Asiático, como Filipinas, Vietnã e Indonésia. Nessa região, podem ser encontradas áreas de terraços construídas há mais de 2 mil anos, onde até hoje são cultivadas lavouras de arroz.

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Capítulo 6

Clima e agricultura Existem vários cultivos que se desenvolvem melhor em áreas que apresentam climas com temperaturas mais elevadas, e outros onde predominam tipos de climas frios. No entanto, o clima não pode ser entendido como uma barreira para o cultivo de diferentes lavouras. Como vimos na página 186, o ser humano vem aprimorando técnicas de cultivo que permitem cada vez mais a adaptação de lavouras em regiões do planeta que apresentam condições climáticas desfavoráveis para a prática da agricultura. Um exemplo disso é o cultivo de frutas características de climas tropicais, como o abacaxi e o melão, em regiões de clima frio. Observe o mapa a seguir. Nele estão representadas as principais regiões de cultivo de beterraba e cana-de-açúcar no mundo. Cultivo de cana-de-açúcar e beterraba no mundo

Orientações gerais

• Nesta página são apre-

sentados exemplos da relação entre elementos da natureza, no caso, as interações entre clima e produção agrícola. Apresente outros exemplos aos alunos, comentando que a relação entre o relevo e o clima, além de influenciar certas características da produção agrícola, também pode afetar o hábito alimentar das pessoas, já que interfere no preço dos produtos.

• As

regiões Norte e Nordeste do Brasil, por exemplo, ao comprar alguns tipos de frutas e hortaliças das regiões Sul e Sudeste, revendem aos consumidores com preços mais elevados em comparação aos produtos regionais. O mesmo ocorre com produtos provenientes dessas regiões no Sul e Sudeste do país, como o açaí, fruta típica da região amazônica. Essa situação acaba por influenciar o hábito de consumo de determinados alimentos.

E. Cavalcante

INGLATERRA

0

2 500 km 5 000 km

michael smith/Alamy/Fotoarena

Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

Fonte: GOODE’S world atlas. 23. ed. Estados Unidos: Rand Mcnally, 2017. p. 67.

Lavoura de cana-de-açúcar no município de Prata (MG), 2018.

Plantação de beterraba na Inglaterra, 2018.

• Compare o mapa acima com o mapa das páginas 158 e 159, que mostra a distri-

buição dos climas no mundo. Qual das culturas mostradas no mapa acima se desenvolve melhor em clima frio? E em clima quente? Clima frio: beterraba. Clima quente: cana-de-açúcar.

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BNCC

• A seção permite con-

ciliar as habilidades EF06GE06, EF06GE10 e EF06GE11, relacionando a compreensão da formação do solo e das modificações da paisagem geradas pelas atividades humanas. Com a mecanização do campo, os processos são acelerados e essas modificações na paisagem ocorrem de forma mais intensa. É fundamental que os alunos percebam essas interações de sociedade e natureza.

Explorando o tema

Tecnologia e paisagens

Hoje em dia é possível encontrar lavouras em regiões do planeta que naturalmente não apresentam condições climáticas favoráveis para a produção agrícola. Um exemplo disso são os cultivos agrícolas em áreas de clima desértico ou semiárido. A presença de lavouras nessas áreas se tornou possível porque o ser humano desenvolveu técnicas agrícolas cada vez mais elaboradas. O aprimoramento constante das técnicas de irrigação, que é utilizada desde a Antiguidade, e o preparo do solo foram fundamentais para que houvesse atividade agrícola em áreas desérticas. Mais recentemente, muitas pesquisas científicas foram direcionadas para o melhoramento genético de plantas que, com suas características originais, não sobreviveriam nesses lugares.

• Esse

tema permite um trabalho com o tema contemporâneo Ciência e tecnologia, pois apresenta as transformações realizadas na paisagem por meio da aplicação de técnicas avançadas que permitiram ao ser humano ocupar áreas improváveis.

Melhoramento genético: pesquisas e experimentos científicos que resultam em alterações de algumas características de plantas e animais, como tempo de crescimento, resistência a doenças, tamanho etc. Por meio do melhoramento genético desenvolvido por especialistas, é possível, por exemplo, um agricultor aumentar a produtividade de sua lavoura e um criador de gado bovino obter animais com maior capacidade produtiva, em menos tempo e com custos mais baixos.

Plantação sendo monitorada por meio do uso de tecnologias avançadas. Plantação de batatas em Voivodina, Sérvia, 2016.

188 Orientações gerais g20_ftd_lt_6vsg_c6_p184a191.indd 188

• Leia o texto com os alunos, retomando alguns conceitos que julgar necessários. Aproveite e avalie os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto.

• Pergunte aos alunos quais regiões desér-

ticas e semiáridas eles conhecem no mundo e no Brasil. Comente com eles sobre as difi-

culdades que os agricultores dessas regiões enfrentam para irrigar as plantações.

• Auxilie-os na análise da fotografia, atentan-

do para os símbolos que aparecem na imagem. Faça uma relação entre os elementos representados pelos símbolos em uma roda de conversa.

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• Explique para os alunos que melhoramento

genético é um termo alternativo para nomear os (OGM) Organismos Geneticamente Modificados, também conhecidos popularmente pelo termo “transgênicos”.

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O dispositivo é pequeno. Tem menos de 200 gramas e cabe na palma da mão. Um tamanho oposto ao das mudanças que está ajudando a provocar na produção de alimentos no mundo: trazer alta conectividade à agropecuária. O sistema é apenas um exemplo dos vários que compõem a chamada Agricultura 4.0, que alia alta tecnologia, conectividade, produtividade e respeito ao meio ambiente e à saúde pública. Basta acoplá-lo à máquina agrícola para que se possa acompanhar, de dentro da própria máquina ou no sofá de casa, pela internet, cada movimento do plantio, pulverização e colheita no campo. [...] As operações podem ser acompanhadas por meio de um aplicativo, que reproduz, virtualmente, exatamente o cenário da lavoura. A máquina e a área de produção são transformadas numa espécie de desenho animado. Os movimentos observados na tela geram mapas instantâneos da propriedade, como a quantidade de sementes lançadas no solo ou o volume colhido. [...]

Capítulo 6 Fotomontagem de Barbara Sarzi e Rogério Cassagrande. Fotos: oticki, nito e Zapp2Photo/Shutterstock.com

Tecnologias relacionadas à robótica e à informática também estão cada vez mais inseridas nas atividades agrícolas, como mostra o trecho de reportagem a seguir.

SAVENHAGO, Igor. Agricultura 4.0? G1 explica tecnologia que soma conectividade e produtividade para ganhos no campo, G1, 2 maio 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/agrishow/2018/noticia/agricultura-40-g1-explicatecnologiaque-soma-conectividade-e-produtividade-para-ganhos-no-campo.ghtml>. Acesso em: 15 ago. 2018.

Respostas a ) A prática agrícola com alta tecnologia, conectividade, produtividade e respeito ao meio ambiente e à saúde pública. b) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que essas tecnologias podem estar presentes em construções, indústrias, entre outros. Os alunos também podem citar os alimentos e diversos outros produtos de seu dia a dia, que podem ter sido produzidos com o uso de tecnologias avançadas. c ) Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem as informações encontradas.

a ) O que o texto chama de Agricultura 4.0? b) Em sua opinião, de que forma as tecnologias avançadas estão sendo utilizadas para alterar as paisagens de seu cotidiano? c ) Faça uma pesquisa na internet em busca de mais informações a respeito da Agricultura 4.0, como vantagens, desvantagens e quais os principais benefícios para a prática agrícola. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

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Atividades

Estimule a autonomia na aprendizagem dos alunos solicitando-lhes que procurem no livro e nas anotações que eles realizaram nos cadernos as informações que podem servir para identificar as respostas possíveis. Integrando saberes Como forma de utilizar outras estratégias para avaliação da aprendizagem deste capítulo, traga para a sala de aula poemas, letras de músicas e imagens de obras de arte que retratem os temas apresentados. As obras de arte podem ser apresentadas aos alunos por slides ou livros de arte. Se possível, caso exista uma pinacoteca no município, promova uma visita com os alunos. Esse trabalho pode ser desenvolvido em conjunto com os componentes curriculares de Arte e Língua Portuguesa. Sugerimos trabalhar com a música Sobradinho, de autoria de Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra, ou com o livro Meu jardim secreto, escrito por Shu-Nu Yan, 2009.

1. Alterando o curso e a vazão do rio onde é instalada, causando inundações de vastas áreas durante a formação de seu reservatório de águas. Essas inundações podem cobrir áreas de formações vegetais naturais, áreas agrícolas e mesmo áreas habitáveis, alterando intensamente a paisagem.

2. Proteger o Exercícios de compreensão solo da erosão provocada pelo 1. Explique, no caderno, como a consescoamento trução de uma usina hidrelétrica pode superficial das águas das chuvas transformar a paisagem do local onde em terrenos é instalada. inclinados.

3. O ser humano 2. No Brasil é muito comum observarvem aprimorando mos a técnica do cultivo em curvas de cada vez mais as técnicas de cultivo. nível em propriedades agrícolas. Qual Isso tem a principal finalidade dessa técnica? possibilitado a adaptação de 3. O abacaxi é uma fruta que se desenlavouras em regiões do planeta volve em regiões de clima quente. No que não entanto, é possível encontrarmos o apresentam condições cultivo dessa fruta na Finlândia, país propícias que apresenta temperaturas extremapara o seu desenvolvimento. Um exemplo disso é o que Geografia no contexto vem ocorrendo com o cultivo 5. Observe a fotografia a seguir. de abacaxi, uma fruta típica de clima tropical, cultivada na Finlândia, um país de clima frio.

mente baixas em grande parte do ano. De acordo com o que você estudou, escreva, no caderno, qual argumento você utilizaria para explicar o cultivo de abacaxi nesse país? 4. Como o clima interfere na agricultura praticada na região onde você mora? Procure saber os cultivos realizados e a relação que estabelecem com o clima e outros aspectos naturais na região onde vive. Registre as informações obtidas no caderno e apresente-as aos colegas. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

Orientações gerais

Paisagem de uma praia de São Sebastião (SP), 2018.

a ) Quais são os elementos naturais retratados na imagem acima? E quais são os elementos culturais? Anote as respostas no caderno. Elementos naturais: morros, mar e vegetação. Elementos culturais: estrada e construções.

b ) No caderno, descreva uma relação existente entre a natureza e a sociedade observada na imagem. É possível observar que parte da vegetação foi retirada para a construção de casas próximo à praia.

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Aproveite o momento de fechamento dos conteúdos do capítulo para avaliar a aprendizagem dos alunos. Além das questões propostas nesta e na página seguinte, sugerimos a avaliação do 3o bimestre, que está disponível no material digital.

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A

Capítulo 6

6. Leia as manchetes abaixo e faça as relações de interdependência dos elementos que elas apresentam. Resposta: A-III; B-II; C- I

Seca atrasa plantio de trigo no Paraná e preocupa produtores de milho Terra, 26 abr. 2018. Disponível em: <https://www.terra.com.br/economia/seca-atrasa-plantio-detrigo-no-parana-e-preocupa-produtores-de-milho-2-safra,f1e0958e136a9c8449bb9a519 abcdd0673eg7sp7.html>. Acesso em: 4 ago. 2018.

B

Estudos para a implantação da hidrovia do Rio Amazonas são apresentados em Macapá

• Auxilie os alunos que

apresentarem mais dificuldades no trabalho com o capítulo, verificando conceitos apreendidos e indicando como relacionar os diferentes assuntos.

Globo, 28 out. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/estudos-para-a-implantacaoda-hidrovia-do-rio-amazonas-sao-apresentados-em-macapa.ghtml>. Acesso em: 4 ago. 2018.

C

Novidades e desafios para plantar tomates nas montanhas

• Relacione os assuntos

vistos com os elementos que existem na região da sua cidade e da própria escola. Comente sobre os rios, as plantações da região, as características específicas do clima de acordo com a altitude.

Montanhas capixabas, 29 ago. 2017. Disponível em: <http://www.montanhascapixabas.com.br/ site/index.php/pt-br/geral/1572-novidades-e-desafios-para-plantar-tomates-nasmontanhas>. Acesso em: 4 ago. 2018.

I Agricultura e altitude.

II Rios e hidrovias.

III Clima e agricultura.

Pesquisando 7. Pesquise em jornais e revistas uma paisagem que mostre a relação entre natureza e sociedade. Você também pode utilizar uma fotografia do lugar onde vive ou fazer um desenho desse lugar. Recorte e cole a imagem em uma folha de papel, identificando o tipo de relação que apresenta. Depois de pronto, compare seu trabalho com o de seus colegas. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos

• Avalie

alunos está coerente com a atividade proposta.

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• As paisagens possuem características diferentes de acordo com as combinações que se estabelecem entre relevo, vegetação, solo, clima e hidrografia.

• Os solos se originam a partir de um processo que envolve a ação do calor do sol, da água das chuvas, dos ventos, dos animais e das plantas que desintegram as rochas.

• As correntes marítimas influenciam as características climáticas de certas regiões do planeta, principalmente de áreas costeiras.

• O El Niño é um fenômeno que consiste em modificações na dinâmica dos ventos e no aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico.

• As altitudes do relevo influenciam na formação da vegetação natural de determinada região. • O ser humano adapta e transforma o meio natural a fim de suprir suas necessidades. 191

Orientações gerais

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Se possível, realize uma exposição nos corredores da escola com os resultados das pesquisas gerados pelos alunos na atividade 7. Convide-os para apresentar seus trabalhos para outras turmas. Isso pode ser articulado

Refletindo sobre o capítulo • Esta seção tem como propósito revisar os conteúdos vistos no capítulo. Leia com os alunos as frases e aproveite o momento para identificar dúvidas. Promova também a construção coletiva de saberes, permitindo que eles resolvam as atividades em duplas.

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com a colaboração de outros professores, sugerindo a suas turmas que explorem a exposição e façam perguntas para os autores dos trabalhos.

se os alunos desenvolveram as habilidades indicadas no decorrer deste capítulo. Se necessário, verifique a necessidade de utilizar outras estratégias de aprendizagem para que as habilidades e os objetivos sejam alcançados.

• Os

assuntos tratados neste capítulo estão vinculados à compreensão de como o relevo, a vegetação, o solo, o clima e a hidrografia moldam as paisagens naturais e como o homem modifica tais paisagens de acordo com suas necessidades e as tecnologias disponíveis para adaptar os diferentes espaços para seu uso. É fundamental que esses assuntos tenham sido relacionados e que os alunos tenham compreendido cada um deles separadamente e que consigam fazer a conexão entre eles.

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Objetivos do capítulo

Capítulo

A sociedade, as atividades econômicas e o espaço geográfico

• Compreender

que o ser humano transforma as paisagens e constrói o espaço geográfico por meio do trabalho.

• Reconhecer que é por

meio do trabalho que o ser humano desenvolve as atividades econômicas, como a agropecuária e a indústria.

• Compreender

que as sociedades que possuem técnicas mais avançadas transformam mais intensamente o espaço geográfico.

• Diferenciar

os recursos naturais renováveis dos recursos naturais não renováveis.

• Diferenciar

extrativismo vegetal, animal e mineral.

• Identificar as diferen-

ças entre a agricultura moderna e a agricultura tradicional.

• Reconhecer

a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos no Brasil.

• Perceber

que a atividade pecuária pode ser desenvolvida de maneira intensiva ou extensiva.

• Conhecer os diferentes tipos de indústrias.

• Reconhecer o comércio como uma atividade econômica.

• Reconhecer os três setores da economia.

• Compreender

que a prestação de serviços consiste na venda do trabalho e da habilidade de determinados profissionais.

• Refletir sobre as atitudes referentes ao consumo consciente.

Lavoura de arroz cultivada em terraços na Tailândia, 2017.

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Orientações gerais

• Aproveite as questões desta página para avaliar os

conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto que será trabalhado neste capítulo. Incentive-os a observar a paisagem retratada na fotografia, questionando-os sobre os elementos culturais que podem ser observados na imagem. Registre na lousa as palavras-chave men-

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cionadas pelos alunos e busque relacioná-las às discussões iniciais do capítulo.

• Verifique se os alunos compreendem a atividade agríco-

la, a técnica do terraceamento, a estrada e as construções como elementos culturais. Explique que a imagem representa uma lavoura de arroz cultivada em terraços na Tai-

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BNCC

Jef Wodniack/Shutterstock.com

• Neste capítulo, discu-

Na paisagem da fotografia é possível identificar o trabalho do ser humano transformando o espaço geográfico pela prática de uma atividade econômica. Neste capítulo, vamos verificar que, por meio do trabalho, o ser humano desenvolve atividades econômicas a fim de obter o que necessita, e com isso transforma constantemente o espaço geográfico. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

Respostas

A De que maneira as pessoas estão transformando o espaço geográfico na paisagem da fotografia? B Qual o principal motivo que leva as pessoas a transformarem o espaço geográfico como retratado na fotografia? C Você identifica a prática da atividade econômica mostrada na fotografia no município onde você vive? Identifique semelhanças e diferenças entre essas práticas, se houver. Troque ideias com os colegas.

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lândia, país localizado na Ásia. Explique ainda que os terraços são técnicas desenvolvidas pelo ser humano para aproveitar plantações agrícolas em vertentes de montanhas. • Discuta com os alunos a importância do desenvolvimento das técnicas pelo ser humano e como elas auxiliaram nas transformações pelas quais o mundo passou ao longo dos séculos. Busque discutir também como se

tem-se as relações econômicas estabelecidas no espaço geográfico. Dessa forma, são contempladas as habilidades EF06GE06 e EF06GE07, complementadas pelas habilidades EF06GE02 e EF06GE011. • Para tanto, valoriza-se o desenvolvimento de conhecimentos que possam refletir a sociedade a partir de suas transformações e inter-relações socioambientais e econômicas no espaço geográfico, por meio da investigação, da argumentação e do desenvolvimento da reflexão coletiva e autônoma. • Os temas abordados favorecem as competências gerais 1, 2, 4 e 10 da BNCC, as quais são complementadas pelas competências específicas de Geofrafia 1, 3, 5 e 6. • Os conteúdos abordados neste capítulo também favorecem o trabalho com os temas contemporâneos Educação ambiental e Trabalho.

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deram essas transformações ao longo dos tempos.

• Diga que as transformações no espaço podem ser

vistas por meio de patrimônios históricos e fotografias, por exemplo, que deixam registrados no espaço os tempos em transformação, e no imaginário das pessoas as transformações nas relações vividas.

a ) Com a construção de terraços para o plantio de arroz em áreas de terrenos íngremes. b) Para obtenção de alimentos. c ) Resposta pessoal. Verifique se as respostas apresentadas pelos alunos estão coerentes com a prática agrícola do município onde vivem. A técnica de terraceamento, provavelmente, não será identificada, mas oriente os alunos a fazerem a analogia entre plantações de alimentos no município em que vivem, técnicas de curvas de nível ou tipos de lavouras que porventura sejam desenvolvidos em áreas de terrenos íngremes.

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As atividades econômicas e a organização do espaço geográfico

Orientações gerais

• O texto a seguir pode

auxiliar nas discussões acerca das transformações da natureza pela sociedade.

Observe a sequência de ilustrações mostradas nas páginas 194 e 195. Ela mostra um exemplo de transformações nas paisagens e na construção do espaço geográfico.

Transformando a natureza e o próprio homem

Veja no material audiovisual o vídeo sobre As mudanças na paisagem com o surgimento de uma cidade.

Transformações nas paisagens e a construção do espaço geográfico

O conceito de transformação está presente em todo o estudo do espaço, uma vez que a sociedade humana, ao satisfazer as necessidades que ela mesma cria, atua sobre a natureza e modifica seu espaço. Essa intervenção se dá com a apropriação da natureza, ou seja, o homem não se submete ao espaço natural; cada vez mais ele o altera por meio do trabalho. A transformação ocorre de várias maneiras, nas mais diversas atividades, como agricultura, indústria e pecuária, causando o chamado “impacto ambiental”, uma alteração no equilíbrio da natureza que pode resultar em poluição das águas, do solo, do ar, alterações climáticas ou o esgotamento de recursos ambientais, como a água e o petróleo, por exemplo. É a intervenção dos grupos humanos que constrói formas espaciais características, como as cidades e os campos de cultivo, em lugar da natureza selvagem ou primitiva, anterior à ação humana. [...]

1

Fonte das ilustrações: elaborado pela autora.

No capítulo 1, você estudou que, no decorrer de sua história, o ser humano veio aprimorando continuamente suas ferramentas e técnicas, com o objetivo de extrair da natureza os recursos de que necessita para viver. O trabalho possui um papel muito importante nesse processo, pois é por meio dele que o ser humano desenvolve atividades econômicas (como extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio e prestação de serviços), as quais lhe permitem obter o que necessita. Portanto, é por meio do trabalho, ao desenvolver as diferentes atividades econômicas, que as pessoas fazem intervenções na natureza, transformando as paisagens terrestres.

KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática de Geografia – memórias da terra: o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996. p. 28.

• Relembre

também com os alunos o conceito de paisagem, que pode estar associada aos sentidos, principalmente àquilo que está no campo da visão.

• Auxilie

os alunos a perceberem as alterações ocorridas nas paisagens representadas nestas páginas.

Ilustrações: Flaper

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Podemos afirmar que se estabelece, então, uma relação entre sociedade e natureza que resulta na produção, na organização e na transformação do espaço geográfico.

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g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd Material audiovisual194

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• Um dos materiais disponíveis nesta coleção apresen-

ta uma linha do tempo animada, no formato de um vídeo curta-metragem. A apresentação dessas imagens permite acompanhar as mudanças das paisagens a partir do surgimento de uma cidade e suas alterações ao longo do tempo.

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Capítulo 7

A construção do espaço geográfico somente é possível com base na ação humana, ou seja, no trabalho desenvolvido pela sociedade que altera progressivamente o espaço conforme suas necessidades. O modo como a sociedade transforma as paisagens e organiza o espaço geográfico está diretamente relacionado com as atividades econômicas que desenvolve e o trabalho que realiza. Verificamos essa situação em sociedades que dominam técnicas avançadas de trabalho, pois elas transformam mais intensamente o espaço geográfico do que aquelas em que as técnicas utilizadas são mais rudimentares. 3

Fonte das ilustrações: elaborado pela autora.

Ilustrações: Flaper

4

• Converse com seus colegas e com o professor sobre quais foram as principais transformações que ocorreram na paisagem mostrada nessas imagens.

Os elementos naturais, como o rio e a vegetação, foram sendo transformados por uma pequena cidade e pela construção de uma ponte e de uma estrada. Aos poucos a cidade foi crescendo e surgiram áreas agrícolas no entorno, além de uma barragem de usina hidrelétrica que foi construída. A interferência humana foi se tornando cada vez mais Os setores da economia intensa, com destaque para a ampliação da cidade, o surgimento de indústria e de um depósito de As atividades econômicas desenvolvidas pelo ser humano podem ser classificadas em três lixo.

setores. As atividades relacionadas à produção de bens e matérias-primas, como a agricultura, a pecuária e o extrativismo, atividades que estudaremos detalhadamente nas próximas páginas, formam o setor primário da economia. As atividades econômicas ligadas à transformação das matérias-primas em produtos manufaturados, ou seja, as atividades industriais, constituem o setor secundário. As atividades econômicas voltadas à circulação e ao consumo de produtos e serviços são desempenhadas pelo comércio e pela prestação de serviços e formam o setor terciário.

