3 ira de Geomática Fe e a ci ên er nf Co te an rt po A maior e mais im América Latina. e Soluções Geoespaciais da nnect.com
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MUNDO GEO Prê m i o M u n d o G E O # Co n n e c t 2 0 1 3 A premiação reconhecerá os melhores do setor. Aguarde os indicados e vote!
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Novas ideias, grandes soluções Cen tro de Con ven çõe s Fre i Ca nec a São Pa ulo (SP ) - Bra sil
18 a 20 de junho 2013
#
Programação com seminários, mini-cursos, fóruns, workshops e encontros de usuários
+ de 90% de aprovação dos participantes da edição anterior Evento de 2012
31%
Presidente ou diretor
40%
+ 120
Setor técnico
29%
Gerente ou coordenador
Perfil dos Participantes
CONECT 2013 30% 25% 17% 15% 13%
PALESTRANTES
+ 3.350
PARTICIPANTES
M e i o a m b i e nte e re c u r s o s n at u ra i s P l a n e j a m e nto te r r i to r i a l
+ 27 PAÍSES
E m p re s a s d o s e to r g e o e s p a c i a l
PARTICIPANTES
B u s i n e s s i nte l l i g e n ce U t i l i t i e s e i n f ra e s t r u t u ra
Área de Atuação
FEIRA COM
+ 70 MARCAS GLOBAIS
PARCEIROS ESTRATÉGICOS
APOIO
DIVULGAÇÃO
REALIZAÇÃO
3 Auditórios Centro de Convenções Frei Caneca
A
18 jun
B
C
D
Seminário Geotendências
19 jun
Location Intelligence Conference Brazil
Seminário VANTs
20 jun
Fórum Geointeligência para Defesa e Segurança
Seminário Sistema de Informações Geográficas
E
F
G
Curso Curso Curso Curso Georreferenciamento Geo na Gestão Geomarketing Geo na Gestão de Imóveis Rurais na Prática Ambiental de Municípios
Seminário Gestores Públicos da Geoinformação
Seminário Automação Topográfica
Seminário OGC
I
H
Curso Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE)
Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
MUNDO GEO Seminário Imagens de Satélite e Aéreas
1º Encontro de Integração Governo, Universidade e Empresas
Geo Short Talks
As palestras em inglês terão tradução simultânea para português e espanhol.
EVENTOS SEMINÁRIOS ESPECIAIS GRATUITOS CURSOS Geotendências • Veículos Aéreos Não Tripulados • Automação Topográfica • GIS Padrões OGC de Dados • Gestores Públicos da Geoinformação • Imagens de Satélite e Aéreas
Location Intelligence Conference Brazil • Geointeligência para Defesa e Segurança
Geomarketing • Geoprocessamento • Cadastro Ambiental Rural • IDE
Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos 1º Encontro de Integração Governo, Universidade e Empresas
•
Geo Short Talks
Economize fazendo sua inscrição antecipada pelo site www.mundogeoconnect.com
Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais 18 a 20 de junho de 2013
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FEIRA SERVIÇOS & PRODUTOS
Centro de Convenções Frei Caneca • São Paulo (SP) • Brasil
Evento de 2012
+ 120
PALESTRANTES
CONECT 2013
+ 3.350
PARTICIPANTES
+ 27 PAÍSES PARTICIPANTES
FEIRA COM
+ 70 MARCAS GLOBAIS
A visitação da feira é livre. Faça seu credenciamento pelo site do evento! Mais informações sobre estandes: (41) 3338 7789
SUMÁRIO
10
18
Latitude
Entrevista
Claudio Brunini, Presidente do Sirgas
Novidades do evento MundoGEO#Connect 2013
26
Lauc e Eu Esri
34
GeoQuality
36
VANTs
40
GeoIncra
Dois eventos reúnem a comunidade de usuários da Esri da América Latina
O uso da Gestão Territorial para o Agronegócio brasileiro
Multirotores ou asa fixa? Onde aplicá-los?
Nova Metodologia de Análise de Certificação pelo Incra
30
Capa
Seminário sobre VANTs reuniu mais de 400 pessoas. Evento recebeu especialistas e empresas do setor
42
Passo a Passo
Por dentro do Google Earth – Parte 1
53
Alta Acurácia
44
Modelagem 3D
54
Estações Totais
56
Laser Scanner 3D
58
Intergeo
60
GeoDireito
Nuvens de pontos por fotografias e modelos densos em 3D
Cintilação Ionosférica: do Cigala ao Calibra
Estações servo na implantação de túnel no Projeto Integração do Rio São Francisco
Técnicas de medição com LS3D Estático – Parte 1
Evento reúne 16 mil profissionais em Hanover, na Alemanha
Teodoro, Rui, Mário e Milton: Quatro baianos e o Geodireito
46
Autodesk University Brasil
61
IDE#Connect
48
Pesquisa
64
Quem é Quem
50
Onde estudar?
66
Espaço Jr.
São Paulo recebe a 2ª edição do Autodesk University
Por dentro do mercado: Estações Totais
Quarta matéria da série traz os cursos de geo no Nordeste
8 12 14 20 24 68 70
Afinal, o que é uma Infraestrutura de Dados Espaciais? Conheça os profissionais de destaque na América Latina no setor de geo
Empresa Júnior de Engenharia Cartográfica – Unesp Presidente Prudente
va ! o N ção se
Editorial Web
Acesse artigos complementares na revista online
Seção do Leitor Navegando
www.mundogeo.com
Lançamentos OnLine Guia de Empresas
Colaboraram nesta edição: Arlete Meneguette, Brenno B. Queiroz, Claudio A. Spadotto, Eduardo Reginato Lavratti, Fabíola Andrade Souza, Fabricio Pereira Barbosa, Franco Ramos, João Francisco Galera Monico, Luiz Antonio Ugeda Sanches, Marcio Polanski, Paulo R. R. Martinho, Roberto Tadeu Teixeira, Rodrigo Balbueno, Rovane Marcos de França, Wilson Holler
EDITORIAL
Um ano de grandes realizações. Rumo a 2013 e aos 15 anos da MundoGEO!
EDUARDO FREITAS Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIG Editor da revista MundoGEO eduardo@mundogeo.com
VANTs são (mais que) realidade Veja na matéria de capa um extrato do que rolou no Seminário VANTs, que reuniu a comunidade no fim de outubro em São Paulo
2012 já está ficando pra trás e, junto com as festas, vem a sensação de renovação, projetos e listas para o próximo ano. Em 2013 a MundoGEO completará 15 anos e várias ações estão sendo planejadas para comemorar esta data, mas antes gostaria de compartilhar algumas impressões sobre o ano que passou. Para a revista que você está lendo agora, 2012 foi um ano de consolidação do novo conceito, de uma publicação unificada, produzida com mais agilidade, abrangendo todas as tecnologias e soluções na área de geotecnologia, desde a topografia até os VANTs, passando pelo GNSS, GIS, imagens de satélites, etc.. Editada em português e espanhol, a revista MundoGEO é, hoje, a principal publicação no setor na América Latina. O portal MundoGEO - em português, espanhol e inglês - teve em 2012 um recorde histórico de visitação. O dia 16 de outubro foi de comemoração no MundoGEO, quando alcançamos o número inédito de mais de 7,9 mil visitas, o que mostra a confiança da comunidade no veículo, o crescente interesse nas geotecnologias e as variadas formas de acesso à informação, seja ele através da visita direta ao portal, assinatura do informativo diário, RSS ou pelas redes sociais. Por falar em redes sociais, em 2012 o MundoGEO se consolidou como líder global entre as empresas de mídia e comunicação no setor de geotecnologia, com mais de 30 mil pessoas conectadas entre os fãs
no Facebook, membros do Grupo no LinkedIn, seguidores no Twitter, assinantes dos canais de vídeo no YouTube e Vimeo, participantes da rede social Geo-ConnectPeople, além dos que estão no Fórum de Discussão MundoGEO. Quanto aos seminários online este ano também teve um recorde, com a realização de mais de 60 eventos, além de chegarmos ao número inédito de 2,8 mil inscritos e 1,5 mil participantes no webinar sobre o ArcGIS 10.1. Desde 2009 o MundoGEO tem realizado webinars, mas em 2012 esta ferramenta se consolidou e mostrou que é possível usá-la em outros formatos, como por exemplo eventos mistos (presenciais + online) e transmissões ao longo de todo um dia, com palestrantes, mediadores e participantes conectados a distância. Para o MundoGEO#Connect LatinAmerica também foi um ano de consolidação como o maior e mais importante evento do setor de geotecnologia na América Latina. A edição de 2012 reuniu 3.350 participantes de 27 países em São Paulo, no mês de maio, em um evento plural e aberto a toda a comunidade, que respeita as peculiaridades regionais, feito por quem conhece a realidade do Brasil e dos demais países da América Latina. Que venha 2013!
Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Eduardo Freitas | eduardo@mundogeo.com Assessor Editorial | Alexandre Scussel | redacao@mundogeo.com Assessora Editorial | Elis Jacques | jornalismo@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Atendimento e assinaturas | Thalita Nishimura | atendimento@mundogeo.com Administração | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | financeiro@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Gráfica Capital | www.graficacapital.com.br Imagem da capa | XMobots MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.
8
MundoGEO 70 | 2012
Fale conosco
Revista MundoGEO Publicação bimestral - ano 14 - Nº 70
Publisher
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ENTREVISTA
Claudio Brunini Presidente do Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (Sirgas)
Por Eduardo Freitas
“A visão que rege o Sirgas é a consolidação, em todos seus Estados membros, de uma vanguarda geodésica com nível científico internacional, articulada no trabalho coletivo que contribua a resolver os problemas sociais, econômicos e ambientais da região e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes” 10
MundoGEO 70 | 2012
L
icenciado e doutor em Astronomia, Professor Titular da Universidade Nacional de La Plata. Em 1998 criou o grupo de trabalho Gesa, dedicado ao estudo da Atmosfera Superior e o meio Sol-Terra, além da tecnologia dos sistemas de navegação global baseados em satélites. É membro da Associação Internacional de Geodésia, onde preside a Sub-Comissão Sistema Regional de Referência para a América do Sul, onde integrou, durante oito anos, o Comitê Editorial do Jornal de Geodésia. É Presidente do Grupo de Trabalho Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (Sirgas), do Instituto Panamericano de Geografia (IPGH) e História. Bolsista da Fundação Alexander von Humboldt, da Alemanha. MundoGEO: Como é a estrutura do Sirgas e quais são os objetivos do Sistema para promover seu uso na América Latina e Caribe? Claudio Brunini: O Sirgas nasceu na Conferência Internacional para a Definição de um Sistema de Referência Geocêntrico para a América do Sul, celebrada em 1993 em Assunción (Paraguai), com o objetivo de enfrentar a problemática que o nome da conferência enunciava e que gerou o acrônimo que identificou aquela iniciativa que foi acompanhada pela grande maioria dos países sulamericanos. Posteriormente, o significado das duas últimas siglas mudou de “América do Sul” a “Américas”, com a incorporação, em 2000, do México e dos países da América Central e Caribe, e a recomendação da Organização das Nações Unidas, em sua Sétima Conferência Cartográfica das Américas (Nova York, de 22 a 26 de janeiro de 2001), acenando para a adoção do Sirgas como sistema de referência oficial em todos os países das Américas. O Sirgas conta com os patrocínios do IPGH, onde integra um Grupo de Trabalho da Comissão de Cartografia, e da Associação Internacional de Geodésia (IAG), onde integra a Comissão I (Marcos de Referência). Seu funcionamento se sustenta com recursos materiais e humanos aportados por mais de 50 entidades e com subsídios das instituições patrocinadoras. Sua vida institucional se rege por um estatuto, que atribui o governo a um Comitê Executivo que se renova a cada quatro anos. Com o apoio de um Conselho Científico, esse comitê cumpre a missão de executar as políticas que define o corpo principal da organização: um Conselho Diretivo formado por um representante de cada país membro (19 na atualidade) e um de cada entidade patrocinadora. A visão que rege o Sirgas é a consolidação, em todos
seus Estados membros, de uma vanguarda geodésica com nível científico internacional, articulada no trabalho coletivo que contribua a resolver os problemas sociais, econômicos e ambientais da região e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Dessa visão emerge sua missão, orientada a gerar e por a disposição das instituições da América Latina e Caribe, dados e produtos de origem geodésica que contribuam a compreender a relação complexa e mutante que existe entre o Homem e a Natureza. A partir disso, o principal de seus objetivos atuais: definir, materializar e manter o sistema de referência geocêntrico tridimensional das Américas (incluindo um sistema de referência vertical associado ao campo de gravidade terrestre) que proveja: i) a camada fundamental das Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) do continente; e ii) a plataforma para estudar os processos geodinâmicos e de mudança global que afetam o planeta. MG: O que é a rede Sirgas-CON? Quais são seus objetivos? CB: O Sirgas está materializado por uma rede de estações GNSS de funcionamento contínuo com coordenadas de alta precisão (associadas a uma época específica de referência) e suas mudanças através do tempo (velocidades das estações). A rede Sirgas de funcionamento contínuo (Sirgas-CON) é composta, hoje, por mais de 250 estações, das quais 48 pertencem à rede global do Serviço Internacional de GNSS (IGS, na sigla em inglês). A operabilidade da Sirgas-CON se fundamenta na contribuição voluntária de mais de 50 entidades latinoamericanas, que têm instalado as estações e se ocupam de sua operação adequada para, posteriormente, por à disposição dos centros de análise a informação observada. Esta rede é processada semanalmente mediante o trabalho coletivo de nove centros de análise: Centro de Processamento de dados GNSS do Equador, Instituto Geográfico Militar (Equador), Centro de Processamento Engenharia – Mendoza - Argentina da Universidade Nacional de Cuyo (Argentina), Centro de Processamento e Análise GNSS Sirgas da Universidade de Zulia (Venezuela), Deutsches Geodätisches Forschungsinstitut, DGFI (Alemanha), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brasil), Instituto Geográfico Agustín Codazzi (Colômbia), Instituto Geográfico Militar (Chile), Instituto Geográfico Nacional (Argentina), Instituto Nacional de Estatística
MG: Quais são os Grupos de Trabalho e suas funções no Sirgas? CB: O Sirgas conta com três Grupos de Trabalho: i) Sistema de Referência; ii) Sirgas em Âmbito Nacional; e iii) Datum Vertical. A missão destes grupos é o desenvolvimento permanente de uma multiplicidade de atividades que englobam: i) a materialização de um sistema de referência vertical associado ao campo da gravidade terrestre, preciso e consistente na escala continental e global, o qual requer a análise das redes de nivelamento e gravidade de todos os países latinoamericanos, juntamente com observações maregráficas e de altimetria satelital oceânica; ii) o apoio ao estabelecimento de marcos de referência nacionais vinculados ao Sirgas nos países que ainda não o tenham feito (hoje, na Guiana, Guatemala e Honduras) e para a implementação de técnicas avançadas de posicionamento (por exemplo, as denominadas em “tempo real”); iii) a atualização permanente das convenções e modelos utilizados para elaborar os produtos que o Sirgas põe à disposição da comunidade; iv) estudos orientados à compreensão do câmbio global, tais como a produção de mapas de variáveis atmosféricas e o monitoramento do nível do mar mediante marégrafos controlados com GNSS; v) a assistência técnica permanente a uma vasta comunidade relacionada ao Sirgas e à Organização dos Estados Americanos, através do IPGH, para a resolução de disputas limítrofes. Todas estas atividades são de grande valia e se desenvolvem de forma permanente sob a coordenação do Conselho Diretivo e com a participação, nos Grupos de Trabalho, de cientistas e técnicos, não só dos 19 países da América Latina
e Caribe que o formam, mas também de entidades transcontinentais como, por exemplo, o Deutches Geodätisches Forschungsinstitut, da Alemanha. MG: Quando se realizará a próxima Reunião do Sirgas? Qual é a importância de tais encontros para o desenvolvimento do Sistema na região? CB: As reuniões Sirgas se realizam com periodicidade anual e seu objetivo é a avaliação dos avanços alcançados e a revisão dos planos de trabalho do Sirgas. O Sirgas acaba de celebrar sua Reunião de 2012, na cidade de Concepção (Chile), entre 29 e 31 de outubro. A mesma foi organizada pela Universidade de Concepção e pelo Instituto Geográfico Militar do Chile, com a participação de aproximadamente 150 pessoas provenientes de 15 países. A próxima Reunião Sirgas se celebrará durante o último trimestre de 2013 (a data exata ainda não foi definida), na Cidade do Panamá, com o apoio do Instituto Geográfico Tommy Guardia desse país. MG: Como pode uma Institução participar do Sirgas? CB: Qualquer instituição sem fins lucrativos pode participar do Sirgas através dos Grupos de Trabalho. Para isso, se requer a apresentação de um plano de trabalho inscrito dentro dos objetivos do Sirgas. O Comitê Executivo, com a assistência do Comitê Científico, revisa periodicamente o andamento dos planos de trabalho e eleva sua avaliação ao Comitê Executivo. Este decide, finalmente, sobre a continuidade ou não dos projetos específicos que se executam dentro do Sirgas.
“Qualquer instituição sem fins lucrativos pode participar do Sirgas através dos Grupos de Trabalho. Para isso, se requer a apresentação de um plano de trabalho inscrito dentro dos objetivos do Sirgas”
+Info Informações mais completas e detalhadas sobre o Sirgas se encontram em www.sirgas.org
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e Geografia (México), Serviço Geográfico Militar (Uruguai). Estes Centros geram soluções semanais que são combinadas pelos escritórios do Brasil e da Alemanha. Da combinação surgem os produtos finais do Sirgas: soluções semanais semi-livres para a integração da Sirgas-CON no poliedro global do IGS, coordenadas semanais ajustadas ao Marco de Referência Terrestre Internacional (ITRF, na sigla em inglês) - referidas à época de observação) para aplicações na América Latina e soluções multianuais (acumuladas) com coordenadas e velocidades para aplicações práticas e científicas que requeiram da variabilidade das posições geodésicas com o tempo.
WEB
Portal MundoGEO bate recorde histórico de visitação
tv mundoGEO CPRM Entrevista exclusiva com Maria Angélica Barreto Ramos, especialista em Modelagem Espacial de Dados em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) :
O MundoGEO alcançou o recorde histórico de 7.902 visitas no dia 16 de outubro de 2012, uma resposta positiva ao esforço da equipe na produção de conteúdo de qualidade e investimento nas redes sociais. Lançado em 2001, o portal é um espaço para conexão da comunidade de geotecnologia, com seções de notícias diárias, guia de empresas, agenda de cursos e eventos, revistas online, banco de vagas e fórum de discussão, tudo isso em português, espanhol e inglês. No fim de 2010, o portal passou por alterações e passou a utilizar o WordPress, a plataforma mais popular e eficiente do mundo para a criação e manutenção de sites de conteúdo. A busca por informações sobre eventos que o MundoGEO realiza, sejam eles presenciais ou online, também aumentou a frequência de visitantes no portal. Somente neste ano já foram realizados mais de 60 webinars, com média de 650 participantes por sessão, além do evento MundoGEO#Connect LatinAmerica, que reuniu mais de 3,3 mil pessoas em São Paulo.
http://youtu.be/cBq4LWwdpX0
IBGE Entrevista exclusiva com Moema José Carvalho Augusto, assistente da Diretoria de Geociências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
http://youtu.be/Cq3NVuv85_g
IGD Entrevista exclusiva com com Luiz Antonio Ugeda Sanches, Presidente do Instituto Geodireito :
http://youtu.be/pU7FRV4iNp8
Embrapa Entrevista exclusiva com Édson Luis Bolfe, ChefeAdjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Monitoramento por Satélite :
Alguns números do Portal MundoGEO - Mais de 23 mil posts - Média de 140 mil visitas por mês - Informativos diários em português, espanhol e inglês - Mais de 120 empresas no Guia - Mais de 100 edições das revistas MundoGEO, InfoGEO, InfoGNSS e Edições Especiais - Arquivos (pdf e vídeo) de mais de 100 webinars realizados desde 2009 - 100 mil profissionais registrados - 6.000 fãs na página e 2.150 membros no grupo do Facebook, 7.900 seguidores no Twitter, 2.350 membros no grupo do LinkedIn, 4.500
http://youtu.be/SNe9vZrCDvs
membros na rede social GeoConnectPeople e mais de 10 mil participantes no Fórum de Discussão MundoGEO. Até o início de 2013 o Portal MundoGEO passará por uma re-estruturação, com novo layout da home e do informativo, maior destaque para os seminários online, mais espaços para comentários e interação dos usuários via Facebook, novo calendário para a seção de cursos e eventos, entre outras novidades.
+Lidas Novembro
12
Outubro
Setembro
DNIT anuncia concurso com 1200 vagas em todo Brasil
IBGE lança novos mapas digitais de Estados brasileiros
IBGE abre incrições para Especialização e Mestrado
IBGE disponibiliza mosaico de imagens de Goiás e DF
Secretaria do Meio Ambiente da Bahia abre concurso
Exército promove vários cursos de geotecnologias
INCT lança a ferramenta Geometrópoles
Embrapa lança ferramenta para monitorar agricultura
Relatório de mudanças climáticas do Brasil está disponível
MundoGEO 70 | 2012
Faça parte da maior rede social de geo do mundo! Conheça o GeoConnectPeople, a primeira e única rede social exclusiva do setor de geomática e soluções geoespaciais Você sabia? + 4.500 é o número de membros na rede + 450 fotos já foram postadas pelos membros + 230 tópicos estão em discussão no fórum + 140 eventos já foram criados na rede + 145 foram as postagens em blogs + 95 é o número de grupos na rede Como posso melhorar a resolução da Imagem Landsat 5? é o conteúdo com maior acesso nas últimas semanas
#facts • GeoConnectPeople é a rede social global de pessoas envolvidas com soluções geoespaciais • A plataforma é aberta a todos os usuários e produtores de geoinformação • Os conteúdos são ligados às geotecnologias e suas diversas aplicações • A rede está pautada pelo debate de ideias e a construção colaborativa de conteúdos • O GeoConnectPeople é um projeto social sem fins lucrativos, criado e mantido pelo MundoGEO
Use seu distintivo! Você pode baixar e usar um badge (distintivo) da rede GeoConnectPeople em seu site, ou ainda divulgar no Facebook ou MySpace. Acesse: http://geoconnectpeople.org/ main/embeddable/list, otimize tamanho, cores e divulgue!
