Revista MundoGEO 85

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SUMÁRIO

16 Capa

Experiência + compromisso com o cliente = solução na medida Conheça a trajetória e a atuação do grupo Santiago & Cintra e como suas soluções são capazes de melhorar a produtividade e garantir o sucesso dos empreendimentos Brasil afora

Índice de Anunciantes

20

Comparativo

22

Passo a Passo

26 30

Página

Allcomp

50

Bentley

7

Bradar

41

Embratop

3

FOIF

43

Garmin

39

Geoambiente

11

GEOBusiness

37

Cidades Inteligentes

Geopixel

21

Instituto GEOeduc

2

Informe Publicitário

Leica Geosystems / Hexagon

5

MemoCAD

35

Métrica

29

Optech

31

Santiago & Cintra Consultoria

9

Santiago & Cintra Geo-Tecnologias

12,13 | 14, 15

ArcGIS Earth X Google Earth Pro

Google Cardboard: realidade virtual para todos!

Tecnologias e métodos por trás das Smart Cities

Curso de AutoCAD

32

Soluções para o SIGEF

36

Geoqualificação

40

Anunciante

Tutorial: Da importação dos dados à produção das peças

Geo na escola, geointeligência na tomada de decisão e muito mais

Anuário de Drones e Geotecnologias

Space Imaging

27

Topomig

47 | 48, 49

Encontre a empresa ideal para sua necessidade!

Acesse artigos complementares no Portal MundoGEO www.mundogeo.com

Colaboraram nesta edição: Arlete Correia Meneguette, Flavio Yuaca, Maria Nely Alvarenga Lima

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Editorial Web Navegando Online



EDITORIAL Potencial das Geotecnologias X Crise Econômica

A Alexandre Scussel Geógrafo (UFPR) e Técnico em Informática. Editor do Portal e Revista MundoGEO, Coordenador Técnico dos Seminários Online e do Evento MundoGEO#Connect LatinAmerica editorial@mundogeo.com

Quer contribuir com a revista MundoGEO/DroneShow? Envie seu artigo ou ideia para editorial@ mundogeo.com e vamos conversar!

migo leitor, proponho uma reflexão. O elemento mais importante para uma empresa é o cliente, não há dúvidas disso! Fidelizar o antigo e conquistar o novo, através de estratégias e bom relacionamento, são a chave do sucesso empresarial (veja um ótimo exemplo disso na matéria de capa desta edição!). Todos sabem que, em tempos de crise econômica e retração da economia, não tem "vida fácil" para ninguém. Pelo contrário, empresários devem tomar decisões difíceis, que acarretam em diferentes resultados. Acompanhando o mercado de geotecnologias desde 2010 e, com base no histórico de 18 anos da MundoGEO, faço a seguinte análise da situação atual: o potencial do nosso setor é imenso! Quer um exemplo? No final de 2015, abrimos a chamada de propostas para apresentação nos eventos MundoGEO#Connect e DroneShow 2016, e o resultado foi que mais de 100 excelentes trabalhos chegaram. Muitos desses já obtiveram resultados e estão retonando seus frutos à sociedade, enquanto outros estão buscando recursos para serem totalmente implementados. Toda esta produção – tanto da academia quanto dos setores público e privado – é extremamente rica. Portanto, nobre leitor, o potencial do maravilhoso setor de geotecnologias é enorme, porém fica um pouco recolhido, latente, esperando o momento propício e as condições certas para voltar a crescer. Assim como num solo poluído, que precisa dos estímulos certos e tem-

po para voltar a ser fértil e render bons frutos, com resultados expressivos. Esta é minha avaliação para este ano de 2016. Não será fácil, mas também pode ser um bom momento para repensar processos, analisar resultados, evitar desperdícios e transformar dificuldades em desafios! Por aqui, estamos começando este ano com o fortalecimento das marcas MundoGEO e GEOeduc, mais unidas e, consequentemente, mais fortes!

Encarando o "novo" e criando oportunidades Em 2016, a segunda edição do evento DroneShow será realizada junto com o MundoGEO#Connect, o maior encontro da comunidade de geotecnologia da América Latina. Este é mais um exemplo de sinergia e fortalecimento. Num grande evento como este, mil e uma oportunidades aparecem, através de novos negócios e até mesmo de conversas informais. Queremos que você participe da feira, dos cursos e seminários em São Paulo (SP), pois temos certeza de que estar presente de "corpo e alma" pode ser um momento único para criar novas oportunidades e "abrir a cabeça" para o novo. Dois mercados e dois universos juntos: é isto que você verá de 10 a 12 de maio! Por fim, lembro que agora temos duas revistas em uma só publicação: MundoGEO e DroneShow News!

Revista MundoGEO/DroneShow Publicação bimestral - ano 18 - Nº 85

Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Alexandre Scussel | alexandre@mundogeo.com

Assistente Editorial | Deyse Delamura | jornalismo@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Assinaturas | Thalitta Nishimura | assinatura@mundogeo.com Atendimento | Dienifher Gonçalvez | atendimento@mundogeo.com Gerente administrativa e financeira | Eloísa Stoffel Rosa | eloisa@mundogeo.com Assistente Administrativa | Amanda Simões | contato@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Maxigráfica MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

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WEB Recorde de trabalhos! No final de 2015, os eventos MundoGEO#Connect e DroneShow lançaram chamadas para a apresentação de palestras e também para o Prêmio MundoGEO#Connect 2016. As chamadas de palestras dos eventos fecharam com 119 projetos enviados! Já o Prêmio registrou, até o fechamento desta edição, 51 trabalhos. Por falta de tempo e espaço, nem todos os trabalhos poderão ser apresentados nos eventos, e o Prêmio MundoGEO#Connect irá reconhecer os projetos mais relevantes e que mais contribuiram para o setor de geotecnologias. Confira tudo isso de 10 a 12 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP)!

Em 2016, os webinars MundoGEO estão com tudo... De 7 de janeiro a 30 de março de 2016, MundoGEO e GEOeduc realizaram, ao todo, nada menos do que 37 webinars! Dois eventos de destaque foram "Conheça as novidades do novo ArcGIS 10.4" e "Drones na Agricultura" que registraram 2081 e 1485 inscrições, respectivamente. No dia 15 de março, a empresa Pitney Bowes realizou, em parceria com a MundoGEO, um webinar sobre o novo MapInfo Pro, apresentando para usuários e interessados todas as novidades do novo software, conversando diretamente com a o público online. INFO www.mundogeo.com/webinar

Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

CARTAS, POSTS E TWEETS Começo por dar os parabéns pelo webinar de ontem, sobre o MapInfo Pro. Inscrevi-me, mas infelizmente não pude assistir por questões de trabalho. Cheguei um pouco atrasada para o webinar sobre o ArcGIS. Mas consegui, e foi muito bom e proveitoso, com muita informação. Parabéns a todos os intervenientes. Seria fantástico se fizessem um webinar por cada item abordado, porque é mesmo muita informação! Cleópatra Magalhães Pereira Palestra online nota 10 sobre Pilotagem de Drones, estou começando agora no mundo dos drones e estou aprendendo muito, parabéns! Edner Flavio Branco Mas estou aqui organizando tudo para repassar a palestra do Giovani Amianti, sobre Drones na Agricultura, aos alunos. Assisti também a um outro vídeo muito bom - A Invasão dos Drones no Brasil Agricultura - com um pesquisador da Embrapa, Lúcio Andre Jorge, separei este também para que os alunos assistam. Andrea Britto

Saiba mais sobre a Geografia da Saúde e o destino de nossas cidades | MundoGEO Taci De Paula Parabéns pela matéria MundoGeo! As ferramentas apresentadas pela Geografia e o Geoprocessamento para a Saúde podem ser decisivas para a tomada de decisões, principalmente em situações de emergência. A Geografia da Saúde foi o tema de meu trabalho de conclusão, pude perceber a sua importância como ferramenta de prevenção, controle e planejamento de ações para a saúde pública. Feliz por ver o tema na revista!

@LeicaGeoBrasil 9 de mar Soluções UAV Leica: Dragon & Aibot X6 na Drone Show Curitiba. Venha conferir! #DroneShow @Droneshow_news @ MundoGEO @Esri_Spain 8 de mar "Esri España crea un portal de #OpenData para reunir, compartir y analizar información pública" vía @MundoGEO http://ow.ly/ZcmkH @GeologicalMan 5 de mar Salamanca, España @ofitexto @ingeododo @MundoGEO Gracias por ayudarme a divulgar lo que escribo. Cualquier ayuda siempre es buena @ricardocarriel 19 de fev Live Webinar c/ Eduardo Freitas e Gustavo Bueno - Por dentro do GPS Garmin Montana @MundoGEO

@Danni_Caldas 16 de mar Viva a tecnologia! o/ Online com o @ MundoGEO #GeoTecnologias #SIGs

@terradamariano 9 de fev Amigos do geoprocessamento! tem como abrir arquivo exe. no google earth? @ MundoGEO

@NickyBeggache 11 de mar @LeicaGeoBrasil @Droneshow_news @ MundoGEO super cool!

@INSTICC 14 de jan @MundoGEO Thanks for sharing! #GIS #GeographicalInformationSystems

+Lidas Janeiro

Fevereiro

UFSCar oferece curso de aperfeiçoamento em geoprocessamento ambiental básico

Disponível o novo ArcGIS 10.4

Conheça o geocaching: aplicativo para interação com as geotecnologias Esri anuncia o ArcGIS Earth 1.0 8

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Observatório das metrópoles disponibiliza 70 livros para download gratuito Exclusivo: conheça o sistema geoespacial SeduParanacidade interativo



NAVEGANDO Novo visualizador de dados geoespaciais de São Paulo O portal institucional do Programa de Infraestrutura de Dados Espaciais para o Estado de São Paulo (IDE-SP) disponibilizou o visualizador de dados geoespaciais e respectivos metadados. Além da consulta e do compartilhamento de conteúdos produzidos por entidades públicas de âmbito estadual, a ferramenta permite que o usuário componha seus próprios mapas, com dados geoespaciais disponibilizados em camadas. Com o novo visualizador, o interessado poderá, por exemplo, pesquisar informações de mais de uma instituição pública – como informações socioeconômicas, ambientais e de uso do solo – e utilizá-las em um mesmo ambiente virtual. A ferramenta facilita o acesso ao cidadão aos dados públicos georreferenciados, assegurando transparência na exibição e divulgação dos dados. INFO www.idesp.sp.gov.br

