Neiva Torrezani
Componente curricular Geografia Anos finais do Ensino Fundamental
Geografia Componente curricular Geografia
ISBN 978-85-20-00229-2
9
788520 002292
Geografia
8ยบ ano
Componente curricular Geografia Anos finais do Ensino Fundamental
Neiva Camargo Torrezani Professora graduada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Especialista em Análise e Educação Ambiental em Ciências da Terra pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Atuou como professora de Geografia em escolas da rede particular de ensino.
Geografia
8º ano
2a edição São Paulo 2015
Copyright © Neiva Camargo Torrezani, 2015 Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio Editora Natalia Taccetti Editoras assistentes Isabela Gorgatti Cruz e Mirian Martins Pereira Assessoria Bruna Mariana Rodrigues e Jéssica Vieira de Faria Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenadora de produção Marcia Berne Coordenadora de arte Daniela Di Creddo Máximo Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Revisão Viviam Moreira (líder); Revisores: Fernando Cardoso, Kátia Cardoso, Lilian Vismari, Regina Barrozo e Rita Lopes Supervisão de iconografia Célia Maria Rosa de Oliveira Iconografia Erika Nascimento e Priscila Massei Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Produção editorial Scriba Projetos Editoriais Assistência editorial Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Erika Fernanda Rodrigues, Karolyna Ap. Lima dos Santos e Kleyton Kamogawa Projeto gráfico Marcela Pialarissi, Laís Garbelini e Dayane Barbieri Capa Marcela Pialarissi Imagem de capa Fotomontagem de José Vitor E. C. formada pelas imagens Adrian Pope/ Getty Images (fundo) e José Vitor Elorza/ASC Images (perfil) Edição de ilustrações Ana Elisa, Camila Ferreira e Maryane Vioto Silva Diagramação Leda Cristina Silva Teodorico Tratamento de imagens José Vitor Elorza Costa Ilustrações Ana Elisa, Art Capri, Camila Ferreira, Estudio Meraki, Flavio Pereira, Gilberto Alicio, Leonardo Mari, Luciane Mori, Maryane Vioto Silva, Natanaele Bilmaia, Paula Diazzi, Somma Studio, Tamires Azevedo Cartografia E. Cavalcante e Renan Fonseca Coordenação de produção Cristiano J. Silva Assistência de produção Daiana Melo e Tamires Azevedo Autorização de recursos Erick L. Almeida Pesquisa iconográfica André Silva Rodrigues Editoração eletrônica Luiz Roberto L. Correa (Beto)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Torrezani, Neiva Camargo Vontade de saber geografia, 8o ano / Neiva Camargo Torrezani. – 2. ed. – São Paulo : FTD, 2015. Bibliografia ISBN 978-85-20-00229-2 (aluno) ISBN 978-85-20-00230-8 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Título.
15-03773 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à Editora FTD S.A. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br E-mail: ensino.fundamental2@ftd.com.br
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD S.A. CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Apresentação
Günter Lenz/imageB ROKER
RF/Diomedia
Estudar Geografia é uma oportunidade de ficarmos cada vez mais atentos ao mundo em que vivemos, não apenas como simples observadores, mas como indivíduos atuantes e críticos em relação a tudo o que está a nossa volta. Além desses benefícios, o estudo da Geografia nos leva a conhecer o modo de vida de diferentes povos, compreendendo os motivos pelos quais o ser humano utilizou os recur-sos da natureza, de maneira que transformou as paisagens terrestres, superou limites e alcançou novos espaços. O conhecimento geográfico também contribui para pensarmos e agirmos estabelecendo relações entre o lugar em que vivemos e outros lugares, sabendo que fazemos parte de um mundo conectado. Ao refletir em tudo isso, esta coleção foi elaborada com o intuito de tornar seu estudo ainda mais agradável e de auxiliá-lo(a) a se preparar para os desafios tanto do presente quanto do futuro. A autora.
Conheça o seu
livro
Abertura de capítulo Nestas páginas, você verá imagens e questionamentos que nortearão o que será estudado no capítulo.
Geografia em foco
ental e
A teoria da Deriva Contin
r (1880-1930) propôs alemão Alfred Wegene Em 1915, o meteorologista apenas um único grande que, no passado, havia uma teoria afirmando continente iniciou um o passar do tempo, esse do, ao longo de continente e que, com adquirin o, separaçã seguido de defendida por Weprocesso de fragmentação ações atuais. A hipótese milhões de anos, as configur ntal. Veja abaixo a repreTeoria da Deriva Contine gener foi denominada teoria. 1915. sentação dessa de Alfred Wegener, em
Indica o número médio de anos vivido pela população de um país, o que revela a qualidade de vida e as condições de saúde dessa população.
Retrato
ntal Teoria da Deriva Contine 2 IA
LAURÁS
Oceano thys Paleo-Te
3
PANGEIA
GOND WANA
4 AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL
Oceano Pacífico
Oceano Atlântico
EUROPA
AMÉRICA DO NORTE
ÁSIA
Oceano Pacífico
ÁFRICA
Oceano Índico
AMÉRICA DO SUL
AUSTRÁLIA
Oceano Atlântico do Norte
EURÁSIA ÁFRICA
Oceano Pacífico
AMÉRICA DO SUL
Oceano Atlântico do Sul
AUSTRÁLIA
Box complementar
ANTÁRTIDA ANTÁRTIDA
com base em:
anos existia Ilustrações produzidas (Orgs.). cerca de 220 milhões de Wilson Teixeira e outros de Alfred Wegener, há Paulo: Oficina a se fragmentar. Decifrando a Terra. São 1 Segundo a teoria Frank Press e do Pangeia, que começou de Textos, 2000. p. 99. um grande continente denomina a Terra. 4. ed. em dois outros. Para entender encontrava-se dividida 2006. p. 67. Porto Alegre: Bookman, milhões de anos, a Terra sul. 2 Há cerca de 150 ao norte e Gondwana, ao Laurásia, s: o dos continentes. continente grandes origem à atual distribuiçã por milhões de anos, dando continuam em s continuou continente ção os pois é definitiva, 3 Essa fragmenta essa configuração não De acordo com Wegener, África deverá colidir com movimento. 50 milhões de anos, a eo em aproximadamente e a Tailândia se unirão indicam que no futuro, Indonésia, a Austrália 4 Estudos o mar Mediterrâneo. A em direção ao Alasca. a Europa, desaparecendo Estados Unidos, caminhará estado da Califórnia, nos
dos continentes se e deduziu que a forma assem sua r observou o mapa-múndi r evidências que comprov Em seus estudos, Wegene ente. Então, passou a pesquisa r foram: encaixava quase que perfeitam as encontradas por Wegene evidênci com a forma do is Sul do principa As América teoria. relevo litorâneo da perfeito da forma do quase encaixe o • ; em que, provarelevo do litoral africano mesma espécie nos lugares de plantas e animais da • a existência de fósseistes se encaixaram um dia; continentes. velmente, os continen em áreas de diferentes es rochosas semelhantes da década de partir a • a localização de formaçõ somente o científic e a ser aceita pelo meio aparelhos tecnologicament A teoria de Wegener passou o uso de técnicas e de as desenvolvidas com 1960, quando pesquis aram sua hipótese. mais avançados comprov
16
Indica o nível de renda obtido pela população de um país e seu poder aquisitivo .
