Revista MundoGEO 76

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SUMÁRIO

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Entrevista

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GeoQuality

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Latitude

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VANTs Saiba como diferenciar os tipos de veículos aéreos não tripulados disponíveis no mercado

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Alta Acurácia

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Agropecuária

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Laser Scanner 3D

Ryan Johnson, Presidente e CEO da BlackBridge O fator humano: da Universidade para o Mercado Favelização ção A fragmenta ada das desorden is zonas rura

Drones VANTs & as opções Conheça e de veículosseu escolha o

Entrevista son, Ryan John da Presidentege BlackBrid

Janeiro &

ner 3D Laser Scan o de A exportaçã limitação dados e a de hardware

24

| R$ 25,00 Fevereiro

íveis s imperd Três dia Paulo! o ã S em Edição 76

| Ano 16 |

rticipar do Por que paO#Connect? MundoGE dutos e serviços

EDIÇÃO 76

pro s e rede Comparar hecimento Ampliar cons de contato cias do as tendên Conhecer mercado de decisão a tomada Qualificar

| ANO 16 | JANEIRO E FEVEREIRO

Adquira duas atividades no evento e ganhe a terceira. Vagas limitadas!

DE 2014

LatinAmerica

2014

ntos, e Treiname rsos 13 Cursos ios e dive 7 Seminár kshops: ciais e wor eventos espene sua agenda! você defi

gratuita Visitação a! na feir

34 38

TI+GEO que A crise em a se encontra o Informaçã Geográfica

O PASSO A PASS : Integração s Google Mape novo Engine Lite s Google Map

O À PROVA RTK POST da Avaliação s dos dado qualidade em diversas condições

UÁRIA AGROPEC Dados e mapeamento da para a toma de decisão

Capa

Três dias imperdíveis em São Paulo! De 7 a 9 de maio será realizado o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014, com quase 30 atividades. Conheça as vantagens em participar de cursos, debates, seminários e workshops presenciais e defina sua agenda!

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Landsat 8 comemora um ano de vida

RTK: Infraestrutura para avaliação da qualidade em diversas condições

Mapeamento da pecuária e a pastagem no oeste do Estado de São Paulo

A Nuvem de Pontos em arquivo - Parte 2

GeoIncra

Fragmentação desordenada da zona rural e suas consequências

Passo a Passo

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Painel FIG

TI+GEO

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Painel OGC

Integração entre o Google Maps Engine Lite e o Novo Google Maps

A crise da informação geográfica

Conheça a Federação Internacional de Agrimensores (FIG)

Diretor do Open Geospatial Consortium apresenta os projetos do OGC

Acesse artigos complementares na revista online www.mundogeo.com

Colaboraram nesta edição: André Luiz dos Santos Furtado, Arlete Aparecida Correia Meneguette, Célia Regina Grego, Cristina Aparecida Gonçalves Rodrigues, Floriano Peixoto, João Francisco Galera Monico, José Augusto Sapienza Ramos, Louise Friis-Hansen, Rovane Marcos de França, Trevor Taylor, Wilson Anderson Holler

8 14 16 18 22 36 40 58 60

Editorial Web Seção do Leitor Navegando Lançamentos Location Intelligence VANTs & Drones OnLine Guia de Empresas


skydrones


EDITORIAL

NADA SUBSTITUI O “OLHO NO OLHO”

Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações Editor da revista MundoGEO eduardo@mundogeo.com

rante o expediente, no próprio ambiente de traba-

está longe e afasta quem está perto” vale também

lho, o que gera distrações. Por outro lado, quando

para os congressos, workshops, feiras e similares.

saímos de nossa rotina e viajamos – mesmo que seja

Hoje, tecnologias como webinars, teleconferências,

dentro da nossa própria cidade – para participar de

hangouts e – quem sabe num futuro próximo – en-

um evento, nossa atenção se volta totalmente para

contros em ambientes de realidade virtual nos aju-

aquela atividade e – finalmente – conseguimos focar

dam a ter contato com um número cada vez maior

naquilo que estamos interessados.

de pessoas e obter conhecimento de forma mais rápida e ágil, porém ainda não inventaram nada que substitua o “olho no olho” de um encontro pessoal. Algumas vezes já ouvi – nos vários eventos que já

logia vai acontecer de 7 a 9 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

alto” ou “no vídeo você parece mais extrovertido”,

O MundoGEO#Connect LatinAmerica vai contar

o que me deixa cada vez mais convencido de que

com mais de 30 atividades - entre os mini-cursos,

os encontros presenciais ainda são – e serão por

seminários, fóruns e encontros de usuários -, além de

vários anos - a principal forma de fortalecer nossa

uma feira de serviços e produtos com as principais

rede de contatos e conhecer de perto as novidades

empresas e marcas do setor. Além disso, pela primei-

tecnológicas. Afinal, de que outra forma podemos

ra vez na América Latina será realizado um evento

tomar um chopp com os colegas de profissão e co-

voltado exclusivamente para os jovens talentos do

mentar tudo que foi visto no fim de um longo dia de

setor. O MundoGEOXperience vai contar com um

palestras, workshops e visita a uma feira do setor?

espaço para a apresentação de trabalhos científicos

Outra grande vantagem dos encontros presen-

e o Geo Hackathon, que receberá desenvolvedores

de eventos virtuais, mas geralmente isto é feito du-

Revista MundoGEO Publicação bimestral - ano 16 - Nº 76 Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Eduardo Freitas | eduardo@mundogeo.com Assessor Editorial | Alexandre Scussel | redacao@mundogeo.com Estagiários | Ivan Leonardi | jornalismo@mundogeo.com | Fabricio Hein cursos-es@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Marketing | Bruno Born | marketing@mundogeo.com Atendimento e assinaturas | Thalita Nishimura | assinatura@mundogeo.com Dienifher Gonçalves | atendimento@mundogeo.com Administração | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | financeiro@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Maxigráfica MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

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Em 2014, o grande encontro de geotecno-

participei – frases do tipo “achei que você era mais

ciais é o foco. Afinal, no dia a dia é possível participar

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CONECTE-SE! EXPERIMENTE!

para uma competição de ideias geográficas. Nos vemos lá?

Fale conosco

EDUARDO FREITAS

A máxima de que o Facebook “aproxima quem

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geosoft


ENTREVISTA

RYAN JOHNSON

Presidente e CEO da BlackBridge

Os clientes não só precisam de imagens de satélite sobre as suas áreas de interesse. Eles também querem produtos de valor agregado que estão prontos para usar [...] 10

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No dia 20 de fevereiro a BlackBridge - operadora global da constelação de satélites RapidEye - aumentou seus investimentos no Brasil e anunciou a aquisição de uma participação na empresa brasileira Santiago & Cintra Consultoria (SCC). A BlackBridge é focada em prover soluções do início ao fim da cadeia de valores geoespaciais. Isso inclui operações de satélites, serviços de estações terrestres, data center e soluções geocloud, e distribuição de imagens de satélite de todo o mundo através dos mais de 100 parceiros BlackBridge, combinados à criação de produtos de valor agregado e serviços. Já a Santiago & Cintra Consultoria é uma empresa brasileira de consultoria especializada em soluções geoespaciais e uma das maiores fornecedoras de imagens de satélite no Brasil. Tem desenvolvido soluções Web-GIS, servindo diversos mercados como meio ambiente, agricultura, governo, florestal, mineração, defesa, óleo e gás, educação ou telecomunicação. MundoGEO: O mercado geoespacial tem sofrido muitas mudanças, aquisições e fusões nos últimos anos. Como a indústria de imagens tem reagido a estas mudanças? Ryan Johnson: Como parte do mercado geoespacial, a indústria de imageamento não é uma exceção e também passou por mudanças nessas áreas que você menciona. Todas estas mudanças, direta ou indiretamente, são a resposta do mercado ao que os clientes precisam. É verdade que o setor de imagem tem ficado um pouco atrás de outras áreas da indústria geoespacial, e como os investimentos em plataformas de imagem são muito grandes, os prazos desde a concepção até o início das operações são muito longos em comparação com outros segmentos da cadeia de valor geoespacial. Esses fatores fazem claramente essa parte da indústria se mover de forma mais lenta. Dito isto, há sempre espaço para a inovação. Nossas soluções de nuvem geoespaciais são um bom exemplo. Enquanto ainda estamos entregando nossos produtos principais de imageamento, alavancando nosso centro de dados e infraestrutura de redes, somos capazes de oferecer aos nossos clientes um acesso muito mais fácil e rápido às suas bases de dados, bem como as capacidades de processamento. Os produtos essenciais são basicamente os mesmos, mas a solução que vem da combinação de tecnologias de imagens e nuvem cria toda uma nova gama de soluções que respondem a algumas das mudanças e novas tendências do mercado. MG: Que razões levaram a BlackBridge a adquirir a constelação de satélites RapidEye? Além do nome e logotipo, quais foram as principais mudanças na transição da RapidEye para BlackBridge?

RJ: As características e capacidades únicas da constelação RapidEye tiveram um ajuste perfeito para a estratégia da empresa e representaram uma boa oportunidade para expandir nossa presença no mercado mundial. Em relação à transição da RapidEye para BlackBridge, muito pouco mudou para os nossos parceiros e clientes. Continuamos a oferecer os mesmos produtos e soluções que eles têm adquirido de nós todo esse tempo, a equipe que tornou isso possível também é a mesma e o foco da empresa vai continuar sendo a indústria geoespacial. Dito isto, a integração das diferentes empresas em uma única estrutura operacional, estratégia de negócios compartilhados e objetivos, amplia o mercado, traz uma nova gama de oportunidades de negócios e permite novos serviços. A combinação de capacidades e recursos cria sinergias claras que nos permitem entrar em novos mercados e conquistar novos clientes. MG: Na sua opinião, quais são as principais tendências para o mercado de imagem nos próximos anos? Em que tipo de produtos e serviços a BlackBridge vai colocar mais esforço? RJ: A indústria de imagens tem se transformado, de apenas um provedor de imagens de satélite em um ator mais maduro, que fornece soluções de ponta a ponta. Os clientes não só precisam de imagens de satélite sobre as suas áreas de interesse. Eles também querem produtos de valor agregado que estão prontos para usar ou que envolvam o mínimo possível de manipulação adicional, bem como os serviços de


infraestrutura necessários para armazenar, acessar e gerenciar seus conjuntos de dados de grandes e crescentes fontes. Fornecer esse tipo de soluções exige recursos e conhecimentos adicionais e novos modelos de negócios para apoiá-los. Quanto aos nossos novos produtos e soluções, estamos em processo de construção e integração de um novo banco de dados mundial de controle de solo, feito com pontos em solo de alta precisão e uma melhora significativa global de 30 metros no Modelo Digital de Superfície (DSM). Nossos testes internos preliminares têm mostrado que essas melhorias irão fornecer uma precisão sub-pixel para imagens RapidEye recolhidas ao longo de muitas áreas do mundo. Este ano, também estamos lançando oficialmente nossos novos serviços em nuvem geoespacial. Queremos dar um passo adiante com o lema “delivering the world”, permitindo que nossos parceiros possam descobrir, visualizar e analisar imagens RapidEye mais fácil e eficientemente. Com as nossas soluções de cloud computing, seremos capazes de hospedar as imagens adquiridas, reduzindo os custos de infraestrutura e manutenção e fornecendo ferramentas poderosas de gerenciamento de dados, diferentes opções de streaming e capacidades de processamento on- the-fly, tudo em um ambiente altamente seguro. Desta forma, os clientes serão capazes de visualizar, compartilhar, gerenciar e processar os seus produtos de imagens de qualquer lugar com uma conexão à internet. Dentro da nossa unidade de redes de negócios, nós também criamos uma infraestrutura em nuvem básica como serviço (IaaS) para o mercado de geoinformação. Este serviço foi adaptado para o caso de uso de aplicações geoespaciais e processamento de imagens. Nós consideramos que este serviço vai ser muito interessante para os nossos clientes que possuem requisitos de computação para o trabalho baseado em projetos. Também neste ano, depois de projetos-piloto de sucesso na América do Norte, estamos lançando nossos programas de imagem para a agricultura em todo o mundo, inclusive no Brasil. Aproveitando-se da capacidade de arrecadação extraordinária da constelação RapidEye, podemos coletar as imagens várias vezes, em áreas tão grandes quanto o Cinturão do Milho, nos EUA (1,4 milhão de quilômetros quadrados), ou em áreas menores em outras partes do mundo. Então, através de nossa infraestrutura de nuvem, concedemos aos nossos clientes o acesso a esses conjuntos de dados, e também às empresas, principalmente de agronegócio, com intervalos muito curtos de tempo entre coleta e entrega. Isto faz uma diferença real para nossos clientes em termos da quantidade de imagens multi-temporais que recebem, essencial para muitas aplicações de agricultura de precisão.

MG: Em 2013, a empresa fez doações para ajudar as pessoas desabrigadas após o furacão nas Filipinas. A BlackBridge irá continuar com esta política para os próximos anos? Como você vê o papel das empresas de imagem nesta função social? RJ: Sim, vamos continuar este tipo de contribuição no futuro. A BlackBridge tem uma importante função social, não só na área de resposta a emergências. Nossa empresa está envolvida em muitos projetos e programas ambientais, fornecendo dados que são fundamentais para monitorar e avaliar as diferentes variáveis ambientais e tomar decisões baseadas em informação. Um usuário muito importante dos nossos produtos e serviços é o Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Nos últimos dois anos, juntamente com Santiago & Cintra Consultoria, temos fornecido a eles uma cobertura anual completa do país. O Ministério não tinha essa fonte de informação antes, mas agora tornou-se essencial para tomar decisões que, de uma forma ou de outra, terão um impacto positivo no meio ambiente, não só a nível nacional, mas em escala global, dado o tamanho do país. A participação de BlackBridge no programa REDD + da ONU (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), como provedor de imagens de satélite, é outro bom exemplo de como a nossa empresa está contribuindo para um ambiente melhor. Nós nos tornamos o principal fornecedor de imagens de satélite comercial no apoio a programas nacionais do REDD +. MG: Qual é a estratégia de negócios da BlackBridge a partir de agora? Haverá investimentos em um segmento específico? Quais são os próximos passos para BlackBridge na indústria de imagens de satélite na América Latina? RJ: Nós fundamentalmente acreditamos em relações locais, em investimento e conhecimento local para sermos bem-sucedidos em qualquer mercado, e é isso que vamos continuar fazendo através de nossa notável rede de parceiros de vendas. Nossa recente aquisição de uma participação de 50% na Santiago & Cintra Consultoria, líder de mercado no país, demonstra que o Brasil é um mercado-chave para nós, onde vemos um forte benefício a longo prazo para trabalharmos juntos. Para nós, esta é uma oportunidade muito interessante para expandirmos nossas ofertas de produtos e soluções no país, aumentando nossa base de clientes, e nós estamos realmente ansiosos para todas as novas oportunidades que vamos criar juntos.

Nossa recente aquisição de uma participação de 50% na Santiago & Cintra Consultoria, líder de mercado no país, demonstra que o Brasil é um mercadochave para nós, onde vemos um forte benefício a longo prazo para trabalharmos juntos.

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LATITUDE

POLÍTICA NACIONAL DE GEOINFORMAÇÃO

Governo federal avança, mas precisa ouvir mais

E

EMERSON ZANON GRANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO emerson@mundogeo.com

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stamos num momento positivo de valorização do uso da geoinformação no planejamento da gestão pública no Brasil. Coordenadas pelo Ministério do Planejamento, iniciativas como o recém-criado Fórum Intergovernamental de Gestores Públicos da Geoinformação (FIGG) vêm abrindo espaços importantes. A criação deste fórum foi uma alternativa interessante para “driblar” as ações burocráticas da Comissão Nacional de Cartografia (Concar) que, ao longo de décadas, não tem conseguido promover significativos avanços na integração da comunidade do setor. A meta principal desse fórum é acelerar as discussões para a construção de uma Política Nacional de Geoinformação, objetivo atual da Concar. Nota-se, nesses movimentos, um maior dinamismo nas discussões e um maior envolvimento dos representantes dos diversos setores governamentais federais e estaduais. As universidades, apesar de envolvidas nas Jornadas Inde Academia, não têm participado de forma mais efetiva no FIGG. Tampouco a iniciativa privada e a comunidade de profissionais do setor têm presença marcante nessas discussões.

