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VIEIRA SOUTO 458

VIEIRA SOUTO 458

CACAU PROTÁSIO Ela é a cara do humor na TV hoje. Ganhou o público como a empregada intromedita Zezé, da novela Avenida Brasil, em 2012, e, desde então, vem colecionando sucessos, sempre com uma comédia rasgada e bem popular. Neste ano, vai aparecer na série Mister Brau, promete rodar o país com a peça Deu a Louca na Branca, além, é claro, de participar da sexta temporada do Vai que Cola, do Multishow. O melhor é que Cacau é bem resolvida: faz um movimento de autoaceitação com outras atrizes acima do peso chamado Gordelícia, que vem causando barulho. Afinal, tem coisa mais atual do que assumir os quilinhos a mais?

por fernanda grilo

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J.P: Existe Cacau de mau humor? CACAU PROTÁSIO: Sim! Na TPM. Meu marido tem um aplicativo que avisa quando estou assim. Ele fala: “Cuidado, ela está atacada”, normalmente quando estou colocando o garfo na boca e chega uma pessoa pedindo para tirar foto. J.P: Fazer rir cansa? CP: Não, é tão gostoso... Mesmo no erro. Quando estou fazendo no palco e erro uma fala, as pessoas dão risada e isso é tão gratificante. J.P: Atriz ou comediante? CP: Me considero atriz, faço drama ou comédia. Tem uma galera que é mais comédia e se colocar para interpretar algo mais pesado, não tem a mesma intensidade. J.P: Um papel inesquecível? CP: Zezé, de Avenida Brasil. Foi ela que me trouxe para o mundo e me fez famosa. J.P: Já conheceu alguma Carminha? CP: Graças a Deus ainda não, mas eu amava a Carminha... Aquela peste. J.P: Se pudesse mudar alguma coisa em você, o que seria? CP: Deixaria de ser olho grande. Para comida, tá? Sou feliz com meu corpo, nunca deixei de fazer nada, mas se pudesse daria uma maneirada por questão de saúde. J.P: Vive em uma eterna briga com a balança? CP: Procuro não passar do tamanho que estou. Uso 52 e quero chegar ao 50. Monitoro porque não é bom para o fígado, joelho... Mas não me privo. Às vezes tenho fome de mendigo e chego a tomar três milk-shakes no fim de semana. J.P: O que te faz quebrar a dieta? CP: Perguntar isso para um gordo não faz sentido. Gosto de tudo! Amo desde sorvete e lasanha a coxinha de galinha. Só não me dê quiabo. J.P: Sem glúten ou sem lactose? CP: Com tudo, bota com glúten e lactose! J.P: Você tem um manifesto para falar de aceitação do corpo. Gosta de ser chamada de gordelícia? CP: Eu não me ofendo, mas tem gente que não gosta. As gordelícias são lindas, bem resolvidas, se vestem bem e do seu jeito. Eu me acho uma gordelícia, delícia. J.P: Quando é brincadeira e quando é preconceito? CP: Depende do tom que a pessoa te fala. Até para dizer algo que não gosta tem de ter respeito. J.P: O que não sai da sua cabeça? CP: Fazer festa. Depois que fiz o meu casamento, toda hora já estou pensando na comemoração do ano que vem. J.P: Mania? CP: Ficar pintando ou colando unha postiça. J.P: Vício? CP: Gosto de música. Se deixar fico cantando 24h. Também gosto de criar coisas, artesanato. Agora estou fazendo relicário. Tá na moda. J.P: Melhor conselho que já deu? CP: Esse eu dou todo dia quando olho no espelho: “Você é feliz e seu dia será maravilhoso. Tenha fé!”. J.P: Melhor conselho que já ouviu? CP: Guarda dinheiro porque a gente não sabe o que vai acontecer amanhã. Minha mãe fala o tempo inteiro: “Claudiaaaaaa, cuidado!”. J.P: O que faz com o seu dinheiro? CP: Agora tenho minha casa, então já tenho onde cair morta. Então fico pensando: será que compro o carro ou guardo o dinheiro? Agora já comprei o carro também, então estou guardando dinheiro. J.P: Uma extravagância? CP: Quando fui para Nova York pela primeira vez fui a uma loja enorme, tipo um mercado Extra inteiro de plus size. Comprei tudo o que tinha no meu número. J.P: Um talento que ninguém conhece? CP: Costura. Adoro criar roupa, tenho várias ideias, corto, costuro, tanto que acabei de comprar uma máquina. J.P: Quem gostaria de ser? CP: Beyoncé, mas sei lá... Posso ser mais feliz que ela. J.P: Ser negro e bem- -sucedido no Brasil é? CP: Difícil! O preconceito existe muito ainda e eu me faço de cega, finjo demência e o preconceito é do outro. J.P: O que faz para ser feliz? CP: Vou para Campos de Goytacazes com minha família e fico no quintal de casa fazendo um churras e falando da vida alheia.

FOTO MAURÍCIO FIDALGO/TV GLOBO

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