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POR AÍ

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NOVA YORK

NOVA YORK

POR KIKI GARAVAGLIA

POR DENTRO DE BANGCOC Com seus templos budistas, culinária exótica e muita animação, a capital da Tailândia não é mais apenas um pit stop

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Antigamente, a maioria das pessoas usava a cidade de Bangcoc, capital da Tailândia, como uma parada aérea para o sudeste asiático. E foi justamente isso que aconteceu quando fui ao Vietnã, por exemplo. Me hospedei no maravilhoso Mandarin Oriental, às margens do rio Chao Phraya, para descansar do longo voo e desfrutar do spa e da paisagem dos arredores do hotel, antes de seguir para o meu destino.

Mas, em 2013, voltei para enfrentar a imensidão de programas a serem feitos nessa fascinante cidade, que é parte metrópole futurística, parte imersa num passado de ouro. Sim, a maioria das estátuas é de ouro. Inclusive, o país tinha o nome de Sião, que significa... ouro.

As atrações são muitas, mas as mais famosas estão concentradas na parte histórica, nas redondezas do Grand Palace, construído em 1782 pelo rei Rama I para ser sua residência. Nessa região existem centenas de pavilhões, jardins imensos e suspensos, além de templos – o mais famoso é o do buda de esmeralda, que na verdade é de jade. O gigantesco buda dourado reclinado, de 50 metros de comprimento na horizontal, é datado do século 16 e fica no templo Wat Pho, local dedicado à medicina tradicional e a excelentes massagens tailandesas. Do outro lado, o Wat Mahathat é um centro de meditação e mercado de amuletos, e é possível ver monges passeando pelos corredores. No terraço superior, as cúpulas são feitas de madrepérolas deslumbrantes. Um dia apenas não é suficiente para ver nem a metade, e eu, sem espaço suficiente, para contar das maravilhas desse lugar.

Aos domingos, a dica é alugar um dos longos barcos motorizados e navegar pelos klongs, ou canais, até Taling Chan, observando esse povo que nasce, vive e morre em suas embarcações. Nas margens, quiosques de flores, legumes e frutas se tornam restaurantes a céu aberto, além dos outros barcos ancorados, cada um com suas especialidades culinárias de camarões, peixes ou caranguejos.

Se preferir restaurantes sofisticados e famosos, existem vários, mas sugiro as iguarias da cozinha molecular do chef Gaggan Anand, que está entre os 50 melhores da Ásia. Já no bairro Nahm, o chef David Thompson é famoso por suas receitas imperiais tailandesas e comidas típicas.

Para viver e sentir a vida local é preciso conhecer as feiras populares, como o Sampeng Market, em Chinatown, o mercado têxtil de Phahurat, ou, ao anoitecer, os bazares de Rot Fai, que explodem em animação com as mais variadas atividades. Fiquei fascinada e fui adentrando por passagens estreitas até chegar à parte do baixo meretrício, mundialmente famoso. Quase entrei numa boate onde as moças jogavam bolas de pingue-pongue, umas nas outras, quando minhas duas companheiras me puxaram de volta e resolveram voltar para a segurança do nosso hotel. Acho que vou ter de voltar mais uma vez a Bangcoc... Sem as acompanhantes idosas.

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viajante insaciável, KIKI GARAVAGLIA já correu o mundo e, no momento, pode estar em londres ou marrakesh. só tem medo de morrer sem antes conhecer dubai

FOTO ARQUIVO PESSOAL

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