A Associação Nacional de Empresas de Aerolevantamento (Anea) já foi convidada, mas ela representa uma pequena parcela do setor. Espera-se que o recém-criado Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática e Soluções Geoespaciais (IBG), que congrega empresas de toda a cadeia produtiva do setor, também seja convidado. As associações de profissionais das áreas de Geografia, Cartografia e Agrimensura também deveriam participar destas discussões do FIGG, assim como se espera uma participação mais efetiva das universidades que oferecem cursos na área. Enfim, neste momento importante de mudança de paradigmas, o governo muda não só a palavra “cartografia” para “geoinformação”, mas muda também seu posicionamento em relação à importância do planejamento como pré-requisito para a gestão pública inteligente. Desta forma, a geoinformação e a análise geoespacial se fortalecem como ferramentas essenciais para auxiliar na modernização dos processos decisórios no país nas esferas federal e estadual e, por inspiração, na municipal.


topomig


WEB

TV MUNDOGEO O MundoGEO conta, desde o ano passado, com um estúdio próprio para a produção constante de conteúdo áudio-visual, complementando os demais canais de conteúdo (portal, revista, webinars, cursos online e evento MundoGEO#Connect LatinAmerica). O canal conta com entrevistas, séries de vídeos, principais destaques da semana, opiniões, entre outros, abordando diversos temas dentro das geotecnologias. Para 2014 estão programadas novas séries de vídeos, além de entrevistas com profissionais de destaque no setor e da continuação do programa semanal, no qual são comentados os assuntos que tiveram mais destaque no setor. O programa também conta com comentários de leitores e agenda dos próximos eventos. Aguarde!

Entrevista No mês de fevereiro foi realizada uma entrevista com Margarete Maria José Oliveira, que atua na montagem de processos de Georreferenciamento e Reserva Legal, falando sobre os novos métodos implementados recentemente pelo Incra, com o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef ), com objetivo de agilizar a certificação de imóveis rurais no país. Além disso, durante o bate-papo foi abordado o curso sobre Montagem de Processos para Georreferenciamento e Certificação de Imóveis Rurais, realizado pela MundoGEO em parceria com a TGR Treinamentos, e que já teve quase 150 participantes em três turmas. Acesse a TV MundoGEO em www.youtube. com/mundogeo e fique por dentro das novidades!

#FACTS

• O GeoConnectPeople é a rede social global de pessoas envolvidas com soluções geoespaciais • Esta plataforma está aberta a todos os usuários e produtores de geoinformação que desejam criar grupos e encontrar colegas para trocar experiências, tirar dúvidas e debater temas relevantes • Os conteúdos postados no GeoConnectPeople são ligados às tecnologias de geoprocessamento, Sistemas de Informação Geográfica (SIG), cartografia, agrimensura, fotogrametria, observação da Terra, geodésia, Sistemas Globais de Navegação por Satélites (GNSS), Serviços Baseados em Localização (LBS), Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) e suas diversas relações e aplicações • Esta rede está pautada pelo debate de ideias e a construção colaborativa de conteúdos que tenham como objetivo fazer o mercado geoespacial crescer de forma sustentável • A rede GeoConnectPeople é um projeto social sem fins lucrativos, criado e mantido pelo MundoGEO Acesse http://geoconnectpeople.org e conecte-se! WEBINAR EM INGLÊS BATE RECORDE Desde 2012 o MundoGEO está realizando seminários online em espanhol e inglês, aumentando assim o alcance de divulgação das geotecnologias em diversas partes do mundo. Recentemente, o webinar “Nasa World Wind Virtual Globe Technology”, realizado em parceria com a ICA-OSGeo Lab Network, bateu o recorde de participantes para os seminários em inglês. No total foram 789 inscritos e quase 400 participantes, conectados em diversas partes do mundo. Durante o evento foi apresentada a tecnologia Nasa World Wind, um geobrowser que fornece infraestrutura para a criação de soluções geoespaciais. WEBTREINAMENTOS O MundoGEO inaugurou, no final de 2013, um novo método de capacitação a distância. Trata-se do WebTreinamento, um evento semelhante um webinar - de forma totalmente online e interativa - porém com uma carga horária maior e discussões mais aprofundadas. No dia 27 de fevereiro foi realizado o WebTreinamento Georreferenciamento e Certificação de Imóveis Rurais, mostrando o que mudou com a nova Norma Técnica do Incra e o Sigef. Acesse www.mundogeo.com/webinar para conhecer a agenda completa e também para adquirir os materiais (arquivos pdf e vídeos) de eventos anteriores.

+Lidas Dezembro IBGE abre processo seletivo simplificado com 7.825 vagas

Inpe promove curso de sensoriamento remoto a distância

Satélite mostra como terremoto alterou a gravidade da Terra

IBGE lança nova edição do Manual Técnico de Uso da Terra

Satélite Cbers-3 falha no lançamento 14

Janeiro

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Tutorial: aprenda a exibir coordenadas e altitudes no Google Earth


trimble


SEÇÃO DO LEITOR OPINIÃO

LICITAÇÕES E PREGÕES

Sou assinante há cerca de 3 anos e quero parabenizá-los pela qua-

É muito frequente encontrar compras públicas de engenharia em geral e de geoprocessamento em particular, na modalidade de pregão, muitas vezes impulsionado pela busca de preço baixo ou pela pressão do Tribunal de Contas. Os potenciais fornecedores nestes casos sempre podem exercer o seu direito legítimo de impugnação do processo licitatório para impedir que a contratação seja efetivamente realizada, sem antes eliminar este erro de procedimento. A decisão do CONFEA apontada (PL2467/2012) deveria ser mais que suficiente para sensibilizar a unidade contratante do erro cometido.

lidade mantida. Leandro Letti da Silva Aprovecho para enviar mis felicitaciones por los productos que ustedes desarrollan en MundoGEO, son de gran interés en nuestro ámbito de trabajo. Franco Schiffmacher | Buenos Aires - Argentina

Jose Valdivia

VANTS

WEBINARS

Ótima iniciativa. Um projeto de grande valor para os cidadãos. Só estou

Muchas gracias por su gentil comunicación y envío del certificado correspondiente al seminario sobre Novedades de gvSIG 2.1. Además de desearle un muy buen año 2014 que seguramente lo tendrá en todos los aspectos. Quiero destacar su predisposición, receptividad, responsabilidad y dedicación al trabajo..

vendo um problema relacionado ao projeto. Por que a USP não deu valor a um produto nacional que possui as mesmas características técnicas? Muito bem, vamos estimular a alta tecnologia alemã! Procurem por Gyrofly, empresa brasileira que nasceu no ITA e agora está alocada no Parque tecnológico de São José dos Campos. Não há sinergia entre as instituições de pesquisa no Brasil. Como vamos evoluir nossa indústria de alta tecnologia se não conseguirmos coordenar esforços no ambiente de pesquisa e desenvolvimento?

Alfredo Derlys Collado | San Luis - Argentina Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@ mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

André Carvalho | São José dos Campos (SP)

Landsat 8 Fabricio Barbosa Já estou usando com muito sucesso o Landsat 8. Excelente as imagens! Google na Sala de Aula Wesley Brito

Entrevista com Margarete Oliveira Yodi nakamura Assisti a entrevista pude notar que estão a frente do tempo, buscando atualizar os profissionais do georreferenciamento, e que neste novo tempo teremos realmente uma linguagem única para todas as Superintendências Regionais, ou seja, uma padronização definitiva.

@JucianeBs Webinar #MundoGeo #Bomdia. — ouvindo Usos de informações de trânsito com dados históricos e em tempo real @jjsuniaga Muy bueno estuvo el webinar sobre "Infraestructura de Datos Espaciales de Bogotá" @Idebogota via @MundoGEO puedes descargar el video.

Excelente ferramenta para aulas de geografia!! O futuro é esse mesmo! VANTs Felix Glez Debemos copiar estas cosas, aunque regiones como Andalucía hacen estas cosas hace tiempo.

Entrevista com Margarete Oliveira Jefe Rodolfo AA P Silva Inovação, conhecimento, credibilidade e confiança é o que iniciativas como essa proporciona à sociedade. Parabéns MundoGEO.

Kyle Felipe Vieira Roberto Fizemos um voo de teste nele aqui na CAMG no ano passado. Muito bacana esse VANT.

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@Rod_GuerreroE gracias por el seminario y por el certificado @MundoGEO

@geoboliviaide #Mapa Mes de Febrero: #Mapa Red de Operaciones Continuas #IGM #Bolivia http://goo.gl/p23LmJ @MinAutonomias @ministero_obras @MundoGEO @_brunorprado Baixando e instalando a versão #free trial do software ArcGIS 10.2 | by @ MundoGEO http://sco.lt/79H0IT #ArcGIS #geotecnologia #sig #geo @sadeckgeo Ótima entrevista de Fábio Andreotti diretor do Google maps na @MundoGEO


furtado


NAVEGANDO A Spatial Energy, fornecedora de imagens digitais e serviços relacionados à indústria de energia, foi adquirida pela DigitalGlobe A BlackBridge, operadora global da constelação de satélites RapidEye, aumentou seus investimentos no Brasil e adquiriu uma posição de participação na empresa brasileira Santiago & Cintra

Consultoria

A Astrium passou a integrar o grupo Airbus e alterou seu nome para Airbus Defence and Space. A divisão de geoinformação, Astrium GEO, se tornará o programa de GeoInteligência da Airbus A Hexagon adquiriu a fabricante de Drones Aibotix, sediada na Alemanha

IMAGENS SPOT DISPONÍVEIS O governo francês concordou recentemente em disponibilizar seus dados de observação da Terra dos satélites Spot e distribuir, de forma gratuita para os usuários não-comerciais, imagens com no mínimo cinco anos de idade. O anúncio foi feito pela Agência Espacial Francesa no dia 17 de janeiro, durante uma reunião em Genebra, entre os 80 governos que compõem o Grupo de Obervação da Terra (GEO, na sigla em inglês). Segundo a Agência, a decisão foi tomada juntamente com a Airbus Defence and Space - anteriormente denominada Astrium Services – que, desde 2008, comercializa dados Spot. Ainda, a Agência afirmou que a disponibilização destes dados é a primeira grande contribuição do setor privado para a construção do Sistema Global de Observação da Terra (GEOSS, na sigla em inglês). Em 2014 será disponibilizada a primeira parcela das 100 mil imagens do acervo. A decisão do governo francês segue outra semelhante, feita em 2013 pela Comissão Europeia, para liberar grande parte dos dados ópticos e de radar obtidos pela constelação Copernicus de observação da Terra.

DADOS ABERTOS DE SÃO PAULO

Astor Vasques Lopes Júnior é o novo presidente da Bradar Indústria S.A., empresa controlada pela Embraer Defesa & Segurança

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) da Prefeitura de São Paulo lançou a página “Dados Abertos“, que permite a qualquer pessoa encontrar e utilizar informações em formato aberto. Ao todo são 4,6 GB de informações distribuídos em 25 bases, divididas entre estatísticas georreferenciadas e bases geoespaciais, cada uma delas acompanhadas por metadados e dicionário.

Com o aporte da Intel Capital, a Geofusion aumentou 45% seu faturamento em 2013

INFO http://goo.gl/S3eQZ9

O satélite Landsat 8 completou um ano em órbita, coletando 550 imagens por dia, que são distribuídas publicamente

Dan Novais é o novo Vice-Presidente da Pitney Bowes na América Latina A Comissão Estadual de Cartografia de Pernambuco foi instituída no dia 24 de dezembro e irá elaborar e coordenar a política cartográfica do estado A Agência Espacial Brasileira (AEB) terá 300 milhões de reais do Orçamento da União em 2014 Após a falha no lançamento do Cbers-3, o Brasil quer lançar o satélite Cbers-4 ainda em 2014 Com 16 satélites em órbita, a China planeja expandir o seu sistema de navegação Beidou, que terá 30 satélites até 2020

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ÍNDICE DE VEGETAÇÃO DO SEMIÁRIDO Como resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/ MCTI) e o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), foi disponibilizado o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI, na sigla em inglês) da região semiárida brasileira. O NDVI do Semiárido brasileiro permite não apenas mapear a vegetação, mas também medir sua quantidade e condição em determinada área. Com a ferramenta é possível baixar os mapas e visualizar sua sequência temporal. INFO www.insa.gov.br/ndvi

MAPEAMENTO DO CERRADO Mapear e monitorar a dinâmica de uso e cobertura da terra no Cerrado brasileiro é o objetivo do projeto multi-institucional “Políticas para o Cerrado e Monitoramento do Bioma”, que vai detalhar as formações naturais remanescentes e as áreas antrópicas. Pesquisadores da Embrapa Informática Agropecuária estão elaborando um mapeamento chamado TerraClass Cerrado, que identificará as áreas de vegetação natural e as alteradas, delimitando as áreas de produção de grãos e de culturas perenes, pastagens, silvicultura, entre outras. O projeto já reúne cinco instituições e conta com apoio financeiro do Banco Mundial. O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando cerca de 25% do território nacional.


DOUTRINA DE GEOINFORMAÇÃO

representação, tecnologias, processos de produ-

O Exército Brasileiro publicou no início deste ano a Doutrina de Geoinformação, um documento que apresenta conceitos básicos e a concepção de emprego da geoinformação no âmbito do Exército. Na publicação, disponível em formato digital, são encontradas definições, componentes, modos de

e termos geográficos. Também é possível compre-

ção, produtos, serviços, capacidades e aplicações das informações geográficas, além de um glossário ender a Infraestrutura de Geoinformação do Exécito (IGE), composta pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) e o Sistema Cartográfico Nacional (SCN). A publicação está disponível em http://goo.gl/rxvFKt.