Grade Estatística e Atlas Digital Brasil O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizou a Grade Estatística, que permite obter as informações sobre população (total e por sexo) e o total de domicílios do Censo Demográfico 2010 para diversos recortes espaciais, como regiões hidrográficas, biomas e unidades de relevo, ampliando as possibilidades de análise de dados. Isso é possível porque a Grade Estatística divide o território em células de 200 x 200 m nas áreas urbanas e 1 x 1 km nas áreas rurais, permitindo agregar os dados independentemente das divisões político-administrativas. O Atlas Digital Brasil 1 por 1 apresenta uma visão detalhada e inédita das principais variáveis coletadas pelo Censo Demográfico 2010, com mapas que retratam a heterogeneidade do país. Além das características das pessoas (sexo, idade, cor/raça, alfabetização, registro de nascimento) e dos domicílios (tipologia, propriedade do imóvel, saneamento ambiental, energia elétrica, rendimento médio per capita, responsabilidade pelo domicílio), o Atlas apresenta, também, dados sobre as características do entorno das residências, com informações sobre a existência ou não de identificação do logradouro, iluminação pública, calçada, meio fio, pavimentação, bueiro, rampa para cadeirante, arborização, esgoto a céu aberto e lixo. INFO mapas.ibge.gov.br/interativos/grade_estatistica.html

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MAPGEO2015 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou as altitudes de sete pontos culminantes brasileiros, a partir da aplicação da versão 2015 do modelo de ondulação geoidal do Brasil (MAPGEO2015), disponibilizada pelo IBGE no final de 2015, às altitudes determinadas anteriormente naquelas localidades por receptores GPS. A atualização não alterou o ranking das montanhas mais altas do país, mas determinou aumentos de 1,52m tanto no Pico da Neblina (mais alto) quanto no Pico 31 de março (segundo mais alto), que passaram a ter 2.995,30 m e 2.974,18 m, respectivamente. Em relação aos outros cinco pontos culminantes, houve reduções nas altitudes inferiores a um metro. INFO www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/modelo_ geoidal.shtm

Mapa “Sem Zika” Criado para reforçar a importância da prevenção e identificação para erradicação dos focos do mosquito Aedes aegypti – transmissor da Dengue, Zika vírus e febre Chikungunya – a empresa Imagem lançou a aplicação “Sem Zika”. Para participar do aplicativo, basta que o usuário escolha as opções de login disponíveis. Em seguida, é só cadastrar seu registro que pode ser – Foco de Mosquito, Caso de Chikungunya, de Dengue ou de Zika. Ao fazer o cadastro, o usuário pode anexar fotos e curtir as informações cadastradas por outras pessoas. INFO www.img.com.br

OpenRoads Navigator A Bentley Systems anunciou o app OpenRoads Navigator, um aplicativo novo e inovador que oferece aos profissionais de engenharia civil e de transportes uma opção fácil de usar e dinâmica para acesso rápido à informação de design da construção em campo. O app OpenRoads Navigator ajudará as equipes a trabalharem melhor em conjunto, para acelerar as aprovações e resolver problemas durante o projeto, construção e operação. Os trabalhadores de campo poderão usar o app para associar elementos de design com artigos para inspeção de campo. INFO www.bentley.com

ArcGIS Earth 1.0 A Esri anunciou disponibilidade da versão ArcGIS Earth 1.0, para trabalhar com dados 3D e 2D, incluindo KML. Esse aplicativo desktop foi elaborado especificamente para usuários que precisam visualizar rapidamente os arquivos e informações espaciais. Qualquer usuário poderá navegar nos mapas e imagens da Esri através do Earth, além de adicionar seu próprio conteúdo ou até mesmo alguns serviços. Para mais informações, veja o comparativo entre o Google Earth e o ArcGIS Earth, na página 23.


Portal do zoneamento do Distrito Federal O governo do Distrito Federal lançou o portal do zoneamento ecológico-econômico (ZEE). Pelo site, a população terá acesso a uma série de informações e documentos sobre o território sob a ótica do meio ambiente e também será utilizado como instrumento para planejar as ações de ocupação e uso do solo com o menor impacto socioambiental possível. INFO www.zee.df.gov.br

CREA-PR lança caderno técnico de Cadastro Territorial O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) está lançando o caderno técnico “Noções de Cadastro Territorial Multifinalitário – CTM”, elaborado pelo Eng. Msc. Luiz Octávio Oliani, membro da atual diretoria da ABEC-PR. A publicação, disponível em formato PDF, apresenta um desejo comum de disseminar informações técnicas de qualidade, não somente à comunidade profissional atuante, mas também aos gestores públicos sobre a importância de possuir uma base cartográfica e um sistema Cadastral Territorial Multifinalitário (CTM) sempre atualizados, gerados por profissionais habilitados, como uma ferramenta de gestão municipal de apoio ao planejamento e tomada de decisões. INFO mundogeo.com/arquivos/news/nocoes_cadastro_territorial-final.pdf

InsightMap Com objetivo de suportar a estratégia e a gestão de dados em todos os níveis da organização numa aplicação Web interativa, a Imagem acaba de disponibilizar ao mercado a nova solução InsightMap. Com ela, os usuários podem explorar seus dados, descobrindo informações, padrões, relações e comportamentos relacionados à variável “onde”. Dentre as vantagens do InsightMap, estão a visão integrada das informações, reorganizando dinamicamente linhas e colunas, dimensões e medidas; a análise dos dados ao longo do tempo, sendo possível avaliar como se comportam no território de maneira fácil e visual; a geração de mapas de densidade e contagens dinâmicas, além de gráficos e painéis interativos que inovam a forma de agir e pensar. INFO www.img.com.br/insightmap

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CAPA

Experiência + coMPROMISSO COM O CLIENTE = solução na medida Conheça a trajetória e a atuação do grupo Santiago & Cintra e como suas soluções são capazes de melhorar a produtividade e garantir o sucesso dos empreendimentos Brasil afora Por Alexandre Scussel

Nosso compromisso é com o sucesso do projeto de nosso cliente ou com o sucesso no uso de alguma das inúmeras tecnologias que temos em nosso portfólio, agregando valor efetivo e mensurável. 16

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ão é nenhuma novidade que as geotecnologias são essenciais para a realização de inúmeros trabalhos, nos mais diversos setores da sociedade. Todo projeto que se preza, deve necessariamente utilizar, em algum momento de sua concepção ou realização, alguma ferramenta ou método geoespacial. Entretanto, nem sempre a sua importância foi amplamente disseminada. Um dos pioneiros e responsáveis por este processo, no Brasil, foi a empresa Santiago & Cintra. Referência no mercado de geotecnologias, o grupo Santiago & Cintra atua há mais de 36 anos no mercado brasileiro. Com uma ampla rede de distribuidores, assistência técnica especializada e as principais marcas em seu portfólio, o grupo fornece soluções de geotecnologias para quatro áreas-chave: • Topografia & Construções (Estações Totais, GPS, teodolitos, níveis, coletores de dados, softwares, etc.); • Mapeamento & GIS (Receptores GPS, coletores de dados, softwares, etc.); • Escaneamento a Laser 3D (Equipamentos para curto e longo alcance, softwares, etc.); • Vants (equipamento de asa fixa e rotativa, softwares, etc). Confira a seguir alguns casos reais de como a Santiago & Cintra atua e também uma entrevista com Eduardo Oliveira, presidente, sobre a trajetória, valores e atuação do grupo no contexto nacional. Entrevista com Eduardo Oliveira, presidente do grupo Santiago & Cintra Revista MundoGEO: Quais são hoje as áreas de atuação do grupo Santiago & Cintra? Eduardo Oliveira: Hoje atuamos em três macro áreas: “Agricultura de Precisão” – através da GeoAgri; “Imagens de Satélite, mapeamento e desenvolvimento de soluções Web-GIS” – atra-

vés da S&C Consultoria (SCCON) e “Equipamentos de Topografia” – através da S&C Geotecnologias (SCGeo). As três empresas são líderes, com reconhecimento comprovado, em seus respectivos mercados. MG: Qual é o segredo do grupo Santiago & Cintra ter construído este legado no mercado brasileiro? Como você vê esta trajetória? EO: Na verdade não temos exatamente um segredo, eu diria que nosso sucesso tem muito mais a ver com a cultura da empresa, que é o “compromisso com nosso cliente”. Em muitas organizações essa frase é apenas marketing, não tem consistência. Conosco é diferente, é cultural, está em nosso DNA. Nosso compromisso é com o sucesso do projeto de nosso cliente ou com o sucesso no uso de alguma das inúmeras tecnologias que temos em nosso portfólio, agregando valor efetivo e mensurável. Levamos isso muito a sério, é por isso que o mercado não nos vê como um simples fornecedor de produtos, mas sim como um parceiro tecnológico de confiança, onde ele encontrará as melhores soluções do mercado. Se eu fosse traduzir esse “compromisso”, mencionaria que começa com a identificação das necessidades do cliente, passando pela indicação da melhor solução, com o melhor suporte, e assistência técnica. Essa cultura não é apenas visível em nossos colaboradores, mas também em toda a nossa rede de parceiros de negócios/distribuidores. Aliás um dos pilares de nosso sucesso é a extensa e altamente profissional rede de distribuidores. Quanto à trajetória te digo que foi longa, afinal a S&CGeo foi fundada há 36 anos e não foi fácil, garantir sempre um time altamente capacitado, fornecendo sempre


a tecnologia mais eficaz e atualizada do mercado, principalmente com os altos e baixos da economia brasileira. Mas é uma trajetória dinâmica, que está continuamente em evolução. Te dou alguns exemplos: mencionei acima nosso “compromisso com o cliente”. Veja o que está acontecendo neste exato momento – estamos começando a comercializar a linha de equipamentos da Spectra (uma empresa da Trimble) e por quê? Porque a Spectra possui uma linha de produtos extremamente atraente a um nicho do mercado de topografia brasileiro. São equipamentos de alta qualidade, com muita tecnologia embarcada e com um preço competitivo. Um outro caso são os VANTS. Somos distribuidores da SenseFly que possui produtos excelentes e lideramos o mercado de asa-fixa com o modelo Ebee. Agora estamos agregando ao nosso portfólio o Arator da Xmobots, empresa nacional, de São Carlos (SP). O Arator é um VANT incrível a um preço extremamente atraente. Ou seja, existe todo um investimento que estamos efetuando, para sempre estarmos alinhados com nossa cultura de “compromisso com o cliente”. MG: O que mudou na empresa nos últimos três anos? EO: Muita coisa mudou nestes últimos 3 anos. Nossas soluções são mais completas e mais interoperáveis. Temos aplicações que atendem a uma imensa gama de empresas, por segmentos de negócios, muitas vezes já customizadas para o usuário, facilitando seu trabalho e otimizando o seu tempo, seus resultados e investimentos. Outro ponto que evoluiu bastante foi a nossa infraestrutura. A Geoagri e a S&CGeo instalaram-se em Ribeirão Preto, em uma sede com 5.000 m2, planejada e construída para atender ao nosso negócio e que nos permite ter um fluxo operacional mais eficiente. Investimos pesadamente em peças de reposição e em um laboratório de assistência técnica, sem igual na América Latina. Também demos muita atenção a sistemas de gestão. Implementamos o SAP e um sistema de BI (business intelligence). A SCCON está com sede em São Paulo totalmente reformada e mais integrada e desenvolvendo várias soluções de GeoTI, utilizando tecnologias de sensoriamento remoto e GIS para o mercado agrícola, de meio ambiente e de utilities. Temos procurado também cada vez mais capacitar nossos funcionários e nossa rede de distribuidores. Nos últimos anos foram mais de 20 milhões de reais investidos, no sentido de sermos uma empresa melhor para nossos colaboradores e clientes.

