T SE AB M EL IN A OV DE OS Ano 13 - nº 78
NSI
NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS
SUVS DE ENTRADA
VEJA COMPARATIVO DOS CINCO MAIS VENDIDOS DO MERCADO
• Expectativas do setor automotivo para 2020 • Dakar, o maior e mais perigoso do planeta • Conheça o caminhão elétrico que roda 150 km na cidade CADERNO SENAI-CE: INFORMAÇÕES TÉCNICAS
EDITORIAL A consolidação Tradicionalmente, Auto Revista Ceará faz, em sua primeira edição do ano, uma consulta a representantes locais para ouvir, de quem realmente vive o dia-a-dia do setor automotivo, como foi o período passado e qual a expectativa para os próximos 11 ou 12 meses. A boa notícia, dessa vez, é que o clima não poderia ser melhor. O ano de 2019, para todos os entrevistados que procuramos, foi de retomada após sucessivos anos de crise e instabilidade. E 2020 será de consolidação dos bons números. Ainda há muito o que fazer, mas o fato é que o país vive um cenário de queda nos juros, recuperação gradual da confiança de consumidores, bancos (essenciais em um país onde cerca de 70% das compras de veículos usados ou novos é feita por financiamento) e de montadoras. Muitos lançamentos estão previstos e há um cenário de aumento de investimento em propulsão híbrida e elétrica. Para os setores envolvidos na cadeia, como empresas de serviços e fabricantes e revendedores de autopeças e acessórios, isso significa a volta da demanda, já que os bons números de 2019 irão se traduzir em carros que precisarão de manutenção e de peças, já a partir de 2020. Enfim, podemos dizer que vivemos novos e melhores tempos. Que venham novos modelos, novos sistemas de propulsão e novas formas de fazer a manutenção dos carros. Todos os envolvidos, das fábricas aos consumidores, passando pelos representantes da cadeia automotiva, têm a ganhar com a melhoria e a modernização do mercado. Boa leitura! O editor
Auto Revista Ceará
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COMPARATIVO Confira características dos cinco SUVs de entrada mais vendidos do mercado
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EXPECTATIVAS Representantes do setor automotivo dão suas impressões sobre 2019 e as perspectivas para 2020
RALI DAKAR Veja resultados e a história do mais e mais perigoso rali do planeta
78 CAMINHÃO ELÉTRICO Começam a circular na Europa unidades de um veículo pesado feito para uso urbano
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TECNOLOGIA Veja em detalhes como funciona um motor elétrico e as principais diferenças em relação ao tradicional
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EXPEDIENTE Diretor: Ariel Ricciardi / Editor e jornalista responsável: Sílvio Mauro | Diagramação: Marcos Aurelio | Capa foto: divulgação Colaboradores: Alexandre Costa, Claudio Araújo, Izabel Bandeira, Arnóbio Tomaz, Flávio Portela, Felipe Nobre Santiago, Haroldo Ribiero e Luciano Bonatti. Contato para anunciar na AUTO REVISTA CEARÁ: (85) 3038.5775 ou através dos e-mails: autorevistaceara@gmail.com Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A AUTO REVISTA CEARÁ é uma publicação bimestral da Editora Núcleo de Serviços Integrados. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos.
Conta-giros Fras-le compra a Nakata e amplia presença no mercado A Fras-le expandiu sua atuação no mercado de reposição ao anunciar, no dia 17 de dezembro, a compra integral das ações da Nakata Automotiva. A empresa fabrica e comercializa componentes destinados a veículos leves, pesados e motocicletas, incluindo um amplo portfólio de produtos para suspensão, direção, transmissão, freio e motor. A transação, no valor de R$ 457 milhões, envolve todas as operações e negócios. Tanto a gestão quanto os 416 funcionários serão mantidos. A expectativa da Companhia é de que o negócio seja consolidado no segundo trimestre de 2020.
Wega Motors encerra 2019 com vitória Novo campeonato para os amantes da velocidade, a Copa HB20 teve sua estreia em 2019. Patrocinando os pilotos do carro 20 (Raphael Abbate e seu parceiro Flavio Andrade), a Wega Motors foi a marca que mais subiu ao pódio durante o ano. Fechando o campeonato com 199 pontos, 45 pontos à frente do segundo colocado, Raphael Abbate disputou acirradamente cada corrida desde o início da Copa HB20. “Foi um ano incrível para mim. Estou muito feliz com o desempenho apresentado ao longo do ano e principalmente com o título”, comemora o campeão Abbate.
BorgWarner compra Delhpi Technologies A multinacional de autopeças BorgWarner anunciou, no fim de janeiro, a compra da Delphi Technologies por 3,3 bilhões. A expectativa das duas empresas é que o negócio seja concluído no segundo semestre de 2020. O resultado será um gigante de 14,5 bilhões de dólares de valor de mercado que terá como líder o presidente e CEO da BorgWarner, Frederic Lissalde. “A Delphi Technologies irá trazer sua comprovada eficiência em tecnologias eletrônicas de geração de energia, além de talento e escala para complementar nosso portfólio de soluções para propulsão elétrica e híbrida”, afirmou o executivo.
Marcelo Sanches assume diretoria da Dayco A Dayco, fornecedora de produtos para motores e sistemas de transmissão para as montadoras de automóveis, linha industrial e reposição, anunciou que Marcelo Sanches, que já atuava desde 2018 na empresa como diretor de aftermarket para a América do Sul, passa a responder também pelo México, América Central e países do Caribe. As operações da empresa para a América do Sul vêm apresentando excelentes resultados e grande crescimento no mercado nos últimos anos e o diretor, que é um dos grandes responsáveis por essa transformação na forma da empresa atuar, agora tem o projeto de levar o mesmo nível de trabalho para os demais países.
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Conta-giros Reforço na equipe comercial e de marketing A Tecfil, fabricante de filtros automotivos, ampliou seu time com a contratação de dois profissionais com trajetória destacada do mercado de autopeças e inovação: Wagner Vieira, executivo com 28 anos de experiência no setor, que assume as diretorias Comercial e Marketing, e Plinio Fazol, com experiência de 20 anos na área e que passa a ocupar o cargo de Gerente de Marketing, Trade Marketing, Inteligência de Mercado e Novos Produtos.
SK Automotive tem novo diretor de vendas Com mais de 30 anos de atuação no mercado de reposição, o executivo Flávio Portela, que ocupava o cargo de gerente geral de vendas da SK Automotive, assumiu o posto de diretor de vendas da empresa. O profissional é graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Negócios e Inovação no Relacionamento Sustentável com o Cliente e sua ascensão é uma das várias reformulações que a SK Automotive fez no time de gestão, em 2019, com o objetivo de enfrentar os desafios do mercado de reposição para os próximos anos.
A Riosulense agora é RIO. De cara nova, mas mantendo a essência humana e inspiradora com que vem trabalhando há sete décadas, a Riosulense transformou a marca. Depois de pesquisa e trabalho intensos que começaram há mais de um ano, a marca foi apresentada para o mercado no início de dezembro do ano passado. Especialista no desenvolvimento de materiais, fundição e usinagem, a RIO está entre os maiores fabricantes e fornecedores da América Latina. O evento de lançamento da marca contou com a presença de mais de 70 clientes e parceiros, no município de Rio do Sul (SC), onde a fábrica está instalada. “Esse momento foi a realização de um sonho. São muitas histórias, vivências e recomeços. Os clientes acompanharam a empresa em muitas fases, seguraram as pontas na crise, estiveram juntos nas vitórias e seguiram confiando na qualidade da nossa marca”, afirma Fernanda Maísa Wetzstein, gerente de Marketing da RIO. No auditório da empresa, quadros pintados em aquarela representaram os seis princípios da RIO através de momentos importantes da vida e carreira do fundador da empresa, seu João Stramosk. “Empresas são feitas de pessoas e para pessoas. Valorizamos relações pessoais duradouras, governança ética, fé em Deus, espírito inovador e decisões equilibradas. Cada parceiro e cliente RIO é co-criador do nosso futuro e responsável pelo crescimento sustentável do negócio”, acredita Gunther Faltin CEO da RIO.
Conta-giros Takao oferece peças para mais de 1.300 motores Com portifólio composto por pistões, anéis, bronzinas, juntas, comandos, válvulas e diversos outros componentes internos de motores, a Takao fornece os itens de reposição de mais de 1.300 motores diferentes no Brasil. Essa variedade remete a um catálogo de cerca de 16 mil itens, sendo capaz de atender 92% de todos os modelos de motores que são usados pelo parque automotivo brasileiro. A empresa, que aumenta seu leque de produtos em cerca de 300 novidades ao ano, lançou em fevereiro peças de reposição para diversos modelos de 16 montadoras, totalizando 49 itens.
Fras-le participou de feira mundial nos Estados Unidos Instalada no maior mercado consumidor do mundo desde 2008, a Fras-le North America participou da Heavy Duty Aftermarket Week (HDAW) 2020, um dos principais encontros do mercado de reposição para veículos comerciais dos Estados Unidos, que aconteceu entre os dias 27 e 30 de janeiro. Um dos destaques da empresa foi a pastilha de freio a ar GRN Tech, livre de cobre, que oferece vida útil superior aos componentes de desgaste e não agride o meio ambiente.
Meritor anuncia construção de nova fábrica no Brasil A Meritor anunciou um investimento de R$ 200 milhões para a construção de uma nova fábrica de 160 mil m² no Brasil. Localizada em Roseira (São Paulo), a unidade deve iniciar produção em 2021. “Estamos expandindo nossas linhas de produção, pois esperamos que o mercado brasileiro continue em recuperação progressiva”, afirma Adalberto Momi, diretor geral da Meritor no Brasil.
Marelli vende mais de 2,5 milhões de velas de ignição A Marelli Cofap do Brasil superou o número de 2,5 milhões de velas de ignição vendidas pouco mais de um ano após o lançamento das linhas de produtos. A empresa entrou no segmento em março de 2018, com o lançamento de 22 códigos para motocicletas e, seis meses depois, ampliou sua participação, oferecendo 59 códigos para a linha automotiva. Com isso, a marca complementou o seu portfólio para o sistema de ignição, que já contava com cabos e bobinas.
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Conta-giros Chevrolet importa do segundo lote do Bolt EV Após comercializar todas as 50 unidades de pré-venda do Bolt EV logo no lançamento, a Chevrolet informou a importação do segundo lote do seu modelo 100% elétrico. “O Bolt EV reúne características que simbolizam a visão de futuro que temos do automóvel, e nos surpreendeu tamanho interesse inicial de consumidores pelo produto. Em comum, são pessoas conectadas à inovação, mobilidade e sustentabilidade”, disse Hermann Mahnke, diretor de Marketing da GM América do Sul.
