Revista Plástico Sul 211

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Expediente

Editorial

Edição # 211

Esquenta ou esfria

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3119.7148 editora@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: rawpixel.com/Freepik Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

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a farmácia não há mais álcool Gel nas gôndolas, demonstrando enorme falta de habilidade do povo brasileiro em administrar com empatia um problema de saúde mundial. Os resultados nos prognósticos de desempenho da economia nacional já apontam danos no PIB e empresários do setor já tem uma visão sobre o assunto. Feiras estão sendo postergadas no mundo, materiais impedidos de continuar em transporte, porém cresce a demanda pelos descartáveis. Ora veja, justamente os vilões do mundo agora aparecem como salvadores da humanidade! Sim, nós partícipes do setor já sabíamos disso, mas a população em geral ainda acha que consumir um copo plástico e descartá-lo corretamente, é um crime ambiental. Vivemos dias difíceis e o nosso descartável de cada dia é uma das importantes alternativas para manter a saúde das pessoas. De outro lado abordamos também a representatividade do plástico na indústria de embalagens e seu desempenho. Percebemos esse setor sendo aquecido e 2020 promete ser melhor ainda. Da mesma forma o agronegócio tem favorecido o consumo de plásticos no Brasil, porém ainda há importantes desafios a serem vencidos, como por exemplo, uma maior conscientização dos benefícios do plástico na lavoura. É preciso entrar no campo e mostrar o quanto o material pode agregar de valor nos produtos, diminuindo perdas e aumentando a produtividade: colocar a mão na massa, ou melhor, na lavoura. Esses são alguns dos inúmeros temas abordados nessa edição e fica a reflexão: em 2020 ou esquenta, ou esfria. Qual a sua opinião?

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

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EspecialPlástico no Agronegócio

Tempo de colheita Apesar dos entraves, participação do plástico no agronegócio cresce e o material demonstra ser aliado na produtividade quando o assunto é lavoura

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om grande potencial de crescimento a plasticultura tem apresentado importantes evoluções no Brasil. Nos últimos anos, entre 2,5% e 3% da produção de transformados plásticos no Brasil foram consumidos pela agricultura. Conforme o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, o percentual vem crescendo gradualmente e mostra a evolução da participação dos plásticos nesse setor da economia. “Em razão das inúmeras soluções existentes para uma das principais atividades econômicas do Brasil, diferentes culturas podem se desenvolver em diferentes regiões e condições climáticas”, afirma o dirigente. Para Roriz, sendo parte de soluções sustentáveis e tecnológicas, o plástico contribui para a produtividade no agronegócio, alinhando maior produção e qualidade e também auxiliando para a atenuação de desafios globais ligados à alimentação. “Devido à importância do material para reduzir perdas no campo, o uso de agroquímicos e de água para irrigação, a perspectiva é que a presença do plástico na agricultura continue a crescer”, avalia. Embora com grande potencial de expansão, ainda persiste o desafio de melhor informar as vantagens da plasticultura, do cultivo protegido e outras soluções plásticas para o empresariado do agronegócio, que se encontra muito disperso pelo País. “A falta de incentivos fiscais e insegurança jurídica são outros pontos de dificuldade para os produtores”, explica o presidente da Abiplast. As soluções que atendem esse setor utilizam três tipos de plásticos: o polietileno (PE), o polipropileno (PP) e o PVC.

Soluções pós-colheita

Com sua linha de soluções de conservação pós-colheita DaColheita, a Termotécnica procura crescer constantemente sua atuação no agronegócio e diversificar o portfólio para atender novas culturas de FLV (frutas, legumes e verduras). “Temos um grande ativo de proximidade e reconhecimento da marca DaColheita para soluções para FLV junto a toda a cadeia, desde os produtores no campo, o canal de distribuição e o varejo de hortifrútis especializado. Isso nos dá muito potencial para diversificar o atendimento para todas as culturas de produtos frescos”, afirma o diretor Superintendente da Termotécnica Nivaldo Fernandes de Oliveira. E complementa: “somos reconhecidos pelos agricultores por não apenas fornecer o produto, mas introduzir novas tecnologias e soluções e um novo modelo de negócios para agregar valor à produção de hortifrutis brasileiros. 6 > Plástico Sul >>>

Essa visão de que somos protagonistas no desenvolvimento de ações inovadoras neste mercado com soluções de pós-colheita tem sido extremamente positivo para nossa marca e para a credibilidade do nosso trabalho”. Esse trabalho inovador da Termotécnica no desenvolvimento de soluções de alto valor agregado foi atestado e reconhecido em 2019 com uma premiação internacional no WorldStar. Concedido pela WPO (World Packaging Organization), o WorldStar é o mais importante prêmio internacional do mercado de embalagens. Concorrendo com mais de 300 soluções de todo o mundo, a conservadora DaColheita para cumbuca de frutas venceu nas categorias Food e Save Food, recebendo reconhecimento prata como solução para o combate ao desperdício de alimentos.

Tecnologia e design patenteados

As conservadoras DaColheita são desenvolvidas em EPS (poliestireno expandido), 100% recicláveis e alinhadas à iniciativa Save Food da ONU que tem o objetivo de reduzir o desperdício de alimentos em toda a cadeia de produção, distribuição e consumo. Com tecnologia e designs patenteados, permite alto isolamento térmico, facilidade no empilhamento e transporte. Isso representa também dias a mais com frescor da fruta nas gôndolas com muitas vantagens para o varejista. Acompanhando as principais tendências mundiais, a Termotécnica investe nas tecnologias mais inovadoras para suas soluções pós-colheita, como a atmosfera modificada e nanotecnologia para manter as condições ideais para frutas e hortaliças preservarem sua integridade, qualidade nutricional e frescor por mais tempo. Nesta verdadeira corrida contra o tempo, do produtor ao consumidor, as soluções DaColheita ampliam em até 30% o shelf-life das frutas mantendo suas propriedades nutricionais. Ao proteger contra trocas bruscas de temperatura as conservadoras DaColheita contribuem para reduzir podridões e conservar o peso e o aspecto de frescor das frutas. Como consequência, essas características aumentam o valor agregado com a percepção de fruta de qualidade superior e produto premium. Promovem aumento do giro das mercadorias, o fortalecimento da marca do produtor com identidade visual e associação à qualidade. As soluções DaColheita também abrem um leque de oportunidades para ofertar o produto em outros períodos além da safra. A seguir, dois exemplos de ganhos com o uso da conservadora DaColheita produzida em EPS em comparação a embalagens de papelão:


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Certificados por testes em laboratórios europeus (AgroTropical e HDG), esses resultados conferem redução de perdas e desperdício de alimentos, o que torna a linha DaColheita sustentável e adequada para acondicionar as frutas da colheita até o consumidor, reduzir a absorção de impactos no transporte e melhorar a exposição no varejo. E com a recente conquista da premiação WorldStar a Termotécnica consolida-se como referência mundial em soluções pós-colheita contribuindo para que frutas, legumes e verduras brasileiros ganhem mais destaque nos mercados internacionais.

