Revista Mundogeo 75

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MundoGEO#C


Connect2013


MundoGEO#C


Connect2013


SUMÁRIO

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Entrevista

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Latitude

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Galileo

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GeoIncra

Fabio Andreotti, Diretor do Google Maps for Business, pra América Latina

O fator humano: da Universidade para o Mercado

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Capa

América Latina em alta! As tendências no setor de geotecnologias para o próximo ano e as expectativas de crescimento e integração do mercado latino-americano

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Intergeo

Empresas brasileiras no maior evento de geoinformação do mundo

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+Trends

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Geo na Escola

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IDE#Connect

ArcGIS 10.2: Baixando e instalando a versão free trial

Zona Azul é o ganhador do Hackathon USP Cidades

Novos procedimentos de Certificação e Retificação de Registro Imobiliário

Educação a Distância

Passo a Passo

Hackers do Bem

O futuro do georreferenciamento passa por aqui

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TI+GEO

Desvendando Bancos de Dados Geográficos Parte 1

GeoQuality

Usando o conceito de centro de massa na produção agropecuária

Por dentro dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem

A união do mapeamento colaborativo e os dados geoespaciais oficiais

Despertando o interesse pela Geomática no Ensino Médio

Fique por dentro das Infraestruturas de Dados Espaciais

Agronegócios

Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no Brasil

Acesse artigos complementares na revista online www.mundogeo.com

Colaboraram nesta edição: Alexandre Tem Caten, Bruno Fellipe Bottega Boesing, Daniel de Castro Victoria, Davi de O. Custódio, Debora P. Drucker, Édson Luis Bolfe, Gustavo Bayma Silva, Ismael Colomina, João Silva, José Augusto Sapienza Ramos, Mateus Batistella, Pedro Freire da Silva, Rafael Mingoti, Roberto Tadeu Teixeira, Silvana Camboim, Wilson Anderson Holler

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Editorial Web Seção do Leitor Navegando Lançamentos VANTs & Drones Location Intelligence MundoGEO#Connect OnLine Guia de Empresas


skydrones


EDITORIAL

RETROSPECTIVA 2013

EDUARDO FREITAS Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIG Editor da revista MundoGEO eduardo@mundogeo.com

O ano está terminando e na televisão os programas são sempre os mesmos: Especial do Roberto Carlos, Mundial de Clubes da Fifa e as famigeradas Retrospectivas. Neste espaço vamos também relembrar o que aconteceu de mais importante no setor geo em 2013, um período especial no qual comemoramos os 15 Anos da MundoGEO. O ano começou com fortes movimentos no setor de geo, quando a DigitalGlobe e a GeoEye concluiram sua fusão, enquanto no Brasil Embraer e Avibras anunciaram a produção conjunta de VANTs. Em fevereiro a primeira estação do Glonass fora da Rússia foi instalada na UnB, enquanto a Câmara dos Deputados rejeitou o projeto de lei que criava a Agência Geoespacial. O Galileo começou a oferecer posicionamento em março, mesma época em que a Bentley adquiriu a CharPointer e o software Topograph. Em abril, OGC e Google anunciaram um concurso de mapas, e no Brasil aconteceu o Simpósio de Sensoriamento Remoto do Inpe. No mesmo mês foi lançado o gvSIG 2.0, a Hexagon adquiriu a Manfra e o MMA afirmou que o CAR iria registrar 5,4 milhões de propriedades. Ainda em abril foi fundado o Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática, enquanto a China lançava mais um satélite de alta resolução. Já em maio foi anunciado o novo Google Maps, a Blue Marble lançou outra versão do Global Mapper e a Anac concedeu o primeiro certificado para VANT privado. Junto com as manifestações de junho foi realizado o MundoGEO#Connect LatinAmerica – com 3,5 mil participantes -, enquanto eram disponibilizadas as imagens do satélite Landsat 8 e a Google anunciava a compra do Waze.

O segundo semestre começou com o lançamento do Atlas do Censo Demográfico 2010, enquanto caía um foguete com três satélites Glonass e a Índia colocava em órbita seu primeiro satélite de navegação. Já a Apple naquele mês anunciou a aquisição das empresas de localização HopSpot e Locationary. Em agosto o DNPM obteve certificação da Anac para utilizar um VANT, a Esri lançou o ArcGIS 10.2, a MundoGEO apresentou sua plataforma de cursos online e a AGX tornou-se a primeira empresa de VANTs a abrir filial fora do país, sendo no mês seguinte comprada pela Transpreserv. Em setembro o Incra disponibilizou a 3ª Edição da Norma de Georreferenciamento e a MundoGEO realizou uma Semana de Webinars com mais de 7 mil inscritos, enquanto o México passou a presidir o UN-GGIM Américas. O último trimestre começou com a participação de empresas brasileiras no Intergeo, maior evento de geotecnologias do mundo, enquanto a OrbiSat passou a se chamar Bradar e foi lançada a Plataforma TerraMA2, do Inpe. No mesmo mês a missão do satélite Goce chegou ao fim, o IBGE lançou a base cartográfica contínua do Brasil e a Emplasa disponibilizou ortofotos de São Paulo. Em novembro a RapidEye passou a se chamar BlackBridge, o evento GSDI 14 aconteceu na Etiópia com apoio da MundoGEO, enquanto os EUA lançaram um plano para regulação de VANTs e no dia 23 de novembro entrou em funcionamento o Sigef, do Incra. O último mês do ano começou com notícias ruins, com a morte de Nelson Mandela e a falha no lançamento do satélite Cbers-3, adiando os planos brasileiros no setor de imagens da Terra. Boas festas! E que venha 2014!

Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Eduardo Freitas | eduardo@mundogeo.com Assessor Editorial | Alexandre Scussel | redacao@mundogeo.com Estagiários | Ivan Leonardi | jornalismo@mundogeo.com Fabricio Hein | cursos-es@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Marketing | Bruno Born | marketing@mundogeo.com Relações Internacionais | Rodrigo Ruibal | parceria@mundogeo.com Atendimento e assinaturas | Thalita Nishimura | atendimento@mundogeo.com Administração | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | financeiro@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Maxigráfica MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

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MundoGEO 75 | 2013

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Revista MundoGEO Publicação bimestral - ano 15 - Nº 75

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ENTREVISTA

FÁBIO ANDREOTTI

Diretor do Google Maps for Business para América Latina

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“Serviços de localização movimentam entre 150 e 270 bilhões de dólares por ano” 10

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iretor do Google Maps for Business para América Latina. Engenheiro mecânico pela Unicamp e pós-graduado em gestão de projetos pela USP, há mais de 13 anos trabalha na indústria geoespacial. Anteriormente atuou como Gerente de Vendas para América do Sul na DigitalGlobe e como gerente de vendas nacional na Sisgraph . MundoGEO: Você já trabalhou na Sisgraph/Intergraph, DigitalGlobe e agora está na Google. Como você vê a evolução no mercado de geotecnologia nos últimos anos? Fábio Andreotti: Sem dúvida estamos presenciando um vetor de crescimento da geoinformação; um estudo encomendado pelo Google e divulgado neste ano indica que os serviços de localização movimentam entre 150 e 270 bilhões de dólares por ano em todo mundo, com crescimento de 30%; isto chega a ser quase metade da movimentação do mercado de aviação, uma das maiores indústrias no mundo. Um fato relevante é que a capacidade de produção de dados geoespaciais cresceu muito na última década: novos satélites foram lançados por empresas e governos, temos mais sensores coletando dados e capturando a realidade física do mundo; a adoção massiva de smartphones e tablets pelos consumidores, em conjunto com os avanços das redes móveis 3G/4G, passaram a fornecer uma gigantesca quantidade de dados de localização a todo o tempo. Tecnologias capazes de tratar estes "Big Datas" com escalabilidade e fornecer informações relevantes para os negócios e governos estão sendo cada vez mais empregadas, a adoção de plataformas em nuvem está mais latente, como mostram estudos do Gartner onde todos os setores da economia já aumentaram seus investimentos de tecnologia baseados em plataformas Cloud. O desafio agora é tornar estes dados disponíveis e acessíveis a uma quantidade cada vez maior de profissionais. Enquanto o mundo consumidor já adotou a tecnologia geoespacial no seu dia-a-dia, e o Google Maps foi um grande catalisador

desta realidade, onde mais de 50% das pessoas com acesso à internet tomam decisões baseadas no uso de mapas, no ambiente corporativo, contudo, a realidade é diferente. Uma recente pesquisa da Boston Consulting Group sobre o panorama da indústria geoespacial indica que, apesar de 50% das companhias utilizarem serviços geoespaciais em alguma extensão de seus negócios, apenas 5% dos funcionários acabam tendo acesso a estas informações para realizarem seus trabalhos, ou seja, a tecnologia acaba ficando restrita nas mãos de poucos especialistas. E isto deve-se parte ao fato de que as ferramentas de geo foram criadas originalmente para estes profissionais especializados. É necessário, portanto, tornar este conhecimento acessível a uma grande massa de profissionais que tomam decisões, e permitir que novos casos de uso de geo sejam descobertos e aplicados para aumentar a eficiência dos negócios e criar mais tecnologias e aplicativos inovadores para os clientes e consumidores. MG: Como foi a decisão de trocar a DigitalGlobe pela Google? Quais são suas funções nesse novo cargo? FA: O que me motivou mais a aceitar este novo desafio no Google foi a possibilidade de levar a tecnologia geoespacial a uma gama muito maior de usuários e promover a transformação dos negócios e da gestão pública através da adoção massiva da geo-informação como a próxima ferramenta de produtividade e tomada de decisões. O Google Maps democratizou a cartografia para milhões de pessoas de uma forma extremamente simples e intuitiva, e levar esta mesma plataforma simples, transformadora e confiável para o ambiente corporativo é o próximo passo da empresa. Esta é a missão do Google Maps for Business. Sou responsável pela América Latina, e isto inclui gerenciar uma equipe de vendas, parceiros de negócios e definir a estratégia de marketing para a região. Atuamos através de canais e contamos com um programa global de parcerias, com diversas certificações e uma estrutura bem definida dos papéis e responsabilidades dos parceiros,


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mundogeo.com/loja

se, temos mais de 200 novos releases por ano. Em um ano lançamos o Google Maps Engine, nossa plataforma cloud para gestão e distribuição de dados espaciais; Google Maps Coordinate, para gestão de equipes de campo e ordens de serviço; Google Maps Pro, a ferramenta para criação de mapas a partir de seus documentos de trabalho; e o Google Maps Engine Portable, para você explorar seus mapas em dispositivos móveis. Ou seja, em um prazo muito curto entregamos uma plataforma para o mercado que está transformando a forma de se trabalhar com a geoinformação, muito mais simples, intuitiva e acessível, capaz de fazer as empresas e governos criarem mapas para a tomada de decisão e dar transparência de seus projetos a muitos usuários que não são especialistas nem tampouco sabem o que é um sistema GIS, mas precisam desta informação para realizar seu trabalho e tomar decisões de uma maneira melhor e mais rápida. E, sem dúvida, o que tem possibilitado esta transformação é a simplicidade e confiabilidade de uma plataforma criada para atender a centenas de milhões de consumidores e bilhões de requisições diárias. Atualmente, o Google Maps está presente em mais de 1 milhão de websites, possui 1 bilhão de usuários ativos mensalmente e é o aplicativo mais acessado em smartphones. MG: Tendo conhecido vários países, como você vê a qualificação da mão de obra no Brasil, mais especificamente no setor de geo? Que conselho teria para os profissionais que desejam se atualizar? FA: Sem dúvida temos muitos talentos de geo no Brasil, que não devem nada a profissionais de qualquer lugar do mundo. Nossos projetos de sistemas GIS são reconhecidos mundialmente e uma característica é extremamente marcante para o profissional brasileiro: criatividade, pois conseguimos fazer mais com menos. O problema que vejo não está na qualidade, mas sim na escassez desta mão-de-obra, tanto de engenheiros cartógrafos para produção de dados quanto para desenvolvedores e arquitetos de sistemas, que necessitam ter uma formação híbrida de ciências da computação (ou engenharia) e geografia. Neste último caso o que acaba ocorrendo é que os especialistas em geografia (ou cartografia) desenvolvem as habilidades de programação e arquitetura de sistemas durante a vida profissional e vice-versa, o que leva tempo para se ter um profissional completo que atenda a este perfil. Por isto é fundamental que as tecnologias de geo sejam acessíveis e permitam um alcance a um grande número de profissionais, estimulando o desenvolvimento de um ecosistema saudável, capaz de absorver a crescente demanda pela geo-informação. Creio que o Google tem caminhado nesta direção, e estimamos que atualmente temos cerca de 2 milhões de desenvolvedores para as APIs do Google Maps. * P R O M O Ç Ã O V Á L I D A AT É 3 1 / 0 3 / 1 4

e todo o suporte fornecido pela empresa para o desenvolvimento dos canais. MG: Quais os planos da Google para o setor enterprise de geotecnologia na América Latina? FA: Nossa visão é que as pessoas possam trabalhar da mesma forma que vivem, ou seja, utilizando as mesmas tecnologias e com a mesma experiência de uso que têm na vida pessoal. Na última década houve uma inversão da oferta de tecnologia, isto é, antes éramos melhor equipados em nosso ambiente de trabalho do que em casa; hoje ocorre o contrário, temos mais tecnologias pessoais, utilizamos mapas, serviços em nuvens, emails e redes sociais, tudo num ambiente multi-dispositivos - independentemente se acessamos de um computador, celular ou tablet, aumentamos nossa produtividade e passamos a utilizar estas tecnologias pessoais em nosso ambiente de trabalho. Atualmente uma pesquisa da Deloitte mostra que 53% dos trabalhadores usam aplicativos e dispositivos pessoais para realizar seu trabalho. Os CEOs têm sentido esta pressão e, motivados pelo descompasso entre a velocidade vertiginosa de transformação no mundo consumidor e a oferta tecnológica no mundo corporativo, suas agendas têm sido crescentemente preenchidas com discussões sobre a tecnologia e como empacotar estas plataformas consumerizadas para atender as demandas do ambiente de trabalho, num mundo mais competitivo e mais exigente. Nossa proposta é que os profissionais e funcionários possam construir mapas com a mesma experiência e facilidade de uso do Google Maps, tornando-os mais produtivos. O que queremos é introduzir o mapa como novo documento de trabalho, ou seja, da mesma forma que você trabalha com planilhas, arquivos de texto e slides, o mapa seria o mais novo elemento de produtividade do dia-a-dia, permitindo a organização de informações, análise e tomada de decisão de uma maneira muito mais intuitiva. Neste sentido, nosso último lançamento foi o Google Maps Pro, uma ferramenta para que as empresas e governos possam otimizar equipes e ativos, construir aplicativos de mapeamento e criar mapas usando camadas de dados internas e externas para tomar decisões de negócios. O que estamos propondo é destravar a camada de conhecimento, atualmente restrita a poucos especialistas, permitindo a criação de mapas personalizados para auxiliar nas decisões rotineiras de seu trabalho e permitir o compartilhamento com pessoas próximas ou com o mundo, publicando os dados e tornando-os descobríveis através do Google.com e Maps.google.com. MG: Já é possível adiantar algumas novidades tecnológicas da Google que serão lançadas nos próximos anos? FA: O Google tem um ritmo muito intenso de lançamento de produtos; se considerarmos as plataforma de Enterpri-


LATITUDE

O FATOR GEOESPACIAL O entendimento não se constrói sobre as diferenças, mas sobre o reconhecimento daquilo que nos une

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EMERSON ZANON GRANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO emerson@mundogeo.com

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maginem a seguinte situação: durante quatro semanas se reúnem representantes da sociedade para elaborar estratégias e um plano de ação para o setor geoespacial no Brasil. Na primeira semana são discutidos os problemas existentes e suas correlações, na segunda são definidas as soluções para os desafios da semana anterior. E na terceira e quarta semana são definidas as ações a serem implementadas, os prazos, as formas de monitoramento dos resultados, o orçamento e os responsáveis pela implementação do plano. Pode parecer simples demais, mas ouso dizer que se tal evento acontecer, com a presença de representantes legítimos e com poder de decisão do governo, empresas, profissionais e entidades de ensino do setor, poderemos ter uma grande e feliz surpresa. Alguns pré-requisitos teriam que ser alinhados no início das atividades, como deixar para o passado as diferenças históricas dos grupos envolvidos, evitar corporativismos, trabalhar com os pontos de interesse comum e ter uma visão a longo prazo. Outro ponto importantíssimo seria pensar no setor geoespacial não como um fim por si mesmo e sim como uma ferramenta de suporte à decisão neste momento importante de maturidade econômica, social e política que o Brasil está alcançando. O Brasil precisa de um projeto completo para este setor, que aponte soluções plenas e integradas para qualificar melhor a nossa mão de obra, dar sustentabilidade para as empresas crescerem e se manterem competitivas, com o governo ouvindo mais o que pensam os demais segmentos do mercado e definindo melhor suas políticas de investimentos neste setor.

