Histรณria Componente curricular Histรณria
ISBN 978-85-20-00193-6
9
788520 001936
Componente curricular
Histรณria Anos finais do Ensino Fundamental
6ยบ ano
Histรณria
Marco Pellegrini Adriana Dias Keila Grinberg
Componente curricular História Anos finais do Ensino Fundamental
6º ano
Professor graduado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autor de livros didáticos de História para o Ensino Fundamental e Ensino Médio. Editor de livros na área de ensino de História. Atuou como professor de História em escolas da rede particular de ensino.
Adriana Machado Dias Professora graduada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Especialista em História Social e Ensino de História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autora de livros didáticos de História para o Ensino Fundamental e Ensino Médio. Atuou como professora de História em escolas da rede particular de ensino.
Keila Grinberg
História
Marco César Pellegrini
Professora graduada em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Professora do Departamento de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO-RJ).
3a edição São Paulo 2015
Copyright © Marco César Pellegrini, Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, 2015 Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio Editora Natalia Taccetti Editores assistentes Nubia de Cassia de M. A. e Silva e Gabriel Careta de Souza Assessoria Carolina Leite de Souza e Leonardo de Sousa Klein Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenadora de produção Marcia Berne Coordenadora de arte Daniela Di Creddo Máximo Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Revisão Viviam Moreira (líder); Revisores: Aline Araújo, Célia Regina N. Camargo, Cristiane Casseb, Eliana A. R. S. Medina, Lilian Vismari, Lívia Perran, Oswaldo Cogo Filho, Paulo José Andrade e Regina Barrozo Supervisão de iconografia Célia Maria Rosa de Oliveira Iconografia Erika Nascimento e Priscila Massei Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Produção editorial Scriba Projetos Editoriais Edição Ana Flávia Dias Zammataro Assistência editorial Alexandre de Paula Gomes e Ana Beatriz A. Thomson Projeto gráfico Marcela Pialarissi, Laís Garbelini e Dayane Barbieri Capa Marcela Pialarissi Imagem de capa Fotomontagem de José Vitor E. C. formada pelas imagens Dudarev Mikhail/ Shutterstock.com (fundo) e José Vitor Elorza/ASC Imagens (perfil) Edição de imagens Bruno Beneduce Amancio Edição de ilustrações Ana Elisa Diagramação Daniela Cordeiro de Oliveira Tratamento de imagens José Vitor Elorza Costa Ilustrações Ana Elisa, André L. Silva, Art Capri, Camila Ferreira, Estudio Meraki, Ilustranet, Mario Henrique, N. Akira, Paula Diazzi, Renan Fonseca Cartografia E. Cavalcante, Renan Fonseca Assistência de produção Daiana Melo, Denise A. Santos e Tamires Azevedo Autorização de recursos Erick L. Almeida Pesquisa iconográfica Alaíde França, André Silva Rodrigues, Soraya Pires Momi e Tulio Sanches Editoração eletrônica Luiz Roberto L. Correa (Beto)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Pellegrini, Marco César Vontade de saber história, 6o ano / Marco César Pellegrini, Adriana Machado Dias, Keila Grinberg. – 3. ed. – São Paulo : FTD, 2015. Bibliografia ISBN 978-85-20-00193-6 (aluno) ISBN 978-85-20-00194-3 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Dias, Adriana Machado. II. Grinberg, Keila. III. Título.
15-03795 CDD-372.89 Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino fundamental 372.89 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à Editora FTD S.A. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br E-mail: ensino.fundamental2@ftd.com.br
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD S.A. CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Apresentação
Estátua de Atena. Academia de Atenas (Grécia) Foto: Dimitrios/Shutterstock/Glow Images
Para você, o que é História? Algumas pessoas pensam que História é o estudo do passado. Outras, porém, afirmam que ela serve para entender melhor o presente. Nós acreditamos que História é tudo isso e muito mais! O estudo da História nos ajuda a perceber as ligações existentes entre o passado e o presente. A escrita, a música, o cinema, as construções magníficas, os aviões, os foguetes... Tudo aquilo de que dispomos hoje, desde os produtos fabricados com tecnologia avançada até a liberdade de expressão, devemos às pessoas que trabalharam e lutaram, enfim, que viveram antes de nós. A História nos permite conhecer o cotidiano dessas pessoas e perceber como a ação delas foi importante para construir o mundo como ele é hoje. A História nos auxilia a conhecer os grupos que formam as sociedades, os conflitos que ocorrem entre eles e os motivos de tais conflitos. Ela nos ajuda a tomar consciência da importância de nossa atuação política e a desenvolver um olhar mais crítico sobre o mundo. Assim, nos tornamos mais capazes de analisar desde uma afirmação feita por um colega até uma notícia veiculada pela televisão. Ao estudarmos História, percebemos a importância do respeito à diversidade cultural e ao direito de cada um ser o que é, e entendemos como esse respeito é indispensável para o exercício da cidadania e para construirmos um mundo melhor. Bem-vindo ao fascinante estudo da História! Os autores.
Conheça
Abertura de capítulo
o seu
livro
Nas páginas de abertura dos capítulos, você encontrará imagens e um pequeno texto que despertarão seu interesse pelos assuntos que serão estudados. Há também algumas questões que propiciam a troca de ideias com os colegas e o professor, tornando o estudo mais interessante.
