Revista MundoGEO 84

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SUMÁRIO

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O Despertar da Força... Entenda como as Geotecnologias poderiam ter evitado - ou ao menos minimizado - o maior desastre ambiental do Brasil até hoje

Índice de Anunciantes

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Anunciante

Página

Passo a Passo

Como adicionar e excluir fotos no Google Maps

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Nunca mais perca tempo no escritório!

36

Geoqualificação

Veja como fazer a codificação de elementos em levantamentos topográficos

www.mundogeo.com

Colaboraram nesta edição: Ana Flávia de Oliveira, Arlete Correia Meneguette, Carla Caroline Correia, Eduardo Freitas, Gustavo Bueno Lelli, Gustavo H. Peres, Iara Musse, José Augusto Sapienza Ramos

39 9

Geoeduc

2

Geomat

41

Geopixel

27

Leica Geosystems

5

Manfra

44

Metrica

43

Navcom

29

Optech

48

Santiago & Cintra Geo-Tecnologias

12 | 13 | 14 | 15

Santiago & Cintra Consultoria

21

Space Imaging

23

Tecnosat

7

6 Passos para vencer os desafios ao empreender

Acesse artigos complementares no Portal MundoGEO

FOIF

11

TopoEVN

Como restituir um perímetro já certificado e plotar imagem do Google Earth

3

Garmin

A comunidade quer discutir a Política Nacional de Geoinformação

Fique por dentro do SNCR, CCIR, CAR, SIGEF e veja como ser o “médico do imóvel” do seu cliente

45

Geoambiente

#GEO21

Médico do Imóvel?!?

Allcomp Embratop

6 8 12 40 42

Editorial Web Navegando Guia de Empresas Online



EDITORIAL

2 em 1

Duas revistas, dois mercados, dois eventos e um novo ano!

C

Alexandre Scussel Geógrafo (UFPR) e Técnico em Informática. Editor do Portal e Revista MundoGEO, Coordenador Técnico dos Seminários Online e do Evento MundoGEO#Connect LatinAmerica editorial@mundogeo.com

Quer contribuir com a revista MundoGEO? Envie seu artigo ou ideia para editorial@ mundogeo.com e vamos conversar!

aro leitor, não se assuste! Esta última edição de 2015 da revista MundoGEO traz uma grande mudança. Se você ainda não percebeu, cuidado ao olhar a contracapa, não pense que os editores enlouqueceram ou que a gráfica misturou diferentes revistas nas máquinas! Brincadeiras a parte, a partir de agora teremos duas revistas em uma mesma publicação. Para ler a DroneShow News, é só virá-la ao contrário e vice-versa. Este modelo de publicação "inversa" é muito utilizado em revistas, folhetos, catálogos, etc.. O ano de 2015 já ficou para trás, com muitas mudanças e dificuldades em nosso país, é verdade, mas também de boas novas, como por exemplo o pioneiro evento DroneShow em São Paulo e o início da plataforma DroneShow, que já conta com vários canais, tais como eventos presenciais e online, redes sociais e vídeos, portal web e a nova DroneShow News, a qual evoluiu de um suplemento para uma revista. Além de organizar melhor os conteúdos, o novo formato da revista MundoGEO/DroneShow News vai trazer mais artigos e novidades sobre os drones, mas sem deixar de lado a geotecnologia e suas aplicações, que continuam na revista MundoGEO. A nova revista DroneShow News tomou corpo, ganhou uma capa própria e mais espaço para abordar tudo sobre tecnologia, mercado e aplicações dos drones, além de experiências e opiniões dos profissionais e especialistas do setor. Guarde na agenda: 10 a 12 de maio de 2016! Ao longo de 2015 venho me comunicando com os leitores e contribuidores da MundoGEO através de e-mails, dando algumas dicas, divulgando os eventos presenciais e online e o mais importante: pedindo contribuições. Em 2016, vamos ampliar e qualificar mais nossa comunicação com todos que acompanham a MundoGEO/DroneShow.

Organizar e promover um evento não é tarefa fácil. Se eu for listar aqui todos os processos e operações envolvidos na preparação de um evento presencial, precisarei extrapolar - e muito - o limite de espaço desta página. Para o participante, também não é fácil se deslocar – muitas vezes por longas distâncias – e reservar alguns dias para estar presente "de corpo e alma". Entretanto, as oportunidades que surgem em eventos presenciais valem ouro! Sabemos disso através dos feedbacks que sempre recebemos, os quais nos motivam a continuar em frente! Em 2016, a segunda edição do evento DroneShow será realizada junto com o MundoGEO#Connect, o maior encontro da comunidade de geotecnologia da América Latina. Com tantos temas correlatos e pessoas que desejavam participar dos dois eventos, não tivemos como "segurar" o DroneShow por 12 meses, afinal os drones são surpreendentemente dinâmicos e evoluem muito rápido, tanto em termos de tecnologia quanto de aplicações. Motivos para participar deste gradioso evento, de 10 a 12 de maio em São Paulo, não faltam, pode ter certeza! Ao longo dos próximos meses a equipe MundoGEO/DroneShow vai preparar muitos conteúdos e novidades, para trazer tudo em primeira mão sobre esses dois "universos". E não esqueça que as chamadas de projetos dos dois eventos já estão abertas, mas por pouco tempo! Faça parte você também deste enorme encontro e apresente seu trabalho para toda a comunidade de geotecnologias e de drones (ou para ambas, por que não?). Por fim, obrigado a você que nos acompanhou durante todo o ano de 2015. Leia os artigos e matérias da nova revista MundoGEO/ DroneShow e fique sempre atualizado para atuar com confiança e responsabilidade!

Revista MundoGEO/DroneShow Publicação bimestral - ano 17 - Nº 84

Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Alexandre Scussel | alexandre@mundogeo.com Assistente Editorial | Izabela Prates | imprensa@mundogeo.com

Assistente Editorial | Deyse Delamura | jornalismo@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Assinaturas | Thalitta Nishimura | assinatura@mundogeo.com Atendimento | Dienifher Gonçalvez | atendimento@mundogeo.com Gerente administrativa e financeira | Eloísa Stoffel Rosa | eloisa@mundogeo.com Assistente Administrativa | Amanda Simões | contato@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Maxigráfica MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

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WEB Mais de 9 mil visitas! Novo recorde histórico A revista MundoGEO tem o prazer de divulgar, pela terceira edição consecutiva, a quebra de um recorde de visitação do Portal MundoGEO. No primeiro dia dezembro foram registradas 9.210 visitas únicas, superando as 8.610 visualizações do dia 28 de julho. De 29 de novembro a 5 de dezembro foram registradas 39.117 visitantes no portal MundoGEO. Novos sites no ar e chamada de projetos aberta! Em 2016, a sexta edição do mais importante evento de geotecnologias da América Latina, o MundoGEO#Connect, acontecerá junto com a segunda edição da feira DroneShow! Este dois grandes eventos acontecerão de forma simultânea, entre os dias 10 e 12 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo (SP). Totalmente reformulado, o novo site do evento MundoGEO#Connect já está disponível, e conta com programação dos seminários,

cursos e debates. Além disso, também já está aberta a chamada de projetos, com a qual profissionais, usuários e especialistas terão a oportunidade de apresentar seus projetos dentro da programação oficial de seminários do evento. Nas duas páginas, tanto do MundoGEO#Connect quanto do DroneShow 2016, já é possível enviar propostas de palestras! A chamada estará aberta até o dia 30 de janeiro de 2016, e os projetos podem ser enviados dentro das temáticas dos seminários propostos. Acesse as páginas e envie seu projeto:

www.mundogeoconnect.com/2016

www.droneshowla.com

CARTAS, POSTS E TWEETS O mercado com VANT está em grande expansão e várias empresas já estão tendo acesso a estes produtos com novas aplicações. O custo de viabilidade para diversos segmentos é um fator relevante em uma decisão estratégica. Gostaria de sugerir uma publicação dos custos de serviços e produtos que estão sendo aplicados atualmente no nosso mercado, utilizando o sistema VANT. Miriam Leila Abade Em meu ponto de vista foi de extrema relevância juntar em um único local, o DroneShow, fabricantes, profissionais e investidores. Minhas expectavas foram superadas e hoje acredito possuir conhecimentos adequados para investir com segurança nesta tecnologia em meu empreendimento. Rômulo Souza Estou muito atenta agora a estes webinares sobre drones, porque quero comprar um ano que vem para trabalhar com eles para atuação dentro da Cartografia. Então,

me mandem sempre os convites e tudo o que tiverem a disposição sobre o assunto! Obrigada mais uma vez e parabéns pela iniciativa de deixar os profissionais sempre a par das atualidades em tecnologias em Cartografia também! Mônica Gaia Muchas gracias por la Comunicación. Excelente Seminario el ofrecido por el Dr. Michael Steinmayer. Felicitaciones por la iniciativa. Cordiales saludos. Alfredo Collado Deixo aqui registrado os meus PARABÉNS pela iniciativa e execução do evento DroneShow, um evento ímpar para estas "bandas" do hemisfério sul. Neste sentido, e como forma de contribuição, gostaria de sugerir que a possibilidade da próxima versão ser realizada em um espaço "aberto. No mais tudo foi SHOW!!!! Ronilson Santos

@OpenStreetMapBR O @MundoGEO publicou uma matéria sobre a conferência State of the Map LatAm @majulicarvajal Gracias @MundoGEO por la invitación a "Nuevas Soluciones de Análisis Geográfico en la Web y en Dispositivos Móviles" @engefrom Gostei de um vídeo @YouTube de @ mundogeo http://youtu.be/gf_vOzq6m00?a Aerofotos: Mercado e Tendências @Abimael_GIS Como a #InteligênciaGeográfica pode auxiliar o Planejamento e Gestão das Universidades? Leia na revista @MundoGEO 83 @EballBall Go @MundoGEO & @POBMag Great online presence indeed!!

