Hex
xagon
SUMÁRIO
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Entrevista
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Patrimônio Cultural
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Latitude
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Olimpíadas
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Passo a Passo
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Agricultura Geoespacial
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3D: O novo paradigma
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Laser Scanner 3D
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TI+GEO
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GeoQualificação
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Gabriel Carvalho fala sobre Google Maps for Work na América Latina Pesquisa fará um raio-x do mercado geoespacial Novos recursos com o Google Meus Mapas
BIM
Integração entre profissionais: Laser Scanning e a geração de modelos BIM
GeoQuality
Sensoriamento remoto na análise de dados censitários
Sistema integrado de cadastro com inteligência geográfica
Detecção de mudanças com sensoriamento remoto
Geotecnologias no planejamento e execução de políticas agrícolas
Intergeo ditando as mudanças n o mercado mundial
A falta de padronização de termos e siglas da tecnologia laser
A lei do mundo e a modelagem de dados
Capacitar para compartilhar
26 Capa
Goolgle Maps for Work Entenda como a gigante de Mountain View está revolucionando o uso dos mapas no mundo corporativo
Acesse artigos complementares na revista online www.mundogeo.com
Colaboraram nesta edição: Alex Vidotto, Antônio Heriberto de Castro Teixeira, Arlete Meneguette, Daniel de Castro Victoria, Édson Luis Bolfe, Eduardo Freitas, Eliezer Vieira, Eric Souza, Esther Querat, Felipe Seabra, Fernando Cesar, Ribeiro, Fernando Leonardi, George da Guia, Humberto Mattos, Jamil Buzar Neto, Janice Freitas Leivas, Jezer Ferris, José Augusto Sapienza Ramos, Marcelo Nepomuceno, Ricardo Guimarães Andrade, Rovane Marcos de França, Wilson Holler
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Editorial Web Seção do Leitor Navegando Lançamentos VANTs & Drones Guia de Empresas Online
EDITORIAL
CONEXÃO COM SABEDORIA
ALEXANDRE SCUSSEL Geógrafo (UFPR) e Técnico em Informática. Editor do Portal e Revista MundoGEO, Coordenador Técnico dos Seminários Online e do Evento MundoGEO#Connect LatinAmerica editorial@mundogeo.com
s dispositivos móveis já tomaram o lugar de muitas outras tecnologias. Mais do que isso, se tornaram “companheiros inseparáveis” para boa parte de nós. Seja no ambiente corporativo ou fora dele, até mesmo durantes as folgas ou home office, estamos constantemente conectados; lendo, discutindo, nos atualizando. Entretanto, muitos usuários rotineiros dos tablets, smartphones, notebooks, etc., afirmam que estão encontrando menos tempo para suas tarefas diárias, apesar de todas as facilidades trazidas por estas tecnologias. Soa como um paradoxo, mas talvez o que esteja de fato mudando seja a forma com que nos relacionamos com a informação. Em termos gerais, temos acesso cada vez mais rápido a grandes quantidade de dados, e no mundo geotecnológico não é diferente. Os dispositivos móveis oferecem diversas ferramentas geoespaciais, e cada vez mais sofisticadas. Neste ponto, acredito que você, leitor, já esteja fazendo a pergunta: e como fica a qualidade e confiabilidade da informação? A resposta está mais perto do que imaginamos. Na verdade, depende de cada um de nós fazer os “filtros” e análises necessários para absorvermos e utilizarmos o que realmente nos importa, seja nos âmbitos corporativo ou pessoal.
GOOGLE MAPS FOR WORK Saiba mais sobre o Intergeo 2014 no artigo da página 54.
Há mais de 10 anos o Google lançava sua linha de produtos para o mercado corporativo, mudando a forma com que as pessoas armazenam, acessam e trabalham com seus dados pessoais. Primando pela segurança e facilidade, o Google tem como meta auxiliar as pesso-
Revista MundoGEO Publicação bimestral - ano 16 - Nº 79 Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | emerson@mundogeo.com Editor | Alexandre Scussel | editorial@mundogeo.com Estagiários | Izabela Prates | imprensa@mundogeo.com Pâmela Lunelli | jornalismo@mundogeo.com Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | guilherme@mundogeo.com Comercial | Jarbas Raichert Neto | jarbas@mundogeo.com Marketing | Bruno Born | marketing@mundogeo.com Atendimento e assinaturas | Thalitta Nishimura | assinatura@mundogeo.com Dienifher Gonçalves | atendimento@mundogeo.com Administração/Financeiro | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | financeiro@mundogeo.com Projeto Gráfico e Editoração | O2 Design | o2@o2comunicacao.com.br CTP e Impressão | Maxigráfica MundoGEO www.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789 Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom Retiro Curitiba – PR – Brasil – 80520-430 Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.
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as, facilitando a busca de informações para que todos possam dedicar mais tempo àquilo que realmente precisam fazer. Veja na matéria de capa desta edição como as ferramentas geoespaciais do Google vêm ajudando usuários de vários níveis a alcançarem seus objetivos de forma segura e fácil e conheça toda a capacidade do conjunto Google Maps for Work.
MUNDOGEO NA ALEMANHA Pelo quarto ano consecutivo, a MundoGEO participou como expositora do Intergeo, maior evento de geoinformação do mundo. Em 2014, o evento aconteceu de 7 a 9 de outubro, na capital Berlim. Drones e equipamentos cada vez mais sofisticados, radares e lasers, poderosas ferramentas para aquisição e análises de dados em 3D: tudo isto pôde ser visto no gigantesco espaço da feira de exposições do evento. A conferência destacou, entre outros temas, debates sobre infraestruturas de dados espaciais (IDEs) no mundo, com a presença de ministros e políticos alemães. Em 2014, o Intergeo teve mais de 550 expositores e 17 mil visitantes. Algumas destas empresas demonstraram interesse em conhecer melhor o mercado geoespacial latinoamericano, e virão ao Brasil para conferir de perto o MundoGEO#Connect 2015, que acontecerá de 5 a 7 de maio, em São Paulo (SP), o principal ponto de encontro para a comunidade geoespacial da região. O mundo está cada vez mais conectado. Nos vemos em 2015!
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Manfra
ENTREVISTA
GABRIEL CARVALHO
Google Maps for Work na América Latina
G
abriel Carvalho é bacharel em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em Engenharia com foco em Sistemas de Informações Geográficas pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Há mais de nove anos atua no mercado de geotecnologias, oferecendo soluções para distintas verticais de negócios como óleo & gás, mineração, governo, segurança pública, entre outras. Trabalhou por mais de seis anos na Sisgraph (Hexagon Group) e atualmente é responsável pela Área de Desenvolvimento de Negócios e Pré Vendas na divisão Google Maps for Work para toda América Latina.
A solução Google Maps for Work tem, portanto, o objetivo principal de complementar as plataformas GIS existentes nas empresas [...] 8
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MundoGEO: Muitas empresas no Brasil utilizam ferramentas de GIS bem tradicionais, como as da plataforma Esri. O que diferencia o Google Maps for Work do ArcGIS? Gabriel Carvalho: Esta é uma pergunta bem interessante que comumente somos questionados não só em relação ao ArcGIS, mas também a respeito de outras plataformas GIS existentes no mercado. As ferramentas GIS são essenciais para a construção de informações geoespaciais que contemplem certa precisão cartográfica, permitam análises espaciais avançadas, compartilhem dados entre áreas. Em suma, que auxiliem na tomada de decisão. Nós não temos o desejo nem a pretensão de substituí-las. O que queremos é complementá-las na democratização do acesso a dados com pelo menos uma componente geográfica. Um estudo recente encomendado pelo Google e realizado pelo Boston Consulting Group mostrou uma tendência curiosa onde 51% das empresas americanas já utilizam soluções GIS no seu negócio, com 36% delas usando mobilidade em sua operação. No entanto, menos de 5% dos empregados usam o dado geoespacial para seu negócio. Trata-se da realidade americana, mas pode facilmente ser trazida para o mercado da América Latina. A plataforma Google Maps possui atualmente mais de um bilhão de usuários ativos, que já estão acostumados com uma maneira simples e rápida de buscar informação e utilizá-la para sua vida pessoal e/ou profissional. A solução Google Maps for Work tem, portanto, o objetivo principal de complementar as plataformas GIS existentes nas empresas - mesmo porque grandes investimentos foram e são realizados - e permitir que os 95% dos funcionários que hoje não usam o dado
geoespacial no ambiente corporativo possam adotar o mapa como parte integrante das suas análises. Este é o fundamento que nós do Google buscamos, ou seja, democratizar o acesso a dados geoespaciais para usuários que não tenham uma formação prévia de GIS, mas que desejam, como em suas vidas pessoais, pensar e tomar decisões baseadas em mapa. MG: Recentemente o Google mudou o nome da sua linha para uso corporativo de “Google Enterprise” para “Google for Work”. Qual o objetivo desta ação de Branding? GC: Acho que sempre vale a pena relembrar primeiramente aquilo que diz nossa carta de IPO, em 2004: "Google não é uma empresa convencional e não temos a intenção de nos tornarmos uma". Este texto simples expressa um pouco dos objetivos e visões do Google de um modo geral. O ambiente de trabalho é, normalmente, onde as pessoas gastam grande parte de seu tempo. O Google sempre acreditou que este ambiente deve ser estimulante e não uma rotina entediante cercada por velhos computadores desktop em um "mar de cubículos". Ainda mais, acredita que a tecnologia deve tornar o trabalho melhor. Ela deve facilitar não apenas a realização de atividades diárias, mas também permitir a colaboração com pessoas que nos
inspiram, nos tempos e nos lugares que cada um se sinta mais confortável para atingir o impacto esperado. Dez anos atrás, começamos a trazer as tecnologias Google, utilizadas pelo "mundo consumidor", ao trabalho. Primeiramente, trouxemos a ferramenta de Buscas e, em seguida, o Gmail para empresas. Hoje, nós também oferecemos a flexibilidade e confiabilidade da infraestrutura do Google para usuários de Google Maps e Google Cloud Platform, além de estender isso para hardwares através do Android e Chromebooks. O trabalho hoje é muito diferente daquele exercido 10 anos atrás. A computação em nuvem, já uma realidade, é abundantemente disponível e a colaboração entre pessoas se torna cada vez mais factível por meio de diferentes escritórios, cidades, países e continentes. Trabalhar a partir de um computador, tablet ou smartphone já não é apenas uma tendência, é uma realidade. E milhões de empresas, grandes e pequenas, têm se voltado para produtos do Google para lançar, construir e transformar seus negócios, além de ajudar seus funcionários a trabalhar da forma como vivem. Como já citado anteriormente, o Google nunca se propôs a ser uma empresa enterprise tradicional. Portanto, esta mudança de nome representa diretamente esta ambição: o que era chamado de Google Enterprise é, agora, simplesmente Google for Work. MG: Qual a vantagem de uma solução de geotecnologia na nuvem? Existe alguma ameaça em relação à segurança das informações? Há uma solução híbrida quando falamos da solução Google Maps for Work? GC: De forma geral, a maioria dos sistemas que utilizam nossa tecnologia são híbridos porque acessam banco de dados locais, tecnologias em nuvem e, inclusive, nossa própria API do Maps que contém os dados do Google. Acreditamos que o cliente deve estruturar sua solução da forma que lhe for mais conveniente, levando em consideração as principais vantagens que os sistemas de nuvem possuem, como: desempenho e escalabilidade. Também deve ser parte desse desenho de solução a análise de segurança. No Google, segurança digital é um tema prioritário. Empregamos alguns dos melhores profissionais do mercado e buscamos os melhores sistemas justamente para dar a tranquilidade a nossos clientes sobre a segurança de seus dados. Com isso, cada cliente pode, com base em dados práticos e quantificados, determinar quais dados e workloads vão para a nuvem e quais devem ficar em outras soluções. É por isso que trabalhamos através de uma rede de parceiros qualificados por todo o mundo, que ajudam os clientes a definir as melhores arquiteturas, baseadas em metodologias técnicas, melhores práticas, experiências prévias, etc.. MG: Existe alguma tendência no uso da Plataforma Google Maps que já vem ocorrendo em países onde o uso da tecnologia é mais comum pelas empresas e que está por vir para o Brasil? GC: Há uma série de tecnologias que o Google vem trabalhando e testando com empresas parceiras por todo o mundo. Algumas destas iniciativas estão diretamente ligadas à questão geoespacial, como por exemplo: Skybox, Tango e Business View. Recentemente o Google adquiriu a empresa de satélite Skybox, responsável pela construção e lançamento do menor satélite de alta resolução do mundo, coletando imagens e vídeos diariamente, com objetivo de tornar a informação acessível e útil. Por dia, milhares de gigabytes são gerados e, por meio da infraestrutura de nuvem do Google, estes dados brutos poderão se transformar em respostas rápidas, aplicando diversos métodos de sensoriamento remoto para detecção de mudança (desmatamento), por exemplo. A grande vantagem é utilizar a elasticidade da plataforma do Google para processar milhares de terabytes em um tempo razoavelmente baixo - esta plataforma foi usada recentemente para excluir as principais áreas de cobertura de nuvens nas imagens disponíveis no Google Maps. O projeto Tango é outra iniciativa que busca dar aos dispositivos móveis (smartphones e tablets) uma percepção humana sobre escala e movimento. O projeto contém hardware e software projetados para mapear em 3D todo o movimento do dispositivo, criando simultaneamente um mapa do ambiente em MundoGEO 79 | 2014
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questão. Estes sensores permitem ao dispositivo realizar mais de 250 milhões de medições 3D por segundo, atualizando a posição e orientação em tempo real. Isto irá permitir que as pessoas interajam de uma forma totalmente diferente com o ambiente, criando protótipos tridimensionais de algo em algumas horas que, sem esta tecnologia, poderiam demorar meses ou anos. Recentemente, lançamos no Brasil e México a plataforma denominada Google Business View, que permite que estabelecimentos possam criar seu próprio Street View, através da contratação de uma agência certificada pelo Google, e disponibilizarem no Google Maps para que potenciais clientes tenham uma experiência única de conhecer o ambiente virtualmente. Apenas para exemplificar, alguns restaurantes nos Estados Unidos e Europa já proporcionam tal experiência, oferecendo a navegação em 360º pelo ambiente (visualização esférica) além de permitir que o cliente selecione a mesa específica que deseja reservar. Sem dúvida, vemos um enorme potencial de crescimento da plataforma na região pois, além de tudo, muda-se um pouco como tais estabelecimentos e/ ou empresas se comunicam e atraem novos clientes. Apenas como ilustração, caso o usuário busque no Google Maps a Decathlon da Rodovia Raposo Tavares, poderá visualizar, além de informações básicas (horários de abertura e fechamento, telefone de contato, revisões de clientes), toda a loja virtualmente. MG: Qual é a estratégia do Google para facilitar o acesso a dados geoespaciais para uso corporativo? GC: Há 10 anos iniciamos com uma visão muito simples do mundo. Antes do Google Maps, muitos sistemas GIS Web não só demoravam mais de 15 segundos para carregar o mapa e realizar operações básicas de zoom, por exemplo, como também o usuário tinha que navegar por 3, 4, 5 ou ainda mais diferentes caixas de texto para se buscar o que desejava. Usando a infraestrutura em escala da nuvem do Google, o time de engenheiros desenvolveu uma ideia brilhante de pré processar os mapas como tiles e servi-los por demanda. Atualmente, o Google Maps API é usado em mais de dois milhões de sites ativos e aplicativos, atendendo os dois bilhões de usuários já supracitados. Sem dúvida, há um número significante de desenvolvedores utilizando nossa plataforma mas, como uma empresa de inovação, estamos sempre buscando criar novas funcionalidades e/ou tendências para atingir os próximos milhões de usuários e/ou desenvolvedores, sejam em suas startups ou ambientes corporativos. No último mês lançamos um aplicativo completamente novo no Google Maps e Google Earth para Android. Agora, o usuário terá uma experiência diferente no Google Earth, com muito mais desempenho e suavidade na navegação em 3D. Para os desenvolvedores, o impacto também será grande, pois a API do 3D utilizará o mesmo motor de renderização do ambiente 2D, permitindo assim que as aplicações possam intercalar entre os dois ambiente de maneira simples e rápida. O investimento contínuo no melhoramento da qualidade do mapa base do Google é também algo a se ressaltar. A ferramenta Google Map Maker é responsável por mais de 40 mil atualizações por mês no mapa, realizadas pela própria comunidade de usuários, além das milhares de fontes oficiais que o
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Google utiliza para incrementar a qualidade do mapa. No último ano lançamos no Brasil e México uma funcionalidade que permite aos usuários navegarem por imagens históricas do Street View e analisarem determinado local ao longo do tempo. Em resumo, o Google vem trabalhando bastante forte na inovação e evolução da plataforma como um todo e com certeza isto atenderá de maneira direta toda a comunidade de usuários e desenvolvedores, que incluem também os usuários corporativos. MG: Qual é a posição do Google a respeito do grande crescimento do mapeamento colaborativo e como isto pode impactar o setor geoespacial, tanto para uso popular como corporativo? GC: Claramente este é um tema em destaque no cenário atual. Vemos ao redor do mundo muitas iniciativas de mapeamento colaborativo e um dos destaques neste tema, sem dúvida, é o Waze, adquirido pelo Google em 2013, que permite que a comunidade não só interaja entre si informando acidentes, pontos de inundação, manifestações, etc. na cidade, como também colaborando no sentido de melhorar a qualidade do mapa (ruas, avenidas, radares, entre outros). Acredito que o grande desafio do setor geoespacial perante a este crescimento é buscar encontrar uma convergência entre o desenvolvimento de softwares direcionados a especialistas da área e plataformas robustas e intuitivas que atendam uma parcela de usuários que não necessariamente são conhecedores de GIS, mas com total interesse em mapear e colaborar diversas situações. O mapeamento colaborativo está diretamente relacionado a uma das principais tendências que deverá definir o desenvolvimento de tecnologia de mapeamento na próxima década: a localização. Sabemos que a localização precisa adquire importância cada vez maior ao usuário, seja em sua vida pessoal ou no trabalho, possibilitando a obtenção de informação em tempo real por demanda - vide novamente o Waze - e abre completamente múltiplas oportunidades para o setor geoespacial. No Google, por meio do desenvolvimento de novas tecnologias como Self-driving cars, Google Glass e Android Auto, já estamos adotando estas experiências. Porém, pensando na perspectiva de desenvolvedores, empresas, etc., analisamos que as possibilidades são enormes. Imaginem por exemplo o desenvolvimento de uma solução para uma rede de lojas. O consumidor, usando um aplicativo, caminha pelo estabelecimento e aquele produto, que se adequa ao seu perfil, é automaticamente ofertado para ele e através do aplicativo já pode realizar a compra. Neste caso, o consumidor não tem acesso a um mapa; a experiência é dada apenas pela localização. A conectividade através de mapas e hardwares (laptops, tablets e celulares) é chave para a experiência baseada na localização. Pensando nisto, o Google desenvolveu uma funcionalidade que permite ao usuário salvar seus pontos favoritos e criar seu mapa personalizado. Estas informações poderão ser provenientes de sites terceiros, desenvolvidos com a API do Google Maps, e o usuário poderá salvar determinada informação para o seu próprio mapa e visualizá-lo posteriormente em qualquer dispositivo. Estes pontos de interesse salvos estarão sempre disponíveis quando o usuário desejar fazer uma rota, buscar o Street View, etc..