A cultura fenícia (França). Foto: Museu do Louvre, Paris tinstock Gianni Dagli Orti/Corbis/La
entre o intercâmbio cultural Os fenícios promoveram os povos antigos.
A religião fenícia
Explorando a imagem
em Jerusalém
o rei hebreu Salomão No final do século X a.C., de um gigantesco templo ordenou a construção na cidade de Jerusalém. , o Templo de Salomão Ostentando luxo e riqueza s, ais de diversos lugare foi construído com materi e bronze da Fenícedro e África da como marfim os também os artesãos e cia. Da Fenícia saíram hebreus ios operár os ram construtores que orienta . na construção do templo salão central cujo No templo havia um grande com de pedra, salas laterais piso era feito de lajes grandes colunas de duas altura, de s três andare principal: um parte a e a bronze em sua entrad da Fevindo cedro de ido grande santuário revest s ão foi um dos edifício nícia. O Templo de Salom idade. mais famosos da Antigu ção s trabalhando na constru Representação de operário um construtor o, sob a orientação de do Templo de Salomã século XX. da por Peter Dennis no fenício. Ilustração produzi
A Biblioteca de Alexandr ia
Enquanto isso...
Na cidade de Alexandria, no Egito, ficava localiz ada a maior biblioteca conhecida como Bibliot da Antiguidade, eca de Alexandria. Ela foi fundada no século III a.C., por Ptolomeu Sóter, que pretendia montar o biblioteca com as princip acervo da ais obras produzidas no mundo, de todas as áreas do conhecimento. Para conseguir esse objetiv o, Ptolomeu solicitou aos governantes de divers que enviassem cópias de seus acervos para os reinos a Biblioteca de Alexan dria. Além disso, na biblioteca, eram feitas traduções de obras persas, indian por exemplo. as e hebraicas, A cidade de Alexan dria apresentava uma grande efervescênci a cultural, pois intelectuais de diferen tes lugares do mundo eram atraídos pelo acervo da biblioteca, proporcionando o intercâ mbio do conhecimento e a difusão da cultura helenística.
Essa seção vai ajudá-lo a perceber que acontecimentos diferentes ocorrem ao mesmo tempo em diversos lugares e que cada sociedade tem sua própria história.
São questões de análise de fontes históricas, que propiciam o desenvolvimento da habilidade de ler imagens.
Cena do filme Ágora, de 2009, que retrata uma reconstituição do interior da Biblioteca de Alexand ria, com a atriz Rachel Weisz interpretando Hypatia. Desde o século XVIII, há um esforço por parte dos pesquisadores para entende r o que teria provocado a destruição da bibliote ca e qual o destino do seu acervo. A versão mais aceita atualmente pelos historiadores é a de que ocorreram sucessivos ataques militares, incêndio s e saques, resultando na gradativa destruição do acervo e da bibliote ca.
122
O sujeito na história
O sujeito na história Você conhecerá pessoas que participaram ativamente do processo histórico. Vai perceber que a ação de todos os sujeitos históricos, inclusive você, pode transformar a sociedade.
Hypatia de Alexandria
Hypatia nasceu por volta do ano 350, em Alexandria. Ainda jovem, demonstrou grand e interesse por estudo s de filosofia, astronomia e matemática, tornando-se uma das principais estudiosas daquele tempo. Muito respeitada, ela se tornou professora de filosof ia e astronomia, além de ser diretora na Academia de Alexandria, um dos principais centros de estudos da Antiguidade. As ideias de Hypatia incomodavam os cristão s, que a viam como uma ameaça à sua doutrina. Em 415, Hypatia foi atacada na rua por um grupo de cristãos, que a arrasta ram até uma igreja e a torturaram. Depois de assassinada, Hypat ia teve seu corpo queimado na fogueira. Estátua de cerâmica produzi da no século V, que representa Hypatia de Alexandria.
Séc. V. Terracota. Coleção particular. Foto: Ancient Art and Architecture Ltd./Bridgeman Images/KeystCollection one
Getty Images Coleção particular. Foto: Peter Dennis. Aquarela.
Enquanto isso...
Antropomórfico: com aparência humana.
capítulo 12
a atual civilizaç ocidental.
a.C. Estatueta do século XII l representando El, a principa divindade fenícia.
263
Filme de Alejandro Amenábar. Alexandria. 2009. Espanha. Isasi/©Newmarket Films/courtes Foto: y Everett Collection/Glo Teresa w Images
ca, manpoliteísta e antropomórfi A religião fenícia, que era podes tradicionais dos antigos teve o culto a várias divinda des estavam am Canaã. Essas divinda vos semitas que habitav o Sol e como astros, natureza e dos relacionadas às forças da El. de do al, chama a Lua, e a um deus princip de animais e, alguO legado das A prática de sacrifícios antigas civilizações os, fazia parte dos mas vezes, de seres human Produzido por povos, pois acreditadesses Flashstar Filmes, rituais religiosos acalmar a ira uiriam 2011. (180 minutos). vam que assim conseg Documentário dos deuses. dedicado às antigas mbio que os fenícios intercâ do causa Por como civilizações, viagens comerciais, a a dos fenícios, estabeleciam em suas zida em suas colônias apresentando religião fenícia foi introdu ndo grande influência diversas de suas no Mediterrâneo, exerce contribuições para s. ão sobre vários povos antigo
Explorando o tema Nessa seção, um dos temas do capítulo é apresentado em páginas especiais, que o ajudarão a entender melhor as relações entre o passado e o presente.
