SUMÁRIO
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Entrevista
Luiz Bermudez, diretor de certificação de interoperabilidade do OGC
Latitude
Últimas novidades e tendências no setor de geotecnologia
Capa
Compartilhar informações para um mundo melhor: conecte-se com as últimas novidades das geotecnologias no MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, de 29 a 31 de maio em São Paulo
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Pesquisa
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Quem é Quem
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Passo a Passo
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GeoQuality
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Tutorial
Por dentro do mercado: MundoGEO inicia série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia. Sensoriamento remoto foi o primeiro tema
Conheça os profissionais de destaque na América Latina no setor de geotecnologia Google Map Maker Parte 5 : Como Criar uma Construção
Uso de dados auxiliares para a classificação de imagens
GPS no Linux: manipule dados usando GPSPrune
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IDE#Connect
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Alta Acurácia
Infraestruturas de Dados Espaciais & Gerenciamento da Informação Geoespacial
N SE OVA ÇÃ O
Projeto disponibiliza ferramenta para consultas sobre cintilação ionosférica
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Geoprocessamento Urbano
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Agrimensura
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Goianésia investe em novo sistema de geoprocessamento
Atividade solar: saiba no que ela pode impactar o seu GPS
Onde estudar?
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Laser Scanner 3D
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SIMGeo
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GeoIncra
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Agronegócio
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GeoDireito
Guia traz principais cursos de geo do Brasil
06 12 16 22 30 78 80 81
Conheça mais sobre o laser scanner terrestre em três dimensões
VA A O N LUN CO
Joinville lança sistema de informações municipais georreferenciadas
Saiba o que fazer para loteamento e parcelamento de imóveis rurais
Atualidade de aplicações tecnológicas na agricultura
O SIG regulatório no setor elétrico
Editorial Web Seção do Leitor
Acesse artigos complementares na revista online
Navegando Lançamentos
www.mundogeo.com
MundoGEO#Connect OnLine Guia de Empresas
Colaboraram nesta edição: André de Souza de Lima, Arlete Meneguette, Celso Voos Vieira, Esdras de Lima Andrade, Gabriel Aguilera, João Francisco Galera Monico, Josué Refatti, Luiz Antonio Ugeda Sanches, Régis Bueno, Roberto Tadeu Teixeira, Rodrigo Rodrigues Antunes, Rovane Marcos de França, Wilson Holler, Wilson Silva Júnior
EDITORIAL
Vamos juntos compartilhar informações para um mundo melhor?
EDUARDO FREITAS Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIG Editor da revista MundoGEO eduardo@mundogeo.com
Além do fator “social” do intercâmbio de informações – que nos impele a reunir pessoas com interesses comuns ao redor de uma mesa para debater, planejar ou apenas jogar conversa fora -, as questões técnicas envolvem a utilização de padrões para que os dados e serviços geoespaciais sejam compartilhados de forma plena entre os vários níveis de usuários. Afinal, não basta produzir informações de qualidade e integrá-las de forma correta, mas sim garantir que elas sejam pesquisadas, acessadas e compartilhadas entre todos os interessados. O tema “compartilhar informações para um mundo melhor” será a tônica do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, que vai acontecer de 29 a 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Serão fóruns, seminários, cursos, workshops, encontros de usuários e uma feira de produtos e serviços, onde estarão reunidos representantes de toda a comunidade. Assim como nas antigas rodas de conversa ao redor de uma fogueira, os três dias de MundoGEO#Connect vão reunir a comunidade do setor de geotecnologia do Brasil e da América Latina para apresentar os casos de sucesso do passado, avaliar as ferramentas do presente e debater os rumos que a indústria está
tomando para o futuro. Tudo isso em um ambiente interativo, acolhedor mas, principalmente, focado na realidade local, na resolução de problemas da nossa região e no objetivo do encontro. Vamos compartilhar juntos?
Novas seções Esta edição da revista MundoGEO inaugura duas novas seções. No caderno IDE#Connect você vai encontrar as informações mais atualizadas sobre Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) e gerenciamento da informação geoespacial em várias regiões do mundo. Já a coluna Laser Scanner 3D será um espaço onde Rovane Marcos de França, professor de geodésia e georreferenciamento do IFSC e consultor da Vector Geo4D vai falar sobre o escaneamento a laser terrestre. Veja também, nesta edição, uma entrevista com Luiz Bermudez, diretor de certificação de interoperabilidade do OGC, e a primeira matéria da série com pesquisas sobre geotecnologia, que mostra um extrato do mercado de sensoriamento remoto no Brasil e na América Latina
Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Eduardo Freitas | eduardo@mundogeo.com Assessor Editorial | Alexandre Scussel | redacao@mundogeo.com Assessora Editorial | Elis Jacques | jornalismo@mundogeo.com Assessora de Imprensa | Viviane Prestes | imprensa@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Atendimento e assinaturas | Luana Las Schaab | assinatura@mundogeo.com Administração | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | financeiro@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Gráfica Capital | www.graficacapital.com.br MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.
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Revista MundoGEO Publicação bimestral - ano 14 - Nº 67
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Onde estudar? Guia traz principais cursos de geo do Brasil
Mercado Pesquisa aponta tendências do sensoriamento remoto
Agronegócio em Alta Por dentro das geotecnologias na agricultura
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Saiba como ela impacta ƐĞƵ ůĞǀĂŶƚĂŵĞŶƚŽ ĐŽŵ 'W^
Edição 67 | Ano 14 | Março & Abril | R$ 19,90
/ η ŽŶŶĞĐƚ EŽǀĂ ƐĞĕĆŽ ƐŽďƌĞ / e gerenciamento de geoinformação
COMPARTILHAR INFORMAÇÕES PARA UM MUNDO MELHOR MundoGEO#Connect >ĂƟŶ ŵĞƌŝĐĂ ϮϬϭϮ͕ ĚĞ Ϯϵ Ă ϯϭ ĚĞ ŵĂŝŽ Ğŵ São Paulo (SP). Feira + seminários + cursos + fóruns + workshops
Entrevista com Luiz Bermudez, diretor de certificação do OGC
ϱϬ ĞdžƉŽƐŝƚŽƌĞƐ 8 cursos 7 seminários 4 fóruns ϭϭ ǁŽƌŬƐŚŽƉƐ
PASSO A PASSO Veja como criar construções no Google Map Maker
GEOCOLABORAÇÃO Uso de dados auxiliares para ĐůĂƐƐŝĮĐĂĕĆŽ ĚĞ imagens
TUTORIAL GPS no Linux: manipule dados usando o GPSPrune
LASER ^ EE Z ϯ Tudo sobre laser scanner terrestre em três dimensões
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ENTREVISTA
Luiz Bermudez Diretor de Certificação de Interoperabilidade do OGC “Existem muito poucos membros na América Latina. Isto significa uma oportunidade muito grande para organizações que pensem em unir-se ao OGC em curto prazo e, desta maneira, liderar o uso e a melhora de padrões geoespaciais na região”
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icenciado com graduação em engenharia industrial pela Universidade los Andes, com mestrado e doutorado em engenharia civil com ênfase em informática ambiental pela Universidade de Drexel. Bermudez conta com 15 anos de experiência no desenvolvimento de software, GIS, web semântica, integração de dados e coordenação de projetos multi-institucionais. Hoje, é diretor de certificação de interoperabilidade do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC) e professor no programa de mestrado Geographic Information Systems, na Universidade de Maryland. Foi diretor técnico de pesquisas costeiras na Southeastern University Research Association. MundoGEO: Como é a estrutura e quais são os objetivos do OGC? Luis Bermudez: O OGC tem como missão promover o uso de padrões e tecnologias abertas na área dos sistemas e tecnologias da informação geográfica e áreas afins. Os membros do OGC se reúnem em mais de 50 grupos de trabalho onde, voluntariamente, promovem padrões e desenvolvem “melhores práticas” no uso dos padrões. As atividades do OGC se articulam ao redor de quatro programas: especificação; cumprimento; interoperabilidade; e mercado e comunicações. MG: Que tipo de empresas e instituições formam parte do OGC, hoje, e quem são os mais ativos? LB: O OGC conta com mais de 430 membros em todo o mundo. Os membros são empresas, agências governamentais, universidades e indivíduos. Organizações e indivíduos podem unir-se ao OGC como membros associados, técnicos, diretores e estratégicos (saiba mais em http://bit.ly/m2fRTj). A interação dos membros depende, muitas vezes, do nível de associação. Por exemplo, os membros técnicos votam por novos padrões no comitê técnico, mas os membros associados não. Os membros estratégicos assessoram a junta Diretiva e o comitê de planejamento, além de muitas vezes proverem recursos de tempo completos para promover os padrões do OGC. A lista completa de membros e o tipo de associação está disponível no site do OGC: http://bit.ly/eQeOkb. Graças à existência do OGC, o desenvolvimento de tecnologias para compartilhamento de dados geoespaciais em todo o mundo tem sido um êxito. Muitas
vezes, o sucesso se deve aos interessados que fazem parte dos grupos de trabalho. Caso se olhe de perto a lista de membros, vê-se que existem muito poucos na América Latina. Isto significa uma oportunidade muito grande para organizações que pensem em unir-se ao OGC em curto prazo e, desta maneira, liderar o uso e a melhora de padrões geoespaciais na região. MG: Como a computação distribuída está mudando a forma como os usuários utilizam as informações geoespaciais? LB: A possibilidade de realizar consultas velozes para responder à interminável pergunta “onde?”, usando a internet, é sem dúvida um dos benefícios mais importantes da computação distribuída. O desenvolvimento da internet tem permitido que organizações em todo o mundo possam conectarse a uma grande rede de comunicação e publicar informação para que outros possam acessar e utilizar. Uma solicitação de um usuário na web inicia uma cadeia de processos que se realizam em sequência rápida pelos computadores em qualquer parte do mundo. Onde está o hospital mais próximo?, Onde está o restaurante que oferece a melhor “Feijoada”? Será que nas próximas duas horas vai chover onde eu estou? Estes são exemplos de consultas que hoje em dia um usuário pode fazer com grande facilidade. Nós na internet podem prover serviços especializados, como por exemplo encontrar uma entidade pelo nome (“Estádio do Maracanã”). Uma vez conhecida a entidade, outro serviço pode prover a localização. Um outro serviço pode prover a representação vetorial da fronteira exterior do estádio. Outro serviço pode prover mapas internos do estádio. Uma aplicação móvel pode utilizar todos estes serviços e outros mais para processar e entregar esta informação instantaneamente a um usuário em qualquer parte do mundo. Os dados já não estão encerrados em um sistema GIS
como há anos, mas estão à disposição de todos. Desde 1994 tem sido a missão do OGC ajudar para que a informação geoespacial seja uma parte integral da informação do mundo e que esta possa ser acessada na web. Nossa visão se está fazendo realidade. MG: O que são as codificações OGC? Quais são as principais e quais são suas aplicações? LB: As codificações do OGC são padrões que especificam como se devem representar as mensagens e os dados geoespaciais. Muitos dos padrões do OGC utilizam como base de codificação o padrão XML, que define um formato de texto controlado por um documento de esquema XSD. Exemplos de padrões de codificação do OGC são: Keyhole Markup Language (KML), Geospatial Markup Language (GML), NetCDF, SensorML, Observations and Measurement (O&M), Open GeoSMS Encoding, Style Layer Description (SLD) e Symbology Encoding (SE). MG: O que são os OGC Web services? LB: OGC Web Services definem a interface, ou seja, a linguagem de comunicação (um conjunto de consultas e respostas) que um cliente e um servidor devem seguir para comunicar-se entre si e poder intercambiar ou processar dados geoespaciais. Alguns exemplos destes serviços são: Web Map Service (WMS), Web Feature Service (WFS), Sensor Observation Service, Web Coverage Service (WCS), Open GeoSMS Interface e Web Processing Service (WPS). MG: Quais são as principais recomendações do OGC para a construção de Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE)? Estas recomendações são válidas para os países da América Latina? LB: David Schell, o fundador do OGC, disse, “A interoperabilidade parece ser a integração da informação. O que na realidade se trata é da coordenação do comportamento organizacional”. Os obstáculos técnicos para o intercâmbio de informação estão desaparecendo rapidamente. A coordenação das organizações envolvidas em uma IDE necessitam de um ponto neutro e de um processo para a criação exitosa da IDE. Isto é válido em todas as partes do mundo, incluída a América Latina. O êxito do OGC se baseia em poder oferecer este espaço e processos para fomentar acordos entre organizações e desenvolver padrões. Um dos modelos que o OGC utiliza, e que as IDE po-
deriam usar para o desenvolvimento e implementação de tecnologias, é o Modelo de Referência para o Processamento Distribuído Aberto (RM-ODP, na sigla em inglês). O modelo identifica cinco pontos de vista que tratam as diferentes partes do sistema: empresarial, informação, informática, engenharia e tecnologia. MG: Em sua opinião, quais são as tendências na indústria geoespacial para os próximos anos? O OGC já está pronto para estes desafios? LB: O escritor de ficção científica William Gibson, disse: “O futuro já está aqui. Só que não está distribuído uniformemente”. A indústria seguirá beneficiando-se de uma melhor infraestrutura. Alguns países mais que outros, mas a cada dia é menor a diferença. Quando falo de infraestrutura, me refiro a mais largura de banda para conectar-se à internet, mais computação distribuída, mais processos na nuvem, computadores que processam informação mais rápido, mais fontes de dados que produzem mais dados, muito mais dispositivos móveis com melhores processadores interconectados entre si. Também vemos tendências que têm a ver com a apresentação da informação. Serviços Rest, a web semântica e a participação das redes sociais na criação e validação de dados geoespaciais. Os grupos de trabalho no OGC são conscientes destas tendências. Estes grupos são formados por experts em suas áreas, e deles nascem muitas ideias que culminam como um padrão do OGC. Por isto, convido novamente as organizações na América Latina que se unam ao OGC para que, entre todos, ajudemos a identificar tendências e oportunidades de padronização em nossa América.
Fórum OGC no MundoGEO#Connect No dia 31 de maio será realizado o Fórum OGC, com a apresentação de Luiz Bermudez. O evento faz parte da programação do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, maior evento do setor de geotecnologia da América Latina, que acontece de 29 a 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Veja mais em: http://bit.ly/Hn3nsa
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WEB
MundoGEO cresce nas redes sociais O MundoGEO vem ampliando dia a dia sua atuação nas principais mídias sociais e, com isso, o número de membros em seus perfis ultrapassa 15 mil pessoas conectadas. A rede com maior expressividade é o Twitter, onde o MundoGEO conta com mais de 6,3 mil seguidores. Já no Facebook, são mais de 2,6 mil fãs da página e 1,6 mil membros no grupo. Na rede social LinkedIn, com abordagem corporativa, 1,7 mil profissionais estão conectados ao grupo MundoGEO. Além disso, o MundoGEO conta com canais exclusivos de vídeos no YouTube e Vimeo, fotos no Flickr e podcasts no SoundCloud.
GeoConnectPeople Lançada em agosto de 2011, a rede social GeoConnectPeople é um espaço aberto a todos os usuários e produtores de geoinformação que desejam encontrar colegas e criar grupos. Recentemente, o GeoConnectPeople ultrapassou os 3,2 mil membros, com participantes de todo o mundo. Este é um um projeto sem fins lucrativos, criado e mantido pelo MundoGEO, alinhando-se à missão da empresa de conectar a comunidade global de geomática e soluções geoespaciais.
Portal MundoGEO bate recordes de visitação O mês de março foi de quebra de recordes para o portal MundoGEO. Com a agenda de webinars cheia, a divulgação da revista MundoGEO em versão online e o lançamento da publicação também em espanhol, o número de acessos chegou a picos de 5,3 mil visitas em um único dia. A média de visualizações de páginas passou de 200 mil em um mês, sendo que aproximadamente 50% do tráfego foi proveniente de buscas (público novo).
Roda Viva Pela primeira vez no setor de geotecnologias, o MundoGEO realizou uma sessão no formato “Roda Viva”. O entrevistado foi Antonio Machado, diretor da AMS Kepler. Veja:
youtu.be/jg05GnFiLYM
Geomática nas Obras Confira trechos da palestra de Daniel Queiroz, engenheiro civil e especialista técnico da Autodesk, sobre integração entre CAD e BIM. Veja:
youtu.be/GNqZ3sj1fgg
Geotecnologias em Foco Cobertura do portal MundoGEO feita durante o evento Foco Santiago & Cintra, um projeto cultural de divulgação cientifica. Veja:
Informativo O portal MundoGEO envia diariamente um informativo com as últimas notícias do setor de geotecnologia, além dos destaques da revista online e dos blogs. Acesse www.mundogeo. com, assine o informativo diário e receba também o link para a revista digital e a agenda dos próximos seminários online.
youtu.be/znCLF4ITCVY
Webinars MundoGEO Deste 2009, mais de 50 webinars já foram realizados pelo MundoGEO, reunindo cerca de 15 mil participantes. Em 2011, a média foi de 1,2 mil inscritos e 600 participantes por evento. Um exemplo de sucesso aconteceu no dia 22 de novembro, quanto o MundoGEO bateu dois recordes, em um evento sobre o uso de GPS para georreferenciamento de imóveis: foram 2.020 inscritos e 890 logins únicos.
Info www.mundogeo.com/webinar
Março
Fevereiro
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+Lidas Janeiro
Dezembro
Conheça as possibilidades de atuação do geógrafo
Disponíveis as primeiras imagens do satélite Pléiades
IBGE divulga evolução da divisão territorial brasileira
Presidente do Incra aponta necessidade de mudanças
Tese de sensoriamento remoto do Inpe recebe prêmio
Google Maps agora exibe o interior de estabelecimentos
Inpe divulga nota sobre acidente na Estação Antártica
Empresa cria software de georreferenciamento de árvores
Instituto de terras e cartografia do RJ abre concurso
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WEB
Conecte-se! Saiba mais sobre o GeoConnectPeople O GeoConnectPeople já está com mais de 3 mil membros, sendo a única rede social global especializada em geotecnologias. Lançada pelo MundoGEO em agosto de 2011, é um espaço aberto para todos os usuários e produtores de geoinformação que desejam encontrar colegas e criar grupos para trocar experiências, tirar dúvidas e debater temas relevantes
Latest Activity Veja, em tempo real, as atualizações dos membros da rede GeoConnectPeople
Support A rede GeoConnectPeople tem o apoio da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos - São Paulo (Abec-SP), portal Atitude Sustentável, site Geofumadas, portal InfoGPS e Instituto Geodireito
Groups Os grupos são comunidades criadas pelos membros da rede, podendo ser divididas por temas, áreas de interesse ou até por empresas
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Videos/Photos Poste e compartilhe seus vídeos e fotos com os membros da rede GeoConnectPeople Events Os eventos nacionais e internacionais mais importantes sobre geotecnologia estão nesta área, com todas as informações necessárias Forum O fórum é um espaço ideal para discutir e tirar dúvidas, agregando opiniões de membros do mundo todo Blogs A área de blogs reúne várias postagens com conteúdos dos usuários, possibilitando que cada um tenha seu próprio blog na rede
SEÇÃO DO LEITOR Portal MundoGEO Gostaria de agradecer o ótimo trabalho que executam no Portal. Trabalho em uma empresa na área de geoprocessamento e mapeamento, mas com formação em TI, portanto gostaria de ver mais matérias voltadas ao setor de geotecnologias com ênfase na área. Escrevo para um site de tecnologia, mas sempre que possível tento implantar assuntos voltados às novas tecnologias na área de geoprocessamento. Gostaria de ver uma seção em que os leitores do Portal com formação em TI pudessem colocar novas dicas e, assim como no fórum, tirar dúvidas. Saliento mais uma vez o ótimo trabalho da equipe e fico ao dispor para mais críticas e sugestões. Gilson C. Silva Santo André (SP)
Revista MundoGEO Parabéns por mais esta prestigiosa publicação. Saudações geocartográficas! Eliane Alves da Silva Rio de Janeiro (RJ)
Sou assinante e quero parabenizá-los pela iniciativa de transformar as publicações em uma revista mais completa, a MundoGEO. Leandro Letti Poços de Caldas (MG)
Parabéns pela revista online e pelas ótimas matérias publicadas, achei muito interessante. E que venha o MundoGEO#Connect 2012! Alessandro Ferreira da Silva Tatuí (SP)
Webinars Não sou de frequentar as redes sociais, mas a emails respondo sempre. Quero continuar a participar de todos os cursos que vocês derem. Só ainda não tentei acessar aos cursos já realizados. Gosto demais de geografia e de cartografia. Meu mestrado é “analógico” e vai ao encontro a uma pergunta feita no webinar “Geografia e Infraestrutura”, sobre o desconhecimento da alfabetização cartográfica no ensino fundamental. Espero ainda aproveitar tudo o que
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estou aprendendo para passar a muitos colegas professores. Enquanto puder aprender e ensinar estarei “no ar”. Ana Maria Mastrangelo São Paulo (SP)
Sinceramente, a iniciativa dos webinars é muito legal. Sou geógrafo e doutorando em geociências na UNB e trabalho com mineração. Também estou adorando o Portal, onde fico atualizado sobre temas de nossa área. Gostaria de participar mais deste MundoGEO. Parabéns! Marcio Rezende Brasília (DF)
Primeiramente gostaria de agradecer e parabenizar o MundoGEO pela iniciativa do webinar “Detecção de Mudança Eficaz Utilizando Solução Erdas Imagine e Imagens RapidEye”. Participei e gostaria de saber se a apresentação e o certificado são enviados para o email dos participantes. Fabrício Rezende Cândido Ouro Branco (MG) Fabrício, os certificados são enviados a todos os participantes por e-mail. As apresentações dos webinars MundoGEO estão disponíveis em: mundogeo.com/webinar.
