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uem fica parado é poste, reza a sabedoria popular, e, apesar de tudo o que nos disseram, o Brasil não ficou parado nestes dez anos da PODER. Ou, vai ver, fomos nós que andamos rápido demais. Políticos, empresários, líderes, médicos, vanguardistas, herdeiros, jogadores, artistas, excêntricos, gente muito brilhante passou por aqui – e, claro, vai seguir passando pelos próximos dez – que dez, nada! – vinte anos, que somos loucos para dobrar a aposta. Antônio Carlos de Almeida Castro, ou Kakay, como é mais conhecido o criminalista mais célebre do Brasil, encarna esse espírito. Advoga para todos os poderosos da República e agora também, pode-se dizer, para o Direito, atacado pelos excessos dos mocinhos da Lava Jato. Tudo isso sem perder a brandura: canta horas seguidas, recita poesia, bebe muito vinho e cultiva amigos do peito. Kakay é 10! Só não joga futebol nem comenta partidas que não sejam do Cruzeiro (ou daquele outro time de sua Minas Gerais), que isso ele prefere deixar para quem sabe de verdade lidar com contenciosos. Como Juca Kfouri, que, ao sentar praça no jornalismo, liberou o coração vermelho para bater fora do horário de trabalho. Ideologia pode até parecer algo démodé na era Trump, mas se o dinheiro for mesmo a medida das coisas, o presidente norte-americano tem um rival à altura em seu próprio quintal, o incorporador Stephen Ross, chamado “The King” em Nova York, sujeito para quem a palavra “utopia” não existe. Enquanto isso, o repórter Chico Felitti mostra qual é o novo pesadelo dos políticos: seus prontuários médicos. Mas a hora é de comemorar. Então, vamos celebrar de verdade, com champanhe, que a gente mostra como consumir de diversas maneiras, até no prato, em uma receita divina de camarão com caviar. Falamos ainda de helicópteros e da beleza do Japão, maravilhosamente retratada por Maurício Nahas – que também fotografou Kakay. Uau! Que venham as próximas décadas.

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