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LATITUDE
RAIO-X DO MERCADO DE GEO Instituto GEOeduc iniciará uma ampla pesquisa sistemática junto aos profissionais que atuam nas universidades, empresas e instituições do setor de geomática no Brasil. Os objetivos deste projeto são dimensionar o tamanho deste mercado, prever suas demandas e comprovar sua importância na sociedade
O EMERSON ZANON GRANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO emerson@mundogeo.com
recém-criado Instituto GEOeduc vem ampliar o propósito da MundoGEO de conectar e integrar a comunidade que atua na área de geomática. O Instituto tem como missão oferecer um programa de educação continuada aos profissionais que atuam com informações geoespaciais e também pesquisar as demandas do setor a partir da base de dados da MundoGEO. Acreditamos que, radiografando as necessidades do setor, podemos mostrar sua força e, com isso, reforçar a importância estratégica da visão geográfica em praticamente todas as ações do homem sobre a Terra. Esta conscientização do fator GEO é importantíssima para que tenhamos uma vida moderna, melhor e mais sustentável sobre todos os aspectos.
POR QUE SERÁ FEITO? Os resultados destas pesquisas ajudarão as instituições de ensino a conhecer melhor as demandas do mercado e, com isso, poderem ajustar seus cursos. As empresas de setor poderão adaptar seus produtos e serviços de acordo com as necessidades atuais e futuras dos usuários. Além disso, as políticas públicas do setor poderão ser melhoradas de acordo com um melhor conhecimento das capacidades e necessidades da comunidade geoespa-
cial. Empresas privadas poderão também solicitar ao Instituto GEOeduc pesquisas mais específicas.
COMO E QUANDO SERÁ FEITO? O projeto, apesar de ambicioso, vai começar com ações simples, colaborativas e que inspirem os envolvidos a colaborar. Com a coordenação executiva do Instituto GEOeduc e apoio da MundoGEO, a intenção é envolver mais instituições como parceiras neste desafio, como associações de profissionais, universidades, empresas e instituições do setor. Ele será iniciado em janeiro de 2015 e será batizado a partir de uma pesquisa com a comunidade. A coleta de dados das pesquisas será toda no ambiente online, utilizando ferramentas de pesquisa e cadastramento. Os resultados parciais destas pesquisas serão divulgados pelo Instituto GEOeduc, utilizando não só os canais da MundoGEO como outros veículos de comunicação. As informações e análises serão apresentadas em eventos do setor, como o MundoGEO#Connect LatinAmerica, webinars, etc.. Finalmente, o mercado de geoinformação, tão pouco conhecido, vai mostrar suas demandas e força junto à sociedade.
QUAIS ATRIBUTOS SÃO MAIS IMPORTANTES EM UMA IMAGEM?
VOCÊ JÁ PENSOU EM SUBSTITUIR A ESTAÇÃO TOTAL POR UM RTK?
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65,7% 65,0% 57,0% 37,5% 23,0% 21,4% 11,7%
Qualidade Precisão e/ou acurácia Preço Facilidade de uso Rapidez na entrega Dados tridimensionais Suporte
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Sim Não Não sei responder Ainda não uso estação total
Tecnosat
WEB PORTAL MUNDOGEO TEM NOVA CLASSIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS O Portal MundoGEO está reestruturando seus canais de notícias e conteúdos do setor geoespacial. Na home do portal já é possível conferir a nova classificação, agora dividida em: Agrimensura e Cartografia; Geolocalização; Geoprocessamento e GIS; VANTs, Drones e Satélites; e Arquivos Gratuitos. “A nova classificação de notícias tem como objetivo facilitar aos leitores a busca por assuntos e conteúdos. No novo canal de Conteúdos Gratuitos, que está sendo preparado, os visitantes do portal poderão acessar rapidamente materiais e vídeos de eventos presenciais, seminários e webinars, além de artigos e conteúdos exclusivos”, afirma Alexandre Scussel, editor do Portal MundoGEO. Para saber de todas as novidades do mercado geoespacial em primeira mão, acesse regularmente o portal MundoGEO e se cadastre para receber a Newsletter diária.
#FACTS
• O GeoConnectPeople é a rede social global de pessoas envolvidas com soluções geoespaciais • Esta plataforma está aberta a todos os usuários e produtores de geoinformação que desejam criar grupos e encontrar colegas para trocar experiências, tirar dúvidas e debater temas relevantes • Esta rede está pautada pelo debate de ideias e a construção colaborativa de conteúdos que tenham como objetivo fazer o mercado geoespacial crescer de forma sustentável • A rede GeoConnectPeople é um projeto social sem fins lucrativos, criado e mantido pelo MundoGEO Acesse http://geoconnectpeople.org e conecte-se!
ARTIGOS DISPONÍVEIS A partir de agora, o portal MundoGEO possui um canal direto de acesso a conteúdos exclusivos. Veja a seguir alguns artigos recentes que você encontra na nova categoria “Arquivos Gratuitos”: • Análise Ambiental de Franca: Uso e Ocupação do Solo na Área Rural • Utilização de imagens Landsat–8 para caracterização da cobertura vegetal • Jovem e Empresa Júnior: A atuação da Geoplan Júnior no Setor Geo • A revolução do OpenStreetMap para a indústria de GIS e Governos
MAIS DE 500 PARTICIPANTES NA 1ª SEMANA DE SEMINÁRIOS ONLINE Entre os dias 22 e 26 de setembro de 2014, a MundoGEO realizou a 1ª Semana de Seminários Online, um evento inédito que focou no aumento da produtividade nos levantamentos de dados. Totalmente interativos, os cinco seminários ofereceram espaço e tempo exclusivos para que todos os participantes fizessem perguntas e tirassem todas suas dúvidas diretamente com os instrutores e palestrantes. Abrindo a semana, os veículos aéreos não tripulados (VANTs ou Drones) foram discutidos, com grande procura do público. No dia 23, o tema foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Profissionais e especialistas apresentaram casos concretos e peculiaridades de projetos. Nos outros dias, os temas Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Laser Scanning 3D e tecnologia RTK foram detalhados e discutidos junto ao público online. Durante a semana foram sorteados cinco navegadores GPS da marca Garmin e cinco assinaturas anuais da revista MundoGEO entre todos os participantes. A 1ª Semana de Seminários Online contou com o patrocínio das empresas Bentley Systems, Furtado Schmidt, Métrica Tecnologia, Embratop, Faro e Tecnosat. MATERIAIS E GRAVAÇÕES Todos os participantes da 1ª Semana de Seminários Online têm acesso exclusivo a todos os materiais apresentados (arquivos pdf, vídeos), e também podem rever na íntegra a gravação dos seminários. Os materiais de cada seminário também estão disponíveis para serem adquiridos por quem não participou. Saiba mais em: mundogeo.com/webinar/ssm1.
+Lidas Setembro Embrapa lança novo mapeamento digital dos solos brasileiros Dados SRTM com resolução espacial de 30m são disponibilizados APPs em áreas urbanas poderão ser alteradas por plano diretor e lei de uso do solo 14
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Outubro Fotos perdidas de satélite revelam imagens da Terra da década de 60 Decisão do STF altera limites estaduais e Piauí terá novo mapa Divulgadas imagens de 30 cm do novo satélite WorldView
SEÇÃO DO LEITOR QUALIFICAÇÃO ONLINE
Quiero darles las gracias por las estupendas ponencias de estos últimos
Muchas gracias por compartir el artículo "Tecnología de última generación para ver la ciudad al detalle y en 3D". Estoy agradecido enormemente con MundoGEO. Me interesa mucho este tema porque lo estoy desarrollando para mi tesis. Víctor Hugo Aquino Illescas | México
días en los webinars, y por hacernos participes de estos eventos a nível
Sou estudante do curso de Geoprocessamento do IFPB. Os webinars que vocês oferecem são excelentes, porém o horário do meu curso é pela manhã, impossibilitando que eu participe. Gostaria de pedir que vocês realizem webinars em outros turnos também. Roberta Lucena Quiero agradecerles por los webinar ofrecidos, han sido de gran utilidad para mi! Anabel Ocampo Quero em primeiro lugar agradecer pelo vosso seminário Soluções GIS Móvel para Serviços e Equipamentos Urbanos, o qual fui participante. Informo que o tema foi bastante interessante e muito sugestivo. Mas aqui em Moçambique, no município onde trabalho, estamos muito defasados em relação à aplicação destas ferramentas. Em nosso país há muitas dificuldades de obtenção de dados para um trabalho sério de elaboração de mapas. Olimpio Languane | Moçambique
gratuito. Se lo digo porque muchos como estudiantes no tenemos el recurso como para pagar un curso especializado, me agradaría mucho seguir participando. Joao Baylon Santos | Equador
RUMO A 2015... Consegui ver o webinar "Modelos Digitais de Elevação a partir de Novos Sensores de Alta Resolução" por completo. Este foi o primeiro seminário online que eu assisti, apesar de conhecer a MundoGEO há algum tempo. Gostaria muito de agradecer, foi muita qualidade e informação útil para meu desenvolvimento pessoal, atráves do qual me despertou um desejo de, algum dia, poder participar também como seminarista presencial. Sempre tive curiosidade em saber como é participar de um dos maiores eventos do Brasil em qualidade e quantidade. Desde já muito obrigado e continuem desenvolvendo este trabalho que sem sombra de dúvidas contribui muito para o desenvolvimento da tecnologia nacional. Hamom Ventura Rodrigues
Hamon, nos sentimos muito felizes em poder contribuir para o seu processo de formação. Esperamos vê-lo em São Paulo, no MundoGEO#Connect 2015, de 5 a 7 de maio.
Envie críticas, dúvidas e sugestões para editorial@mundogeo.com. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.
Portal
Cada vez mais vejo a grandiosidade dos webinars na capacitação dos iniciantes ou mesmo dos que já estão em campo. Parabéns pela iniciativa na área de levantamentos. Emanuel Veloza Fernandes
Cadastro Ambiental Rural alcança 500 mil registros no Brasil - José Luiz Couto Como são 4,5 milhões de propriedades rurais, não precisa correr que vai ter serviço pra todo mundo. Além do mais, se não fizer bem feito (como no caso do programa da Receita Federal),vai cair na malha fina e vai ter de refazer o que fez de errado
@gabyqueluz @MundoGEO gostaria de saber quando haverá mais webinar e se terão sobre sensoriamento remoto. Obrigada @thiagosailer WorldView Resolução de 30 cm @GeoInnovaASL Revista MundoGEO en Español Edición 77 http:// buff.ly/1wHpjps Biblioteca EPSEB @BibEPSEB Datos en la nube: información geográfica al alcance de todos http://feedly.com/k/1355zTy via @ MundoGEO @muriloshinobi Jovem e Empresa Júnior: A atuação da Geoplan Júnior no Setor Geo | MundoGEO http:// fb.me/2638VeKoZ @LeicaGeoBrasil Webinar Leica Geosystems GIS agora! Em parceria com @MundoGEO, não perca. http:// fb.me/3pJa7ywFc @CiscoDoBrasil Estudo comprova que infraestrutura é a propulsão das cidades inteligentes #SmartCities
@lapraiz Cómo solucionar problemas comunes de Open Data utilizando #ArcGIS Online http://bit.ly/12rGiCS @MundoGEO @lexfod @pirigoyen_ @ESRIChile @pablotro25 Webinar de #XavierBuenaño doctorante @geomaticaUPM en @MundoGEO en tema de #Geoestadistica excelente trabajo!! @pablotro25 #ForoUnigis14 Ponencias nacionales e internacionales en temas de #SIG presentadas por @Mundogeo Modelo Hidrogeomatico @redejovem POA terá mais uma exibição do documentário "Todo Mapa tem um discurso", em novembro, durante o GISDAY!! http://fb.me/7d49HBAV4 @mayreet Webinar de @MundoGEO sobre gvSIG estupendo, con ganas de aprender a manejar todas esas herramientas @AlvaroAnguix @EballBall @MundoGEO seem to be V active on Twitter! Nice 2 see a great KLOUT score of 56! Great for your followers! #Intergeo14
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Santiago
o & Cintra
Santiago
o & Cintra
NAVEGANDO A DigitalGlobe disponibilizou as primeiras imagens com resolução 30 cm obtidas pelo satélite WorldView-3 A Leica Geosystems conquistou
certificação de qualidade ISO9001 Decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) alterou os limites estaduais e Piauí terá novo mapa A MapLink anunciou a expansão de seus
negócios na América Latina, inaugurando escritórios na Argentina, Colômbia, México e Chile A prefeitura de São Luiz (MA) selecionou a empresa Geoambiente para desenvolver o Sistema de Informações Georreferenciadas para Gestão Ambiental (Siga) O Cadastro Ambiental Rural (CAR) alcançou no mês de outubro a marca de
500.113 registros de propriedades e posses rurais no país O foguete chinês Longa Marcha – 4B passou por testes para acoplar o novo satélite brasileiro Cbers-4, que será lançado no início de dezembro
Bentley e Trimble se comprometeram a alavancar a tecnologia BIM no mundo A Índia colocou em órbita seu terceiro satélite de navegação, que fará parte do Sistema de Navegação por Satélite Regional (IRNSS) Parceria entre a Airbus Defence and Space e a Exelis tornou acessível imagens de
satélites para usuários do software ENVI
Venezuela e a China firmaram um acordo para a construção do satélite VRSS2 de observação, que será usado para aumentar a capacidade cartográfica do país latino-americano Em parceria com a TomTom, a empresa
Imagem passa a oferecer mapas digitais temáticos atualizados A Nokia inaugurou um novo design da versão web dos seus mapas HERE e
disponibilizou o serviço em navegadores web Foi lançado o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do Estado do Pará (SEIRH-PA): seirh.sema.pa.gov.br
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CONFERÊNCIA DE USUÁRIOS ESRI NA AMÉRICA LATINA O Latin America User Conference (LAUC 2014), evento realizado em Campinas (SP), nos dias 25 e 26 de setembro, pela Esri, em parceria com a Imagem, empresa distribuidora oficial da companhia no Brasil, reuniu 1.100 participantes, entre executivos de órgãos públicos e privados, bem como usuários e especialistas dos sistemas de informações geográficas para fomentar a discussão sobre as oportunidades e os benefícios da utilização da inteligência geográfica em diversos mercados, tais como educação, segurança, saneamento, negócios, energia, agricultura, governo, e petróleo e gás. No encontro, companhias como Petrobras, Claro Telecom, Natura, Cocamar, Polícia Militar de São Paulo, Copel e representes de governos federais, estaduais e municipais apresentaram seus casos de sucesso com soluções Esri e compartilharam suas experiências com demais usuários. Com mais de 170 palestras e demonstrações de uso de geotecnologias nos dois dias de evento, foram apresentadas aplicações práticas e teóricas, como a criação de mapas inteligentes urbanos para uso da população, metodologias para monitoramento de cadeias de suprimento, geomarketing e dos hábitos do novo consumidor para o setor corporativo, além de tendências focadas na gestão das áreas de energia elétrica e saneamento, entre muitas outras. De acordo com Enéas Brum, CEO da Imagem, o uso da inteligência geográfica abre novos horizontes para entendermos onde e como cada fenômeno interage com os demais, permitindo que as pessoas, as empresas e os governos consigam dar respostas rápidas e tomar decisões corretas. “Acreditamos que a chave para esta compreensão do mundo é a Inteligência Geográfica, e o LAUC apresentou de forma prática diversos exemplos disso”, comenta. O LAUC é realizado todo ano em um país diferente da América Latina e busca evidenciar soluções para os maiores desafios enfrentados por todos os setores econômicos e sociais de cada região por meio de debates, demonstrações práticas e troca de experiências entre usuários da inteligência geográfica. INFO www.esri.com/events/latin-america
RIO DE JANEIRO GANHA PORTAL DE DADOS GEOGRÁFICOS O Instituto Pereira Passos (IPP), órgão da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro responsável pela cartografia e geoprocessamento municipal, está lançando o Portal de Dados Geográficos do Rio de Janeiro. Há 13 anos o IPP começou a disponibilizar mapas interativos em ambiente web com acesso a diversas informações sobre a cidade. Com o avanço da tecnologia fornecida pela Imagem, distribudora oficial da Esri no Brasil, o órgão passou a disponibilizar mapas que permitem o download de arquivos em formatos shp, dxf e outros. Todo o ambiente foi desenvolvido com base na plataforma ArcGIS da Esri, e está disponível para qualquer usuário. INFO portalgeo.pcrj.opendata.arcgis.com
SC GANHA SISTEMA GIS PARA PREVENIR DESASTRES NATURAIS Durante o XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas foi lançado o Sistema de Informações Geográficas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações do Estado de Santa Catarina. O sistema reúne as informações das cartas de suscetibilidade de 27 municípios do estado, que constituem documentos cartográficos elaborados em atendimento à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, com vistas à prevenção de desastres naturais, tendo por foco a orientação do ordenamento territorial em municípios sujeitos a processos do meio físico, como: deslizamentos, corridas de massa, inundações e enxurradas. Os estudos foram executados no âmbito do Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais do PPA2012 a 2015, do governo federal, cujo objetivo é o desenvolvimento de ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação de áreas sujeitas a eventos de riscos naturais ou motivadas por ocupação urbana desordenada.
ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA SERGIPE DISPONIBILIZA DE PORTO ALEGRE CARTOGRAFIA DIGITAL A modernização da base de dados urbanos de Porto Alegre (RS), iniciada em 2010 com o programa de aerolevantamento, chega à etapa final. Os imóveis e loteamentos da capital passam agora por um processo de visitas técnicas que têm o objetivo de averiguar se os dados gerados pelo conjunto de imagens capturadas correspondem às edificações. O trabalho será feito por amostragem, considerando 100 mil imóveis de um total de 697 mil. A aferição dos dados deve se estender por cerca de um ano. A meta é fazer de 8 a 10 mil visitas técnicas por mês. A perspectiva da Secretaria Municipal da Fazenda, que coordena o processo, é averiguar as principais inconsistências apontadas pelo aerolevantamento.