GM premia Sabó com o Supplier Quality Excellence Awards Como já é tradição, no fim do ano a General Motors do Brasil premia os seus melhores fornecedores sul-americanos de autopeças. O evento prestigiou 62 deles pelo alto nível de qualidade na produção e no fornecimento de peças para a montadora. A Sabó, fabricante de juntas, retentores, vedações, bieletas, buchas, coxins e outros produtos para o mercado de reposição, recebeu o prêmio pela 5ª vez. Segundo a GM, foram adotados 13 critérios de avaliação medidos no ano anterior ao da premiação para chegar aos vencedores. Eles abrangeram aspectos relacionados à conformidade dos componentes fornecidos, à performance no sistema de gestão da qualidade e à eficiência na entrega.
Dayco apresenta novos produtos mercado de reposição A Dayco, fornecedora de produtos para motores e sistemas de transmissão para as montadoras de automóveis, linha industrial e reposição, ampliou ainda mais o seu portfólio de produtos durante o ano de 2019. Os mais recentes lançamentos contemplam kits de distribuição para New Beetle e Jetta, tensionadores e polias para a linha francesa, como o Renault Duster, correias de acessórios e tensionadores para utilitários como Mercedes-Benz e Renault Master, e para os GM Sonic e Tracker, as correias elásticas que já vem com a ferramenta de aplicação.
Novas sapatas de freio da Cobreq A Cobreq, marca da TMD Friction, lançou sapatas de freio para a L200, modelo da marca Mitsubishi, e o HR TCI, da Hyundai. Os lançamentos para eixo traseiro são 2700-CP e 2676-CP. A sapata de freio é primordial para o sistema de frenagem e trabalha em conjunto com as pastilhas de freio. Além da atuação no freio principal, ela tem a função secundária, mas não menos importante, de atuar como freio de estacionamento.
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Conta-giros Uber lança viagens de Tuk-Tuk em Vitória Usuários da Uber em Vitória, no Espírito Santo, passaram a contar, desde o dia 29 de janeiro, com o Tuk-Tuk, um veículo desenvolvido a partir de um motocicleta e capaz de levar até dois passageiros em uma pequena cabine. A modalidade, segundo a empresa, foi desenvolvida em parceria com a empresa de aluguel Movida. Para pedir uma viagem com o veículo basta usar a mesma conta Uber, já utilizada para solicitar viagens de carro. Todos os modelos usados pela Uber em Vitória são elétricos, mas esse tipo de veículo com motor convencional de motocicleta é bastante comum em países da Ásia como Índia, Tailândia e Camboja. Como esse tipo de veículo não está à venda no Brasil, os motorista de Vitória interessados em dirigir na plataforma da Uber com um Tuk-Tuk, precisam alugar um modelo na Movida. É necessário ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria A ou AB. Não foram divulgados valores do serviço, mas a Uber afirma que os preços, para os consumidores, serão menores que os praticados com os carros.
Nordeste começou 2020 com gasolina estável e baixa para etanol Os postos da Região Nordeste apresentaram leve movimentação no preço dos combustíveis nos primeiros dias de janeiro, segundo levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). A gasolina manteve-se estável, com o litro comercializado a R$ 4,713, e o etanol recuou 0,7%, vendido a R$ 3,531, ante os R$ 3,557, do mês de dezembro. O IPTL é um índice mensal de preços de combustíveis levantados com base nos abastecimentos realizados nos 18 mil postos credenciados da Ticket Log.
5 milhões de veículos já circulam com nova placa Desde julho do ano passado, os Detrans estaduais se preparam para utilizar o novo padrão de Placas de Identificação Veicular (PIV). Desde o dia 31 de janeiro, a instituição que não tiver aderido ao novo padrão da PIV, não conseguirá emitir emplacamentos para novos veículos. Nessa fase inicial, a nova placa é obrigatória no primeiro emplacamento, para proprietários de veículos que já têm a placa antiga mas precisaram alterar o município ou estado ou em situações de roubo, furto, dano ou extravio da placa.
Kolbenschmidt recebe prêmio da Daimler Durante o encontro Nacional Daimler 2020 – Líderes traçando o futuro – a MercedesBenz Autobuses e a Daimler Trucks México reconheceram o apoio, a dedicação e o comprometimento da Kolbenschmidt (KS), fabricante de componentes para motor. Para a premiação, foi considerado o trabalho na estratégia de ambas as marcas para 2020. A KS recebeu da Mercedes-Benz Autobuses o prêmio de melhor parceiro em estratégia comercial.
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Cidade alemã registra sete anos sem mortes no trânsito A cidade de Lüdenscheid, na Alemanha, com cerca de 74 mil habitantes, recebeu o Prêmio Dekra Vision Zero, realizado pela quarta vez pela Dekra, empresa que conta com specialistas em segurança rodoviária. “Este prêmio é uma conquista fantástica para a cidade de Lüdenscheid e foi possível graças à excelente cooperação de vereadores, administradores e cidadãos comprometidos”, afirmou o prefeito Dieter Dzewas, que recebeu o prêmio de Stefan Kölbl, CEO da Dekra.
Novo presidente do Instituto General Motors
Cummins Brasil alcança status de ‘aterro zero’ A Cummins Brasil, fabricante de motores a diesel, iniciou 2020 celebrando a destinação sustentável para 100% dos resíduos em todo o processo produtivo da planta de Guarulhos (São Paulo), onde a empresa está instalada. O status de “aterro zero” ocorreu no fim do ano passado com o encaminhamento de todo o resíduo orgânico dos refeitórios para a compostagem. De acordo com Bruna Malaguti, gerente de Segurança e Meio Ambiente da Cummins Brasil, a meta era que todo o resíduo de processo originado na planta gerasse energia, fosse reaproveitado ou reciclado. “Por isso, eliminamos a destinação ao aterro, por considerar menos sustentável para a empresa e para a comunidade”.
Após anunciar sua aposentadoria depois de 48 anos trabalhando da General Motors, Marcos Munhoz, que era vice-presidente da GM América do Sul, foi nomeado pelo presidente da GM na região, Carlos Zarlenga, para a posição de presidente do Instituto GM, braço social da empresa. “É uma honra para mim aceitar este convite. Eu sempre tive uma relação próxima com o Instituto e agora, com tempo disponível, vou poder atuar mais diretamente nesta que é uma instituição pela qual tenho muito carinho”, comentou Marcos Munhoz.
Delphi Technologies destaca importância do compressor Considerado o coração do sistema de ar condicionado, o compressor garante que o fluido refrigerante circule pelo sistema, possibilitando a troca e a dissipação do calor. Quando apresenta algum tipo de problema, ele compromete todo o processo de refrigeração do veículo. “É recomendado dar atenção para o sistema de ar condicionado uma vez por ano, seguindo corretamente todos os procedimentos técnicos”, afirma Pedro Valencio, coordenador de Suporte ao Cliente Aftermarket da Delphi Technologies. Ele destaca que é essencial buscar uma oficina especializada, onde será possível checar todos os componentes.
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Prevenção
Tá chovendo? Previna-se! Confira algumas dicas de como enfrentar chuvas e alagamentos com segurança e evitando prejuízos e danos ao motor
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ouco comuns em Fortaleza, as chuvas não representam qualquer preocupação durante quase todo o ano para os motoristas. Mas é fato que existe uma estação chuvosa de aproximadamente três meses nos quais elas acontecem. Então, sempre é bom se prevenir, principalmente por uma questão de segurança. O primeiro cuidado - e também um dos mais fáceis e mais baratos é com a palheta do limpador do pára-brisa. Bastante esquecida, especialmente em uma cidade com pouca chuva como Fortaleza, ela tem uma vida útil que, inclusive, independe do seu uso. Com o tempo, a borracha pode ficar ressecada e não limpar direito o vidro. E esse componente, vale ressaltar, não tem conserto. É recomendável fazer um teste: ligue o esguicho de água do limpador e veja
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como estão funcionando as duas palhetas. Se não estiver ok, faça a troca. E um detalhe: os motores do limpador do parabrisa são dimensionados para a palheta de fábrica. Evite colocar outras que fogem das especificações originais (com borracha dupla, por exemplo). Outro componente importante é a bateria e, junto com ela, o sistema elétrico. Durante a chuva, você pode não reparar, mas é provável que estejam ligados, ao mesmo tempo, rádio, farois, limpador do parabrisa, ar condicionado e desembaçador do vidro traseiro. Ou seja, praticamente todos os componentes principais do veículo. Por isso, cheque a situação da bateria fazendo o teste em uma loja especializada desse componente ou em uma oficina mecânica. Já dentro do carro e enfrentando os alagamentos, o principal é evitar os locais sabidamente vulneráveis da cidade e sempre subestimar a capacidade do carro. Resumindo: na dúvida, evite. E caso não consiga, procure entre em baixa velocidade, não tire o pé do acelerador e não troque de marcha. Isso tudo é para evitar o risco de um problema chamado calço hidráulico, que é a entrada de água pelo escapamento e sua chegada nos componentes de tração do motor. A dica principal é evitar entrar em áreas alagadas. Fique atento aos aplicativos de trânsito e no notici-
ário de rádio para saber como evitar as áreas com problemas. “Não enfrente a enchente achando que pode ultrapassá-la. Como os veículos têm os comandos elétricos, é muito fácil o carro dar pane e ficar no meio da água”, explica Marum. Outro cuidado é com a altura máxima a enfrentar. Se possível, espere outros veículos passarem pela área alagada. Se você ver mais da metade da altura da roda submersa, é grande o risco de encharcar algum componente do motor, deixando você na mão justamente no momento mais crítico. Na pista, tenha cuidado com um efeito chamado aquaplanagem, que é a criação de uma lâmina de água entre os pneus e o piso, diminuindo o atrito e deixando o carro mais instável e prejudicando a frenagem. O ideal, por isso, é andar em baixa velocidade onde não se sentir muito seguro. Confira algumas dicas adicionais para lidar com a chuva • Mantenha bateria, luzes e sistema elétrico em perfeito estado • Certifique se os pneus estão carecas ou muito gastos • Quando for passar na área alagada, evite proximidade com a marola causada por outros veículos. Verifique principalmente a passagem de caminhões ou ônibus ao seu lado ou em sentido contrário • Se o carro morrer, não tente fazê-lo pegar dentro da água. Retire antes o veículo do local
Celebração e estratégia Convenção anual da Cacique Lubrificantes premiou profissionais que mais se destacaram no ano passado e trouxe os planos da empresa para enfrentar os desafios de 2020
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om um olhar no futuro e uma abordagem voltada para a evolução e o crescimento, a Cacique Lubrificantes realizou a sua convenção de vendas. O evento aconteceu entre os dias 16 e 18 de janeiro deste ano e teve o nome de SETA: Superação com Entusiasmo, Talento e Atitude. Contando com a presença dos parceiros Ipiranga, Tecfil, Lupus, Tecbril e Autoimpact, a Cacique apresentou demonstrativos dos resultados das vendas de 2019 e os planos para 2020, considerando o cenário atual do mercado. Um dos destaques do evento foi a premiação de reconhecimento concedida aos colaboradores que tiveram as melhores atuações profissionais no ano passado. Para a Cacique, o SETA superou o propósito inicial, “fazendo a diferença na vida de todos os participantes e na construção das premissas para o futuro da empresa, que tem como propósito atender o mercado de lubrificantes, aditivos e produtos automotivos com soluções inovadoras e gerando benefícios para clientes, parceiros e sócios”.