ANEA, IBG, SBC, IBGE, DSG, Ministério do Planejamento e Gestão, Universidades, APEAESP, FENEA, ABEC, APROGEO, Ministério da Defesa

Temos hoje instituições que podem muito bem representar os seus papéis neste desafio. Agrimensores, cartógrafos, geógrafos e outras profissões mais diretamente envolvidas têm suas associações e podem participar junto com representantes das universidades que oferecem este cursos. As empresas têm hoje duas entidades que as representam, a Associação Nacional de Empresas de Aerolevantamentos (Anea) e o recém-criado Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática e Soluções Geoespaciais (IBG). E, por fim, o governo tem como principais representantes hoje o Ministério da Defesa e o Ministério do Planejamento e Gestão, que vêm fazendo um grande esforço de integração com as entidades federais e estaduais que, por sua vez, dão apoio aos municípios. Representantes destas entidades seriam muito bem-vindos. E, por último mas não menos importante, cito a Sociedade Brasileira de Cartografia (SBC) que, apesar de muito enfraquecida, quando - e se - for reinventada pode ajudar neste esforço. Falta só agora marcar a data e o local para este evento fictício poder virar realidade. Esta proposta de “isolamento”, rapidez e foco é uma provocação para que os envolvidos pensem em ações assertivas. Todos os citados, do seu jeito, estão tentando fazer alguma coisa, mas na minha opinião os movimentos têm sido muito desconectados. Um pacto do setor, unido pela importância do Fator Geoespacial para apoiar o desenvolvimento do país nas esferas federal, estadual e municipal, deve inspirar a construção de um Plano Nacional que permita atender a maioria das expectativas dos grupos envolvidos. O passado nos ensinou que ações isoladas não dão certo. Então, que o presente possa ser de atitudes integradas e efetivas para um futuro melhor.


topomig


WEB WEBINARS EM ESPANHOL E INGLÊS Desde 2012 o MundoGEO está realizando webinars também nos idiomas Espanhol e Inglês, aumentando assim o alcance desta que é uma das mais eficientes ferramentas para divulgação das geotecnologias. Hoje, o número de pessoas que já participaram de webinars em Português é de 24 mil, em Espanhol passa dos 8 mil, enquanto nos eventos em Inglês a base de inscritos já está chegando aos 2 mil. Este ano foi firmada uma parceria com a Associação Internacional de Cartografia (ICA) e a Fundação Software Geoespacial Aberto (OSGeo) para a realização de uma série de webinars, chamada “Open Geospatial Science & Applications”, com três eventos já realizados em 2013 e uma agenda de um seminário online por mês no próximo ano. Acesse www.mundogeo.com para conhecer a agenda de webinars e também para baixar materiais (arquivos pdf, vídeos, etc.) de eventos anteriores.

NOVA SEÇÃO: LOCATION INTELLIGENCE O portal MundoGEO inaugura uma nova seção de notícias, focadas em Location Intelligence. Serão publicadas notas traduzidas do portal norte-americano Directions Mag e também informações sobre o uso da inteligência geoespacial nos negócios na América Latina. Acesse www.mundogeo.com e confira!

TV MUNDOGEO O MundoGEO conta agora com um estúdio próprio para a produção constante de conteúdo áudio-visual, complementando os demais canais de conteúdo (portal, revista, webinars, cursos online e evento MundoGEO#Connect LatinAmerica). Toda sexta-feira vai ao ar um programa com aproximadamente cinco minutos no qual é comentado um assunto de maior destaque durante a semana, além dos outros temas importantes, agenda com próximos eventos e mensagens dos leitores. A TV MundoGEO conta também com entrevistas com profissionais de destaque no setor de geotecnologia, além de uma série com os comentários de Emerson Zanon Granemann, diretor e publisher da MundoGEO, sobre temas estruturais na área de geo. Acesse a TV MundoGEO em www.youtube.com/mundogeo.

FAÇA PARTE DA MAIOR REDE SOCIAL DE GEO DO MUNDO! GeoConnectPeople é a primeira e única rede social exclusiva do setor de geomática e soluções geoespaciais. Você sabia? + 5.600 é o número de membros na rede + 550 fotos já foram postadas pelos membros + 330 tópicos estão em discussão no fórum + 230 eventos já foram criados na rede + 250 foram as postagens em blogs + 115 é o número de grupos na rede

#facts • GeoConnectPeople é a rede social global de pessoas envolvidas com soluções geoespaciais • A plataforma é aberta a todos os usuários e produtores de geoinformação • Os conteúdos são ligados às geotecnologias e suas diversas aplicações • A rede está pautada pelo debate de ideias e a construção colaborativa de conteúdos • O GeoConnectPeople é um projeto social sem fins lucrativos, criado e mantido pelo MundoGEO

Acesse http://geoconnectpeople.org e conecte-se!

+Lidas Novembro Software livre Geoarvores anuncia novidades Chega ao fim o prazo do Incra para georreferenciar imóveis rurais Qual o perfil do Gerente de Projetos GIS?

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Outubro IBGE disponibiliza versão integrada da Base Cartográfica Contínua do Brasil Emplasa disponibiliza ortofotos na escala 1:10:000 do Estado de São Paulo Livro apresenta conceitos clássicos e modernos da Cartografia


SEÇÃO DO LEITOR OPINIÃO

WEBINARS

O serviço que a MundoGEO presta a nós é muito mais que ótimos webinars, uma revista ou mesmo a organização de eventos na área. O que vocês têm feito pela área de SIG e, consequentemente, às áreas de meio ambiente, saneamento, transportes e planejamento urbano e rural, vai além de tudo isso e, em minha opinião, é superior: a conexão. A conexão que estimula a concorrência; a conexão que nos mostra onde falhamos e como podemos melhorar; a conexão que eleva o ânimo e empolga, afinal não estamos sozinhos; a conexão que oferece oportunidades de emprego e recolocação; a conexão que instrui, direciona, indica, delimita ou materializa; a conexão que tanto nos faz bem. Parabéns e obrigado! Raphael Machado | São Carlos (SP)

Participei do seminário online de Georreferenciamento e Certificação de Imóveis Rurais. O webinar foi ótimo, bastante esclarecedor, e já está me ajudando muito.

Estou concluindo Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo e trabalho no setor GIS há cinco anos. Concordo que deva haver esta integração entre universidades, empresas, professores e organizações. As universidades devem propor temas para inserir estudantes e até mesmo os professores nas pesquisas que envolvem o setor de Geotecnologias. Como estou dos dois lados da questão - sou aluno e pesquisador na área de GIS -, sinto esta deficiência quanto à interação Empresa X Academia. Não só por falta de interesse de uma ou outra, mas de ambas. Manter a relação das instituições sempre alinhadas com o mercado, promovendo debates e/ ou indagações que permitam à academia e aos estudantes desenvolverem temas e pesquisas para as áreas, poderia fomentar ainda mais nosso mercado. Digo isso porque acredito no mercado de GIS no Brasil e a MundoGEO é uma grande responsável por tudo isso. Talles Gomes Santos | Vitória (ES)

Gracias por los interesantes Webinars que se presentan por MundoGEO, ya que nos mantienen actualizados a todos los inmersos en este campo de la Geografía, Geomática y otras áreas relacionadas.

ENTREVISTA COM SILVANA CAMBOIM Fernando Pereira3 Muito bom. Para estudantes, como eu, é sempre bom ouvir experiências de profissionais do Mercado Geo. jefe rodolfo pereira da silva1 Excelente entrevista. Que se apresente mais profissionais do nível da entrevistada e tragam a luz sobre o que se passa dentro das Universidades e Governo. Isso só fará bem e nos deixará mais motivados ainda. Um abraço.

Alexandre Guillou | Maceió (AL) Muchas gracias por estos webinars, que nos permiten mantenernos actualizados en el desarrollo y aplicación de las tecnologías y el conocimiento científico aplicado a la ingeniería práctica, tarea que hacemos los que tomamos contacto con las diferentes realidades del territorio de nuestra única casa: el planeta Tierra (al menos por ahora). Seguiré atento a los próximos webinars.

Nestor Ángel Milesi | Santa Fé – Argentina

Kevin Wilder Gamboa Najarro | Lima – Perú ERRATA Na revista MundoGEO 74, p. 31, aonde se lê "Rogério Rigato – Diretor de Desenvolvimento de Negócios [...]", leia-se "Rogério Rigato – Desenvolvedor de Negócios [...]".

Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@ mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

Lucas Miranda da Rocha Dependendo da área, é importante entender sobre a dinâmica social e físico-ambiental também.

@nosolosig En 2014 las Jornadas de Latinoamérica y Caribe de @gvsig y @MundoGEO Connect LatinAmerica se realizarán en conjunto, 7-9 may, Sao Paulo (BR)

Renato Medeiros Cordeiro de Miranda Está funcionando e muito bem, 186 áreas no Brasil certificadas até as 15:30 de hoje

@MappingInteract @gvSIG anuncia que en #2014 se celebrarán #10gvSIG, #4gvSIG #Argentina, #1gvSIG #México y latinoamericanas en Sao Paulo #Brasil @MundoGEO

Daniel H Santana Barbosa Que conceito de novo geógrafo é este? Se as matrizes curriculares não ajudam o geógrafo, os desafios atuais são muito grande para a formação dos bacharéis em Geografia. Defasado está o geógrafo nas questões de apoio de mercado... ou seja o geógrafo atual é um operador de software...

@Migtrons #CityEngine fabuloso @MundoGEO @Esri linea de visualización #Webinar pic.twitter.com/t5k1k5QV6H @alechamizo Webinario sobre #Eumecast Sensor SEVIRI con @MundoGEO en el @ciifen pic.twitter.com/QTlp8KIgkz @sobento Gostei de um vídeo @YouTube de @mundogeo http:// youtu.be/HSvnqLyxQB8?a Entrevista com George Serra sobre os Cursos Online MundoGEO

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NAVEGANDO A RapidEye, provedora de soluções geoespaciais que possui uma constelação de cinco satélites de observação da Terra, mudou seu nome oficialmente para BlackBridge O Grupo Hexagon adquriu a Pixis, fornecedora de softwares e soluções para engenharia e distribuidora exclusiva das soluções da Intergraph no Chile O Cbers-4, último satélite da cooperação entre Brasil e China, já está em desenvolvimento e deverá ser lançado em 2015 A Astrium anunciou uma parceria com a IHS, para fornecer imagens de satélites e serviços ao setor de defesa e segurança Os 573 quilômetros de litoral do Ceará passarão por um novo mapeamento que será realizado pela empresa Geoambiente. O contrato tem um valor de 2,76 milhões de reais A Agência Espacial Brasileira (AEB) propôs a criação de uma Aliança Latino-Americana de Agências Espaciais (Alas) Após a colisão do Pegasus – primeiro satélite desenvolvido pelo Equador – o país lançou com sucesso, no dia 21 de novembro, seu segundo nanosatélite No dia 11 de novembro o satélite Goce, da Agência Espacial Europeia (ESA), reentrou na atmosfera da Terra. A maior parte foi desintegrada, mas estimase que alguns fragmentos do satélite tenham atingido a superfície terrestre A HERE atualizou sua base de dados e a quantidade de ambientes internos mapeados. No Brasil já são 50 locais e esse número deve passar de 200 no próximo ano, principalmente nas cidades-sede da Copa do Mundo A China enviou em órbita um novo satélite de sensoriamento remoto, o

Yaogan XIX 16

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SIGEF ENTRA EM FUNCIONAMENTO Este ano vai entrar para a história como o início de um período no qual se conhecerá com maior exatidão a questão fundiária em nosso país, com o lançamento de uma nova ferramenta de apoio aos profissionais que atuam com levantamentos de imóveis rurais. O novo Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) entrou em funcionamento no dia 23 de novembro e, com ele, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pretende acelerar e simplificar os procedimentos de certificação no país. Anunciado em agosto deste ano, o Sigef permite a análise eletrônica dos dados georreferenciados dos imóveis, restringindo a necessidade de atuação de servidores do Incra apenas aos casos de desmembramentos, remembramentos, sobreposição de áreas, ou àqueles imóveis relacionados a auditorias e fiscalizações. Ao invés de abrir processos nas superintendências do Incra, os responsáveis técnicos por serviços de georreferenciamento podem acessar diretamente o site https://sigef.incra.gov. br, inserir o arquivo digital com dados das propriedades rurais e, não sendo constatadas inconsistências ou sobreposições pelo sistema, obter automaticamente a certificação dos imóveis. O novo sistema tem capacidade operacional de 20 mil processos analisados por mês. Segundo o primeiro relato do Incra após o lançamento, em três dias de funcionamento o Sigef analisou 1,2 milhão de hectares, totalizando 477 certificações.

FIM DO PRAZO

No último dia 20 de novembro terminou o prazo determinado pelo Incra que obriga os proprietários de imóveis rurais com menos de 500 hectares a fazer o georreferenciamento do imóvel e a certificação junto ao Instituto. Nos termos da Lei dos Registros Públicos (Lei nº 6.015/1973), a descrição de todo imóvel rural deverá estar georreferenciada ao sistema geodésico brasileiro, com suas dimensões e localização descritas com exatidão. De acordo com o Incra, atualmente há cerca de 5,5 milhões de imóveis constantes no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), a maior parte abaixo de 500 hectares, o que representa 5,2 milhões de imóveis passíveis de georreferenciamento.

ESRI ABRE ESCRITÓRIO PARA ATENDER AS AMÉRICAS A Esri anunciou que está expandindo sua presença nas Américas com a abertura de um novo escritório em Miami. De acordo com a companhia, os novos escritórios em Coral Gables, cidade localizada a sudoeste do centro de Miami, tem dupla finalidade: aumentar o apoio técnico e de negócios da Esri para os clientes e distribuidores na América Latina e no Caribe e, ao mesmo tempo, reforçar sua infraestrutura de negócios no sudeste dos Estados Unidos. “Estamos extremamente motivados com a abertura de nosso novo escritório em Miami”, afirma Leandro M. Rodriguez, Gerente Geral da Esri para América Latina e Caribe. “Vamos trazer as nossas capacidades e equipamentos para a comunidade cada vez maior de clientes, distribuidores e parceiros Esri nesta região”, completa. As novas instalações da Esri estão localizadas em Miracle Mile e possuem um centro de conferências de última geração, para a realização de reuniões e encontros. Além disso, no mesmo local, estão disponíveis escritórios para todos os funcionários da Esri dedicados à América Latina, Caribe e Sudeste dos Estados Unidos. Jack Dangermond, fundador e presidente da Esri, comenta que a adoção do GIS na América Latina tem experimentado um rápido e contínuo crescimento nos últimos anos. “Embora nossas implementações atuais têm sido bem apoiadas pela nossa rede de distribuidores, creio que este é o momento certo para estabelecer um escritório da Esri focado na região para ajudar nossos usuários a maximizarem seus investimentos em GIS, obtendo maiores retornos agora e no futuro”, comemora.


MAPAS TEMÁTICOS DE SÃO PAULO A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) disponibilizou em seu site um conjunto de mapas temáticos adquiridos e/ou elaborados pela Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA). Trata-se de uma ferramenta de apoio à tomada de decisão para a gestão ambiental, constituída pelo Mapeamento Temático de Cobertura da Terra, Modelo Digital de Elevação e pelas sub-bacias e rede de drenagem abrangendo todo o Estado.

INFO www.ambiente.sp.gov.br

FALHA NO LANÇAMENTO DO CBERS-3 Às 11h26, hora de Beijing (1h26, hora de Brasília), do dia 9 de dezembro, o satélite Cbers-3, desenvolvido conjuntamente por Brasil e China, foi lançado pelo veículo chinês Longa Marcha 4B, a partir do Centro de Lançamentos de Satélites de Taiyuan, China. Porém, perto de completar a operação, houve uma falha de funcionamento do foguete durante o voo e, consequentemente, o satélite não foi posicionado na órbita prevista. Avaliações preliminares sugeriram que o Cbers-3 tenha retornado ao planeta e se desintegrado. O Cbers-3 seria o quarto satélite do programa a entrar em órbita. Os três satélites anteriores operaram adequadamente e cumpriram suas missões. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretende agora antecipar a colocação do Cbers-4 em órbita, dando continuidade do programa espacial. O novo satélite também tem estimativa de custo de 160 milhões de reais ao governo do Brasil e, assim como o seu antecessor, deve ser montado no Laboratório de Integração e Testes do Inpe.

A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), um consórcio internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades com o objetivo comum de desenvolver padrões.

GEOMETRIA ESPACIAL

O OGC anunciou um novo pacote de padrões para representação de geometria geográfica. O ISO TC 211, se aprovado, irá substituir o ISO 19107:2003 Geographic information – Spatial Schema, utilizado há 10 anos. Utilizado como um padrão global para representar geometria geográfica, o pacote ISO 19107:2003 vem sendo utilizado para quase todas as especificações e padrões para representação de dados geoespaciais, dentro do contexto ISO e OGC.

DIGITALGLOBE ELEVA SEU NÍVEL

A DigitalGlobe, fornecedora de imagens de alta resolução e soluções geoespaciais, elevou seu nível de associação junto ao OGC. Agora como um membro principal, a companhia passa a participar da Comissão de Planejamento do Consórcio e tem autoridade na aprovação final de todos os padrões.

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Além desses produtos, a CPLA disponibiliza diversas publicações e dados do estado, garantindo transparência e acesso público a informações ambientais e territoriais necessárias ao planejamento ambiental.

OGC

* P R O M O Ç Ã O V Á L I D A AT É 3 1 / 0 3 / 1 4

O Mapeamento Temático de Cobertura da Terra do Estado de São Paulo, na escala 1:100.000, foi executado pelos técnicos da CPLA a partir da interpretação de imagens do satélite Landsat 5 TM, do ano 2010. O Modelo Digital de Elevação, as sub-bacias e a rede de drenagem do estado foram contratados com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), em parceria com o Instituto Geológico (IG), permitindo a geração de mapas de declividade e altitude. A rede de drenagem foi obtida por meio de delimitação automática e subsidiou a definição das sub-bacias de todos os afluentes dos rios principais do Estado.