O Observatório de Sergipe, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), disponibilizou os mapas individuais digitalizados dos 75 municípios sergipanos. Os mapas estão disponíveis no site do Observatório e podem ser baixadas sem nenhum custo. Nos mapas, é possível identificar dados geográficos como a altimetria do relevo (altitudes dos municípios em relação ao nível do mar); curvas de nível; hidrografia com os principais rios, lagoas e barragens; além das principais vias de acesso (rodovias federais e estaduais). INFO www.observatorio.se.gov.br
NOVA CARTOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o consórcio Mapeiasul assinaram um contrato para a realização da nova cartografia gaúcha. Vencedor de licitação, o consórcio formado pelas empresas Geopixel e Geojá, de São Paulo, realizará o serviço de restituição das imagens de satélite que foram doadas pelo Ministério do Meio Ambiente. A nova
cartografia atualizará dados territoriais de rede viária, rede hidrográfica e de manchas urbanas. Além disso, a base de dados usada nesse processo possibilitará renovar dados de cobertura vegetal e uso e ocupação do solo e atualizar áinformações básicas do estado (rios, estradas, municípios), em uma escala maior, de 1:25.000.
IDE#Connect | INFRAESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS | GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO GEOESPACIAL |
EMBRAPA ADERE À INDE
GUIA DA ONU PARA PADRÕES GEOESPACIAIS
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aderiu à Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), através do Projeto GeoInfo – Modelo de Gestão da Informação Geoespacial. A adesão é uma estratégia da empresa, uma vez que o volume de informações que pode ser visualizadas no território estão distribuídas em diversas unidades descentralizadas da organização e precisam ser abordadas por uma série de grupos de pesquisa. De acordo com Debora Drucker, coordenadora do projeto, a adesão da Embrapa à Inde é uma oportunidade para organizar os dados gerados e aperfeiçoar o processo de uso e compartilhamento das informações produzidas.
Em agosto, durante a Quarta Sessão do Comitê das Nações Unidas de Especialistas em Gestão da Informação Geoespacial Global (UN-GGIM), foi discutida a adoção de normas comuns para que os dados geoespaciais possam, facilmente, ser compartilhados e utilizados em todo o mundo. O Comitê reconheceu a importância do trabalho realizado por três organizações internacionais de desenvolvimento de padrões: o Open Geospatial Consortium (OGC), o Comitê Técnico 211 da Organização Internacional de Normalização (ISO / TC 211) e a Organização Hidrográfica Internacional (OHI). Em um pedido anterior do Comitê, as três organizações escreveram de forma conjunta um documento que fornece orientações para a adoção de normas comuns, o “Guia das Normas em Gestão de Informação Geoespacial”, além de um documento adicional que descreve como uma autoridade nacional em mapeamento pode se beneficiar da adoção de padrões internacionais. Esses documentos podem ser encontrados em ggim.un.org.
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GEOPOP 2015: O BIG DATA NO MUNDO DO GEOMARKETING
NOVA ESTAÇÃO TOTAL FLEXLINE TS06PLUS MANUAL
VITRINE A Vitrine MundoGEO é um novo espaço dedicado a divulgar produtos, serviços e tecnologias do setor geoespacial. Para mais informações e saber como participar desta seção, entre em contato: comercial@mundogeo.com (41) 3338-7789
Para a maioria, a “qualidade” é relativa. Mas não na Leica Geosystems. Para garantir que nossos instrumentos tenham a mais alta precisão e qualidade, nós produzimos com a última geração de equipamentos: a tecnologia suíça, combinada com a habilidade de fornecer os melhores mecanismos da classe. E esta qualidade também se aplica em todos os nossos procedimentos – fazendo a Leica Geosystems agir com excelência nos negócios para suprir as necessidades e expectativas dos nossos clientes em todos os sentidos. A Estação Total Leica FlexLine TS06plus Manual é ideal para a maioria das tarefas topográficas, especialmente aplicações de média à alta precisão. Herdando a tecnologia do modelo TS06 anterior, maior sucesso da Série Leica FlexLine, a Leica FlexLine TS06plus é a mais nova Estação Total da Leica.
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LANÇAMENTOS A Blue Marble Geographics lançou a Global Mapper Academic Curriculum, iniciativa que irá montar laboratórios acadêmicos em escolas e universidades que utilizam o software
Global Mapper
A Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) incorporou 12 novas estações: Cerro Largo (RS), Corrente (PI), Corumbá (MS) Dracena (SP), Floriano (PI), Lins (SP), (Pau dos Ferros (RN), Pelotas (RS), Piracicaba (SP), Sorocaba (SP), Tefé (AM), e Tupã (SP) A Maptek anunciou ao mercado mundial o novo I-Site 8820, laser scanner com sistema modular A Adtollo lançou o novo Topocad 15.1, com correções e novas funções Em comemoração aos seus 20 anos de história, a Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. apresentou um novo website: www.geoambiente.com.br
Novo aplicativo gratuito MOBQI para Android e IOS ajuda a encontrar as melhores rotas, pontos de ônibus e taxi, lojas, restaurantes, bancos, shoppings e eventos
Inpe e Ibama lançaram a plataforma virtual Ciman para monitorar queimadas e focos de incêndio em todo o país A Agência Espacial Europeia (ESA) e a organização Eumetsat lançarão a nova geração de satélites meteorológicos MetOp-SG a partir de 2021 Foi lançado em setembro o
ZWCAD+ 2015 com novas funções e o recurso Superhatch A LizardTech lançou a solução GeoGofer para buscar e organizar imagens geoespaciais
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MAPEAMENTO DE SOLOS O mapa digital de carbono orgânico dos solos brasileiros, lançado pela Embrapa na escala 1:5.000.000, une modelagem matemática e conhecimentos levantados em campo para ajudar em diversos programas de conservação de recursos naturais. Executado pelas técnicas tradicionais, um levantamento similar custaria milhões de reais e anos de trabalho. O novo sistema tem a vantagem de utilizar informações ambientais disponíveis, como dados a respeito de solo, relevo, material de origem, clima, associando-os a métodos matemáticos estatísticos para inferir informações em locais não medidos. O mapeamento digital de solos tem grande importância para responder à demanda de informações no desenvolvimento das atividades humanas. Entre elas, o manejo de solos na agricultura, a execução de zoneamentos ambientais, manejo da água na paisagem e o planejamento de uso da terra. +Info INFO www.embrapa.br
CYCLONE 9.0 A Leica Geosystems HDS anunciou o novo Cyclone 9.0, solução de software para processamento de dados de laser scanner. Com melhorias nas ferramentas de desenho 2D e 3D, a solução processa automaticamente os escaneamentos de forma simples, além de possibilitar a criação de produtos para aplicações de construção civil, arquitetura, BIM, plantas industriais e documentação forense, por meio de laser scanners terrestres da Leica Geosystems. INFO www.leica-geosystems.com/cyclone
PROJETO DATAGEO
GLOBAL MAPPER 16.0 A Blue Marble anunciou o lançamento da nova versão 16.0 do Global Mapper, um software GIS acessível e fácil de usar. Entre as atualizações está a velocidade de processamento que, melhorada, permite analisar grandes quantidades de dados. A nova versão também inclui a capacidade de relacionar dados 2D e o 3D, fornecendo aos usuários as opções de pan, zoom e adicionar dados vetoriais em um visualizador. INFO www.globalmapper.com.br
QGIS 2.6
A Secretaria do Meio Ambiente (SMA) de São Paulo apresentou o Projeto DataGeo, que tem o objetivo de estruturar, organizar e disponibilizar as bases de informações ambientais e territoriais do Sistema Ambiental Paulista por meio da construção de uma Infraestrutura de Dados Espaciais Ambientais (IDEA-SP). A IDEA-SP é composta de um Geoportal DataGEO, a porta de acesso à Base de Informação Territorial Ambiental, um Catálogo de Metadados para pesquisar a informação desejada e um visualizador, todos acessíveis via internet.
Encontra-se disponível para download a versão 2.6 do QGIS (antigo Quantum GIS), um software aberto de Sistema de Informações Geográficas (GIS) amplamente utilizado no mundo inteiro. De acordo com os desenvolvedores, a nova versão do QGIS traz uma série de novos recursos e correções de problemas. A tradução do QGIS para português do Brasil foi feita pela equipe da comunidade QGIS Brasil, que trabalha para a disseminação do software no país.
INFO datageo.ambiente.sp.gov.br
INFO qgisbrasil.org
HEXAGON 2015
GEOGRAPHIC IMAGER 4.5
A Hexagon Geospatial lançou a versão 2015 de seus produtos para soluções geoespaciais, que abrangem todas as etapas de captura, processamento e manuseio dos dados geoespaciais. As soluções estão divididas em três grupos: Producer Suite (Pacote de produção de dados), Provider Suite (Pacote de aplicações servidoras para compartilhamento de dados) e Plataform Suite (Pacote de soluções para desenvolvimento e distribuição de dados geoespaciais via Web).
A Avenza Systems, empresa responsável pelo software MAPublisher para Adobe Illustrator e o aplicativo PDF Maps, lançou o Geographic Imager 4.5 para Adobe Photoshop. A ferramenta trabalha com imagens de satélite, fotografias aéreas, ortofotos, DEM para GeoTIFF e outros formatos, utilizando recursos do Adobe Photoshop - como transparências, filtros e ajustes de imagem - mantendo o georreferenciamento e suporte para centenas de sistemas e projeções de coordenadas.
INFO www.hexagongeospatial.com
INFO www.avenza.com
ENVI 5.2
INPE-EM
A SulSoft e a Exelis Vis anunciam a mais nova atualização para o software ENVI. A versão 5.2 traz funcionalidades inéditas que ampliam a capacidade de análise e interpretação de dados geoespaciais, tais como suporte a vídeos georreferenciados do SkySat-1, primeiro satélite que fornece não apenas imagens, mas também vídeos em alta resolução (Full Motion Video FMV). O novo ENVI introduz a função FMV-Player para visualização e processamento desses dados e também de vídeos produzidos com VANTs. Outra novidade do ENVI 5.2 é a ferramenta de análise espaço-temporal que aproveita a informação de data/hora da aquisição das imagens através da leitura do metadado no momento da importação da imagem, permitindo análises precisas relacionadas à variabilidade temporal dos dados.
O INPE-EM (Emission Model) é um sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que apresenta estimativas anuais de emissões de gases do efeito estufa (GEE) por mudanças de cobertura da terra no Brasil de modo espacialmente explícito. A versão atual do sistema disponibiliza estimativas anuais de emissões para a Amazônia Brasileira com base nos dados do sistema Prodes, também do Inpe.
INFO www.envi.com.br
INFO inpe-em.ccst.inpe.br
INPHO 6.0
DISCOVERY 3.0 Foi lançado pela Envitia o novo Discovery 3.0, um conjunto de ferramentas que permite automatizar o gerenciamento, processamento e distribuição de dados geoespaciais, além de ajudar na exploração e análise de dados espaciais, reduzindo o tempo, esforço e os custos associados com a gestão e distribuição de dados.
A Trimble anunciou, durante a Conferência Intergeo 2014, a versão 6.0 do software Inpho. Em sua mais recente atualização, o sistema conta com uma função de triangulação via satélites, expandindo a capacidade para atuar em indústrias, meio ambiente, agricultura e gestão da terra.
INFO www.envitia.com/discovery
INFO www.trimble.com/imaging/inpho
OGC PADRÃO PARA HIDROLOGIA O Open Geospatial Conortium (OGC) anuncia que o OGC Sensor Observation Service (SOS) 2.0 Interface Standard se tornou um novo padrão oficial OGC. O documento define um serviço web que permite aos usuários descobrir, reunir e consultar coleções de dados. O novo documento fornece melhores práticas para superar questões semânticas entre diferentes dados hidrológicos e aplicações relacionadas.
NOVO DIRETOR DE GEOMÁTICA
O OGC nomeou o Dr. Ingo Simonis para o cargo de Diretor de Programas de interoperabilidade e Ciência. Simonis atuará na Alemanha, junto aos membros do OGC para planejar, gerenciar e desenvolver arquiteturas para iniciativas de interoperabilidade do Consórcio. Com uma longa história de trabalho como membro ativo do OGC, Dr. Simonis conta com anos de experiência para desempenhar estas funções.
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CAPA
GOOGLE MAPS FOR WORK Entenda como a gigante de Mountain View está revolucionando o uso dos mapas no mundo corporativo
“O
Por Alexandre Scussel
rganizar as informações do mundo e tornálas mundialmente acessíveis e úteis”. Essa é a missão da Google, que possui hoje a marca mais poderosa do mundo, avaliada em 158 bilhões de dólares segundo o Ranking BrandZ, desbancando outros gigantes da tecnologia como a Apple (US$ 147 bilhões) e Microsoft (US$ 90 bilhões). Somente em 2013, o faturamento da companhia ficou próximo dos 60 bilhões de dólares. Todos reconhecem a Google por seu poderoso mecanismo de busca, mas o que realmente a gigante de Mountain View faz pelos usuários comuns e pelas empresas? Ou ainda, o que ela está fazendo pelo mercado de geotecnologia no Brasil? Larry Page, cofundador e CEO da Google, descreveu certa vez o "mecanismo de pesquisa perfeito", como algo que "entende exatamente o que você quer dizer e retorna exatamente o que você deseja". Desde que ele pronunciou essas palavras, a Google cresceu e passou a oferecer produtos além da pesquisa. Porém, o espírito de suas palavras permanece. Crédito: Wikipedia /Joito
As ferramentas para escritório, como o Google Docs e o Google Drive, mudaram a forma com que as pessoas armazenam, acessam e trabalham com seus dados pessoais.
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Como em todas suas tecnologias, desde a ferramenta de pesquisa usada por milhões de pessoas todos os dias, até o Gmail e o Google Maps, o objetivo da companhia - declarado em sua página oficial - é o de auxiliar as pessoas, facilitando ao máximo possível a busca de informações para que todos possam dedicar tempo naquilo que realmente precisam fazer. “Este é o grande diferencial da Google, o que provocou uma verdadeira revolução no uso dos mapas pelas pessoas e pelas empresas”, afirma Felipe Seabra, Gerente de Marketing da Geoambiente, empresa que distribui o portfólio Google Maps for Work no Brasil.
UMA NOVA MANEIRA DE TRABALHAR Há mais de 10 anos, a Google oferta a sua linha de produtos para o mercado corporativo. Começando com o Gmail, hoje a companhia oferece uma ampla infraestrutura para o mercado empresarial, como o Google Maps e o Google Cloud Platform, além de ampliar seu alcance para o hardware com o sistema operacional Android e o Chromebooks, e também fornecer sua inteligência de busca, chamada de Google Search, para uso interno das empresas. As ferramentas para escritório, como o Google Docs e o Google Drive, mudaram a forma com que as pessoas armazenam, acessam e trabalham com seus dados pessoais. Este grande conjunto de ferramentas foi recentemente batizado de Google for Work, nova designação para o portfólio Google Enterprise. Assim como a própria Google, o número de usuários de sua linha corporativa é gigantesEric Schmidt (CEO da Google) e seus fundadores Sergey co. De acordo com a companhia, hoje são mais de Brin e Larry Page cinco milhões de clientes corporativos que utilizam
Escritório da Google em São Paulo (SP) Google para apoiar a criação, o desenvolvimento e a transformação dos seus negócios”, declarou o CEO da empresa , Eric Schmidt. E o mercado de geotecnologia brasileiro acompanha este acelerado ritmo de crescimento e adoção das tecnologias Google, que conta com uma ampla gama de ferramentas de mapas e dados geoespaciais. TRANSFORMANDO OS NEGÓCIOS No Brasil, a Google licencia a sua linha geoespacial através de parceiros locais especializados no setor. Estas licenças para uso corporativo compreendem as ferramentas Google Maps, Google Earth e Google Maps Engine, associadas à customizações e desenvolvimento de aplicações de mapas com capacidade para transformar os negócios das empresas, através da popularização do uso da geotecnologia dentro do ambiente corporativo. Com ferramentas amplamente utilizadas e disseminadas por todos – como Google Maps e o Google Earth - o conceito Google é oferecer a escalabilidade, velocidade, bases de
dados e ferramentas de fácil utilização, que todos utilizam no dia-a-dia, para dentro das corporações. “O verdadeiro ganho é que todos sabem trabalhar com o Google, sua base de dados é ampla, as funcionalidades são incríveis e exclusivas como o StreetView. O usuário pode contar com a mesma infraestrutura de servidores que suportam serviços como o YouTube e o Gmail para armazenar, gerenciar e acessar seus dados geográficos num ambiente seguro, customizado e de fácil utilização” - complementa Seabra. De acordo com o Gerente de Marketing, as possibilidades de uso são os mais diversos, passando por uma rede de bicicletarias que busca melhorar o atendimento e gestão da sua equipe de vendas externas, uma rede de ensino superior que pretende apresentar, numa campanha de marketing, toda sua infraestrutura e campis universitários através do StreetView, até um grande centro de operações numa metrópole, que integra mais de 30 órgãos num único sistema. Todos possuem em comum o mapa e seus usuários que não são técnicos nem especialistas em geoprocessamento, mas que encontram o que buscam através de uma poderosa plataforma tecnológica.
Com ferramentas amplamente utilizadas e disseminadas por todos – como Google Maps e o Google Earth - o conceito Google é oferecer a escalabilidade, velocidade, bases de dados e ferramentas de fácil utilização, que todos utilizam no dia-a-dia, para dentro das corporações.