MG: Quais são os maiores desafios, hoje, em ser um empreendedor no setor de Geomática? EO: Ser empreendedor é sempre um grande desafio. Buscar e fornecer continuamente ao mercado a melhor solução e realizar isso de forma sustentável, garantindo a evolução e o posicionamento já conquistado pelas nossas empresas, não é tarefa fácil. Especificamente em nosso setor, diria que alguns segmentos são altamente afetados pela economia, isso por si só é um grande problema. A tributação enorme a que estamos sujeitos, e que requer maior capital de giro é também um entrave. Há vários outros, como a dificuldade em se encontrar pessoal com qualificação e experiência requerida, a complexidade fiscal brasileira, a burocracia existente neste país, etc. Acredito que ser empreendedor em nosso país é uma missão mais difícil do que em outros lugares, pois envolve maiores custos e mais riscos. MG: Que conselho você dá para quem está buscando trabalhar com Drones comercialmente? EO: Não tenho a menor dúvida de que quem investir em Drones terá enormes chances de sucesso. Acredito que Drones vão revolucionar não apenas nossos mercados, mas nossas vidas. O impacto será forte. Existem inúmeras oportunidades em diversos setores da área de Geomática e em outros segmentos. Aconselho a quem quer entrar nesse mercado a primeiramente analisar, com muito cuidado, com bastante profundidade os diferentes produtos e modelos ofertados. Na aparência todos fazem a mesma coisa: voam e tiram fotos ou fazem vídeos e tal. Mas é nos detalhes, na inteligência embarcada, na tecnologia dos componentes, no suporte ao produto, na assistência técnica, na performance em campo que está a diferença. Para se começar há que se entender a diferença em termos de aplicações dos produtos de asa-fixa e de asa-rotativa. Outro ponto importante obviamente é estar atento à legislação aplicável. A Santiago & Cintra está totalmente pronta para ajudar a todos que queriam entrar nesse mercado. MG: Como a Santiago & Cintra está se preparando para enfrentar a atual crise econômica brasileira? EO: Já vimos nos preparando há três anos. Na essência, estamos atuando em três frentes distintas: manter os custos absolutamente sob controle, buscar permanentemente a eficiência na gestão, pois qualquer retrabalho gera custos e consequentemente te consome margem, e adequar nosso portfólio de produtos para sempre sermos competitivos. Tudo isso permeado com o “compromisso com o cliente” que mencionei no início desta entrevista.

Tudo sobre a Santiago & Cintra Geo-Tecnologias, você encontra em www.santiagoecintra.com.br

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MG: Qual o futuro do grupo Santiago & Cintra? EO: Ser a empresa líder em todas as áreas em que atuamos, não é tarefa fácil. Estamos nos reinventando o tempo todo, seja do ponto de vista da gestão de negócios, da busca da eficiência, seja do ponto de vista tecnológico. Fomos a primeira empresa a trazer Estações Totais ao mercado brasileiro, a primeira a vendar GNSS RTK, a primeira a introduzir o conceito de “automação topográfica”, a comercializar Drones de asa fixa para aplicações de geomática, a fornecer escaners a laser terrestres. Fomos os primeiros a trazer sistemas de agricultura de precisão. Revolucionamos com novos modelos de negócios e soluções completas, o mercado de sensoriamento remoto e com o desenvolvimento de soluções Web-GIS, as aplicações e gestão das informações geoespaciais. Temos um olhar muito atento a tudo o que acontece em termos tecnológicos, no mundo, e somos muito seletivos em escolher marcas, produtos e tecnologias que atendam as demandas de nossos clientes e agreguem valor efetivo. Não tenho a menor dúvida de que com nossa cultura do “compromisso com o cliente”, seguiremos firmes nessa trajetória de liderança e sucesso. Caso real: Canoinhas Geoassessoria A Canoinhas Geoassessoria, fundada em 1998, tem sua matriz localizada em Canoinhas, no estado de Santa Catarina, com unidades em Jacareí (SP) e em Três Lagoas (MS). Confira abaixo um relato do diretor Gilson Pedrassani sobre a história da empresa e da parceria com a Santiago & Cintra Geo-Tecnologias para a obtenção de tecnologia e expertise. Quando iniciamos nossas atividades, realizávamos trabalhos na área de manejo florestal e abertura de novas fronteiras agro-silvo-pastoris. Naquele momento já sentíamos a carência de bases cartográficas para realização e implantação de projetos, foi o que nos impulsionou na busca de novas tecnologias para produzir bases cartográficas precisas, em pouco espaço de tempo e com baixo custo. No ano 2000, adquirimos nosso primeiro receptor GPS, um Geoexplorer 3 da Trimble, representada no Brasil pela Santiago & Cintra. O salto tecnológico, em agilidade, qualidade e competitividade foi marcante. Foi o início do desenvolvimento de uma imensa gama de aplicações dos sistemas de navegação global, passando pelos receptores que sofriam com a disponibilidade seletiva, DGPS, L1/ L2, RTK, e tantas outras evoluções até chegar hoje aos mais modernos receptores GNSS, que alcançam

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grande precisão e acurácia com tempo de rastreio reduzido. Paralelamente, nos deparamos com a disponibilidade e a melhoria da resolução espacial das imagens de satélite, que foram aumentando com o lançamento de inúmeros satélites, tornando-se mais populares e acessíveis, enriquecendo e facilitando os estudos e projetos nas mais diversas áreas.Desta forma, tivemos também a oportunidade de agregar mais um importante recurso na execução de nossos projetos. A evolução tecnológica, as mudanças no mercado e o rigor ambiental nos obrigam a nos remodelarmos constantemente ao longo do tempo, focando, hoje, na geração e atualização de base cartográfica, adequação ambiental e avaliação de qualidade de povoamentos florestais. Para projetos de abrangência local temos como ferramental os levantamentos de campo com tecnologia GNSS, que ainda demandam muita mão de obra e tempo, apesar de toda evolução tecnológica e otimização dos processos. Para projetos de maior porte temos as imagens de satélite de alta resolução como insumo a nosso favor, entretanto com problemas de disponibilidade restrita quando falamos em determinadas regiões, condições climáticas, tempo de entrega. Desta forma, ainda sentimos uma lacuna no processo, para projetos de médio e pequeno porte, e foi onde vimos no VANT uma alternativa viável. De acordo com esta visão de mercado, em 2011, já sentindo a necessidade de um diferencial para nossos clientes, iniciamos a prospecção, e em seguida testes, com VANT. Após vários testes e análises de equipamentos e software, decorridos um ano e meio, em 2012, iniciamos os primeiros trabalhos com o modelo Swinglet, fabricado na Suiça pela Sensefly, e distribuído no Brasil pela Santiago & Cintra. A parceria entre Canoinhas Geoassessoria e Santiago & Cintra (e GPS Sul, o representante da Santiago & Cintra para nossa região), que se iniciou no ano 2000, perdura até hoje, e foi o grande diferencial na escolha do equipamento Sensefly. Prospectamos e avaliamos periodicamente as melhores geotecnologias disponíveis no mercado para a nossa área de atuação (o setor agro-florestal), participando dos mais importantes eventos – em setembro de 2015 participamos da Intergeo em Stuttgart, na Alemanha – e podemos afirmar que a Sensefly, com seu modelo eBee, é uma referencia no mercado de VANT”. Hoje, desenvolvemos produtos como geração e/ou atualização de base cartográfica, índice de sobrevivência de plantio (através de censo de indivíduos), qualidade e direcionamento de sentido de plantio, diagnóstico do desenvolvimento e


sanidade do povoamento florestal, mapeamento das regiões com mato-competição, stress hídrico, mapas altimétricos agregados a informações de declividade do terreno, área de copa, monitoramento de sinistros - como áreas afetadas por fogo, geada, ventos - localização e concentração dos resíduos pós-colheita, cálculo de volume de pilhas de cavaco e madeira, entre outros.

Nuvem de pontos 3D (coordenadas X,Y,Z) para determinação de volume de pátio de madeira Caso real: Uso da tecnologia RTX na mineração A ETAM Topografia da Amazônia, representante oficial da Santiago & Cintra Geo-Tecnologias no estado do Pará, realizou um estudo comparativo na cidade, a pedido da empresa Mineração Paragominas, para demonstrar os benefícios da tecnologia RTX de correção GNSS. A empresa de mineração utilizava base RTK tradicional diariamente. No estudo demonstrativo, a ETAM utilizou o sistema Trimble RTX, processando dados em tempo real através da modelagem da ionosfera e de algoritmos de compressão capazes de fornecer uma precisão de posicionamento centimétrica em qualquer lugar na superfície da Terra. A tecnologia utiliza dados obtidos em tempo real a partir de uma infraestrutura de estações de referência mundial, para calcular e corrigir a órbita dos satélites - sendo que uma dessas bases está localizada em Belém (PA) e pertence à ETAM - os seus relógios internos, além de diversos outros parâmetros, que são transmitidos ao receptor via satélite ou Internet 3G. Essa estrutura oferece um posicionamento com nível centimétrico confiável, com repetibilidade e alta precisão, disponível em todo o mundo. Para garantir o tempo de atividade aos usuários, todo o sistema Trimble RTX é projetado com alto grau de redundância, que é continuamente monitorado e mantido. A rede global de referência pode acompanhar todas as

constelações disponíveis (GPS, GLONASS, QZSS e outras), para entregar o melhor desempenho de posicionamento em tempo real disponível, bem como um monitoramento das condições climáticas. No estudo, a partir do ponto de apoio foram levantados 40 outros, utilizando, para cada um deles, a estação total eletrônica TOPCON GPT7505 e o receptor TRIMBLE R10 RTK ativado com a correção diferencial RTX. Após o término do levantamento e análise dos dados, a equipe da ETAM concluiu que as diferenças das coordenadas encontradas com estação total e com o R10 RTX foram mínimas e irrelevantes, levando em conta a expectativa para as precisões do serviço de até 10 centímetros; entretanto o levantamento dos 40 pontos ocorreu em tempo menor do que normalmente ocorre. Neste estudo, foram levantados, com o R10 RTX, pontos em locais onde o sinal do rádio (a partir da Base RTK da mina) ou GNSS são de difícil recepção, como dentro da cava da mina. Esses pontos são coletados normalmente com uso de estação total, com tempo de execução mais lento. Outra conclusão foi que o desgaste do coletor de dados é menor, podendo ficar em local seguro com o próprio operador.

Temos um olhar muito atento a tudo o que acontece em termos tecnológicos, no mundo, e somos muito seletivos em escolher marcas, produtos e tecnologias que atendam as demandas de nossos clientes e agreguem valor efetivo.