IDE#Connect

| INFRAESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS | GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO GEOESPACIAL |

GEO LANÇA PLANO PARA 10 ANOS O Grupo de Observação da Terra (GEO) teve aprovada por unanimidade a proposta de prosseguimento das atividades por mais dez anos. A decisão foi tomada durante sua 10ª Sessão Plenária e a 3ª Reunião Ministerial, em Genebra, de 15 a 17 de janeiro. O GEO é formado por 90 países, a Comissão Europeia e mais 77 organizações do mundo. O novo plano decenal contemplará ações que, até 2025, devem auxiliar políticas públicas nas áreas de agricultura, biodiversidade, clima, desastres, ecossistemas, energia, saúde e água. O Brasil foi um dos primeiros participantes do GEO e o primeiro a liberar dados orbitais de média resolução. INFO http://earthobservations.org

PRÊMIO GEOSUR Como parte da 20ª Assembleia Geral do Instituto Panamericano de Geografia e História (IPGH), foi realizado o VI Encontro do Programa GeoSUR e a entrega do Prêmio GeoSUR, que reconhece anualmente projetos e iniciativas inovadoras na aplicação de dados geoespaciais no desenvolvimento de geosserviços na América Latina e no Caribe. Em 2013 o Prêmio foi entregue ao projeto "Terra-i", pela criação do primeiro sistema de monitoramento da diminuição de habitats

na região, apresentado pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), da Colômbia. INFO www.geosur.info

GOVERNO VAI ABRIR REGISTRO DE PREÇOS O Ministério do Planejamento (MP) vai abrir consulta pública, em breve, para aquisição de produtos de sensoriamento remoto, entre eles imagens de satélite. Isso permitirá, além de padronização das especificações de bens e serviços, mais transparência e economia de recursos públicos nas compras de um dos insumos fundamentais para a execução de políticas públicas que utilizam dados geoespaciais. A proposta de comprar imagens de satélite pelo Registro de Preços permitirá atender ao conjunto dos órgãos, evitando pulverização e compras em duplicidade. O entendimento é o de que fazer uma grande compra, em vez de compras individualizadas, vai propiciar economia e mais transparência, pois passa a ter o acompanhamento dos órgãos de controle, das empresas participantes e da sociedade. A expectativa é que o edital seja lançado durante o primeiro semestre de 2014. Hoje, 11 órgãos federais já estão integrados à Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), mas existem mais de 30 em processo de adesão. INFO www.inde.gov.br


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cursos online


LANÇAMENTOS A Esri anunciou o novo CityEngine 2013, a mais recente versão do seu software para design urbano em 3D

O Instituto Curitiba de Informática anunciou o lançamento do software

S3iGeo, nova plataforma de mapeamento em tempo real

MANUAL DE USO DA TERRA O IBGE disponibilizou a terceira edição do “Manual Técnico de Uso da Terra”, uma obra de referência para mapeamento da cobertura e uso da terra e para análises da dinâmica da ocupação e uso do território do Brasil, em escala exploratória. Esta nova edição oferece normas para a produção e armazenamento de informações em banco de dados, atendendo às necessidades de especificações técnicas exigidas pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). A publicação introduz inovações como a possibilidade de combinação em banco de dados de até três tipos dos usos até hoje identificados no país; representação iconográfica das classes como forma de oferecer retratos dos padrões de uso da terra; entre outras. INFO www.ibge.gov.br

O IBGE disponibilizou o mapeamento das águas superficiais e subterrâneas do Nordeste

O segundo nanossatélite brasileiro,

NanosatC-Br1, será lançado no primeiro semestre de 2014

A Nastek Tecnologia anunciou o lançamento do Yon Bike Lamp, um rastreador para bicicletas

O satélite Sul Coreano Kompsat 5, lançado em agosto de 2013, adquiriu suas primeiras imagens

A Supergeo lançou oficialmente o software SuperGIS Desktop 3.2

A Associação gvSIG anunciou a versão 2.1 Beta do software livre

A Sisgraph lançou o Intergraph Mobile MapWorks, uma ferramenta para realizar atualizações de informações geoespaciais em campo

O IBGE disponibilizou, no portal da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), os geosserviços de acesso à Base Cartográfica Contínua do Brasil na escala de 1:250.000

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MAPA INTELIGENTE Suscetibilidade e riscos geotécnicos, modelagem e gestão ambiental, além de serviços de mapeamento que apoiam empresas e governos na superação de grandes e atuais desafios. Estas são algumas soluções apresentadas no novo website da Geoambiente. INFO www.mapainteligente.com.br

ATLAS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE O serviço científico da Comissão Europeia lançou o Atlas de Solos da América Latina e do Caribe. Através de mapas e ilustrações coloridas, a publicação mostra de forma clara e simples a diversidade dos solos na região. A publicação também destaca a enorme importância deste recurso natural não renovável, fornecendo alimentos para cerca de 580 milhões de pessoas na região. INFO www.eusoils.jrc.ec.europa.eu

SPIKE A GeoDesign Internacional anunciou o pré-lançamento do Spike, um acessório a laser para smartphones que permite ao usuário capturar, medir, mapear, modelar, compartilhar e imprimir em 3D qualquer objeto a uma distância de até 200 metros, apenas tirando uma fotografia com o seu smartphone. Com um simples sistema de apontar-e-clicar, é possível tirar uma foto, sobrepor e gravar medições precisas e compartilhá-las. INFO www.geodesign.com.br


MAPAS TEMÁTICOS DO BRASIL O IBGE disponibilizou um novo conjunto de informações geoespaciais temáticas e tabelas sobre a geologia, a geomorfologia, os solos e a vegetação de diversas localidades, na escala 1:250.000, de todo o Brasil. INFO www.ibge.gov.br

FME 2014 A Safe Software anunciou o lançamento do FME Desktop 2014 e do FME Server 2014, além da ferramenta FME Cloud. A nova versão do FME inclui ferramentas que facilitam a configuração, testes e a utilização de vários serviços na web através de uma abordagem visual e sem a necessidade de manusear códigos. A plataforma inclui melhorias na manipulação de dados 3D e nuvens de pontos, com suporte aos softwares Autodesk Revit, Trimble Sketchup, AutoCAD Civil 3D, etc.. A plataforma FME oferece agora suporte a mais de 315 formatos e aplicações. INFO www.safe.com/fme2014

ANÁLISE ESPACIAL PARA TOMADA DE DECISÃO A Embrapa Gestão Territorial lançou o “Serviço de Análise Espacial para Tomada de Decisão Estratégica”. O site busca reunir informações sobre o serviço, que surgiu em 2012, e tem como objetivo compreender a dinâmica da agropecuária nacional, visando uma produção agrícola, pecuária e florestal mais sustentável, no tempo, para todo o território nacional. INFO www.sgte.embrapa.br/SAE

GLOBAL MAPPER 15.1 A Blue Marble anunciou o lançamento do software Global Mapper 15.1. Esta nova versão possui suporte de leitura e gravação para bancos de dados MS SQL Server Spatial, além de atualizações nas ferramentas de trajeto de perfil, calculadora raster e no módulo de edição Lidar. INFO www.bluemarblegeo.com

INPHO 5.6 A Alezi Teodolini anunciou no Brasil a nova versão do software fotogramétrico de Drones, o Inpho 5.6, desenvolvido pela Trimble. Esta versão teve melhorias significativas em seu desempenho, fluxo de trabalho, ferramentas e controle de qualidade dos resultados, levando a uma maior produtividade geral. INFO www.aleziteodolini.com

ARCGIS 10.2.1 A Esri anunciou a versão 10.2.1 do software ArcGIS. Segundo a companhia, foram acrescentadas novas ferramentas no Arctoolbox, além de opções para trabalhar com redes geométricas (Geometric Networks). INFO www.esri.com

OGC A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), um grupo internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades com o objetivo comum de desenvolver padrões.

SERVIÇO GEOESPACIAL MÓVEL O OGC anunciou que adotou o OGC GeoPackage 1.0 (GPKG) como um novo padrão de codificação. O padrão GeoPackage foi desenvolvido para facilitar o compartilhamento, em plataformas móveis, de informações geoespaciais entre diferentes aplicativos, aplicações e serviços web em todo mundo.

LOCALIZAÇÃO INDOOR O OGC firmou uma parceria com a Small Cell Forum para oferecer suporte aos serviços de localização móveis baseados em pequenas células. O serviço proporcionará suporte para navegações indoor como em aeroportos, shoppings, hospitais, armazéns, etc..

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CAPA

TRÊS DIAS IMPERDÍVEIS EM SÃO PAULO. MUNDOGEO#CONNECT 2014 VEM COM TUDO! Quarta edição acontecerá de 7 a 9 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca. Interatividade, atualização de conhecimentos e novas tecnologias são foco da feira de produtos e serviços. Cursos, seminários e workshops para profissionais e um novo evento voltado ao público jovem completam o maior evento de geotecnologias da América Latina Por Alexandre Scussel, Eduardo Freitas e Emerson Granemann

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E

m 2014, não se fala mais em outra coisa no país. Com os grandes eventos se aproximando - e o pontapé inicial da Copa do Mundo a ser dado no dia 12 de junho - o país vive um momento de ansiedade e incertezas. No centro das atenções do mundo todo, seja pela realização dos eventos ou pelos problemas e atrasos já conhecidos por todos, o Brasil receberá visitantes de diferentes nações, e o compartilhamento e intercâmbio de conhecimentos e culturas estarão mais perto dos cidadãos latino-americanos. O MundoGEO#Connect iniciou em 2011 com o objetivo de ser um evento diferenciado, que tem como foco principal a interação e a conectividade. Desde sua primeira edição anual, mais de 10 mil especialistas, pesquisadores, usuários e empresários do setor de geo-

tecnologias já participaram dos encontros, seminários e cursos, e acompanharam de perto as tendências do setor na feira de produtos e serviços de geomática e soluções geoespaciais.

POR QUE PARTICIPAR DE UM EVENTO PRESENCIAL? Apesar da facilidade na obtenção de informações sobre produtos e serviços, que existe hoje com a internet, da proliferação dos seminários online, web-conferências e cursos online, e do estreitamento da relação entre empresas e clientes do setor de geo, existem vantagens únicas em participar de eventos presenciais como o MundoGEO#Connect LatinAmerica, que acontecerá em São Paulo de 7 a 9 de maio.


Podemos avaliar as razões sobre três aspectos: Primeiramente pela oportunidade de participar em cursos, treinamentos, debates, workshops e seminários, pois em um curto espaço de tempo é possível se atualizar com palestras, debates e casos de sucesso, através de espaços interativos que contam com a presença de especialistas e usuários do setor. Além disso, esta “imersão” permite absorver mais informações de forma única, gerando conhecimentos novos ao participante que, por sua vez, está fora da sua rotina habitual de trabalho e, assim, totalmente focado nas atividades do evento. Outra questão essencial são as inúmeras opções da feira de produtos e serviços de geomática e soluções geoespaciais, que tradicionalmente reúne as principais empresas e marcas atuantes nos mercados global e local. Em 2014 serão cerca de 50 estandes e mais de 70 marcas brasileiras e internacionais. Reunir num mesmo espaço e em apenas três dias todos estes grandes “players mundiais” permite melhor avaliação dos produtos e comparação das soluções em exposição, além da negociação direta com fornecedores e desenvolvedores. E, por último, este ambiente focado na inovação e no intercâmbio de experiências proporciona condições essenciais para o sucesso de qualquer profissional que participa de eventos presenciais, através da ampliação da rede de contatos, troca de ideias nos auditórios e corredores, desenvolvimento de parcerias nos corredores, pausas para os cafézinhos e refeições, e também nos estandes da feira. Estes podem ser fatores decisivos para o surgimento de inspirações, para a criação de novas soluções, para a mudança - às vezes muito bem-vinda - de estratégias em projetos e, também, para qualificar a tomada de decisão no dia-a-dia do profissional da geoinformação. E o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014 é o local perfeito, onde todos estes fatores estão reunidos. Nesta matéria você pode conhecer um pouco sobre os principais elementos que fazem do MundoGEO#Connect o maior e mais importante evento de geotecnologias da América Latina, e de tudo que está sendo preparado para que, ano após ano, o evento se torne melhor e mais completo, capaz de atender as demandas dos profissionais e usuários das informações geoespaciais.

FEIRA DE GEOTECNOLOGIAS: NOVIDADES E TENDÊNCIAS Além da grade de atividades, o MundoGEO#Connect promove uma feira de produtos e serviços com as maiores empresas do setor. “Este ano temos mais instituições públicas, universidades e empresas internacionais participando da feira, fruto de um maior interesse

dos profissionais de ensino com os conteúdos apresentados e da maior visibilidade do evento no exterior”, declarou Emerson Granemann, diretor e publisher da MundoGEO, organizadora do evento.

Grandes empresas estão confirmadas na feira do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014. A feira tem acesso livre a todos os profissionais do setor, e vai contar com mais de 50 expositores e 70 marcas mundiais, entre elas: Autodesk, Bentley, Aibotix, Applanix, Autodesk, Autogeo, Carlson, chc, Comnav, Cst, Datageosis, Erdas, Esri, Foif, Garmin, Gatewing, Geodetic, Geographic Imager, Geomax, Blue Marble, HERE, HEX, Hi-target, Horizon, Javad, Kolida, Leica, Hexagon, Maptek, Mavinci, MDA, Nikon, Optech, Pentax, Pix4d, RapidEye, Riegl, Ruide, Smartplanes, SatLab, SenseFly, South, SpaceEyes 3D, Spectra Precision, Stonex, SuperGEO, Syqwest, Techgeo, Topcon, TopoEVN, Trimble, XMobots. A lista completa de empresas e marcas pode ser vista em: mundogeoconnect.com/2014/expositores. “Para 2014 as nossas expectativas são ainda maiores do que tudo o que acabamos de concretizar. Nesse sentido, vamos repetir a aposta que fizemos na última edição do MundoGEO#Connect, cujo patrocínio nos trouxe muitos resultados comerciais e grande reconhecimento do mercado de geotecnologia”, declarou Felipe Seabra, Gerente de Marketing da Geoambiente, empresa que participará como expositora. A feira de produtos e serviços do MundoGEO#Connect 2014 contará com a presença de multinacionais e dos mais importantes desenvolvedores de tecnologias geoespaciais, como a Trimble e Hexagon, grupos que atuam em vários segmentos da indústria geoespacial. Também estará presente a Esri, desenvolvedora de soluções para geoprocessamento, entre elas o software ArcGIS, e a Bentley, companhia que fornece soluções e softwares de arquitetura, engenharia, design e topografia ao mercado mundial. Segundo Leonardo Barros, Diretor da HEX Tecnologias Geoespaciais Inovadoras, o evento será um importante ponto de encontro e de divulgação. "O evento MundoGEO#Connect representa uma

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importante oportunidade para que a nossa empresa, brasileira e focada exclusivamente em geoprocessamento e em atividades de sensoriamento remoto, divulgue as nossas experiências diante da indústria especializada", afirmou. Várias outras prestadoras de serviços e representantes das principais marcas mundiais do setor de geotecnologias estarão expondo na feira do evento. “Estas empresas globais fortalecem o evento, pois garantem a presença de lançamentos de produtos e serviços em primeira mão aos profissionais presentes na feira”, afirmou Jarbas Raichert, Gerente Comercial da MundoGEO. Para Rubem Silveira, Diretor Presidente da Tecnomapas, a feira do evento é muito aguardada: "Acreditamos que o MundoGEO#Connect 2014 seja o lugar ideal para apresentarmos os novos recursos e planos de venda online de nossa solução de geoprocessamento em nuvem, o Geocloud, uma vez que este evento reúne as pessoas mais influentes do mercado de geoprocessamento do Brasil e do mundo", afirmou.

CURSOS E TREINAMENTOS: CAPACITE-SE! A grade de atividades do MundoGEO#Connect 2014 contará com 13 cursos, atendendo à uma demanda existente no setor de geotecnologias. Conheça os cursos que serão oferecidos no MundoGEO#Connect 2014, com duração média de 6 horas: • Bancos de Dados Geográficos: Este mini-curso vai ensinar ao aluno a estruturar conceitualmente bancos de dados geográficos por meio das técnicas de modelagem OMT-G e UML-Geoframe. Destinado a profissionais envolvidos em gerenciamento, modelagem e programação de aplicativos geográficos. O instrutor será José Augusto Sapienza Ramos, professor do Labgis Extensão – UERJ. • Cadastro Ambiental Rural: Serão abordados os principais aspectos desse novo instrumento de regularização ambiental rural, com destaque para os desafios técnicos e às oportunidades. O instrutor será Valmir Gabriel Ortega, Geógrafo pela UFMS que atua como consultor em projetos associados à gestão ambiental e áreas protegidas. • Cadastro Territorial Multifinalitário: Apresentará os conceitos e desafios para implantação do CTM. A instrutora será Andrea Flávia Tenório Carneiro, professora da UFPE. • Geomarketing e Aplicações: Este mini-curso vai focar em exemplos de usos reais de empresas que atuam no mercado brasileiro, abordando definições; exemplos de aplicações em diversos setores e portes de empresas; conceitos de Áreas de influência, Territórios, Escalas geográficas, Consultas espaciais, Mapas temáticos. As instrutoras serão Susana Figoli, professora de Geomarketing do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado, e Valéria Duarte, administradora de Empresas com MBA pela EAESP FGV. • Estatística Espacial e Negócios: Irá apresentar sobre Geomarketing e Geoinformação; Principais Fontes de Dados Geográficos; Exploração de Dados; Análises Geográficas e Estatística Espacial; Regressão; etc.. O instrutor será Eduardo de Rezende Francisco, professor de Estatística Espacial e Geomarketing na FGV-EAESP. • Geo na Gestão Ambiental: Mostrará as possibilidades e aplicações do SIG e do sensoriamento remoto para a gestão ambiental. O instrutor será Antonio Morelli Arruda Júnior, Consultor na Área Agroambiental.