Errata Em relação ao webinar “Geografia e Infraestrutura”, realizado no dia 16 de dezembro, concordo com o problema no ensino médio, mas entendo que já começa com a falta de alfabetização cartográfica no ensino fundamental. Existe uma grande lacuna nessa fase do ensino e os professores não estão preparados para alfabetizar cartograficamente os alunos do ensino fundamental, para que no ensino médio eles possam fazer relações mais complexas. Laércio de Mello Curitiba (PR)
Na página 38 da edição 66 da revista MundoGEO, onde lê-se “Segundo Alvaro Monett Hernández, secretario Executivo do SNIT”, leia-se “Segundo informações oficiais do SNIT”.
Na legenda da imagem presente na página 57 da mesma edição, onde lê-se “vértices ‘P’ ao longo da estrada, medidos com GPS (L1/L2) (direita)”, leia-se “vértices ‘P’ ao longo da estrada, medidos com GPS (L1/L2) (esquerda)”.
Adorei o webinar sobre geografia e infraestrutura. Me fez feliz pois costumo trabalhar as aulas de geografia dentro da proposta colocada pelo apresentador Luiz Antonio Ugeda Sanches. Abordo assuntos da atualidade como base teórica, utilizando ferramentas cartográficas modernas como mapas interativos e informações por satélite. Gostei muito! Minhas sugestões para um próximo webinar são mudanças climáticas e as mudanças na geografia terrestre: verdades ou mitos. Lucia granero São Paulo (SP)
Agradeço pela oportunidade das instruções que são passadas online pelos webinars. Eduardo Baccarin Fluete São Paulo (SP)
Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.
Twitter @rodrigos_cn Rodrigo Luiz Indico @MundoGEO para quem, como eu, gosta e tem dificuldade com #geografia. @sadeckgeo Luis Sadeck Ok @MundoGEO esperamos que em 2012 tenhamos muitos webinars de qualidade como este! Obrigado! @Jonathancaldas Jonathan And Caldas Muito bom #webinar do @MundoGEO!!! @DissmanIng Dissman Ingenieria MundoGEO entra al Mundo de las revistas digitales...
facebook Eduardo Paço Parabéns para toda a equipe. Muito interessante relembrar as edições antigas da revista MundoGEO. Susi Souza Muito bom esse webinar sobre o Erdas e as imagens Rapideye... muito esclarecedor também... Parabéns!
Rafaela Camêlo Parabéns pelas valiosas informações deste webinar. Que venha o próximo! Arlete Correia Meneguette Para saber como participar do mapeamento colaborativo uma dica é a leitura dos tutoriais de Google Map Maker que estão sendo publicados pelo MundoGEO.
LinkedIn Danilo Ribeiro da Costa Valeu pelo seminário online, muito produtivo... André Ricardo Pavani Os assuntos da MundoGEO muito me interessam pois sou Técnico Agrimensor e estou graduando em Engenharia de Agrimensura, e iniciei um trabalho de Representação nos estados de GO, DF e TO, portanto todo conhecimento é válido.
LATITUDE Preços dos serviços de mapeamento despencam Inpe & AEB
Emerson Zanon Granemann Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO emerson@mundogeo.com
+No blog Podem acompanhar mais sobre estes temas no meu blog no portal MundoGEO: http://mundogeo. com/latitude
Preocupa o futuro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com o anúncio da iminente integração ou fusão com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Sem entrar no mérito da questão política envolvida, o fato inquestionável é a importância do Inpe na formação de profissionais do setor de geotecnologias, bem como no desenvolvimento de tecnologias associadas ao setor geoespacial. O excelente curso de mestrado da instituição corre sério risco de parar, pois a quase maioria da equipe de professores já tem idade para se aposentar. A época de renovação já deveria ter começado, para que os novos possam se alinhar com o nível de qualidade que o ambiente exige. Na área espacial, o exemplo do terreno perdido fica claro ao se lembrar do convênio de cooperação com a China para construção e lançamento do satélite Cbers. De lá para cá, o Brasil pouco avançou. Por outro lado, a China acelerou e literalmente voou como um foguete, pois não parou mais de investir no setor. Mas, afinal, se fazemos parte do do grupo Brics - como os chineses -, por que ficamos tão defasados? Resposta fácil: falta de investimentos. Esperamos que esta fusão entre Inpe e AEB possa dar um novo impulso ao Brasil neste setor. Vamos acompanhar...
Brasil atrai empresas globais
Os movimentos no mercado de empresas de geotecnologias estão fortes nos últimos meses. As fusões e aquisições de empresas pelo mundo estão agitando o mercado nacional. A América Latina, que sempre representou de 1 a 3 % do mercado das empresas globais, agora, devido à crise econômica internacional e pelo crescimento da região, aponta dois dígitos de participação em relação às vendas de alguns produtos globais, como imagens de satélite e sistemas GNSS. Este fato tem provocado a abertura de escritórios locais das empresas multinacionais de geo, independentes de sua rede de distribuidores. Traduzindo, estas empresas estão querendo olhar mais de perto e aproveitar o potencial do nosso mercado. Outro fato interessante que vale destacar é a constante visita à região de empresasz e empresários ligados e companhias de serviços de outros países, como Espanha, China, Índia e Estados Unidos. Eles vêm em busca de parcerias com empresas locais e com interesse de participar mais ativamente de mercado sul-americano, e especial do brasileiro. Resta saber se existe tanta demanda assim que possa atender estas expectativas.
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Desde 2011, tem ficado evidente o conflito entre as tradicionais empresas de mapeamento do país durante as concorrências públicas e privadas. A chiadeira é geral das empresas de mapeamento, pela grande variação de preços entre o máximo e o mínimo, que chega a ser de até três vezes. Avaliar o que está acontecendo é complexo, pois de um lado podemos supor que os usuários devem estar cientes do que estão especificando e contratando. E por outro percebe-se que estão no mercado empresas novas que estão buscando seus espaços com modelos de negócios diferentes. O tempo vai dizer se a situação vai persistir. Se uma empresa tem custos (bem) menores e atua legalmente, mas consegue fazer o trabalho que o contratante quer, não existe conflito. O complicado é que algumas empresas podem estar só atuando por um tempo, “pegando” vários projetos e entregando serviços de baixa qualidade, para usuários desavisados ou reféns de pregões eletrônicos que limitam escolhas mais técnicas, para num segundo momento fechar as portas. Vale a pena acompanhar estes movimentos em outros países também. Vamos ficar de olho e registrar aqui os próximos capítulos desta “novela”.
Executivos de geo estão em alta
Toda esta movimentação tem provocado um aquecimento no mercado e valorizado cada vez mais os profissionais qualificados. Empresas internacionais, que chegam, contratam profissionais locais. Empresas locais, que mudam de estratégia, buscam profissionais arrojados e que apostem em uma atuação mais agressiva num mercado com demanda alta. Com certeza, profissionais brasileiros com experiência, conectados, com fluência no inglês e espanhol e boa capacidade gerencial e comercial estão em alta. Vale destacar a chegada, aos poucos, por aqui, de profissionais vindos de Portugal e Espanha.
NAVEGANDO A Pitney Bowes Business Insight tornou-se oficialmente Pitney Bowes Software e efetivou uma parceria com a Autodesk para o desenvolvimento de novas soluções de arquitetura, engenharia e construção A Embratop realizou um acordo para distribuição no Brasil de equipamentos para geomática da GeoMax A Pixia Corporation aumentou seu nível de participação dentro do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC), tornando-se “Principal member“ A empresa brasileira Genpro Engenharia realizou negócios com a Aveva para ter acesso ao software para design 3D Aveva
PDMS
Brendan J. Wesdock foi nomeado presidente da desenvolvedora de soluções geoespaciais GeoDecisions Em meados de fevereiro as norteamericanas Hemisphere GPS e Carlson Software anunciaram uma aliança estratégica, visando desenvolver novas soluções de agrimensura e construção No final de fevereiro a TomTom anunciou uma parceria com a NDrive, visando desenvolver novos aplicativos de localização e navegação para aparelhos móveis
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MundoGEO 67 | 2012
China lança novo satélite para sistema de navegação Beidou A China lançou com sucesso, no dia 25 de fevereiro, o 11º satélite para seu próprio sistema de navegação global, conhecido como Beidou ou Compass. O aparelho foi enviado à uma órbita geoestacionária por um foguete transportador Longa Marcha 3C. O país começou a construir o Beidou em 2000, com o objetivo de não depender mais do GPS, criando seu próprio sistema de posicionamento. O sistema começou a prestar serviços em caráter experimental em 27 de dezembro de 2011, sendo testado para uso em transporte, previsão do tempo, pesca marinha, monitoramento hidrológico e mapeamento. Novos satélites Beidou estão previstos para serem lançados ainda em 2012, para melhorar a cobertura e os serviços do sistema.
Portal reúne mapas temáticos do Brasil O Portal GIS no Brasil foi concebido primeiramente para tratar das propriedades rurais no Estado de Mato Grosso, baseado nas demandas por informações de interesse comum, produzidas por diferentes instituições públicas. Com o objetivo de reunir cada vez mais dados e colocá-los à disposição da sociedade, o portal cresceu e hoje traz informações de outros contextos, como solos do Amazonas, ranking de soja no Brasil, criação de ovinos, reflorestamento no Estado de São Paulo e Roraima, entre outros. Segundo Jefe Rodolfo Silva, idealizador do portal, os dados disponíveis podem ser acessados via WMS por todos os softwares desktop GIS com esse tipo de conexão, permitindo o cruzamento de dados e a complementação de projetos.
Info https://sites.google.com/site/signobrasil
Rússia irá lançar dois satélites de navegação Glonass em 2012 A Rússia vai lançar dois satélites Glonass em 2012, expandindo sua rede global de navegação por satélites. As informações foram divulgadas pela agência espacial russa (Roscosmos) no dia 22 de fevereiro. O país deve gastar 346,5 bilhões de rublos (quase 12 bilhões de dólares) na manutenção e desenvolvimento da rede Glonass no período 2012-2020. Hoje, a Rússia conta com 31 satélites Glonass em órbita.
Plano de ação da Inde está disponível online A Comissão Nacional de Cartografia (Concar) informa que o Plano de Ação para Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais, documento desenvolvido em 2010, está disponível online, agora em espanhol, inglês e português. A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde) foi legalmente instituída pelo Decreto Presidencial 6.666, de 27 de novembro de 2008. O documento foi desenvolvido pelo Comitê para o Planejamento da Inde e aborda as dimensões de implementação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE), a saber: organizacional, técnica e humana. Os arquivos podem ser acessados e baixados através dos sites da Concar (www.concar.ibge.gov.br) e da Inde (www.inde.gov.br).
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China entra na era dos satélites de alta resolução
Galileo terá oito novos satélites A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) assinou, no dia 3 de fevereiro, um contrato para a construção de mais oito satélites do sistema europeu de navegação Galileo. O contrato para a construção e teste dos veículos Galileo foi entregue a um consórcio liderado pela OHB System AG, de Bremen, na Alemanha, que tem como parceira a Surrey Satellite Technology Ltd (SSTL), de Guilford, no Reino Unido. Em janeiro de 2010, este mesmo consórcio ganhou o contrato para a construção de 14 satélites, que já estão sendo fabricados. A OHB continua como responsável pela plataforma dos satélites e pela integração, enquanto a SSTL fica encarregada de construir o equipamento de navegação.
Lançadores modificados A ESA também assinou dois contratos com a Astrium para a modificação do lançador Ariane 5 ES em uma versão mais potente, de forma que o aparelho seja capaz de lançar quatro satélites Galileo de uma só vez em uma órbita média. O lançador deve estar disponível na segunda metade de 2014 e funcionará junto com o atual Soyuz, na Guiana Francesa, este que é capaz de carregar dois satélites de cada vez.
Novos satélites Os veículos orbitais do Galileo combinam os melhores relógios atômicos que já viajaram para o espaço – o erro é de apenas um segundo em três milhões de anos – com um potente transmissor capaz de enviar sinais de navegação muito precisos. A constelação Galileo começou a tomar forma em 21 de outubro de 2011, quando os primeiros dois dos quatro satélites de Validação em Órbita (IOV, na sigla em inglês) foram lançados. Ambos estão funcionando como esperado. A expectativa da ESA é lançar os dois aparelhos restantes desta fase ainda em 2012. A seguir, o programa de navegação europeu pretende lançar satélites para uma nova fase de implementação do sistema, chamada de Capacidade Operacional Plena (FOC, em inglês).
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A China lançou com sucesso, no final de 2012, um satélite de sensoriamento remoto de alta resolução, a partir do Centro de Lançamento de Taiyuan. Enviado ao espaço a bordo de foguete Longa Marcha 4B, o satélite alcançou a órbita de 770 quilômetros acima da Terra, aproximadamente 13 minutos após o início da operação. Desenvolvido e fabricado pela Academia de Tecnologia Espacial da China, este é o primeiro satélite do país capaz de adquirir dados em alta resolução espacial.
Satélite Pléiades 1A obtém primeiras imagens O satélite Pléiades 1A já mostrou os primeiros resultados depois de ter sido colocado em órbita por um veículo Soyuz, em 17 de dezembro de 2011. Parte das primeiras imagens adquiridas pelo satélite será disponibilizada ao público pela Agência Espacial Francesa (CNES). É possível observar a precisão de 50 centímetros do Pléiades 1A sobre as paisagens urbanas de Paris, na qual aparece o Museu do Louvre. Comercializado pela Astrium Services, o satélite atingiu sua órbita final em janeiro. As imagens são indicadas para mapeamento detalhado e fotointerpretação. A empresa informou que mais três satélites serão lançados nos próximos dois anos.
Rio+20 discutirá dados de satélite para o desenvolvimento A 4ª Reunião da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), realizada em fevereiro, recomendou que o evento inclua em suas discussões a questão do acesso, o mais facilitado possível, aos dados de satélite. Quem tocou no assunto foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que lembrou o papel já tradicional do Brasil na definição de dados de satélite como “bens comuns da humanidade”. O país já distribuiu mais de um milhão de imagens desde 2004, dos satélites Cbers. Um novo aparelho da série (Cbers-3) será lançado em novembro deste ano.
Portal ArcGIS Online agora disponível em dez idiomas A Esri anunciou, no dia 15 de fevereiro, que traduziu o ArcGIS Online em nove idiomas adicionais. Segundo a companhia, a tradução do site em outros idiomas, além do inglês, ajuda usuários ao redor do mundo a criar mapas, compartilhar conteúdo de suas organizações e colaborar com outros usuários em seu idioma local. Além do inglês, os usuários podem interagir com o ArcGIS Online em árabe, francês, alemão, italiano, japonês, português, russo, chinês simplificado e espanhol. O portal conta ainda com conteúdo fornecido por distribuidores locais, como mapas e aplicativos atualizados. A Esri também informa que o sistema de ajuda online estará disponível em breve neste idiomas.
Info
www.arcgis.com
Brasileiros desenvolvem técnica de previsão de enchentes Uma equipe formada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um modelo matemático que ajuda a prever a ocorrência de enchentes calculando a área que um rio cheio abarcará. O modelo matemático é chamado Height Above the Nearest Drainage (Hand, ou Altura Acima da Drenagem mais Próxima). O método permite o entendimento da dinâmica da água do rio em caso de enchente e usa uma relação matemática que descreve propriedades físicas da paisagem e da topografia, ligadas com a hidrologia. O processamento matemático das imagens do relevo, captadas por satélite, resulta nas chamadas maquetes digitais, que permitem a visualização nas zonas próximas dos cursos d’água, que podem ser afetadas com uma eventual enchente. Se a informação da maquete digital for comparada com imagens da ocupação efetiva dos terrenos – disponíveis no Google Earth, por exemplo -, é possível saber quais ruas, residências, prédios comerciais e equipamentos públicos poderão ser tomados pelo rio.
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OGC A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês). O OGC é uma consórcio internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades, que fazem parte de um processo que visa desenvolver padrões disponíveis publicamente.
Conselho de diretores do OGC elege novo presidente O conselho de diretores do OGC elegeu, de forma unânime, Jeffrey K. Harris como presidente do Consórcio. Harris, que desde 2003 é diretor e membro da diretoria executiva do OGC, sucede o fundador David Schell, que irá continuar como presidente emérito. Jeff Harris teve uma longa carreira no setor espacial, de quase 35 anos. Se aposentou recentemente da Lockheed Martin, onde trabalhou como presidente do setor espacial e de mísseis da empresa. Foi também presidente da Corporação Space Imaging.
OGC lança padrão para hidrologia O Concórcio Geoespacial Aberto informa que seu novo padrão, chamado WaterML 2.0, está disponível para sugestões e comentários. Este novo padrão OGC é indicado para representações de observações hidrológicas, especificamente para dados em série histórica. O WaterML 2.0 é implementado como parte do padrão OGC Geography Markup Language (GML) versão 3.2.1 e faz uso dos modelos e padrões de codificação de observações e medidas (O&M) do OGC. O padrão é compatível com dados de hidrologia e hidrogeologia, para cenários de monitoramento, previsões, infraestruturas de barragens e sistemas de abastecimento, dados de água superficial e subterrânea.
CONSÓRCIO CRIA grupo de trabalho em navegação interna O OGC anunciou recentemente a criação de um comitê técnico com foco no desenvolvimento de padrões para a navegação interna, com o objetivo de promover avanços no padrão IndoorGML. Este novo grupo visa proporcionar interoperabilidade entre aplicações de navegação interna, o que abrange diversas áreas, como LBS indoor, serviços de mapas para a web, controle de emergências, guia para deficientes visuais, entre outras.
OGC aprova padrão de localização para mensagens SMS O Consórcio Geoespacial Aberto anuncia que aprovou, em votação, o Open GeoSMS como um padrão OGC oficial. Este padrão irá fornecer a desenvolvedores diretrizes de codificação e de interface para mensagens SMS. O padrão visa facilitar a comunicação e localização de conteúdo entre diferentes aparelhos e aplicativos que utilizem Serviços Baseados em Localização (LBS).