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Orientações gerais

• O texto a seguir pode

ampliar seus conhecimentos sobre o tema proposto nestas páginas. Nesse texto, o geógrafo Milton Santos explica a inter-relação entre a produção do espaço geográfico, o trabalho e as técnicas. [...] A natureza se transforma pela produção e não há produção sem instrumentos de trabalho. Desde o início dos tempos históricos, o homem-produtor idealizava e construía os seus instrumentos de trabalho com suas próprias mãos; transportava-o, cada dia, de sua casa ao lugar de trabalho e utilizava-o como um prolongamento imediato do seu corpo; havia uma comunhão quase total entre o homem e os instrumentos que ele utilizava e manipulava na tarefa cotidiana de produzir. Era também assim que ele imprimia a sua marca sobre a natureza: transformando-a. Com a complicação do processo produtivo, sobretudo depois da necessidade que se impôs, da troca especulativa dos excedentes da produção, os instrumentos de trabalho foram se tornando maiores e mais complicados e, igualmente, deixando de ser apêndices do corpo do homem, que ele transportava cada dia com suas mãos, para se tornarem um apêndice da própria natureza. Pode-se agora falar de instrumentos de trabalho fixos e, nessa categoria se incluem, de um lado os meios diretos de produção aplicados à produção propriamente dita — como uma casa de farinha, celeiros, engenhos etc. e também relacionados com outros momentos de produção, como a circulação dos homens e dos produtos — os veículos, as estradas, as pontes. [...] SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. Da crítica da Geografia a uma Geografia crítica. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 172-173.

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As atividades econômicas e os recursos da natureza

Orientações gerais

• O tema Recursos natu-

rais renováveis e não renováveis permite trabalhar o tema contemporâneo Educação ambiental. Solicite aos alunos que observem em seu próprio material escolar quais são os produtos de origem natural renováveis e quais são de origem natural não renováveis.

Conforme já estudamos, o ser humano sempre se relacionou com a natureza, retirando dela os recursos naturais necessários para a sobrevivência. Entretanto, ao longo do tempo, a necessidade de mais alimentos e de produtos industrializados foi ampliada pela sociedade, que passou a exigir das atividades econômicas um ritmo mais acelerado de produção. Além disso, o acúmulo de conhecimento permitiu ao ser humano explorar cada vez mais os recursos naturais. Essa exploração intensa tem ocasionado interferências extremas, de modo que, em algumas situações, a natureza não consegue repor tudo o que é retirado dela, pois nela existem recursos naturais renováveis e recursos naturais não renováveis. Veja a seguir o que isso significa.

• Para despertar a curio-

sidade, pergunte sobre a origem de cada material que o aluno utiliza para escrever um texto. Verifique se eles percebem que o papel e o lápis são produzidos da madeira, portanto são materiais renováveis, e que os materiais plásticos são produzidos a partir do petróleo, um recurso não renovável.

Geografia

Recursos naturais renováveis e não renováveis Sergio Ranalli/Pulsar Imagens

em foco

• Para

os alunos conhecerem exemplos de recursos naturais não renováveis e sua transformação, sugerimos os vídeos a seguir, os quais apresentam o processo de transformação de petróleo em gasolina e o ciclo do gás natural.

Contudo, essa renovação só é possível desde que o ambiente não esteja intensamente degradado e as condições do ambiente físico, do qual o recurso natural faz parte, forem favoráveis para que ele se recomponha.

Área de reflorestamento com plantação de eucaliptos no espaço rural do município de Ortigueira (PR), 2016.

> O caminho da gasoli-

Delfim Martins/Pulsar Imagens

na. Petrobras. Disponível em: <http://livro.pro/ wnd7ub>. Acesso em: 23 set. 2018.

> O caminho do gás na-

tural. Petrobras. Disponível em: <http://livro. pro/ttmted>. Acesso em: 23 set. 2018.

Os recursos naturais renováveis compreendem os elementos naturais, como a água e a vegetação, que após serem extraídos pelo ser humano podem ser repostos pela própria natureza, de acordo com a escala de tempo da vida humana. O reflorestamento, por exemplo, é uma maneira de obter recursos naturais renováveis, neste caso, de madeira.

Unidade de bombeio de poço produtor de petróleo no município de Carmópolis (SE), 2018.

Diante disso, é importante destacar que alguns desses recursos renováveis poderão se esgotar ao longo do tempo se a sociedade não controlar sua exploração. Os recursos naturais não renováveis referem-se aos elementos da natureza que necessitam de centenas de milhões de anos para se formarem, ou seja, não se regeneram na escala de tempo da vida humana. Desse modo, se forem utilizados pelo ser humano de maneira desenfreada, provavelmente esses elementos se esgotarão na natureza. Os minerais e os combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o petróleo, são exemplos de recursos naturais não renováveis.

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Material audiovisual

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• A sequência didática 12, disponível no material digi-

tal, pode complementar o trabalho com o tema Recursos naturais renováveis e não renováveis. A atividade proposta poderá ser trabalhada em conjunto com o componente curricular de Ciências.

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Capítulo 7

Recursos naturais e o extrativismo O extrativismo é a atividade econômica por meio da qual são extraídos diferentes recursos da natureza utilizados de diferentes formas pela sociedade. Existem três tipos de atividades extrativas: vegetal, animal e mineral.

O extrativismo vegetal consiste na coleta de produtos de origem vegetal existentes em áreas de vegetação nativa, que são comercializados ou destinados às indústrias. Como exemplo desses produtos, podemos citar diversos tipos de sementes, frutos, folhas, fibras, óleos e seivas de plantas.

Delfim Martins/Tyba

Extrativismo vegetal

Área desmatada da Floresta Amazônica no município de São Félix do Xingu (PA), 2016.

Extrativismo animal A caça e a pesca são atividades que compreendem o extrativismo animal.

Atualmente, existem leis que regulamentam a prática dessas atividades predatórias. No entanto, em muitos casos essas leis não são respeitadas, a fiscalização de seu cumprimento não é suficiente e são numerosos os crimes ligados à caça e à pesca predatórias, tornando-se uma ameaça à fauna. Embora o Brasil possua um extenso litoral e grande número de rios volumosos, a atividade pesqueira não é proporcionalmente expressiva. Grande parte da pesca extrativa em nosso país é realizada de maneira artesanal, correspondendo, aproximadamente, a 40% da atividade pesqueira extrativa nacional. Caça predatória: captura de animais silvestres sem a devida autorização e em quantidade que pode desencadear o processo de extinção de uma espécie.

• Comente também com os alunos, contando com o auxílio do professor de Ciências, sobre a importância de extrair os recursos naturais de maneira consciente.

• Ao final, os alunos po-

Pescadores em um rio no município de Mucuri (BA), 2018.

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Orientações gerais

• Comente com os alunos que as Reservas Extrativistas

(Resex) são unidades de conservação que têm como um dos seus objetivos aliar a conservação ao uso sustentável dos recursos naturais, por meio do extrativismo realizado por populações tradicionais. Para conhecer mais

um primeiro momento, comente com os alunos sobre a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, também conhecida como Lei dos Crimes Ambientais. Sugerimos que, caso seja possível, encaminhe os alunos até o laboratório de informática da escola e explore o texto dessa lei, realizando leituras, análises críticas e interpretações do conteúdo disponibilizado, em conjunto com os professores de Ciências e Língua Portuguesa. bientais. Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Disponível em: <http:// livro.pro/no73zb>. Acesso em: 26 set. 2018.

Seiva: substância líquida que possui nutrientes e circula no interior dos vegetais.

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mo animal possibilita uma articulação com os componentes curriculares de Ciências e Língua Portuguesa na busca da compreensão de algumas consequências de atividades relacionadas ao tema.

> Lei dos Crimes Am-

Ricardo Teles/Pulsar Imagens

A caça representa a captura de animais silvestres, ou seja, não domesticados, que vivem na natureza. Porém, muitas espécies, como tartarugas, jacarés, macacos e diferentes aves e peixes, estão sendo prejudicadas pela caça predatória.

• O tema do Extrativis-

• Em

A exploração da madeira é um dos exemplos de extrativismo vegetal mais praticado na atualidade. No entanto, boa parte dessa prática é realizada de maneira ilegal, em áreas e em quantidades não autorizadas para exploração. No Brasil, há muitas espécies de árvores que possuem alto valor comercial, por serem utilizadas na fabricação de móveis por causa de sua beleza e resistência. Essas árvores são conhecidas como madeiras de lei e são exemplos dessas espécies: mogno, cedro, jatobá, jacarandá, imbuia e peroba. Muitas dessas madeiras de lei estão ameaçadas de extinção.

Integrando saberes

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sobre as Resex, sugerimos o acesso ao site a seguir. > Reserva extrativista. Instituto Socioambiental. Dis-

derão produzir fôlderes informativos para a comunidade escolar sobre o extrativismo animal, informando sobre as consequências de ações predatórias e indicando atitudes que devemos tomar para reverter esse processo. Esse trabalho que envolve a sensibilização socioambiental permite uma abordagem da competência específica de Geografia 7.

ponível em: <http://livro.pro/fik8m8>. Acesso em: 26 set. 2018.

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Orientações gerais

Extrativismo mineral

• Ao

O extrativismo mineral é a atividade econômica em que são extraídos da natureza minerais de grande importância para a sociedade. Muitos desses minerais, como o ferro, o ouro e o diamante, apresentam alto valor comercial e, por isso, são explorados continuamente. Em razão das riquezas minerais presentes no território brasileiro, a extração mineral é uma atividade muito importante para a economia do nosso país. Para se ter uma ideia, o Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro do mundo. Pierre-Yves Babelon/Shutterstock.com

trabalhar o tema Extrativismo mineral, comente com os alunos que essa atividade é de extrema importância para os diversos ramos da indústria e está ligada diretamente ao dia a dia das pessoas. Dê exemplos disso citando produtos como fios elétricos, aparelhos eletrodomésticos, automóveis, instrumentos cirúrgicos, entre outros produtos fabricados a partir de material obtido com o extrativismo mineral.

• Comente que algumas

áreas de mineração são desativadas sem o devido cuidado, podendo ser transformadas em áreas de risco para as populações e para o ambiente. Explique, portanto, que são necessárias medidas corretivas e preventivas para a desativação correta desses locais. Alguns são recuperados e reintegrados ao ambiente, enquanto outros são aproveitados e transformados em áreas de atividades de lazer, entre outras funções. Caso seja possível, apresente uma imagem ou fotografia do Teatro Ópera de Arame, construído em uma área antiga de mineração de basalto, na cidade de Curitiba, Paraná, em 1992.

Garimpo de ouro sendo realizado às margens de rio próximo à cidade de Vohemar, Madagascar, 2017.

Muitas das técnicas empregadas para a extração de alguns minerais ainda são consideradas rudimentares. O garimpo, por exemplo, é uma prática artesanal de extração, utilizada, geralmente, para a retirada de pedras preciosas e ouro. No garimpo do ouro, muitas vezes, utiliza-se mercúrio para separar esse metal dos sedimentos em que é encontrado. Essa prática causa poluição ambiental, pois contamina a água e o solo. Além disso, o garimpo, quando realizado em terrenos de barrancos, pode provocar seu desmoronamento, causando assoreamento de rios e mananciais e deixando o solo danificado.

A extração mineral realizada em larga escala, ou seja, que explora grande quantidade de minérios, é feita por meio de máquinas e equipamentos especiais, e é chamada de indústria extrativa mineral. Esse tipo de atividade também é responsável por vários problemas ambientais registrados nos dias atuais, e pode ocasionar alterações irreversíveis nos ambientes explorados. Atualmente, sabe-se que algumas maneiras de se praticar a atividade extrativa no Brasil e no mundo estão comprometendo as fontes de matérias-primas minerais e vegetais e, além disso, têm levado diversas espécies vegetais e animais à extinção, prejudicando a manutenção da biodiversidade do planeta. Rubens Chaves/Pulsar Imagens

Área de exploração de minério de ferro no município de Congonhas (MG), 2016. A imagem mostra intensa transformação do espaço.

• Caso

considere interessante, retome com os alunos as páginas 104 e 105, que tratam da utilização de minerais em nosso dia a dia.

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em foco

Capítulo 7

Geografia

O garimpo e seus impactos ambientais e sociais

O mercúrio é considerado um dos metais mais tóxicos para a vida humana, mas os garimpeiros o utilizam intensamente na exploração do ouro em garimpos. Ao retirar o cascalho arenoso do leito dos rios ou do subsolo, o garimpeiro adiciona o mercúrio nesse material bruto. O mineral possui a propriedade de agregar os pequenos grãos de ouro, formando uma liga metálica. Depois que esta liga é aquecida, parte do mercúrio evapora e o ouro torna-se evidente. Rejeitos do mercúrio descartado junto com a lama produzida no processo de garimpagem causam sérios problemas ao meio ambiente, entre eles o assoreamento do leito dos rios e a contaminação de suas águas. Além desse grave impacto ambiental, a poluição provocada pelos garimpos ocasiona problemas sociais. Há muitos casos em que esses garimpos são explorados em terras indígenas, fazendo alguns desses povos terem seu território invadido e degradado, seus mananciais poluídos e assoreados e sua saúde comprometida com a contaminação pelo mercúrio, substância altamente tóxica para o organismo humano. Veja o que descreve o texto a seguir.

Orientações gerais

• Este conteúdo permite

um trabalho com o tema contemporâneo Saúde e pode ser abordado em conjunto com o componente curricular de Ciências.

• Solicite

aos alunos uma pesquisa em revistas, jornais e na internet, sobre o tema “Os riscos do garimpo”. Oriente-os a buscar informações sobre as possíveis intoxicações que podem ser causadas aos garimpeiros ao exercerem a atividade. Junto com o professor de Ciências, verifique se as pesquisas apontam para o risco da utilização do mercúrio na atividade garimpeira. Comente com os alunos sobre os efeitos nocivos causados à saúde decorrentes do despejo de mercúrio nos rios feito pelo garimpo.

A mineração ilegal no Brasil é vista por muitos como um mal que polui a Amazônia, envenena tribos indígenas e rouba a nação de sua riqueza. Para outros, é um modo de vida. [...] Acredita-se que a área total explorada por garimpeiros no Brasil seja pequena. Entretanto, elementos químicos como o mercúrio, que garimpeiros em Creporização usam para separar ouro de areia, podem deixar uma grande marca de contaminação. [...] um estudo revelou níveis alarmantes de mercúrio em aldeias indígenas no estado de Roraima. Um grupo de indígenas teve mais do que o dobro do nível de mercúrio considerado grave risco para a saúde — como danos no sistema nervoso central, rins, coração e sistema reprodutivo — encontrado em seus fios de cabelos. [...]

Diego Padgurschi/Folhapress

DOCE, Nacho. Garimpeiros buscam ouro em minas ilegais na Amazônia. Reuters, 14 set. 2017. Disponível em: <https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN1BP2KH-OBRTP>. Acesso em: 8 ago. 2018.

Creporização: garimpo localizado no município de Itaiatuba, Pará. Liga metálica: material de característica metálica, composto por elementos químicos, dos quais pelo menos um é metal. Na fotografia ao lado, podemos observar aspecto do garimpo realizado no rio Madeira em Aripuanã (AM), 2016. Neste caso, os garimpeiros despejam os rejeitos de lama e mercúrio no rio, assoreando-o.

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Atividades

BNCC

• As propostas das ativi-

dades das páginas 200 e 201 favorecem a abordagem da competência específica de Geografia 3 ao desenvolver autonomia e senso crítico para a compreensão e aplicação dos conhecimentos geográficos. As atividades também contemplam as habilidades EF06GE06 e EF06GE07.

• As

atividades apresentadas estão relacionadas às competências gerais 2, 6 e 7, ao instigar os alunos a associar as informações, as relações sociais, econômicas e ambientais, construindo um olhar crítico para o que foi estudado até o momento.

1. Resposta pessoal. Verifique se os alunos perceberam que é por do trabalho que o ser humano desenvolve as atividades 2. Porque a Exercícios de compreensão meio econômicas, e com isso transforma e constrói o espaço geográfico. necessidade de obter mais 1. Converse com seus colegas sobre a 5. Imagine que uma empresa localizaalimentos e relação entre trabalho, atividade da em seu município vem exploprodutos industrializados econômica e espaço geográfico. rando um recurso não renovável tem exigido maior produção Depois, registre suas conclusões. sem qualquer tipo de planejamento das atividades e cuidado com a natureza. Cite a econômicas. 2. Explique por que o ser humano vem

explorando de maneira cada vez mais 3. Os recursos renováveis podem intensa os recursos da natureza. ser reconstituídos pela própria natureza após a 3. Escreva, no caderno, qual é a difesua extração. Já os rença entre recurso renovável e rerecursos não renováveis levam curso não renovável. centenas de milhões de anos 4. Um recurso natural renovável pode para serem se esgotar? Justifique sua resposta. reconstituídos.

principal consequência dessa exploração ao longo do tempo. Veja a

resposta da questão nas orientações ao professor.

6. Classifique, no caderno, os recursos a seguir em renováveis ou não renováveis. a ) Petróleo

d ) Carvão mineral

b ) Madeira

e ) Cana-de-açúcar

c ) Água

f ) Ouro

não renovável renovável renovável

não renovável

renovável

não renovável

Geografia no contexto 7. Observe as fotografias a seguir e, depois, responda às questões no caderno. A

OVKNHR/Shutterstock.com

4. Resposta esperada: o esgotamento de um recurso renovável pode ocorrer, pois, caso as condições do ambiente físico se tornem desfavoráveis à renovação, quando intensamente degradado, ele não conseguirá se recompor.

Área de extração de minério de ferro em Divrgi, Turquia, 2018.

isarescheewin/Shutterstock.com

B

Mulher realizando a extração de látex na Tailândia, 2017.

• Quais elementos naturais estão sendo extraídos? Classifique-os como recurso renovável ou não renovável.

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Fotografia A: Minério de ferro, um recurso natural não renovável. Fotografia B: Látex, um recurso natural renovável.

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Capítulo 7

8. Leia atentamente o texto a seguir. A borracha natural pode ser extraída de mais de 20 árvores de diversas zonas tropicais do planeta. Nenhuma, porém, equipara-se à seringueira [...] em qualidade e produtividade. A grande vantagem da seringueira é que esta fornece o látex boa parte do ano, sem que a árvore sofra. [...] MEIRELLES, João Filho. O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 121.

O extrativismo vegetal, com a

a ) Que atividade econômica é apresentada no texto? exploração do látex.

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

A

• As páginas de atividades favorecem o acompanhamento da aprendizagem dos alunos. Outra sugestão para avaliar o que os alunos compreenderam até o momento, é solicitar que produzam um mapa conceitual em folha sulfite tendo como base a expressão “transformação do espaço geográfico”. No dia da entrega, construa coletivamente um mapa conceitual da turma sobre a temática, promovendo discussões e alinhamentos do que foi estudado.

Trabalhador coletando açaí no município de Ubatuba (BA), 2015. Watchares Hansawek/Shutterstock.com

Trabalhador em mina de ametista no município de Ametista do Sul (RS), 2018.

B

Edson Sato/Pulsar Imagens

8. b) Não, pois o texto b ) De acordo com o texto, essa prática prejudica a natureza? Explique. relata que o látex pode ser 9. Identifique qual atividade está representada em cada uma das imagens abaixo. extraído das Descreva as principais características dessas atividades e cite dois produtos ob- seringueiras sem que a tidos por meio de cada uma delas. Anote suas respostas no caderno. árvore seja prejudicada.

Orientações gerais

C

Trabalhadores no rio Bangpakong no leste da Tailândia, 2016.

9. A - Extrativismo mineral. Atividade econômica na qual se extraem da natureza minerais com valor comercial. Possível resposta: ametista, ouro, ferro. B - Extrativismo vegetal. Atividade econômica na qual Pesquisando se extraem produtos de origem vegetal para comercialização ou uso industrial. Possível resposta: madeira, látex. C - Extrativismo animal. Atividade econômica baseada na caça e na pesca de animais. Possível 10. Pesquise em sua casa produtos obtidos por meio da atividade econômica do ex- resposta: peixe, trativismo. Faça uma lista destes produtos em seu caderno separando-os em camarão.

extrativismo vegetal, animal ou mineral. Depois apresente o resultado de sua pesquisa aos colegas. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa dos alunos está coerente com a atividade proposta.

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Agropecuária

Orientações gerais

• Para complementar o

estudo deste tema, sugerimos a leitura do texto abaixo para os alunos. Após a leitura do texto, verifique se os alunos percebem que João e Luiz trabalham com agricultura tradicional, enquanto Felipe pratica agricultura familiar e Fernando, agricultura moderna. Quanto à pecuária, observe se eles percebem que Paulo trabalha com pecuária extensiva e que José e Regina querem trabalhar com pecuária intensiva a fim de vender facilmente sua produção na cidade mais próxima.

Há milhares de anos, o ser humano passou a criar animais e cultivar lavouras para obter seu próprio alimento. Essas práticas contribuíram tanto para o surgimento de um novo modo de vida quanto para o início de uma das mais importantes atividades econômicas do mundo: a agropecuária. A agropecuária engloba a prática de duas atividades econômicas, que são a agricultura e a pecuária. A seguir, estudaremos cada uma delas.

Agricultura A agricultura é uma atividade econômica de grande importância para o ser humano. Desde que passou a ser praticada, há cerca de 11 mil anos, a agricultura permitiu ao ser humano produzir alimentos e matérias-primas por meio do cultivo de diferentes tipos de plantas. Como a atividade agrícola foi desenvolvida em praticamente todas as partes do mundo e por diferentes povos, a variedade de gêneros agrícolas que surgiram, ao longo do tempo, é numerosa e diversificada. Plantações como as de algodão, milho, trigo, soja, café, feijão e arroz tornaram-se alguns dos cultivos mais importantes para a humanidade. O gráfico abaixo mostra importantes gêneros agrícolas cultivados atualmente no mundo. Observe-o. Mundo: importantes produtos agrícolas cultivados – 2016 E. Cavalcante

Gênero agrícola: tipo de cultura desenvolvida por meio da atividade agrícola, como milho, feijão, arroz, soja, café, entre outros.

Produção (em milhões-ton) 2500 2250 2000

1 890

1750 1500 1250 1 060

1000

741

750 500

749

334

377

334

Trigo

Batata

Soja

250 0

Cana-de-açúcar

Milho

Arroz

Produtos

Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization). Disponível em: <http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC>. Acesso em: 14 mar. 2018.

Há países que, embora possuam outras atividades altamente desenvolvidas, dependem da produção agrícola, mesmo que importada de outros países, por causa da demanda de matérias-primas para a indústria e de alimentos para sua população. Dessa forma, podemos observar que a atividade agrícola é essencial para todos os países do mundo.