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• Geo na Gestão Municipal: Este mini-curso visa proporcionar uma visão global e resumida dos desafios encontrados na implantação de um SIG em prefeituras, mesclando assuntos que vão desde tecnologia até metodologias usadas em projetos municipais. O instrutor será George Serra, Consultor em Geotecnologias. • Georreferenciamento de Imóveis Rurais: Neste mini-curso com 6 horas de duração serão abordados conceitos indispensáveis para o Georreferenciamento de Imóveis Rurais segundo a 3ª Norma Técnica, de modo a garantir a Certificação sem problemas no futuro, e será demonstrado como acessar o site do Sigef para requerer a Certificação, enviar as planilhas e gerar a planta e o memorial descritivo. A instrutora será Margarete Maria José Oliveira, Sócia da empresa TGR Treinamentos. • Produtos Google Geo: Será ofertado no dia 9 de maio e terá dois momentos. Durante a manhã será demonstrado o Google Earth Pro, uma ferramenta que fornece um conjunto de recursos avançados direcionados especificamente a profissionais que precisam de uma ferramenta ágil para análises geoespaciais. No período da tarde será apresentado sobre integração com outros produtos Google Geo e sobre o Google Maps Engine Platform. Os instrutores serão Arlete Meneguette, Professora Adjunta na Unesp, Mapeadora Voluntária e Revisora Especialista Regional do Google Map Maker; e Luis Costa, responsável por Projetos Especiais na Maplink. • Infraestrutura de Dados Espaciais: Apresentará as vantagens dos dados do seu projeto seguirem os padrões da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), além de mostrar conceitos envolvidos na interoperabilidade e exemplos práticos no Brasil e em outros países. O instrutor será Luis Cavalcanti Bahiana, Doutor em Geografia e Pesquisador em Informações Geográficas do IBGE. • Laser Scanner Terrestre: Este mini-curso visa a capacitação e aperfeiçoamento de profissionais para o conhecimento teórico dos sistemas Laser Scanner 3D Terrestre, entendimento das operações de campo e demonstração de processamentos e extrações de dados. O instrutor será Rovane França, Consultor da Vector Geo4D. • VANTs e Drones: Apresentará as aplicações, as arquiteturas, os tipos de testes aplicáveis e a regulamentação sobre aeronaves não tripuladas. O instrutor será Luiz Alberto Cocentino Munaretto, da Gerência de Programas e Ensaios em Voo da Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCA).


TREINAMENTO PADRÕES OGC A MundoGEO anuncia a realização de uma parceria com o Open Geospatial Consortium (OGC), um consórcio internacional que conta com mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades, que participam de um processo de consenso com o objetivo de desenvolver padrões e interfaces. Esta aliança inédita irá oferecer a empresas e instituições brasileiras a oportunidade de se associarem ao Consórcio, além da participação em um treinamento exclusivo, promovido durante o MundoGEO#Connect 2014. O OGC desenvolve padrões internacionais, apoiando soluções de interoperabilidade que permitem aos desenvolvedores de tecnologia fazer com que informações e serviços espaciais complexos sejam acessíveis e úteis a vários tipos de aplicações. Ao participar do Treinamento Padrões OGC de Dados Geoespaciais, ,representantes de universidades; agências locais, regionais e governos de Estado; institutos de pesquisa; e organizações não-governamentais ganharão uma associação sem custos ao OGC. No caso de participantes representando empresas privadas ou agências federais, será fornecido um cupom de desconto (no valor de U$ 250,00) para a associação ao Open Geospatial Consortium. Este Treinamento de 6 horas será realizado no dia 8 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo (SP), e abordará os conceitos básicos dos padrões de dados e serviços do Consórcio Geoespacial Aberto. O instrutor do treinamento será Luis Bermudez, Diretor de Certificação de Interoperabilidade do OGC. Para mais informações e inscrições, acesse a página Padrões OGC de Dados Geoespaciais. As vagas são limitadas! As vagas para participar dos cursos são limitadas. Para mais informações, programação completa e inscrições, acesse mundogeoconnect.com/2014/grade/cursos.

SEMINÁRIOS: FORMATOS E USOS DOS DADOS GEOESPACIAIS A conferência do MundoGEO#Connect 2014 terá ao todo sete seminários sobre os diferentes formatos e usos das informações geoespaciais. Cada um terá duração de um dia inteiro e contará com palestras e debates sobre as novidades tecnológicas, além do compartilhamento de experiências pelos usuários, com amplo espaço para interação entre os participantes e palestrantes. Conheça os temas dos seminários que serão oferecidos no MundoGEO#Connect 2014: • Automação Topográfica: Este seminário vai contar com especialistas que vão debater as tecnologias para levantamentos e o futuro da topografia. Conheça os resultados dos projetos desenvolvidos pelos novos sensores terrestres a laser que estão revolucionando a área de agrimensura e cartografia. • Geoinformação em São Paulo: Gestores públicos vão debater os desafios dos projetos envolvendo geotecnologias no estado de São Paulo. Este seminário conta com a coordenação da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa).

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• Gestores Públicos de Geoinformação: Segunda edição do seminário, que reunirá representantes das principais instituições globais ligadas à geoinformação para apresentar projetos e soluções geoespaciais para governos. Estarão presentes especialistas da Secretária de Meio Ambiente de São Paulo, Ministério do Planejamento/Concar e IBGE, e ainda palestrantes de empresas e instituições internacionais como Blue Marble, Associação gvSIG, IPGH, GeoSUR, Google, HERE, Esri, BlackBridge, OGC, Ministério do Ambiente do Peru, Presidência da República do Uruguai, IDECA Bogotá – Colômbia e INEGI – México/ GGIM-Américas. Este evento terá tradução simultânea para Português, Inglês e Espanhol. • Geo na Gestão de Municípios: Representantes de empresas e instituições estarão presentes para compartilhar experiências, projetos realizados e casos de sucesso em cidades do Brasil e de outros países, debatendo o uso das geotecnologias para a gestão de cidades mais inteligentes e sustentáveis. • Imagens de Satélite e Aéreas: A cada ano surgem novos sensores e softwares de processamento e representação das informações obtidas por aviões e satélites. Toda esta transformação, num ritmo acelerado, vem promovendo profundas alterações no modelo de negócios e nos processos deste setor. Debata com vários especialistas sobre o mercado de sensoriamento remoto orbital e aerofotogrametria. • Sistemas de Informação Geográfica: Cloud, 3D, móvel, tempo real: o GIS evolui em variedade de opções e, ao mesmo tempo, está cada vez mais acessível para qualquer tipo de usuário. Este seminário irá reunir especialistas para apresentar e debater as tendências do GIS, abordando os diversos aspectos da tecnologia e seus avanços na sociedade da informação. • VANTs e Drones: Neste seminário especialistas vão debater o avanço desta tecnologia, no Brasil e no mundo, além de discutir as características de cada veículo, sensor e solução de pilotagem. O seminário também vai mostrar resultados concretos de utilização, além de um panorama do estágio atual da legislação de homologação internacional e no Brasil dos equipamentos e projetos. Para mais informações, programação completa de cada seminário e inscrições, acesse mundogeoconnect.com/2014/grade/seminarios.

INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA PARA DEFESA E SEGURANÇA Segurança de fronteiras, combate ao tráfico de drogas e armas, prevenção e resposta ao crime, monitoramento de grandes multidões. A incorporação de conceitos e ferramentas de Geointeligência vêm se tornando imprescindível em processos e projetos de apoio à decisão em situações críticas. Em vista desta crescente importância, o MundoGEO#Connect 2014 realizará a terceira edição do Evento Geointeligência para Segurança e Defesa. Programado para o dia 7 de maio, o Fórum tem a proposta de apresentar as principais novidades e aplicações das informações e ferramentas geoespaciais que podem ser usadas pelo Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícias Federal, Militar, Civil e Municipal.

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NOVA FORMA DE PARTICIPAÇÃO Em 2014 o participante do MundoGEO#Connect poderá escolher exatamente quais os temas e dias que deseja participar. Além disso, ao se inscrever em duas atividades, é possível escolher mais um curso, seminário ou evento especial sem custos. “Este ano adotamos uma nova forma de inscrição, na qual o participante pode estruturar a sua agenda e se registrar apenas nas atividades que tem interesse, otimizando assim seu investimento e seu tempo”, explica Eduardo Freitas, coordenador técnico do MundoGEO#Connect LatinAmerica.

EVENTOS PARALELOS: ATUALIZAÇÃO AO ALCANCE DE TODOS Ao longo do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014 seis eventos paralelos serão promovidos por empresas e instituições, para demonstrar as novidades e projetos em desenvolvimento no setor de geotecnologias. Estes eventos, gratuitos e abertos ao público, serão uma oportunidade para toda a comunidade conhecer o estado da arte de projetos e produtos do setor. Workshop Embrapa Monitoramento por Satélite: Este evento especial visa apresentar temas relacionados à geointeligência na agricultura e meio ambiente por pesquisadores e instituições parceiras da Embrapa, proporcionando um ambiente de debate técnico-científico ao público. Workshop Calibra: A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) - campus Presidente Prudente - participa do Projeto Countering GNSS high Accuracy applications Limitations due to Ionospheric disturbances in Brazil (Calibra). O objetivo deste Workshop é apresentar aos participantes uma visão geral, resultados e perspectivas futuras do Projeto Calibra, bem como de seu predecessor, o Projeto Cigala. II Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos: Segunda edição do evento, que discutirá sobre legislação e formação profissional. Este encontro contará com o apoio e a coordenação da Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores no Estado de São Paulo (APEAESP) e também da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos de São Paulo (ABEC-SP). I Encontro Nacional de Geógrafos - Formação, Legislação e Mercado de Trabalho: Evento terá o apoio e coordenação da Associação Profissional de Geógrafos no Estado de São Paulo (Aprogeo-SP), e discutirá os aspectos mais importantes na atuação do Geógrafo. Workshop ANEA: Evento da Associação Nacional de Empresas de Aerolevantamento. Para participar dos eventos paralelos do MundoGEO#Connect 2014, basta se cadastrar para participar da feira de produtos e serviços, que terá acesso livre. Faça seu registro antecipado para garantir seu lugar e evitar filas: mundogeoconnect. com/2014/registre-se-na-feira.


JORNADAS GVSIG

PRÊMIO MUNDOGEO#CONNECT 2014

Através de uma parceria entre a MundoGEO e a Associação gvSIG, responsável por um dos softwares livres de Sistemas Informações Geográficas (GIS) mais utilizados no mundo todo, serão realizadas no Brasil as 6as Jornadas gvSIG da América Latina e do Caribe (LAC). O evento acontecerá em conjunto com o MundoGEO#Connect 2014, entre os dias 7 e 9 de maio. As Jornadas gvSIG da América Latina e do Caribe têm como objetivo proporcionar um local de encontro onde os técnicos, pesquisadores, desenvolvedores, especialistas e a comunidade latino-americana em geral, possam se reunir um ambiente com debates em torno da geomática livre e do software gvSIG. “Para a Associação gvSIG é uma satisfação poder comunicar esta aliança com a MundoGEO. A celebração conjunta das Jornadas gvSIG da América Latina e do Caribe e do MundoGEO#Connect 2014 permite afirmar, sem nenhuma dúvida, que nestes dias em São Paulo terá lugar o evento mais importante de Geomática de 2014 da América Latina”, declarou Álvaro Anguix, Diretor Geral da Associação gvSIG. O período de inscrições para as 6as Jornadas gvSIG já está aberto. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Para se inscrever basta preencher o formulário correspondente. Acesse www.gvsig.org/web/community/events/jornadas-lac/2014 para saber tudo sobre o evento!

Com votação aberta pela internet, o Prêmio MundoGEO#Connect é realizado desde 2011, reconhecendo pessoas, instituições, empresas, marcas, equipamentos e sistemas que se destacaram e contribuíram para o desenvolvimento do mercado de geotecnologias. Todo o processo de votação tem contribuição da comunidade, que escolhe desde as categorias até os ganhadores. A cerimônia de premiação será realizada no dia 8 de maio, durante o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014. Entenda o processo de votação e indicação das categorias e vencedores: • Primeira etapa (realizada em novembro) – a comunidade do setor escolheu, através de pesquisa online, as categorias para a premiação no próximo ano; • Segunda etapa (dezembro de 2013 a 14 de fevereiro de 2014) – indicação de quem devem ser os finalistas para cada categoria; • Terceira e última etapa (17 de fevereiro a 18 de abril) – escolha do vencedor para cada categoria, a partir de uma lista com os cinco mais votados na fase anterior. O Prêmio MundoGEO#Connect 2014 é patrocinado pela Garmin - fabricante global de navegadores GPS. Conheça os finalistas em cada categoria e vote nos melhores:

spars

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Instituição Pública de Maior Destaque • Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG) • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) • Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) • Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) • Ministério do Meio Ambiente (MMA) Melhor Instituição de Ensino e Pesquisa • Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) • Universidade de São Paulo (USP) • Universidade Estadual Paulista (Unesp) • Universidade Federal da Bahia (UFBA) • Universidade Federal de Viçosa (UFV) Melhor Curso de Engenharia de Agrimensura e/ou Cartográfica • Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) • Universidade Estadual Paulista – Presidente Prudente (Unesp) • Universidade Federal da Bahia (UFBA) • Universidade Federal do Paraná (UFPR) • Universidade Federal de Viçosa (UFV) Melhor Curso de Geografia • Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) • Universidade Estadual Paulista – Rio Claro (Unesp) • Universidade de São Paulo (USP) • Universidade Federal do Paraná (UFPR) • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Associação profissional mais atuante • Associação Profissional de Geógrafos no Estado de São Paulo (Aprogeo-SP) • Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos – Regional São Paulo (Abec-SP) • Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos – Regional Paraná (Abec-PR) • Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores no Estado de São Paulo (Apeaesp) • Federação Nacional dos Engenheiros Agrimensores (Fenea) Empresa mais lembrada de Desenvolvimento de Soluções • Geoambiente • Imagem • Notoriun Tecnologia

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• Santiago & Cintra Consultoria • Sisgraph Empresa mais lembrada de Mapeamento • Base • Engefoto • Engemap • Esteio • Topocart Empresa mais lembrada: Distribuidora de Imagens de Satélites • Digibase • Engesat • Geoambiente • Santiago & Cintra Consultoria • Satmap Empresa mais lembrada: Distribuidora de Software de GIS • Geoambiente • Geograph • Imagem • Santiago & Cintra Consultoria • Sisgraph Empresa mais lembrada: Distribuidora de Software para Processamento de Imagens • Imagem • Santiago & Cintra Consultoria • Sisgraph • Sulsoft • Threetek Empresa mais lembrada: Distribuidora de Equipamentos de Geodésia e Topografia • Alezi Teodolini • CPE Tecnologia • Furtado, Schmidt • Leica Geosystems • Santiago & Cintra Geotecnologia Melhor Empresa para Trabalhar • CPE Tecnologia • Engemap • Geoambiente • Santiago & Cintra Geotecnologia • Topocart Melhor Empresa Júnior no Setor de Geotecnologia • EJECart – Empresa Júnior de Engenharia Cartográfica da Unesp Presidente Prudente • Ejeag – Empresa Junior de Engenharia de Agrimensura da UFV • Geoplan Jr – Empresa Júnior de Geografia da Unesp Rio Claro • Labgis Jr – Empresa Júnior de Geotecnologias da UERJ • Mensurar – Associação Júnior de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica da UFRRJ

Melhor Profissional de Marketing • Felipe Seabra (Geoambiente) • Fernanda Ribeiro (CPE Tecnologia) • Fernando Schmiegelow (Hexagon) • Kleber Bartolomeu (Furtado, Schmidt) • Marcel Rodrigues (Alezi Teodolini) Marca mais lembrada de Estações Totais • Geodetic • Leica • Nikon • Ruide • Topcon Marca mais lembrada de Receptores GNSS • Ashtech • Javad • Leica • Topcon • Trimble Marca mais lembrada de Laser Scanner Terrestre • Faro • Leica • Riegl • Topcon • Trimble Marca mais lembrada de Software Topográfico • Datageosis • GeoOffice • Posição • TopoEVN • topoGRAPH Marca mais Lembrada de VANTs • AGX • Gatewing (Trimble) • Sensefly • Smartplanes • Xmobots

Marca mais lembrada de Imagens de Satélite • Astrium (Airbus Defence & Space) • DigitalGlobe • DMC • Eros (Imagesat) • RapidEye (BlackBridge) Marca mais lembrada de GIS • ArcGIS (Esri) • Geomedia (Hexagon) • Global Mapper (Blue Marble) • Google • Mapinfo (Pitney Bowes) Marca mais lembrada de Software de Processamento de Imagens • ArcGIS (Esri) • eCognition (Trimble) • Envi (Exelis) • Erdas (Hexagon) • Pix4D Melhor Provedor de Bases de Dados Geoespaciais • Digibase • Google • Here (Nokia) • Imagem • Maplink Profissional do Ano • Antônio Santana Ferraz – UFV • Arthur Caldas – UFBA • Cesar Antonio Francisco – Engemap • Eduardo Oliveira – Santiago & Cintra • Elifas Valim Neto – Metrica • Izabel Cecarelli – Geoambiente • João Francisco Galera Monico – Unesp • Moema José de Carvalho Augusto – IBGE • Rogério Herschel – CPE Tecnologia Wilson da Silva Junior – Incra

Vote agora e escolha quem deve ganhar o Prêmio MundoGEO#Connect 2014: http://bit.ly/MgEuUx.