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Crédito: UOL | Cláudio Pepper
os produtos “Google for Work”, sendo que 64% das 500 maiores empresas do globo – de acordo com o Ranking Fortune 500 - integram esta estatística. A Google possui planos ambiciosos de ampliar em cinco vezes o seu faturamento na linha corporativa, e o Brasil se configura como grande mercado potencial. Mais do que em termos de tecnologia, segundo a Google, esta será uma transformação nos negócios: "Quando usamos instrumentos que fazem nossas vidas mais simples, o trabalho melhora. Milhões de empresas, das maiores até as menores, escolheram os produtos
em empresas e governos
Alguns casos de uso da tecnologia Assista no Youtube:
Assista no Youtube:
COR - Centro de Operações Rio
Mineradora Fortescue
FEDEX
Assista no Youtube:
Assista no Youtube:
Emplasa / Estado de São Paulo
Assista no Youtube:
SENAC
Assista no Youtube:
Pure Fix Cycles
Assista esses e mais vídeos de casos de uso em: www.maisqueummapa.com.br Imagine um governador de um estado fazendo uma viagem para uma determinada cidade que recebeu recurso público para a reforma de um museu, hospital ou escola. Querendo receber mais informações sobre as obras públicas que vai visitar, o gestor questiona o seu assessor sobre a situação de cada empreendimento: quanto foi gasto, quem é o responsável, qual o prazo para finalização, etc.. Este auxiliar pode procurar as informações em algum relatório em formato analógico, que provavelmente já se encontra um pouco desatualizado pois demorou algumas semanas para ficar pronto, ou então ele pode simplesmente acessar um aplicativo de mapas em seu celular e visualizar todas as obras em execução naquela cidade, realizar buscas através de filtros com informações integradas ao banco de dados do governo, ligar e desligar camadas de informações e contar com terabytes de ortofotos oficiais, através de informações do Google Maps e StreetView. Este mesmo assessor pode também visualizar as informações em tempo real, integrar câmeras de monitoramento e ainda traçar uma rota até o destino. Isto acontece com a mesma facilidade e com as mesmas ferramentas que os usuários comuns utilizam rotineiramente para encontrar o endereço de uma loja e traçar uma rota até a mesma. Este exemplo tecnológico não é ficção, pois acontece em diversos governos no mundo todo. Um caso semelhante já é realidade no estado de São Paulo com a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), que
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utiliza uma ferramenta de gestão de obras públicas, desenvolvida na plataforma Google Maps for Work. Esta aplicação é capaz de acessar cerca de um terabyte de dados geoespaciais do projeto Mapeia São Paulo, o qual é compartilhado com demais órgãos do estado. Assim também acontece com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que disponibiliza aos proprietários rurais o acesso a uma aplicação customizada no Google Maps para registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Outro órgão que utiliza da mesma base geoespacial é a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qual montou uma “Sala de Cenários” para agilizar o processo de licenciamento ambiental em São Paulo. Equipada com um moderno telão que acessa uma solução customizada na plataforma Google Maps, esta sala especial pode acessar centenas de camadas de interesse do cliente, além de ferramentas nativas e desenvolvidas sobre a API do Google Maps. “Não queremos resolver com flexibilização, mas sim com transparência e recursos tecnológicos”, afirmou o Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Bruno Covas, durante a apresentação oficial do Projeto Sala de Cenários. Em outro exemplo de uso das tecnologias geoespaciais da Google, a FedEx Corporation, com nove milhões de encomendas entregues por dia e mais de 50 mil postos de atendimento, passou a utilizar o Google Maps em vista da facilidade no uso da base de dados, estabilidade no armazena-
CONCEITO Google for Work: TRABALHE DA MESMA MANEIRA QUE VOCÊ VIVE
O NOSSO TRABALHO
O NOSSO DIA-A-DIA ALGUNS DADOS
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de usuários por mês
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O QUE FAZ
+1
MILHÃO
de websites com Google Maps
BILHÃO
de downloads
Software de mapas
+
UTILIZADO no mundo
Nova versão permite criar e editar mapas integrando com vídeos do YouTUBE e Google Docs
Maps
Maps API
Earth
PRO
Earth PRO
Meus Mapas
Maps Engine
PILARES DAS SOLUÇÕES
- Permite sobreposição dos seus dados no Google Maps e a criação de aplicações web e mobile customizadas. Acesso a toda a base Google: StreetView, Places, etc.
- Possui ferramentas avançadas de edição, medição e importação de dados GIS. Geocodifica milhares de endereços, imprime em alta resolução e gera vídeos.
- Permite que as empresas gerenciem e compartilhem Terabytes de dados espaciais na nuvem Google. A versão PRO inclui APP de gestão de equipes externas.
FACILIDADE DE USO
ESCALABILIDADE
COLABORAÇÃO
Ferramentas intuitivas que utilizamos praticamente todos os dias. Nas empresas, as soluções desenvolvidas na plataforma Google Maps minimizam a necessidade de treinamentos possibilitando que todos trabalhem com a geoinformação.
A alta velocidade do processamento e análise de um grande volume de dados se dá em função do algoritmo Google e de sua infraestrutura global de servidores. As empresas conseguem acessar e processar dados com muito mais rapidez e segurança.
Nunca foi tão fácil criar e compartilhar mapas na Web. Nas empresas, a colaboração amplia a produtividade e faz com que diversos departamentos utilizem e trabalhem num mesmo mapa ou informação reduzindo custos e facilitando a tomada de decisão.
Muitos
Google Maps
Uma infraestrutura de servidores com capacidade para processar 100 BILHÕES de pesquisas/mês, 450 milhões de usuários de Gmail e 80 horas de upload de vídeo do YouTUBE por minuto.
Poucos
GIS+Cloud
Em qualquer dispositivo, a qualquer hora, em qualquer lugar
GIS Tradicional Complexo
Fácil
fonte: Geoambiente - distribuidor Google Maps no Brasil (designer: Jezer Ferris)
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Fonte: Google for Work webpage
Para os administradores, a plataforma Google Maps Engine conta com uma interface rica para o usuário e possibilita que o profissional monitore minuciosamente o consumo de cada dado geográfico publicado.
mento e publicação do grande volume de informações atualizadas em tempo real e disponibilizadas mundialmente em seu website. “Nosso mapa agora está mais interativo do que nunca, você pode arrastá-lo com rapidez, dar zoom, sobrepor imagens de satélite e ainda utilizar o StreetView. Mas o melhor de tudo é a maneira como a informação é replicada na nuvem Google”, comenta Pat Doyle, Gerente de TI da FedEx. Assim como a FedEx, um grande centro universitário brasileiro, o Senac, publicou um enorme volume de informações na plataforma Google. Segundo informações do Senac, foram mais de mil fotos panorâmicas que geraram o primeiro “Indoor Map” universitário do país. A ação, que ganhou repercussão nacional e prêmios de inovação no mercado de geotecnologia, fez parte da campanha do vestibular 2014 do Senac/SP, que empregou algo jamais visto numa campanha de marketing de uma instituição de ensino brasileira. Com uma infraestrutura sólida invejável e ainda pouco conhecida, o Indoor Map, associado com a tecnologia a StreetView, foi capaz de apresentar de maneira envolvente e imersiva os seus três maiores campus universitários. Este exemplos mostram, segundo Felipe Seabra, que “os mapas ultrapassam as barreiras dos chamados mercados tradicionais e “’heavy users de GIS’, a exemplo dos segmentos de energia elétrica, óleo e gás, mineração, floresta, dentre outros, para atender as mais diversas demandas de qualquer tipo de negócios”. Um caso recente de uso da tecnologia Google Maps é o de uma rede de bicicletarias dos Estados Unidos, a Pure Cycles, que utiliza um aplicativo para visualizar no mapa as suas demandas e realizar a gestão de sua equipe comercial. A plataforma permite integração com demais produtos, como o Google Drive, Google Docs e Hang-Outs, todos produtos da plataforma Google Apps for Work. “Utilizamos
Escritório da Bicletaria Pure Cycles
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o Google Maps e o Google Apps pois, para nós, é mais confortável, afinal gostamos de fazer as coisas de uma maneira descomplicada”, afirma Austin Stoffers, sócio fundador da Pure Cycles. Seja no governo ou nas empresas, existe uma constante busca por redução de custos e aumento de produtividade. Olhando para esta necessidade, a Google vem empregando seus esforços e oferecendo ao mercado corporativo produtos que já foram testados por bilhões de usuários em todo o planeta. GOOGLE GEO PARA DESENVOLVEDORES As soluções geoespaciais da Google vêm trazendo grandes benefícios para a comunidade de desenvolvedores, que está cada vez mais utilizando APIs de plataformas geográficas. De acordo com Alex Vidotto, desenvolvedor Google na Geoambiente, o grande leque de oportunidades criado pelas APIs permite o desenvolvimento de aplicações customizadas, que vão desde a aplicações privadas utilizando recursos como SSO (Single Sign-On) e oAuth2, até portais públicos. “Devemos lembrar ainda da disponibilização mobile através dos SDKs dedicados ao Android e iOS. Tudo sempre contando com uma documentação impecável de seus recursos além de exemplos de códigos”, afirma o desenvolvedor. Para os administradores, a plataforma Google Maps Engine conta com uma interface rica para o usuário e possibilita que o profissional monitore minuciosamente o consumo de cada dado geográfico publicado, bem como efetue o upload de novos dados e os disponibilize de forma segura e interoperável, seja para consumo WMS ou utilizando a API do Google Maps. “Utilizar a nuvem da Google para publicar e gerenciar dados geográficos não significa apenas contar com sua infraestrutura computacional, mas também fazer uso de recursos que estão incorporados em produtos utilizados por bilhões de usuários e que também estão disponíveis na sua linha corporativa”, informa o desenvolvedor Google. Sendo um dos pioneiros a utilizar a tecnologia Tiled Web Map, a Google processa a sua informação geográfica com a mesma performance do Google Maps. “Disponibilizar informações em grande escala e não ter a preocupação com infraestrutura é, hoje, uma realidade graças à presença desses players globais, que oferecem sua própria infraestrutura para garantir extrema escalabilidade e gigantesca capacidade de processamento”, finaliza Vidotto.
Garmin
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PASSO A PASSO
GOOGLE MEUS MAPAS Primeira parte da nova série de tutoriais com a nova denominação do Google Maps Engine Lite
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Revista MundoGEO vem publicando nossos tutoriais sobre Produtos Google Geo, sendo que nas edições anteriores utilizamos o Google Maps Engine Lite, agora denominado Google Meus Mapas. Nesta edição vamos demonstrar outros recursos adotando novamente como área de estudo a Unesp - Câmpus de Presidente Prudente. Um arquivo CSV será utilizado neste tutorial e pode ser acessado em http:// goo.gl/Icz811. Baixe esse arquivo e salve no seu computador, pois com base nele você poderá elaborar seu próprio arquivo para outra área de interesse.
ARLETE APARECIDA CORREIA MENEGUETTE Engenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp Campus de Presidente Prudente arletemeneguette@gmail.com
Entre no Google Meus Mapas: https://www.google.com/maps/d. Faça login em sua conta Google. Clicando em “Criar um novo mapa” você terá acesso à interface do Google Meus Mapas. Observe que no painel à esquerda consta “Mapa sem título”. Clique sobre esse texto e será possível digitar o nome do mapa, por exemplo: “Unesp - P. Prudente - Área Central”. Digite uma descrição para o mapa, por exemplo: “Este mapa mostra a localização dos prédios da Área Central da Unesp de Presidente Prudente”. Clique em “Salvar”. Note que agora o nome e a descrição são exibidos no painel à esquerda. Observe que já existe uma camada sem título disponível para conter dados, sejam eles criados manualmente ou através de importação de dados previamente coletados. Vamos demonstrar a segunda opção, portanto, clique em “Importar”. Há duas opções: fazer upload de um arquivo do seu próprio computador ou escolher um arquivo no Google Drive. Sendo assim, mantenha selecionada a opção “Upload”, depois clique em “Selecionar um arquivo do computador” e indique o caminho
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onde foi salvo o arquivo CSV em seu computador. Tendo selecionado o arquivo “predios-area-central-unesp-prudente.csv”, será iniciado o upload. Ao final do processo de importação será exibida uma janela de informações, na qual já aparecem habilitadas as colunas “Latitude” e “Longitude”, que serão utilizadas para posicionar os marcadores. Clique em “Continuar”. Em seguida será possível escolher a coluna para identificar os marcadores, sendo que há várias opções, selecione “Sigla” e depois clique em “Concluir”. Os marcadores importados serão exibidos na tela. Observe como eles estão posicionados sobre os prédios da Área Central da Unesp de Presidente Prudente. Clique no nome da camada (que passou a ter o nome do arquivo enviado em CSV) e substitua-o por “Prédios da Área Central”, depois clique em “Salvar”. Observe que agora o mapa tem título e descrição e a camada tem nome e conteúdo, mas os marcadores aparecem com o mesmo símbolo. Para exibir informações específicas de cada prédio basta clicar no marcador desejado.
Para demonstrar outros recursos do Google Meus Mapas, clique em “Adicionar Camada” e constate que a nova camada criada não tem título nem conteúdo. Desabilite a caixa de exibição da camada anteriormente editada. Repita o procedimento descrito para importar o mesmo arquivo CSV para a segunda camada do mapa. Mais uma vez mantenha selecionadas as opções “Latitude” e “Longitude” para posicionar os marcadores. Clique em “Continuar”. Desta vez escolha a opção “Nome” para identificar os marcadores, depois clique em “Concluir”. Para alterar a aparência dos marcadores clique em “Estilo” e note que há várias possibilidades: Estilo uniforme; Sequência de cor e letras; Estilos individuais; e Estilo por coluna de dados. Escolha a opção “Sequência de cor e letras”. Renomeie a segunda camada (por exemplo: “Prédios com cores e letras”). Desabilite a segunda camada, adicione uma terceira camada e repita o mesmo procedimento. No momento de escolher o Estilo, opte por “Estilo por coluna de dados” e em seguida selecione o atributo a ser associado, por exemplo: “Nr de Andares”. Automaticamente os dados são exibidos de acordo com as Categorias a que pertencem. Edite o nome da terceira camada, digitando, por exemplo: “Número de Andares dos Prédios”. A aparência dos marcadores pode ser alterada, seja no que se refere ao ícone ou à cor de preenchimento, assim como o texto da legenda pode ser complementado, basta clicar no ícone e fazer as alterações necessárias. Por exemplo, digite “Prédio com 1 andar” e “Prédio com 2 andares” nos locais convenientes na legenda. Observe que no painel à esquerda constam nove prédios com somente um andar e seis prédios com dois andares. Ao clicar sobre o nome de uma das categorias, todos os marcadores a ela associados são destacados no mapa. Duas camadas podem ser exibidas simultaneamente, de modo a oferecer informações complementares, por exemplo, a segunda camada permite saber os nomes dos prédios diferenciados por letras e cores, enquanto que a terceira possibilita saber quantos andares cada prédio tem. Com o “Google Meus Mapas” podemos ter até cinco camadas de dados, portanto use sua imaginação para adicionar mais duas camadas e compartilhe seu mapa com arletemeneguette@gmail. com. Com base nas sugestões deste tutorial, elabore seus mapas personalizados e, se tiver dúvidas, entre em contato com os principais colaboradores do Fórum Google Maps em: http://goo.gl/88yUcw . MundoGEO 79 | 2014
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BIM
INTEGRAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS Laser Scanning e a geração de Modelos BIM: fluxograma trivial?
Q FERNANDO CESAR RIBEIRO Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia de Transportes pela PoliUSP. Diretor Operacional da Sigma Geomática / Toppar Engenharia de Levantamentos, Professor do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, da Faculdade de Engenharia da FAAP e do Centro Universitário da FEI fernando@toppar.com.br
MARCELO NEPOMUCENO Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, Professor do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, trabalha no desenvolvimento e gerenciamento de projetos com o auxílio do sistema BIM
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uando nos referimos ao produto resultado do levantamento feito por Laser Scanner na sua forma mais básica, ou seja, a nuvem de pontos, inicialmente nos surpreendemos com a riqueza de detalhes e informações dos ambientes ou edificações precisamente levantados. Da mesma forma, ficamos surpresos quando as aplicações dos levantamentos de alta definição estão ligadas à infraestrutura, como obras de arte de engenharia, rodovias, sistemas viários, etc.. Fundamentalmente, ainda usamos a nuvem de pontos para "As-Buit" e"As-Is", que podem nos auxiliar muito para o desenvolvimento de projetos de intervenções arquitetônicas, construção civil e, por que não, de planejamento urbano. Mas o cerne da questão é: como usar essa nuvem como referência para a geração de modelos BIM? Assim já respondo a questão do título da coluna: infelizmente está longe de ser trivial. Confesso que algumas experiências têm sido traumáticas, pois o fluxograma de levantamento e posterior tratamento (registro e filtragem) das nuvens de pontos, somente realizados pelo software proprietário do Laser Scanner, na maioria das vezes não é suficiente para importação direta pelo software que suporte a tecnologia BIM. Deve-se cuidar muito da troca de informações e da definição de padrões entre os profissionais de modelagem com os de levantamento. Basta ver que há negligência de aspectos técnicos extremamente importantes do levantamento, como resolução e precisão que, via de regra, são subdimensionados para a geração de modelos geometricamente mais precisos, obviamente por desconhecimento de ambas as partes. É muito difícil, ainda, alinhar as necessidades e limitações do processo com as expectativas dos resultados. O problema então passa a ser conceitual, gerando uma evidente incompatibilidade entre as formas de levantamento e a produção de modelos BIM. Exemplificando, as dificuldades de leitura dos dados podem ser resolvidas a partir da interação entre profissionais de projeto e levantamento, alterando-se alguns procedimentos, condições de locação e posição de
cenas, e até a iluminação durante o levantamento. Assim, se pode exercer as boas práticas de levantamento (incluindo a topografia convencional), pensando sempre na aplicação e condições que facilitem a modelagem. Nos dias 7 e 8 de Outubro foi realizado em São Paulo o evento mais importante do setor de tecnologia BIM: o Autodesk University. Trata-se de um encontro de profissionais que teve origem nos Estados Unidos, onde acontece há mais de 20 anos, e que na sua 4ª edição no Brasil mostrou a necessidade de discussões de interação profissional interdisciplinar. Tive a oportunidade de palestrar com o arquiteto Marcelo Nepomuceno, especialista em modelagem BIM e observamos, em vários momentos da apresentação, que a demanda de integração entre as especialidades é latente. Várias perguntas se direcionaram para uma melhor compreensão das ferramentas de modelagem quando se tem, no software de suporte BIM, uma nuvem com milhões de pontos. Creio que também aqui ainda temos que consultar a experiência antes da razão, como já dizia Leonardo Da Vinci. Rompida a barreira da comunicação pessoal, surgem outros problemas: a interface de dados. Na sequência, entraremos na modelagem propriamente dita. Ambos assuntos serão tratados na próxima coluna. Para uma simples visualização, seguem imagens respectivamente do detalhe (alto à esquerda) de uma nuvem de pontos e do modelo BIM gerado a partir da mesma.
