Revista MundoGEO 89

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SUMÁRIO

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Movimento AgTech - Tecnologias disruptivas na agricultura estão revolucionando digitalmente o campo. E isto é só o começo...

Índice de Anunciantes Anunciante

Página

Allcomp

37

Bentley

9

Embratop

5

Garmin

31

Hexagon

23

Imagem

19

Optech

15

Santiago & Cintra Geotecnologia

6-7, 26-27

Topcon

11

Constelação Planet - A Realidade do Monitoramento Contínuo

Topomig

33-36

Unidesk

30

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Geoqualificação

Visiona

13

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Artigo Big Data

28

Artigo Mapa Solar

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Navegando

Novo mapa 3D global, quatro satélites do sistema Galileo, Módulo de Consulta Pública aos dados do CAR, Lançamento do WorldView-4, parceria entre Esri e Waze, imagens do satélite PeruSat-1 e muito mais

Artigo Nanossatélites

Cursos de Aperfeiçoamento em Geo e Drones, Polylines no Civil 3D, Modelagem Geográfica na Avaliação de Impactos Ambientais

Gestão inteligente dos dados corporativos é chave para Transformação Digital

Simulando e visualizando o potencial de geração fotovoltaica nos telhados na cidade do Rio

Acesse artigos complementares no Portal MundoGEO www.mundogeo.com

Colaboraram nesta edição (MundoGEO e DroneShow): Adriano Vasconcelos, Daniele Benatti, Grupos TopoDrone e Geomind, Guilherme Barroso, José Monserrat Filho, Murilo Oliveira, Pedro Henrique Silva, Wolfram Lange

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Editorial Leitor + Web Online Anuário Geo





EDITORIAL

(R)Evolução no Ensino

Eduardo Freitas Diretor de Operações – Grupo MundoGEO. Engenheiro Cartógrafo, Técnico em Edificações, Pós-Graduando em Gestão Estratégica de EAD eduardo@mundogeo.com

Quer contribuir com a revista MundoGEO/DroneShow? Envie seu artigo ou ideia para editorial@mundogeo.com e vamos conversar!

Um destaque recente foi a nova Universidade denominada somente com o número 42 – uma alusão ao livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias” – onde os alunos aprendem sem a interferência de professores. Muitos criticaram, outros apoiaram, mas poucos ficaram alheios ao assunto, porque este fato é simbólico quanto à (r)evolução pela qual o ensino está passando. O Netflix acabou com as locadoras sem lançar ao menos um DVD físico, o Uber está acabando com os taxistas sem ter nenhum carro, o Airbnb se tornou a maior rede hoteleira do mundo sem ter construído nem ao menos um casebre. Por que as Universidades passariam incólumes pela revolução digital que estamos vivendo? Mas voltando à “42”, fundada por Xavier Niel, a Universidade deverá receber cerca de mil estudantes interessados em programação e desenvolvimento de software, e tem o “singelo” objetivo de revolucionar a educação, assim como o Facebook e o WhatsApp fizeram com a comunicação. Pra isso, a Universidade combina o ensino colaborativo com a aprendizagem através de projetos. Porém, o que geralmente seria supervisionado por um professor ou mentor, na 42 é feito de forma totalmente independente. Esta forma de ensino é muito mais voltada para o mercado, já que os alunos se aprendem como se já estivessem trabalhando em uma empresa. Todos trabalham juntos – como se fosse um co-working – e ao final do projeto a avaliação é feita por um colega, escolhido aleatoriamente. Assim como num game, os alunos vão avançando na “grade”, como se fossem fa-

ses e, ao final, recebem um certificado de conclusão, que pode levar de três a cinco anos. Segundo os criadores da Universidade 42, este método faz com que os alunos aprendam de forma ativa e tornem-se mais independentes, algo valorizado pelo mercado de trabalho. Segundo eles, quem já passou pela escola tem mais habilidades para trabalhar em grupo, discutir e defender ideias. Pessoalmente, eu penso que ainda não estamos prontos para tanta independência assim, ainda mais com a nossa cultura de procrastinação. Imagine quantos deixariam para fazer o projeto na véspera… Da mesma forma, dependendo da idade do aluno, deixar horários e cronogramas totalmente “soltos” poderia virar uma bola de neve. Por outro lado, esta forma de trabalho geraria lideranças naturais, de alunos que tomariam para si as rédeas de seus pequenos grupos e os levariam ao sucesso. Na sua opinião, como você acha que será a Universidade do Futuro? Envie pra mim sua resposta que será um prazer ler e responder: eduardo@geoeduc.com. Geo Academia Em 2017 o MundoGEO#Connect terá um espaço especial para o setor acadêmico: o Geo Academia. Com debates e palestras, o evento vai acontecer de 9 a 11 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Envie no formulário a seguir seu trabalho para o Geo Academia: goo.gl/zxJKRU

Revista MundoGEO 89/DroneShow 6 Publicação bimestral - ano 18

Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Diretor de Operações e Editor | Eduardo Freitas | eduardo@mundogeo.com

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LEITOR + WEB CARTAS, POSTS E TWEETS

Realmente, o mundo está girando em uma velocidade espetacular! Concordo com você Eduardo quando afirma que as tecnologias já são uma realidade e teremos um adorável mundo novo pela frente. Lenilton Ribeiro de Carvalho Primeiramente quero parabenizar pelo projeto. O esforço e a dedicação de vocês é muito grande, pois percebe-se na qualidade do produto. Pode acreditar, o Geo na Escola é o sonho realizado de todos os professores de geografia. Luciano Marçal A abordagem do artigo torna-se excelente no momento em que questiona influências que o Governo Trump poderá exercer face a questões fundamentais para a Humanidade: Importação, exportação, impostos, etc. A incerteza é grande. Vamos acreditar no melhor. Aproveitando, gostei muito do webinar Geo na Escola, apresentado pela Ana e a Elaine. Este tema se encaixa muito bem, historicamente, no exato momento que o Ensino Brasileiro está tratando em aprimorar dois assuntos de real grandeza para o futuro do nosso País, quais sejam: Construção de uma Base Nacional do Currículo do Ensino Fundamental e Reforma do Ensino Médio. Wilson Pinheiro Bossle

Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

Es muy acertado el análisis que haces respecto al Sr. Donald Trump, te diré que por el momento él ha presentado una postura machista, misoginia, discriminatoria, voluble, necia y valentona, que convenció a los estadounidenses que tienen esos principios muy ocultos y no votaban y esta vez si lo hicieron. Esta es la posición que es perjudicial, sin embargo no se conoce (o no conozco) la posición que toma como empresario, que espero esa sea la que lleve por buen camino la economía de ese país y de sus allegados como México. Roberto Carlos Gutiérrez Muito bom estar em sua lista de contatos e receber tantas informações, propostas de formações e trocas de experiência. Parabéns pela iniciativa. Elisangela Soares de Almeida

Olá, não tenho tido muito tempo de acompanhar o conteúdo e as programações de vocês, mas agradeço por me manterem

atualizada. Peço que continuem sempre me informando das programações, e sempre que eu conseguir um tempo vou acessar. Agradeço a atenção de vocês e parabenizo a dedicação de vocês em tornar o conhecimento tão acessível e transmitir de todas as formas possíveis. Laiane Santana Menezes de Araújo Parabéns pela iniciativa e conteúdo muito esclarecedores e didático! Para quem está no zero que nem eu comecei nesse assunto os materiais, tutores, tudo muito didático e esclarecedor e abre a mente a buscar cada vez mais! Ariovaldo Ferreira Debate de alto nível (Tendências e Oportunidades no setor de Geo e Drones), parabéns. Gilcimar Machado Que bom este grupo tão diversificado, desde agrimensores até militar. Muito bom, com certeza todos terão muito o que aprender e muito o que informar também. Margarete Maria José Oliveira

+Lidas Setembro

Outubro

Novembro

Aprovada a Lei que prorroga o CAR. Confira os novos prazos

Novo mapa 3D mundial disponível – modelo de elevação global TanDEM-X

Exército Brasileiro produz dados para cobrir vazio cartográfico na Região Sul

Incra realiza auditoria em certificações de imóveis rurais de todo o Brasil

IBGE divulga novo Mapeamento de Recursos Naturais. Confira!