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Tecnologia
Com entrada simbólica no Brasil no ano passado, quando foram vendidas apenas 7 unidades, carro 100% elétrico da Chevrolet começou 2020 com importação de um segundo lote
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pesar da Chevrolet dizer que comercializou todas as 50 unidades de pré-venda do Bolt EV, seu modelo 100% elétrico lançado no Brasil em 2019, só aparecem 7 unidades emplacadas do modelo no registro da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Isso
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significa que a entrada dele no mercado foi mais simbólica e que este ano é que ele deve começar a ser visto pelas ruas. A montadora anunciou a chegada de um segundo lote importado em fevereiro. As unidades foram enviadas para as 26 concessionárias credenciadas da marca para venda do carro. Elas ficam nas
seguintes cidades: Brasília, Campinas, Florianópolis, Joinville, Porto Alegre, Recife (única cidade do Nordeste), Rio de Janeiro, São José dos Campos, São Paulo e Vitória. Segundo a GM, as cidades foram “selecionadas com base em estudos de mercado”. A versão única do Bolt EV trazida para o mercado brasileiro é a mais
sofisticada, Premier, com preço sugerido de R$ 175 mil e equipada com baterias que garantem autonomia média de até 416 quilômetros. O motor permite arrancadas de 0 a 100 km/h em aproximadamente 7 segundos, tem 203 cv de potência e 36,7 kgfm de torque em qualquer faixa de rotação. Em relação a segurança, o veículo oferece 10 airbags, assistente de permanência na faixa, alerta de ponto cego com sensor de aproximação repentina, aviso de tráfego traseiro cruzado, alerta de colisão frontal e sistema de frenagem automática com detecção de pedestres para mitigar acidentes. Um carregador portátil acompanha o veículo, mas o proprietário, se quiser mais agilidade, precisa comprar um aparelho de recarga rápida para ser instalado na garagem. Ele está à venda nas concessionárias Chevrolet credenciadas para comercializar o Bolt EV. Não conseguimos encontrar o valor do aparelho. O Bolt também vem preparado para a recarga em eletropostos de alta voltagem, onde bastam 30 minutos de recarga para o carro rodar mais cerca de 160 km. Mas essa é uma infraestrutura mais provável nos Estados Unidos do que no Brasil. Um detalhe que chama a atenção é o plano de revisão. Veja a diferença em relação a carros movidos a motores a combustão: enquanto os proprietários destes precisam se preocupar com ciclos de 20 mil ou 30 mil km, no caso do Bolt, que por ser elétrico não precisa de procedimentos como troca de óleo, de velas, de correia e de diversos filtros, por exemplo, a primeira checagem é aos 240 mil km (ou 5 anos). os principais serviços de revisão do se concentram nas trocas de itens de desgaste decorrentes do uso do veículo, como o filtro do ar condicionado e as pastilhas dos freios.
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PRINCIPAIS ITENS • Sistema regenerativo dos freios • Espelho retrovisor central por câmera • Assistente de estacionamento com visão 360 graus • Painel digital customizável com tela de 8 polegadas • MyLink com tela de 10,2 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto • Sistema de som de alta definição Bose • Faróis com tecnologia HID e luzes de condução diurna em LED • Lanternas traseiras em LED • Sensor crepuscular • Pneus autovedantes com rodas aro 17 • Assoalho plano com fechamento aerodinâmico • Sistema de recarga de smartphone por indução magnética (sem fio) • Aviso de tráfego traseiro cruzado • Bancos de couro e volante com aquecimento • Sistema de partida do motor por controle remoto • Freio de estacionamento elétrico com acionamento por botão Dimensões e capacidades Comprimento 4.165 mm Largura 1.765 mm Altura 1.595 mm Entre-eixos 2.600 mm Capacidade do porta-malas 478 a 1.603 litros (com os bancos traseiros rebatidos)
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Esportividade
A sigla GTS, que era uma das grandes referências de esportividade do mercado brasileiro nos tempos de restrição a veículos importados, foi trazida de volta pela VW
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oram 26 anos desde que a sigla “GTS”, associada à esportividade de modelos como o Passat e Gol, deixou o portfólio da Volkswagen no Brasil. A marca voltou com o Polo, modelo no qual a montadora tem apostado para ser um elo entre a simplicidade e robustez de seus carros de entrada, como o Gol, e a sofisticação e a tecnologia de outros como o Jetta e o Golf. O Polo GTS chegou em janeiro às mais de 500 concessionárias da marca com preço a partir de R$ 99.470. Equipado com o motor 250 TSI (1,4 litro, 150 cv e 250 Nm de torque) e câmbio automático de seis marchas AQ250 (o mesmo do Jetta, mas com ajuste mais esportivo), o Polo GTS nasceu de um conceito inspi-
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rado nos modelos dos anos 1980 e 1990. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e sua velocidade máxima, segundo a Volkswagen, chega a 207 km/h. Parte da família EA211 de motores, o 250 TSI é produzido na fábrica da montadora em SãoCarlos e equipa os modelos Jetta e Tiguan. Externamente, o Polo GTS traz detalhes exclusivos como faróis full LED. Ligando-os de lado a lado há um filete vermelho, que destaca a esportividade do Polo GTS. A grade do radiador tem formato de “colmeia” e traz o logo GTS. As rodas são de 17 polegadas, diamantadas, com pneus 205/50 R17 – perfil que, informa a Volkswagen, “permite ótimo equilíbrio entre conforto de
rodagem e estabilidade em curvas”, destacando que o acerto da suspensão é mais firme que o da versão Highline, também para melhorar as características de esportividade. Na traseira, o Polo GTS traz defletor na tampa do porta-malas pintado em preto brilhante e a seção inferior do para-choque traseiro exclusiva. As lanternas são de LED, com assinatura noturna diferenciada da versão Highline. Para complementar, a saída de escapamento é dupla. Na cabine escurecida (teto, bancos e laterais de porta são da cor preta), os bancos são esportivos e mais firmes para oferecer bom apoio ao corpo nas curvas. O apoio de cabeça integrado remete aos bancos utilizados em carros de competição. O
revestimento é feito com misto de tecido e couro, trazendo linhas horizontais que fazem referência aos bancos dos modelos da década de 1980 e com a sigla GTS gravada no encosto. O volante tem acabamento de couro, costuras vermelhas e a sigla GTS na base. Detalhes na cor vermelha também estão nas molduras das saídas de ar, base da alavanca de câmbio e tapetes. O Polo GTS é equipado de série com o painel digital (Active Info Display), que se diferencia pela iluminação vermelha. Outro recurso é o seletor do modo de condução, que altera a personalidade do carro, afetando inclusive o som do motor – o motorista pode escolher entre os modos “normal”, “ecológico”, “esportivo” ou “individual”. Quando é selecionado o modo esportivo, entra em ação o atuador sonoro, que amplifica o prazer ao dirigir, garantindo mais emoção.
Ainda no campo da eletrônica, o Polo GTS é equipado com o XDS+ (bloqueio eletrônico do diferencial), que faz parte do ESC – Controle eletrônico de estabilidade (item de série). O recurso melhora o comportamento dinâmico do carro, aumenta a agilidade e diminui a necessidade de movimentação do volante por meio de intervenções seletivas nos freios das rodas internas às curvas nos dois eixos e permitindo uma transferência do torque disponível do motor para as rodas externas. O XDS+ funciona com quaisquer condições de aderência do piso. Isso resulta em dirigibilidade precisa, com mais tração e agilidade nas curvas. O ESC do Polo GTS também inclui o sistema de frenagem automática pós-colisão (Post-Collision Brake), recurso exclusivo na categoria. A lista de equipamentos de série
traz sistema Kessy de acesso ao veículo e partida do motor sem uso da chave, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros para auxílio ao estacionamento (que incluem câmera de ré), sistema start/stop (que desliga e liga o motor na paradas em semáforos, por exemplo), e o sistema de som Discover Media, com tela colorida de 8 polegadas sensível ao toque, navegação, App-Connect e comando por voz. Também são itens de série o detector de fadiga, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular e o controlador automático de velocidade (piloto automático). Como opcional, está disponível o pacote Beats, com o sistema de som que inclui alto-falantes, tweeters, subwoofer e amplificador, além do recurso de variação do espaço no porta-malas (s.a.v.e.) e rede para objetos no compartimento.
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Chevrolet
Com Wi-Fi e seis airbags, versão de entrada é mais um componente da linha 2020 do sedã e do hatch médio da Chevrolet
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pós a apresentação do Cruze Premier como o primeiro integrante da linha 2020 do modelo (que ganhou atualização visual e novos conteúdos de segurança e de conectividade, como o Wi-Fi nativo), a Chevrolet trouxe a versão de entrada LT. Ela, segundo
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a Chevrolet, pode ser interessante para “quem busca um modelo médio altamente tecnológico, porém numa faixa mais acessível de preço”. Sobre esse preço, o material de divulgação disponibilizado pela GM não dispunha de qualquer informação. Tentamos na assessoria de comunicação da montadora, mas não conseguimos contato. Por último, procuramos uma concessionária local e o valor também não estava disponível. Portanto, até o fechamento desta edição, não foi possível saber o preço do Cruze LT. O Cruze LT traz grade, para-choque e faróis auxiliares redesenhados, seguindo a atual linguagem estética dos carros globais da montadora. Ele tem rodas aro 17 que contam com acabamento que procura reforçar a esportividade do carro - assim como o Premier, ele tem motor turbo com botão para desativação do tipo sistema Stop/Start.