Ponto levantado com estação total

Mesmo ponto levantado com TRIMBLE R10 RTK RTX Mais informações: www.santiagoecintra.com.br

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ArcGIS Earth x Google Earth Pro Confira nossa análise exclusiva com as diferenças e semelhanças entre o ArcGIS Earth e o Google Earth Pro Por Equipe GEOeduc

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Esri anunciou no fim de janeiro passado a disponibilidade da versão 1.0 do ArcGIS Earth. Confira esta análise exclusiva que preparamos no Instituto GEOeduc e veja as diferenças e semelhanças entre o ArcGIS Earth e Google Earth Pro. Através do ArcGIS Earth é possível trabalhar com dados 3D e 2D, incluindo arquivos KML. O aplicativo para desktop foi elaborado especificamente para usuários que precisam visualizar rapidamente seus arquivos geoespaciais e comunicar informações espacializadas. Confira um vídeo sobre a versão beta do ArcGIS Earth: https://youtu.be/NVJGaKUKHpc Esta é a primeira versão liberada para o público e qualquer usuário poderá navegar nos mapas base e imagens de satélites através do ArcGIS Earth, além de adicionar seus próprios conteúdos ou até mesmo alguns serviços, tais como serviços de KML.

Demonstração do ArcGIS Earth no Youtube

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Do 2D para o 3D A demanda por dados 3D vem crescendo dia após dia. À medida em que mais empresas, governos, organizações sem fins lucrativos e instituições de ensino usam bases de dados tridimensionais – em campos tão diversos como a engenharia, construção e resposta de emergência -, usuários de todo o mundo se beneficiam da experiência imersiva e visualmente atraente única que somente um ambiente 3D pode proporcionar. Tanto o ArcGIS Earth como o Google Earth contam com esses ambientes tridimensionais, permitindo que qualquer pessoa com um navegador web possa exibir facilmente, criar e compartilhar informações de localização em 3D. Ambos também são amigáveis para profissionais que não sabem necessariamente o que é um GIS ou para que serve, mas que desejam visualizar e compartilhar rapidamente informações espaciais. Desta


Demonstração do Google Earth Pro no Youtube forma, permitem uma rápida comunicação da informação espacial, especialmente em grandes empresas com muitos usuários que trabalham de forma colaborativa e precisam compartilhar imagens e mapas. Por dentro do Google Earth Pro No início de 2015 uma notícia “bombou” no setor de Geotecnologia e levou o site do GEOeduc a um recorde de visitação: a liberação do Google Earth Pro de forma gratuita. Afinal, o que antes custava em torno de 400 dólares, a partir de então passou a ser fornecido de graça, o que gerou uma corrida para o download do software. Assim como o ArcGIS Earth, o Google Earth é um globo interativo em 3D que pode ser usado para ajudar em tarefas como planejamento, análise e tomada de decisões, ideal para usuários corporativos, governamentais e profissionais de todo o mundo que podem aproveitar a visualização de dados e as ferramentas de análise e compartilhamento de ambos os softwares. Dentre as novidades do Pro, em relação à versão básica, estão as ferramentas de medições (áreas, caminhos 3D, etc), impressão de imagens em alta resolução, criação de filmes, geocodificação de endereços em lote, importação de outros formatos de dados, acesso a ferramenta de criação de mapas, entre outras. Veja no vídeo a seguir algumas das principais funcionalidades encontradas no Google Earth Pro: https://youtu.be/Jx17gEWEr8k

Diferenças e semelhanças entre o ArcGIS Earth e o Google Earth Pro Para facilitar a visualização das diferenças e semelhanças entre o ArcGIS Earth e o Google Earth Pro, fizemos uma tabela comparativa, que tem os seguintes itens: importação e exportação de arquivos, banco de dados, conexão a banco de dados externos, fontes das imagens de satélite, ferramentas de medição, carregamento de dados GPS, elaboração de layout básico, entre outras. Acesse este link para baixar a tabela com o comparativo das diferenças e semelhanças entre o ArcGIS Earth e o Google Earth Pro: http://conteudo.geoeduc.com/compare-arcgis-earth-e-google-earth-pro. Bom proveito!


Passo a Passo

Aprenda a usar o Google Cardboard Realidade virtual para todos

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Arlete Aparecida Correia Meneguette Engenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp Campus de Presidente Prudente arletemeneguette@gmail.com

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oogle Cardboard permite uma experiência de realidade virtual com a visualização de fotoesferas, vídeos e animações, além da navegação virtual no Google Earth e Street View. Para ver os panoramas imersivos sonoros, coloque seu smartphone em um visualizador, sendo que há inúmeros modelos disponíveis para aquisição online, como pode ser visto em https://goo.gl/V5b7C1. Para fazer download e instalar o aplicativo em smartphones Android 4.4 ou superior, acesse https://goo.gl/4Z5bC5. Clique em “Instalar” e depois em “Aceitar”, sendo que o download será iniciado automaticamente em seu dispositivo móvel, que deve ter giroscópio. Após a instalação do aplicativo, se você clicar em “Abrir”, ainda no Google Play Store, será exibida uma mensagem solicitando que seja pareado o smartphone com o visualizador. Neste passo é possível informar qual visualizador será utilizado, mas caso seu visualizador seja o padrão do Google, simplesmente clique em “Pular”. Para saber qual visualizador está configurado em seu smartphone, ao executar o aplicativo Google Cardboard, clique no ícone de menu (no canto superior direito da tela) e escolha a opção “Configurações”. Caso esteja usando o Google Cardboard padrão, uma mensagem será exibida confirmando sua escolha, na qual consta a opção “Alternar visualizador”, caso futuramente queira fazer uso de outro que não o padrão. Outro aplicativo, denominado Cardboard Camera, permite a geração de panoramas 360 graus que podem ser visualizados com realidade virtual, sendo que as fotos imersivas podem ser enriquecidas com som ambiente. O app para dispositivos móveis Android pode ser obtido em https://goo.gl/XQ1eW9. Após acessar o Google Play Store, clique em “Instalar” e depois em “Aceitar”. O download será iniciado automaticamente em seu dispositivo móvel. Depois de ter instalado os dois aplicativos em seu smartphone Android você verá dois ícones:

Ao executar o aplicativo Google Cardboard em seu smartphone, você terá acesso a duas opções: “Instalar aplicativos” (sendo que um dos aplicativos sugeridos é Cardboard Camera) e “Minha Biblioteca” (que disponibiliza outros itens: Demonstrações, Canal de Vídeos, Basic Street View App). Na opção “Minha Biblioteca” você poderá clicar, por exemplo, em “Demonstrações” e, para tanto, deverá rotacionar seu smartphone 90 graus no sentido anti-horário e inserir no visualizador, tomando o cuidado de fechar com velcro e usar a borracha ou elástico para reforçar o fechamento a fim de evitar que seu smartphone caia e quebre. A interface do aplicativo Google Cardboard exibe ícones que podem ser explorados: Tutorial, Google Earth, Guia de Turismo, Exposição, Meus vídeos, Photo Sphere e Vídeo de Boas-Vindas. O item “Tutorial” tem somente duas dicas, sendo que a primeira delas é “Pressione o botão para clicar” e a segunda é “Incline para acessar a página inicial”. A primeira dica se refere ao fato de o visualizador Google Cardboard ter um imã na lateral esquerda, que permite fazer seleções na tela do smartphone como se fosse um mouse estilizado. A segunda dica sugere, através de uma animação, que o usuário rotacione o visualizador em 90 graus no sentido horário, a fim de voltar para a tela inicial onde poderá fazer outras escolhas. A segunda opção está associada ao ícone do “Google Earth”. Ao selecionar interativamente essa opção, você poderá navegar virtualmente enquanto visualiza imagens estereoscópicas que conferem a sensação da tridimensionalidade: Ao escolher a terceira opção, você terá acesso a um “Guia de Turismo” e poderá fazer uma visita guiada ao Palácio de Versalhes na França, onde passeará pelos jardins e cômodos reais. A quarta opção, “Exposição”, mostra máscaras e chocalhos em 3D. Enquanto a quarta alternativa permite que você assista aos vídeos que produzir com seu smartphone, a quinta opção “Photo Spheres” favorece que você visualize as fotoesferas que tiver obtido com o aplicativo Google Camera. Finalmente, a última opção exibe um “Vídeo de Boas-Vindas”, mostrando um resumo dos recursos interativos e imersivos do Google Cardboard.


Além de utilizar os recursos do aplicativo Google Cardboard para visualizar e navegar virtualmente, você pode usar o aplicativo Cardboard Camera em seu smartphone. Execute-o e observe os recursos disponíveis, dentre os quais a opção “Configurações”, através da qual é possível bloquear a exposição da câmara durante a captura das imagens, gravar e incorporar o som das fotos, reproduzir o som ao ver uma foto com realidade virtual no Google Cardboard. Quando tiver dúvidas acesse a “Ajuda” ou se tiver sugestões de aprimoramento, envie um “Feedback”. O aplicativo Cardboard Camera oferece alguns panoramas imersivos, os quais podem ser selecionados a partir de uma lista básica. Tendo escolhido o panorama a ser visualizado, toque no ícone para efetivamente ter uma experiência de realidade virtual, em seguida rotacione seu smartphone em 90 graus no sentido antihorário e coloque dentro do visualizador. Ao rotacionar em torno do seu próprio eixo formando 360 graus, você terá a sensação de estar virtualmente no local mostrado na tela do smartphone.

Você também pode se tornar um cidadão fotógrafo usando o aplicativo Cardboard Camera para produzir seus próprios panoramas imersivos sonoros. Para tanto, clique no ícone em forma de câmara fotográfica, localizado no canto inferior direito da tela do aplicativo. Em seguida decida se quer ou não gravar som junto com a imagem, finalmente toque no ícone central em forma de disco alaranjado para iniciar a captura das imagens. Caso queira cancelar o procedimento clique em X. Tendo definido para qual ambiente quer produzir um panorama imersivo, posicione-se em um ponto estratégico que lhe permita uma visão abrangente do entorno, de preferência sem obstáculos próximos que possam causar oclusão. Evite mostrar o rosto das pessoas e as placas dos veículos, por respeito à privacidade.

Para iniciar a captura das imagens clique no disco alaranjado localizado na parte de baixo da tela. Mova seu smartphone lentamente para a direita a fim de adquirir as cenas, mantendo seus braços esticados e firmes, rotacionando 360 graus. Conserve-se sempre no mesmo local, apenas movimente seus pés cuidadosamente em torno do seu próprio eixo corporal. Quando você finalizar a captura das imagens, o aplicativo fará automaticamente a mosaicagem e mostrará o status do processamento.