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LANÇAMENTOS A Supergeo anunciou que uma versão gratuita do software GIS móvel SuperSurv está disponível na Apple Store A Trimble anunciou, durante o evento Intergeo 2013, que o seu serviço de correção GNSS

CenterPoint RTX terá cobertura global até o final deste ano A BlackBridge, antiga RapidEye, lançou o produto 3B Ortho Take, que oferece imagens de satélite convertidas, ajustadas e ortorretificadas para cobrir uma área de interesse A TomTom lançou o seu serviço de trânsito em tempo real TomTom

Traffic no Brasil, que permite aos usuários a escolha da melhor rota nas viagens

BASE CARTOGRÁFICA DO BRASIL O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou a Base Cartográfica Contínua do Brasil na escala de 1:250.000, como parte do Programa de Atualização Permanente da Base Cartográfica (BC250). Até então, havia uma divisão em blocos, e agora foi disponibilizado um conjunto de dados com visão de todo o território nacional para essa escala. Esta nova versão da Base Cartográfica foi obtida a partir da junção e do refinamento dos dados dos 11 blocos que integraram a primeira versão da BC250, lançada em agosto de 2012. Na versão anterior, só era possível obter informações contínuas dentro de cada bloco, separadamente. As informações cartográficas foram obtidas por atualização do mapeamento existente ou por meio de novos levantamentos, utilizando-se imagens de satélite, dados obtidos em atividades de campo e também fornecidos por órgãos setoriais parceiros. A Base Cartográfica está disponível no formato geodatabase, para utilização em Sistemas de Informação Geográficas. INFO www.ibge.gov.br

A SimActive, desenvolvedora de softwares para fotogrametria, lançou a versão 5.0 do Correlator3D, com melhorias no módulo de triangulação aérea, novas ferramentas para visualização e edição, e suporte a sistemas 64 bits A Trimble ampliou seu portfólio de imageamento aéreo com o AX60, que conta agora com sistema Lidar e uma versão atualizada do software Inpho processing O Inpe apresentou a versão 3.0.2 da

TerraMA2, uma plataforma aberta a qualquer usuário interessado em desenvolver seu próprio sistema operacional de riscos ambientais A Blue Marble lançou a versão 6.6 do GeoCalc, uma ferramenta para desenvolvimento de softwares que conta com uma biblioteca de objetos geoespaciais

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LASER SCANNER 3D ZEB1 A CPE Tecnologia, através da parceria com a 3D Laser Mapping, trouxe para o Brasil o equipamento ZEB 1 – primeiro sistema de mapeamento a laser móvel e manuseável. Desenvolvido pelo Csiro, o scanner utiliza a tecnologia robótica de Localização e Mapeamento Simultâneos (Slam) e conta com o sistema IP65, que incorpora um processador dual core em um sólido e resistente gabinete de alumínio. Se trata de um leve scanner de mão, montado em um mecanismo simples que analisa as superfícies continuamente enquanto o operador caminha no ambiente. INFO www.cpeltda.com.br

FOCUS3D X 330 Aproveitando o sucesso do Focus3D, a Faro Technologies anunciou o novo Focus3D X 330, que supera os modelos anteriores em funcionalidade e desempenho. Com um alcance de digitalização quase três vezes maior do que a do modelo anterior, o Focus3D X 330 pode digitalizar objetos a até 330 metros de distância e sob luz do sol direta. Com seu receptor GPS integrado, o laser scanner é capaz de correlacionar digitalizações individuais em pós-processamento, tornando-o ideal para aplicações baseadas em levantamentos terrestres em geral. INFO www.faro.com


LASER SCANNER GLS-2000 E ESTAÇÃO HÍBRIDA A Topcon Positioning Group (TPS) anunciou o lançamento de um novo laser scanner. o GLS-2000 possui um campo de visão expandido, mais velocidade e tamanho compacto, tornando-o um equipamento versátil. Com duas câmeras, o equipamento garante um nível alto de definição e detalhes durante o escaneamento. Também foi lançada pela Topcon uma nova estação total híbrida, que combina posicionamento GNSS e medições robóticas com dados automaticados, para oferecer precisão e versatilidade em qualquer medição. INFO www.topconpositioning.com

GEOSCHEDULING A Geograph lançou no Brasil a solução GeoScheduling, desenvolvida pela empresa francesa GeoConcept. O sistema, que leva o mundo de otimização de rotas para o ambiente web, resolve os desafios de negócios associados a serviços como entrega, assistência técnica, instalação ou vendas. O GeoScheduling possui três esferas de ação: cliente, recursos humanos e equipes de campo e equipamentos. Em termos de gestão dos recursos humanos, é possível gerenciar os calendários de folga, feriados, jornada de trabalho e configurar o dia a dia das equipes. INFO www.geograph.com.br

DISTO D810 TOUCH A Leica Geosystems lançou o Disto D810 touch, primeiro distanciômetro a laser que conta com uma tela sensível ao toque e com uma nova ferramenta que realiza medidas a partir de imagens. Segundo a empresa, se trata de uma ferramenta para medir com precisão, verificar as dimensões e documentar informações através de fotos capturadas por uma câmera integrada. Além disso, o sistema pode ser complementado com o aplicativo gratuito Leica Disto sketch. INFO vendas@leica-geosystems.com.br

SUPERGIS DESKTOP 3.2 BETA A Supergeo Technologies anunciou o lançamento SuperGIS Desktop 3.2 Beta, aumentando a capacidade do software em integrar e gerenciar dados geoespaciais. A nova versão possui opções para impressão e exibição de mapeamentos detalhados, além de fornecer uma ferramenta atualizada de georreferenciamento. Novas opções permitem cadastrar, editar e gerenciar facilmente dados em formatos especiais. INFO www.supergeotek.com

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CAPA

AMÉRICA LATINA EM ALTA! As tendências no setor de geotecnologias para o próximo ano e as expectativas de crescimento e integração do mercado latino-americano

C Por Eduardo Freitas

onsolidação da nuvem como a nova plataforma para os Sistemas de Informação Geográfica (GIS), estações totais cada vez mais integradas a outros sensores, legislação clara para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), imagens de satélite com um palmo de resolução espacial. Estas são algumas das tendências e demandas da comunidade de geotecnologias para o próximo ano. Por outro lado, diferentes culturas e níveis de maturidade dos mercados exigem das empresas estratégias customizadas para cada país na América Latina, enquanto outras companhias focam nas demandas globais. A revista MundoGEO conversou com alguns executivos para conhecer suas expectativas para 2014, o que será novidade no setor de geotecnologia e quais os desafios para driblar a crise e crescer com sustentabilidade em nosso continente.

GIS E LOCATION INTELLIGENCE

PDF E VÍDEOS Os materiais apresentados neste webinar estão disponíveis para download - para todos os inscritos - em www.mundogeo.com/ webinar

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Cloud, GIS Móvel, 3D, Big Data e mapeamento colaborativo são alguns exemplos de tendências que já estão se tornando cada vez mais usuais em nosso dia-a-dia. Hoje, estamos vivenciando uma mudança de paradigma quanto ao uso de ferramentas de análise geográfica, que há pouco tempo eram exclusividade de um “gueto” de especialistas e hoje estão disponíveis aos tomadores de decisão. Por outro lado, enquanto o GIS integra-se cada vez mais ao dia-a-dia das empresas, o Big Data e as bases de dados 3D requerem hardware e software cada vez mais sofisticados. No dia 5 de dezembro a MundoGEO realizou um seminário online com a proposta de responder à pergunta “Qual o Futuro do GIS?”, com a participação de especialistas no assunto: Deilson Silva, da Imagem/Esri, que falou sobre a Cloud como a nova plataforma para o GIS; Vagner Sacramento, da startup GoGeo, especialista em Big Data Geoespacial; Ricardo Pinheiro, da Here, que mostrou os benefícios de se trabalhar com bases de dados 3D e dados Indoor; Fábio Andreotti, da Google, que propõs um debate sobre a consumerização e o geo nos negócios; Arnaud Seydoux, da MapLink, que demonstrou os desafios para trabalhar com GIS

móvel em tempo real; e, por fim, Eduardo de Rezende Francisco, da FGV, que moderou o debate final e falou sobre a integração entre GIS e Business Intelligence. As bases de dados em 3D e nos ambientes internos de edificações são a nova fronteira do geo. Segundo um estudo recente, um cidadão padrão passa apenas 13% de sua vida fora das construções, e o restante dentro; por outro lado, a maioria dos dados geoespaciais são relacionados com a parte externa, então pode-se esperar um grande avanço nos próximos anos com o posicionamento indoor. Segundo Helder Azevedo, Diretor para a América Latina da empresa Here (divisão de mapas da Nokia), a oferta de bases de dados obtidos através de levantamentos a laser móvel será cada vez maior. “Veículos já em operação no Brasil são equipados com um Lidar, que captura 700 mil pontos em 3D por segundo, quatro câmeras de 16 mega-pixel com panoramic view; com os quais inovamos uma vez mais não somente em tecnologia, mas em processos de coleta e reconhecimento de imagens com o objetivo de acelerar a velocidade de atualização e incrementar a qualidade e quantidade de atributos coletados de forma sistemática”, comemora. Por outro lado, a grande quantidade de dados gerados cria também novos desafios para a análise geográfica, afinal, estima-se que 2,5 quintilhões de bytes de dados são gerados a cada dia. Neste mar de dados, como encontrar a informação certa, levando-se também em conta que até 2020 haverá 50 bilhões de “coisas” conectadas e que os equipamentos serão georreferenciados em tempo real? Esta é uma das facetas do Big Data, uma nova forma de gerenciar dados, que já não se preocupa mais em dividi-los em categorias, mas sim descobrir os padrões escondidos e extrair o máximo de informação para a tomada de decisão. Este também é um desafio para Fábio Andreotti, Diretor do Google Maps for Business para América Latina. “Um fato relevante é que a capacidade de produção de dados geoespaciais cresceu muito na última década: novos satélites foram lançados por empresas e governos, temos mais sensores coletando dados e capturando a


realidade física do mundo; a adoção massiva de smartphones e tablets pelos consumidores, em conjunto com os avanços das redes móveis 3G/4G, passaram a fornecer uma gigantesca quantidade de dados de localização a todo o tempo”. O acesso e uso de informações geográficas aos poucos vem se tornando uma realidade em nossa região, segundo Claudio Simão, Presidente da Hexagon para América do Sul e Ásia-Pacífico. “Conceitos como mapeamento colaborativo, computação em nuvem, mobilidade e visualização em 3D começam a ganhar força e seu uso é impulsionado pela popularização de equipamentos inteligentes. O GIS vem se tornando uma ferramenta muito mais abrangente, que acompanha esta evolução tecnológica, e suas novas aplicações e o maior acesso aos dados geoespaciais possibilitam uma maior integração e um retorno cada vez rápido dos investimentos”. Além disso, as aplicações em tempo real passam a ser uma nova fronteira do geo. “O foco da Hexagon para 2014 é continuar investindo massivamente em novas tecnologias, como o portfólio Intergraph Geospatial Products, que integra as soluções GeoMedia e Erdas, o Intergraph Mobile MapWorks, um aplicativo que permite atualizações no campo em tempo real, e multiestações como a Nova MS50, que deu início a uma nova era de inovação no mercado de topografia e levantamentos geodésicos, com alta densidade de informação”, comemora Claudio.

GEODÉSIA E TOPOGRAFIA O posicionamento preciso está cada vez mais acessível e também cada vez mais sofisticado, com sensores embarcados em veículos gerando milhões de pontos por segundo. E a localização fica cada vez mais fácil, pois estima-se que haverá mais de 100 satélites GNSS em órbita até 2015, além das tecnologias para posicionamento interno. Hoje, muitas empresas estão empenhadas em encontrar soluções para obter a transição perfeita entre a navegação interior e exterior, através de tecnologias que integrem medições de GNSS e sinais de redes Wi-Fi, juntamente com dados obtidos com sensores de celulares, tais como acelerômetros, bússolas, etc.. Segundo Juan Plaza, Gerente Regional para América Latina da Divisão Geoespacial da Trimble, os levantamentos de campo estão entrando em uma nova era, principalmente quanto à forma como os dados são obtidos, mais rapidamente e já em formato tridimensional. “A Trimble está lançando este ano uma nova tecnologia que vai revolucionar o modo como profissionais de levantamento encaram certos trabalhos, especialmente quanto à rápida aquisição de dados e ao processamento de modelos 3D de estruturas existentes”. Segundo ele, mesmo as tecnologias mais avançadas deverão estar disponíveis para empresas de qualquer porte. “A Trimble tem mergulhado fundo nas tecnologias já estabelecidas, como a fotogrametria terrestre e seu conceito fundamental de interferometria, para produzir um novo conjunto de produtos que permitirão aos profissionais, mesmo com poucos recursos, fotografar estruturas de diferentes ângulos e, em questão de horas, produzirem modelos 3D precisos, sem sequer tocar a estrutura, nem mesmo com um laser. Este novo produto é o V10 e nós encorajamos que os profissionais fiquem de olho”, conclui Juan. Para Diogo Martins, Gerente de Vendas para América Latina da Topcon Positioning Systems, não se pode deixar de considerar um

novo e importante conceito para controle de processos construtivos, conhecido como Building Information Modelling (BIM). “Em vários países a utilização do conceito BIM já está sendo considerada como um padrão construtivo e sua aceitação cresce a cada dia, inclusive na América Latina. Para atender esta demanda, recentemente a Topcon lançou o LN-100, um produto que integra em um único dispositivo características de estação total robótica e nível laser, utilizado para locações de projetos”.

IMAGENS DE SATÉLITES Com o lançamento do Cbers-3, o próximo ano teria tudo para consolidar uma nova revolução no mercado brasileiro de sensoriamento remoto, através da obtenção de dados com um sensor nacional, porém a operação falhou no dia 9 de dezembro, frustrando os planos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de toda a comunidade de geotecnologia. Por outro lado, vários lançamentos estão previstos e a oferta de imagens não pára de crescer. De acordo com Maurício Meira, Gerente Regional para América Latina da BlackBridge (antiga RapidEye), a principal novidade tecnológica da empresa para o próximo ano será a divulgação, em maio, das características da nova constelação de satélites que será lançada ao espaço para continuação dos serviços prestados pelos veículos RapidEye. “Já se sabe que a nova constelação manterá as mesmas características dos satélites RapidEye, com alta velocidade de revista (diária) e enorme capacidade de coleta de imagens (mais de 5 milhões de quilômetros quadrados por dia) e certamente terá novidades, como por exemplo quanto à resolução espectral dos sensores embarcados nos novos satélites”, comemora. O próximo ano também deverá ser de novidades no setor de imagens de satélites de altíssima resolução, como conta José Roberto Varela, Gerente Regional de Vendas para América do Sul da DigitalGlobe. “Em 2014 lançaremos um novo satélite, o WorldView-3. Ele trará uma série de inovaçoes, como 16 bandas multispectrais, 31 centímetros de resolução nativa, entre outras características. Com isso, teremos um grande incremento em nossa capacidade de coleta e de revisita diária”.

VANTS Regulamentação: é só isso o que a comunidade de geotecnologia espera do governo brasileiro para que o setor de Veículos Aéreos Não Tripulados possa deslanchar de vez. Em vista dessa necessidade, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) promoveu no início de setembro um Workshop que reuniu representantes de associações e instituições públicas. A MundoGEO esteve presente no seminário, no qual a Anac pôde ouvir a comunidade para o desenvolvimento de uma regulamentação que viabilize a operação segura e viável dos VANTs. Segundo a Agência, até dezembro de 2013 um grupo de trabalho responsável iria apresentar a proposta de regulamentação à sociedade, porém até o fechamento desta edição da revista MundoGEO a proposta ainda não havia sido apresentada. Enquanto isso, o mercado avança a passos largos. Hoje, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) já conta com 11 companhias de VANTs associadas, isto

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sem falar nas várias empresas que representam marcas globais e os prestadores de serviço que já estão realizando testes com estes veículos para geração de mapeamentos. Juan Plaza também destaca a importância da regulamentação clara e da certificação dos VANTs. “Nós também estamos em fases finais de obter a certificação para o nosso mais novo VANT, o UX5, uma aeronave não tripulada capaz de mapear grandes parcelas de terreno com grande precisão e em alta velocidade”.