Investigando na prática Nessa seção, são apresentados diferentes tipos de fontes históricas, algumas com explicações sobre seu significado e outras para você analisar. Você vai observar, comparar, elaborar hipóteses e aprender muito.
Livros Nas seções com esse ícone, você encontrará sugestões de livros interessantes relacionados aos assuntos estudados.
Encontro com... Nessa seção, os temas de História são articulados com assuntos de outras áreas do conhecimento, enriquecendo ainda mais o seu aprendizado.
Filmes Quando encontrar esse ícone, haverá uma sugestão de filme que enriquecerá o seu conhecimento sobre algum assunto do capítulo.
Sites As sugestões de sites da internet para você consultar são acompanhadas desse ícone.
Consciência e atitude cidadã Existem assuntos que nos levam a refletir sobre nosso cotidiano, influenciando nossas ações e nos ajudando a perceber como podemos melhorar o mundo em que vivemos. Nesta coleção, alguns deles são destacados pelos ícones apresentados a seguir.
Meio ambiente O planeta Terra é a nossa casa e, portanto, somos responsáveis por ele! Por isso, precisamos ter uma postura consciente e crítica em relação às atitudes que prejudicam o nosso planeta. Sejam ações realizadas na escola, no bairro ou na cidade, não importa, precisamos fazer tudo o que pudermos para conservar o nosso lar.
Esse tema propicia a reflexão sobre os cuidados que devemos ter com nosso corpo, a importância de respeitarmos e sermos respeitados em nossas relações afetivas e de vivenciarmos a sexualidade com segurança.
Sexualidade e gênero
Saúde Pense em um dia comum de sua vida e avalie se seus hábitos fazem bem à saúde. Os cuidados médicos, a prática de esportes, as rotinas de higiene e uma alimentação adequada são atitudes simples que contribuem para o nosso bem-estar. Esse assunto faz parte do tema Saúde, um conteúdo que vai chamar a sua atenção para simples procedimentos que colaboram com a qualidade de vida.
História em construção Atividades Localizada ao final de cada capítulo, essa seção é composta por diferentes tipos de atividades. Nela, você poderá checar o seu aprendizado, exercitar diferentes habilidades e aprofundar os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
Você verá que na disciplina de História não existem verdades definitivas e que novos estudos podem modificar nossa compreensão sobre acontecimentos do passado.
Atividades
3. Produza um pequeno texto explicando como ocorreu o desenvo lvimento da civilização mesopo tâmica. 4. Descreva a sociedad e mesopotâmica.
destino parecido com o das milenares estátuas gigantes de Buda no Afeganistão, explodid as com dinamite pelo governo fanático do Talibã, em 2001. O Egito já conseguiu receber de volta centenas de estátuas, escrituras e múmias do tempo dos faraós. “O processo começou com o presidente Gamal Nasser, na década de 1950, que queria a devolução de tudo o que tinha sido levado do país desde 300 anos antes de Cristo”, diz Antonio Brancaglion, egiptólo go do Museu Naciona l do Rio de Janeiro. O caso mais recente foi o retorno da múmia de Ramsés I, que estava nos Estados Unidos. [...] O diretor da divisão de antiguid ades do Egito, o arqueólogo Zahi Hawass, deflagro u no ano passado uma campanha agressiva de restituição de peças históricas. Entre outros itens, exige a devolução do obelisco da Place de la Concorde, no centro de Paris, do magnífico busto da rainha Nefertit i, que está no Museu Egípcio de Berlim, e da pedra de Roseta, cujo texto trilíngue permitiu que os hieróglifos egípcios fossem decifrados e que hoje está exposta no Museu Britânico, em Londres .
6. Por que os zigurate s eram importantes para os mesopotâmios? 7. Qual era a importância da escrita para os mesopotâmios? 8. O que é o Código de Hammurabi?
Expandindo o conteúdo 9. Sobre o poder do rei na Mesopotâmia, leia o texto a seguir. A figura do rei apareceu muito cedo na Mesopot âmia. Tudo indica que membros de uma assembl os eia (provavelmente formada Museu Nacional do Iraque, Foto: De Agostini Picture Bagdá. pelos homens adultos) giam um rei para cuidar Library/ Bridgeman Images/Keystone elede tarefas específicas. Mas esse cargo não era criado somente para os fixo e foi casos de necessidade de um comando mais sobre a população, por forte exemplo, durante as guerras. Nessa época, o rei parece ter sido, antes de mais nada, um repre sentante da comunidade, inclusive diante dos deuses, acumula ndo também funções sacerdotais. Com o tempo, o rei fortalece u seu poder e impôs a sua vontade sobre o restante da comunidade. Foi o início de uma forte tendência de concentração do poder nas mãos do soberano, que marcou toda história política mesopo tâmica. Paralelamente, o rei tornou-s e uma autoridade indepen do templo e de seus sacerdot dente es. De fato, as escavaçõ es arqueológicas constataram que, por volta de 2600 a.C., surgiu nas cidades uma segunda grande estrutura arquitetônica, além do templo: o palácio, que seria, a partir de então, a morada do rei e o novo centro do poder. Marcelo Rede. A Mesopotâmi a. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 34-5. (Que história é esta?).
Escultura de cerca de 3000 a.C. representando a cabeça de Sargão, rei acadiano, fundador do Primeiro Império Mesopotâ mico.