Seu panorama ficará disponível na galeria junto com as demais fotos de exemplo. Ao selecionar seu panorama, o mesmo será exibido na tela em modo plano, mas basta tocar no ícone centralizado na parte de baixo da tela para visualizar o par estereoscópico, que também foi gerado pelo próprio aplicativo Cardboard Camera. Havendo necessidade de excluir uma das imagens, basta selecionar o item a partir da galeria e clicar no ícone em forma de lixeira. Por medida de segurança, um aviso será mostrado questionando se você realmente deseja excluir o item ou se quer cancelar a operação. Quando estiver usando o visualizador Google Cardboard observe que, para que uma seleção seja feita, é necessário que você mova sua cabeça de tal maneira a que o item desejado seja destacado na tela, como se estivesse mais perto dos seus olhos que os demais itens, em seguida você deve usar o botão lateral (imã) para confirmar sua escolha, como se estivesse usando um mouse. No momento ainda não há a opção de compartilhar seus panoramas, então uma alternativa é a de criar um álbum no Google Photos para organizar seus arquivos, que poderão ser compartilhados publicamente via link ou nas redes sociais. Ao clicar em “Gerar Link”, uma URL é disponibilizada e, no caso deste tutorial é goo.gl/ photos/EtaaEZxqQwKRPM9PA, que mostra a entrada principal da Unesp - Câmpus de Presidente Prudente. Seus panoramas também podem ser divulgados nas redes sociais mas poderão aparecer como imagens planificadas para os demais usuários. Panoramas armazenados na galeria

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GIS NA GESTÃO MUNICIPAL

Smart City e as Geotecnologias Cyberville, Digital City, Information City, U-City, Intelligent City, Knowledge-based City, Telecity, Ubiquitous City. São muitos os nomes associados às Smart Cities, indício de que os conceitos – alguns controversos – ainda estão em formação. Conheça as principais tecnologias e metedologias por trás das cidades inteligentes

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Flavio Yuaca Trabalha na Prefeitura de Goiânia e é especialista em geoprocessamento pela UFPR. Os conceitos apresentados foram discutidos para a proposta de Smart City desenvolvida em conjunto com o BID/ KRIHS/GDPC flavioyuasa@gmail.com

Um drone, ao transportar sensores até o local onde o dado precisa ser obtido, é parte importante para soluções de levantamentos ad hoc. 26

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ue o Brasil já se tornou um país urbano não é novidade para ninguém. O que talvez nem todos se lembrem, é que em meados do século XX mais da metade dos brasileiros morava em área rural. Em cinquenta anos as áreas urbanas de nossas cidades tiveram que acomodar quase 130 milhões de pessoas a mais. De 1960 a 2010 a população urbana aumentou de 32 milhões para mais de 160 milhões. Este rápido crescimento associado a uma capacidade de adaptação, planejamento, investimento e execução inferior à necessária desenhou um cenário bastante conhecido para a maioria das cidades médias e grandes: problemas de mobilidade, segurança, meio ambiente e ocupação do solo, só para ficar nos mais conhecidos. O uso da tecnologia - no seu sentido mais amplo tem sido a resposta para lidar com estes e outros problemas e está na base do conceito de uma Smart City: o uso sistemático de tecnologia para melhorar de forma sustentável a qualidade de vida de seus usuários. Uma cidade não smart é como um avião de passageiros antigo: ele nos leva de um lugar para outro, mas de forma lenta, carregando poucos passageiros em cabines não pressurizadas e a um elevado custo por passageiro. Por outro lado, uma Smart City assemelha-se mais a um jato moderno: transporta centenas de passageiros de forma rápida e segura e ao mesmo tempo demanda, proporcionalmente, menos tripulantes. Assim como não é possível pensar no transporte aéreo atual sem os aviões smart, também não será possível um futuro sem que as cidades sejam smart. É claro que sempre haverá espaço para a poesia do voo em um avião biplano ou de morar em uma cidadezinha charmosa que preservou a forma antiga de vida, mas isso será acessível para poucos. Os Sistemas de Informação Geográfica (GIS) tradicionais e as geotecnologias associadas são e continuarão a ser utilizadas para administrar cidades. Sem

dúvida fazem parte da infraestrutura de uma Smart City. Mas as demandas estão ficando cada vez mais complexas e é preciso evoluir, integrar e oferecer novas soluções. Do ponto de vista tecnológico – uma Smart City não é só tecnologia – uma das partes mais visíveis é a sala de gestão da cidade, conhecida por siglas como CGI (Centro de Gestão Integrada), IOCC (Integrated Operations and Control Center), CCO (Centro de Controle Operacional) e outras. Esta sala está interligada, através de uma rede de comunicação, a sensores espalhados pela cidade, que trazem dados sobre o nível de um rio, o volume de chuva, a quantidade de veículos em um cruzamento, a posição de uma ambulância em situação de prioridade semafórica, a aglomeração de pessoas em uma praça, a imagem de um local de descarte irregular de resíduos. A maioria dos sensores são equipamentos eletrônicos, mas técnicos de campo também podem fazer parte da rede. Tudo aquilo que captura dados sobre a cidade, do ponto de vista do IOCC, pode ser considerado um sensor. Um drone, ao transportar sensores até o local onde o dado precisa ser obtido, é parte importante para soluções de levantamentos ad hoc. O IOCC coordena o que chamamos de A-A-I-D-E (Acquire, Analyze, Identify, Decide, Execute): sistemas especialistas analisam os dados capturados pelos sensores tentando identificar padrões. O padrão alvo mais comum é aquele que representa uma possível anomalia: movimento de ser vivo em uma creche de madrugada, caminhão de lixo fora da cerca eletrônica, índice pluviométrico acima do limite, botão de pânico pressionado por um cidadão ou congestionamento em um logradouro. A maioria destas análises envolve operações espaciais, conhecidas há décadas pela comunidade GIS. Uma chuva acima da média em um solo firme leva a uma conclusão bastante diferente


da mesma chuva em solo propenso a deslizamentos. É fácil perceber a necessidade de um GIS para combinar dados de pluviometria, com mapas de solo, declividade e ocupação e decidir se um alarme deve ser emitido. Uma ocorrência de “caminhão de lixo fora da rota” envolve a operação espacial que determina se um ponto (posição do caminhão) está fora de um polígono (área de serviço). O GIS é ubíquo em uma Smart City. Uma vez que o padrão foi identificado, o protocolo a ele associado é ativado e decisões são tomadas. Por exemplo, no caso de acúmulo de veículos em um cruzamento, um sistema especialista será utilizado para analisar histórico, estatísticas, mapas que modelam a topologia da rede de logradouros e os dados dos veículos e, eventualmente, tomar a decisão de aumentar dois segundos no tempo de verde. Após a tomada de decisão, é preciso executá-la. A execução pode ficar a cargo de um operador humano ou de uma máquina. No exemplo dos semáforos é

impossível a execução manual. Em uma cidade de porte médio como Goiânia são mais de 600 cruzamentos semaforizados que devem ser reprogramados várias vezes por dia. Nesta situação o próprio sistema especialista que decidiu aumentar em 2 segundos o tempo de verde deve ser capaz de comunicar-se com os controladores semafóricos informando os novos parâmetros. Em resumo, sensores capturam dados sobre a cidade, sistemas especialistas fazem análises, identificam padrões, tomam decisões e executores implantam a ação A-A-I-D-E. Sensores, sistemas especialistas e executores podem ser hardware/software, humanos ou uma combinação dos dois. Em uma Smart City a tendência é privilegiar a automação e reduzir a intervenção humana. Evidentemente muitos procedimentos ainda não podem ser automatizados, mas faz parte do conceito de uma Smart City a busca pela automação.

O IOCC abriga, além dos sistemas especialistas, os responsáveis pela operação da polícia, bombeiros, defesa civil, trânsito, transporte coletivo, ambulâncias, coleta de lixo, saneamento, eletricidade e outros grupos que atuam no mesmo espaço geográfico. Quando o IOCC identifica uma anomalia, os responsáveis estão em uma mesma sala e podem, de forma muito mais ágil, integrar seus esforços para responder à situação. O bombeiro que identificou a necessidade de desviar o tráfego por causa de uma ocorrência está sentado ao lado do responsável pelo trânsito da cidade. Além disso, a grande quantidade de dados disponíveis tende a melhorar a qualidade das decisões. Os dados de trânsito e da concessionária de eletricidade, que em geral residem em sistemas especialistas, podem ser acessados através de uma única interface, conhecida como IOCC-Layer-1. Os sistemas especialistas compõem o chamado IOCC-Layer-2. Ou seja, no IOCC-Layer-2 estão sistemas que originalmente operam de forma independente, como um

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controle semafórico adaptativo, sistemas de vídeo-monitoramento ou de alarme contra deslizamentos. O IOCC-Layer-1 pode ser visto como um GIS fortemente voltado para a integração entre estes sistemas, permitindo que análises sejam executadas utilizando objetos que residem em diferentes plataformas. O IOCC passa a ser, então, o cérebro da cidade, onde as decisões são tomadas, de onde partem as ordens, repositório do conhecimento e da inteligência. No futuro, é provável que o gerente do IOCC se transforme no prefeito executivo. Tipicamente o IOCC trata situações relacionadas com: • Anomalias: um acidente de trânsito, violação de cercas eletrônicas, congestionamentos, alagamentos, invasões de prédios monitorados, vigilância de áreas públicas, descarte de resíduos em local proibido, estacionamento em fila dupla, excesso de velocidade. • Gerenciamento de crises: inundações, deslizamentos, desastres de grandes proporções, greves do transporte coletivo, manifestações, blackouts. • Planejamento e controle de eventos atípicos: Copa do Mundo, Olimpíadas, grandes shows, visitas ilustres que atraem multidões. • Planejamento e controle de operações cotidianas: transporte coletivo, coleta de lixo, atualização da planta de valores, campanha de vacinação, fiscalização. • Métricas, monitoramento e avaliação (M&A) das ações governamentais: As creches estão sendo construídas no ritmo adequado? Quantos dias a prefeitura leva para emitir uma licença de uso do solo? Está dentro da meta? A arrecadação de IPTU está de acordo com o previsto? Quais escolas estão com problemas no IDEB? Quantos quilômetros de congestionamento temos neste momento? Um IOCC possui dashboards com indicadores que mostram os dados mais atuais – alguns em tempo real – referentes à situação da cidade e da administração. O IOCC emite alertas sempre que encontra algo anormal. Isso aumenta a agilidade das respostas. A tendência é que reuniões de planejamento, avaliação e cobrança de resultados entre o prefeito e os secretários ocorra no IOCC.