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LANÇAMENTOS Foi lançada em fevereiro a versão 6.4.2 estável do software livre Grass, usado para gerenciamento e análise de dados geoespaciais A Vivo lançou o serviço Co-Piloto Trânsito, um aplicativo para aparelhos móveis que permite ao usuário traçar rotas com informações online sobre o tráfego O Google anunciou, em janeiro, o Public Alerts, um serviço que oferece informações atualizadas das condições climáticas em situações emergenciais e desastres naturais A Editora HL/mais lançou o produto Mapa das Ferrovias de Passageiros, contemplando linhas de metrôs e trens urbanos e metropolitanos Foi lançado em fevereiro o software para design Bricscad V12, em versão para o sistema operacional Linux A Geocenter anunciou que irá lançar o software topográfico AutoGeo, preparado para atender as exigências da Lei 10.267 do Incra
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Juno 3B e 3D da Trimble A Trimble anunciou uma nova geração de aparelhos GNSS para aplicações GIS no campo. Os novos Juno 3B e 3D são aparelhos móveis otimizados para o trabalho diário no campo, como coleta de dados e inspeções. Projetado para ser um sistema integrado de posicionamento, imageamento e comunicação, a série possui duas versões disponíveis. O Juno 3D tem um GPS integrado de alta sensibilidade para posicionamento e navegação, uma câmera de 5 MP de foco automático e software Windows Mobile. O Juno 3D tem todas as características da 3B, incluindo tecnologia 3G, que permite aos usuários transferir dados mais rapidamente e estar sempre conectado. INFO www.trimble.com/juno
PhotoGIS A Geo Tactical Solutions (GTS) anuncia que está nos estágios finais de desenvolvimento de um novo software para mapeamento e gerenciamento de fotos. O PhotoGIS permitirá aos usuários facilmente mapear, organizar, exportar e gerenciar imagens obtidas com câmeras digitais que tenham GPS. INFO www.geotacticalsolutions.com
Câmera Pentax Optio com GPS A GeoDesign Internacional está anunciando, no Brasil, a câmera Pentax Optio WG-1, com GPS integrado. O aparelho é adequado para fotografar em regiões com condições ambientais adversas e oferece vários recursos. Possui função GPS, permitindo que dados de posicionamento sejam gravados com as imagens para aplicações de geo-tagging. O equipamento é a prova d’água, de queda, contém porta HDMI e comunicação Wi-Fi. As imagens obtidas com a câmera digital Pentax Optio WG-1 GPS são georreferenciadas e integram-se com o programa Geo Fotos Mapper, permitindo processamento dos dados para utilização em GIS, banco de dados, relatórios e outros. INFO www.geodesign.com.br
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GNSS Star Fire 3040 A Alezi Teodolini está lançando no mercado brasileiro o receptor GNSS Star Fire 3040, da empresa americana Navcom, parte do grupo John Deere. O Star Fire 3040, sem auxílio de nenhum tipo de base, é capaz de trabalhar no modo Rover, em qualquer lugar do planeta, com precisão de 5 centímetros em tempo real. INFO www.aleziteodolini.com.br
GIS Developer Kernel
A TatukGIS anunciou a maior atualização já feita do GIS Developer Kernel (DK), um produto que chega em sua 10ª versão, trazendo novas funções para as plataformas de desenvolvimento Delphi/C++Builder, Microsoft .NET Framework for WinForms/WPF e Microsoft ActiveX/OCX. Novas funções incluem recursos integrados de visualização de mapas 3D, incluindo Modelos Digitais de Terreno (MDT), renderização de vetor em 3D, sobreposição de imagens e vetores 2D em modelos MDT, simulação de inundação, controle de luz e sombra, novos estilos de linhas, geração de contornos a partir de um MDT, suporte a dados Lidar em formato XYZ, entre outras.
Antena receptora CR-G5
INFO www.tatukgis.com
A Topcon Positioning Systems (TPS), desenvolvedora de tecnologia para posicionamento com sede nos Estados Unidos, anunciou na última semana o produto CR-G5. A nova antena receptora é de alto desempenho, baseada na tecnologia GNSS TA-5, que fornece uma solução completa de rastreamento para todos os sinais GNSS atuais e futuros.
Global Mapper 13.1
INFO www.topconpositioning.com
SuperSurv 3.0 para Android A SuperGeo Technologies anunciou que seu mais recente aplicativo móvel para o sistema operacional Android está disponível ao público em versão beta. Com o SuperSurv 3.0 usuários podem coletar dados e realizar medições. Desenvolvido especialmente para uso em campo, o novo aplicativo integra tecnologias GIS e GPS para funcionar em sistemas de coordenadas globais. Com ele, usuários de campo podem coletar, visualizar e realizar medições de dados GIS com precisão. INFO www.supergeotek.com
A Blue Marble anunciou o lançamento do Global Mapper versão 13.1, introduzindo o licenciamento Flex LM para o software, que fornece a opção multi-usuários com apenas uma licença de rede. Traz também novas funcões geoespaciais PDF, tais como a capacidade de importar e exportar para versões 64-bit, selecionar qual camada carregar a partir de um PDF geoespacial, e a opção de carregar várias páginas PDFs georreferenciadas. INFO www.bluemarble.com
GeoMedia Smart Client
A Blom, empresa dedicada à aquisição, processamento e modelagem de informação geográfica, está lançando a versão 3.2 do BlomDesktop Viewer, um aplicativo de dados geoespaciais, contendo novas funções, ferramentas e bases de dados. As principais novidades incluem integração com o imageamento esférico do BlomStreet e com modelos de alta resolução produzidos através de tecnologia Lidar. A versão 3.2 também fornece integração com a API Cyclomedia, permitindo medição total de pontos, linhas, alturas, áreas e volumes.
A Intergraph anunciou o lançamento do GeoMedia Smart Client, fornecendo meios geoespaciais para acelerar processos e negócios em organizações, utilizando o potencial do GIS. A solução proporciona aos usuários GIS um meio de acessar e usar dados geoespaciais em seus processos de negócios. Com o GeoMedia Smart Client, organizações podem criar uma interface única que pode ser configurada para um número ilimitado de aplicações. Alterações geográficas são implementadas facilmente e de forma interativa através de um GIS, que integra processos configuráveis.
INFO www.blomasa.com
INFO www.intergraph.com
BlomDesktop Viewer 3.2
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AutoCAD WS 1.4
SuperGIS Desktop 3.1
A Autodesk anuncia vários recursos para a próxima versão do AutoCAD WS, um aplicativo gratuito para web e dispositivos móveis que permite que os usuários visualizem, editem e compartilhem projetos do AutoCAD. Os projetistas terão acesso a recursos 3D interativos, inclusive capacidade de trabalhar com desenhos 3D em dispositivos móveis. Além disso, o AutoCAD WS incluirá recursos de GPS, permitindo que informações de localização geográfica sejam compartilhadas e salvas com os projetos, além dos novos recursos Plot-to-Print para impressão remota imediata em qualquer HP ePrinter.
A SuperGeo Technologies anunciou que SuperGIS Desktop versão 3.1 foi lançado oficialmente e já está disponível. Com um núcleo de desenvolvimento renovado, o software oferece novas ferramentas GIS para que usuários possam visualizar, editar, gerenciar, consultar e analisar dados espaciais em diversas aplicações. Com todas as funções da versão 3.0, o software, segundo a empresa, teve melhorias de desempenho para o processamento de dados e acréscimo de novas ferramentas para edição.
INFO www.autocadws.com
INFO www.supergeotek.com
GeoMedia 3D 6.1.1 A Intergraph anunciou o lançamento do GeoMedia 3D versão 6.1.1. O software é uma extensão que se conecta ao GeoMedia, permitindo que usuários representem conjuntos de dados geoespaciais existentes em três dimensões através de uma nova janela de mapa 3D. Através da fusão de fontes de dados diversas com uma visão georreferenciada em três dimensões, os usuários podem utilizar melhor os dados.
GeoNode 1.1
INFO www.intergraph.com
Foi lançada a versão 1.1 do GeoNode, com várias modificações. A plataforma de código aberto foi desenvolvida em 2010 para facilitar a criação, compartilhamento e uso colaborativo de dados geoespaciais. A versão oficial 1.1 conta com documentação aprimorada, suporte a GeoServer 2.1 e a GeoNetwork 2.6; vários aprimoramentos de interface do usuário, permitindo melhores transições e desempenho com mapas; correções de bugs; entre outras características.
GeoCore 2012
INFO www.geonode.org
A Blue Marble anunciou recentemente o lançamento do GeoCore 2012, contendo as versões atualizadas GeoCalc 6.5, GeoTransform 6.2 e GeoTranslate 5.2, formando um conjunto de ferramentas para conversão de dados geoespaciais. Esta combinação permite aos usuários do GeoCore desenvolver softwares geoespaciais, trabalhando e transformando dados de coordenadas, vetores, CAD, raster, 2D ou 3D de forma eficiente.
Go Monitor
Também é possível conectar o software com o Erdas Imagine, permitindo a importação de dados e modelos de cidades de outros softwares, como o CityGML e arquivos Google, para incorporar outros modelos 3D em seus projetos.
INFO www.bluemarble.com
Câmera aérea CS-10000 A Optech Incorporated, fabricante de instrumentos Light Detection And Ranging (Lidar), radares e câmeras, está lançando a nova câmera CS-10000, com os últimos avanços em tecnologia fotogramétrica. Segundo a empresa, a tecnologia usada de integração com sensores aerotransportados Lidar oferece uma plataforma aérea eficiente e flexível. A CS-10000 introduz muitas características novas, mantendo tecnologias como o Forward Motion Compensation (FMC), para compensação de movimento. A câmera oferece um obturador e lentes substituíveis, para permitir maior eficiência operacional. Seu formato de 80 MP permite alta qualidade de imagem. INFO www.optech.ca
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A divisão geo da Astrium Services anuncia o lançamento de um novo serviço para monitoramento por satélites. Com processamento, análise e interpretação de imagens de satélites, o Go Monitor fornece informações sobre mudanças em qualquer área de interesse ao redor do mundo. Acessível mesmo em áreas remotas, com opção de revisita diária e independente de condições meteorológicas, o serviço é indicado para ajudar na tomada de decisão, localizando e monitorando a construção de infraestruturas, a exploração e produção em instalações terrestres e marítimas de indústrias de petróleo e gás, entre outras aplicações. O Go Monitor utiliza dados de vários satélites ópticos e radar. INFO https://go-monitor.com
GeoÁrvores A Nexus Geoengenharia lançou em janeiro o GeoÁrvores, um software para a gestão de cadastro georreferenciado de árvores. O programa permite que empresas de saneamento ambiental e prefeituras realizem a gestão georreferenciada das árvores da cidade. Com isso, os órgãos públicos responsáveis poderão realizar o planejamento das intervenções em campo ,nas árvores, com o apoio da ferramenta. Este software utiliza tecnologia Terralib, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e permite que a base cartográfica da cidade seja integrada ao cadastro de árvores e o mapa unificado do município seja visualizado na tela em um único ambiente. O GeoÁrvores, além do cadastro georreferenciado de árvores, possui também recursos para a gestão de dados tabulares, tais como logradouros, praças, espécies e famílias de espécies de plantas, pragas e doenças. O programa também oferece recursos para registrar a situação da poda de cada árvore e associa a foto de cada uma à sua localização no mapa. INFO www.nexusbr.com
Europa inaugura serviço de cartografia online para cidadãos A Agência Europeia do Meio Ambiente lançou um serviço de cartografia global da Terra, que permite obter informações sobre o meio ambiente do planeta, como a qualidade do ar nas mais de mil estações de controle da Europa. Denominado Eye on Earth, o serviço é uma plataforma de comunicação que conta com a participação de cientistas e de cidadãos que fazem observações ambientais. Através da plataforma online é possível obter dados sobre a qualidade das praias, o nível de ruído, a erosão costeira, a contaminação dos solos, entre outros indicadores como o NoiseWatch, um serviço online que avalia a contaminação acústica em 164 países da Europa. Além disso, o usuário pode criar, gravar e imprimir mapas personalizados e acessar diferentes mapas de qualquer parte do planeta e em vários idiomas, com dados da contaminação da água e do ar. INFO http://network.eyeonearth.org
Portal SIIGEO
IBGE lança índice de nomes geográficos do Brasil O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, em janeiro, o primeiro volume do Índice de Nomes Geográficos. O documento oferece aos usuários uma nova forma de visualizar uma parte das informações do Banco de Nomes Geográficos do Brasil, lançado em 23 de setembro de 2011. O índice é um produto do Banco de Nomes Geográficos do Brasil (BNGB) que reúne, em ordem alfabética, os nomes padronizados e a localização (Unidade da Federação a que pertencem, latitude e longitude) de todos os elementos retratados na Base Cartográfica Contínua do Brasil ao Milionésimo, incluindo rios, formas de relevo, localidades, edificações e parte dos conjuntos de nomes dos países vizinhos abrangidos pela base, entre outros. INFO www.bngb.ibge.gov.br
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A Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral (Seplan) do estado do Mato Grosso lançou, no final de 2011, o Portal SIIGEO – Sistema Interoperável de Informações Geoespaciais. A iniciativa, que teve início em 2006, visa a melhoria no desempenho da gestão pública por meio do uso da geotecnologia, graças à implementação de uma plataforma tecnológica unificada em um ambiente interoperável e normatizado com informações geoespaciais em tempo real. A Seplan contou com o apoio da Imagem, distribuidora do ArcGIS no Brasil, que possibilitou a aquisição da tecnologia com base no licenciamento Enterprise License Agreement (ELA). O portal foi desenvolvido com base no conceito de compartilhamento de dados e serviços via web, a fim de integrar os serviços de mapas das instituições. INFO www.siigeo.mt.gov.br/seplan
CAPA
Compartilhar informações para um mundo melhor Conecte-se com as últimas novidades das geotecnologias no MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, de 29 a 31 de maio em São Paulo
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Por Alexandre Scussel, Eduardo Freitas e Viviane Prestes
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ividir o pão, contar histórias ao redor de uma fogueira, registrar caçadas nas paredes das cavernas. O ato de compartilhar é inerente ao ser humano e vem acompanhando nossa sociedade desde as primeiras civilizações. Talvez, este seja o principal fator do sucesso de nossa espécie: a divisão do conhecimento, geração após geração, o que nos trouxe até os bytes de hoje. Com a internet, as redes sociais e a alta velocidade nas várias formas de comunicação, o volume de informações compartilhado ao longo de um dia supera muito todos os dados já trocados em séculos de evolução. Mas, com toda essa gama de informações, como separar o joio do trigo e acessar exatamente o que é importante? Aí que entram os encontros entre stakeholders de um setor, nos quais estão presentes representantes de todos os extratos, desde o usuário até os presidentes de companhias, passando pelos especialistas, gestores e produtores. Afinal, todos têm que tomar decisões em seu dia-a-dia e, para isso, precisam de informações atualizadas. Mesmo com todas as facilidades da internet, hoje, um evento desse tipo é uma experiência única, sendo a principal plataforma para conhecer as novidades e tendências do mercado, atualizarse profissionalmente e, principalmente, fazer o famoso “networking”. Além do fator social do intercâmbio de informações, a questão técnica envolve a utilização de padrões para que os dados geoespaciais sejam compartilhados de forma plena entre os vários níveis de usuários. Afinal, não basta produzir informação de qualidade, mas sim garantir que ela seja compartilhada entre todos os interessados.
já confirmaram presença Ola Rollen do Grupo Hexagon, Luiz Bermudez do Open Geospatial Consortium (OGC) e Clinton Libbey, do Google Enterprise. Em relação ao futuro dos sistemas GNSS, executivos da Trimble, Septentrio, Leica Geosystems e Topcon irão demonstrar o que João Vassallo, diretor da Threetek vai melhorar para os usuários do GPS, Glonass, Serviços integrados de informação geoes- Compass e Galileo em relação à qualidade de pacial devem permitir a qualquer usuário pes- dados e produtividade nos levantamentos. Fiquisar, identificar e acessar os dados prove- nalizando este fórum internacional, grandes nientes de diversas fontes, desde o nível local companhias internacionais provedoras de imaaté o global, de modo interoperável. Durante o gens, como DigitalGlobe, GeoEye, Telespazio e MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, que vai RapidEye, estarão representadas, debatendo acontecer de 29 a 31 de maio no Centro de Con- o futuro do sensoriameno remoto. Este fórum venções Frei Caneca, em São Paulo (SP), o tema terá tradução simultânea para o português, es“compartilhar informações para um mundo me- panhol e inglês. lhor” será a tônica das discussões. Serão fóruns, Fórum Soluções Geoespaciais para Inteligênseminários, cursos, workshops, encontros de usu- cia e Defesa: Especialistas e usuários estarão ários e uma feira de produtos e serviços onde es- reunidos no segundo dia do evento para apretarão reunidos representantes de toda a comu- sentar e debater as soluções geoespaciais utinidade de geotecnologia do Brasil e da América lizadas para segurança das fronteiras, combaLatina. Conecte-se! te ao tráfico, evasão de divisas e contrabando, monitoramento e alerta de desastres naturais, Quatro fóruns, sete seminários e além dos planos de contingência no caso de muita interatividade acidentes. Através de aplicações e projetos, os Seguindo a premissa do evento, que desde sua participantes irão perceber a importância da criação estimula a interatividade e cooperação utilização de geotecnologias para a prevenção entre seus participantes, o MundoGEO#Connect e resposta a acidentes, crimes e emergências. LatinAmerica vai realizar fóruns Fórum Soluções e seminários, visando propor- “Na prefeitura de Caxias do Sul Geoespaciais para Gocionar espaços em que a cons- estamos implantando um SIG. verno: No dia 31 de trução do conhecimento cola- Podemos afirmar que muitas das maio, especialistas de borativo na área geoespacial diversos órgãos goversoluções que implementamos foram estará sempre em pauta. namentais estarão reu‘sacramentadas’ em discussões Fórum Internacional Geonidos para apresentar acontecidas em eventos e algumas, tendências: Durante todo o prie debater soluções bameiro dia do evento, os partici- especialmente, no MundoGEO#Connect seadas em geotecnolopantes do fórum irão conhecer 2011” gias, especialmente nas a opinião de executivos inter- Jose Aquiles Susin, diretor geral de TI questões relacionadas nacionais das principais empre- da prefeitura de Caxias do Sul ao efetivo compartilhasas e instituições de geotecnomento das informações logia sobre as tendências no compartilhamento entre a administração pública e a sociedade, de informações espaciais para os próximos anos. para múltiplas aplicações. Além disso, em um Para apresentar as principais iniciativas e desa- dos momentos será abordado como as geofios de implantação de projetos mundiais de In- tecnologias estão sendo usadas pelo governo fraestruturas de Dados Espaciais (IDE), com des- federal para planejamento, controle e monitotaque para a América Latina, estarão presentes ramento das obras de infraestrutura. representantes da Global Geospatial Information Fórum Padrões OGC: Este fórum vai fornecer uma Management – ONU (GGIM), do Comitê Perma- visão geral sobre o OGC e uma introdução aos padrões nente para a Infraestrutura de Dados Geoespa- mais populares, incluindo codificações e serviços, além ciais das Américas (CP-Idea) e do Instituto Pana- de recomendações para a construção de IDEs. A apremericano de Geografia e História (IPGH). A fim sentação ficará por conta de Luiz Bermudez, Diretor de de debater junto com o público o futuro do GIS, Certificação de Interoperabilidade do OGC.