Inovação e Tecnologia

As soluções DaColheita reforçam o compromisso da Termotécnica em desenvolver soluções de embalagens inovadoras, ativas e sustentáveis. O EPS é um

material 100% reciclável formado por 98% de ar, não utiliza CFC e HCFC e por isso não gera danos à camada de ozônio. Por ser inerte, não prolifera fungos e bactérias. O seu processo requer baixíssima utilização de recursos naturais como água e energia, não contamina e não gera riscos à saúde e ao meio ambiente. Desde 2007, a Termotécnica realiza o Programa Reciclar EPS, com logística reversa e reciclagem do material em todo o Brasil. Já são mais de 40 mil toneladas de EPS pós-consumo que ganharam um destino mais nobre – ou seja, 1/3 de todo o material consumido no país. Além da parceria próxima com os produtores e agentes de toda a cadeia logística, a Termotécnica amplia também o trabalho com os varejistas para aderirem ao Reciclar EPS e disponibilizarem ao consumidor final pontos de recolhimento para reciclagem deste material. Com as soluções pós-colheita a Termotécnica contribui com o objetivo de cortar pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento. <<< Plástico Sul < 7


EspecialPlástico no Agronegócio

“A utilização de soluções plásticas no agronegócio ainda não atingiu sua maturidade no Brasil”

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m entrevista exclusiva, Ana Paiva (foto), especialista em Desenvolvimento de Mercado da Braskem, fala sobre as oportunidades e obstáculos da participação do plástico no campo. Para a executiva, um dos principais desafios é fazer com que a informação sobre os benefícios das soluções plásticas chegue até o produtor. Revista Plástico Sul - Como avalia a evolução da participação dos plásticos na agricultura e quais as perspectivas? Ana Paiva - A agricultura é um setor com grande potencial de expansão para o uso do plástico. Estudos mostram que a população mundial estará próxima a 10 bilhões de pessoas em 2050 e que haverá aumento da classe média em países como o Brasil e uma concentração ainda maior de pessoas em áreas urbanas. Isto significa que será necessário um aumento de 70% na disponibilização de alimentos, haverá maior demanda por alimentos saudáveis e por proteína animal. Por outro lado, haverá falta de mão-de-obra no campo para garantir a produção deste incremento de alimentos. Desta maneira, as soluções de plástico para o agronegócio estão alinhadas com o conceito “produzir mais, com menos”. No geral, as aplicações plásticas aumentam a produtividade no campo, proporcionam redução de consumo de agroquímicos, demandam menos recursos hídricos e usam menos mão de obra. RPS - Quais os desafios e oportunidades da plasticultura no país? Ana Paiva - Fora do Brasil, em alguns países como USA e China, a utilização do plástico no agronegócio é muito ampla. Por exemplo, na China, usa-se cerca de 2,5 milhões de toneladas de mulchfilm (filme de cobertura de solo para controle de erva daninha e retenção de umidade). Este número está próximo ao tamanho do mercado brasileiro de polietileno. No Brasil, as aplicações de plástico no agronegócio são recentes e estão começando a se tornar mais populares agora. Mas se analisarmos as megatendências e o cenário futuro, que mencionamos na pergunta anterior, é sabido que o Brasil terá um papel de protagonismo neste aumento de produção

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de alimentos até 2050. Considerando que não há espaço para abertura de novas áreas (desmatamento) este aumento de produção de alimentos se dará por meio do aumento de produtividade, tanto da agricultura quanto da pecuária. Para atingir este aumento de produtividade será necessário investimento em tecnologia e as soluções plásticas, com certeza, serão uma das ferramentas utilizadas para se atingir este objetivo. A utilização de soluções plásticas no agronegócio ainda não atingiu sua maturidade, no Brasil, porque não existia uma necessidade tão forte de aumento de produtividade, uma vez que o Brasil é um país continental. Agora, o desafio que a cadeia do plástico enfrenta é fazer com que a informação sobre os benefícios das soluções plásticas chegue até o produtor. RPS - Como você avalia o uso e reciclagem de polietilenos para filmes agrícolas no país? Ana Paiva - A Economia Circular é um tema crucial nos dias de hoje. A cadeia do plástico precisa se mobilizar e trabalhar, para que todas as aplicações plásticas, inclusive no setor agro, sejam a reutilizadas ou recicladas. Este tema é prioridade para a Braskem. Em nosso compromisso público em prol da Economia Circular, definimos uma série de iniciativas para o desenvolvimento de parcerias com os clientes na concepção de novos produtos para ampliar e facilitar a reciclagem e a reutilização de embalagens plásticas, especialmente as de uso único. Esse documento contempla ainda o avanço de investimentos em novas resinas de origem renovável, como o polietileno I’mgreen™ bio-based, feito a partir da cana-de-açúcar, e apoio a novas tecnologias, modelos de negócios s sistemas de coleta, triagem, reciclagem e recuperação de materiais. Em relação às aplicações plásticas para o agronegócio, estamos trabalhando em várias iniciativas alinhadas com a Economia Circular que serão apresentadas para o mercado em breve. RPS - O que a plasticultura representa para os negócios da Braskem? Ana Paiva - Algumas aplicações como as embalagens para agroquímicos, sementes e fertilizantes,


peças máquinas e implementos tem uma participação relevante na composição do resultado da Braskem. O potencial de novos volumes com plasticultura é muito expressivo, ainda está distante de atingir a maturidade e é por isto que a Braskem tem investido de forma bastante diferenciada neste mercado. RPS - Dentro de todas as aplicações disponíveis neste contexto, o que a Braskem tem a oferecer para o referido mercado? Ana Paiva - A Braskem oferece ao mercado um portfólio de resinas bastante amplo para atender aos mais diversos requisitos técnicos das soluções plásticas para o agronegócio. Além disso, a Braskem, agora, dispõe de uma equipe com especialistas em agronegócio na área comercial, em marketing, em engenharia de aplicação e em desenvolvimento de mercado. Esta equipe está à disposição dos clientes tanto para apoia-los no desenvolvimento de produtos plásticos já mais consolidados no mercado, como a definição de formulações adequadas para atender as necessidades especificas de produtos aplicados no agro, tanto para trabalhar em parceria com os transformadores que se lançam no desenvolvimento de mercados

ainda não maduros no Brasil, como por exemplo: • Mulch: filme de cobertura de solo que impede o crescimento de ervas daninhas. Essa tecnologia elimina a necessidade de aplicação de herbicida na linha de cultivo e evita a evaporação da água, retendo maior umidade no solo e resultando em aumento de produtividade; • Irrigação de baixo volume: no sistema por gotejamento, praticamente toda a água colocada no solo é aproveitada pela planta o que significa, maior produtividade e otimização na utilização de recursos hídricos; • Wrap: stretch agrícola, que envolve o fardo de silagem pré-secada, é uma excelente solução para garantir alimentação adequada para o gado leiteiro no momento da seca, quando existe restrição na disponibilidade de pastagem. Essa solução plástica ajuda a evitar queda na produção de leite nos momentos de seca e minimiza o impacto de questões climáticas na disponibilidade do alimento.

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DestaqueEmbalagens

Firme e forte O Setor de embalagens plásticas apresenta crescimento em 2019, na contra-mão de outros segmentos da indústria, demonstrando capacidade de inovação e valor agregado à sociedade

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setor de embalagens é sem dúvida um dos mais prósperos da indústria de transformação de plásticos na atualidade. Segundo levantamento da ABIPLAST, enquanto em 2019 houve redução na produção de laminados, a produção de embalagens plásticas cresceu +2,2%. Tal resultado está alinhado com o aumento da produção de setores como o alimentício (+1,6%) e o de bebidas (+4%). Todos esse desempenho positivo demonstrado através dos números que veremos a seguir tem dois significados: que o material plástico ainda é a forma mais prática e sustentável de armazenagem de conteúdo; e que a indústria transformadora de embalagens está alinhada com as demandas atuais do mercado. Estudo exclusivo macroeconômico da indústria brasileira de embalagem, realizado pela Euromonitor, demonstra que o valor bruto da produção física de embalagens atingiu o montante de R$ 75,3 bilhões em 2018, um aumento de 11,9% em relação aos R$ 67,3 bilhões alcançados em 2017. Os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondente a 41% do total, seguido pelo setor de embalagens de papel/cartão/ papelão com 33%, metálicas com 17%, vidro com 4%, têxteis para embalagens com 3% e madeira com 2%. Já a produção da indústria de embalagem apresentou um crescimento de 4,9% no primeiro semestre de 2019. Com exceção de embalagens de madeira, todas as outras classes apresentaram crescimento, com destaque para embalagens de vidro e metal. Dentre os grandes usuários de embalagens, alimentos, bebidas, fumo e eletrodomésticos apresentaram crescimento. Já os outros setores, como farmacêuticos e cosméticos, por exemplo, tiveram uma retração em sua produção. De acordo com o estudo, o país ainda passa por um período de ajuste, muito parecido com outros países que passaram por crises semelhantes e que ainda apresentará algumas oscilações durante algum tempo, mas a perspectiva é que a recuperação econômica se consolide nos próximos anos. Para analisar o crescimento de embalagens por categorias, foi utilizada a base de dados Passport da Euromonitor, que inclui as embalagens primárias do varejo de alimentos processados, bebidas, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de cuidados pessoais e alimentos para pets. Esta base de dados não considera as embalagens secundárias e/ou de transporte. Do total de embalagens mensurados pela base de dados, a maior parte destas é de embalagens flexíveis, seguidas por embalagens de plástico rígido e cartonadas assépticas. De acordo com o estudo, ocorreu uma retração no volume de embalagens de 2014 a 2018, devido a forte crise econômica dos últimos anos. De qualquer