202

transformar tanto milho em fubá. Com isso, às g20_ftd_lt_6vsg_c7_p192a203.indd 202 Atividade agrícola

Seu João tem uma fazenda muito grande onde planta milho o ano todo, quase não usando adubo e utilizando o arado puxado a boi. Ele não está muito satisfeito, pois de vez em quando o dono do moinho de fubá, para quem ele vende sua produção, não quer comprá-la, porque existem vários agricultores como ele produzindo muito milho e o moinho não tem capacidade para

vezes, seu João perde boa parte de sua produção. O vizinho do seu João, seu Luiz, planta na sua fazenda feijão, soja, algodão e também milho, usando um arado puxado a trator, colocando o adubo adequado na plantação e utilizando defensivos quando preciso. Para seu Luiz as coisas vão bem, pois para cada tipo de produto ele tem comprador diferente, embora ele também seja forne-

cedor de milho para o mesmo moinho de fubá10/15/18 que compra a produção de seu João. Felipe, que é empregado do seu Luiz, pediu permissão a ele para fazer uma plantação em uma pequena área próxima à sua casa onde ele planta nas horas de folga, de tudo um pouco: feijão, mandioca, abóbora, couve, inhame, hortaliças, etc. A produção de Felipe é pequena, não dando para comercializar, mas dá para o seu sustento e o de sua família.

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Capítulo 7

A agricultura moderna e a agricultura tradicional Dentre diversas possibilidades de classificação, a atividade agrícola pode ser dividida em dois tipos: agricultura moderna e agricultura tradicional.

A agricultura moderna é responsável pela produção tanto de alimentos quanto de matérias-primas empregadas na fabricação de bens e de fontes energéticas para o abastecimento de outros setores da economia, como a indústria e o comércio. Por isso, também pode ser chamada agricultura comercial. Nessa atividade agrícola, são empregados maquinários e implementos agrícolas altamente sofisticados, sementes selecionadas, insumos agrícolas, como fertilizantes, além de herbicidas e fungicidas para o controle de pragas e doenças nas plantações. Em geral, a agricultura moderna é desenvolvida em grandes propriedades rurais, necessita de altos investimentos e se caracteriza por apresentar elevada produtividade.

• Comente com os alu-

nos que na agricultura moderna é possível encontrar lavouras equipadas com maquinários e instrumentos agrícolas de alta tecnologia em médias e pequenas propriedades.

• Explique

Raksha Shelare/Shutterstock.com

Colheita de soja sendo realizada por meio de colheitadeira moderna no município de Leópolis (PR), 2018.

Sergio Ranalli/Pulsar Imagens

Orientações gerais

a eles que a agricultura moderna ou comercial também é denominada agricultura intensiva.

Agricultor realizando plantio com o auxílio de tração animal, Índia, 2018.

Na agricultura tradicional, o uso de máquinas sofisticadas e insumos agrícolas é restrito. O produtor geralmente utiliza técnicas tradicionais de cultivo, como arados de tração animal, e o trabalho é realizado por mão de obra familiar. As áreas destinadas à prática desse tipo de agricultura, em geral, são pequenas e apresentam baixa produtividade. Isso se deve, principalmente, à ausência de investimentos em recursos tecnológicos capazes de ampliar a produção. A forma de produção tradicional também é praticada em lavouras de subsistência, ou seja, em plantações desenvolvidas basicamente para suprir as necessidades do próprio agricultor e de sua família.

Implemento agrícola: conjunto de equipamentos utilizados como instrumentos auxiliares às atividades agrícolas, entre elas, a semeadura, o plantio e a colheita. Insumo: material utilizado na produção agrícola, como fertilizantes, mudas e sementes. Produtividade: relação eficiente entre os recursos produtivos utilizados, que objetiva alcançar a produção máxima em menos tempo e com o menor custo.

203

Perto das fazendas de João e Luiz existe a enorme fazenda de seu Fernando, onde ele produz só cacau, utilizando muitos empregados só na época da colheita. Seu Fernando vende quase que a totalidade de sua produção para a Suíça, onde são fabricados deliciosos chocolates. Em um lugar bem distante de quase tudo, há a fazenda de seu Paulo, onde ele cria gado solto, nas imensas pastagens lá existentes. Seu Paulo

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quase não cuida de sua criação, tomando apenas cuidado para que os bois não fiquem doentes e mais magros dando assim menos lucro na hora do abate. Seu José e sua esposa, dona Regina, estão procurando uma fazenda para comprar, mas esta tem que ser próxima a uma cidade, pois ele quer criar bois de raças selecionadas, onde as vacas vão todos os dias para o curral, a fim

de serem receberem tratamento 10/15/18ordenhadas, 3:59 PM contra doenças e comerem ração própria para produzirem mais leite, que será vendido para a cooperativa da cidade. [...] RUA, João et al. Para ensinar Geografia. Contribuição para o trabalho com 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993. p. 133-134.

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Orientações gerais

Dentro de um mesmo país, como o Brasil, ou entre diferentes países do mundo, a agricultura moderna convive com a agricultura tradicional. Isso acontece porque nem todos os agricultores, que almejam modernizar suas propriedades, possuem condições financeiras que possibilitem a utilização de equipamentos e o desenvolvimento de técnicas sofisticadas. Veja nas imagens a seguir duas realidades bem distintas da agricultura mundial.

• Oriente

os alunos a compararem as imagens e suas características, evidenciando a coexistência entre a agricultura moderna e a tradicional em uma mesma região ou país.

Na fotografia, lavoura de soja no estado de Illinois, Estados Unidos, 2018. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial desse grão e colhem, aproximadamente, 35% do total produzido no mundo por ano.

• Destaque o mapa e o

Sugestão de atividade Refletindo sobre a agricultura orgânica

SIPA Asia/ZUMA Wire/Fotoarena

Daniel Acker/Bloomberg/Getty Images

que ele representa. Solicite que os alunos observem a legenda e a utilização do solo no mundo, dando ênfase ao Brasil.

Na China, a produção de batatas corresponde, aproximadamente, a 26% do total produzido no mundo por ano. Na fotografia, área de cultivo de batatas em pequena propriedade rural em Zhangye, China, 2018.

Objetivos

• Ler e interpretar texto

Mundo: principais áreas agrícolas

sobre agricultura orgânica.

A agricultura orgânica defende que seja dada maior atenção aos aspectos ecológicos envolvidos na atividade agrícola, destacando-se a microbiologia do solo. Os agricultores orgânicos procuram desenvolver culturas sem o uso de agrotóxicos, com a intenção de proteger o meio ambiente, produzir alimentos mais nutritivos e evitar intoxicações de agricultores e consumidores. Por isso, geralmente, a produção dos agricultores orgânicos é consumida por quem busca produtos mais saudáveis. [...] O solo é um elemento fundamental para o funcionamento de qualquer agroecossistema. Ele é tão importante para a agricultura orgânica que um dos lemas desta é “deve-se alimentar o solo e não a planta”, pois ele é a fonte de vida e, quando equilibrado e biologicamente

Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 169. Atlas National Geographic: a Terra e o Universo. São Paulo: Abril, 2008. v. 12. p. 56-57.

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2 880

5 760 km

Agatha Kadar/Shutterstock.com

Agricultura orgânica

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

de produção de alimentos orgânicos e sua importância. a ) Comente com os alunos que existe uma técnica de produção agrícola denominada orgânica. b) Aborde o assunto por meio do texto a seguir.

E. Cavalcante

• Refletir sobre a técnica

Na agricultura moderna, o emprego de maquinários, como tratores e colheitadeiras, possibilita que as lavouras cultivadas sejam cuidadas por um número reduzido de mão de obra. A fotografia mostra colheita de soja no município de Formosa do Rio Preto (BA), 2017.

Na agricultura tradicional, a plantação e a colheita, geralmente, são realizadas com auxílio de força animal e, em algumas áreas, por muitos trabalhadores rurais. Na fotografia, trabalho manual na lavoura de arroz em Madagascar, África, 2016.

204

ativo, resulta em plantas,204 animais e seres humanos saudág20_ftd_lt_6vsg_c7_p204a215.indd veis. [...] A agricultura orgânica também dedica uma atenção especial à manutenção da diversidade dos microorganismos subterrâneos, que, mesmo numerosos, não podem ser vistos a olho nu. [...] Dada a sua importância, os agricultores orgânicos entendem que o solo merece uma proteção especial, principal-

mente em climas tropicais como o do Brasil. Nesse sentido,10/15/18 além das práticas convencionais de manejo e conservação do solo, são propostas outras técnicas visando preservar e incentivar sua atividade biológica, como a manutenção da sua cobertura, a redução do uso de máquinas agrícolas, a extinção da prática de revolvimento ou aração profunda, a aplicação de adubação verde e outras técnicas alternativas.

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ROSA, Antônio Vítor. Agricultura e meio ambiente. São Paulo: Atual, 1998. p. 80.

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Capítulo 7

A importância da agricultura familiar no Brasil A maior parte da produção de alimentos que abastece a população brasileira é proveniente da agricultura familiar, composta por pequenos e médios produtores rurais. Em nosso país, cerca de 89% das propriedades rurais possuem área menor que 100 hectares. Nessas propriedades, geralmente a terra é cultivada por membros da própria família, sem nenhuma ou com reduzida mão de obra externa. Muitos agricultores familiares, além de cultivarem lavouras, como arroz e feijão, criam gado para produção leiteira e aves.

Suínos

Feijão

Mandioca

60% familiar

59% familiar

70% familiar

87% familiar

40% patronal

41% patronal

30% patronal

13% patronal

• Se possível, traga um

• Converse com seus colegas e com o professor sobre os principais produtos agrícolas cultivados no lugar onde vocês vivem. Resposta pessoal.

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Em 16 de junho de 2009, o Governo Federal sancionou a Lei nº 11 947. Essa lei determina que parte dos recursos destinados à aquisição de alimentos para a merenda escolar de escolas públicas ou de entidades filantrópicas brasileiras seja utilizada para adquirir produtos que tenham origem na agricultura familiar da região. Isso contribui para o desenvolvimento da agricultura familiar e ainda proporciona uma merenda saudável aos alunos, com alimentos variados e frescos.

Cultivo de hortaliças no município de Ibiúna (SP), 2018.

gina contribui para o trabalho com a habilidade EF06GE06 da BNCC. para questionar os alunos sobre a agricultura familiar no município onde vivem. Questione se sabem da importância dos pequenos produtores locais de alimentos, como frutas, verduras e ovos, que diariamente estão na mesa do brasileiro.

Fonte: BRASIL. Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento agrário. Brasil: 70% dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros são da agricultura familiar. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/brasil70-dos-alimentos-que-v%C3%A3o-%C3%A0-mesa-dos-brasileiros-s%C3%A3o-da-agricultura-familiar>. Acesso em: 4 ago. 2018.

A merenda escolar e a agricultura familiar

• O conteúdo desta pá• Aproveite

Observe, no quadro abaixo, as produções em que a agricultura familiar é mais representativa em nosso país. Leite

Orientações gerais

Patronal: denominação dada à produção proveniente de grandes produtores rurais, cujas propriedades são extensas e a produção alcança grandes quantidades. Entidade filantrópica: instituição beneficente sem fins lucrativos que presta serviços à sociedade.

produtor rural que trabalhe em sistema de agricultura familiar para ser entrevistado pela turma e relatar um pouco sobre como é seu trabalho, sua rotina diária. Desse modo, incentivamos os alunos a valorizarem os pequenos produtores que são responsáveis pela produção da maior parte dos alimentos que consumimos.

205

c ) Após a leitura do texto, solicite que respondam às questões a seguir.

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> Escreva no caderno qual é a principal característica da

agricultura orgânica. Resposta: Espera-se que os alunos percebam que a agricultura orgânica não utiliza agrotóxicos, com a intenção de proteger o solo.

> Quem são os principais consumidores dos produtos 10/15/18 3:46 PM

orgânicos? Resposta: Consumidores que buscam produtos mais saudáveis. > Como os agricultores orgânicos veem o solo?

Resposta: Eles entendem que o solo necessita de uma proteção especial.

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Orientações gerais

Pecuária

• Comente com os alu-

Por meio da criação de animais, a pecuária fornece alimentos e matérias-primas que abastecem o comércio e diversas indústrias, como a têxtil (indústria de tecidos), a de laticínios (indústria que fabrica produtos derivados do leite) e a de vestuário. Assim, muitos dos produtos que consumimos ou utilizamos em nosso dia a dia, a exemplo da carne, do leite, dos ovos, dos calçados e das roupas, estão relacionados à atividade pecuária.

nos que bufalinos refere-se a búfalos; caprinos refere-se a cabras e bodes; ovinos, a carneiros e ovelhas; e muares, a burros. BNCC

A atividade pecuária se dedica à criação de vários animais, entre eles aves, bovinos, suínos, bufalinos, caprinos, ovinos e muares. Ceri Breeze/Shutterstock.com

os alunos na análise do gráfico sobre as importantes criações de animais. Exercitar a linguagem matemática por meio do uso de gráfico para transmitir informações de cunho geográfico permite uma abordagem da competência geral 4 da BNCC e da competência específica de Ciências Humanas 7.

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

• Auxilie

Criação de ovinos em Merthyr Tydfil, País de Gales, 2018.

Criação de aves no município de Jandaia do Sul (PR), 2016.

No gráfico abaixo, podemos observar os números referentes a importantes criações de animais no mundo. Mundo: importantes criações de animais – 2016 Número de animais (em milhões-cabeças) 1 500

1 474 1 173

1 200

1 002

981

900 600

E. Cavalcante

300 0

199 Bovinos

Ovinos

Caprinos

Suínos

Bufalinos Criações

Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization). Disponível em: <http://www.fao.org/ faostat/en/#data/ QC>. Acesso em: 14 mar. 2018.

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Capítulo 7

A pecuária extensiva e a pecuária intensiva A pecuária pode ser classificada em extensiva e intensiva. A pecuária extensiva caracteriza-se pela criação do animal solto, em grandes extensões de terra, com a alimentação baseada, sobretudo, em pastagens. Geralmente, o gado é vacinado, porém não recebe determinados cuidados como na pecuária intensiva, o que significa que na pecuária extensiva o proprietário não investe tanto quanto na pecuária intensiva. De maneira geral, na criação extensiva, a produtividade é menor, pois o ganho de peso pelo animal por dia é lento, até atingir o ponto de ser abatido e comercializado. Em nosso país, a pecuária extensiva destina-se, principalmente, à produção de carne e couro. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo. Cerca de 97% da bovinocultura brasileira, ou seja, criação de bois e vacas, é realizada de maneira extensiva.

Orientações gerais

• Ressalte

aos alunos que a pecuária extensiva e a intensiva também podem ser desenvolvidas com outros tipos de criações, como ovinos e caprinos.

• Em nosso país, aproxi-

madamente 4 milhões de cabeças de gado bovino são criadas em sistema de confinamento, tendo a produção de carne como principal finalidade.

• Oriente

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

os alunos a voltarem à página 188 para reverem o significado de melhoramento genético.

Criação extensiva de gado bovino no município de Amambai (MS), 2018.

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Na pecuária intensiva, o animal é criado em confinamento, ou seja, em uma área delimitada, e recebe tratamentos específicos, como alimentação balanceada em quantidade e qualidade, cuidados especiais de higiene, acompanhamento especial de veterinários no controle de medicamentos, vacinas e melhoramento genético. Graças a esses procedimentos, a criação de modo intensivo é mais produtiva que a pecuária extensiva. Nesse modo de criação, os animais ganham mais peso por dia e o ponto de abate leva menos tempo para ser atingido. No Brasil, a pecuária intensiva não tem grande representatividade, visto que apenas cerca de 3% do gado é criado em confinamento.

Criação de gado bovino confinado, em propriedade rural do município de São Sebastião da Amoreira (PR), 2017.

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Indústria

Orientações gerais

• Antes de iniciar o es-

tudo deste tema, realize uma atividade para avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema abordado nas páginas seguintes. Peça a eles que observem objetos presentes na sala de aula, como cadeira, carteira, janela, além de roupas e calçados deles mesmos. Pergunte como foram produzidos esses itens, ressaltando as matérias-primas utilizadas na sua fabricação, ou seja, produtos de origem vegetal, mineral ou animal.

Grande parte dos produtos que consumimos ou utilizamos diariamente é industrializada, ou seja, é produzida a partir da transformação das matérias-primas nas fábricas, por meio de uma atividade econômica conhecida como atividade industrial. Esta atividade compõe o setor secundário da economia. Desde então, a atividade industrial mostra-se cada vez mais avançada, produzindo mercadorias com tecnologias altamente sofisticadas.

Rubens Chaves/Pulsar Imagens

As indústrias interferem diretamente no desenvolvimento de outras atividades econômicas. Na agropecuária, por exemplo, pode fornecer maquinários, agrotóxicos e fertilizantes, além de produtos para o cuidado animal. Em relação ao comércio, a indústria é responsável por grande parte das mercadorias que adquirimos em nosso dia a dia.

• Utilize

o esquema a seguir sobre as etapas de produção de uma camiseta. Se preferir, utilize outros produtos como exemplo. Essa dinâmica ajuda os alunos na compreensão das etapas da produção industrial, e, caso julgue pertinente, questione-os sobre as alterações nas paisagens a partir do trabalho humano empregado, abordando assim a habilidade EF06GE06. Lavoura de algodão Fabricação de fiação Vista panorâmica de indústrias na cidade de São Paulo (SP), 2018.

Fábrica de tecidos

Os diferentes tipos de indústrias A atividade industrial pode ser dividida em três categorias: bens de produção ou de base, bens intermediários e bens de consumo. Essa divisão está relacionada ao tipo de atividade fabril desenvolvida e à finalidade dos produtos fabricados. Vamos estudar cada uma dessas categorias.

Fábrica de roupas Loja (comércio)

• Nesse momento, discu-

ta com os alunos a interdependência entre o campo e a cidade, reforçando a habilidade EF06GE07. Explique aos alunos que do campo extrai-se a matéria-prima para produção, bem como o campo precisa dos produtos da cidade, havendo uma dependência de uma região com a outra.

Fabril: relativo a produto desenvolvido em fábrica.

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Orientações gerais

• Organize um trabalho de campo para visitar alguma

• Providencie a autorização com os responsáveis e trace

• Para tanto, verifique com antecedência as possibilidades de visita assistida a determinada indústria e uma data compatível com o local e a coordenação pedagógica da escola.

• Em sala de aula, monte um roteiro de entrevista com

indústria do município onde moram.

um percurso.

os alunos. Solicite auxílio do professor do componente curricular de Língua Portuguesa. Busque construir o

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Capítulo 7

Indústria de bens de produção ou de base Utilizando a matéria-prima bruta, ou seja, como ela é encontrada na natureza, como petróleo, carvão e minérios, esse tipo de indústria fabrica produtos que servirão de base para a produção realizada por outras indústrias. Marten_House/Shutterstock.com

Geralmente, as indústrias de bens de produção se localizam próximo às regiões de onde se extrai sua matéria-prima ou próximo às vias de escoamento, como ferrovias, rodovias e portos. Indústrias siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas e de papel são alguns exemplos de indústrias de bens de produção. Na fotografia ao lado, observamos operário em uma siderúrgica na China, 2017.

Essa categoria de indústria fabrica máquinas e equipamentos que darão suporte para o desenvolvimento de outras atividades fabris e, até mesmo, de outros ramos da economia, como a agricultura e o extrativismo. A esse tipo de atividade industrial correspondem a indústria naval, responsável pela fabricação de navios e equipamentos navais, a indústria mecânica, que fabrica peças de máquinas industriais, e a indústria de autopeças, que produz peças de automóveis.

Skycolors/Shutterstock.com

Indústria de bens intermediários

Na fotografia acima, podemos observar uma indústria que monta aviões na França, 2017.

Alex Tauber/Pulsar Imagens

Indústria de bens de consumo As indústrias dessa categoria produzem mercadorias diretamente para o grande mercado consumidor, ou seja, para serem consumidas pela população. Seus produtos podem ser divididos em: bens de consumo não duráveis e bens de consumo duráveis. Entre os bens de consumo não duráveis, podemos citar os cosméticos, as roupas, os calçados, os alimentos e as bebidas industrializadas. Já os bens de consumo duráveis são exemplificados por móveis, eletrodomésticos como fogões, geladeiras, televisores e automóveis.

Orientações gerais

• Traga

para a sala de aula algumas imagens de produtos ou indústrias. Distribua-as entre os alunos e peça-lhes que classifiquem em que tipo de indústria foram produzidos: indústria de base, de bens intermediários ou de bens de consumo. Utilize, por exemplo, imagens de navios sendo construídos ou aportados em grandes portos, eletrodomésticos e embalagens de óleo mineral para lubrificação de motores.

• Para

aprimorar os conhecimentos desse tema, solicite aos alunos que pesquisem em revistas, jornais e na internet as características produtivas (tipo de indústria e categoria em que se enquadra) de uma indústria do estado onde moram. Peça a eles que anotem as informações obtidas no caderno a fim de comparar com as informações dos demais colegas de turma.

Na fotografia acima, vemos operários trabalhando em indústria de geladeira localizada no município de Joinville (SC), 2017.

Siderúrgica: indústria que se dedica à fabricação e tratamento do ferro e do aço. Metalúrgica: indústria voltada para a fabricação de metais, como alumínio, cobre e titânio. Petroquímica: indústria que utiliza o petróleo bruto para produzir outros tipos de produtos, como querosene, lubrificantes, diesel e gasolina que servirão de base para outros setores industriais.

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roteiro coletivamente para auxiliar em possíveis dificuldades.

exemplo: um aluno fica responsável por fotografar o local, outro por gravar e os demais pela entrevista.

aluno. Divida-os em grupos de aproximadamente quatro integrantes, em que cada um possa ficar responsável por uma função no momento do trabalho de campo, por

coletivamente, para que os alunos tenham um momento de trocar as experiências vividas.

• Imprima uma cópia do roteiro de entrevista para cada

• Ao final, sugerimos que construam o relatório de campo

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O comércio e a prestação de serviços

Orientações gerais

aos alunos uma entrevista com alguém da família ou que seja próximo e que trabalhe no comércio ou com prestação de serviços.

• Junto com o professor

jayk67/Shutterstock.com

• Proponha

do componente curricular de Língua Portuguesa, auxilie os alunos na construção de um roteiro de entrevista.

• Oriente-os a organizar

No comércio varejista, os produtos são vendidos diretamente ao consumidor final. Já no comércio atacadista, a venda de mercadorias, geralmente em grandes quantidades, é feita para comerciantes intermediários que, depois, revenderão esses produtos a outros comerciantes ou aos consumidores finais. O shopping center é um exemplo de local onde se realiza o comércio varejista. Ao lado, shopping center localizado em Dubai, 2017.

Philip Pilosian/Shutterstock.com

as informações coletadas em tabelas. Leve-os a questionar se o entrevistado trabalha no comércio varejista ou atacadista ou o tipo de prestação de serviço, o tipo de produto que é vendido, a opinião do trabalhador sobre a atividade que realiza, entre outras que considerar pertinentes.