DGI
GEOQUALITY
SENSORIAMENTO REMOTO & DADOS CENSITÁRIOS Imagens de satélites na sistematização e interpretação de processos
O WILSON ANDERSON HOLLER Engenheiro Cartógrafo, Esp. (UFPR), Supervisor de equipe na Embrapa Gestão Territorial wilson.holler@embrapa.br
Em muitos casos, dados estatísticos dos censos nacionais são utilizados para validar resultados de produtos gerados por técnicas de Processamento Digital de Imagens (PDI) na fase final. O inverso também ocorre, produtos do PDI são utilizados para validar dados censitários. 38
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conhecimento da distribuição espaço-temporal, em seus aspectos quantitativos e qualitativos, é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e ambiental de uma determinada região ou país. Para tanto, é indispensável o monitoramento e a análise de informações de forma sistematizada. Duas das possíveis formas de sistematizar dados são o levantamento por meio de censos nacionais (demográfico ou agropecuário) e o levantamento de dados por meio do uso de sensores remotos (imagens de satélite). No censo demográfico brasileiro, os registros individuais coletados são agregados em unidades de área conhecidas como setores censitários. De acordo com o IBGE, um setor censitário representa “a menor unidade territorial, formada por área contínua, integralmente contida em área urbana ou rural, com dimensão adequada à operação de pesquisas e cujo conjunto esgota a totalidade do Território Nacional, o que permite assegurar a plena cobertura do País”. Em outras palavras, a delimitação dos setores censitários, por definição, é guiada por critérios operacionais. Em casos como esse, no qual o estabelecimento das unidades de área desconsidera a distribuição espacial da população, os resultados gerados sobre os dados são influenciados pela definição espacial das fronteiras destas unidades. Em análises temporais, as alterações dos limites dos setores censitários para os resultados das análises são muito sérias, dado que podem ser modificados a cada recenseamento. Estudos sob essas condições - sejam eles baseados em cálculos de índice, taxas, modelos de regressão etc. - tornam-se difíceis pela dificuldade em discriminar as mudanças indicadas pelos resultados que de fato ocorreram ou se são distorções provocadas pelas alterações nas delimitações dos setores censitários. Uma opção existente, para trabalhos que considerem análises temporais, é o agrupamento de setores censitários compatíveis para dois ou mais censos, utilizando o conceito de áreas mínimas comparáveis do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Em geral, esse procedimento implica em uma agregação expressiva das informações associadas aos setores e consequente perda de detalhes fornecidos pelos dados originais. Alguns trabalhos propõem ou-
tros procedimentos para a compatibilização da geometria dos setores censitários de datas distintas, bem como dos dados associados. Eles desagregam alguns setores censitários, mas permitem integrar dados populacionais com dados do meio físico. Imagens de satélite são utilizadas na identificação e quantificação do meio físico das áreas de interesse e anos dos levantamentos censitários. O sensoriamento remoto não é uma tecnologia nova, uma vez que as fotografias aéreas têm sido amplamente utilizadas por mais de um século, sem considerar o início de rigores técnicos para sua aquisição e fins métricos, e imagens de satélite por mais de quarenta anos. Alguns pesquisadores tentam combinar os dados censitários e imagens de sensoriamento remoto nos processos de interpretação. Esses esforços são vistos com frequência na estimativa populacional, mapeamento do uso e cobertura da terra e em fatores de alteração da paisagem em determinadas regiões. Em muitos casos, dados estatísticos dos censos nacionais são utilizados para validar resultados de produtos gerados por técnicas de Processamento Digital de Imagens (PDI) na fase final. O inverso também ocorre, produtos do PDI são utilizados para validar dados censitários. Alguns trabalhos com dados estatísticos provenientes de censos e dados de sensores remotos mostram que existe correlação entre o desmatamento em determinadas regiões e indicadores do censo demográfico. Estudos apontam uma correlação estatística significante entre a densidade populacional e o desmatamento monitorado por meio de sensores remotos. Outros trabalhos mostram uma correlação entre o crescimento populacional e o aumento da área construída em alguns municípios, indicando que as áreas que mais sofreram transformações ao longo do tempo eram aquelas provenientes de bairros rurais que, então, se tornaram locais residenciais ou comerciais. A utilização de dados oriundos de sensoriamento remoto permite a atualização de dados sobre a cobertura e, em algumas vezes, o uso da terra com maior frequência, diferente do que acontece com os dados censitários.
furtado
VANTS & DRONES VANT ZANGÃO Projetado e fabricado pela Skydrones, empresa brasileira que atua no desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs ou Drones) desde 2008, o novo Zangão é uma plataforma aérea com sofisticada eletrônica embarcada que permite transportar diferentes sistemas de captura de imagens. De acordo com a SkyDrones, sua instrumentação e sistemas de controle permitem voos com alta estabilidade e reduzido tempo de treinamento operacional, além de alta capacidade de carga e grande confiabilidade. O Zangão é indicado para: monitoramento ambiental, inspeção de redes de transmissão, segurança pública e privada, mapeamento de áreas agrícolas, monitoramento de tráfego, monitoração de mineração, entre outras aplicações. Com design moderno e eficiente, o drone possibilita o transporte de diversos tipos de câmeras e sensores que geram imagens utilizadas para produzir mapas ortorretificados, mapas de terreno e superfície, nuvens de pontos 3D ou mapas NDVI para agricultura. Sensores infravermelhos podem ser utilizados para mapeamento e detecção de problemas em redes de distribuição de energia elétrica. O Zangão V é o resultado de estudos e testes que começaram em 2011. A SkyDrones desenvolveu quatro protótipos e testou dois “Airframes” (corpo do avião) feitos por empresas chinesas. Segundo a empresa, todos estes testes possibilitaram coletar dados e experiências para chegar ao design e performance esperados pelo mercado consumidor profissional. O Zangão oferece um conjunto de vantagens tecnológicas que otimiza sua performance, tais como: estabilização autônoma das atitudes em voo da plataforma obtido pelo sistema de controle embarcado; decolagem por arremesso manual ou uso de mini catapulta permitindo uso em espaço restrito; pouso automático de barriga por aproximação em baixa velocidade (pré estol); programação de missão de voo para voar autonomamente até pontos pré-determinados (GPS) por computador; comando de retorno autônomo para a base operacional; baixo peso da plataforma e alto potencial de carregamento (sensores e câmeras embarcados); possibilidade de uso de câmeras especiais, como infra vermelhas (IR), NIR e de alta resolução (HD) de foto (Sony Nex 7); base de comando com integração de dados de voo, captura de imagem e cartografia; alta capacidade de customização para diferentes aplicações; peças de reposição a pronta entrega. INFO www.skydrones.com.br
RIEGL LANÇA DRONE COM TECNOLOGIA LASER A Riegl, empresa que atua na fabricação de aparelhos e softwares com tecnologia de levantamento e processamento de escaneamento a laser, anuncia que se tornou a primeira fabricante de tecnologia Lidar a desenvolver seu próprio sistema aéreo não tripulado, o Ricopter. O lançamento do drone aconteceu na feira do Intergeo, na Alemanha, entre os dias 7 e 9 de outubro. O Ricopter é um drone de alto desempenho equipado com o sensor Lidar Riegl VUX – 1.
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SIRIUS PRO E SIRIUS BASIC A Topcon Positioning Group também anunciou o lançamento de dois Sistemas Aéreos não Tripulados (Sis VANTs) para mapeamento: Sirius Pro e Sirius Basic. Ambos os sistemas foram projetados para produzir as soluções mais precisas para mapeamento de uma grande variedade de locais, independentemente do terreno, como locais de construção, minas, pedreiras, além de permitir a inspeção de dutos e linhas de energia.
SkyDrones
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INCRA USA DRONE PARA AUXILIAR NA GOVERNANÇA DA TERRA Qualificar a governança fundiária, a gestão do território e o georreferenciamento dos imóveis rurais, melhorar a análise de uso e ocupação do solo e auxiliar as equipes técnicas nos serviços feitos em campo. Esses são os principais objetivos dos testes com Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) realizados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), sob a coordenação da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária (DF). O projeto-piloto com a captação de imagens foi realizado nos projetos de assentamento Dom Orione, no município de Betim (MG), e Paulo Faria, nos municípios de Prata e Campo Florido, no Triângulo Mineiro. O projeto é coordenado pelo engenheiro agrimensor Marcelo Cunha, da Superintendência Regional do Incra em Minas Gerais. Segundo ele, a proposta é adaptar a tecnologia de VANTs no Brasil, atualmente muito voltada para uso do solo, à realidade da autarquia que, no caso dos assentamentos, já possui em sua base de dados, por meio de topografia convencional, conhecimento dos limites das áeas e das parcelas ocupadas. De acordo com o agrimensor, os resultados dos testes demonstram alta qualidade das imagens e precisão geométrica, garantindo a correspondência de coordenadas ou espacialização de limites consolidados em campo, como cercas, estradas, rede hidrográfica e outros, obtidas através de levantamentos convencionais (topografia e GPS) e as coordenadas, destes mesmos limites, obtidas sobre as imagens processadas do levantamento fotográfico do VANT. “A precisão das imagens geradas pelo VANT é de 6 a 12 cm. “A título de comparação, no sensoriamento remoto, imagens de satélite RapidEye, utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Incra, oferecem precisão de 5 metros”, exemplifica.
TOPCON FAZ ACORDO PARA DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL A Topcon Positioning Group realizou um acordo de parceria com a MAVinci GmbH, provedora de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs ou Drones), para distribuição mundial destas aeronaves. Como resultado da parceria, a Sirius – uma série de drones guiados com o Topcon GNSS e impulsionados pela tecnologia MAVinci – estará disponível globalmente. Com sede em St. Leon Rot, na Alemanha, a MAVinci é uma empresa especializada em soluções para o levantamento aéreo e desenvolvimento de tecnologia VANT.
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GOOGLE TESTA DRONE PARA ENTREGAR COMPRAS O Google revelou que realizou testes com drones para entregar produtos comprados online na Austrália, seguindo na mesma direção da Amazon, gigante de vendas pela internet. A empresa de buscas realiza pesquisas há dois anos dentro do chamado Project Wing (Projeto Asa), que recentemente fez voos de teste levando doces, remédios, biscoitos de cachorro e outras encomendas a fazendeiros de Queensland, na Austrália. A Amazon já desenvolve a ideia de “drones-correio” para a entrega de pacotes e em julho passado pediu permissão às autoridades americanas para realizar testes nos Estados Unidos.
AIRBUS OBTÉM CERTIFICAÇÃO PARA USO CIVIL A Airbus Defence and Space se tornou a primeira empresa europeia a obter a certificação civil de um VANT. A companhia apresentou formalmente a aeronave, chamada de Atlante, para a certificação civil à Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA), órgão responsável pela certificação de todos os aviões projetados ou operados na Europa. O Atlante é um monomotor de 570 quilogramas, projeto para várias aplicações, tais como: vigilância e monitoramento de tubulações de petróleo, linhas de alta-tensão, ferrovias, desastres naturais, incêndios florestais ou eventos esportivos. A Airbus e a EASA trabalharão em conjunto para desenvolver um processo de certificação para VANTs, com base no processo normalmente utilizado para aeronaves tripuladas, que definirá os padrões para certificações futuras na Europa.
CURITIBA DEFINIRÁ REGRAS PARA O USO DE DRONES O crescente uso de drones acendeu a luz de alerta na prefeitura de Curitiba (PR), e a definição de regras entrou nos debates do novo Plano Diretor da cidade, que terá validade de dez anos. Até março do ano que vem, haverá lei municipal para o voo dos drones. A partir de debates que já se iniciaram na cidade e dos estudos elaborados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a prefeitura de Curitiba irá organizar as normas para a utilização dos drones no município. O mercado aguarda com grande expectativa a regulamentação da Anac, que deve publicar em breve as normas gerais para permitir voos de drones no país. Segundo estudos da agência, deverão ser autorizados a circular VANTs de até 25 quilos em lugares públicos a até 120 metros de altitude. Em um raio de cinco quilômetros do espaço onde os drones irão circular, não poderá haver aeroportos.
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PATRIMÔNIO CULTURAL
GEOTECNOLOGIAS LIVRES NO SETOR PÚBLICO Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão com dimensão geográfica
N GEORGE A. DA GUIA
Arquiteto e urbanista pela UnB. Analista de Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em exercício no Iphan. Product Owner - Projeto SICG george.daguia@Iphan.gov.br
ELIEZER VIEIRA
Bacharel em Ciência da Computação pelo Centro Universitário de Brasília. Experiência de 12 anos em projetos de software utilizando geotecnologias Web, Desktop e Mobile. o Especialista de Geoprocessamento da EGL Engenharia para o Projeto SICG vieira.eliezer@gmail.com
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as últimas décadas, o setor público no Brasil passou por um processo de amadurecimento da democracia com a ampliação e diversificação dos atores no processo de tomada de decisão. Sob este contexto, impõe-se a adoção de processos ágeis de tomada de decisão e maior eficiência e eficácia na entrega de produtos e serviços para a população. A visão moderna de governança pública adota métodos e princípios do planejamento estratégico e integra o binômio desenvolvimento socioeconômico/planejamento-gestão. Com isso, a adoção de geotecnologias passa a ter papel preponderante no escopo da estratégia de responder com maior rapidez e melhor qualidade as demandas, cada vez mais crescentes e diversas, das políticas públicas. Se, por um lado, o uso de geotecnologias torna-se primordial no cotidiano da administração pública moderna, por outro, princípios de software livre passam a estabelecer atitudes éticas perante o uso dos recursos públicos. Dessa forma, diversos movimentos, nas mais diversas frentes, estabelecem redes colaborativas de desenvolvimento de produtos e serviços “livres” como alternativas ao mercado. São exemplos os movimentos de software livre, de “copyleft”, creative commons e, mais recentemente, a rede colaborativa de tecnologias geoespaciais, conhecida como Open Geospatial Consortium (OGC). O Brasil, alinhado com as tendências internacionais, adotou marcos legais que pautam o uso e a produção de produtos e serviços relacionados a softwares livres. Destaca-se a Portaria SLTI/MP N°05/2005 (e-pinG), a criação do portal de software público em 2007 e a Instrução Normativa n°04/2012 (Inda). No campo das geotecnologias há o Decreto Presidencial n°6.666/2008, que institui a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Contudo, não basta ao poder público demonstrar capacidade de planejamento e regulamentação. Trata-se de uma fronteira que articula os processos de planejamento com aqueles referentes à gestão sob preceitos e olhares geográfi-
cos. Consolida-se a forte vinculação, para a gestão pública moderna, do uso de dados referenciados sobre o espaço: Onde? O que? Quais as características de sua distribuição? Estas são perguntas básicas para o processo de tomada de decisão, e todas elas passam pela necessidade de dados geográficos estruturados e confiáveis. www.softwarepublico.gov.br Sob esta realidade, o Instituto do Patrimonio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem realizado diversos esforços na tentativa de introduzir, em seus processos, a dimensão geográfica. Isto significa dizer que o “negócio” da instituição passa a ter - nas atividades de identificação, reconhecimento, conservação, salvaguarda e fiscalização - a dimensão geográfica como uma de suas unidades de entrada e saída de produtos e serviços. Para isto, em especial nas duas últimas décadas, o Instituto tem procurado trazer as geotecnologias para o seu cotidiano. Num primeiro momento através de iniciativas de constituição de bancos de dados de bens culturais (década de 80, projeto não realizado), da construção de banco de dados cadastrais intraurbanos (década de 90, chamado de INBI-SU, realizado parcialmente) e do desenvolvimento de metodologia, padrões de produção e software que integram todas as bases de forma georreferenciada, intitulado como Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG).
CADASTRO COM INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA O SICG é o primeiro sistema de cadastro integrado com inteligência geográfica do Iphan. Pode-se dizer que o sistema informatizado cumpre o seu papel de avançar na fronteira do conhecimento em termos de desenvolvimento com software livre e propiciar dados abertos para todos os demais sistemas de informação. O projeto SICG iniciou-se em 2006 com a análise crítica dos procedimentos de identificação,
reconhecimento e gestão dos bens culturais protegidos pelo Iphan. Os resultados apontaram para uma realidade institucional marcada pela ausência de automação dos processos de cadastramento, normatização, tombamento e fiscalização do patrimônio cultural. Isto acarretava elevada demora na produção de conhecimento e no uso para a gestão dos bens culturais, seja por meio de indicadores ou outros índices passíveis de monitoramento. Soma-se a este cenário a completa ausência de inteligência geográfica nos requisitos negociais do Iphan. Sob este contexto, o projeto SICG teve por objetivo geral abordar o patrimônio cultural de forma integrada e sistêmica, e ofertar ferramentas de planejamento estratégico para a Instituição. O alcance deste objetivo considerou inovação dos meios para o desenvolvimento de software e a adoção da inteligência geográfica como parte do negócio do Iphan. Estrutura-se em três módulos complementares: 1) conhecimento - vocacionado para estudos amplos, com dados históricos, iconográficos, econômicos e geográficos; 2) cadastro básico e complementar dos bens - vocacionado para dados gerais e refinados dos objetos e; 3) gestão - voltado para automatização de processos, tais como rotinas de fiscalização, normatização e fluxo de investimentos. Estes últimos fazem parte de outros sistemas corporativos que serão compartilhados por meio de webservices, permitindo a integração de dados das mais diversas naturezas em uma mesma plataforma com inteligência geográfica. Uma das principais características do SICG é o alcance no atendimento aos seus preceitos de sistema integrado voltado para a gestão do bem cultural. Destacamos o fato de termos a articulação, no território, do cadastro dos bens culturais materiais e imateriais, fato inédito na Instituição, o que permite um olhar diferenciado para a gestão dos bens culturais. Em termos federativos, o sistema permite que governos locais e universidades possam fazer uso da base de dados e compartilhar seus bens. Desta forma, o SICG passa a se constituir como uma base de dados estruturados organizados por categorias e termos que permitem análises, por meio de relatórios geográficos e relacionais, das condicionantes, como por exemplo de projetos de desenvolvimento territorial, como é o caso da implantação de novas infraestruturas econômicas ou até mesmo na mudança na lei de uso e ocupação do solo de um distrito urbano.
Setorização
ARQUITETURA DO SISTEMA Trata-se de um sistema baseado em tecnologias livres de acordo com os preceitos constitucionais previstos nos artigos 218 e 219 e com as leis federais de interoperabilidade e acessibilidade. O SICG foi desenvolvido utilizando geotecnologias de acordo com padrões de interoperabilidade sugeridos no Programa de Governo Eletrônico, mantido pelo Ministério do Planejamento. Além disso, as diretivas suportadas pelo OGC foram observadas. A implementação utilizou as tecnologias JAVA, Javascript, GeoJSON, Openlayers, GeoServer, PostgreSQL com extensão PostGIS e Hibernate Spatial. Adotamos o conceito de arquitetura em três camadas, sendo a camada de apresentação baseada no padrão MVC, camada de negócio e camada de persistência. Foram utilizados dados geográficos de outras entidades como base para o sistema, como é o caso da Base Cartográfica Contínua do Brasil ao Milionésimo (BCIM) produzida pelo IBGE, poligonais das terras indígenas produzidas pela Funai, rede hidrológica da Agência Nacional de Águas (ANA), unidades de conservação do SNUC/MMA, entre outras. Para o cadastro geográfico dos bens culturais, foram criadas camadas próprias do Iphan, como é o caso do cadastro de bens de natureza material e imaterial, além das ações, instituições do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI) e uma tipologia de setores diferenciados de acordo com os marcos legais e função nos processos do Iphan para identificação, proteção e normatização.