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Desafios A adoção sistemática dos conceitos de Smart City enfrenta grandes desafios, tecnológicos e não tecnológicos, como os exemplificados a seguir: • Uma das bases da Smart City é o trabalho integrado entre vários agentes que atuam no mesmo espaço geográfico. No caso do Brasil, estes agentes podem ser municipais, estaduais, federais e da iniciativa privada. Às vezes não é possível sequer colocar em uma mesma sala os operadores de diferentes secretarias que fazem parte da mesma prefeitura. Um sinal que pode indicar problemas neste aspecto são cidades que possuem diferentes centros de controle: um é gerenciado pelo órgão de segurança pública do estado e outro pela secretaria municipal de trânsito, por exemplo. Uma Smart City não exige que todos estejam no mesmo local físico, apesar da prática ter mostrado que há grandes vantagens e sinergia quando isso ocorre. Mas é obrigatório que todos estejam logicamente integrados e que as ações sejam desenvolvidas em conjunto. Não existe Smart City sem integração. • A comunidade GIS conhece há bastante tempo a dificuldade para manter um cadastro atualizado. Não é incomum as cidades trabalharem com dados censitários do início da década ou ortofotos obtidas há alguns anos. A base de dados de uma Smart City exige atualizações mais frequentes. Os dados pluviométricos devem ser atualizados várias vezes por hora, no caso de uma tempestade. O cadastro de contagem de veículos para fins de controle semafórico adaptativo não pode ficar mais do que alguns poucos minutos sem sofrer atualização. Não estamos mais falando de anos e meses. Estamos lidando com horas e minutos. Para tornar o desafio ainda maior, um GIS tradicional de uma cidade como Goiânia lida com cerca de 380.000 lotes e 14.000 logradouros. Em uma Smart City de porte similar os registros de 1.200 ônibus, capturados uma vez a cada cinco segundos geram rapidamente bases de dados de milhões de registros. Desafios como estes sugerem o aprofundamento de discussões de conceitos relacionados com M2M (Machine to Machine

Communication), modelagem (uma Smart City tende a exigir representações da cidade mais próximas da realidade), VCA (Video Contents Analytics para automatizar a identificação de anomalias em imagens), Big Data, IoT (Internet of Things), interoperabilidade, AI (Inteligência Artificial, incorporada aos sistemas especialistas), o resgate de conceitos antigos como SCADA (supervisory control and data acquisition) e a organização do Estado orientada para resultados. Muitas cidades têm adotado algumas soluções típicas de uma Smart City, mas, com raras exceções, são abordagens não sistemáticas, pontuais. São iniciativas importantes e talvez estejam no limite do possível. Entretanto, o agravamento dos problemas exige uma implantação mais completa, integrada. A grande relevância das Smart Cities para a qualidade de vida dos cidadãos torna esta alternativa natural e obrigatória quando o assunto é o futuro de nossas cidades.

Imagem típica de um IOCC, com um grande painel de visualização (vídeo wall) ao fundo. Há questionamentos sobre a utilidade e o custo benefício deste tipo de painel, que muitas vezes tem sido mais utilizado para fins de divulgação do que para uso em situações reais

Rede de sensores e a rede de comunicação principal (fibra óptica) previstos para o projeto de Smart City em Goiânia (GO)



INFORME PUBLICITÁRIO

Curso Completo de AutoCAD P

ioneiro no mercado de programas para arquitetos e também para os demais profissionais da construção civil, o AutoCAD ainda possui um grande número de usuários que lhe são fiéis em seu uso diário de rotinas de trabalho. De propriedade da gigante Autodesk, a fabricante se empenha a cada ano no lançamento de novos features com objetivo de proporcionar aos usuários maiores facilidades nas rotinas e no uso do programa. Independente de qual programa para Arquitetura que o usuário utilize, a otimização de tarefas é o que sempre deixa um programa mais atrativo. A utilização de comandos paramétricos assim como a elaboração de blocos inteligentes vem se tornando o alvo das versões mais recentes. Muito se especula sobre seu desuso em virtude do surgimento de novos programas com funções paramétricas especificas e mais complexas que o AutoCAD, que de certa forma trabalham com mais

eficiência em produtividade. Contudo ainda falta muito para o programa deixar de fazer parte do universo da construção civil, já que ainda há muita resistência no seu desuso. Atualmente muito utilizado na grande maioria dos escritórios de arquitetura, sua excelência na qualidade final da apresentação de projetos é um dos fatores que ainda o mantém no topo da lista dos programas mais procurados por quem integra a área. O tempo de domínio e a agilidade que o programa proporciona aos iniciados é também um dos pontos atrativos se comparado ao tempo de domínio de programas mais complexos, pois em pouco tempo de estudo o ingressante já estará apto a desenvolver desenhos de baixo a médio grau de dificuldade com grande desenvoltura. Atualmente é muito conhecido como “porta de entrada” para o mundo da Arquitetura. Aulas de programas para arquitetura integram a grade curricular de muitas faculdades e universidades do Brasil, contudo são poucas que conseguem com eficiência ensinar ao aluno o mínimo necessário para elaboração de seus próprios projetos, o que os obriga a buscar por cursos extracurriculares. A proposta do Curso de AutoCAD, com abordagem em Projetos de Prefeitura, é ensinar os conceitos básicos e intermediários do programa em sua mais recente versão, com uma abordagem prática sobre as questões profissionais não abordadas em sala de aula. Este curso é de autoria da Arquiteta Luciana Paixão, autora do e-book Projetos de Prefeitura - o Manual do profissional da construção civil, que foi a pioneira na elaboração de projetos com este objetivo. A fórmula do curso agrega os comandos básicos tão necessários no AutoCAD para quem precisa aprofundar-se na área com conhecimento prático e técnico. Esse e outros cursos de arquitetura para iniciantes, estudantes ou profissionais que desejam aprimorar seus conhecimentos são encontrados em www.aarquiteta.com.br. Mais informações: www.aarquiteta.com.br/curso-autocad-completo. Use o cupom MUNDOGEO no carrinho e ganhe 10% de Desconto em qualquer curso.

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Tutorial MEMOCAD

SOLUÇÕES PARA O SIGEF Da importação dos dados à produção das peças

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Maria Nely Alvarenga Lima Matemática formada na Universidade Católica de Minas Gerais, desenvolvedora do software MEMOCAD (www.memocad.com.br). Desenvolve software para topografia e ministra cursos de montagem de processos para Georreferenciamento de Imóveis\ Rurais, Loteamento Urbano, Rural, Reserva Legal, Uso e Ocupação do Solo. nelyalv@memocad.com.br

omo existem muitos softwares de topografia no mercado, foi encontrada uma forma simples para facilitar o trabalho do profissional utilizando direto o AutoCAD. Foram desenvolvidos recursos para execução dos trabalhos topográficos, que permitem produzir com segurança e rapidez as peças técnicas para georreferenciamento de imóveis rurais seguindo a 3ª Edição da Norma Técnica e gerando automaticamente a planilha do Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF) para requerer Certificação.

Importar dados

O MEMOCAD importa dados de relatório de qualquer marca de GPS, criando uma planilha. Com segurança, descarta erros de digitação, pois os dados são importados automaticamente dos relatórios de qualquer marca de GPS. Portanto não importa a marca de GPS que você utilizar.

Montagem do processo O MEMOCAD apresenta barras de ferramentas com uma interface prática, fácil e funcional para fazer a montagem do processo de georreferenciamento. São passos que vão desde a importação automática dos relatórios de dados no GPS até a geração da planilha que será enviada online no SIGEF para requerer a certificação.

FUNÇÕES DA BARRA DE MONTAGEM SIGEF

1 Importar dados GPS Importar os dados do relatório do GPS gravando-os numa planilha Excel (Planilha base).

Processo de importação

Exemplo de Tabela gerada na importação dos dados do relatório GPS

Desenhar pontos

2 Desenhar pontos

Desenha os pontos lidos da planilha base, em camadas e cores diferentes.

3 Organizar planilha

Organizar os dados da planilha base, selecionando/ filtrando dados selecionados, de uma poligonal ou planilha Excel.

4 Verificar erros

Verifica os erros de nomenclatura, duplicidade, padrão.

5 Montagem 3

a Edição completo Desenha a planta do imóvel, gera todas as peças técnicas, memorial descritivo UTM e SGL, planilha SIGEF e outros relatórios.

Facilidade de desenhar os pontos do perímetro do imóvel conforme os dados da planilha criada na primeira etapa. Desenha os pontos da planilha selecionada (dados do relatório GPS importado), desenha a poligonal dos pontos selecionados e identifica a nomenclatura (código) dos vértices. O profissional organiza os pontos do perímetro de acordo com o caminhamento exigido pela Norma Técnica (iniciando no ponto mais ao norte no sentido horário). O profissional desenhará a linha perimetral na ordem acima indicada.

6 Gravar no Servidor

Grava os pontos numa pasta SERVIDOR e verifica duplicidade.

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Exemplo de desenho de pontos lidos na tabela


Organizar pontos

Identificação do Sistema de Referência Geodésica (Datum), Meridiano Central e Hemisfério de localização do perímetro. Extrai, automaticamente, os dados dos vértices da poligonal selecionada, criando uma nova planilha (PLANILHA_BASE) com todas as informações para gerar a planilha ODS. Essa PLANILHA_BASE passará por todas as etapas de verificação de erros antes da geração da planilha ODS.

Confere nomenclatura de pontos, duplicidade, preenchimento de altitude zero e informa a quantidade de pontos tipo M, P e V no perímetro trabalhado.

Montar. 3ª. Edição completA

Essa PLANILHA_BASE que foi construída em 3 FUNÇÕES BARRA MONTAGEM SIGEF(1, 2 e 3) e revisada na função 4, será a função principal na elaboração automática de todas as peças técnicas do processo georreferenciamento e a planilha ODS para a certificação do imóvel rural. Relação das peças técnicas produzidas: Arquivos Literais e Arquivos Gráficos.

PLANILHA BASE Gera Memorial descritivo em coordenadas UTM e SGL. Planilha ODS para a certificação on-line do imóvel. Exemplo de Planilha base gerada na importação dos dados do relatório

Relatório de Reconhecimento de Limites, Folha de Rosto e outros. A planta será desenhada em coordenadas UTM e SGL. Será produzida uma tabela de coordenadas: UTM, geodésicas

Verificação de erros

Reduz tempo de trabalho e orienta o profissional para evitar erros junto ao SIGEF no momento da certificação, Evita erros grosseiros de repetição de nomenclatura (código) de vértices e preenchimento de altitude zero e outros.

e no Sistema Geodésico Local (SGL).

Tabela de coordenadas UTM, Geográficas e SGL

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Planta do imóvel

Essa importante etapa visa a gravação de todos os dados manipulados na construção do processo de georreferenciamento fornecendo informações para o gerenciamento da utilização de novos códigos de vértices. Isso impedirá a repetição de códigos de marcos que serão recusados pelo SIGEF no momento da certificação e evitará o acréscimo de 100 unidades na nomenclatura (código) dos pontos e vértices virtuais. Impedirá a criação de dois vértices apresentando duplicidade de coordenadas no perímetro. Alerta aos cartórios: a numeração com inserção de 100 nos pontos e vértices virtuais, surgiu devido ao descontrole na codificação dos vértices do perímetro do imóvel, fato esse que acontece na repetição da nomenclatura (código), dos mesmos em imóveis já certificados.

Exemplo de planilha ODS para ser enviada online no SIGEF

Gravar no Servidor

Todos os dados que foram utilizados farão parte do banco de dados continuamente, permitindo controle geral da numeração dos marcos, pontos e vértices virtuais.

PASSOS PARA FAZER CERTIFICAÇÃO DE LOTES 1 – Criar uma pasta de projeto na área de trabalho, para colocar todos os arquivos de relatórios de GPG. 2 – Criar um arquivo novo DWG, dentro da pasta. 3 – Importação relatório de dados do GPS de vários dias de levantamento. Pode ser feito por cada relatório diário ou por tipo de vértices, etc. (Botão 1 – Importar dados). 4 – Desenhar todos os pontos. Salvar num arquivo GERAL (DWG). (Botão 2- desenhar pontos). 5 – Juntar todos os pontos importados numa única planilha. PLANILHA GERAL. (Botão Auxiliar - Juntar planilhas). Para cada LOTE: 6 – Abrir o ARQUIVO GERAL e desenhar o perímetro do LOTE. A poligonal deve ser desenhada a partir do ponto mais ao norte e no sentido horário do caminhamento do perímetro do mesmo.