A lista de equipamentos do Cruze LT inclui ar condicionado digital, sistema de telemática avançada OnStar e o Wi-Fi nativo, que permite conexão com até sete aparelhos. No modelo, o motorista pode comandar funções remotamente funções e realizar diagnósticos pelo myChevrolet app. Outra novidade relevante está re-
lacionada à segurança. O Cruze LT passa a vir equipado, além das tradicionais bolsas frontais e laterais, com airbags de cortina e ajuste eletrônico para limitar a velocidade, útil para evitar multas de trânsito. O modelo está disponível nas carrocerias sedã e hatch, sempre com motor 1.4 Turbo e transmissão automática de seis marchas.
PRINCIPAIS ITENS DE SÉRIE Segurança • Seis airbags • Alerta de esquecimento de pessoas ou objetos no banco traseiro • Controle eletrônico de tração e de estabilidade com função de assistente de partida em rampa • Luz de condução diurna • Sensor de estacionamento com câmera traseira, • Assistente de frenagem de urgência • Ajuste eletrônico para limitar a velocidade Conforto e conectividade • Ar condicionado digital • Travas e vidros elétricos acionados também pela chave • Sistema de telemática OnStar • Conexão com o myChevrolet app • Sistema multimídia MyLink de nova geração com Android Auto, Apple Car Play e Wi-Fi.
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Comparativo
Os mais queridos Os SUVs de entrada são sonho de consumo de muitos brasileiros e foram sucesso de vendas em 2019. Veja comparativo entre os cinco mais procurados pelos consumidores
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ode-se dizer que eles “bombaram” em 2019. Claro, não foram os mais vendidos do mercado nacional, ainda dominado pelos modelos compactos. Mas considerando que os SUVs de entrada fazem parte de um segmento no qual o preço gira próximo dos 100 mil reais, é fato que eles estão no imaginário dos aficionados por carros no Brasil. Foram quase 270 mil vendidos no ano passado. Quem tem dinheiro compra, e muita gente que não tem, sonha com eles.
Por isso, fizemos aqui um comparativo entre esses veículos, considerando os cinco mais vendidos de 2019 com base nos dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Destacamos algumas características que consideramos relevantes, como distância entre-eixos (diretamente relacionada ao conforto dos ocupantes do banco traseiro), capacidade do porta-malas, potência e torque do motor, preço e presença de freio a disco nas quatro rodas
(importante para dar mais segurança em situações de emergência). Para a seleção, buscamos as versões com o menor preço possível que tinham recursos que julgamos ser básicos em um carro desse segmento: câmbio automático, sistema multimídia com tela touchscreen e pintura metálica. Também foram destacados (colocados em negrito) itens de série importantes ou que são exclusivos de alguns modelos, como ar condicionado digital, sistema Start/Stop ou sensor crepuscular. Confira nosso levantamento!
Veja o comparativo abaixo, listado em ordem crescente de preços. Freios a disco Porta-malas (l) Entre-eixos (mm) Potência (cv)
Torque (kgf.m)
Preço
Renegade
Nas 4 rodas
320
2.570
135
18,76
R$ 91.540,00
Kicks
Só dianteiras
432
2.620
114
15,5
R$ 95.340,00
Creta
Só dianteiras
431
2.590
123
16,0
R$ 96.370,00
T-Cross
Nas 4 rodas
420
2.651
116
20,4
R$ 101.390,00
HR-V
Nas 4 rodas
437
2.610
140
17,3
R$ 104.350,00
30 - Auto Revista Ceará
Jeep Renegade
O
mais vendido, coincidência ou não, é o mais barato do comparativo. Chega a custar quase R$ 13 mil a menos que o HR-V, que é o mais caro. Com um design marcante e que, como a própria Fiat (proprietária da marca Jeep) evidencia, traz o “DNA” do jipe original que virou uma lenda do automobilismo no mundo, o Renegade continua seduzindo os consumidores com esse apelo. Mas são dele o menor porta-malas (100 litros a menos que o do T-Cross, segundo colocado nesse quesito) e a menor distância entre-eixos. Resumindo, apesar do porte imponente do exterior, o modelo apresenta características que o deixam com um dos menores espaços internos entre todos do comparativo.
Modelo: Sport 1.8 16V Preço: R$ 91.540,00 FICHA TÉCNICA Motor Pot. (cv) 135,0 (Gasolina) / 139,0 (Etanol) a 5.750 rpm Torque (kgf.m) 18,76 (Gas.) / 19,27 (Et.) a 3.750 rpm Direção: Elétrica Transmissão: Automática de 6 marchas Freios: A disco nas 4 rodas Rodas: Liga leve aro 17” Pneus: 215/60 de uso misto Dimensões Altura (mm) 1.658 Comprimento (mm) 4.232 Largura (mm) 1.798 Entre-eixos (mm) 2.570 Capacidade do porta-malas (l) 320 Capacidade do tanque (l) 60 Desempenho Velocidade máxima (km/h) 182 Aceleração de 0 a 100 km/h (s) 11,1
ITENS DE SÉRIE • Controle de tração • Controle eletrônico anticapotamento • Câmera de ré • Entrada USB para os ocupantes do banco traseiro • ESC (controle de estabilidade) • Freio de estacionamento eletrônico • Hill Start Assist • Piloto automático • Sistema de monitoramento de pressão dos pneus • Sistema Start&Stop (desligamento/ acionamento automático do motor) • Ajuste do volante em altura e profundidade • Alarme • Alertas de limite de velocidade e manutenção programada • Apoia-braço central dianteiro com porta-objetos • Bolsa porta objetos atrás do banco do motorista • Chave canivete com telecomando • Comandos do sistema de áudio e bluetooth no volante • Computador de bordo • Estepe de uso emergencial • Ganchos de fixação de carga no porta-malas • Iluminação do porta-malas • Indicador de troca de marcha (GSI) • Limitador de velocidade • Limpador e desembaçador dos vidros traseiros • Luzes diurnas • Panic Break Assist • Quadro de instrumentos TFT de 3.5” • Sistema de áudio com tela de 5” touch com 6 alto falantes, comando de voz, USB e bluetooth • Travamento automático de portas e porta malas a 20 km/h • Indicador de portas abertas • Vidros elétricos nas 4 portas com one touch
Auto Revista Ceará -
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Nissan Kicks Ao lado do Creta, o Kicks ostenta uma desvantagem no comparativo: não tem freio a disco nas rodas traseiras. Mas ele também traz outros números que o desabonam frente à concorrência, que são a menor potência e o menor torque do motor. A seu favor, o modelo da Nissan tem argumentos que podem ser atraentes. O primeiro é o preço, já que é o segundo mais “barato”, perdendo apenas para o Renegade. O outro é em relação a dois itens do espaço interno que consideramos relevantes para este comparativo. O Kicks ocupa a segundo posição no ranking de maiores porta-malas e distância entre-eixos. Destaque, também, para o câmbio CVT que o equipa e o deixa junto com HR-V entre os modelos que têm o recurso.
Modelo: SV CVT Preço: R$ 95.340 FICHA TÉCNICA Motor Potência 114 cv a 5.600 rpm (etanol/gasolina) Torque 15,5 kgf.m a 4.000 rpm (etanol/ gasolina) Transmissão CVT Direção Elétrica Freios Dianteiros A disco Traseiros A tambor Rodas Liga leve 17” Pneus 205/55 Dimensões Altura (mm) 1.590 Comprimento (mm) 4.295 Largura (mm) 1.760 Entre-eixos (mm) 2.620 Capacidade do porta-malas (l) 432 Capacidade do tanque (l) 41
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ITENS DE SÉRIE • Controle eletrônico de estabilidade VDC (Vehicle Dynamic Control) • Controle de tração TCS (Traction Control System) • Sistema inteligente de partida em rampa (HSA) • Controle eletrônico de frenagem (EBD) • Assistência de frenagem (BA) • Xtronic CVT com função “Sport” • Piloto automático • Câmera traseira com imagem integrada ao display do rádio • Sistema de áudio com tela touchscreen colorida 7” integrada ao rádio, entrada auxiliar para MP3, conector USB, Bluetooth e conectividade com Apple Carplay e Android Auto • Abertura da tampa de combustível por acionamento interno • Abertura elétrica das portas e do porta-malas • Bancos dianteiros com tecnologia zero gravity • Controle de áudio e telefone no volante • Para-sol com espelhos para motorista e passageiro • Porta-copos no console central e nas portas • Porta-objetos na lateral das portas dianteiras e traseiras • Porta-revistas nos bancos dianteiros • Volante de três raios com regulagem de altura e profundidade • Airbags duplos frontais • Alarme perimétrico • Bloqueio de ignição através de imobilizador do motor • Travamento central automático das portas e do portamalas com o veículo em movimento • Abertura e fechamento das portas e vidros dianteiros e traseiros através de controle remoto • Sistema eletrônico de ignição (botão push start) e abertura das portas sem o uso da chave • Vidros dianteiros e traseiros elétricos com sistema “one touch” e antiesmagamento • Volante com acabamento em couro • Porta-malas com iluminação interna • Faróis dianteiros com assinatura em led • Luz de freio em led • Chave inteligente presencial (i-key) • Retrovisores externos com regulagem elétrica e indicador de direção em led • Sensor de estacionamento
Hyundai Creta Com preço que fica bem na média entre os veículos pesquisados, o modelo da Hyundai também tem números que não se destacam nem positivamente nem negativamente. O que fica fazendo falta é um sistema de freios a disco nas quatro rodas. Ao lado do Nissan Kicks, ele fica no grupo isolado que usa tambor no freio das rodas traseiras. Mas é o único que traz TV digital no sistema multimídia e um dos dois, entre todos do comparativo, que traz o sistema automático que desliga o motor quando o carro para e volta a ligá-lo quando o motorista tira o pé do freio, mais conhecido como Start/Stop (o outro que também vem com o recurso é o Renegade).