Oceano Tethys
Oceano Pacífico
Oceano Tethys
Ilustrações: Ana Elisa
Oceano Pantalassa
Educação
Renda per capita
Aqui você encontrará informações complementares, como textos e imagens, que vão enriquecer o seu aprendizado.
Mede a escolaridade da população por meio de indicadores de educação .
O valor do IDH O valor do IDH deve oscilar entre o valor mínimo (zero) máximo (1). O nível de eo desenvolvimento humano varia conforme o valor do IDH. Países que possuem IDH muito elevado, em geral, têm maior nível de desenvolvimento econômico e, por isso, conseguem oferecer melhor distribuiç ão de renda, além de acesso à educação e à assistência médica de qualidade à sua população , atendendo com isso aos critérios necessári os para alcançar melhores índices de desenvolvimento humano. Países que possuem IDH baixo costumam ser subdesen e enfrentam inúmeras volvidos dificuldades decorrent es dos baixos investimentos nas áreas da saúde, do saneamen to básico, da educação e da previdênc ia social, entre outras. Parte da população desses países vive em precárias condições de vida. Fonte: Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Relatório desenvolvimento humano 2014. Extraído do site: de <http://hdr.undp.org/site s/default/files/ hdr2014_pt_web.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2015.
Classificação do IDH – 2013 1
0,9
Noruega (0,944) Alemanha (0,911)
0,8 0,7
Brasil (0,744) Bolívia (0,667)
0,6 0,5
Índia (0,586) Paquistão (0,537)
0,4
Etiópia (0,435)
0,3
Níger (0,337)
0,2 0,1 0
Classificação do desenvolvimento humano Muito elevado de 0,800 a1 Elevado de 0,700 a 0,799 Médio de 0,500 a 0,699 Baixo até 0,499
Acervo da editora
1
Toda vez que você encontrar este ícone, significa que IDHdevem as atividades ser respondidas por escrito no caderno.
Expectativa de vida
d Science Heritage Imagestate/Oxfor Images Archive/Glow
continentes Geografia em foco a migração dos
Segundo o Pnud, program a da ONU responsável pela elaboração e publicaç índice, para saber o nível ão desse de desenvolvimento de um país é preciso muito apenas o PIB: o cálculo mais que do IDH também envolve aspectos sociais e culturai população, como a expecta s de uma tiva de vida e a educaçã o. Desse modo, para obter um país, devem ser avaliado o IDH de s três aspectos:
capítulo 4
Toda vez que você encontrar este ícone, significa que as atividades podem ser respondidas oralmente.
Ilustrações: Estudio Meraki
Nesta seção, algumas informações referentes ao assunto estudado serão acrescentadas. É um momento em que você desenvolverá trabalhos relacionados a acontecimentos reais, enriquecendo ainda mais o conteúdo.
101
Explorando o tema Nesta seção, você terá a oportunidade de vivenciar a teoria na prática. São apresentados mapas, gráficos, fotografias, ilustrações e sugestões de pesquisas que contribuirão para o seu aprendizado.
Investigando na prática Nesta seção, você encontrará atividades que podem ser realizadas tanto em sala de aula, no pátio da escola, como em casa ou em um trabalho de campo. Nesse momento você também conhecerá, na prática, as características naturais e sociais do espaço geográfico que o cerca.
No cinema
Momento da Cartografia Nesta seção, você conhecerá diferentes representações para contemplar os aspectos do espaço geográfico.
Na literatura
Este ícone indica sugestões de leituras que tratam de temas relacionados ao assunto estudado.
Este ícone indica sugestões de filmes relacionados ao assunto que você está estudando.
Na internet Este ícone indica sugestões de sites relacionados ao assunto que você está estudando, para leitura ou pesquisa.
Visita Este ícone indica lugares que podem ser visitados, como museus, feiras livres, praças, entre outros, com o intuito de complementar o estudo dos temas abordados em sala de aula.
Consciência e atitude cidadã Existem assuntos que nos levam a refletir sobre nosso cotidiano, influenciando nossas ações com a finalidade de melhorarmos o mundo em que vivemos. Nesta coleção, alguns deles são destacados pelos ícones apresentados a seguir.
Saúde Pense em um dia comum de sua vida e avalie se seus hábitos fazem bem à saúde. Os cuidados médicos, a prática de esportes, as rotinas de higiene e uma alimentação adequada são atitudes simples que contribuem para o nosso bem-estar. Esse assunto faz parte do tema Saúde, um conteúdo que vai chamar a sua atenção para simples procedimentos que colaboram com a qualidade de vida.
Trabalhar e consumir: dois atos que dizem respeito à vida em sociedade. Qual é a importância do trabalho? Que profissão você gostaria de ter? O que é consumo? Será que estamos consumindo de forma consciente? Essas e outras questões fazem parte do tema Trabalho e consumo, um assunto muito importante que influencia o estilo e a qualidade de vida.
Trabalho e consumo
Pluralidade cultural
Existem inúmeras formas de viver e de se relacionar com os outros e com o ambiente. Cada povo tem sua cultura, sua identidade, sua maneira de se manifestar no mundo. Inclusive, em um único país, como no Brasil, existem várias culturas convivendo e interagindo no mesmo espaço. O tema Pluralidade cultural trata justamente dos aspectos pertinentes a esse assunto, como o respeito e a valorização dessa diversidade cultural.
Encontro com... Nesta seção, são apresentados conteúdos que podem ser trabalhados em conjunto com outras disciplinas, e que contribuirão para os seus estudos em Geografia.
Atividades Nesta seção, você realizará atividades que o auxiliarão a desenvolver habilidades fundamentais para a compreensão dos assuntos trabalhados, além de conferir e revisar o que foi estudado.
Refletindo sobre o capítulo Neste momento, você poderá retomar os conteúdos abordados no capítulo, além de promover a reflexão e o diálogo com os colegas. Você também poderá fazer uma autoavaliação a fim de avaliar o conteúdo aprendido.
Sexualidade e gênero
Este tema propicia a reflexão sobre os cuidados que devemos ter com nosso corpo, o direito de respeitarmos e sermos respeitados em nossas relações afetivas e de vivenciarmos a sexualidade com segurança.
Esse tema está ligado, principalmente, à seguinte pergunta: Como devemos agir? Em nosso cotidiano, é comum vivenciarmos situações e conflitos que nos deixam em dúvida sobre que atitude tomar. Ao discutirmos essas questões, estamos refletindo sobre nossas ações, além de despertar a nossa consciência para a cidadania.