“Sem sombra de dúvida o MundoGEO#Connect é um grande marco, que vem atraindo pessoas e indústrias que não estão habituadas a utilizar dados geoespaciais”
“É um dos únicos [eventos] que aproximam os profissionais e as novidades desta área” Egildo Tadeu Medeiros, consultor em cartografia
“Tenho certeza que novas soluções serão apresentadas [no evento] para diversos setores e acho importante estar atualizado” Eduardo Bom Kury, engenheiro agrimensor
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Programação A grade completa por dia e auditório está disponível na página 78, na seção MundoGEO#Connect
“Foi [um evento] de muito bom nível técnico e comercial, além de grande demonstração de profissionalismo de seus organizadores” Rômulo Parma Gonçalves, engenheiro de geodésia da Petrobras
Seminário VANTs & Aerofotos: A qualidade, de satélites previstos para os próximos anos, com preços, prazos e opções de produtos obtidos por aplicações nas áreas de meio ambiente, enersensores ópticos, laser e radar vêm aumentando gia, óleo & gás, mineração, agricultura, florescada vez mais o uso e as potencialidades de seus tal, infraestrutura e gestão territorial. Já estão produtos. Somada a isto, a invasão dos Veículos confirmados profissionais de várias empresas e Aéreos Não Tripulados (VANTs) configura mais órgãos públicos. Seminário GIS & GeoWeb: O que o futuro reuma opção para imageamento. Para debater estes temas, empresas e organizações do setor já serva para os Sistemas de Informação Geográfica (GIS)? No terceiro dia do confirmaram a presença evento o público vai poder de seus representantes. “O evento MundoGEO#Connect 2011 foi conhecer os aspectos do GIS Seminário Qualidaexcelente, pois trouxe oportunidades de desktop, 3D, móvel e na nude de Dados Geoespavem, e como o futuro desciais: Para um proje- negócios, troca de experiências e soluções ta tecnologia vai impactar o to de qualidade, dados no mercado” dia-a-dia dos profissionais e padronizados, integra- Bruno Henrique dos Santos Rebello, analista de das empresas. Especialistas dos e de qualidade! Se- geoprocessamento da Fundação Nacional do Índio que estão à frente de grande guindo esta premissa, o projetos e empresas, como MundoGEO#Connect LaNokia Maps e Google Enterprise, irão abordar tinAmerica vai trazer especialistas para debater e questões de armazenamento, análise e comparfazer uma análise completa sobre a importância tilhamento de dados, além dos desafios na imda normatização, padronização, modelagem e integração de dados geoespaciais. Representan- plantação de um GIS corporativo. Seminário Cadastro de Imóveis Rurais: Para tes de instituições públicas e empresas privadas envolvidas com qualidade de dados vão tratar apresentar e debater de maneira franca o sobre leis, especificações, controle, validação e georreferenciamento e certificação de imóveis rurais, representantes do setor público, empresas transformação de dados geoespaciais. Seminário GNSS & Automação Topográfica: e profissionais estarão presentes no seminário. Para mostrar resultados, debater as tendências Neste espaço, o público vai ter a oportunidade e apresentar o estado da arte na área de topo- de dirimir dúvidas diretamente com especialisgrafia automatizada, especialistas e usuários tas da área. Primeiramente serão demonstraestarão reunidos no dia 30 de maio. O seminá- dos os novos serviços online do Incra, além das questões sobre os prazos e rio vai acontecer durante requisitos para Certificação todo o dia, e seus debates “É uma oportunidade para fazer a de imóveis rurais. Em outras vão estar focados no uso exposição de nossos produtos e serviços, sessões, será possível debade receptores GNSS, es- de conversar com clientes e usuários, ter sobre a participação efetações totais e laser scan- mostrando novas tecnologias através de tiva dos Cartórios de Regisners nas grandes obras de uma interação e troca permanentes” tro de Imóveis na aprovação engenharia e infraestruPierre Duquesne, diretor geral da da Certificação, além da intetura. Junto com nomes Astrium Geo no Brasil gração do Cadastro Nacional importantes que estão à de Imóveis Rurais (CNIR) com frente de grandes projeo Imposto Territorial Rural (ITR). tos e empresas, os participantes vão conhecer III Seminário Google Earth e Maps para Empreas características e estado atual dos sistemas sas: Em paralelo ao MundoGEO#Connect Latinglobais de navegação por satélite GPS, Glonass, America, este seminário vai apresentar soluções Galileo e Compass, além das novidades em sisteGoogle para empresas, relatadas por especiamas de aumentação, RTK, PPP, NTRIP, etc. Seminário Imagens de Satélite: Para demons- listas e usuários. Nas duas primeiras edições, o trar e debater tecnologias, aplicações e tendên- evento atraiu centenas de profissionais e usuácias das imagens de satélite, especialistas vão rios, que puderam conhecer aplicações de suestar reunidos no dia 31 de maio. Neste semi- cesso das ferramentas geoespaciais do Google. nário, serão apresentadas as características dos Em 2012, na sua terceira edição, o seminário vai sensores orbitais disponíveis e os lançamentos trazer executivos da Google no Brasil e no exterior, além de representantes da LBS Local, IPNet,
GeoEye Brasil, Centro de Operações do Rio de Janeiro e Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais.
a crescente demanda por informações geoespaciais. Países de todo o mundo, visando o desenvolvimento nacional, estão consolidando suas próprias iniciativas. Em vista dessa constatação, Oito cursos em três dias a organização do evento, em parceria com o InsO MundoGEO#Connect LatinAmerica tam- tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bém será uma ótima oportunidade para quem propõe uma série de cursos sobre o tema. No tem interesse em se atualizar em um assunto primeiro dia, representantes do IBGE estarão ou tecnologia, através de mini-cursos que vão presentes para falar sobre os principais conceidurar todo o dia. tos sobre a Infraestrutura No dia 29 de maio será Nacional de Dados Espaa vez do geomarketing e “O evento é uma grande oportunidade para ciais (Inde). Já no segundo suas aplicações, com con- reunir profissionais e participantes de cursos dia o assunto será o acesceitos de marketing espa- e seminários com empresas que trazem as so e a disseminação dos cial e seus principais usos últimas novidades e lançamentos” geoserviços, enquanto no através de GIS, com apre- Kleber de São José, diretor comercial terceiro serão abordados sentação de José Augusto da Furtado Schmidt os padrões e metadados Sapienza Ramos, pesquipara a Inde. No dia 30 de sador e coordenador-técmaio, a Diretoria de Servinico no Laboratório de Geotecnologias da Uni- ço Geográfico do Exército (DSG) apresentará um versidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). treinamento completo sobre a Inde, abordando Ainda no mesmo dia, o GIS para Gestão Municipal os tipos e as características do dados geoespaserá apresentado por Flavio Yuaca, especialista ciais; os padrões previstos para os dados oficiais; em geoprocessamento que trabalha na Prefei- como estão estruturadas as informações; entre tura de Goiânia. Este treinamento foi criado es- outros tópicos. pecialmente para profissionais que atuam em prefeituras e desejam conhecer o potencial dos Feira de produtos e serviços sistemas baseados em geotecnologias. Seguindo Além dos seminários, workshops e cursos, o na agenda, haverá um curso que trará uma intro- MundoGEO#Connect LatinAmerica conta com dução objetiva à tecnologia de sensoriamento uma feira de produtos e serviços, inteiramente remoto, abordando as imagens ópticas, radar focada no setor de geo. A entrada na exposição ou laser, obtidas através de veículos orbitais ou é gratuita, mas o credenciamento (http://bit.ly/ aerotransportados, que será apresentado por GXa3O2) deve ser feito antecipadamente. Além Luiz Eduardo Vicente, especialista da Embrapa de evitar filas no dia do evento, o registro anteMonitoramento por Satélite. Para fechar o dia, cipado no evento irá garantir a participação do Roberto Tadeu Teixeira vai falar sobre georrefe- visitante no sorteio de três navegadores GPS renciamento de imóveis rurais, com as melhores da Garmin. práticas para a certificação rápida e legal de proPara Rafael Guandalini, diretor de marketing priedades. Segundo ele, “o curso irá proporcionar da Alezi Teodolini, a feira do MundoGEO#Connect maior segurança ao profissional, ao executar os proporciona o feedback direto dos consumidotrabalhos visando a Certificação pelo Instituto res, além do contato com clientes e fornecedores Nacional de Colonização e Reforma Agrária (In- de alto escalão. Ele ainda adianta algumas novicra), não correndo riscos de responder processo dades que a empresa está preparando para este administrativo, civil e criminal caso os trabalhos ano. “Para 2012, além das já habituais apresentasejam mal elaborados”. ções de novos produtos, que não serão poucos, As Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) temos também uma ótima surpresa: um seguntêm se tornado cada vez mais necessárias para do estande na feira, com novas opções para o
Planta da Feira Veja a planta da feira na página 78, na seção MundoGEO#Connect
“Participei somente da feira e gostei muito das palestras que pude acompanhar. [Este ano] minha expctativa é participar de alguns seminários e do curso de Inde” Gabriela Fonseca, analista na Serpro
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público consumidor, graças a uma parceria que ainda está sendo desenvolvida. Com certeza, quem estiver presente vai gostar”, afirma o diretor. Além dessas novidades, a feira de produtos e serviços do MundoGEO#Connect LatinAmerica contará com a presença de multinacionais - por meio de representantes locais -, como a Google Enterprise, divisão de produtos corporativos da gigante global; Trimble e Hexagon, grupos que atuam em vários setores da indústria geoespacial; DigitalGlobe e GeoEye, provedoras de imagens de satélites de altíssima resolução; entre outras. Na primeira edição do MundoGEO#Connect, realizada em junho de 2011, a feira contou com a presença de mais de 1,8 mil participantes e 30 empresas expositoras. Iara Musse Felix, diretora da Santiago & Cintra Consultoria, explicou, em entrevista ao MundoGEO, as inovações que a empresa levou ao evento. “Uma novidade importante [para uma vasta gama de setores] é o que chamamos de Brasil Atual, já que pela primeira vez é possível você ter imagens, em um período de 12 meses, que cobrem todo o país com resolução de cinco metros”, conta. Para este ano, a empresa vai apresentar ainda mais novidades ao mercado. Quem visitar a feira também poderá participar de workshops e encontros de usuários, como o 2º Encontro de Usuários do FME no Brasil, que faz parte do FME World Tour 2012.
Prêmio O Prêmio MundoGEO#Connect tem como objetivo reconhecer profissionais, instituições, empresas e marcas de destaque no setor. Entre as novidades desta edição do prêmio, que conta com novas categorias, está o patrocínio da Garmin, fabricante global de navegadores GPS. O prêmio tem algumas mudanças em relação à edição anterior. Para a segunda versão, foram recebidas várias sugestões, e algumas delas já se tornaram novas categorias, como o melhor perfil no Twitter sobre geotecnologia e a melhor empresa júnior do setor. Na primeira fase de votação do Prêmio MundoGEO#Connect 2012, os usuários, especialistas e tomadores de decisão vão indicar quais devem
ser os cinco finalistas de cada categoria. A segunda fase da votação será realizada até o fim de abril, quando a comunidade poderá escolher o vencedor para cada categoria. Na primeira edição do Prêmio MundoGEO#Connect, realizada em junho de 2011, um dos destaques foi Luiz Paulo Souto Fortes, na época diretor de geociências do IBGE, que levou o prêmio de profissional da década no setor de geotecnologia. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também foi reconhecido, como melhor instituição de ensino e pesquisa, e a empresa Engemap foi escolhida pela comunidade como a companhia com maior presença online. O Centro de Convenções Frei Caneca, onde será realizado o evento, fica a seis quadras da Avenida Paulista, a uma quadra da praça Contos Fluminenses e duas quadras do Cemitério da Consolação. Do aeroporto de Congonhas ao evento são 10,5 quilômetros – cerca de 17 minutos com trânsito fluindo. Já a distância do aeroporto de Guarulhos ao evento é de aproximadamente 30 quilômetros, o que representa cerca de 35 minutos com trânsito bom. O MundoGEO#Connect LatinAmerica conta com o apoio da agência Almax Viagens e Negócios, que apresenta várias opções de hotéis próximos ao local do evento. Veja mais em http://goo.gl/6tmlH. Muitas opções de lazer e turismo estão disponíveis na região próxima ao local onde será realizado o MundoGEO#Connect LatinAmerica. No shopping Frei Caneca há várias salas de cinema e um teatro, com peças mais voltadas para a comédia. A poucas quadras dali fica o Museu de Arte de São Paulo (Masp), um ponto obrigatório para quem vai a São Paulo, e para os amantes do futebol tem o Pacaembu a poucos minutos de taxi.
Perto do fogo ... Assim como nas antigas rodas de conversa ao redor de uma fogueira, os três dias de MundoGEO#Connect vão reunir a comunidade do setor de geotecnologia do Brasil e da América Latina para apresentar os casos de sucesso do passado, avaliar as ferramentas do presente e debater os rumos que a indústria está tomando para o futuro. Tudo isso em um ambiente interativo, acolhedor mas, principalmente, focado na realidade local, na resolução de problemas da nossa região e no tema do encontro. Vamos juntos compartilhar informações para termos um mundo melhor?
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pesquisa
Por dentro do mercado MundoGEO inicia série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia. Sensoriamento remoto foi o primeiro tema
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m março de 2012 foi iniciada uma série de pesquisas que tem como objetivo esquadrinhar a indústria geoespacial no Brasil e na América Latina. Serão várias campanhas ao longo do ano, divididas por temas específicos. Ao final, será possível fazer um estudo completo das principais tendências do setor e também saber o tamanho do mercado de geotecnologia na região. A primeira pesquisa foi sobre sensoriamento remoto e mostrou que quase metade dos usuários, na maioria do tempo, trabalha com integração de imagens com GIS, seguido de processamento de imagens, enquanto uma pequena parcela trabalha com a coleta direta de dados ou com o compartilhamento das informações. Qual a escala de trabalho utilizada para a apresentação da maioria dos seus projetos? 1:2000 11,4% 1:5000 15,2% 1:10000 21,9% 1:25000 17,7% 1:50000 23,9% Outra 10,0%
Na maioria dos seus projetos, você utiliza imagens obtidas por qual tipo de veículo?
Orbital (satélite) 84,7% Aerotransportado (avião) 14,1% Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) 1,2%
Na maioria dos seus projetos, você utiliza imagens obtidas por qual tipo de sensor?
Óptico 79,8% Radar 11,4% Laser 5,4% Outros 3,4%
Também foi perguntado qual tipo de resolução é mais importante para cada tipo de aplicação. Neste quesito, era possível escolher mais do que uma opção. Como resultado, mais de 73% escolheu a resolução espacial, 33% a espectral, 30% a temporal e 14% a radiométrica. Quanto às necessidades dos usuários, praticamente dois terços falaram que precisam somente de dados geográficos, enquanto o restante tem como demanda uma solução corporativa completa que permita tomar decisões. Sobre os atributos para escolha de um produto de sensoriamento remoto, também era possível escolher mais do que uma opção. Assim o resultado foi o seguinte: qualidade 66%, precisão e/ou acurácia 65%, preço 57%, facilidade de uso 38%, rapidez na entrega 23%, dados tridimensionais 21% e suporte 12%. Dentre os comentários deixados pelos participantes da pesquisa, destaca-se o de Marcelo Polanski. Segundo ele, “muitas empresas distribuidoras de imagens de satélite deveriam especializar-se mais no pré-venda e pós-venda, pois, ao vender uma imagem, a empresa deve oferecer soluções, e não deixar o cliente com mais dúvidas na hora de adquirir dados para seu projeto”. Fernanda Sousa Martins Vilela, consultora ambiental, também deixou seu depoimento. “Tenho somente elogios a fazer e parabenizo a iniciativa e preocupação em aprimorar a qualidade dos produtos oferecidos (imagens, programas, etc.), dos cursos e dos serviços prestados pelo MundoGEO”. Por outro lado, Paulo Gurgel comentou que “este tipo de pesquisa é muito interessante, entretanto as questões precisam ser reestruturadas para contemplar melhor um cenário técnico & comercial”. Na opinião de Alberto Calderon, “quando desenvolvemos um projeto em GIS associamos uma grande quantidade de dados espaciais e dados tabulares de diversas disciplinas. O que não se pode mais é perder tempo em registrar imagens e termos problemas com projeções”. A pesquisa do MundoGEO teve uma grande aprovação, e vários participantes sugeriram a realização de mais estudos deste tipo. Aguarde as próximas pesquisas e participe você também! Os resultados serão compartilhados com a comunidade, pelo portal e revista MundoGEO.
Curtiu esta pesquisa? Envie sua opinião para editorial@ mundogeo.com e/ ou @mundogeo. Sua mensagem poderá ser publicada na próxima edição
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quem é quem A revista MundoGEO dá continuidade à série iniciada na edição anterior e mostra a você quem são os profissionais de destaque do setor de geotecnologia na América Latina.
José María Ciampagna Gilberto Pessanha Ribeiro Globalgeo Geotecnologias. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Engenheiro cartógrafo. Já trabalhou na UERJ e UFF.
Presidente da Ciampagna & Asociados, professor de SIG e Geodésia (Universidade de Córdoba) e Faculty Lincoln Institute of Land Policy. Córdoba, Argentina. Agrimensor e Engenheiro de Geodésia e Geofísica. Já trabalhou como Consultor Internacional de “Sistemas de Información Territorial y Catastro”.
Rodrigo Campi Sperb
Quality, Training & Methods Coordinator, Content Operations Latin America, TomTom. São Paulo (SP), Brasil. Engenheiro ambiental com mestrado em Geomática no ITC (Holanda). Já trabalhou na Univali, GeoSapiens Tecnologia e Informação (sócio durante o spin-off da empresa do grupo de pesquisa da Univali), Engetec Engenharia.
Anderson Maciel Lima de Medeiros
Consultor em geotecnologias, coordenador de geoprocessamento da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração do Pará. Belem (PA). Tecnólogo em Geoprocessamento pelo IFPB. Já trabalhou na Secretaria Municipal de Infraestrutura de João Pessoa (PB), Focus Engenharia, instrutor em treinamentos de geotecnologias com softwares livres para entidades públicas e privadas.
Rodrigo Affonso de Albuquerque Nobrega “Sal”
Research Assistant Professor / Geosystems Research Institute / Mississippi State University. Starkville, Mississippi EUA. Engenheiro cartógrafo. Já trabalhou no Grupo Schahin Engenharia Ltda, Aerocarta.
Marzio Laurenti
Diretor-Presidente Telespazio Brasil. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Engenheiro de Sistemas. Já trabalhou na Vitrociselenia, Medtronik, Telespazio, Thales Alenia Space.
João Roberto Moreira Neto Ulf Walter Palme
CEO / Palme Assessoria & Consultoria Empresarial e Assessor da Diretoria da Sanasa. Piracicaba (SP), Brasil. Engenheiro Agrônomo (Ufla) com Mestrado em Sensoriamento Remoto (Inpe). Já trabalhou no Inpe Ministério Público SP, Funcate, Senagro/ Coinbra/Dreyfus, IICA/ Incra, Space Imaging, DigitalGlobe, Lockheed Martin, IME/Centran, Crayon Engenharia, Geoviso.
Orbisat Indústria e Aerolevantamento. Campinas (SP), Brasil. Engenheiro Eletrônico (ITA) e Doutor (Universidade Técnica de Munique). Já trabalhou como Assistente no ITA em 1983; Pesquisador no Instituto de Alta Frequência do DLR, Alemanha, de 1983 a 1996; Sócio Diretor da Aerosensing Radarsysteme GmbH, Alemanha, de 1996 a 2001.
José Augusto Sapienza Ramos
Coordenador-Técnico do Labgis Extensão/Uerj, professor, consultor e pesquisador. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Bacharel em Ciência da Computação (Universidade Federal Fluminense) e Mestrado em curso em Engenharia de Sistemas de Computação (Coppe/UFRJ). Trabalha há 12 anos com projetos técnicos-científicos em geotecnologias na Uerj. Já prestou serviços para empresas como Vale EP, Petrobras, Correios, TREMA, ministérios federais, prefeituras, entre outros.
Franco Brazilio Ramos Helder de Azevedo
Diretor Geral America Latina / Nokia Location & Commerce. São Paulo (SP), Brasil. Engenheiro Eletrônico (ITA), pós graduado em Marketing, Finanças e Planejamento Estratégico (FGV), MBA em Sustentabilidade e Gestão Ambiental (Senac). Já trabalhou na Iqara Telecom, TIM, Globasltar, Nextel.
Gerente de Contas Corporativas - Trimble (Key Account Manager – Survey Division – Brasil). Campinas (SP), Brasil. Engenheiro Civil (Unicamp). Já trabalhou na Santiago&Cintra, Centro Paula Souza, Engevix Engenharia.
Helton Nogueira Uchoa
Diretor da OpenGEO. Brasília (DF), Brasil. Engenheiro cartógrafo (Instituto Militar de Engenharia). Já trabalhou na 5ª Divisão de Levantamento (órgão subordinado à Diretoria de Serviço Geográfico).
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Passo a Passo
Google Map Maker Parte 5 : Como Criar uma Construção
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esta edição, a MundoGEO dá continuidade à série de Tutoriais sobre o Google Map Maker iniciada na edição 63 da revista InfoGEO.