Modelo: Pulse Plus Gamma 1.6 Preço: R$ 96.370,00 FICHA TÉCNICA Motor Potência (cv)123 (gasolina) 130 (etanol) a 6.000 rpm Torque (kgf.m)16,0 (gasolina) 16,5 (etanol) a 4.500 rpm Direção Elétrica Transmissão Automática de 6 marchas Freios Dianteiro Disco Traseiro Tambor Rodas Liga leve de 17” Pneus 215/60 Dimensões Altura 1.635 mm Comprimento 4.290 mm Largura 1.780 mm Entre-eixos 2.590 mm Capacidade do porta-malas (l) 431 Desempenho Velocidade máxima (km/h)172 Aceleração de 0 a 100 km/h (s) 12,0
ITENS DE SÉRIE • Monitoramento de pressão dos pneus • Controle de estabilidade (ESP) • Controle de tração (TCS) • Sinalização de frenagem de emergência (ESS) • Assistente de partida em rampa (HAC) • Ar condicionado automático digital • Piloto automático com controles no volante • Câmera de ré com linhas dinâmicas • Acendimento automático dos faróis (sensor crepuscular) • Sistema Stop & Go de parada e partida automática do motor • Central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas, TV digital, Apple CarPlay, Android Auto, conexão Bluetooth com streaming de áudio, acesso à agenda e histórico de chamadas, MP3 player, reprodutor de fotos e vídeos, conexões USB/iPod e AUX e comandos de áudio e Bluetooth no volante • Faróis de neblina dianteiros • Painel de instrumentos Supervision Cluster • Apoios de braço nas portas e no cons. central em couro • Volante revestido em couro • Freios ABS com EBD • Trav. automático das portas e do porta-malas a 20 km/h • Dest. automático das portas em caso de acidente • Coluna de direção colapsável • Imobilizador do motor • Alarme perimétrico • Vidros elétricos dianteiros e traseiros com funções onetouch e antiesmagamento • Travas elétricas nas portas e porta-malas com comandos na chave • Chave principal tipo canivete com telecomando de travamento das portas e porta-malas • Retrovisores externos com ajuste elétrico e luz indicadora de direção • Computador de bordo • Acionamento inteligente one-touch das luzes de direção • Volante com regulagem de altura e profundidade • Iluminação no porta-malas • Comando interno de abertura do tanque de combustível • Sensor de estacionamento traseiro
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Volkswagen T-Cross Um dos principais destaques do modelo que introduziu a Volkswagen no segmento de SUVs de entrada é o motor turbo 1.0. Moderno e bastante antenado com os novos tempos do mundo de carros a combustão, onde menos é mais (a demanda no mercado é cada vez maior por motores que sejam pequenos, eficientes e poluam menos), o T-Cross ostenta em um número a prova da agilidade do seu sistema de propulsão: É dele o maior torque, aquela característica que faz o carro responder bem ao toque do acelerador - e se possível, nas rotações mais baixas que ele puder registrar. Outra boa característica do modelo é a distância entre-eixos, que é a maior entre todos os carros do comparativo.
Modelo: Comfortline 200 TSI 1.0 Preço: R$ 101.390,001 FICHA TÉCNICA Motor Potência (cv) 116 (gasolina) 128 (etanol) a 5.500 rpm Torque (kgf.m) 20,4 (gasolina/etanol) a 3.500 rpm Direção: Elétrica Transmissão: Automática de 6 velocidades Freios: A disco nas 4 rodas Rodas: Liga leve de 17” Pneus: 205/55 Dimensões Altura (mm) 1.568 Comprimento (mm) 4.199 Largura (mm) 1.760 Distância entre eixos (mm) 2.651 Capacidade do porta-malas (l) 420 Capacidade do tanque (l) 52 Desempenho Velocidade máxima (km/h) 179 (gasolina) 184 (etanol) Aceleração de 0 a 100 km/h (s) 10,9 (gasolina) 10,4 (etanol)
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ITENS DE SÉRIE • Airbags laterais nos bancos dianteiros e de cortina • Ar condicionado digital • Assistente para partida em aclives/subidas (Hill Hold Control) • Computador de bordo com display multifuncional Plus • Controle eletrônico de estabilidade (ESC) • Controle de tração (ASR) • Bloqueio eletrônico do diferencial (EDS) • Câmera para auxílio em manobras em marcha a ré • Saídas de ar e 2 tomadas USB para o banco traseiro • Piloto automático (controle automático de velocidade) • Porta luvas refrigerado com iluminação • Sensor crepuscular • Tomada 12V no compartimento de bagagens • Sensores de estacionamento dianteiros e traseiros • Alerta sonoro e visual de não utilização dos cintos de segurança dianteiros • App-Connect • Banco do motorista com ajuste lombar • Coluna de direção com ajuste de altura e profundidade • Descansa braço central com porta-objetos • Espelhos retrovisores externos eletricamente ajustáveis com função tilt down no lado direito • Luz de condução diurna em LED • Iluminação no porta-malas • Indicador de controle da pressão dos pneus • Sistema de frenagem automática pós-colisão • Lanternas traseiras em LED • Manopla da alavanca de câmbio em couro • Motor 1.0 TSI • Para-choque traseiro com apliques cromados na região inferior • Para-sóis com espelhos iluminados para motorista e passageiro • Porta-malas com sistema de ajuste variável de espaço • Sistema de alarme anti-furto com comando remoto • Sistema de som touchscreen com tela de 6,5” • Suporte para smartphone com entrada USB para carga • Travamento elétrico e remoto das portas, porta-malas e tampa de combustível • Vidros elétricos dianteiros e traseiros com função one touch nos dianteiros • Volante multifuncional revestido em couro com shift paddles
Honda HR-V Embora seja o mais caro do comparativo, o modelo tem a seu favor três pontos positivos principais. O primeiro é o câmbio CVT, que o coloca apenas junto com o Kicks entre os que contam com o recurso. O outros são números: o HR-V tem o motor mais potente e o maior porta-malas. Destaque, também, para o ar condicionado com controle touchscreen - o único, entre os veículos pesquisados. Provavelmente pelo preço, o modelo da Honda ficou em quarto colocado, no ranking de mais vendidos da Fenabrave em seu segmento. Ganhou apenas do T-Cross, mas é preciso lembrar que seu concorrente da Volkswagen foi lançado em fevereiro do ano passado. Será que em 2020 ele ultrapassa o HR-V, já que é um pouco mais em conta? A conferir.
Modelo: EX CVT 1.8 Preço: R$ 104.350,00 FICHA TÉCNICA Motor Potência (cv) 140 a 6.500 rpm (gasolina) 139 a 6.300 rpm (etanol) Torque (kgf.m) 17,3 a 4.800 rpm (gasolina) 17,4 a 5.000 rpm (etanol) Direção Elétrica Transmissão CVT Rodas Liga leve aro 17” Pneus 215/55 Dimensões Altura (mm) 1.586 Comprimento (mm) 4.329 Largura (mm) 1.772 Entre-eixos (mm) 2.610 Capacidade do porta-malas (l) 437 Capacidade do tanque (l) 51
ITENS DE SÉRIE • Ar condicionado digital touchscreen • Piloto automático (cruise control) • Câmera de marcha a ré multivisão com guias de referência • Freio de estacion. eletrônico com função Brake Hold • Sistema de alerta de frenagem emergencial ESS(Emergency Stop Signal) • Sistema HSA(Hill Start Assist) - As. de partidas em aclives • Sistema VSA(Vehicle Stability Assist) - Assistente de tração e estabilidade • Multimídia 7” touchscreen com interface para smartphones Android Auto e Apple CarPlay, • Bluetooth com comando HFT-(Hands Free Telephone) no volante com Voice Tag, conexão Sensores de estac. traseiro • Volante com revestimento em couro e ajustes de comandos de áudio e piloto automático • Coluna de direção ajustável em altura e profundidade • Magic Seat Honda – exclusivo sistema de config. dos bancos • Alavanca interna de abertura do bocal de abastecimento • Console central elevado com porta copos emborrachado • Descansa-braço dianteiro com compartimento porta-objetos • Painel com computador de bordo multifunções • Porta-malas com iluminação interna • Porta-revistas atrás dos bancos dianteiros do passageiro • Luz de rodagem diurna (DRL) e lanternas traseiras em LED • Retrovisores elétricos com luz indicadora de direção • Airbags laterais • Alarme • Aviso sonoro do cinto de segurança para motorista e passageiro • Chave do tipo canivete com controle de abertura/fechamento das portas e dos vidros elétricos • Vidros elétricos com função 1 toque para todos ocupantes e sistema antiesmagamento • Estrutura de deformação progressiva ACE • Freios com EBD(Electronic Brake Distribution) • Sistema Immobilizer • Trava de segurança central dos vidros dos passageiros • Trava de segurança nas portas traseiras • Travas elétricas com travamento automático acima de 15 km/h
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Perspectivas
MUITO OTIMISMO Para representantes do setor automotivo ouvidos por Auto Revista Ceará, 2020 promete ser um ano de bons números e mudanças positivas no mercado
P
ode-se dizer que carros e imóveis são os produtos com a maior cadeia produtiva do mercado, por causa da grande quantidade de itens que envolvem sua fabricação e pelos diferentes elos envolvidos no processo que vai desde a concepção até os anos de pós-venda. E é por isso que tanto nas crises quanto nos bons momentos, muita gente tem o que celebrar ou lamentar, dependendo do que estiverem vivendo. Como o ano passado foi de retomada do mercado automotivo de veículos novos, representantes de diferentes setores estão celebran-
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do e começaram 2020 com muito otimismo. Foi o que constatamos quando procuramos profissionais do mercado local para ver como eles avaliam o atual cenário. Começando pelo setor de venda de carros novos, o presidente da Seção Ceará da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Fernando Pontes, destaca o volume de unidades emplacadas no ano passado. “Ultrapassamos a marca de 4,1 milhões de veículos em todo o Brasil. O número mais expressivo que tinha sido registrado antes da crise havia sido de 3,5 milhões”, afirma ele, res-
saltando que o resultado indica não só a recuperação do mercado, mas a sua consolidação em outro patamar. Fernando Ponte acrescenta que entre os principais fatores para a mudança positiva estão a queda nas taxas de juros, o crescimento da venda de consórcios (modalidade na qual o consumidor espera mais um pouco para levar o carro, mas paga menos juros) e o crédito mais fácil por parte das financeiras. Hoje, segundo o presidente da Fenabrave Ceará, os juros para financiamento de veículos estão entre 0,85% e 1,2% ao mês. “A expectativa é de que caiam mais, mas isso vai
Entre os principais fatores para a mudança positiva estão a queda nas taxas de juros, o crescimento da venda de consórcios.