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DestaqueEmbalagens embalagens de vidro (21,2%), metálicas (17,0%) e papel/papelão (7,0%). DIVULGAÇÃO

Alimentos acondicionados em filmes plásticos: praticidade e conservação

forma, há estimativas de que no longo prazo todos os tipos de embalagens apresentam perspectivas de crescimento em volume. A indústria de plástico é a que mais emprega, totalizando, em maio de 2019, 118.022 empregos formais, correspondendo a 53,43% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 32.697 funcionários (14,80%), papel com 22.056 (10,00%), metálicas com 17.690 (8,00%), madeira com 13.263 (6,00%), cartolina e papelcartão com 9.225 (4,19%) e vidro com 7.910 (3,58%).

Exportações

No primeiro semestre de 2019 as exportações diretas do setor de embalagem movimentaram um total de US$ 258,7 milhões, valor que representa uma retração de -14,4% em relação ao primeiro semestre de 2018. As embalagens metálicas correspondem a 36,6% do total exportado, seguidas pelas embalagens plásticas com 31,6% na segunda colocação. Em relação ao crescimento de exportações por segmento, o setor de embalagens de papel/papelão teve um crescimento de 35,0% no valor total exportado em relação ao mesmo período do ano anterior, seguido por embalagens de madeira com acréscimo de 7,8%. Já os setores de embalagens de vidro, metal e de plástico tiveram um decréscimo de -33,2%, -29,3% e -19,3%, respectivamente.

Importações

As importações tiveram um crescimento de 6,4% no primeiro semestre de 2019 na comparação com o mesmo período do ano anterior, movimentando um total US$ 307,8 milhões. O setor de plásticos corresponde a 54,7% do total importado, seguido por 12 > Plástico Sul >>>

Inovação

Exemplo do comprometimento da cadeia com Pesquisa & Desenvolvimento para o setor de embalagens está nos constantes investimentos em inovação. A BASF e o Grupo Fabbri desenvolveram uma solução sustentável para o filme aderente usado em embalagens de alimentos frescos. Com base no ecovio® compostável, o Nature Fresh é um filme esticável (stretch) e transparente. Carnes, frutos do mar, frutas, verduras e legumes podem ser embalados manualmente ou com equipamento automático para embalagens, sendo possível o uso também em embalagens esticáveis industriais. É o primeiro filme esticável compostável certificado que combina a barreira a gases ideal para uma vida útil prolongada de alimentos frescos, com elevada transparência e excelentes propriedades mecânicas para o empacotamento automático. O produto é aprovado de acordo com os padrões americanos e europeus para contato com alimentos. Essas características ajudam o filme a manter os alimentos frescos por mais tempo em comparação às alternativas de Policloreto de Vinila (PVC) e Polietileno (PE). Assim, as emissões de gases de efeito estufa provenientes do desperdício de alimentos podem ser reduzidas. Após o uso, o produto pode ser compostado juntamente com qualquer resíduo de alimento, seja em compostagem doméstica ou industrial, de acordo com a legislação local. Desta forma, o produto permite a reciclagem orgânica e ajuda a fechar o ciclo de nutrientes para uma economia circular. Aderente ou esticável, o filme fino e flexível é usado predominantemente em embalagens e aplicada em um processo de estiramento. O empacotamento pode ser feito manualmente ou por máquinas. Suas propriedades mecânicas, como resistência à tração e alongamento na ruptura, barreira a gases, transparência do filme e estética, recuperação elástica e antiembaçamento são comparáveis aos filmes feitos de PVC. Ao mesmo tempo, o ecovio® mostra uma melhor transmissão de vapor de água do que o PE, fator essencial para uma embalagem ideal de alimentos frescos. “O mercado passa por mudanças e busca por alternativas ao PVC, que, atualmente, é o padrão de performance para a maioria dos filmes esticáveis aderentes para produtos frescos. Os filmes de PE têm uma performance ruim, geralmente resultando em uma vida útil reduzida dos alimentos frescos embalados. Com isso, temos consideráveis emissões de gases de efeito estufa advindas do desperdício de alimentos. Frutas e legumes, por exemplo, são responsáveis por 33% das emissões de gases de efeito estufa de todo os resíduos de alimentos no mundo todo. O ecovio® compostável certificado permite a produção de um filme aderente que prolonga


PACKAGING & PROCESS WEEK

Com o objetivo de discutir a indústria de embalagens no Brasil, a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas realizou no dia 18 de fevereiro, em São Paulo (SP), o evento “Tendências e desafios da indústria: Tecnologia, Processos e Embalagens”, que abordou inovação, alimentos, economia circular e rastreabilidade. O evento faz parte da programação da primeira edição da PPW – PACKAGING & PROCESS WEEK - Feira Internacional de Tecnologia, Processos e Embalagens para as Indústrias de Alimentos, Bebidas, Cosmética, Farmacêutica e Química, que será de 15 a 18 de setembro no São Paulo Expo. Com a participação de representantes da indústria, o evento contou com três painéis que trataram de inovação, economia circular e rastreabilidade. No primeiro painel, o diretor de assuntos institucionais do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Luis Madi traçou um cenário do setor, destacando a importância de se debater embalagens dentro da indústria de produtos alimentares. “O Brasil tem grande potencial para o desenvolvimento de

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a vida útil dos alimentos frescos e, ao mesmo tempo, pode ser compostado após o uso, juntamente com os resíduos orgânicos, de acordo com a legislação nacional” explica Carsten Sinkel, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios Globais de Biopolímeros da BASF. A Diretiva-Quadro de Resíduos da UE promove soluções para reduzir o desperdício de alimentos e aumentar a coleta de resíduos orgânicos. Visando encontrar a combinação perfeita de um material sustentável com excelentes propriedades de embalagem e fácil empacotamento, a BASF e o Grupo Fabbri se uniram para desenvolver um filme aderente que também pode ser usado com eficiência em máquinas empacotadoras. “O novo caminho da Fabbri em direção a sustentabilidade é o de combinar nossa solução Nature Fresh com nossas novas empacotadoras Automac NF, para que a indústria de embalagens de alimentos possa se beneficiar com um filme aderente inovador e de processamento fácil. Dessa maneira, nosso filme aderente compostável certificado pode ser usado junto com as bandejas e etiquetas do mesmo tipo para obtermos uma embalagem compostável completa”, comenta Stefano Mele, CEO do Grupo Fabbri O Grupo Fabbri disponibiliza o filme Nature Fresh em quatro formatos diferentes: como rolos para máquinas de embalagem manuais ou automáticas em indústrias de embalagens de alimentos; para cortadores de caixas em hotéis, restaurantes e serviços de catering; como rolos jumbo para conversores e rolos para embalagens manuais para o consumidor final. Para mais informações: www.ecovio.basf.com e www. gruppofabbri.com