CRESCIMENTO NA AMÉRICA LATINA O Brasil cada vez mais está deixando de ser visto como um país isolado - apesar do idioma - e as empresas globais passam a definir sua estratégia pensando na América Latina como um todo e também levam em conta similaridades com outras regiões do mundo. Segundo Helder Azevedo, a questão fundamental no Brasil é o nível de maturidade do mercado em relação aos demais. “Dentro da América Latina mesmo, vemos países como a Colômbia consumindo ferramentas GIS em quantidade equivalente a do Brasil, o que demonstra a diferença do nível de maturidade mesmo dentro do mercado Latinoamericano”. Mas ainda há muito o que avançar, segundo Helder. “Por outro lado, áreas como automatização de equipes de campo e otimização de rotas já estão bastante adotadas em países desenvolvidos, enquanto por aqui ainda ‘engatinhamos’. É uma área de elevado potencial”, conclui. Quanto às expectativas de crescimento na região, Helder conta que a estratégia da Here está baseada no contínuo aprimoramento do portfólio de produtos e da Plataforma Here, atualização constante dos mapas e consolidação dos serviços dinâmicos. Além disso, parcerias e aquisições também fazem parte dos planos da Here. “Do ponto de vista de atuação comercial, seguiremos consolidando nossa liderança nos mercados automotivos e de telemática, além de expandir nossa atuação no mercado corporativo e governamental através de parcerias com integradores de elevada qualidade e reputação, dentre os quais destacamos a Planifi-K na Argentina, InovaçãoGIS e a VisãoGeo no Brasil, a Esri-Chile e GeoRed no Chile e a Procalculo/Prosis na Colômbia. Podemos dizer que a região é a que cresce mais rapidamente no mundo”, conclui. Já para Maurício Meira, o mercado de geomática latino-americano é bastante distinto das demais regiões do mundo e, de certa forma, reflete a situação econômica dos países e suas demandas. “Mesmo dentro deste imenso mercado, desde o Rio Grande até a Patagônia, países como México e Brasil têm necessidades diferentes das pequenas nações centro-americanas ou mesmo de nossos vizinhos sul-americanos”. Para Maurício, na região destacam-se as aplicações na área de meio-ambiente e agronegócio. “No geral a região latino-americana tem se destacado pelo uso intenso de geotecnologias em apoio às questões ambientais, passando pelo uso massivo de imagens multi-temporais para monitoramento de desmatamento para projetos Redd no México e na América Central, até o uso de imagens RapidEye para apoiar o cadastro ambiental rural pelo Ministério de Meio Ambiente do Brasil, entre outras aplicações similares que exigiram a cobertura completa de países como o Peru, Colômbia e Equador", conclui. E a expectativa

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para o próximo ano é de expansão. “O percentual de faturamento da BlackBridge em toda América Latina foi alto neste ano, próximo de 30% do total global, devido aos grandes projetos de cobertura nacional e, ainda que se projete um crescimento das vendas nos anos seguintes, a participação da região no total global deve se deslocar para fora da região pela expansão dos negócios da BlackBridge a nível mundial”, finaliza Maurício Diogo Martins concorda que deve-se estar atento às demandas específicas de cada país, e que uma solução para um determinado mercado nem sempre é a melhor para outro. “Em alguns países onde o mercado está mais maduro e desenvolvido, como EUA, Canadá e vários países asiáticos e europeus, observamos forte aquisição de produtos com maior valor agregado, como estações robóticas, sistemas RTK, laser scanner. Embora essa situação tende a mudar em um futuro próximo, uma vez que essas soluções beneficiam a realização de serviços com melhor qualidade e produtividade, ainda é comum em muitos países latino-americanos uma forte demanda por produtos mais básicos, como estações totais convencionais e receptores GNSS utilizados apenas para pós-processamento”, conclui. Segundo Diogo, a Topcon continuará atenta às novas demandas e necessidades regionais, mas ao mesmo tempo deverá impulsionar os mercados na adoção de tecnologias emergentes. Ele destaca, ainda, as peculiaridades e sazonalidades de cada país. “Também é bastante singular uma vez que o cenário não costuma ser o mesmo para todo o bloco. Há países onde as condições são muito boas em um ano e totalmente diferentes em outro, e isto ocorre individualmente em cada nação, o que significa que países vizinhos podem estar em diferentes realidades em um mesmo momento”, finaliza. Por outro lado, Claudio Simão aponta para os pontos em comum em diferentes regiões do globo. “O mercado de geomática e soluções geoespaciais está cada vez mais similar em todo o mundo. Praticamente todos os países adotam as tecnologias mais modernas disponíveis para solucionar os seus problemas geoespaciais. O que diferencia, algumas vezes, uma região de outras é o nível de conhecimento técnico e o tipo de problema a ser solucionado. Mesmo assim, devido à capacidade dos fabricantes em oferecerem conjuntos de soluções ao invés de equipamentos, a tendência é de equalização”. Para ele, deve-se estar atento às demandas globais. “O mercado latino-americano, neste sentido, tem sido um dos mais avançados na assimilação das novas tecnologias e soluções. Praticamente todos os países da região estão atualizados com o que há de mais moderno em termos de equipamentos e soluções geoespaciais, o que nos coloca em sintonia com as demais regiões do mundo”. Ainda segundo Claudio, as expectativas de crescimento na região são boas, principalmente a partir das aquisições feitas recentemente pelo grupo Hexagon. “A América do Sul representa, hoje, acima de 5% do nosso faturamento total, o que é um índice bastante respeitável se levarmos em conta os padrões mundiais. A região é extremamente estratégica para a Hexagon, com excelentes possibilidades de crescimento. Apesar de estarmos bem posicionados, estamos prontos para ir cada vez mais longe. Exemplos disso foram a abertura, em abril,


do escritório da Intergraph Sudamérica em Bogotá, responsável

DESAFIOS

pelas operações na Colômbia e no Equador, e a recente aquisição

Emerson Granemann, diretor da MundoGEO, participou como observador na cidade de Montevidéu, em novembro, de um evento promovido pelo Instituto Panamericano de Geografia e História (IPGH) com a presença também da Rede Geoespacial da América Latina e Caribe (GEOSur) e o GGIM Américas, orgão ligado às Nações Unidas responsável pela pelo Gerenciamento Global de Informações Geoespaciais.

da Pixis, representante de soluções da Intergraph e da Leica no Chile e no Peru”, comemora Claudio. Juan Plaza prefere apontar similaridades entre a América Latina e outras regiões do mundo. “Nós continuamos sob pressão de preços para esta região e também notamos comportamento similar em mercados emergentes como Oriente Médio, Leste Europeu, África e alguns países do anel do Pacífico”. Segundo ele, a integração de tecnologias é o melhor caminho a ser seguido. “Basicamente, na América Latina estamos promovendo a fusão das estratégias para os produtos das linhas de SIG, Cartografia e Topografia. Estamos incentivando todo nosso canal de distribuição a um pensamento geoespacial mais abrangente, com foco maior nos fluxos de trabalho dos usuários, ao invés de focar em recursos e funcionalidades de produtos específicos”. Quanto ao crescimento na América Latina, Juan afirma que o plano da Trimble para a região em 2014 é aumentar o faturamento em 20% e consolidar a presença da empresa em todos os cantos do continente. José Roberto Varela comenta que a DigitalGlobe não vai focar apenas em imagens de satélites, mas também em outros produtos e serviços. “Adicionalmente ao lancamento do WorldView-3, estamos desenvolvendo uma série de produtos inovadores que permitirão ao nossos usuários fazer uso de nossos dados de uma maneira que não se achava possível até então. Vamos ajudá-los a extrair mais informação das imagens que coletamos”. Fábio Andreotti está otimista e afirma que não há dúvidas de que estamos presenciando um vetor de crescimento no setor de geoinformação. “Um estudo encomendado pelo Google e divulgado neste ano indica que os serviços de localização movimentam entre 150 e 270 bilhões de dólares por ano em todo mundo, com crescimento de 30%”. Para ele, deve-se fortalecer as parce-

Estavam presentes representantes de todos os países da região, e a ênfase das discussões sobre desafios para o futuro giraram sobre o temas que necessitam ser mais desenvolvidos para que o continente avance, como: reconhecimento das peculiaridades de cada região; melhor qualificação dos usuários das soluções geoespaciais; maior entendimento pelos dos gestores públicos e privados dos benefícios da adoção de infraestururas de dados espaciais; avaliação sobre como homologar os dados obtidos via mapeamento colaborativo; e, por fim, da necessidade da comunidade especializada do setor compreender melhor que os erros geoespaciais não é um fim, mas um meio para prover a sociedade de informações inteligentes.

rias. “Atuamos através de canais e contamos com um programa global de parcerias, com diversas certificações e uma estrutura bem definida dos papéis e responsabilidades dos parceiros, e todo o suporte fornecido pela empresa para o desenvolvimento dos canais”, conclui. Quanto ao crescimento na América Latina e o lançamento de novos produtos e serviços, Fábio crava: “O Google tem um ritmo muito intenso de lançamento de produtos; se considerarmos as plataforma de Enterprise, temos mais de 200 novos releases por ano”. Para ele, um diferencial dos profissionais latino-americanos é a criatividade. “Nossos projetos de sistemas GIS são reconhecidos mundialmente e uma característica é extremamente marcante para o profissional brasileiro: criatividade, pois

MUNDOGEO#CONNECT LATINAMERICA2014 No próximo ano, de 7 a 9 de maio São Paulo será o ponto focal do mercado geoespacial na América Latina, com a realização da 4ª edição do MundoGEO#Connect LatinAmerica - Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais. Especialistas de todo o continente estarão presentes para falar das tendências no setor e a integração do mercado latino-americano. Conheça a programação completa em www.mundogeoconnect.com/2014/grade e veja as empresas que vão expôr na feira: http://mundogeoconnect.com/2014

conseguimos fazer mais com menos” (veja mais na página 16 ).

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TI+GEO

DESVENDANDO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS Parte 1: Quando você realmente precisa de um banco de dados geográficos?

C JOSÉ AUGUSTO SAPIENZA RAMOS Coordenador Acadêmico do Sistema Labgis. Professor do Departamento de Geologia Aplicada da Faculdade de Geologia da UERJ. Formação na área de Engenharia e Ciência da Computação, atua há mais de 12 anos na área de Geotecnologias com pesquisa, ensino e consultoria sapienza@labgis.uerj.br

Ao contrário do que muitos pensam, este assunto não é um desafio apenas para profissionais da área geo 26

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ertamente um dos temas mais complicados na integração TI+GEO é o Banco de Dados Geográficos (BDG). Ao contrário do que muitos pensam, este assunto não é um desafio apenas para profissionais da área geo. Quem é da área de TI não tem em sua formação tradicional todos os conceitos e técnicas necessários para projetar e implementar um BDG. Sobre este cenário, serão explicados nesta e nas próximas colunas diversos pontos importantes sobre BDG. Porém, certamente, não será um guia definitivo. A leitura complementar, que infelizmente é escassa, é de forte recomendação para quem desejar se aprofundar no tema. Primeiramente, quando precisamos de um BD? Existem algumas formas de responder a esta pergunta, então vamos à explicação baseada em funcionalidades. Quando entraram em operação os primeiros computadores eletrônicos, na metade do século passado, já se apresentava a necessidade de armazenar os resultados processados para uso e acesso posterior. Começou a se obter consideráveis volumes de dados para o padrão de hardware da época, nascendo então os primeiros estudos de como armazenar e recuperar de forma eficiente os dados contidos em uma base. Também se deve considerar que muitos dados gerados possuem inter-relações, e mudar um dado pode ter efeito em outros. Não manter essas relações resulta em inconsistências. Para completar as funcionalidades que justificam o uso de um BD ou BDG, na atual Era da Conectividade, é necessário manter a segurança de acesso aos dados e gerenciar vários usuários acessando e editando simultaneamente um mesmo dado. Necessitamos, então, de um sistema computacional especializado a fim de dar segurança ao acesso, manter os dados consistentes e garantir um bom desempenho, robustez, acesso e manipulação dos dados. Esse software se chama Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). Quando esse sistema é capaz de armazenar e trabalhar com dados geográficos, colocamos um “-G” de geográfico no final, ficando SGBD-G. Entre as principais soluções de SGBD-G hoje no mercado, destacam-se o ArcSDE da empresa Esri, o Oracle Spatial da própria Oracle Corporation, e o PostGIS representando os soft-

wares livres. Ressalta-se que é necessário um hardware que forneça recursos ao SGBD, como capacidade de processamento e armazenamento. Sendo assim, os computadores que possuem um SGBD costumam ser servidores especializados. Ressalta-se que instalar e gerenciar um SGBD requer conhecimentos específicos, que são abordados hoje apenas na formação de TI. Entretanto, para se gerenciar um SGBD-G é necessário conhecimentos complementares, alguns mais alinhados com a formação do profissional de GEO. Trazendo outra leitura sobre as justificativas no uso de um BDG, ele se faz necessário em organizações que precisem melhorar a gestão da geoinformação. Quando há demanda em centralização, compartilhamento e padronização de dados geográficos, o BGD é uma boa solução e talvez se possa dizer até uma imperativa solução. Como eu costumo brincar em sala de aula com os alunos, cai o império dos arquivos em disco, que são comumente no formato Esri Shapefile. Se sai do "bando de dados" para o banco de dados. Ao longo da história da computação moderna foram propostos paradigmas de estruturação de BD, a citar os principais: rede, hierárquico, relacional e orientado a objeto. O paradigma que impera quase unânime na última década é o relacional, onde os dados são armazenados em tabelas e as relações representadas por igualdade de atributos entre elas. Hoje há debates sobre a aplicação do paradigma orientado a objetos, inclusive para BDG. Detalhes sobre os paradigmas serão expostos em um artigo posterior. Quando se trata de BD, ainda mais BDG, se faz necessário uma boa documentação sobre a estrutura do mesmo. A base de dados pode ser diversificada, gerando várias tabelas e relações, que precisam ser documentadas para facilidade de manutenção e compartilhamento do banco. A modelagem de banco de dados geográficos será o assunto do próximo artigo. Até lá!


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INFORME PUBLICITÁRIO

NOVO BENTLEY TOPOGRAPH Após aquisição pela Bentley Systems, o software topoGRAPH ficou ainda mais completo e poderoso com um CAD interno próprio

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topografia é a base de qualquer obra de infraestrutura, seja ela uma ponte, um aeroporto, uma ferrovia ou um loteamento urbano. Neste importante mercado da engenharia, o topoGRAPH tornou-se o software padrão e líder de mercado, adotado pelas grandes construtoras, mineradoras, projetistas e empresas de topografia brasileiras porque foi pensado e desenvolvido como uma solução que leva em conta o fluxo de trabalho específico dos profissionais locais. Este sucesso chamou a atenção da Bentley Systems, uma corporação multinacional cujo negócio principal é oferecer soluções para infraestrutura sustentável. Em março deste ano, o topoGRAPH foi escolhido pela Bentley como a primeira aquisição no mercado latino-americano e, a partir daí, iniciou o trabalho de migração do software para sua plataforma gráfica. Em mais de duas décadas de existência, o Bentley topoGRAPH nunca parou de evoluir, e depois que foi adquirido, a nova versão do software traz ainda mais novidades: agora passa a rodar em seu próprio CAD, o que possibilita uma interface mais interativa e agrega recursos de visualização 3D, novos elementos gráficos, cálculos geométricos avançados, maior capacidade de carregamento de pontos e modelos de plotagem, além do usuário também poder gerar a planta final de seu trabalho. Ele mantém o mesmo fluxo de trabalho, seja em topografia, terraplenagem ou em projetos viários, porém de forma muito mais eficiente e produtiva. E também oferece aos usuários ferramentas poderosas para a criação de desenhos e planos, análise de modelos de terreno, cálculo de volumes de terraplenagem, bem como a concepção de estradas e ferrovias. Se tudo isso não bastasse, o topoGRAPH agora também é compatível e interoperável com uma família de mais de 300 produtos que a Bentley possui em seu portfólio, o que possibilita ao usuário expandir o seu escopo de trabalho e entregar melhores projetos.

O Bentley topoGRAPH continuará a ser vendido através de sua rede de parceiros por todo o Brasil, além das vendas corporativas da Bentley. A expectativa é que a base instalada de milhares de licenças cresça ainda mais com os novos benefícios agregados ao software, que em 2014 já tem previsão de ser traduzido para o Espanhol para atender às demandas da América Latina. Entre em contato com a Bentley para atualizar a sua versão ou adquirir o novo Bentley topoGRAPH. www.bentley.com.br/topoGRAPH www.facebook.com/BentleyBrasil Tel: (11) 2823-2666

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PASSO A PASSO

ARCGIS 10.2 Baixando e instalando a versão free trial Por Ivan Leonardi

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versão 10.2 do ArcGIS foi lançada no dia 1º de agosto de 2013. É um software global e, hoje, um dos mais utilizados por profissionais atuantes na área de Sistemas de Informações Geográficas (GIS). Nesta edição serão mostrados todos os passos para baixar e instalar a versão de teste desta poderosa ferramenta.

PASSO A PASSO

ATIVAÇÃO 10. Com o software instalado, agora é hora de ativá-lo! Para isso, em seu computador, clique em Iniciar > Todos os Programas > ArcGIS > ArcGIS Administrator. 11. Com o ArcGIS Administrator aberto, marque a opção Advanced (ArcInfo) Single Use e em seguida clique no botão Authorize Now.

1. Entre no site www.esri.com/software/arcgis/arcgis-for-desktop/free-trial 2. Digite seu login e senha cadastrado no site da Esri. Caso ainda não seja cadastrado, clique na opção para criar uma nova conta.

12. Selecione a opção “I have installed my software and need to authorize it” e então clique em avançar. 13. Marque a opção “Authorize with Esri now using 3. Na janela que se abrirá em seguida, clique na opção download do ArcGIS for Desktop. 4. Escolha o idioma em que será instalado o software.

the Internet” e avance para o próximo passo. 14. Preencha o cadastro com suas informações e clique em avançar para ambas as janelas. 15. Na janela aberta, informe o código que você recebeu no seu email cadastrado (ex: EVA123456789) e avance. 16. Na próxima etapa, marque a opção “I do not want to authorize any extensions at this time” e clique em avançar. 17. Selecione as extensões que você quiser uti-

5. Feito isso, você receberá um email com o código da licença demonstrativa (ex: EVA482359733) para ativar o software posteriormente. 6. Após a conclusão do download, clique duas vezes e execute o Setup do ArcGIS Desktop. 7. Clique em Next e em seguida marque a opção para aceitar o acordo de uso da licença. 8. Clique em Next novamente. 9. Marque a opção para instalação completa do software e, em seguida, clique em Next nas próximas duas janelas e aguarde a instalação. Após a conclusão, clique em Finish.