MUNDOGEOXPERIENCE MARATONA DE IDEIAS GEOGRÁFICAS

o objetivo de formar um grupo heterogêneo e que contemple todas as áreas ligadas à geoinformação. Geo Hackathon: Outra atividade do MundoGEOXperience é o Geo Hackaton, um encontro baseado na solução de proble-

IMAGEM XPERIENCE.JPG Em 2014 a MundoGEO anuncia um novo evento, voltado ao desenvolvimento de soluções para a sociedade através da utilização de informações geoespaciais. O MundoGEOXperience – Maratona de Ideias Geográficas - acontecerá entre os dias 7 e 9 de maio, em paralelo à 4ª edição do MundoGEO#Connect 2014, e será um espaço de integração, competição e desenvolvimento de soluções inovadoras para atender às demandas da sociedade, utilizando atributos de localização e análise geográfica. O evento será co-realizado pela Emplasa, e patrocinado pelas empresas Garmin, Santiago & Cintra Geo-Tecnologias e Santiago & Cintra Consultoria. Várias instituições e órgãos apoiarão o MundoGEOXperience, como IBGE, Prefeitura de São Paulo, Embrapa Monitoramento por Satélite, ABEC-SP, Apeaesp, entre outras. O evento terá duas atividades principais e três paralelas, todas com participação gratuita. Geo Academia: Entre as atividades deste novo evento está o Geo Academia, uma oportunidade para que estudantes de graduação e pós apresentem seus projetos e resultados de pesquisa aplicada. O objetivo desta iniciativa é aproximar a comunidade acadêmica e a indústria de geotecnologias, propondo soluções inovadoras para os usuários de informações geoespaciais. O Geo Academia tem como objetivo oferecer uma nova oportunidade para que estudantes e recém formados apresentem seus trabalhos – em andamento ou finalizados – de uma forma inovadora, com foco em pesquisa aplicada e resultados práticos. Para isto, o Geo Academia propõe duas formas de apresentação: • Geo Talks: trabalhos acadêmicos/científicos, apresentados oralmente de forma rápida, com 10 minutos no máximo, seguidos de 5 minutos para perguntas e respostas. • e-Posters: trabalhos acadêmicos/científicos, utilizando um modelo inovador de apresentação, no qual os posters serão mostrados de forma dinâmica em grandes monitores digitais. Para divulgar trabalhos e projetos no GEO Academia, tanto no formato Geo Talks quanto no e-Poster, os interessados deverão submeter seus trabalhos utilizando um formulário específico presente no site do MundoGEOXperience. Os trabalhos aprovados pela comissão avaliadora deverão realizar as apresentações durante o evento, em um horário previamente agendado. A comissão avaliadora do Geo Academia é coordenada para Clodoveu Augusto Davis da UFMG e Silvana Camboim da UFPR, e conta ainda com representantes das universidades, governo, empresas usuárias e atuantes no setor de geotecnologias, com

mas urbanos, com foco na Região Metropolitana de São Paulo, no qual serão apresentados desafios e dados geoespaciais para o desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras para a sociedade. O Geo Hackathon permitirá acesso a dados oficiais sobre a Região Metropolitana de São Paulo para a criação de ferramentas visando uma melhor compreensão e gestão dos problemas urbanos. Ao participar, os desenvolvedores farão parte de um amplo debate sobre os problemas em uma grande região metropolitana e as possíveis soluções. Como é um evento multidisciplinar, o Geo Hackathon será uma grande oportunidade para combinar, misturar e trocar dados e informações de diferentes áreas de conhecimento que tratam das questões urbanas. Os participantes contarão com dados (fornecidos pelo governo e empresas), softwares (proprietários ou livres), suporte de mentores (Universidades), local e infraestrutura (MundoGEO). Duas instituições já confirmaram a disponibilização de dados: Emplasa (e órgãos conveniados) e IBGE. Os dados serão disponibilizados em bancos de dados (Oracle, PostgreSQL) e também em formato shapefile. Antes do início do Hackathon será feita uma palestra dos apoiadores, para apresentação dos dados disponíveis, critérios de avaliação, comissão julgadora e briefing sobre os desafios encontrados. Encontro de Empresas Júnior e StartUps: Espaço para interação entre instituições de fomento ao empreendedorismo, Universidades, representantes de empresas juniores, empresas incubadas e startups. Evento baseado em apresentação e debate sobre boas práticas e desafios para os empreendedores. II Encontro de Integração Governo, Universidades e Empresas: Espaço de apresentação de resultados de pesquisas feitos em parceria entre universidades e empresas privadas. Este evento tem como um dos objetivos apresentar as diversas fontes de recursos governamentais de incentivo a pesquisa e desenvolvimento no setor. Como participar? A participação no Geo Hackathon será gratuita e aberta a estudantes e desenvolvedores das áreas de Ciência da Computação, Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, Geografia, Design, Arquitetura/Urbanismo, e áreas afins. Não é necessário ser programador para participar, pois serão formadas equipes multidisciplinares durante a realização do Hackathon. Para mais informações e inscrições acesse www.mundogeoxperience.com e saiba tudo sobre este novo evento!

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PASSO A PASSO

POR DENTRO DOS PRODUTOS GOOGLE GEO

Integração entre o Google Maps Engine Lite e o Novo Google Maps

ARLETE APARECIDA CORREIA MENEGUETTE Engenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp Campus de Presidente Prudente arletemeneguette@gmail.com

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Neste artigo demonstramos a integração entre o Google Maps Engine Lite e o novo Google Maps, tomando como área de estudo a Unesp - Câmpus de Presidente Prudente (SP). Os produtos Google Geo disponibilizam gratuitamente tanto mapas de ruas, quanto mapas do terreno, assim como imagens de satélite e panoramas imersivos 360° ao nível da rua. Para fazermos uso do Google Maps Engine Lite, basta entrar em https://mapsengine.google.com e fazer login com sua conta do Gmail. Ao clicar em “Criar um Novo Mapa” são mostrados alguns dos recursos, um dos quais permite fazer uma pesquisa pelo nome de um lugar. Para exemplificar os procedimentos, digite o nome da Unidade Universitária “Unesp – Câmpus de Presidente Prudente” e pressione Enter no teclado. Sendo assim, pode-se visualizar a área urbana na vista de mapa, na qual aparece um marcador verde indicando o Câmpus. Para alterar para a vista de imagem de satélite, basta clicar em “Mapa Básico” no painel à esquerda. Um mosaico contendo várias opções é mostrado e pode-se escolher a opção correspondente à imagem de satélite. Depois de ter escolhido a opção desejada basta clicar em X no canto superior direito do mosaico de opções. A imagem de satélite é exibida na tela e no canto superior esquerdo é possível clicar em “Mapa sem Título”, para então digitar o nome e uma breve descrição do mapa. Neste caso, digite o título “Localização da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente” e a descrição “Este mapa mostra a localização da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente. Foi elaborado por (seu nome), em (data atual)”. Em seguida, clique em “Salvar”. O marcador verde indica a entrada principal da Unidade Universitária e pode-se clicar sobre ele para selecioná-lo e em seguida clicar em “Adicionar ao Mapa” na caixa de informação.

Como pode-se observar no painel à esquerda, o marcador agora faz parte dos elementos de uma camada sem nome. Se clicar em “Camada sem Título” você pode editar o nome da camada, por exemplo: “Entrada principal da Unesp”, e em seguida clicar em “Salvar”. O marcador não é mais mostrado em verde e sim em vermelho. Pode-se visualizar mais detalhes, inclusive a posição ocupada pelo marcador vermelho, aplicando zoom na imagem e navegando até a área da Unesp - Câmpus de Presidente Prudente. O mapa pode ser customizado, para que os marcadores tenham a aparência que desejarmos, por exemplo, ao clicarmos em “Estilo” pode-se escolher para os marcadores: estilo uniforme; sequência de cores e letras; estilos individuais; ou estilo por coluna de dados. No caso dos estilos individuais, pode-se definir a cor de preenchimento e o formato do marcador. Ao passar o cursor sobre o marcador vermelho que representa a Unesp no painel à esquerda, nota-se que é mostrado um “balde de cor”. Clicando no balde, uma paleta é exibida na qual pode-se escolher outra cor para o marcador, além disso, pode-se alterar a forma do marcador. Mas se clicarmos em “Mais ícones”, tem-se acesso a muitos ícones diferenciados por modalidade, que enriquecerão o mapa.


Tendo escolhido o ícone desejado, só é preciso clicar em OK e o mesmo será exibido tanto no painel à esquerda quanto no mapa personalizado. É possível fazer o upgrade para o Google Maps Engine Pro para ter mais ícones do Google e usar seus próprios ícones. Tendo finalizado o mapeamento, pode-se clicar em “Compartilhar” e definir as configurações de compartilhamento que desejar. Este mapa personalizado está disponível para visualização e edição em http://bit.ly/1cW3306. Finalmente, pode-se clicar em “Arquivo” e escolher a opção “Exportar para KML”, a qual permite exportar o mapa inteiro ou cada uma das camadas em separado. É preciso indicar o caminho onde o arquivo será salvo em seu computador para ser utilizado posteriormente. Neste caso, escolha salvar o arquivo como “Unesp_PresPrudente.kml”, o qual pode ser importado no Google Maps Clássico ou aberto no Google Earth. Pode-se visualizar o mapa recém criado no Google Maps Engine Lite, fazendo uso de um recurso do Novo Google Maps. Basta entrar em www.google.com. br/maps/preview e fazer login com sua conta do Gmail. Em seguida, clique na caixa de pesquisa e escolha a opção “Meus Mapas Personalizados” para ver uma lista

dos cinco mapas mais recentes criados ou compartilhados com você no Google Maps Engine Lite. Ao clicar no primeiro dos mapas listados, pode-se visualizar aquele que foi acabado de criar no Google Maps Engine Lite.

O mapa exibido é somente uma prévia, pois para visualizar ou editar o mapa completo é necessário clicar em “Abrir o mapa original”, o que levará você de volta ao Google Maps Engine Lite. Tendo dúvidas, pode-se acessar http://bit.ly/1fKz5fJ. Um aspecto interessante dos produtos Google Geo é que eles favorecem o empoderamento dos neocartógrafos, que podem contribuir com seu conhecimento local através do mapeamento colaborativo e participativo.

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LOCATION INTELLIGENCE PITNEY BOWES E TWITTER FIRMAM ACORDO A Pitney Bowes deu início à um acordo de licenciamento com o Twitter, a fim de fornecer soluções em inteligência de localização para a sua plataforma móvel. As soluções em inteligência de localização da Pitney Bowes oferecem serviços de geocodificação para plataformas móveis e soluções em mapeamento aos setores de seguros, serviços financeiros, varejo e públicos. A construção da geocodificação precisa ocorrer a partir de endereços cuidadosamente verificados e validados antes da atribuição das coordenadas de latitude e longitude. Desenvolvida em uma interface API consistente, a solução de geocodificação da Pitney Bowes vem a ser particularmente adequada para plataformas móveis. O Twitter usará a tecnologia para sustentar o compartilhamento de localização em tuítes.

ESRI FORNECE ANÁLISE DE LOCALIZAÇÃO À SIGNAL DATA A Esri anunciou que a empresa Signal Data incorporou a solução Esri Location Analytics à sua plataforma de inteligência geográfica, chamada de Signal Retail. Com a solução, a partir de agora a Signal Data pode oferecer análises de localização, permitindo com que seus clientes do setor de varejo possam aumentar a competitividade baseando-se em atividades econonômicas, demografia, etc.. INFO www.esri.com/software/location-analytics

TECTOTAL USA INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA A TecTotal anunciou que adquiriu o TourSolver, uma ferramenta de inteligência geográfica oferecida pela Geograph. Segundo a empresa, a implantação da solução ajudou a reduzir custos com pessoal interno e de campo, além de deslocamento, combustível, pedágio, manutenção, etc.. O TourSolver viabiliza a roteirização de centenas de atendimentos diariamente, com rapidez e assertividade”, afirma Dario de Faria, gerente de operações da TecTotal.

APP DO MCDONALD’S LOCALIZA RESTAURANTES A rede McDonald’s acaba de lançar o aplicativo McDonald’s BR. Com ele, o usuário pode encontrar o restaurante mais próximo de sua localização, em todo território nacional, além de conferir a distância e a melhor rota para o destino. Disponível gratuitamente na APP Store (para iOS) e na Google Play (versão Android), a nova ferramenta também apresenta os serviços disponíveis em cada restaurante.

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WEBINAR SOBRE INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA NO TRÂNSITO No dia 12 de fevereiro a MundoGEO e a HERE realizaram o seminário online “Usos de informações de trânsito com dados históricos e em tempo real”, apresentando os diferentes tipos de aplicações de inteligência geográfica no trânsito. Com participantes de várias partes da América Latina, Portugal e outros países, o webinar abordou o cenário atual no Brasil e como a utilização de ferramentas e dados para análise e verificação de trânsito podem facilitar e trazer mais eficiência a várias tarefas, como no despacho de equipes, tanto em rotas planejadas como emergenciais, além de permitir uma melhor análise e diagnóstico para investimentos em novas rotas (rodovias) e projetos de integração de meios de transporte alternativos. Os materiais dos webinars realizados pela MundoGEO podem ser acessados em www.mundogeo. com/webinar.



TI+GEO

A CRISE DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Sem a confiança sobre os dados geográficos, eles são descartados

JOSÉ AUGUSTO SAPIENZA RAMOS Coordenador Acadêmico do Sistema Labgis. Professor do Departamento de Geologia Aplicada da Faculdade de Geologia da UERJ. Formação na área de Engenharia e Ciência da Computação, atua há mais de 12 anos na área de Geotecnologias com pesquisa, ensino e consultoria sapienza@labgis.uerj.br

Deixe-me definir a crise: informações geográficas já existentes estão sendo deixadas de escanteio pelos seus potenciais usuários. 38

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Peço a licença ao leitor de interromper a sequência de textos técnicos sobre banco de dados geográficos para escrever sobre um tema que me angustia como profissional há tempos (na próxima edição desta revista retomaremos a sequência). O aprendizado no campo das Geotecnologias é muito baseado no ato de agir: quando há uma demanda e motivação para um objetivo, o conhecimento necessário muitas vezes é construído durante a busca por este objetivo. Não raramente, o conhecimento construído possui lacunas, que já jogaram a área das Geotecnologias no Brasil no que eu entendo ser uma crise. Deixe-me definir a crise: informações geográficas já existentes estão sendo deixadas de escanteio pelos seus potenciais usuários. O autor do livro How to Lie With Maps, Mark Monmonier, na década de 90 se referenciava ao termo “cartofobia” para definir um ceticismo no uso de mapas, que é oriundo da ignorância de como os mapas são gerados ou por experiências anteriores ruins. Talvez, para os dias de hoje, a palavra ceticismo não seja a melhor, uma vez que as pessoas geralmente ficam maravilhadas com adereços tecnológicos como mapas digitais coloridos. Todavia, se alastra um conjunto de experiências ruins que, no mínimo, atrasa o progresso da incorporação das informações do espaço geográfico nos processos produtivos e educacionais. Para ilustrar a crise que me refiro, cito dois exemplos. Uma empresa forneceu imagens de satélite e mapeamentos de uso e cobertura de uma enorme região ao poder público, porém a qualidade da ortorretificação dos produtos ficou a desejar. O órgão ambiental responsável não quer divulgar os dados atualizados de área total de cobertura vegetal, pois entende que a área calculada estaria distorcida devido ao problema da ortorretificação. Outro exemplo é uma prefeitura que realiza processos de licenciamento ambiental utilizando poucos e desatualizados dados geográficos, entretanto há um mapeamento recente disponível por outro órgão governamental. A justificativa da prefeitura em não utilizar a base nova é que foram encontrados alguns erros sobre este novo mapeamento.