depender da política econômica do governo”, afirma ele. O prazo médio dos financiamentos é de 36 meses metade do prazo que era encontrado no auge do mercado e antes da crise. Mesmo assim, a expectativa é de que se chegue a um total de 4,5 milhões de veículos emplacados em 2020. “Esperamos um crescimento de 10%”, finaliza Fernando Pontes. Para o setor de autopeças, a expectativa também é de aumento de dois dígitos nas vendas. É o que afirma o
presidente do Sistema Sincopeças Assopeças do Ceará (SSA) e do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão. Ele destaca que a recuperação dos anos de crise durou até o fim do primeiro semestre de 2019. Depois, o setor passou a registrar melhores números e registrou crescimento de 4% em relação a 2018. Ele acredita que os próximos 11 ou 12 meses vão ser bons para o mercado de autopeças, motopeças, acessórios e serviços, mas as empresas precisam se adaptar a algumas mudanças para aproveitar o cenário. Ele cita, entre as novidades, a necessidade de focar mais em vendas para o setor privado e menos para órgãos públicos (que vivem um cenário de cortes nos gastos) e de melhorar a gestão, eliminando perdas e qualificando os funcionários. Outra mudança importante esperada para 2020, segundo Ranieri, é o crescimento de estruturas nas quais os varejos são associados a centros
automotivos. “Os consumidores querem rapidez e praticidade. É preciso ter a venda de peças e o serviço de instalação atrelado”, opina ele. Por fim, ele lembra o crescimento do e-commerce, outra tendência à qual os estabelecimentos precisam se adaptar. “O modelo de vendas on-line não é fácil, mas quem está entrando corretamente, vai se dar bem”. Outro setor importante que Auto Revista Ceará foi o de revendedores de carros seminovos (até três anos de fabricação) e usados. Também neste caso, há muito o que celebrar em relação a 2019 e otimismo para 2020. “Tivemos crescimento de 4% nas vendas de seminovos, e esse índice só não foi maior porque como 2016 teve a pior produção de automóveis dos últimos 10 anos, houve falta de carros de 0 a 3 anos. Tinha procura, mas não havia oferta”, explica Everton Fernandes, presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos Automotores do Estado do Ceará (Sindivel CE). Ele destaca que a principal contribuição para o bom resultado foi o aumento da facilidade no processo de concessão de crédito. Everton lembra que havia, há três anos, mais rigor para aprovar o financiamento e era impossível fechar o negócio com menos de 30% de entrada. Além disso, a menor taxa de juros era de 1,1% ao mês. Hoje, já possível fazer compra financiada com até 20% de entrada e a taxa mínima mensal caiu para 0,89%. Até dezembro Everton acredita que o setor vai registrar um crescimento de aproximadamente 5%. Para obter índices maiores, o mercado de seminovos precisa receber a oferta dos modelos que foram fabricados em 2018 e 2019, por isso o aumento vai ser gradual.
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Tributação
PAGAMENTO IMPOSTO E CONFUSO Com redução nos valores em 2020, o DPVAT, conhecido como seguro obrigatório, tem um futuro e obscuro em relação à cobrança das taxas que teremos de pagar nos próximos anos.
T
er um carro no Brasil, qualquer proprietário sabe, não é fácil nem barato. Além dos preços altíssimos dos próprios modelos, não são poucos os impostos e taxas. E a burocracia para lidar com eles é outro tormento. A mais recente confusão envolvendo esse universo aconteceu com o seguro obrigatório conhecido como DPVAT (a sigla vem de Danos Pes-
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soais por Veículos Automotores Terrestres). Com valores que passavam das centenas de reais, esse seguro foi motivo de uma enorme polêmica: primeiro foi extinto e depois voltou com preços praticamente simbólicos (veja tabela). E quem pagou antecipado passou a ter direito a ressarcimento dos valores excedentes. Para começar a explicar esse im-
bróglio, é preciso dizer que o principal motivo da existência da taxa do DPVAT é que, diferentemente do que acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o seguro é obrigatório para todos os veículos, no Brasil os proprietários podem circular sem pagar pelo serviço. Como resultado, sobra para todo mundo que tem carro a conta de danos pessoais que eventualmente são causados por acidentes. Mesmo quem já contratou um seguro para o seu carro é obrigado a pagar pelo DPVAT ou seja, na prática, acaba destinando dinheiro duas vezes pelo serviço. Se um carro não tem seguro e o motorista que o dirige atropela e fere ou mata alguém, o DPVAT é usado para indenizar a vítima. Os valores são de R$ 13.500 para morte, até R$ 13.500 para invalidez permanente (o total da indenização depende do local e da intensidade da seque) e R$ 2.700,00 para reembolso de despesas médicas e suplementares. O prejuizo que passar desses patamares é responsabilidade do motorista que causou o acidente. Se ele tiver
contratado um seguro, a sua apólice poderá cobrir a diferença. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão governamental responsável pela fiscalização do DPVAT, a redução dos valores se deu por “problemas de corrupção” e “cálculos atuariais distorcidos” que levaram a uma “arrecadação em prêmios acima da necessária para o pagamento das indenizações”. Como consequência disso, há um excedente de R$ 5,8 bilhões acumulados. “Queremos consumir este excedente no menor tempo possível e a melhor forma que encontramos foi a redução do preço do seguro”, afirma Solange Vieira, superintendente da Susep. A promessa é que ao longo dos próximos quatro anos o valor de R$ 5,8 bilhões seja usado para baratear o valor do seguro obrigatório. Outra mudança anunciada foi, de acordo com a Susep, a quebra do monopólio na operação do seguro DPVAT, que era responsabilidade da seguradora Líder (formada por um consórcio de empresas). As mudanças regulatórias necessárias deverão ser apresentadas até agosto deste ano, e a medida deve entrar em vigor a partir de 2021. Auto Revista Ceará buscou informações, junto à Susep, sobre alguns
A redução dos valores se deu por “problemas de corrupção” e “cálculos atuariais distorcidos” que levaram a uma “arrecadação em prêmios acima da necessária para o pagamento das indenizações
TABELA DE VALORES DO DPVAT Categoria
Taxa
Taxa + bilhete (R$ 4,15)
Carro
R$ 1,06
R$ 5,21
Táxi Ônibus Micro-ônibus
R$ 1,06 R$ 6,38 R$ 3,93
R$ 5,21 R$ 10,53 R$ 8,08
Ciclomotores
R$ 1,50
R$ 5,65
Moto
R$ 8,10
R$ 12,25
Caminhões
R$ 1,61
R$ 5,76
pontos que não ficaram claros em relação às mudanças. Nosso primeiro questionamento foi sobre o tempo de duração dos descontos nos valores que os motoristas são obrigados a pagar. A Susep informou que o excedente de R$ 5,8 bilhões vai ser usado nos próximos quatro anos. Perguntamos se após esse prazo os preços poderão subir novamente. Sobre a quebra do monopólio na operação do DPVAT, perguntamos como se dará o processo e se a medida trará algum benefício para os proprietários de veículos. Também questionamos como será possível estabelecer a concorrência em uma taxa obrigatória, cujo boleto é emitido junto com o licenciamento do veículo. Além disso, se o DPVAT se refere a um serviço cujas características o pagante sequer pode escolher, já que as indenizações têm valores fixos, como ele poderá fazer uma seleção entre companhias diferentes? Por fim, procuramos o órgão para saber se há possibilidade do fundo de R$ 5,8 bilhões aumentar, porque o trabalho de investigação das irregularidades continua sendo realizado. Também pedimos informações sobre a previsão de encerramento dessa investigação e se a Susep vai melhorar seu processo de fiscalização para evitar que novas fraudes aconteçam.
Como respostas, obtivemos o seguinte da Susep. Sobre o fim dos descontos após os quatro anos, o órgão limitou-se a dizer que “em relação aos prêmios tarifários do seguro Dpvat, os valores são analisados anualmente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)” e não respondeu. Sobre as questões envolvendo o fim do monopólio, a Susep informou apenas que “o tema está em estudo, mas, o consumidor poderá escolher a seguradora”, mas não explicou como se daria esse processo de escolha, considerando os fatores que explicamos em nossa pergunta. Já em relação à nossa última dúvida, se há possibilidade do fundo de R$ 5,8 bilhões aumentar, caso sejam descobertas novas irregularidades, o que obtivemos foi o seguinte: “o assunto se encontra em apuração interna e a Susep irá manifestar eventuais irregularidades aos órgãos de controle competentes, como Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Polícia Federal e Corregedoria, para adoção das providências cabíveis nas respectivas áreas de atuação”. Não houve qualquer resposta sobre a previsão de encerramento da investigação ou sobre melhoria do processo de fiscalização para evitar que novas fraudes aconteçam.
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Carro dos Sonhos
DOSE DUPLA
S
e um Porsche já é capaz de fazer a gente sonhar alto, imagine dois de uma vez. Lançados em janeiro na Europa, os modelos de dois lugares oferecem “potência excepcional e uma experiência de direção particularmente gratificante”, segundo a fábrica. Ambos usam o motor boxer de quatro litros e seis cilindros usado no 718 Spyder e no 718 Cayman GT4, outros modelos da Porsche.
42 - Auto Revista Ceará
A montadora alemã Porsche lançou dois modelos de alta performance à sua linha de carros esportivos: o 718 Cayman GTS 4.0 e o 718 Boxster GTS 4.0
Os números são impressionantes. Quando combinado com uma transmissão manual de seis velocidades e sistema de escapamento esportivo, o motor atinge a velocidade de 100 km/h em 4,5 segundos e é capaz de chegar a 293 km/h. E toda essa potência, vale ressaltar, com um consumo próximo ao de um carro 1.0 brasileiro: 9,25 km com um litro de gasolina. Entre as características do motor de quatro cilindros que equipa os
modelos estão o controle adaptativo que desliga alternadamente os cilindros em situações de pouca exigência de potência e um sistema de injeção direta de combustível com admissão variável. Ainda no conjunto ligado ao desempenho, os modelos 718 GTS 4.0 adotam sistema de escapamento esportivo de tubo de escape duplo com filtro de partículas de gasolina integrado do 718 Spyder e 718 Cayman GT4. Com seu
design do tipo sela, isso cria espaço para a seção inferior traseira preta contrastante, desenvolvida especialmente para os modelos GTS. Com “dirigibilidade excepcionalmente precisa e ágil e capacidade de fazer curvas rápidas”, o chassi dos modelos, segundo a Porsche, conta com o sistema Porsche Active Suspension Management (PASM), capaz de rebaixar os carros em 10 milímetros. Outros equipamentos orientados para o desempenho são o Porsche Stability Management (PSM), os suportes de transmissão ativos da Porsche (PADM) e o Porsche Torque Vectoring (PTV) que faz distribuição variável de torque nas rodas traseiras e o bloqueio mecânico do diferencial traseiro. No interior, os modelos têm tonalidade escura nos painéis centrais, no aro do volante, no console central, na alavanca de câmbio e nos apoios de braços nas duas portas. Há um pacote opcional para adicionar outra cor, que pode ser ver-
melho ou cinza claro. Ela pode ser aplicada no conta-giros, nos cintos de segurança, nas costuras decorativas e nos tapetes com bordas pretas. Os elementos de acabamento são feitos de carbono. Os modelos 718 GTS 4.0 vêm de série com o Porsche Communication Management (PCM), equipado com uma tela sensível ao toque de sete polegadas de alta resolução, e o pacote Sport Chrono, que inclui o Track Precision App. Este aplicativo para smartphone, originário do automobilismo esportivo, é projetado para mostra dados relacionados ao desempenho, em um monitor (aquele que é acompanhado pelas equipes) durante o uso em pistas de corrida e os registra para análises posteriores. Um módulo de navegação on-line com informações de trânsito em tempo real, controle de voz e o sistema Porsche Connect estão disponíveis como opcionais, assim como os sistema de som surround Bose ou o
surround Burmester High-End. Disponíveis na Europa a partir de março, os dois modelos não tiveram os preços informados pela Porsche. Nem sequer no site da empresa para a Europa é possível saber os valores. Mas em pesquisa, conseguimos chegar a um valor, em dólares, perto de US$ 80 mil. Se fizermos apenas a conversão (sem considerar as taxas de importação) isso daria algo perto de meio milhão de reais aqui no Brasil. Só pra sonhar!