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Exemplo de erros encontrados após a certificação de imóvel rural já registrado no SIGEF, que o MEMOCAD acusará no momento da construção do trabalho: Vértice com altitude 0,001(zero) erro que compromete o cálculo da área; Nomenclatura (código) de ponto com adição de 100 ( XXX-P-1007587), pois já existia esse código em imóvel outro anteriormente certificado XXX-P-7587 registrado no SIGEF.

7 – Organizar pontos de cada Lote – Extrai da planilha geral as informações correspondente a cada Lote. Cria individualmente uma planilha para cada lote. (Botão 3- Organizar planilha) 8 – Preencher as informações e conferir nomenclaturas dos vértices, tipos de posicionamento , tipos de limites, CNS, matriculas e confrontações 9 – Poderá também preencher automaticamente os confrontantes e os códigos de posicionamento e limites usando os botões: Botão Auxiliar – Imprimir Confrontantes e Botão Auxliar – Exportar Confrontantes, métodos e Limites. 10 – Verificar os erros (Botão 4 - Verificar erros) Revisar até não apresentar erros. 11 – Fazer todas as peças técnicas do Lote (Botão 5 – Montar 3ª. Edição Completo) 12 – Gravar as informações de controle de vértices na pasta C:/SERVIDOR Serão verificados erros de duplicidade, repetição de código em relação aos dados já registrados no Servidor. (Botão 6- Gravar no SERVIDOR) Repetir os passos de 6 a 12 para cada lote.



GEOQualificação Plataforma novinha em folha Numa era na qual a informação é transmitida rapidamente para qualquer lugar do mundo, o ensino não poderia se manter nos antigos moldes. Hoje, a população permanece conectada em qualquer lugar – seja no trabalho ou na padaria – e por isso a educação à distância cresce cada vez mais, se adequando ao dia-a-dia das pessoas. Pensando nisso, estamos constantemente buscando meios de inovar em nossas formas de levar o conhecimento sobre Geotecnologias a quem necessita, e atualizamos recentemente nosso ambiente virtual de aprendizagem para uma plataforma mais rápida, completa e ao mesmo tempo “clean”. Há tempos estávamos buscando uma plataforma mais rápida e simples de usar, e por isso atualizamos nosso ambiente virtual de aprendizagem, o que surtiu efeito nos primeiros dias de implanta-

7 aplicações das novas imagens do satélite CBERS-4 Já estão disponíveis gratuitamente as imagens obtidas pela câmera MUX do satélite sino-brasileiro CBERS-4 em seu catálogo online. Lançado em 7 de dezembro de 2014 a partir da base chinesa de Taiyuan, o CBERS-4 é o quinto satélite do Programa CBERS e conta com quatro câmeras, sendo duas brasileiras (MUX e WFI) e duas chinesas (PAN e IRS). A MUX é uma câmera de 20 metros de resolução espacial que registra imagens nas bandas do azul, verde, vermelho e infravermelho em faixas distintas, com campo de visada de 120 quilômetros e frequência temporal de 26 dias. Destacam-se como aplicações potenciais:

ção. O estudo autônomo requer ambientes descomplicados, e foi o que encontramos. Com um design moderno e elegante, algumas das novidades presentes na nova plataforma de ensino e aprendizagem do GEOeduc são os novos recursos de interatividade entre os alunos, proporcionados por uma versão atualizada do Moodle, o sistema livre mais usado no mundo como ambiente virtual de aprendizagem. Também estão presentes novos recursos, como o gerenciamento de prazos para as matrículas e a inserção de conteúdos no calendário dos alunos, criando assim uma espécie de “timeline” dentro do ambiente de aprendizagem. Além disso, a nova versão permite acessar arquivos por meio do Microsoft Skydrive, existem novas opções no calendário, a recuperação de senha foi simplificada, entre outras melhorias. Além dos já conhecidos diferenciais - como o suporte online, a tutoria especializada e o atendimento via chat, email, skype, telefone, redes sociais e até whatsapp -, o GEOeduc conta a partir de agora com uma nova plataforma, mais moderna e prática, onde os alunos vão acessar todo o conteúdo dos seus cursos e webtreinamentos de forma simples e dinâmica. Com isso, o GEOeduc reforça seu compromisso com a inovação e a educação sem fronteiras, mas principalmente com seus alunos, que podem ter a certeza de que vão contar sempre com o que há de mais moderno em qualificação e atualização profissional no setor de Geotecnologias. Eduardo Freitas, engenheiro cartógrafo, técnico em edificações, coordenador de cursos e pesquisas do Instituto GEOeduc eduardo@geoeduc.com @eduol

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1 Vegetação: identificação de áreas de florestas, alterações florestais em parques, reservas, florestas nativas ou implantadas, quantificações de áreas, sinais de queimadas recentes

2 Agricultura: identificação de campos agrícolas, quantificação de áreas, monitoramento do desenvolvimento e da expansão agrícola, auxílio em previsão de safras, fiscalização

3 Meio ambiente: identificação de anomalias antrópicas, análise de eventos episódicos naturais, mapeamento de uso do solo, expansões urbanas

4 Água: identificação de limites continente-água, estudos e gerenciamento costeiros, monitoramento de reservatórios

5 Cartografia: obtenção de pares estereoscópicos e a consequente análise cartográfica, monitoramento de fenômenos dinâmicos

6 Geologia e solos: apoio a levantamentos de solos e geológicos, mineração

7 Educação: geração de material de apoio a atividades educacionais em geografia, meio ambiente, entre outras disciplinas Como exemplo de aplicação, recentemente a câmera MUX registrou os impactos causados no rio Doce pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração em Mariana (MG).

+ Info http://bit.ly/1pbc1Uy


Veja como usar estilos de superfícies no AutoCAD Civil 3D Por Rafael Colucci Um dos objetos mais importantes do AutoCAD Civil 3D é a superfície e isso se deve ao fato deste objeto ser fundamental em um projeto de infraestrutura, por representar o terreno que está sendo analisado. Além de representar o terreno existente, a superfície servirá de base para a criação de outros objetos, como perfis longitudinais, seções transversais e corredores, fazendo com que seja necessário obter as informações geográficas precisas para construção da superfície. Uma vez que a superfície é criada, devemos utilizar ferramentas do Civil 3D que facilitem a visualização e análise de suas características, e é nesse momento que os Estilos de Superfícies se tornam fundamentais. Além de facilitar durante a tomada de decisões, aplicar estilos em uma superfície permitirá que pessoas que não entendam muito bem o local possam visualizar melhor as nuances do terreno e, desta forma, melhor avaliar seu projeto. Uma outra vantagem dos estilos de superfície é que podemos alterar algumas de suas características visando melhorar a apresentação do terreno. Uma das alterações mais interessantes é a aplicação das cores do arco-íris para visualizar as bandas de elevação de um terreno. Artigo sobre Estilos de Superfície: http://bit.ly/1TZQZof Vídeo da palestra sobre o Civil 3D: http://bit.ly/1pbdsm2

Novos conteúdos no #GEOnaEscola Confira este tutorial em duas partes da série #GEOnaEscola - elaborado pelos Engenheiros Cartógrafos Arlete Meneguette e Felipe Gomes - que ensina passo a passo como modelar uma edificação em três dimensões e visualizá-la em um ambiente de realidade virtual: Parte 1: Veja como fazer modelização 3D de edificações usando SketchUp Make http://bit.ly/1X7ljvk Parte 2: Realizando a visualização 3D de edificações usando Google Earth Pro http://bit.ly/1UNACuj

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Aplique Geointeligência na sua tomada de decisão! Por Arthur Paiva Enquanto muitos estão desanimados com a situação adversa em que se encontra o país, ótimas oportunidades podem se transformar em negócios! O primeiro passo para usar inteligência espacial e geográfica no planejamento de seu negócio é o conhecimento de seu cliente. Informações comportamentais, demográficas, socioeconômicas (…) são fundamentais na elaboração de estratégias de atendimento e vendas. No entanto, é no espaço geográfico onde os fenômenos mercadológicos se manifestam, tornando as ferramentas de Sistema Informação Geográfica (SIG) imprescindíveis no processo de tomada de decisão em qualquer negócio. Veja o artigo e o vídeo e comece agora mesmo a usar Geointeligência nas suas tomadas de decisão: http://bit.ly/1RwVgcE e http://bit.ly/24MnN7P

Conteúdos "0800"

GEOeduc e APROGEO-MG firmam parceria O Instituto GEOeduc tem o prazer de anunciar a definição de novas atividades do convênio de cooperação com a Associação dos Profissionais Geógrafos de Minas Gerais (APROGEO-MG) na área de educação a distância. Fundada em 6 de abril de 2009, a APROGEO-MG é uma associação profissional sem fins lucrativos com sede em Belo Horizonte (MG), onde congrega os Geógrafos que atuam em Minas Gerais para fins de divulgação, valorização e proteção de seus interesses profissionais. “Com o intuito de favorecer nossos associados na constante qualificação para o mercado de trabalho, vemos na parceria com o Instituto GEOeduc uma vantagem imensa para os Geógrafos”, afirma Grazielle Carvalho, Presidente da APROGEO-MG. Para mais informações sobre parcerias, entre em contato através do email tutoria@geoeduc.com

Novos conteúdos gratuitos foram disponibilizados recentemente no site do GEOeduc. Acesse, baixe e aplique agora mesmo este conhecimento! • Vídeo e pdf da palestra sobre banco de dados geográfico no AutoCAD Map 3D: http://bit.ly/1TmM0Oq • Vídeo e pdf da palestra sobre o GPS Garmin Montana: http://bit.ly/1W3Kkr1 • Vídeo da palestra online sobre GIS para Estudos de Mercado: http://bit.ly/1TmM94j • Vídeo e pdf da palestra sobre CCIR, CAR e GeoIncra: http://bit.ly/1U7ZHPV • Vídeo e pdf da palestra sobre o MapInfo: http:// bit.ly/1M39nol • Vídeo da palestra sobre GNSS RTK para levantamentos de campo: http://bit.ly/1OXIQsE • Vídeo da palestra sobre Drones para Meio-Ambiente: http://bit.ly/21T9hMA • Vídeo e palestra sobre como trabalhar com o QGIS desde o Desktop até a Nuvem: http://bit.ly/1OXIT7E • Vídeo da palestra sobre Cartografia Temática: http://bit.ly/1UNCMu3 • Vídeo da palestra sobre como usar GIS para Gestão de Recursos Hídricos: http://bit.ly/1W3KApW Para baixar todos os conteúdos gratuitos, acesse www.geoeduc.com/conteudos-gratuitos

www.geoeduc.com | (41) 3338-7789 / (11) 4063-8848 | cursos@geoeduc.com skype: cursos.geoeduc | whatsapp (41) 9934-9578

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ANUÁRIO 2016 O Anuário de Drones e Geotecnologias reúne empresas que prestam serviços e desenvolvem soluções para clientes físicos e corporativos. Confira a seguir o Guia mais completo de Geotecnologias e Drones do mercado e encontre a solução ideal para a sua necessidade! As empresas abaixo atuam em diferentes ramos de atuação: 1- Dados Geográficos e Imagens de Satélite 2- Mapeamento e Cadastro 3 - Desenvolvimento de Sistemas 4 - Equipamentos (GPS e Estações totais) 5 - Softwares (Imagens, GPS e GIS) 6 – VANTs e Drones 7 – Consultoria

Aerosat Engenharia e Aerolevantamentos Ltda. Soluções em Topografia, Aerofotogrametria, Perfilamento a Laser, GIS e Imagens de Satélite. Serviços de Voo aerofotogramétrico digital, Perfilamento Laser aerotransportado, Ortofotocartas, Levantamentos topográficos GPS, Cadastrais, Mapas temáticos e Uso do solo, Softwares de GIS customizados. Curitiba (PR) (41) 3016-9660 info@aerosat.com.br www.aerosat.com.br 1e2

8 – Georreferenciamento de Imóveis 9 – Geomarketing 10 – Fabricante de Drones 11 – Mapeamento com Drones 12 – Agricultura com Drones 13 – Prestador de Serviços com Drones 14 – Laser Scanner 15 - Imagens aéreas em geral 16 - Inspeção 17 - Cursos de pilotagem de Drones 18 - Instituição de ensino Se precisar de mais informações sobre as empresas abaixo ou se quiser incluir a sua empresa no Anuário 2016, envie um e-mail para comercial@mundogeo.com.