HUMBERTO MATTOS
Bacharel em Ciência da Computação. Analista em Tec. da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão desde 2010. Responsável pelo desenvolvimento de Sistema de Informação no IPHAN humberto.carvalho@Iphan.gov.br
JAMIL BUZAR NETO
Bacharel em Ciência da Computação pela UCB. Scrum Master no projeto SICG. Atua na gestão de projetos pela EGL Engenharia. jamil.neto@egl.eng.br
PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES O sistema teve vários desafios tecnológicos em sua construção, dentre eles destaca-se a funcionalidade denominada “visualizador geral do bem”, que é uma visualização geográfica e relacional MundoGEO 79 | 2014
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de todos os bens, ações e instituições do PNPI e dos bens materiais (tombados, chancelados, valorados, cadastrados) em um mesmo mapa, utilizando o conceito de “clusterização”, formando agrupamentos ou “clusters” dos bens, de acordo com o nível de zoom utilizado pelo usuário. Essa funcionalidade foi um grande desafio, pois as estruturas das principais entidades de negócio, que em determinado zoom são vistas de forma agrupada, são diferentes quanto à natureza e tipo do bem cadastrado. Soma-se a isto outro fator bastante complexo no desenvolvimento dessa funcionalidade, que é a visão sincronizada dos bens no mapa e seus dados relacionais listados no canto direito da tela. Para dar conta deste desafio, utilizou-se de relacionamentos geográficos entre os quadrantes disponíveis para visualização na interface do mapa e a lista de bens ali visualizados a partir de um scroll infinito que dispara requisições assíncronas à medida que se faz necessário, limitando o número de registros obtidos para não sobrecarregar o sistema.
Visualizador Geral do Bem Outra funcionalidade importante do sistema é a criação do Contexto Geral e Contexto Imediato. Com esta funcionalidade é possível associar bens materiais a contextos históricos e geográficos do Brasil, entretanto somente podem-se vincular os bens que estão contidos geograficamente dentro do contexto geográfico definido, utilizando regras topológicas para auxiliar as regras negociais do sistema, ou seja, o Iphan agora tem uma maior validação e garantia que os bens vinculados ao contexto geográfico realmente estão inseridos no mesmo devido à sua inteligência geográfica.
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Conhecimento - contexto geral Uma funcionalidade também importante e desafiadora do sistema é o visualizador dos setores de proteção e normatização (VGPN). Para entender a funcionalidade, é preciso conhecer os conceitos do SICG em relação aos seus processos: identificação e normatização. Para o processo de identificação/reconhecimento, um bem material é cadastrado de acordo com sua natureza e tipo (bem imóvel tipo conjunto urbano, por exemplo). Em virtude do seu objetivo de cadastrar bens culturais de governo nacional (federal) e subnacional (distrital, estadual, municipal), o sistema dispõe de um cadastro georreferenciado denominado “cadastro de proteção”, com o qual se pode cadastrar bens e suas respectivas poligonais de identificação e proteção, valendo também para os bens inscritos nas listas de patrimônio mundial e da humanidade em virtude dos protocolos internacionais assinados pelo governo brasileiro. Em virtude desta regra negocial, cada bem pode possuir mais de uma proteção, por exemplo, pode ter uma proteção federal que abrange uma área específica e uma proteção estadual que abrange outra área que não necessariamente é a mesma. Cada cadastro de proteção tem poligonais distintas, seja área protegida e entorno. No que se refere ao processo de normatização, o sistema permite a construção de um mosaico georreferenciado de unidades de gestão, voltadas para a preservação no interior das áreas de proteção.
Visualizador Geral do Setor
O desafio principal do VGPN foi conseguir trazer ao usuário visão geral das proteções de qualquer bem que ele quiser de uma forma que a legibilidade do fator geográfico pudesse ser facilmente apreendida. A partir destas regras negociais, a funcionalidade do visualizador do setor permite ao usuário selecionar um ou vários bens em uma “treeview”, que mostra suas proteções e os setores respectivos de cada uma. A partir desta ferramenta, o usuário pode ir habilitando ou não os layers específicos de bem, proteção e setores, além de ofertar um roll de janelas com dados sobre as características do bem, os bens ali cadastrados, as ações governamentais em andamento e uma informação básica sobre as diretrizes urbanísticas, paisagísticas e edilícias para o setor visualizado.
Outra inovação, para o campo do patrimônio cultural, é a integração, em uma única base geográfica e interface, do cadastro de todos os bens culturais operacionalizados pela política de patrimônio cultural. Soma-se a esta integração a oferta de um serviço que contempla o cadastro unificado de todos os bens culturais protegidos, independentemente de sua natureza federativa. Com isso, pode-se dizer que se trata da ferramenta de cadastro do Sistema Nacional de Patrimônio Cultural que, no escopo do Sistema Nacional de Cultura, possibilitará a sinergia de ações e investimentos no campo do patrimônio cultural.
EFICIÊNCIA NA GESTÃO DO PATRIMÔNIO
Visualizador Geral do Setor - Janela de dados
INOVAÇÃO: WEBSERVICES GEOGRÁFICOS Uma inovação para o Iphan é a utilização de webservices geográficos. A arquitetura de dados do SICG foi pensada e baseada em serviços e orientada a objeto, o que possibilita integrações futuras com outros sistemas. O SICG, em sua primeira versão, tem interface de comunicação com o sistema de fiscalização e autorização dos bens culturais (fiscalis). A integração prevista compreende o cadastro e pesquisa de bens diretamente do fiscalis no SICG e a possibilidade de atualização e sincronização de dados dos bens, tais como estado de conservação e preservação a partir do preenchimento do laudo de vistoria e/ou avaliação do estado de conservação. Há a previsão de integração, para o ano de 2015, com o Sistema de Informações Gerenciais, conhecido como SIG-IPHAN, que trata dos dados orçamentários e do monitoramento de obras. Destaca-se também a iniciativa de desenvolver um sistema georreferenciado totalmente alinhado com as diretrizes da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais, possibilitando que o Iphan e, no futuro, os governos subnacionais, possam fazer parte, como nó de informação da rede desenhada pela Inde.
O Iphan considera o SICG como fronteira entre a realidade marcada pelo processo de trabalho baseado, em sua maioria, em meios analógicos e sem inteligência geográfica, para processos e produtos baseados na produção e recuperação das informações com características geográficas e automatizadas. Para o Instituto, o SICG representa uma novidade em termos de conceito e ferramentas na gestão do patrimônio nacional e subnacional. Das análises de benchmarking realizadas pelos gestores do sistema não se conhece, no campo do patrimônio cultural nas Américas, nenhuma iniciativa com os conceitos e suporte tecnológico utilizados. Um dos principais beneficiados com o SICG é a população brasileira, que tem hoje uma ferramenta amigável, de acesso 24x7 e com conteúdos antes indisponíveis ou de difícil acesso. O sistema ofertará, além do acesso aos bens em diversas escalas e níveis de informação diferenciados, o serviço de “pesquisa avançada de bens materiais e imateriais”, que consiste numa funcionalidade de consultas relacionais e/ou geográficas (feições linha, ponto, polígono aliado a buffer zone). Com isto, podem-se acessar os conteúdos presentes no sistema por meio de listagens, relatórios e mapas temáticos. De forma a facilitar as análises dos impactos dos empreendimentos de infraestrutura, no âmbito do patrimônio cultural, nos processos de licenciamento ambiental, foi acrescida a esta funcionalidade a ação de upload de feição geográfica no formato shapefile (shp), para fins de consulta geográfica ao banco de dados.
Uma inovação para o Iphan é a utilização de webservices geográficos. A arquitetura de dados do SICG foi pensada e baseada em serviços e orientada a objeto, o que possibilita integrações futuras com outros sistemas. MundoGEO 79 | 2014
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Em linhas gerais, a solução informatizada com inteligência geográfica cumpre o papel de agregar valor ao serviço prestado à população brasileira. 48
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Pesquisa Avançada do Bem Material/Imaterial O caráter estratégico assumido pelo SICG, ao longo dos últimos anos, se reflete no alinhamento com as estratégias institucionais. No âmbito do Plano Nacional de Cultura (PNC), o SICG contribuirá para o atendimento das Metas 03, 04, 05 e 06. Em 2013, o SICG foi escolhido pelo Iphan como Iniciativa do Objetivo Estratégico n°6, de fortalecer a gestão da preservação do patrimônio cultural e que tem como meta consolidar, até o ano de 2015, o SICG como a ferramenta de cadastro e gestão de 60% das superintendências estaduais e escritórios técnicos do Iphan, e em 30% nos governos subnacionais participantes do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural. Como valores agregados ao serviço público, podemos destacar o aumento na celeridade e qualidade
do processo decisório da alta direção da Instituição, além de uma considerável redução do tempo e esforço para compilação, organização e disponibilização das informações aos técnicos do Iphan, aos parceiros institucionais e, em especial, à população brasileira. Em linhas gerais, a solução informatizada com inteligência geográfica cumpre o papel de agregar valor ao serviço prestado à população brasileira. O projeto destaca-se pelo pioneirismo e coragem, pois possibilita a execução de vários processos do Iphan (cadastramento, normatização, fiscalização e planejamento) de maneira integrada, garantindo agilidade na produção e uso da informação geográfica para o cumprimento da missão institucional com maior eficiência, eficácia e transparência.
Manfra 2/2
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RIO 2016
A LINHA DO TEMPO DO PARQUE OLÍMPICO Detecções de mudanças para a tomada de decisão
O ERIC SOUSA
Graduado em Engenharia Cartográfica pela Unesp de Presidente Prudente, com projetos de pesquisa nas áreas de cadastro urbano multifinalitário e SIG. Atua há cinco anos em gestão de negócios na área de cartografia e soluções geoespaciais, com foco nas áreas de aerofotogrametria e sensoriamento remoto. eric.sousa@spotimage.com.br
ESTHER QUERAT Graduada em comunicação pela Universidade Estácio de Sá, extensão acadêmica em Gestão Pública pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal e Oceanografia pela Universidade de São Paulo. Atua há seis anos em gestão de negócios na área de cartografia e soluções geoespaciais. esther.querat@spotimage. com.br
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aprimoramento da resolução das imagens de satélites, bem como da capacidade de coleta dos sensores e combinações espectrais, já são temas altamente conhecidos dentro da comunidade de usuários e de pesquisas do campo da geoinformação. Analisando os avanços tecnológicos originados pelos provedores mundiais de dados orbitais, podemos pensar nos serviços integrados para constituir o real valor dos dados geoespaciais: a resposta que quantifica e qualifica a dinâmica de cada território. Com a crescente demanda por respostas rápidas de cada localidade para auxiliar a tomada de decisões, o serviço GO Monitor, parte integrante do programa de Geo-Intelligence da Airbus Defence and Space, oferece ao mercado a possibilidade de mensurar e compreender as mudanças territoriais em uma interface prática. O sistema é baseado em um acesso exclusivo associado à experiência de análise, processamento e interpretação de imagens. Como exemplo, podemos citar os gestores públicos que pretendem acompanhar mensalmente em um munícipio a velocidade das obras, construções de novas casas e invasão de áreas de proteção ambiental. A partir destas necessidades de observação, o escopo é compartilhado com especialistas da operadora de satélites que irão analisar a viabilidade das detecções de mudanças, áreas de interesse e frequência de monitoramento desejado. Em aprovação dos requisitos por parte do usuário e do provedor, o
monitoramento é iniciado seguindo um calendário de coletas previamente estabelecido. As entregas dos produtos contratados são feitas pelo portal www.go-monitor.com, com o qual o usuário gerencia a linha do tempo de uma ou mais regiões de monitoramento, podendo visualizar e salvar os dados gerados. Além do produto de base, que é a imagem de satélite, o usuário pode também optar por receber a delimitação (um arquivo shapefile) das mudanças ocorridas em seu território monitorado. O GO Monitor utiliza imagens de satélites de alta e altíssimas resoluções, obtidas via sensores óticos Pléiades 1A & 1B com 0,5 metro, além dos satélites Spot 6 e 7 com 1,5 metro e do sensor radar TerraSAR. Em parceria com o jornal O Globo, a Airbus Defence and Space está monitorando mensalmente as obras do Parque Olímpico da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro (RJ). O local sediará 16 modalidades olímpicas nos jogos de 2016. Através de dados orbitais em alta resolução, é possível montar uma linha do tempo que mostra a evolução das obras e qualifica a tomada de decisão. Esta imagem Pléiades coletada em outubro de 2012 mostra a pista do Autódromo de Jacarepaguá, quando o uso do espaço ainda formava esta paisagem:
Em fevereiro de 2013 a imagem Pléiades mostra que não há mais a pista do autódromo de Jacarepaguá, e a região do futuro Parque Olímpico estava prestes a iniciar as obras.
Na imagem Pléiades de 31 de julho de 2014 de pode-se observar o canteiro das obras.
A partir de 24 de agosto de 2014, as coletas de novas imagens passaram a ser entregues com as detecções de mudanças via serviço GO Monitor. A seguir é possível observar as previsões de instalações dos complexos das modalidades olímpicas.
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No relatório de 9 de outubro de 2014, já há mais detalhes sobre evolução da obra, como: cobertura em construção, velódromo e sua entrada, estrutura de aço, quadra de tênis, região de atividades aquáticas e outras mudanças: O conceito GO Monitor é inovador por executar a captação de imagens, interpretação de mudanças e a disponibilização das análises em um curto espaço de tempo. De maneira simplificada, é possível atender diferentes níveis de vigilância, solucionando a demanda por respostas geoespaciais, sem a necessidade de ter uma equipe especialista.
EMBRAPA
AGRICULTURA GEOESPACIAL Geotecnologias e políticas públicas apoiando a atividade agrícola
O ÉDSON LUIS BOLFE Engenheiro Florestal, Doutor em Geografia, pesquisador, chefe adjunto de P&D, Embrapa Monitoramento por Satélite edson.bolfe@embrapa.br
JANICE FREITAS LEIVAS Meteorologista, Doutora em Sensoriamento Remoto, pesquisadora, Embrapa Monitoramento por Satélite janice.leivas@embrapa.br
ANTÔNIO HERIBERTO DE CASTRO TEIXEIRA Engenherio Agrônomo, PhD em Ciências Ambientais, pesquisador, Embrapa Monitoramento por Satélite heriberto.teixeira@embrapa.br
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planejamento e a execução das políticas agrícolas brasileiras demandam um sistema articulado de informações e dados básicos sobre condições das lavouras anuais. Para o acompanhamento sistemático do efeito do clima nas culturas agrícolas, é necessário o acesso ágil e eficaz, em escala nacional, regional, estadual e municipal, às forçantes climáticas que afetam o desenvolvimento e a produtividade das lavouras. Neste sentido, a Embrapa Monitoramento por Satélite, desde 2013, vem realizando ações baseadas em geoprocessamento e sensoriamento remoto com a Secretaria de Política Agrícola, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa). Esta parceria institucional objetiva apoiar a gestão de análises de risco ao que estão sujeitas as lavouras cultivadas em diversas regiões do Brasil. Essa iniciativa tem contribuído para a construção de um sistema voltado para a análise e o monitoramento da produção agrícola e do risco associado à atividade, apoiando, de maneira consistente, políticas públicas já estabelecidas, como o zoneamento agrícola e o seguro rural. Além disso, as informações geradas sobre dados geoespaciais também auxiliam em análises de recursos de programas governamentais, como o de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). As ações estão focadas em três pilares: • Aperfeiçoamento do Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no Brasil (SomaBrasil). Foram integradas novas bases de dados e desenvolvidas ferramentas e funções específicas, atualizações e monitoramentos agrícolas. É possível realizar inúmeras representações espaciais produzidas com dados derivados de bases georreferenciadas, visando à incorporação gradual de componente geoespacial no Plano Agrícola e Pecuário, com a geração de análises espaciais e relatórios a partir do cruzamento de informações. Dados como os de zoneamento agrícola de risco climático para o cultivo das lavouras de soja, milho, trigo, arroz, algodão e feijão já estão disponíveis para toda a socieda-
de, por meio do acesso direto ao sistema: http:// www.cnpm.embrapa.br/projetos/somabrasil/. • Desenvolvimento e aplicação de métodos voltados para a obtenção de indicadores espacialmente explícitos a partir de dados geoespaciais da produção agrícola em larga escala. São avaliados dados provenientes de sensores remotos e sua correlação com os eventos climáticos que possam indicar possíveis quebras de safra. Os métodos utilizados baseiam-se na caracterização dos componentes vegetacionais a partir de indicadores, como o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) e o índice de vegetação padronizado (IVP), e podem ser utilizados como indicativo de anomalias na produção e detecção de áreas cultivadas. Bases de dados e produtos orbitais disponíveis na Embrapa Monitoramento por Satélite têm sido utilizados para a geração de mapas temáticos, considerando as regiões e culturas preconizadas de interesse estratégico para o país e sua relação com os padrões históricos desde 2001. Alguns desses produtos estão disponíveis em: http:// www.cnpm.embrapa.br/projetos/geonetcast/. • Modelagem e aplicação de indicadores agrometeorológicos e sensoriamento remoto. Esta modelagem objetiva a utilização de dados climáticos conjuntamente com imagens de satélites de diferentes resoluções espaciais e tempo-
Variação espacial das taxas médias diárias da produção de biomassa (BIO) no Estado de Mato Grosso (2014)
Indicativos de perda de safra gerado a partir de técnicas de sensoriamento remoto para a Região Sul do Brasil (2012)
DANIEL DE CASTRO VICTORIA Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciências, pesquisador, supervisor de P&D, Embrapa Monitoramento por Satélite daniel.victoria@embrapa.br
RICARDO GUIMARÃES ANDRADE
rais para a determinação do balanço de energia e de água em diferentes escalas. Além disso, as análises também incluem a evapotranspiração, o coeficiente de cultura e a produtividade da água. A partir dos dados de precipitação e de evapotranspiração, são desenvolvidos indicadores envolvendo o balanço hídrico e os componentes do balanço de energia. Nesse processo, são utilizados modelos como o SAFER (Simple Algorithm For Evapotranspiration Retrieving) que, associado a observações em campo e a dados oriundos de instituições como o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), permitem não apenas estimar a produção de biomassa das culturas, mas também obter índices de colheita e de produtividade da água em diferentes escalas de espaço e tempo, focalizando nas mais diversas culturas em termos de monitoramento agrícola. Com estes exemplos ressalta-se a importância das geotecnologias para identificar, qualificar, quantificar e monitorar a atividade agrícola e os riscos envolvidos e, dessa forma, oferecer suporte à tomada de decisão no âmbito governamental, agilizando a aplicação de políticas agrícolas voltadas para o agricultor brasileiro.