QUER PARTICIPAR? Você também pode fazer seu login através de sua conta do Facebook, Twitter, Google e LinkedIn. Acesse: geoconnectpeople.org
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SEÇÃO DO LEITOR Webinars Gostaria de parabenizá-los pelo sucesso do webinar sobre a Agência Nacional de Cartografia, e por estarem sendo protagonistas da história da Cartografia do Brasil. Antonio Carlos Rodrigues | Fortaleza (CE) Sou estudante de Geografia e adoro Cartografia. O seminário online sobre a Agência Nacional de Cartografia foi espetacular, esclareceu todas as minhas dúvidas. Vocês estão de parabéns. Espero que os próximos sejam assim.
Andréia Pereira | Cuiabá (MT)
Muy fructífero y provechoso el webinar de transmisión del Workshop Euroclima. Ha sido un día muy bien invertido en lo personal e institucional. Reciban felicitaciones y cordiales saludos de mi parte.
Alfredo Derlys Collado | San Luis - Argentina
Quero agradecer o convite de participação do webinar Primeira Jornada Inde Academia. As palestras foram excelentes, tanto as apresentações quanto seu conteúdo. Elas dissolveram muitas dúvidas sobre diversos assuntos abordados.
Antonio Guilherme Soares Campos | Belém (PA) El seminario sobre Laser escaner móvel terrestre fue excelente. Es la primera vez que asisto a uno. Felicitaciones.
Florencio Sanchez | Buenos Aires – Argentina
Os webinars são perfeitos para quem quer alguma informação rápida sobre as novas tecnologias e novas ferramentas disponíveis na área. Entretanto, deparei com um pequeno problema de ordem prática: os links nâo funcionam para quem acessa com Linux, como é meu caso.
José Tadeu Garcia Tommaselli | Presidente Prudente (SP)
José Tadeu, Infelizmente, esta é uma limitação da ferramenta que usamos (GoToWebinar), porém no momento é a única opção que nos atende com qualidade para a nossa demanda, de até 1.000 participantes ao mesmo tempo. Estamos a disposição para testar ferramentas que sejam compatíveis com Linux.
taria de saber sobre as indicações ao prêmio MundoGEO#Connect 2013. Gostaria muito que meu professor de geoprocessamento concorresse ao prêmio. Isto é possível? Vanessa Pugliero | Campinas (SP) Vanessa, as indicações para o prêmio MundoGEO#Connect Latin America 2013 estarão abertas a partir de janeiro.
Seminários Esperávamos que tivessem sido apresentadas, no seminário de VANTs, mais experiências e/ou estudos de caso para realmente avaliar a aplicabilidade dos VANTs, pois estamos operando o modelo MD4 1000 e passamos por uma série de adversidades, que teoricamente não seriam problemas. Dessa forma, fica difícil acreditar que os modelos apresentados não tenham passado por situações semelhantes, e estas situações não foram relatadas. Gostaríamos que nos próximos webinars fossem abordadas estas experiências e as respectivas soluções. Parabéns pela iniciativa!
Antoninho João Pegoraro | Santa Maria (RS)
Antoninho Agradecemos pelo seu feedback. Vamos acatar a sugestão para a formatação de um próximo seminário sobre VANTs. Nós da CPE Tecnologia agradecemos pelo convite e oportunidade de participar no seminário VANTs. Por favor, estenda este agradecimento a todos da sua equipe que participaram da organização deste ótimo evento. Quero parabenizá-los também pelos excelentes serviços prestados a todos nós, profissionais da área de mapeamento, pois temos aprendido muito com os webinars e seminários organizados pelo MundoGEO.
Pedro Donizete Parzzanini | Belo Horizonte (MG) Revista MundoGEO Primeiramente gostaria de parabenizar pelas edições da MundoGEO, sempre com conteúdo importante, útil e atual. Além das revistas, acompanho os seminários online, os quais têm contribuído para minha formação desde quando fui estagiária de geoprocessamento! Gos-
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MundoGEO 70 | 2012
Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.
imagem
SEÇÃO DO LEITOR Twitter @FELIPEMUID | Felipe Muñoz @MundoGEO Descubriendo; Modelando el Mundo y su entorno a traves de SIG #GISDay. Feliz Gis Day, les deseo desde Colombia! @Tati_Para | Tati Pará Muito bom o Webinar GIS Day: Conectados ao futuro através da Geocolaboração! @GoToMeeting e @MundoGEO sempre nos fazendo presentes (online). @estePepin | Pepe Ancosmede Nuevo número de la revista #MundoGeo en español http://bit.ly/REHsTB publicada por @MundoGEO. Interesante, como habitualmente. @robertovela2 | Robert @MundoGEO muy interesante el webinar! Bien!. @miguelfebles | Miguel Febles Totalmente de acuerdo RT @MundoGEO Ismael: “um bom mapa é aquele que conta uma história”
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MundoGEO 70 | 2012
facebook Luiz Carlos Sourient Junior Valeu participar presencialmente. Parabéns a todos da MundoGeo pelo evento e a todos os palestrantes. Seminários VANTs, cada vez melhor e com conteúdo. Obrigado e abraços!
Cassyo Lima Recebi ontem a Revista Mundogeo que ganhei em um sorteio que ocorreu aqui meses atrás. Ótima revista, ótimas abordagens sobre os mais variados assuntos. Parabéns para toda a equipe! Conceição do Araguaia -PA
LATITUDE
Novidades do evento MundoGEO#Connect 2013 Conferência e Feira de Geomátia e Soluções Geoespaciais acontece de 18 a 20 de junho em São Paulo
Emerson Zanon Granemann Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO emerson@mundogeo.com
+Info Para mais informações, acesse www. mundogeoconnect. com ou no meu blog http://mundogeo. com/latitude
Nesta edição, gostaria de compartilhar alguns destaques da programação que estamos elaborando para o evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 – Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, que será realizado entre os dias 18 e 20 de junho no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).
Unir Agrimensores e Cartógrafos Está em pleno andamento um movimento de união dos cursos e entidades representativas entre os engenheiros agrimensores e cartógrafos. As atribuições profissionais são praticamente as mesmas e vários cursos já usam as duas denominações. Boa parte dos profissionais de ambos os lados está conversando, procurando deixar para trás eventuais diferenças no passado e construir um modelo associativo, renovado e alinhado às demandas do Século 21. Por hora, os debates sobre o tema estão acontecendo via redes sociais. Existe um grupo sobre este assunto na rede GeoConnectPeople.org e irá acontecer o 1° Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos no dia 19 de junho de 2013, como uma das atividades paralelas ao MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013.
Aproximar Universidades, Governo e Empresas de Geo Durante o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 também vai acontecer o 1° Encontro de Integração Governo, Universidade e Empresas de Geomática, um evento que tem como proposta incentivar a conexão entre empresários e acadêmicos na geração de conhecimento e soluções inovadoras para as necessidades do governo e a sociedade em geral.
Geo Short Talks Palestras Relâmpago Durante o evento haverá um espaço inédito de apresentações de alguns minutos, também chamadas de “Lightning talk”
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MundoGEO 70 | 2012
ou “conversas curtas” (short talks). Estes espaços serão preenchidos por profissionais especialistas, usuários, acadêmicos ou estudantes que tenham seus resumos aprovados.
Gestores públicos de geoinformação se organizam O Ministério e Planejamento e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), estão realizando eventos e ações relacionadas à disseminação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde) aos diversos órgãos governamentais federais e estaduais. Regularmente estão sendo realizados Fóruns Intergovernamentais de Gestores de Geoinformação, com o objetivo de promover a articulação entre instituições de governo que usam os dados geoespaciais no processo de planejamento, monitoramento de programas, projetos e políticas públicas. Algumas destas experiências serão compartilhadas no evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013.
Geoexport A MundoGEO está em contato com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex Brasil) visando a elaboração conjunta de um projeto de promoção internacional das empresas brasileiras que desejem exportar seus produtos e serviços diretamente ou através de parcerias com empresas de outros países. No início de 2013 será feita uma reunião em Brasília com os empresários interessados em participar de eventos, road shows e rodadas de negócios no exterior. Este projeto terá espaço especial de divulgação no evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013.
NAVEGANDO A Lockheed Martin testou os primeiros quatro satélites da terceira geração do GPS. Ao todo, a Força Aérea Americana vai adquirir 32 satélites GPS III A Trimble anunciou alianças estratégicas com Bentley e Aveva, aumentando sua presença no setor de softwares para modelagem 3D e processamento de dados laser A Bentley adquiriu os softwares Microprotol e SpecWave, aumentando seu portfólio de soluções para engenharia e infraestrutura O Amazonia-1, primeiro satélite de observação terrestre desenvolvido no Brasil, será lançado em 2013 e terá assessoria técnica da empresa AMS Kepler, que já participa do programa Cbers O Consórcio Geoespacial Aberto (OGC) anunciou que Denise McKenzie assumiu o cargo de Diretora Executiva de Marketing e Comunicações A Hiparc Geotecnologia finalizou a aquisição dos ativos da Infostrata, empresa do grupo Vale, com foco em sensoriamento remoto e desenvolvimento de sistemas A Autodesk adquiriu o Qontext, software para colaboração social desenvolvido pela Pramati Technologies, da Índia, para adicionar novos recursos à plataforma Autodesk 360 A Trimble Brasil doou 80 licenças dos softwares SketchUp e Tekla para a Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp, somando cerca de 2 milhões de reais O Grupo Hexagon adquiriu parte das ações da companhia North West Geomatics, provedora de dados de mapeamento aéreo e geoespaciais
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Amazônia ganha curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) contará, a partir de 2013, com a primeira turma do curso de graduação em Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Com 50 vagas no período diurno, este será o primeiro curso da modalidade da região Amazônica e, segundo levantamento feito recentemente pela revista MundoGEO, o curso será também o único nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.
China lança novos satélites Em setembro a China lançou com sucesso dois novos satélites para compor seu próprio sistema de navegação e posicionamento, chamado de Beidou ou Compass. O lançamento, feito no último dia 19 de setembro, enviou os satélites 14 e 15 em órbita, a partir do sudoeste da China, em um foguete March-3B. Em 2012 a China já lançou cinco satélites Beidou, incluindo os novos enviados na última semana.
Sensoriamento remoto O país também enviou para sua órbita, em novembro, o terceiro satélite da constelação Environment I, aumentando a capacidade do país para monitoramento ambiental e previsão de desastres. O satélite radar vai se juntar a outros dois satélites ópticos que estão em operação desde setembro de 2008.
MMA adquire imagens de satélite para o Cadastro Ambiental A partir de dezembro deste ano, as imagens captadas pela constelação de satélites RapidEye vão apontar a situação nos 5,2 milhões de imóveis rurais que existem no país. Com as informações, será possível identificar as Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL) em cada propriedade e acompanhar a recuperação da cobertura vegetal onde a Lei exigir. O contrato foi assinado em novembro pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pela Santiago & Cintra Consultoria, que irá entregar as imagens captadas ao longo de 2011. O acordo custou aos cofres do governo 28,9 milhões de reais. Como a contratação do serviço prevê o compartilhamento das imagens com outros ministérios e órgãos do governo federal, o material captado também poderá ser usado para o Censo Agropecuário, previsão de safra agrícola e para o acompanhamento de queimadas e desmatamento ilegal em unidades de conservação.
Decreto Novas regras de regularização ambiental foram publicadas pelo Decreto 7.830, de 17 de outubro de 2012. A legislação dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA), estabelecendo as regras gerais e instrumentos de implantação e integração das informações, em âmbito nacional, de planejamento ambiental e econômico do uso do solo brasileiro.
Competição premia melhores projetos de navegação por satélites A 9ª edição da Competição Europeia de Navegação por Satélites (ESNC, na sigla em inglês) anunciou em outubro a lista de ganhadores. Além do prêmio principal, chamado de“Galileo Master”, a competição entregou ainda 24 troféus para os projetos vencedores das etapas regionais e cinco prêmios especiais. Este ano, o projeto vencedor da competição veio de Portugal, da Universidade de Porto. O sistema apresentado é usado para navegação interna em smartphones.
Brasil O prêmio regional do Brasil em 2012 foi para Arlei Benedito Macedo e sua equipe do SIGRibeira, que apresentaram um sistema colaborativo de geoinformação, desenvolvido para o gerenciamento de emergências em computadores móveis. O Brasil, que conta como organizador regional oficial o MundoGEO, teve oito projetos cadastrados em 2012. INFO www.galileo-masters.eu
Nova ferramenta permite antecipar desastres naturais Uma nova ferramenta desenvolvida pelo Instituto Tecnológico Simepar, localizado em Curitiba (PR), vai melhorar o acompanhamento das chuvas que ocorrem no Paraná e regiões vizinhas. Depois de três anos de pesquisa, o Instituto lançou o Sistema Integrado de Estimativas de Chuva (Siprec), que associa a rede de estações pluviométricas a um satélite e dois radares, e permite apurar as chuvas ocorridas em áreas delimitadas. De acordo com Leonardo Calvetti, meteorologista e pesquisador do Instituto, a principal mudança é que o Simepar não depende mais apenas da rede de pluviômetros, que estão instalados em mais de 50 cidades, nas estações meteorológicas e hidrológicas. “A identificação das chuvas é feita por dois sistemas: o de pluviômetros, que faz a medição pontual, e o de sensoriamento remoto, que usa os radares e satélite e cobre as áreas que não possuem os pluviômetros”, explica.
Novos satélites Galileo em órbita Os satélites três e quatro do sistema Galileo foram postos em órbita no dia 12 de outubro, a partir da base de lançamentos da Guiana Francesa. Estes veículos juntaram-se ao primeiro par de satélites, lançado um ano antes, concluindo a Fase de Validação (IOV, na sigla em inglês) do programa Galileo. Agora, com quatro satélites idênticos em órbita, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) poderá demonstrar a capacidade completa do Galileo, antes da implantação dos satélites operacionais. A fase de Capacidade Operacional Plena do Galileo (FOC, na sigla em inglês) terá 30 satélites, e estará completa até 2018.
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IBGE apresenta seu espaço de integração com os educadores O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou o seu espaço de integração com os professores do Brasil, uma atualização do site Vamos Contar, que reúne informações sobre o país, orientações e propostas didáticas que ajudem a levar para a sala de aula a linguagem estatística e cartográfica. O espaço, que em sua primeira versão, estava vinculado apenas ao Censo Demográfico, contempla agora uma ampla abrangência temática e o exercício didático sempre renovado em todas as disciplinas de educação infantil e fundamental. O site está aberto, também, à participação ativa dos professores para sugestões e relatos de experiências pedagógicas, através do Blog do Professor. INFO vamoscontar.ibge.gov.br
Parceria prevê melhorias na Certificação de imóveis rurais Os presidentes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), se reuniram recentemente para tratar da Certificação de imóveis rurais, com foco no Termo de Cooperação Técnica firmado entre o Instituto e o Exército Brasileiro em novembro de 2011. O documento prevê a análise de processos de Certificação de imóveis que tramitam nas superintendências regionais do Incra e que contam com o trabalho de técnicos e engenheiros contratados pelo Exército para agilizar o serviço, que abrange a apreciação de aproximadamente 19,5 mil processos. Entre outras ações, o plano prevê que o Confea contribua com a qualificação dos quase 6 mil profissionais de engenharia credenciados no Incra.
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OGC A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês). O OGC é uma consórcio internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades com o objetivo comum de desenvolver padrões.
Padrões para web e realidade aumentada O OGC lançou os padrões SensorML 2.0 e Augmented Reality Markup Language (ARML 2.0). O primeiro é uma linguagem legível por máquinas, para descrever sensores de localização e descrever processos de medição. O SensorML é um componente chave da família Sensor Web Enablement (SWE), que integra informações da Web em diversas aplicações geoespaciais. Já o Augmented Reality Markup Language fornece um formato de intercâmbio para aplicações de realidade aumentada para descrever e interagir com objetos, com foco em computação móvel. O padrão descreve os objetos virtuais que são colocados no foco da realidade aumentada, bem como o registro dos objetos virtuais no mundo real, e permite a interação e a modificação dinâmica da cena da realidade aumentada.
Satélite mapeia a gravidade para formar novo geóide da Terra O satélite Goce, pertencente à Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), está em órbita desde março de 2009 para mapear a gravidade do planeta com precisão. Embora a missão planejada já tenha sido concluída, o consumo de combustível foi muito mais baixo do que o previsto pela ESA, devido à baixa atividade solar ao longo dos últimos dois anos, o que permitiu à Agência prolongar a vida do Goce, para melhorar a qualidade do modelo de gravidade. O primeiro geóide produzido com base em medições de gravidade do Goce foi lançado em junho de 2010. O geóide é a superfície de um oceano global ideal, na ausência de marés e correntes, formado apenas por gravidade. O modelo é uma referência fundamental para a realização de medições precisas da mudança de circulação dos oceanos, do nível do mar e das dinâmicas do gelo.
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LANÇAMENTOS A Leica Geosystems lançou a câmara de médio formato Leica RCD30 Oblíqua, projetada para aplicações de alta precisão de mapeamento 3D urbano A PCI Geomatics anunciou o lançamento de versões para Linux do Geomatica 2013, software para processamento de imagens A Venezuela lançou seu segundo satélite de observação da Terra, feito em cooperação com a China, com um custo de 140 milhões de dólares A Esri disponibilizou o visualizador Web CityEngine para ArcGIS Online, permitindo que qualquer pessoa com um navegador habilitado para WebGL navegue e explore cidades e ambientes 3D criados no CityEngine 2012 A Microsoft apresentou, durante o Intergeo, a nova câmera aérea digital UltraCam Falcon para fotogrametria A Maptek lançou o setembro o I-Site 8810, um laser scanner resistente, adequado para uso em mineração O LMS-Q780, novo laser scanner aéreo de longo alcance da empresa Riegl, foi apresentado durante o Intergeo A SuperGeo Technologies lançou o Mobile Cadastral GIS 3.1, aplicativo móvel para sistema Android que faz o cadastro de dados GIS em campo
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GeoMetrópoles O Observatório das Metrópoles lançou, em novembro, a nova versão do sistema de informações geográficas GeoMetrópoles. A ferramenta foi desenvolvida com o propósito de reunir em um só plano de informação dados espaciais sobre os mais diversos temas (demográficos, sociais, econômicos, ambientais) relacionados às regiões metropolitanas do Brasil. O GeoMetrópoles é um sistema aberto e de atualização permanente a fim de possibilitar o acesso e a produção democrática de dados quantitativos e qualitativos referentes à temática urbana e metropolitana. Hoje, o sistema oferece uma organização das informações de maneira que sua apresentação facilite ao mesmo tempo a visualização dos elementos da dinâmica espacial metropolitana, a construção de mapas temáticos e a análise espacial através das diferentes ferramentas de geotecnologia, oferecendo maior autonomia na utilização por pesquisadores não especializados. INFO http://geometropoles.net
SomaBrasil A Embrapa Monitoramento por Satélite apresentou o SomaBrasil, Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no Brasil, uma ferramenta para monitoramento das atividades agropecuárias, que integra dados tabulares e informações geradas por satélites, capaz de fazer uma radiografia do Brasil. O sistema integra bases de dados de recursos naturais e agricultura provenientes de várias fontes num único ambiente. Disponível na forma de WebGIS, permite ao usuário não especializado interagir com essa base de dados por meio de consultas básicas e avançadas de forma dinâmica, podendo selecionar e cruzar informações e construir mapas de acordo com cada interesse. INFO www.cnpm.embrapa.br/projetos/somabrasil
MAPublisher 9.1 A Avenza Systems lançou o MAPublisher 9.1 para Adobe Illustrator, um software para criação de mapas a partir de dados GIS. Com a ferramenta, é possível utilizar as opções de design gráfico do Adobe Illustrator para manipular dados GIS e produzir mapas com alta acurácia. A versão 9.1 possui novas funções, como a possibilidade de exportar mapas em HTML 5 para web, compatíveis com aparelhos móveis como tablets e smartphones, e conta com melhorias na performance e na interface com o usuário. INFO www.avenza.com/mapublisher
Atlas do espaço rural O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, uma publicação que integra dados do Censo Agropecuário 2006 e das pesquisas populacionais, sociais, econômicas e ambientais do Instituto, oferecendo-lhes uma dimensão espacial, com o objetivo de retratar a complexa realidade territorial do campo brasileiro. INFO www.ibge.gov.br
MapInfo Professional 11.5 A Pitney Bowes Software, fornecedora de serviços e soluções de comunicação, análise e dados de clientes, anuncia o lançamento do MapInfo Professional 11.5, uma versão mais aprimorada do produto para inteligência de localização. A nova versão possui melhorias no navegador e nas janelas de legenda, que melhoram a usabilidade e a eficiência. Além disso, os usuários do MapInfo Professional agora podem publicar mapas na nuvem, permitindo o compartilhamento e análise com colegas ou clientes, utilizando MapInfo Stratus, parte integrante da suíte MapInfo.
INFO www.pb.com/software
Trimble na Intergeo A Trimble, desenvolvedora de soluções para posicionamento e localização, apresentou novos produtos e softwares durante as conferência Intergeo e Trimble Dimensions, realizadas recentemente na Alemanha e Estados Unidos, respectivamente. Uma nova versão do software Inpho foi lançada, para produção de dados de fotogrametria aérea e escaneamento a laser. Com novos recursos, o Inpho 5.5 introduz ferramentas específicas para manusear imagens produzidas com Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), sendo capaz de enfrentar desafios de calibração da câmera e qualidade de imagem. Ainda durante o Intergeo, foram anunciadas novas versões dos softwares eCognition para análise de imagens, e do Trident, trazendo novas ferramentas para análise geoespacial, com aplicações em sensoriamento remoto, mapeamento móvel e levantamentos. Entre outros lançamentos, a Trimble apresentou também um aplicativo móvel para smartphones, para coletar dados utilizando GPS; e os aparelhos Geo 5 e Juno 5 para aplicações GIS no campo.