Se o leitor - nos exemplos citados - entendeu que a fonte do problema é o erro dos dados, está equivocado. Como já defendi nesta revista em um artigo anterior, não há informação geográfica sem erro. O problema está na falta de confiança sobre a informação, que nos faz descartar ou diminuir a importância na aplicação desses dados. Só que a responsabilidade em instaurar e manter essa confiança é de quem constrói, de quem contrata a construção e de quem utiliza o dado geográfico. Pragmaticamente, começamos a colecionar fontes de dados e a construir legados de informações geográficas dentro dos setores de geotecnologias que se espalham nas estruturas organizacionais. O problema é que não são realizadas métricas para aferição da qualidade da informação geográfica e ainda são muito aquém do necessário a documentação com o detalhamento técnico, os metadados. Ressalta-se que, como a noção de qualidade é subjetiva a quem utiliza os dados, não cabe apenas ao produtor criar essas métricas, pois o consumidor também é corresponsável. Infelizmente a literatura sobre o tema qualidade de dados geográficos no Brasil é muito reduzida. Recomendo leitura de textos relacionados ou das próprias normas ISO 19113, ISO 19114 e ISO 19115 e também dos capítulos iniciais do Plano de Ação para Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), disponíveis no site da Comissão Nacional de Cartografia (Concar). Como eu brinco em sala de aula: quando utilizamos ou mesmo produzimos um dado geográfico sem realizar uma avaliação da qualidade, estamos cometendo um ato de fé. Nós simplesmente acreditamos que o dado possui acurácia posicional, completude e outras características necessárias para gerar resultados com a qualidade que precisamos. Não adianta apenas se preocupar com a qualidade, temos que efetivamente medi-la e divulgá-la. Caso contrário, continuaremos descartando as informações que se espalham por aí. É uma crise de confiabilidade.



VANTS & DRONES ANAC APRESENTA PROPOSTA DE REGULAÇÃO A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) encerrou o ciclo de debates sobre a regulamentação dos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) – mais conhecidos como VANTs ou Drones – apresentando proposta de norma durante o 2° workshop sobre o tema, promovido nos dias 19 e 20 de fevereiro, em São José dos Campos (SP). O evento foi destinado ao público externo e contou com a participação de entes governamentais envolvidos com o assunto. O workshop teve como objetivo a apresentação, pelas áreas técnicas da Agência, da proposta de norma para operações não-experimentais de aeronaves remotamente pilotadas e a discussão

da proposta junto aos interessados do setor, com a finalidade de aprimorar a regulamentação. O normativo proposto ainda será submetido a audiência pública, oportunidade na qual qualquer interessado poderá encaminhar contribuições. A proposta da Anac apresentou uma classificação para os Drones, conforme critérios relacionados às características da operação (altitude, operação ao alcance da visão ou além dela, operação noturna, operação em áreas confinadas, entre outras): classe I: 150kg em diante; classe II: 25 a 150kg; e classe III: 0 a 25kg. A previsão, de acordo com a Anac, é que regulamentação entre em vigor até o fim de 2014.

MAPTEK INVESTE EM DRONES A empresa chilena Maptek, fornecedora de tecnologia para mineração, anunciou um acordo com a DroneMetrex, empresa australiana atuante na área de tecnologia para mapeamento fotogramétrico com VANTs. A aeronave oferecida

pela DroneMetrex se chama TopoDrone-100 e permite aos usuários coletarem grandes quantidades de dados digitais de terreno e imagens de alta qualidade.

HEXAGON ADQUIRE A AIBOTIX O Grupo Hexagon adquiriu recentemente a Aibotix, fabricante de sistemas inteligentes para aplicações aéreas de alta eficiência. Com sede na Alemanha, a empresa é a fabricante do Aibot X6, uma nova geração de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) com decolagem e pouso na vertical, lançada no início de fevereiro. O novo drone permite integração com diferentes instrumentos de medição e outros sensores, tais como RTK e receptores GNSS, para maior precisão.

MONITORAMENTO DE FLORESTAS Desde 2013 a Eldorado Brasil realiza testes com Veículos Aéreo Não Tripulados, sobrevoando plantações de eucalipto. Atualmente, os VANTs estão plenamente operacionais e apresentando resultados altamente eficientes. A empresa já conta com três aeronaves, que podem operar com três níveis de altura, chegando a 130 metros e com precisão que permite contar e captar detalhes desde o plantio das mudas até o desenvolvimento das árvores. A tecnologia registra hectare por hectare e, para armazenar os

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mapas gerados com a precisão de detalhes que a nova tecnologia exige, foi instalado um “supercomputador” com capacidade para processar e arquivar os registros e também foi contratado um especialista em GIS. “Para se ter uma ideia da qualidade da imagem, são feitas em média quatro fotos por quadrante com resolução de 4 a 6 centímetros por pixel”, explica Marcio Bernardi, coordenador de planejamento e mensuração florestal da Eldorado.


VANT REALIZARÁ MAPEAMENTO NA BAHIA

ANAC CERTIFICA MINI-VANT PRIVADO

O Instituto Federal Baiano (IF Baiano) recebeu autorização de uso do espaço aéreo pelo Ministério da Defesa, através do Comando da Aeronáutica, para realizar o mapeamento multifinalitário de alguns campi com o VANT Nauru 500, no período de janeiro a abril de 2014. Com a liberação das Notam, o Instituto, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propes), dará continuidade à execução da segunda etapa do projeto do Atlas Digital em 3D, que será disponibilizado na internet.

A Anac emitiu o primeiro Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) para um mini-drone (categoria até sete quilos) privado e de uso civil. O Echar 20A, desenvolvido pela XMobots, empresa sediada em São Carlos (SP), é o segundo veículo não tripulado fabricado pela companhia a receber da Agência a autorização para realizar voos em território nacional com objetivo de pesquisa e desenvolvimento. Em maio de 2013, o Cave havia sido emitido para o VANT Nauru 500A, primeiro drone privado do país a receber o Certificado.

O Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (Inta), órgão vinculado ao Ministério da Defesa espanhol, informou que entregou para a Força Aérea Brasileira (FAB) dois VANTs chamado de “Diana”, como parte de um acordo com a empresa brasileira Equipaer Indústria Aeronáutica para a transferência de tecnologia. Estas aeronaves são usadas para aplicações de defesa, e capazes de embarcar vários sistemas de armas. Por meio do acordo, o Inta fornece ao governo brasileiro duas unidades, compostas por um sistema de controle em terra e um segmento terrestre, além de um lançador comercial e um carro adaptador.

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Os drones, militares ou civis, já estão presentes em mais de 75 países, segundo um relatório de 2012 do Congresso dos Estados Unidos. Em 2005, apenas 40 países detinham esse tipo de equipamento. O Brasil está entre os países que mais utilizam drones sem armamentos para missões militares e civis. Recentemente, a Embraer anunciou um acordo com a empresa israelense Elbit Systems para produzir estas aeronaves no Brasil. A parceria será feita por meio da empresa de defesa Avibras, que integra a Harpia Sistemas, criada pela Embraer em 2011 em conjunto com uma subsidiária da Elbit, a AEL Sistemas. A parceria pode ser representativa para o Brasil, pois Israel é um dos líderes no desenvolvimento de tecnologias para drones. “Israel e EUA são os países com grandes vantagens comparativas em tecnologia neste setor. Israel tem vários casos de sucesso ao colocar drones no mercado público. O país tem vendido drones para várias nações e arrebatado, na prática, mais mercado de vendas externas que os EUA”, explica Michael J. Boyle, professor-assistente de Ciências Políticas da Universidade de La Salle (EUA) e analista de política externa norte-americana. Segundo o Ministério da Defesa, as Forças Armadas usam drones em missões de reconhecimento, aquisição de alvos, apoio a direção de tiro, avaliação de danos e vigilância terrestre e marítima de fronteiras, especialmente na Amazônia. Na área civil, os drones já foram usados como apoio em casos de desastres naturais, como incêndios florestais e enchentes. A Marinha brasileira utiliza pequenos aviões não tripulados desde os anos 90 para treinamento de tiro a partir de navio. Os fuzileiros navais também usam os aparelhos em missões de observação desde 2006, além de um VANT nacional. Já a Polícia Federal utiliza os drones na elucidação de crimes, em varreduras antibomba, e em perícias de obras de engenharia civil, como terraplanagem e meio ambiente.

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Landsat 8 comemora um ano de vida

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WILSON ANDERSON HOLLER Engenheiro Cartógrafo, Esp. (UFPR), Supervisor de equipe na Embrapa Gestão Territorial wilson.holler@embrapa.br

ACESSE EM: landsat.gsfc.nasa.gov

A série Landsat representa a maior coleção contínua de imagens de média resolução espacial para todo o globo. 42

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esde o lançamento do Landsat 1, em 1972, os satélites da série tornaram-se parte integrante de muitas atividades direcionadas à gestão do território. O programa Landsat permitiu que os cientistas e analistas pudessem observar o mundo além do poder da visão humana, monitorando mudanças na terra e detectando tendências nas condições de recursos naturais. A série Landsat representa a maior coleção contínua de imagens de média resolução espacial para todo o globo. Mais de quatro décadas de imagens oferecem um recurso único para aqueles que trabalham na agricultura, geologia, silvicultura, planejamento do território, educação, mapeamento e pesquisa em mudanças globais. Todo o acervo de imagens Landsat tornou-se disponível online e sem custo, no final de 2008. O gráfico mostra o crescimento da distribuição das cenas nesses pouco mais de cinco anos de disponibilização do acervo Landsat. Até o dia 4 de janeiro, mais de 15 milhões de cenas haviam sido descarregadas. Recentemente o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês) divulgou o relatório de uma pesquisa realizada no início de 2012 com mais de 40 mil indivíduos que acessaram e descarregaram imagens Landsat através do USGS Earth Resources Observation and Science (EROS) Center. Mais de 13 mil usuários responderam a pesquisa. O relatório conclui que os entrevistados utilizaram as imagens em 38 diferentes aplicações. A maioria dos usuários (78%) usaram cenas obtidas por sensores do Landsat durante duas ou mais épocas de tempo de cinco anos e mais da metade (57%) usaram cenas de três ou mais épocas, indicando que a maioria dos usuários estão trabalhando em projetos de monitoramento temporal. Em torno de 60% dos usuários responderam que teriam que suspender metade de seus trabalhos se as imagens Landsat - e acervo - não estivessem disponíveis. Com base nos resultados da pesquisa, os economistas estimaram que os benefícios, a partir de imagens Landsat, da distribuição direta pelo USGS em 2011, pode ser um pouco mais de 1,79 bilhão de dólares para os usuários dos Estados Unidos, e quase 400 milhões de dólares para usuários internacionais, resultando em um benefício econômico anual total de 2,19 bilhões de dólares. Essa estimativa não contempla os benefícios decorrentes da utilização de produtos de valor agregado derivados das imagens Landsat. O relatório pode ser acessado em http://pubs.usgs.gov/of/2013/1269.

Landsat 8 Construído para ampliar o registro de mais de 40 anos da série, o Landsat 8 foi projetado para uma missão de cinco anos de vida útil, com combustível suficiente para 10 anos de operação. Ele carrega dois instrumentos, o Observational Land Imager (OLI) e o Thermal Infrared Sensor (Tirs) que, juntos, observam os mesmos comprimentos de onda de luz que os satélites Landsat anteriores, e adicionam duas novas bandas. Essas bandas observam novos recortes do espectro eletromagnético que melhoram a detecção de nuvem e a percepção de clorofila no oceano próximo à costa. A banda 1 (deep-blue) para estudos em zonas costeiras, onde há muito material em suspensão e para aerossóis como poeira e fumaça, e a banda 9 para a detecção de nuvens. Existem duas bandas térmicas para ajudar a melhorar a sensibilidade à temperatura da superfície. O Tirs coleta as imagens dessas duas bandas, e foi adicionado para continuar o acervo de imagens termais, atendendo aplicações como a modelagem da evapotranspiração para monitorar o consumo de água sobre áreas irrigadas. Também houve a melhora da qualidade radiométrica das imagens, aumentando o número de bits utilizados para representar cada valor de pixel (de 8 para 12 bits). Em testes de classificação de cobertura da terra realizados por Curtis Woodcock, da Universidade de Boston, os resultados com imagens Landsat 8 foram 19,5% mais precisos do que utilizando as do Landsat 7. O relatório do USGS informa que os usuários das imagens irão ampliar seus trabalhos com o uso de imagens do Landsat 8. A continuidade das observações e as melhorias tecnológicas garantem que o Landsat 8 atenda às necessidades de muitos usuários por muitos anos ainda. Muitos anos de vida para o Landsat 8!



SISVANTS

QUERO UM VANT: E AGORA? PARTE 2 Saiba como diferenciar os mais diversos tipos de veículos aéreos não tripulados disponíveis atualmente no mercado

FLORIANO PEIXOTO Pesquisador responsável pelo projeto de pesquisa e desenvolvimento de Sis VANTs Albatroz Aerodesign, pré incubado no NINE – Núcleo de Inovação, Negócios e Empreendedorismo da UNISANTA – Universidade Santa Cecília, em Santos – SP florianopeixoto1@hotmail.com

Para um operador de RPA, é muito importante que se conheça o básico da dinâmica de voo de uma aeronave. 44

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está trabalhando para estabelecer um novo regulamento para os Sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (SisVANTs). Neste projeto da Anac, o termo utilizado para se referir a eles passa a ser Remotely Piloted Aircraft Systems (RPAS) ou Remotely Piloted Air Systems, sigla tirada do termo em inglês. Para nós significa Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada. Diante disso, passamos a utilizar o termo RPAS para todo o sistema e RPA para a aeronave. Para um operador de RPA, é muito importante que se conheça o básico da dinâmica de voo de uma aeronave. Isso irá ajudá-lo a escolher um RPAS, planejar sua missão e evitar acidentes por má operação. O que faz um avião voar é a passagem do ar pelas suas superfícies aerodinâmicas. Nas figuras a seguir podemos ver como isso acontece.

Com o deslocamento da aeronave, temos o que chamamos de vento relativo. É o mesmo que acontece quando colocamos a mão para fora da janela de um carro. Se não houver vento nenhum, com o carro parado também não temos vento relativo. Quando o carro se movimenta, sentimos o vento em nossa mão, na direção contrária ao deslocamento do carro e na velocidade em que ele está se movendo. Vamos supor que temos um vento de 20 quilômetros por hora atingindo a frente do nosso carro quando estamos com ele parado. Se nos movimentarmos com este vento de frente, a 60 quilômetros por hora, teremos na nossa mão um vento relativo de 80 quilômetros por hora. Se o vento estiver vindo por trás do carro - em aviação chamado vento de cauda -, ao movimentarmos o carro a 60 quilômetros por hora teremos na nossa mão um vento relativo de 40 quilômetros por hora. Num avião, este vento relativo forma um ângulo em relação à asa, chamado de ângulo de ataque. Ao passar pela asa, o ar se divide, parte para cima e parte para baixo.