alimentos e bebidas processados, o que está diretamente ligado ao setor de embalagens”. De acordo com o estudo realizado pela Datamark (Market Intelligence Brazil) e apresentado por Madi, o Brasil ocupa a quarta posição entre os países que mais consomem embalagens. Em 2018 o país consumiu 37 bilhões de dólares em produtos dessa categoria, atrás do Japão com U$$ 68 bi, EUA com U$$ 164 bi e China com um total de U$$ 219 bi. Em 2019 foram utilizadas 2,2 milhões de toneladas de embalagens plásticas no Brasil entre os mercados alimentícios, bebidas e não alimentício (elétrico e automotivo, higiene e beleza, lazer e pessoal, limpeza, química e agricultura), seguido por vidro com 1,5 milhão de toneladas, 1,2 milhão de toneladas de metais, 1,03 milhão de toneladas de papel e embalagens flexíveis com 776 mil toneladas. Na América Latina, o Brasil lidera o consumo de embalagens plásticas (Datamark, 2014) com 3.9 milhões de toneladas, seguido por México com 3 milhões, e Argentina e Chile empatados com 500 mil toneladas cada. Em 2020, a expectativa é que sejam consumidos globalmente U$$ 1 trilhão em embalagens, 23% a mais que em 2015, quando o consumo foi de U$$ 770 bilhões. As embalagens de papel permanecem sendo as protagonistas com 31% do consumo, seguida das embalagens de plástico 23% e das flexíveis 22%. Sobre o tema inovação, a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Seara, Renata Nascimento destacou que o mundo vive um novo momento no qual é preciso enxergar as possibilidades de mudanças. “É importante prever os novos comportamentos e tendências que farão a diferença no desenvolvimento de produtos e no lançamento de novas campanhas e ideias”. Segundo o Índice Global de Inovação de 2019,

Indústria de filmes para embalagens flexíveis também é destaque no mercado

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DestaqueEmbalagens

Dentre os grandes usuários de embalagens, alimentos e bebidas apre­sentaram crescimento

entre 129 países, o Brasil é o 66º mais inovador; da América Latina ocupa o 5º lugar, atrás de Chile (51º), Costa Rica (55º) e México (56º). “Não somos um país inovador: somos seguidores de inovação. Para mudar esse quadro e, de fato, inovar, é preciso enxergar possibilidades de mudanças no mercado em que se atua”, ressaltou Renata. As tendências para as quais as indústrias de alimentos devem olhar para inovar é pensar em proteínas alternativas para alimentar 9,8 bilhões de pessoas em 2050; a cozinha do futuro, que será com assistência digitalizada e robôs; produtos customizados para atender demandas de saúde de públicos específicos, como crianças, idosos, atletas, entre outros; e transparência e rastreabilidade. “A inovação está alinhada com tecnologia e quem as desenvolve precisa ‘viver’ no futuro. Só assim é possível se preparar para entregar o que o mercado precisa”.

Economia Circular

Para mostrar como o conceito de Economia Circular está cada vez mais presente na indústria de embalagens, a especialista em sustentabilidade da Tetra Pak, Vivian Guerreiro apresentou no segundo painel resultados da pesquisa global da companhia Environment Research realizada anualmente sobre tendências. Segundo a sondagem, os brasileiros acreditam que o governo e as indústrias de embalagens, alimentos e bebidas devem tomar a liderança para a solução de questões ambientais. De acordo com a pesquisa, as ações ambientais que os brasileiros afirmam estar fazendo são redução de desperdícios de alimentos e bebidas, coleta seletiva, reciclagem e compra de produtos de embalagens sustentáveis. Em 2019 foram recicladas 81 mil toneladas 14 > Plástico Sul >>>

de embalagens longa vida no Brasil. Para que esse número cresça, Vivian afirma que fatores pós-consumo são fundamentais. “Aumentar a conscientização dos consumidores e de sua responsabilidade compartilhada, melhorar a infraestrutura de coleta seletiva e triagem, impulsionar oportunidades de negócio na reciclagem e ampliar mercado para produtos reciclados são aspectos chaves para o aumento da reciclagem”. Segundo a pesquisa feita pela Tetra Pak, para a maioria dos consumidores brasileiros, os produtos sustentáveis são sinônimos de biodegradáveis, recicláveis e renováveis. Noventa e três por cento estariam dispostos a considerar uma marca que utiliza embalagens mais sustentáveis e 44% a pagar mais por um produto em embalagem mais sustentável. “Nossa visão de economia circular de baixo carbono se baseia em três pilares: matérias-primas de fontes renováveis e responsáveis, incentivo à coleta seletiva e reciclagem das embalagens e estímulo ao desenvolvimento de equipamentos e soluções eficientes que reduzem o impacto ambiental da produção de alimentos e bebidas, uma vez que as embalagens que produzimos são preenchidas dentro dos clientes, ou seja, algumas perdas ocorrem no processo produtivo”, explica Vivian Guerreiro. A diretora de Economia Circular da Braskem, Fabiana Quiroga apresentou os desafios do modelo na cadeia do plástico, destacando que apenas 22% dos municípios possuem coleta seletiva, sendo que do material coletado, 13% é composto por plástico, 22% papel e papelão, 12% alumínio, 10% metais ferrosos e 9% vidro. Ela ressaltou que desde a revolução industrial, as empresas desenvolveram seus negócios em torno da economia linear e, consequentemente, as embalagens foram concebidas nesse modelo, que privilegia estética e performance para atender as demandas do consumidor. “A mudança para uma economia circular deve envolver toda a sociedade, que precisa repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. A indústria tem um papel fundamental no oferecimento de soluções sustentáveis e na produção com menor impacto ao meio ambiente. Colaboração, inovação e engajamento do consumidor são fundamentais para atingirmos esse objetivo”, ressalta Fabiana.

Rastreabilidade e Indústria 4.0

O painel de encerramento abordou o tema “Rastreabilidade” com os desafios e ações implantadas pela indústria. O executivo Paulo Rocha, solutions director Brazil & Southern cone global enterprise CT da Nokia, falou sobre a aplicação do 5G na indústria 4.0 e soluções para o agronegócio. “O momento é disruptivo porque ele transforma a sociedade como um todo. A indústria 4.0 vem para resolver produtividade, controlando o mundo físico por meio da tecnologia digital. O 5G, por exemplo, não é somente rádio, ele está em toda


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rede móvel e software é o principal componente, sendo possível conectar todo o chão de fábrica até os campos nas máquinas agrícolas”, apontou. Também participou do painel o executivo de Negócios da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, Ricardo Verza Amaral Mello. A organização desenvolve e mantém os padrões globais de identificação desde a matéria-prima até o consumidor final. Entre os trabalhos desenvolvidos, Mello mencionou o sistema que vem sendo adotado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem a finalidade de organizar a indústria de medicamentos, rastreando toda a cadeia de suprimentos. “A rastreabilidade envolve pequenos processos que vão desde a identificação, passa pela captura de dados, gestão de vínculos e comunicação dos dados. É preciso identificar para poder rastrear”, disse. O gerente de logística reversa e reciclagem da empresa de tecnologia Hewlett-Packard (HP), Diego Mutta, deu um panorama sobre as iniciativas implantadas no Brasil, como a experiência do consumidor logo quando recebe um dos modelos das impressoras jato de tinta produzida pela companhia. “Por meio de uma impressão única na caixa, ele pode acessar com o celular, fazendo a leitura desse código e tendo acesso ao manual, atendimento via chat para tirar dúvidas ou informações sobre compra de suprimentos, por exemplo. Podemos oferecer uma experiência personalizada, indicar a assistência mais próxima por geolocalização, tudo pela rastreabilidade”, explicou. Em reciclagem, a HP alcançou a marca de 8,2 milhões de equipamentos produzidos no Brasil com plástico reciclado desde 2012. O resultado faz parte de um programa de sustentabilidade global da companhia, que no País, foi lançado em 2006 e atingiu seu ápice em 2012, quando passou a produzir 100% de seus equipamentos com plástico reciclado. Realizada pela ABIMAQ - Associação Brasileira

da Indústria de Máquinas e Equipamentos, com promoção e organização da Reed Exhibitions Alcântara Machado, a primeira edição da PPW terá 35 mil m² de área de exposição e contará com mais de 300 expositores nacionais e internacionais, especialmente de países como Itália e Alemanha. O evento, que surgiu com a finalidade de atender às demandas do mercado, impulsionar os negócios e unir todos os elos da cadeia nacional e internacional, já tem o apoio de mais de 30 entidades do Brasil e América Latina e deve receber 20 mil compradores.