Ética e cidadania
Meio ambiente
O planeta Terra é a nossa casa e, portanto, somos responsáveis por ele! Por isso, precisamos ter uma postura consciente e crítica em relação às atitudes que prejudicam o nosso planeta. Sejam ações realizadas na escola, no bairro ou na cidade, não importa, precisamos fazer tudo o que pudermos para conservar o nosso lar.
A tecnologia modifica o espaço e a percepção que temos dele. Por isso, esse assunto está diretamente ligado à disciplina de Geografia. Dessa forma, em determinados tópicos pertinentes será abordado o tema tecnologia.
Tecnologia
capítulo
sumário
1
A dinâmica da natureza e os continentes terrestres ................12 A tectônica de placas ..................................................................................... 14 • As forças que movem as placas tectônicas • A tectônica de placas e as transformações nas paisagens terrestres • Terremotos no Brasil
Atividades ................................................................................................................30 Os continentes e oceanos terrestres ............................... 32 Momento da Cartografia .......................................................................... 34 • Projeções cartográficas: diferentes maneiras de representar a superfície terrestre
Explorando o tema ......................................................................................... 38 • O Golfo Pérsico e a produção de petróleo
capítulo
Atividades ................................................................................................................40
2
Territórios e nações do mundo......................................42 Povos e culturas ................................................................... 44 As nações e a identidade cultural .................................... 46 Os territórios nacionais........................................................ 47 • Territórios e minorias nacionais • As minorias nacionais e as fronteiras da discórdia
Atividades ................................................................................................................ 53 Entendendo as fronteiras e os territórios no mundo atual .................................................................. 54 • As fronteiras da discórdia
Explorando o tema .........................................................................................60 • Os muros e as fronteiras no mundo atual
capítulo
Atividades ................................................................................................................ 62
3
Panorama da economia e da geopolítica mundial ...................64 O ser humano, as técnicas e o trabalho ......................... 66 • O trabalho e as técnicas • O contraste tecnológico
O sistema político-econômico capitalista ....................... 70 •O •O •O •O
capitalismo capitalismo capitalismo capitalismo
comercial industrial financeiro técnico-científico-informacional
Atividades ............................................................................................................... 80
O sistema político-econômico socialista ........................ 82 • O apogeu e o declínio do sistema socialista
A geopolítica global: a bipolaridade e a multipolaridade ................................................................... 85 • A multipolaridade mundial e a nova ordem internacional
Explorando o tema .........................................................................................88 • A Primeira, a Segunda e a Terceira Revolução Industrial
4
capítulo
Regionalização do espaço mundial .......................................92
5
capítulo
Atividades ................................................................................................................90
O espaço geográfico mundial em regiões...................... 94 As desigualdades no mundo atual: o desenvolvimento e o subdesenvolvimento ................ 95 • Países desenvolvidos e subdesenvolvidos
Medindo o desenvolvimento socioeconômico de um país ........................................................................... 98 • Renda per capita • Mortalidade infantil • Expectativa de vida • Taxa de alfabetização • IDH: um índice que combina vários indicadores
Atividades ............................................................................................................. 106 Países desenvolvidos.......................................................... 108 A economia dos países desenvolvidos ............................111 Países subdesenvolvidos.....................................................113 • As diferenças entre os países subdesenvolvidos • Dívida externa • Países emergentes
Os blocos econômicos..........................................................118 Explorando o tema .......................................................................................120 • O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Mundos
Atividades .............................................................................................................. 122
Continente americano: América Anglo-Saxônica ........................ 124 O continente americano......................................................126 • América do Norte, Central e do Sul
O território da América Anglo-Saxônica .......................129 Principais características naturais da América Anglo-Saxônica..................................................................130 • O relevo e a hidrografia • O clima e as formações vegetais
Os Estados Unidos e sua população ..............................136
• A população atual dos Estados Unidos • Elevada qualidade de vida
O Canadá e sua população ................................................142 Atividades ..............................................................................................................143 A supremacia estadunidense no mundo atual ............144 Os Estados Unidos: uma grande potência econômica mundial...........................................................145 • A economia regional: o Nafta • O setor industrial dos Estados Unidos • As multinacionais dos Estados Unidos • A economia agrária dos Estados Unidos • Os Estados Unidos e seus recursos minerais
A economia do Canadá .......................................................156 • A indústria canadense • A economia agrária do Canadá • Os recursos naturais no Canadá
Explorando o tema .......................................................................................158 • A geopolítica vista pelos Estados Unidos
capítulo
Atividades ............................................................................................................. 160
6
Continente americano: América Latina ......................... 162 O território da América Latina .........................................164 Principais características naturais da América Latina...................................................................165 • O relevo e a hidrografia • O clima e as formações vegetais
A colonização da América Latina ....................................170 A população atual da América Latina............................172 Atividades .............................................................................................................. 176 A economia da América Latina ........................................178 • A atividade industrial da América Latina • A força do Estado no processo de industrialização da América Latina • A economia agrária da América Latina • Os recursos minerais da América Latina
A economia regional: os blocos econômicos da América Latina...................................................................186 O protecionismo comercial: uma barreira ao desenvolvimento ...............................................................188 A dívida externa da América Latina .............................. 190 Explorando o tema ....................................................................................... 192 • Cuba: país socialista na América
Atividades ..............................................................................................................194
7
capítulo
8
capítulo
A África e suas diversidades ............................. 196 O território africano .............................................................198 Principais características naturais da África .............. 200 • O relevo e a hidrografia • O clima e as formações vegetais
A África e os ancestrais humanos .................................205 A conquista territorial da África pelos europeus...... 206 • O século XIX e a partilha da África
A descolonização e o neocolonialismo na África ..... 208 • O apartheid na África do Sul
Aspectos populacionais da África ...................................210 • A população atual da África
Os conflitos na África ..........................................................212 • O que explica os intensos conflitos na África
Atividades ..............................................................................................................216 A pobreza na África .............................................................218 A fome na África ..................................................................221 Os fluxos migratórios da África ......................................224 Explorando o tema ..................................................................................... 226 • O vírus Ebola na África
Atividades ............................................................................................................ 228
África: a economia de um continente subdesenvolvido.. 230 O subdesenvolvimento africano......................................232 A dívida externa e a dependência econômica da África .............................................................................236 A economia agrária da África ..........................................239 • Os recursos minerais da África
Atividades ............................................................................................................ 244 A atividade industrial da África ......................................246 Os blocos econômicos do continente africano ...........247 Questões ambientais na África .......................................250 Explorando o tema ......................................................................................252 • A África e a China
Atividades ............................................................................................................ 254
Mapa...................................................................................................................255 Bibliografia................................................................................................. 256
capítulo
1
A dinâmica da natureza e os continentes terrestres
A fotografia mostra uma falha geológica localizada na Islândia, no limite entre as placas Norte-americana e Euro-asiática. A falha geológica formada nesse local, denominada Almannagiá, possui um profundo e extenso vale que pode ser observado nesta imagem de 2015.