Arlete Aparecida Correia Meneguette Engenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp Campus de Presidente Prudente arletemeneguette@gmail.com
Conecte-se Participe do grupo de voluntários no Brasil e fique por dentro do mapeamento colaborativo no Google Map Maker http://groups. google.com/group/ mapping-brazil
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5.A partir da lista suspensa, escolha Construção, clique com o botão esquerdo do mouse para selecionar a categoria.
1. Entre no Google Map Maker (www.google.com/mapmaker) e faça login na sua conta do Google. 2. Exiba a área de interesse para a qual deseja adicionar, modificar ou moderar mapas no Google Map Maker. Nos tutoriais anteriores foi demonstrado como criar um bairro e uma via local em Presidente Prudente (SP). Neste tutorial será demonstrado como criar uma construção, associando a ela o endereço completo. É importante ressaltar que somente dados de interesse público devem ser associados aos elementos. Por esse motivo, o exemplo adotado será o prédio onde está instalada a Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN), vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, localizada na Rua Eufrásio Toledo, 38, Jardim Marupiara. A figura a seguir mostra a planta do bairro fornecida pela Prefeitura Municipal.
3. Para verificar como ficaria a representação de edificações no Google Map Maker, clique na opção Mapa e observe o mapeamento colaborativo em andamento. Note que os mapeadores locais já iniciaram a vetorização de outras feições relevantes na área urbana e os nomes dos três maiores contribuidores aparecem no canto inferior direito da tela. 4. Clique na opção Satélite e dê zoom na imagem de satélite no entorno da área de interesse. Na opção Adicionar, clique sobre área (forma) com o botão esquerdo do mouse.
6. Clique com o botão esquerdo do mouse sobre os pontos da edificação, tomando como referência o telhado. Para finalizar a linha, pressione Enter. Para cancelar a vetorização pressione Escape. Edite os dados descritivos e os atributos alfanuméricos. Observe que não é possível associar o elemento à categoria Repartição Pública Estadual, pois no Google Map Maker só estão disponíveis duas alternativas, sendo uma delas federal e a outra municipal. Por esse motivo, será mantida a opção Construção, que é genérica. 7. Observe que outros atributos podem ser inseridos, tais como nome do logradouro, número da edificação, telefone, bairro (que no Google Map Maker é chamado de Localidade), cidade, estado e CEP. Ao finalizar o trabalho é importante justificar o motivo da edição; por exemplo, escolha na lista suspensa a opção “Adicionando detalhes”.
8. Salve o resultado e note que na figura aparece a mensagem “O elemento foi publicado com sucesso”. Os atributos associados ao elemento podem ser lidos clicando no símbolo pontual que se parece com um balãozinho vermelho. 9. Para saber como obter a URL e revisitar o elemento posteriormente ou compartilhar com outra pessoa, basta clicar em Link para esta Página, localizado próximo ao canto superior direito no Google Map Maker. O endereço completo será mostrado no navegador. Para reduzir a URL a poucos caracteres é sugerido acessar http://goo.gl. Outra alternativa é visitar o Google Maps e digitar, por exemplo, “Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais”. 10. Algumas edificações de interesse público são transferidas do Google Map Maker para o Google Maps, não só como POIs (Points of Interest) mas também como feições com a representação das construções. Para ilustrar isso sugere-se fazer uma busca no Google Maps com a expressão “FCT/Unesp”. O resultado obtido mostra a localização de três itens que atendem a busca realizada. Dos itens encontrados, um deles é o Prédio Administrativo onde funciona a Diretoria da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Campus de Presidente Prudente.
Veja mais! Este tutorial de “Introdução ao Google Map Maker” também está disponível em https://sites.google.com/site/arletemeneguette/tutorialgmm
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GEOQUALITY
Auxiliar para complementar Uso de dados auxiliares para a classificação de imagens
Wilson Anderson Holler Engenheiro cartógrafo, analista GIS, supervisor do Núcleo de Análises Técnicas da Embrapa Gestão Territorial wilson.holler@embrapa.br
Dados auxiliares estão disponíveis para nos ajudar a gerar produtos e serviços mais confiáveis. Para usarmos estes dados precisamos estabelecer critérios que permeiem minimizar inconsistências 48
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Um problema importante relativo à classificação de tipos de uso da terra em imagens de satélite é a confusão das respostas espectrais dos objetos que se quer discriminar. Outro limitante refere-se à complexidade atribuída a fenômenos como a não uniformidade na irradiação solar ao longo da área de estudo, causada pelo relevo, a transição progressiva entre dois tipos de cobertura vegetal, diferentes níveis de crescimento, perturbação ou regeneração da vegetação ou de fronteira entre pixels de classes distintas tornam inadequadas as classificações convencionais. Uma metodologia, já conhecida, visa a incorporação de dados auxiliares oriundos de diversas fontes ao processo de classificação de imagens multiespectrais incrementando a acurácia dos resultados obtidos. Entendam-se como dados auxiliares, dados cartográficos oficiais dos órgãos do governo e dados não oficiais como o OpenStreetMap (OSM). Dados auxiliares podem ser utilizados em todas as fases do processo de classificação de imagens. Podem ser criadas máscaras binárias, com estes dados, distinguindo duas classes temáticas de uma imagem, como: água e não água; topos de morro e não topos de morro, vegetação e sem vegetação, redes viárias ou não, etc.. O uso do Modelo Digital de Terreno (MDT) pode, por exemplo, permitir identificar regiões de fundos de vale, topos de morro e áreas de sombreamento. Informações auxiliares podem ser originárias de diversas fontes: órgãos extra-oficiais e oficiais – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Diretoria de Serviço Geográfico do Exército (DSG), órgãos de cartografia e mapeamento estaduais e municipais. Dentre as fontes extra-oficiais, pode-se citar resultados de projetos de pesquisa, zoneamentos, etc., e também de iniciativas colaborativas como OSM, Wikimapia, Tracksource, etc.. Os dados oriundos de órgãos oficiais são os mais confiáveis, mas não possuem atualização constante. Dados extra-oficiais, provenientes de projetos de pesquisa e zoneamentos, via de regra também são dados confiáveis, pois se subtende que passaram por um crivo cartográfico na sua elaboração. Normalmente, não são tão abrangentes quanto os de órgãos oficiais e se aplicam a estudos específicos. Os dados extra-oficiais de projetos colaborativos são provenientes de diversos
usuários (leigos ou não em cartografia), mas em compensação são os que possuem uma atualização constante. Alguns estudos na Inglaterra, Irlanda e Alemanha apontam para o uso mais frequente destes dados em processos de tratamento de imagens multiespectrais. O OSM é um bom exemplo, e consiste em uma espécie de Wikipedia para a informação geográfica que se baseia em várias fontes de dados espaciais coletados por usuários ao redor do planeta. Uma empresa holandesa de dados para navegação automotiva chegou a disponibilizar seus dados sobre a China e os Países Baixos no OSM, porque viu pouco valor em possuir um conjunto de dados incompletos. Sua esperança é que, abrindo os seus dados através do OSM, eles serão capazes de criar conjuntos de dados que sejam 100% precisos. Isto deixa claro o potencial de uso de redes colaborativas que envolvem o tratamento da informação geográfica. Para se ter uma ideia, o melhor mapa do Haiti, após o terremoto, é baseado em dados colaborativos integrados através do OSM. Dados auxiliares de vias, do projeto OSM, são usados para definir quadras e arruamentos, para melhorar a classificação da cobertura da terra e para calcular parâmetros de infraestrutura, tais como comprimento de rede. Na Alemanha, os dados do OSM são muitas vezes mais detalhados do que os produtos comerciais, embora a cobertura e o nível de detalhe sejam variáveis em outras regiões do mundo. Dados auxiliares estão disponíveis para nos ajudar a gerar produtos e serviços mais confiáveis. Para usarmos estes dados precisamos estabelecer critérios que permeiem minimizar inconsistências. A incompatibilidade pode ser um problema atribuído de duas formas: física - formatos de arquivos digitais distintos; e lógica - dados normalmente coletados para outros propósitos, ocasionando inconsistências de: escala, resolução, data e precisão. Independentemente da fonte dos dados, é claro que devemos nos preocupar em conferir sua veracidade, mas fica a dica para quem trabalha com classificação de imagens. Redes colaborativas, como OSM, Wikimapia e Tracksource, estão cada vez mais atuantes, unindo esforços de maneira participativa, produzindo complementaridade aos nossos trabalhos.
Santiago & Cintra 3/4
tutorial
GPS no Linux Manipule dados de GPS usando GPSPrune no Linux
O Esdras de Lima Andrade Geógrafo, gerente de geoprocessamento do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, membro do corpo editorial da Revista FOSSGIS Brasil e militante dos softwares livres geoparalinux@gmail.com
GPSPrune é um aplicativo open source multiplataforma, construído desde 2006 sobre Java, destinado à manipulação de dados provenientes de receptores GPS, com tradução ao português. A última versão, 13.2, foi lançada em novembro de 2011, portanto, é um software que possui atualizações frequentes e por isso mesmo está em constante evolução. Este é um dos mais completos programas de manipulação de dados GPS para os sistemas operacionais baseados em Linux, pois, além de fazer download e upload dos dados, permite a edição dos pontos e trilhas, e conta ainda com funções de geotagging de fotos e áudio.
O programa ainda salva os dados em formato TXT, além de importar/exportar de/para os formatos GPX, KML, KMZ, SVG e POV, este último para renderização 3D. Assista a um vídeo (em inglês) demonstrando as funcionalidades do GPSPrune http://bit.ly/wJCfYf
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O GPSPrune oferece também a possibilidade de gerar gráficos dos perfis topográficos, a partir dos metadados gerados no momento do registro dos dados. É possível, ainda, obter a distância de um determinado ponto em relação aos demais registrados.
Com base nos registros de altitude dos dispositivos GPS, é possível modelar uma trilha ou uma sequência de pontos em três dimensões, baseado em PovRay.
O GPSPrune está disponível no repositório oficial do Ubuntu. Daí a instalação ser através da Central de Programas. O porém de se utilizar deste meio para a instalação, é que a versão disponível é a 12.1 ao invés da 13.2.
No site do desenvolvedor do software há a indicação que a próxima versão do Ubuntu, Precise Pangolin (12.04), já virá com a versão 13.1 do GPSPrune. Caso você queira baixar a versão mais atual para o seu computador, será preciso instalar algumas dependências primeiramente, como por exemplo: gpsbabel, libjava3d, sun-java6-jre ou OpenJDK, dentre outras. Diante do que foi apresentado é possível constatar que o software possui muitos recursos em relação aos seus similares opensource, embora deixe um pouco a desejar se comparado ao GPS Trackmaker, que atualmente é considerado o melhor programa para manipulação de dados de GPS.
Info http://activityworkshop.net/software/gpsprune
informe publicitário
www.lactec.org.br
ALTM PEGASUS Lactec adquire sensor laser aerotransportado de última geração
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urante os últimos anos a indústria de sensores laser aerotransportados tem investido no desenvolvimento de novos equipamentos que proveem uma maior densidade de pontos, maior precisão e acurácia e uma melhor relação custo benefício para diferentes aplicações.
O LACTEC - Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento foi um dos pioneiros na Tecnologia LiDAR no Brasil. Desde 2002, quando adquiriu o seu primeiro sistema a Laser, atua na área de Geossoluções ofertando soluções inéditas para o Mapeamento de Linhas de Transmissão, Florestas, Reservatórios e Bacias Hidrográficas. Buscando um diferencial em tecnologia e qualidade, o LACTEC traz para o Brasil a nova geração de sistemas Laser: ALTM Pegasus. O Pegasus possui capacidade de registrar 500.000 pulsos por segundo. Será o primeiro no Brasil com o sistema Full-waveform Digitizer com 12 bits, possibilitando o registro de todos os retornos do pulso laser. O sistema ALTM Pegasus possui as tecnologias Multiple Pulses in Air (MPiA), que consiste na emissão de um segundo pulso Laser antes do retorno do primeiro, e Multi-channel que é a composição de dois sistemas de varredura simultânea. Essas características possibilitam um ganho de até 10 vezes na produtividade se compararmos com um sensor laser convencional, uma vez que viabilizam o mapeamento em maiores alturas de voo, mantendo uma alta frequência de operação. Esse sensor pode proporcionar também a aquisição de mais de 30 pontos por metro quadrado, dependendo das necessidades de cada aplicação. Essa densidade de pontos pode ser ainda maior se forem considerados os múltiplos retornos, a sobreposição entre faixas adjacentes e os dados extraídos da “waveform”. O processamento da waveform é empregado para recuperar todos os retornos individuais. Isso aumenta a densidade de pontos e também a qualidade das feições mapeadas, pois permite a extração de características adicionais, não detectadas nos sistemas convencionais (que registram de um a quatro retornos). Dentre estas características adicionais podemos
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citar a intensidade do retorno, que provê informações acerca das propriedades de reflectância dos objetos alvo. Hoje, a intensidade do sinal é pouco utilizada, em função da impossibilidade de se calibrar este parâmetro para os sistemas convencionais, mas existe um potencial a ser explorado desta informação para classificação de feições. A modelagem da waveform permite um maior controle ao usuário final no processo de interpretação dos dados levantados. Não se tem somente uma nuvem tridimensional de pontos, mas um perfil contínuo da cena 3D, que contém informações detalhadas e adicionais acerca dos objetos alvo. A precisão e acurácia dos dados provenientes do Pegasus também é um diferencial. Se compararmos com a geração anterior dos sensores, considerando os mesmos parâmetros de voo, temos uma ganho de até três vezes na acurácia da nuvem de pontos. Ainda, integrado com o sensor Laser, o LACTEC utiliza uma câmera aerofotogramétrica de 60 megapixels. Dessa forma, são realizados recobrimentos simultâneos, Laser e imagens aéreas, o que provê um ganho na produtividade, redução de custos, a não variação temporal das informações adquiridas e a obtenção de produtos cartográficos atendendo às mais diversas aplicações. O LACTEC é um instituto privado com mais de 50 anos, com reconhecimento internacional, atuando em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e serviços tecnológicos especializados.
IDE#Connect | Infraestruturas de Dados Espaciais | Gerenciamento da Informação Geoespacial |
n d o G EO A revista Mu ova seção, an inaugura um onnect, #C chamada IDE es sobre çõ com informa iciativas in as principais ras de tu de Infraestru (IDE ou is ia c a p s E s o Dad em inglês) SDI, na sigla to da en e Gerenciam oespacial ao Ge Informação ndo re d o r d o m u
IDE#connect
Inspire Países de todo mundo inspiram-se na iniciativa europeia
A
diretiva Inspire, do Parlamento e do Conselho Europeu, estabelece a Infraestrutura Europeia de Informação Geográfica, que pretende disponibilizar dados de natureza espacial para a formulação, implementação e avaliação das políticas de gestão territorial na União Europeia. A Inspire obriga os Estados Membros a gerirem e a disponibilizarem os dados e serviços de informação geográfica de acordo com princípios e disposições comuns, como o gerenciamento de metadados, a interoperabilidade de dados e serviços, o compartilhamento de informações, entre outros. Os serviços integrados de informação espacial são baseados na existência de uma rede distribuída de repositórios de dados, interligada com base em padrões, assegurando sua compatibilidade. Estes serviços devem permitir a qualquer usuário identificar e acessar a informação geográfica proveniente de diversas fontes, desde o nível local até o global, de modo interoperável.
O principal produto da Inspire, até o momento, é o Geoportal inspire-geoportal.ec.europa.eu
Princípios da iniciativa Inspire: › Os dados devem ser coletados uma só vez e atualizados de forma que isto possa ser realizado com maior eficácia › A informação geográfica, proveniente de diferentes fontes, permitirá sua combinação de forma transparente, através da União Europeia, e compartilhada por diversos usuários e aplicações › Deve ser possível o compartilhamento da informação coletada, em um determinado nível, com todos os outros níveis › A informação geográfica de suporte à atividade governamental, em todos os níveis, deverá ser abundante e disponível sob condições que não restrinjam o seu uso generalizado › A informação geográfica deve ser facilmente identificável, devendo ser simples sua análise e sua adequabilidade para um determinado uso, bem como as respectivas condições de acesso › A informação geográfica deverá tornar-se cada vez mais perceptível e fácil de interpretar, por parte do usuário A diretiva Inspire tem como fim prover aos cidadãos europeus a possibilidade de facilmente encontrarem, através da web, informação útil em termos de meio ambiente e outras temáticas, permitindo também que as autoridades públicas beneficiem-se mais facilmente de informação produzida por outros órgãos governamentais. Quando totalmente implementada, a Inspire permitirá a combinação de dados provenientes de diferentes Estados Membros.
Info http://inspire.jrc.it
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Casos de Sucesso Conheça algumas das principais iniciativas de IDE no mundo NSDI (EUA) Dentre as iniciativas internacionais de compartilhamento de dados espaciais, outra referência - além da Inspire - é a National Spatial Data Information (NSDI), dos Estados Unidos. Criada por meio de ordem executiva governamental pelo então presidente Bill Clinton, em 1994, é constituída por um modelo muito simples de relacionamento entre produtores e usuários de dados espaciais. Os geradores e os consumidores de dados geoespaciais se encontram através do portal do Federal Geographic Data Committee (FGDC).
Info http://www.fgdc.gov
NSIF (África do Sul) A National Spatial Information Framework (NSIF) é uma iniciativa nacional sob a responsabilidade do Departamento de Desenvolvimento Rural e Reforma Agrária (DRLR, na sigla em inglês) da África do Sul. Tem o objetivo de coordenar o desenvolvimento de uma infraestrutura necessária para o suporte à utilização de informação espacial na tomada de decisão. A construção de uma IDE na África do Sul é baseada em boas práticas ao redor do mundo, incluindo políticas, arranjos institucionais, desenvolvimento de recursos humanos e padrões para informação geoespacial.
Info http://nsif.dla.gov.za
MyGDI (Malásia) A Infraestrutura de Dados Geoespaciais da Malásia (MyGDI) é uma das IDE mais avançadas na região Ásia-Pacífico. Conta com o Geoportal da Malásia (MyGeoportal), uma referência para as informações da MyGDI e outras atividades relacionadas com geoinformação no país, que permite aos usuários explorar, visualizar e acessar a implementação da IDE. Conta ainda com galeria de fotos e vídeos, seção de notícias e eventos, além de integração com redes sociais, demonstrando que os organizadores estão em sintonia com as tecnologias atuais de compartilhamento de informações.
Info www.mygeoportal.gov.my
ICDE (Colômbia) Coordenada pelo Instituto Geográfico Agustín Codazzi (Igac), a Infraestrutura Colombiana de Dados Espaciais (ICDE) é a ferramenta para a integração das políticas, padrões, organizações e recursos tecnológicos que facilitam a produção, acesso e uso da informação geográfica do país, para apoiar a tomada de decisões em todos os campos da política pública. Participam da ICDE as instituições públicas com responsabilidades de produção de informação geográfica, além daquelas que, por sua natureza, se consideram usuárias frequentes da mesma. Ou seja, é uma iniciativa aberta a todos os que desejam fazer uso dela.