+Lidas

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Outubro

Novembro

Dezembro

Edital seleciona projetos para recuperação de nascentes e margens de rios

Divulgado o primeiro mapa global de água subterrânea

IBGE anuncia edital com 600 vagas para dezembro

Brasil terá 1ª feira de drones em outubro: DroneShow 2015

Inpe lança novas versões de software livre para modelagem de uso da terra e emissões

Empresa obtém imagens aéreas exclusivas do rompimento de barragens

Novo site da Nasa disponibiliza diariamente imagens da Terra

Google Maps agora permite navegação offline

IBGE disponibiliza nova versão da base cartográfica contínua do Brasil

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NAVEGANDO A Agência Espacial Americana (NASA) lançou um website que disponibiliza imagens do lado iluminado da Terra diariamente obtidas pela câmera Epic Em dois anos o Cadastro Ambiental Rural (CAR) chegou a 60,16% da área total passível de cadastro no país O software ArcGIS 10.3.1 agora está disponível na plataforma em nuvem

Microsoft Azure

A Unoosa e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) anunciaram o “KiboCUBE”, que oferece às instituições de ensino e pesquisa lançar em órbita baixa nanossatélites (CubeSats) a partir da Estação Espacial Internacional

Brasil e Coreia do Sul firmaram cooperação para monitorar recursos hídricos

Se cumprido, o Código Florestal tem como meta zerar as emissões por desmatamento do Brasil até 2030 Os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Defesa (MD) criaram um Grupo de Trabalho Interministerial para o Setor Espacial (GTI – Setor Espacial) com a finalidade de organizar e dinamizar as atividades espaciais no país como um Programa de Estado

TerraGo anunciou a disponibilidade do TerraGo Publisher para ArcGIS Server versão 6.8

Entraram em operação duas novas estações de rastreamento de satélites GPS e Glonass de operação contínua, da Rede

Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC), no Amazonas O Nanossatélite Serpens está em órbita e teve sinais captados no Brasil

O sistema de navegação por satélite russo Glonass vai inaugurar uma terceira estação no Brasil O Cerrado recebeu a doação de R$ 60 milhões para o levantamento e divulgação de informações sobre seus recursos florestais

Synergis anunciou parceria com a Leica Geosystems para complementar sua oferta de produtos com alta definição para soluções e serviços

O Galileo, sistema de navegação por satélite da Europa, teve mais dois satélites integrados à constelação, somando 10 em órbita O aplicativo “Tá Faltando Água”, para mapear falta d’água em SP, recebe mais de uma denúncia por minuto

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Landmark A Maplink lançou a plataforma de inteligência geográfica Landmark. A ferramenta analisa dados georreferenciados – coordenadas presentes em todo o tipo de informação – que facilita a leitura de relatórios por meio de visualização espacializada, com menor custo operacional e mais flexibilidade. O objetivo do Landmark é auxiliar as empresas na tomada de decisões estratégicas, por exemplo, depois de uma avaliação sobre a localização de centros de distribuição para indústrias ou das características das regiões de entorno dos empreendimentos para o mercado imobiliário. INFO http://maplink.com.br

Cloud Services Bentley A Bentley Systems, fornecedora líder de soluções de software para infraestrutura, anunciou um novo programa de subscrição abrangente para o acesso baseado em nuvem para serviços de colaboração e aplicativos , serviços gerenciados, administração de licenças, serviços profissionais. Com o novo programa de assinaturas Cloud Services Bentley, empresas, organizações e usuários podem se inscrever em qualquer uma ou todas as ofertas de acordo com seu orçamento anual previsto. O programa de assinatura da Bentley Cloud Services foi projetado para ser equitativo e flexível onde as organizações poderão definir o seu nível de subscrição de um orçamento anual que corresponda a sua utilização prevista. Apenas os serviços efetivamente utilizados serão cobrados trimestralmente. Para saber mais sobre o programa e opções, acesse o site da Bentley. INFO www.bentley.com

Geoconcept Geolocate Geoconcept lançou aplicativo para Android, Geoconcept Geolocate. Para melhorar a eficiência de recursos móveis, o Geoconcept Geolocate permite que equipes móveis possam localizar geograficamente um endereço e uma construção, por exemplo, a partir de um smartphone ou tablet. Para navegar em todos os lugares em um mapa, itinerários podem ser otimizados, além disso é possível exportar e importar dados a partir de um banco de dados SQLite para uma maior interoperabilidade, a sincronização com o sistema de TI (CRM, ERP), a adição de fotos e vídeos geolocalizados e a captura de um número ilimitado de itens de dados (importação / exportação limitado a 30 contatos para a versão gratuita). INFO http://geoconcept.com

Cobertura e uso da terra O projeto Mudanças na Cobertura e Uso da Terra, que, inserido no contexto das conferências mundiais sobre meio ambiente, na implementação do Sistema de Contabilidade Econômica Ambiental e nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), tem como objetivo monitorar as mudanças na cobertura e uso da terra do Brasil a cada dois anos e possibilitar comparações internacionais. Na divulgação, foram analisados os períodos de 2000 a 2010 e de 2010 a 2012, utilizando imagens de satélite de diferentes resoluções espaciais associadas a informações complementares. INFO www.ibge.gov.br


Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal (Siageo) A Embrapa lançou o Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal (Siageo), um sistema que reúne e disponibiliza informações sobre uso da terra, potencialidades produtivas e áreas de proteção, sob a perspectiva dos zoneamentos ecológico-econômicos dos nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal. Pode ser acessado na internet e permite um maior conhecimento sobre o território amazônico. O trabalho foi desenvolvido no âmbito do Projeto Uniformização dos Zoneamentos Ecológico-Econômicos da Amazônia Legal (UZEE), executado pela Embrapa e Ministério do Meio Ambiente. São inúmeros dados sobre os solos, clima, vegetação, aptidões agronômicas, informações socioeconômicas, aspectos legais e institucionais, produzidos nas iniciativas de zoneamentos ecológico-econômicos de nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. INFO www.embrapa.br

Emplasa vai centralizar acesso a dados geoespaciais e cartografia O Programa de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE-SP) e o Sistema Cartográfico (SCE-SP) visam organizar, sistematizar e padronizar informações geoespaciais de todo o estado de São Paulo, de acordo com padrões nacionais. A medida vai reduzir custos, além de facilitar a divulgação e o compartilhamento das informações, bem como o desenvolvimento de ações nos três níveis de governo, nos processos de planejamento e gestão de políticas públicas e de ordenamento territorial. Os materiais ficarão disponíveis no site www.idesp. sp.gov.br. No caso do IDE-SP, as diretrizes seguem o padrão da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), instituída em 2008 por Decreto Federal. A Emplasa, por exemplo, já mantém em seu portal o Sistema de Compartilhamento de Dados Geoespaciais e a Infraestrutura de Dados Geoespaciais da Emplasa (IDE Emplasa). INFO www.emplasa.sp.gov.br

ENVI O software ENVI, conhecido por suas poderosas ferramentas de análise de imagem geoespaciais, apresenta, em sua versão mais recente, uma ferramenta para análise de nuvem de pontos LiDAR, que anteriormente só estava disponível no pacote ENVI LiDAR. Na nova interface, usuários poderão trabalhar com dados LiDAR, hiperespectrais, multiespectrais e pancromáticos. Além disso, foi adicionado ao sistema ENVITask novas ferramentas, como um método para a realização de bits discretos de processamento de imagem por meio de programação através do API baseado em objetos ENVI. INFO www.envi.com.br

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CAPA

O Despertar da Força... Entenda como as Geotecnologias poderiam ter evitado - ou ao menos minimizado - o maior desastre ambiental do Brasil até hoje Por Alexandre Scussel, Ana Flávia de Oliveira, Carla Caroline Correia e Eduardo Freitas

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e todas as forças do universo, a gravidade é aquela que se estuda há mais tempo e, paradoxalmente, a menos conhecida. De Galileu até Einstein, vários cientistas descobriram seu comportamento, mas ainda não se conhece exatamente qual a origem das tão faladas “ondas gravitacionais”. Porém, quando a força da gravidade é aliada a elementos tóxicos e à irresponsabilidade quanto aos potenciais riscos envolvidos, muitas vidas passam a correr riscos. No dia 5 de novembro de 2015, exatamente às 4h20 da tarde, aconteceu o maior desastre ambiental já registrado em solo brasileiro, quando a Barragem de Fundão se rompeu no município de Mariana, em Minas Gerais. Ao longo de vários dias, a lama com rejeitos de minério viajou pelos rios da região até chegar ao mar, em Linhares, estado do Espírito Santo, afetando diretamente e indiretamente milhares de pessoas e manchando para sempre a imagem das empresas envolvidas na catástrofe. Apesar de muitos desejarem incluir este acontecimento no rol dos “desastres naturais”, não podemos nos conformar que algo dessa dimensão