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Engenheiro Agrícola, Doutor em Meteorologia Agrícola, supervisor do Núcleo de Apoio a Projetos, Embrapa Monitoramento por Satélite ricardo.andrade@embrapa.br
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Interface para a consulta no Zoneamento Agrícola de Risco Climático no SomaBrasil mostrando a época inicial de plantio para a cultura de Feijão de sequeiro, primeira safra, utilizando variedades com ciclo do Grupo II e em solo com textura média As cores identificam os diferentes decêndios para início do plantio no Brasil (2014)
INTERGEO
3D: O NOVO PARADIGMA DA GEOTECNOLOGIA Intergeo 2014 ditando as mudanças no mercado mundial
C FERNANDO LEONARDI Graduado em Engenharia Cartográfica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é Diretor Presidente da empresa Geopixel, a qual completa sete anos em novembro de 2014. fernando@geopx.com.br
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om mais de 500 expositores de 30 países, a feira do Intergeo 2014 cobriu os principais campos de negócios das geotecnologias, com uma nítida predominância dos provedores de equipamentos. Apontar destaques levando em conta tal número de expositores é uma tarefa difícil, em face da dimensão e heterogeneidade de interesses. No entanto, dois campos apareciam em maior número e dominaram as rodas de conversa do evento. O primeiro deles diz respeito aos VANTs, UAVs, Drones ou qualquer outro nome que se queira dar aos dispositivos de coleta de dados não tripulados. Para qualquer lado que se olhasse na feira e em todos os pavilhões, era possível ver pequenos e grandes birdies, mostrando suas capacidades. Foi possível notar tanto a evolução dessa tecnologia quanto a acessibilidade das mesmas. Segundo as conversas durante o evento, a maior parte desses dispositivos é montada com tecnologia open-source. Tanto em componentes eletrônicos como em softwares embarcados e de pós processamento dos dados, a ampla disponibilidade de informações abertas têm sido motor da popularização dessas engenhocas. Em particular, o software parece ter sido a razão da grande evolução, dado que o processamento automático das imagens permitiu que esses dispositivos passassem a coletar dados com precisão e fornecer dados às mais diversas aplicações, antes reservadas aos dispositivos convencionais: equipamentos topográficos e de aerolevantamento. Vale apresentar a visão da engenheira cartógrafa Nina Machado Figueira, da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG), que encontra-se cursando
doutorado na Europa e estava presente no Intergeo. Nina acredita que a próxima evolução iminente com relação aos VANTS virá do processamento dos dados durante o voo. Segundo ela, ao pousar, essas aeronaves trarão os dados corrigidos já prontos para o uso em diversas aplicações. Obviamente, isso trará uma alta produtividade, ampliando ainda mais a atração pelo uso desses equipamentos. Outro destaque importante é o interesse pelos dados 3D. Pode-se prever que o futuro da geotecnologia será em 3D, com redução gradativa do uso dos dados em 2D e aumento exponencial de dados em três dimensões. Nesse sentido, o que se pôde ver foi a presença de uma grande variedade de ferramentas para aquisição de dados tridimensionais, desde novidades até os já conhecidos LiDAR e Radar. Aqui cabe um destaque importante da única presença brasileira na feira do Intergeo 2014, a empresa Bradar, expondo as novidades de sua tecnologia e destacando um novo radar mais compacto e de fácil operação. Segundo Luiz Henrique Godinho, diretor comercial da Bradar, essa novidade trará um impacto bastante grande nas soluções de radar, principalmente na utilização de grandes áreas que apresentam condições meteorológicas adversas. Ainda abordando o levantamento de dados 3D, uma novidade importante é o uso de câmeras oblíquas para geração de modelos de superfícies, com aparência fotorrealística. Outra presença importante foram as ferramentas para processamento de dados 3D. Mais e mais soluções completas e fáceis de usar se destacam nessa área de processamento de dados.
Imagens de Satélite de Alta Resolução
Aerolevantamento
VANTs
Topografia
GPS
Por fim, algumas poucas aplicações de uso de dados 3D demonstram os benefícios que poderão vir do emprego desses dados. Um belo exemplo são as aplicações de uso para alocação de painéis solares, fundamentais nas políticas europeias de suprimento energético. Outros exemplos vistos foram as aplicações de dados em urbanismo e turismo. A convergência entre o GIS e o CAD finalmente parecem estar convergindo em dados 3D.
MERCADO DE AQUISIÇÃO
Uma visão interessante sobre o mercado de aquisição foi dada pelo Diretor da empresa Francesa ComputaMaps, Justin Hyland. Segundo o Diretor, a evolução ocorrida em três tecnologias - imagens de satélite de alta resolução, VANTs e GPS - tem colocado pressão nos mercados tradicionais de aerolevantamento e topografia convencional. A figura acima demonstra essa situação. As imagens de satélite nos últimos anos têm apresentando significativa evolução em relação à resolução espacial. Chegando agora a 30 cm, novas gerações de sensores já estão prometendo a coleta de dados abaixo dos 20 cm. Assim, os dados orbitais tomam cada vez mais espaço dos levantamentos aerofotogramétricos convencionais, oferecendo maior agilidade na coleta das imagens e flexibilidade comercial. Por outro lado, a disseminação e popularização dos VANTs, como ferramenta de coleta de dados geoespaciais, pressionam simultaneamente o aerolevantamento em pequenas áreas, e a topografia em grandes áreas. Estas aeronaves vêm cada vez mais sendo usadas como instrumento preferencial para a coleta de dados, com boa precisão, agilidade e facilidade. Por fim, os sistemas GPS, cada vez mais presentes desde a última década, já têm tomado lugar da topografia tradicional em áreas rurais. Podemos assim observar uma mudança no perfil dos mercados tradicionais de aerolevantamento e topografia. Empresas desses setores estarão cada vez mais incorporando tecnologias para fazer frente à competição que surge com a entrada de novos fornecedores que já incorporam as novas tecnologias. Este processo irá continuar e, dentro de alguns anos, deveremos ter um setor de geotecnologias com uma cara totalmente diferente.
3D: O NOVO PARADIGMA Neste ano, havia uma forte presença no Intergeo de modelos digitais de superfície (DSMs em inglês) com textura fotorrealística. Trata-se de um novo formato de dados obtido a partir de câmeras aéreas oblíquas e, em alguns casos, conjugadas com sistemas LiDAR, que permite a geração de uma base de dados de alta precisão. Os dados contém, para cada ponto, tanto a coordenada planimétrica x,y quanto a informação de altura com precisão. Associado a esse ponto, texturas em 360º complementam o registro, permitindo visualizações em 3D muito próximas da realidade, associadas à extração de medidas precisas de posicionamento e altura. Na visão de pesquisadores da Airbus, presentes no evento, este é um novo paradigma em termos de aquisição de dados. As aplicações vão desde o uso em simuladores, até planejamento urbano e telecomunicações. De certo, ainda é cedo para se afirmar se este será um novo formato de dados dominante ou apenas mais uma informação acessória. No entanto, sem dúvidas vislumbra-se o futuro da geotecnologia em 3D. Dados como estes talvez tornem-se o padrão em sistemas GIS do futuro. Participar do Intergeo 2014 foi uma experiência muito interessante, tanto pela dimensão do evento quanto pela grande presença de público. As tecnologias já consolidadas estavam presentes e muitas inovações começaram a ser difundidas amplamente. Pelo que foi visto, o que se pode esperar são muitas modificações no setor para os próximos anos. A feira foi um extrato do que há por vir: um mercado com muito dinamismo e inovações! MundoGEO 79 | 2014
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LS3D
UMA SOPA DE LETRINHAS...
A (falta de) padronização de termos e siglas da tecnologia laser
T ROVANE MARCOS DE FRANÇA Professor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há cinco anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de pontos rovane@vector.agr.br
A dificuldade começa pela designação da própria tecnologia, a qual alguns chamam de Laser Scanner Terrestre, Laser Scanner, ou ainda Escâner a Laser. 56
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oda tecnologia em franco desenvolvimento tem um grave problema que é a falta de referências bibliográficas. Com o surgimento de uma nova tecnologia, surgem muitos artigos científicos mostrando soluções e problemas, os quais nos orientam a entender parte do processo produtivo. O Laser Scanner 3D não é exceção. Temos grande dificuldade em encontrar referências bibliográficas sobre o assunto, e não somente no Brasil. Mundo afora também encontramos a mesma dificuldade. A pouca bibliografia se refere aos sistemas de escaneamento a laser aerotransportado, que se assemelha muito ao sistema de escaneamento terrestre móvel. Comparando o laser aerotransportado com o estático, as semelhanças ficam somente no uso da medição da distância a laser. O fluxo de trabalho (workflow) é bem diferente. O propósito desta coluna de Laser Scanner 3D é levar à sociedade técnica interessada em Laser Scanner Terrestre um pouco mais sobre este intrigante assunto. Com a falta de referências bibliográficas, cada profissional que utiliza a tecnologia - incluindo fabricantes, vendedores e professores - acaba por utilizar alguns termos em particular que, por vezes, são oriundos de ferramentas dos softwares ou dos próprios equipamentos. Diversas vezes isto dificulta a disseminação das informações por simples confusão de conceitos. A dificuldade começa pela designação da própria tecnologia, a qual alguns chamam de Laser Scanner Terrestre, Laser Scanner, ou ainda Escâner a Laser. No Brasil, muitas pessoas (me incluo neste grupo) têm o costume de utilizar termos internacionalizados, comumente na língua inglesa. A título de disseminação de informações, a padronização de termos é importante para que as informações fluam sem a necessidade de interpretação pelo ouvinte. A terminologia Laser é um acrônimo na língua inglesa de Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiance). Como sabemos, o Laser está em todos os lugares, passando pela
indústria e entretenimento até a medicina. Para designar o uso do Laser em medições, adotou-se outro acrônimo: LiDAR (LIght Detection And Ranging), que significa em português “Detecção e Medição de Distância Usando Luz”. Portanto, conceitualmente falando, todos os sistemas que utilizam Laser para medir distâncias são LiDAR. Como o sistema de escaneamento aerotransportado impactou o mercado de aerolevantamentos, a terminologia LiDAR acabou sendo associada a este sistema.
L ight A mplification by S timulated E mission of R adiance Existem também algumas bibliografias que utilizam LADAR (Laser Detection And Ranging), “Detecção e medição de distância usando Laser” em português, mas que na prática não se popularizou. Para o laser escâner terrestre, muito se utilizou Laser Scanner 3D (LS3D) para diferenciar de LiDAR, fato que deu nome à esta coluna. É importante que façamos a diferenciação entre o equipamento e a técnica. Portanto, como definição, poderemos adotar o seguinte: • Laser Scanner (Escâner a Laser): o equipamento propriamente dito; • Laser Scanning (Escaneamento Laser): técnica de medição que utiliza o Laser Scanner. Tendo em vista o mercado internacional nos últimos anos, tem-se utilizado muito o acrônimo TLS (Terrestrial Laser Scanning) para o escaneamento a Laser Terrestre Estático e MLS (Mobile Laser Scanning) para o escaneamento a Laser Terrestre Móvel. Será que esta sopa de letrinhas “pega” no mercado? Só o tempo vai responder...
FOIF
TI+GEO
A LEI DO MUNDO E A MODELAGEM DE DADOS GEOGRÁFICOS Desvendando Banco de Dados Geográficos - Parte 3
C JOSÉ AUGUSTO SAPIENZA RAMOS Coordenador Acadêmico do Sistema Labgis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Graduado em Ciência da Computação pela UFF e mestrado em Engenharia de Sistemas e Computação pela COPPE/ UFRJ, trabalha há 14 anos com Geotecnologias com pesquisa, ensino e consultoria sapienza@labgis.uerj.br
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ontinuando a série de artigos sobre modelagem de banco de dados geográficos, começo este apresentando uma frase de 1976, muito presente na literatura sobre modelagem de dados: “O mundo está cheio de coisas que possuem características próprias e que se relacionam entre si”. Esta afirmação, dita por Peter Chen, ficou conhecida como A Lei do Mundo. Essa é uma daquelas sentenças óbvias e que conseguem condensar todo um grupo de conceitos e ideias sobre um tema e que, exatamente por isso, é uma frase genial. Quando decidimos representar nossa área de estudo por meio de dados geográficos, não vamos representar todas as coisas, suas características e relações ali presentes. Precisamos ser objetivos e, logo, representamos apenas o que interessa ao nosso estudo. Além do mais, tal representação não é única, mas sim relativa à nossa percepção – tema este que já foi discutido nesta mesma coluna há duas edições atrás. A técnica de modelagem de dados então presta para definir o que e como está sendo representado (as coisas, suas características e relações). Alguns leitores podem pensar: “nunca utilizei essas técnicas de modelagem de dados e fui feliz até hoje em meus projetos”. Sim, isso é possível. Entretanto, esse fato não quer dizer que não houve um mínimo de modelagem, mesmo que implícita e diluída em outras etapas do seu projeto. Como também já defendi nessa coluna em edições anteriores, a modelagem é inerente a qualquer dado geográfico. Aplicar uma técnica de modelagem de dados geográficos sobre nossa representação diminui o risco que não se deixe nenhum aspecto importante de fora e nem que se incluam aspectos desnecessários. Ressalta-se que algumas propriedades são perseguidas em uma boa técnica de modelagem de dados e os modelos gerados a partir dessa técnica: ser
escalável, não ser ambíguo, ser conciso e ser expressivo semanticamente (inclusive semântica geográfica). As técnicas mais utilizadas hoje convergem ao uso de pictogramas em forma de redes e diagramas para atingir melhor tais propriedades desejadas. Como exemplo, veja o modelo na página 10 do documento ET-EDGV da Comissão Nacional de Cartografia (Concar): http://goo.gl/1UvMdZ Os modelos podem ser divididos em três tipos: conceitual, lógico e físico. Cada um representa uma etapa da criação de uma representação do mundo real por meio de dados geográficos. A etapa conceitual captura o modelo mental em alto nível de abstração, sem se preocupar com as tecnologias que serão empregadas. Já na etapa lógica, as representações conceituais precisam ser melhor definidas dentro dos recursos da tecnologia adotada. Por fim, a etapa física demanda o máximo detalhamento das estruturas de implementação com a tecnologia. Para exemplificar, o modelo conceitual é mais indicado para interação com o profissional que não tem profundo conhecimento de GIS ou de banco de dados. O modelo conceitual também deve ser adotado em especificações técnicas que são neutras a tecnologias – vide o documento ET-EDGV no link anterior. Já os outros dois tipos de modelos são direcionados à implementação da modelagem, pois detalham o "como fazer acontecer”, utilizando as tecnologias escolhidas. Ressalta-se que nem toda a ação de modelagem precisa gerar os três modelos, pois cria-se um modelo apenas se ele agrega à documentação do projeto. A próxima coluna sobre o tema tratará especificamente sobre o modelo conceitual. Pretendo construir, ao final dessa série de artigos, um exemplo simples de modelagem e como ficariam suas etapas conceituais, lógicas e físicas. Até!