INFO www.trimble.com
GeoTIFF O OGC lançou em outubro o GeoTIFF, uma extensão disponível para os padrões GML Coverages 1.0 (GMLCOV) e Web Coverage Service 2.0 (WCS). O padrão de codificação Geography Markup Language (GML) é uma ferramenta de XML muito utilizada para codificar dados geoespaciais de todos os tipos. Já o Coverages, que pode ser usado junto ao GML, associa posições dentro de um espaço limitado para apresentar valores de atributos. Exemplos destas coberturas geoespaciais incluem imagens da Terra, rasters georreferenciados e não georreferenciados, grades curvilíneas e nuvens de pontos. A extensão GeoTIFF fornece uma maneira de codificar dados geoespaciais que estão representados em outros formatos de codificação que não sejam GML, como GeoTIFF por exemplo. INFO www.opengeospatial.org
gvSIG Desktop 1.12 A Associação gvSIG, desenvolvedora do projeto gvSIG, anuncia que a versão 1.12 do software de informação geográfica já está disponível. As principais novidades incluem melhorias gerais na usabilidade do software, tais como janela de visualização maximizada por padrão, cores aleatórias, tamanhos fixos nas camadas, abertura de arquivos de qualquer formato, zoom mais amigável e localizador de janelas; correções de erros no driver do PostGIS; traduções para os idiomas Khmer e Persa; compatibilidade com dados de formatos WMS 1.3 e KML (última versão). INFO www.gvsig.org
Faro Scene 5.1 A Faro Technologies, desenvolvedora de tecnologias para medição em 3D, lançou o Faro Scene 5.1, nova versão do software para processamento de dados do Laser Scanner Focus 3D. Novos recursos disponíveis ajudam a simplificar processos e a reduzir o tempo de processamento em até 50%, através da seleção de partes mais relevantes para o projeto. A versão também permite que os usuários salvem seus escaneamentos como arquivos de fotos, em formato TIFF, para visualizar e compartilhar dados sem a necessidade de um software CAD que interprete nuvens de pontos. INFO www.faro.com
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ESRI
Lauc e Eu Esri Dois eventos agitam o mercado de GIS e reúnem a comunidade de usuários da Esri na América Latina. O MundoGEO esteve lá e traz informações exclusivas Por Eduardo Freitas e Emerson Granemann
Entrevistas Confira entrevistas exclusivas em vídeo com Ismael Chivite e Eduardo Viola, em www.youtube.com/ mundogeo
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ão Paulo e Buenos Aires foram palco de dois encontros nos quais a comunidade de usuários da Esri pode estar em contato com as últimas novidades da companhia. A presença de Jack Dangermond, no Brasil, e de Dean Angelides e Ismael Chivite, na Argentina, mostra a importância da América Latina para a Esri e ressalta o peso que a economia da região tem para a empresa. A revista MundoGEO apoiou e esteve presente nos dois eventos, e traz informações exclusivas para seus leitores.
Lauc Realizada em conjunto com a empresa Aeroterra, a Conferência Latino Americana de Usuários Esri (Lauc, na sigla em inglês) teve mais de mil participantes – se-
Divulgação
A presença de Jack Dangermond, no Brasil, e de Dean Angelides e Ismael Chivite, na Argentina, mostra a importância da América Latina para a Esri e ressalta o peso que a economia da região tem para a empresa
S
gundo a organização - entre congressistas, expositores e colaboradores, nos dias 4 e 5 de outubro. O evento foi realizado no Centro de Convenções da Universidade Católica Argentina, em Puerto Madero, uma região turística de Buenos Aires. O ambiente acolhedor se fez presente nas confraternizações – com direito a “Empanada Party” - e também
nas palestras, com muita descontração dos apresentadores, sem deixar de lado a objetividade em mostrar as novas funcionalidades do ArcGIS, que a cada dia fica mais simples e acessível, tanto aos especialistas como para o usuário comum. A programação de dois dias da Conferência contemplou uma Sessão Plenária com a destacada participação de Sergio Massa, prefeito do Município de Tigre, da província de Buenos Aires; e apresentações de especialistas da indústria do GIS que expuseram sobre o presente e o futuro desta tecnologia. Uma das principais apresentações, a palestra de Massa teve como foco a implementação de uma plataforma tecnológica como base da gestão municipal em Tigre. “Não somos simplesmente usuários de uma imagem de satélite - há milhares de sistemas que nos permitem ver imagens de satélites -, mas nós somos usuários de um sistema que nos permite planejar melhor a vida de nossos cidadãos”, afirmou. “O governo que hoje não utiliza a tecnologia para colocá-la a serviço das pessoas, ou o Estado que não aproveita ao máximo os telefones inteligentes e a utilização de sistemas de geolocalização e serviços na web, são governos que condenam ao fracasso e ao passado a sua sociedade; se suicidam em termos de capacidade de prestação de serviços”, concluiu. Na abertura da Lauc, o presidente da Aeroterra, Eduardo Viola, deu as boas vindas e mostrou a visão da empresa para o futuro do GIS. Em seguida falou Dean Angelides, diretor da Esri, propondo um novo olhar sobre o geoprocessamento. Dean afirmou que “mapas na nuvem são o novo meio para o ArcGIS”. Completando o time de experts da Esri, Ismael Chivite mostrou como o ArcGIS deve ser visto como uma plataforma para toda a corporação, enquanto Julie Powell, Ken Gorton e Carlos Cardona fizeram demonstrações em tempo real de todas as funcionalidades do ArcGIS 10.1 e ArcGIS Online. Alguns dos especialistas em GIS da Aeroterra também participaram das demonstrações, como Tomás Donda e Omar Baleani. E, ao final da sessão plenária foi a vez de Pedro Barbero, da Aeroterra Uruguai, mostrar como o GIS está evoluindo na região, através de alguns casos de sucesso.
A apresentação de Chivite, aliás, foi um dos pontos altos do dia. Segundo ele, “o ArcGIS Online é o ponto nevrálgico da nova forma de se ver o ArcGIS. Os mapas são o centro de tudo!”. Para Chivite, “um bom mapa é aquele que conta uma história”. No fechamento da plenária houve um momento de grande emoção, com a entrega do Prêmio Lasag para as empresas Sancor Seguros (Argentina), Esbio (Chile), AngloGold (Colômbia), Secretaria de Segurança Pública Federal (México) e MGap (Uruguai), e uma condecoração especial para o agrimensor José Maria Ciampagna, pelos vários anos de contribuição à difusão das geotecnologias na Argentina. Além da plenária, workshops e diferentes tracks apresentados pelos especialistas da Esri e da Aeroterra, em cinco salas simultaneamente, proveram toda a informação de interesse da audiência entre os dois dias do evento. A participação de especialistas e profissionais relacionados ao GIS fez da Lauc um lugar para colaborar, conectar e inspirar o conhecimento dos participantes e suas habilidades em GIS.
Eu Esri São Paulo, por sua vez, contou com o Encontro de Usuários da Esri Brasil (Eu Esri), com a presença de Jack Dangermond, presidente e fundador da companhia. Com o tema “Conectados ao mundo pela Geografia”, o evento foi uma excelente oportunidade para os pro-
Rodrigo Prevatto
fissionais de GIS estarem em contato com especialistas da Imagem e da Esri e se atualizarem sobre o que há de mais novo na tecnologia. Em sua terceira edição, o evento contou com a presença inédita de Jack Dangermond, reunindo público de mais de 750 participantes – segundo a organização
- que puderam aproveitar a programação com mais de 80 apresentações entre casos de sucesso, demonstrações e palestras técnicas. Representantes de mais de 250 empresas e órgãos públicos nacionais puderam compartilhar experiências e melhores práticas do uso da tecnologia GIS, graças às trilhas de conteúdo focadas nos setores de agricultura, educação, energia, floresta, governo, meio ambiente, mineração, óleo e gás, saneamento e telecomunicações. Os participantes puderam ainda conversar com os especialistas da Esri que compartilharam as novidades e as tendências do GIS, além dos destaques trazidos diretamente da Conferência Mundial dos Usuários Esri 2012, que aconteceu em julho em San Diego, nos Estados Unidos. Dentre eles, estavam: Bill Meehan, Diretor de Utilities; Adam Pittman, Estrategista de Engenharia de Soluções para Óleo & Gás; Julie Powell, Gerente Técnica do ArcGIS for Server; e Carlos Cardona, Arquiteto de Soluções da Esri. Na abertura do Eu Esri 2012, o presidente da Imagem, Enéas Brum, fez uma apresentação inspirada sobre como chegamos até aqui e para onde vamos. Logo após, o índio Kokoró Mekrãgnoti mostrou como as tecnologias GPS e GIS são usadas na sua tribo para a preservação de áreas indígenas (ver box). Na sequência, Enéas anunciou a presença do “cacique” Jack Dangermond, que pisou no palco do Eu Esri para mostrar o posicionamento e as novidades da empresa para sua imensa comunidade de usuários. Segundo Dangermond, o GIS está cada vez mais se tornando uma infraestrutura social, já que a geoinformação não é algo independente, mas parte de algo maior. Para ele, o GIS – assim como a própria Esri – está em um ponto importante de inflexão, com mudanças substanciais previstas para os próximos cinco anos. E o maior responsável por toda essa mudança é o GIS na nuvem, que permite a disponibilização de ferramentas geoespaciais para todos, já que integra todo tipo de informação, sejam elas geoespaciais ou não. “A nuvem vai quebrar todas as barreiras entre os fluxos de trabalho, disciplinas e culturas”, afirmou. Dangermond propõs, então, uma abordagem holística, introduzindo a ideia do uso da geografia como uma plataforma para toda a organização. Quanto à interação com a comunidade, Dangermond comentou sobre o time de desenvolvedores que trabalha na Califórnia recebendo feedback dos usuários e melhorando os sistemas a cada versão. Ele fez também um paralelo entre a aquisição de um iPhone e o acesso ao iTunes. De acordo com Jack, quando adquire-se uma licença do ArcGIS, compra-se também o acesso a milhões de dólares em conteúdo geográfico, como por exemplo imagens de satélite.
“A nuvem vai quebrar todas as barreiras entre os fluxos de trabalho, disciplinas e culturas”
Jack Dangermond
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Dangermond apresentou alguns números impressionantes sobre o mercado de GIS. Segundo ele, são gerados 100 mil mapas por dia no ArcGIS Online e a previsão é que este número passe de 1 bilhão no próximo ano. Ele falou, ainda, sobre as novidades que estão por vir no ArcGIS, como o geoprocessamento online, aplicativos desconectados, 3D móvel, conteúdo adicional, mais templates, entre outras. Para finalizar, destacou que em um momento de recessão econômica, a geografia torna-se cada vez mais importante como linguagem universal. Após a palavra do presidente, Sérgio Barbosa, da Agência Nacional de Águas (ANA), fez uma demonstração do uso do ArcGIS Online como base para a publicação das informações sobre saneamento e deu como exemplo o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), disponível em www.snirh.gov. br. O Eu Esri também entregou um prêmio ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), representado por Sandra Pedrosa, que falou sobre o Sigmine, um sistema online de referência na busca de informações atualizadas relativas às áreas dos processos minerários cadastrados no Departamento. Além dos especialistas da Esri, os técnicos da Imagem fizeram várias demonstrações sobre o ArcGIS
10.1 e o ArcGIS Online, com foco no uso corporativo. Ao longo dos dois dias de evento, os participantes aproveitaram as ilhas de produto, nas quais experts do Centro de Suporte Técnico da Imagem estavam à disposição para auxiliá-los em dúvidas sobre o ArcGIS. Além disso, o Eu Esri 2012 contou com o Espaço “Transforme seu Mapa”, no qual os profissionais puderam ter uma mini consultoria focada em apoiá-los quanto ao uso de dados geográficos.
Kayapó Mekrãgnoti
com seus vizinhos, em disputa territorial anterior à própria chegada dos europeus. Os primeiros registros do grupo relacionam os Kayapó à bacia do Tocantins, mas o encontro com as primeiras frentes de expansão no início do Século XIX e os resultados desastrosos desse verdadeiro confronto de civilizações determinou seu deslocamento para o oeste. Evitando esse contato enquanto possível, os primeiros grupos a estabelecerem alguma forma de intercâmbio com os estrangeiros de pele clara, fascinados pelos objetos que esses dispunham, não sobreviveram para ver a chegada da segunda leva de pioneiros da sociedade brasileira, representados pelos soldados da borracha, nas primeiras décadas do século XX. Esse movimento migratório fez com que os Kayapó Mekrãgnoti passassem a ocupar as extensas áreas de florestas tropicais no interflúvio Tapajós-Xingu, estabelecendo-se nas partes altas das bacias dos Iiri e Jamanxim, na vertente nordeste da Serra do Cachimbo. A partir dos anos 50, o governo brasileiro decidiu impor uma política de “pacificação” dos índios mais arredios do sertão. Em setembro de 1957, uma frente de atração da Fundação Nacional do Índio (Funai), chefiada pelo sertanista Francisco Meirelles, estabeleceu contato com o grupo que hoje ocupa as Terras Indígenas (TI) Baú e Menkragnoti, no sudoeste do Pará.
Pés Na Terra, Olhos No Futuro Ao contrário da grande maioria dos povos indígenas brasileiros, os Kayapó viviam tradicionalmente longe dos grandes rios, onde a pesca abundante garantia uma fonte segura de proteína. Esta distância fez com que a caça fosse sua principal fonte protéica, associada a uma lavoura de subsistência de relativa diversidade, em que a mandioca e as frutas tropicais têm papel fundamental. Essas circunstâncias tornaram os Kayapó mestres nas artes da caça, inicialmente com bordunas e flechas, e com armas de fogo tão logo tiveram acesso a elas. A necessidade de grandes áreas para garantir seu modo de vida tradicional, altamente dependente dos recursos naturais de seus territórios, levou os Kayapó a um permanente estado de guerra
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Comunidade conectada De acordo com Richard Dalaqua, mediador da lista de discussão ArcGIS-Brasil, algumas das principais novidades do ArcGIS 10.1 e das próximas versões são as ferramentas para manipular dados Lidar, vídeos georreferenciados em tempo real, melhorias contínuas nas funcionalidades 3D, servidores trabalhando com 64 Bits, ArcGIS para Mac, implementações no ArcGIS para Android e iOS, integração com dados de GPS e KML, entre outras. Com uma comunidade de milhões de pessoas ao redor do mundo e o olho no futuro, a Esri se re-inventa e coloca a nuvem como ponto de convergência para suas soluções. Se o GIS está em um ponto de inflexão, o que diremos dele nos próximos cinco anos?
O início da abertura da rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163) em 1970, em tempos de “integrar para não entregar”, veio perturbar ainda mais a frágil estabilidade que marcava o domínio sobre o território tradicional das diferentes etnias que compartilhavam a região. A conclusão das obras da rodovia, em outubro de 1976, trouxe grandes modificações à região, atuando como vetor de um intenso fluxo migratório. A presença desses migrantes instados a remover a floresta para garantir a posse da terra, deu início a um ciclo de destruição que afetou de uma forma nunca vista a vida dos Kayapó, com diversos episódios de conflitos violentos e uma postura, incentivada por agentes econômicos e por setores do próprio governo, de tratar as populações indígenas como inimigos do desenvolvimento. O fato de esse discurso ainda hoje encontrar eco na atuação do estado brasileiro quando se trata do desenvolvimento da Amazônia e do próprio país, depois de quase 30 anos desde o fim do ciclo militar, soa como uma amarga ironia para quem analisa a situação de longe. Para os Kayapó, só reforça as dificuldades que enfrentam no seu relacionamento com a sociedade envolvente. Os anos 80 e 90 foram marcados pela luta pela posse do território que hoje compreende as TIs Baú e Menkragnoti, processo que de forma alguma foi tranquilo, culminando, em 2008, com a desafetação de mais de 340 mil hectares do extremo leste da região Baú, como alternativa para evitar um conflito armado entre índios e fazendeiros. Em 2002, iniciaram-se os estudos para o licenciamento ambiental do projeto de pavimentação da BR-163, e a proximidade dessa rodovia com os limites das TIs fez com que os Kayapó fossem incluídos no processo, haja vista a expectativa de novas pressões decorrentes do rearranjo da economia da região frente à perspectiva do asfaltamento da rodovia. Em função disso, o processo de licenciamento estabeleceu a necessidade de um Projeto Básico Ambiental (PBA) voltado especificamente para as TIs mais próximas da rodovia. Em 2006 o PBA foi elaborado em conjunto com as comunidades indígenas envolvidas. Foi então estabelecido convênio entre Funai e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e posteriormente, em 2010, firmado novo convênio entre Funai e Instituto Kabu, organização não governamental dos Kayapó Mekrãgnoti com sede em Novo Progresso (PA), para execução do PBA especifico para os Kayapó das TIs Baú e Menkragnoti. O PBA apresenta um subprograma de proteção e fiscalização das TIs e um subprograma de coordenação e monitoramento, que inclui a implantação de um GIS capaz de não somente permitir uma autonomia na produção de mapas para as atividades rotineiras de fis-
calização, mas que também oferecesse uma ferramenta que contribuísse de maneira efetiva para uma melhor gestão dos recursos naturais das Tis. A inclusão de um subprograma de monitoramento usando GIS é inovadora no âmbito desse tipo de projeto. Para tanto, foi adquirido o ArcGIS 10 para o desenvolvimento do GIS e o TrackMaker Pro para a interface com as informações geradas a campo com a coleta de dados e uso de GPS. Em junho de 2010 foi feita uma capacitação para o uso dos receptores GPS na aldeia Baú, congregando mais de 20 representantes das aldeias incluídas no PBA. Em outubro a Academia Imagem forneceu treinamento para a equipe técnica do Instituto Kabu e indígenas, na sede da ONG. Hoje, já existe uma rotina estabelecida para a produção de mapas e incorporação de informações ao banco de dados, incluindo os resultados das atividades de rotina de fiscalização, como aspectos relacionados à gestão dos recursos naturais de suas terras e o desenvolvimento de análises espaciais para avaliar as pressões na região, como é o caso da avaliação dos resultados do Projeto Prodes no entorno das TIs, visando identificar os pontos mais vulneráveis a invasões, a partir dos dados de desmatamento mais recentes. Em setembro de 2012 a equipe do Instituto Kabu participou do Eu Esri e apresentou alguns resultados obtidos até o momento, tendo também uma participação na plenária de abertura, quando o indígena Kokoró Mekrãgnoti apresentou um pouco da luta de seu povo pela proteção de suas terras e da importância do uso das ferramentas de GIS.
A inclusão de um subprograma de monitoramento usando GIS é inovadora no âmbito desse tipo de projeto
O encontro de Kokoró e Jack Kokoró Mekrãgnoti oferece a Jack Dangermond um presente em reconhecimento à ajuda das ferramentas Esri para a preservação ambiental da sua aldeia Acesse o vídeo: http://youtu.be/tCVNyZZgws4 Os Kayapó têm plena consciência do quanto será árdua a luta pela proteção de seu território e pela manutenção de sua forma de vida tradicional. Sabem também que não podem evitar os estímulos da vida moderna sobre os jovens e o desejo de acesso a bens de consumo, como o restante da sociedade brasileira. O uso do GIS como ferramenta para a efetiva proteção de suas terras revela um pouco da sabedoria desse povo que, assim, se apropria do que há de mais moderno na sociedade tecnológica para garantir a perpetuação de sua cultura ancestral. Com informações de Rodrigo Balbueno, biólogo com mestrado em ecologia pela UFRGS. Consultor do Instituto Kabu.
+INFO http://kabu.org.br/2012 www.mekragnoti.com.br
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CAPA
VANTs já são realidade no Brasil Seminário sobre Veículos Aéreos Não Tripulados em São Paulo reuniu mais de 400 pessoas. Evento recebeu especialistas da Anac, USP e empresas do setor para debater o tema. Comunidade de geotecnologia busca clareza na regulamentação Por Alexandre Scussel e Eduardo Freitas
No Brasil, existem três documentos oficialmente emitidos que versam especificamente sobre VANTs
T
ema da matéria de capa da edição 60 da revista InfoGEO, quando ainda eram uma incógnita, os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) já são uma realidade no setor de mapeamento, e agora o que se debate não são mais as possibilidades de aplicação, mas sim a qualidade dos produtos gerados, a automatização dos processos e a regulamentação do setor. Tecnologia que ganha cada vez mais usuários a cada dia, os VANTs podem ser usados para diversas aplicações, desde inteligência e defesa, até a produção de mapas. Os modelos disponíveis atualmente - e também os em desenvolvimento - possuem diferentes características e sensores, e a melhor opção para cada uso ainda é desconhecida do público. Para atender esta demanda do mercado, principalmente em relação às regras que regem o uso desta tecnologia, o MundoGEO - com o apoio de empresas e instituições do setor de geoinformação - realizou no dia 25 de outubro um seminário sobre VANTs para mapeamento. Com ampla participação da comunidade, o evento aconteceu no Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo (SP). Voltado para a geração de mapas, o encontro reuniu 412 participantes, sendo 120 presenciais e
292 online, com grande interação do público, que conheceu e discutiu temas relacionados à regulamentação e oportunidades neste mercado, além das características e aplicações dos diversos tipos de VANTs com sensores para produção de informações geoespaciais. Além das apresentações sobre principais aplicações e opções, entre VANTs de grande, médio e pequeno porte, o público pôde assistir uma apresentação feita por profissionais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que demonstraram como está a regulamentação brasileira. Lívia Camargos Rodrigues de Oliveira e Ailton José de Oliveira Júnior, especialistas em regulação de aviação civil da Anac, abordaram as normas vigentes para a operação de sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA, na sigla em inglês) no Brasil, incluindo quais tipos de operações podem ser autorizadas, o procedimento para tal e os rumos que a autoridade pretende seguir com relação a este assunto, em curto, médio e longo prazo. No Brasil, existem três documentos oficialmente emitidos que versam especificamente sobre VANTs. A Circular de Informações Aeronáuticas (AIC) N 21/10, de setembro de 2010, foi publicada pelo Departa-
Alexandre Scussel
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120 pessoas estiveram presentes no Bourbon Convention Ibirapuera
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mento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e tem por finalidade apresentar as informações necessárias para o uso de VANTs no espaço aéreo brasileiro. Pode ser acessada em http://servicos.decea.gov.br/arquivos/ publicacoes. Já a Decisão 127, de 29 de novembro de 2011, é uma autorização da Anac para operação aérea de RPA do Departamento de Polícia Federal: www2. anac.gov.br/biblioteca/decisoes/2011. Por sua vez, a Instrução Suplementar (IS) 21-002A, de outubro de 2012, orienta a aplicação da seção 21.191 do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) 21 para emissão de Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) para RPA de uso experimental (pesquisa e desenvolvimento, treinamento de tripulações e pesquisa de mercado). Estes documentos podem ser baixados em www2.anac.gov.br/biblioteca/IS/2012/ IS%2021-002A.pdf e www2.anac.gov.br/biblioteca/ resolucao/2011/RBAC21EMD01.pdf. Na abertura do seminário, Onofre Trindade Junior, Pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) mostrou quais os tipos desenvolvidos atualmente, como esta nova tecnologia pode ser aplicada para cada tipo de uso, além de demonstrar os principais sensores que podem ser embarcados. O público conheceu mais sobre como é feito o desenvolvimento de aeronaves, hardware e software com padrão aeronáutico, estações de controle e monitoramento, sistemas de comunicação, além de informações sobre a estrutura de aeronaves, novos conceitos do setor e principais projetos em desenvolvimento. Segundo Onofre, há 15 anos o sonho era ver um avião voar sozinho, há 10 era que uma aeronave trouxesse imagens de boa resolução e qualidade para solo e, hoje, o que se quer é que o avião entregue informações prontas. Para ele, fazer uma classificação é difícil, pois as categorias de VANTs dependem de qual o ponto de vista. Por exemplo, sob o ponto de vista funcional, os VANTs poderiam ser classificados como alvo, reconhecimento, combate, logística, pesquisa, etc.. Já quanto ao alcance e altitude, podem ser classificados segundo a tabela a seguir.