A atividade econômica do comércio consiste na troca de um produto por dinheiro ou, ainda, por outro produto. Em geral, é classificado como varejista ou atacadista.

Além do varejo e do atacado, o comércio também pode ser classificado como comércio interno, quando a compra e a venda de mercadorias ocorrem dentro de um mesmo país, e como comércio externo, quando a compra e a venda de mercadorias são realizadas entre pessoas ou empresas de países diferentes. No comércio externo, quando um país vende suas mercadorias, dizemos que ele está exportando, e quando ele compra produtos de outros países, ele está importando.

pppp1991/Shutterstock.com

Contêiner em porto de Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, 2018.

Assim como o comércio, a prestação de serviços é igualmente importante para a economia de um país, pois gera uma numerosa oferta de empregos. A prestação de serviços corresponde à venda do trabalho, da habilidade, de determinados profissionais, como coletores de lixo, dentistas, motoristas, professores, bancários, médicos, engenheiros e mecânicos. O comércio e a prestação de serviços são conhecidos como o setor terciário da economia. Coleta de lixo sendo realizada em uma cidade da Colômbia, 2018.

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em foco

Capítulo 7

Geografia

O comércio eletrônico

Nos últimos anos, o comércio e a prestação de serviços passaram a contar com uma nova ferramenta, a internet. Muitas empresas vêm expandindo seus negócios e, consequentemente, se tornando cada vez mais lucrativas devido à inserção da compra e venda de seus produtos e serviços na rede mundial de computadores.

Janaina Oliveira/ASC Imagens

Do mesmo modo, muitas pessoas estão preferindo adquirir aquilo de que necessitam utilizando a internet por conta da comodidade e da praticidade que ela oferece, já que, geralmente, a compra e o recebimento dos produtos acontecem em algum estabelecimento residencial. Diversos tipos de mercadorias e serviços estão atualmente à disposição para serem adquiridos pelas pessoas por meio de lojas virtuais. Entre as mercadorias podemos citar eletrodomésticos, móveis, vestuário, calçados, brinquedos, telefones etc. Já com relação à prestação de serviços, existem a emissão de boletos, extratos e pagamentos on-line, por exemplo.

Orientações gerais

• Este

estudo trabalha com o tema contemporâneo Ciência e tecnologia. Reforce com os alunos a importância dos avanços tecnológicos para a ligação entre os diversos pontos do globo, reduzindo tempos e distâncias. Comente com os alunos sobre as facilidades do comércio eletrônico, alertando para a importância de comprar em sites seguros, pois existe o risco de fraudes pela internet.

Loja virtual: empresas que vendem seus produtos ou serviços por meio de site, acessado via internet.

Janaina Oliveira/ASC Imagens

Mulher realizando compra on-line em sua residência no município de Londrina (PR), 2018.

Mulher recebendo em casa produto comprado pela internet no município de Londrina (PR), 2018.

Atualmente no mundo existem cerca de 3,4 bilhões de internautas, que ficam em média 6 horas por dia navegando. Esse volume cada vez mais crescente de internautas movimenta cerca de 25,3 trilhões de dólares em compras on-line.

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Orientações gerais

• O conteúdo desta se-

ção aborda os temas contemporâneos Educação ambiental, Educação para o consumo e Educação financeira.

Explorando o tema

Refletindo sobre o consumo

Consumir é inevitável. Todos os dias consumimos diversos produtos que são essenciais à nossa sobrevivência, como alimentos e roupas. Porém, a capacidade humana de consumir tem ultrapassado o limite de nossas necessidades básicas, transformando-se, cada vez mais, em uma prática exagerada.

• Comente com os alu-

nos que em 2015, em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), foram feitas propostas para decidir sobre novos caminhos, buscando melhorar a vida das pessoas e do planeta até 2030, que culminaram nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre os objetivos está “Assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis” (ODS 12). Converse com os alunos e proponha uma reflexão relacionando esse objetivo com o que estudaram até o momento. Para saber mais sobre esse ODS, acesse o site a seguir.

Você já percebeu que, o tempo todo, recebemos informações sobre novos produtos ou serviços? Basta ligarmos a televisão, o rádio, acessarmos a internet ou lermos revistas, jornais e anúncios publicitários para ficarmos atualizados sobre as novidades dos bens de consumo. Essas propagandas são criadas para despertar nas pessoas o desejo de consumo. Diante de tantos estímulos, precisamos avaliar a real necessidade de adquirir algum item e, assim, praticar o consumo consciente. Veja a seguir algumas atitudes que contribuem para essa atitude. 1 Refletir sobre a necessidade Muitos produtos são atraentes. Portanto, precisamos estar sempre atentos às reais necessidades de adquiri-los. Busque consumir apenas o que realmente estiver precisando.

> ODS 12. ONU (Organi-

zação das Nações Unidas). Disponível em: <http://livro.pro/rmhfpo>. Acesso em: 26 set. 2018.

• Para

complementar o estudo do tema, apresente aos alunos os vídeos a seguir, que abordam o tema consumo consciente.

2 Saber o valor

> Minuto

Ambiental: Consumo Consciente. YouTube. Disponível em: <http://livro.pro/scnzcf>. Acesso em: 26 set. 2018.

Definindo que a compra é necessária, é preciso saber qual é o valor do produto. Um mesmo produto pode ser produzido por diversas empresas e, sendo assim, apresentar diferentes valores. Por exemplo, mesmo que um par de tênis seja semelhante a outro, seu preço pode variar por causa da marca ou do modelo. Essa variação pode ocorrer também entre uma loja e outra, apesar de o produto ser o mesmo. Portanto, é importante pesquisar sempre o melhor preço.

> Consciente coletivo:

como consumir de forma consciente. Akatu. Disponível em: <http://livro. pro/x3od7v>. Acesso em: 26 set. 2018.

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Capítulo 7

Você sabia que produtos comprados pela internet podem ser devolvidos no prazo de até sete dias após o recebimento, caso o consumidor não fique satisfeito com a compra? É o chamado “direito de arrependimento”.

Orientações gerais

• Para

ler na íntegra a Lei no 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor, acesse o site a seguir. > Código de Defesa do

Esse e outros direitos constam na Lei 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor.

Consumidor. Brasil. Disponível em: <http://livro. pro/qeiah3>. Acesso em: 26 set. 2018.

4 Criar condições Consumir de maneira consciente não significa que precisamos deixar de lado todos os nossos desejos ou sonhos. Podemos nos planejar para adquirir algo que queremos. Para isso, temos que criar condições para fazê-lo no momento certo. Algumas dessas condições são poupar e realizar compras conscientes, colocando em prática todas as atitudes anteriores!

3 Controlar o orçamento

Flaper

Somente depois de fazermos a pesquisa e de sabermos o orçamento de que dispomos, podemos decidir a quantia a ser gasta. Quando compramos o melhor produto com o menor preço, economizamos e, ao comprarmos algo dentro do nosso orçamento, evitamos adquirir dívidas.

a ) Você costuma seguir os passos do consumo consciente? Converse sobre esse assunto com os colegas. b ) Descreva situações de compras bem-sucedidas ou malsucedidas vivenciadas por você e sua família. c) Escreva alguns hábitos que você e sua família podem incorporar no dia a dia ao realizar uma compra. Compartilhe suas experiências com os colegas. Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

Respostas

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A Resposta pessoal. Verifique se os alunos comentam sobre atitudes comuns do dia a dia em que precisam repensar gastos, saber o valor dos produtos, controlar orçamentos e criar condições para que possam adquirir determinados

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produtos em certos momentos.

situações malsucedidas.

B Resposta pessoal. Verifique o que os alu-

C Resposta pessoal. Oriente-os a citarem exemplos de ações que devem tomar para evitar situações adversas que envolvam o consumo.

nos aprenderam sobre o tema e estimule-os a um momento de reflexão sobre situações vivenciadas anteriormente, principalmente em

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Atividades

Material digital

1. A agricultura moderna comercial é caracterizada pela alta produtividade e por utilizar maquinários e implementos agrícolas sofisticados, sementes selecionadas e insumos. Na agricultura tradicional, a utilização desses insumos e maquinários modernos é restrita, assim como, geralmente, utiliza técnicas tradicionais de cultivo, como arados de tração animal, e compreensão o trabalho é realizado por mão de obra familiar.

• Como

2. Resposta Exercícios de pessoal. Verifique se os 1. Diferencie a agricultura moderna elementos citados pelos comercial da agricultura tradicional. alunos estão coerentes com 2. No município onde você vive prea proposta.

domina a agricultura moderna ou a

4. Quais são as principais diferenças entre a pecuária intensiva e a pecuária extensiva? 5. Explique em que consiste a presta-

tradicional? Dê exemplos. ção de serviços e cite dois exemplos 3. A maior parte da produção dos desse tipo de atividade existentes alimentos que 3. Qual a importância da agricultura no lugar onde você vive. Anote sua abastecem a população brasileira familiar para a produção de alimenresposta no caderno. é proveniente da tos no Brasil? Prestação de serviço é a venda do trabalho e agricultura familiar, da habilidade de determinados profissionais, composta por como médicos e professores. Verifique se os pequenos e Geografia no contexto elementos citados pelos alunos estão médios produtores coerentes com a atividade. rurais, como a 6. Relacione as atividades econômicas citadas abaixo aos produtos e serviços reprodução de feijão, que advém tratados nas imagens a seguir. Anote sua resposta no caderno. As legendas das imagens não foram inseridas para não interferir na resolução das atividades. de 70% de mão de obra familiar. 1 Agropecuária 2 Indústria 3 Prestação de serviços 3 – Prestação de serviços.

2 – Indústria. Vladyslav Starozhylov/ Shutterstock.com

studiovin/Shutterstock.com

1 – Agropecuária e 2 – Indústria.

Yupa Watchanakit/ Shutterstock.com

2 – Indústria.

kzww/Shutterstock.com

uma estratégia diferente de avaliar os alunos sobre temas trabalhados neste capítulo, sugerimos a sequência didática 10, disponível no material digital, que permite principalmente uma abordagem das habilidades EF06GE06 e EF06GE07.

Museu de Orsay, Paris, França

7. Observe a tela abaixo para responder às questões no caderno.

4. Na pecuária intensiva, os animais são criados confinadamente, com alimentação balanceada e acompanhamento especial de veterinários. Na pecuária extensiva, os animais são criados soltos em pastos e recebem acompanhamento apenas para o controle de doenças.

Tela As respigadoras, do pintor francês Jean-François de Millet, produzida em 1857.

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Capítulo 7

a ) Qual atividade econômica está representada na imagem? Agricultura. b ) De acordo com essa tela, a atividade representada pode ser classificada como um modo de produção agrícola moderno ou tradicional? Justifique sua resposta. Tradicional, pois a colheita é feita manualmente.

8. O quadro abaixo apresenta algumas das principais indústrias do Brasil, no ano de 2016, com alguns de seus respectivos setores. De acordo com o que você estudou, especifique, no caderno, a categoria a que cada uma delas pertence. Maiores indústrias no Brasil Petrobras Vale do Rio Doce Cargill Bunge

Tipo de indústria Químico e petroquímico Indústria de base ou de bens de produção Mineradora Indústria de base ou de bens de produção Insumos agrícolas Indústria de bens de consumo não duráveis Alimentícia Indústria de bens de consumo não duráveis

As empresas citadas nesta ou em outras páginas do livro foram utilizadas com objetivo exclusivamente didático, sem finalidade de promover marcas ou produtos.

Fonte: MELHORES e Maiores – as 500 maiores empresas do Brasil. Exame, São Paulo, Abril, 11 ago. 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/revistaexame/500-maiores-empresas/>. Acesso em: 9 ago. 2018.

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado a partir das afirmações a seguir.

• A relação entre sociedade e natureza se estabelece em consequência do desenvolvimento

das atividades econômicas realizadas por meio do trabalho humano. Essa relação produz o espaço geográfico.

• As atividades econômicas podem ser divididas em três setores: primário, secundário e terciário.

• O aumento das necessidades humanas intensificou a exploração dos recursos naturais renováveis e dos recursos naturais não renováveis.

• O extrativismo é uma atividade econômica, por meio da qual o homem extrai recursos da natureza. Ele pode ser vegetal, animal ou mineral.

• A agricultura moderna difere da agricultura tradicional, principalmente, por utilizar-se de

técnicas e maquinários avançados, de sementes selecionadas e de insumos e implementos agrícolas, o que permite uma alta produtividade. A agricultura tradicional caracteriza-se pelo uso restrito de máquinas modernas e insumos agrícolas.

• A pecuária, além de produzir alimentos, abastece as atividades econômicas do comércio e da indústria. Ela pode ser praticada de forma extensiva ou intensiva.

• A atividade industrial pode ser dividida em três categorias diferentes, de acordo com o tipo de atividade desenvolvida e a finalidade dos produtos fabricados.

• O comércio é a atividade econômica que se caracteriza pela troca de produtos por dinheiro ou por outros produtos.

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g) A agricultura caracteriza-se pelo uso restrito de máquinas modernas e insumos agrícolas. Resposta: tradicional. h) A pecuária, além de produzir alimentos, abastece as atividades econômicas do e da .

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Resposta: comércio/indústria. i ) A pecuária pode ser praticada de duas forou . mas: Resposta: extensiva ou intensiva. j ) A atividade industrial pode ser dividida em categorias diferentes, de acordo com o tipo de e a finalidade dos .

Refletindo sobre o capítulo Auxilie os alunos que apresentarem mais dificuldades no trabalho com o capítulo, verifique o desenvolvimento das habilidades e se os objetivos do capítulo foram alcançados. Leia com os alunos as afirmações desta seção. Caso julgue pertinente, você poderá desenvolver a atividade a seguir, solicitando aos alunos que completem as lacunas. a ) O desenvolvimento das atividades econômicas ocorre por meio do . Resposta: trabalho humano. b) A relação entre sociedade e natureza produz o . Resposta: espaço geográfico. c ) As atividades econômicas podem ser divididas em , e . Resposta: setor primário, setor secundário e setor terciário. é uma atividad) O de econômica por meio da qual o homem extrai recursos da natureza. Resposta: extrativismo. e ) O extrativismo pode ser de três tipos: , e . Resposta: vegetal, animal ou mineral. f ) A agricultura moderna utiliza técnicas e maquinários , de sementes selecionadas e de insumos e implementos agrícolas, o que permite uma produtividade. Resposta: avançados/ alta.

Resposta: desenvolvida/pro10/15/18 três/atividade 3:46 PM dutos fabricados. k ) A troca de produtos por dinheiro ou por outros produtos caracteriza a atividade econômica conhecida como . Resposta: comércio.

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Objetivos do capítulo

• Reconhecer que os pro-

pít Ca

u lo

A natureza, as atividades econômicas e os problemas ambientais

blemas ambientais são decorrentes do desenvolvimento de diferentes atividades econômicas.

• Identificar as causas e

as consequências da poluição atmosférica.

• Compreender

como ocorrem o efeito estufa natural e o artificial.

• Refletir

sobre a poluição atmosférica e as mudanças climáticas no planeta e sobre o aquecimento global.

• Relacionar o uso ina-

dequado dos solos com problemas ambientais, como erosão e contaminação dos solos e dos lençóis freáticos.

• Reconhecer

que as atividades humanas contribuem para a aceleração do processo de desertificação, assim como para a poluição das águas do planeta.

• Reconhecer que os re-

síduos domésticos também podem poluir os recursos hídricos.

• Reconhecer as principais fontes de energia utilizadas pelo ser humano.

SIPA Asia/ZUMA Wire/ Alamy/Fotoarena

• Identificar as áreas de exploração de petróleo no Brasil.

• Reconhecer e analisar

as principais fontes de energia limpa.

• Reconhecer

o croqui como uma maneira de representação das paisagens terrestres.

• Desenvolver noções de conservação ambiental.

• Perceber as consequências da escassez de água para a vida na Terra.

• Desenvolver noções e

Na fotografia, crianças plantando árvores em Rugao, China, 2018. A ação ocorre todos os anos no Dia Nacional do Plantio de Árvores, a fim de inspirar as pessoas a cuidarem do meio ambiente.

216

valorizar o uso consciente da água. g20_ftd_lt_6vsg_c8_p216a227.indd Orientações gerais

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• Para incentivar a participação dos alunos e avaliar

seus conhecimentos prévios sobre o assunto a ser abordado neste capítulo, promova uma conversa sobre lugares que eles conhecem e que apresentam problemas

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ambientais, como rios e lagos poluídos, áreas que tiveram suas árvores cortadas ou queimadas, indústrias ou carros que lançam fumaça na atmosfera etc.

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BNCC

• Este

Ao desenvolver as atividades econômicas, o ser humano promove a produção dos bens de consumo para a sociedade e transforma, constantemente, o espaço geográfico. Contudo, muitas dessas transformações têm ocasionado problemas ambientais em razão da intensa exploração dos recursos naturais, além da maneira irregular como algumas atividades têm sido realizadas. É o que vamos estudar neste capítulo.

capítulo permite desenvolver um trabalho em conjunto com os temas contemporâneos Educação ambiental e Saúde, pois trata dos problemas ambientais acarretados pelas ações humanas ao desenvolver as atividades econômicas, tanto no espaço urbano quanto no espaço rural, para suprir suas necessidades. Esses danos à natureza envolvem diretamente a sociedade, pois prejudicam nossa saúde e a conservação dos recursos naturais do planeta.

• Os

alunos serão capazes de identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano e as consequências do uso inadequado dos recursos, contemplando as habilidades EF06GE06, EF06GE07, EF06GE11, EF06GE12 e EF06GE13.

Fla

per

• Aproveite as questões

Embora os problemas ambientais constantemente ocorram, é possível colocar em prática ações que os combatam. Ainda que sejam atitudes simples em nosso cotidiano, elas podem contribuir para a preservação e a recuperação dos recursos da natureza, além de beneficiar as gerações futuras.

desta página e verifique se os alunos percebem a importância da preservação do meio ambiente. Esse pode ser um bom momento para avaliar a participação dos alunos. A técnica de tempestade cerebral pode ser utilizada para iniciar essa aula.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

A Atitudes semelhantes à mostrada na fotografia também são tomadas no lugar onde vocês vivem? Conte aos colegas. B Você considera importante preservar o meio ambiente? Converse com seus colegas sobre esse assunto.

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Respostas

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A Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso eles não apontem ações semelhantes. Nesse momento, inclusive, podem ser propostas, em conjunto, ações a serem realizadas pela turma.

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B Resposta pessoal. Promova uma roda de conversa com os alunos de modo que troquem ideias sobre a atividade proposta. Verifique se existe um consenso em relação às respostas apresentadas por eles.

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Os problemas ambientais

BNCC

• É fundamental que os

alunos percebam que o modo de vida consumista de grande parte da população na atualidade tem gerado graves repercussões na disponibilidade dos recursos naturais. Esse assunto permite o trabalho com o tema contemporâneo Educação para o consumo. • Conforme orienta a competência geral 7 da BNCC, o aluno deve compreender a realidade, refletir sobre suas ações para então propor soluções para a resolução dos problemas que promovam a consciência socioambiental e o consumo consciente. Para desenvolver uma atividade em sala sobre esse tema, sugerimos o acesso ao site do Instituto Akatu, uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos que trabalha pela sensibilização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. > Conheça os 12 princípios do consumo consciente. Akatu. Disponível em: <http://livro.pro/ jfps9b>. Acesso em: 20 set. 2018.

A natureza vem passando por um processo de degradação por causa do desenvolvimento de diferentes atividades econômicas, que, mesmo com a crescente conscientização ambiental, vêm sendo intensificadas, ao longo do tempo, para atender às necessidades da população mundial, cada vez mais numerosa e consumista. Os efeitos desse processo manifestam-se em problemas ambientais, como poluição do ar que respiramos, do solo onde cultivamos lavouras e pastagens e das águas que utilizamos. Veremos, a seguir, alguns dos principais problemas ambientais e os malefícios que eles causam não só para o meio ambiente, mas também para as demais formas de vida do nosso planeta.

Poluição atmosférica

A poluição atmosférica é atualmente um dos mais graves problemas ambientais. É importante destacar que a poluição provocada pelas técnicas de cultivo de nossos ancestrais não se compara ao elevado índice de poluição que as atividades econômicas atuais causam ao meio ambiente. Isso porque, naquela época, o ser humano já realizava atividades que agrediam o meio ambiente, emitindo substâncias poluentes no ar, porém em quantidades muito pequenas. À medida que as atividades humanas se diversificaram e se intensificaram, elas passaram a poluir cada vez mais o ar atmosférico. Veja, no esquema a seguir, as atividades humanas que mais emitem gases poluentes na atmosfera atualmente. Atividades humanas e a poluição atmosférica

Residencial e comercial 12%.

Orientações gerais

Geração de energia 29%.

• Ao

apresentar o esquema sobre as atividades humanas e a poluição atmosférica, explique aos alunos que a poluição do ar ocasionada pela geração de eletricidade se deve, principalmente, à atividade das termelétricas movidas a combustíveis fósseis. Nelas, os combustíveis, como petróleo, carvão e gás natural, são queimados para aquecer a água transformando-a em vapor; a queima desses combustíveis libera grandes quantidades de CO2 na atmosfera. O vapor produzido nesse processo é o que movimenta as turbinas da usina termelétrica, gerando a eletricidade.

Consumista: indivíduo que tem o hábito de consumir bens não essenciais para sua sobrevivência, geralmente impulsionado por propagandas ou pela moda.

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Fonte: EUROPEAN ENVIRONMENT AGENCY. Sectoral greenhouse gas emissions by IPCC sector. Disponível em: <https://www.eea.europa.eu/data-and-maps/daviz/ change-of-co2-eq-emissions-2#tab-dashboard-01>. Acesso em: 31 ago. 2018.

testing/Shutterstock.com

As atividades agrícolas também contribuem para tornar o ar atmosférico impróprio para o ser humano. A pulverização de agrotóxicos nas plantações, a queima da palha da cana-de-açúcar, pastagens e matas emitem grandes quantidades de gases tóxicos na atmosfera.

Capítulo 8

Nos dias de hoje, principalmente nos grandes centros urbanos, a poluição atmosférica é ocasionada pela intensa emissão de gases e resíduos tóxicos expelidos, sobretudo, pelas indústrias e pelos escapamentos de automóveis. Somadas a outras fontes de poluição, essas substâncias contribuem para a péssima qualidade do ar urbano e para o surgimento ou agravamento de doenças, em especial aquelas relacionadas às vias respiratórias, como bronquite e asma. A emissão de poluentes por automóveis está entre as maiores fontes poluidoras da atmosfera. Na fotografia, vemos pessoas usando máscaras em razão da poluição nas ruas de Beijing, China, 2017.

