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SE JOGA

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por luciana franca fotos pedro dimitrow styling rapha mendonça beleza max weber

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CAPAQ uando tinha 5 ou 6 anos, Jordana era cordeirinho de Cristo na igreja evangélica perto de sua casa, em Bangu, subúrbio carioca, e foi convidada para cantar no culto de domingo. Ficou dias ensaiando uma música da cantora gospel Cassiane, de quem sempre gostou. Mas na hora em que pegou o microfone, cantou “Vou Passar Cerol na Mão”, hit do início dos anos 2000 do Bonde do Tigrão. “Passei o dia ouvindo funk, meu pai adorava. Nem imaginava que eu estava lá cantando funk. Na minha cabeça, estava cantando o louvor que eu tinha ensaiado”, relembra, aos risos. O pastor achou melhor não interromper a apresentação para não constranger a criança – e a plateia aplaudiu.

Cheia de personalidade e com alma de artista desde sempre, Jojo era o centro de qualquer reunião de sua família festeira, dançando e sambando. No colégio, quando um professor faltava, ela juntava as amigas para suas performances. As meninas eram juradas e Jojo fazia as vezes de cantora e apresentadora. Ela criou um sobrenome artístico naquela época, se apresentava como

Jojo Maronttinni, nome que usa até hoje para assinar suas composições. Mas gosta mesmo é do codinome Todynho, só não o usa oficialmente porque Toddynho é marca registrada do famoso leite achocolatado.

Como boa parte dos artistas de sua geração – Jojo faz 24 anos este mês –, a fama chegou pela internet. Começou a postar vídeos em suas redes sobre assuntos variados, de empoderamento feminino a novela, que logo viralizaram. Fã de Bibi, personagem de Juliana Paes em A Força do Querer, trama de 2017 que está sendo reprisada atualmente na Globo, acabou sendo convidada pela produção para fazer uma participação. Logo depois, fez um teste vocal com o DJ Batata, começou a gravar suas próprias músicas, participou do clipe de Anitta “Vai Malandra” e, então, explodiu com o hit

“Que Tiro Foi Esse?”. Tudo no mesmo ano.

Conta que paralelamente à música, gostaria de atuar. Já carreira internacional não faz parte de seus esforços. “Se acontecer, aconteceu, mas eu não busco isso, não. Deixo para a Anitta, que já virou uma explosão mundial”, diz, sobre a amiga famosa. Outro plano da funkeira é fazer faculdade de psicologia. “Sempre fui conselheira de todo mundo, gosto de cuidar”, justifica ela, que faz terapia para controlar suas emoções. Na conversa com J.P, ela fala sobre sua personalidade forte que foi mostrada para todo o Brasil durante a 12ª edição de A Fazenda, da Record. “Fui criada com muita sinceridade, muita verdade, e busco isso nas pessoas. Se esse meu jeito de falar parece arrogância, prepotência, que pareça. Se ser falso é sinônimo de educação, que eu seja mal-educada. Não faço questão de agradar ninguém. Não tenho dificuldade nenhuma em falar não.”

Se Jojo gosta de palpitar sobre a vida alheia quando as amigas pedem, não gosta que ninguém se meta na sua. Aliás, disse que aprendeu a se empoderar seguindo o conselho da avó: “Faça qualquer coisa sozinha, você se basta, não precisa de ninguém para ir a lugar nenhum”. Jojo prefere fazer compras no shopping sem ninguém para dar pitaco em suas escolhas e viaja desacompanhada, como fez no último Réveillon. Dias depois de ganhar o reality show,

passou a virada do ano solitária em uma pousada em Paraty (RJ). Precisava refletir sobre o ano que terminara, com um turbilhão de emoções: sua exposição na TV e a perda de pessoas queridas. Quanto ao prêmio, Jojo é grata a ele, mas lembra que a quantia não mudou sua vida. “Eu não entrei no reality sem dinheiro, porque sempre trabalhei, já tinha o meu nome. Dura, eu não sou, o prêmio veio para acrescentar”, diz ela. “Saiu [uma notícia]: ‘Jojo Todynho compra mansão’. Que mansão a pessoa compra com R$ 1,5 milhão? Eu já tinha comprado a minha casa e, quando saí do programa, fui lá e quitei. Não comprei uma mansão, é uma casa grande, confortável, na Taquara [zona oeste do Rio], e agora minha avó vai morar comigo.”

Antes só do que mal-acompanhada tem sido sua bandeira também na vida amorosa. “Eu vivo solteira, não quero ninguém, não tenho paciência. Já fui casada, o que não me falta é macho, mas sou pássaro, gosto de viver livre, não gosto de dar satisfação em casa. Não me vejo com esse comprometimento.” Para o passarinho livre chamado Jojo, o céu é o limite. Aliás, foi a música “Sky’s the Limit”, do rapper americano The Notorious B.I.G., que a cantora pediu para tocar quando começou a posar para as fotos desta capa. Ela tem o título do rap tatuado no pulso. Entre as outras marcações pelo corpo, a frase “Prosperei com o suor do meu trabalho” ocupa a coxa esquerda. Dois lemas que justificam todo seu sucesso. n

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