Veja. São Paulo: Abril, ano 36, n. 1833, 17 dez. 2003. p. 64.
Busto da rainha Nefertiti, feito no século XIV a.C.
a ) Cite alguns dos países que possuem peças egípcias em seus museus. b ) Quais são as duas principais opiniões acerca do que deve ser feito antigas que foram retiradas com as peças de seus países de origem? c ) Você concorda com alguma das opiniões? Qual? Justifique sua resposta .
Refletindo sobre o capítulo
76
Essa seção apresenta uma síntese das principais ideias de cada capítulo e contribuirá para que você avalie como está o seu aprendizado.
Ética e Cidadania Esse tema está ligado, principalmente, à seguinte pergunta: Como devemos agir? Em nosso cotidiano, é comum vivenciarmos situações e conflitos que nos deixam em dúvida sobre que atitude tomar. Ao discutirmos essas questões, estamos refletindo sobre nossas ações, além de despertar a nossa consciência para a cidadania.
Museu Egípcio, Berlim (Alemanha). Foto: Vladimir Wrangel/Shutterstock/ Glow Images
2. Quais foram as consequ ências do aumento da produção de alimentos na Mesopotâmia?
5. Analise o mapa da página 67. De qual região os mesopotâmios importavam o sílex? E de qual região importavam a esteatita? Com base na análise do mapa, o que é possível saber sobre o comércio mesopotâmio?
capítulo 4
Exercícios de compreensão 1. Escreva com suas palavras como os primeiros grupos humano s se estabeleceram na Mesopo tâmia e como eles trabalharam para ampliar a produção agrícola.
Trabalhar e consumir: dois atos que dizem respeito à vida em sociedade. Qual é a importância do trabalho? Que profissão você gostaria de ter? O que é consumo? Será que estamos consumindo de forma consciente? Essas e outras questões fazem parte do tema Trabalho e Consumo, um assunto muito importante que influencia o estilo e a qualidade de vida.
Trabalho e Consumo
Refletindo sobre o capítu lo Agora que você finalizou o estudo deste capítulo , faça uma autoavaliação Verifique se você compree de seu aprendizado. nde as afirmações a seguir. • A sociedade egípcia desenvolveu-se às margens do rio Nilo. • Os egípcios aproveitavam as cheias anuais do rio Nilo para irrigar suas plantações. • Os egípcios acreditavam na vida após a morte e, para preserva técnicas sofisticadas de r os corpos, desenvolveram mumificação. • A maior parte dos trabalhadores das grandes pirâmides não eram escravos. Após refletir sobre essas afirmações, converse com os colegas e o professo de que todos compree r para certificar-se nderam o conteúdo trabalha do neste capítulo.
97
Pluralidade cultural
Existem inúmeras formas de viver e de se relacionar com os outros e com o ambiente. Cada povo tem sua cultura, sua identidade, sua maneira de se manifestar no mundo. Inclusive, em um único país, como no Brasil, existem várias culturas convivendo e interagindo no mesmo espaço. O tema Pluralidade cultural trata justamente dos aspectos pertinentes a esse assunto, como o respeito e a valorização dessa diversidade cultural.
capítulo
sumário
1
Construindo a História ...................................................14 Conhecendo a História.....................16 • O que é História • As diferentes interpretações • As fontes históricas • A construção do conhecimento histórico • A análise de uma fonte histórica • Os sujeitos históricos
O tempo .......................................................... 21 • Tempo da natureza • Tempo cronológico • Tempo histórico • Transformações e permanências
capítulo
• O tempo histórico e suas durações
2
A linha do tempo................................. 24 • Os elementos que formam uma linha do tempo
Calendários ................................................ 25 • O calendário gregoriano • a.C./d.C. • Outros calendários
Encontro com........................................ 26 • Arqueologia – Vestígios arqueológicos
História e outras áreas do conhecimento ............................ 28 • Diferentes “olhares”, diferentes análises
Atividades .................................................. 30
A origem do ser humano .......................................... 34 O planeta Terra...................................... 36 • A formação do planeta
A evolução dos seres humanos.................................. 38
História em construção Hipóteses de povoamento da América............................................... 46
O período Neolítico ........................... 48
• Os primatas
• O início da agricultura
• As savanas africanas: o berço da humanidade
• A criação de animais
• A teoria evolucionista
O sujeito na história
Alfred Russel Wallace ..................... 39
• A hominização
O Paleolítico e o Neolítico ............... 41 • O desenvolvimento dos seres humanos
A vida no Paleolítico ........................ 42 • O desenvolvimento de conhecimentos • A especialização do trabalho • A arte paleolítica
• A formação de aldeias
O cotidiano no período Neolítico ............................. 50 • Uma aldeia neolítica
Investigando na prática ................52 • A pintura rupestre
Explorando o tema ........................... 54 • Das primeiras fogueiras à queima indiscriminada de combustíveis fósseis
Atividades .................................................. 56
• Aproveitando a fertilidade do solo • Uma sucessão de povos
A formação de cidades na Mesopotâmia .............................. 64 • O estabelecimento das primeiras aldeias • Desenvolvendo uma civilização
As sociedades mesopotâmicas................................. 66 • Diferentes condições de vida
Atividades econômicas...................67 • O trabalho no campo e na cidade • O comércio com outros povos
• As primeiras comunidades agrícolas • A unificação do Egito • O faraó
A organização social ........................ 84 • Faraó e sacerdotes • Nobres, militares e funcionários do Estado • Camponeses, artesãos e escravos • A moradia de um artesão egípcio
O sujeito na história
Harwa ........................................................... 85
4
Investigando na prática ............... 68 • O Estandarte de Ur
A religião na Mesopotâmia ....... 70 • As crenças religiosas • Os zigurates • A mitologia mesopotâmica: o dilúvio