Orientações gerais Comente com os alunos que a poluição do ar na China ainda é superior ao que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera seguro. Mas desde 2014 a China tem decretado “guerra” contra a poluição. O governo chinês tem tomado medidas enérgicas quanto à busca pela redução dos níveis de poluição. Com isso, segundo pesquisadores, em algumas cidades a concentração de partículas diminuiu até 32%. Algumas ações que têm sido realizadas são: > Novas termelétricas

O que está acontecendo com nossa Terra?

foram proibidas, as já existentes tiveram que diminuir sua emissão de gases poluentes e as que não conseguiram trocaram seu combustível por gás natural.

Kristina Michahelles. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. Neste livro são apresentados alguns questionamentos relacionados ao acelerado aumento da temperatura do planeta e sugestões de como contribuir para diminuir os efeitos deste aquecimento.

> Restrição da quantida-

Flaper

de de carros circulando nas ruas. > Em muitas residências

e espaços de trabalho os aquecedores a carvão mineral tiveram que ser removidos.

Agricultura e outras atividades humanas 20%.

Indústria 19%.

Transporte 20%.

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BNCC

Geografia

• Promova uma conver-

em foco

sa para incentivar os alunos a refletirem sobre as atitudes que podem tomar em seu dia a dia para a conservação do meio ambiente. É importante que os alunos reconheçam a responsabilidade que cada um tem para a manutenção da vida no planeta, agindo eticamente de forma a respeitar a convivência em sociedade, tornando-se capaz de propor ações sobre as questões ambientais, conforme orienta a competência específica de Geografia 8.

É possível cuidar do ar que respiramos?

A poluição atmosférica é um problema ambiental que, além de causar danos ao meio ambiente, traz sérios riscos à saúde das pessoas. Diante desse fato, é possível colocarmos em prática diversas atitudes, tanto na cidade quanto no campo, que podem contribuir para melhorar a qualidade do ar que respiramos. Veja algumas dessas atitudes. Não promover queimadas em lavouras, pastagens e florestas. Priorizar a utilização de métodos naturais, em vez do uso de agrotóxicos, no controle de pragas nas lavouras. Os métodos naturais consistem na ação de predadores, como larvas, lagartas e insetos, no combate a organismos que prejudicam as plantações.

Orientações gerais

• Durante a conversa, so-

Preservar florestas e demais áreas de matas nativas e recuperar aquelas que foram degradadas.

licite que os alunos citem exemplos de atitudes individuais em prol do meio ambiente, como evitar o desperdício de água, promover a coleta seletiva do lixo e dar preferência, quando possível, aos transportes coletivos ou então ao uso da bicicleta, entre outras ações.

Ilustrações: Camila Ferreira

Implantar equipamentos de filtragem nas chaminés de indústrias e escapamentos dos carros para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Além disso, fazer uso, sempre que possível, de transporte coletivo. Substituir os combustíveis fósseis por outras fontes de energia que sejam menos poluentes e agressivas ao meio ambiente, como as energias solar e eólica. Combustíveis fósseis: substâncias que possuem carbono em sua composição e que são utilizadas como fonte de energia. A queima desses combustíveis libera carbono para a atmosfera e, por isso, são considerados altamente poluentes.

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Capítulo 8

Investigando na prática

Bioindicadores de poluição do ar

Por meio de nossos sentidos podemos perceber diversas alterações no ambiente onde vivemos, como a mudança de temperatura, de cheiro, sons, entre outros. Essas percepções também acontecem com relação à qualidade do ar. Em alguns casos, quando a qualidade do ar está ruim, o corpo humano pode manifestar algumas reações, como problemas respiratórios, irritação nos olhos, alergias etc. Você sabia que alguns seres vivos são muito sensíveis à existência de poluentes no ar? Os liquens, por exemplo, só vivem em lugares onde a qualidade do ar é muito boa. Desta maneira, em lugares onde o ar está poluído esse tipo de organismo dificilmente sobrevive. Por conseguir identificar a presença de poluentes, eles são considerados bioindicadores. Será que existem liquens no bairro de sua escola? Vamos verificar como está a qualidade do ar nesse ambiente. Realize a atividade a seguir e descubra a resposta. O que você vai precisar

• planta do bairro onde a escola está localizada;

• lápis; • borracha.

• Providencie

Janaina Oliveira/ASC Imagens

A Com o professor e os colegas de turma,

caminhem por algumas ruas do bairro onde fica a escola. Durante o percurso, identifiquem a existência de liquens. Eles podem ser encontrados em rochas; no solo; em troncos, galhos e folhas de árvores. B Na planta do bairro, marquem os locais

onde foram encontrados os liquens. C Nos locais onde não há presença de liMenina observando liquens em tronco de árvore, em uma rua do município de Londrina (PR), 2018.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

• Compare a sua planta do bairro com a de seus colegas. Identifique as semelhanças e as diferenças entre as informações coletadas.

• De acordo com as informações obtidas, podemos considerar que o ar do bairro tem boa qualidade ou está poluído?

• O que pode ser feito para contribuir com a diminuição da poluição do ar nesse ambiente?

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Respostas

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pelos alunos estão de acordo com a atividade proposta. Estimule a participação de todos.

• Resposta pessoal. Promova uma roda de conversa

com os alunos de modo que troquem ideias sobre a atividade proposta. Verifique se existe um consenso em

antecipadamente na prefeitura do município a planta do bairro onde se localiza a escola, em seguida, reproduza-a e entregue uma cópia para cada aluno.

• Certifique-se

de que todos os alunos estejam cientes das regras de comportamento, como não se distanciar do grupo, tomar cuidado ao atravessar ruas e avenidas e manter-se atento. Esclareça que se trata de uma atividade escolar, e não apenas de um passeio.

• Explique

Converse sobre suas observações

• Resposta pessoal. Verifique se as comparações feitas

A atividade sugerida nesta página pode ser realizada em conjunto com o componente curricular de Ciências. As atividades realizadas fora de sala de aula costumam despertar nos alunos a curiosidade intelectual para pesquisar e investigar o mundo que os cerca. Com base nos conhecimentos de diferentes áreas, os alunos podem descobrir as causas e elaborar respostas para o objeto de estudo. Assim, esta atividade favorece uma abordagem da competência geral 2 da BNCC. Orientações gerais

Como fazer

quens, anotem as possíveis fontes poluidoras do ar.

Integrando saberes

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relação às respostas apresentadas por eles.

aos alunos que o líquen é um tipo de fungo que se associa a algas ou a cianobactérias. Ele fornece nutrientes e minerais a esses organismos e em troca recebe glicose e outros compostos necessários para o seu desenvolvimento.

• Ao retornar à sala de

aula, incentive os alunos a conversarem sobre suas observações. Para isso, faça as perguntas orais desta página.

• Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso eles não

apontem atitudes que possam contribuir com a diminuição da poluição do ar no ambiente. Se considerar pertinente, anote na lousa as sugestões apresentadas por eles.

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BNCC

Poluição atmosférica e as mudanças climáticas no planeta

• Este

conteúdo contempla o trabalho com a habilidade EF06GE13, ao permitir que os alunos compreendam as causas e consequências das atividades humanas na alteração dos padrões climáticos.

O clima do nosso planeta já foi muito diferente de como é atualmente. A temperatura média atual da atmosfera terrestre é de 15 oC, mas já passou por inúmeras variações na história geológica da Terra. Há cerca de 10 mil anos ocorreu a última glaciação terrestre, período em que vastas áreas da superfície da Terra ficaram cobertas por gelo.

• Solicite aos alunos que

recolham recortes de notícias de jornais e revistas sobre as mudanças climáticas, ou sobre fenômenos relacionados à poluição atmosférica, e tragam para a sala de aula. Leia algumas notícias e discuta com os alunos as causas dos fenômenos relatados e como a poluição atmosférica pode influenciar os fenômenos climáticos.

Veja no gráfico o aumento da emissão (gás carbônico) de CO2 na atmosfera e o comportamento da temperatura média da atmosfera terrestre desde o século passado.

Emissão de CO2 e temperatura média da Terra Renan Fonseca

Estudos científicos, especialmente os realizados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), afirmam que a concentração excessiva de gases poluentes no ar é responsável pelo aumento gradativo da temperatura média da atmosfera, na atualidade.

CO2 (em ppm*)

Temperatura (em oC)

800 700 600 500 400 300 200 100

Fonte: IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). Disponível em: <www. ipcc-data.org/>. Acesso em: 22 ago. 2018.

0

1900

1950

*Partículas por milhão

2000

2050**

2100**

**Estimativa

Alguns gases poluentes emitidos para a atmosfera, como o CO2 e o CH4 (gás metano), têm por característica reter o calor do sol próximo à superfície terrestre. A emissão excessiva desses gases vem intensificando o fenômeno denominado efeito estufa artificial e, consequentemente, provocando o aquecimento global.

Jean-Sebastien/AFP

O aquecimento global é o fenômeno caracterizado pelo aumento da temperatura média da atmosfera terrestre.

Na fotografia, crianças se refrescam em uma fonte durante onda de calor em Nantes, França, 2016. Temperaturas elevadas têm sido registradas com maior frequência nos verões europeus.

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Capítulo 8

Para compreender a diferença existente entre o efeito estufa natural e o efeito estufa artificial, veja os esquemas a seguir. Efeito estufa natural O efeito estufa natural ocorre quando: A

A Grande parte dos raios so-

Fotomontagem de Carmen Martinez. Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens

lares que atinge a superfície terrestre é refletida para o espaço. B Uma porção desses raios B

refletidos é retida na atmosfera por uma camada de gases e poeira, contribuindo para o aquecimento da Terra a uma temperatura média de 15 oC, o que permite a existência da vida em nosso planeta. Esse é o chamado efeito estufa natural.

Orientações gerais

• Explique

aos alunos que alguns estudos científicos afirmam que o aquecimento global é um fenômeno natural do nosso planeta. Nesses estudos, a teoria de que o aquecimento da temperatura média da atmosfera terrestre é provocado pela ação do ser humano é contestada com base na análise de dados sobre a emissão de CO2 e nos registros históricos da temperatura atmosférica terrestre. Na sugestão de leitura a seguir, Luiz Carlos Baldicero Molion, cientista brasileiro, esclarece um pouco mais a ideia defendida por esses estudos. > Luiz Carlos Baldicero

Paisagem do município de Itumbiara (GO), 2018.

Efeito estufa artificial O efeito estufa artificial ocorre quando:

A

Molion. Considerações sobre o aquecimento global antropogênico. Disponível em: <http:// livro.pro/zbjxqs>. Acesso em: 19 set. 2018.

A É menor a quantidade de

raios solares refletidos para o espaço. Fotomontagem de Carmen Martinez. Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens

B Por conta da concentração de B

gases poluentes na atmosfera, os raios solares refletidos são retidos em maior quantidade na atmosfera terrestre, intensificando o efeito estufa natural e ocasionando um maior aquecimento da temperatura média do planeta. Esse é o chamado efeito estufa artificial.

Paisagem do município de Itumbiara (GO), 2018.

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Orientações gerais

Consequências das mudanças climáticas

• Auxilie

os alunos na leitura e interpretação do mapa apresentado nestas páginas. Aproveite e questione-os sobre quais são os possíveis efeitos das mudanças climáticas no Brasil e, caso julgue pertinente, solicite a eles que façam uma pesquisa sobre quais possíveis prejuízos poderiam ocorrer na agricultura com essas alterações no clima.

Há indícios de que o aquecimento global tem provocado mudanças climáticas no planeta. Porém, é muito difícil prever exatamente o que esse fenômeno pode causar. Estudos indicam que algumas regiões do mundo já estariam vivenciando mudanças climáticas, como a diminuição da massa total de gelo no planeta, percebida em algumas áreas mais frias, e a ocorrência de verões mais quentes. Alguns estudiosos do clima atribuem essas mudanças ao aquecimento global. Veja no mapa outras possíveis consequências do aquecimento global. Mundo: efeitos das mudanças climáticas

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Capítulo 8

Orientações gerais

• Para

aprofundar o estudo destas páginas, apresente aos alunos o texto a seguir, que mostra um dos efeitos das mudanças climáticas.

A elevação do nível dos oceanos O aumento da temperatura média da atmosfera vem ocasionando o degelo de parte das calotas polares. Estudos indicam que as águas provenientes desse degelo aumentam o volume de água dos oceanos, causando, assim, a elevação do nível dos mares em diversas regiões do mundo.

N L

O S

0

Fonte: SCHOFFHAM, Stephen. Atlas geográfico mundial: versão essencial. São Paulo: Fundamento Educacional, 2007. p. 12-13.

N

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L

O

Camila Ferreira

Somente no século XX, o nível médio dos oceanos subiu quase 20 centímetros e, segundo estimativas do The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), órgão internacional que estuda as mudanças climáticas da Terra, esse nível poderá se elevar, aproximadamente, 26 a 55 centímetros no decorrer de cem anos. Se o nível dos mares aumentar, provavelmente provocará a inundação de cidades localizadas em áreas costeiras. Além disso, diversas ilhas localizadas no Caribe e no oceano Pacífico poderão ficar submersas. Texto da autora.

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2 000 km

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BNCC

Microclimas e ilhas de calor

• Uma

das consequências do intenso processo de urbanização pelo qual têm passado várias cidades brasileiras é o aumento da temperatura média do ar. O estudo desse conteúdo contempla o trabalho com a habilidade EF06GE13. Aproveite o momento e avalie os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema, questionando-os, por exemplo, se existe diferença na temperatura do ar quando estamos em uma área arborizada e quando estamos em um bairro com alta densidade de edificações.

Quando você entra em uma sala, quarto ou mesmo loja, em que há um condicionador de ar mantendo determinada temperatura e umidade no ambiente, pode observar um microclima. Como o termo indica, microclima é um conjunto de características climáticas que ocorrem em pequena escala, ou seja, nas porções da atmosfera mais próximo do solo, em área restrita e em determinado período de tempo.

Edson Grandisoli/ Pulsar Imagens

Os microclimas são muito comuns nas áreas urbanas e sofrem influência da formação de ilhas de calor, por causa de características próprias à urbanização. Veja, a seguir, algumas dessas principais características. • Áreas que concentram concreto edificado e asfaltamento aquecem com mais facilidade e liberam o calor absorvido dos raios solares para o ar atmosférico, aquecendo-o mais rapidamente que em áreas com maior presença de vegetação. • A aglomeração de construções e suas formas irregulares podem afetar a circulação dos ventos nos centros urbanos, o que dificulta a dispersão do ar quente e dos poluentes emitidos para a atmosfera. • Os poluentes emitidos por automóveis, indústrias, entre outras fontes, ao ficarem suspensos no ar atmosférico, contribuem para a retenção do ar quente próximo à superfície, aumentando a temperatura local. Também intensificam a formação de nuvens de chuva. • A intensa impermeabilização do solo acentua a retenção do calor nas áreas urbanas, pois a água escoa para outras áreas e infiltra em menor quantidade no solo, o que permite seu maior aquecimento. Em áreas de menor impermeabilização, a água infiltra em maior quantidade no solo e auxilia na manutenção da temperatura por causa de sua propriedade de reter e liberar calor mais lentamente.

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Capítulo 8

Observe, no esquema abaixo, como a temperatura média do ar eleva-se em áreas de adensamento urbano. O contrário também ocorre, ou seja, a temperatura média é mais baixa em áreas de menor concentração urbana e em áreas rurais, onde predomina vegetação. Portanto, as ilhas de calor se formam, principalmente, em grandes centros urbanos, onde a quantidade de edifícios é maior e a presença de árvores e áreas verdes tende a ser menor. As áreas verdes, como praças e parques, e os espelhos d’água, como lagos que proporcionam sombra e Ilha de calor umidade, aquecem e resfriam lentamente, o que reduz o aquecimento do ar nesses núcleos urbanos.

Vamos conhecer algumas medidas capazes de reduzir o aquecimento do ar nas áreas urbanas, bem como a formação de ilhas de calor, as quais podem ser executadas tanto por moradores quanto por órgãos públicos ligados ao planejamento urbano e ao meio ambiente.

• Agora que os alunos co-

nhecem medidas capazes de minimizar as ilhas de calor, proponha a eles uma pesquisa na internet sobre cidades que vêm executando ações em busca da redução do aquecimento do ar nas áreas urbanas. Eles devem anotar as informações pesquisadas no caderno para que, em sala de aula, compartilhem-nas com os colegas.

Somma Studio

Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à geografia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino et al. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 108.

Orientações gerais

• Plantio de árvores. • Implementação de telhados verdes, jardins verticais ou “muros vivos”. • Uso de materiais refletores da luz e do calor solar em telhados. • Construção de lagos. • Aumento de áreas permeáveis no solo, como gramados. • Construções planejadas que facilitem a circulação natural do ar nas ruas e em ambientes fechados.

Na fotografia podemos observar“telhado verde”do prédio da prefeitura da cidade de São Paulo (SP), 2018. Essa solução se destaca em meio à aglomeração de edifícios. É utilizada para auxiliar no controle térmico, reduzindo a necessidade de uso dos condicionadores de ar no interior do edifício.

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Integrando saberes

Poluição do solo

• Este

tema possibilita um trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências. Comente com os alunos que o solo contaminado pode abrigar agentes causadores de doenças.

Um número cada vez maior de áreas da superfície terrestre vem sendo destinado ao crescimento de cidades e à agropecuária. Como consequência, o desmatamento de diversas formações vegetais naturais também aumentou, a fim de atender às necessidades de uma população mundial cada dia mais numerosa e consumista.

Agricultura e degradação do solo

• Convide

Os solos, em diferentes partes do mundo, estão sendo degradados e tornando-se improdutivos por diversos fatores, como a retirada excessiva da cobertura vegetal, a utilização inadequada de técnicas agropecuárias e o despejo de resíduos tóxicos em lugares impróprios.

o professor desse componente para trabalhar com os alunos técnicas de cultivo agrícola que favorecem a recuperação do solo, mantendo suas propriedades biológicas e garantindo a sua fertilidade, tais como a intercalação, agroflorestal, silvo-pastagem, adubação verde, amanho de conservação, controle biológico e manejo integrado de pragas. O uso adequado do solo é uma forma de preservação ambiental. Para aprofundar seus conhecimentos sobre essas técnicas, sugerimos o livro a seguir.

O uso excessivo do solo pela agricultura tem gerado graves problemas ambientais. Entre eles, podemos destacar a erosão e a contaminação do solo e de lençóis freáticos pelo uso de fertilizantes e pesticidas. Atualmente, 25% dos solos degradados no mundo têm como agente causador as atividades agrícolas. No entanto, existem diversas medidas que podem ser tomadas pelos agricultores para proteger o solo. Uma delas é evitar a realização das queimadas após as colheitas como técnica de limpeza do terreno para o próximo plantio, prática muito comum na agricultura de subsistência. Em muitos casos, o uso dessa técnica pode prejudicar a fertilidade do solo e comprometer a produtividade das lavouras.

Gordon. Produção de alimentos no século XXI: biotecnologia e meio ambiente. Tradução: Celso Mauro Paciornik. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

A

B

Delfim Martins/Pulsar Imagens

> CONWAY,

Delfim Martins/Pulsar Imagens

Algumas técnicas que visam à preservação dos nutrientes e à fertilidade do solo têm sido empregadas em diferentes culturas. Um exemplo é a rotação de culturas. Essa técnica consiste em intercalar, em uma mesma área de lavoura, o cultivo de gêneros agrícolas diferentes. Com isso, a cada plantio, diversifica-se a adubação do solo, evita-se o esgotamento de um mesmo tipo de nutriente, de modo que se obtenha um aumento da produtividade das lavouras.

Técnica de rotação de cultura em dois períodos distintos no município de Londrina (PR), 2015. No exemplo mostrado, ocorre a rotação de cultura, pois nessa lavoura são cultivados soja na estação do verão (fotografia A) e trigo na estação do inverno (fotografia B).

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Capítulo 8

Mineração e degradação do solo Ao extrair minerais, como o ferro, o manganês e o carvão mineral, também são removidas grandes porções de solo, chamadas rejeito. O rejeito, na maioria das vezes, não é utilizado pelo ser humano e, por isso, é despejado em locais a céu aberto, ficando exposto à ação do vento e da água da chuva. Gradativamente, partículas do rejeito são transportadas para outras áreas, causando, principalmente, o assoreamento de rios.

Orientações gerais

• Oriente

os alunos a voltar à página 107 e relembrar o que significa assoreamento. Oriente-os também a voltar ao esquema das páginas 124 e 125 para relembrar as partes de um rio.

Andre Dib/Pulsar Imagens

• Comente com os alu-

nos que em 2015, na cidade histórica de Mariana (Minas Gerais), houve um dos acidentes mais graves envolvendo atividade mineradora já registrados no Brasil. O rompimento da barragem de uma mineradora foi responsável pelo lançamento de 34 milhões de metros cúbicos de lama, resultantes da produção de minério de ferro. Aproximadamente 660 quilômetros de rios e córregos e mais de mil hectares de áreas de vegetação foram atingidos, causando a morte de várias espécies da fauna e flora da região, além do soterramento de casas. A lama foi transportada pelos rios até desaguar no oceano, no estado do Espírito Santo.

Na estação mineradora mostrada na fotografia, podemos observar amontoado de rejeitos em um garimpo de ouro no município de Poconé (MG), 2017.

Andre Dib/Pulsar Imagens

O assoreamento pode trazer sérios problemas aos cursos de água, pois, além de reduzir a profundidade de seu leito, muitas vezes impede a navegação de embarcações e ainda pode modificar o trajeto do rio. A retirada de matas ciliares das margens dos rios também é uma das principais causas do assoreamento. Além disso, sem a vegetação ciliar, a água das chuvas escoa rapidamente pela superfície, comprometendo a infiltração e o armazenamento no subsolo. A consequência disso é a diminuição da água nas nascentes. Mata ciliar: formação vegetal presente nas margens dos cursos de água e nas nascentes. É considerada “área de preservação permanente” pelo Código Florestal Federal, e a dimensão da faixa de mata a ser preservada depende da largura do curso de água.

Na fotografia, podemos visualizar assoreamento em um trecho do rio Jequitinhonha, que ocorreu por causa do garimpo de diamantes em Diamantina (MG), 2018.

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Sugestão de atividade

Geografia

Debate sobre a desertificação

em foco

Objetivos

• Estimular a reflexão e

A desertificação consiste na formação de áreas degradadas com características desérticas em regiões de clima árido e semiárido. Embora seja um fenômeno natural relacionado à mudança climática, determinadas atividades humanas, que gradativamente causam a destruição de recursos naturais vitais, como água, vegetação e, principalmente, solo, aceleram o processo de desertificação.

a expressão da opinião dos alunos a respeito de problemas ambientais relacionados ao processo de desertificação. a ) Apresente o texto a seguir para os alunos e, em uma roda de conversa, proponha um debate sobre as causas e consequências do processo de desertificação no Brasil.

Atividades humanas, como técnicas de cultivo intensivo sem manejo adequado, desmatamento e mineração indiscriminados, irrigação sem cuidados ambientais e sobrepastoreio de gado, vêm acelerando o processo de desertificação em áreas de risco em diversas regiões do mundo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, as Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD) estão localizadas, sobretudo, na região Nordeste. A página ao lado aborda o processo de desertificação na região do Sahel, no continente africano. Delfim Martins/Pulsar Imagens

Desertificação cresce e ameaça terras do Nordeste, Minas e Espírito Santo

Área afetada aumentou 482% nos últimos cinco anos devido ao desmatamento da caatinga e do cerrado, ao uso intensivo do solo, à irrigação inadequada e à mineração excessiva. [...]