12
Terremoto de 5 graus é registrado na costa do Chile Terremoto de 5 graus é registrado na costa do Chile. Folha de S. Paulo, São Paulo, 18 jan. 2015. Extraído do site: <www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1576812-terremoto-de-5graus-e-registrado-na-costa-do-chile.shtml>. Acesso em: 26 maio 2015.
Terremoto no Nepal afetou mais de cinco milhões de pessoas, diz ONU Terremoto no Nepal afetou mais de cinco milhões de pessoas, diz ONU. G1 – O Portal de Notícias da Globo, Rio de Janeiro, 25 abr. 2015. Extraído do site: <http://g1.globo.com/ jornal-nacional/noticia/2015/04/terremoto-no-nepal-afetou-mais-de-cincomilhoes-de-pessoas-diz-onu.html>. Acesso em: 25 maio 2015.
Terremoto atinge leste do Japão, incluindo Tóquio
Arctic-Images/Corbis/Latinstock
Terremoto atinge leste do Japão, incluindo Tóquio. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 9 nov. 2013. Extraído do site: <http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral, terremoto-atinge-leste-do-japao-incluindo-toquio,1095006>. Acesso em: 25 maio 2015.
A superfície do planeta Terra é formada por placas de rochas que se encaixam como um quebra-cabeça. No entanto, em decorrência das forças do interior da Terra, essas placas não estão estáticas, mas movimentam-se lentamente em várias direções. O resultado desses movimentos pode ser observado na superfície terrestre por meio das formas de relevo. Neste capítulo, vamos estudar um pouco mais sobre as placas de rochas que formam a superfície do planeta e as consequências dos movimentos que realizam, como os terremotos citados nas manchetes de jornal.
A Você já viu alguma falha geológica, como a mostra-
da na fotografia? B Por que podemos considerar a superfície da Terra
semelhante a um grande quebra-cabeça? C
Você tem visto notícias sobre vulcanismos? No Brasil ou em outros países? Conte aos colegas.
13
A tectônica de placas Estudos geológicos indicam que a estrutura da Terra é composta por três camadas principais: crosta, manto e núcleo. Essas camadas diferenciam-se, principalmente, por causa de sua profundidade, composição e temperatura. Observe o esquema abaixo. Geológico: relativo à Geologia, ciência que tem por objetivo estudar a origem, história, estrutura e transformações da Terra.
Estrutura interna da Terra
Webspark/Shutterstock/Glow Images
Crosta É a camada mais superficial da Terra, com espessura média de 40 km aproximadamente. É sólida e apresenta temperaturas que variam de 800 oC a 1 000 oC, dependendo da profundidade. Manto Camada com cerca de 2 800 km de espessura, localizada entre a crosta e o núcleo, com temperaturas que podem chegar a 2 000 oC. O manto é composto de uma substância pastosa formada por minerais fundidos, denominada magma.
Fonte: Reed Wicander; James S. Monroe. Fundamentos de Geologia. Trad. Harue Ohara Avritcher. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 14.
Núcleo É a porção central do interior da Terra. O núcleo é dividido em duas partes: uma porção periférica mais fluida, chamada núcleo externo, com cerca de 2 200 km de espessura e temperatura em torno de 3 000 oC, e uma porção central sólida, chamada núcleo interno, com cerca de 1 300 km de espessura e aproximadamente 6 000 oC de temperatura.
A crosta terrestre é fragmentada em vários blocos, que formam enormes placas rochosas denominadas placas tectônicas ou litosféricas. Essas placas, por sua vez, encontram-se flutuando sobre a parte superior do manto terrestre, que é mais fluida. Veja no esquema a seguir. Placas tectônicas A imagem A apresenta, de maneira esquemática, como a crosta terrestre está dividida em placas litosféricas.
A
Ilustrações: Paula Diazzi
A imagem B apresenta um corte que mostra desde a crosta, porção superficial do planeta, até o núcleo interno. Conforme podemos perceber na imagem, a área emersa da crosta é composta pela crosta continental, e a área submersa é composta pela crosta oceânica.
Oceano
Ilustrações produzidas com base em: Kinitiro Suguio; Uko Suzuki. A evolução geológica da Terra e a fragilidade da vida. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. p. 13. REFERENCE Atlas of the world. 9. ed. London: Dorling Kindersley, 2013. p. XIV.
14
Continente
Crosta continental
B
Crosta oceânica
Manto
2 800 km
Núcleo externo 2 200 km Núcleo interno
1 300 km
Até cerca de 220 milhões de anos atrás, grande parte da litosfera terrestre formava um único bloco rochoso denominado Pangeia, como representado na página seguinte. No decorrer de milhões de anos esse imenso bloco de rochas foi se fragmentando e dando origem às placas litosféricas.
capítulo 1
Viagem ao centro da Terra Júlio Verne. Trad. Walcyr Carrasco. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2012.
O livro conta a arriscada expedição do jovem Axel e seu tio, o professor de Geologia, Lidenbrock, rumo à Islândia em busca do centro da Terra.
Atualmente, a litosfera terrestre encontra-se fragmentada em aproximadamente 12 placas tectônicas, que se deslocam continuamente em diferentes direções. De acordo com estudos geológicos baseados em satélites artificiais equipados com raios laser, o movimento das placas tectônicas é muito lento, alcançando em média de 20 a 30 milímetros por ano.
Pangeia: no grego, pan significa “toda” e geia significa “Terra”, portanto o nome indica “toda Terra”.
Observe no mapa abaixo as direções de deslocamento de cada uma das placas tectônicas. Placas tectônicas OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Círculo Polar Ártico
34
Trópico de Câncer
22
PLACA NORTE-AMERICANA
PLACA EURO-ASIÁTICA 9
24
54
OCEANO ATLÂNTICO
64
PLACA DE NAZCA
OCEANO PACÍFICO
PLACA SUL-AMERICANA
35
79
34
80 18
92
Sentidos e velocidade de movimento das placas (em mm/ano).
OCEANO ÍNDICO
14
99
0°
74 PLACA INDO-AUSTRALIANA 75 70
14
PLACA ESCÓCIA Círculo Polar Antártico
OCEANO PACÍFICO
11
20
Meridiano de Greenwich
73
43
PLACA DO PACÍFICO
PLACA AFRICANA
Equador
138
64
13
27
PLACA DO PACÍFICO
Trópico de Capricórnio
81
33
43
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
0°
PLACA ANTÁRTICA N
0
2 080
4 160 km
L
O S
E. Cavalcante
Limite entre as placas Fontes: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 12. Frank Press e outros. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 52-3.