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lizar (3D Analyst, Spatial Analyst ou Geostatistical Analyst, por exemplo).

18. Para finalizar, clique em avançar para que seja concluído o processo de validação da licença. Pronto! Seu ArcGIS 10.2 está instalado e ativado por 60 dias.


trimble


HACKATHON

HACKERS DO BEM Zona Azul é o ganhador do Hackathon USP Cidades Por Eduardo Freitas Imagens:Ricardo Alves (cobertura fotográfica)

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compra dos cartões de estacionamento na cidade de São Paulo parece ser um dos principais problemas dos motoristas, pois este foi o tema de dois entre os seis projetos desenvolvidos no 1º Hackathon USP Cidades: Desafios Urbanos em Firefox OS, que aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro na capital paulista, uma parceria entre o USP Cidades e a Telefonica Vivo, com apoio da Oracle, Pepsico, secretarias e departamentos públicos do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo. A Revista MundoGEO esteve presente no evento para conferir como os desenvolvedores usaram os dados fornecidos com o objetivo de desenvolver interfaces, mapas, animações, aplicativos para web ou celular, que pudessem contribuir para a gestão da cidade e a experiência urbana.

Para Filipe de Figueiredo Oliveira, da Telefonica Vivo, o maior desafio para a organização de um Hackathon dessa natureza é disponibilizar os dados públicos para que os desenvolvedores possam trabalhar em suas aplicações. “O Hackathon USP Cidades cumpriu seus objetivos, tendo em vista as soluções criativas que surgiram entre os participantes, tanto para driblar as dificuldades de uso dos dados quanto para o desenvolvimento de aplicativos relevantes para as cidades”. Segundo Adilson Piveta, da Emplasa, um dos desafios foi a definição de temas que representem anseios da sociedade e que possam proporcionar melhoria das condições de acesso a informação, facilitando seu dia-a-dia. “Em se tratando de questões urbanas, deve-se ter atenção especial aos dados disponibilizados aos partícipes desenvolvedores no que tange aos temas propostos e ao grau de desagregação dos mesmos. Deve-se garantir, mesmo que minimamente, grau de correlação entre os dados e os temas propostos, bem como observar o grau de detalhamento dos dados em face de escala de detalhamento que o ambiente urbano exige”. Para ele, no caso de dados públicos, tem-se como desafio a interlocução e articulação dos diversos órgãos envolvidos detentores dos dados, cada qual com sua política de cessão de dados, para que contribuam com o evento.

DADOS: PROBLEMA OU SOLUÇÃO?

MARATONA Como não havia tempo a perder, a maratona de programação teve início no sábado ao meio-dia, com palestras da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), USP Cidades, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), SP Trans e Instituto Lemman, que abordaram as bases de dados disponibilizadas e os principais problemas enfrentados para a plena utilização das mesmas. Também foram detalhados quais seriam os critérios de avaliação e os prêmios, e logo após houve a criação dos grupos – que pela proposta do evento deveriam ser multidisciplinares – e o início do Hackathon.

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Um problema inicial encontrado pelos participantes foi o acesso aos dados, já que eram 200GB de informação que deveriam ser baixados para análise e definição da linha de trabalho a ser seguida. Para a participante Elaine Soares, a disponibilidade de Web Services (WS) que contemplassem a heterogeneidade dos diferentes bancos de dado, poderia ser uma solução. “Neste contexto, a implementação de aplicações que utilizam WS permite resolver os problemas de interoperabilidade, interligação com aplicações já existentes e, através da utilização dos recursos móveis, ter acesso às funções de controle necessárias a partir de qualquer local e a qualquer momento, bastando o usuário dispor de sistemas compatíveis”. O perfil do público era muito heterogêneo, com estudantes e profissionais das áreas de Ciência da Computação, Design, Arquitetura e Urbanismo, entre outras.


PROJETOS Depois de 24 horas de desenvolvimento foi encerrado o Hackathon USP Cidades, com muita comemoração dos participantes, e os seis projetos desenvolvidos foram então apresentados nesta ordem:

PREMIAÇÃO Após as apresentações de cinco minutos para cada projeto e as perguntas da plateia, um grupo de avaliadores formado por representantes da academia, empresas privadas, imprensa especializada e organizadores se reuniu para deliberar sobre quem deveriam ser os premiados, seguindo os quesitos interdisciplinaridade, originalidade e utilidade. O júri era composto por pessoas de diferentes áreas de conhecimento e reuniu os jornalistas Gilberto

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De acordo com Ricardo da Silva Ogliari, Analista de Sistemas Mobile que participou do Hackathon, um dos principais problemas foi não haver um gerente de projeto como parte do time. “Demoramos para engrenar e focar na ideia principal a desenvolver”. Para a equipe de Ricardo, outro problema foi a dificuldade para encontrar os dados que necessitavam para o projeto que escolheram trabalhar. “Por exemplo, não tínhamos dados sobre alagamentos e roubo de carros por ruas ou por um raio de extensão pequena, passível de comparação com a posição geográfica do usuário”, conclui.

• Cidade++ – Baseado no desafio de se estacionar o carro nas ruas da cidade, o app procura centralizar serviços, prevenir casualidades e beneficiar o histórico de informações da cidade, incluindo uma rede social para compartilhamento das informações, gamification com premiação e ranking de usuários; • Posso Ir? – O app foi pensado para responder a pergunta: Posso ir? levando-se em conta questões de segurança em locais turísticos das cidades. Com isso, o grupo teve duas motivações: segurança e cultura, para mostrar a dificuldade de certas áreas bem equipadas para a atividade turística por conta da falta de segurança; • SmartCity – O que é uma cidade inteligente? Este grupo procurou responder esta questão com um app que promovesse o desenvolvimento sustentável, ou seja, que utilizasse os recursos já existentes para contextualizar os dados e garantir uma interpretação qualitativa para os principais stakeholders da cidade; • Smart Plan – Com o lema "Nunca mais se atrase", o app sugere o horário inteligente pra se levar em conta antes de se deslocar para algum local, utilizando variáveis que podem ser previstas, baseadas em turismo, clima, trânsito, entre outros. • Zona Azul – Este app leva em consideração casos de perda do prazo, dificuldade de se encontrar o ponto de venda e falsificação de talões de Zona Azul. O protótipo possui uma interface ao usuário e outra para o fiscal, com a visualização dos veículos de uma localidade, mostrando quem está com o pagamento válido ou não. • Brasil Transparente – O projeto foi além de propor apenas um aplicativo e incluiu um trabalho de modelo de formatação e padronização dos dados, facilitando o acesso a informações públicas para qualquer desenvolvedor.

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Tanto os participantes como os organizadores encontraram um problema que é recorrente em algumas instituições públicas: a falta de padronização dos dados, o que gerou muito trabalho manual para conversão em formato de banco de dados. Segundo André Leiradella, da Oracle, o objetivo inicial do Hackathon era deixar tudo organizado e disponibilizar um serviço Rest, porém devido à falta de padrão isto não foi possível. Para o desenvolvedor Bruno Lemos, os dados eram em grande quantidade (dezenas de gigabytes) e não possuíam um padrão. “Alguns estavam até no formato PDF, ou seja, era necessário pegar dado por dado manualmente. Isto dificultou sua utilização e certamente é uma barreira para os desenvolvedores que pensam em criar algo utilizando estes dados do governo. Nossa proposta foi em relação a este problema e ficamos entre os vencedores da competição”.


Dimenstein, do Catraca Livre, e Marcelo Soares, do Folha Dados, além de especialistas em tecnologia, como Marco Righetti e Fernando Lemos, da Oracle, bem como David Ruiz e Filipe Figueiredo, ambos da Telefonica Vivo, especialistas em programação e hackathons, respectivamente. O grupo de avaliadores contou, ainda, com Rovena Negreiros, Diretora de Planejamento da Emplasa, representando a gestão pública, e o Professor José Alberto Quintanilha, da Poli USP. E o resultado foi o seguinte: • 1º Lugar: Zona Azul (R$ 4.000,00 + Modem 4G Vivo acesso grátis por 6 meses + 1 LG Fireweb + Acesso ao laboratório Oracle com suporte profissional e reunião com executivos de Tecnologia da Oracle)

• 2º Lugar: SmartCity (R$ 1.000,00 + Modem 4G Vivo acesso grátis por 6 meses + 1 LG Fireweb + Acesso ao laboratório Oracle com suporte profissional)

• 3º Lugar: Brasil Transparente (1 LG Fireweb + Acesso ao laboratório Oracle com suporte profissional)

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Além desta premiação, os outros grupos receberam brindes da NEC e, ainda, um estudante foi escolhido para uma oportunidade de estágio remunerado para trabalhar junto com o time de desenvolvimento do Colab.re. Para Thiago Christof, do Projeto Zona Azul, uma das dificuldades encontradas ainda durante o Hackathon foi georreferenciar de maneira precisa os pontos de venda de Zona Azul. “Não tínhamos esses dados georreferenciados, então foi necessário fazer a conversão antes de apresentar o propósito do aplicativo”. Porém, segundo ele, a maior dificuldade vem agora. “Para que a ideia tenha muita utilidade para toda a população, precisamos implementar o sistema de vendas de Zona Azul via smartphones e, para isso, precisamos da colaboração dos órgãos públicos. A boa notícia é que já estamos nos reunindo com estes órgãos”, comemora. Para Áriston Cassimiro da Silva, da equipe Cidade++, uma solução interessante para resolver problemas urbanos é utilizar a colaboração dos usuários, possibilitando a publicação de informações. “Isso torna a aplicação sustentável e eficiente como coletora de dados. E, em paralelo, idealizamos panoramas de comparação entre as informações publicadas dos usuários, assim credibilizando os dados passados”.

De acordo com Paula Vianna Souza, Assessora do USP Cidades, para a realização do Hackathon houve uma intensa busca por dados. “Acho que, se tratando da questão urbana, precisávamos da maior variedade de dados possível, até mesmo porque o nosso trabalho é multidisciplinar e defendemos que as soluções para a gestão de cidades devem ter uma abordagem igualmente multidisciplinar. Então, não faria sentido para nós focarmos em algo muito específico, como 'somente dados de mobilidade' por exemplo”. Assim, a organização se deparou com diversos níveis de qualidade da informação. “Com isso, nós aprendemos muito sobre como os diferentes departamentos públicos estão lidando com a questão da transparência e esperamos inspirá-los e orientá-los tecnicamente para contribuírem com este momento importante do país e das cidades, onde se discute muito o envolvimento da população nas tomadas de decisão através da transparência e acesso aos dados públicos”, comemora. Com informações do USP Cidades

GEO HACKATHON O MundoGEO vai realizar uma maratona para desenvolvimento de

MISSÃO CUMPRIDA

soluções voltadas à sociedade utili-

Para Marcelo Gallacci, um dos avaliadores do Hackathon, o evento foi um sucesso. “Os organizadores e colaboradores do evento merecem reconhecimento especial não apenas pela ousadia do tema mas pela complexidade de se reunir um conjunto de dados rico o suficiente para promover a diversidade de soluções”. Para ele, o próprio assunto do evento foi desafiante. “A temática urbana fez deste evento uma espécie de Hackaton 'radical', ao exigir dos participantes bem mais do que criatividade e habilidade técnica. Como seria valioso o resultado de um 'hackaton permanente', com acesso a um maior conjunto de dados!”, sugere.

zando dados geoespaciais, entre os dias 7 e 9 de maio, em paralelo ao MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014, maior conferência e feira de geotecnologias da América Latina. O GEO Hackathon terá desafios propostos pelo setor público e colocará à disposição das equipes dados, softwares, suporte e infraestrutura para o desenvolvimento das soluções no próprio local do evento. As equipes vencedoras serão premiadas e terão seus trabalhos amplamente divulgados. Mais informações em breve!


furtado


AGRONEGÓCIO

SOMABRASIL ÉDSON LUIS BOLFE Engenheiro Florestal, Dr. Pesquisador e chefe adjunto de P&D

MATEUS BATISTELLA Biólogo, PhD, Pesquisador e Chefe Geral

DANIEL DE CASTRO VICTORIA Engenheiro Agrônomo, Dr. Pesquisador e supervisor de P&D

DAVI DE O. CUSTÓDIO Analista de Sistemas

GUSTAVO BAYMA SILVA

Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no Brasil

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SomaBrasil, desenvolvido pela Embrapa Monitoramento por Satélite, objetiva integrar variáveis censitárias e dados gerados a partir de sensoriamento remoto provenientes de várias fontes, permitindo diferentes níveis de acesso e análise para o monitoramento das atividades agrícolas no País. A definição da arquitetura do sistema levou em consideração a utilização de software livre com código aberto e padrões de interoperabilidade de dados espaciais definidos pelo Open Geospatial Consortium (OCG), que estabelecem formas de armazenamento e acesso padronizado aos dados. O sistema de banco de dados escolhido foi o PostgreSQL com a extensão espacial PostGIS, juntamente com o servidor geoespacial GeoServer. Este WebGIS reúne bases de dados de recursos naturais e agricultura, como informações sobre a produção e o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados gerados por programas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mapeamentos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras instituições. O usuário é capaz de interagir com esses diferentes planos de informação, realizando consultas básicas e avançadas por meio de ferramentas de análises espacialmente explícitas e de visualização dinâmica. Estas contribuem para a melhor compreensão das mudanças de uso e cobertura da terra, gerando informações úteis para o zoneamento, monitoramento espacial, definição de prioridades para empreendimentos agropecuários, logística, pesquisa, desenvolvimento e políticas públicas.

Me. Analista de Geoprocessamento

DEBORA P. DRUCKER Engenheira Florestal, Dra. Analista

Embrapa Monitoramento por Satélite

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Interface do SomaBrasil em ambiente WebGIS O sistema disponibiliza funções de acesso, navegação e manipulação por meio da barra de ferramentas e

o usuário tem também a possibilidade de sobrepor planos de informação e controlar seu grau de transparência, além de selecionar diferentes tipos de mapas base, utilizados como pano de fundo para as informações disponibilizadas no WebGIS. As opções de mapas base são: Google (Hybrid, Satellite, Physical e Street); Virtual Earth (Hybrid, Aerial e Roads); OpenStreet Maps (MapQuest, MapQuest Imagery e OpenStreetMap); e MapBox. Também podem ser inseridos dados externos apontando-se para servidores remotos do tipo Web Map Service (WMS). A estrutura do sistema está dividida em três seções: Mapas Temáticos, Diagnóstico e Monitoramento. Em Mapas Temáticos, os dados disponíveis incluem: Político-Administrativo (estados, mesorregiões, microrregiões e municípios); Articulação Cartográfica (cartas topográficas); cenas de diferentes sensores remotos com acesso gratuito (Cbers, Resourcesat, Modis, Landsat); Meio Físico (relevo, hidrografia, divisão hidrográfica, ottobacias, biomas, solos e potencial agrícola); Áreas Protegidas (unidades de conservação de uso sustentável, proteção integral e terras indígenas); Logística (hidrovias, ferrovias e rodovias) e Clima (temperatura mínima, média e máxima anual, precipitação anual, precipitação no quadrimestre mais seco e no quadrimestre mais chuvoso). As escalas originais foram mantidas e o processo de inclusão dos dados em melhor escala será contínuo, conforme sua obtenção e geração. Na seção Diagnóstico do SomaBrasil, estão inseridas informações de uso e cobertura da terra provenientes do Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS) e do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). Nesta seção também são inseridas as informações geradas pelos usuários a partir das consultas realizadas na base da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM). Dependendo do nível de acesso do usuário cadastrado, outras formas de consulta e bases de dados também estão disponíveis, como informações a respeito da tomada de crédito agrícola ou da agricultura familiar, assim como formas mais avançadas de consulta, como a definição personalizada das classes ou o uso de sintaxes SQL (Structured Query Language), uma linguagem padrão de banco de dados. Na seção Monitoramento, estão inseridas infor-


mações geradas a partir da análise de dados de sensoriamento remoto, como índices de vegetação e mapeamentos do uso da terra executados pela Embrapa Monitoramento por Satélite e instituições parceiras. Exemplos são os estudos de índices padronizados de vegetação (IVP), identificando áreas de ocorrência de anomalias, como seca extrema ou excesso de precipitação, mapeamentos de áreas com culturas agrícolas de larga escala e de indicativos de pastagens degradadas geradas a partir de séries temporais de sensores orbitais como o Modis e o Spot Vegetation. A figura a seguir ilustra uma análise disponível no sistema. Detalhamento sobre todas as bases de dados, funções e a operacionalização podem ser consultadas em SomaBrasil. Lançado em outubro de 2012 com o apoio da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o sistema já conta com milhares de usuários cadastrados em todo o Brasil e outros 22 países. O maior percentual dos usuários (41%) está associado a instituições de pesquisa, ensino, desenvolvimento e extensão vinculados a organizações públicas e privadas, como universidades federais, estaduais

Com a adoção de padrões internacionais, o SomaBrasil favorece a interoperabilidade de conteúdo e serviços, permitindo gerar uma visão integrada da agricultura da escala municipal à nacional.