Como criar pontos virtuais de acordo com o padrão exigido pelo INCRA Autodesk antecipa o futuro com novidades para o setor de Geotecnologia 10

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Satélite PeruSat-1 envia suas primeiras imagens. Confira!

Georreferenciamento de imóveis acima de 100 ha passam a ser obrigatórios



NAVEGANDO Novo mapa 3D global Um novo mapa tridimensional de Terra foi concluído. O modelo de elevação mundial foi criado como parte da missão satélite TanDEM-X, que oferece uma precisão sem precedentes comparado com outros conjuntos de dados globais e é baseado numa base de dados uniforme. Os cerca de 150 milhões de quilômetros quadrados de superfície terrestre foram digitalizados a partir do espaço por meio de sensores de radar. Após a campanha de aquisição global abrangente e o esforço de processamento subsequente, os dados WorldDEM agora estão disponíveis para todo o mundo, incluindo a Antártida e regiões do Ártico, bem como ilhas do Pacífico. Assim, o WorldDEM é o primeiro conjunto de dados de elevação verdadeiramente global que cobre regiões além de 60° Norte e Sul, sem quaisquer áreas ausentes, mesmo na faixa equatorial fortemente nublada.

Quatro satélites do sistema Galileo A empresa Arianespace lançou com sucesso a missão Galileo FOC-M6, que colocou em órbita quatro novos satélites de navegação Galileo, às 13:06:55 UTC do dia 17 de novembro a bordo de um foguete Ariane-5ES. Esta foi a primeira vez que um foguete Ariane-5 foi usado para colocar em órbita satélites do sistema Galileo. Todos os lançamentos anteriores foram levados a cabo por foguetes russos. Os satélites FOC do Galileo fornecem os mesmos recursos que os satélites IOV anteriores, porém com um melhor desempenho e maior potência de transmissão. Tal como definido pela Comissão Europeia, o objetivo do Galileo é oferecer um pacote de serviços incluindo um serviço público livre, um serviço público criptografado regulado e uma função de busca e salvamento. A capacidade do sistema completo está prevista para entrar em vigor em 2020.

Lançamento do WorldView-4 Embrapa pretende MAPEAR os solos brasileiros Um programa vai realizar o mapeamento completo dos solos brasileiros. Coordenado pela Embrapa, o Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) pretende mapear o território brasileiro e gerar dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola, entre muitas outras aplicações. Orçado em até 3 bilhões de reais, o Pronasolos deve gerar ganhos de 40 bilhões de reais ao país dentro de uma década, de acordo com especialistas. O Programa envolverá diversos ministérios e órgãos federais em torno de um objetivo: fazer o mapeamento do solo de norte a sul do Brasil no período entre 10 e 30 anos, em escalas que tornem viáveis a correta tomada de decisão e estabelecimento de políticas públicas nos níveis municipal, estadual e federal – 1:25 mil, 1:50 mil, 1:100 mil, respectivamente.

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A DigitalGlobe confirmou o lançamento com sucesso do WorldView-4, seu mais novo satélite comercial de imagens de altíssima precisão e resolução, a bordo de um foguete Atlas V a partir da base da força aérea de Vandenberg, na Califórnia, no dia 11 de novembro. O satélite WorldView-4, construído pela Lockheed Martin, vai mais do que duplicar a capacidade da DigitalGlobe de coletar as imagens de satélite comerciais de 30 centímetros de resolução espacial – a mais alta do mundo, hoje, para uso civil. Quinto satélite ativo da constelação da DigitalGlobe, o WorldView-4 vai aumentar a transparência e a segurança globais, as aplicações e os serviços de localização, o suporte à resposta às crises humanitárias e muito mais. Assim como seu antecessor – o WorldView-3 – o novo satélite contará com resolução espacial (GSD) de 31 centímetros, porém, com resolução espectral de quatro bandas (Azul, Verde, Vermelho e infravermelho Próximo).



PeruSat-1 envia suas primeiras imagens O satélite PeruSAT-1, projetado e construído pela Airbus Defence and Space, emitiu suas primeiras imagens após seu lançamento em 16 de setembro a partir da cidade de Kourou. Baseado na plataforma flexível e compacta AstroBus-S, o PeruSAT-1 possui um sistema de instrumento óptico com carboneto de silício e resolução espacial de 70 centímetros que irá coletar imagens para uso na agricultura, no planejamento urbano, no controle de fronteiras e no monitoramento do tráfico de drogas, e irá apoiar a gestão da ajuda humanitária e a avaliação de desastres naturais, entre outras aplicações. Construído em tempo recorde de menos de 24 meses, o PeruSAT-1 é atualmente o mais poderoso satélite de observação da Terra na região latino-americana. Resultado de um acordo bilateral entre o Peru e a França, o PeruSAT-1 dá ao país uma capacidade soberana e irá desempenhar um papel fundamental em trazer os benefícios do espaço para sua sociedade.

Georreferenciamento obrigatório acima de 100 ha Desde o dia 20 de novembro de 2016, os imóveis rurais com mais de 100 hectares devem obrigatoriamente ser georreferenciados e certificados em caso de alterações no registro imobiliário, a exemplo de compra e venda, desmembramento, remembramento, sucessão, partilha ou mudança de titularidade. As 30 superintendências regionais do Incra em todo o país já encaminharam ofícios aos cartórios de registros de imóveis na sua área de atuação informando a mudança na regra e se colocando à disposição para solucionar questionamentos e dúvidas relacionadas ao tema.

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Esri e Waze anunciam parceria A Esri anunciou recentemente uma nova parceria com o Waze, o aplicativo gratuito de tráfego e navegação, que tornará mais fácil para os governos, em qualquer lugar do mundo, começarem a construir sistemas de transporte inteligentes em suas comunidades Os governos que já utilizam a plataforma ArcGIS da Esri podem rapidamente e facilmente trocar dados por meio do Waze Connected Citizens Program, uma quota de dados bidirecional, livres, de informações de tráfego disponíveis publicamente. O Waze estabeleceu um padrão em como compartilhar e aproveitar o poder dos dados anônimos para promover uma maior eficiência do transporte e uma visão mais profunda de condições de viagem, com estradas mais seguras. A partir de agora, os governos que ainda não aderiram à tecnologia Esri ou ao Waze Connected Citizens Program, podem se inscrever online para começar a compartilhar imediatamente alertas de fechamento de estradas e outras informações com os seus cidadãos. INFO go.esri.com/pr-waze / www.waze. com/ccp

Módulo de Consulta Pública aos dados do CAR Já está disponível o novo módulo do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que permite ao público acessar os dados dos imóveis cadastrados em todo país. Com a nova ferramenta, qualquer cidadão agora pode baixar informações públicas do cadastramento e os dados georreferenciados dos imóveis cadastrados. O novo módulo disponibiliza um mapa do país com análise temporal e outros filtros temáticos para aperfeiçoar a análise dos dados do CAR – declaração que cada proprietário tem de fazer com áreas degradadas e passíveis de recuperação dentro de suas terras. INFO www.car.gov.br/publico/imoveis/index



CAPA

Movimento AgTech Tecnologias disruptivas na agricultura estão revolucionando digitalmente o campo. E isto é só o começo...