Como podemos observar no mapa, embora algumas placas possuam o mesmo nome dos continentes que elas abrigam, nenhuma delas apresenta a forma exata de tais continentes. Ao contrário, as placas são formadas por partes da crosta continental e da crosta oceânica. Um exemplo é a placa Africana, que se estende desde a região central do oceano Atlântico até a região central do oceano Índico, onde se encontra com a placa Indo-australiana.
1. Em qual placa tectônica o Brasil está localizado?
15
A teoria da Deriva Continental e
Geografia em foco a migração dos continentes
Retrato de Alfred Wegener, em 1915.
Teoria da Deriva Continental
2 Oceano Pantalassa
PANGEIA
AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL
Oceano Pacífico
LAURÁSIA
Oceano hys Paleo-Tet
Oceano Atlântico
GON
DW ANA
4 EUROPA
AMÉRICA DO NORTE
ÁSIA
Oceano Atlântico do Norte
EURÁSIA ÁFRICA
ÁFRICA
Oceano Pacífico
Oceano Índico
AMÉRICA DO SUL
AMÉRICA DO SUL
Oceano Pacífico Oceano Atlântico do Sul
AUSTRÁLIA
ANTÁRTIDA
1
Oceano Tethys
Oceano Pacífico
Ocea no Tethy s
ANTÁRTIDA
Segundo a teoria de Alfred Wegener, há cerca de 220 milhões de anos existia um grande continente denominado Pangeia, que começou a se fragmentar.
2 Há cerca de 150 milhões de anos, a Terra encontrava-se dividida em dois grandes continentes: Laurásia, ao norte e Gondwana, ao sul.
AUSTRÁLIA
Ilustrações: Ana Elisa
1
3
Heritage Imagestate/Oxford Science Archive/Glow Images
Em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener (1880-1930) propôs uma teoria afirmando que, no passado, havia apenas um único grande continente e que, com o passar do tempo, esse continente iniciou um processo de fragmentação seguido de separação, adquirindo, ao longo de milhões de anos, as configurações atuais. A hipótese defendida por Wegener foi denominada Teoria da Deriva Continental. Veja abaixo a representação dessa teoria.
Ilustrações produzidas com base em: Wilson Teixeira e outros (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 99. Frank Press e outros. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 67.
3 Essa fragmentação continuou por milhões de anos, dando origem à atual distribuição dos continentes. De acordo com Wegener, essa configuração não é definitiva, pois os continentes continuam em movimento.
4 Estudos indicam que no futuro, em aproximadamente 50 milhões de anos, a África deverá colidir com a Europa, desaparecendo o mar Mediterrâneo. A Indonésia, a Austrália e a Tailândia se unirão e o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, caminhará em direção ao Alasca.
Em seus estudos, Wegener observou o mapa-múndi e deduziu que a forma dos continentes se encaixava quase que perfeitamente. Então, passou a pesquisar evidências que comprovassem sua teoria. As principais evidências encontradas por Wegener foram: ••o encaixe quase perfeito da forma do relevo litorâneo da América do Sul com a forma do relevo do litoral africano; ••a existência de fósseis de plantas e animais da mesma espécie nos lugares em que, provavelmente, os continentes se encaixaram um dia; ••a localização de formações rochosas semelhantes em áreas de diferentes continentes. A teoria de Wegener passou a ser aceita pelo meio científico somente a partir da década de 1960, quando pesquisas desenvolvidas com o uso de técnicas e de aparelhos tecnologicamente mais avançados comprovaram sua hipótese.
16
capítulo 1
Ciências
Encontro com...
Por que os fósseis podem ser indícios da Deriva Continental? Os fósseis, formas ou partes de animais e plantas conservadas, geralmente, em meio a camadas rochosas, constituem uma importante fonte de informações sobre a história geológica da Terra. Isso porque, ao serem encontrados por paleontólogos, os fósseis são submetidos a estudos com o objetivo de identificar sua espécie e idade. Em muitos casos, os estudos paleontológicos permitem deduzir como eram as paisagens que existiam na Terra há milhares de anos. Sabendo que os fósseis constituem essa importante fonte de informações sobre a Terra, Wegener apontou determinados vestígios de animais e plantas fossilizados como evidências da deriva dos continentes. Ele apresentou alguns aspectos sobre fósseis para reflexão científica, os quais estão representados a seguir. Evidências da Deriva Continental Paleontólogo: profissional que se dedica ao estudo de organismos e ecossistemas que existiram no passado geológico da Terra. Seus estudos são realizados, principalmente, por meio de análises de vestígios ou de fósseis de animais e de plantas.
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Círculo Polar Ártico
EURO OCEANO ATLÂNTICO
A
OCEANO PACÍFICO
M
Trópico de Câncer
Á S I A
PA
É
Á F RI C A
R
Equador
I
C
0°
A
Ilustração produzida com base em: Reed Wicander; James S. Monroe. Fundamentos de Geologia. Trad. Harue Ohara Avritcher. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 29.
OCEANO ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
Cynognathus
OCEANIA
OCEANO PACÍFICO
Glossopteris Lystrosaurus Mesosaurus
E. Cavalcante
Círculo Polar Antártico
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
N
ANTÁRTIDA 0°
0
3 120
6 240 km
L
O S
Fonte: Reed Wicander; James S. Monroe. Fundamentos de Geologia. Trad. Harue Ohara Avritcher. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 29.
Cynognathus e Lystrosaurus Animais terrestres como Cynognathus e Lystrosaurus viviam em regiões onde hoje se encontram a América do Sul, a Ásia, a África e a Antártida. Esses animais terrestres, provavelmente, não conseguiriam nadar pelos oceanos e alcançar outros continentes. Mesosaurus Os fósseis de Mesosaurus estão localizados atualmente na América do Sul e na África. Esses répteis de água doce provavelmente não sobreviveriam a uma travessia pelas águas salgadas dos oceanos em direção a outro continente. Se isso tivesse ocorrido, os fósseis estariam distribuídos pelos demais continentes terrestres. Glossopteris Fósseis vegetais da espécie de samambaia Glossopteris são encontrados atualmente na América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida. Em geral, as plantas produzem grãos de pólen que podem ser carregados pelo vento. Entretanto, esse tipo de samambaia produz sementes consideradas grandes demais para que os ventos as carreguem. Mesmo se esse transporte fosse realizado pelos oceanos, as sementes não conseguiriam suportar o contato com a água salgada dos oceanos por muito tempo. Além disso, os climas atuais das áreas onde os fósseis estão sendo encontrados são muito diversos para que essa espécie de planta sobreviva. Assim, segundo pesquisas científicas, na Era Paleozoica os continentes estiveram unidos em uma mesma faixa climática, possibilitando o desenvolvimento da Glossopteris.