doras, empresas públicas, institutos, prefeituras municipais e secretarias de Estado e de Municípios. Outra parcela igual (22%) inclui empresas brasileiras e internacionais com atuação diversificada em praticamente todas as áreas de produção, direta ou indiretamente vinculadas à atividade rural. O sistema é acessado ainda por profissionais liberais, consultores, agricultores, associações, cooperativas, sindicatos, organizações não governamentais e bancos públicos e privados, totalizando 15% dos usuários nestes segmentos. Com a adoção de padrões internacionais, o SomaBrasil favorece a interoperabilidade de conteúdo e serviços, permitindo gerar uma visão integrada da agricultura da escala municipal à nacional. Os usuários podem planejar ações com base em informações técnicas atuais, com fácil acesso e interpretação, uma vez que detalhes importantes sobre as fontes dos dados estão documentados em metadados de acordo com o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil, em alinhamento às normas estabelecidas pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Ainda, o usuário pode adicionar serviços de servidores externos, exportar resultados das consultas em formatos SIG, imprimir gráficos,

Exemplo de espacialização da consulta realizada sobre o mapeamento de agricultura de larga escala no Mato Grosso

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figuras e tabelas, permitindo a toda a sociedade utilizar informações geoespaciais no apoio ao desenvolvimento rural brasileiro, com a flexibilidade de personalizar suas análises e visualizações de acordo com seu interesse. * P R O M O Ç Ã O V Á L I D A AT É 3 1 / 0 3 / 1 4

e particulares, institutos federais de educação, empresas, institutos, fundações e organizações de pesquisa e extensão. Outros 22% dos usuários estão na esfera governamental (federal, estadual e municipal), com destaque para vários ministérios, órgãos e agências regula-


GEOQUALITY

DINÂMICA TERRITORIAL Usando o conceito de centro de massa na produção agropecuária

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WILSON ANDERSON HOLLER Engenheiro Cartógrafo, Esp. (UFPR), Supervisor de equipe na Embrapa Gestão Territorial wilson.holler@embrapa.br

RAFAEL MINGOTI Engenheiro Agrônomo, Dr. (USP), Analista GIS da Embrapa Gestão Territorial. rafael.mingoti@embrapa.br

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m análises econômicas se utiliza muito a determinação do centro de massa da economia mundial, ou seja, onde está localizado o ponto médio, ponderado das economias de cada país. As análises são realizadas observando o comportamento do deslocamento do centro de massa ao longo dos anos, determinando a dinâmica espaço-temporal da economia a mundial. O centro de massa econômico mundial é um indicador que resume a evolução da distribuição espacial das atividades econômicas no globo e é um dos objetivos declarados do Relatório de Desenvolvimento Mundial do Banco Mundial. O centro de massa pode ser utilizado como um indicador da desigualdade espacial das atividades econômicas no mundo, pois analisa a dinâmica espaço-temporal. A definição de centro de massa difere de centro de gravidade por não sofrer influência de um campo gravitacional. A definição de um centro de massa é diretamente baseada no conceito de centro de massa da física, na qual um ponto no espaço simboliza o sistema como um todo quando tratado como partícula. O desvio da definição na física, sobre centro de massa, é que a “massa” é trocada, em análises da produção agropecuária, pela “quantidade anual produzida”. Usar o conceito de centro de massa da produção agropecuária no território nacional e considerando como unidade de referência espacial os limites municipais tem quatro implicações. A primeira é que toda a produção é agregada em um único ponto do município. A segunda é que, baseando-se em uma perspectiva tridimensional, podemos abstrair todas as distorções que surgem quando a superfície da Terra é representada em um sistema de projeção. A terceira implicação é que a distância entre a localização de um centro de massa de um município e o centro de massa da produção de um produto para todo o país se torna uma alternativa visual e mensurável para analisar a participação do município na produção total do produto. A quarta implicação é a possibilidade de avaliar com que velocidade o centro de massa se desloca (em quilômetros por ano). O relatório “Urban World: Cities And The Rise Of The Consuming Class”, publicado pela McKinsey & Company em 2012, apresenta o caminho percorrido pela economia mundial do ano 1 a 2010 e uma projeção até 2025. A figura mostra que a velocidade do deslocamento do centro de massa da economia mundial foi maior entre 2000 e 2010 do que nos anos anteriores e que a partir de 1960 o sentido mudou em relação as décadas anteriores.

A utilização da determinação do deslocamento do centro de massa de produtos agropecuários, considerando todos os municípios do país, permite identificar a dinâmica espaço-temporal das atividades agropecuárias, em nível nacional, através de vetores que mostram a velocidade em que a produção agropecuária se desloca e o sentido. Os vetores (determinados pelos pontos dos centros de massa) permitem realizar comparações dos resultados entre períodos para um produto agropecuário e/ou entre diferentes produtos agropecuários para um mesmo período. Esse tipo de resultado e, consequentemente, de análise, não é possível em estudos que abordam a movimentação de um produto agropecuário de maneira visual e ou que não utilizam análises espaciais. A movimentação dos centros de massa é utilizada para comparar o deslocamento espaço-temporal da agropecuária, com dados norteadores do crescimento (como modais de transporte e áreas prováveis para a evolução) podendo, com isso, mostrar quais são as áreas mais apropriadas para a expansão do agronegócio e indicar onde podem ser direcionadas ações de combate a problemas fitossanitários. Na figura do Brasil é mostrado onde estão e como fica o vetor de deslocamento da produção da pecuária de corte. Percebe-se que houve maior deslocamento no período 2006 a 2012, com velocidade de 32 quilômetros por ano. A determinação do centro de massa pode ser utilizada como indicador da desigualdade espacial das atividades agropecuárias, pois analisa a dinâmica espaço-temporal, contribuindo assim para a sustentabilidade do agronegócio em bases territoriais.


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VANTS & DRONES

AMÉRICA DO SUL VAI CONTAR COM NOVO DRONE Dez países que compõem a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiram fabricar um drone comum para ser usado na América do Sul, que não terá poder de ataque nem capacidade de acoplar armas, e será usado para fazer fotos e filmagens a até 5,2 mil metros de altitude. Terá autonomia de até 13 horas, será movido a combustível e usado conjuntamente para monitorar a Amazônia. Cada um dos países que compõem o bloco demonstrou interesse em usar o avião para outros fins, como vistorias em áreas de preservação ambiental, controle de queimadas e incêndios, levantamento cartográfico e controle de safras. No Brasil, o interesse seria do Exército, para empregá-lo na vigilância das fronteiras e no combate ao tráfico de drogas e armas. O drone da Unasul pesará até 400 quilos, poderá transportar 110 quilos de equipamentos e será similar ao modelo Falcão (foto), que está sendo desenvolvido pela Embraer e Avibras.

ÁREAS PARA VOO LIVRE A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) e a Força Aérea Brasileira (FAB) negociam a criação de cinco áreas para voo livre de VANTs no país. A ideia preliminar é que sejam construídas duas pistas em São Paulo e outras três em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Pela proposta, os drones poderiam operar nesses locais para testes depois de comunicar o voo ao De-

partamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Não seria mais necessário, no entanto, pedir autorização prévia de 15 a 30 dias, como ocorre hoje. O sobrevoo de VANTs em cidades brasileiras é proibido, hoje, e os equipamentos só podem voar em áreas rurais, longe de helicópteros e de aviões. O modelo também precisa ter certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar.

CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE VANTS A Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCA-BR), em conjunto com a Blyenburgh & Co, da França, realizou a II Conferência e Exibição Latino-Americana de VANTs entre os dias 29 e 31 de outubro, em São José dos Campos (SP). O evento foi realizado em parceria com a UVS International, organizadora em nível mundial de conferências no setor. Além de assistir a diversas palestras de assuntos relacionados ao tema, os participantes puderam ver uma exposição de empresas de VANTs. A conferência teve a participação de mais de 60 pessoas, representantes da indústria e palestrantes de oito países.

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EUA LANÇAM REGULAMENTAÇÃO

ACORDO ENTRE EMPRESAS

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) divulgou recentemente um plano para regulamentar Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs ou Drones) até 2014, e seu uso comercial até 2015. No documento, que tem 66 páginas, a FAA estabelece medidas para a utilização de drones de maneira militar e comercial no espaço aéreo norte-americano. Entre as principais preocupações da agência está criar uma maneira prática para que os drones não colidam com aeronaves de grande porte.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o acordo entre a Embraer, a AEL Sistemas e a Avibras. Anunciado em fevereiro deste ano, a aliança consiste na aquisição, pela Avibras, de 9% do capital Harpia, joint venture formada entre a Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas. Pelo acordo, a Harpia passará a contar com o projeto do VANT Falcão, desenvolvido pela Avibras para ser usado pela Força Aérea Brasileira (FAB). A Embraer continuará tendo 51% da Harpia. Os 9% que passam para a Avibras eram da AEL Sistemas, que ficará com 40% do capital da joint venture.


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Instituto Brasileiro de Geomática


GALILEO

ENCORE O futuro do georreferenciamento passa por aqui

PEDRO FREIRE DA SILVA

Responsável pela divisão de Tecnologias GNSS da Deimos Engenharia e Gerente do Projeto Encore. Licenciado em Engenharia Aeroespacial pela Universidade Técnica de Lisboa, Portugal pedro.silva@deimos.com.pt

ISMAEL COLOMINA

Diretor do Instituto de Geomática em Casteldefels, Espanha. Doutor em Matemática pela Universidade de Barcelona, co-presidente do grupo de trabalho III/I Sensor modeling for integrated orientation and navigation da Sociedade Internacional de Fotogrametria e de sensoriamento remoto (ISPRS), membro da Deutsche Geodätische Kommission e do conselho editorial da revista GPS World. ismael.colomina@ideg.es

JOÃO SILVA

Gerente de Projetos na Divisão de Tecnologias GNSS da Deimos Engenharia. Licenciado em Engenharia Aeroespacial pela Universidade Técnica de Lisboa, Portutal joao.silva@deimos.com.pt

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A utilização das observáveis de código em alternativa

O sistema Galileo conta atualmente com quatro satéli-

às da fase da portadora para aplicações de alta acurácia

tes em órbita, estando previstos mais quatro em 2014 e

é a sugestão que vem do projeto Enhanced Code Galileo

assim sucessivamente até chegar aos 24 previstos para

Receiver (Encore), que recorre ao sistema de navegação

2018. O Galileo, tal como o seu congênere norte-ame-

Galileo. Esta mudança de paradigma promete novos

ricano GPS, promete abrir portas para novas aplicações

avanços e aplicações graças ao Galileo, o sistema de

e mercados. Uma das características diferenciadoras do

navegação por satélite Europeu em fase de lançamento.

Galileo é a modulação Alternative Binary Offset Carrier

O Encore é um projeto de colaboração entre entidades

(AltBOC) na banda E5. Receptores capazes de processar

brasileiras e europeias, liderado pela empresa portugue-

esta modulação vão beneficiar-se de melhorias inigualá-

sa Deimos Engenharia, com o objetivo de demonstrar

veis nos desempenhos em termos de acurácia, precisão

aplicações de gestão fundiária, abrangendo várias áre-

e robustez ao multi-percurso.

as tal como o cadastro rural e multifinalitario, e recor-

As pseudodistâncias baseadas em AltBOC possuem

rendo ao Galileo. Efetivamente, no Brasil a crescente

consideravelmente maior precisão – na ordem de centí-

demanda de levantamentos topográficos e o vazio de

metros - quando comparadas com GPS L1 e até mesmo

geoinformações, principalmente no setor de georrefe-

quando comparadas com os sinais do GPS modernizado

renciamento de imóveis rurais, torna este projeto um

L5. Embora não ao nível do milímetro, tal como a fase

caso ideal de estudo.

da portadora, espera-se que muitos usuários possam


Para demonstrar e investigar este conceito, elaborou-se um protótipo de um receptor de dupla frequência E1-E5 Galileo, utilizando uma Field Programable Gate Array (FPGA) - elaborado pela Deimos Space e Deimos Engenharia, em Madrid e Lisboa -, circuitos de rádio frequência elaborados pela Orbisat (agora Bradar, em Campinas - SP), sistema de posicionamento elaborado pelo Instituto de de Geomática em Castelldefels, Espa-

Fotografia do protótipo em 2012

RESULTADOS EXPERIMENTAIS Obtiveram-se erros no seguimento de código de cerca de 13 centímetros para E1, e 1 centímetro para E5 (para relações sinal ruído de aproximadamente 47 dB-Hz) em linha com os resultados esperados. Quanto ao erro de posição, verificaram-se erros de centímetros para as componentes horizontais e ao nível de 1 a 2 decímetros para a componente de altura, mesmo utilizando órbitas transmitidas pelos satélites e tanto para usuários estáticos como dinâmicos. O receptor continua a evoluir no âmbito de outros projetos, estando atualmente a ser testado em ambientes urbanos e novas aplicações a bordo de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), como por exemplo inspeção de locais de difícil acesso. Para já o número de satélites Galileo ainda não é suficiente para um posicionamento de qualidade, mas a janela de oportunidade está próxima e é única, estando atualmente o consórcio numa fase de procura de pesquisadores, novos usuários e testes de validação com os novos satélites. Os resultados deste projeto são um primeiro passo na utilização de observáveis de código para aplicações de alta exigência e uma contribuição valiosa para a comunidade de georreferenciamento de alta precisão.

+Info Para mais informação, acesse: www.encoreproject.org

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PROTÓTIPO

O receptor continua a evoluir no âmbito de outros projetos, estando atualmente a ser testado em ambientes urbanos e novas aplicações a bordo de Veículos Aéreos Não Tripulados

nha, e pela Unesp de Presidente Prudente – SP, e o software de aplicação fornecido pela Deimos Engenharia. O sistema foi testado com sinais Galileo, através de um simulador de alto realismo Spirent, pela Universidade de Nottingham - UK, tendo sido também elaborado um estudo de mercado e um plano de negócios pela Santiago & Cintra e Deimos Engenharia. O projeto, que contou com a participação da MundoGEO no Consórcio Internacional, terminou em 2012 e os resultados são encorajadores.

* P R O M O Ç Ã O V Á L I D A AT É 3 1 / 0 3 / 1 4

beneficiar-se desta importante vantagem, esquecendo problemas de saltos na fase (cycle-slips), reinicializações, entre outros. Contrastando com a fase da portadora, as pseudodistâncias não são ambíguas e, por isso, os desafios de convergência de técnicas como o Posicionamento por Ponto Preciso (PPP) podem beneficiar-se grandemente, possibilitando navegação absoluta tanto em tempo real (usando produtos de órbita ultra-rápida de sistemas como o International GNSS Service - IGS) como em pós-processamento (usando produtos finais do IGS), que podem ser bastante importantes para regiões remotas onde a rede de estações de referência e telecomunicações é pouco favorável.


GEOINCRA

POR DENTRO DO SIGEF Entenda os novos procedimentos de Certificação e Retificação de Registro Imobiliário

É

ROBERTO TADEU TEIXEIRA

Engenheiro Agrimensor – Incra-SP. Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, formado pela Feap – Pirassununga. Professor do Curso de Pós Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, disciplina de Normas e Legislação aplicada ao Georrreferenciamento de Imóveis das Universidades: Fundação Educacional de Fernandópolis (SP), União Educacional do Norte - Rio Branco (AC) e Universidade do Vale do Itajaí (SC). Instrutor do curso EAD Legislação e Georreferenciamento da Universidade Santiago e Cintra robertotadeuteixeira@gmail.com

Colaborou neste artigo o Dr. Eduardo Augusto, Oficial do Cartório de Registro de Imóveis de Conchas (SP), Doutor em Direito Civil pela Fadisp, Mestre em Direito Civil pela Fadisp, Diretor de Assuntos Agrários do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil

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importante que os profissionais credenciados no Incra, bem como todas as pessoas envolvidas com certificação e retificação de registro imobiliário que, em função do novo procedimento de certificação de imóvel rural aprovado pela Instrução Normativa 77 de 23 de agosto de 2013, que implementou o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), e a portaria 485 de 2 de setembro de 2013 que aprovou a 3ª Edição da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais, bem como os Manuais Técnicos de Posicionamento e o Manual Técnico de Limites e Confrontações, entendam os trâmites e as etapas do novo processo de certificação e da consequente retificação do registro imobiliário. De acordo com o Decreto Federal 7.620/2011, no dia 20 de novembro venceu mais um prazo carencial do georreferenciamento. A partir dessa data, os imóveis rurais com área igual ou superior a 250 hectares não poderão mais ser objeto de assento registral que resulte em parcelamento, unificação ou transmissão, sem a prévia certificação do Incra quanto ao georreferenciamento. A partir dessa data a certificação do georreferenciamento passou a ser efetivada pelo Sigef, por meio eletrônico, que se limitará a conferir se os vértices se sobrepõem ou não a outro imóvel georreferenciado, cabendo ao registrador imobiliário presidir o procedimento retificatório para definição da descrição tabular do imóvel, nos termos do artigo 213 da Lei dos Registros Públicos. Após a certificação, que será obtida pelo agrimensor em poucos segundos pelo sistema automatizado, a retificação será processada no registro imobiliário da mesma forma como o registrador tem feito, desde agosto de 2004, com os imóveis urbanos e rurais beneficiados com os prazos carenciais. Não há segredo nenhum. A única diferença está na necessidade da prévia certificação das coordenadas georreferenciadas pelo Incra, certificação esta que não garante a titularidade da área, o rol de confrontantes nem a legitimidade de quem requereu a certificação. Toda essa análise jurídica é de competência e responsabilidade exclusiva do registrador imobiliário, titular de uma delegação estatal para garantir a segurança jurídica dos direitos reais incidentes sobre a propriedade imobiliária. Em resumo, o procedimento seguirá o seguinte trâmite: • O agrimensor credenciado, com certificação digital, acessa o Sigef e faz o upload do arquivo digital com os dados georreferenciados do imóvel. O Sigef analisa os dados e automaticamente informa se houve ou não so-

breposição do imóvel analisado com outros já incluídos no sistema. Não havendo sobreposição, o agrimensor poderá solicitar a certificação, devendo antes aceitar a declaração de autorresponsabilização pelos dados enviados. Feita a solicitação, a certificação é gerada em poucos segundos • Obtida a certificação, o agrimensor imprime, diretamente do Sigef, a planta e o memorial descritivo, que serão juntados à documentação necessária para o procedimento de retificação de registro (requerimento, planta e memorial descritivo originais com anuência de confrontantes, etc.) • O pedido de retificação da descrição tabular do imóvel será processado (na quase totalidade dos casos) nos termos do inciso II do artigo 213 da LRP, devendo o registrador conferir no Sigef a veracidade da certificação, podendo fazer o download da planta (resumida), do memorial descritivo e de arquivos que poderão ser lidos e utilizados por software de topografia para sua plotagem no Google Earth e para a importação das coordenadas georreferenciadas para a elaboração da nova matrícula • O resultado do procedimento retificatório, quer seja positivo ou negativo, deverá ser informado no Sigef pelo registrador imobiliário (mediante certificação digital) • Na hipótese de deferimento do pedido, o registrador informará, em campo próprio, o número das novas matrículas e, sendo o caso, as correções dos dados cadastrados no sistema (número do CPF, grafia do nome do titular, rol de confrontantes, etc.). Também fará o upload das certidões da matrícula encerrada e das novas matrículas georreferenciadas • Na hipótese de qualificação negativa, o registrador irá informar, em campo próprio, de forma resumida, o motivo do indeferimento do pedido (invasão de área pública, falta de assinatura de um dos proprietários, exclusão indevida de parcela do imóvel, etc.) e fazer o upload do arquivo pdf da qualificação negativa (ou nota de devolução), com todos os fundamentos de fato e de direito que resultaram no indeferimento do pedido • Com os dados enviados pelo registrador, o Incra irá atualizar seu cadastro (se a qualificação foi positiva) ou cancelar a certificação (se negativa). Se os motivos do indeferimento do pedido incluir falhas do agrimensor, este será notificado pelo Incra para se manifestar sobre o ocorrido, havendo possibilidade de o Incra, nas hipóteses de falta grave, suspender ou cassar o credenciamento do profissional.