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Clássicos
Arnóbio Tomaz
A HISTÓRIA DO FUSCA
O
dois cilindros e apresentava um rendimento absurdamente fraco. Em seguida, criaram o motor de quatro cilindros, opostos dois a dois, chamado de Boxter. O modelo foi lançado oficialmente em 1935. Inicialmente chamava-se “volkswagen” ou “volks”. O nome vem do idioma alemão e significa “carro do povo”. Em 1936, foi todo reformulado e a aparência resultante já apresentava bastante seme-
lhança com o Fusca atual – entre as principais diferenças, ele ainda tinha duas pequenas janelas traseiras. Em seguida, o carro passou a ser chamado de “Sedan Volkswagen”. Em 1939, devido ao início da 2ª Guerra Mundial, o Fusca acabou virando veículo militar, ficando com sua produção comercial paralisada durante todo período do conflito . Em 1946, um ano depois do término da guerra, foi retomada sua fabrica-
Foto divulgação
Volkswagen Fusca nasceu de um pedido do ditador alemão Adolf Hitler ao projetista Ferdinand Porsche – criador da lendária indústria de modelos esportivos. Foi um projeto ousado e revolucionário para a época, pois o veículo era equipado com um motor refrigerado a ar. Até então, os carros eram feitos com motores resfriados a água. O primeiro Fusca era equipado com um motor de
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ção, já existindo 10 mil veículos em circulação. Em 1948, existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1949 o Fusca já tinha seu próprio mercado nos Estados Unidos. Em 1953, ele surgia com quebra-ventos e, a partir da segunda série desse mesmo ano, a janela traseira passou a ser uma só, em formato oval. Também em 1953, o modelo começou a ser montado no Brasil. E a partir de 1959, passou a ser fabricado em nosso país. Em 1960, o sinaleiro (pisca-pisca) deixou de ser uma barra na coluna
lateral central (também chamada de bananinha) para ser em cima dos para-lamas dianteiros e a saída do cano de escape passou a ser dupla. Em 1967, o motor passou a ser 1.300 cc, ao invés do 1.200 cc que o equipava até então. Em 1968, o sistema elétrico passou a ser de 12 volts (antes era de 6 volts). Em 1970, surgiu o Fuscão, com 1.500 cc - embora a versão com motor de 1.300 cc permanecesse. Em 1974 surgiu o Super-Fuscão com motorização 1.600-S, que rendia 65 cv, com dupla carburação. Em 1979 veio o
“Fafá de Belém”, com lanternas traseiras maiores. Em 1986, o Fusca deixou de ser fabricado no Brasil. Sua produção, no entanto, continuou no México. Em 1993, a pedido do então presidente Itamar Franco, ele voltou à linha de montagem por aqui. Essa segunda era de produção continuou até julho de 1996 e chegou a cerca de 40 mil veículos. O anúncio do fim definitivo da fabricação deixou muita saudade em todos os brasileiros que, em alguma época de suas vidas, possuíram o simpático e inesquecível “fusquinha”.
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ARÁBIA SAUDITA Competição
Prova teve vitória da Honda na categoria Motos, após 31 anos sem títulos da marca, e foi realizada pela primeira vez na Arábia Saudita
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42ª edição do Dakar levou os competidores das margens do Mar Vermelho, na cidade saudita de Jeddah, passou ao redor dos cânions e montanhas da parte ocidental do país, sobre as dunas do Empty Quarter (deserto na península arábica com aproximadamente 650 mil km²), e chegou até o Qiddiya Sports and Culture Complex, perto da capital Riad. Na final da competição, o motociclista norte-americano Ricky Brabec pôs fim a um hiato de 31 anos da Honda sem vitórias, o espanhol Carlos Sainz conquistou seu terceiro título na categoria Carros, outro norte-americano, Casey Currie, venceu na categoria SSV (um jipe rústico com pouca carenagem), o chileno Ignacio Casale assumiu o trono nos quadriciclos e o russo Andrey Karginov ficou com o título nos caminhões.
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Dos 342 veículos que iniciaram o rali em Jeddah, 234 (68,4%) conseguiram aparecer na classificação geral final: 96 motos, 12 quadriciclos, 57 carros, 29 SSVs e 40 caminhões. Outros 22 veículos se retiraram da corrida, mas alcançaram o complexo de Qiddiya e pontuaram porque atenderam as regras da Dakar Experience para essa condição. O Brasil teve participantes em duas modalidades do rali: Antonio Lincoln Berrocal, na categoria motos, e Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, na SSV. Os dois times de brasileiros conseguiram chegar à classificação final. Antonio Lincoln obteve a 67ª posição em sua categoria, de um total de 96. Já Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin e ficaram em 9º lugar, em um escopo de 31 competidores de SSV que chegaram ao fim da prova.
Fotos: divulgação organização
Resumo dos resultados das categorias
Motos
O título de 2020 foi especial por duas razões: a Honda não vencia o Dakar há 31 anos e nenhum norte-americano tinha conseguido esse título no rali. O piloto californiano Ricky Brabec conseguiu a liderança após a terceira especial (cada etapa da corrida é chamada de “especial”) e habilmente defendeu sua vantagem ao longo das etapas restantes. Em contraste com o ano passado, quando sua moto o deixou com três etapas para terminar, dessa vez funcionou como um relógio até a linha de chegada.
Carros
Os veteranos mantiveram seu domínio nessa categoria. Os três integrantes do pódio, liderado pelo espanhol Carlos Sainz, têm um total combinado de 50 largadas no Dakar e 14 vitórias na categoria Carros. O piloto, conhecido como “El Matador”, conquistou a liderança após a terceira etapa e só teve problemas reais no estágio 8, quando perdeu tempo para seus rivais mais próximos, mas ele conseguiu se defender do ataque até Qiddiya.
Quadriciclos
Um desempenho medíocre na categoria SSV no ano passado convenceu Ignacio Casale a voltar a esta categoria em 2020, para o primeiro Dakar realizado na Arábia Saudita. O chileno dominou a classificação geral do começo ao fim e não enfrentou nenhuma oposição real. Foi o líder em quatro etapas e nas outras ficou apenas uma vez fora do grupo dos quatro primeiros.
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Fotos: divulgação organização
História do Dakar
SSVs
No início da corrida, nessa categoria, o piloto norte-americano Casey Currie era apenas um entre vários para observar melhor em relação ao desempenho. O piloto americano esperou até a segunda semana antes de investir mais pesado, deixando os holofotes para competidores experientes como o atual campeão “Chaleco” López (2 vitórias na etapa), o vencedor de 2018 (o brasileiro Reinaldo Varela) e o vice-campeão de 2019 Gerard Farrés. Cada um dos favoritos teve pelo menos um dia ruim que frustrou suas esperanças de vencer o Dakar. Currie, por outro lado, permaneceu consistente durante todo o rali.
Caminhões
Com três vitórias consecutivas, Eduard Nikolayev parecia o grande favorito para vencer a 42ª edição do Dakar. No entanto, o atual campeão estava fora do ritmo desde o início e acabou se retirando devido a problemas mecânicos com seu caminhão Kamaz. A fabricante russa, no entanto, mostrou a consistência do seu time de competidores com o campeão de 2014 Andrey Karginov. O piloto de 43 anos se recuperou de uma performance sem inspiração na etapa de abertura para roubar o show vitórias em sete etapas e um ritmo infernal que deixou seus rivais - e companheiros de equipe - na poeira.
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E
m 1977, o piloto francês Thierry Sabine ficou perdido, com sua motocicleta, no deserto da Líbia durante rali Abidjan-Nice. Após ser resgatado, ele voltou para a França impressionado pelas paisagens da região e prometeu a si mesmo que compartilharia sua descoberta com tantos pessoas quanto fosse possível. Isso o levou a imaginar uma jornada que começaria na Europa, continuaria para Argel, capital da Argélia, passaria por Agadez (a maior cidade do norte do Níger) e terminaria em Dakar, capital do Senegal. Em 26 de dezembro de 1978, o primeiro Paris Dakar começou na praça Trocadéro, em Paris. Devido ao desafio de enfrentar centenas de milhares de quilômetros em regiões áridas e de países com frequentes turbulências políticas, a competição tem um histórico que mostra o grau de risco e dificuldades que os pilotos têm de enfrentar. Alguns exemplos são a edição de 1988, na qual o membro de uma das equipes morreu, a de 2005, que teve o falecimento dos pilotos Jose-Manuel Perez and Fabrizio, a do ano seguinte, com a perda do motociclista australiano Andy Caldecott, e a de 2007, com a morte do sul-africano Elmer Symons. O ano de 2008 seria ainda mais complicado. Após o assassinato de quatro franceses e três militares da Mauritânia alguns dias antes da largada, o governo da França recomendou que os cidadãos de seu país não fossem à Mauritânia, por causa do risco. Isso fez a organização cancelar a edição do rali daquele ano. Nos anos seguintes também houve casos fatais. Em 2010, uma espectadora foi atropelada por um veículo. E por fim, em 2013, o piloto Thomas Bourgin perdeu a vida em um acidente. A despeito de ter nascido com o nome de Paris Dakar, o rali só respeitou esse trajeto até 1994. No ano seguinte, a partida foi em Granada, na Espanha. Em 1997, pela primeira vez, toda a competição foi realizada apenas na África, tendo a cidade de Dacar como ponto de partida e de chegada. Desde então, a prova aconteceu em locais bem distantes do original, incluindo 10 edições na América Latina, como a do ano passado, e um na África do Sul.