17
As forças que movem as placas tectônicas Parte das placas tectônicas encontra-se mergulhada na porção superior do manto. Nesse local circulam grandes correntes de material pastoso e quente, movidas pelo calor proveniente do interior da Terra. Essas correntes são denominadas correntes de convecção. As correntes de convecção, ao se movimentarem, deslocam as placas tectônicas. Veja a imagem abaixo. Correntes de Convecção Crosta
Correntes divergentes
Correntes convergentes
Nessa direção as correntes levam as placas a se afastarem umas das outras.
Nesse sentido as correntes provocam o choque entre as placas.
Correntes de convecção
núcleo
Somma Studio
manto
Ilustração produzida com base em: Wilson Teixeira e outros (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 104.
nesses casos, a borda de uma das placas mergulha sob a outra em direção ao manto. Esse processo recebe o nome de subducção. A borda da outra placa, por sua vez, dobra-se e eleva-se, realizando um movimento chamado soerguimento, formando na maioria das vezes grandes cordilheiras de montanhas. Nesse tipo de movimento há ocorrência de vulcanismo, assim como de terremotos e falhas nas camadas rochosas. Um exemplo dessa área de contato é a colisão entre as placas de Nazca e a Sul-americana, dando origem à cordilheira dos Andes, na América do Sul.
Pablo Porciuncula/AFP/Getty Images
A Áreas de colisão ou convergentes:
Vista da cordilheira dos Andes, no Chile, em 2013. Falha: origina-se quando rochas rígidas da crosta terrestre rompem-se em razão da forte pressão provocada por forças do interior da Terra.
Dinâmica da crosta terrestre
Somma Studio
A
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Kevin Schafer/Minden Pictures/Latinstock
nesses casos, as placas afastam-se uma em relação à outra, criando fendas preenchidas pelo magma ejetado do interior da Terra por meio de atividades vulcânicas. Esse movimento também ocasiona terremotos e falhas tectônicas. Um exemplo de afastamento entre placas tectônicas ocorre com as placas Sul-americana e Africana no fundo do oceano Atlântico, onde a atividade vulcânica, que expele magma proveniente do manto, forma uma extensa cadeia de montanhas submersas denominada Dorsal Meso-Oceânica.
Dorsal meso-Oceânica.
A imagem acima, de 2010, elaborada com base em imagens de satélites, mostra a Dorsal Meso-Oceânica, localizada no oceano Atlântico.
C Áreas de deslize lateral ou transformantes:
áreas onde as placas tectônicas se deslocam e se atritam lateralmente uma em relação à outra. Desse movimento podem decorrer falhas e terremotos. Um exemplo de área de deslize lateral é a falha de San Andreas, localizada na região oeste dos Estados Unidos, onde a placa do Pacífico se desloca na direção norte em relação à placa Norte-americana.
Falha de San Andreas, localizada no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, em 2014.
Ilustração produzida com base em: Margaret Olds (ed.). Geológica: las fuerzas dinámicas de la Tierra. Trad. Pablo Álvarez e outros. Austrália: H.F. Ullman, 2007. p. 54-5.
B C
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capítulo 1
Planetary Visions LTD/SPL/Latinstock
B Áreas de afastamento ou divergentes:
Investigando na prática A movimentação das placas tectônicas Vamos realizar uma atividade em que você vai produzir um quebra-cabeça das placas tectônicas. Com o quebra-cabeça você poderá verificar a direção do movimento de cada placa.
O que você vai precisar
• Planisfério com delimitação das placas tectônicas; • lápis de cor; • caneta esferográfica;
• tesoura com pontas arredondadas; • cartolina ou folha de EVA (espuma vinílica acetinada); • cola.
Como fazer
A Organizados em duplas, escrevam
no planisfério o nome de cada placa tectônica e desenhem a seta com o seu sentido de movimentação. Para isso, observem o planisfério da página 15.
tectônica de uma cor diferente. Depois, colem o planisfério na cartolina ou folha de EVA e recortem-no em partes, seguindo a linha que delimita cada placa tectônica.
20
Ilustrações: Flavio Pereira
B Em seguida pintem cada placa
capítulo 1 C Com o quebra-cabeça pronto,
embaralhem suas peças. Depois, montem-no encaixando as partes de acordo com o limite de cada placa tectônica.
D Com o planisfério montado, ca-
Ilustrações: Flavio Pereira
da um de vocês deve escolher uma das placas tectônicas e movimentá-la, deslizando sobre a mesa de acordo com a indicação das setas.
Converse sobre suas observações
• Quais as maiores placas tectônicas que dividem a crosta terrestre? • Quais as direções de deslocamento das placas tectônicas? • Qual das placas tectônicas do planisfério você escolheu para movimentar? • Quais os sentidos de movimento dessa placa tectônica? • Ao movimentar essa placa tectônica, o que aconteceu com as demais placas? 21
A tectônica de placas e as transformações nas paisagens terrestres Assim como a dinâmica externa, composta principalmente da ação das águas e dos ventos, a dinâmica interna do planeta também provoca intensas modificações na superfície terrestre. Veja a seguir alguns exemplos de Atividade vulcânica transformações nas paisagens terrestres promovidas pela dinâmica interna Cinza vulcânica da Terra.
Vulcanismo
Crosta terrestre
Derrame piroclástico Cone vulcânico Derrame de lava
Bombas
Claus Lunau/SPL/ Latinstock
O vulcanismo corresponde ao processo pelo qual o magma proveniente do interior da Terra emerge na crosta terrestre sob a forma de lava. Geralmente, as atividades vulcânicas causam transformações intensas na superfície quando se manifestam na forma de erupções, ou seja, quando a lava é expelida para a crosta terrestre de forma explosiva e muitas vezes acompanhada de terremotos.
Manto
Magma
Fonte: Wilson Teixeira e outros (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 361.
Claudia Bucarey/Reuters/Latinstock
Nas erupções vulcânicas, é comum as lavas ejetarem fragmentos de rochas oriundos do cone vulcânico ou ainda do subsolo. Esses fragmentos, denominados piroclastos, podem alcançar centenas de metros de altura e, quando atingem a superfície, também provocam destruições como incêndios. Os piroclastos que medem menos de 2 milímetros de diâmetro são denominados cinzas vulcânicas. Quando são maiores, recebem o nome de bombas vulcânicas. Além de modificar o relevo, o vulcanismo também pode danificar vastas áreas de vegetação natural, lavouras e construções.
Em erupção, o vulcão Villarrica lança rochas piroclásticas, em 2015, no Chile.
22
capítulo 1
O vulcanismo ainda ocorre por meio do derrame lento de lavas, o que também ocasiona modificações nas paisagens. Existem casos desse tipo em que a lava extravasa para a superfície, através de fissuras na crosta terrestre, e ao se derramar pode recobrir grandes extensões de terra ou se acumular formando várias camadas sobrepostas. Essas ocorrências dão origem a novas formas de relevo. Observe o esquema. Vulcanismo por fissuras O inferno de Dante
Um vulcanólogo (estudioso de fenômenos vulcânicos) e a prefeita da cidade de Dante tentam convencer os cidadãos e outros cientistas a declarar estado de alerta, pois um vulcão, que está inativo há vários séculos, entrará em erupção.