A escrita cuneiforme ........................72 • A importância da escrita
O sujeito na história
Enhéduanna .............................................73
Explorando o tema ............................ 74 • O Código de Hammurabi
Atividades ...................................................76
A África Antiga: os egípcios ................................80 A formação da civilização egípcia .......................... 82
capítulo
A terra entre rios ................................. 62
3
capítulo
Os povos da Mesopotâmia...................................... 60
História em construção Os trabalhadores das grandes pirâmides.............................. 86
Explorando o tema ........................... 88 • As práticas religiosas no Antigo Egito
Um rio de grande importância........................................... 90 • As cheias anuais do rio Nilo
Encontro com... .................................... 92 • Geografia – Água: recurso vital ameaçado
Atividades .................................................. 94
capítulo
5
A África Antiga: os cuxitas ................................... 98 O Reino de Cuxe ................................100 • A região da Núbia • Períodos da história cuxita • Os faraós negros
Reis e rainhas cuxitas .................. 102 • As pirâmides cuxitas • As candaces • A preservação da identidade cultural
Explorando o tema ......................... 106 • O resgate do papel da mulher nas sociedades africanas
Encontro com... ..................................108 • Sociologia – Sociedades lideradas por mulheres
História em construção Fontes para a história da África ................................................... 110
capítulo
Atividades ..................................................112
6
Os fenícios .................................................................................. 116 A Fenícia ..................................................... 118 • O povo fenício • A sociedade fenícia • Cidades e colônias fenícias • Um porto comercial
A cultura fenícia ................................. 122 • A religião fenícia • O intercâmbio cultural
Explorando o tema ......................... 124
capítulo
• O vidro e suas características
7
O alfabeto fenício .............................. 126 • O alfabeto: da Fenícia para o mundo • A origem do sistema de escrita fonética • A contribuição fenícia para a simplificação e difusão do alfabeto
Encontro com...................................... 128 • Linguagem – A influência fenícia nos alfabetos atuais
Atividades ................................................ 130
Os hebreus ................................................................................. 134 Quem são os hebreus................... 136 • O território de Canaã • A Terra Prometida • A Torá • Períodos da história hebraica • A migração para o Egito
• A Monarquia e os reis hebreus • O Templo de Salomão
O cotidiano dos hebreus............... 140 • Uma cidade hebraica
Os reinos hebraicos ........................ 142
• A escravização dos hebreus
• A população se revolta
• O Êxodo
• Os reinos de Judá e de Israel são dominados
• O período dos juízes
• As dominações estrangeiras
• O direito hebraico
• A resistência e a dispersão
• A literatura
A cultura hebraica ............................ 144
• Os judeus no mundo atual
Atividades ................................................ 148
Os persas ..................................................................................... 152 O povo persa ......................................... 154 • A Pérsia • Os vizinhos medos • Períodos da história persa
O Império Persa .................................. 156 • A administração do império
Uma mistura de culturas.............. 158 • Trocas culturais • A arquitetura
• As aldeias do rio Amarelo • O rio Amarelo (Huang-Ho) • Períodos da história chinesa
A unificação do território chinês...............................174 • O primeiro imperador chinês • Um período de mudanças • A destruição de livros
Investigando na prática ..............176 • Os soldados de terracota • A construção da Muralha da China
O período Han ...................................... 182 • A cidade de Changan
9
• A escultura e a arte • A cidade de Persépolis
O zoroastrismo .................................... 162 • Ahura Mazda e Ahriman • O símbolo do zoroastrismo
Explorando o tema ......................... 164 • A transmissão de mensagens em diferentes épocas
Atividades ................................................ 166
Os antigos chineses ....................................................... 170 A China Antiga .................................... 172
8
capítulo
Bar-Kokhba............................................ 143
Explorando o tema ......................... 146
capítulo
O sujeito na história
• A religiosidade na China Han • O confucionismo
O sujeito na história
Ban Zhao ................................................. 183
A Rota da Seda ................................... 184 • A abertura da Rota • A Rota e as mercadorias • O intercâmbio cultural
Explorando o tema ......................... 186 • As invenções dos antigos chineses
Encontro com...................................... 188 • Medicina – A medicina tradicional chinesa
Atividades ................................................ 190
capítulo
10
Os antigos gregos ............................................................194 A formação da civilização grega ............................ 196 • Os habitantes da ilha de Creta • Os micênicos • Cretenses e micênicos • Os períodos da história da Grécia Antiga
As cidades-Estado gregas ....... 198 • A organização política na Grécia Antiga
A cidade de Esparta ....................... 199 • A fundação de Esparta • A supremacia espartana • O militarismo espartano • A educação espartana
A cidade de Atenas ......................... 201 • Efervescência cultural
Péricles e a consolidação da democracia ................................205 • As reformas de Péricles
O sujeito na história
Aspásia ....................................................205