O desastre em números 55 milhões de m³ - capacidade da barragem de Fundão antes do rompimento 35 milhões de m³ - quantidade de rejeitos de minério que vazaram da barragem 40 minutos - tempo que a lama levou para chegar a Bento Rodrigues 15 mortos - vítimas identificadas após a tragédia 11 toneladas - quantidade de peixes mortos 115 famílias - pessoas desabrigadas pela lama em Mariana e região 1,5 mil hectares - área de vegetação destruída pela lama 35 cidades - municípios afetados em Minas Gerais e Espírito Santo 1 bilhão de reais - valor de um dos acordos para reparar danos ambientais Fonte: G1

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seja tratado como “natural”. Afinal, a movimentação atípica da estrutura poderia muito bem ter sido identificada a tempo e, assim, tomadas as devidas medidas para evitar o desastre. E, após o rompimento da barragem, ações de alerta rápido e resposta mais àgil à emergência teriam evitado a perda de muitas vítimas. Em casos como este, as Geotecnologias estão aí para isso: salvar vidas! As Geotecnologias estão presentes em todas as fases de uma grande obra, como a barragem de Fundão. Desde o mapeamento de uma região com potencial para implantação de uma barragem, passando pelo estudo de impacto ambiental, desenvolvimento do projeto, locação da obra, implementação da barragem e posterior monitoramento, estão presentes dados geográficos, tecnologias geoespaciais e profisisonais especialistas em mapeamento. Mas por que, então, desastres como este de Mariana ainda acontecem??? A importância de sistematizar a questão ambiental... A questão ambiental vem ganhando cada vez mais força na administração das empresas. A partir da década de 1990, as empresas passaram a ser vistas não apenas como corporações para a simples criação de bens e consumo, mas também como instituições geopolíticas, com claras responsabilidades socioambientais. Nesse sentido, surge em meio a um mercado com tendências ecológicas, mecanismos e exigências para a normatização e regulamentação das práticas empresariais. Em meio a esse processo, nasceram os Sistemas de Gestão Ambiental, que abrangem a implementação de programas voltados para o desenvolvimento de tecnologias, a revisão de processos produtivos, o estudo de ciclo de vida dos produtos e o desenvolvimento de “produtos verdes”, entre outros, que buscam cumprir imposições legais, aproveitar oportunidades de negócios e investir na imagem institucional.


Foto: Rogério Alves/TV Senado

Podemos conceituar um Sistema de Gestão Ambiental como sendo um mecanismo que provê o ordenamento e consistência para organizações empresariais de acordo com as preocupações ambientais. Por meio da definição de responsabilidades e avaliação contínua das práticas empresariais, busca-se desenvolver e implementar a política ambiental estabelecida por normas ambientais adotadas e aceitas internacionalmente, como as normas da Organização Internacional para Padronização (ISO). A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental agrega ferramentas que propiciam à empresa identificar estratégias de redução de seus impactos na natureza, orientando de forma otimizada os investimentos para a implementação de uma política ambiental eficaz, capaz de gerar receita e oportunidades de trabalho. Ou seja, ao implantar uma barragem, por exemplo, a empresa tem que garantir que o empreendimento seja sustentável. O Sistema de Gestão Ambiental traz inúmeras vantagens à empresa, tais como a minimização de custos e de riscos, melhoria da organização e criação de um diferencial para a imagem da empresa, conformidade ambiental e também a identificação de seus passivos ambientais. A partir desses procedimentos, a empresa adquire uma segurança legal perante a legislação ambiental e a minimização de acidentes e riscos ambientais. Mas será que somente a implementação desses sistemas é suficiente?

Foto: Rogério Alves/TV Senado

“Em casos como este, as Geotecnologias estão aí para isso: salvar vidas!”

Por dentro das Normas Ambientais... As normas de Gestão Ambiental mais utilizadas no Brasil são as da Série ISO 14000, que foram desenvolvidas pelo Comitê Técnico 207 da International Organization for Standardization (ISO - TC 2074). O ISO trata-se de um conjunto de normas que fornece ferramentas e estabelece um padrão de Sistema de Gestão Ambiental, agregando seis áreas: • Sistemas de Gestão Ambiental (Série ISO 14001 e 14004) • Auditorias Ambientais (ISO 14010,14011, 14012 e 14015) • Rotulagem Ambiental (Série ISO 14020, 14021 e 14025) • Avaliação de Desempenho Ambiental (Série ISO 14031 e 14032) • Avaliação do Ciclo de Vida do Produto (Série ISO 14040, 14041, 14042 e 14043) • Termos e Definições (Série ISO 14050)

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De acordo com a Embrapa, no Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) oficializou as NBR5 ISO: 14001, 14004, 14010, 14011 e 14040. Segundo SILVA 2003, a NBR Série ISO 14001/1996 se refere aos requisitos para a implementação do Sistema de Gestão Ambiental. O uso das Geotecnologias está intrinsecamente conectado com o trabalhos desenvolvidos dentro de um Sistema de Gestão Ambiental, pois auxilia no planejamento de várias atividades relacionadas ao tema, como por exemplo o uso das imagens de satélite e de drones para a localização de áreas e de determinadas feições. Também podemos citar seu uso para delimitações e vetorização de feições, utilização de receptores GNSS e Estação Total para o georreferenciamento de áreas, os softwares de Sistemas de Informação Geográfica e de Processamento Digital de Imagens para análise espacial de dados, edição e apresentação de mapas temáticos, tratamento e correções em imagens orbitais e aéreas, entre outros. De forma geral, quando bem aplicadas, as Geotecnologias auxiliam - ou, ao menos, deveriam auxiliar - no planejamento de estratégias de conservação e preservação dos recursos naturais.

O uso das Geotecnologias está intrinsecamente conectado com o trabalhos desenvolvidos dentro de um Sistema de Gestão Ambiental, pois auxilia no planejamento de várias atividades relacionadas ao tema, como por exemplo o uso das imagens de satélite e de drones [...] 18

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Da implantação da obra ao monitoramento... Mas de nada adianta um bom Sistema de Gestão Ambiental, se na hora de implantar e monitorar a obra, não são utilizadas de forma eficiente as Geotecnologias. E esta área de controle de estruturas de grande porte é um ramo onde os profissionais e empresas do setor de Geotecnologia têm ampla presença, seja nas fases de ante-projeto, implantação ou acompanhamento de pontes, viadutos, túneis, minas, barragens, estádios, entre outras. Muitos chamam este trabalho de “monitoramento”, mas pode-se encontrar também na literatura o termo “monitoração”. A monitoração de estruturas deve ser feita constantemente, através da ocupação de pontos estratégicos tanto na obra em si como fora dela. A correta instrumentação no controle de estruturas tem o objetivo de minimizar prejuízos econômicos e danos ao meio-ambiente, além de salvar vidas. Quanto às tecnologias empregadas na monitoração das grandes construções, sejam elas em concreto armado, aço ou qualquer outro material, pode-se usar estações totais robotizadas, receptores GNSS, níveis de alta precisão, RTK, entre outras. Uma opção simples e de baixo custo é a utilização

de receptores GNSS de simples frequência no controle dinâmico de estruturas. No caso da monitoração de barragens, como a que se rompeu em Minas Gerais, o método mais utilizado é o estabelecimento de uma rede geodésica para a acompanhar a estrutura que forma o reservatório. Pode-se aplicar diferentes técnicas de levantamentos, como triangulações, trilaterações, nivelamento geométrico de primeira ordem e rastreamento com receptores GNSS. Além disso, também pode ser feito o ajustamento dos dados para verificar a rigidez da rede. Dentre os sistemas de monitoração, o rastreamento com satélites é o que tem o maior destaque. O GNSS tem encontrado largo emprego no monitoramento de deformações. No caso específico de deformação estrutural, deve-se distinguir entre aquelas caracterizadas por um movimento lento - como no caso de barragens, por exemplo - e aquelas cuja deformação tem comportamento cíclico - como no caso das vibrações em pontes, por exemplo. Em geral, deformações estruturais - como as de barragens de concreto - requerem precisão milimétrica, ou até mesmo precisão sub-milimétrica do deslocamento sendo monitorado, o que pode não ser alcançado com o GNSS de modo econômico. Nestas situações, o GNSS torna-se uma valiosa ferramenta ao ser combinada com outras técnicas de monitoramento de alta precisão, dentro do conceito de um monitoramento integrado. Dentro deste conceito, o monitoramento estrutural pode ser decomposto em três componentes: • Na primeira, o monitoramento estrutural local é feito baseado em instrumentação geotécnica (por exemplo, extensômetros) • Por sua vez, na segunda fase o monitoramento estrutural global utiliza técnicas geodésicas terrestres (por exemplo, estações totais e níveis digitais), conectando a instrumentação estrutural entre si • Finalmente, na terceira define-se uma rede de monitoramento de área, na qual o GNSS enlaça os pontos principais do monitoramento global e conecta-os aos pontos de controle estáveis em solo Seguindo essa tendência, levantamentos e monitoramentos com o GNSS utilizando a técnica RTK e até mesmo drones com RTK têm implicado em um aumento na produtividade, com consequente redução de custo, a um nível de precisão centimétrico.