Sobrepastoreio: prática de realizar o pastoreio em uma área por um longo período de tempo, ou seja, sem possibilitar a recuperação natural da vegetação e do solo existentes.

Correio Braziliense, 20 maio 2018. Disponível em: <www. correiobraziliense.com.br/app/ noticia/brasil/2018/05/20/ interna-brasil,681929/ desertificacao-cresce-e-ameacaterras-do-nordeste-minas-eespirito-sa.shtml>. Acesso em: 20 set. 2018.

> Quais as principais

Área de desertificação do solo decorrente de uso intensivo e falta de cobertura vegetal em Cabrobó (PE), 2018.

Juan Vilata/Alamy/ Fotoarena

b) Você pode conduzir o debate provocando as seguintes reflexões:

O fenômeno ambiental da desertificação

Área de desertificação na região do Sahel em Senegal, África, 2017.

causas da desertificação no Brasil? > Quais as consequên-

cias desse problema para o meio ambiente? E como isso afeta as atividades humanas? > De que forma esses

problemas podem ser evitados? c ) A realização desta atividade com os alunos possibilita um espaço de construção de argumentos utilizando os conhecimentos geográficos para promover a sensibilização socioambiental e propor soluções para os problemas apresentados, conforme orienta a competência específica de Geografia 6.

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Capítulo 8

Desertificação do Sahel No idioma árabe, Sahel significa “margem”, nome dado por causa de sua abrangência, que vai de leste a oeste do continente africano, ocupando a área de dez países. Já no sentido norte-sul, o Sahel ocupa uma faixa semiárida ao longo do sul do deserto do Saara. Veja o mapa abaixo. Essa região é atingida pelo processo de desertificação, provocado por, entre outras causas, escassez de chuvas, aridez do solo e mudanças nas atividades humanas e em suas formas de ocupação do território, como: • a sedentarização das populações, antes nômades; • a modernização e ampliação da exploração dos recursos naturais, antes realizada de maneira tradicional; • o desmatamento para a produção de energia e incorporação de novas terras agricultáveis; • o aumento do mercado consumidor de produtos agrícolas em zonas áridas.

• Relembre os alunos de

que, na região onde se localiza o Sahel, o clima predominante é o semiárido e sua vegetação é a de estepe. Retome as características desse clima e vegetação no capítulo 5.

• Para mais informações

sobre a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, sugerimos o acesso ao site a seguir.

> Convenção das Nações

África: região do Sahel e desertos N L

O S

Renan Fonseca

Entre os anos de 1968 e 1973 ocorreu na região do Sahel uma grande seca, que levou cerca de 500 mil pessoas que lá viviam à morte. Essa tragédia chamou a atenção mundial em virtude da gravidade de seu problema.

Orientações gerais

Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <http://livro.pro/iwjhin>. Acesso em: 28 set. 2018.

Promover políticas específicas para as regiões semiáridas do mundo tornou-se necessário, de modo que em 1994 foi criada a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação. Essa convenção estabeleceu as diretrizes de ação para a prevenção e reversão do quadro de desertificação. Desde então, diversos países, incluindo o Brasil, se mobilizaram no combate a esse problema ambiental. 0

990 km

Fonte: Goode’s World Atlas. 23. ed. Chicago: Rand McNally, 2017. p. 276.

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Integrando saberes

Poluição das águas

• Este tema permite um

Embora a água seja uma substância imprescindível para a vida na Terra, nem sempre o ser humano tem se preocupado em preservar esse recurso.

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências, abordando o tema contemporâneo Saúde. Solicite ao professor desse componente que converse com os alunos sobre os tipos de doenças que podem ser contraídas pela ingestão de água sem tratamento adequado. A seguir, apresentamos alguns exemplos.

Muitas indústrias poluem rios, mares e lagos ao despejarem parte de seus resíduos sem o tratamento devido. Geralmente tóxicas, essas substâncias vão parar nos cursos de água, causando a morte de várias espécies animais e vegetais, além de ocasionarem problemas de saúde para as pessoas que entrarem em contato com essas águas ou se alimentarem de peixes que nelas vivem.

> Cólera-morbo: doença

que afeta habitantes de áreas com saneamento básico precário e água imprópria para consumo. Caracteriza-se por gerar infecção intestinal, diarreia e vômito. Pessoas que consomem alimentos que tiveram contato com água contaminada também podem contrair a doença.

Trecho de rio no município de São Gonçalo (RJ) poluído pelo despejo de esgoto, 2016.

Além da poluição industrial, a eliminação de resíduos domésticos, como o lixo e os esgotos, também atua na contaminação dos recursos hídricos do planeta. Em muitas cidades, em razão da falta de infraestrutura e de conscientização por parte da população, é comum o despejo de materiais poluentes diretamente nos cursos dos rios. A poluição das águas, ocasionada pelo despejo do esgoto sem tratamento, pode levar à disseminação de diversas doenças, como a cólera-morbo e a febre tifoide. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada ano, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas no mundo morrem em decorrência de doenças relacionadas à água contaminada.

> Tifo ou febre tifoide:

caracteriza-se por uma infecção bacteriana transmitida por meio da água contaminada ou ingestão de alimentos também contaminados. Essa doença provoca manchas rosadas pelo corpo, tosse e febre elevada contínua.

Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens

Já nas atividades agrícolas, o uso indevido de agrotóxicos nas plantações pode ocasionar a poluição das águas por meio do escoamento de substâncias tóxicas para lençóis freáticos, rios e lagos próximos.

> Poliomielite: uma das

formas de transmissão dessa doença é por meio da ingestão da água contaminada. Caracteriza-se por desencadear febre e dores musculares e, em casos mais graves, o sistema nervoso central é afetado, causando paralisia nos músculos.

Cólera-morbo: doença intestinal infecciosa transmitida sobretudo pela água contaminada. Febre tifoide: doença infecciosa adquirida, principalmente, por meio do consumo de água e alimentos contaminados. Normalmente causa febre prolongada, diarreia e dores de cabeça. Os órgãos geralmente mais afetados pela doença são intestino, fígado e baço. Pulverização de lavoura em plantação de amendoim no município de Barretos (SP), 2016.

• Questione

os alunos sobre outras atitudes que podem ser tomadas para a conservação da água de nosso planeta. Incentive-os a contar aos colegas as próprias atitudes nesse sentido.

232

g20_ftd_lt_6vsg_c8_p228a237.indd Orientações gerais

232

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• Promova um momento de reflexão sobre as enchen-

tes e secas que frequentemente afetam vários estados brasileiros. Destaque a importância da água mediante alguns desses episódios, como a seca, e estabeleça uma conexão com a questão das mudanças climáticas. Para isso, retome o mapa das páginas 224 e 225.

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Capítulo 8

Acima, lixo despejado em praia do município do Rio de Janeiro (RJ), 2016.

Kertu Saarits/Alamy/Fotoarena

Em muitas praias, é possível encontrar um grande volume de resíduos sólidos, como garrafas e embalagens plásticas, latas, vidros e pneus, que, além de deixar as praias sujas e impróprias para banho, podem ser transportados para alto-mar pelo movimento das marés, colocando em risco a vida da fauna e da flora marítimas.

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

As águas oceânicas também recebem milhões de toneladas de poluentes por dia. Esses poluentes têm diferentes origens, como atividades industriais, esgotos domésticos e escoamento de produtos químicos agrícolas. Ao atingirem as águas oceânicas, essas substâncias geralmente causam problemas à vida marinha.

O fluxo de navios-petroleiros também é uma fonte de poluição. O petróleo vazado dos tanques dessas embarcações polui as águas oceânicas nas áreas localizadas em suas rotas. Na fotografia podemos visualizar manchas de petróleo no mar, provenientes de vazamentos de grandes embarcações, em Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2018.

O mapa mostra as principais áreas poluídas pela circulação de navios-petroleiros no mundo. Mundo: áreas poluídas por navios-petroleiros – 2015

Orientações gerais

• Comente com os alu-

nos que em 2015, em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), foram feitas propostas para decidir sobre novos caminhos, buscando melhorar a vida das pessoas e do planeta até 2030, que culminou nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre os objetivos estão “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e o saneamento para todos” (ODS 6) e “Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável” (ODS 14). Converse com os alunos e proponha uma reflexão relacionando esses temas com o que estudaram até o momento.

• Para mais informações

sobre os ODS, sugerimos o acesso ao site a seguir, que também apresenta o documento que contém os elementos orientadores da posição brasileira diante dos ODS.

N L

O S

E. Cavalcante

> Objetivo do Desen-

0

2 340

volvimento Sustentável. Ministério das Relações Exteriores. Disponível em: <http://livro. pro/38pgkg>. Acesso em: 20 set. 2018.

4 680 km

Fontes: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 30. GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166.

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Atividades

Sugestão de atividade Sou responsável pelo meio ambiente? Objetivos

• Estimular

o debate consciente das questões ambientais.

• Refletir

a posição de sujeito diante de problemas e soluções para o meio ambiente. a ) Como forma de avaliar a aprendizagem dos alunos sobre os problemas ambientais e a relação com a natureza e as atividades econômicas, propomos uma atividade de debate. Por meio dessa prática os alunos poderão compreender que fazem parte do meio ambiente e que todos são responsáveis pela conservação e manutenção da vida no planeta. Também podem refletir e adotar atitudes em respeito à natureza e com posicionamento ético, de consumo responsável, como orienta a competência geral 7 da BNCC. b) Para isso, leia o texto a seguir sobre o tema.

Meio ambiente [...] Em se tratando de um assunto que vem conquistando cada vez mais espaço e prestígio no mundo moderno, é urgente que todos possamos perceber a ordem de grandeza em que se situa hoje a questão ambiental e, talvez surpreendidos, nos darmos conta de como isso nos alcança de forma profunda, visceral. Um erro bastante comum é confundir meio ambiente com fauna e flora, como se fossem sinônimos. É grave também a constatação de que a maioria dos brasileiros não se percebe como parte do meio ambiente, normalmente entendido como algo de fora, que não nos inclui. A expansão da consciência ambiental se dá na exata proporção em que percebemos meio ambiente como algo que começa dentro de cada um

1. A péssima qualidade do ar urbano e algumas doenças, principalmente as relacionadas ao sistema respiratório.

2. A emissão excessiva de gases poluentes na atmosfera retém o calor do sol próximo à superfície terrestre, intensificando o efeito estufa artificial; com isso, provoca o aumento da temperatura média da atmosfera terrestre, no fenômeno denominado aquecimento global e Exercícios de compreensão resultando acarretando mudanças climáticas no planeta. 3. Os possíveis efeitos das 1. A poluição atmosférica tem se inten4. O uso indevido do solo tem provomudanças sificado muito nas últimas décadas e cado diversos problemas ao meio climáticas são áreas com risco gerado diversos problemas. Cite, no ambiente. Cite um exemplo da degrade inundações, caderno, dois problemas ocasionados dação provocada pelo ser humano caso o nível dos oceanos por esse tipo de poluição. nos solos. aumente; áreas mais úmidas e 2. No caderno, explique qual é a relação 5. No caderno, explique qual a relação igualmente entre a poluição atmosférica e as entre degradação dos solos e o proáreas mais secas. Essas mudanças climáticas. cesso de desertificação. mudanças 3. De acordo com o mapa das páginas 6. Escreva, no caderno, quando ocorre o causariam Por conta da prejuízos para a 224 e 225, quais são os possíveis efeito estufa artificial. concentração de agricultura. gases poluentes na atmosfera, os raios solares efeitos das mudanças climáticas no 4. Possível refletidos são retidos em maior quantidade na resposta: Brasil? Anote a resposta no caderno. atmosfera terrestre, intensificando o efeito estufa erosão natural e ocasionando um maior aquecimento da provocada pela Geografia no contexto temperatura média do planeta, já que é menor a exploração quantidade de raios solares refletidos para o espaço. mineral, 7. Leia o texto abaixo. Em seguida, responda às questões no caderno. assoreamento dos rios pela retirada da O Deserto do Saara expandiu-se cerca de 10% desde 1920, aponta estudo cobertura de cientistas da Universidade de Maryland, nos EUA [...]. vegetal, perda da fertilidade e [...] pesquisadores analisaram os dados sobre as chuvas registrados por desertificação. toda a África entre 1920 e 2013, revelando que o Saara, que ocupa grande 5. Atividades como parte do Norte do continente, aumentou em aproximadamente 10% seu taagricultura e manho de acordo com essas tendências anuais. Já quando eles analisaram mineração deixam os solos as tendências sazonais no mesmo período, essa expansão se mostrou ainda desprotegidos, maior no verão, com um aumento de quase 16% na área média sazonal do favorecem os processos deserto nos 93 anos estudados. erosivos, que [...] transportam os nutrientes do Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que as mudanças clisolo. A falta desses máticas induzidas pela ação humana, em conjunto com ciclos climáticos nutrientes naturais [...], levaram ao aumento de área do Saara. causa a desertificação. MUDANÇAS climáticas e ciclos naturais fazem Saara crescer. O Globo, 4 abr. 2018. 7.b) O aumento da Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/mudancas-climaticas-ciclos-naturaistemperatura fazemsaaracrescer-22549341>. Acesso em: 30 ago. 2018. global causada pela emissão excessiva de gases a ) De acordo com o texto, qual problema está ocorrendo no deserto do Saara? poluentes na O deserto do Saara está aumentando. atmosfera.

b ) Conforme o texto, o que provavelmente está provocando esse problema?

8. Leia as manchetes abaixo. Em seguida, responda às questões no caderno.

Poluição com plástico aumenta nas águas do Ártico Correio Braziliense, 19 abr. 2017. Disponível em: <https://www. correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2017/04/19/interna_ mundo,589773/poluicao-com-plastico-aumenta-nas-aguas-doartico.shtml>. Acesso em: 30 ago. 2018.

Poluição do ar é problema em várias cidades brasileiras Portal EBC, 12 ago. 2015. Disponível em: <http:// www.ebc.com.br/noticias/2015/08/poluicao-do-ar-eproblema-em-varias-cidade-brasileiras>. Acesso em: 30 ago. 2018.

234

deg20_ftd_lt_6vsg_c8_p228a237.indd nós, alcançando tudo o 234que nos cerca e as relações que estabelecemos com o universo. Trata-se de um assunto tão rico e vasto que suas ramificações atingem de forma transversal todas as áreas do conhecimento. [...]

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TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. p. 13.

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Capítulo 8

a ) As manchetes se referem a dois tipos de poluição. Quais são eles? Poluição das águas e poluição atmosférica.

b ) Quais são os principais problemas gerados por esses tipos de poluição para a sociedade? A poluição torna as águas impróprias para o consumo humano, além de causar a morte de animais

que serviriam de alimento para a população. A poluição da atmosfera causa doenças respiratórias e

na 9. Observe no planisfério as principais áreas de desmatamento e desertificação interfere dinâmica climática da no planeta. Terra.

Mundo: áreas de desmatamento e desertificação – 2015

BNCC

• A atividade 10 contem-

pla um trabalho com as competências específicas de Geografia 1 e 3, pois o aluno será capaz de utilizar os conhecimentos apreendidos para compreender as interações entre sociedade e natureza e de que forma a ocupação humana originou os problemas ambientais. Material digital

E. Cavalcante

• Utilize o projeto inte-

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4 680 km

Fontes: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 166. IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 63.

grador para o 4o bimestre, localizado no material digital, como forma de avaliar o aprendizado dos alunos e complementar noções sobre os problemas ambientais. Esta atividade propõe a análise e reflexão da realidade próxima dos alunos, levando-os a se reconhecer como agentes transformadores e a se posicionar diante das situações de seu cotidiano, conforme orientam as competências específicas de Ciências Humanas 2, 3 e 6.

• O que podemos concluir ao compararmos as áreas de desmatamento com as de risco de desertificação? Justifique sua resposta.

Possível resposta: podemos concluir que muitas das áreas de risco de desertificação coincidem com as áreas de desmatamento.

Pesquisando

10. Nas páginas 228 a 233 você estudou sobre os problemas ambientais que o ser humano tem provocado na natureza, como a poluição do ar, do solo e das águas. No lugar onde você mora ou próximo a ele existe algum problema relacionado a esses tipos de poluição? Pesquise qual é o tipo de poluição, como ela ocorre, o que vem acarretando à natureza e descreva-a no caderno. Descreva também o que é possível fazer para solucionar esse problema, se houver. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa elaborada pelos alunos está coerente com a atividade proposta.

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Orientações gerais

Fontes de energia e as atividades econômicas

• Para iniciar o trabalho

com este tema, questione os alunos sobre qual(is) fonte(s) está(ão) presente(s) em suas casas. Verifique se eles identificam, em seu cotidiano, a presença de energia em atividades como acender a lâmpada, tomar banho em chuveiro aquecido por energia elétrica, solar ou a gás, ligar um aparelho eletrodoméstico, acender o fogão a gás ou elétrico, entre outras.

O ser humano sempre utilizou as fontes naturais de energia para realizar suas atividades. Atualmente, as fontes de energia são, em grande parte, provenientes da exploração dos combustíveis fósseis, como gás natural, carvão mineral e petróleo. Os combustíveis fósseis são substâncias que possuem carbono em sua composição e que são utilizadas como fonte de energia. A preferência pelo uso desses combustíveis se deve à propriedade que eles têm de liberar grande quantidade de calor quando queimados. O mapa abaixo mostra a distribuição das reservas de combustíveis fósseis no mundo. Mundo: reservas de combustíveis fósseis – 2016 % em relação ao total mundial

América do Norte

Reservas de petróleo Reservas de gás Reservas de carvão

N

Eurásia 28,3% 30,4%

Oriente Médio

S

47,7%

9,5%

L

O

42,5%

22,8% 13,3% 6%

Ásia Oriental e Oceania 46,5%

América Central e do Sul 19,2% África 1,2% 4,1%

7,5%

1,2%

7,6%

2,8%

Daniel Derevecki/Fotoarena

0

3 930

9,4%

Keithy Mostachi

Fonte: BP. BP Statistical Review of World Energy June 2017. Disponível em: <https://www.bp.com/ content/dam/bp/en/ corporate/pdf/energyeconomics/statisticalreview-2017/bp-statisticalreview-of-world-energy2017-full-report.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2018.

0,1%

7 860 km

Gás natural O gás natural é um recurso fóssil gasoso encontrado no subsolo terrestre, muitas vezes associado a jazidas de petróleo. Quando comparado aos demais combustíveis fósseis, ele é considerado menos poluente, uma vez que, ao ser queimado, libera menor quantidade de resíduos tóxicos ao meio ambiente. O gás natural é um combustível que apresenta alto rendimento. Atualmente, corresponde a cerca de 24% da energia consumida no planeta, sendo utilizado nas indústrias, no comércio, nas residências e, até mesmo, como combustível em automóveis. A distribuição do gás natural, na maioria das vezes, é realizada por meio de uma rede de tubulações, denominada gasodutos, pelos quais o gás natural passa para ir da fonte produtora até os locais de consumo. A fotografia mostra trecho de gasoduto que interliga Brasil e Bolívia, conhecido como Gasbol, no município de Araucária (PR), 2015.

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Capítulo 8

Carvão mineral O carvão mineral é um recurso fóssil encontrado no subsolo, formado nos últimos 300 milhões de anos com a decomposição de restos de vegetais. As maiores reservas de carvão mineral do mundo estão localizadas nos Estados Unidos, na China e na Rússia. Esses três países juntos são responsáveis por aproximadamente 65% da produção mundial de carvão, muito utilizado em siderúrgicas e usinas termelétricas. Veja, no gráfico abaixo, o consumo mundial desse recurso fóssil.

(em milhões de toneladas equivalentes de petróleo)

4 000

3 732

3 500

2 072

2 236

E. Cavalcante

1 000

1 431

Termelétrica: usina que gera energia elétrica com o calor liberado, normalmente, na queima de combustíveis, como petróleo, gás e carvão.

2 296

1965

1 591

1975

1985

1995

2005

2016 Anos

Fonte: BP. BP Global. Disponível em: <https://www.bp.com/content/ dam/bp/en/corporate/pdf/energyeconomics/statistical-review-2017/ bp-statistical-review-of-worldenergy-2017-full-report.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.

Entre os recursos naturais fósseis, o carvão é o que mais polui a atmosfera, pois sua queima libera uma grande quantidade de gás CO2. Desse modo, nos últimos anos esse combustível passou a ser considerado um dos grandes causadores do efeito estufa artificial. Brasil: principais reservas de No Brasil, as principais jazidas de carvão micarvão mineral – 2010 neral estão localizadas na região Sul do país,

> Em que ano foi o maior

consumo de carvão? Resposta: 2016.

E. Cavalcante

> Em 1985, qual foi a

principalmente nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. No mapa ao lado estão representadas as principais jazidas de carvão mineral no território brasileiro.

quantidade de carvão consumida? Resposta: 2 072 milhões de toneladas. > Em quais usinas o car-

vão mineral é mais utilizado? Resposta: Usinas siderúrgicas e termelétricas.

O carvão mineral explorado no Brasil não é suficiente para atender à demanda do nosso país. Por isso, o Brasil precisa importar cerca de 79% do carvão mineral que utiliza.

> Em quais estados bra-

Reservas de carvão N

Fonte: IBGE. Atlas Nacional Digital do Brasil. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/ atlas_nacional/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

• Ler e interpretar infor-

informações relativas ao consumo de recursos minerais no mundo. a ) Aproveite o gráfico desta página e realize uma atividade de análise de gráfico com os alunos. Utilizando a linguagem gráfica para análise de informações referentes ao consumo de carvão mineral no mundo, pode-se trabalhar com a competência específica de Ciências Humanas 7. b) Para auxiliar na leitura e interpretação do gráfico e para reforçar os conteúdos sobre o carvão mineral, sugerimos as questões a seguir.

2 000 1 500

Objetivos

• Analisar

3 000 2 500

Análise de gráfico

mações numéricas por meio de representações gráficas.

Consumo de carvão mineral no mundo Consumo

Sugestão de atividade

sileiros existem reservas de carvão mineral? Resposta: Pará, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Orientações gerais

Petróleo

• Para ampliar seus co-

O petróleo é um recurso natural fóssil originado nos últimos 250 milhões de anos, com a deposição e a decomposição de restos de plantas e animais em áreas que foram, ou ainda são, fundo dos oceanos, mares e lagos.

nhecimentos sobre a ação das indústrias petrolíferas, sugerimos os filmes a seguir.

Ao longo do tempo, a matéria orgânica acumulada foi soterrada. Em seguida, compactada pelos sedimentos que foram acomodados sobre sua superfície. Depois de determinado tempo, após intensa pressão exercida pelos sedimentos das camadas superiores e pelo calor proveniente do interior da Terra, essa matéria orgânica transformou-se em uma substância oleosa de coloração predominantemente escura, o petróleo.