As Guerras Greco-Pérsicas ... 206 • A dominação persa
As cidades gregas ...........................207 • O comércio
Explorando o tema ....................... 208 • As atividades no espaço rural
A organização da democracia ateniense ............................................... 210 • Na época de Péricles
A Guerra do Peloponeso ........... 212
• O controle político
• Disputas entre atenienses e espartanos
• Quem não tinha participação política
• O conflito
• Outros grupos que não participavam das decisões políticas • A reforma hoplítica em Atenas • A população exige mudanças
• Os efeitos da guerra
O Império Macedônico ................. 213 • A ascensão da Macedônia
Atividades ................................................ 214
• Os tiranos
capítulo
• Clístenes e a democracia ateniense
11
Os antigos romanos.......................................................218 A origem da civilização romana......................220 • A península Itálica • A fundação de Roma • A presença etrusca na península Itálica
A Monarquia em Roma .............. 222 • A organização política • A organização social
A República em Roma ................ 223 • A implantação da República
• A presença grega na cultura romana
• A expansão territorial
• Períodos da história romana
• As dificuldades da plebe
• O aumento da escravidão
• A concentração de terras • As tentativas de reforma agrária • A crise da República • As reformas de Caio Mário • O fim da República
O Alto Império ..................................... 227
Investigando na prática ............ 232 • Os mosaicos romanos
Explorando o tema ........................234 • A cidade de Pompeia
O Baixo Império ................................. 236 • A crise do império
• A Pax Romana
• As tentativas de superação da crise
• A extensão do império
• A divisão do império
A cidade de Roma ...........................228 • A metrópole romana
O cotidiano na cidade de Roma ............................230 • As habitações
As invasões germânicas ...........238 • As primeiras invasões • O fim do Império Romano do Ocidente
Atividades .............................................. 240
A cultura clássica............................................................ 244 A herança greco-romana .........246 • O que é cultura clássica?
Latim: a língua dos romanos ....................................256
• Língua
• As origens
• Artes
• As línguas neolatinas
• Política
• A literatura latina
• Esporte
• A escrita do povo
• Mitologia
A literatura dos antigos gregos................................248 • Poesia e drama • Fábula
A mitologia grega ....................249 • Deuses e deusas
Encontro com.....................................250 • Filosofia - O nascimento da filosofia ocidental
Os Jogos Olímpicos ....................... 252 • Jogos Olímpicos na Grécia Antiga • Jogos Olímpicos modernos • O Brasil nos Jogos Olímpicos
Investigando na prática ............254 • Os vasos gregos
Bibliografia............................... 270
O Direito Romano ............................258 • O legado jurídico
A arte e a arquitetura em Roma.............................................. 259 • Os retratos individuais • A construção de um aqueduto
A cultura helenística ..................... 262 • A civilização helenística • A Biblioteca de Alexandria
O sujeito na história
Hypatia de Alexandria ................. 263
Explorando o tema ........................264 • Os espetáculos públicos romanos
Atividades ...............................................266
12
capítulo
• As conquistas da plebe
capítulo
1
Construindo a História
Pintura Jogos Infantis, produzida em 1560 pelo artista flamengo Pieter Bruegel (c. 1525-1569). Na tela, o pintor representou adultos e crianças brincando.
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No decorrer do tempo, ocorrem transformações nos lugares e no modo de vida das pessoas. Alguns aspectos, porém, permanecem semelhantes de uma época para outra. Nos estudos históricos, procuramos analisar e compreender essas transformações e, também, as permanências.
Pieter Bruegel. 1560. Muse u de História da Arte em Viena (Áustria)
Em Revista Feminina. Ano XI. n. 128. 1925. Arquivo do Estado de São Paulo (SP). Foto: Neoimagem
Observe as imagens apresentadas nestas páginas e converse com os colegas sobre as questões a seguir.
Propaganda de uma loja de roupas publicada na Revista Feminina, 1925.
A Na pintura Jogos Infantis, de Pieter Bruegel, foram representadas
diferentes brincadeiras. Você consegue identificar algumas dessas brincadeiras? Em caso afirmativo, indique quais. B Por meio da análise da propaganda acima, o que você consegue
perceber sobre os costumes da época em que ela foi produzida? Que semelhanças e diferenças você nota entre essa propaganda e uma propaganda de roupas de banho produzida na atualidade? Comente.
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Conhecendo a História O que é História? Quem a faz? Onde? Como? Quando?
O que é História O que é sociedade? Sociedade é um conjunto de pessoas que convivem de maneira organizada, compartilhando regras, costumes, língua etc. Uma sociedade é composta por instituições e grupos sociais, como a família, a escola, o trabalho. Por meio dos grupos sociais, as pessoas se integram à sociedade, estabelecendo relações entre si.
História é o campo do conhecimento dedicado ao estudo das ações dos seres humanos no tempo e no espaço. Esse estudo envolve as re alizações humanas, as transformações sociais, políticas e culturais que ocorrem nas sociedades, bem como as permanências, isto é, aquilo que pouco mudou ao longo do tempo. A História contribui para a compreensão das sociedades e suas características ao longo do tempo: organizações, transformações, ins tituições, mudanças, rupturas, simultaneidades, permanências, além das semelhanças e diferenças que existem entre elas e, também, das relações entre os seres humanos que as constituem. Portanto, a História nos auxilia a conhecer o passado e, desse modo, compreender melhor o presente. Assim, nos tornamos mais capazes de agir para transformar a sociedade.