Fabiana Quiroga, da Braskem: apenas 22% dos municípios possuem coleta seletiva, sendo 13% composto por plástico

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Mercado

Os reflexos do Coronavírus para a indústria brasileira Apesar de recente, possível epidemia avança e já traz resultados à economia nacional

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inda no início desse ano, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) era de 2,40%. A expectativa caiu em 0,10%. A queda da previsão está relacionada ao coronavírus e à negociação entre EUA e China, que pode prejudicar parte das exportações brasileiras. Além disso, o fato do Presidente dos EUA, Donald Trump tirar o Brasil da lista de países emergentes, ou seja, certos setores da economia brasileira devem perder proteção. Tudo isso pode afetar a velocidade de crescimento do PIB no país. Guto Ferreira, Analista Político-Econômico da Solomon’s Brain, foi o primeiro a afirmar abertamente que o crescimento não deve ultrapassar os 2,1%. “No fim do ano passado todos estimavam crescimento de 2,5%, mas eu acredito que chegará no máximo em 2,1%”, afirma. Ferreira aponta que o cenário atual, tanto global, quanto doméstico, não favorecem um crescimento acelerado. “Com as recentes questões, o país não tem espaço para uma recuperação adequada, o que nos leva a acreditar ainda mais neste cenário de menor crescimento”. Além disso, o Analista Político-Econômico pontua que o coronavírus é um fator de impacto considerável na economia global. “Tem um impacto no mundo inteiro pelo coronavírus, mesmo com um nível baixo de letalidade, há um impacto na economia mundial, por conta do tanto de turistas e imigrantes asiáticos”. Para Ferreira, também vale a pena destacar o acordo entre EUA e China, que protagonizaram uma guerra comercial, que acontecia desde 2018. Os países são os maiores parceiros comerciais do Brasil, o que pode prejudicar parte das exportações brasileiras. “Há também a questão entre EUA e China, os dois maiores parceiros comerciais do Brasil. Isso compromete parte do commodity brasileiro”. Para ele, a decisão de Trump de tirar o Brasil da lista de países em desenvolvimento, pode afetar alguns setores da economia por aqui. “Com a retirada do Brasil da lista de países em desenvolvimento, diversos setores da nossa economia não estarão mais protegidos e serão prejudicados”. O Analista Político-Econômico afirma que os fatores devem cooperar para o crescimento a passos lentos. “Tudo isso alinhado, forma um cenário de crescimento bem abaixo das previsões”, conclui.

Abiplast

Segundo o presidente da Abiplast, José

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Ricardo Roriz Coleho, empresas brasileiras já citam que aumentou a procura por produtos para exportação para China – há uma alta na demanda por produtos de PVC, principalmente aqueles vinculados à produção de sistemas de soro e de respiração (tubos, canaletas, bolsas, etc.). Produtores brasileiros estimam aumentar a capacidade de produção e abrir turnos extras para atender a demanda, porém com foco ainda no atendimento do mercado hospitalar doméstico. Em caso de surtos e epidemias, há aumento de demanda não apenas por produtos de proteção. Conforme Roriz, veremos impactos também no aumento do consumo de descartáveis, em clara contradição a toda essa movimentação de banimentos e proibições. “Em casos de problemas de saúde pública, os descartáveis são soluções importantes para evitar contaminação. A própria ANVISA recomenda não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. É por isso que, em lugar de banimentos e proibições, é preciso que as legislações caminhem no sentido da correta destinação e reciclagem desses produtos”, explica o dirigente.

Sinplast

André Castro, consultor do Sinplast para assuntos relacionados a matérias-primas, explica que, embora alguns navios com produtos plásticos estejam interrompidos e indústrias paralisadas, a situação requer análise: “A China não só é grande consumidora, mas também grande produtora de várias partes das cadeias produtivas globais. Isso quer dizer que restrição de consumo e restrição de oferta podem criar uma outra dinâmica, que talvez não permita uma queda tão acentuada das Resinas”. Ainda de acordo com ele, a questão essencial presente é a formação de consenso e precificação dos efeitos em cadeia que essa situação pode causar. “A maioria dos plásticos são utilizados para embalagens, que são vendidas/ exportadas. Um possível desaquecimento global pode gerar excedentes produtivos e com isso menor atividade industrial”, explica.


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EventoFimec

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Fimec reúne cadeia coureirocalçadista em março de 2020

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Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes) é a única feira do mundo que tem tudo, pois reúne toda a operação do setor coureiro-calçadista em um mesmo local. A 44ª edição já está marcada para 10, 11 e 12 de março de 2020, das 13 às 20 horas, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo/RS. Da produção à logística, a feira apresentará novidades em couros e peles, produtos químicos, componentes, máquinas, tecnologia e inovação para o setor calçadista. Reconhecida como a maior feira do setor da América Latina, durante três dias a Fimec reunirá centenas de expositores com lançamentos de produtos, tecnologias e serviços, além de milhares de visitantes qualificados de todo o mundo, proporcionando o ambiente ideal para prospecção e fechamento de negócios. A feira ainda oferecerá diversas atrações, como a Fábrica Conceito, espaço que mostra a produção de calçados em tempo real, com o objetivo de apresentar ao visitante a aplicabilidade dos processos tecnológicos e produtos expostos no evento. Outra atração é o Estúdio Fimec, que busca trazer a visão do consumidor aos produtos e matérias-primas apresentados, com tendências que proporcionam um direcionamento para as criações dos visitantes. Segundo Márcio Jung, diretor-presidente

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da Fenac, a Fimec serve como um termômetro para o cenário do setor coureiro-calçadista ao longo do ano. “Uma feira vendedora ou de muitos contatos é sinal de um bom ano para a cadeia. Para a edição deste ano, nós já tivemos um incremento de número de empresas expositoras. Nós teremos em torno de 10% a mais de empresas participando da feira, o que significa mais concorrentes e oportunidades para que o fabricante de couro e calçado possa fazer suas escolhas para melhorar seus produtos e incrementar seus negócios”, afirma Jung. Entre os expositores da feira, está o Grupo Freudenberg, que atua no ramo de tecnologia há mais de 165 anos e está otimista para a 44ª Fimec, edição que marcará o retorno da empresa à feira após cinco anos. “A expectativa é muito boa. A economia no Brasil está vivendo um novo momento e alguns índices econômicos têm mostrado isso. Assim, acreditamos no aumento das produções de nossos clientes, especialmente depois do projeto de redução do ICMS no RS. Temos produtos desenvolvidos ao longo dos últimos meses que também queremos dar visibilidade na feira. Estamos muito otimistas”, revela Danilo da Costa Paula, Head of Shoes South America do grupo. A Master, outra expositora da Fimec, também se mostra entusiasmada e destaca a importância da participação na feira, onde apresentará nove produtos novos para o setor coureiro-calçadista. “A Fimec é um marco de desenvolvimento e troca de informações com elevado nível de profissionais nacionais e internacionais. Participar desta importante feira é assegurar a continuidade, para a Master, dos processos de pesquisa, melhorias e novos olhares para o contínuo crescimento da empresa e, consequentemente, do setor. A Fimec é o grande palco para trocas de informações e para o real desenvolvimento de todo cluster envolvido na produção do couro e calçado”, afirmam o diretor administrativo, André da Rocha, e o diretor comercial, Neori Paim. Estreante na feira, a Bettech, nova empresa do grupo InBetta, aposta na Fimec como uma vitrine, apresentando a empresa aos profissionais do setor. “A Bettech e todo seu portfólio são novidades para o segmento. Para os clientes em potencial, apresentaremos uma empresa preparada para entregar produtos diferenciados, que contam com suporte técnico especializado, pós-venda e serviço de logística”, destaca Sergio Marques Dias, vice-presidente de operações da InBetta.