> Horizonte profundo –

desastre no Golfo. Direção de Peter Berg, 2016. (107 min).

> Virunga. Direção de

Orlando von Einsiedel, 2014. (90 min).

Os diferentes usos do petróleo Desde as civilizações antigas, o petróleo é utilizado para diversos fins. Muitos povos faziam uso desse recurso para pavimentar estradas, iluminar e aquecer casas e grandes construções. Porém, naquela época ainda não existiam tecnologias capazes de explorar o petróleo da maneira como é realizada nos dias de hoje. Aqueles povos limitavam-se a aproveitar as porções de petróleo que afloravam na superfície do solo. A exploração das reservas de petróleo foi intensificada em meados do século XIX, quando esse combustível se tornou a principal fonte de energia consumida pelas atividades humanas. Atualmente, a obtenção do petróleo é feita por meio de equipamentos de alta tecnologia, capazes de extrair esse material do interior das rochas sedimentares, as quais se encontram a quilômetros de profundidade. Além de constituírem uma importante fonte de energia para indústrias e meios de transporte, alguns subprodutos do petróleo também são utilizados como matéria-prima para a fabricação de diversos produtos de nosso dia a dia, como plásticos, tintas, remédios, borrachas sintéticas, diversos produtos químicos, fertilizantes e pesticidas. O esquema abaixo mostra alguns subprodutos do petróleo. Derivados do petróleo Tanques

Leonardo Mari

Extração

Fonte: CHARADA no fundo da Terra. Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, SBPC, ano 13, n. 108, nov. 2000. p. 18. Disponível em: <http://chc.org.br/edicao/108/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

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Capítulo 8

A distribuição geográfica das jazidas de petróleo não ocorre de maneira regular. De acordo com a BP, aproximadamente 48% das reservas mundiais estão localizadas em países do Oriente Médio, que consomem apenas 9% da produção mundial. Já os Estados Unidos possuem apenas cerca de 3% das reservas petrolíferas mundiais, porém eles consomem aproximadamente 20% de todo o petróleo produzido no planeta. Diariamente são extraídos cerca de 92 milhões de barris de petróleo no mundo. Nas refinarias, o petróleo é processado e separado em subprodutos, BP: importante empresa do ramo petrolífero, comumente conhecida como a gasolina, o óleo diesel e o querosene. Assim como os demais combustíveis fósseis, o petróleo é um dos principais responsáveis pela poluição atmosférica. Ao ser queimado, ele libera grande quantidade de gases poluentes, causando sérios danos ao meio ambiente.

Orientações gerais

• Auxilie

os alunos a localizar os países do Oriente Médio no planisfério político da página 254.

• Para

por British Petroleum, que a partir do ano 2000 passou a ser identificada apenas como BP. Barril de petróleo: medida geralmente utilizada para expressar o volume de petróleo. Cada barril corresponde a 159 litros.

enriquecer seus conhecimentos sobre o petróleo, sugerimos a leitura do texto a seguir, que discute as possibilidades de outros combustíveis em substituição ao petróleo.

Ana Flašker/Alamy/Fotoarena

> DIEGUEZ, Flávio. O

mundo sem petróleo. Superinteressante, 26 set. 2017. Disponível em: <http://livro.pro/ wree6c>. Acesso em: 20 set. 2018.

Campo de exploração de petróleo próximo ao mar Cáspio, Azerbaijão, 2016.

Forno

Torres de destilação

GLP Gás liquefeito de petróleo Gasolina Nafta Querosene de avião Óleo diesel Óleo lubrificante Asfalto

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Orientações gerais

Geografia

• Comente com os alu-

O petróleo brasileiro

em foco

nos que, quando ocorrem acidentes nas plataformas de petróleo, como vazamentos de tubulações das plataformas e de navios-petroleiros, os danos causados à vida marinha são enormes. O petróleo fica na superfície da água marinha, formando uma densa camada, impossibilitando a entrada de luz solar, o que dificulta a fotossíntese das algas, por exemplo. Além disso, pode atingir diretamente as aves marinhas e outros animais como peixes e tartarugas. Quando o derramamento de petróleo atinge as praias, contamina extensas faixas de areia e torna imprópria a água para os banhistas.

Atualmente o Brasil explora cerca de 2,6 milhões de barris de petróleo por dia. Veja no mapa abaixo onde estão localizados os principais pontos de extração e as principais reservas desse combustível fóssil.

O pré-sal é uma faixa subterrânea de rochas situada abaixo de uma densa camada de sal, em áreas marinhas, que se estende desde o litoral do estado de Santa Catarina até o litoral do EspíBrasil: áreas de extração rito Santo, aproximadamente. e refino de petróleo Sua profundidade pode chegar N a mais de 7 mil metros. L O Segundo pesquisas geológicas, essa reserva pode colocar o Brasil entre os países que mais produzem petróleo no mundo.

S

E. Cavalcante

Em nosso país foram descobertos grandes volumes de petróleo em uma camada do subsolo oceânico denominada pré-sal.

Veja na imagem abaixo a localização do pré-sal no subsolo oceânico e na costa brasileira.

• Para

Fonte: PETROBRAS. Principais operações. Disponível em: <www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/ principais-operacoes/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

complementar o estudo desta página, solicite aos alunos que realizem uma pesquisa sobre acidentes com petróleo no Brasil e sobre os problemas ambientais gerados. Depois, peça a eles que compartilhem o resultado da pesquisa com os colegas.

0

Brasil: área do pré-sal

Pré-Sal

600 km

Profundidade 1 000 m

Oceano

2 000 m 3 000 m 4 000 m

Pós-sal

5 000 m 6 000 m

Luciane Mori

Sal

E. Cavalcante

N L

O

0

350 km

S

Fonte: Brasil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/editoria/ infraestrutura/2014/07/brasilpresal.jpg>. Acesso em: 23 ago. 2018.

7 000 m

Pré-sal Fonte: PETROBRAS. Pré-sal. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/nossasatividades/areas-de-atuacao/exploracao-eproducao-de-petroleo-e-gas/pre-sal/>. Acesso em: 23 ago. 2018.

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:03 PM

Capítulo 8

Fontes de energia mais limpas A intensa utilização das fontes de energia fósseis tem provocado sérios danos ao meio ambiente. Um exemplo disso é a elevada emissão de gases poluentes no ar, causada pela queima de carvão mineral, gás natural e petróleo. Além da poluição, a excessiva exploração de combustíveis fósseis pode provocar o esgotamento de suas reservas no planeta, uma vez que constituem recursos naturais não renováveis. Na tentativa de minimizar esses problemas, diversos países têm investido no desenvolvimento de fontes de energia eficientes e, ao mesmo tempo, “limpas”, com o intuito de não agredir o meio ambiente ao serem produzidas, ou que sejam derivadas de materiais orgânicos renováveis (que são menos poluentes que os combustíveis fósseis). Veja os exemplos no quadro ao lado.

Energia limpa

Descrição

Eólica

Energia gerada pelo uso da força dos ventos para a produção de energia elétrica.

Solar

Energia produzida com a utilização do calor do sol para aquecer a água e, posteriormente, gerar energia elétrica.

Hidrelétrica

Energia produzida com a utilização da força das águas para mover geradores de energia elétrica. Energia gerada por um processo chamado fissão nuclear, que, ao liberar calor, aquece a água e produz vapor que move turbinas geradoras de energia elétrica.

Os biocombustíveis estão entre as Nuclear mais importantes alternativas de energia limpa. Eles são produzidos de matéria orgânica, ou seja, produtos vegetais ou compostos de origem animal. Entre eles destacam-se o etanol, derivado de vegetais como cana-de-açúcar e milho, e o biodiesel, produzido com gorduras animais ou óleos vegetais extraídos de espécies como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão-manso e soja.

• Comente com os alu-

nos que a produção de biocombustíveis também possui aspectos ecológicos negativos. Veja alguns deles a seguir.

> As lavouras utiliza-

das para a produção dos biocombustíveis consomem grande quantidade de água.

> Muitas áreas de flores-

tas são desmatadas para a ampliação das lavouras utilizadas para a produção dos biocombustíveis.

Gazeta Online, 7 maio 2018. Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/noticias/ economia/2018/05/etanol-vai-comecar-novo-ciclo-de-crescimentono-brasil-1014130133.html>. Acesso em: 30 ago. 2018.

> As queimadas nas

plantações de cana-de-açúcar liberam volumosas quantidades de CO2 na atmosfera terrestre.

Produção de biodiesel atinge maior patamar nos últimos dez anos Governo do Brasil, 23 maio 2018. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/ editoria/infraestrutura/2018/05/producao-de-biodiesel-atinge-maior-patamar-nosultimos-dez-anos>. Acesso em: 30 ago. 2018.

> A produção de alimen-

tos pode ser reduzida em decorrência da diminuição das áreas cultivadas.

Conforme podemos observar nessas manchetes de jornal, o biocombustível tem sido tema de discussão recente, na qual o Brasil ocupa lugar de destaque. Isso ocorre porque o nosso país tem se destacado como pioneiro no desenvolvimento de tecnologias de produção desse tipo de energia, principalmente do etanol, biocombustível produzido da cana-de-açúcar.

• Para aprofundar seus conhecimentos sobre a energia nuclear, sugerimos ler o texto a seguir, que explica o processo de geração de energia a partir do processo de fissão nuclear.

O governo brasileiro criou, em 1975, o Proálcool, um programa que incentivou o desenvolvimento da produção de etanol em nosso território. A partir de então, o consumo desse recurso aumentou, fazendo o principal desafio do nosso país atualmente ser o abastecimento do mercado interno de etanol. Esse consumo tem aumentado ainda mais recentemente com o desenvolvimento de motores de tecnologia “flex”, ou seja, que podem ser abastecidos tanto com álcool quanto com gasolina, além da adição obrigatória de 25% a 27,5% de etanol à gasolina brasileira. Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que produzem etanol do milho.

> GONÇALVES, Odair

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Promova uma pesquisa sobre os biocombustíveis brasileiros. Solicite aos alunos que pesquisem em revistas, jornais e na internet reportagens atuais que abordem a produção de biocombustíveis diferentes daqueles produzidos com cana-de-açúcar. Peça-lhes que tragam para a sala de aula as informações pesquisadas e, com

aos alunos que a energia hidrelétrica é considerada limpa; no entanto, a construção de uma usina geralmente causa impactos ambientais, ao alagar extensas áreas, e sociais, pois desaloja famílias.

fertilizantes nas lavouras causa sérios problemas ao meio ambiente, como a contaminação do solo e do lençol freático.

Etanol vai começar novo ciclo de crescimento no Brasil

Orientações gerais

• É importante explicar

> O consumo intenso de

Os biocombustíveis brasileiros

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Orientações gerais

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Dias; ALMEIDA, Ivan Pedro Salati de. A energia nuclear e seus usos na sociedade. Ciência Hoje. Disponível em: <http:// livro.pro/acesqc>. Acesso em: 20 set. 2018.

os demais colegas, conversem sobre como o Brasil tem avançado na produção de combustíveis derivados de outras fontes, como o girassol e a mamona.

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BNCC trabalho com croqui permite que o aluno utilize a linguagem cartográfica para aprimorar o raciocínio geográfico, conforme orientam a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4.

•O

Momento da Cartografia

Croqui: desenhando paisagens

A técnica de registrar uma paisagem por meio de croqui é anterior à invenção da fotografia. O croqui consiste na representação, em um desenho rápido, dos aspectos naturais e culturais que compõem uma paisagem, sem a necessidade de elaboradas técnicas artísticas ou de elementos cartográficos como escala, fonte, entre outros. O importante é que se consiga expressar cada conjunto de elementos na paisagem.

• Caso julgue pertinente,

convide o professor do componente curricular de Arte para conversar com os alunos sobre como o croqui pode ser utilizado em produções artísticas.

Desde o século XVI, viajantes que exploravam o território brasileiro por meio de expedições de reconhecimento eram acompanhados por artistas que costumavam registrar em croqui as paisagens observadas.

Museu Paulista da USP, São Paulo

Observe o croqui de uma paisagem brasileira produzido no século XIX por Johann Moritz Rugendas.

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Ha

an Fr

z

Johann Moritz Rugendas (1802-1858) nasceu em uma família de pintores, na Alemanha. Chegou ao Brasil em 1822 com o intuito de registrar as paisagens e os povos da América. É sem dúvida um dos maiores pintores e desenhistas que veio para o Brasil em uma expedição

. c. 1 r 850. Col ão particula eç

O croqui ao lado, produzido por Rugendas, representa uma vista da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), em meados de 1840.

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Orientações gerais

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• Para complementar o tema, sugerimos a leitura do texto a seguir, que trata sobre a importância da produção de croquis.

O croqui é um desenho, um esquema rápido, utilizado antigamente pelos geógrafos nos trabalhos de campo e também pelos professores de Geografia em sala de aula, para explicação dos

fenômenos e dos processos físico-naturais e humanos. [...] O acesso aos registros por meio das fotografias no trabalho de campo e as mudanças metodológicas da observação direta, in loco, provocaram o abandono dos croquis como esquema e esboço tanto no campo quanto na escola. O uso

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da fotografia não substitui o aspecto pedagógico da elaboração de um croqui por observação direta ou com base em fotografias frontais aéreas. [...] O croqui no trabalho de campo. Nas séries iniciais do ensino fundamental, o professor orienta o olhar para os aspectos principais, seja de uma

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Capítulo 3 Sergey Kamshylin/Shutterstock.com

Compare a fotografia abaixo com o croqui que foi produzido com base nela.

Orientações gerais Auxilie os alunos a interpretar os croquis e a reconhecer os elementos nele presentes. Aproveite e relembre com eles dos planos e elementos da paisagem, assunto abordado no capítulo 1.

Somma Studio

Paisagem rural em Lausanne, Suíça, 2018.

Croqui da fotografia acima.

Perceba que, no croqui, alguns elementos foram representados de maneira simplificada, como as árvores, e que o traçado da vegetação e das casas foi produzido sem muitos detalhes.

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edificação, seja de um conjunto de edificações, seja de uma vista do campo ou de uma cidade. Algumas orientações podem contribuir para a elaboração de um croqui, tais como o uso de uma prancheta e de material de desenho. [...] O croqui pode ser um ponto de partida para um estudo mais detalhado de fenômeno que se destaca na paisagem (morro-testemunho, lagunas, restingas e outros) ou de de-

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terminadas concentrações (edificações, eixos rodoviários, favelas, etc.). PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 303-307.

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Orientações gerais

• Para

a atividade do croqui, a prancheta pode ser substituída por outro tipo de suporte no tamanho do papel sulfite, como a capa de um caderno ou um papelão rígido. O importante é que o papel esteja fixado sobre algo firme e liso para servir de apoio, facilitando a realização do desenho.

Você e seus colegas da sala vão produzir um croqui de uma mesma paisagem existente no município. Para isso, providenciem os materiais solicitados e sigam as instruções descritas abaixo. O que você vai precisar

• 1 folha de papel sulfite branco; • 1 prancheta de mão; • lápis; • borracha.

• Visualize previamente

algumas paisagens do município, de preferência nos arredores da escola.

Como fazer

• Oriente

os alunos a não mudar de posição durante todo o desenho do croqui, pois isso pode alterar a distância e o ângulo de visualização de cada elemento da paisagem.

A Com o professor e os colegas de turma, dirija-se até a paisagem selecionada pe-

lo professor. Observem atentamente os elementos presentes na paisagem. Lembre-se que quanto mais elementos puderem ser observados ao horizonte, mais completo o croqui ficará.

• Lembre-os

Flaper

de que a paisagem pode ser dividida em planos, ou seja, em partes, as quais aparecem dispostas horizontal ou paralelamente à linha do horizonte.

•A

produção de croquis, seja por meio da observação direta, seja por meio de paisagens em imagens, favorece a aproximação entre os documentos geográficos e a realidade dos alunos. Após esse trabalho, em sala de aula utilize os apontamentos da página seguinte para auxiliar os alunos na condução de suas observações durante e após a conclusão do croqui.

• Se considerar pertinen-

te, organize, junto com os alunos, uma exposição dos croquis como forma de valorizar o trabalho artístico dos alunos.

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Capítulo 3

B Comece a produzir o croqui desenhando os

elementos da paisagem que você observa. Desenhe cada um deles representando seu formato da maneira que você os vê.

Orientações gerais A produção de croqui também pode ser feita com base em slides, fotografias aéreas e imagens de satélite. Veja algumas instruções a seguir:

• Para slides , projete uma paisagem na parede e solicite aos alunos que tracem um esboço com base na imagem. Em seguida, oriente-os a criar convenções, representando a paisagem por meio de símbolos, como áreas hachuradas para representar lavouras, desenhos de casas para representar moradias, símbolos de plantas para representar áreas de vegetação nativa, entre outros.

C Com o croqui finalizado, obser-

ve a organização dos elementos que você desenhou.

• Para

fotografias aéreas, com uma folha de papel transparente sobre a foto, oriente os alunos a desenhar os principais traços da paisagem, também fazendo convenções cartográficas para diferenciar as áreas.

D Compare o seu croqui com o de seus co-

• Para imagens de satéIlustrações: Flaper

legas. Identifique as semelhanças e as diferenças entre eles.

Converse sobre suas observações

lites, utilize as imagens disponíveis em sites ou no próprio material didático.

Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

• Cite os principais elementos representados em seu croqui. • Classifique os elementos que você representou em: naturais e culturais. • Identifique o tipo de visão (horizontal, oblíqua ou vertical) com que você observou a paisagem durante a elaboração do croqui.

• Você desenhou algum elemento da paisagem diferente dos representados por seus colegas? Explique por que isso aconteceu.

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Respostas

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• Resposta pessoal. Verifique se a resposta

apresentada pelos alunos está coerente com a atividade. Estimule a participação de todos.

• Resposta pessoal. Verifique se a classifica-

ção dos elementos representados pelos alunos no croqui está correta.

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• Resposta pessoal. Auxilie os alunos, caso

eles tenham dificuldade em identificar o tipo de visão (horizontal, oblíqua ou vertical) por meio da qual observaram a paisagem para a elaboração do croqui.

que, dependendo da posição de cada um em relação à paisagem observada, alguns elementos podem ou não ser visualizados por todos.

• Resposta pessoal. Comente com os alunos

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Consciência ambiental

Material digital

Observe a charge a seguir.

Santiago

A sequência didática 11, localizada no material digital, propõe uma atividade utilizando o recurso da história em quadrinhos e pretende sensibilizar os alunos para a consciência de preservação e consumo consciente.

SANTIAGO. A natureza se defende. Rio de Janeiro: Europa, 1992. p. 109.

2. Possível resposta: o desmatamento deixa o solo desprotegido, destruindo espécies vegetais, assim como o habitat de espécies animais. A retirada de áreas de vegetação também pode interferir na dinâmica climática local e até mesmo global. 1. Qual problema ambiental está representado na charge? O desmatamento.

2. Converse com os colegas sobre como esse problema tem afetado o meio ambiente. 3. Você identifica o problema ambiental retratado na charge no município onde vive? 3. Resposta pessoal. Caso seja possível, leve para sala de aula reportagens ou apresente exemplos que enfoquem o desmatamento no município onde vivem.

A charge mostrada acima foi publicada em um livro no início da década de 1990. Naquele momento histórico, as atenções da sociedade civil e de líderes mundiais estavam voltadas para a realização da Conferência Rio–92, que promoveu importantes discussões com o intuito de propor medidas e soluções para problemas ambientais no mundo. Esse movimento envolveu 182 países e representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs), que desde aquela época têm alertado e refletido sobre a degradação ambiental provocada por desmatamentos, poluição dos rios, do ar, do solo etc., problemas que até hoje em dia ameaçam o meio ambiente. Portanto, podemos afirmar que essa charge aborda um problema ambiental ainda muito preocupante na atualidade.

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Capítulo 8

As atividades econômicas e o consumismo que caracterizam nosso atual modo de vida levam a uma exploração cada vez maior dos recursos da natureza. Na segunda metade do século XX, por conta da preocupação com a preservação e a recuperação da natureza, foram criados vários movimentos ambientalistas. Em geral, esses movimentos visavam promover a preservação do meio ambiente. Para isso, divulgavam ideias de conscientização sobre a importância dos recursos naturais e, também, comportamentos e atitudes em favor do meio ambiente.

WWF-Brasil

A importância das ONGs Objetivos

• Refletir sobre a impor-

tância da atuação das ONGs ambientais. a ) Para complementar o estudo do tema, peça aos alunos que escolham uma das ONGs citadas nesta página ou outra que conheçam e pesquisem informações sobre alguma campanha que ela esteja desenvolvendo a favor do meio ambiente. b) Solicite que anotem, no caderno ou em uma folha à parte, a causa defendida, as ações realizadas, as principais informações e as fontes consultadas (revistas, jornais, livros ou sites). c ) Em seguida, solicite que elaborem um resumo, organizando as informações pesquisadas para posteriormente apresentá-las aos demais colegas. A apresentação dos resultados pode ser feita em forma de debate sobre as causas defendidas pelas ONGs pesquisadas. d) Para conhecer o trabalho de algumas organizações não governamentais atuantes no Brasil, sugira aos alunos que acessem os seguintes sites:

Atualmente, entre os movimentos ambientalistas, várias ONGs realizam campanhas buscando a preservação do meio ambiente. Vamos conhecer um pouco sobre a atuação de duas delas.

SOS Mata Atlântica

Sugestão de atividade

A organização não governamental WWF-Brasil se dedica à conservação da natureza e tem os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e de promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. Foi criada em 1996 e desenvolve projetos em todo o país. Também integra a Rede WWF, que atua em mais de 130 países e conta com o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Organização não governamental brasileira, a Fundação SOS Mata Atlântica atua, desde 1986, na conservação da diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica, para a presente e as futuras gerações.

As imagens contidas nesta ou em outras páginas do livro foram utilizadas com objetivo exclusivamente didático, sem finalidade de promover marcas ou produtos.

> Conservação Interna-

cional Brasil. Disponível em: <http://livro.pro/ wsfvfk>. Acesso em: 29 set. 2018.

1001 maneiras de salvar o planeta: ideias práticas para tornar o mundo melhor

> Greenpeace. Dispo-

O livro apresenta ideias práticas para garantir um futuro melhor. Traz sugestões de como economizar energia, não desperdiçar água, poluir menos o ar, usar alternativas aos produtos industrializados e manter um ritmo de vida menos agitado, entre outras.

nível em: <http://livro. pro/kvbray>. Acesso em: 29 set. 2018.

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> SOS Mata Atlântica.

Disponível em: <http:// livro.pro/i49x7o>. Acesso em: 29 set. 2018. > WWF Brasil. Disponí-

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vel em: <http://livro.pro/ wwb42s>. Acesso em: 29 set. 2018.

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Orientações gerais

Geografia

• Aproveite a oportuni-

em foco

dade e comente com os alunos sobre a importância de práticas sustentáveis que evitem problemas ambientais.

As características da sociedade em que vivemos estão relacionadas a um modelo econômico industrial e consumista, o qual visa, sobretudo, produzir cada vez mais. Esse modelo tem ocasionado uma série de problemas ambientais, que interferem na dinâmica do planeta.