Por Eduardo Freitas. Com informações dos grupos TopoDrone e Geomind

D

urante milhões de anos, a humanidade se desenvolveu de forma nômade, através da coleta e da caça. Sabe-se que, por volta de 8.500 AC, os seres humanos começaram a plantar os primeiros grãos, ao invés de colhê-los na natureza, e por volta de 7.000 AC começaram também a domesticar animais. Mas foi com o surgimento da agricultura, como fonte previsível de alimentos, que a humanidade passou a ter um motivo para se fixar em um local e as primeiras vilas começaram a se formar. Desta forma, a agricultura mudou os hábitos alimentares e os rumos de toda a civilização. Ao longo de milênios, a agricultura se desenvolveu de forma lenta, sendo que em algumas regiões do globo ainda se pratica a plantação e colheita como se fazia há milhares de anos, de forma manual e artesanal. A mecanização do início do século XX e a “Revolução Verde” das décadas de 50 e 60 foram grandes fatores por trás do estouro da produção agrícola, mas agora estamos vivenciando uma nova mudança tecnológica, que tem o potencial de ser ainda mais disruptiva: a revolução digital. O que parece que não teria como melhorar está passando por um salto evolutivo, através do movimento AgTech, no qual empresas - muitas vezes “de garagem” - estão revolucionando o setor. O termo vem de tecnologia de agricultura, em inglês Agricultural Technology ou simplesmente “AgTech”. Ecossistema Para impulsionar essa transformação digital no Agronegócio, está em expansão um imenso ecossistema de startups, formado por empreendedores, investidores, aceleradoras, fundos de investimento e parceiros, além de eventos. Como por exemplo a segunda edição do AgTech Day, que aconteceu dia 1º de dezembro passado em Piracicaba (SP) e reuniu empreendedores para troca de experiências, com organização da ESALQTec, Incubadora Tecnológica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Canatec Coworking e Usina Monte Alegre. Na ocasião, empresários iniciantes puderam estar em contato com outras pessoas com os mesmos desafios, com foco nas oportunidades de negócios e networking. Outro encontro importante foi o Agtech Forum, realizado em São Paulo (SP) em 24 de novembro. Com destaques para Big Data e agricultura de precisão, o Fórum teve como objetivo intensificar o uso de novas

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tecnologias no campo, visando a melhora exponencial da produtividade. Segundo Dan Faccio, diretor da Qualcomm Ventures para América Latina, a AgTech vem emergindo como um ponto crucial de investimento, mas esse ainda é um fenômeno recente. “Assim como muitas outras indústrias antes dela, a introdução da tecnologia digital traz a promessa de transformações profundas e positivas para a agricultura. Mas a ideia de envolver computadores e software em um ambiente de fazendas ainda pode soar estranha”, afirma. Na Qualcomm Ventures, antes de analisar quais startups buscam capital, tenta-se identificar as tendências de disrupção. “Quando aplicamos essa competência para o investimento de risco, ela nos ajuda a estabelecer posições ousadas em ambientes bastante incertos. Isso significa que estamos indo além de temas genéricos como ‘realidade virtual’ ou ‘drones’, procurando investimentos que sejam associados a uma visão particular do mundo” conclui Faccio. Mas ainda que novas tecnologias possam deixar proprietários “com o pé atrás”, todos buscam aprimorar sua produtividade. Isso se dá pela combinação entre hardware e software, o que inclui aplicativos para coleta georreferenciada de dados sobre pragas e condições hídricas; sensores que rastreiam equipamentos e medem a condição de solo; além de terminais onde essas informações podem ser relacionadas a imagens de satélite ou de drones para tomada de decisão. Mas, qual é o papel dessas tecnologias na produção agrícola? De acordo com Fabio Girardi, diretor de Agroindústria da TOTVS, a resposta é simples. Dentro dos softwares de gestão dos produtores - que agilizam processos de contabilidade, faturamento e folha de pagamento - estão dados que podem ajudá-los a melhorar o gerenciamento e tomar decisões precisas. Hoje, sistemas ERPs dispõem, por exemplo, de ferramentas como mapas de calor que mostram, de forma simples e em uma única tela, dados coletados no campo sobre uma área a ser analisada. Além de grandes empresas como Qualcomm e TOTVS, o ecossistema de startups no Brasil vem se desenvolvendo a pleno vapor. A Agronow é uma empresa que criou sua própria plataforma de mapeamento agrícola que estima, informa e projeta a produtividade em menos de um minuto. Em um ambiente web, a solução


da Agronow utiliza tecnologia baseada em conceitos termodinâmicos para determinar produtividade agrícola, permitindo diagnóstico da produtividade. Além de fornecer dados sobre o estágio do cultivo, o sistema permite estimar o potencial produtivo da safra com meses de antecedência e alta taxa de acerto. +Info: www.agronow.com.br. Recentemente a empresa Raízen assinou um acordo com startup brasileira de inteligência artificial Space Time Analytics para inovação no setor sucroalcooleiro, com o objetivo de analisar dados agronômicos, meteorológicos, de drones e satélites em tempo real para melhorar os processos de planejamento, otimização e gestão de riscos da companhia. A partir da parceria, a Raízen poderá prever, com até um ano de antecedência, qual será a capacidade de produção da safra de cana em todas as suas unidades. A primeira solução desta cooperação estratégica automatizou a identificação de 100% das linhas de plantio da Raízen, mapeando as falhas com velocidade 20

vezes maior em comparação a tecnologias convencionais. Além das startups, grandes players do setor de geo e drones estão de olho nesse movimento. Uma das maiores empresas de GIS do mundo, a Esri continua a fomentar a inovação para os desafios da inteligência geográfica através do seu programa de desenvolvimento de startups, que permite que as empresas mais promissoras incorporem a localização analítica em seus serviços e soluções. Centenas de startups de todo o mundo já estão matriculadas no programa, como a Vricon, que está trabalhando para fazer dados tridimensional precisos, de alta resolução, disponíveis em escala global. Para mais informações ou para se inscrever no programa, acesse www. esri.com/startups. A Monsanto também está investindo em um fundo de startups para a agricultura. Com a entrada no fundo Brasil Aceleradora de Startups, criado pela Microsoft, a Monsanto acena para o sentido de acelerar a inovação na agricultura e dentro da própria empresa por

meio do investimento e da interação com empreendedores brasileiros. Além de contribuir com seu investimento no fundo, a Monsanto dividirá com as startups o conhecimento e experiência no agronegócio. Outra gigante do setor de geo que está de olho na Agtech é a Trimble, que anunciou recentemente a consolidação de três softwares para agricultura – Connected Farm, Farm Works Software e Agri-Data – em uma só plataforma de gerenciamento de dados: a Trimble Ag Software. Esta ferramenta tudo-em-um oferece aos clientes uma solução de software agrícola completa, baseada em ambiente web e móvel, que simplifica o gerenciamento de dados para gerar produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. +Info: http:// agriculture.trimble.com/software. Drones No Brasil e no mundo, empresas do setor de drones estão pegando carona no movimento AgTech, já que esta tecnologia tem diversas aplicações no agronegócio, desde