garmin


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INTERGEO

INTERGEO 2013 Empresas brasileiras marcaram presença no maior evento de geoinformação do mundo Por Alexandre Scussel

Estande Brasil na Feira Intergeo 2013, com as empresas Orbisat, Topocart, Geofusion, Fototerra e MundoGEO

A

Assista vídeos sobre o Intergeo 2013 em: http://goo.gl/h5luEm

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19ª edição do Intergeo – maior evento de geomática do mundo, organizado pela empresa alemã Hinte em parceria com a Associação Alemã de Geodésia, Geoinformação e Gestão Territorial (DVW) – aconteceu entre os dias 8 e 10 de outubro na cidade de Essen, na Alemanha. Os números impressionam: foram 16 mil visitantes e 505 expositores internacionais. Em 2013, o Intergeo manteve seu foco em questões sociais primordiais, incluindo a revolução energética, mudanças climáticas, renovação urbana e demográfica, trazendo políticos, especialistas e executivos do setor geoespacial para o debate. O MundoGEO, parceiro oficial de mídia, marcou presença pelo terceiro ano seguido no evento alemão, desta vez organizando o “Pavilhão Brasil”, que reuniu cinco empresas com o objetivo de apresentar suas novidades ao mercado internacional. “Este ano tivemos nossa participação mais efetiva no Intergeo, com a organização de um pavilhão brasileiro na feira. Estavam presentes as empresas Fototerra, Geofusion, Orbisat e Topocart. As cinco companhias se uniram para, principalmente, procurar parcerias internacionais para exportação de serviços”, afirmou Emerson Granemann, Diretor da MundoGEO. Junto ao Intergeo 2013, foi realizada a segunda Conferência Nacional da Infraestrutura Euro-

peia de Dados Espaciais (Inspire), que reuniu um número recorde de representantes e focou na importância da informação geográfica de qualidade, capaz de transformar ambientes urbanos. Além da Conferência, a Exposição de produtos e serviços do Intergeo contou com as últimas novidades em geotecnologias. “Percorrendo a feira, pudemos observar muitos lançamentos na área de geomática, como é a tradição do Intergeo, inclusive com a participação de representantes de muitos países, que vão para conhecer em primeira mão as novidades em GNSS, estações totais, sensoriamento remoto, GIS, processamento digital de imagens e, principalmente, Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) e scanners, que foram destaque neste ano, com muitos modelos e exemplos de aplicações”, informou Emerson Granemann. Para Cláudio Márcio Queiroz, Diretor Comercial da Topocart, uma das empresas do Pavilhão Brasil, a participação no Intergeo 2013 ajudou a ampliar a presença internacional da empresa. “É muito positivo estarmos presentes em eventos dessa magnitude, tanto para conhecermos as novidades e tendências do setor, quanto para divulgarmos a Topocart no mercado internacional. Vale ressaltar também a importância de estarmos em contato direto com nossos fornecedores, de forma a buscar juntos soluções para nossas demandas”, declarou.


INTERGEO 2014 Com data marcada, a 20ª edição do Intergeo será especial, agendada para os dias 7 a 9 de outubro de 2014 em Berlim, na Alemanha. “A ideia é que, no próximo ano, a participação brasileira no Intergeo aumente, com mais empresas que desejam mostrar os seus serviços expondo no Pavilhão Brasil. Esta participação terá o apoio do recém criado Instituto Brasileiro de Geomática (IBG) e da Agência Nacional de Fomento e Exportação (Apex-Brasil)”, declarou o Diretor da MundoGEO. “Este ano a presença brasileira foi muito destacada, através de sinalização exclusiva na feira, espaço na primeira página no informativo do evento e em depoimentos registrados na TV Intergeo, que foi amplamente divulgada

nos dias do evento. Além disso, conversamos com a organização do Intergeo para criarmos em 2014 o 'Brazil Day', em uma arena para que o Brasil possa mostrar seus avanços e demandas à comunidade internacional”, completou. Para Olaf Freier, CEO da empresa Hinte, organizadora do evento, a participação do Brasil foi muito expressiva e deverá aumentar ainda mais. “Durante o Intergeo 2014 vamos continuar a construir o posicionamento internacional da feira. Reforçaremos nossa parceria com a MundoGEO, seguindo o sucesso da organização deste ano. A expectativa é que, em Berlim, o Brasil possa ampliar sua participação tanto na feira como na apresentação de algumas palestras em formato de arena.

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Celebração ao final da Feira Intergeo: da esquerda para a direita, Daniel Katzer, Diretor de Segmento de Mercado da Hinte, Bruno de Abreu Born, Gerente de Marketing da MundoGEO, Christof Rek, Vice-Presidente da DVW, Hagen Graeff, Agente Geral da DVW, Emerson Zanon Granemann, Diretor da MundoGEO, Karl -Friedrich Thöne, Presidente da DVW, e Olaf Freier, CEO da Hinte


EAD

POR DENTRO DA EAD Ambientes Virtuais de Aprendizagem MAS COMO SURGIU O EAD?

Por Eduardo Freitas

U

m Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) – ou Learning Management System (LMS) na sigla em inglês – é um sistema ou software, geralmente baseado na internet – mas também pode ser em uma intranet – que facilita a gestão de cursos a distância. Hoje, existem diversos sistemas disponíveis no mercado, sejam eles gratuitos ou pagos (na forma de compra de licença ou assinatura). Dentre os AVAs mais conhecidos estão o brasileiro Teleduc, o Blackboard e o Moodle. Todo o conteúdo e interação entre os alunos, instrutores e tutores são realizados dentro desse ambiente virtual.

MOODLE Um dos dos sistemas de Ensino a Distância (EAD) mais conhecidos no mundo, o Moodle é uma plataforma gratuita e de código aberto, usada por milhões de professores e alunos. Utilizado principalmente num contexto de EAD, o programa permite a criação de cursos on line, páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem, estando disponível hoje em 75 idiomas diferentes e contando com mais de 25 mil websites registados em 175 países. Os cursos online MundoGEO são baseados na plataforma Moodle. Veja neste vídeo um “tour virtual” pelo ambiente virtual de aprendizagem: http://youtu.be/sE-92luJ-Pk.

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Em sua forma empírica, a EAD é utilizada para obtenção de conhecimento há muitos séculos, mas somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Com a revolução científica iniciada no século XVII, as cartas comunicando informações inauguraram uma nova era, sendo que um dos primeiros marcos da EaD foi o anúncio publicado no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips, na Gazeta de Boston. Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência. No final da Primeira Guerra Mundial surgiram novas iniciativas de EaD em virtude de um considerável aumento da demanda social por educação. A partir daí, começou a utilização do rádio, que alcançou muito sucesso em experiências nacionais e internacionais. Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância passou a incorporar vídeos, computadores e, mais recentemente, a tecnologia de multi-mídia, combinando textos, sons e imagens, culminando nas plataformas completas de aprendizagem – como o Moodle por exemplo – e o uso das redes sociais. Hoje, cada vez mais a EaD é usada tanto para cursos totalmente online como para a complementação de estudo presencial.

ANÁLISE ESPACIAL COM ARCGIS OU QUANTUM GIS O MundoGEO acaba de lançar mais um curso online, agora sobre Análise Espacial, com a opção de prática com o software ArcGIS ou então com o Quantum GIS. Lançada em agosto, a plataforma de treinamento e atualização profissional da MundoGEO conta agora com seis opções de cursos, permitindo aos alunos estudarem a qualquer hora e em qualquer lugar, com dias e horários flexíveis. Os treinamentos a distância MundoGEO têm o objetivo de suprir uma demanda por treinamentos com conteúdo teórico e prático de qualidade, ampla interatividade e liberdade de horários. Saiba mais aqui: www.mundogeo.com/cursos


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+TRENDS

CIDADÃOS COMO SENSORES A união do mapeamento colaborativo e os dados geoespaciais oficiais SILVANA CAMBOIM Professora de Banco de Dados Geográficos e SIG no Departamento da Geomática da UFPR. Engenheira Cartógrafa e doutora em Ciências Geodésicas pela UFPR, com mestrado em Gestão Ambiental pela Universidade de Nottingham, Reino Unido, e MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Coordenadora do nó da UFPR da rede ICA/OSGeo Labs. Coordenadora do Grupo de Trabalho de Normas e Padrões do Cinde/Concar silvanacamboim@gmail.com

São inúmeros os desafios quando se trata dessa compatibilização entre os dados da multidão e as fontes de dados oficiais 52

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H

istoricamente, em cartografia, existiu a distinção clara entre o produtor dos mapas, munido de conhecimento e ferramentas específicas, e o usuário destas informações. Nos últimos anos, vimos esta divisão ir se dissipando gradualmente, com o advento de plataformas de mapeamento voluntário como o Google Map Maker, o OpenStreetMap e o Wikimapia. Ninguém melhor que o usuário para conhecer a dinâmica de sua realidade, suas demandas e interesses, e as ferramentas como dispositivos móveis equipados com GPS são cada vez mais acessíveis e disseminadas. Em 2007 o professor Michael Goodchild, da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, cunhou o termo Volunteer Geographic Infomation (VGI) para descrever o processo de criar, agrupar e disseminar dados fornecidos voluntariamente pelas pessoas através da internet. Hoje, também são usados os termos mapeamento colaborativo ou crowdsourcing, sem que eles abranjam todo o conteúdo geoespacial criado pelo usuário, pois muitas destas informações podem não ser cedidas voluntariamente, mas colhidas automaticamente de forma passiva dentre postagens, check-ins, rastreio de equipamentos e outros. São em situações de emergências que estes esforços colaborativos mais aparecem e demonstram sua incrível capacidade de geração de dados atualizados quando eles mais são necessários. No mês de novembro, quando o tufão Haiyan devastou as Filipinas, mais de 700 voluntários usaram o OpenStreetMap para mapear, com imagens de satélite pós-desastre, a situação da infraestrutura do país para orientar equipes de resgate e o trabalho de organizações humanitárias. Em casos como esse, nas quais a velocidade é crucial para que as ações coordenadas sejam colocadas em prática, a capacidade de mobilização da multidão é uma clara vantagem. Além de desastres naturais, outras situações de comoção popular, como os protestos no Brasil em junho de 2013, também trazem a necessidade de um mapeamento em tempo real, ágil e dinâmico. Paralelamente, iniciativas estruturadas de compartilhamento de informações oficiais como as Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) têm sido cobradas por uma participação mais efetiva por parte do usuário. As IDEs são frequentemente relatadas como pouco dinâmicas e com baixa usabilidade. Seria então a integração com o conteúdo gerado pelo usuário uma solução para transformar estas infraestruturas e fazê-las mais amigáveis e participativas? Mesmo as mais tradicionais agências de mapeamento

internacionais têm se mostrado abertas à experimentação nesta área. A chamada “USGS needs you”, do órgão responsável pelo mapeamento nos Estados Unidos, nos mostra essa nova preocupação. A organização criou o The National Map Corps, uma ferramenta online onde os cidadãos podem fazer suas edições que serão posteriormente incorporadas no The National Map, a principal fonte de dados de referência para a IDE americana. Suécia, Holanda, Austrália, Reino Unido e outros países já criaram experimentos neste sentido, muitas vezes relacionados à coleta de nomes geográficos, informação essencial para as buscas referentes ao território. No entanto, são inúmeros os desafios quando se trata dessa compatibilização entre os dados da multidão e as fontes de dados oficiais. Uma grande fonte de questionamentos são os aspectos legais quanto a estes dados. Como documentos oficiais, as cartas topográficas são usadas como fonte fidedigna de informação em discussões legais. Como aconteceria se esta informação não foi diretamente levantada por uma instituição oficial, mas, talvez apenas validada por ela? O professor Mike Jackson, da Universidade de Nottingham, que esteve no Brasil no princípio de dezembro para o VIII Colóquio Brasileiro de Ciências Geodésicas, organizado pela Universidade Federal do Paraná, ministrou um workshop no evento no tema de compatibilização de dados voluntários e oficiais. Sobre este questionamento legal, ele ressaltou que o receio em se usar informação voluntária para tomar decisões de governo, por exemplo, vem de uma falsa sensação de certeza dos mapas oficias atuais, que muitas vezes é infundada, dada a falta de atualização dos mesmos. De qualquer forma, estas são questões eminentes cujas respostas ainda terão que ser estudadas. Adicionalmente, surgem preocupações quanto aos desafios tecnológicos desta integração, incluindo questões de heterogeneidades espaciais nas atualizações, que podem gerar representações muito acuradas em alguns lugares e deixar grandes vazios desatualizados em outros. Outras necessidades são como validar essas informações, extrair indicações a repeito da qualidade dos dados e comunicar para o usuário, de forma eficaz, a origem do conteúdo para que a adequação a cada uso possa ser avaliada. São inúmeras lacunas, que incluem uma nova forma de compreender os papéis de produtores e usuários e que podem, no futuro, proporcionar ferramentas para um mapeamento oficial mais atualizado, dinâmico e participativo.


LOCATION INTELLIGENCE LOCALIZAÇÃO MÓVEL CHEGARÁ A 275 MILHÕES DE EUROS EM 2018

WEBINAR ABORDOU INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA NA TOMADA DE DECISÃO

De acordo com um novo relatório de pesquisa da empresa de análises Berg Insight, o mercado global de plataformas de localização vai crescer de forma constante nos próximos anos, impulsionado principalmente pelo segmento de localização indoor, e o faturamento anual deverá crescer a partir de uma estimativa de 190 milhões de dólares em 2012 para 275 milhões em 2018. O mercado é impulsionado principalmente por mandados de segurança, que exigem operadores de rede para investir em plataformas de localização que permitem obter a posição de qualquer aparelho. Hoje, as operadoras mostram cada vez mais interesse em empresas B2B e serviços com capacidade de localização, tais como gerenciamento de fraudes, autenticação segura e marketing. Muitas partes estão interessadas também em investir no mercado de localização indoor, porém obter a transição perfeita entre a navegação interior e exterior requer aparelhos com tecnologias híbridas, que possam mesclar medições de Sistemas Globais de Navegação por Satélites (GNSS) e sinais de redes Wi-Fi, juntamente com dados de sensores de celulares, tais como acelerômetros e bússolas.

No último dia 5 de novembro a MundoGEO e a empresa Cognatis realizaram o seminário online Geomarketing Além da Expansão, apresentando ao público todo o potencial da inteligência geográfica na tomada de decisões. O termo geomarketing é frequentemente associado a empresas de varejo na abertura de novos pontos de vendas. Poucos sabem, no entanto, que as aplicações desta poderosa ferramenta de inteligência vão muito além da expansão de redes. Neste webinar esta percepção comum foi desmistificada. “A ideia do geomarketing, que é mensurar e entender o potencial de mercados geograficamente definidos, tem aplicações em muitas outras áreas de negócios, além do setor público, e que vão muito além da expansão”, explicou o palestrante Reinaldo Gregori, diretor da Cognatis. Os materiais do webinar estão disponíveis em http://mundogeo.com/webinar/geomarketing-cognatis

AMAZON ANUNCIA NOVIDADES PARA BIG DATA E POSTGRESQL

A Nokia, por meio de sua divisão de mapas e localização HERE, atualizou sua base de dados e a quantidade de ambientes internos como shoppings centers, aeroportos e parques em seus mapas. Os usuários já contam com cerca de 50 locais mapeados no Brasil e esse número deve passar de 200 no próximo ano, principalmente nas cidades-sede da Copa. “Com essa tecnologia, uma pessoa consegue ter informações confiáveis sobre as dimensões reais da estrutura interna do destino que irá, antes mesmo de chegar até ele ou encontrar um lugar específico como uma loja em um shopping”, explica Helder Azevedó, diretor do HERE no Brasil. Os mapas de ambientes internos fazem parte da plataforma HERE que possui cobertura 100% nacional e também oferece pontos de interesses, inclusive em Realidade Aumentada com o LiveSight, situação do trânsito em mais de 13 regiões do país e rotas com o HERE Maps e sincronia com o HERE Drive, aplicativo de navegação com instruções guiadas por voz e que funciona totalmente offline.