Não adianta chorar pelo leite derramado... Depois que aconteceu o desastre, como diz o ditado, “não adianta chorar pelo leite derramado”, mas sim tomar medidas rápidas para minimizar o estrago. Porém, infelizmente, não foi o que ocorreu, pois aparentemente a empresa não tinha um sistema de alerta para avisar as comunidades que estavam na linha do derramamento dos rejeitos de minério. Somente alguns dias após o desastre é que apareceram as primeiras imagens de satélites e de drones do local, que davam a real dimensão da abrangência da catástrofe ambiental. Muitas empresas e instituições rapidamente voltaram suas atenções para a região e se mobilizaram para gerar dados, a fim de registrar os impactos do rompimento da barragem de Fundão. A ARYA Inventário Territorial, empresa provedora de conteúdo geoespacial de elevada precisão cartográfica, disponibilizou por meio da Plataforma ARYAGIS imagens aéreas das missões, realizadas em parceria com a empresa de serviços aeroespaciais Fiducial Engenharia e Aerolevantamentos. As imagens aéreas obtidas abrangem a região de influência do rompimento da barragem de rejeito de minério, desde o município de Mariana até o Oceano Atlântico. Com autorização de voo do Ministério da Defesa em todos os sobrevoos, foram coletados dados de toda a área da foz do Rio Doce e outros trechos ao longo da zona de impacto, em dias sucessivos, mostrando a evolução do impacto. A mobilização para a captura das imagens aéreas e o início do mapeamento foi realizada cerca de 20 horas após o acidente. O período de trabalho, que durou de 6 a 26 de novembro, acompanhou a evolução do desastre ambiental. A partir de 2 de dezembro as empresas começaram com missões de levantamento para mapeamentos integrados de laser e imagens. Para obtenção das imagens foi utilizada uma tecnologia de elevada performance, a câmara VisionMap A3 Edge, única em operação no território brasileiro. Os produtos resultantes são classificados de acordo com a PEC Classe A, Cartografia 1:1000, com GSD de 5 centímetros. A geração e publicação de imagens brutas teve um curto prazo de processamento de oito horas após o primeiro sobrevoo, enquanto a geração e publicação, por meio de serviço WMS na Plataforma ARYAGIS, de ortofotos GSD com 5 centímetros, foi de apenas três dias após o primeiro sobrevoo. A partir das imagens aéreas, a empresa elaborou um mapa que mostra a área afetada, na qual estão destacados os municípios atingidos e o comprimento de rio em cada um deles.


O uso desta tecnologia de imageamento resulta em produtos cartográficos de alta precisão, entre outros trabalhos resultantes de missões da ARYA, que podem contribuir para entender os fatos ocorridos na sua dimensão espacial e temporal, assim como projetar a revitalização do ambiente, promover a realocação de comunidades para áreas seguras, elaborar projetos executivos, entre outros tantos benefícios, proporcionando agilidade e confiança nas ações de reconstrução dos ecossistemas urbanos e naturais. As imagens de satélite são instrumentos decisivos para a identificação de regiões em situa-

ções emergencias, promovendo e auxiliando a medição das áreas afetadas, planejamento, zoneamento e reestruturação urbana, resgates e defesa civil, quantificação de perdas, monitoramentos, georreferenciamento, desenvolvimento de estudos, entre outras ações. Em observação aos territórios impactados pelo rompimento das barragens, a GEO Airbus DS coletou uma imagem SPOT 6&7 com resolução de 1,5 metro em apenas um dia após o acidente, recobrindo a região de Bento Rodrigues via programação emergencial Instant Tasking.

Antes

Depois

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Satélite brasileiro monitora o desastre No dia 15 de dezembro, as imagens obtidas pela câmera MUX do satélite sino-brasileiro Cbers-4 estão disponíveis no catálogo online do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Projeto espacial dos mais sofisticados realizados no Brasil, a MUX é a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no país. Com 20 metros de resolução espacial e capacidade multiespectral, registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas, para uso em diferentes aplicações. A câmera MUX registrou os impactos causados no Rio Doce pelo rompimento da barragem. A imagem a seguir, obtida no dia 7 de dezembro, foi processada pela Divisão de Sensoriamento Remoto (DSR/Inpe) em composição falsa-cor para destacar a pluma de sedimentos do rio para o oceano. +Info www.cbers.inpe.br

A Nasa também se mobilizou e acionou o satélite Aqua para fazer imagens da foz do Rio Doce, no Espírito Santo. Os dados gerados nos dias 14 e 15 de dezembro confirmaram a tendência dos deslocamento dos rejeitos de mineração decorrentes do desastre da Samarco. A parte da pluma situada mais ao sul, hoje a 60 quilômetros a leste de Vitória (ES) tende a se afastar da costa brasileira, enquanto a parte localizada mais ao norte, a cerca de 20 quilômetros da foz, se aproxima do litoral. O coordenador do Núcleo de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental da Superintendência do Ibama em São Paulo, Claudio Dupas, disse até o fechamento desta edição que o acompanhamento da situação por imagens de satélite e sobrevoos diários não permitia, ainda, prever com segurança o destino que a pluma teria. Há três variáveis que podem influenciar o deslocamento: direção e velocidade dos ventos, correntes marítimas e vazão na foz do Rio Doce. Uma das principais preocupações dos pesquisadores é o nível de turbidez da água no mar, que pode se intensificar com o aumento das chuvas na bacia do rio.

Quando processados e analisados, os dados gerados por diferentes sensores - orbitais ou não - podem ser usados para definir e prever diversos cenários. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) analisou imagens de satélites com o auxílio do HAND – um modelo digital de terreno que pode mapear áreas de risco e de vulnerabilidade a desastres naturais, para verificar a trajetória da lama. Desenvolvido no Inpe, o HAND considera a direção local de fluxo para representar o caminho da água no terreno até a drenagem mais próxima. Os valores do modelo estão relacionados à profundidade do lençol freático e podem ser aplicados para inferir a variação de tipos de vegetação e a vulnerabilidade à inundação, entre outras aplicações. Uma imagem do satélite americano Landsat-8, obtida no dia 12 de novembro, mostrava alteração na reflectância das áreas atingidas pelo material liberado pela barragem. Para a análise comparativa, foi utilizada uma imagem gravada no dia 5 de outubro pelo satélite Cbers-4. As imagens dos satélites foram processadas no SPRING, sistema de informações geográficas do INPE, e o modelo do HAND exportado em formato GeoTIFF pelo TerraHidro, software também desenvolvido no Instituto.

Imagem do satélite Landsat-8 do dia 12 de novembro. Pode-se observar que nos locais próximos à barragem e sobre o distrito de Bento Rodrigues os rejeitos (em tons avermelhados) atingiram áreas localizadas entre as curvas de nível de 15 e 20 metros. O modelo HAND sobre um SRTM de 1 arcosegundo indica áreas que podem ser atingidas por eventos similares O Ibama também realizou um mapeamento da região impactada, com 12 mil fotos aéreas georreferenciadas de toda a área atingida pela lama de rejeitos. Uma câmera de alta resolução, acoplada ao helicóptero utilizado nas operações de emergência ambiental registrou o desastre nos 663,2 quilômetros de rios da barragem até a foz, no Espírito Santo, com uma foto a cada dois segundos.

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O levantamento foi realizado pela equipe coordenada por Claudio Dupas, uma semana após o rompimento, nos dias 13, 14 e 20 de novembro. “Todo o material obtido nesses sobrevoos será fundamental para qualificar autos de infração e relatórios do Ibama, além de fornecer importante subsídio aos técnicos dos diversos órgãos que estão trabalhando na região”, disse Dupas. O armazenamento das imagens foi feito pelo Centro de Sensoriamento Remoto (CSR). O estudo está disponível no site do Sistema Compartilhado de Informações Ambientais: http://siscom.ibama. gov.br/mariana/

Que a força esteja com você... É de se louvar o esforço técnico-científico de se encontrar as tais “ondas gravitacionais”, que abririam novas fronteiras na Ciência. Porém, o comportamento de fluídos e de estruturas já e amplamente conhecido e estudado, sem margens para interpretações ou dúvidas quanto ao que pode acontecer quando há irresponsabilidade das autoridades competentes para evitar e/ ou minimizar desastres ambientais como o que aconteceu recentemente. O Brasil tem capacitação técnica e tecnológica que não fica a dever a países desenvolvidos. Porém, isso não garante que acidentes de grande porte deixarão de ocorrer no futuro. No entanto, através da excelência técnica, o uso correto das Geotecnologias deverá minimizar a frequência e as consequências destes grandes acidentes, que geram cada vez mais impactos à sociedade. Que a força da gravidade seja uma aliada e não uma inimiga…

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Passo a Passo

Google Maps: como adicionar e excluir fotos N Arlete Aparecida Correia Meneguette Engenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp Campus de Presidente Prudente arletemeneguette@gmail.com

as edições anteriores da Revista MundoGEO foram apresentados os recursos do Google Camera App e do Street View App para coletar fotos, panoramas e fotoesferas georreferenciadas, itens que podem ser adicionados ao Google Maps a partir do próprio dispositivo móvel ou do computador. Ao submeter suas contribuições ao Google Maps você deve respeitar as “Políticas de privacidade e aceitação de imagens”. Como um cidadão fotógrafo ou uma agência você pode se inscrever para uma certificação por meio do programa Street View | Trusted para mostrar que publica fotoesferas de alta qualidade. O presente tutorial demonstra em poucos passos como adicionar e excluir fotos no Google Maps. Faça login no Google Maps em seu computador e procure o lugar para o qual você quer adicionar uma foto. Neste tutorial o lugar escolhido é o “Jopanna’s Café”, instalado na Unesp - Câmpus de Presidente Prudente (SP) e que pode ser visto em https://goo.gl/maps/ e6c9w6mmdF92

Abaixo da caixa de pesquisa, clique em “Adicionar uma foto”. Uma caixa é exibida com as opções: “Upload”, “Suas fotos” e “Fotos do Celular”. Caso prefira a opção “Upload”, clique no botão

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azul onde está escrito “Escolher fotos para fazer upload”. Indique onde salvou a foto em seu computador e selecione o arquivo que deseja adicionar. Clique em “Abrir”. Automaticamente, é feito o upload da foto pública para o Google Maps. Uma mensagem de agradecimento é exibida, informando que em breve a foto compartilhada estará no Google Maps. Clique em “Concluir”.