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o mapeamento até a pulverização. Especializada no desenvolvimento de drones para aplicações profissionais, a fabricante brasileira XMobots informou que em 2015, do total de faturamento de R$ 5,4 milhões, 60% vieram da agricultura de precisão. Criada em 2004, hoje a XMobots conta com 50 funcionários. “A empresa já recebeu, entre 2010 e 2015, cerca de R$ 11 milhões em investimento para pesquisa e desenvolvimento de seus produtos de órgãos de fomento como a Fapesp, Finep e CNPq. Se considerado o retorno em impostos, em 2017 todo o valor investido na XMobots já terá retornado para a sociedade”, afirma Giovani Amianti, diretor da empresa. Já para Caio Lúcio Saldanha, Diretor Técnico da Senva Sensoriamento Remoto, a utilização dos drones na agricultura é realidade. “Em especial, o setor sucroenergérico tem chamado a nossa atenção. O potencial de crescimento deste setor estimula o investimento em mecanização dos processos de colheita. É exatamente neste ponto que o drone tem uma grande importância. Com estes equipamentos, aliados a softwares específicos, todo o mapeamento das linhas de colheita pode rapidamente ser feito. Com isso, são gerados todos os dados necessários para a operacionalização das máquinas colhedoras”, conclui. Considerando a evolução das plataformas de drones e a carência tecnológica no mercado agrícola no Brasil, a tendência para os próximos anos é o desenvolvimento de soluções completas que possibilitem a análise rápida da saúde de culturas, incrementando o ganho para os produtores. “Os sensores hiper-espectrais são o que há de mais moderno e completo para aplicações em agricultura de precisão”, comenta Alexandre Mainardi, CEO da Nuvem UAV. Estes sensores coletam imagens com uma grande variedade de espectros de cor, que vão desde o visível até o infravermelho. Estas imagens são ricas em informações e possibilitam a geração de mapas temáticos de propósitos específicos. “No Brasil, a empresa suíça Gamaya desenvolve projetos de análises de culturas em agricultura de precisão com o seu sensor hiper-espectral OXI integrado exclusivamente ao drone Batmap, da empresa Nuvem UAV”, conclui Mainardi.

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Impulso E o uso de geo no campo recebeu um impulso por parte do setor financeiro, quando o Banco Central lançou a Resolução 4.427, em 2015, que obriga instituições bancárias a usar GIS e sensoriamento remoto para fiscalizar operações de crédito agrícola. Veja aqui nossa análise da Resolução 4.427: http://bit.ly/2hhppGs. E em setembro passado, a Associação Brasileira de Bancos passou a adotar a tecnologia de imagens para monitoramento áreas agrícolas que vierem a receber financiamentos de qualquer um de seus 80 bancos associados. A entidade firmou contrato com o Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio, que prestará serviços de sensoriamento, possibilitando aos associados maior agilidade e segurança na condução de suas operações de crédito. Bruno Marascalki, diretor da Goldengeo, tem usado o método IDW com cenas de imagens de satélites de diferentes estágios da plantação, permitindo uma análise temporal com atribuição de diferentes graus de produtividade, o que dá ao produtor um panorama com dados precisos para a tomada de decisão. “Este tipo de produto, além de dar subsídios para o proprietário rural, pode ser usado também pelos bancos para o monitoramento para fins de crédito agrícola”, comenta Bruno.

Fim da fome? Até 2050 o mundo terá 9,6 bilhões de habitantes e para que toda essa população consiga sobreviver, a produção de alimentos terá de crescer 70% em relação ao que era gerado em 2006. É o que diz a FAO, agência da ONU para alimentação e agricultura. Esse avanço só será possível através do uso otimizado dos solos e água, com máxima economia e produtividade, e a AgTech será um elemento crítico para alcançar esta meta. Paulo Henrique Pichini, Presidente e CEO da Go2neXt, destaca o papel da Internet das Coisas (IoT) neste quadro. “Ao entrar no mundo rural, o sensor IoT ‘acende’ áreas antes não digitalizadas. O resultado disso é produtividade, lucro e alimentos de melhor qualidade”, comenta Pichini. Um relatório do instituto de pesquisa BI Intelligence prediz que até 2020 esse setor terá 75 milhões de dispositivos IoT. “Podemos afirmar que essa previsão também se aplica ao setor brasileiro de agribusiness, um dos mais competitivos do nosso país”, conclui. Através da convivência otimizada de redes 4G, Wi-Fi, GPS, além de softwares de GIS integrados a sistemas de gestão e imagens de drones, aviões e satélites, o gestor rural que experimentar toda essa “fartura” de tecnologias vai perceber claramente que sua propriedade deu um salto de conectividade, informação e negócios. A agricultura encontra-se em uma encruzilhada: o mundo precisa produzir mais alimentos do que nunca com recursos limitados. Até onde chegaremos, a partir daqui, exigirá talento e cooperação de agricultores, empresas, governos, universidades e cidadãos. Com isso, poderemos chegar - sem fome - aos quase 10 bilhões de passageiros na nave-mãe Terra em 2050.

Censo AgTech Buscar informações que permitam conhecer o perfil do setor AgTech brasileiro, de modo a contribuir com o desenvolvimento do ecossistema. Esse é o objetivo do 1° Censo AgTech Startups Brasil. Para participar, basta preencher este formulário: http://bit.ly/2gbkgQ5.



Nanossatélites

Nanossatélites Planet A Realidade do Monitoramento Contínuo

O Guilherme Barroso Desenvolvimento de Negócios. MSc. Tecnologia da Informação Geográfica da Santiago & Cintra Consultoria guilherme.barroso@sccon. com.br

Murilo Oliveira Diretor de Desenvolvimento de Produtos e Soluções da Santiago & Cintra Consultoria murilo.oliveira@sccon.com.br

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constante avanço das tecnologias na produção de componentes cada vez menores, mais rápidos e mais eficientes, aliado a novos modelos de negócio e atuação inovadora vem transformando rapidamente o mercado geoespacial. A Planet, empresa de atuação global que constrói e opera a maior constelação de satélites de observação da Terra do mundo, representa a prova mais consistente desta tendência do mercado geoespacial. A Planet monitora continuamente a Terra, utilizando para isso a tecnologia dos nanossatélites, que englobam tanto o aprimoramento de satélites cada vez menores e com maior capacidade operacional, como as tecnologias de comunicação, recepção, processamento e disponibilização. Com um número já impressionante de 63 satélites em órbita hoje e com 150 satélites previstos para estar em operação após os novos lançamentos até o final de 2017, a Planet disponibilizará coberturas diárias da Terra a partir de 2017. A Planet é representada pela Santiago & Cintra Consultoria (SCCON), única empresa autorizada para distribuição e comercialização dos produtos e imagens Planet no Brasil. A SCCON busca, neste artigo, compartilhar com os usuários do Brasil essa inovação que tem aplicação em diversos segmentos, setores e mercados como: Governo, Meio Ambiente, Agricultura, Florestas, Energia, Utilities, Defesa e Inteligência, Empresas de Tecnologia, Universidades e Institutos de Pesquisa. A Planet está sediada na região do Vale do Silício, em São Francisco (EUA), e foi fundada em 2010 por engenheiros da Nasa, com a visão de construir nanossatélites com capacidade de adquirir imagens contínuas da Terra, e em 2013 fizeram grandes investimentos para tornar viável a operação Planet para a cobertura de todo o globo terrestre. A forte bagagem de conhecimento científico dos fundadores da Planet lhe conferiu, desde o início, o caráter de empresa inovadora e com