As diferentes interpretações Sophie Bassouls/Sygma/Corbis/Latinstock
Cada pessoa pode interpretar os acon tecimentos do dia a dia de uma maneira diferente. E essa diversidade é positiva. Já imaginou se todos pensassem da mes ma maneira? Provavelmente não haveria ideias novas.
Martin Ruetschik/Keystone/Corbis/Latinstock
Os historiadores, quando estudam de terminada sociedade, também podem inter pretá-la de diferentes maneiras. O historiador francês Jacques Le Goff (1924-2014) privilegiava em suas pesquisas históricas aspectos culturais das sociedades, como os costumes e a vida cotidiana. Fotografia de 1999.
Dependendo dos métodos de pesquisa e das fontes de que dispõe, o historiador pode dar ênfase, por exemplo, a aspectos políticos, econômicos so ciais ou culturais. A ênfase em um ou mais desses aspectos possibilita ao historiador construir sua própria interpretação histórica com base no enfoque escolhido por ele e pela documentação analisada. O historiador britânico Eric Hobsbawm (1917-2012), ao lado, dava maior ênfase a questões políticas e econômicas. Fotografia de 2004.
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capítulo 1
As fontes históricas Fonte histórica é tudo aquilo que a humanidade produz ao longo do tempo, servindo, portanto, à construção do conhecimento histórico. São exemplos de fontes históricas: jornais, livros, cartas, diários, letras de música, histórias em quadrinhos, pinturas, fotogra fias, filmes, mapas, moedas, vasos, joias, edifícios, paisagens, esculturas e muitos outros. Também são considerados fontes históricas os relatos orais, por exemplo, as histórias contadas por nossos avós. Observe, a seguir, alguns exemplos de objetos que podem ser fontes históricas. Iam na o/ Sh ut ter sto ck /G low
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Fita cassete. Grampos de cabelo. Ma Shurcelo D Glowttersto uffloc Ima ck/ q/ ges
Livro.
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Russ Borud/Shutterstock/ Glow Images
Óculos escuros.
Anel. Bolinhas de gude. Aparelho de televisão.
A construção do conhecimento histórico O conhecimento histórico é aquele produzido a partir da aná lise e da interpretação das fontes históricas. Quando um historiador analisa uma fonte histórica, ele precisa tomar alguns cuidados, pois já possui uma série de ideias, razões e emoções que interfe rem em sua interpretação. Uma mesma fonte histórica pode ser interpretada de diversas maneiras, dependendo dos critérios de análise de cada historiador. Portanto, se cada historiador faz a sua própria interpretação dos acontecimentos históricos, ela não pode ser considerada uma ver dade única e absoluta.
A história vivida O conhecimento histórico é diferente da história vivida. A história vivida refere-se às experiências e aos acontecimentos vividos pelos indivíduos e grupos sociais ao longo do tempo. Ela é formada por inúmeros eventos, que ocorrem todos os dias e em todos os lugares, o que torna impossível que ela seja estudada por completo.
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A análise de uma fonte histórica Ao analisar uma fonte histórica sobre determinado tema, o historiador busca respostas para perguntas como: “quem fez?”, “para quem fez?”, “quando fez?”, “como fez?”, “onde fez?”, “para que serve?” etc. Um historiador que estuda o Egito Antigo, por exemplo, pode consultar diferentes tipos de fontes: construções, objetos de uso cotidiano, textos escritos, pinturas, esculturas etc. Observe na imagem a seguir um detalhe de uma pintura mural egípcia feita por volta de 1400 a.C. A pintura foi encontrada na tumba de um escriba chamado Menna. Escribas fazendo anotações relativas à produção de grãos.
Trabalhadores ceifando.
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Menna.
Foice.
Abrigo para Menna.
Escriba: funcionário do Estado que sabia ler, escrever e fazer cálculos.
Jarro para carregar água.
Cesta para transportar cereais.
Joeirar: separar o trigo de outros cereais com o auxílio de uma peneira.
capítulo 1
Por meio dos elementos dessa fonte histórica, é possível notar que os antigos egípcios praticavam a agricultura. Os indivíduos aparecem joeirando, colhendo o trigo e transportando-o em cestas, auxiliados também pelos animais, que eram corriqueiramente utilizados nessas atividades. Para controlar a produção, escribas fazem anotações, enquanto são supervisionados por Menna em seu abrigo. Explorando a imagem
••Na pintura abaixo, quem são as pessoas que foram representadas trabalhando? Que atividades elas estão realizando?
Gado bovino utilizado na agricultura.
Nina M. Davies. Cópia de cena da Tumba de Menna, 18ª dinastia, Novo Reino, Tebas. Biblioteca do Museu do Louvre, Paris (França). Foto: The Art Archive/Alamy/Latinstock
Trabalhadores joeirando o trigo.
Trabalhadoras em conflito por causa do trigo que sobrou da colheita.
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Os sujeitos históricos Sujeitos históricos são todas as pessoas que participam do processo histórico. Além dos sujeitos históricos individuais, existem os sujeitos históricos coletivos, como os grupos de pessoas que atuam em movimentos sociais, que são fundamentais nas ações de transformação social, cultural, política e econômica. Como exemplos de sujeitos coletivos, podemos citar as associações de moradores, os movimentos estudantis, os sindicatos de trabalhadores e as Organizações Não Governamentais (ONGs), que atuam diretamente na transformação da realidade.