Na maioria dos perfis, com ângulo de ataque positivo (a asa inclinada para cima), forma-se uma zona de baixa pressão na parte superior da asa e uma de alta pressão na parte de baixo. É essa diferença de pressão que resulta na força de sustentação. Quanto maior o ângulo de ataque, maior a força de sustentação. Mas este ângulo tem um limite e varia de perfil para perfil. Atingido este limite, o ar não consegue mais escoar pela parte de cima do perfil de maneira uniforme e, quando isso acontece, acaba a sustentação e ocorre o que chamamos de stall. A aeronave pode mergulhar ou entrar em parafuso. Dependendo da altura do voo e das características aerodinâmicas do avião, o stall pode ser fatal. Temos então o ângulo de stall. Ele acontece sempre no mesmo ângulo. O que varia é a velocidade de stall, que aumenta com o peso da aeronave. Quanto mais pesada, maior a velocidade de stall. Ou seja, quanto mais pesada nossa RPA, mais pista ela vai precisar para decolar e pousar. Se nossa aeronave estola com 60 quilômetros por hora, temos que manter uma velocidade relativa ao vento (não importa em relação ao solo) sempre acima disso. O resultado é que com vento de frente nosso avião voará com uma velocidade menor em relação ao solo e com vento de cauda, uma velocidade maior. Isto deve ser levado em conta ao se planejar uma operação de aerofotogrametria. Se o tempo de disparo da máquina for constante, quando ele estiver voando contra o vento terá uma sobreposição de imagens maior do que quando estiver voando com vento de cauda, o que vai interferir em todo o trabalho. Outro cuidado é uma condição que, para muitos, é óbvia e para outros não. Os aviões devem decolar e pousar sempre contra o vento. Para se ter uma ideia da importância disso, a companhia americana Southwest estabelece que a intensidade máxima para pouso com vento de cauda de um Boeing 737 – que pesa em torno de 70 toneladas e pousa com velocidade perto dos 240 quilômetros por hora – é de apenas 18 quilômetros por hora em pista seca. Os aviões podem ter várias formas de asas. No desenho a seguir, as formas em planta das mais comuns. Cada uma delas tem suas características.


Médio alongamento

Grande alongamento Também temos que considerar a envergadura de nosso RPA. Aviões com pequena envergadura são mais instáveis. A instabilidade é boa quando se pretende uma aeronave rápida em manobra, mas se queremos uma aeronave que voe o mais nivelada possível, devemos optar pelas de maior envergadura. Para os trabalhos de aerofotogrametria, a estabilidade é fator primordial. No gráfico a seguir podemos ver o que acontece com o enquadramento das imagens quando nosso avião se desestabiliza. Neste exemplo utilizamos uma lente com abertura de 40 graus. As linhas em preto mostram a área imageada com o avião nivelado, as linhas em vermelho mostram a área imageada quando o avião está inclinado 10, 15 e 20 graus respectivamente.

Seu movimento cria áreas de ar ascendente à frente deles e áreas de turbulência atrás. Voar nessas áreas de turbulência pode provocar a queda da aeronave. Sempre devemos observar os obstáculos que por ventura existam no final da pista e ao lado dela. Observando a direção do vento, podemos evitar que nossa RPA passe dentro das áreas perigosas. Também devemos tomar o máximo cuidado ao planejarmos uma rota de voo quando temos regiões de relevo muito acidentado. Outro fator importante é conhecer os limites operacionais de nossa RPA. Tentar colocá-la numa razão de subida superior aos seus limites pode provocar um stall indesejado. Da mesma maneira, uma descida muito rápida irá aumentar sua velocidade em demasia, podendo causar danos estruturais à RPA. Além disso, velocidade excessiva na aproximação para o pouso fará com que nosso avião percorra um espaço muito maior de pista, coisa que nem sempre temos a disposição. Se tivermos todo critério em operar um RPAS com segurança, poderemos desfrutar de todos os benefícios que esta ferramenta nos trará. Eles vieram para ficar. Agora só depende de nós!

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Baixo alongamento

A sobreposição das imagens planejadas ficará totalmente prejudicada pela inclinação do avião de um lado para o outro. Uma solução para este problema é que o suporte de câmera utilizado tenha um sistema giro estabilizado. Desta forma, a câmera estará sempre perpendicular ao solo, independentemente da inclinação da RPA. Ao planejar uma missão temos que levar em consideração as previsões climáticas para o horário pretendido de voo. Assim, não corremos o risco de colocar nossa RPA no meio de uma tempestade ou enfrentar um vento de frente acima dos seus limites. Vejamos o que acontece com o ar ao passar por obstáculos.

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A mais eficiente é a elíptica, mas sua construção é muito trabalhosa. A menos eficiente é a retangular, enquanto a asa mista acaba sendo a melhor opção. Outro fator importante é seu alongamento, a relação entre a envergadura - distância de ponta a ponta - de uma asa e a sua área. Asas com grande alongamento têm maior razão de planeio. Um avião com razão de planeio de 10:1 significa que sem motor ele deverá voar 10 vezes a altura em que está até chegar ao solo. Para se ter uma ideia, um planador de alta performance tem razão de planeio de incríveis 50:1. Eles são as aeronaves com maior eficiência aerodinâmica, pois voam horas sem o uso de motores. Ter uma boa razão de planeio é muito importante. Gasta-se menos energia para voar e, em caso de pane, cobre-se uma distância maior em busca de uma área de pouso segura.

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Posicionamento Cinemático em Tempo Real: Infraestrutura para avaliação da qualidade em diversas condições

JOÃO FRANCISCO GALERA MONICO É graduado em engenharia cartográfica pela Universidade Estadual Paulista, com mestrado em ciências geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em engenharia de levantamentos e geodésia espacial pela Universidade de Nottingham. Professor e líder do Grupo de Estudo em Geodésia Espacial da Unesp. Autor do livro Posicionamento pelo GNSS galera@fct.unesp.br

Um dos trabalhos precursores do posicionamento cinemático com GPS foi desenvolvido pelo Dr. Remondi, que defendeu sua Tese de Doutorado na Universidade do Texas (Austin) em 1985. Deste então, o método foi sendo aprimorado e, hoje, é de uso comum. Ele passou a ser denominado de Real Time Kinematic (RTK), quer seja na sua forma original, com apenas uma estação base, ou em rede (RTK em rede). No último caso, um conjunto de estações GNSS com coordenadas conhecidas propicia o cálculo de correções para os efeitos atmosféricos. Um sistema de comunicação é necessário para que as correções sejam transmitidas para os usuários, diretamente ou na forma de um arquivo virtual de uma estação próxima ao interessado. A Unesp em Presidente Prudente dispõe de dois sistemas desta natureza: um comercial, denominado Pivot, desenvolvido pela Trimble, e um de cunho científico, denominado Unesp-VRS, resultado de uma Tese de Doutorado e Pós-Doutorado realizadas nesta Universidade. Ambos os sistemas se encontram em fase de testes e desenvolvimento, devendo tornar-se disponíveis aos usuários em breve. Na figura a seguir é apresentada a distribuição das estações no estado de São Paulo, rede esta denominada GNSS-SP, desenvolvida dentro de um projeto Temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sendo que várias dessas estações estão incorporadas à Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos satélites GNSS (RBMC).

Rede GNSS-SP inserida no Pivot Os testes iniciais de ambos os sistemas têm proporcionado bons resultados. Um desafio que se apresentou agora foi o desenvolvimento de uma área teste para avaliar o desempenho de recep-

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tores GNSS no modo RTK em várias condições: livre de obstruções, com pouca e forte obstrução e em regiões com vegetação. Além disso, objetiva-se avaliar os sistemas sob a presença de moderada e forte cintilação ionosférica, um requisito para o projeto Countering GNSS High Accuracy Applications Limitation due to Ionospheric Disturbance in Brazil (Calibra), ora em desenvolvimento. A figura a seguir mostra a distribuição da área teste localizada dentro do Campus da Unesp em Presidente Pudente, com sete circuitos (tracks).

Área teste para avaliar desempenho de receptores GNSS A área teste é composta de 79 estações com coordenadas conhecidas, determinadas por GNSS no modo relativo estático integrado com estação total e nivelamento de precisão. Trata-se de um trabalho em conjunto da Unesp e da empresa ConsulGEL. O desempenho dos receptores será analisado em termos de acurácia (efeitos sistemáticos e aleatórios). Em breve essa área teste poderá ser utilizada por aqueles que tiverem interesse em avaliar sua metodologia de trabalho, quer seja no modo RTK , Stop & Go ou qualquer outro método rápido de posicionamento. Ela também será útil para o desenvolvimento de trabalhos práticos pelos alunos de Engenharia Cartográfica da Unesp de Presidente Prudente. Resultados preliminares serão apresentados durante o Workshop denominado Calibra Day, que faz parte da programação do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014: http://bit.ly/1oNBIFH.


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AGROPECUÁRIA

DADOS AGROPECUÁRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO

Mapeamento da pecuária e a pastagem no oeste do Estado de São Paulo

ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS FURTADO Biólogo, Dr. Pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite

CRISTINA APARECIDA GONÇALVES RODRIGUES Zootecnista, Dra. Pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite

CÉLIA REGINA GREGO Engenheira Agrônoma, Dra. Pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite www.cnpm.embrapa.br

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A relevância, influência e aplicação dos sensores remotos espaciais são muitas vezes percebidas de forma subjetiva por uma significativa parcela da população. Contudo, as geotecnologias assumem importância cada vez maior no contexto das relações econômicas, políticas e sociais e no conhecimento, apesar de sabermos das restrições tecnológicas atuais, que oportunamente serão superadas pela capacidade inovadora do homem. Por várias décadas, o oeste do Estado de São Paulo foi uma região tradicional para a pecuária. No entanto, observamos acentuada mudança nesse cenário. Esta região foi foco do projeto de pesquisa Sustentabilidade e Recuperação de Pastagens: Aspectos Técnicos, Ambientais e Econômicos com Transferência de Tecnologia e Tomada de Decisão (Mapastore), aprovado no final de 2008 pela Embrapa Monitoramento por Satélite em edital competitivo do CNPq, que teve por objetivo mapear as pastagens, identificar seus níveis de degradação e levantar dados de campo relacionados à sua ecologia. De forma a possibilitar a obtenção de informações que subsidiassem a elaboração de um diagnóstico da região, utilizamos como modelo as áreas de três microbacias - Córrego Frutal, Córrego Barra Grande, Córrego Nove de Abril - situadas na região rural do Município de Guararapes (SP). Foram obtidas informações de campo sobre os níveis de degradação e as condições das pastagens (cobertura vegetal, composição botânica, plantas invasoras) e do solo (compactação, riscos de erosão, atividade e diversidade de microrganismos). Inicialmente, avaliamos as mudanças no uso e na cobertura do solo. Para tanto, foram utilizadas fotos aéreas do ano de 1972, imagens do satélite Spot 2 de 1990 e do satélite Alos de 2009. A partir da análise das imagens, foi possível traçar um padrão histórico da agropecuária local, configurada pelo cenário do mercado nacional e mundial e integrado às forças produtivas residentes. Em 1972, as principais classes definidas foram: cafeicultura, canavicultura, heveicultura, mata (vegetação arbórea primária ou secundária), pastagem, silvicultura, solo exposto e uso misto, caracterizado por pequenas áreas de cultivo variado como pomares, hortas domésticas, plantação de tomate e outras pequenas áreas com outra cultura na época. Essas classes citadas ocupavam 97,3% dos 11 mil hectares das três microbacias.

Observamos o predomínio da classe pastagens (77,2%), seguida pela classe mata (13,9%). Somente 0,4% da área analisada era ocupada com a cultura da cana-de-açúcar.

Uso e cobertura das terras nas sub-bacias Córrego Frutal, Córrego Barra Grande e Córrego Nove de Abril, na região rural do Município de Guararapes, no ano de 1972 (somente foram consideradas classes com representatividade superior a 0,4% da área analisada) Dezoito anos depois, a área de pastagem ainda era predominante. Contudo, observamos redução de aproximadamente 20% em sua área de ocupação. Isso significa que 1,7 mil hectares estavam ocupados com outras classes em 1990, o que demonstra uma mudança acentuada na dinâmica da agropecuária regional, resultado da estratégia dos pecuaristas em relação às oportunidades e incertezas econômicas do mercado durante esse período, mesmo considerando-se a complexidade e diversidade do ambiente rural nacional. Se considerarmos a área de pastagem em 1972 e a área estimada em 2009, houve redução de aproximadamente 42%.

Uso e cobertura das terras nas sub-bacias da mesma área, no ano de 1990 É evidente a importância da cultura da cana-de-açúcar para o novo cenário de 1990. Em 1972, esta cultura era encontrada em apenas 39 hectares, ou seja, em menos de 0,5% da área estudada. Em 1990, 2,2 mil hectares eram ocupados com cana-de-açúcar. Culturas ante-


riormente tradicionais, como o café, cederam lugar ao plantio da cana-de-açúcar, e uma considerável área de pastagem foi utilizada para a sua expansão. Duas décadas depois, a área reservada para as pastagens perdeu mais 1,8 mil hectares. Paralelamente, observamos que a cana-de-açúcar cresceu somente 0,4 mil hectares, portanto não ocorreu transferência direta da pastagem para a cana-de-açúcar.

Uso e cobertura das terras nas sub-bacias da mesma área, no ano de 2009 Por vezes, áreas ocupadas com pastagem tornaram-se solo exposto ou foram tomadas por vegetação secundária. Embora ainda pouco significativa, verificamos a introdução do cultivo da seringueira (30,1 hectares), entretanto houve aumento de áreas destinadas a culturas anuais, como o milho (193,9 hectares), superando a silvicultura.

Do ponto de vista conservacionista, é interessante destacarmos que as áreas ocupadas com mata cresceram de 1,5 mil hectares em 1972 para 2,1 mil hectares em 2009. Embora deva ser analisado com cautela, este fato é importante, porque representa um indicativo de restauração ambiental no município, mesmo que em pequena escala. Nossos cálculos foram baseados na interpretação de fotografias aéreas ou imagens de satélite, seguindo protocolos estabelecidos na literatura científica, e foram realizadas visitas para correção de erros de interpretação. Entretanto, a relação entre a resposta espectral da vegetação e sua composição é complexa. Não podemos tecer afirmativas sobre a composição, destruição espacial dentro dos fragmentos e estrutura das espécies vegetais que se estabeleceram entre os anos de 1972 e 2009, e nem podemos afirmar, no momento, que esses fatos correspondam a um plano de restauração que obteve sucesso. O certo é que a adição de espécies arbóreas exóticas ou nativas contribuiu para reduzir a erosão do solo e para melhorar a fertilidade do solo. O projeto Mapastore disponibilizou na internet um WebGIS com a dinâmica de uso

das terras e aspectos do solo, como risco de erosão. Essas e outras informações sobre o projeto, como a metodologia empregada e publicações técnicas, podem ser acessadas no endereço: www.cnpm.embrapa.br/projetos/mapastore.

Imagem digital da área de estudo, obtida pelo sensor Advanced Visible and Near Infrared Radiometer (Avnir), instalado no satélite Alos (2009). 1=Área de pastagem; 2=Cana-de-açúcar; e 3=Mata.