Fábrica Conceito: edição de recordes

A Fábrica Conceito é um projeto realizado pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), Fenac e Coelho Assessoria Empresarial. A proposta da ação é apresentar aos visitantes da Fimec a aplicabilidade dos processos tecnológicos, logísticos e produtos expostos na Fimec, a partir da fabricação de calçados em tempo real. Em um espaço de 1.100 m², o projeto deste ano terá números recordes - serão seis linhas de produção, que responderão por 17 modelos de calçados, sendo 16 femininos e um masculino. Em sua 11ª edição, a Fábrica Conceito terá como parceiras as empresas Calçados Ramarim e Grupo Arezzo. A Escola do Calçado Senai participará com uma linha de produção de modelos desenvolvidos pelos alunos do curso de formação de técnicos de calçados. O responsável pela coordenação da fábrica e gestor da área de consultoria técnica do IBTeC, Paulo Model, destaca que será a edição mais complexa do projeto. “Com mais de 90 empresas participando, a Fábrica Conceito 2020 contará com um total de 50 operários e 40 alunos do Senai, que serão responsáveis pela produção de cerca de 3.500 pares, nos três dias da feira. O projeto usará 132 máquinas e equipamentos”, detalha. O diretor da Coelho Assessoria Empresarial, Luis José Coelho, avalia a evolução do projeto. “A Fábrica Conceito já se consolidou como uma das principais atrações da feira. Nesta edição nossos números são recordes e mostram o apoio que todo o setor calçadista deposita neste projeto, que é o principal de tecnologia e inovação do setor”, destaca Coelho. Já o presidente-executivo do IBTeC,

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A Reverse apresentará na FIMEC 2020 soluções para os resíduos gerados pelos calçadistas. Estimuladas pela crescente preocupação com o tema e a fiscalização cada vez mais presente, as empresas tem buscado soluções que de fato eliminem os resíduos e sua responsabilidade ambiental. A solução oferecida pela Reverse caracteriza-se pela utilização dos resíduos como energia alternativa. Ao contratar o serviço, as empresas recebem certificados ambientais que comprovam a adoção de práticas adequadas na destinação de seus materiais. Segundo o diretor comercial Érico Scherer, "a maioria dos resíduos pode ser eliminado através do consumo como energia, sem a necessidade de dispor os materiais em aterros industriais." Somente no ano passado a empresa coletou 577 toneladas de resíduos sólidos. A Reverse foi fundada em 2008 e coleta também resíduos eletroeletrônicos, lâmpadas, pilhas e baterias. Mais recentemente passou a oferecer também serviços de consultoria ambiental.

Edição de 2019 reuniu milhares de visitantes na Fenac, em Novo Hamburgo (RS)

Paulo Griebeler, explica o que os visitantes podem esperar desta edição. “A 11ª Fábrica Conceito apresentará inovação, tecnologia e sustentabilidade, tudo o que o setor tem de melhor em termos de processos, produtos e insumos para a indústria coureiro-calçadista”, comenta. Entre as inovações dos modelos produzidos está um tênis que terá o uso de dois processos de montagem - stringado e ensacado no mesmo modelo, garantindo ganho de tempo e economia no uso de materiais, o que se reflete diretamente no custo final do produto. A sustentabilidade também se destacará na linha de produção de um modelo de scarpin com cabedal em poliuretano e solado de TPU ecológico feito a partir de óleo de manona. Outra novidade apresentada será um sistema de transporte alternativo à esteira. No trilho de montagem a linha superior é independente da inferior e transporta com velocidades diferentes, o que permite fazer modelos diferentes ao mesmo tempo, sem perder produtividade. colaboradores no processo de produção. Influência dos games no comportamento será o tema do Estúdio Fimec O Estúdio Fimec, experiência conceitual dentro da Fimec, chega à edição 2020 com uma temática inovadora e que provocará a indústria de calçados e acessórios. O espaço, que será chamado de Estúdio On, buscará pensar a influência dos jogos eletrônicos no comportamento de consumo. Um espaço dedicado a pensar o futuro da moda, do desenvolvimento de produtos e mesmo do consumo. O projeto é uma realização da Fenac com a Coelho Assessoria Empresarial. O conteúdo fica a cargo do Studio 10 que coordena todo o trabalho de pesquisa com o Centro de Design da Universidade Feevale. “Sejam de quais forem as gerações a que pertençam, grande parte da população, hoje, é adepta dos jogos em computadores ou smartphones. Imigrantes ou nativos digitais já se relacionam intimamente com o tema da ‘gameficação’ dos comportamentos, que é o fato de assimilarem a linguagem dos games nos mais diversos momentos e situações do dia a dia”, contextualiza o estilista e diretor da Studio 10, Christian Thomas. <<< Plástico Sul < 19


Feira também é palco do Fórum, composto de importantes palestrantes

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EventoFimec

3º Fórum Fimec

Em 2020, o Fórum Fimec chega a sua terceira edição com o objetivo de reunir debatedores e público em discussões e análises sobre Moda, Tecnologia e Negócios para a indústria calçadista. O diretor-presidente da Fenac, Marcio Jung, destaca a importância em trazer conteúdo relevante e diferenciado para a cadeia. “Nosso propósito é trazer histórias inspiradoras e transformadoras para o público, buscando gerar conhecimento sobre novas oportunidades e tecnologias a partir de profissionais renomados a nível nacional e internacional”, afirma. A relevância do Fórum Fimec foi destacada pelos participantes e palestrantes da última edição. “É a única forma de reunir todos os técnicos e

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profissionais que tem interesses em comum. Acho que a feira é o local ideal para esse tipo de evento, oferecendo uma atração a mais ao público”, explica Humberto Petry, gerente de produção da Calçados Bebecê. Cláudia Narciso, Consultora de Moda e Estratégia da Arezzo&Co, que palestrou na última edição, também compartilha desta opinião. “Eventos como esse dentro de uma feira como a Fimec permitem uma conectividade com o público. Você cria uma oportunidade de troca e compartilhamento de experiências. O Fórum Fimec só tem a somar dentro da feira”, avalia. Em breve, a programação do evento será divulgada. O Fórum Fimec conta com patrocínio da Orisol e apoio da Universidade Feevale e Sebrae RS. Sobre a Fimec: a 44ª Fimec é uma realização da FENAC S/A e conta com patrocínio da Sicredi Pioneira RS e Transduarte. A feira ainda tem apoio da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo e das entidades setoriais: ABICALÇADOS, ABIACAV, ABQTIC, ABRAMEQ, ACI-NH/CB/EV, AICSUL, ASSINTECAL, CICB, FIERGS, IBTEC e SEBRAE/RS.