A segunda alternativa para enviar fotos públicas ao Google Maps seria escolher “Suas fotos” naquela caixa de diálogo. Indique o álbum do Google Fotos e a foto que deseja adicionar. Depois de ter clicado sobre a foto do álbum clique em “Selecionar”. Uma nova mensagem de agradecimento é exibida. A terceira alternativa é “Fotos do Celular”, que também permite escolher a foto a ser submetida ao Google Maps, seguindo o procedimento mencionado anteriormente para as duas outras opções. As fotos enviadas ao Google Maps são exibidas no carrossel, que pode ser exibido clicando em ou ocultado clicando em no canto inferior direito. Passe o cursor sobre alguma das fotos no carrossel e veja uma linha branca ligando a foto ao lugar a ela associado.


Clique na foto selecionada no carrossel para visualizar em tela cheia. No canto superior esquerdo da tela é exibido o nome e a foto da pessoa que adicionou a foto. Clique em e escolha “Compartilhar ou incorporar imagem”. É exibido o URL completo e o curto. Copie o URL e compartilhe quando precisar. Por exemplo, a foto da fachada do Jopanna’s Café pode ser vista em https://goo.gl/maps/ n3MmH2SYGSH2. Clique em “X” no canto superior direito da caixa. Para sair da exibição de fotos . clique em no canto superior direito, depois escolha “Contribuições” para Clique no ícone de menu exibir seus comentários e fotos enviados anteriormente ao Google Maps. Clique em “Comentários”.

Agora clique em “Fotos” no painel de Contribuições. Verifique que as fotos enviadas para o Google Maps são exibidas. Caso queira excluir uma delas, passe o mouse sobre a foto no canto superior direito e clique em “Excluir esta foto”.

Uma mensagem é exibida “Deseja excluir esta foto? Não é possível recuperar fotos excluídas”. Clique em “Excluir” e verifique que a foto não consta mais em suas Contribuições e nem no Google Maps. A Central de Ajuda do Google Maps oferece outras dicas muito úteis para você adicionar, excluir ou compartilhar fotos de lugares. Quando tiver dúvidas, conte com os Principais Colaboradores do Fórum de Ajuda do Google Maps.


GEO21

#GEO21 A comunidade quer discutir a Política Nacional de Geoinformação Por Eduardo Freitas, Emerson Granemann e José Augusto Sapienza

A utilização e produção da Geoinformação sofreu, nos últimos anos, um movimento de descentralização, dos órgãos do governo e das grandes empresas para a população em geral, trazendo uma irrefutável evidência do grande potencial do uso de dados e inteligência geoespacial por diferentes setores da sociedade. 26

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ocê consegue descobrir se um dado geográfico que você necessita já foi produzido por um órgão público? Considera que o Brasil possui leis e mapas atualizados e compatíveis com seu potencial econômico e com os avanços tecnológicos? Consegue identificar claramente a política do governo em relação à Geoinformação? Pois é... não é preciso olhar muito a fundo a legislação para se colecionar evidências de que o Estado deveria ter maior interesse no desenvolvimento da Geoinformação no Brasil. Basta ler a Constituição Federal para identificarmos alguns compromissos do Estado, como promover acesso a informação, alavancar o desenvolvimento, garantir a soberania, legislar sobre o sistema cartográfico nacional, entre outros deveres que talvez possam até ser cumpridos sem a Geoinformação, porém é evidente que podem ser mais bem realizados com ela. Isso sem citar as legislações mais específicas, como a Lei Nº 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. A utilização e produção da Geoinformação sofreu, nos últimos anos, um movimento de descentralização, dos órgãos do governo e das grandes empresas para a população em geral, trazendo uma irrefutável evidência do grande potencial do uso de dados e inteligência geoespacial por diferentes setores da sociedade. Por outro lado, também percebemos que ainda há muito o que se fazer para somar esforços, economizar recursos e potencializar os resultados. Realizar o potencial da Geoinformação será mais difícil, ou mesmo impossível, somente com o engajamento do setor empresarial, de alguns setores governamentais, das universidades ou da sociedade civil organizada. É necessário que o Estado, neste século marcado pela informação, assuma o seu papel de catalisador do processo, criando grupos com representatividade para debater o tema e fornecendo uma resposta à altura do que a sociedade necessita. É fundamental pensar em uma Política Nacional da Geoinformação, onde os diversos atores deste setor sejam identificados, responsabilizados e devidamente envolvidos. Nesse campo, em geral a legislação no Brasil é defasada. Para ficar apenas em um exemplo, o Decreto que fornece a classificação das bases cartográficas quanto à exatidão posicional é datado de 1984(!), quando o paradigma tecnológico era totalmente diferente do atual. Naquela época não se vislumbrava o uso de GPS, Laser Scanning e Drones para produção de Cartografia. Por outro lado, algumas das atualizações recentes da legislação são realizadas com lentidão, como a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), que está com seu Plano de Ação atrasado e com falta de verbas. Mesmo se considerarmos os avanços recentes, eles ainda são tímidos. Por enquanto, a sociedade brasileira falhou; o Estado falhou. Neste cenário, há uma janela de oportunidade que a sociedade parece ainda não estar atenta e que não pode ser perdida: o Ministério do Pla-


nejamento, juntamente com o IBGE, está discutindo há pelo menos dois anos um Projeto de Lei chamado de Política Nacional da Geoinformação (PNGeo). Pelo que podemos apurar, esta discussão teve momentos trôpegos, foi realizada e exposta até o momento a fóruns restritos e não há, hoje, uma versão do texto que possa ser consultada por qualquer interessado. Recentemente, uma plenária da Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) rejeitou uma proposição de texto da PNGeo, sugerindo que ela retornasse à discussão. Uma Política de Geoinformação de sucesso não é composta apenas por uma Lei, porém a iniciativa de se criar um PNGeo é um passo importantíssimo e devemos aproveitar esta oportunidade para trazer à tona essa discussão, envolver mais os setores da sociedade, fiscalizar e promover um debate mais amplo, antes e durante a consulta pública, não permitindo que essa Lei seja promulgada sem participação de grupos com real representatividade. Não faltam exemplos recentes de iniciativas engavetadas ou leis aprovadas de forma atabalhoada, num momento político atual do Congresso que não remete uma boa imagem à sociedade. Tendo em vista a importância do tema e o exposto anteriormente, solicitamos que a CONCAR assuma seu papel institucional histórico, fortaleça a transparência e forneça uma posição atualizada sobre a PNGeo, inclusive sobre o seu conteúdo atual, e que flexibilize seus espaços de debate convidando diversas instituições públicas e privadas para a discussão desse projeto. Por fim, fazemos um convite a toda a comunidade para que participe desta discussão. Envie e-mails, discuta entre seus colegas, promova o assunto em eventos que participe. A MundoGEO, com apoio do Sistema LabGIS e do Instituto GEOeduc, vai promover webinars para ampliar esta mobilização e criou um grupo no Facebook para registrar as opiniões, com o nome GEO 21. Lá você poderá registrar seu nome e sua contribuição a este movimento. Toda vez que usar as redes sociais para este tema, inclua a hashtag #GEO21 para facilitar a identificação e organização das informações.

Eduardo Freitas – Diretor GEOeduc eduardo@geoeduc.com Emerson Zanon Granemann – Diretor MundoGEO emerson@mundogeo.com José Augusto Sapienza Ramos – Coordenador Acadêmico do Sistema LabGIS/ UERJ sapienza@labgis.uerj.br

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SNCR/CAR

Médico do Imóvel?!?

Fique por dentro do SNCR, CCIR, CAR, SIGEF; e veja como ser o “médico do imóvel” do seu cliente Por Eduardo Freitas

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ocê já se deu conta da quantidade de siglas e sistemas que o profissional de Geo tem que conhecer hoje? Neste artigo vamos demonstrar como o conceito de “médico da família” pode ser perfeitamente aplicado para imóveis rurais e urbanos. Mas vamos começar pelo básico: GIR é uma sigla usada para designar o Georreferenciamento de Imóveis Rurais, enquanto NTGIR é a sigla usada para a Norma Técnica. Por sua vez, Sigef é o Sistema de Gestão Fundiária, uma ferramenta eletrônica desenvolvida pelo Incra para o apoio à governança fundiária do território nacional. Pelo Sigef são efetuadas a recepção, validação, organização, regularização e disponibilização das informações georreferenciadas de limites de imóveis rurais. Já O CCIR é o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural, um importante documento emitido pelo Incra que constitui uma comprovação sobre a existência do imóvel junto ao Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR). Ou seja, sem o CCIR os proprietários ficam impedidos de desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda seus imóveis rurais.