Info
Por dentro do CP-Idea O Comitê Permanente para a Infraestrutura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-Idea) já conta com a participação de 24 países e tem o objetivo de maximizar os benefícios econômicos, sociais e ambientais derivados do uso da informação geoespacial, a partir do conhecimento e intercâmbio das experiências e tecnologias de diferentes nações. Saiba quem são os integrantes do CP-Idea: › Argentina | Instituto Geográfico Nacional › Belize | Ministry of Natural Resources and the Environment › Bolívia | Instituto Geográfico Militar › Brasil | Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica › Presidência e Secretaria-Executiva 2009-2013 › Canadá | Branch, Earth Sciences Sector Natural Resources › Chile | Ministério de Bens Nacionais › Colômbia | Instituto Geográfico Agustín Codazzi › Costa Rica | Instituto Geográfico Nacional › Cuba | Ministério das Forças Armadas Revolucionárias › Equador | Instituto Geográfico Militar › El Salvador | Instituto Geográfico e de Cadastro Nacional › Estados Unidos | Federal Geographic Data Committee › Guatemala | Instituto Geográfico Nacional › Guiana | Natural Resources Management Project › Honduras | Direção Geral de Cadastro e Geografia › Jamaica | National Spatial Data Management › México | Instituto Nacional de Estatística e Geografia › Nicarágua | Instituto Nicaraguense de Estudos Territoriais › Panamá | Instituto Geográfico Nacional Tommy Guardia › Paraguai | Serviço Geográfico Militar › Peru | Instituto Geográfico Nacional › República Dominicana | Instituto Cartográfico Militar › Uruguai | Serviço Geográfico Militar › Venezuela | Instituto Geográfico Simón Bolivar
Info www.cp-idea.org
www.icde.org.co MundoGEO 66 | 2012
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ONU-GGIM Nações Unidas lideram a criação de uma entidade máxima para o setor de geo Uma oportunidade muito importante foi criada para o pleno compartilhamento das informações geoespaciais ao redor do globo quando o Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, em 2011, o Comitê de Especialistas da ONU em Gerenciamento Global da Informação Geoespacial (Unce-GGIM) como o mecanismo de consulta oficial das Nações Unidas para o Gerenciamento Global da Informação Geoespacial (GGIM). A GGIM trata-se de uma iniciativa de interesse internacional, multi-institucional e multidisciplinar, que surgiu da percepção de que o rápido desenvolvimento das geotecnologias tem contribuído para um uso mais amplo da informação geoespacial. Estas ferramentas facilitam a coleta e a análise de dados, propiciando o compartilhamento e disseminação de informações, tendo como base a componente espacial. Dentre as motivações para a criação do GGIM estava a ausên-
cia de um mecanismo global de consulta e tomada de decisão, dentre estados-membro, para tratar as questões politico-institucionais. Desta forma, a criação de um mecanismo global, sob os auspícios da ONU, pode: divulgar a importância da informação geoespacial junto aos políticos e tomadores de decisão; servir como entidade máxima da comunidade global; iniciar e coordenar projetos com a participação de estados-membro e organizações internacionais; e fomentar a coordenação entre estados-membro e entidades internacionais de financiamento para promover a produção e o compartilhamento de dados geoespaciais.
Info http://ggim.un.org
ALTA ACURÁCIA
Cintilação mapeada Projeto Cigala disponibiliza ferramenta para consultas sobre a ocorrência de cintilação ionosférica no Brasil
N João Francisco Galera Monico É graduado em engenharia cartográfica pela Universidade Estadual Paulista, com mestrado em ciências geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em engenharia de levantamentos e geodésia espacial pela Universidade de Nottingham. Professor e líder do Grupo de Estudo em Geodésia Espacial da Unesp. Autor do livro Posicionamento pelo GNSS galera@fct.unesp.br
O usuário poderá construir diversos tipos de gráficos visando identificar períodos com alta ou baixa atividade de cintilação ionosférica 58
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a edição 34 da revista InfoGNSS, foi abordado, nesta coluna, o assunto referente às ameaças que a ionosfera pode provocar no posicionamento e navegação com GNSS, em especial aquelas advindas da cintilação ionosférica. Detalhes adicionais sobre esse efeito foram apresentados na InfoGNSS 36. Uma figura com a distribuição das estações monitoras da ionosfera sobre o território brasileiro, vinculadas com o projeto Cigala - sigla para Concept for Ionospheric Scintillation Mitigation for Professional GNSS in Latin America -, foi apresentada, bem como alguns detalhes sobre os parâmetros que são utilizados para quantificar o nível de cintilação ionosférica, por exemplo o S4 e o sigmaphi. Nesta coluna apresenta-se uma ferramenta que se encontra em desenvolvimento dentro do contexto do projeto Cigala e que está hospedada na página de internet da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente (FCT/Unesp). O acesso se dá em http://200.145.185.118. O aplicativo ficará disponível ao público nesta fase de testes, sendo que futuramente o mesmo poderá ser uma fonte de recursos para a ampliação e manutenção das estações monitoras. Ele é denominado ISMR Query Tool (figura 1). Usuários interessados em acessá-lo devem enviar solicitação para gege@fct.unesp.br. O usuário poderá construir diversos tipos de gráficos visando identificar períodos com alta ou baixa atividade de cintilação ionosférica. A figura 2, por exemplo, mostra o parâmetro S4 maior que 0,25 para o caso da estação monitora SJCI - localizada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos (SP) - para a semana GPS 1674, para todos os dias desta semana, envolvendo apenas satélites
GPS com ângulo de elevação maior que 20 graus. A mesma figura pode ser construída para o caso dos satélites Glonass. O parâmetro S4 pode ser substituído pela sigmaphi, por exemplo, além de outros.
Figura1: Página inicial de acesso a ferramenta de pesquisa O leitor pode observar que, em praticamente todos os dias, aproximadamente nos mesmos horários, o índice S4 é maior que 0,25, indicando a ocorrência de cintilação ionosférica. Outras possibilidades de gráficos são factíveis de serem construídos, permitindo realizar diversos tipos de análises. O projeto Cigala se encerrou no final do mês de fevereiro de 2012, mas ficou decidido que a FCT/ Unesp manterá a rede em funcionamento pelo menos até o fim do atual ciclo solar, uma vez que muitas ocorrências importantes de cintilação ionosférica deverão ocorrer, e o registro desses parâmetros poderá contribuir com o desenvolvimento científico e tecnológico nesta área. Figura2: Gráfico produzido pela ferramenta de pesquisa
GEO urbano
(mais) Eficiência nas mãos dos gestores públicos Governo de Goianésia investe em novo sistema de geoprocessamento
N Rodrigo Rodrigues Antunes Consultor em geoprocessamento urbano. Professor do curso de sistema de informação no Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste e Universidade Estadual de Goiás. Formado em ciência da computação no Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo, com especialização em geoprocessamento pela Universidade Federal de São Carlos e mestrando em geociências aplicadas na Universidade de Brasília rodrigorantunes@hotmail.com
o segundo semestre de 2003, o município de Goianésia (GO) iniciou a implantação de um sistema de informações geográficas urbano visando obter um cadastro multifinalitário que garantisse a modernização administrativa e fiscal. Essa iniciativa estava sendo abandonada e constituindo-se um sistema ineficiente devido à falta de atualização e continuidade no desenvolvimento do projeto. Em meados de 2004 o município adquiriu uma imagem aérea de alta resolução (escala de 1:8.000, com restituição na escala de 1:2.000) para compor a área urbana da cidade. Mais tarde, em 2007, adquiriu uma imagem de satélite Quickbird e, em abril de 2011, foi adquirida outra imagem de satélite GeoEye, com resolução espacial de 50 centímetros.
Utilização do SIG no município
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Ortofoto 2004 1:2.000
Imagem 2011 Geoeye 1:2.000
Nesse período, não houve um investimento constante de atualização de softwares e novos módulos, mesmo assim foi o primeiro passo para a modernização da administração pública e, consequentemente, um apoio para as tomadas de decisões das secretarias. Vários são os desafios para a administração atual: - Fotos frontais desatualizadas - Características de edificações desatualizadas - Sistema Web limitado de informações espaciais - Sistema Desktop com finalidade de atender somente IPTU (não é multifinalitário) - Mapas temáticos feitos “a mão” - Base cartográfica municipal apresentando diversas inconsistências em relação ao tamanho e forma dos lotes - Não confiabilidade do sistema de gestão (SIG desatualizado) - Software de SIG desatualizado - Não utilização do SIG para a área rural - Impressão de mapas para população indisponível
O sistema de informações geográficas que representa o município vinha se tornando ineficiente, porque as atualizações não eram confiáveis. Em 2011, a prefeitura e as secretarias e departamentos envolvidos se mobilizaram para superar os desafios e tornar realmente uma ferramenta de gestão municipal eficiente e disponível à população. O projeto está sendo financiado pelo Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios (PNAFM). Todo o projeto está sendo supervisionado por um consultor em geoprocessamento urbano. Além disso, os dados geográficos que compõem o sistema de geoprocessamento do município serão disponibilizados ao Instituto de Geociências Aplicadas da Universidade de Brasília, para fins de pesquisa, com o objetivo de chegar a um nível de excelência do cadastro multifinalitário. Com a nova parceria firmada com a empresa Viageo, de Florianópolis (SC), contratada através de licitação, serão desenvolvidos aplicativos de consulta ao banco de dados geográfico do município de Goianésia, atualização do cadastro imobiliário e composição técnica multifinalitária.
“Geoprocessamento Corporativo” é o nome atribuído ao novo sistema, que dará uma dinâmica maior nas atividades relacionadas à atualização do cadastro imobiliário, permitirá que todos os servidores da prefeitura de Goianésia tenham acesso às informações relativas ao cadastro imobiliário, plano diretor, zoneamento, e possam, assim, fazer as comparações entre a imagem de satélite do ano de 2007 e 2011, realizando o cadastro dirigido e promovendo assim maior justiça fiscal. Já o serviço de fiscalização e atualização passará para uma nova etapa, na qual os fiscais da prefeitura utilizarão Palm Top. Com o Geoprocessamento Corporativo de Goianésia, o atendimento do cidadão referente ao cadastro imobiliário será feito diretamente no Portal Web Georreferenciado.
Portal web: bairros do município de Goianésia
1/2 inovação MundoGEO 67 | 2012
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AGRIMENSURA
Atividade solar Saiba no que ela pode impactar o seu GPS
Régis Bueno Engenheiro agrimensor, doutor em engenharia pela Escola Politécnica da USP (EPUSP) e diretor da Geovector Engenharia Geomática. Atua na área de posicionamento por satélites e regularização fundiária desde 1989 regisbueno@uol.com.br
A velocidade de propagação do sinal tem extrema importância nos sistemas de mensuração de distância entre satélite e receptor, como é o caso do GPS 62
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Em geodésia por satélite, faz-se uso de sinais que, na trajetória entre a fonte no espaço e a estação terrestre, percorrem regiões atmosféricas com diferentes características, experimentando estado variável no espaço e no tempo. Para as aplicações de ordem prática, é possível descrever estas regiões da atmosfera como se formassem uma estrutura de esferas concêntricas, que se caracterizam por diferentes propriedades físicas e químicas. Dentre as várias possíveis, nos é mais apropriado adotar a classificação das camadas atmosféricas sob o ponto de vista da propagação, subdividindo-as em ionosfera e troposfera. A velocidade de propagação do sinal tem extrema importância nos sistemas de mensuração de distância entre satélite e receptor, como é o caso do GPS. As características desses diferentes meios resultam em alterações dos sinais em relação à potência, direção e velocidade de propagação. Estes efeitos são indesejáveis nas aplicações geodésicas, preferindo-se manter inalteradas as características físicas dos sinais. Diante da impossibilidade disto se concretizar, resta a necessidade de medir ou modelar o impacto das influências atmosféricas sobre as distâncias, considerando-o no processo de ajustamento das observações. Com a observação simultânea de duas frequências, pode-se reduzir os efeitos nas observações, embora nem todos possam ser evitados. Os efeitos da atividade ionosférica variam no decorrer do dia, apresentado valores máximos próximos das 14h locais. Ao final do dia, após as 17h, têm princípio os efeitos provocados pelo fenômeno das cintilações, que são variações aleatórias temporais em fase e amplitude do sinal recebido pela antena do receptor. Este efeito pode perdurar até próximo de 1h do dia seguinte. No decorrer do ano também há variações no comportamento da ionosfera, sendo verificados dois períodos de maior efeito nas observações: março-abril e setembro-outubro (de maior intensidade), coincidindo com os equinócios no movimento da Terra ao redor do Sol. O sol apresenta períodos de maior atividade que possuem ciclos de 80, 22 e 11 anos com máxima atividade. As atividades solares,
tais como explosões, ejeções de massa coronal, “buracos” da coroa solar e manchas, afetam o comportamento da ionosfera. Por sua vez, a região sul-americana acrescenta uma particularidade. Compreendida em uma faixa ±30º ao longo do equador, esta região está ainda mais sujeita aos efeitos de cintilações, que podem provocar perdas de ciclo ou travamento de sinal do receptor. Aqui sofremos continuamente os efeitos devidos à proximidade com o equador geomagnético. Neste ano estamos passando por um período de máxima atividade solar, o que acarreta perturbações na ionosfera, alterando o Conteúdo Total de Elétrons (TEC, na sigla em inglês) e, com isso, provocando perturbações nas observações GNSS. Um fato até mesmo noticiado em jornais ocorreu na noite de 6 de março, por exemplo, quando uma ejeção de massa coronal posteriormente provocou fortes perturbações na ionosfera, como mostrado no mapa da figura, onde se verifica uma região de maior efeito (laranja) sobre a América do sul às 17h50 UT (14h50 no horário de Brasília).
Mapa global da ionosfera apresentando o TEC em 9 de março de 2012 (fonte: Nasa) As perturbações provocadas por fenômenos deste tipo podem ser tão fortes que causam interrupção nas telecomunicações e até mesmo problemas na rede de transmissão elétrica. Em decorrência destes fenômenos, torna-se importante o entendimento e acompanhamento pelo usuário de tecnologia GPS, principalmente aqueles que operam com receptores monofrequência, planejando suas observações e prevendo estratégias adequadas de controle de erros nos seus levantamentos.
cursos
Pare de procurar! Saiba onde estudar geo no Brasil Acompanhe a nova série de matérias que lista os principais cursos de geo do Brasil e saiba por onde começar ou expandir sua carreira na região Sul do País Por Alexandre Scussel e Elis Jacques
Mapa dos cursos no Brasil A série de matérias sobre os cursos de geotecnologia vai abranger todo o Brasil. Nesta edição você confere os cursos de geo no Sul do país
Q
ual a importância de conhecer o espaço em que estamos inseridos? Em sua busca por conhecimento e expansão, o homem conquistou os mais diferentes ambientes. Surge então a necessidade de entender e representar os espaços, a fim de utilizar todo seu potencial, mas sem esquecer do caráter ambiental. Conhecer e representar em detalhes os fenômenos naturais que formam e modificam nosso planeta, a todo instante, pode ser a razão que vem atraindo cada vez mais alunos aos cursos de geo no Brasil. Porém, a demanda por profissionais devidamente preparados - que atendam às necessidades de um mercado cada vez mais exigente - cresce mais que a oferta. A cada novo evento, canteiro de obras, projeto - em prefeituras, secretarias, órgãos públicos e privados -, há possibilidades de atuação para geólogos, cartógrafos, geógrafos, tecnólogos e técnicos. Para entender como está a relação entre mercado de trabalho e formação profissional, a revista MundoGEO está lançando uma série de matérias para mapear e destacar as oportunidades de formação profissional em geo no Brasil. Comece acompanhando as principais instituições e cursos de graduação, pós e técnicos, além de informações e depoimentos sobre o mercado de trabalho da geoinformação no Sul do País. Aproveite este guia e escolha a instituição e a área que mais se adapta às suas necessidades e desejos para construir uma carreira de sucesso em geo!
Rio Grande do Sul O estado conta com 16 instituições de ensino superior que ofertam formação em geo, porém somente duas oferecem o curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, totalizando 60 vagas. Para o estudante que deseja ingressar no curso de Geologia, há quatro opções. Já a Geografia é a opção mais acessível e que oferece o maior número de vagas, em 14 instituições, dentre elas
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a Universidade de Caxias do Sul. Com as modalidades de licenciatura e bacharelado (o primeiro com possibilidade de ensino a distância), as aulas são realizadas na cidade de Bento Gonçalves. Para Rozalia Brandão Torres, coordenadora do curso e professora de disciplinas nas áreas de população, economia, política e regional, o mercado profissional para o geógrafo é amplo e está em expansão. “Por ser a Geografia uma ciência que habilita o profissional a realizar uma leitura do território, nos âmbitos natural (relevo, solo, hidrologia, clima), social (análises demográficas, culturais), político (geopolítica e territorial) e econômico, temos habilidades para compor qualquer secretaria de órgão público ou privado, conseguimos como poucos fazer uma leitura ampla dos impactos ambientais”, afirma. Para a professora, a presença do geógrafo é essencial em instituições públicas e privadas para compor a administração pública e, dentre outras atribuições, fazer o georreferenciamento das propriedades e planejamento municipal, por exemplo. “Infelizmente o número de profissionais ainda é muito inferior às necessidades do mercado, seja público ou privado. As grandes empresas sabem disto e costumam remunerar bem um geógrafo quando o encontram”, completa. Já aos interessados em Geologia, o coordenador da Comissão de Graduação do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rualdo Menegat, explica a variedade de atuação dos geólogos. Ele conta que estes profissionais podem atuar em duas áreas clássicas, a mineração e o petróleo, mas há grandes oportunidades surgindo no setor urbano, de engenharia, riscos ambientais, forense e criminal. “Desde a fundação dos cursos de Geologia, na década de 50, o mercado sofreu vários reveses, principalmente nos anos 80. Mas nunca esteve tão aquecido como agora e deverá permanecer assim pelo menos nos próximos 30 anos”, afirma Rualdo.
Cidade
Instituição
Graduação / Técnicos
Caçapava do Sul
Universidade Federal do Pampa - Unipampa
Geofísica e Geologia
Canoas
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA
Geografia (Licenciatura)
Canoas
Centro Universitário La Salle - Unilasalle
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Caxias do Sul e Bento Gonçalves
Universidade de Caxias do Sul - UCS
Geografia (Licenciatura, presencial e EaD, e Bacharelado)
Erechim
Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
Geografia (Licenciatura)
Ijuí
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ
Geografia - EaD (Licenciatura)
Osório
Faculdade Cenecista de Osório - FACOS
Geografia (Licenciatura)
Passo Fundo
Universidade de Passo Fundo - UPF
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Pelotas
Universidade Federal de Pelotas - UFPel
Engenharia Geológica | Tecnologia em Geoprocessamento | Geografia (Licenciatura)
Porto Alegre
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Engenharia Cartográfica e de Agrimensura | Geologia | Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Porto Alegre
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Rio Grande
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Santa Cruz
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Santa Maria
Centro Universitário Franciscano - UNIFRA
Geografia (Licenciatura)
Santa Maria
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Geografia (Licenciatura e Bacharelado) | Técnico em Geomática
São Leopoldo
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
Engenharia Cartográfica e de Agrimensura | Geologia
Profissões com habilitações distintas no Brasil, as Engenharias de Agrimensura e Cartográfica foram unidas a fim de reduzir os títulos de Engenharia no Brasil. No Rio Grande do Sul, as duas possibilidades para ingressar na Engenharia Cartográfica são a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em São Leopoldo. O curso da UFRGS foi criado oficialmente em 1995. Dentro da estrutura universitária, está vinculado ao Instituto de Geociências, e é atendido por professores do departamento de Geodésia. Já a graduação da Unisinos foi criada em 2011, sendo o primeiro curso do Sul do Brasil a unir as Engenharias Cartográfica e de Agrimensura. Visa ensinar o aluno a resolver problemas relacionados com a descrição e monitoramento de espaços físicos para fins de projetos ambientais, irrigação e drenagem; e urbanos, como traçados geométricos de estradas, loteamentos, infraestrutura hidráulica, sanitária e elétrica. Outra opção no estado é o técnico em Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ministrado junto ao Colégio Politécnico da UFSM. Antigo técnico em Geomática, o curso é de nível pós-médio e possui 40 vagas, com duração de quatro semestres letivos e estágio.