Embratop
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SITE
CIDADE
SERVIÇOS Mapeamento
Georreferenciamento
PRODUTOS Outros
Dados e Imagens
Equipamentos
Softwares
Agência Verde
www.agenciaverde. com.br
São Paulo (SP)
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Aerocarta
www.aerocarta.com.br
São Paulo (SP)
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Aeromapa
www.aeromapa.com.br
Curitiba (PR)
Agrobio
www.agrobio.agr.br
Altinópolis (SP)
Agrosatélite
www.agrosatelite.com.br Florianópolis (SC)
Atlântica Geo
atlanticageorreferenciamento@hotmail.com
Apiaí (SP)
Base Aerofotogrametria
www.base.eng.br
São Paulo (SP)
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Bradar
www.bradar.com.br
São José dos Campos (SP)
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Bentley
www.bentley.com/pt-BR
São Paulo (SP)
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CGI Brasil
www.cgi.com/en/brasil
São Paulo (SP)
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Codex Remote
www.codexremote. com.br/
Porto Alegre (RS)
Coffey
www.coffey.com
Belo Horizonte (MG)
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Cognatis
www.cognatis.com
São Paulo (SP)
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CPE Tecnologia
www.cpeltda.com.br
Belo Horizonte (MG)
EGL Engenharia
www.egl.eng.br
Brasília (DF)
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Engefoto
www.engefoto.com.br
Curitiba (PR)
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Engemap
www.engemap.com.br
Assis (SP)
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Engesat
www.engesat.com.br
Curitiba
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Englevel
www.englevel.com.br
Curitiba (PR)
Fototerra
www.fototerra.com.br
São Paulo (SP)
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Furtado, Scmidt
www.furtadoschmidt. com.br
São Paulo (SP)
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Geoambiente
www.geoambiente. com.br
São José dos Campos (SP)
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Geocursos
www.geocursos.com.br
Florianópolis (SC)
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Geofusion
www.geofusion.com.br
São Paulo (SP)
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GeoJá
www.geoja.com.br
São Paulo (SP)
Geomat
www.geomat.com.br
Belo Horizonte (MG)
Geopixel
www.geopx.com.br
São J. dos Campos (SP)
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Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela abaixo Informações: (41) 3338 7789 | comercial@mundogeo.com | @mundogeo
EMPRESA
SITE
CIDADE
SERVIÇOS Mapeamento
Georreferenciamento
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PRODUTOS Outros
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Geosaber
www.geosaber.com.br
São Paulo (SP)
Geovoxel
www.geovoxel.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
Imagem
www.img.com.br
São J. dos Campos (SP)
IPNET Soluções
www.ipnetsolucoes. com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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Jatobá Engenharia
www.atobaengenharia. com.br
Nova Parauapebas (PA)
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K2 Sistemas
www.k2sistemas.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
Leica Geosystems
www.leica-geosystems. com.br
São Carlos (SP)
Lo Carraro
www.locarraro.com.br
Bananal (SP)
Medral
www.medralgeo.com.br
São Paulo (SP)
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Metalocation
www.metalocation. com.br
São Paulo (SP)
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Metro Cúbico
www.metrocubicoengenharia.com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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Mirante Topografia
www.mirantetopografia. com.br
Belo Horizonte (MG)
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Notoriun Tecnologia
www.notoriun.com.br
Brasília (DF)
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Novaterra
www.novaterrageo. com.br
Rio de Janeiro (RJ)
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NWSOFT
www.nwsoft.com.br
São Luis (MA)
Santiago & Cintra Consultoria
www.sccon.com.br
São Paulo (SP)
Santiago & Cintra Geotecnologias
www.santiagoecintra. com.br
São Paulo (SP)
Sisgraph
www.sisgraph.com.br
São Paulo (SP)
Sitech
www.sitechcb.com
Barueri (SP)
Sitech Sul
www.sitechsul.com.br
Curitiba (PR)
SkyDrones
www.skydrones.com.br
Porto Alegre (RS)
Solution Softwares
www.solsoft.com.br
Matão (SP)
Sovis Sistemas
www.sovis.com.br
Cascavel (PR)
SP Geosistemas
www.spgeosistemas. com.br
São Carlos (SP)
Topocart
www.topocart.com.br
Brasilia (DF)
Topomapa
www.topomapa.com.br
Ourinhos (SP)
TotalSOFT
www.totalsoft.com.br
São Paulo (SP)
Trimble Brasil
www.trimble.com.br
Campinas (SP)
Vanucci
www.vanucci.com.br
Belo Horizonte (MG)
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Dados e Imagens
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Equipamentos
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* Outros = Consultoria, Geomarketing e Sistemas
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ONLINE
BENTLEY
www.bentley.com/pt-BR
FOIF
GEOAMBIENTE
ENGESAT
www.engesat.com.br
GLOBAL MAPPER
www.foif.com
www.geoambiente.com.br
www.globalmapper.com.br
RUNCO
SANTIAGO & CINTRA CONSULTORIA
SANTIAGO & CINTRA GEOTECNOLOGIAS
www.runco.com.ar
SATMAP
www.satmap.com.br
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CPE TECNOLOGIA
www.cpetecnologia.com.br
MundoGEO 79 | 2014
www.santiagoecintraconsultoria.com.br
SKYDRONES
www.skydrones.com.br
www.santiagoecintra.com.br
SULSOFT
www.sulsoft.com.br
230 mil participantes em 250 eventos online Com média de mil inscritos por evento, os seminários online da MundoGEO são promovidos desde 2009 para fins educacionais e informativos sobre tecnologias, cases e tendências no setor de geotecnologia. A metodologia de seminários à distância está alinhada às demandas globais por conteúdo profissional em um curto espaço de tempo, sem necessidade de deslocamentos, tanto dos palestrantes e mediadores como dos participantes. Os webinars são gravados e os vídeos são disponibilizados após o seminário, para que os participantes possam rever e também para os que não puderam conectar-se.
69.440 63.966 58.420
29.172
7.944 2.103
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Total de participantes CONHEÇA AS EMPRESAS QUE REALIZARAM WEBINARS EM PARCERIA COM A MUNDOGEO EM 2014: Aeroterra Autodesk Bentley Cognatis EUMETSAT Geoambiente Geosoft HERE
Imagem Leica Geosystems Manfra MemoCad Oficina de Textos Open Geospatial Consortium Santiago & Cintra Consultoria
ÍNDICE DE ANUNCIANTES Anunciante
Página
Alezi Teodolini
5
Allcomp
69
Bentley Systems
71
CPE Tecnologia
11
DGI
35
Embratop
59
FOIF
57
Furtado, Schmidt
39
Garmin
31
Geoambiente
10
Geocenter
67 | 70
Geomat
33
Hexagon
2, 3
Manfra
7, 49
Metrica
68
Santiago & Cintra Geo-Tecnologias
16, 17 | 18,19
SkyDrones
41
Space Imaging
21
SPAR
43
Tecnosat
13
Topocart
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Saiba mais em www.mundogeo.com/webinar.
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GEOQUALIFICAÇÃO CAPACITAR PARA COMPARTILHAR O Instituto GEOeduc participou ativamente no 20º Congresso Internacional de Educação a Distância (CIAED), promovido pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) entre os dias 6 e 9 de outubro em Curitiba (PR). Durante os quatro dias de Congresso, considerado o maior e mais importante evento de EaD no Brasil e um dos maiores do mundo, eu mesmo representei o GEOeduc através da participação em treinamentos e palestras sobre educação a distância, tecnologia, comunicação, design e games.
Você sabia? O mercado global de EaD movimentou 60 bilhões de dólares em 2012, sendo que apenas no Brasil foram investidos 2 bilhões de reais! Dentre as atividades escolhidas para auxiliar na capacitação da equipe do GEOeduc, escolhi participar no mini-curso “Como Implantar uma Universidade Virtual com Sucesso”, ministrado pelo professor Marcos Resende Vieira, diretor executivo da webAula. O curso teve o objetivo de apresentar o contexto de e-learning no Brasil e no Mundo, além dos pilares necessários para implantação de uma Universidade Corporativa, tais como LMS, datacenter, fábrica de conteúdos, cursos de catálogo, equipe de gestão, tutores, monitores, relatórios, estatísticas, estudo do SOI (saving of investment), etc.. No Congresso, chamou muita atenção a quantidade de palestras sobre o uso de redes sociais e games na educação a distância, como forma de aumentar a interação e engajamento dos alunos. Mais informações estão disponíveis em www.abed.org.br/congresso2014.
Eduardo Freitas, engenheiro cartógrafo, técnico em edificações, coordenador de cursos e pesquisas do Instituto GEOeduc eduardo@geoeduc.com @eduol
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MundoGEO 79 | 2014
5 DICAS PARA VOCÊ ACERTAR NA HORA DE ESCOLHER UM CURSO ONLINE Você já deve ter se pego avaliando a qualidade e eficácia de um curso online ou se já está na hora de iniciar aquele treinamento a distância que estava querendo fazer há meses. Afinal, ainda há muitas dúvidas quanto aos cursos online, pois representam uma maneira revolucionária de aprendizagem. Além disso, os alunos também se perguntam se estão aptos a começar um treinamento que requer muita organização, disciplina e estudo autônomo. Quem deseja se matricular em um curso online deve ter certos cuidados, pois assim como os treinamentos presenciais, devem-se avaliar certos aspectos na hora da tomada da decisão, para não haver arrependimentos. Para isso, temos 5 dicas para você acertar na hora de escolher um curso online: Pesquise, pesquise, pesquise Antes de se matricular, informe-se sobre a instituição, através de uma pesquisa online, um email, uma ligação telefônica. Verifique se está devidamente cadastrada nos órgãos regulares e se é uma instituição de tradição no mercado. Verifique a qualidade do material didático Para quem realiza um curso online, a qualidade do conteúdo é essencial, pois a maioria do estudo será feita de forma autônoma. O material didático deve ser claro, objetivo e de qualidade. Solicite um material de exemplo e informe-se sobre como ele estará disponível (online, impresso ou enviado a domicílio), se o valor está incluso na inscrição, etc.. Garanta que haverá meios de contato com os tutores De nada adianta um belo material didático e uma instituição com anos no mercado se o aluno não conta com meios de comunicação com os tutores. Não importa se esta comunicação seja por email, skype, telefone, chat online, redes sociais, aplicativos móveis, etc., mas é imprescindível que existam ferramentas para obter informações ou tirar dúvidas, e que as mesmas sejam acessíveis e eficientes. Conheça o currículo dos instrutores Ok, a instituição é tradicional no mercado, o material didático é de primeira e há vários meios de contato com os tutores, mas você conhece quem são os instrutores? Eles são reconhecidos pelo mercado? Procure sempre conhecer a formação, capacitação técnica e experiência dos profissionais envolvidos na criação do conteúdo dos cursos, suporte aos alunos e gestão da instituição de ensino. Converse com os alunos Hoje, com redes sociais e aplicativos móveis para comunicação, é muito fácil e rápido encontrar um aluno ou ex-aluno de instituição de ensino. Este contato com estudantes que estão realizando ou que já concluíram um curso na instituição que você está avaliando pode lhe dar subsídios para a tomada de decisão. Pesquise também em sites de órgãos de atendimento ao consumidor, que podem ter registros de reclamações e/ou resolução de problemas.
Você está preparado(a)? Acesse este link e baixe gratuitamente uma planilha (em formato xls) que vai ajudar na sua auto-avaliação e indicará se você está pronto(a) para iniciar um curso online: http://bit.ly/1yJe0OB. Bom proveito!
CAR É DESTAQUE NAS ELEIÇÕES 2014 O Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi um dos temas abordados pelos candidatos à Presidência da República no debate realizado no dia 2 de outubro pela Rede Globo de Televisão. No quarto bloco do debate, os candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff travaram um duro embate que teve como foco a questão ambiental, em especial o CAR. Segundo as regras do debate, os candidatos deviam fazer perguntas entre si, segundo um tema sorteado pelo mediador, o jornalista William Bonner. A presidente Dilma Rousseff escolheu o candidato Aécio Neves para perguntar sobre mudanças climáticas, sendo que na sua resposta o senador a questionou sobre o atraso na implementação do CAR. Na réplica, Dilma comentou que “o CAR já está em andamento e que encontra-se em processo de ser realizado em todas as regiões do Brasil”. Por sua vez, Aécio respondeu que o governo atual “nos levou a uma política na área ambiental na direção oposta, na contramão da sustentabilidade”, e que demorou a conduzir, no Congresso Nacional, a regulamentação do CAR.
POR DENTRO DO CAR O Cadastro Ambiental Rural é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambien-
tal de propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Veja a seguir uma aula-exemplo do Curso Online de CAR do Instituto GEOeduc: http://youtu.be/Kp7TeuHIwsc.
COMO ORÇAR SERVIÇOS DE CAR? Por ser uma área muito nova, os profissionais ainda têm dúvidas sobre o que levar em conta na hora de orçar serviços de CAR. Afinal, quais os custos diretos e indiretos? Qual a documentação necessária para o CAR? É preciso georreferenciar o perímetro do imóvel? Quanto vale a responsabilidade do profissional? Com o objetivo de ajudar os profissionais envolvidos com o CAR nessa tarefa, disponibilizamos uma planilha em formato xls (Excel) com um exemplo de como orçar os serviços de levantamento e trabalho de escritório. Acesse este post para baixar gratuitamente a planilha para orçar serviços de CAR: http://bit.ly/1tFaioX.
5 PASSOS PARA VOCÊ COMEÇAR A USAR GEOMARKETING Saiba quais são os primeiros passos para você começar a usar o Geomarketing para a tomada de decisão: • Passo 1: Teoria e Conceitos Para dar os primeiros passos no Geomarketing, é preciso conhecer os conceitos básicos dessa disciplina que faz parte da análise de marketing e usa a informação geográfica no processo de planejamento e implementação de atividades de marketing. • Passo 2: Dados Para obter-se um bom resultado a partir de uma análise de Geomarketing, primeiro é preciso garantir que os dados – geoespaciais ou não – sejam de boa qualidade. Dentre os dados utilizados no Geomarketing estão, além da base cartográfica, elementos de geodemografia, áreas de influência, concorrência, localização dos clientes, entre outros. • Passo 3: Software Após a obtenção dos dados, modelagem e verificação da qualidade dos mesmos, quem integra todas as informações e as disponibiliza de forma organizada na tela do computador são os Sistemas de Informação Geográfica (SIG ou GIS, na sigla em inglês). Dentre os sofwares mais usados para dar os primeiros passos no Geomarketing estão o ArcGIS, QGIS, MapInfo, gvSIG, entre outros. • Passo 4: Métodos de Análise O profissional que vai dar os primeiros passos no Geomarketing deve conhecer os métodos de análise para cada conjunto de
dados e aplicação. Dentre os métodos, podemos citar buffers, sobreposições, áreas de serviço, estimativas de densidade e concentração, polígonos de Thyessen ou Voronoi, análise multicritério, entre outros. • Passo 5: Tomada de Decisão As perguntas feitas pelos empreendedores, quando planejam iniciar ou expandir um negócio, são muito simples: Abro uma loja neste local? Reformo meu estabelecimento? Mudo o perfil do meu ponto de venda? As respostas também são simples – sim ou não -, porém os meios para chegar a tal resultado devem necessariamente passar pela inteligência geográfica.
MATERIAL GRÁTIS SOBRE GEOCODIFICAÇÃO Estão disponíveis para acesso gratuito os materiais sobre Geocodificação apresentados no webinar realizado no dia 15 de outubro, que contou com 300 participantes online e teve o apoio da empresa Geograph. Os temas abordados durante o webinar foram: • Conceitos, aplicações e histórico das técnicas de Geocodificação • Dados empregados e ferramentas disponíveis • Geocodificação na prática com GIS O palestrante foi Fabiano Cucolo, Geógrafo e Mestre pela Unesp Rio Claro, com mais de 14 anos de experiência em Geotecnologias. Acesse o arquivo da palestra e o vídeo na íntegra do webinar sobre Geocodificação: http://bit.ly/1q2tGaD.
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GEOEDUC LANÇA SUPORTE VIA WHATSAPP Se você achava que WhatsApp era só entretenimento, agora já pode usar o aplicativo para entrar em contato conosco! Além de contar com suporte via e-mail, skype, grupos em redes sociais, chat online e telefone, nós ampliamos as opções para interação, agora com o apoio aos alunos de cursos online via WhatsApp, o aplicativo mais usado globalmente para a comunicação instantânea através de smartphones. Um dos diferenciais do GEOeduc sempre foi o suporte aos alunos, através da atenção de uma equipe de tutores qualificada para resolver os questionamentos dos estudantes. Agora, com o WhatsApp, vamos ao encontro de um movimento crescente de utilização de plataformas móveis para a interação entre tutores e alunos de treinamentos a distância.
GEOEDUC E WIKIMAPA FIRMAM PARCERIA O Instituto GEOeduc tem o prazer de anunciar a parceria firmada recentemente com a Rede Jovem nas áreas de educação a distância e mapeamento colaborativo. Ambas as instituições vão colaborar na capacitação de jovens para a geração de mapas utilizando dispositivos móveis. Dentre as possibilidades da nova parceria estão a criação de cursos a distância para mapeadores voluntários em todo o Brasil, compartilhamento de textos e experiências ligadas ao geomarketing em favelas, além da expansão da metodologia Wikimapa para regiões que demonstrarem maior interesse e demandas. O Wikimapa é um mapa virtual integrado a um aplicativo móvel que tem por objetivo identificar pontos de interesse público, eventos, problemas, soluções locais e ruas ainda não identificadas nos mapas virtuais, em áreas marginalizadas das cidades.
VÍDEO SOBRE MAPAS COLABORATIVOS O Instituto GEOeduc e a Rede Jovem realizaram um seminário online sobre mapeamento colaborativo no dia 24 de outubro, que contou com mais de 300 participantes. Na ocasião, foram mostrados conceitos, aplicações, pesquisas e tendências da Geocolaboração, além das funcionalidades e rumos do Wikimapa. Os palestrantes foram: Natalia Aisengart Santos e Patricia Azevedo, Diretoras da Rede Jovem; Eduardo Freitas, Coordenador de Cursos e Pesquisas do GEOeduc; e Arlete Meneguette, professora da Unesp Presidente Prudente. Acesse aqui o vídeo do webinar na íntegra: https://vimeo.com/108612202.
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MundoGEO 79 | 2014
Desde a criação do Instituto GEOeduc, uma preocupação constante tem sido o suporte aos alunos, já que o estudo é autônomo e as dúvidas podem surgir ao longo do curso. Em nossos treinamentos, o aluno pode começar a estudar a qualquer momento e faz as atividades no seu próprio ritmo, o que exige um cuidado especial quanto à tutoria, pois nosso objetivo é que todas as dúvidas sejam sanadas. Além disso, os alunos podem compartilhar seus resultados ao longo do curso através de grupos em redes sociais, o que também ajuda na interação e troca de experiências entre eles. Para interagir com a equipe do GEOeduc pelo WhatsApp, adicione o número 41 9934 9578.
SPRING CONQUISTA MAIS DE 200 MIL USUÁRIOS O SPRING, software livre desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ultrapassou em setembro a marca de 200 mil usuários e continua registrando novos downloads. Destinado a aplicações de sensoriamento remoto e mapeamento, o SPRING é o Sistema de Informação Geográfica (GIS, na sigla em inglês) livre mais utilizado no Brasil por pesquisadores e estudantes. O sistema também é utilizado por milhares de usuários da Colômbia, Estados Unidos, Espanha, Argentina, Portugal, França, México, Peru, Índia, Venezuela, Itália, Chile e Alemanha, entre outros países. Com funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados espaciais, o SPRING pode ser utilizado em áreas diversas como agricultura, gestão ambiental, estudos de florestas, geografia, geologia, planejamento urbano e regional, entre outras. Desde setembro de 2014, o GEOeduc oferece um curso, totalmente a distância, de Introdução ao Processamento Digital de Imagens (PDI) com prática no software SPRING. De forma teórica e prática, o curso apresenta as funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados espaciais no software SPRING. Através do ambiente virtual, o aluno completa as etapas do curso e produz seus próprios produtos cartográficos. Conheça nosso ambiente de aprendizagem no Curso Online SPRING Introdução ao PDI, através deste vídeo demonstrativo com os passos para a geração de Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI, na sigla em inglês): http://youtu.be/UihHIAP_lA4.
www.geoeduc.com | (41) 3338-7789 / (11) 4063-8848 | cursos@geoeduc.com
Geocenter
Allcomp
Geocenter
Bentley
Atualização profissional com a marca
Cursos online e WebTreinamentos ao vivo de qualidade Topografia • GPS Bancos de Dados Geo GNSS • Cartografia • CAR Georreferenciamento • WebGIS IDE • Imagens de Satélites CAD • VANTs • Drones Análise Espacial • GIS Big Data • SIGEF PDI • Agrimensura
Geoeduk
ciais
en Nossos difer
• Mais de 2 mil alunos já formados • Conceitos, aplicações e exercícios | Aprenda na prática! • Equipe interna de tutoria | Email, Skype, Chat, Telefone e WhatsApp • Liberdade de horários | Estude no seu próprio ritmo! • Instrutores que são referência no mercado • Mais opções: 50 cursos e webtreinamentos à sua disposição
www.geoeduc.com | 41 3338-7789 | 11 4063-8848 | cursos@geoeduc.com cursos.mundogeo | 41 9934-9578