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LS3D

LASER SCANNER 3D A Nuvem de Pontos em Arquivo - Parte 2

ROVANE MARCOS DE FRANÇA Professor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de pontos rovane@vector.agr.br

A realidade de quem trabalha com Laser Scanner é utilizar vários softwares no dia a dia, em busca de ganho de produtividade. 52

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A limitação de hardware, tanto para armazenamento quanto para processamento, hoje é uma realidade. Enquanto nos últimos anos os equipamentos de Laser Scanner 3D terrestre aumentaram a frequência de coleta de alguns milhares de pontos por segundo para 1 milhão de pontos por segundo, os computadores continuam como padrão sendo comercializados com discos rígidos lentos e ainda pequenos para armazenar tanta informação. Vimos na edição 74 que os arquivos de nuvem de pontos são gigantes e que os fabricantes vêm desenvolvendo formatos proprietários de arquivos para ganhar em performance e, logicamente, buscar fidelidade ao uso de seu software. A exportação de dados de um formato para outro pode ser um verdadeiro pesadelo, pois além de exigir hardware robusto, consome um tempo precioso de profissionais que devem ser qualificados para tratamento destes dados. A virada de noite de um computador trabalhando numa exportação é atividade rotineira para quem faz registro das cenas num software e extrai informações em outro. Mas porque exportar de um software para outro software? A resposta é porque os sistemas de processamento e de tratamento de nuvem de pontos não são autossuficientes, com alta produtividade em todas as necessidades de extração de dados. A realidade de quem trabalha com Laser Scanner é utilizar vários softwares no dia a dia, em busca de ganho de produtividade. A busca de produtividade no escritório é constante. Ainda é inconcebível que façamos um levantamento em campo num dia e levemos 10 ou até 100 dias no escritório extraindo as informações das nuvens de pontos. A melhoria dos softwares é uma necessidade, tanto em ferramentas como em desempenho. Um formato de arquivo que vem sendo amplamente usado pela sua performance e tamanho, é o Laser File Format Exchange Activities (LAS). Desenvolvido desde 2003 pela Sociedade

Americana de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto (ASPRS, na sigla em inglês), o formato LAS busca padronizar arquivos para uso em softwares de laser scanning num formato público. Além de menor e mais ágil, ele também armazena informações adicionais das medições. Uma evolução do formato LAS é o LAZ, que é compactado e permite que softwares o utilizem com performance muito similar ao LAS, sendo significativamente reduzido. A Sociedade Americana de Testes e Materiais (ASTM, na sigla em inglês) desenvolveu o formato E57 que, além de ser bastante reduzido, armazena não somente dados de nuvem de pontos, mas também imagens em 3D. Arquivos binários permitem maior rapidez nos processamentos e maior capacidade de armazenamento de informações por byte. Já os arquivos de texto são lentos e gigantescos, consumindo grande tempo no seu tratamento. Veja na tabela a seguir alguns formatos comuns de uso associados a alguns desenvolvedores de equipamentos e softwares: Fabricante

Formato

Autodesk

RCS, PCG

Bentley

POD

Faro

FLS, FWS, XYB

Leica

PTS, PTX, PTG, PCG

Riegl

RXP, 3DD

Topcon

CLR, CL3

Z+F

ZFS, ZFC

Públicos

LAS, LAZ, PCD, E57, ASCII

Cada arquivo possui particularidades que o torna interessante para alguma finalidade. Algumas características que podemos ter nestes arquivos são: coordenadas 3D do ponto; cor RGB do ponto medido; intensidade de retorno do laser; ângulo de incidência do laser; posição e orientação do scanner origem para os pontos; fotografias obtidas pelo scanner; fotografias 3D; e targets identificados para registro.



GEOINCRA

LOTEAMENTO DE CHÁCARAS – PARTE 1

Fragmentação desordenada da zona rural e suas sérias consequências ambientais, sociais e econômicas

ROBERTO TADEU TEIXEIRA

Engenheiro Agrimensor – Incra-SP. Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, formado pela Feap – Pirassununga. Professor do Curso de Pós Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, disciplina de Normas e Legislação aplicada ao Georrreferenciamento de Imóveis das Universidades: Fundação Educacional de Fernandópolis (SP), União Educacional do Norte - Rio Branco (AC) e Universidade do Vale do Itajaí (SC). Instrutor do curso EAD Legislação e Georreferenciamento da Universidade Santiago e Cintra robertotadeuteixeira@gmail.com

Os cartórios de notas não podem lavrar escrituras de imóveis com áreas inferiores à do módulo e os cartórios de registros também não podem registrá-las. 54

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É extremamente preocupante a onda de loteamentos irregulares que estão se proliferando em propriedades na zona rural de diferentes cidades dos estados de Goiás, São Paulo e outros, onde esses imóveis têm passado por uma fragmentação ilegal de suas terras e tal ilegalidade – que fere diretamente a Lei 4.504/64 que dispõe sobre o Estatuto da Terra (ET) – abre caminhos largos para vários outros tipos de ilegalidades. De fato algumas das cidades que têm sofrido este tipo distorcido de especulação imobiliária na zona rural vêm já sentindo o peso das consequências da “picotação” de terras rurais, e alguns dos instrumentos para se medir tais consequências são as patrulhas rurais, os conselhos tutelares e as secretarias da educação, de assistência social e do meio ambiente dessas mesmas cidades, além das delegacias onde normalmente se registram os boletins de ocorrência e dos meios de comunicação que divulgam crimes em geral. O Ministério Público, o Incra - responsável pelo Cadastro dos Imóveis Rurais (CCIR) -, a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a Celg – empresa de distribuição de energia de Goás - e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) também são importantes instrumentos em que, direta ou indiretamente, são registrados dados e fatos que comprovam o quanto a febre de venda ilegal de pedaços de terra em zona rural tem se tornado cada vez mais alarmante, sinalizando inúmeros problemas atuais e muitos outros por vir. A história, tanto quanto a ciência, demonstra que o uso ilegal do solo – inclusive através de vendas e posses ilegais – abre precedentes para vários outros tipos de ilegalidades e, quando isto se dá no entorno de grandes centros urbanos, as consequências tendem a ser mais dramáticas e acabam propiciando um campo fértil e minado para rápidos processos de favelização. E nunca é demais lembrar que os processos de favelização têm custos altíssimos e crescentes para toda a sociedade. Diversos são os exemplos de favelas que surgiram a partir de apropriação indevida do solo e consequente queda na qualidade de vida da população, e a Rocinha, maior favela do Brasil, é o exemplo mais vivo que hoje temos de uma área rural - era a Fazenda Quebra-Cangalha - que foi dividida em chácaras que, por sua vez, foram redivididas e redivididas e redivididas sem planejamento, por conta de uma miopia que não consegue enxergar além de demandas imediatas e nem sequer vislumbra alguma relação entre causa e efeito a médio e longo prazo.

A história e a ciência também mostram que as ampliações das saídas e entradas dos grandes centros urbanos tendem a se tornar portas escancaradas para muitos processos de favelização, com a duplicação de várias estradas simultaneamente – a tendência deve ser a mesma a não ser que várias forças contrárias a tal tendência entrem em co-operação como prevenção. Bela Vista, Bonfinópolis, Caldazinha, Hidrolândia, Senador Canedo, Silvânia e Trindade são algumas das várias cidades de Goiás e, no estado de São Paulo, as cidades de Atibaia, Ibiuna, São Roque, Itu, entre outras, têm sido atacadas pela febre quase convulsiva dos “loteamentos de chácaras”. A própria expressão “loteamento de chácaras” parece depor contra si mesma – já que loteamento é um processo mais associado a áreas urbanas que rurais – e aponta uma espécie de doença sócio-econômica-cultural que tem degradado o meio ambiente, afrontado as leis de diferentes formas e desafiado a administração pública. O fato é que a Fração Mínima de Parcelamento (FMP), ainda chamada de “módulo rural”, é uma unidade de medida agrária e é a dimensão mínima de um imóvel rural caracterizado como propriedade familiar (nos termos do Artigo 4º da Lei 4.504/64). A medida do módulo rural é expressa em hectares e é variável, sendo que nas regiões metropolitanas a extensão do módulo rural é geralmente bem menor do que nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Dois hectares - ou vinte mil metros - é a medida do módulo rural nas cidades do entorno de Goiânia. A indivisibilidade em divisão inferior à do módulo é prevista no artigo 65 do ET. Os cartórios de notas não podem lavrar escrituras de imóveis com áreas inferiores à do módulo e os cartórios de registros também não podem registrá-las. E, caso registrem, o ato é nulo de pleno direito, “sob pena de responsabilidade administrativa, civil e criminal de seus titulares ou prepostos” (Leis 5.868/1972 e 10.267/2001). Como a venda e aquisição de áreas na zona rural menores que a fração mínima de parcelamento (módulo rural) é ilegal, a aquisição de chácaras menores que 20 mil metros quadrados não pode ser registrada em cartórios e, portanto, os novos proprietários de tais chácaras são de fato pseudo-proprietários, isto é, têm a posse da terra, mas não a têm legalmente e isto não lhes dá autonomia em relação ao bem adquirido. Veja a continuação deste artigo na próxima edição da revista MundoGEO


oficina de textos


PAINEL FIG

BEM-VINDO AO MUNDO DA FIG

Neste painel a Federação Internacional de Agrimensores (FIG) tem o prazer de trazer artigos sobre o campo internacional da agrimensura LOUISE FRIIS-HANSEN FIG Manager louise.friis-hansen@fig.net

www.fig.net

O que é a FIG? FIG é a principal organização internacional que representa os interesses dos agrimensores em todo o mundo. É uma federação das associações-membro nacionais e abrange toda a gama de campos profissionais dentro da comunidade global de agrimensura, cartografia e topografia. Ela fornece um fórum internacional para discussão e desenvolvimento, com o objetivo de promover padrões para a prática profissional. A FIG foi fundada em 1878, em Paris, e era conhecida como “Fédération Internationale des Géomètres”, correspondendo a “International Federation of Surveyors”, em seu termo globalizado. É uma organização não governamental reconhecida pela ONU, representando mais de 120 países em todo o mundo. Seu objetivo é garantir que, nas disciplinas de Topografia e Levantamentos, seus profissionais atendam às necessidades dos mercados e das comunidades em que servem. Quem são os membros da FIG? Os profissionais associados à FIG trabalham com os setores público e privado, e são representados pelas comunidades científica, de pesquisa e acadêmica, bem como das tecnologias espaciais e de serviços. A FIG funciona através da boa vontade, de recursos e da contribuição de seus membros e do seu corpo de voluntários de todo o mundo.

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Os membros da FIG consistem em: Federações membros; Afiliados (grupos de agrimensores ou organizações que realizam atividades profissionais); membros corporativos; membros acadêmicos , membros correspondentes (um indivíduo pode ser nomeado mesmo quando não se encaixa em nenhuma associação ou grupo de agrimensores elegível para participar como membro da FIG). Congresso em 2014 A cada quatro anos a FIG organiza um congresso onde milhares de agrimensores, topógrafos e demais profissionais de todo o mundo reúnem-se para adquirir novas inspirações, em especial sobre os desenvolvimentos e contribuições atuais que permitam a esta profissão continuar atrelada ao conhecimento e às melhores práticas. O Congresso FIG de 2014 será realizado de 16 a 21 de junho em Kuala Lumpur, Malásia. O evento será uma mistura de sessões plenárias e workshops técnicos, contendo uma exposição comercial e vários eventos paralelos e funções sociais, configurando uma oportunidade única para discutir as melhores práticas dentro da atividade profissional. Leia mais em www.fig.net/fig2014. Nos próximos artigos iremos trazer novidades e notícias sobre a FIG e o Mundo da Topografia e Agrimensura.


PAINEL OGC

PARCERIA OGC E MUNDOGEO É AMPLIADA

Consórcio Geoespacial Aberto oferece treinamento e associação gratuíta, além de bônus para empresas latino-americanas

S

omos gratos à MundoGEO por oferecer ao Open Geospatial Consortium (OGC, na sigla em inglês) a oportunidade de chegar aos seus leitores através de um artigo bimestral. Este é o primeiro dos artigos OGC na revista MundoGEO. Uma região do mundo com uma economia em desenvolvimento e uma necessidade urgente de construir infraestrutura física, a América Latina tem muito a ganhar com um esforço conjunto para melhorar a capacidade de compartilhar informações geográficas. Se fosse mais fácil se comunicar, combinar e analisar informações espaciais desenvolvidas e utilizadas por planejadores, empresas de engenharia civil, empresas de imagem de satélite, funcionários da saúde pública, etc., todos seriam beneficiados. Ambos, órgãos públicos e empresas privadas, quase que imediatamente poderiam se tornar mais eficientes, mais rentáveis e melhorar a tomada de decisão. Uma "Infraestrutura de Dados Espaciais" exige muito mais do que Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Também requer acordos entre parceiros de compartilhamento de dados, e que incluam um acordo sobre normas técnicas. Ao tornarem-se membros da OGC, instituições internacionais sem fins lucrativos, usuários e fornecedores de tecnologias geoespaciais se tornam parte da organização líder mundial em padrões geoespaciais. O OGC, ao longo de 20 anos, desenvolveu um processo aberto e neutro, feito de forma consensual, projetado para

desenvolver e promover padrões de interface de software e de codificação de dados. Os softwares OGC são gratuitos e abertos. O OGC une usuários de tecnologia geoespacial e fornecedores na realização de testes, projetos-piloto e experiências de interoperabilidade, bem como em grupos de trabalho de padrões. Nessas atividades, os associados podem conhecer e conversar com outros membros da indústria, governos e academia, além de pessoas de todo o mundo que estão focadas em problemas semelhantes. Não há melhor maneira de se manter atualizados sobre temas como redes de sensores, compartilhamento de dados geoespaciais em modelagem e simulação, dados de localização em realidade aumentada, ou ainda manter um banco de dados espacial sempre atualizado, quando milhares de usuários estão fornecendo atualizações de dispositivos móveis que são intermitentemente ligados à internet. O OGC é um centro dinâmico de atividades onde novos desenvolvimentos em tecnologia da informação se transformam em novos produtos geoespaciais. Nós convidamos você a aprender mais através da participação em um curso de capacitação, com duração de um dia, a ser realizado no dia 8 maio, durante a conferência MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014. O treinamento será em português e será liderado por Luis Bermudez, diretor do Programa de Conformidade OGC. Saiba mais em http:// mundogeoconnect.com/2014/grade/cursos.

TREVOR TAYLOR Director, Member ServicesAmericas and Asia ttaylor@opengeospatial.org

www.opengeospatial.org

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As seguintes empresas, presentes no Portal MundoGEO, convidam-no para visitar seus sites com informação atualizada sobre negócios, produtos e serviços. Para participar desta seção, entre em contato pelo email comercial@mundogeo.com ou ligue +55 (41) 3338-7789

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13 15

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Altinópolis (SP)

Agrosatélite

www.agrosatelite.com.br Florianópolis (SC)

Atlântica Geo

atlanticageorreferenciamento@hotmail.com

Apiaí (SP)

Base Aerofotogrametria

www.base.eng.br

São Paulo (SP)

Bradar

www.bradar.com.br

São José dos Campos (SP)

Bentley

www.bentley.com/pt-BR

São Paulo (SP)

CGI Brasil

www.cgi.com/en/brasil

São Paulo (SP)

Codex Remote

www.codexremote. com.br/

Porto Alegre (RS)

Coffey

www.coffey.com

Belo Horizonte (MG)

Cognatis

www.cognatis.com

São Paulo (SP)

CPE Tecnologia

www.cpeltda.com.br

Belo Horizonte (MG)

EGL Engenharia

www.egl.eng.br

Brasília (DF)

Engefoto

www.engefoto.com.br

Curitiba (PR)

Engemap

www.engemap.com.br

Assis (SP)

Englevel

www.englevel.com.br

Curitiba (PR)

Fototerra

www.fototerra.com.br

São Paulo (SP)

Furtado, Scmidt

www.furtadoschmidt. com.br

São Paulo (SP)

Geoambiente

www.geoambiente. com.br

São José dos Campos (SP)

Geocursos

www.geocursos.com.br

Florianópolis (SC)

Geofusion

www.geofusion.com.br

São Paulo (SP)

GeoJá

www.geoja.com.br

São Paulo (SP)

Geomat

www.geomat.com.br

Belo Horizonte (MG)

Geopixel

www.geopx.com.br

São J. dos Campos (SP)

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MundoGEO 76 | 2014

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www.geovoxel.com.br

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Imagem

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IPNET Soluções

www.ipnetsolucoes. com.br

Rio de Janeiro (RJ)

Jatobá Engenharia

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Nova Parauapebas (PA)

K2 Sistemas

www.k2sistemas.com.br

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Leica Geosystems

www.leica-geosystems. com.br

São Carlos (SP)

Lo Carraro

www.locarraro.com.br

Bananal (SP)

Medral

www.medralgeo.com.br

São Paulo (SP)

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Metalocation

www.metalocation. com.br

São Paulo (SP)

Metro Cúbico

www.metrocubicoengenharia.com.br

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Mirante Topografia

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Belo Horizonte (MG)

Notoriun Tecnologia

www.notoriun.com.br

Brasília (DF)

Novaterra

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NWSOFT

www.nwsoft.com.br

São Luis (MA)

Santiago & Cintra Consultoria

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Santiago & Cintra Geotecnologias

www.santiagoecintra. com.br

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Sisgraph

www.sisgraph.com.br

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Sitech

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SkyDrones

www.skydrones.com.br

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Solution Softwares

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Sovis Sistemas

www.sovis.com.br

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SP Geosistemas

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Topocart

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