Santa Catarina Santa Catarina é o estado com a menor quantidade de opções de cursos de geo, totalizando 10 alternativas entre bacharelados, licenciaturas e ensino a distância. Apesar disso, ainda atrai muitos profissionais de outras partes do País, demonstrando que há uma grande procura por especialistas em diferentes setores de atuação. Eles podem se dividir pelas próprias características regionais do estado, como o setor de infraestrutura, hidrelétricas e linhas de transporte no campo e serviços de consultoria que lidam com projetos rodoviários e questões ambientais na área urbana. No litoral, há oportunidades para os profissionais que atuam na regularização fundiária, legalização de terras de posses e de terrenos da Marinha. Segundo César Rogério Cabral, coordenador do curso Técnico em Geomensura do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), algumas questões podem ser percebidas quanto ao mercado de trabalho, como no caso dos concursos públicos. “Várias vezes acontece a nulidade do concurso, porque não há candidatos para a vaga ou há mais vagas do que candidatos. Isso seria um reflexo de uma área aquecida, onde profissionais se formam e, ao contrário de vários outros setores brasileiros, não há uma vantagem tão grande nos concursos. Algumas vezes também porque não gostariam de se mudar, pois há uma grande MundoGEO 67 | 2012
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Cidade
Instituição
Graduação / Técnicos
Caçador
Universidade Alto Vale do Rio do Peixe - Uniarp
Geografia (Licenciatura)
Chapecó
Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
Geografia (Licenciatura)
Chapecó
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Uno- Geografia (Licenciatura e Bacharelado) chapecó
Criciúma
Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc
Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Engenharia de Agrimensura
Florianópolis
Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC
Técnico em Geomensura
Florianópolis
Universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc
Geografia (Bacharelado e Licenciatura)
Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia
Indaial
Centro Universitário Leonardo da Vinci - Uniasselvi
Geografia - EaD (Licenciatura)
Joinville
Universidade da Região de Joinville - Univille
Geografia (Bacharelado e Licenciatura)
Videira, Xanxerê, Capinzal, Concórdia
Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
Geografia (Licenciatura)
demanda no interior, principalmente das prefeituras, mas o desejo da maioria é permanecer nas grandes cidades”, conta Cabral.
Paraná Na região Sul, segundo a pesquisa feita pela revista MundoGEO, o estado é o que concentra o maior número de instituições que ofertam cursos de geo. Ao todo são 18 universidades, faculdades e centros de ensino que, em sua maioria, ofertam somente o curso de Geografia. Os cursos de graduação em Geologia e em Engenharia Cartográfica são oferecidos somente pela Universidade Federal do Paraná, campus Curitiba. Seguindo a tendência de unificação dos cursos, em 2012 a graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) passou a se chamar Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, ampliando sua área de formação e também as possibilidades de atuação profissional dos alunos. O curso tem duração de cinco anos e são ofertadas 44 vagas anualmente. Com mais de 500 profissionais formados desde a sua criação, em 1977, se mantém entre os mais conceituados do país em avaliações como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), realizado pelo MEC. A graduação em Geografia apresentou números expressivos nesta pesquisa. Ao todo, a região Sul contabiliza 41 cursos, apresentando 19 opções somente com a modalidade de licenciatura, uma instituição oferecendo somente o bacharelado e 21 que possuem as duas. O aluno do 3º ano da graduação em Geografia da UFPR e presidente do Centro Acadêmico, Thiago Luiz Cachatori, explica o papel do geógrafo e do licenciado no mercado:
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“Creio que o profissional de Geografia, por abordar diversos tipos de conhecimento em sua grade curricular, possui uma ótima qualificação e boa representatividade no mercado de trabalho. Tratando-se do geógrafo bacharel, este tem ganhado muito espaço, tanto em empresas privadas como em instituições ou em órgãos governamentais, especialmente exercendo trabalhos relacionados ao planejamento urbano, consultoria ambiental, geoprocessamento, planos diretores, entre outros. Já para quem opta por trabalhar com a licenciatura, eis uma área estável, pois a demanda por professores de geografia é altíssima, tanto em escolas públicas como em particulares”. Para Thiago, quanto maior a qualificação, maiores são as oportunidades. “Para lecionar em universidades, o mercado cobra mais do que apenas a graduação, e sim mestrado, doutorado e muita experiência acadêmica. Posso dizer que a Geografia é uma área prazerosa, pois aborda aspectos peculiares nas ciências, por exemplo, a relação sociedadeespaço que proporciona ao geógrafo uma ampla visão de mundo. Para quem deseja seguir esta carreira, dou total apoio à iniciativa, porém a graduação exige muita dedicação, bastante leitura, tempo para trabalhos de campo, capacidade de análise e de discutir conceitos”, completa.
ALTA DEMANDA, BAIXA OFERTA É possível perceber que, apesar da alta demanda por profissionais capacitados, sobretudo com o momento atual de crescimento e com os eventos que o Brasil sediará nos próximos anos, a oferta de vagas ainda é pequena na região Sul, principalmente em relação à Engenharia Cartográfica e
Cidade
Instituição
Graduação / Técnicos
Assis Chateaubriand
Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Parananese - CTESOP
Geografia (Licenciatura)
Campo Mourão
Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Geografia (Licenciatura e Bacharelado) Campo Mourão - FECILCAM
Clevelândia
Fundação de Ensino Superior de Clevelândia - FESC
Geografia (Licenciatura)
Cornélio Procópio
Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Geografia (Licenciatura)
Curitiba
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Engenharia Cartográfica e de Agrimensura | Geologia Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Curitiba
Universidade Tuiuti do Paraná - UTP
Geografia (Licenciatura com Ênfase em Educação Ambiental e Bacharelado com Ênfase em Geotecnologia)
Curitiba
Centro Universitário Campos de Andrade - Uniandrade Geografia (Licenciatura)
Curitiba
Faculdades Integradas Espírita - Unibem
Foz do Iguaçu
Universidade Federal da Integração Latino-Americana Geografia – Território e Sociedade na América Latina - UNILA (Bacharelado)
Francisco Beltrão
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Guarapuava | Irati
Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Jandaia do Sul
Faculdade de Jandaia do Sul - FAFIJAN
Geografia (Licenciatura)
Londrina
Universidade Estadual de Londrina - UEL
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Maringá
Universidade Estadual de Maringá - UEM
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
Paranaguá
Instituto Superior do Litoral do Paraná - ISULPAR
Geografia (Licenciatura)
Ponta Grossa
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
Geografia (Licenciatura e Bacharelado)
São Miguel do Iguaçu
Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu - UNIGUAÇU
Geografia (Licenciatura)
União da Vitória
Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Geografia (Licenciatura e Bacharelado) União da Vitória - FAFI
Geologia. Uma alternativa pode ser a capacitação através de cursos técnicos e de pós-graduação que, apesar de fornecerem uma formação mais específica, apresentam possibilidades para que profissionais e graduados, que não são exatamente da área de geo, passem a atuar neste mercado que está em nítida ascensão. As informações contidas nesta matéria são fruto de pesquisas e entrevistas, realizadas através de informações
Geografia (Licenciatura)
divulgadas pelas próprias instituições e por professores e coordenadores. A próxima edição da revista MundoGEO irá abordar os cursos da região Sudeste. Se você é aluno, docente, profissional ou interessado pela área de geoinformação, nos ajude a mapear os cursos de geo no Brasil. Envie suas dúvidas, comentários e sugestões de temas, cursos e instituições para redacao@mundogeo.com ou jornalismo@mundogeo.com.
Perfil da graduação em geo no Brasil Paraná
90% Geografia 5% Geologia 5% Engenharia Cartográfica e de Agrimensura
Santa Catarina
76% Geografia 8% Geologia 8% Engenharia de Agrimensura 8% Outras
Rio Grande do Sul
60% Geografia 18% Geologia 9% Engenharia Cartográfica e de Agrimensura 13% Outras
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mapa sp Laser Scanner 3D
Milhões de pontos Conheça mais sobre o laser scanner terrestre em três dimensões
A Rovane Marcos de França Professor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e técnico em Estradas. Experiência com levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de pontos rovane@vector.agr.br
necessidade de medições em 3D não é recente. Inicialmente os dados eram coletados em 2D, sobre um plano horizontal, e fazendo uso de alguma técnica eram complementados com a elevação, tornando-os 3D. Com a necessidade, em cada época buscou-se técnicas de medição que permitissem a obtenção de forma mais rápida e precisa. Na década de 50 surgiram os Medidores Eletrônicos de Distância (MED) usando ondas eletromagnéticas para obtenção da distância de forma remota e, assim, calcular pontos em 3D com a junção dos ângulos medidos a partir de um teodolito. A busca da automação com o avanço da microcomputação culminou na criação das estações totais na década de 80 e em meados da década de 90 as estações totais robóticas. Com o advento do laser em diversas áreas da ciência, as medições não ficariam de fora e surge então, por volta do ano 2000, a estação total que mede sem prisma e também o escâner a laser tridimensional. Popularmente conhecido como laser scanner 3D, este equipamento se desenvolveu rapidamente antes mesmo de sua popularização. A designação se deu pelo uso essencial do Laser para as medições lineares e da varredura (scanner) horizontal e vertical para as medições angulares de forma muito mais rápida que as estações totais. O título 3D surgiu pelo fato dele armazenar, como dado bruto, essencialmente coordenadas XYZ, calculadas em tempo real a partir das medições lineares e angulares.
Tipo de Scanner
De mão
Terrestre
Aerotransportado
Precisão
Décimos de mm
Poucos mm
Decímetros
Aplicação
Peças mecânicas
Industrial, Arquitetura, Engenharia Civil, Patrimônio Histórico, Arqueologia
Mapeamento
A aplicação do Laser Scanner 3D Terrestre (LS3D) é bastante ampla e será o foco da nossa coluna. O funcionamento do LS3D é bastante simples e muito se parece com o esquema de uma estação total, porém não possui limbo para a leitura angular. O LS3D possui giro com passos pré-determinados, onde cada etapa representa um ângulo calculado em função da resolução espacial requerida. Serão nestes ângulos prédeterminados, tanto na horizontal quanto na vertical, que teremos os ângulos b e a e a medição D (figura1).
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Estas coordenadas polares são transformadas matematicamente em retangulares (XYZ), e então referenciadas ao centro do LS3D. São estas coordenadas que são armazenadas pelo LS3D. Em geral, o giro vertical é controlado por servo-motor, atuando sobre um prisma ou espelho que reflete e direciona o laser (figura 2). Já para o giro horizontal, o servo-motor normalmente atua sobre o corpo do equipamento, permitindo um giro de 360º na horizontal. Porém, existem modelos que o servo-motor atua também sobre o espelho para o giro horizontal, limitando o escaneamento à janela disponível no equipamento. O que define o valor do giro para medição de cada ponto é a resolução configurada pelo usuário. A resolução é determinada pelo espaçamento horizontal (H) e vertical (V) entre os pontos medidos numa determinada distância (D) padronizada (figura 3). Portanto, para definir a precisão posicional de um equipamento LS3D, não basta saber a precisão linear, mas também a precisão angular. Figura 1: medições polares (D, a, b) são transformadas em X, Y, Z
Figura 2: direcionamento do laser e a medição angular
Figura 3: resolução espacial (horizontal e vertical)
Gestão Municipal
SIMGeo Prefeitura de Joinville lança sistema de informações municipais georreferenciadas
A Celso Voos Vieira Gerente de Gestão celsov@joinville.sc.gov.br
Wilson Silva Júnior Coordenador I do Núcleo de Geoprocessamento wilson.silva@joinville.sc.gov.br
André de Souza de Lima
implantação do SIMGeo teve como principal objetivo corrigir e revolucionar a maneira como as informações espaciais e tabulares circulam no âmbito da Prefeitura Municipal de Joinville (SC), possibilitando maior agilidade e, principalmente, transparência, visto que todas as informações estão disponíveis para consulta pública na web. Para o pleno exercício da atividade de planejamento e desenvolvimento, torna-se necessário conhecer detalhadamente as condições que geram as dificuldades a serem enfrentadas. Hoje, é consenso na administração pública municipal de Joinville que este grande objetivo somente será alcançado por meio de dados e informações que traduzam o problema em linguagem sistemática e ordenada, que seja capaz de instruir decisões e atos administrativos de governo. Com base nesta visão, o Sistema de Informações Municipais Georreferenciadas (SIMGeo) possui uma estrutura básica de referência, que permite suportar e adequar-se à complexidade de relações existentes entre os diversos subsistemas que o compõe, tais como: meio ambiente, infraestrutura e serviços urbanos, população e economia, habitação, educação, saúde, promoção social, defesa civil, cultura e, por fim, administração pública.
Coordenador II do Núcleo de Geoprocessamento andre.lima@joinville.sc.gov.br
Josué Refatti Geógrafo do Núcleo de Geoprocessamento josue@joinville.sc.gov.br
Página do SIMGeo da Prefeitura Municipal de Joinville
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O que deve ser destacado na visão deste sistema é o fato de que ele deve se organizar, motivado, em primeiro plano, por problemas concretos que estão sendo enfrentados pela administração municipal e, também, pela introdução gradativa de dados que são, sistemática e permanentemente, atualizados pelas próprias fontes detentoras dos dados, no caso as secretarias, fundações e autarquias municipais. A Prefeitura de Joinville, anteriormente ao desenvolvimento e implantação do SIMGeo, possuía graves problemas de trânsito de informações essenciais para o gerenciamento da cidade, bem como informações desatualizadas e duplicadas em vários setores do ambiente público. Associado ao problema dos atributos dúbios das informações, a gestão das mesmas era executada de maneira errônea e sem padronização. Devido a essas situações, a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão elaborou o SIMGeo, no sentido de compatibilizar todas as informações espaciais da prefeitura em um único banco de dados, com atualização diária pelos detentores das informações, bem como a publicação das informações para consulta pública na web.
Os objetivos principais do SIMGeo são: • Prover informações de todos os subsistemas do territorial municipal visando à tomada de decisão no que concerne à estratégia de planejamento geral e local • Orientar e criar diretrizes para o cadastro técnico multifinalitário da Secretaria da Fazenda • Possibilitar o reconhecimento de todas as características do território municipal, através de informações atuais e históricas • Unificar todas as informações espaciais sistematicamente em um único banco de dados georreferenciado para o município • Possibilitar a realização de capacitações e consultorias na área de geoprocessamento para as secretarias municipais • Criar uma sistemática de organização, manutenção e atualização dos dados entre todas as secretarias • Introduzir ferramentas e metodologias de análises para as tomadas de decisão dos gestores públicos, baseadas em informações consistentes • Possibilitar a troca de informações entre todas as esferas do setor público e os munícipes através de um único canal de informação A implantação do SIMGeo foi iniciada em dezembro de 2009, contudo, algumas ações de reconhecimento e atualização das informações do território do município de Joinville se fizeram necessárias, principalmente para a orientação do cadastro técnico multifinalitário e o ordenamento das informações básicas para a gestão do município. Deste modo, com início no ano de 2007 e finalizado no ano de 2009, foi realizada a contratação de produtos cartográficos atualizados para o perímetro urbano, com geração de ortofotos digitais, aplicação de laser scanning e geração de cartas topográficas em escala 1:1.000, além de digitalização de todos os imóveis do perímetro urbano, com o intuito de gerenciamento em meio digital destas informações. A ação de digitalização dos imóveis urbanos foi essencial para o desenvolvimento do Projeto SIMGeo e para a prefeitura alcançar o atual patamar de gerenciamento das informações, visto que todos os 186.851 (fevereiro/2012) imóveis urbanos estavam armazenados em papel e passíveis de desatualização e perda de informações.
Hoje, o município está finalizando o mapeamento de todos os imóveis rurais (GeoRural) em uma área de 1.135 quilômetros quadrados, com produtos cartográficos em escala 1:5.000 e 1:10.000, com a mesma tecnologia empregada no perímetro urbano. O processo de concepção do sistema, implantação, gerenciamento e divulgação das informações perdurou por exatamente um ano, sendo que para o desenvolvimento do Projeto SIMGeo, foi adotada a plataforma ArcGIS, com aquisição de licenças Desktop (ArcGIS, ArcEditor e ArcInfo) e servidores para gerenciamento de dados espaciais multi-usuários (ArcGIS Server Basic) e para criação e gerenciamento de serviços na web (ArcGIS Server Standard). Após esta etapa, todas as informações são atualizadas e divulgadas na web para consulta pública. Como principais resultados da implantação do SIMGeo, pode-se citar: • Atualização das informações da cartografiabase de toda a extensão do município • Estruturação de um cadastro técnico multifinalitário, onde todas as informações cadastrais são utilizadas por toda a estrutura municipal, desvinculando os vícios de utilização das informações orientadas somente a tributação • Unificação de todas as informações espaciais sistematicamente em único banco de dados georreferenciado para o município de Joinville, com vínculos ao sistema tributário do município • Organização, manutenção e atualização sistemática dos dados entre todas as secretarias • Criação de um portal de divulgação das informações para toda a população do município de Joinville • Recebimentos de prêmios nacionais devido aos trabalhos cartográficos realizados, destacando a Ordem do Mérito Cartográfico, expedida pela Sociedade Brasileira de Cartografia em maio de 2010 • A implantação e integração dos sistemas de informações geográficas com o sistema tributário permitiu, entre 2009 e 2012, um incremento de 45 milhões de reais, que representa um aumento de 60% na arrecadação de IPTU, com um aumento de 30 mil carnês.
Info http://geoprocessamento.joinville.sc.gov.br MundoGEO 67 | 2012
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Geoincra
Como proceder? Saiba o que fazer para loteamento e parcelamento de imóveis rurais
Roberto Tadeu Teixeira Engenheiro agrimensor, especialista em georreferenciamento de imóveis rurais, formado pela Feap, de Pirassununga (SP). Professor do curso de pós-graduação em georreferenciamento de imóveis rurais – disciplina “Normas e Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis” da Universidade Regional de Blumenau (SC); Fundação Educacional de Fernandópolis (SP) e União Educacional do Norte, em Rio Branco (AC). Integrante da equipe técnica que elaborou a Norma de Georreferenciamento de Imóveis Rurais do Incra. Ministra o Curso Legeo na Universidade Santiago & Cintra robertotadeuteixeira@gmail.com
Para aprovação de um loteamento rural para fins agrícolas, conforme já mencionado, deve ser seguida a Instrução Normativa do Incra 17-B de 1980 (disponível em pdf aqui: http://bit.ly/HkH3Ao)
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Para que seja feito qualquer desmembramento de lote urbano, o registro imobiliário deve exigir o alvará municipal, devido à competência constitucional do Município no ordenamento das cidades. A competência cadastral dos imóveis rurais, em que pesem algumas excelentes teses contrárias de parte da doutrina, é hoje exercida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), autarquia federal ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Portanto, aplicado o mesmo raciocínio, todo desmembramento rural, por mais simples que seja, deveria ser precedido de autorização do Incra, em decorrência de sua competência legal para o cadastramento e fiscalização dos imóveis rurais. Entretanto, o artigo 8º da Lei 5.868/72 criou uma anuência automática quando da transmissão de parcela desmembrada de imóvel rural, sem necessidade de autorização estatal, desde que respeitada a fração mínima de parcelamento. Art. 8º - Para fins de transmissão, a qualquer título, na forma do artigo 65 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, nenhum imóvel rural poderá ser desmembrado ou dividido em área de tamanho inferior à do módulo calculado para o imóvel ou da fração mínima de parcelamento fixado no parágrafo primeiro deste artigo, prevalecendo a de menor área. O conceito de “transmissão a qualquer título” engloba a divisão amigável, em que um imóvel é parcelado em glebas para extinguir o condomínio, atribuindo-se cada parcela com exclusividade a cada um dos ex-condôminos. Ou seja, não pode o proprietário rural requerer, no registro imobiliário, o parcelamento de seu imóvel rural em várias glebas sem o concomitante registro da alienação que justifique o parcelamento. Nessa hipótese, somente será possível o parcelamento com a prévia autorização do Incra. Não configurando empreendimento rural, bastaria uma simples autorização do Incra. No entanto, como não há clara definição legal distinguindo “empreendimento imobiliário” de “simples desmembramento”, o Incra poderá negar tal autorização pela total falta de interesse do proprietário em efetuar o parcelamento. Isso porque, se for para alienar as glebas resultantes, basta que se requeira isso diretamente no registro imobiliário quando da
efetiva alienação (hipótese que a autorização do Incra é dispensada pela lei); se for para manter as glebas em nome próprio, não há porque autorizar seu desmembramento no registro imobiliário, uma vez que o cadastro rural não poderá ser desmembrado, haja vista continuarem as glebas em poder do mesmo titular. Mas, há casos em que tal parcelamento se justifica, como no interesse de se hipotecar apenas uma parte do imóvel, deixando a outra livre de ônus. Apesar de não configurar transmissão, o pedido de desmembramento com o concomitante registro da escritura de hipoteca parece atender bem o espírito da lei, o que dispensaria a autorização do Incra. Mas, como hipoteca não é uma forma de alienação - diferentemente de alienação fiduciária em garantia -, talvez a melhor opção seja exigir a autorização do Incra. No entanto, se a pretensão configurar “empreendimento imobiliário”, o proprietário deverá cumprir uma série de exigências legais, constantes do Estatuto da Terra (artigos 60 e seguintes), do Decreto-Lei 58/37 e da Instrução Especial do Incra 17-B/1980 (de um rigor bem acentuado). Serão necessários inúmeros levantamentos, projetos, certidões, autorizações e outras exigências técnicas voltadas para a finalidade socioeconômica do imóvel rural. Além disso, ao contrário do que muitos pensam, no loteamento rural não pode haver lotes com área inferior à fração mínima de parcelamento (FMP – que, no Estado de São Paulo, varia de 2 a 3 hectares). Portanto, não é esse o caminho para a criação de “chácaras de recreio”, tanto pela diminuta área dos lotes como pela finalidade (lazer) incompatível com as exigências legais (finalidade rural). Diante do exposto, será necessária autorização do Incra para o parcelamento do imóvel rural nas seguintes hipóteses: empreendimentos imobiliários rurais (desmembramento ou loteamento rural); desmembramento de parcela de imóvel rural sem que haja título de transmissão que justifique o parcelamento; e desmembramento que resulte em área inferior à FMP (hipóteses especiais permitidas pela lei). Colaborou neste artigo o Dr. Eduardo Augusto, Oficial do Cartório de Registro de Imóveis de Conchas (SP). Eduardo é doutorando em Direito Civil pela Fadisp; mestre em Direito Civil pela Fadisp; diretor de assuntos agrários do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib).