alta capacidade tecnológica, criando um conceito de aprimoramento constante chamado Agile Aerospace, combinando o conhecimento ágil do setor de Tecnologia da Informação com os conceitos de Engenharia Aeroespacial, que associados aos investimentos realizados na empresa fazem da Planet a empresa de maior capacidade de monitoramento do mundo. Os nanossatélites construídos e operados pela Planet têm dimensões menores que os satélites tradicionalmente em operação, pois utilizam o que há de mais avançado em microtecnologia. Umas das vantagens, como bem descreve Will Marshal, Presidente da Planet, é o custo de lançamento. Diferentemente de outras empresas do ramo, que usam um único foguete para lançar um único satélite, a Planet consegue lançar dezenas de satélites de só uma vez. Os primeiros lançamentos tiveram início em 2014 e já em 2015 o número de satélites em órbita dobrou, modificando para sempre o mercado de sensoriamento remoto orbital. Ainda em 2015, visando interagir com a maior comunidade de usuários de imagens de satélite do mundo, a Planet adquiriu a BlackBridge e passou a ter em seu portfólio também os satélites da constelação RapidEye, operando também a segunda maior constelação mundial de satélites imageadores de alta resolução. “A realidade de imageamento diário já previsto para 2017, somada ao vasto acervo das imagens RapidEye adquiridas desde 2009, acessado facilmente em uma API web são fatores fundamentais no direcionamento de novas ações relacionadas ao monitoramento e gestão mais eficazes para setores importantes como Agricultura e Meio Ambiente”, destaca Murilo Oliveira, Diretor de Desenvolvimento de Produtos e Soluções da Santiago & Cintra Consultoria. Desde 2009, a SCCON tem atuado no mercado brasileiro liderando com inovação técnica e em seu modelo de negócios a distribuição e comercialização de imagens de satélite, a partir do lançamento da primeira constelação de sa-


télites de observação da Terra, formada pelos cinco satélites RapidEye. As imagens Planet são obtidas por sensores óticos, gerando imagens multiespectrais obtidas na região do visível (azul, verde e vermelho) e infravermelho, com resolução radiométrica de 12 bits e são ortorretificadas com 3,1 metros de resolução espacial.

Comparativo de modelos de imageamento da Terra Para adquirir imagens Planet não são necessários pedidos de programação para a aquisição de novos dados, uma vez que os satélites estão sempre adquirindo imagens de forma automática e contínua. Basta uma assinatura ou um contrato continuado de aquisição e disponibilização em plataformas web. O modelo Planet adiciona uma nova forma de aquisição de imagens de uma cobertura, que representa a contratação de um tempo de acesso a uma Plataforma Web (Planet Explorer) para acesso a todas as imagens coletadas. A Planet desenvolveu a sua própria rede global de estações terrestres para apoiar as operações espaciais no recebimento de imagens. Cada estação em terra é composta de um sistema de radiofrequência, juntamente com um servidor em computador local, conectado via conexão segura (VPN) para centralização dos serviços. Os arquivos de imagens são transferidos de um grupo de servidores de estação local para o serviço da Amazon (Amazon Web Service – AWS) para a ingestão de processamento e distribuição de dados.

19/05/2016

Ganhando espaço no mercado As imagens Planet têm sido fortemente utilizadas por importantes agências e organizações em todo o mundo que demandam alta capacidade de recobrimento com alto nível de precisão e qualidade. Dentre os principais clientes globais da Planet, destaca-se a National Geospatial-Intelligence Agency (NGA) dos EUA, instituição extremamente rigorosa quanto à adoção de tecnologias geoespaciais para fins de monitoramento e mapeamento, que assinou recentemente contrato para monitoramento contínuo de várias áreas específicas localizadas em vários países de todo o globo terrestre. Os setores de meio ambiente e agricultura também são fortemente favorecidos pelas soluções Planet. Com o volume de dados gerados por dia é possível acompanhar plantações e monitorar o calendário agrícola de culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, trigo, dentre diversas outras. Para a área de meio ambiente, as contribuições do uso das imagens Planet são imensas e deverão modificar completamente o atual modelo de monitoramento e gestão ambiental, contribuindo de forma eficaz com as atividades de licenciamento, monitoramento, fiscalização e controle do desmatamento ilegal. A SCCON também está preparada para atender as demandas específicas dos usuários de imagens de satélite de acordo com cada projeto e necessidade, além de processamentos e desenvolvimento de soluções de GeoTI.

08/08/2016

Com o volume de dados gerados por dia é possível acompanhar plantações e monitorar o calendário agrícola de culturas como soja, milho, cana-deaçúcar, trigo, dentre diversas outras.

03/11/2016

Evolução das Fases do cultivo do trigo – monitoramento feito com imagens Planet em 3 meses distintos – São Luiz Gonzaga (RS)

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GEOQualificação Cursos de Aperfeiçoamento em Geo e Drones

Modelagem Geográfica na Avaliação de Impactos Ambientais

Quem trabalha com Gestão Territorial sabe da complexidade e das diversas ferramentas utilizadas no dia-a-dia, como GIS, GNSS, Sensoriamento Remoto, CAD e até mesmo VANTs e Drones. Pensando nisso, o Instituto GEOeduc – com apoio do Grupo MundoGEO e do Instituto de Engenharia do Paraná – oferece um conjunto de módulos introdutórios sobre Gestão Territorial, tanto para quem já trabalha ou para quem deseja atuar nesta área. Nós sabemos da necessidade que existe de ter uma formação completa em gestão territorial e, pensando nos profissionais e iniciantes que desejam dar um grande passo com projetos na área de Gestão Territorial Rural, vamos mostrar para você dois cursos da trilha de aprendizagem, com uma carga horária total de 120 e 180 horas (sem contar conteúdos complementares), num treinamento que oferece material teórico e vídeos explicativos totalmente digital. Saiba mais aqui: http://bit.ly/2ghWCNX. Muita gente nos pergunta como se capacitar no setor de Drones, mas precisa de um curso rápido que forneça qualificação profissional pra atuar neste mercado em franca expansão… Por isso, conversamos aqui com os instrutores do GEOeduc e agrupamos os cursos online existentes, incluímos arquivos de webtreinamentos e criamos um curso de aperfeiçoamento em Drones com 88 horas de duração. Confira: http://bit.ly/2gW3LDC.

Dentro do contexto de responsabilidade socioambiental, a avaliação de impactos ambientais se mostra um tema de alta relevância, por ser essencial na gestão ambiental de determinada área. O uso do SIG dentro da modelagem geográfica de qualquer área se mostra crescente dentro do contexto ambiental. As Avaliações de Impactos Ambientais são esforços realizados para identificar, prever, analisar e prevenir os impactos que determinados projetos podem causar à saúde, ao bem-estar humano e ao meio ambiente. Esses estudos visam identificar, mitigar e prevenir os danos causados pelas atividades antrópicas ao ambiente no qual essas atividades são praticadas. Assim, o SIG apresenta papel central dentro da modelagem dos fenômenos ambientais presentes em determinada área. Leia o artigo na íntegra do instrutor Arthur Paiva: http://bit.ly/2gvR31b.

Polylines no Civil 3D e processo de construção de Superfícies Dentre as diversas formas de construir linhas no AutoCAD, as Polylines sempre se destacaram devido a sua versatilidade. Versatilidade esta, que permitia ao desenhista traçar seus desenhos e editar algumas características da linha, como espessura e curvaturas que as transformavam em Splines. Assim como no AutoCAD, o uso de Polylines no Civil 3D é fundamental, pois nos permite definir Superfícies, criar Alinhamentos e Redes de Tubulações. Assim, vamos ver de forma mais detalhada como utilizar estas linhas para criar e definir os objetos citados acima. Leia aqui o artigo na íntegra do instrutor Rafael Colucci: http://bit.ly/2fU2Nqi.