Acesse a Norma de Georreferenciamento e vários outros documentos imprescindíveis para quem trabalha com Geo em https://sigef.incra.gov.br

Neste artigo vamos demonstrar como o conceito de “médico da família” pode ser perfeitamente aplicado para imóveis rurais e urbanos. 28

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Em abril passado o Incra lançou o novo SNCR, que introduz a Declaração Eletrônica para imóveis rurais e tem o objetivo de modernizar a regularização fundiária no Brasil, para a futura integração com os dados sobre os imóveis declarados na Receita Federal que fazem parte do Cnir. O SNCR tem a missão de dar mais comodidade aos proprietários de imóveis rurais para que atualizem seus dados e de seus imóveis, pois permite o acesso aos mesmos pela internet, o que significa que as declarações de atualização cadastral poderão ser feitas através de qualquer computador com acesso à web. Esta atualização extingue os formulários de papel, mas o Incra informa que o cadastro também seguirá sendo feito nas Unidades Municipais de Cadastro, Salas da Cidadania, Unidades Avança-

das e Superintendências Regionais da Autarquia em todo o Brasil para os proprietários rurais que não tenham acesso à internet. Por sua vez, o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (Cnir) é uma base comum de informações sobre as propriedades rurais, gerenciada em conjunto pelo Incra e pela Receita Federal, e compartilhada pelas diversas instituições públicas federais e estaduais produtoras e usuárias de dados sobre o meio rural. Já o Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir), administrado pela Receita Federal, contém informações referentes aos imóveis rurais do país, seus titulares e, se for o caso, os condôminos e compossuidores. Seguindo na “sopa de letrinhas, o Nirf é o Número de Inscrição do Imóvel Rural na Secretaria da Receita Federal, enquanto ITR é o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural. Já o Ato Declaratório Ambiental (ADA) é um instrumento legal que possibilita ao proprietário rural uma redução do ITR em até 100% sobre a área efetivamente protegida, quando o mesmo declarar - no Documento de Informação e Apuração (Diat/ ITR) - Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal, Reserva Particular do Patrimônio Natural, Interesse Ecológico, Servidão Ambiental, áreas cobertas por Floresta Nativa e áreas Alagadas para fins de Constituição de Reservatório de Usinas Hidrelétricas. Por dentro do CAR Assunto mais comentado hoje quando se fala de meio ambiente, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para realizar diferentes diagnósticos.

Você sabia??? Em 2014 o Sigef foi reconhecido como a melhor ferramenta digital de Gestão Interna no 17º Prêmio do Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública (Conip)



“Você já pensou que pode aplicar o mesmo conceito de “médico de família” para os seus clientes em relação aos seus imóveis?”

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Médico do Imóvel?!? Você já pensou que pode aplicar o mesmo conceito de “médico de família” para os seus clientes em relação aos seus imóveis? Médico de família é aquela pessoa que está sempre a disposição, que pode fazer o diagnóstico de qualquer problema e que só não resolve se realmente estiver fora do seu alcance. Ou seja, você pode ser o “médico do imóvel” do seu cliente e oferecer a ele uma solução completa, ao invés de fazer um projeto isolado e depois “largá-lo”. E foi este conceito que a palestrante Margarete Maria introduziu na palestra online do dia 6 de outubro passado, na qual ela falou sobre o CCIR e suas integrações, e sugeriu que os profissionais pensem em se posicionarem como autoridades

no assunto e oferecerem soluções completas para os imóveis, envolvendo Georreferenciamento, CAR, documentação, etc.. Confira a seguir o vídeo na íntegra da palestra e os benefícios do novo curso online CCIR Teoria e Prática: http://bit.ly/1l5eYTO. Veja tudo o que foi abordado no webinar: o que é CCIR e sua importância; como consultar um CCIR e quais os erros mais comuns; motivos de desapropriação de um imóvel rural; o Cafir e sua função; Nirf, ADA, ITR e a Receita Federal; qual a influência do CAR no ITR; obrigatoriedade do ADA; a vinculação SNCR/Incra e Cafir/RFB; prazos a serem cumpridos; etc. Após assistir o vídeo, você entenderá como faz todo sentido ser o “médico do imóvel” para seu cliente…



Tutorial MÉTRICA

2 EM 1: RESTITUINDO NO TOPOEVN CAD UM PERÍMETRO JÁ CERTIFICADO NO SIGEF & PLOTANDO IMAGEM DO GOOGLE EARTH

A Gustavo Henrique Peres Geógrafo (UNESP Rio Claro), pós-graduado em Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Urbanos (FATEP Piracicaba), cursando MBA em Gestão Estratégica de Negócios (ESALQ-USP). Gerente de Produto na Métrica Tecnologia. gustavo@metrica.com.br

o certificar um imóvel no SIGEF, Sistema de Gestão Fundiária do INCRA, os dados do perímetro ficam disponíveis para consulta e download. Dessa forma, qualquer pessoa ou profissional poderá ter acesso às informações da certificação. No TopoEVN 6 CAD, o usuário conseguirá restituir o perímetro e os vértices utilizando os dados baixados no portal e, consequentemente, gerar memorial descritivo, tabela de roteiro perimétrico, ou simplesmente conferir propriedades confrontantes à sua gleba certificada, por exemplo. Vamos aprender como utilizar esta ferramenta! Além disso, você aprenderá como plotar um polígono georreferenciado do TopoEVN na plataforma Google e depois salvar a imagem para usar na sua planta de situação. Vamos lá!

Restituindo um perímetro já certificado no SIGEF Depois de acessar o Portal do SIGEF (sigef. gov.br), vá em “Consultar”, “Parcelas”. Tenha em mãos algumas das informações que especificam qual o perímetro desejado para a importação dos dados: Código do Credenciado, Código do Vértice ou Código do Imóvel, por exemplo. Ao colocar a informação necessária, clique em “Pesquisar”. Como resultados, aparecerão as certificações daquele profissional, se a busca foi por esse meio.

Na coluna da direita, “Ações”, clique no ícone correspondente e selecione o item “Vértices”, do arquivo CSV. Repita o processo selecionando “Limites”, também do CSV.

Agora, no TopoEVN 6 CAD, abra um novo arquivo, e na barra de ferramentas vá na opção “GeoINCRA 3ª ED” e escolha “Importar arquivos de retorno do SIGEF (CSV)...”. Busque pelo local onde foram salvos os arquivos “Vértices” e “Limites” em seu computador e escolha um por vez, não importando a ordem. Ao escolher um dos dois arquivos, o TopoEVN 6 já emitirá um aviso sobre a necessidade de escolher o outro. Após escolher o segundo arquivo, a página da confirmação da importação aparecerá e na sequência clique em “Confirmar”.

A base do perímetro georreferenciado e certificado no SIGEF aparecerá no ambiente CAD do TopoEVN. O próximo passo será criar a polilinha e os vértices. Vá novamente em “GeoINCRA 3ª ED” e clique em “Criar Imóveis conforme SIGEF...”. Na próxima janela, as opções “períme-

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tro” e “vértices” já estarão selecionadas e você deverá clicar em “OK”.

Pronto! Temos o polígono certificado no SIGEF restituído no TopoEVN 6 CAD e agora pode-

Configure as georreferências do polígono: “Coordenadas UTM”, “Elipsoide”, “Hemisfério” e “Meridiano Central” e clique em “Visualizar”.

mos: gerar memorial descritivo desta polilinha, assim como criar tabela de roteiro perimétrico ou analisar sobreposições com outras importações também já certificadas, por exemplo.

Plotando imagem do Google Earth Na finalização de um projeto, podemos aprimorar a planta de situação inserindo uma imagem da gleba ou do perímetro em questão. No TopoEVN 6 CAD, você poderá plotar o polígono na base de dados das imagens do Google Earth, dentro do próprio TopoEVN, sem precisar instalar o Google Earth Desktop. Depois, poderá salvar o arquivo JPEG para posteriormente inserir no desenho. A plotagem no Google também serve para efetuar o que chamamos de vistoria virtual em seu levantamento, e, dessa forma, conferir se o local e o levantamento estão corretos. Lembrando sempre do limite de precisão oferecido pelas imagens do Google. Primeiro, tenha no ambiente CAD do TopoEVN um polígono georreferenciado. Agora, clique no ícone “Google Maps/Earth”. E, depois, clique sobre a polilinha que deseja plotar e depois tecle “Enter”.

Agora, depois de visualizar o perímetro plotado no Google Maps, clique na opção “Earth”. Você poderá mudar a cor da linha e do preenchimento do polígono que está sobre as imagens de satélite do Google. Para salvar o JPEG, clique em “Copiar Imagem” e escolha o local onde será salva a figura. Está feito! Você tem neste momento a figura daquele polígono georreferenciado, para ser usada nos projetos desse levantamento.

Nos próximos tutoriais, ensinaremos como trabalhar com esta imagem no TopoEVN e também mostraremos novidades em ferramentas que ajudarão ainda mais o profissional na montagem do processo de Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a Métrica Tecnologia ou acesse nosso website metrica.com.br! Muito obrigado e até mais!