De acordo com Onofre, o mais importante é o aumento da faixa de configurações e aplicações em relação às aeronaves tripuladas decorrentes da retirada do ser humano de bordo. Somente isto já resulta em: redução do peso máximo de decolagem, de 80 quilos para poucas gramas; economia de espaço, peso e energia pela não necessidade de sistemas e acessórios para preservação da vida humana; e operação em novos ambientes, hostis ao ser humano, como por exemplo em locais com altas doses de radiação. Para Onofre, a classificação mais importante é saber a necessidade do projeto, as características do equipamento e se ele vai cumprir sua missão. Além dos representantes da USP e Anac, completaram o quadro de palestrantes: Luciano de Oliveira Neris, Diretor de desenvolvimento da AGX; Renato Tovar, Diretor da Avibras; Gabriel Santiago de Melo, Diretor Comercial da Somenge; Wimerson Bazan, Consultor em Aerofotogrametria da Alezi Teodolini; Giovani Amianti, Diretor da XMobots; Luiz Dalbelo, Gerente de Vendas da Santiago & Cintra; Ulf Bogdawa, Diretor da Skydrones; Pedro Donizete Parzzanini, Gerente Comercial da CPE Tecnologia; e Floriano Peixoto, Pesquisador da Unisanta/Albatroz. Uma das apresentações de destaque foi a de Wimerson, que mostrou detalhes sobre o processamento de um bloco de imagens tomadas por VANT com o software Inpho, da Trimble. No case apresentado, foram aplicadas técnicas fotogramétricas para geração de produtos como, por exemplo, um modelo digital de terreno com alta precisão e acurácia. Segundo Onofre, as tendências hoje são as Missões Orientadas Sensor Array (Mosa) e Flight Awareness (IFA), recursos que vêm sendo desenvolvidos cujo objetivo é que o avião entregue informações prontas, incluindo a geração automática de mapas temáticos. Algumas missões em desenvolvimento, hoje, são um localizador de disparos, um mapeador temático de pragas e culturas e um de pássaros migratórios, além de um inspetor automático de qualidade de pulverização. Para breve estão previstos um
Tipo
Altitude (metros)
Alcance (quilômetros)
De mão
600
2
Curto alcance
1.500
10
Tipo Otan
3.000
50
Tático
5.500
160
Male (altitude média, alcance longo)
9.000
Acima de 200
Hale (altitude alta, alcance longo
9.100
Indefinido
Hipersônico (Mach 1-5)
15.200
Acima de 200
Orbital
Baixa órbita
Indefinido
Há 15 anos o sonho era ver um avião voar sozinho, há 10 era que uma aeronave trouxesse imagens de boa resolução e qualidade para solo e, hoje, o que se quer é que o avião entregue informações prontas
Classificação de VANTs segundo altitude e alcance (Fonte: Onofre Trindade Jr.)
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inspetor automático de áreas de preservação ambiental, um mapeador temático para condição de rodovias, entre outras novidades.
Como proceder? Os especialistas da Anac explicaram como deve ser a liberação para o trabalho com VANTs no Brasil. O primeiro passo é entrar em contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), solicitando por escrito uma autorização para exploração do
serviço de telecomunicações e de uso de radiofrequências. Este pedido pode ocorrer em paralelo ao requerimento à Anac. Para solicitar uma liberação de operação experimental, deve-se solicitar à Anac um Cave, conforme a IS 21-002A. A operação estará sujeita a limitações operacionais estabelecidas no Cave e no requisito 91.319 do RBHA 91 quanto ao propósito da operação. No caso de uso com fins lucrativos, deve-se solicitar à Agência uma autorização especial de voo e submeter requerimento detalhando as características da operação pretendida e do projeto do RPA, de modo a demonstrar que o nível de segurança do sistema é compatível com os riscos associados à operação. O requerimento será analisado caso a caso pela área técnica da Anac e será apreciado pela Diretoria Colegiada, que deliberará pelo seu deferimento ou não. Por fim, de posse da autorização da Anac, deve-se entrar em contato com o Decea e solicitar a autorização para uso do espaço aéreo.
Passos para autorização da Anatel, Anac e Decea (Fonte: Anac)
Mostra de VANTs O evento contou também com uma exposição de alguns modelos disponíveis no mercado. Além do mapeamento, os VANTs podem ser úteis para resposta a desastres naturais e acidentes, já que possibilitam agilidade não encontrada em aviões e na programação de imageamento por satélites. Eles podem ser usados, ainda, para visualizar em tempo real de movimentação de pessoas em grandes eventos, acompanhar fluxos de veículos, monitorar acontecimentos em áreas de difícil acesso de forma muito rápida, entrar em áreas de risco de favelas para registrar movimentação suspeita, tudo isso online.
Esse tipo de aparelho possui um grande campo de aplicação, podendo ser empregado na detecção de manchas de óleo no oceano, rastreamento e identificação das praias em risco, monitoramento de deslizamentos de terra, mapeamento e estudo de florestas e regiões de interesse ecológico, levantamentos de áreas rurais de aspectos agropecuários, medição da composição do ar e de níveis de poluição, inspeção de grandes estruturas, levantamento de ocupação urbana e prospecção topográfica, mineral e arqueológica.
Exposição de VANTs, realizada em paralelo ao seminário, demonstrou alguns modelos disponíveis no mercado
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A palestra da Anac no seminário demonstrou que o trabalho no setor de VANTs requer muita responsabilidade, devido ao risco de acidentes. Por outro lado, mostrou que a Agência está atenta aos anseios da comunidade e que está trabalhando para regulamentar este setor, que está em plena expansão no Brasil e no mundo. Após o dia de intensos debates, pôde-se concluir que os VANTs não somente substituem, mas ampliam a faixa de aplicações e configurações das aeronaves tripuladas. Além disso, sensores cada vez mais sofisticados devem fazer dos VANTs o principal meio de transporte para sensoriamento e, em um futuro próximo, serão o tipo predominante de aeronaves. Mecanismos como o IFA devem levar a segurança de voo a níveis inimagináveis de qualidade. Em breve, a regulamentação do setor tende a ser mais clara. Segundo a Anac, os próximos passos são: • Curto prazo - divulgação de um roadmap brasileiro de RPAs e criação de um fórum presencial • Médio prazo - desenvolvimento de um regulamento para permitir operações de RPAs com fins lucrativos • Longo prazo - estabelecimento de requisitos para Certificação de tipo, organização de produção e operacional e habilitação de piloto de RPAs Paulo Carvalho, que participou do seminário, sugeriu lançar um evento somente sobre regulamentação de VANTs. Outro participante, que não se identificou na pesquisa de opinião, sugeriu convidar também a Anatel e o Decea, já que são organizações envolvidas com a regulação do setor.
Missão cumprida “O evento atingiu os objetivos de esclarecer melhor à comunidade questões importantes sobre a tecnologia envolvida nas operações com VANTs, como o aparelho em si, os sensores e os softwares”, declarou Emerson Zanon Graneman, diretor e publisher do MundoGEO. “Os destaques foram os esclarecimentos quanto a classificação dos aparelhos, a importância do
treinamento dos pilotos remotos e as aplicações dos dados coletados pelos VANTs, que vão muito além do mapeamento. Além disso, ficou clara a pressão que o mercado do setor está exercendo, junto às entidades reguladoras das atividades aéreas, para que tanto os aparelhos nacionais e importados, bem como suas operações para fins lucrativos, sejam completamente regulamentadas o mais breve possível”, concluiu. O segundo seminário sobre VANTs acontecerá em junho de 2013, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, dentro da programação do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 – Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais. De acordo com Lucio Figueiredo Matias, Diretor de Operações da Novaterra, este tipo de evento serve para que as agências reguladoras possam dar uma resposta mais rápida para a sociedade. “A MundoGEO marcou um ‘pontaço’, pois mostrou a capacidade de juntar mais de 400 pessoas ao redor deste assunto, na maioria das vezes tratado entre fabricantes e prestadores de serviços em número bem mais reduzido de pessoas”. Como este é um assunto relativamente novo no Brasil e no mundo, reunir a comunidade para o debate foi essencial. “Este tema é novo e está sendo muito bem abordado. Não me lembro de outro evento deste tipo onde a Anac sentou ao lado de fornecedores e interessados pela tecnologia”, comemorou. Dentre os desafios apresentados pela Anac no seminário para o setor de VANTs, pode-se destacar a divulgação efetiva da legislação vigente, as dificuldades na fiscalização, a falta de uma cultura aeronáutica nas empresas de mapeamento, a ausência de requisitos para certificação, o atendimento às necessidades e interesses das empresas e, principalmente, a garantia da segurança de voo. O objetivo final de todos os envolvidos no setor de VANTs é a integração total das aeronaves remotamente pilotadas ao espaço aéreo brasileiro, com segurança e em harmonia com as demais aeronaves tripuladas, gerando riquezas para toda a nação.
MundoGEO lança nova seção de VANTs no Guia de Empresas O Portal MundoGEO acaba de lançar uma nova categoria do Guia de Empresas: a seção de VANTs, dedicada exclusivamente aos Veículos Aéreos Não Tripulados. Há mais de 10 anos apresentando ao mercado as melhores empresas de serviços e produtos de geotecnologia, o Guia MundoGEO conta com mais de 100 companhias do setor. Além do Brasil, também engloba empresas da Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. A criação da nova categoria de VANTs reflete a demanda e o interesse pelo assunto, que recentemente foi tema do seminário presencial e online em São Paulo. +Info www.mundogeo.com/ empresa
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Escoamento da produção O uso da Gestão Territorial para o Agronegócio brasileiro Wilson Anderson Holler Engenheiro cartógrafo, analista GIS, supervisor do Núcleo de Análises Técnicas da Embrapa Gestão Territorial wilson.holler@embrapa.br
Paulo R. R. Martinho Engenheiro Agrônomo, Msc. Analista GIS na Embrapa Gestão Territorial paulo.martinho@embrapa.br
Claudio A. Spadotto Engenheiro Agrônomo, Ph.D. | Gerente Geral da Embrapa Gestão Territorial. claudio.spadotto@embrapa.br
Brenno B. Queiroz Graduando em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas | Estagiário na Embrapa Gestão Territorial. brennoqueiroz@outlook.com
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O território rural é alterado por expansão, concentração, intensificação, diversificação e substituição de atividades que ocorrem, ao longo do tempo, em diferentes regiões do País. A infraestrutura, a urbanização e as ações regulatórias e normativas transformam os territórios rurais e afetam a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio. Diante da dinâmica da agricultura no espaço geográfico, a gestão territorial insere-se no planejamento, implantação e acompanhamento das políticas públicas e dos setores privados. O uso de geotecnologias, convertidas em ferramentas de sistematização de informações e conhecimento, auxilia e aumenta a eficiência da gestão territorial.
Atualmente um dos projetos da Embrapa Gestão Territorial é justamente prover informações sobre como o Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI), anunciado pelo governo federal no final de agosto, irá contribuir para o agronegócio brasileiro. O objetivo é identificar e analisar conjuntamente as principais regiões de produção de soja no país e os meios de transporte para escoamento dessa produção. A partir das malhas ferroviária e rodoviária federais atuais agregou-se o PNLI, juntamente com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O PNLI - Rodovias e Ferrovias, apelidado de “PAC das Concessões” prevê a concessão à iniciativa privada de rodovias (totalizando 7,5 mil quilômetros) e ferrovias federais (totalizando 10 mil quilômetros).
Investimento O plano pretende restabelecer a capacidade de planejamento integrado do sistema de transportes, e prevê investimentos totais de 133 bilhões de reais ao longo dos próximos 25 anos, com objetivo de ampliar e modernizar parte da infraestrutura de transporte do país. O trabalho da Embrapa aborda as microrregiões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como unidade de referência geográfica. Cada microrregião agrega aproximadamente 10 municípios, totalizando 558 microrregiões em todo Brasil. Com essa organização, a produção de soja em 2009, segundo dados do IBGE, ocorreu em 247 microrregiões brasileiras. A partir da distribuição da produção de soja em 2009, foi calculado o coeficiente de Gini. Este coeficiente é comumente utilizado para medir o grau de concentração (distribuição) de renda em determinado grupo, mas pode ser usado para qualquer distribuição, como por exemplo, de produção. Numericamente, varia de 0 (zero) a 1 (um), onde 0 corresponde à completa igualdade na distribuição e 1 corresponde à completa desigualdade, no qual uma microrregião é responsável por toda a produção. O valor do coeficiente de Gini obtido, por estudo da Embrapa, foi de 0,816, mostrando que há uma grande desigualdade na distribuição da produção de soja no Brasil.
Concentração A Embrapa organizou as 247 microrregiões em ordem crescente de produção e classificou-as em quatro quartéis (entidades geográficas), onde cada quartel representa 25% da produção total do Brasil. O primeiro quartel (Q1), com 201 microrregiões, o segundo (Q2) com 28 microrregiões, o terceiro (Q3) com 14 microrregiões e o quarto (Q4) com quatro microrregiões. Em outras palavras, apenas quatro microrregiões (Q4) são responsáveis por 25% de toda produção de soja brasileira. Todas as quatro microrregiões do Q4 estão concentradas no Centro-Oeste. Ao somarmos essas quatro microrregiões com as 14 do terceiro quartel (Q3), temos 18 microrregiões responsáveis por 50% da produção de soja em 2009, no Brasil.
Escoamento Verifica-se que os modais de transporte, contemplados no PNLI, poderão beneficiar o escoamento de grande parte da produção de soja do Centro-Oeste do país. Com melhorias das condições de trafegabilidade da BR-163, que corta a região Centro-Oeste de norte a sul, e a sua ligação com a BR-262 e a BR-267, além da ligação com as ferrovias Maracajú – Mafra, Lucas do Rio Verde – Uruaçu e Rio de Janeiro - Campos - Vitória, entre outras, contribuirá para o escoamento da produção através do estado de São Paulo, e portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), Barra do Furado (RJ) e Vitória (ES). Demandas de organizações privadas também são consideradas no estudo, como a do movimento Pró-Logística que partiu da iniciativa dos produtores de soja e milho do Mato Grosso (Aprosoja) e demanda junto ao governo estadual projetos de infraestrutura de transporte e logística. O movimento Pró-Logística, contempla principalmente a inversão no caminho do escoamento da produção de soja, em direção aos portos da região Norte do país. Com a intenção de diminuir as viagens de transporte, torná-las mais rápidas e seguras, traduzindo em menor custo de frete até os portos, descongestionando, desta forma, os portos do Sul e Sudeste. Entender estas relações é estratégico e ajuda nosso país a se consolidar como potência no agronegócio mundial.
VANTs
VANTs
Multirotores ou Asa Fixa? Onde aplicá-los?
Marcio Polanski Engenheiro Florestal formado pela Universidade Federal do Paraná - Especialista em Sensoriamento Remoto. Há 14 anos exerce o cargo de Diretor Geral da empresa Softmapping – Engenharia Ltda., que atualmente desenvolve VANTs para diversas aplicações na área de geotecnologia marcio@softmapping.com.br
Eduardo Reginato Lavratti Programador - Especialista em Micro Eletrônica de Sistemas Embarcados – UAV/VANT na Propeller Aerials Brasil. Há cinco anos exerce o cargo de Diretor Operacional da empresa que atualmente desenvolve VANTs para diversas aplicações na área de geotecnologia agressiva@hotmail.com
Nos ramos florestais e cartográficos já não é mais novidade que o advento dos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), aliados ao avanço tecnológico das câmeras digitais de pequeno formato, representam uma grande revolução no mercado da geotecnologia. É fato que o setor de VANTs está em pleno crescimento no Brasil, pois inúmeras notícias são propagadas diariamente, principalmente no que concerne à utilização na área de defesa, segurança e meio ambiente. Segundo relatos da empresa americana TealGroup, que analisa o mercado aeroespacial, as despesas com aeronaves controladas remotamente deverão dobrar nessa próxima década, saltando de 5 bilhões de dólares para 11 bilhões em todo o mundo. Em 2020, cerca de 50 países, incluindo o Brasil, investirão juntos mais de 94 bilhões de dólares nessa tecnologia, estima o relatório. O tipo de equipamento que se pretende desenvolver tem uma estreita correlação com as suas principais aplicações, onde os investimentos podem variar de 25 a 500 mil reais, até os VANTs de grande porte que pode chegar a milhões de reais. No desenvolvimento dessa tecnologia, é muito importante definir de forma clara os objetivos e finalidades do uso, focando em três pontos principais: • Defesa e Segurança; • Inspeção e Monitoramento Aéreo; ou • Cartografia. Uma vez definida a área de atuação, os VANTs devem ser estruturalmente construídos levando-se em consideração os tipos de equipamentos e componentes que serão embarcados para que possa atender as mais diversas situações ambientais a que serão submetidos. Por exemplo, o uso de VANTs multirotores esbarra muitas vezes na baixa autonomia das baterias e capacidade de carregamento de peso (payload) que o impede de atingir o recobrimento de grandes áreas. O uso mais adequado, nesse caso, deve ser voltado para o monitoramento ambiental ou inspeções aéreas pontuais nas áreas de segurança ou geração de energia.
Multirotor no Monitoramento Ambiental
Por outro lado, os VANTs denominados de Asa Fixa possuem uma autonomia superior de voo e maior capacidade de carregamento de peso em virtude do seu tamanho e conceito estrutural. As diferenças conceituais desses equipamentos puderam ser testadas na prática
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pela empresa Softmapping, quando lançou em 2010 seu primeiro equipamento na Feira Top Innovation, promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), denominado Hexacóptero HMP-I, composto por seis hélices, seis motores, GPS e câmera digital de 12 Mp. Esse equipamento foi concebido inicialmente para o mapeamento de grandes áreas florestais, entretanto, por conta da sua baixa autonomia, seu uso foi restrito ao monitoramento ambiental e inspeção aérea de postes e torres de linhas de distribuição de energia, além de filmagens para grandes eventos no setor florestal. Para restabelecer o conceito inicial na área de mapeamento, foi desenvolvido um novo equipamento com dois metros de envergadura, com materiais que possuem dois componentes com propriedades físicas e químicas nitidamente distintas. Os materiais compósitos mantém suas características, porém quando misturados eles formam um composto com propriedades impossíveis de se obter com apenas um deles, a exemplo entre os metais e polímeros, utilizados na construção do SmartBird X-200 de propriedade da Softmapping. A aplicação desses materiais é uma realidade, hoje, nas indústrias de ponta, com destaque no segmento aeronáutico e aeroespacial. Diversos projetos já foram desenvolvidos considerando-se suas propriedades, tais como: F-18 e F-22 no segmento militar; e Airbus 380 e Boeing 787 no segmento civil.
A versatilidade do equipamento multirotor pôde ser comprovada no desastre ambiental ocorrido em 2010 nas cidades de Antonina, Morretes e Paranaguá, no estado do Paraná, causado pelas fortes chuvas no período, onde foram constatados diversos deslizamentos de encostas, principalmente na região urbana de Antonina. Naquele momento foram feitos vários vídeos e fotos aéreas utilizando um VANT multirotor nos locais mais críticos de difícil acesso e com perigo eminente de deslizamentos das encostas e desmoronamento de
edificações. Todo o material foi disponibilizado para a Defesa Civil do Paraná, bem como para Mineropar, para estudos de fissuras no solo e avaliação das áreas de risco.
Naquela ocasião, o Hexacóptero HMP-I sobrevoou cerca de 20 locais atingidos pelas chuvas, com alturas que variaram entre 50 e 200 metros. As missões tinham duração de 15 minutos cada uma, sendo o equipamento embarcado com câmera de vídeo, GPS, sistema de vídeo em tempo real e demais sensores de alta tecnologia. Em relação à segurança, os sobrevoos foram comandados via rádio controle e acompanhados por técnicos da Defesa Civil e da Mineropar, presentes no local. Outro exemplo de aplicação dos VANTs multirotores pode ser o sobrevoo em áreas sujeitas a inundação. Hoje, as cidades vêm passando por sérios problemas relacionados às enchentes. Vários são os motivos, mas pode-se dizer que o principal agente causador de uma cheia é o homem, através da ocupação indiscriminada das áreas de várzea. O mapeamento completo dessas áreas sujeitas a inundação é fundamental para que a Defesa Civil estadual possa, em conjunto com as Defesas Civis municipais, desenvolver plano emergencial para minimizar as consequências dos alagamentos que podem, na maioria das vezes, causar danos irreparáveis, com a perda de vidas humanas.
Dependendo do tipo de serviço a ser realizado, esse equipamento pode ser programado para decolar e pousar em locais de difícil acesso, pois é comandado por um moderno sistema de navegação via GPS, através da inserção e programação de waypoints.
Multirotor na Inspeção Aérea Este é mais um caso particular da aplicação dos VANTs multirotores. O setor de geração de energia está buscando, no mercado, novas ferramentas para subsidiar a inspeção aérea, seja em postes de distribuição de energia ou torres de transmissão. Em 2011, a empresa Softmapping assinou um contrato com a Elektro, de São Paulo, para realização de um projeto piloto que tinha como principal objetivo a inspeção em 20 quilômetros de linha de distribuição de energia no município de Atibaia. Esse MundoGEO 70 | 2012
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projeto fez parte da política de inovação tecnológica da empresa para garantir um padrão de excelência em seus processos gerenciais. Nesse mesmo ano, a Softmapping foi contratada pela Eletrosul para fiscalizar elementos estruturais em 70 torres de transmissão localizadas próximo a cidade de Joinville (SC). Em 2012, um novo projeto piloto foi elaborado junto à empresa Ampla – Grupo Endessa Brasil, sediada em Niterói (RJ). Foram fiscalizados 146 postes a partir da tomada de imagens digitais em diversos ângulos de interesse da equipe de inspeção terrestre.