Designua/Shutterstock/ Glow Images
Direção de Roger Donaldson. EUA: Universal Pictures/Pacific Western, 1997. (108 min).
Fonte: Frank Press e outros. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p 330.
Atualmente, a atividade vulcânica não mais ocorre no Brasil pelo fato de seu território estar situado na porção central da placa Sul-americana, isto é, em uma região da placa considerada geologicamente estável.
Ernesto Reghran/Pulsar
As formas de relevo formadas por derrames vulcânicos ocasionados por fissuras já ocorreram no Brasil há milhões de anos, sobretudo, na porção sul do território brasileiro onde está localizada parte da bacia do Paraná.
A fotografia de Londrina, registrada em 2012, mostra uma paisagem da região norte do Paraná resultante de derrames vulcânicos ocasionados por fissuras.
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Terremotos Os terremotos, assim como os vulcões, ocorrem com maior frequência nas regiões de limites entre placas tectônicas. Nessas áreas, as correntes de convecção, tanto convergentes quanto divergentes, ocasionam o movimento das placas e uma grande quantidade de energia é liberada na forma de vibrações. As vibrações, por sua vez, propagam-se entre as camadas de rochas do interior da litosfera até atingir a superfície terrestre, muitas vezes provocando fortes tremores conhecidos como terremotos. Muitas vibrações atingem a superfície terrestre sem serem percebidas pelas pessoas. Nesses casos, os tremores são detectados e registrados apenas por sismógrafos.
Ivan Damanik/NurPhoto/Corbis/Latinstock
Os sismógrafos são aparelhos equipados com um sensor que detecta e registra, por meio de um gráfico (sismograma), desde pequenos abalos até grandes terremotos na superfície terrestre.
Ao lado, o sismógrafo apresenta um gráfico de tremores de terra ocorridos em Sumatra, na Indonésia, em 2014.
The Asahi Shimbun/Getty Images
A destruição de construções é considerada a maior causa de vítimas em um terremoto. No entanto, dependendo da intensidade do abalo sísmico, ocorre deslizamento de encostas ou, ainda, a formação e o avanço de grandes ondas no mar, conhecidas como tsunamis, que se deslocam para áreas litorâneas e podem aumentar a destruição causada pelos terremotos.
Na fotografia ao lado, casas destruídas e asfalto com rachaduras na cidade de Nagano, no Japão, em consequência de um terremoto com intensidade de 6,8 graus de magnitude ocorrido em 2014.
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capítulo 1
Falhamentos e dobramentos Os movimentos tectônicos podem provocar fortes pressões horizontais e verticais nas camadas rochosas da superfície terrestre. Essas pressões causam deformações que podem variar de poucos centímetros a dezenas de quilômetros de extensão, alterando as formas de relevo da superfície terrestre. Essas deformações ocorrem por meio de falhas ou dobras.
Fabio Colombini
Em rochas duras e rígidas, normalmente, os movimentos tectônicos causam fraturas ou falhas e possíveis deslizamentos laterais das partes resultantes da fratura. Entre as formas de relevo originadas por falhamentos estão os vales, as escarpas de planalto e as serras.
Escarpa de planalto: parede abrupta presente na borda das áreas de planalto, formada a partir de falhamentos.
Esquema de falha
Na fotografia ao lado, vertentes de falhas que recebem o nome de escarpa, em uma paisagem da Serra Catarinense, localizada em Urubici, no estado de Santa Catarina, em 2012.
Geralmente, as dobras ocorrem em formações rochosas menos resistentes. Ao serem pressionadas lateralmente, essas rochas tendem a se curvar e ficam enrugadas. Isso ocorre porque elas ficam mais maleáveis em virtude do calor ocasionado pelo atrito entre as placas.
Esquema de dobras Ilustrações: Luciane Mori
geogphotos/Alamy/Latinstock
Muitas cadeias de montanhas existentes na Terra formaram-se em decorrência de grandes dobramentos originados em colisões entre as placas tectônicas, como as cordilheiras do Himalaia e dos Andes.
Ilustrações produzidas com base em: A Terra. São Paulo: Ática. 1994, p. 15.
Nesta fotografia, de 2014, é possível observar dobramentos localizados em Hartland Quay, na Inglaterra.
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Geografia em foco A tectônica de placas e a formação de montanhas A superfície terrestre passa por intensas transformações nas áreas de encontro de placas tectônicas. Nestas áreas, a pressão exercida pelo movimento das placas provoca uma série de combinações entre falhas e dobras, formando e transformando as formas de relevo da superfície do planeta. Grande parte das montanhas da Terra está localizada em áreas da crosta onde ocorre a colisão entre placas tectônicas. Na imagem abaixo, observamos as cadeias de montanhas que se distribuem desde a Europa, passando pelo Oriente Médio até o leste da Ásia, e que se formaram em locais onde placas tectônicas colidem a milhões de anos.
PLACA EURO-ASIÁTICA 50° N
OCEANO ATLÂNTICO
Alpes Cáucaso
Atlas
Tien Shan
Zagros
PLACA DO PACÍFICO
Himalaia
Trópico de Câncer
PLACA AFRICANA 0°
Limite entre placas
PLACA ARÁBICA
OCEANO ÍNDICO
Sentido de movimento das placas
N
PLACA INDO-AUSTRALIANA
L
O
0
1050 km
S
OCEANO PACÍFICO
Fotomontagem de E. Cavalcante formada pela imagem de NASA
Processo de colisão das placas Africana, Arábica, Euro-asiática e Indo-australiana
Fontes: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 12. Frank Press e outros. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 512.
Durante milhões de anos, o processo de colisão das placas Africana, Arábica e Indo-australiana com a placa Euro-asiática provocou uma série de falhamentos e, principalmente, de dobramentos, responsáveis pelo surgimento das cadeias montanhosas, como o Cáucaso, os Zagros e o Himalaia.
Cordilheira do Himalaia A cadeia de montanhas do Himalaia, onde estão localizados os picos mais elevados do mundo, é um exemplo de cordilheira formada em decorrência da colisão entre placas tectônicas. Veja na página seguinte como essa cordilheira se formou no decorrer de milhares de anos. A fotografia, de 2013, retrata parte da cordilheira do Himalaia. Nessa cordilheira encontra-se a montanha mais alta do mundo, o Everest, com aproximadamente 8 848 m de altitude.
26
capítulo 1
Formação do Himalaia 1 Há cerca de 60 milhões de anos
A placa Indo-australiana deslocou-se em direção à placa Euro-asiática. Parte da placa Indo-australiana mergulhou sob a placa Euro-asiática.