Monkey Business Images/Shutterstock/Glow Images
Por muito tempo, foram considerados sujeitos históricos somente pessoas ditas “importantes”, como reis, generais e presidentes. Acreditava-se que somente esses personagens de destaque determinavam os rumos da história. Atualmente, porém, todos os indivíduos ou grupos de pessoas são considerados sujeitos históricos. Casal de idosos. Os idosos são sujeitos da história e têm uma longa vivência, com participação em vários acontecimentos. Eles geralmente têm muito a contar sobre o passado. Fotografia de 2014.
Museu da Pessoa Site aberto à participação de todos que queiram contar sua história. Nele, é possível conhecer a história de vida de milhares de sujeitos históricos. Visite o endereço: <http://eba.im/i5ikyx>. Acesso em: 17 set. 2014.
Dirceu Portugal/Futura Press
Imagem que mostra um exemplo da ação do sujeito histórico coletivo: professores de Curitiba (PR) durante manifestação por melhores salários e condições de trabalho. Fotografia de 2015.
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capítulo 1
O tempo O tempo é fundamental para os estudos históricos. Existem, no entanto, diferentes maneiras de compreender o tempo.
Tempo da natureza Existe o tempo que passa naturalmente e não depende da von tade humana, ou seja, não é cultural. Esse é o chamado tempo da natureza, que pode ser percebido, por exemplo, pelo crescimento das árvores e pelo envelhecimento das pessoas.
Cultura: conjunto de conhecimentos, costumes, valores, crenças, tradições, entre outros, que podem ser transmitidos de geração a geração em um determinado grupo social.
Tempo cronológico Semen Lixodeev/Shutterstock/Glow Images
Diferentemente do tempo da natureza, o tempo cronológico é medido, contado. Esse tempo é um elemento cultural, pois foi o ser humano que criou as diversas for mas de medição do tempo. O tempo cronológico pode ser dividido em unidades de medida: segundo, minuto, hora, dia, mês, ano etc. Atualmente, os principais instrumentos usados para medir a passagem do tempo cronológico são o relógio e o calendário.
As pessoas que trabalham em uma fábrica, por exemplo, têm suas atividades reguladas principalmente pelo tempo do relógio. Ao lado, trabalhadoras em uma fábrica de produtos alimentícios. Fotografia de 2014.
Tempo histórico O tempo cronológico, como vimos, pode ser marcado por instru mentos de medição, por exemplo, o relógio e o calendário, pois sua contagem é feita com unidades fixas de medida, como a hora, o dia ou o ano. O tempo histórico, por sua vez, possui diferentes ritmos e durações, e pode ser verificado principalmente por meio das permanências e trans formações que ocorrem nas sociedades. São os historiadores que, em seu trabalho, analisam os elementos que caracterizam o tempo histórico.
O arteiro e o tempo Luis Fernando Verissimo. São Paulo: Berlendis e Vertecchia, 2006.
Nesse livro, uma criança conversa com o tempo sobre as transformações que ocorrem ao longo da vida e em diferentes épocas.
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Transformações e permanências
Arquivo/Estadão Conteúdo
As pessoas e as sociedades se transformam no decorrer do tempo, porém, muitos elementos permanecem semelhantes. As fotografias abaixo retratam o Viaduto do Chá, na cidade de São Paulo, em duas épocas diferentes. Repare que, apesar das transformações, alguns elementos permaneceram de uma época para a outra.
Vanessa Volk
Fotografia do Viaduto do Chá, em São Paulo, no início do século XX.
Fotografia do mesmo lugar, em 2011.
Ao comparar essas fotografias, podemos perceber muitas transformações na paisagem, em decorrência da construção de edifícios e da presença de novos meios de transporte. Há, porém, algumas permanências, como o próprio Viaduto do Chá e o prédio do Teatro Municipal, ao fundo, no centro da imagem.
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capítulo 1
O tempo histórico e suas durações O tempo histórico acompanha os ritmos das transformações de cada sociedade: umas apresentam um ritmo mais acelerado de transformações, outras, nem tanto. Para facilitar o entendimento das transformações e das permanências, o historiador francês Fernand Braudel propôs três diferentes durações do tempo histórico: a curta, a média e a longa duração. Observe.
O tempo de curta duração é caracterizado por eventos breves, como um golpe político, uma disputa eleitoral ou a assinatura de uma lei.
O tempo de média duração é marcado por transformações mais lentas, mas que podem ser percebidas no decorrer da vida de uma pessoa, como a vigência de um sistema econômico ou a duração do reinado de uma monarca.
Camila Ferreira
O tempo de longa duração é formado por processos históricos que demoram longos períodos de tempo para ocorrer. É o caso dos valores morais, que se transformam muito lentamente.
Fonte: BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. Tradução J. Guinsburg; T. C. S. da Mota. São Paulo: Perspectiva, 1978.
A partir dessa representação esquemática dos “três tempos históricos”, formulada por Fernand Braudel, podemos perceber que, como o oceano, o tempo é um só, mas possui camadas temporais da mesma forma que o oceano possui camadas de água. Nos dois casos, as camadas são sobrepostas e simultâneas.
É importante observar que os acontecimentos e processos históricos, apesar de terem diferentes durações, estão interligados e podem ser simultâneos. Por isso, o historiador, ao analisálos, precisa levar em conta essas durações.
Simultâneo: evento que ocorre ao mesmo tempo que outro.
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