Bentley Como a empresa líder mundial voltada ao fornecimento de soluções em softwares abrangentes para o ciclo de vida da infraestrutura, a Bentley acredita no papel crucial que a infraestrutura deve desempenhar no auxílio à sociedade e na preservação do meio ambiente. São Paulo (SP) (11) 2823-2666 www.bentley.com/pt-BR 5, 7 e 8

Axxiom Soluções Tecnológicas Serviços e soluções de TI, associando engenharia e tecnologia da informação: desenvolvimento de sistemas de GIS; fornecimento de soluções (WFM, OMS, entre outras); desenvolvimento, customização e manutenção de sistemas para o mercado de utilities.

Bradar - Embraer Defesa & Segurança A Bradar é uma empresa de base tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância aérea e terrestre. Integramos desde maio de 2011, o grupo Embraer Defesa & Segurança, passando a adotar os mesmos padrões de excelência empresarial de uma companhia reconhecida mundialmente.

Belo Horizonte (MG) (31) 3280-4900 comercial@axxiom.com.br www.axxiom.com.br/pt-br/index.html 3, 4 e 5

São José dos Campos (SP) (12) 3202-2700 adriana.goncalves@bradar.com.br www.bradar.com.br 1, 2 e 6

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Cia de Geógrafos A empresa visa atender as demandas do mercado para obtenção de Crédito Rural (Banco Central res.4.427/2015) usando Sensoriamento Remoto, Licenciamento Ambiental de Empreendimentos e Topografia/Geoprocessamento (VANTs, GPS RTK e Estações Totais. Serviços de Topografia/Geoprocessamento, Licenciamento Ambiental e Crédito Rural atendendo resolução 4.427/2015 (Sensoriamento Remoto)

Cognatis A mais completa empresa de Geomarketing, Big Data e Inteligência de Mercado. Oferecemos estudos sob medida, Bases de Dados exclusivas (Geopop®) e a mais poderosa ferramenta de Geomarketing do mercado (NETtool®) para ajudar sua empresa a expandir, otimizar vendas ou mapear mercados, clientes e concorrentes.

São Paulo (SP) (11) 98589-9944 ciadegeografos@ciadegeografos.com.br http://brunobertoni2000.lwsite.com.br/ 7, 1 e 4

São Paulo (SP) (11) 3014 6200 contato@cognatis.com.br www.cognatis.com 7, 3, 9, 5

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Delair-Tech Empresa francesa especializada no desenvolvimento de mini-drones de asa fixa para aplicações civis e industriais. Propulsão elétrica, utilização fácil e barata, automatização completa e segura, autonomia para 3 horas e 50 km² de mapeamento por voo. Toulouse, França +33 5 82 95 44 06 contact@delair-tech.com www.delair-tech.com/en/home/ 10, 11 e 6

Droneng Drones e Engenharia A Droneng é uma empresa de mapeamento aéreo com drones e desenvolvimento de soluções em geotecnologias com foco em mapeamentos aéreos diversos, levantamento planialtimétrico e agricultura de precisão. Mude sua visão, veja por cima. Pirapozinho (SP) (11) 3280-4226 contato@droneng.com.br http://droneng.com.br/ 10, 12 e 13

Embratop Geotecnologias Distribuidora autorizada da marca GeoMax, cujo portfólio de produtos inclui uma abrangente linha de equipamentos projetados e desenvolvidos na Suíça e possui um alto nível de confiabilidade e precisão. São Paulo (SP) (11) 5018-1800 emerson@embratop.com.br www.embratop.com.br 4, 2 e 8

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Engefoto Empresa Certificada na ISO 9001. Elaboração de Base Cartográfica (Aerolevantamento Digital e LASER); Tecnologia da informação (SIG); Projetos de Infraestrutura (viária, ferroviária, metroviária, aeroportuária); Levantamentos Cadastrais; Óleo e Gás (estudos e projetos); Supervisão e Gerenciamento (obras e projetos); Sistema Móvel de Mapeamento (LASER, imageamento). Curitiba (PR) (41) 3071-4200 marco.neia@engefoto.com www.engefoto.com.br 1, 3, 14 e 2

Engemap Há mais de 25 anos provendo geo-informação e inteligência para a tomada de decisão. Com multiplataformas tecnológicas e parcerias como ESRI e Trimble, entregamos soluções em mapeamento e aerolevantamento a setores como infraestrutura, mineração, agronegócio, meio ambiente e governos. Assis (SP) (18) 3421-2525 engemap@engemap.com.br http://engemap.com.br/site 3, 14 e 2

Escola Profissional de VANT A EP-VANT oferece cursos de excelência, com instrutores especializados, para a formação completa do profissional que pretende operar com VANT, seja asa fixa ou multirrotor, e no processamento de imagens para extração de informações. Os cursos abrangem: conhecimentos aeronáuticos, pilotagem e o processamento de imagens. diretor@engsirius.com.br contato@g-drones.com.br www.g-drones.com.br/epvant.html 17, 10 e 18


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G drones A G drones executa a montagem, venda e manutenção de VANTs, bem como oferece serviços de imageamento e capacitação voltados para as áreas de mapeamento, topografia, agricultura de precisão, meio ambiente, engenharia civil, mineração e pesquisa.

Memocad A MEMOCAD, tem 10 anos de experiência de desenvolvimentos de softwares práticos, fáceis de usar e ágeis, incluindo consultoria e treinamento para topografia nas áreas de georreferenciamento, loteamento, reserva legal, meio ambiente e topografia em geral.

São Paulo (SP) (11) 3673-1016 (11) 98155-7872 contato@g-drones.com.br www.g-drones.com.br 12, 15 e 11

(31) 3264-9747 nelyalv@memocad.com.br nelyalv@gmail.com 7, 8 e 5

Geomat Somos representante da Leica Geosystems e estamos no mercado desde 1979 na área de topografia, oferecendo produtos e serviços de qualidade. Vendendo , alugando e prestando assistência técnica em equipamentos topográficos para todo o Brasil.

Metro Cúbico A Metro Cúbico é pioneira no Brasil na tecnologia Mobile Mapping, o qual representa o sistema mais inovador de captura de dados geográficos no que se refere à gestão territorial e mapeamento de infraestruturas lineares.

Belo Horizonte (MG) (31) 3273-5253 geomat@geomat.com.br www.geomat.com.br/ 7, 3, 8, 14, 2, 5 e 6

Imagem – Soluções de Inteligência Geográfica Distribuidora oficial da Esri no Brasil, a Imagem acredita que a chave para a compreensão do mundo é a Inteligência Geográfica: entender onde e como cada fenômeno interage com os demais, permitindo que pessoas, empresas e governos consigam dar respostas rápidas e tomar decisões corretas. São José dos Campos (SP) (12) 39468933 comercial@img.com.br www.img.com.br 1, 3 e 5

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(11) 3253-8008 info@metrocubicoengenharia.com.br http://metrocubicoengenharia.com.br/ 7, 3, 8, 14, 2, 5 e 6

Novaterra Soluções em geoinformação com foco em Sistemas de Informação Geográficos (SIG-Web) aplicados à gestão ambiental e de engenharia / infraestrutura; aquisição e processamento de imagens de satélite (especialmente produtos KOMPSAT); mapeamento, estruturação, análise e modelagem de dados espaciais. (21) 3167-3006 novaterra@novaterrageo.com.br www.novaterrageo.com.br 1, 7 e 3


PUCPR A Pontífica Universiade Católica do Paraná, oferece cursos e programas nas diversas áreas do conhecimento, seja na Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado. (41) 3271-1515 www.pucpr.br 18

Satmap A Satmap oferece produtos de conteúdo geográfico com o mais alto padrão de qualidade no mercado de mapeamento digital. De imagens de satélites, ortofotos, a bases cartográficas em parceria com a Engemap, atendemos os diversos setores que demandam informações territoriais, sejam empresas ou instituições privadas ou governamentais. (11) 5185-0500 satmap@satmap.com.br www.satmap.com.br 7, 1 e 2

Sisgraph O portfólio de soluções da Sisgraph une produtos como LPS & ImageStation; ERDAS IMAGINE e APOLLO; GeoMedia, WebMap e SmartClient; e Geospatial SDI e Portal, refletindo 30 anos de experiência no Brasil, e garantindo sucesso e confiança dos clientes. (11) 3889-2000 (11) 3889-2069 mkt@sisgraph.com.br www.sisgraph.com.br/ 7, 3 e 5

Visiona Empresa brasileira integradora de sistemas espaciais. Resultante de uma iniciativa única do Governo brasileiro de estimular a criação de uma empresa integradora na indústria espacial, a Visiona é uma joint venture entre a Telebras, empresa de economia mista do setor de telecomunicações, e a Embraer, empresa privada líder nos setores aeroespacial e de defesa. (12) 2138-5801 contato@visionaespacial.com.br www.visionaespacial.com.br 3e5

Sensormap Geotecnologia A Sensormap oferece soluções customizadas para aplicações em geotecnologia por meio da integração de sensores e desenvolvimento de sistemas, como drones/vant para aerofotogrametria, mapeamento móvel, sistema aerofotogramétrico (SAAPI-V) e calibração de câmaras.

Xdroner Atendemos em todo o Brasil. Imagens aéreas profissionais com câmera de alta resolução e térmica. Segurança e qualidade na satisfação do cliente. Pilotos profissionais.

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Para saber como participar desta seção, envie um e-mail para comercial@mundogeo.com.

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