A Amazon Web Services, uma empresa Amazon.com, acaba de lançar duas novidades voltadas para bancos de dados: o Amazon RDS para o PostgreSQL, que gerencia tarefas administrativas complexas, e o Amazon Kinesis, um serviço totalmente gerenciado para o processamento em tempo real de alto volume e streaming de dados. As duas ofertas ainda não têm data de disponibilidade para o Brasil, mas já podem ser adquiridas em serviços oferecidos nos Estados Unidos. Para começar com o Amazon RDS visite: http://aws. amazon.com/rds/postgresql

HERE AUMENTA QUANTIDADE DE AMBIENTES INTERNOS MAPEADOS

LOCATION INTELLIGENCE TERÁ SEGUNDA VERSÃO NO BRASIL O portal norte-americano Directions Magazine e a MundoGEO anunciam a segunda edição da Conferência Location Intelligence Brazil, que será realizada no dia 8 de maio de forma simultânea ao MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014. A LI Brazil irá focar nas aplicações da tecnologia geoespacial para a comunidade empresarial do Brasil, um dos mercados que mais crescem para informações baseadas em localização. “Estamos muito animados para lançar nosso segundo evento LI Brazil em parceria com a MundoGEO. Esperamos expandir o evento do ano passado para explorar mais aplicações de tecnologia de localização na computação empresarial e inteligência de negócios”, diz Joe Francica, editor-chefe da Directions Magazine. A programação da LI Brazil estará disponível em breve: http://mundogeoconnect.com


GEO NA ESCOLA

CONTRA O (IMINENTE) APAGÃO DE MÃO-DE-OBRA Despertando o interesse pela Geomática no Ensino Médio

A PROF. ALEXANDRE TEN CATEN Universidade Federal de Santa Catarina campus Curitibanos tencaten@gmail.com

BRUNO FELLIPE BOTTEGA BOESING Graduando de Eng. Florestal brunofellipebb@hotmail.com

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influência da atividade humana no planeta é tão expressiva que a comunidade científica já se refere ao período que estamos vivendo como Antropoceno. Existem evidências significativas das atividades antrópicas nos oceanos, atmosfera e na superfície dos continentes. A capacidade de sistematizar o conhecimento e produzir tecnologia é o que permite aos seres humanos realizar atividades, a ponto de alterar tão significativamente os ecossistemas terrestres. Não resta dúvida que é através do conhecimento e da tecnologia que o homem modifica o local onde vive. Contudo, será que todos temos a capacidade de lidar com esse crescente volume de informações? Como as pessoas estão se apoderando do conhecimento e tecnologias disponíveis para modificar positivamente suas vidas? Por isso a importância das pessoas serem instruídas em como extrair informações úteis para que possam tomar suas decisões. Neste sentido, está sendo desenvolvido o projeto “Desvendando o Sistema de Posicionamento por Satélite” com estudantes do 2° ano do ensino médio na Escola de Educação Básica Casimiro de Abreu, em Curitibanos (SC). A proposta de realizar a atividade em uma escola de ensino médio surgiu em resposta à chamada para financiamento de projetos realizada pelo CNPq e a mineradora Vale (edital nº 05/2012 – Forma Engenharia). Através desse projeto busca-se estimular atividades que potencializem a elucidação vocacional dos estudantes de ensino médio por graduações em engenharia e, com isso, buscar mitigar os efeitos do apagão de mão de obra qualificada experimentado em vários setores do país. Neste aspecto, o projeto realizado na escola de ensino médio tem três objetivos principais: i) elucidar com os estudantes como opera a tecnologia de posicionamento por satélites artificiais; ii) potencializar a interdisciplinaridade nos conteúdos de ensino médio; e iii) desper-

tar nos estudantes o interesse pela profissão de engenheiro(a). As atividades na escola constituem-se em responder um questionário previamente à participação no projeto, além da posterior participação em aulas expositivas e práticas.

POR DENTRO DO GNSS Durante a aula expositiva os estudantes participam de uma discussão em torno do contexto histórico em que o Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) surgiu, e quais são os países envolvidos. São discutidos os três segmentos: espacial, controle e usuários, bem como quais as finalidades e particularidades de cada um dos segmentos. Além da atividade expositiva, os estudantes participam e uma aula prática na qual têm a oportunidade de operar um receptor de GNSS modelo navegação. Para a aula prática os estudantes realizam uma série de tarefas executadas em duplas com um receptor de navegação. Entre as atividades estão observar a influência de obstáculos como árvores e prédios na intensidade do sinal dos satélites captado pelo receptor, e sua relação com o erro nas coordenadas indicadas pelos aparelhos.

Respostas dos estudantes do 2° ano do ensino médio as perguntas do questionário. 1a) Você já pensou ou pensa em cursar uma graduação?; 1b) Você já manipulou um aparelho GPS?; 1c) O que faz o sistema GPS?; 1d) Como funciona um aparelho GPS?


24% possuía um conhecimento errôneo, acreditando, dentre outros, que a função do sistema é unicamente criar rotas ou rastreamento, e 3% não possuíam conhecimento algum. Para completar o grupo de perguntas relacionadas a esta ferramenta, quando indagados sobre “Como funciona um aparelho GPS?”, 3% explanaram, por exemplo, tipo de onda, triangulação de sinais e quantidade de satélites, demonstrando amplo entendimento sobre a temática. Já 35% citou satélite e receptor, porém sem informações mais complexas como as anteriores, sendo consideradas noções básicas. Outros 29% mencionaram informações errôneas e 33% não possuíam conhecimento algum. No entanto, quando questionados sobre carreiras profissionais que trabalham com esta tecnologia, todos os alunos mencionaram ao menos uma opção.

Carreiras profissionais, listadas pelos alunos, que trabalham com aparelhos de GPS. O tamanho da fonte indicada a frequência com que os estudantes mencionaram a profissão

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A execução do projeto junto às turmas do 2° ano do ensino médio viabiliza a sua competência de dominar as linguagens próprias à análise geográfica como potencializa a habilidade de reconhecer a representação do espaço através da cartografia. Além de capacitar para articular conceitos e reconhecer as dimensões do espaço para a análise geográfica. Acreditamos que os resultados deste projeto se mostram bem positivos, visualiza-se claramente a proatividade dos estudantes em buscar conhecimento para debater em aula, bem como a fascinação que demonstram pela ferramenta tecnológica do aparelho GPS e suas aplicações. Esperamos que o projeto amplie um olhar crítico e questionador dos estudantes para com evolução tecnológica e o modo com que o homem ocupa e modifica o espaço. * P R O M O Ç Ã O V Á L I D A AT É 3 1 / 0 3 / 1 4

Em relação ao questionário respondido pelos 139 estudantes participantes, podem ser feitas inferências quanto às intenções destes estudantes em cursar uma graduação e o seu entendimento da tecnologia de posicionamento por satélite. Quando perguntados “Você já pensou ou pensa em cursar uma graduação?” 87% já pensou ou deseja cursar uma graduação. Porém, diversas alternativas foram mencionadas quando perguntados sobre que dificuldades podem ter para entrar ou permanecer em uma Universidade. Entre elas, 44% elencaram a dificuldade financeira, 17% incompatibilidade de horários/falta de tempo, 20% estudo difícil/complexo e 12% ser aprovado no vestibular. Foram elencados ainda: falta de acesso à tecnologia, adaptação à nova forma de vida, distância da universidade até sua casa, falta de apoio familiar, discriminação de alguma espécie, falta de maturidade, que corresponderam a 17% das respostas. Como resposta para a pergunta “Qual curso você pretende fazer?” foram elencadas 28 alternativas, além dos indecisos ou dos que não pretendem cursar uma graduação. Dentre os descritos, os mais cogitados são Medicina (8%), Direito e Medicina Veterinária (7% cada). Observa-se, também, que muitos alunos pretendem cursar graduações nas áreas correlatas a engenharia (23%), porém, apenas 3% dos estudantes demonstraram interesse por engenharia agronômica (oferecida na UFSC campus Curitibanos) e nenhum por engenharia cartográfica ou de agrimensura, comprovando, assim, a importância deste projeto em divulgar essas áreas profissionais. Ao serem indagados sobre o que não lhes atrai em uma profissão ligada à engenharia, 32% mencionaram a falta de afinidade com disciplinas envolvendo cálculos. O que reforça a importância de serem desenvolvidos projetos integradores junto aos estudantes do ensino médio. Outro dado produzido no projeto foi de que 41% responderam sim a pergunta “Você já manipulou um aparelho GPS?”, o que indica que estaé uma tecnologia bastante popularizada. Observou-se também que quando questionados sobre “O que faz o sistema GPS?” 8% dos estudantes afirmou que ele indica a latitude, longitude e altitude. Já a grande maioria, 65% citaram localização sem detalhamento, demonstrando possuir saberes básicos sobre o assunto. Outro grupo de


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IDE#Connect | INFRAESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS | GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO GEOESPACIAL |

ONU descrev ea da informaçã s tendências og Como parte d eoespacial as atividades da Iniciativa Glo Gerenciamen bal para to das Informações Geoespaciais das Nações Unid as (UN-GGIM ), foi lançado o documento "Tendências Futuras na Gestão da In formação Geoespacial: A visão de Cin co a D ez A n o s "

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IDE#CONNECT A publicação da UN-GGIM consolida a opinião de especialistas em várias disciplinas dentro da comunidade geoespacial, incluindo a academia e o setor privado. O principal objetivo é destacar a importância da informação geoespacial e mostrar os diferentes caminhos em termos de instituições, tecnologia, capacitação e outros temas relevantes. Se trata de um documento que descreve as tendências do setor de informação geoespacial, desenvolvido em 28 pontos e em função dos seguintes tópicos: • Tendências e direções futuras em tecnologia e na criação, gestão e manutenção de dados; • Evolução política e legal; • Habilidades requeridas e mecanismos de formação; • O papel dos setores privados e não-governamentais; • O futuro papel do governo na gestão e entrega de dados geoespaciais. De acordo com a publicação, o uso de informações geoespaciais está aumentando rapidamente e existe um reconhecimento crescente entre os governos e o setor privado sobre a importância do componente espacial na tomada de decisão eficaz. Os cidadãos, independentemente do seu nível de experiência com informações geoespaciais, estão familiarizados com o termo e cada vez mais interagem com este tipo de informação, e inclusive contribuem com a sua criação. É provável que uma série de tendências tecnológicas na indústria geoespacial tenha um impacto significativo, proporcionando oportunidades e desafios em termos de políticas e benefícios. A publicação está disponível em http://goo.gl/vE7zVK.

LANÇADA A INICIATIVA AFRIGEOSS Durante a 14º Conferência Mundial GSDI, que aconteceu entre os dias 4 e 8 de novembro em Adis Abeba, capital da Etiópia, foi lançada a iniciativa AfriGEOSS. Em 2013, a conferência foi realizada em conjunto com a ÁfricaGIS, maior evento sobre GIS do continente. A Conferência Mundial GSDI acontece anualmente em locais diferentes, oferecendo oportunidades para especialistas da área geoespacial de todo o mundo, promovendo o intercâmbio de ideias e contribuindo para a construção de infraestruturas de dados espaciais. A iniciativa AfriGEOSS visa coordenar a implementação de atividades do Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (Geoss, na sigla em inglês) na África, além de identificar os desafios para o continente em relação às atividades de sensoriamento remoto.

ATLAS GEOGRÁFICO DO EQUADOR O Ministério da Defesa Nacional, através do Instituto Geográfico Militar, lançou oficialmente a segunda edição do Atlas Geográfico do Equador. A obra conta com 406 mapas, 304 tabelas e 320 páginas de textos, integrando informações sobre estradas, comunicações, turismo, indústria, mineração, meio ambiente, demografia, saúde, esportes e outros temas. O Atlas pode ser acessado em www.geoportaligm.gob.ec

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CONCAR DISCUTE AQUISIÇÃO DE IMAGENS Em novembro foi realizada a 3ª reunião do Grupo Técnico da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), com objetivo de debater o procedimento de aquisição de imagens de satélite no Brasil. A ideia é estruturar um processo geral para a aquisição do governo federal de imagens e dados de sensoriamento remoto. Duas soluções foram apresentadas: em curto prazo será avaliada a construção de um processo de contratação conjunta para aquisição via sistema de registro de preços e, em longo prazo, será feita a estruturação de um processo que permita ao país maior independência na aquisição de dados de sensoriamento remoto. Fonte: Concar

TRÊS ÓRGÃOS PUBLICAM DADOS NA INDE O Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM) e o Banco Nacional do Desenvolvimento e Social (BNDES) aderiram à publicação de dados geoespaciais através da Infraestrutura de Nacional de Dados Espaciais (Inde). São dados referentes aos indicadores de acompanhamento da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O MDIC também utilizará a Inde para divulgação de camadas de informação do Atlas Nacional de Comércio e Serviços, uma iniciativa prevista no Plano Brasil Maior (PBM 2011-2014) e alinhada ao Plano Plurianual (PPA 2012-2015) para a criação de um referencial público de informações econômicas sobre o setor terciário no País. Já as informações publicados pelo BNDES são referentes à série histórica de 2009 a 2012, sobre os valores investidos segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae). Para visualizar os dados, acesse: www.visualizador.inde.gov.br


NOVO MAPA POLÍTICO DO BRASIL O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o Mapa Político do Brasil em escala 1:5.000.000. Representação cartográfica de todo o território brasileiro, o mapa é composto por limites estaduais e internacionais, feições hidrográficas, pontos extremos, principais localidades e, nesta edição de 2013, destacam-se as atualizações no sistema viário e ferroviário e principais obras e edificações. A última versão, divulgada em 2004, tinha como base o ano de 2000. O novo mapa retrata o território com referência ao ano de 2010. INFO www.ibge.gov.br

MÉXICO DEFINE METAS ATÉ 2018 O Programa Nacional de Geografia e Estatística (PNEG) 20132018 foi aprovado pelo Conselho de Administração do Sistema Nacional de Informação Estatística e Geográfica (Inegi) do México. O PNEG 2013-2018 define o conjunto de atividades e projetos a serem implementados durante o mandato presidencial de seis anos, e orienta para a produção de informações que levem a um melhor conhecimento do território e da realidade econômica, social e ambiental do país. O documento é composto por 10 objetivos, 36 projetos, 73 metas e 155 atividades gerais. INFO www.snieg.mx

NOVO CENTRO DE PROCESSAMENTO SIRGAS O Instituto Geográfico Militar da Bolívia (IGM-Bio) anunciou o início das atividades do Centro de Processamento e Análises de Dados GNSS (CEPAG-IGM) do Sirgas, a partir do evento GPS 1761, realizado em outubro. Segundo o Instituto, a instalação do Centro só ocorreu graças a um convênio de cooperação entre o Instituto Alemão de Investigações Geodésicas (DGFI), a Universidade de Berna (UniBern), da Suíça, e o IGM-Bio.

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VOTAÇÃO ABERTA NO PRÊMIO MUNDOGEO#CONNECT 2014 O maior evento de Geomática e Soluções Geoespaciais da América Latina vai premiar, a partir da escolha da comunidade, os melhores profissionais, instituições, empresas e marcas do setor, através do Prêmio MundoGEO#Connect 2014. A cerimônia de premiação será realizada no dia 8 de maio, segundo dia do MundoGEO#Connect LatinAmerica. Entenda o processo de escolha dos ganhadores: • Primeira etapa (realizada em novembro) – a comunidade do setor escolheu, através de pesquisa online, as categorias para a premiação no próximo ano; • Segunda etapa (até 14 de fevereiro) – indicação de quem devem ser os finalistas para cada categoria; • Terceira e última etapa (17 de fevereiro a 18 de abril) – escolha do vencedor para cada categoria, a partir de uma lista com os cinco mais votados na fase anterior. Confira a seguir as 29 categorias do Prêmio MundoGEO#Connect 2014 e participe desta segunda fase do Prêmio, indicando nominalmente quem deve estar entre os cinco finalistas (Top 5):

• Personalidade do Ano – Universidades, Setor Público e Empresas do Setor • Melhor Instituição de Ensino e Pesquisa e Instituição Pública de Maior Destaque • Associação Profissional Mais Atuante • Melhor Iniciativa de Infraestrutura de Dados Espaciais e Melhor Provedor de Bases de Dados Geoespaciais • Melhor Curso - Engenharia de Agrimensura e/ou Cartográfica, Geografia, Pós-Graduação em Geotecnologias e Técnico • Melhor Empresa para Trabalhar e Melhor Empresa Júnior • Empresa mais Lembrada - Imagens de Satélites, Mapeamento, Equipamentos de Geodésia e Topografia, GIS, Processamento de Imagens, Desenvolvimento de Soluções • Marca mais Lembrada: GPS Geodésico e Topográfico, Estações Totais, Laser Scanner Terrestre, Software Topográfico, GIS, Processamento de Imagens, Imagens de Satélite, VANTs • Melhor Profissional de Marketing

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