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TOPOGRAFIA – CODIFICANDO PONTOS

Nunca mais perca tempo no escritório! Veja como fazer a codificação de elementos em levantamentos topográficos Por Ana Flávia de Oliveira, Eduardo Freitas e Gustavo Bueno Lelli

Durante nossas pesquisas, pudemos observar que muitos profissionais ainda vão a campo sem saber todas as feições que precisam ser levantadas, e acabam criandoas no improviso, gerando assim confusão e re-trabalho. 34

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m tempos de automação topográfica, parece brincadeira mas ainda há muita gente que chega no escritório e fica horas tentando decifrar do que se tratam os pontos levantados em campo. Seria uma árvore? Ou então um poste? Ou ainda uma boca-de-lobo? Afinal, em campo é simples de identificar o que está sendo medido, porém no escritório isso se torna praticamente impossível. Pensando nisso, no mês de outubro o Instituto GEOeduc lançou mais um de seus checklists gratuitos, agora sobre a utilização de códigos em levantamentos topográficos com estação total. Durante nossas pesquisas, pudemos observar que muitos profissionais ainda vão a campo sem saber todas as feições que precisam ser levantadas, e acabam criando-as no improviso, gerando assim confusão e re-trabalho. Já não é novidade que equipamentos como as estações totais, além de permitir o melhor controle dos pontos levantados, facilitam e otimizam os trabalhos de campo. Porém, por mais que os métodos clássicos de levantamento não tenham mudado, é necessário saber como e onde aplicar as inúmeras funções do equipamento, além de padronizar alguns procedimentos para garantir o uso de todo o potencial do instrumento de medida. Muitas dessas padronizações podem ser planejadas no escritório, afinal, quanto mais organizados estiverem os dados oriundos do campo, melhor será a etapa de processamento com o software topográfico, pois é nela que conseguiremos identificar a falta de informações nas descrições dos pontos, ou a ausência de simples anotações e croquis. Vários profissionais, por descuido, desconhecimento ou por acharem que essas planilhas e croquis

não são mais necessários, acabam não levando em consideração este importante recurso. Seguindo premissas básicas de organização, podemos obter mais produtividade nos levantamentos e, consequentemente, reduzir o tempo de trabalho em campo e escritório, fazendo que se reduza os gastos com estes que talvez sejam os itens mais caros na composição de custos de um levantamento topográfico: a logística e os recursos humanos. Um tópico importante é a descrição ou codificação dos pontos levantados, visto que com isso o processo de registro dos pontos torna-se extremamente mais rápido que digitar o nome de todas as feições a serem levantadas. No final, basta utilizar um software ou planilha que faça a substituição desejada. O recurso de substituição da codificação dos pontos também facilita a etapa de projeto do levantamento. Operações para a ligação de linhas especiais, como cercas e muros, por exemplo, podem ser feitas automaticamente se os dados forem padronizados. Podemos citar também como vantagens da padronização a possibilidade de fazer operações como a seleção de pontos pela descrição, ou a inserção automática de símbolos, como postes e caixas de drenagem. Pensando na necessidade de organização e padronização dos levantamentos, elaboramos uma sugestão de tabela de códigos para utilizar em seus levantamentos. Esta codificação certamente irá aumentar sua produtividade em campo e escritório, melhorando assim seus resultados. Para fazer o download da planilha na íntegra, acesse: http://goo.gl/EMQbjv. Bom proveito!


CODIFICAÇÃO ­ LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS As Estações Totais facilitam muito os trabalhos em campo e permitem melhor controle dos pontos levantados. Por isso, alguns procedimentos devem ser padronizados para garantir o uso de todo o potencial desses equipamentos. Um tópico importante é a descrição ou codificação dos pontos levantados. Pensando nessa necessidade de organização dos pontos, elaboramos uma sugestão de tabela de códigos para utilizar em seus levantamentos: CÓDIGO

ITEM

CÓDIGO

ITEM

CÓDIGO

ITEM

001

Cota

019

Acesso

037

Placa de Propaganda

002

Nível da Água

020

Portão ou Porteira

038

Vala

003

Poligonal de Apoio

021

Edificação

039

Pé de Talude

004

Marco

022

Curso D’água

040

Crista de Talude

005

Piquete

023

Bueiro

041

Muro de Arrimo

006

Estaca

024

Telefone Público

042

Ponto de Sondagem

007

Eixo Rodovia

025

Lixeira

043

Linha de Gasoduto

008

Meio­fio

026

Luminária

044

Linha de Oleoduto

009

Borda de Pista

027

Floreira

045

Torre de Alta Tensão

010

Calçada

028

Caixa de Correio

046

Linha de Transmissão

011

Guia Rebaixada

029

Semáforo

047

Caixa de Alta Tensão

012

Muro

030

Ponto de Ônibus

048

Borda de Vegetação

013

Mureta

031

Caixa Água/Esgoto

049

Nascente

014

Cerca

032

Caixa Telefone

050

Poço

015

Eixo de Ferrovia

033

Caixa Bombeiro

051

Túnel ou Trincheira

016

Eixo de Hidrovia

034

Caixa Outros

052

Ponte ou Viaduto

017

Pilar de Concreto

035

Hidrante

053

Quadra ou Campo

018

Palanque de Cerca

036

Registro

054

Piscina ou Açude

Importante: esta é uma sugestão de codificação básica, com os principais itens. Você deverá adaptar esta tabela ao seu trabalho, incluindo ou retirando itens, ou ainda desmembrando alguns itens em dois ou mais. Bom trabalho!

www.geoeduc.com

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GEOQualificação É Drone! É Show! Em que ano você gostaria de ter nascido? Ano zero? Na idade média? No início do século XIX? Pois eu agradeço por ter vindo ao mundo exatamente no ano em que eu nasci: 1976. E sabe por que? Porque antigamente uma pessoa nascia, vivia e morria e quase nenhuma novidade tecnológica acontecia. Era um marasmo. Mas hoje tem novidade aparecendo todo dia! Eu ainda sou da geração que era analógica e passou a ser digital, e isso foi fantástico pois hoje eu dou muito mais valor para a tecnologia. Quem já nasceu na era digital não sabe a dificuldade que era baixar arquivos da internet, gravar em disquetes, processar grandes volumes de dados durante horas ou até dias… E os Drones são mais um exemplo deste avanço tecnológico. Até há poucos anos isso era restrito aos militares, e hoje os veículos aéreos não tripulados invadiram as aplicações civis, com uso em agricultura, segurança, publicidade e tudo mais que você imaginar. E o momento é histórico, pois estamos em um ponto de inflexão, no qual daqui pra frente será impossível frear esta tecnologia, e os próprios governos estão correndo atrás do prejuízo e regulamentando o setor, para que possamos todos trabalhar com tranquilidade e dentro da legalidade, diminuindo assim riscos e aumentando a segurança para todos. A feira e conferência DroneShow foi um momento histórico no qual presenciamos um pouco desta inflexão na curva de popularização dos Drones. Até a Globo esteve presente, mostrando que as aeronaves remotamente pilotadas já estão rompendo a barreira do nicho e se tornando amplamente utilizadas por toda a sociedade. Fazendo um paralelo com o GIS e o GPS, podemos lembrar de quando os sistemas de informação geográfica eram usados apenas por “experts” no assunto, em ilhas dentro de empresas e órgãos públicos, mas quanto apareceu o Google Earth, em 2005, foi uma revolução e o GIS finalmente foi parar nas mãos de todos. E com o GPS aconteceu algo semelhante, pois era também restrito a quem trabalhava com levantamentos, mas com a popularização dos smartphones com esta tecnologia, a localização se tornou uma commodity. Eu lembro de quando organizávamos o evento ExpoGPS, no fim da década passada, quando ainda se discutia a qualidade das bases cartográficas, os algoritmos para rotas, entre outros desafios que hoje estão superados. Como eu comentei com os participantes do seminário que estava moderando no DroneShow, daqui a alguns anos - quando os Drones estiverem totalmente integrados ao nosso dia-a-dia - vamos lembrar deste evento histórico, de quando os veículos aéreos não tripulados ainda eram uma tecnologia de nicho. Em 5 a 10 anos, prepare-se para um mundo totalmente diferente! Eduardo Freitas, engenheiro cartógrafo, técnico em edificações, coordenador de cursos e pesquisas do Instituto GEOeduc eduardo@geoeduc.com @eduol

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6 Passos para Vencer os Desafios ao Empreender Você é ou quer ser um empreendedor? Está pronto para os desafios do mercado? Quando iniciamos um novo negócio, surgem muitos fatores que dificultam o encaminhamento da nossa empresa. Mesmo o bom empreendedor está sujeito às repentinas mudanças no mercado, mas estar preparado é imprescindível para conhecer as boas práticas na gestão de empresas no setor geoespacial. E este foi o tema da palestra online “Vencendo os desafios ao empreender – conheça boas práticas na gestão de empresas no setor geoespacial”, que aconteceu no dia 23 de outubro, ministrada pelo Engenheiro Cartógrafo Fabricio Barbosa. E estes foram os 6 passos identificados para vencer os desafios ao empreender:

1 Elaborar o Planejamento Estrutural - o estudo de

planejamento estratégico é essencial para garantir uma longa vida às empresas, para ter planos de ação bem claros e definidos, e assim enfrentar sobressaltos e dificuldades inerentes ao mercado.

2 Ter Noções de Planejamento Financeiro - o planejamento financeiro de uma empresa é vital para que ela possa vislumbrar cenários possíveis de faturamento e, por consequência, ajustar seus planos de ação.

3 Formar o Preço – após entender os custos, encargos

trabalhistas e impostos, já pode-se falar da formação do preço de venda.

4 Ter Noções Básicas de Marketing – apesar de muitos

discordarem, o marketing é o principal setor da empresa. Afinal, é através dele que se alcança o objetivo final, que é fazer as vendas para os clientes.

5 Definir Centro de Custos - devemos ter o mix de

produtos e serviços aplicado de forma eficiente e, desse modo, o entendimento de centro de custos é vital para o sucesso e a análise do resultado dos projetos.

6 Formular Propostas - a apresentação da proposta técnica é o momento que o cliente recebe todas as informações pertinentes ao serviço que está sendo apresentado e o valor do investimento na contratação do projeto. Pode ser vital para conseguir ou não o trabalho.

Veja aqui a íntegra da palestra: http://conteudo.geoeduc. com/lancamento-curso-online-gestaogeo.

Dezenas de materiais gratuitos Acesse o nosso site e baixe ebooks, guias, vídeos e tabelas gratuitamente: www.geoeduc.com. Bom proveito!