Por que utilizar os VANTs de Asa Fixa? Com baterias de alta densidade de energia, que permitem longo alcance e baixo consumo, micro dispositivos de rádio, fuselagens, motores e poderosos micro-processadores, os VANTs de Asa Fixa se tornaram aplicáveis em diversas circunstâncias na área do sensoriamento remoto, mapeamento, monitoramento de tráfego para fins de pesquisa, salvamento, etc.. Por serem equipamentos leves feitos de materiais compósitos, sua construção é complexa e de difícil operação. A maior parte deles pode ser operado por uma ou duas pessoas e até mesmo serem lançados por uma só pessoa. Entretanto, os VANTs de pequeno porte são projetados para voar em baixa altitude - normalmente menos de mil metros para fornecer uma estreita observação dos objetos terrestres. Segundo estudos recentes, na prática, uma boa altura de voo para o uso de VANTs de pequeno porte deve ser de no máximo 500 metros.
O SmartBird X-200, projetado e construído pelo engenheiro Eduardo Lavratti, associado à empresa Softmapping, possui sistema de piloto automático, indispensável para executar com êxito tarefas com baixa altitude para fins de mapeamento cartográfico. Com dois metros de envergadura, o SmartBird X-200 foi construído com material compósito que permite maior resistência, leveza e durabilidade.
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Possui uma autonomia de voo entre 40 e 50 minutos, dependendo das condições atmosféricas locais. Em função de sua área alar, permite maior estabilidade de voo, gerando imagens verticais de alta qualidade, necessárias para a construção de mosaicos ortorretificados georreferenciados. A operação do sistema tem início com a elaboração do plano de voo sobre a área de interesse. Em função da altura de voo, calcula-se a distância entre faixas, isto é, mantendo-se um recobrimento lateral de 40% entre elas. O recobrimento longitudinal é calculado com base no tempo entre os disparos da câmera que normalmente gira em torno de 70 a 80% de recobrimento entre imagens. Uma vez checados todos os parâmetros de voo na estação em terra, dá-se início à decolagem que é feita a partir de um sistema denominado “bungee”, que permite ao VANT maior capacidade de empuxo na decolagem. Ao atingir uma altura de aproximadamente 30 metros, o operador aciona o “piloto automático” e, a partir daí, toda missão é realizada de modo autônomo até o recobrimento total da área. Exemplos de produtos finais são mosaicos ortorretificados e georreferenciados, Modelos Digitais de Elevação (MDE) e mapas temáticos do uso da terra. No exemplo a seguir demonstra-se uma área de 16 quilômetros quadrados, localizada em General Carneiro (PR), sobrevoada em duas missões de uma hora cada, com altura de 300 metros que resultou num produto com cinco centímetros de resolução geométrica e MDE com equidistância de cinco metros. Esse projeto faz parte de um contrato assinado entre as empresas Softmapping e VPC/Brasil, empresa contratada para realização do mapeamento do uso do solo em diversos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em todo o Brasil.
TOPOCARD
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Geoincra
Norma de Execução 105/2012 Nova Metodologia de Análise de Certificação pelo Incra
O Roberto Tadeu Teixeira Engenheiro Agrimensor - Incra , Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, formado pela FEAP-SP, Professor do Curso de Pós Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais – disciplina de Normas e Legislação aplicada ao Georrreferenciamento de Imóveis: Universidade Regional de Blumenau; Fundação Educacional de Fernandópolis; e União Educacional do Norte – Rio Branco. Professor do Curso Legeo- Legsilação e Georreferenciamento da Universidade Santiago & Cintra (www. unisantiagoecintra. com.br). Integrante da equipe técnica que elaborou a Norma de Georreferenciamento de Imóveis Rurais do Incra robertotadeuteixeira@ gmail.com
+Info www.incra.gov.br
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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) emitiu, no dia 26 de novembro, uma importante Norma de Execução, a NE105/2012, que altera radicalmente os procedimentos de análise dos processos de certificações já protocolados como também para os novos. Com esta nova Norma de Execução, fica revogada Norma de Execução NE 96/2010. As mudanças são bastante significativas tanto na análise cadastral quanto na análise cartográfica, as quais comentaremos a seguir: Capítulo I Do Cadastro do Imóvel “O servidor responsável pela análise conferirá somente se o código do imóvel informado no memorial descritivo consta da base de dados do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR). Se o código não estiver na base do SNCR, o requerimento será indeferido. Nos casos de desmembramento ou remembramento de imóvel rural, se o código não estiver presente no memorial descritivo, o servidor responsável pela análise deverá promover a sua inclusão no SNCR, desde que a documentação contida no processo admita essa possibilidade. Caso não haja a possibilidade de inclusão, o requerimento” será indeferido. Comentário: Isso significa que, se o proprietário informou ao profissional o código errado e este mencionou nas peças técnicas este código, o que é muito comum acontecer, pois o profissional não tem o devido cuidado de checar se o código está correto, se consta na base de dados do SNCR, se pertence realmente ao imóvel objeto da certificação, e constatado pelo analista qualquer irregularidade no código o processo será indeferido. No caso de desmembramentos, remembramentos, onde o imóvel não tem código, o profissional deverá inquestionavelmente anexar ao processo os documentos necessários (matrículas, escritura de compra e venda, etc.) para que o Incra proceda a devida inclusão cadastral e atribua um código ao imóvel. Se estes documentos não estiverem no processo, o requerimento será indeferido. Capítulo II Da Análise Cartográfica “A análise cartográfica restringir-se-á ao atendimento do § 5°do art. 176 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, ou seja, será verificado se a poligonal objeto do memorial descritivo não se sobrepõe a nenhuma
outra constante do cadastro georreferenciado do Incra e que o memorial atende às exigências técnicas. Somente serão utilizados na análise os seguintes documentos, dispensando-se os demais constantes do processo: a) O memorial descritivo em meio analógico devidamente assinado por profissional habilitado; e b) O arquivo digital que contenha o polígono que represente os limites do imóvel rural, doravante denominado “perímetro limpo”. Comentário: Cabe esclarecer que toda a documentação técnica e legal, que deve constar no processo, não sofreu qualquer alteração. São exatamente as mesmas exigidas na Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) do Incra, em vigor. A mudança imposta pela NE 105 está apenas no procedimento de análise dos processos pelo Incra, como por exemplo as análises de confrontações da planta para verificar se o profissional respeitou o conceito de imóvel rural estabelecido no Estatuto da Terra, Lei 4504/64 e a Lei Agrária Nacional, Lei 8629/93; a precisão obtida no transporte de coordenadas, que antes eram conferidas através do Posicionamento por Ponto Preciso (PPP), disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não será mais conferido pelo Incra, a elaboração da planta e memorial descritivo, se atende ao estabelecido na NTGIR, etc., ou seja, a responsabilidade pelo fiel cumprimento da Norma Técnica é totalmente do credenciado. Também não será mais observada a questão do limite de excesso de 10% da área medida em relação à registrada, ficando essa responsabilidade delegada aos profissionais e aos Cartórios de Registro de Imóveis. 1.Sobreposição O cadastro georreferenciado do Incra seguirá hierarquia quanto à precisão dos polígonos que o compõe, denominadas de classes, na seguinte forma: a)Classe 1: composta pelos polígonos já certificados e presentes na base de dados do Incra; e b)Classe 2: polígonos somente georreferenciados (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Assentamentos Rurais, Terras Públicas, Territórios Quilombolas, entre outros). O servidor responsável pela análise verificará se o “perímetro limpo” coincide com o memorial descritivo, comparando o valor das coordenadas de três
vértices de escolha aleatória, e também o valor da área e do perímetro constante no “perímetro limpo” com aquele apresentado no memorial descritivo. Caso o “perímetro limpo” não permita a análise do perímetro definido no memorial descritivo, deverá ser tentada uma das alternativas abaixo: a) Exclusão de camada do arquivo que contenha a planta digital completa a fim de se obter o perímetro limpo; ou b) A partir da planilha de cálculo analítico de área representar em formato vetorial a fim de se obter o perímetro limpo. Caso as duas alternativas não sejam passíveis de aplicação, o requerimento será indeferido. Comentário: Ë muito importante o profissional atentar para este item, elaborando a planta corretamente, apresentado o perímetro “limpo” devidamente “fechado” e a planilha de cálculo analítico da área, sob pena de arquivamento do processo. Capítulo IV Da Notificação Nos casos de indeferimento do requerimento, o servidor responsável pela análise notificará o requerente e o profissional credenciado, uma única vez, informando todas as inconsistências encontradas. A notificação será enviada por correio eletrônico e por carta registrada. O requerente terá até 60 dias, a contar da data de recebimento da carta registrada, para manifestar-se, sob pena de arquivamento. A manifestação deverá sanar todas as
inconsistências apontadas, sob pena de arquivamento. Somente será admitida mais de uma notificação quando houver falha administrativa na notificação anterior. Comentário: É muito importante o profissional atender plenamente a notificação do Incra. Não será emitida pelo Incra nova notificação. Caso o profissional não atenda todos os itens da primeira notificação, o processo será indeferido. Capítulo V Disposições Finais A certificação da poligonal objeto do memorial descritivo pelo Incra não implicará reconhecimento do domínio ou a exatidão dos limites e confrontações indicados pelo proprietário, bem como não dispensará a qualificação registral, atribuição exclusiva do oficial de registro de imóveis. O requerente e o profissional credenciado são responsáveis por todas as informações prestadas, inclusive pelas inconsistências que por acaso vierem a ser detectadas na poligonal certificada e por eventuais prejuízos causados a terceiros. Comentário: É muito importante que o profissional tenha pleno conhecimento da Norma Técnica para Georreferenciamento do Incra e de toda a legislação afeta à Certificação, pois com essa nova metodologia de análise pelo Incra, a responsabilidade do profissional ficou ainda maior, lembrando que o mesmo responde no âmbito administrativo, civil e criminal pelo seu trabalho.
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Passo a Passo
Por dentro do Google Earth – Parte 1
Veja como tirar proveito das funcionalidades da opção gratuita do Google Earth Arlete Aparecida Correia Meneguette Engenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp Campus de Presidente Prudente arletemeneguette@gmail.com
Nesta série de tutoriais você verá, na primeira parte, como tirar o máximo de proveito da versão gratuita do Google Earth. A segunda parte terá como tema o Google Earth Pro. O Google Earth pode ser obtido gratuitamente em http://ning.it/QVWyVG. Dois formatos de arquivos são os mais utilizados para exibir dados geográficos no Google Earth: o KML e o KMZ. A diferença entre eles é que os arquivos KMZ são compactados, semelhantes aos arquivos ZIP.
Como obter arquivos KML e KMZ?
Para obter conteúdo oficial e confiável para exibir no Google Ea rth, entre no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em http://ning.it/TW1h6E, e escolha malhas_digitais->censo_2010-> setores_censitarios_kmz. A escala é compatível com 1:250.000 sem supressão de pontos, estando em coordenadas geográficas e referenciadas ao Sirgas2000, portanto, compatíveis com o Google Earth que adota o WGS84. Há arquivos para cada estado brasileiro e no caso do estado de São Paulo há um KMZ para a Capital e outros para as regiões do estado (Norte, Central, Sul, Leste e Oeste). Para exemplificar o procedimento, salve em seu computador o arquivo “35-SP_Regiao_Oeste.kmz”, que contém o município de Presidente Prudente.
linhas amarelas. No painel à esquerda da tela, arraste o arquivo KMZ de “Lugares temporários” para “Meus lugares” na pasta “Arquivos KML e KMZ do IBGE”. Expanda a pasta contendo os municípios da região oeste do Estado de São Paulo. Observe que o nome de cada município está associado a uma subpasta.
Como salvar nos formatos KML ou KMZ?
Desabilite todas as subpastas de todos os municípios e exiba somente a de Presidente Prudente. Vamos agora demonstrar como gerar um arquivo KML ou KMZ a partir dos dados já disponíveis em “Meus lugares”. Clique com o botão direito do mouse sobre o nome desse município na lista e escolha “Salvar lugar como”. Salve o arquivo como “Presidente_Prudente” e escolha o formato: KML ou KMZ. Outra maneira de compartilhar dados geográficos é clicando em “Enviar por email” (mas automaticamente será enviado um arquivo KMZ).
Como exibir os arquivos?
No Google Earth, há duas opções associadas com “Lugares”, uma delas é “Meus lugares” e a outra é “Lugares temporários”. Clique com o botão direito do mouse em “Meus lugares”, note que será aberto um menu com opções. Clique em Adicionar->Pasta. Na janela flutuante que se abre, digite o Nome da Pasta: “Arquivos KML e KMZ do IBGE”. Em Descrição digite “Fonte: http://www.ibge.gov.br/ home/download/geociencias.shtm”. Clique em OK. Observe que, agora, abaixo de “Meus lugares” aparece a pasta recém criada, embora no momento não haja conteúdo nessa pasta. Clique em Arquivo->Abrir. Indique o caminho onde você salvou o arquivo KMZ obtido no site do IBGE. Clique sobre o nome do arquivo que deseja abrir (exemplo: “35-SP_Regiao_Oeste. kmz”). Os dados vetoriais serão exibidos sobre a imagem de satélite no visualizador 3D, sendo que os setores censitários são mostrados como
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Como recuperar atributos? Exiba as subpastas de Presidente Prudente e observe que há inúmeros polígonos associados aos setores censitários (urbanos e rurais). O geocódigo do estado de São Paulo é 35 e o do município de Presidente Prudente é 3541406, sendo que esse município é dividido em distritos, um dos quais é denominado Presidente Prudente (sede do município). Os setores censitários urbanos 354140605000093 e 354140605000094 estão associados com a Unidade Espacial de Planejamento UEP2-S.3 e neles está inserido o campus da Unesp da Presidente Prudente. Para recuperar esses atri-
butos no Google Earth basta clicar no visualizador 3D dentro do polígono do setor censitário, mas, para tanto, é preciso saber a localização do setor. Esta técnica é conhecida como consulta por apontamento, que pode ser feita também clicando no nome ou número do setor censitário no painel da esquerda. Para exemplificar, desabilite todos os polígonos, habilite somente a caixa de seleção correspondente ao setor censitário 354140605000094 e note que o polígono é exibido na tela. Agora, clique na imagem de satélite dentro do polígono do setor censitário e veja uma caixa contendo atributos alfanuméricos.
Por outro lado, quando não se sabe a localização do setor, mas se conhece o geocódigo, é possível usar o recurso “Localizar”, bastando informar o número do setor censitário (por exemplo: 354140605000094).
Alterando propriedades dos dados vetoriais
Para alterar a aparência do polígono, clique com o botão direito do mouse no nome do setor censitário urbano 354140605000094 e escolha a opção Propriedades. Clique na aba Estilo/Cor e em Área altere o estilo para Sólido+circunscrito. Se desejar, altere também a cor de preenchimento do polígono e a porcentagem de opacidade. Clique em OK.
Você poderá seguir o mesmo procedimento para qualquer outro município brasileiro que conste na listagem disponibilizada no site do IBGE. MundoGEO 70 | 2012
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Modelagem 3d
Realismo Fantástico Nuvens de pontos por fotografias e modelos densos em 3D
Fabricio Pereira Barbosa Engenheiro Cartógrafo formado pela UFPR, MBA em Gestão de Negócios pela ESIC Business & Marketing School, Sócio-Diretor da Incarta Engenharia e Consultoria Ltda, Consultor em Geotecnologias e Professor de Geomarketing fabricio@incarta.com.br
Há que se destacar que não são somente os laser scanners que produzem nuvens de pontos, e a geração por meio de fotografias está ganhando espaço de forma muito rápida 44
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Nos últimos anos, a inovação tecnológica tem sido um diferencial importante na vida das empresas e das pessoas. Esse avanço da tecnologia, nas suas mais diferentes formas, dificilmente seria imaginado há 10 ou 15 anos para o usuário comum. Uma das áreas beneficiadas por esse progresso é a de cartografia/mapeamento/geomática, uma vez que a inovação tem sido um importante fator de alavancagem de novos negócios. Entre as muitas técnicas inovadoras que surgiram, destaca-se o levantamento por nuvens de pontos, as famosas point clouds, sendo a tecnologia Lidar a mais conhecida e já consagrada como laser scanning. Essa forma de levantamento, seja terrestre ou aéreo, tem sido amplamente utilizada nas mais diversas áreas da engenharia e a cada dia surgem abordagens inéditas. Contudo, há que se destacar que não são somente os laser scanners que produzem nuvens de pontos, e a geração por meio de fotografias está ganhando espaço de forma muito rápida. A geração das nuvens de pontos é feita através da correlação de pixels nas imagens, utilizando técnicas avançadas de fotogrametria. Num primeiro momento, é produzida uma nuvem de pontos esparsa, usada para determinar os parâmetros de orientação das fotos, ou seja, as coordenadas XYZ e os ângulos de atitude ômega, phi e kappa. Soma-se a isso a informação da cor do ponto, formando, assim, uma nuvem de pontos em 4D. Além disso, a nuvem de pontos esparsa é usada para determinar e refinar os parâmetros de calibração das câmeras, cuja base será o conjunto de imagens. Após esse processo, inicia-se a produção de um modelo denso, em que é criada uma malha (mesh), realizando a varredura pixel a pixel nas imagens, fazendo a renderização e, posteriormente, criando texturas a partir das fotografias tiradas de diversos ângulos. Tal técnica não tem sido ignorada pelos gigantes da tecnologia. A Intergeo 2012, realizada na Alemanha, apresentou os novos avanços da área e a oferta de produtos e serviços relacionados a ela se expandirá muito rapidamente, devido ao realismo apresentado. Nokia, Google, Apple, Microsoft e Autodesk são algumas das empresas que estão apostando muito alto nessa tecnologia como forma de inovação de produtos e serviços.
A Nokia investiu pesado e saiu na frente, com o Nokia Maps 3D, cujo realismo das texturas das cidades apresenta detalhes impressionantes. Já a Google, em setembro, ampliou a disponibilidade de imagens com vista lateral de 45° para mais locais, que formarão a nova base das cidades em 3D incluídas no Google Maps em um futuro próximo. A Microsoft, por sua vez, lançou através da sua subsidiária Vexcel a plataforma Geosynth, para formação de modelos 3D georreferenciados, e deve anunciar, em breve, novos serviços usando essa tecnologia, enquanto a Apple comprou a C3 Technologies, que detém essa tecnologia, e também disponibilizará modelos em 3D, tendo confirmado recentemente que tem enviado aviões para fotografar várias cidades usando a tecnologia “spy-on-the-sky”, com altíssima resolução de imagens. A Autodesk não fica atrás e lançou recentemente a plataforma 123D Catch, focando basicamente na modelagem de pequenos objetos. Com a popularização dos tablets e smartphones, há certamente uma corrida para ver quem consegue oferecer os mapas mais realistas possíveis para uso com a realidade aumentada. Dessa forma, amplia-se a possibilidade de novas abordagens de marketing com uso da realidade virtual. Isso se traduz em modelos digitais de elevação altamente realistas, com um detalhamento que somente o laser scanner disponibilizava. Uma das vantagens disso é que em um mesmo sobrevoo é possível gerar o Modelo Digital de Elevação (MDE) e também as ortofotos, agregando valor ao produto/serviço prestado.
Longe do lugar comum... Um ponto importante é que a técnica de tomada de fotografias foge do formato clássico de fotogrametria pois, além das fotografias verticais, há a necessidade de fazer as fotografias inclinadas, com maior sobreposição, voando mais baixo e mais lentamente, justamente para que a modelagem adquira o realismo necessário. Além das fotografias aéreas, outro uso desta técnica que está aumentando imensamente é o das fotografias terrestres a curta distância e, neste caso, sem a necessidade de mais de uma câmera operando simultaneamente. A técnica tem sido utilizada para registro de fachadas de edificações com fins históricos, de
ra da rodovia e também por órgãos ambientais para visualizar e analisar a extensão do desastre. Recentemente, foi feito o levantamento de uma indústria na região de Campinas, desta vez numa parceria entre a Incarta e a empresa Aerofoto que, ao longo do último ano, tem aperfeiçoado a técnica de tomada dessas fotografias utilizando um helicóptero em voos a 300 metros acima do solo. Outros projetos importantes da empresa incluem o registro de fachadas de prédios, estátuas e objetos históricos para arquivamento. A tecnologia avança muito rapidamente, proporcionando novas formas de produzir dados, analisá-los e gerar informação, o que é, em essência, a função da cartografia. Quem ganha com as abordagens descobertas todos os dias é o consumidor final, que obtém dados com mais qualidade e agilidade.