Novos cursos e conteúdos gratuitos: 10 novos mini-cursos de Geotecnologia e Drones http://bit.ly/2gPkvA4 Webinar Gestão Territorial: Trilha de Formação Completa http://conteudo.geoeduc.com/replay-webinar-trilha-gestao-territorial Webinar Introdução ao Sensoriamento Remoto http://conteudo.geoeduc.com/replay-webinar-intro-sr-pdi-spring Webinar 10 passos para escolher e operar seu Drone http://conteudo.geoeduc.com/replay-10-passos-escolher-drone Webinar Tecnologias como recurso didático no ensino da Geografia http://conteudo.geoeduc.com/replay-webinar-geonaescola

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Big data

Big Data, Internet das Coisas e Localização Gestão inteligente dos dados corporativos é chave para Transformação Digital

E Daniele Benatti Engenheira Florestal e Especialista em Dados Geográficos na empresa Imagem

Estar apto para viver essa Transformação Digital exige antes mudar o mindset das corporações [...] 24

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mpresas cada vez mais inteligentes, esse é o resultado da Transformação Digital, processo que aplica novas tecnologias como Mobilidade, Cloud Computing, eSocial e Big Data, à gestão de negócios das empresas. Das pranchetas e anotações em papel aos aplicativos em smartphones que registram e sincronizam dados em tempo real. Essa revolução tecnológica, juntamente com seus desafios, elevou o nível da agilidade nos resultados e a assertividade nas tomadas das decisões corporativas. Mas, o uso crescente das ferramentas e dispositivos tecnológicos em todas as fases dos negócios, como smartphones e tablets, redes sociais e a entrega de serviços por meio da nuvem, assim como ambientes virtualizados, não são suficientes para que as empresas entrem na Era da Transformação Digital. É preciso entender que, repensar os antigos processos, inovar, bem como criar modelos de negócios mais competitivos, são parte de “se transformar digitalmente”. Estar apto para viver essa Transformação Digital exige antes mudar o mindset das corporações para que os executivos enxerguem os dados como ativos da empresa e como ponto de partida para analisar e definir estratégias. Assim, para iniciar o que chamamos de Big Data Analytics, ou seja, o trabalho analítico de grandes volumes de dados, estruturados ou não-estruturados, que são coletados, armazenados e interpretados por softwares de altíssimo desempenho, algumas perguntas devem ser feitas, tais como: “Como coletar cada vez mais dados e tratá-los de forma a mantê-los consistentes e protegidos?”; “Quais análises estatísticas retornarão os resultados mais precisos?”; “Como integrar dados oriundos de diversas fontes?”, entre outras tantas. Em 2012, o Centro de Negócios Digitais do Massachusetts Institute of Technology (MIT) re-

alizou uma pesquisa com funcionários de diversas companhias para avaliar em uma escala de 0 a 5 pontos a maturidade destas com relação ao uso dos dados na tomada de decisões. Como resultado, 32% dos entrevistados classificaram suas empresas igual ou inferior a 3 nesta escala, o que mostra que ainda há resistência por parte dos executivos em utilizar e confiar nos dados. Big Data, Internet das Coisas e Localização O que é mais motivador, ou assustador, é a quantidade de dados digitais disponíveis que vem crescendo anualmente. De 2005 para 2010, houve um aumento de 150 para 1.200 exabytes de dados (que corresponde a 1 bilhão de gigabytes) e para os próximos anos estima-se um aumento de 40% ao ano, o que significa que o estoque de dados digitais deve aumentar 44 vezes entre 2007 e 2020, segundo informações da Data-Pop Alliance, coligação mundial de Big Data. Tudo isso porque as origens de dados tradicionais, como os sistemas transacionais ERPs - Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recurso Corporativo, em inglês), e os canais de gerenciamento de atendimento aos consumidores CRM (Customer Relationship Management), não são mais as únicas plataformas para dimensionar e definir estratégias. Hoje somos consumidores recorrentes de ambientes móveis, das redes sociais e do acesso irrestrito às redes na nuvem, pois a Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) nos circunda. Mas de que adianta se toda essa chuva de informação não virar conhecimento? Mais do que possuir infraestrutura dedicada para armazenar e processar grandes quantidades de dados, trabalhar com Big Data requer capacidade para tratá-los e torná-los confiáveis mesmo perante as diversas formas de se burlar a segurança


da informação. Um exemplo de algo que se tornará tendência nas próximas eleições são as análises de sentimentos da população a partir de redes sociais em relação aos candidatos, porém como podemos diferenciar os milhares de tweets provenientes do eleitorado e de robôs que simulam esse público? Esse e outros casos nos apontam que inteligência é indispensável para lidar com processos de análise de grande volume de dados. E mais do que inteligência artificial, é preciso inteligência humana, pois profissionais com habilidades que trafegam entre a ciência de dados e a linguagem de negócios estão mais aptos a influenciar lideranças para que estratégias efetivas de gestão sejam adotadas. Quando adicionamos a localização para entender melhor um problema de negócio, passamos a ser capazes de identificar espacialmente padrões de ocorrência por meio de análises históricas e de monitoramentos, bem como conseguimos prever cenários. Estamos então aplicando a Inteligência Geográfica. Diversas organizações têm mudado estratégias, adotado novas companhas de Marketing e tomado decisões inovadoras com o uso da Geografia. Um exemplo é a Nike que desenvolveu um aplicativo com o objetivo de monitorar o desempenho de atletas através de alguns indicadores, como por exemplo, frequência cardíaca, velocidade da corrida, quantidade de passos e etc. utilizando a geolocalização dos mesmos. E o impacto disso é tamanho, pois além dos atletas poderem compartilhar os próprios desempenhos por meio das redes sociais, o que contribui para a motivação na competição e no ganho de performance, a empresa atinge novos públicos e passa a ser mais assertiva na indicação de novos produtos para um público específico. É uma nova forma de fazer gestão! O conceito de Cidades Inteligentes, do inglês Smart Cities, que tem aparecido com bastante frequência na mídia, também tem inovado a forma de fazer gestão, pois é preciso profissionais com perfis que compreendam o mundo de possibilidades que os dados tridimensionais oferecem e, para isso estar munido de conhecimento e de softwares com alta capacidade de processamento é essencial.

Já pensou os avanços que os governos teriam com a melhor alocação da defesa civil e na retenção de custos se fossem capazes de prever os danos frente a fenômenos naturais? Isso já existe! O governo francês juntamente com o Institut D'Aménagement Et D'Urbanisme simulou como seria a inundação na cidade de Paris na confluência dos Rio Sena e Marne e os resultados foram surpreendentes! Mediante essas análises, foi possível identificar quanto tempo levaria para a água atingir certos intervalos de alturas, o que otimiza tempo, custos e recursos para a gestão das operações de resgate. E não para por aí, os avanços que as organizações podem alcançar com o engajamento da sociedade são diversos. E em meio a todo esse contexto, estar orientado a uma gestão moderna significa não se engessar a sistemas, enxergar os problemas de negócio como ponto focal e manter a satisfação de clientes, isto é, um salto na linha do tempo. A palavra da vez é antecipar. Estar na era do ‘just-in-time’ e de frente para mercado não é mais o suficiente, é preciso antecipar tendências de consumo, influenciar e ditar movimentos corporativos e mercadológicos. Assim, entender como a Internet das Coisas é parte fundamental no processo de obtenção de retornos significativos de investimento (ROI) e de educação corporativa nos prepara para as empresas garantirem seus espaços no mundo dos negócios.