• Oriente

os alunos a procurarem no dicionário as palavras do texto cujos significados porventura não conheçam.

O texto a seguir apresenta pontos que nos levam a refletir sobre o que devemos fazer com o planeta que queremos para nós e para os que viverão nele em um futuro próximo.

• Para complementar o

Mudar mentalidades e práticas: um imperativo

assunto, retome com os alunos a discussão sobre as formas de preservação e conservação do meio ambiente, e questione sobre como é possível economizar energia com a finalidade de diminuir a exploração dos recursos naturais.

[...] Não importa o lugar que ocupamos neste planeta único e finito, o fato é que precisamos mudar. Está em questão a integridade da vida, sua visceral relação com o meio ambiente, e, portanto, da humanidade inteira. [...]

SOMRERK WITTHAYANANT/ Shutterstock.com

Desenvolvimento lembra imediatamente progresso. E quem não quer progresso? O problema é que deixamos de discutir a qualidade de vida que nos traz o progresso.

Integrando saberes Este tema permite um trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências. Convide o professor dessa disciplina para juntos desenvolverem a atividade de leitura e interpretação do texto apresentado a seguir, que comenta a importância de preservarmos a água e a energia. Água [...] A economia de água também gera economia de energia. A água que sai da torneira usa energia duas vezes: primeiro para ser limpa e purificada e depois para ser tratada, após descer pelo ralo. [...] A partir do momento em que você estiver praticando a conservação de água e usando menos que a média das residências, acompanhe a evolução do medidor de consumo, e verá como suas contas vão diminuir. Energia [...] A queima de combustíveis fósseis gera dois problemas. O primeiro é que eles não vão durar para sempre. Em pouco tempo não vamos mais conseguir aumentar o ritmo em que bombeamos petróleo das profundezas para sa-

O que estamos fazendo para garantir o futuro do nosso planeta?

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tisfazer nossa demanda. As g20_ftd_lt_6vsg_c8_p248a253.indd 248 reservas de gás são limitadas, e tampouco os imensos depósitos de carvão espalhados pelo mundo poderão ser extraídos para sempre. O segundo e mais grave problema é o dióxido de carbono liberado pela queima de combustíveis fósseis. À medida que ele se acumula na atmosfera, vai provocando a eleva-

ção da temperatura, [...] e isso já começa a exercer impacto10/15/18 sobre as condições climáticas do planeta. [...]

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BERRY, Siân. 50 formas inteligentes de preservar o planeta: como usar a água e energia sem desperdício. Tradução: Clara Allain. São Paulo: Publifolha, 2009. p. 7-8.

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Capítulo 8

Quanto de lixo, poluição e destruição estão associados a esse progresso? Basta lembrar o carro, um dos protótipos atuais do modelo de desenvolvimento. As nossas cidades são desenhadas para eles e não para nós, cidadãs e cidadãos. E, no entanto, quase não andamos, por conta dos monumentais engarrafamentos. Será que para viver bem precisamos sempre de mais? Ter mais e mais bens, trocados sempre porque estragam logo (feitos para não durar) ou pela compulsão, que o ideal nos impõe, de adquirir o último modelo. Isso só gera destruição em todo ciclo, da extração das matérias-primas ao lixão onde jogamos os bens em desuso. Já paramos para pensar quem está ganhando nessa história? [...] Apenas 20% da humanidade consome mais de 80% dos recursos naturais e dos bens e serviços produzidos por esse sistema. E se tal padrão de consumo fosse generalizado, faltaria planeta, faltariam recursos naturais para atender a todos os seres humanos!

Orientações gerais

• Após a leitura do texto

sugerido na página anterior, converse com os alunos sobre algumas atitudes que podemos adotar para economizar água e energia em nosso dia a dia. Dessa forma serão contemplados os temas contemporâneos Educação ambiental e Educação para o consumo.

• Escolham

algumas dessas atitudes e elaborem cartazes informativos para serem fixados em lugares da escola onde outros alunos possam vê-los. Os cartazes podem ser produzidos em cartolinas, com textos e colagens. Cada cartaz pode ser feito com base em uma atitude específica, explicando como deve ser tomada e como ela pode auxiliar na preservação da água. Os alunos podem precisar de materiais como cartolina, cola, tesoura, canetas coloridas, revistas e jornais para recortes.

[...] GRZYBOWSKI, Cândido. Mudar mentalidades e práticas: um imperativo. Le Monde Diplomatique Brasil, 30 maio 2011. Disponível em: <https://diplomatique.org.br/mudar-mentalidades-e-praticasum-imperativo-2/>. Acesso em: 24 ago. 2018.

Reflorestamento sendo realizado por estudantes e moradores em local público de Mae Sot, Tailândia, 2016.

Veja a resposta da questão nas orientações ao professor.

• Converse com os colegas sobre as atitudes que devemos tomar em nosso cotidiano e sobre aquelas que a sociedade deve adotar para minimizar os problemas ambientais que têm prejudicado a vida em nosso planeta.

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Resposta

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• Resposta pessoal. Verifique se as respostas apresentadas pelos alunos estão coerentes com os problemas ambientais que podem ser minimizados.

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os alunos a refletirem sobre o problema da falta de água, que ocorreu nos últimos anos, no estado de São Paulo. Aproveite a questão b da página seguinte e ressalte que, apesar de o Brasil ser um país com abundância de água, o problema da seca é uma questão histórica bastante antiga em algumas regiões, principalmente no Nordeste brasileiro. No entanto, a região Sudeste do Brasil, abastecida por grandes rios e com clima mais chuvoso que o Nordeste, passou nos últimos anos por graves problemas de abastecimento de água potável, especialmente nos municípios da região metropolitana da capital do estado de São Paulo. Esses problemas são decorrentes, principalmente, do uso inadequado e indiscriminado da água.

Explorando o tema

Água sob ameaça

Em nosso planeta, há lugares onde a água potável está disponível em abundância e outros onde esse recurso é escasso. Veja no mapa abaixo o panorama dessa escassez no mundo. Mundo: escassez de água - 2014 N

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

L

O

Círculo Polar Ártico

S

OCEANO ATLÂNTICO

Trópico de Câncer

Keithy Mostachi

• Estimule

OCEANO PACÍFICO

Equador

OCEANO PACÍFICO Trópico de Capricórnio

Círculo Polar Antártico

Meridiano de Greenwich

Orientações gerais

Disponibilidade de água em m3 por pessoa (2014) Abundante (5 000 ou mais)

No limite (500- 999)

Suficiente (3 000- 4 999)

Escassa (menos de 500) Dados não disponíveis

Insuficiente (1 000- 1 699)

OCEANO ÍNDICO

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

0

2 890

5 780 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 66.

Agora, observe o esquema a seguir.

Flaper

De toda a água doce utilizada em nosso planeta:

Fonte de água (rios, aquíferos etc.) 12% é destinada ao uso doméstico.

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Capítulo 8

Praticar o consumo consciente de água, tanto por meio de ações individuais quanto por ações colaborativas no convívio familiar, é a base fundamental para garantir a existência de água potável nos próximos anos.

O uso consciente da água em nosso dia a dia

Fatores como a utilização inadequada dos recursos hídricos, o desperdício, o aumento do uso, a poluição das águas, entre outros, têm ameaçado a qualidade e o acesso à água potável. No início do século XXI, cerca de 500 milhões de pessoas no mundo enfrentaram problemas de escassez de água, e esse número tende a aumentar. Estima-se que, no ano 2050, 4 bilhões de pessoas sofrerão com a falta de água no mundo. Esse problema pode afetar não só a humanidade, como também a sobrevivência de milhares de espécies animais e vegetais.

Ao adotar algumas atitudes cotidianas, podemos contribuir com a preservação da água de nosso planeta. Veja alguns exemplos:

• Um banho de aproximadamente

15 minutos gasta em média 135 litros de água;

• desperdício de água ao escovar os

dentes ou lavar a louça. Uma torneira aberta durante um minuto desperdiça aproximadamente 20 litros de água;

• um simples vazamento que goteje

apenas uma vez por segundo gera um desperdício anual de mais de 7 mil litros de água.

• tome banhos rápidos, de até 5 minutos,

que consomem cerca de 45 litros de água;

• ao escovar os dentes ou lavar louça, mantenha, sempre que possível, a torneira fechada;

• verifique sempre se existem vazamentos e mantenha as torneiras fechadas corretamente.

Responda às questões a seguir no caderno. a ) Observe o mapa da página anterior e cite o nome de alguns países que apresentam escassez de água. Para auxiliar na resposta dessa questão, utilize o planisfério apresentado nas páginas 254 e 255. b ) O consumo inadequado da água potável em países como Brasil, Canadá e Austrália pode causar problemas de escassez de água? Justifique sua resposta. c ) Entre as atitudes cotidianas de economia de água, qual delas você já pratica? Qual ainda não pratica? Veja as respostas das questões nas orientações ao professor.

19% é consumida pela indústria.

Debate sobre a crise da água Objetivos

• Estimular a reflexão e a

Veja a seguir um comparativo entre os usos da água potável. O uso inadequado da água em nosso dia a dia

Sugestão de atividade

Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). Disponível em: <http://www.fao.org/nr/ water/aquastat/tables/WorldData-Withdrawal_eng.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.

69% é empregada no uso agrícola.

expressão da opinião dos alunos a respeito de problemas ambientais relacionados a recursos hídricos, seu uso e ameaça. a ) Aproveite a oportunidade para realizar uma atividade de debate, dividindo os alunos em dois grupos. b) Um dos grupos deve apontar as principais causas da falta de água em algumas regiões brasileiras, e o outro deve apontar medidas para amenizar esse problema. c ) Para estimular a discussão, apresente aos alunos as manchetes a seguir. 23% das cidades brasileiras sofreram com falta d’água em 2017 Uol, 19 mar. 2018. Disponível em: <https://economia. uol.com.br/noticias/ bloomberg/2018/03/19/23-dascidades-brasileiras-sofreramcom-falta-dagua-em-2017.htm>. Acesso em: 20 set. 2018.

Nova crise da água? O que pode ser feito para evitar outra seca em São Paulo Bol, 1º ago. 2018. Disponível em: <https://noticias.bol. uol.com.br/ultimas-noticias/ ciencia/2018/08/01/nova-crise-daagua-o-que-pode-ser-feito-paraevitar-outra-seca-em-sao-paulo. htm>. Acesso em: 20 set. 2018.

d) Comente com os alunos que as causas da seca nos estados do Sudeste existem há muito tempo, e estão, de modo geral, relacionadas a diversas ações humanas.

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Respostas

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A Possível resposta: Mauritânia, Argélia, Níger, Egito, Arábia Saudita, Iêmen e Jordânia.

diminuir ou se esgotar se não a utilizarem de maneira consciente.

B Resposta esperada: sim. Países como Brasil, Canadá e Austrália, embora apresentem água potável em abundância, poderão correr o risco de esse recurso natural

C Resposta pessoal. Esse também é um bom momento para fazer um trabalho em conjunto com o componente curricular de Ciências sobre economia de água.

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Atividades

Material digital

3. Possível resposta: biocombustível, 4. Explique a relação entre: energia eólica, 1. De acordo com o que você estudou energia solar e neste capítulo, explique, no caderno, a ) Carvão mineral e poluição energia por que o uso intenso de combustíhidrelétrica. Elas b ) Gás e distribuição são chamadas veis fósseis vem causando problede limpas por c ) Energias renováveis e biocommas ao meio ambiente? não agredirem o bustíveis meio ambiente, como as fontes 2. O que são biocombustíveis? Qual a 5. Quais fatores são considerados uma de energia importância ambiental de se utilizar fósseis. ameaça à qualidade da água potável essas fontes de energia atualmen4. a) O carvão no mundo? mineral é o te? Anote a resposta no caderno. combustível fóssil 6. Em sua opinião, que atitudes podemais poluente, pois emite uma 3. No caderno, cite dois exemplos de mos adotar em nosso dia a dia para grande fontes de energia consideradas limpas minimizar a escassez de água no quantidade de e diga por que recebem esse nome. CO2, o gás planeta? causador do 6. Possível resposta: diminuir ou eliminar o desperdício e a poluição das águas. Evitar banhos demorados, efeito estufa ao consertar torneiras com vazamento ou não mantê-las abertas por longos períodos também são atitudes que ser queimado. contribuem para a preservação da água no planeta. Geografia no contexto b) O gás natural é Mundo: fontes de distribuído por gasodutos, que 7. Observe o gráfico ao lado, que mostra as princienergia – 2016 são tubulações pais fontes de energia produzidas no mundo. Deque levam o gás Renováveis pois, responda no caderno às questões a seguir. da fonte 10% produtora até o a ) Qual é o tipo de energia mais produzido no Nuclear local de consumo. 5% mundo? Petróleo. c) Os biocombustíveis b ) De acordo com o gráfico, qual é a porcentasão fontes Petróleo renováveis de gem total de combustíveis fósseis produzida 33% energia, pois são no mundo? produzidos com Gás natural vegetais 24% c ) Entre os combustíveis fósseis apresentados no cultivados, como gráfico, qual é considerado menos poluente? a cana-de-açúcar, Carvão O gás natural. o milho e a soja. 5. A utilização inadequada dos recursos hídricos, o desperdício, o aumento do uso, a poluição das águas. 7. b) 85% (somatória das porcentagens de gás natural, carvão e petróleo).

28%

Fonte: BP. BP Statistical Review of World Energy June 2017. Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/en/corporate/ pdf/energy-economics/statistical-review-2017/bp-statistical-reviewof-world-energy-2017-full-report.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.

8. Observe o gráfico ao lado e responda às questões no caderno. a ) Qual informação foi apresentada pelo gráfico? b ) De acordo com o gráfico, a água está distribuída de maneira uniforme entre os habitantes de nosso planeta? Justifique sua resposta.

8. a) A disponibilidade de água para consumo por pessoa no mundo.

Não, porque uma pequena parcela (12%) da população tem acesso à água em abundância, enquanto o restante tem acesso à água no limite, insuficiente ou de maneira escassa. Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). Aquastat. Disponível em: <http://www. fao.org/nr/water/aquastat/data/query/results.html html>. Acesso em: 23 ago. 2018.

Keithy Mostachi

1. Porque as fontes de energia fóssil, para gerarem energia, precisam de combustão e consequentemente emitem grande quantidade de CO2, um dos gases mais poluentes da atmosfera. 2. Os biocombustíveis constituem uma fonte de energia limpa, pois são combustíveis derivados de materiais orgânicos renováveis. O etanol e o biodiesel são exemplos de biocombustíveis. A importância de sua utilização Exercícios de compreensão está no fato de agredirem menos o meio ambiente.

Disponibilidade de água para consumo no mundo per capita – 2015 Água em abundância 12% Água escassa 13% Água insuficiente 25%

Água no limite 50%

E. Cavalcante

Além das atividades propostas nestas páginas, você também poderá utilizar a proposta de acompanhamento de aprendizagem do 4o bimestre, disponível no material digital, para avaliar o desempenho dos alunos.

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© Greenpeace

Capítulo 8

9. A imagem abaixo retrata uma manifestação do Greenpeace, em Hamburgo, no ano de 2017. A faixa diz “Planeta Terra em primeiro lugar”. Observe-a e, em seguida, responda às questões no caderno.

Refletindo sobre o capítulo

• Esta seção tem o intuito

de propor uma reflexão. Leia com os alunos as informações e promova uma conversa sobre os temas. Esse é um bom momento para identificar dúvidas dos alunos e verificar se os objetivos do capítulo foram alcançados.

• Estimule a autonomia

A legenda da imagem não foi inserida para não interferir na resolução das atividades.

As imagens contidas nesta ou em outras páginas do livro foram utilizadas com objetivo exclusivamente didático, sem finalidade de promover marcas ou produtos.

a ) Qual a principal mensagem que o Greenpeace procura transmitir na manifestação? Uma manifestação em favor do meio ambiente. b ) Em sua opinião, é importante realizar campanhas como a mostrada na imagem? Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Caso considere interessante, promova um debate entre os alunos

na aprendizagem dos alunos solicitando-lhes que realizem a proposta de autoavaliação. Explique-lhes que, caso não tenham compreendido alguma das afirmações, é importante que o professor seja informado para que possa retomar o conteúdo correspondente e sanar as deficiências na aprendizagem.

para que compartilhem as opiniões. Ao final, peça a eles que registrem as conclusões no caderno.

Refletindo sobre o capítulo Agora que você concluiu o estudo deste capítulo, reflita sobre os temas nele apresentados. Faça uma autoavaliação do seu aprendizado com base nas afirmações a seguir.

• A intensificação das atividades econômicas vem aumentando o processo de degradação ambiental, poluindo as águas, os solos e o ar que respiramos.

• A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes. • O efeito estufa natural ocorre por causa da camada de gases e poeira existente na atmos-

fera terrestre, o que retém uma parte dos raios solares refletidos pela superfície do planeta. O efeito estufa artificial é a intensificação do efeito estufa natural.

• A poluição das águas de rios, mares e lagos é ocasionada tanto por esgotos domésticos quanto por atividades fabris, agropecuárias e extrativas.

• Diversos fatores, como a utilização inadequada de técnicas agrícolas, estão tornando os solos improdutivos.

• O gás natural, carvão e petróleo são recursos naturais fósseis, utilizados como combustíveis. Esses recursos são poluidores da atmosfera.

• Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são combustíveis que emitem menores quantidades de gases poluentes.

• As fontes de energia eólica, solar e hidrelétrica são consideradas energias limpas. 253

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300 km

E. Cavalcante

Ilha de S. Martin (FRA e HOL) ANTÍGUA E BARBUDA Ilha de Guadalupe (FRA) SÃO CRISTÓVÃO DOMINICA E NÉVIS Mar do Ilha de Martinica Ilha de Caribe (FRA) Montserrat SANTA LÚCIA (RUN) Antilhas Holandesas BARBADOS (HOL) SÃO VICENTE E GRANADINAS GRANADA

Ilhas Virgens (EUA)

Ilhas Turks e Caicos (RUN) Anguilla (RUN)

Polinésia Francesa (FRA)

Trópico de Capricórnio

SAMOA TONGA

KIRIBATI

Equador

OCEANO PACÍFICO

Havaí /Sandwich (EUA)

Trópico de Câncer

Golfo do Alasca

Alasca (ESTADOS UNIDOS)

BAHAMAS

Baía de Hudson

OCEANO ATLÂNTICO

Mar do Labrador

Saara Ocidental (ESPANHA/MARROCOS)

MARROCOS

ISLÂNDIA

LÍBIA

Círculo Polar Antártico

0

CHINA

MO NGÓ L IA

SUAZILÂNDIA LESOTO

790

1 580 km

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

ÁFRICA DO SUL

NAMÍBIA MOÇAMBIQUE BOTSUANA

O S

N L

TAIWAN I. Formosa

Mar do

COREIA Japão DO NORTE COREIA JAPÃO DO SUL

ANDORRA LUXEMBURGO REPÚBLICA TCHECA ESLOVÁQUIA ESLOVÊNIA CROÁCIA BÓSNIA-HERZEGÓVINA SÉRVIA MONTENEGRO MACEDÔNIA ALBÂNIA MOLDÁVIA ARMÊNIA AZERBAIJÃO CATAR EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 17 - LIECHTENSTEIN

12345678910 11 12 13 14 15 16 -

Mar de Bering

CINGAPURA

SRI LANKA

DINAMARCA

ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA POLÔNIA BELARUS

SUÉCIA FINLÂNDIA

I. Tasmânia

AUSTRÁLIA

HOLANDA BÉLGICA ALEMANHA 3 2 UCRÂNIA 4 FRANÇA 17 ÁUSTRIA 12 HUNGRIA SUÍÇA 5 6 ROMÊNIA 7 8 1 9 BULGÁRIA ESPANHA ITÁLIA 11 10 PORTUGAL 0 TURQUIA 470 km GRÉCIA

IRLANDA

REINO UNIDO

NORUEGA

PALAU

TIMOR LESTE

I N D O N É S I A

M A L Á S I A

BRUNEI

NOVA ZELÂNDIA

Mar da Tasmânia

FIJI VANUATU

TUVALU

Ilhas Salomão

PAPUA-NOVA GUINÉ

NAURU

MICRONÉSIA

PACÍFICO

Ilhas Marianas Golfo de TAILÂNDIA VIETNÃ do Norte (EUA) Bengala CAMBOJA FILIPINAS Mar das Guam (EUA) Ilhas Marshall Filipinas OCEANO

OCEANO ÍNDICO

Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 154.

A N TÁ R T I D A

Mar De Weddell

Is. Falkland/Malvinas (RUN)

ARGENTINA URUGUAI

CHILE

PARAGUAI

MALDIVAS

Arábia

QUIRGUISTÃO TURCOMENISTÃOTADJIQUISTÃO

Mar de Okhotsk

Mar da Sibéria Oriental

AFEGANISTÃO IRÃ LÍBANO IRAQUE ISRAELJORDÂNIA KUWAIT BUTÃO Golfo PAQUISTÃO NEPAL BAREIN Pérsico EGITO ARÁBIA 15 16 BANGLADESH SAUDITA MIANMAR Mar ÍNDIA OMÃ Mar da LAOS Vermelho

Mar Mediterrâneo CHIPRE SÍRIA

TUNÍSIA ARGÉLIA

13 14

CA ZA Q UIS TÃ O

RÚSSIA

Mar Mar de Cáspio Aral Mar Negro GEÓRGIA UZBEQUISTÃO

Mar de Barents

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

Mar do Norte

Mar da Groenlândia

CUBA REPÚBLICA DOMINICANA MAURITÂNIA JAMAICA HAITI MALI CABO VERDE Porto Rico BELIZE NÍGER (ESTADOS UNIDOS) CHADE ERITREIA IÊMEN SENEGAL GUATEMALA HONDURAS Mar do GÂMBIA BURKINA Caribe SUDÃO EL SALVADOR NICARÁGUA TRINIDAD FASSO NIGÉRIA DJIBUTI GUINÉE TOBAGO COSTA RICA -BISSAU GUINÉ BENIN ETIÓPIA VENEZUELA GANA PANAMÁ REP. CENTROSERRA LEOA -AFRICANA SUDÃO GUIANA SURINAME LIBÉRIA SUL DO TOGO Guiana Francesa (FRANÇA) CAMARÕES COLÔMBIA SOMÁLIA REP. UGANDA GUINÉ COSTA DEMOCRÁTICA DO EQUATORIAL GABÃO DO CONGO QUÊNIA MARFIM EQUADOR CONGO RUANDA Cabinda BURUNDITANZÂNIA (ANGOLA) SEICHELES BRASIL PERU MALAUÍ ANGOLA COMORES ZÂMBIA BOLÍVIA MADAGASCAR ZIMBÁBUE

MÉXICO

Golfo do México

E STAD OS U N ID OS

C AN ADÁ

Groenlândia (DINAMARCA)

Meridiano de Greenwich

Círculo Polar Ártico

Baía de Baffin

Planisfério político

Mapas

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