Placa Indo-australiana (Índia)
Conforme a placa Indo-australiana se deslocou em direção ao norte, parte da crosta oceânica foi gradativamente desaparecendo ao ser empurrada para baixo da placa Euro-asiática.
Placa Euro-asiática (Ásia)
Crosta continental
Crosta oceânica empurrada sob a crosta continental
Crosta continental
2 Há cerca de
50 a 30 milhões de anos
A área do oceano diminui enquanto as placas convergem
Placa Indo-australiana (Índia)
Placa Euro-asiática (Ásia)
Crosta continental
Crosta continental
3 Há cerca de 20 a 10 milhões de anos
Sentido do movimento
Placa Indo-australiana (Índia)
Placa Euro-asiática
Dobramentos da colisão formam a cordilheira do Himalaia
Ilustrações produzidas com base em: Reed Wicander; James S. Monroe. Fundamentos de Geologia. Trad. Harue Ohara Avritcher. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 236.
John Harper/Corbis/Latinstock
Estudos indicam que a placa Indo-australiana avança em direção à placa Euro-asiática a uma velocidade que varia de 40 a 50 mm por ano.
A crosta oceânica continua a ser empurrada sob a crosta continental
Somma Studio
As porções continentais dessas placas se chocaram e se comprimiram, formando intensos dobramentos e originando a cordilheira do Himalaia.
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Terremotos no Brasil Leia as manchetes de jornal e observe o mapa a seguir.
Tremor de 5,2 graus na escala Richter atinge SP e é sentido em outros 4 Estados
Tremor de terra de 4,1 graus é registrado em cidades de Mato Grosso
Tremor de 5,2 graus na escala Richter atinge SP e é sentido em outros 4 Estados. UOL Notícias, São Paulo, 23 abr. 2008. Extraído do site: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/ 04/23/ult23u1983.jhtm>. Acesso em: 3 mar. 2015.
Tremor de terra de 4,1 graus é registrado em cidades de Mato Grosso. Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 fev. 2015. Extraído do site: <www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/02/1588497-tremor-deterra-de-41-graus-e-registrado-em-cidades-dematogrosso.shtml>. Acesso em: 3 mar. 2015.
Sismicidade no Brasil
RR
AP
Equador
AM
MA
CE
PA AC RO
RN
PE
PI
0°
PB
AL SE
TO BA
MT DF
GO
MG MS
SP
RJ
PR
OCEANO PACÍFICO
OCEANO ATLÂNTICO ES
Trópico de C
apricórn io
SC RS N
Terremotos com magnitude acima de 5,0 graus na escala Richter
E. Cavalcante
2. Qual a informação em comum apresentada nas manchetes acima? 3. O que o mapa representa?
50° O
0
375 km
L
O S
Fonte: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. Sismicidade Brasileira. Extraído do site: <www.obsis.unb.br/index. php?option=com_content&view =article&id=59&Itemid>. Acesso em: 27 fev. 2015.
De acordo com as manchetes e o mapa, não podemos afirmar que o território brasileiro está livre de terremotos. Conforme percebemos no mapa, vários abalos sísmicos são detectados no país. No entanto, grande parte desses terremotos é de pequena magnitude e, por isso, os tremores não são sentidos pelas pessoas, mas registrados por sismógrafos. Estudos geológicos indicam que tremores de terra de pequeno impacto, com intensidade muitas vezes imperceptível para o ser humano, podem acontecer com certa frequência no Brasil. Alguns deles são acomodações de terreno e outros são propagações dos abalos ocorridos com o choque entre as placas Sul-americana e do Pacífico.
28
capítulo 1
A seguir apresentamos uma entrevista concedida pelo professor Cleuber Moraes Brito, mestre em Geofísica, sobre as atividades tectônicas em nosso país.
Entrevistando um geólogo dos abalos sísmicos registrados em nosso país? Sim, mas no Brasil não ocorrem com grande intensidade. São poucos os locais onde derivam falhas geológicas reativadas, e podem alcançar até 4 e 5 graus na escala Richter. Em regiões calcárias pode ocorrer rebaixamento de blocos rochosos, o que pode causar tremores locais com intensidade inferior a 2 graus na escala Richter. Um tipo de terremoto que tem ocorrido com muita frequência é aquele proveniente do reflexo de regiões tectônicas. Esses terremotos têm afetado as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e são reflexos da colisão da placa Sul-americana com a placa do Pacífico na região andina.
••Por que os terremotos ocorridos a longas distâncias são sentidos
Cor raes tesia Prof. Dr. Cleuber Mo
••Existem terremotos no território brasileiro? Qual é a origem
Na fotografia, o geólogo Cleuber Moraes Brito, em trabalho de campo no estado do Paraná, em 2008.
em várias localidades do Brasil? Isso ocorre por causa da propagação das ondas sísmicas no interior da placa Sul-americana onde está localizado o Brasil.
••É
possível afirmar que os movimentos divergentes, ocorridos entre as placas Sul-americana e Africana em meio ao oceano Atlântico também podem causar tremores de terras em nosso país? Esses tremores podem ocorrer, mas são mais raros em razão da característica do movimento. Neste caso, as placas se separam, ou seja, movimentam-se em sentidos opostos e não acumulam energia suficiente para gerar grandes tremores. A Dorsal Meso-Oceânica – constituída por uma cadeia de altas montanhas e um rift profundo – apresenta falhas secundárias que podem liberar energia acumulada e causar terremotos na borda da placa, podendo chegar ao litoral brasileiro.
Rift: falhas geológicas, em formato de vales, que se estendem na crosta terrestre, na direção norte-sul, e que são ocasionadas pelos movimentos tectônicos.
••É possível acontecer um terremoto de grande magnitude no Brasil? Terremotos de maior magnitude no Brasil podem ocorrer por falhas geológicas locais, provavelmente reativação de falhas antigas ou por reflexos de regiões sísmicas tectônicas.
••Desde quando existem estudos geológicos sobre abalos sísmicos no Brasil? No século XVIII já havia estudos sobre terremotos ocorridos no Brasil, mas foi a partir da década de 1960 que os avanços dos equipamentos de medição de sismos e a implantação de centros de pesquisa e ensino em Geofísica proporcionaram registros baseados em estações sismológicas e as magnitudes medidas pela escala Richter.
••E
quanto aos vulcões, atualmente existe alguma atividade vulcânica no Brasil? Houve algum período na história geológica no qual ocorreram intensas atividades vulcânicas em nosso país? Não, as últimas atividades ocorreram entre os períodos Jurássico e Cretáceo (Juro-Cretáceo). Ao longo de toda a história geológica da Terra, as atividades vulcânicas sempre ocorreram no Brasil, sendo mais marcante e mais estudado o vulcanismo Juro-Cretáceo, ocorrido há cerca de 140 e 160 milhões de anos.
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