#GEOnaEscola: uma nova forma de ensinar Geografia Por Ana Flávia de Oliveira

A disciplina Geografia não só pode, como deve, ser dinâmica. Por isso, é fundamental que os professores saibam como aplicar ferramentas diferenciadas para a prática em sala de aula. As imagens de satélite são recursos super práticos para a percepção de espaço, urbanização, mobilidade e meio ambiente, e o Google Earth é uma opção bem acessível. Além de instigar o pensamento dos alunos, o sentido de localização, espacialização, distâncias, escala e etc., faz com que os alunos trabalhem mentalmente a própria região no entorno da escola, da casa, do bairro e etc. Ao trabalhar com imagens de satélite impressas, a dica é fazer uma análise espacial com os alunos, explicando um pouco sobre a região, histórico do bairro, colonização da cidade e os motivos pelos quais a região é daquela forma. Ao final, eles podem apresentar para a turma quais foram as principais mudanças que ocorreram em sua áreas e os possíveis motivos, direcionando sempre para debates acrescentadores sobre diversos assuntos, como: drenagem, uso do solo, urbanização, industrialização, entre outros. Veja aqui a íntegra do artigo: http://bit.ly/1Y4qKfN

Curso de GIS para a Vale Moçambique tem 90% de aprovação Entre os meses de agosto e setembro o Instituto GEOeduc realizou um curso sob demanda de GIS para a Vale Moçambique. Foi uma experiência única e enriquecedora, pois foi preciso adaptar o conteúdo e a metodologia de ensino para a realidade local, mas o resultado foi compensador. A proposta inicial era fazer um curso presencial, com o deslocamento de um instrutor do Brasil para Maputo, capital de Moçambique, para realizar o curso. No entanto, foi proposto o modelo online, no qual os alunos receberiam cada um seu login e senha e acessariam o ambiente virtual de aprendizagem do GEOeduc para a realização do curso, com o suporte eventual dos tutores do Instituto. Porém, após uma semana de curso nessa modalidade, foi constatado que o modelo não estava funcionando, e então tivemos que fazer uma rápida adaptação, para um curso em forma de webinar, com o apoio constante de um instrutor para a explicação dos conteúdos e realização dos exercícios. Utilizando este formato, as duas turmas evoluíram e concluíram

o treinamento com louvor, demonstrando amplo conhecimento do conteúdo e executando as tarefas com perfeição. "O curso online de GIS com prática no ArcGIS oferecido para a Vale de Moçambique, com acompanhamento ao vivo por tutor, foi totalmente inédito para o Instituto", afirma Ivan Leonardi, tutor e instrutor de treinamentos do GEOeduc. "Apesar dos obstáculos, como diferenças culturais e fuso horário, o treinamento foi um sucesso. Tivemos uma ótima avaliação e os alunos já começaram a desenvolver seus próprios projetos em ambiente GIS". Quanto à avaliação dos alunos, 100% aprovaram tanto o ambiente de aprendizagem quanto a plataforma de transmissão online das aulas. Quanto à proposta dos cursos online do GEOeduc, de oferecer um treinamento teórico e prático, com liberdade de dias e horários, aliado ao suporte de um tutor em tempo integral, também houve plena aprovação, assim como a estruturação dos conteúdos e o apoio do instrutor/tutor. Os cursos do GEOeduc da modalidade on demand são treinamentos presenciais ou online, preparados e customizados especialmente para grupos e que têm uma metodologia diferenciada de ensino, com a vantagem do acompanhamento mais próximo dos instrutores e tutores do GEOeduc. Para saber mais sobre cursos sob-demanda, entre em contato pelo e-mail cursos@geoeduc.com.

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Vídeo da palestra sobre Tendências e Aprendizagem em Drones Hoje, os Drones têm chamado atenção para o mercado, pelas diversas oportunidades e diferentes áreas de aplicação de suas funções. Mas quem são os profissionais que podem utilizar esses equipamentos? Eles estão preparados para se adequar ao mercado e à legislação? O profissional do setor de drones deve estar, também, bem preparado para essa área que está em expansão, mas que ainda encontra-se em fase inicial quando se fala de usos profissionais, e por isso o número de pessoas qualificadas é muito menor do que as vagas geradas. Além disso, sabemos que ainda faltam instituições com cursos completos de uso profissional de Drones, que reúnam teoria e prática, ofereçam liberdade de horários aos alunos, tenham autores reconhecidos como autoridades no assunto e, o principal, que garantam o suporte aos alunos através de vários meios. E foi pensando nisso que o Instituto GEOeduc realizou uma palestra online no dia 27 de outubro, abordando as “Tendências e Aprendizagem em Drones”, transmitida diretamente do local onde aconteceu um dia depois o DroneShow, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Não assistiu o webinar? Veja agora: http://bit.ly/1MVo2Bn

GISday: evento histórico marca o Dia do SIG Reunir em uma mesma sala virtual palestrantes de três países diferentes, falando de vários lugares do mundo, e ainda transmitir eventos presenciais através de uma plataforma de webinar, ao longo de mais de sete horas, parecia um desafio em tanto, mas foi somente mais um dia normal de trabalho no GEOeduc. Brincadeiras à parte, 18 de novembro foi um dia histórico por dois motivos: primeiro, porque foi realizado um evento inédido do GISday para reunir os países de língua portuguesa, e segundo pelo formato do evento, um grande webinar com quase oito horas de duração e 11 palestrantes. O GISday é um evento para os usuários dos Sistemas de Informações Geográficas (GIS), onde eles podem demonstrar suas aplicações de sucesso no uso dessa tecnologia, e como estão fazendo diferença na sociedade. O evento acontece oficialmente desde o ano de 1999 e foi promovido inicialmente pelo presidente da Esri, Jack Dangermond. Foi o profissional Ralph Nader quem inspirou a instituir a data, pois considerava o GISday uma boa iniciativa para as pessoas aprenderem Geografia e as aplicações do GIS. Ele queria que o GISday fosse uma celebração reconhecida e aberta para qualquer pessoa. Para participar, qualquer pessoa pode inscrever o seu evento de comemoração do GISday, podendo obter apoio para sua ação, ter seu evento disponível no mapa do GISday em todo mundo, bem como encontrar ajuda na seleção de apoiadores do seu evento. As palestras online com o tema “Compartilhando experiências de sucesso no uso do GIS nos países de língua portuguesa” aconteceram no dia 18 de novembro (GISday) das 7h às 14h (hora de Brasília). O evento contou com a participação de diversos palestrantes como: Eduardo Freitas (GEOeduc), Marcos Marado (ANSOL), Maria João Marques (AMA), Ricardo Pinho (CMOA), Alexandre Domingos (CCDR Algarve), Fernanda Neves (CDDR Norte), Teresa Sá Marques ( AMP), Anderson Medeiros (ClickGeo), Luis Antunes (Madeira), Lisbeth Christina Marques (CMOA), Rosário Dilo (TopoGIS). Confira aqui o vídeo na íntegra: w w w.youtub e.com/ watch?v=XS3QDcXRiIE

www.geoeduc.com | (41) 3338-7789 / (11) 4063-8848 | cursos@geoeduc.com skype: cursos.geoeduc | whatsapp (41) 9934-9578

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GUIA DE EMPRESAS Empresa

O Guia MundoGEO é a lista mais completa do Brasil de empresas do setor de geotecnologias, divididas em prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos e equipamentos. Acesse www.mundogeo.com/empresa e saiba mais.

Serviços Mapeamento

Georreferenciamento

Consultoria

Produtos Geomarketing

Sistemas

Dados e Imagens

ALLCOMP AEROROBOT AEROSAT Agrobio

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BI-GISS

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Engefoto Engemap ENGESAT ESTEIO Geoambiente

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SATMAP Sensormap Geotecnologia

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Novaterra

Santiago & Cintra Consultoria Santiago & Cintra Geo-tecnologias

MEMOCAD

PLANATEC

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Leica Geosystems

NIP DO BRASIL

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Imagem

Metro Cúbico

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Geomat

METRICA

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Geofusion

LHCOLUS

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GEOECONOMICA

Geopixel

Cognatis EMBRATOP

Laser Scanner

Bentley

VANTs

AutoDesk

Bradar

Softwares

Alezi

BASE

Equipamentos

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• • Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela acima Informações: (41) 3338 7789 | comercial@mundogeo.com | @mundogeo

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Empresa

Serviços Mapeamento

Sensormap Geotecnologia

Georreferenciamento

SkyDrones

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Solution Softwares SP Geosistemas THIWS TOMASINI

• •

Geomarketing

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Sisgraph SITECH

Consultoria

Produtos Sistemas

Dados e Imagens

TotalCAD

• •

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Vanucci Zeta Advisors

VANTs

Laser Scanner

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• •

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Trimble Brasil UTEI Projetos

Softwares

TOMTOM Topomapa

Equipamentos

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ONLINE BENTLEY www.bentley.com/pt-br

CPE TECNOLOGIA www.cpetecnologia.com.br

ENGESAT www.engesat.com.br

GEOAMBIENTE www.geoambiente.com.br

GEOEDUC www.geoeduc.com

SANTIAGO & CINTRA CONSULTORIA www.sccon.com.br

SANTIAGO & CINTRA GEO-TECNOLOGIAS www.santiagoecintra.com.br

SOLUTION SOFTWARES www.solsoft.com.br

SUPERGEO www.supergeotek.com

TELEDYNE OPTECH www.teledyneoptech.com

XMOBOTS www.xmobots.com

Para saber como participar desta seção, envie um e-mail para comercial@mundogeo.com.

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