A tecnologia avança muito rapidamente, proporcionando novas formas de produzir dados, analisá-los e gerar informação, o que é, em essência, a função da cartografia
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taludes de rodovias para visualização de deslizamentos, de frentes de mineração para analisar o corte e a estrutura das rochas. Se um objeto pode ser fotografado de modo circular, com visada em todos os lados, pode-se reconstruí-lo integralmente com altíssima resolução. O comparativo com o laser scanner “tradicional” revela que ambas as tecnologias têm vantagens e desvantagens. O laser scanner ainda é um pouco mais acurado, ao passo que as fotografias exigem cuidados técnicos específicos em sua tomada, evitando ao máximo áreas de desfoque. Contudo, com o avanço da resolução das câmeras DSLR, principalmente da Canon e da Nikon, que acaba de lançar a D800, com 36 megapixels efetivos, a tendência é que as fotografias igualem em precisão e acurácia o laser scanner. O laser scanner tem a vantagem de penetrar em áreas com vegetação densa, enquanto as fotografias fazem a varredura do que é visto, ou seja, em cima das árvores. Em compensação, a utilização das fotografias produz o modelo denso (dense mesh) com as cores dos pontos; outra vantagem diz respeito à utilização das texturas das fotografias, sendo esse um fator muito importante para a análise de estruturas e objetos. Como demonstram as imagens ilustrativas desta matéria, esta tecnologia está disponível no Brasil, sendo ativamente usada pela Incarta Engenharia e Consultoria em projetos de modelagem em 3D e para mapeamento, seja aéreo ou terrestre. Um dos primeiros projetos para mapeamento feito pela empresa com esta técnica foi o levantamento da comunidade de Floresta, em Paranaguá, no litoral do Paraná, que no início do ano de 2011 foi vítima de um deslizamento em decorrência de fortes chuvas. As fotografias e o modelo digital de terreno em alta resolução foram usadas pela concessionária administrado-
AU Brasil
São Paulo recebe a 2ª edição do Autodesk University Brasil se consolida como ponto de encontro entre designers, engenheiros, arquitetos e projetistas, num evento que reúne as principais soluções para design e infraestrutura
O Brasil vive um momento de retomada dos mega projetos de engenharia, e o BIM pode trazer benefícios já desde as fases iniciais até a elaboração e comunicação dos projetos conceituais
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lhando cada vez mais para o potencial do mercado tecnológico da América Latina, a Autodesk realizou em São Paulo (SP), no dia 9 de outubro, o Autodesk University Brasil (AU Brasil 2012). O evento, que existe há 19 anos nos Estados Unidos, passou a ser realizado no Brasil desde o ano passado por conta do bom momento do país no cenário global e pela demanda de capacitação tecnológica como impulso para tornar empresas mais competitivas. Com o tema “Aprenda, Conecte-se, Explore”, o AU Brasil 2012 aconteceu durante todo o dia no Sheraton WTC, e ofereceu treinamentos com os mais recentes softwares de design e projetos da companhia - que neste ano completa 30 anos -, além de certificação gratuita e eventos sobre animação digital, infraestrutura, inovação e colaboração móvel, plantas industriais e programação e customização, para quase 2 mil designers, engenheiros, arquitetos, projetistas, estudantes e artistas digitais. Segundo o Vice-Presidente Steve Blum, a missão da Autodesk é democratizar a tecnologia para design, fornecendo ferramentas para que os mais de 10 milhões de usuários possam solucionar grandes desafios e problemas do mundo. Segundo o executivo, o momento tecnológico atual está passando por uma grande mudança, sustentada por três pilares: “Cloud, Mobile and Social”. Ou seja, a computação passa cada vez mais a ser utilizada nas nuvens, em meios móveis e para fins sociais, com compartilhamento e conectividade. Divulgação
Por Alexandre Scussel
Martín Moreno, Diretor para a América Latina, analisa o momento atual do Brasil e as possibilidades geradas pelos mercados emergentes: “Os primeiros países escolhidos para a realização do evento da Autodesk, fora dos Estados Unidos, foram a China e o Brasil”. Segundo o executivo, o sucesso e o grande número de participantes estimulam a realização do evento em outros países. “Identificamos no Brasil grande potencial dentro da América Latina, assim também como o México, e estamos com planos de investir por três anos nestes países. Atualmente, vemos muitas companhias brasileiras indo para o exterior, e a Autodesk fornece as ferramentas para o desenvolvimento de novos projetos no Brasil e no mundo”. Patrick Williams, Vice Presidente Sênior de Mercados Emergentes, destacou a importância dos mercados emergentes para a Autodesk. “Hoje, estes mercados representam 17% da receita total da companhia, e 37% das licenças adquiridas, e este número deve subir no próximo ano. Estamos investindo nesses mercados e nos estudantes que vêm desses locais”, afirmou. Em relação a este assunto, Blum afirmou que um dos objetivos atuais da Autodesk é introduzir a tecnologia de design e modelagem para estudantes. “Nossos planos de educação para o Brasil fazem parte da estratégia global da Autodesk, fazendo com que estudantes tenham acesso a esta tecnologia o mais cedo possível”. “O AU este ano foi formidável, pois consolidou a nossa expectativa em realizar um evento de qualidade no Brasil, onde pudéssemos nos encontrar com nossos clientes, desde usuários finais a gestores e diretores de pequenas, médias e grandes empresas, a fim de conhecê-los melhor e oferecer um ambiente de aprendizado, troca de experiências, sessões e palestras técnicas, com casos concretos de aplicação de nossas tecnologias”, afirmou Fábio Gomes, Engenheiro da Autodesk Brasil.
GIS e projetos inteligentes
Steve Blum, Vice-Presidente da Autodesk
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O setor geoespacial, há alguns anos, vem observando uma demanda cada vez maior por ferramentas e aplicações em três dimensões, para pro-
trazer mais transparência às contratações de empresas, que deverão entregar os projetos de engenharia adaptados ao BIM.
Parceria e webinars O MundoGEO realizou em 2012, em parceria com a Autodesk, três seminários online que demonstraram as novas maneiras de gerenciamento e elaboração de projetos inteligentes. Em agosto, a comunidade geoespacial pôde conhecer o conceito e a diferença entre BIM e GIS, em um webinar que demonstrou para quase 900 pessoas o real potencial de implementação das soluções BIM, aliado à informações GIS, para elaborar e analisar projetos de forma inteligível. Em setembro, o seminário “Planejamento e Projeto Conceitual com BIM e GIS” apresentou como os dados das soluções em CAD, GIS, BIM e Raster podem ser integrados para criar rapidamente modelos que retratam de forma mais realista o ambiente local, com auxílio da solução Infrastructure Modeler, contribuindo para a tomada de decisão. O terceiro webinar da série abordou, em outubro, os desafios de implementar soluções para cadastro e gerenciamento de redes de infraestrutura, em uma solução que traz modelos pré-definidos de rede elétrica, água, esgoto e gás, podendo ser customizada para qualquer outro tipo de rede ou entidades. Ao todo, nos três seminários online, foram 4278 inscritos e 1915 participantes de várias partes da América Latina, além de Espanha e Portugal. Segundo Fábio Gomes, apresentador de dois dos seminários online, “é muito importante a parceria com a MundoGEO, pois nos ajuda a ajustar nossa linguagem para comunidade de geoprocessamento e geomensura. Além disso, nos ajuda a transmitir o quanto estamos engajados em oferecer ferramentas e processos que têm transformado, para melhor, o modo como os empreendimentos de engenharia, dos mais diversos setores, têm sido realizados”. Márcio Pinto, Gerente de Marketing da Autodesk no Brasil, ressalta que a tecnologia da informação como um todo, e os sistemas geograficamente inteligentes, estão permeando a vida das empresas e das pessoas nos mais diversos setores e aplicações. “Neste aspecto, a MundoGEO tem sido uma grande parceira da Autodesk no Brasil e na América Latina, para disseminar as possibilidades das nossas tecnologias dentro do universo de aplicações da geoinformação”, afirmou. Divulgação
Divulgação
mover a visualização e consequente gestão eficaz de recursos, permitindo a elaboração de projetos de forma mais rápida, econômica e com menor impacto ambiental, por exemplo. Visando atender este mercado, várias sessões do AUBrasil focaram na mobilidade, colaboração e nos conceitos de Big Data e Cloud Computing, estas que são as mais recentes e fortes tendências motivadoras de mudanças tecnológicas atualmente. Nesta perspectiva, foi apresentado o Autodesk Infrastructure Modeler, ferramenta para visualizar sistemas de informações geográficas e dados de projeto. Segundo o engenheiro James Wedding, em entrevista exclusiva à revista MundoGEO, as informações geográficas vêm sendo cada vez mais acessadas por pessoas de vários setores. “Dados GIS de várias escalas vêm sendo amplamente utilizados, e todos estes ‘terabytes’ de informações necessitam de grande esforço para serem aplicados e visualizados de maneira eficaz. O Infrastructure Modeler é uma forma de apresentar dados GIS, classificando e mostrando os dados aos cidadãos de forma inteligível. Isto facilita o entendimento das pessoas e mostra, em forma de mapas e vídeos por exemplo, a melhor maneira de investir em infraestrutura, para todos entenderem o mundo como ele é realmente”. Gomes afirma, ainda, que o conceito do GIS 3D não é uma novidade já há um bom tempo, e que sua maior inovação está na capacidade de permitir que projetos de engenharia sejam elaborados de forma georrefenciada desde sua concepção e analisados no contexto onde serão construídos, através do uso de produtos obtidos das geotecnologias, desde as mais tradicionais como as já mantidas nos GIS, até as mais recentes como nuvem de pontos. “É neste ambiente convergente, que é ao mesmo tempo CAD e GIS, onde as decisões e informações do projeto são transmitidas, amparadas ou não por um processo que chamamos de Building Information Modeling (BIM), a todos os demais atores do empreendimento para que possam avaliá-lo, aprová-lo e conhecê-lo, ou seja, possam interagir e tomar decisões”. Segundo ele, o Brasil vive um momento de retomada dos mega projetos de engenharia, e o BIM pode trazer benefícios já desde as fases iniciais até a elaboração e comunicação dos projetos conceituais. Recentemente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) adotou o conceito para
PDF e Vídeo Os materiais dos webinars (PDFs e vídeos) podem ser acessados em mundogeo.com/webinar
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pesquisa
Por dentro do mercado de Estações Totais MundoGEO continua a série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia. O uso de estação total é o tema desta edição
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m março deste ano a revista MundoGEO iniciou uma série de pesquisas com o objetivo de esquadrinhar o mercado de geomática e soluções geoespaciais na América Latina. Já foram abordados o sensoriamento remoto, Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) e Sistemas de Informação Geográfica (GIS). A pesquisa atual, sobre estações totais, contou com aproximadamente 500 participantes em apenas dois dias. Veja nos gráficos um extrato dos resultados!
Qual sua relação com Estações Totais?
Precisão e alcance
44,9% Operador em campo 25,7% Usuário de dados em escritório 6,0% Avaliador/comprador 5,4% Vendedor 0,4% Fabricante 17,5% Outro
Que tecnologia para transferência de dados é mais importante?
33,5% Cabo USB
9,3% Cabo Serial
17,0% Pendrive
8,8% Bluetooth
15,8% Cartão de Memória
3,5% Wireless
10,3% Porta USB
2,5% Outra
A pesquisa também tinha o objetivo de avaliar as características mais comuns dos equipamentos que são utilizados pelos profissionais (valores apresentados somente das opções com mais votos). Quanto à precisão angular, 39,3% usam estações entre 1” e 3”, enquanto 35,1% entre 3” e 5”. Para a precisão linear, 42,6% usam equipamentos de 1mm a 2mmm, e 31,3% entre 2mm e 3mm. Quanto ao alcance usando prisma, 31,7% medem menos de 2 mil metros, enquanto 35,2% ficam entre 2 e 3 mil metros. Para finalizar a pesquisa, foi perguntado se o profissional sente-se Em que atividade(s) você faz uso de Estação Total?
Qual sua preferência quanto ao prumo?
44,7% Georreferenciamento de imóveis 31,9% Meio ambiente
22,7% Óptico
20,6% Agricultura
12,6% Indiferente
Já pensou em substituir a Estação por GNSS RTK?
Que atributos são mais importantes para a escolha?
64,2% Obras
61,0% Laser
3,8% Não sei
tranquilo quanto aos avanços tecnológicos que vêm surgindo nos equipamentos topográficos. Apesar de 64,2% dizerem-se plenamente tranquilos, é preocupante a taxa dos que estão inseguros (4,8%) ou então razoavelmente seguros (31,1%), o que demonstra que as informações sobre novidades devem ser cada vez mais explicitadas. Dentre os comentários dos participantes da pesquisa, destaca-se o de Fabio de Novaes Filho: “Na questão sobre pensar em substituir a estação por GNSS RTK, só se aplica para algumas situações. Portanto, acho que a questão deveria ser: em situações onde é possível substituir a estação por GNSS RTK você já pensou em fazê-lo?”. Outro participante, que não se identificou, ressaltou as vantagens de se trabalhar com estação total. “Para quem já trabalhou com Teodolito e mira/trena, a ET é uma benção! Facilita bastante, tanto em precisão quanto em produtividade. O RTK pode ser muito bom, mas acredito que ainda não substituirá por completo a ET, principalmente comparando os preços”, conclui. A próxima pesquisa terá como tema a aerofotogrametria e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs). Participe e conte-nos sua experiência! Os resultados serão compartilhados com a comunidade, pelo portal e revista MundoGEO.
80 70 60 50 40
80
15,8% Mineração
70
13,0% Florestal
60
20,2% Outra
50 40 30
51,1% Sim
30
38,3% Não
20
20
10
10
0
0
2,0% Ainda não uso estação 8,5% Não sei
48
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76,8% Precisão/acurácia
53,0% Preço
63,8% Facilidade de uso
49,0% Qualidade da ótica
59,5% Autonomia em campo
48,5% Suporte 43,5% Robustez 39,0% Garantia 38,3% Medição sem prisma 35,3% Alcance 24,8% Tempo no mercado 5,5% Outro
cursos
Saiba onde estudar geo no Brasil Quarta matéria da série lista os principais cursos técnicos e graduações da região Nordeste Por Alexandre Scussel e Elis Jacques
E
m 2012, a revista MundoGEO iniciou uma série de matérias sobre os principais cursos de geo do Brasil. Com o objetivo de ser uma referência para estudantes e demais interessados em atuar na área de geoinformação, a série trouxe tabelas e dados sobre os cursos técnicos e graduações do país, além de depoimentos e análises da educação e do mercado de trabalho para os futuros profissionais do setor. A série de matérias começou na revista MundoGEO 67. Nas edições anteriores, foram apresentadas tabelas e dados sobre as regiões Sul, Sudeste, Norte e CentroOeste. Acompanhe agora a quarta parte com a região Nordeste, completando este “guia” nacional com os principais cursos de graduação e técnicos de geo do país.
Perfil regional
Colabore! A próxima edição da Revista MundoGEO vai trazer os principais cursos de pósgraduação do país. Se você é aluno, docente ou profissional na área da geoinformação, ajude-nos a mapear os cursos de geo no Brasil. Envie suas dúvidas, comentários e sugestões para redacao@mundogeo. com e/ou jornalismo@ mundogeo.com
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O Nordeste apresenta o maior número de unidades da federação, sendo nove no total. A região é a terceira maior em relação à extensão territorial, e a que possui o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Segundo levantamento da revista MundoGEO, existem na região 48 instituições que oferecem cursos técnicos e de graduação regulares na área de geotecnologia, com predominância para a graduação em Geografia, na modalidade Licenciatura. Pernambuco e Bahia são os estados com mais instituições, com 12 e 11 respectivamente, números que estão bem acima dos constatados nos outros estados. Na Bahia, a área de agrimensura é muito explorada, onde há três instituições que possuem os cursos técnicos e as engenharias. Já os cursos de Geografia, tanto Bacharelado quanto Licenciatura, estão presentes em mais de dez cidades do estado, o que demonstra que, além das graduações e cursos técnicos, há um mercado aquecido que busca a profissionalização dos estudantes através de diversos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Sergipe, o menor estado do país, possui três instituições que disponibilizam cursos de geo em cinco cidades distintas, mas concedem algumas opções de ensino a distância. Somente na Universidade Federal do Sergipe (UFS), a modalidade a distância de Licenciatura em Geografia contabiliza 13 cidades. Para cada polo são oferecidas 50 vagas, mas a habilitação para bacharelado está disponível somente para o curso presencial. Segundo informações concedidas por Paulo José de Oliveira, engenheiro cartógrafo, mestre em Geografia e professor do departamento de Geografia da UFS, o mer-
cado de Geografia no estado tem seu maior potencial ligado à Licenciatura, na função de professor do ensino fundamental, médio ou superior, seja no próprio estado ou nos vizinhos. “Os governos estadual e municipais têm feito com relativa frequência, de forma proporcional ao aumento populacional, concursos para contratação de professores, uma vez que Geografia é uma das disciplinas obrigatórias nas escolas, sejam elas públicas ou particulares. O ensino de Geografia à distância na UFS tem absorvido também muitos professores recém-formados no curso presencial da própria universidade ou da Universidade Tiradentes (Unit). Em breve, este mercado também estará aberto para os próprios formandos do ensino a distância”, afirma. Em Sergipe, o Bacharelado em Geografia existe somente na UFS e, segundo o professor, a absorção do profissional no mercado não é tão fácil. “Mesmo com a quantidade de vagas ofertadas para Bacharelado ser bem inferior à da Licenciatura, o bacharel encontra trabalho como geógrafo basicamente nos órgãos públicos estaduais ou municipais, mas em cargos de confiança. Em nível estadual, não há concurso público específico para este profissional há cerca de 30 anos. As prefeituras não têm geógrafos contratados por concurso, inclusive a maior delas, Aracaju. No entanto, um fator positivo é que a quase totalidade dos bacharéis são da área de geotecnologias”, afirma. O professor também esclarece sobre a absorção do geógrafo pelo mercado, no Nordeste e em Sergipe: “Um fato interessante, é que o geógrafo bacharel, além de concorrer no mercado com outros profissionais de áreas afins, concorre com seus próprios colegas de licenciatura, uma vez que, não havendo concursos públicos, os licenciados são contratados como assessores, aprendem internamente algumas atividades e executam funções de geógrafo, ocupando o espaço que deveria ser preenchido com concurso público. Em empresas privadas da área em Sergipe, o geógrafo é empregado esporadicamente, e se dedica à formação de equipes para elaboração de plano diretor ou estudos de impacto ambiental”. No Rio Grande do Norte foram encontradas três instituições, sendo que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) oferta graduação em Geofísica e Geologia, este que é um curso pouco comum nas instituições de ensino superior brasileiras e, na região Nordeste, é oferecido também pelas Universidades Federais de Sergipe, Bahia e Pernambuco. Segundo informações da UFRN,
historicamente, a maior parte dos geólogos formados pela instituição têm se especializado em mapeamento geológico. De acordo com a estrutura curricular atual do curso, o estudante tem os últimos quatro períodos para se especializar em pelo menos uma dentre as seguintes áreas de ênfase: Geologia de Terrenos Cristalinos, Geologia de Terrenos Sedimentares, Geologia e Geofísica do Petróleo, Recursos Minerais, Geologia Ambiental e Hidrogeologia. Em agosto deste ano, o Bacharelado em Geofísica da UFRN recebeu a sua primeira avaliação pelo Ministério da Educação o curso foi reconhecido com nota máxima. A UFRN oferece, ainda, o curso de Licenciatura em Geografia à Distância, que objetiva qualificar professores da rede pública de ensino que estão atuando sem a formação na área. No Rio Grande do Norte, o curso está vinculado aos polos das cidades de Caicó, Nova Cruz e Macau. Pernambuco é o estado que, segundo este levantamento, apresenta o maior número de instituições com cursos de geo do Nordeste do Brasil. As únicas opções diferentes de Geografia são da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que oferta as graduações em Geologia e Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, além de Bacharelado em Oceanografia. Com 40 vagas anuais na modalidade de Licenciatura e 100 no Bacharelado, o curso de Geografia da UFPE qualifica o profissional para atuar em quadros técnicos de planejamento nos diferentes níveis (nacional, regional e local), elaborar pesquisas, prestar consultorias e desenvolver técnicas especializadas na área de geografia, sociedade e meio ambiente. Já o curso de Licenciatura prepara o estudante para o exercício profissional, habilitando-o para atuar como professor, capacitador, coordenador ou consultor na área de ensino fundamental e médio. Com 40 vagas anuais, o curso de Geologia da UFPE tem por objetivo formar profissionais para atuar em mapeamento geológico, visando identificar áreas de geração e armazenamento de recursos minerais indispensáveis (petróleo, água, metais), áreas favoráveis à construção de represas ou outras obras de grande porte ou ainda áreas com risco de deslizamento. O mercado de trabalho para o geólogo inclui as empresas federais, estaduais, de capital misto e privadas, ligadas direta ou indiretamente com as Ciências da Terra, destacando-se a Petrobras, Departamento Nacional de Produção Mineral, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, empresas privadas que lidam com a exploração de água subsuperficial, mineradoras e que exploram rochas para o revestimento interno e externo. Já o curso de graduação em Engenharia de Agrimensura e Cartográfica possui 30 vagas anuais e tem como
Cidade
Itabaiana, São Cristóvão, Laranjeiras SE Lagarto Aracaju Patos Guarabira PB João Pessoa Cajazeiras João Pessoa
Instituição
Universidade Federal do Sergipe - UFS Faculdade José Augusto Vieira - FJAV Universidade Tiradentes - UNIT Faculdades Integradas de Patos - FIP Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Universidade Federal da Paraíba - UFPB
objetivo formar profissionais para atuar em medições e análise do espaço geográfico, objetivando a organização territorial. Os engenheiros agrimensores e cartógrafos também produzem mapas para caracterizar um instrumento de descoberta e comunicação a serviço de outras atividades profissionais, na implementação de suas respectivas ações. Em Piauí existem poucas instituições com cursos de geo, e todas são públicas. Uma opção encontrada no estado é o curso superior de Tecnologia em Geoprocessamento, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia em Teresina. Com duração de três anos e meio, o curso utiliza sistemas computacionais voltados à aquisição, armazenamento, processamento, análise e apresentação de informações sobre o meio físico, referenciadas espacialmente. A atuação do profissional pode ser feita em instituições públicas e privadas que trabalhem com monitoramento do meio ambiente, reconhecimento dos recursos naturais da terra e sua utilização, uso e ocupação do solo, atualização de mapas, planejamento urbano e rural. No estado de Alagoas, os cursos de geo estão restritos às universidades federal e estadual. A Universidade Federal de Alagoas (UFA) conta com o curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica que, em toda região Nordeste, a graduação foi encontrada somente de Bahia, Pernambuco e Piauí. O curso da UFA oferece 30 vagas anuais, somente em Maceió. A instituição conta também com Bacharelado e Licenciatura em Geografia, ambas com 60 vagas cada, e ainda Geografia à distância, com 200 vagas. No Maranhão, assim como em outros estados da região, notou-se a carência de graduações e demais cursos na área de geoinformação. Este pode ser o fato que explica uma concorrência tão grande no curso de Geografia da Universidade Federal do Maranhão (Ufam). Com 52 vagas anuais, a concorrência foi de 35,54 alunos por vaga no último processo seletivo. A única opção diferente de Geografia encontrada no Maranhão foi o curso de Tecnologia em Geoprocessamento, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMA), ofertado no campus Imperatriz. Segundo a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFMA, o curso tem duração prevista de 12 meses e contribui na qualificação de profissionais de Tecnologia da Informação, com destaque para o ensino de Geoprocessamento, abordando campos do saber como Topografia, Geodésia, Fotogrametria, Sensoriamento Remoto, Cartografia, Posicionamento por Satélite, entre outros.