Quando adicionamos a localização para entender melhor um problema de negócio, passamos a ser capazes de identificar espacialmente padrões [...]

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Mapa Solar

Rio Ensolarado Simulando e visualizando o potencial de geração fotovoltaica nos telhados na cidade do Rio de Janeiro

A Wolfram Lange Geógrafo pela Universidade de Colônia/Alemanha. Sócio-Fundador da TerraGIS Consultoria e Geoprocessamento wolfram@terragis.com.br

Adriano Vasconcelos Geógrafo, Dr. pelo Programa de Engenharia Civil (COPPE/ UFRJ). Sócio-Fundador da TerraGIS Consultoria e Geoprocessamento adriano@terragis.com.br

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utilização da energia solar para fins energéti- Metodologia inovadora cos apresenta-se como com grande potencial O Mapa Solar do Rio de Janeiro foi produzido usande participação na matriz de geração distribuída, do ferramentas de geoprocessamento que calculam a principalmente nas instalações residenciais e co- irradiação global incidente para os telhados das edimerciais. O Brasil, cujo território é amplamente fa- ficações da cidade do Rio de Janeiro considerando o vorecido com elevados índices de irradiação solar, sombreamento tanto do relevo quanto das edificanecessita de metodologias eficientes – utilizando ções adjacentes. O principal dado de entrada do algoritmo é o Moo geoprocessamento como subsídio técnico - que o permitam explorar plenamente seu potencial de delo Digital da Superfície (MDS). Um MDS é uma matriz espacial também chamada de raster, onde cada célula geração de energia elétrica e calor. Neste contexto, a Secretaria de Estado de Desen- (pixel) da matriz contém o valor de elevação do local volvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços geográfico do pixel. A imagem a seguir exibe o MDS para o Centro do do Rio de Janeiro (SEDEIS), o Instituto Pereira Passos (IPP), a empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE) Rio de Janeiro. Diferente do Modelo Digital do Terree a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sus- no (MDT), que só inclui a altitude do terreno, um MDS tentável, por intermédio da Deutsche Gesellschaft für também inclui a altura das edificações ou, dependenInternationale Zusammenarbeit – GIZ, coopera em um do da fonte de dados, considera até a altura das árvoprograma que tem como principal objetivo mobilizar res e demais obstáculos que não são parte do relevo. a sociedade e concentrar recursos em torno do debate sobre o desenvolvimento sustentável na área energética. Dentro dessa cooperação contrataram a TerraGIS Consultoria e Geoprocessamento para simular a irradiação solar nos telhados do município do Rio de Janeiro. Este projeto possibilita o cálculo do potencial fotovoltaico nos telhados e visa inExemplo do MDS para o Centro do Rio. Em destaque o prédio RB1, na Avenida Rio Branco, e o sombreamento que resulta centivar o desenvolvimento da mini e microgeração solar fotovoltaica no Rio de Janeiro. Estes Na simulação da irradiação nos telhados da cidade dados podem ser orientadores para tomada de de- do Rio de Janeiro, foram utilizadas as bases de dados cisão sobre a instalação ou não de sistema fotovol- disponíveis no IPP. As camadas utilizadas foram o MDT taico para potenciais micro geradores. O projeto e dados vetoriais das edificações que foram atualizadas entregou como produto final um mapa interativo, utilizando métodos de classificação orientada a objetos possibilitando o acesso da população a dados es- sobre as ortofotos, as quais permitiu extrair os contortimados de insolação, área útil e potência gerada nos das edificações de forma semiautomática. O MDS de seus telhados. que foi gerado tem uma resolução espacial de 1 metro.


As ferramentas de geoprocessamento que simulam a irradiação solar calculam a insolação sobre uma determinada superfície (nesse caso o MDS), com base em métodos do algoritmo do campo de visão (viewshed) hemisférico. A quantidade total de radiação calculada para um local ou área particular é dada como radiação global, que é a soma das componentes direta e difusa. A irradiação direta é a que atinge a superfície terrestre, em uma linha direta do sol, livre de qualquer obstáculo na sua trajetória. A irradiação difusa é a que chega até a superfície depois de dispersada por nuvens, partículas em suspensão e até mesmo refletida pela Mapa Solar Rio. Layout de visualização na web própria superfície, que não pode ser simulada nesta ferramenta. O cálculo da irradiação Mapa Solar Rio direta, difusa e global é repetido para cada localiCom o Mapa Solar Rio (http://mapasolar.rio), prezação na superfície topográfica (pixel ou célula do tende-se sensibilizar a população sobre o potencial de raster MDS), produzindo mapas de irradiação para geração fotovoltaica (FV) e motivar potenciais micro getoda área geográfica. radores a se informarem e optarem por um sistema FV. O cálculo foi feito para duas datas específicas, 22 de Assim, faz-se necessária uma ferramenta de fácil acesso dezembro (solstício de verão) e 20 junho (solstício de e manuseio, e que possibilite também a visualização dos inverno) de 2015, datas que, teoricamente, registraram dados específicos de cada edifício. A imagem acima a mais alta e mais baixa irradiação solar durante o ano, apresenta o layout de visualização via web. respectivamente. Além da definição dos parâmetros O Mapa Solar Rio é um aplicativo criado com o Web de tempo (dia, intervalo da simulação, ângulos de zeAppBuilder para ArcGIS e está hospedado nos servinith e de azimuth, latitude, etc.), os parâmetros mais dores do IPP. Devido à grande quantidade de dados importantes como insumo do algoritmo são: optou-se por criar um tile layer da camada das edifica• A taxa da irradiação difusa: que varia entre 0,2 (céu ções. Também foram criados dois mapas base utilizando muito claro) e 0,7 (céu coberto) e define proporção os dados cartográficos do IPP. O aplicativo permite ter da irradiação difusa na irradiação global; e acesso ao potencial fotovoltaico de mais de 1,2 milhão • A transmissividade: taxa da irradiação solar que realmente chega à superfície e não é filtrada pela de elementos de telhados na cidade do Rio de Janeiro atmosfera. Por exemplo, o valor de 0,5 corresponde referentes as datas de simulação, além de contar com a um dia normal claro sem nuvens. A transmissivi- ferramentas de interação como zoom, busca por endade tende a diminuir em função do aumento da dereço e informações sobre a metodologia aplicada. Os dados obtidos por meio da ferramenta “Mapa taxa da irradiação difusa. Não foram registrados os valores de irradiação di- Solar do Rio de Janeiro” devem ser considerados como fusa e de transmissividade medidos em campo para indicativos, visto que não é possível aferir o erro nos o município do Rio de Janeiro e, portanto, a calibra- cálculos do modelo. Para obtenção de valores mais ção desses dois parâmetros do modelo foi baseada acurados, deve ser consultado um profissional, devinos dados da estação climatológica do Aeroporto damente capacitado, que possa calcular o potencial Santos Dumont, que registra dados solarimétricos, de irradiação e de geração de energia elétrica do local candidato à instalação. anemométricos e climatológicos de 1973 a 2002.

Com o Mapa Solar Rio, pretendese sensibilizar a população sobre o potencial de geração fotovoltaica (FV) e motivar potenciais micro geradores a se informarem e optarem por um sistema FV.