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Sinal verde para a inovação

Bruno França Pádua*

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esmo diante de um cenário que contém incertezas, os empresários estimam que 2020 seja um bom ano para os negócios. Afinal, a reforma tributária e a reforma administrativa, que estão em tramitação, juntamente com as projeções de crescimento do PIB e a redução na taxa Selic, poderão ser pontos positivos para os empreendedores. Além disso, de acordo com a pesquisa realizada pela Deloitte, no final do ano passado, a preocupação com as transformações disruptivas está no radar das empresas. Cerca de 74% das organizações entrevistadas pretendem fazer investimentos em novas tecnologias, independente do cenário econômico e de negócios. No entanto, o número salta para 94% caso haja melhoria na economia do país, como é esperado. Quando se trata de ampliação e criação de ações de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a mesma pesquisa aponta que, se os cenários supracitados melhorarem, 80% das entrevistadas tem intenção de investir nesse tipo ação. Ou seja, a pesquisa e desenvolvimentos também aponta para um assunto bem pautado em 2020, a inovação aberta. A inovação aberta é responsável por unir competências complementares de diferentes profissionais, ideias, universidades, centros de pesquisas, startups e, até mesmo, empresas concorrentes com um único objetivo: encontrar soluções para

os desafios enfrentados pelas instituições. Para exemplificar esse modelo de inovação, que tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas, podemos ilustrar com o Mining Hub, um hub de inovação que tem a iniciativa de estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor da mineração. Este é um dos projetos executados pela Neo Ventures, uma aceleradora corporativa que auxilia grandes empresas no desenvolvimento de projetos de inovação. Ele conta com grandes empresas do setor minerário e startups trabalhando em conjunto para resolver questões como a eficiência operacional, fontes de energia alternativas e gestão da água, por exemplo. Outro exemplo, é o iCON Hub, um espaço para promoção da inovação aberta voltada para o setor da construção civil. Uma iniciativa que visa promover projetos de inovação aberta por meio do mapeamento dos desafios tecnológicos das construtoras. Essa colaboração entre profissionais é o sinal verde para um ano de crescimento e, também, no incentivo à inovação, às novas tecnologias. Uma forma que as empresas têm de crescer e se manter no mercado, gerando economia e novas oportunidades. Portanto, investir em novas tecnologias, treinamento e formação dos colaboradores, são parte essencial para o crescimento dos negócios, uma vez que a tecnologias associadas à inovação constante proporcionam uma melhor qualidade nos produtos e serviços do empreendimento que, por consequência, também tem melhores retornos. *Diretor executivo da Neo Ventures

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de Notas

Grupo Solvay conclui cessão na área de Performance Polyamides

A Solvay concluiu formalmente a cessão de suas atividades de Performance Polyamides à BASF e à Domo Chemicals. Essa é a última etapa da transação acertada entre a Solvay e a BASF, para a qual a Comissão Europeia exigiu a cessão de alguns dos ativos da área de Performance Polyamides da Solvay para terceiros. Esses ativos, que foram adquiridos pela empresa Domo Chemicals, incluem os locais de produção de poliamidas da Solvay em Belle-Etoile e Valence (França), além de participação em uma joint venture recém-criada entre a BASF e a Domo, em Chalampé (França). Também envolvem locais de produção em Gorzow (Polônia), Blanes (Espanha) e atividades comerciais na Alemanha e Itália. A BASF adquirirá todas as atividades de Performance Polyamides da Solvay que não foram compradas pela Domo Chemicals e que fazem parte do contrato original entre a Solvay e a BASF, assinado no final de 2017. A transação teve como base um valor da empresa de 1,6 bilhão de euros e o valor líquido do caixa a ser recebido por essa cessão está estimado em cerca de 1,2 bilhão de euros, sujeito a ajustes habituais no preço de compra pós-fechamento do negócio. Mais informações serão disponibilizadas com a divulgação dos resultados anuais e do quarto trimestre de 2019 da Solvay, em 26 de fevereiro. A conclusão do negócio permitirá à Solvay fortalecer seu recentemente anunciado programa de crescimento denominado G.R.O.W., cuja estratégia tem como base três pilares principais – Materiais Avançados, Produtos Químicos e Soluções. O Grupo Solvay informa ainda que no Brasil mantém sem alterações suas atividades de produção e comercialização de produtos químicos intermediários, polímeros e fibras e fios têxteis de poliamida, cujas fábricas estão instaladas em Paulínia e em Santo André (SP).

Covestro atinge metas em um ambiente de mercado ainda desafiador

A Covestro atingiu suas metas em um ambiente de mercado desafiador no ano fiscal de 2019. Os volumes principais subiram 2,0% em relação aos números do ano anterior. As vendas do Grupo caíram 15,1% para aproximadamente 12,4 bilhões de euros, uma vez que os preços de venda permaneceram baixos devido ao aumento da competitividade em todos os segmentos. Consequentemente, o EBITDA caiu, em linha com a previsão, 49,9% para 1,6 bilhão de euros. A receita líquida foi de 552 milhões de euros (-69,7%), enquanto o fluxo de caixa operacional livre ficou em 473 milhões de euros (-71,7%). Com base nisso, a Covestro planeja distribuir dividendos de 2,40 euros por ação, no mesmo nível do ano anterior. “2019 foi marcado por muitas incertezas geopolíticas e macroeconômicas. Ainda assim, a demanda por nossos materiais mantém-se intacta, o que confirma a nossa visão de que os plásticos serão mais valiosos do que nunca no futuro”, afirma o CEO Markus Steilemann. “2020 também será desafiador para nós. Porém ainda vemos demanda por plásticos de alta tecnologia a longo prazo a fim de viabilizar um desenvolvimento mais sustentável em uma vasta gama de diferentes tecnologia-chave. É por isso que estamos conduzindo nossos negócios sistematicamente para a economia circular.” No ano de 2019, a Covestro lançou um programa estratégico global para incorporar a economia circular em todas as divisões. Em particular, a empresa pretende utilizar matérias-primas alternativas, desenvolver iniciativas de reciclagem inovadoras e estabelecer amplas formas de cooperação e novos modelos de negócios. 22 > Plástico Sul >>>

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Bloco


Eastman lança portfólio de polímeros resistentes à chama na MD&M West

Embaquim aumenta capacidade produtiva de bag-in-box com investimento em coextrusora

Já está em pleno funcionamento na fábrica da Embaquim (www.embaquim.com.br) em São Bernardo do Campo (SP), a nova coextrusora Carnevalli que permite produzir filmes a partir de um mix de PE (polietileno) com materiais de alta barreira, como o nylon e o EVOH. A nova ‘coex’ garante mais flexibilidade e maior qualidade aos filmes barreira. "Outra vantagem é que passamos a produzir nossos próprios filmes coextrusados, que antes eram comprados de fornecedores externos. Com isso, aumentamos a competitividade e a agilidade em atender ao mercado”, explica Renata Canteiro, Diretora da Embaquim. A nova coextrusora tem capacidade para produzir 50 toneladas/mês de filmes com 05 camadas. O equipamento também garantiu um aumento de 15% na capacidade produtiva total de filmes da Embaquim. Hoje a empresa dispõe de cinco extrusoras em sua planta. Segundo Renata Canteiro, a coextrusora permitirá atender com mais agilidade os mercados que a Embaquim já se destaca como fornecedora de embalagens, como alimentos, bebidas, cosméticos, químicos, farmacêuticos e agrícolas, além dos mercados tradicionais. “O importante é garantir para o cliente que a partir de agora estamos à frente de todas as etapas de produção do sistema bag-in-box, inclusive do filme coextrusado.” Os novos filmes coex da Embaquim estão sendo submetidos a rigorosos testes de validação, internos e externos, para determinar sua adequação aos requisitos especificados. Testes de stress cracking, pressão, resistência química e microscopia estão em andamento com resultados extremamente satisfatórios até o momento. Um último teste está sendo feito no CETEA (Centro de Tecnologia de Embalagem de Alimentos) para garantir que os novos filmes coex atendam às exigências de barreira a oxigênio e a umidade, que são os grandes diferenciais da estrutura barreira quando comparada ao filme monocamada (PE). A Embaquim espera iniciar a comercialização das soluções bag-in-box com seus próprios filmes coex ainda em fevereiro.