Graduação / Técnicos
Arqueologia | Geografia Presencial (Bacharelado e Licenciatura) e EaD (Licenciatura) | Geologia Geografia (Licenciatura) Geografia Presencial e EaD (Licenciatura) Geografia (licenciatura) Geografia Presencial e EaD (Licenciatura) Geociências
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Geografia (Licenciatura) | Meteorologia Inst. Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB Tecnologia em Geoprocessamento MundoGEO 70 | 2012
51
Patos Guarabira PB João Pessoa Cajazeiras João Pessoa
Graduação / Técnicos
Nazaré
Escola de Engenharia e Agrimensura - EEA
Salvador
Universidade Federal da Bahia - UFBA
Engenharia de Agrimensura Engenharia de Agrimensura e Cartográfica | Geofísica | Geografia (Licenciatura e Bacharelado) | Geologia | Oceanografia Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura), Técnico em Agrimensura Geografia (Licenciatura) Geografia (Bacharelado e Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Bacharelado e Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geofísica (Bacharelado) | Geologia | Geografia ( Bacharelado e Licenciatura) | Geografia EaD Geografia (Licenciatura) | Técnico em Mineração | Tecnologia em Gestão Ambiental Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia | Engenharia Cartográfica | Oceanografia Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) | Tecnologia em Gestão Ambiental
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Natal
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte Universidade Estadual do Ceará - UECE Universidade Estadual do Vale do Acaraú - UVA Universidade Federal do Ceará - UFC Universidade Regional do Cariri - URCA Universidade de Pernambuco - UPE
Araripina Arcoverde Salgueiro Palmares PE Belo Jardim Belém de São Francisco Sertânia, Águas Belas, Carpina, Palmares, Gravatá Vitória de Santo Antão Goiana
ma
52
Faculdade Maria Milza - FAMAM Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas Inst. Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - IF Baiano Inst. Federal de Educ., Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA Universidade Católica do Salvador - UCSAL Universidade do Estado da Bahia - UNEB Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN
Natal
Recife
al
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Geografia (Licenciatura), Meteorologia Inst. Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB Tecnologia em Geoprocessamento Instituição
Fortaleza, Limoeiro do Norte Sobral CE Fortaleza Crato Garanhuns, Mata Norte
pi
Geografia (licenciatura) Geografia Presencial e EaD (Licenciatura) Geociências
Cidade
Governador Mangabeira Teixeira de Freitas Catu, Uruçuca, Santa Inês BA Salvador Salvador Jacobina Ilhéus Vitória da Conquista Salvador Assu, Mossoró, Pau dos Ferros rn
Faculdades Integradas de Patos - FIP Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Faculdade de Formação de Professores de Araripina Centro de Ensino Superior de Arcoverde Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central Facul de Formação de Professores da Mata Sul - Famasul Faculdade de Formação de Professores de Belo Jardim Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros Faculdade de Olinda - Focca Universidade Federal do Piauí - UFPI Universidade Estadual do Piauí - UESPI Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
Olinda Teresina São Raimundo Nonato, Teresina Teresina Maceió, Delmiro Gouveia Universidade Federal de Alagoas - Ufal Alto Cruzeiro Arapiraca São Luís São Luís São Luís, Caxias, Imperatriz Pedreiras Imperatriz MundoGEO 70 | 2012
Universidade Estadual de Alagoas Universidade Federal do Maranhão - UFMA Faculdade Santa Fé Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Faculdade de Educação São Francisco Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Engenharia de Agrimensura e Cartográfica | Geografia (Licenciatura) Geografia (Licenciatura) T. em Geoprocessamento | Gestão Ambiental | T. em Mineração Geografia Presencial (Bacharelado e Licenciatura) e EaD (Licenciatura) | Engenharia de Agrimensura | Meteorologia Geografia (Licenciatura) Geografia (Bacharelado e Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Geografia (Bacharelado e Licenciatura) Geografia (Licenciatura) Tecnologia de Geoprocessamento
ALTA ACURÁCIA
Cintilação Ionosférica Do Cigala ao Calibra
D João Francisco Galera Monico É graduado em engenharia cartográfica pela Universidade Estadual Paulista, com mestrado em ciências geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em engenharia de levantamentos e geodésia espacial pela Universidade de Nottingham. Professor e líder do Grupo de Estudo em Geodésia Espacial da Unesp. Autor do livro Posicionamento pelo GNSS galera@fct.unesp.br
etalhes do projeto Concept for Ionospheric Scintillation Mitigation for Professional GNSS in Latin America (Cigala), encerrado em fevereiro de 2012, já foram abordados nesta coluna. Os resultados alcançados durante o seu desenvolvimento foram bastante satisfatórios, estando dentre eles um aplicativo de consultas sobre a ocorrência de cintilação ionosférica no Brasil, o qual também foi apresentado nesta coluna. O aplicativo pode ser acessado em http://is-cigala-calibra.fct.unesp.br. A boa notícia que se apresenta agora é que o projeto terá continuidade, não só pela decisão da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em continuar com a coleta de dados pelas estações de monitoramento de cintilação ionosférica instaladas na vigência do Cigala, mas pela aprovação de outro projeto, novamente financiado pela Comunidade Europeia, também dentro do contexto do Quadro Programa 7 (FP7), a exemplo do que ocorreu com o Cigala. O novo projeto é denominado Countering GNSS high Accuracy applications Limitations due to Ionospheric disturbances in Brazil (Calibra) e terá duração de dois anos. Seu início ocorreu no dia 19 de novembro deste ano, e o lançamento oficial foi no dia 23 do mesmo mês, na Universidade de Nottingham, no Reino Unido. A figura mostra o símbolo proposto para caracterizar o projeto, o qual, acreditamos, proporciona uma razoável indicação do propósito do mesmo. O título do projeto está fortemente relacionado com a denominação desta coluna, uma vez que se alme-
Figura mostrando o símbolo do projeto
ja calibrar as medidas dos efeitos da cintilação ionosférica, de modo que esses e outros efeitos sistemáticos sejam eliminados ou reduzidos das medidas GNSS, situação em que a medida de precisão se confunde com a de acurácia, podendo proporcionar Alta Acurácia. Compõe a equipe do projeto a Universidade de Nottingham da Inglaterra, que lidera o projeto, a empresa Septentrio da Bélgica, o INGV de Roma e a Universidade de Nova Gorica, da Croácia; todos da Europa. Em termos de Brasil, participam a Unesp Campus de Presidente Prudente e a empresa Consulgel. O projeto ainda recebe o suporte da Petrobras, da Agro Pastoril Paschoal Campanelli e da Máquinas Agrícolas Jacto, além da empresa Veripos, via sua filial da América do Sul. Um resultado bastante importante do projeto Cigala foi o desenvolvimento de receptores capazes de assegurar o rastreamento dos sinais GNSS, mesmo durante a ocorrência de cintilação de nível moderado a forte. Além disto, uma patente relacionada com o desenvolvimento de um modelo matemático para mitigação de efeitos da cintilação ionosférica ao nível de processamento dos dados foi depositada no Reino Unido e se encontra em análise. No entanto, apesar dos avanços, alguns erros ainda permanecem no Posicionamento por Ponto Preciso (PPP), juntamente com as dificuldades de solução do vetor das ambiguidades no Real Time Kinematic (RTK), associados com fortes ocorrências de cintilação. O principal objetivo do projeto Calibra é investigar esse problema, visando mitigá-los, além de ampliar a rede Cigala de monitoramento da Ionosfera, com a adição de mais cinco estações GNSS, duas delas advindas de um projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Alunos de Mestrado e de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Cartográficas da FCT/Unesp poderão participar do projeto, o que lhes permitirá desenvolver atividades de pesquisa vinculadas com desenvolvimento e inovação tecnológica, uma ação muito importante no Brasil nos dias de hoje.
53
ESTAÇÕES TOTAIS
Grandes Obras de Engenharia: Túnel Cuncas I Uso de estações servo na implantação de túnel de 15 quilômetros no Projeto Integração do Rio São Francisco. Tecnologia autolock e busca automática do prisma reduzem erros e desgaste físico do topógrafo Franco Ramos Gerente de Contas Corporativas da Trimble Brasil para a Divisão de Topografia. Engenheiro Civil com conhecimento em infraestrutura de transportes, tendo atuado também nas empresas Santiago & Cintra, Centro Paula Souza, Engevix Engenharia e Instituto Croata de Engenharia Civil. franco_ramos@trimble.com
Enquanto a poligonal de nove quilômetros foi feita com a estação servo motorizada em 10 horas de trabalho, no método convencional o mesmo trabalho não levaria menos de 16 horas 54
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N
a cidade de São José de Piranhas (PB), divisa entre Paraíba e Ceará, o consórcio Construcap/ Ferreira Guedes/Toniolo Busnello está construindo o que muitos dizem ser “o maior túnel para transporte de águas da América Latina. A obra está sob fiscalização do consórcio Maubertec/Esteio/LBR e, neste artigo, daremos informações sobre características da obra e metodologias adotadas. O túnel Cuncas I, no lote 14 do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, do Ministério da Integração Nacional, terá 15 quilômetros de comprimento e está sendo executado com seção transversal composta, retangular na parte inferior, com base de nove metros e paredes de sete metros de altura, e com teto em arco. O túnel ligará dois trechos em canal e tem fundo com caimento bastante leve, de 40 centímetros para cada quilômetro de extensão. A água fluirá em conduto livre, sem pressão, com seção molhada na parte retangular, que terá revestimento hidráulico, e seção livre no arco do teto, que terá revestimento de proteção superficial, pois não terá contato direto com a água. O processo construtivo consiste na escavação do túnel principal e na abertura de uma janela de trabalho descendente, para que a escavação do túnel principal possa seguir em quatro frentes distintas. Isto é, além das escavações que partem dos emboques Norte e Sul, um segundo túnel descendente foi escavado para atingir o ponto central do canal principal, de onde partiram outras duas frentes. Os maiores desafios para a topografia estão nesse túnel descendente, pois tem dois quilômetros de extensão que se desenvolvem em curvas e rampas até o centro do túnel principal, trajeto este que é crítico para a descida das coordenadas. O processo foi pensado da seguinte forma: do lado de fora do túnel descendente foram implantados dois pontos de partida, a partir dos quais uma
poligonal desce até o túnel principal, onde foram determinados os dois pontos de onde partiram as duas frentes de escavação centrais, que vão ao encontro das escavações que vêm dos emboques.
Convencional x Servo Inicialmente foram utilizadas duas estações totais convencionais, com precisões angulares de cinco e dois segundos, respectivamente. O processo também foi convencional, onde o operador fazia a visada, gravava e calculava. As primeiras poligonais, feitas no mesmo processo convencional tanto por construtor quanto por fiscalizador, atingiram, na relação linear da estação, fechamentos de 1:13.000 e 1:15.000. Mediante esses resultados, o consórcio construtor resolveu experimentar uma nova abordagem que, além de mais produtiva, proporcionasse também melhores resultados em precisão. Partiram então para a utilização de uma estação total servo motorizada Trimble S3 Autolock, que faz a busca automática do prisma. O equipamento foi fornecido
a estação faz a pontaria de forma automática. Dessa forma, enquanto no método convencional faziam-se três leituras por ponto (direta e inversa), com a estação servo agora são feitas quatro. Atualmente, a fiscalização avança as poligonais de apoio utilizando a estação total e mais quatro tripés, quatro bases nivelantes com prumo óptico e dois primas com suporte. A metodologia de trabalho é a seguinte: utiliza-se um tripé com prisma para a ré, um para a estação, outro com prisma para a vante e o último vai sendo instalado adiante, sendo que este quarto tripé foi adotado para maior agilidade e aumento de produtividade, pois, ao longo do serviço, estação e prismas avançam a cada série de leituras, sendo colocados sobre as bases nivelantes seguintes. No processo convencional, colocava-se a estação sobre um tripé, mas as visadas ré e vante eram feitas usando um único prisma, sobre bastão com bipé. Toda vez que se movia a estação, movia-se também o tripé e o bastão do prisma era então colocado naquele mesmo ponto. Esses movimentos geravam erros que se acumulavam. Agora, o suporte de prisma sobre a base nivelante coloca o centro do prisma exatamente no mesmo ponto em que ficava o centro da estação na visada anterior, sem movimento nenhum. As bases nivelantes com prumo óptico usadas atualmente permitem que os tripés sejam instalados sem a estação total. Esse processo eliminou os erros cumulativos que ocorriam nos movimentos de reinstalação da base nivelante e de estacionamento do prisma. O técnico agrimensor Marcelo Correia destaca, ainda, um ponto a melhorar com o tempo e a prática na instalação do tripé que segue adiante. A tarefa de instalação do quarto tripé tem tomando muito tempo, o que, por vezes, resulta em que a estação total permaneça por algum tempo inoperante. Essa é uma questão de condicionamento e adaptação, pois é uma tarefa realizada em um ambiente escuro e com muita poeira.
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pela Schwab Soluções Topográficas, de Recife (PE), e a tecnologia está sendo utilizada pelo consórcio fiscalizador para garantir a qualidade das poligonais. Já na primeira tentativa, foi obtido com a estação servo um fechamento de 1:64.400 numa poligonal de nove quilômetros de extensão, o que, segundo o técnico agrimensor Anderson Schwab, fornecedor da tecnologia, foi considerado um resultado excepcional. Esse resultado foi obtido no trecho mais crítico, que é o túnel descendente. Com esse novo enfoque, a obra segue, estando agora no seguinte ponto: a escavação do emboque Norte já atingiu três quilômetros de extensão e o setor Sul está no início. A janela de trabalho para o centro do túnel principal está aberta e tem dois quilômetros de extensão. A escavação a partir do ponto central já atinge dois quilômetros no sentido do emboque Norte e pouco mais que isso no sentido Sul. Sendo assim, podemos descrever a poligonal de nove quilômetros, mencionada acima, como a mais crítica até o momento, pela soma da extensão do túnel descendente com as escavações no sentido Norte e Sul e com o retorno para fora da janela. Partindo agora para o processo topográfico utilizado, a proposição da Trimble S3 Autolock permitiu três a quatro vezes mais velocidade nas leituras, permitindo assim que sejam feitas mais leituras. Nessa metodologia, faz-se uma série de quatro leituras automáticas por ponto, da seguinte forma: o operador dá a posição do prisma, a estação servo faz então a busca automática do prisma e realiza quatro leituras automáticas, direta e inversa, o que possibilita expurgar uma das leituras e trabalhar com uma média de três leituras por vértice. Perguntado se o ganho obtido com a estação servo motorizada foi maior em produtividade ou em precisão, o técnico agrimensor Marcelo Correia, do consórcio Maubertec/Esteio/LBR, disse que ambos os ganhos foram consideráveis. Segundo ele, enquanto a poligonal de nove quilômetros foi feita com a estação servo motorizada em 10 horas de trabalho, no método convencional o mesmo trabalho não levaria menos de 16 horas trabalhadas (descontadas em ambos os casos as horas de descanso e paralizações). Além disso, com a estação servo não há o desgaste físico de procurar a visada, pois
mapa sp Laser Scanner 3D
Métodos de Levantamento Técnicas de medição com LS3D Estático – Parte 1
O Rovane Marcos de França Professor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de pontos rovane@vector.agr.br
56
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desenvolvimento dos equipamentos de Laser Scanner 3D (LS3D) Terrestres vem buscando cada vez mais a produtividade. Quando falamos em produtividade não estamos apenas falando da quantidade de pontos por segundo ou do seu alcance em metros. Estamos falando também do método de medição, que, dependendo da aplicação, passa a ser peça fundamental na produtividade por causa das limitações ou facilidades de cada campo de atuação. Lembramos que nas edições anteriores vimos que o levantamento com LS3D Estático é composto por cenas e estas através de pontos em comum devem ser unidas para compor uma única nuvem de pontos, compondo o registro da cena. Veremos então os métodos de levantamento que permitem registrar as cenas:
Poligonal Scanner
Similar ao procedimento de poligonal com uma estação total, o LS3D (Laser Scanner 3D) exige que ele esteja calado e centrado sobre um ponto coordenado e faça uma orientação a um ponto a ré, também coordenado ou com um azimute conhecido. A medição neste ponto à ré é feita utilizando um target. Desta forma, todos os pontos da nuvem de pontos estarão sendo medidos no sistema de coordenadas especificado. Feita a medição da nuvem de pontos, parte-se para a medição de um ponto à vante, também utilizando um target. O ponto à vante deve ser devidamente materializado que permita a futura ocupação do LS3D. O procedimento se repete com as cenas seguintes até que seja ocupado um ponto coordenado com o LS3D, realizando a visada à vante num outro ponto coordenado. Em campo é realizado o processamento preliminar em tempo real onde as nuvens de pontos de cada cena estarão num mesmo sistema de coordenadas, sendo possível até mesmo analisar a nuvem completa. No escritório é realizado o registro das cenas onde o erro encontrado na poligonal é então ajustado e são recalculadas as coordenadas dos pontos que compõem a nuvem de pontos, agora devidamente ajustados à poligonal.
É necessário que os targets e o próprio LS3D tenham dispositivos que possibilitem a centragem sobre pontos materializados em campo, como base nivelante com prumo (ótico ou laser) ou bastões. Como estamos falando de dados 3D, obrigatoriamente a altura do LS3D e dos dispositivos de visada devem ser medidos em campo. Para que o LS3D permita este método, ele deve ser munido de compensador angular, pois ele terá apenas uma orientação para o ângulo de azimute. Este método tem o inconveniente da obrigatoriedade de seguir uma sequência de cenas. É muito utilizado para levantamentos topográficos para infraestrutura, onde técnicos que já executam levantamentos com estações totais não terão dificuldades de adaptação à metodologia com LS3D.
Scanner Livre
Este método permite que o LS3D seja colocado em qualquer lugar sem a necessidade de ocupar com o LS3D os pontos coordenados, nem os pontos onde foram medidos pelos targets. Porém a visada em pelo menos dois pontos coordenados com targets é obrigatória para que a nuvem fique no mesmo sistema de coordenadas dos pontos de referência. As cenas não necessitam ser intervisíveis, permitindo que sejam escaneados locais de difícil acesso ou confinados, reduzindo o número de cenas.
Este método permite também que o LS3D trabalhe sem estar calado (sem compensador angular ou com ele desligado), sendo, neste caso, necessários três pontos coordenados e medidos com targets. Com o LS3D não calado, podemos colocá-lo em posição estratégica para escaneamento de locais de difícil acesso, como fossos, janelas, sacadas, passarelas, etc.. Uma boa distribuição geométrica dos targets é fundamental para a qualidade do registro.
hexagon 1/2
INTERGEO
Novidades da geomática aparecem primeiro aqui Intergeo reúne 16 mil profissionais em Hanover, na Alemanha. O MundoGEO esteve presente e traz informações exclusivas
Divulgação
Por Eduardo Freitas
Vídeo: Acesse www.youtube. com/mundogeo e confira um vídeo exclusivo do Intergeo, feito pela equipe MundoGEO
O Intergeo se tornou, ao longo de seus quase 20 anos, o maior evento global de geotecnologias 58
MundoGEO 70 | 2012
O
MundoGEO esteve presente na Intergeo, Conferência e Feira de Geodésia, Geoinformação e Gestão Territorial que aconteceu de 11 a 13 de outubro em Hanover, na Alemanha. A edição de 2012 da maior conferência mundial do setor apresentou uma área de exposição de 28 mil metros quadrados e mais de 140 apresentações focadas no valor dos dados geográficos e econômicos. O Intergeo se tornou, ao longo de seus quase 20 anos, o maior evento global de geotecnologias, com mais de meio milhão de usuários no seu website, 500 empresas na exposição, 16 mil visitantes na feira, provenientes de 80 países. Em Hanover, cerca de 1.400 participantes da conferência foram envolvidos no diálogo interdisciplinar em 40 áreas temáticas da Convenção, com destaque para o escaneamento a laser, modelagem 3D e otimização de processos. Palestrantes de renome internacional estiveram no Intergeo 2012, como Cornelia Rogall-Grothe, secretária de estado do Ministério do Interior da Alemanha, que destacou o potencial da indústria de geoinformação, em um mercado anual com 40 bilhões de euros e 30 mil novos postos de trabalho nos próximos cinco anos. O Conselho de Mapeamento Geodésico Europeu (CLGE, na sigla em inglês) organizou a 3ª Conferência Europeia de Agrimensores e seu encontro geral anual, como parte das atividades do Intergeo, com o tema “Proteção da Propriedade na Europa”, um tópico importante em época de crise econômica e financeira. A primeira Conferência Nacional da Infraestrutura Europeia de Dados Espaciais (Inspire), organizada pelo Ministério Federal do Interior e a Sociedade Alemã de Geodésia, Geoinformação e Gestão Territorial (DVW, na sigla em alemão), foi um dos eventos de maior destaque do Intergeo. Este encontro também tratou de assuntos chave para a Europa, com menos foco na questão técnica e mais ênfase na dimensão política da Inspire e a infraestrutura de dados geoespaciais da Alemanha, com particular referência a dados abertos. Estudantes da União Europeia foram convidados pelo CLGE e a DVW para o Encontro Europeu de Estudantes (ESM, na sigla em inglês), um espaço para a troca de experiências e geração de redes de contatos com possíveis empregadores.
Feira
A feira de produtos e serviços do Intergeo contou com uma variedade de setores cobrindo todo o espectro das geotecnologias, desde mapeamento, geoinformação, sensoriamento remoto e aerofotogrametria. Um destaque deste ano foi a integração dos tablets e smartphones à cadeia de produção. Na área de modelagem de cidades, pesquisadores estão continuamente melhorando algorítimos para modelagem automática de edificações e, em particular, para geração foto-realística de fachadas. A integração de visualizadores em 3D na web com o GIS 2D era outro destaque na feira do Intergeo. Já o laser scanner oferece uma fonte de dados que, em sua essência, já é tridimensional. Podendo ser utilizado no modo estático ou móvel, o escaneamento a laser continua a ser uma tendência no setor de geomática para mapeamento de estradas, ferrovias, as-built, etc.. Uma tendência no Intergeo do ano passado, os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) chegaram em 2012 com toda a força, com mais de 15 diferentes modelos na feira, um aumento significativo em pouco tempo. Este ano, a comunidade de software aberto teve seu próprio estande no Intergeo, com aproximadamente 10 companhias e projetos, como o OpenStreetMap, MapGuide, Mapbender, QuantumGIS e outros, sob a coordenação da FossGIS.
Encontro de lideranças
No segundo dia do evento, o destaque ficou por conta de um encontro entre lideranças do setor, com a presença de Karl Throne, presidente da DVW, Steve Berglund, presidente da empresa Trimble, Teo CheeHai, presidente da Federação Internacional de Agrimensores (FIG), Jean-Yves Pirlot, presidente do CLGE, Andreas Scheuer, representando o Ministério do Transporte, Construção e Desenvolvimento Urbano (BMVBS, na sigla em alemão), e Arnulf Christl, presidente da Fundação Geoespacial Livre (OSGeo). Os números do Intergeo demonstram que o setor de geotecnologia tem força para crescer mesmo em tempos difíceis. Para Hagen Graeff , mediador
do encontro, “mesmo em um momento de crise econômica, não há motivos para não continuarmos crescendo”. Andreas Scheuer expôs a posição do governo alemão, em apoiar eventos de tecnologia como o Intergeo, e comentou que é importante que a indústria de navegação tenha cada vez mais espaço em encontros como este. Arnulf Christl, da OSGeo, bateu na tecla de que dados públicos devem ser abertos. “Mais importante que falar de software livre é debater os dados livres”. Na sequência, Steve Berglund foi instigado pelo mediador a falar sobre a importância da qualidade de dados em processos críticos, como construção e infraestrutura. “Não deve-se trabalhar com um padrão universal de qualidade, pois ela depende de cada tipo de aplicação”, comentou. Teo CheeHai, representando a FIG, ressaltou o trabalho diário dos cartógrafos e agrimensores, mas fez uma provocação. “Somos bons na representação da realidade, porém mais do que ser um técnico de campo ou de escritório, é preciso transformar os dados em informação, e a informação em conhecimento”. Jean-Yves Pirlot, da CLGE, falou sobre o uso do Galileo e Egnos em aplicações de alta precisão, e sobre o papel fundamental da Inspire na organização da geoinformação na Europa. Karl Thone, representando a DVW, falou que praticamente todos os setores da economia têm relação com geo e com o Intergeo. “Aqui estão sendo debatidas as ‘mega-tendências’ da sociedade atual”. Para complementar, comentou que “estamos sentados sobre uma mina de ouro”, referindo-se aos dados geoespaciais que os órgãos públicos possuem e não disponibilizam à sociedade. “Temos que liberar este potencial”, concluiu.