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agronegÓcio
A força do agronegócio Atualidade das aplicações tecnológicas na agricultura
Gabriel Aguilera Responsável pela área de tecnologia agrícola e agricultura por ambientes da companhia argentina Los Grobo. Engenheiro agrônomo (Universidade Nacional de Córdoba), estudante de pósgraduação em produção de cultivos extensivos (Escola de Pós-graduação da Universidade Nacional de Córdoba). Responsável técnico em pesquisa, desenvolvimento e extensão da Rede de Ensaios de Agricultura de Precisão do Projeto Optimus. Consultor em implementação de tecnologias de agricultura de precisão para empresas e produtores aguilera-gabriel@hotmail.com
Está acontecendo uma verdadeira revolução, em nível tecnológico, com respeito à produção de grãos em nível mundial, devido basicamente aos Sistemas de Posicionamento Global e ao uso da Geomática aplicada à agricultura. Os novos paradigmas globais, referidos à crescente e sustentável demanda por alimentos, em mercados cada dia mais competitivos e de margens cada vez menores, somados à escassez dos recursos, forçam a utilização de uma agricultura sustentável, que tem como consequência a profissionalização dos produtores de alimentos, atores principais neste cenário. O objetivo principal é a busca da eficiência, quanto ao uso de insumos, que permita explorar ao máximo cada milímetro de hectáre, desenvolvendo a denominada Agricultura de Precisão. A tecnologia avança a passos largos e, com respeito à agricultura, não fica atrás, com um nível de adoção e implementação alto. As grandes multinacionais de maquinário, como John Deere, Case, Massey Ferguson, Class, New Holand, Amazon, Sulkye, Stara, Jacto - estas duas últimas, do Brasil - investem grandes somas de dólares anuais em desenvolvimento de sistemas complexos e precisos, para que suas máquinas possam executar trabalhos em níveis de precisão milimétrica, com alto grau de automatização, impensados anos atrás por produtores que trabalhavam os solos com implementos a tração animal.
Associação de atividades de produção agrícola (fonte: Massey Ferguson)
Baseados no posicionamento global (GNSS), que permite, mediante sensores instalados no maquinário fazer registros georreferenciados de atributos da produção – como rendimento por hectare, umidade do grão, velocidade de trabalho, data, hora, latitude, longitude, etc. -, obtendo um mapa de colheita, a par-
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tir dos quais se pode conhecer como varia a produção, determinando zonas de distinto potencial. Ao mesmo tempo se desenvolveram sistemas de guia: “bandeirinhas satelitais”, que permitem usar como guia o sinal GPS e traçar uma trajetória virtual, podendo aproveitar com maior eficiência o espaço de trabalho, ao não sobrepor passadas, utilizando menos insumos; trabalhar em superfícies de formas irregulares, aumentando o período de trabalho e realizando tarefas noturnas. Estas guias contam com sistemas de correção de sinal GPS: e-dif, Waas, Egnos, e sinais pagos como a rede de antenas Beacon (Argentina), satélites Omnistar de maior precisão. Os fabricantes de maquinário não foram os únicos a avançar nesta tecnologia; há alguns anos ingressaram empresas “novas no setor”, mas com trajetória em outras áreas, como a agrimensura; caso da Topcon, Trimble, Raven, Esri, entre outras, que avançam, com aplicação de tecnologia já desenvolvida, com produtos adaptados e específicos para esta área. Seu ingresso, na maioria das vezes, se dá mediante parcerias estratégicas com as empresas de maquinário agrícola, reunindo seu know-how, assim fortalecendo-se mutuamente. Hoje, a maior precisão é a dos sistemas RTK, de uso massivo. Na Argentina, se conta com uma rede de cobertura privada de mais de 15 milhões de hectares, pertencente a uma das marcas líderes de maquinário, onde o usuário dispõe de sinal de precisão milimétrica, todo o ano, 24 horas do dia. Ao incorporar sinais de maior precisão, surgiram os sistemas de auto-guia - “Pilotos Automáticos” - que permitem ao operador controlar o trabalho sem ter que pilotar o trator/colheitadeira, corrigindo a direção mediante o sinal RTK, podendo copiar curvas de nível, terraços, etc.. Inclusive, estes dados podem ser enviados por telemetria, em tempo real, via GPRS, a um servidor de mapas onde são consultados online a medida que se são gerados, indicando o funcionamento da máquina. Cada empresa de maquinário desenvolveu seu próprio GIS, que permite ler este acúmulo de dados (50 a 70 mil registros por mapa de colheita), ano após ano, de uma mesma propriedade.
Mapa de colheira e de altimetria obtidos com RTK (fonte: Grupo Los Grobo)
Outro uso da tecnologia GPS é a automatização de máquinas inteligentes denominadas Variable Tax Rate (VRT), que permitem realizar uma dosagem variável dos insumos, com alta precisão, em função de um mapa de prescrição previamente elaborado, gerando do mesmo modo um registro do trabalho. A partir da necessidade de entender em mais detalhes a produção, se avançou no estudo de aplicação de distintas ferramentas que permitiram fazer levantamentos quantitativos. Assim, se implementou o uso de: • Sensores remotos: imagens aéreas, satelitais, Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT)- equipados com câmeras multiespectrais de alta resolução, Índice Verde Normalizado (NDVI) • GPS geodésicos para determinações planialtimétricas, curvas de nível, terraços • Medidores de condutividade elétrica do solo • Medidores de profundidade efetiva do solo • Medidores de conteúdo hídrico do solo • Sensores de clorofila • Outros dispositivos que permitem obter mapas de distintas variáveis. Hoje, há muita informação gerada por estes sistemas, com profissionais da área se capacitando, para alcançar a integração de dados e poder fazer as melhores interpretações e definir estratégias de manejo de cultivos. Neste contexto, o uso de software GIS é fundamental. As principais marcas de GIS já possuem módulos e extensões muito boas que automatizam processos, como estimação de NDVI, análises geoestatísticas, etc., e inclusive se tem desenvolvido programas regionais exclusivamente para a agricultura.
Projetos Regionais Instituições como o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (Inta) levam a cabo o Projeto “Rede Agricultura de Precisão”, realizando anualmente o “Curso Internacional de Agricultura de Precisão”, onde se reúnem palestrantes internacionais, assistem técnicos e produtores de toda América Latina, e também organizaram a 21ª Viagem de Capacitação Técnica aos EUA, com o mesmo objetivo de diminuir diferenças tecnológicas. Do mesmo modo, no Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) possui a “Rede de Pesquisa de Agricultura de Precisão”, junto ao “Projeto Aquarius”, de 10 anos de experimentação. No ano passado foi realizado, junto com a Universidade Federal de Santa Maria, o “1°Congresso SulAmericano de Agricultura de Precisão e Máquinas Precisas”, que também contou com expositores de nível internacional e assistência de engenheiros, estudantes e produtores de toda a região. Instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Brasil, e a Comisão Nacional de Atividades Espaciais (Conae), da Argentina, são fontes muito úteis aos fins agrícolas, com seus distintos projetos com respeito a clima e disponibilidade de imagens satelitais de diferentes sensores. Existem muitas experiências e desenvolvimentos com respeito ao tema em cada região da América do Sul, as empresas e instituições apostam forte nesta temática, e ainda estamos na iminência do desenvolvimento de novas formas de produzir alimentos, de maneira mais eficiente e saudável para o meio ambiente, das mãos da geomática aplicada à agricultura.
A tecnologia avança a passos largos e, com respeito à agricultura, não fica atrás, com um nível de adoção e implementação alto
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GEODIREITO
SIG Regulatório no setor elétrico Agência Nacional de Energia Elétrica aumenta uso de SIG na regulação e fiscalização de serviços
Luiz Antonio Ugeda Sanches Presidente do Instituto Geodireito (IGD) e sócio do Demarest & Almeida Advogados las@geodireito.com
A importância do georreferenciamento ocorre para aprimorar a confiabilidade e a rastreabilidade de informações de ativos para o processo de Revisão Tarifária Periódica 76
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Órgãos públicos têm usado cada vez mais as geotecnologias para aprimoramento de suas atuações. Assim tem ocorrido com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que usa o georreferenciamento para comprovar o desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais; com os municípios, que devem produzir cartas geotécnicas de aptidão à urbanização, estabelecendo diretrizes urbanísticas voltadas para a segurança dos novos parcelamentos do solo urbano; e em breve com o novo Código Florestal, que contemplará o uso do georreferenciamento para fixar critério espacial na Reserva Legal, no Programa de Regularização Ambiental (PRA), no Plano de Suprimento Sustentável (PSS), na Cota de Reserva Florestal (CRA) e no instituto da servidão florestal. Obedecendo esta tendência, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem aumentado progressivamente o uso do Sistema de Informações Geográficas (SIG) na regulação e fiscalização dos serviços sob sua competência. Não é para menos. Ao instituir o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE), pela Resolução Normativa 367/09, que impõe nova sistemática de controle dos ativos de rede imobilizados em serviço; e o Banco de Dados Geográfico da Distribuidora (BDGD), instituído na Revisão 1 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (Prodist), pela Resolução Normativa 395/09, que obriga as concessionárias de distribuição a fornecer anualmente o cadastro georreferenciado completo das linhas e redes de distribuição, o georreferenciamento passa a ser uma realidade a ser aperfeiçoada enquanto política pública no setor elétrico. Conforme definido no Módulo 6 do Prodist, o BDGD deve ser enviado anualmente pelas distribuidoras à Aneel, até 31 de janeiro de cada ano, com os dados referenciados em 31 de dezembro do ano anterior. Nesse âmbito, o envio dos dados se iniciou em 2011 e já em janeiro de 2012
ocorreu a segunda remessa ordinária de dados para a Aneel. Importante lembrar que existe, na Agenda Regulatória Indicativa da Agência, para o Biênio 2012-2013, a realização da atividade “Revisar a regulamentação sobre Sistema de Informação Geográfica Regulatório – SIG-R (Módulos 2 e 6 dos Procedimentos de Distribuição)”, que deverá contar com ampla participação do setor de geotecnologias.
Smart-grid A importância do georreferenciamento ocorre para aprimorar a confiabilidade e a rastreabilidade de informações de ativos para o processo de Revisão Tarifária Periódica, permitindo conhecer a quantidade de ativos total, por tipo, por data e por localidade. Primeiro passo para a implementação do smart grid, pode-se vislumbrar que, em um futuro próximo, o SIG tenha uma função central no planejamento energético em geral, na regulação e fiscalização do setor elétrico, bem como na gestão das concessionárias em específico. Não é difícil perceber que não basta criar um SIG Regulatório sem identificar o respaldo jurídico e geocientífico que o ampare. O Geodireito, compreendido enquanto ramo jurídico que estuda o critério espacial das políticas públicas, terá que ser aprofundado no setor elétrico para convergir a regulação setorial com a matriz constitucional do sistema cartográfico e geográfico nacional. Se George Orwell estava certo ao escrever, na obra “1984”, que “existia pela primeira vez a possibilidade de fazer impor não apenas completa obediência à vontade do Estado, como também completa uniformidade de opinião em todos os súditos”, as geotecnologias terão papel central para identificar, de forma online, furtos, fraudes, inadimplências, ocupação de servidões, compartilhamento de infraestruturas, necessidade de poda de árvores, dentre inúmeras outras repercussões no setor elétrico brasileiro.
MundoGEO#Connect
Vem aí o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012 Fique por dentro da programação completa e das novidades da feira O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012 será realizado de 29 a 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), e vai contar com oito cursos, sete seminários e quatro fóruns, além de workshops e encontros de usuários. Veja a programação completa e conecte-se!
Auditórios
29 de Maio
Seminário VANTs & Aerofotos
A
B
C
30 de Maio
Fórum Internacional Seminário Qualidade de Dados GeoTendências Geoespaciais e Premiação MundoGEO#Connect Seminário GNSS & Automação Topográfica
Seminário Imagens de Satélite
Fórum Padrões OGC
Fórum Soluções Fórum Soluções Curso Geomarketing Geoespaciais para Geoespaciais para Inteligência e Defesa Governo
E
Curso GIS para Gestão Municipal
2º Encontro de Usuários do FME no Brasil
F
Curso Sensoriamento Remoto
Workshop SCCON (manhã) e Geodireito (tarde)
G
Curso de Introdução e Conceitos da INDE
Curso INDE: Introdução a Geoserviços
I
Workshop Threetek (manhã) e Software Livre (tarde)
Curso Georreferenciamento de Imóveis Rurais Curso Padrões dos Dados Geoespaciais da INDE
+Info http://mundogeoconnect.com connect@mundogeo.com http://twitter.com/mundogeo www.facebook.com/mundogeoconnect 41 3338 7789 / 11 4063 8848
MundoGEO 67 | 2012
A visitação da feira é gratuita para profissionais do setor, mediante credenciamento com antecedência. Desta forma, você evitará filas pois sua credencial estará a disposição nos terminais de autoatendimento e na secretaria do evento
Seminário GIS & GeoWeb
D
H
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31 de Maio
Feira
Seminário Cadastro de Imóveis Rurais
Curso Padrões de Metadados para a INDE
III Seminário Google Earth e Maps para Empresas
ONLINE As seguintes empresas, presentes no Portal MundoGEO, convidam-no para visitar seus sites com informação atualizada sobre negócios, produtos e serviços. Para participar desta seção, entre em contato pelo email comercial@mundogeo.com ou ligue +55 (41) 3338-7789 Alezi Teodolini
Allcomp
AMS Kepler
Bandeira
www.aleziteodolini.com
www.allcompgps.com.br
www.amskepler.com
www.abandeira.com
CPE
Embratop
Engesat
Furtado, Schmidt
www.cpeltda.com.br
www.embratop.com.br
www.engesat.com.br
http://furtadonet.com/lojavirtual
Geopixel
Geosoft
GLOBAL GEO
Novaterra
www.geopx.com.br
www.geosoft.com
www.globalgeo.com.br
www.novaterrageo.com.br
IMAGEM
Inovação
J&J GPS
Labgis Extensão
www.img.com.br
www.inovacaogis.com.br
www.jjgps.com.br
www.labgis.uerj.br/extensao
Medral Geotecnologias
RUNCO
Santiago & Cintra Consultoria
Santiago & Cintra Geotecnologias
Índice de Anunciantes Anunciante
Página
Alezi Teodolini
13|33|59|77|83|91
Allcomp
18|31|51
AMS Kepler
21
Bandeira
56
CPE Tecnologia
35
Embratop (Geomax)
8|9|57
Furtado Schmidt
27
Garmin
76
Geocenter
85|86|89
Geoped
41
Geopixel
47
Geoposition
63
Geovector
71
Hexagon
2|3
Hiparc
23|90
Inovação
31
Lactec
52
Manfra
15|69
Metrica
84
Pegesul
88
Santiago & Cintras
17|37|49|73
Santiago & Cintras Consultoria
25
Sight
87
Space Imaging
19
Trimble
92
80
MundoGEO 67 | 2012
www.medral.com.br/ geotecnologias
www.runco.com.ar
www.santiagoecintraconsultoria. www.santiagoecintra.com.br com.br
SuperGeo
Teodonível
www.supergeotek.com
www.teodonivel.com.br
GUIA DE EMPRESAS O Guia MundoGEO é a lista mais completa do Brasil de empresas do setor de geotecnologias, divididas em prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos e equipamentos. Acesse www.mundogeo.com/empresa e saiba mais.
EMPRESA
SITE
CIDADE
SERVIÇOS Mapeamento
Aerocarta S.A.
www.aerocarta.com.br
São Paulo (SP)
Dados
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Aerogeo
www.aerogeo.com.br
Porto Alegre (RS)
•
www.aeromapa.com.br
Curitiba (PR)
•
Aerosat
www.aerosat.com.br
Curitiba (PR)
•
Alezi Teodolini
www.aleziteodolini.com.br
São Paulo (SP)
Allcomp
www.allcompgps.com.br
Porto Alegre (RS)
www.autodesk.com.br
São Paulo (SP)
www.baseaerofoto.com.br
São Paulo (SP)
• •
www.cpeltda.com.br
Belo Horizonte (MG)
www.embratop.com.br
São Paulo (SP)
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Autodesk CPE Tecnologia
• •
Base Embratop
PRODUTOS Outros
Aeromapa
Georreferenciamento
Equipamentos
Softwares
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Engefoto
www.engefoto.com
Curitiba (PR)
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Engemap
www.engemap.com.br
Assis (SP)
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Engesat
www.engesat.com.br
Curitiba (PR)
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Fototerra
www.fototerra.com.br
São Paulo (SP)
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Funcate
www.funcate.org.br
São José dos Campos (SP)
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Geoambiente
www.geoambiente.com.br
São José dos Campos (SP)
Geofusion
www.geofusion.com.br
São Paulo (SP)
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Geograph
www.geograph.com.br
São Paulo (SP)
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GeoHorizonte
www.geohorizonte.com.br
Belo Horizonte (MG)
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Geojá
www.geoja.com.br
São Paulo (SP)
Geomat
www.geomat.com.br
Belo Horizonte (MG)
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GeoPed
www.geoped.com.br
João Pessoa (PB)
•
GlobalGeo
www.globalgeo.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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Hiparc
www.hiparc.com.br
Belo Horizonte (MG)
IPNET Soluções
www.ipnetsolucoes.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
K2 Sistemas
www.k2sistemas.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
•
Medral
www.medral.com.br
São Paulo (SP)
•
MemoCAD
www.memocad.com.br
Belo Horizonte (MG)
•
NIP SA
www.nipdobrasil.com.br
Vitória (ES)
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NorteGeo
nortegeo.net
Castanhal (PA)
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OpenGeo
www.opengeo.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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Orbisat
www.orbisat.com.br
São José dos Campos (SP)
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www.rcrequipamentos.com.br
Ribeirão Preto (SP)
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www.sisgraph.com.br
São Paulo (SP)
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Solution Softwares
www.solsoft.com.br
Matão (SP)
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Space Imaging
www.spaceimaging.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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www.spgeosistemas.com.br
São Carlos (SP)
www.softmapping.com.br
Curitiba (PR)
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www.terravisiongeo.com.br
Nova Lima (MG)
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www.topocart.com.br
Brasilia (DF)
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www.threetek.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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www.topomapa.com.br
Ourinhos (SP)
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VirtualCAD
www.virtualcad.com.br
Belo Horizonte (MG)
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Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela acima Informações: (41) 3338 7789 | comercial@mundogeo.com | @mundogeo
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MundoGEO 67 | 2012
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Terravision Threetek
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Topocart Topomapa
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RCR
SPGEO Sistemas
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Sisgraph
Softmapping
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