J.P DE OLHO

Uma seleção de marcas e designers independentes, e seus produtos cheios de charme e afeto

POR ANA ELISA MEYER

LOUÇAS TEMPERAMENTAIS

Cheios de bom humor e charme, os pratos da Lou são criativos e únicos. Iniciada como uma fonte de renda paralela há mais de um ano, a marca das amigas Mariana Casalecchi e Simone Paganelli reúne frases contemporâneas aplicadas em louças garimpadas em antiquários e feiras de antiguidades. Após a queima, as peças são restauradas utilizando uma técnica semelhante ao kintsugi japonês, com folha de ouro nas emendas. Além das criações autorais, a marca convida artistas para parcerias e aceita encomendas personalizadas. @LOU_LOJA

ROUPA DE CASA

As mantas e almofadas modernas da Microcosmo seguem uma paleta de cores inspirada no trabalho de artistas abstratos da primeira metade do século 20. A produção da marca, desde o desenho até o acabamento final, é feita a quatro mãos pelas amigas Gabriela Garcia e Irina Bertolucci. Elas utilizam a técnica de quilting, em que a costura junta vários pedaços e camadas de tecidos diferentes. “Buscamos, simultaneamente, algo impecável e descontraído, uma peça memorável e durável, que não fique datada com o tempo.”

@MICROCOSMO.CASA

FOTOS DIVULGAÇÃO

Quando pediu demissão de um trabalho que não estava lhe fazendo bem, Dandara Sevilha buscou a cerâmica como hobby. Só que se apaixonou e acabou transformando o ofício em negócio ao criar a Ímpar Ateliê. Ela desenvolve acessórios respeitando o tempo e os imprevistos do processo artesanal. “A mensagem que quero passar é a de empoderamento das faltas, defeitos e imperfeições; trazê-los não como aspectos negativos, mas que tornam você e o que está usando em algo único, humano e artístico”, defende a ceramista. @IMPAR.ATELIE

CONTEMPORÂNEA

Após anos trabalhando no mercado corporativo, Bárbara Heliodora resolveu tirar um período sabático e acabou se encontrando em um ofício bem familiar. Influenciada pela avó paterna, que era chapeleira em Brasília, na década de 1980, Bárbara criou sua marca homônima de chapéus para festas e noivas em 2009. Alguns anos depois, lançou a Barbaräh, de chapelaria casual. Ela cria edições limitadas e releituras de modelos clássicos, como o Fedora e o tradicional do malandro, a versão brasileira do inglês “boater hat”, dos anos 1920.

@BARBARAH

HERANÇA

“Amor ancestral na arte de se vestir”: essa é a mensagem que Karine Priscila quer passar com a Negrita Modas. Inspirada pelos batiks africanos e tailandeses – técnica de pintura em tecidos -, é a própria modista quem desenvolve as peças e as padronagens manualmente. Com um trabalho totalmente artesanal e boa parte da produção feita sob encomenda, evitando estoque parado, a marca carioca apresenta uma moda autoral, autêntica, colorida e cheia de história.

@NEGRITAMODAS.