2013 e além...
Olaf Freier, CEO da empresa Hinte, organizadora do evento, avaliou positivamente o Intergeo 2012.
Parceria Intergeo e MundoGEO
A MundoGEO esteve pela primeira vez na Intergeo em 2011, em Nuremberg, quando foi firmada uma parceria de divulgação do evento global na América Latina. Em 2012, além de divulgar ainda com mais intensidade o evento, a MundoGEO ocupou um estande na feira. Neste ano foram debatidas, junto à organização do Intergeo, novas formas de ampliar ainda mais a parceria e de aproximar as comunidades da América Latina com o evento europeu. Vários profissionais latino-americanos já visitam regularmente a Intergeo. Por outro lado, este ano o evento MundoGEO#Connect LatinAmerica teve participantes de mais de 27 países. “Comentamos com o Olaf da possibilidade de criar projetos que ampliem estes números nos dois eventos”, comentou Emerson Granemann, diretor e publisher da MundoGEO. “Uma ideia é ter uma ‘Ilha Brasil’ na feira do Intergeo 2013, que será realizada em Essen, na Alemanha. Para isso, a MundoGEO já está conversando com algumas empresas brasileiras que desejem ampliar seus negócios”. A MundoGEO consultou o governo brasileiro, visando buscar recursos de apoio desta iniciativa de exportação de serviços para o mundo. Mais informações sobre este projeto podem ser obtidas pelo e-mail emerson@mundogeo.com. Outra opção é abrir oportunidades para que as empresas europeias, que participam da Integeo, possam atuar no mercado brasileiro em parceria com as empresas locais. Durante a visita aos estandes na Intergeo, muitas demonstraram interesse em atuar na nossa região, tento em vista o bom momento econômico que estamos passando. Desta forma, a MundoGEO pode fortalecer esta ponte de ligação entre Europa e América Latina.
“O mercado de geoinformação é um dos setores mundiais de maior crescimento e o Intergeo vai continuar a aumentar o seu papel como um lugar de encontro para a indústria” Olaf Freier
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Foto: Eduardo Freitas
Jean-Yves Pirlot, Teo CheeHai, Steve Berglund, Karl Throne, Hagen Graeff (mediador), Andreas Scheuer e Arnulf Christl
“O mercado de geoinformação é um dos setores mundiais de maior crescimento e o Intergeo vai continuar a aumentar o seu papel como um lugar de encontro para a indústria”, diz. Durante o Intergeo 2012 houve o anúncio de uma parceria global com as empresas Trimble, Esri e Hexagon, que farão parte de um Conselho Consultivo para auxiliar nas decisões sobre os rumos do evento a partir do próximo ano. Em 2014 o Intergeo irá pela primeira vez à Eurásia, mais precisamente para a cidade de Istambul, na Turquia, atendendo especificamente às necessidades dessa região. Segundo Olaf, “este passo é uma resposta à estratégia de internacionalização de inúmeros parceiros do Intergeo. O objetivo é estabelecer um conceito voltado especificamente para as circunstâncias nessa área econômica”.
GEODIREITO
Teodoro, Rui, Mário e Milton Quatro baianos e o Geodireito
C
Luiz Antonio Ugeda Sanches Presidente do Instituto Geodireito (IGD) e sócio do Demarest & Almeida Advogados las@geodireito.com
Não adianta refletir aspectos geocientíficos sem uma política pública diretamente proporcional, que se viabilize por meio do Direito 60
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omo uma espécie de Monte Rushmore, em que fosse possível esculpir os intelectuais brasileiros que pensaram aspectos geocientíficos e jurídicos em conjunto, certamente teríamos quatro baianos. No Monte Pascoal desta descoberta, cada qual com suas especificidades demonstraram que não adianta refletir aspectos geocientíficos sem uma política pública diretamente proporcional, que se viabilize por meio do Direito. Teodoro Fernandes Sampaio, engenheiro geógrafo, escritor e historiador do início da República, seria o primeiro a ser destacado. Antes de instruir Euclides da Cunha para que pudesse descrever sobre os aspectos geográficos da Guerra de Canudos, Teodoro Sampaio havia participado do mapeamento geológico do Estado de São Paulo, em 1886. Além de ter sido o Engenheiro Chefe do Saneamento do Estado de São Paulo, bem como ter participado da fundação do que seria a Escola Politécnica da USP, Sampaio demonstrou que São Paulo apenas se tornou a grande potência econômica brasileira do século XX por conta dos investimentos maciços em Geociências. Rui Barbosa, advogado chamado por Joaquim Nabuco como a “mais poderosa máquina cerebral do nosso país”, dispensa maiores apresentações. Dentre seus inúmeros trabalhos, pode-se destacar a reorganização do Observatório do Rio de Janeiro, que criou o Serviço Geográfico, em 1890, com o objetivo de satisfazer o anseio econômico e jurídico: constituir registros públicos, onde fosse fácil e expedita a demonstração da propriedade territorial, bem como a investigação dos direitos reais incidentes a propriedade imóvel, e reunir em um só os vários institutos de publicidade existentes entre nós, a saber: cadastro, registro, hipoteca e transcrições, de forma a organizar o crédito territorial. O georreferenciamento de imóveis rurais encontra ali sua gênese republicana. Mário Augusto Teixeira de Freitas, estatístico e advogado, ao estruturar o plano de cooperação inter-administrativa entre a federação, os estados e
os municípios, criou em 1934 o Instituto Nacional de Estatística que, a partir de 1938, passou a denominar-se Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cooperação inter-administrativa, principal tônica de Teixeira de Freitas, pregava principalmente a reestruturação da administração brasileira, orientando o poder público rumo aos princípios de Direito Administrativo de racionalidade, proporcionalidade, eficiência, legalidade, dentre outros. Milton Almeida dos Santos, bacharel em Direito e Geógrafo, patrono da Geografia Brasileira, dentro de sua extensa obra entendia que o Estado deve ter papel central em tudo que se refere ao espaço, uma vez que é a única instância possível entre a produção em escala internacional e a sociedade nacional. Para Milton Santos, o Estado de Direito constitui o nível superior dos sistemas locais, regionais, nacionais e internacionais e precisa ter seu papel aprofundado para a compreensão de sua dinâmica tecnológica e econômica.
Interdisciplinaridade Em outras palavras, a interdisciplinaridade entre Geociências e Direito, que chamamos de Geodireito, pode ser extraída das obras destes quatro baianos. Há a busca de se restabelecer uma ordem na qual os conhecimentos obtidos nas Geociências devem ser empregados enquanto políticas públicas, por meio de construções jurídicas. O próximo ano pode reservar boas notícias para o setor Geocientífico do Brasil. Como as eleições apenas ocorrem nos anos pares, os ímpares são conhecidos como aqueles em que a pauta técnica se sobrepõe à política. O Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário, cada qual com suas competências, invariavelmente têm se manifestado no sentido de aprimorar este sistema. Que o empreendedorismo de Teodoro Sampaio, a erudição de Rui Barbosa, a organicidade de Teixeira de Freitas e a epistemologia de Milton Santos sejam considerados na construção que o Geodireito continuará a enfrentar em 2013.
IDE#Connect | Infraestruturas de Dados Espaciais | Gerenciamento da Informação Geoespacial |
é uma Afinal, o que e Dados ad Infraestrutur Espaciais? nstitui o c e s E ID a Um onização e r d a p r o p s a apen blicação u p a r a p ia g tecnolo e realmente u q O ? s o d a de d siderado? n o c r e s e v e d
IDE#connect
SDI? IDE? Interoperabilidade? Afinal, o que é uma Infraestrutura de Dados Espaciais?
Se analisarmos as diversas IDE em andamento, vamos perceber muitas diferenças, principalmente nos aspectos institucionais e econômicos, os quais estão relacionados à estrutura e cultura dos países de origem 62
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Nas últimas edições da revista MundoGEO fomos presenteados com diversas matérias e, a partir da edição 67, uma sessão exclusiva, tratando de Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) implantadas ou em processo de construção em diversos países e regiões. Neste contexto, muito tem se falado da importância do compartilhamento de bases de dados geográficos e da necessidade de padronização dos dados existentes, visando facilitar o acesso a informações disponíveis em múltiplos produtores e plataformas tecnológicas. Entretanto, uma IDE se constitui apenas por padronização e tecnologia para publicação de dados? O que realmente deve ser considerado? Entendo que seu objetivo é tornar a informação geográfica acessível ao público, garantindo melhoria na qualidade do que é publicado, através da padronização e produção única, reduzindo os custos de acesso e de produção, e, consequentemente, ampliando os benefícios do uso da informação, tanto para os usuários quanto para aqueles afetados pelos projetos elaborados sob a utilização dos dados. Diego Erba, do Lincoln Institute, apresenta uma visão simplificada de IDE composta por usuários que, através da internet, são capazes de acessar os dados geográficos existentes em vários bancos de dados de diversos produtores, a partir de uma interface única de acesso (como um geoportal); toda a estrutura de acesso é regida por um marco institucional, ou seja, uma política legal de ações, esta relacionada aos mecanismos de acesso, tanto tecnológicos quanto de padronização. Nos Estados Unidos, o Federal Geographic Data Committee (FGDC) considera seis elementos na composição da National Spatial Data Infrastructure (NSDI): metadados, clearinghouse/portal, padrões, framework, dados geoespaciais e parceiros. Por outro lado, a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), no Brasil, está fundamentada em cinco componentes: pessoas, dados, institucional, tecnologia e normas e padrões.
Clearinghouse/Portal
Metadata Framework
GEOdata Standards Partnerships
Componentes da NSDI – EUA Pessoas (Atores)
Usuários e provedores: compartilhamento, comunicação, P&D, capacitação e cololaboração.
Dados (IG)
de Referências e Temáticos
Institucional
Tecnologia
Política, legislação e coordenação.
Acesso, distribuição e armazenamento.
Normas e Padrões
(descoberta, intercâmbio, integração e usabilidade da IG) Modelos de dados, metadados e interoperabilidade.
Componentes da INDE - Brasil Se analisarmos as diversas IDE em andamento, vamos perceber muitas diferenças, principalmente nos aspectos institucionais e econômicos, os quais estão relacionados à estrutura e cultura dos países de origem. Entretanto, também veremos muitos elementos em comum, que constituem a base da conceituação, estruturação e uso de cada infraestrutura. Particularmente, entendo uma IDE composta por cinco componentes básicos, inter-relacionados e essenciais para seu estabelecimento em qualquer nível: dados e metadados, normas e padrões, tecnologia, política institucional e atores.
Atores e os dos d a Da tad e M
In Po st lít itu ic cio a na l
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Componentes básicos de uma IDE Operacionalmente, dados e metadados podem ser considerados os elementos principais, afinal, uma IDE deve proporcionar o acesso e a identificação dos dados disponíveis que estão dispersos em estruturas, instituições e locais distintos. A utilidade do dado depende da aplicação para a qual será destinado, mas a confiabilidade dos resultados obtidos com seu uso depende do conhecimento de suas peculiaridades, e são os metadados que permitem identificar estes dados, suas características e formas de acesso e uso. Para garantir o acesso de forma centralizada e sem ônus de conversões e ajustes por parte do usuário, os dados e metadados devem seguir normas e padrões de armazenamento, estruturação e publicação, o que permite a interoperabilidade de acesso por diversas plataformas tecnológicas. No caso dos dados, por exemplo, a Inde estabeleceu como padrão para modelagem de dados vetoriais a Especificação Técnica para a Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-EDGV). Para metadados existem vários padrões, como o ISO-19115; um padrão específico desenvolvido pelo FGDC nos Estados Unidos; e o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB) da Inde. Enquanto os padrões para Web Services têm sido alavancados pelo Open Geospatial Consortium (OGC), onde pode-se citar o CSW, WCS, WFS, WMS, GML, KML, WPS, CTS, Gazetteer, entre outros. A componente tecnologia pode ser considerada num sentido mais abrangente do que a simples infraestrutura física para instalação e uso da IDE, englobando, portanto, toda a parte física de uma rede (hardware) e a parte lógica da solução (software), inclusive conceitos como Web Services, ontologias, geoportal, catálogos e framework (conjunto mínimo de dados de interesse comum para publicação).
Os arranjos e definições de como estas relações devem acontecer, tanto em nível técnico quanto de gestão; de quais padrões devem ser utilizados; qual tecnologia é mais adequada; quais parcerias são importantes; quais informações serão publicadas e em que condições; entre outros aspectos, dependem da política institucional definida pelos participantes da IDE, sendo este um componente determinante. A política institucional de uma IDE depende do contexto político-administrativo no qual ela está inserida, independentemente de um modelo ser mais adequado ou não, pois as circunstâncias variam de um local para outro. Em torno deste processo estão os diversos atores envolvidos que, ora atuam com um papel, ora com outro, a depender de sua relação com os demais elementos, podendo ser produtores, usuários, reguladores, fornecedores, pesquisadores, disseminadores, entre outros. A implantação de uma IDE permite estabelecer parcerias entre instituições públicas, setor acadêmico e privado, aumentando as opções de dados geográficos disponíveis. Seu sucesso está relacionado à criação destas parcerias, onde os participantes devem estar de comum acordo e todos devem colaborar entre si, cooperando para atender ao objetivo comum: produção, divulgação e utilização das informações geográficas.
Os atores, considerando pessoas e instituições, e a rede de relacionamentos entre estes, são fator essencial de sucesso de uma IDE
IDE é uma rede de relacionamentos Para que a IDE atenda adequadamente seu público alvo, as definições políticas e a mudança cultural das instituições produtoras, permitindo maior agilidade nos processos de produção, padronização e publicação dos dados e metadados, são essenciais. Estas mudanças não ocorrem da noite para o dia, já que a construção de uma IDE deve estar pautada em fases, permitindo a adesão dos atores de forma participativa e consciente. Contudo, deve ponderar também as necessidades dos usuários de acesso rápido e fácil à informação. Os atores, considerando pessoas e instituições, e a rede de relacionamentos entre estes, são fator essencial de sucesso de uma IDE, uma vez que quando os relacionamentos são enfraquecidos e as ideias e interesses são divergentes, normas, padrões, tecnologia e políticas de gestão não serão capazes de operacionalizar este serviço e, com ele, a democratização das informações. Com informações de Fabíola Andrade Souza, Analista de Sistemas, Mestre em Engenharia Ambiental Urbana pela UFBA e Analista de geoprocessamento na Petrobras UO-BA fabiolandrade@hotmail.com MundoGEO 70 | 2012
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quem é quem A revista MundoGEO dá continuidade à série iniciada na edição 66 e mostra a você quem são os profissionais de destaque do setor de geotecnologia na América Latina.
João Rocha
Industry Sales Director – Geospatial & Transportation Bentley Systems. Formado e Mestre em Geociências, MBA pela FGV e Universidade da Califórnia (Irvine). Já trabalhou na Sisgraph/Hexagon/Intergraph como Gerente para a América Latina e o Caribe, e Head of Consulting (AEC) na Autodesk para a América Latina.
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ESPAÇO JR
EJECart Empresa Júnior de Engenharia Cartográfica – Unesp Presidente Prudente
Uma Empresa Júnior é uma associação sem fins lucrativos, formada e gerida por acadêmicos de graduação de universidades, com o intuito de aplicação na prática dos ensinamentos teóricos aprendidos em sala de aula, antes mesmo de formados
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EJECart - Empresa Júnior de Engenharia Cartográfica
Rua Roberto Simonsen, 305, Centro Educacional Presidente Prudente | SP CEP 19060-900 UNESP | Bloco Discente 1 Sala 16A Telefone: 3229-5411 ou (18) 9674-7372 email: ejecart@ejecart.com.br Site: www.ejecart.com.br
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Nesta edição a revista MundoGEO lança uma nova seção, com um espaço excluviso para as Empresas Juniores no setor de geotecnologia. Transformar teoria em prática: essa foi a grande ideia que fez, em 1967, jovens estudantes franceses criarem em sua faculdade, a L´Ecole Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales de Paris (Essec), a primeira Empresa Júnior do mundo, a qual tinha como objetivo principal despertar o espírito empreendedor nos estudantes, de forma a propiciar uma melhor formação acadêmica para os mesmos. Desde então, o Movimento Empresa Júnior (MEJ) só fez crescer, de início nas grandes escolas francesas e, posteriormente, na maioria dos países. Em 1968 foi criada a Confederação das Empresas Juniores da França e, em 1982, o movimento tomou envergadura com a eclosão de várias Empresas Juniores em grandes escolas francesas, e com o surgimento de cerca de 70 associações nos modelos de Empresa Júnior em países como Suíça, Bélgica e Itália. Hoje, existem Empresas Juniores espalhadas por todo o mundo. A Europa conta com a Associação Europeia de Empresas Juniores (Jade, na sigla em inglês) e Confederações Nacionais em todos os países. No Brasil, a ideia foi introduzida pela Câmara de Comércio França-Brasil em 1988. As primeiras Empresas Juniores começaram a surgir no final daquele ano, com as Empresas Juniores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Fundada em 2003, a Confederação Brasileira das Empresas Juniores do Brasil, também denominada “Brasil Júnior”, é uma pessoa jurídica de direito privado, uma associação civil sem fins lucrativos com duração e tempo indeterminado. Trata-se da instância máxima do MEJ brasileiro e tem como principal objetivo desenvolver e representar as Empresas Juniores do Brasil de forma integrada com as Federações Estaduais e outras entidades nacionais e internacionais. Uma Empresa Júnior é uma associação sem fins lucrativos, formada e gerida por acadêmicos de graduação de universidades, com o intuito de aplicação na prática dos ensinamentos teóricos aprendidos em sala de aula, antes mesmo de formados. Para alcance dos objetivos, as Empresas Juniores funcionam como empresas, prestando consultoria nas áreas do curso de graduação a qual estão ligadas.
A EJECart é a primeira empresa júnior na área de Engenharia Cartográfica do Brasil, tem por objetivo prestar serviços e dar consultoria em projetos cartográficos. A empresa cumpre sua função social, retornando à sociedade que a custeia serviços de qualidade a custos operacionais. A diretoria é composta exclusivamente por alunos do curso de graduação em Engenharia Cartográfica da Faculdade de Ciências e Tecnologia Unesp de Presidente Prudente. É organizada em três diretorias: Administrativo, Comercial e Projetos. Deste modo, atua em diversas áreas relacionadas ao curso em questão, tais como georreferenciamento, levantamento planimétrico e altimétrico, medições e divisões de áreas, corte e aterro, guias e rotas, treinamentos e consultorias. A empresa cria continuamente campanhas sociais para incentivar os membros a atuarem sua cidadania, deste modo ajudando muitas entidades que necessitam da sua atenção. Está frequentemente atuando em parceria com as demais Empresas Juniores da Faculdade de Ciências e Tecnologia Unesp de Presidente Prudente, tanto na organização de projetos sociais quanto em diversos eventos ligados à universidade. A EJECart é uma empresa sem fins lucrativos e toda a renda obtida é revertida em investimentos dentro da empresa e capacitação de seus membros, sempre orientando e atendendo as necessidades dos clientes e conquistando, deste modo, sua satisfação. Com informações da EJECart.
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GeoHorizonte
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NorteGeo
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São José dos Campos (SP)
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Space Imaging
www.spaceimaging.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
SPGEO Sistemas
www.spgeosistemas.com.br
São Carlos (SP)
Telepazio Brasil
www.telepazio.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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Terravision
www.terravisiongeo.com.br
Nova Lima (MG)
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www.threetek.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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Topocart
www.topocart.com.br
Brasilia (DF)
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Topomapa
www.topomapa.com.br
Ourinhos (SP)
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VirtualCAD
www.virtualcad.com.br
Belo Horizonte (MG)
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MundoGEO 70 | 2012
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Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela acima Informações: (41) 3338 7789 | comercial@mundogeo.com | @mundogeo
70
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Threetek
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RCR Softmapping
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Sisgraph Solution Softwares
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HEXAGON 2/2
Military & Government: Register 3 or more delegates at £399 each (available for the first 10 registrations only)
Putting GeoInt & Data Into The Hands of The Users
21-23 January 2013 QEII Conference Centre, London
www.dgieurope.com
Where The Future of GeoInt is Formed Interoperability & Collaboration: Find out how users can access content and work across different platforms
Lessons Learnt From Afghanistan: Debate the experiences in Afghanistan, look at the future of nation rebuilding and reconstructions
GeoInt in the Hands of The Users: Meet every mission’s priority by putting GeoInt in the hands of the user – online, on-demand, easily accessible
Big Data & The Cloud: Tackle the challenges of big data storage, analysis and exploitation in intelligence and defence operations
Exclusive 20% Discount for MundoGeo Members.
Vision, Strategy & Programme Updates From the Leaders in the Worldwide Intelligence and Geo Communities Air Chief Marshal Sir Stuart William Peach, KCB, CBE,
Jack Dangermond
Founder and President, Esri
BA, MPhil, DTech, DLitt, FRAeS, RAF, Commander Joint Forces Command, UK MOD
DGI
Pete Sinfield
Major General J.M.C. Rousseau
Assistant Secretary Defence GeospatialIntelligence, Defence Imagery and Geospatial Organisation, Intelligence and Security Group, Australian Department of Defence
CMM, CD, Chief of Defence Intelligence, National Defence & The Canadian Forces
Brig Gen Roland Brunner
Vanessa Lawrence
CB Director General and Chief Executive, Ordnance Survey
Director, Bundeswehr Geoinformation Office (BGIO), Germany
See the Latest Technology Updates and Demonstrations from the Leaders and Innovators in the Field, Including: Principal Sponsor:
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Associate Sponsor:
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