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Informe Publicitário Unidesk

GisWorks Iluminação Pública Melhoria dos serviços com reduções nos custos

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o dia 1 de janeiro de 2015, a Agência Nacional de Energia elétrica (ANEEL), determinou que a manutenção da iluminação pública é de responsabilidade das prefeituras dos municípios. O Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental (CONSAB) contratou a empresa Unidesk Consultoria e Informática, que criou o sofware chamado GisWorks Iluminação Pública, para o melhor gerenciamento de iluminação pública dos municípios de Artur Nogueira, Conchal, Cordeirópolis, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra e Jaguariúna. O software Gisworks Iluminação pública possui ferramentas que permitem o cadastro georreferenciado de postes, controle de estoque, Call Center, execuções de Ordem de Serviço e geração de relatórios gerenciais e mapas temáticos. Com esse software é possível observar melhoria dos serviços com reduções nos custos, nos índices de falhas e nos tempos de atendimento.

Houve também uma melhora em relação a atendimento ao cidadão. Quando o cidadão solicita a manutenção de algum poste de iluminação pública, a Consab envia uma mensagem de texto (SMS), informando a este cidadão, a abertura da ordem de serviço, “Informamos que concluimos o atendimento de sua Solicitacao de 28/10/2016. O Consorcio CONSAB agradece sua colaboracao.”. E também a execução do serviço contendo a data, a hora e um número de protocolo, “A sua solicitacao de 04/11/2016 gerou o protocolo num. 24476 que iremos solucionar no menor prazo possivel. O Consorcio CONSAB agradece seu contato”.

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A Unidesk realiza, também, o cadastro georreferenciado de todos os postes, dos municípios de Artur Nogueira, Conchal, Cordeirópolis, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra e Jaguariúna. Primeiramente, os técnicos colocaram placas com números de identificação do poste, fizeram o cadastro georreferenciado do poste e por fim, tiraram fotos dos postes. Para a colocação das placas, numa altura de três metros, os técnicos fazem um treinamento de trabalho em altura, a NR35, que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o Trabalho em Altura, envolvendo o planejamento, organização e execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos técnicos envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. E para cadastrar e georreferenciar os pontos de iluminação, é entregue aos técnicos de campo tablets que têm instalado o software GisWorks Mobile Iluminação Pública, esse software contém a base cartográfica do município em formato shapefile (eixo de logradouro com nome das vias e limite do município). Os técnicos percorreram todos os bairros e logradouros da cidade. Ao visualizar um poste, os técnicos buscavam o local exato no mapa e marcavam manualmente o ponto referente ao poste. A cada ponto marcado, é aberta uma tela, que solicitava o preenchimento das características do poste: tipo de material de constituição do poste, quantidade e o tamanho dos braços com lâmpada, material das lâmpadas (vapor de sódio, mercúrio, vapor metálico, mista, LED, HO, lâmpada fria, etc) a voltagem das lâmpadas, com ou sem proteção das lâmpadas, reatores integrados ou externos. Quando não havia arruamento para se basear para a marcação do ponto, como no caso de rodovias e estradas, por exemplo, é utilizado um GPS manual da marca Garmin modelo Etrex30, que permite a marcação de pontos nesses locais sem referenciamento para a marcação precisa a partir do tablet com GisWorks Mobile.



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Imagem – Soluções de Inteligência Geográfica Distribuidora oficial da Esri no Brasil, a Imagem acredita que a chave para a compreensão do mundo é a Inteligência Geográfica: entender onde e como cada fenômeno interage com os demais, permitindo que pessoas, empresas e governos consigam dar respostas rápidas e tomar decisões corretas. São José dos Campos (SP) (12) 39468933 comercial@img.com.br www.img.com.br

Geoglifo Atividades Geoespaciais Soluções integradas em Geotecnologia, fornecemos alternativas viáveis na operação (em aerolevantamentos) com diversos sensores, processamento e mapeamento digital em altíssima resolução, para as áreas de agricultura de precisão, mineração, florestal, meio ambiente, infraestrutura, geointeligência, informações territoriais, regularização fundiária, cadastro técnico multifinalitário e demais. São Paulo (SP) (11) 3222-3200/ 94949-5555 contato@geoglifo.com

Memocad A MEMOCAD, tem 10 anos de experiência de desenvolvimentos de softwares práticos, fáceis de usar e ágeis, incluindo consultoria e treinamento para topografia nas áreas de georreferenciamento, loteamento, reserva legal, meio ambiente e topografia em geral. (31) 9 3311-9900 nelyalv@memocad.com.br nelyalv@gmail.com

Geomat Somos representante da Leica Geosystems e estamos no mercado desde 1979 na área de topografia, oferecendo produtos e serviços de qualidade. Vendendo , alugando e prestando assistência técnica em equipamentos topográficos para todo o Brasil. Belo Horizonte (MG) (31) 3273-5253 geomat@geomat.com.br www.geomat.com.br

Metro Cúbico A Metro Cúbico é pioneira no Brasil na tecnologia Mobile Mapping, o qual representa o sistema mais inovador de captura de dados geográficos no que se refere à gestão territorial e mapeamento de infraestruturas lineares. (11) 3253-8008 info@metrocubicoengenharia.com.br http://metrocubicoengenharia.com.br

Hexagon Brasil Líder global em tecnologias da informação, presente no Brasil e em mais de 46 países, oferece soluções de destaque como GeoMedia, ERDAS entre outras, proporcionando melhorias na qualidade e produtividade em aplicações corporativas geoespaciais e industriais. (11) 3889-2000 mkt.br@hexagon.com http://hexagon.com.br

Novaterra Soluções em geoinformação com foco em Sistemas de Informação Geográficos (SIG-Web) aplicados à gestão ambiental e de engenharia / infraestrutura; aquisição e processamento de imagens de satélite (especialmente produtos KOMPSAT); mapeamento, estruturação, análise e modelagem de dados espaciais. (21) 3167-3006 novaterra@novaterrageo.com.br www.novaterrageo.com.br

Satmap A Satmap oferece produtos de conteúdo geográfico com o mais alto padrão de qualidade no mercado de mapeamento digital. De imagens de satélites, ortofotos, a bases cartográficas em parceria com a Engemap, atendemos os diversos setores que demandam informações territoriais, sejam empresas ou instituições privadas ou governamentais. (11) 5185-0500 satmap@satmap.com.br www.satmap.com.br

Santiago & Cintra Geotecnologias A Santiago&Cintra possui uma estrutura para atender diversos segmentos, comprometida com os resultados de seus clientes e parceiros. Presente em todos os estados brasileiros, representamos no Brasil as melhores marcas mundiais de Geotecnologias. Ribeirão Preto (SP) (16) 3965-8220 fale_conosco@santiagoecintra.com.br

Unidesk Há mais de 10 anos melhorando as receitas próprias dos municípios, desenvolvimento de software mobile (on-line/off-line) para coleta de dados com qualidade e rapidez e soluções em mapeamento para iluminação pública, infraestrutura e governos. Alfenas (MG) 0800 887 1617 comercial@unidesk.com.br

Visiona Atuando como uma integradora de sistemas espaciais, a empresa é distribuidora oficial de algumas das principais operadoras de satélite do mundo - AIRBUS, DIGITALGLOBE, RESTEC E SIIS - o que lhe permite acessar uma constelação virtual de 24 satélites de observação da Terra, Modelos Digitais de Elevação com vários níveis de precisão e as melhores tecnologias de aplicação. (12) 2138-5801 contato@visionaespacial.com.br www.visionaespacial.com.br

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