A Eastman, fornecedora global de plásticos especiais, demonstrará seu compromisso em mitigar o risco aos pacientes e aos médicos com materiais superiores para dispositivos médicos na 35ª Medical Design & Manufacturing (MD&M) West, exposição anual que será realizada em Anaheim, Califórnia, de 11 a 13 de fevereiro. A empresa lançará um portfólio de polímeros para invólucros e para hardwares de dispositivos médicos eletrônicos. A linha de produtos MXF inaugurada com o Eastman Tritan™ MXF121 é construída com base na comprovada durabilidade e resistência aos desinfetantes do Tritan e a Eastman, em breve, lançará produtos com a classificação UL 94 V-2 de resistência à chama. "A Eastman agrega mais de 40 anos de experiência no setor médico a nossa mais recente iteração de copoliésteres Tritan MXF", diz Brad Potter, diretor de Marketing de Plásticos Especiais para uso médico. "Trabalhamos com fabricantes de peças originais para identificar os atributos necessários para os requisitos específicos de produto e para as características de processamento para aprimorar a capacidade de fabricação". O resultado do processo colaborativo da Eastman é uma coleção de polímeros para invólucros e para hardwares de dispositivos médicos eletrônicos resistentes à chama. Esses materiais oferecem compatibilidade química insuperável com uma ampla gama de desinfetantes usados no combate às infecções associadas aos cuidados de saúde (IACS), bem como maior durabilidade e maior resistência ao impacto. Os materiais do portfólio Tritan MXF da Eastman permitem facilidade de processamento, com menor força de ejeção para facilitar a desmoldagem. De acordo com Potter, os copoliésteres Eastman Tritan MXF podem gerar economia em toda a cadeia de valor devido à redução de reparos, de devoluções e de solicitações de uso de garantia decorrentes de quebra do dispositivo, a uma baixa taxa de refugo e a ausência de necessidade de reorganização do maquinário ao mudar de PC/ABS para o Tritan MXF. Além disso, o uso apenas do Tritan MXF em uma montagem reduz as despesas associadas à utilização de vários polímeros, o que pode causar problemas de descoloração e de durabilidade. "Mudar para o Tritan MXF agrega valor em todo o design e na comercialização do produto e, finalmente, reduz o custo de propriedade", explica Potter. "Mais importante ainda, o uso de polímeros Tritan MXF em invólucros de dispositivos médicos permite que os profissionais de saúde higienizem esses dispositivos por completo com os desinfetantes adequados, reduzindo a incidência de infecções associadas aos cuidados de saúde e afetando positivamente os resultados dos pacientes". <<< Plástico Sul < 23


Foco

no Verde

Este é resultado do trabalho voluntário de mais de 450 entidades participantes

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Tampinha Legal destina R$ 700 mil para entidades assistenciais

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Tampinha Legal, no mês de fevereiro, chegou ao montante de R$ 700 mil destinados para entidades assistenciais participantes. O montante é o resultado da reciclagem do material arrecadado em mais de dois mil pontos de coletas distribuídos pelos estados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Distrito Federal e Goiás. Para a coordenadora do Instituto SustenPlást, Simara Souza, este é o resultado do engajamento de toda uma sociedade que está disposta a fazer a diferença. “Pequenas atitudes diárias levam a grandes resultados. Aprendemos a apagar a luz e a fechar a torneira. Precisamos aprender a dar o destino adequado aos resíduos sólidos. O material plástico é matéria prima nobre que pode ser 100% reciclada, inúmeras vezes. Atingimos valores significativos que provam o quanto a sociedade está mudando seu comportamento. O Tampinha Legal proporciona sustentabilidade econômica, social e ambiental através da simples atitude de coletar tampinhas plásticas, caracterizando, então, o processo de Economia Circular", afirma. Participam do Tampinha Legal entidades assistenciais regularizadas como Apaes, ligas Femininas, escolas e hospitais. Com os recursos da venda do material destinado, as entidades assistenciais aplicam para a aquisição de medicamentos, alimentos, equipamentos, ração animal e/ou materiais escolares, custeio de tratamentos e de exames de saúde humana e animal, melhorias em suas sedes, etc. Simara também explica que “o Tampinha Legal tem caráter educativo, buscando a conscientização da sociedade quanto á importância de destinar adequadamente o material plástico. Tudo é dinheiro. Desprezar o material plástico é desperdício. Se você não o vende, há quem precise destes recursos”. Ao todo, mais de 700 entidades assistenciais estão cadastradas e mais de 370 toneladas de tampinhas plásticas já foram encaminhadas à reciclagem.

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Foco

Anunciantes

no Verde

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Startup brasileira apresenta na Bélgica solução para descarte ilegal de lixo após escândalo europeu

Braskem / Página 5 BST Latina / Página 20 Fimec / Página 25 FCC / Página 2 LS Mtron / Página 15 Replas / Página 11 Rulli / Página 17 Sepro / Página 28 Telas MM / Página 24 Termotécnica / Página 9

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om taxas muito baixas de reciclagem, o mundo vive um colapso quanto ao descarte de resíduos. Como “solução”, países de primeiro mundo têm enviado seu lixo para o exterior por ser economicamente viável, assim como fez o Reino Unido que exportou ilegalmente -- e teve devolvidos -- 42 contêineres de lixo plástico para a Malásia, tornando evidente a falta de gestão e inserção de sistemas de controle que garantam um sistema de logística reversa eficiente. Em uma declaração recente, a ministra do Meio Ambiente da Malásia, Yeo Bee Yin, afirmou: "O que os cidadãos do Reino Unido acreditam que enviam para reciclagem é realmente jogado em nosso país". A startup brasileira Green Mining, acelerada pela Ambev, foi convidada pela EURADA (Associação das agências de desenvolvimento da Europa) para participar do Brokerage Event for Innovation Agencies para apresentar sua iniciativa de coleta e rastreabilidade de recicláveis, chamada de logística reversa inteligente. No Brasil, a startup já coletou mais de 720 toneladas de resíduos e evitou mais de 120 toneladas de emissões de ‎CO2. O evento reuniu no mês de janeiro, na Bélgica, especialistas no campo da inovação para compartilhar as melhores oportunidades de negócios promissores. “A gestão de resíduos é um problema mundial. Queremos que, assim como temos feito no Brasil, o governo e as indústrias percebam como é benéfico investir em projetos sustentáveis que garantam a credibilidade de suas ações. Para nós, é uma grande satisfação expor nossos resultados e mostrar o potencial que nossa solução tem para ser desenvolvida na Europa”, diz Rodri-

go Oliveira, presidente da Green Mining. A startup coleta embalagens pós-consumo em estabelecimentos, como bares, restaurantes e condomínios, de maneira ambientalmente correta, por meio de triciclos e sem emissão de gás carbônico. Entre as empresas parcerias da Green Mining, a Cervejaria Ambev, permite que o vidro recolhido seja levado direto à fábrica da própria cervejaria, devolvendo o material à cadeia produtiva da empresa. Em menos de 1 ano, a Green Mining -- que iniciou em um bairro de São Paulo, já expandiu sua operação para 18 bairros da cidade, além de Osasco, Rio de Janeiro e Brasília, pretendendo levar o projeto para outros países. Rodrigo Oliveira explica que o governo do Reino Unido está tomando uma série de medidas para reduzir o número de embalagens plásticas para garantir a reciclagem. As medidas apresentadas incluem a melhoria na rotulagem, combate ao crime de exportação ilegal, tornar as empresas responsáveis pelo processo de logística reversa e introduzir o rastreamento eletrônico. “O modelo desenvolvido pela Green Mining já atende os problemas atuais e ainda permite que a indústria faça seu papel sem danificar suas margens”. Como funciona o sistema de logística reversa da Green Mining: a eficiência dessa economia circular colocada em prática pela startup é baseada em um sistema de rastreabilidade que é feito em todas as fases do processo, garantindo que todo o material coletado chegue ao seu destino de maneira correta. “Todas as informações são registradas no aplicativo da Green Mining por cada coletor, incluindo o local onde o material foi gerado. Com informações como data e local da coleta, peso e destino dos recicláveis, o sistema faz o rastreamento do percurso de cada triciclo, garantindo a transparência da informação”, finaliza o presidente da Green Mining.


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