Recursos Humanos Izabel Bandeira Psicóloga e coach izabelband@hotmail.com
O papel das organizações na sustentabilidade Através de medidas adotadas na gestão, as empresas podem dar o exemplo em relação ao cuidado com o meio ambiente, inspirando, com isso, funcionários e até clientes
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uando falamos em sustentabilidade, em geral pensamos no cuidado e na preservação do meio ambiente. De fato, cabe a todos nós tomarmos consciência em torno da busca por um futuro mais sustentável. No entanto, falar em sustentabilidade, hoje, requer um maior nível de conhecimento e consciência também em outros campos. Primeiro, devemos entender o significado de sustentabilidade, para que seja possível falarmos sobre o tripé dos pilares de uma cultura sustentável. Sustentabilidade refere-se ao princípio da busca pelo equilíbrio entre a disponibilidade dos recursos naturais e a exploração deles por parte da sociedade. Por necessidade de contribuir com este equilíbrio, as organizações humanizadas passam a ter, em seu planejamento es-
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tratégico, o valor sustentabilidade. Com isso, se faz necessário pensar na contribuição que ela poderá oferecer para a sociedade com base no tripé da sustentabilidade que citei anteriormente. Ele é formado pelos seguintes fatores: ambiental, social e financeiro. O social refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade; já o ambiental diz respeito ao capital natural de uma empresa ou sociedade. O financeiro, por fim, trata-se do resultado econômico e positivo de uma empresa, ou seja, a lucratividade. A gestão empresarial tem um papel de fundamental importância, pois a empresa serve de exemplo para seus funcionários, clientes, fornecedores, stakeholders e parceiros. É a partir das práticas adotadas pela organização que eles são ins-
pirados e assim tornam-se motivados a adotar mudanças de hábitos. Com isso, há um efeito em cadeia, pois eles se tornam multiplicadores de uma consciência coletiva mais sustentável. Como exemplo e, quem sabe, como uma forma de estímulo para um novo olhar das empresas para o assunto abordado, cito aqui a Natura, reconhecida e premiada por suas práticas de sustentabilidade - o que nos mostra a sua preocupação com um equilíbrio e um futuro melhor para todos. Seja você também um agente de mudança sustentável. Descubra como pode, com pequenas e simples ações nos seus hábitos diários, contribuir positivamente pelo equilíbrio de um mundo mais sustentável. Felizes novos projetos!
Componente
Buchas e coxins Pequenos e discretos, eles são responsáveis por grande parte do silêncio, do conforto e da segurança do veículo durante a locomoção
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uando eles funcionam bem, você nem sabe que existem. Mas basta um deles apresentar problema para aparecer um barulho, geralmente de ferro batendo em ferro, que incomoda um bocado. E além do barulho, pode significar que o carro, ao andar, vai ficar mais incômodo e até menos seguro para motoristas e passageiros. Como o título diz, trata-se das buchas e dos coxins, conjunto de peças que amenizam o impacto do contato entre o carro e as irregularidades do solo. As diferenças entre eles são sutis:
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as buchas geralmente são componentes simples, usados para preencher espaços existentes nas peças de suspensão e amenizar, nelas, o conjunto de forças que vem do movimento do veículo. Já os coxins são encontrados não apenas na suspensão, mas também no motor e até no escapamento. Além disso, as buchas usam apenas a borracha como elemento maleável para absorver os impactos. Os coxins, mais sofisticados, podem ter uma parte formada por óleo, para melhorar a performance. Detalhando melhor os coxins, no
escapamento eles são responsáveis por evitar que a tubulação, que vibra muito durante o movimento do carro, bata em alguma parte no trajeto do motor ao parachoque traseiro. Já no motor, a responsabilidade deles é grande: suportar todo o peso e absorver as vibrações - não só as causadas pelo movimento do carro, mas as decorrentes do próprio funcionamento do motor. Já no amortecedor, um dos principais componentes da suspensão, a função do coxim é fixar e dar suporte, absorvendo ruídos, choques e vibrações.
Coxins hidráulicos Os coxins mais antigos usados na suspensão e no motor eram todos feitos basicamente de dois materiais: metal e borracha. Com a evolução da tecnologia automotiva, começaram a ser usados os coxins hidráulicos. Estes últimos, além de metal e borracha, têm um fluido interno que também contribui no esforço de amenizar os impactos. Este fluido pode se deslocar dentro do coxim através de um sistema de câmaras. Caso ele seja retirado do contato com a borracha, o componente vai ficar mais rígido. Caso volte, sua resposta será mais suave. A importância do coxim hidráulico se deve principalmente porque os carros modernos são cada vez mais exigidos para apresentar um comportamento na suspensão que garanta mais rigidez e segurança, em algumas situações, e mais maciez e conforto em outras. Explicando melhor, se o coxim foi tradicional e sua borracha for muito macia, ele vai sempre ser suave na reação aos impactos. Em uma curva, por exemplo, essa “maciez” significa menos segurança, porque o carro vai inclinar mais. Nesse caso, o ideal seria um coxim mais rígido. No entanto, ele vai causar desconforto em uma rua esburacada. Já o coxim hidráulico vai permitir os
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dois comportamentos. Na curva, o coxim fica mais rígido e o carro inclina pouco. Já em um trecho com buracos, o movimento do fluido interno o fará se encontrar com a borracha para tornar o conjunto mais maleável. O resultado é menos sofrimento para a coluna do motorista e dos passageiros. Uma informação importante é que os coxins, sejam tradicionais ou hidráulicos, são dimensionados para as condições específicas de cada veículo, considerando fatores como peso total, peso, potência e torque do motor, largura e altura da carroceria. Por isso, se veículo é equipado de fábrica com um componente hidráulico, ele sempre precisará ser trocado por outro também hi-
dráulico. Caso contrário, tanto o veículo sofrerá as consequências quanto o motorista - este último, na coluna, com as vibrações imprevistas durante a locomoção, e no bolso, por causa dos prejuízos causados pela deterioração de outras peças da suspensão. Por fim, se você ouvir barulhos vindos da parte dianteira do carro (principalmente quando passar por estradas irregulares) ou sentir desconforto ou instabilidade na direção, dê uma passada na oficina para checar os coxins. E se o veículo for macio e silencioso a ponto de mascarar problemas desse tipo, fique de olho na quilometragem: a cada 10 mil km, uma revisão também é aconselhável.
Novo Olhar Claudio Araujo claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br
Produtividade: sua empresa necessita dela para lucrar Implementar uma gestão voltada para produzir cada vez mais, em menos tempo e economizando recursos é essencial para o sucesso das empresas
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busca por resultados positivos nos negócios é uma ação contínua e desafiadora. A competitividade e o nível de exigências são cada vez mais elevados, e saber jogar no mundo dos negócios atuais é coisa para profissional, não permite mais amadorismo. Este é o cenário que vivencio em minhas experiências no campo da consultoria. De um lado, empresas lamentando as dificuldades do mercado e gerando baixos resultados e do outro, empresas com planos bem formatados, foco na ação e conquistando, com isso, crescimentos contínuos e sólidos. Falar em mudanças aceleradas até parece um modismo, mas na verdade o processo de melhoria contínua e a adaptabilidade para novas formas de gestão e de administrar o negócio é pura realidade. O que isso mais vem provocando é a necessidade de errar pouco e ganhar por escala. Diante deste cenário, venho resgatar um conceito simples e até mesmo antigo, porém decisivo na realidade de hoje, que se chama PRODUTIVIDADE. Segundo pesquisa, “produtividade é o resultado obtido quando algo ou alguém possui a qualidade de ser produtivo. Identifica-se como produtivo aquele que fez mais e que ofereceu um resultado maior ou melhor, gastando menos. Um
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exemplo prático seria produzir mais de um determinado produto usando menos horas, energia, água ou quaisquer outros insumos. Um profissional poderia ser considerado mais produtivo ao usar menos horas trabalhadas para entregar um volume específico de determinado trabalho. Um veículo, ao usar menos combustível, um aluno ao gastar menos horas de estudo, etc. Esses são apenas alguns exemplos sobre o que é produzir mais com menos” (calldaniel.com.br). O conceito é de fácil entendimento, porém ele necessita fazer parte da cultura e da gestão da empresa. E quando falo de cultura, é da inserção deste conceito no entendimento e no desejo de todos os colaboradores da organização, promover um processo contínuo de catequização da equipe para trabalhar sempre pensando em produtividade. Quando falo em gestão, é o fato de podermos monitorar de forma tangível o nível de produtividade da empresa e permitir que sempre que necessário sejam feitas correções com o intuito de manter o nível de produtividade adequado. Falando de forma prática sobre o assunto produtividade, venho acompanhando algumas oficinas mecânicas e posso assegurar que este tipo de negócio necessita monitorar o
seu nível de produtividade para assegurar a lucratividade. Diante dos estudos realizados em algumas dezenas de empresas do segmento, foi possível chegar à conclusão de que um mecânico necessita gerar uma média de R$ 8.500,00 por mês para contribuir de forma significativa com os lucros da empresa. Pergunto a você: Este tipo de informação é importante para seu negócio? Você conhece o volume médio adequado de produtividade da sua empresa? Fica mais fácil gerenciar a produtividade quando temos um padrão preestabelecido? Empresas que têm gestão de produtividade obtiveram os melhores resultados. Isso comprova que a solução do seu negócio está dentro dele e depende mais de você, gestor, do que dos fatores externos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos. Produtividade é um componente de diferenciação, e assim como ela, existem outros fatores que podem compor o segredo de sucesso da sua empresa. É momento de refletir sobre a produtividade. Lembre-se que primeiro você necessita ter ferramentas para mensurar, depois promova em sua equipe, a cultura coletiva de desafiar a capacidade de crescer continuamente. Sucesso! Bom trabalho.
Análise Demóstenes Moreira de Farias Professor de Vendas, Marketing Estratégico e Estratégia Empresarial. Mestre em Avaliação de Políticas Públicas, MBA em Marketing, Graduado em Administração.
O que o cliente espera? O que determina o preço de um produto ou serviço não é apenas o custo, mas o valor agregado, variável que envolve fatores como atendimento, qualidade e benefícios
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s consumidores, atualmente, estão cada vez mais exigentes e muito bem informados: eles conhecem, por exemplo, as condições de venda da sua empresa e as do concorrente. Além disso, suas expectativas e o grau de exigência são crescentes. Neste cenário, é importante “calçar os sapatos do outro”, ou seja, fazer um exercício permanente de empatia. Precisamos, cada vez mais, estar em sintonia com o desejo do cliente, seus valores e expectativas. Para uma jornada satisfatória do cliente, em seu contato com a empresa que vai lhe fornecer o produto ou serviço, é necessário dar atenção, entregar qualidade e oferecer atendimento rápido, preço justo, conveniência, mobilidade, valor agregado e significado. O consumidor está disposto a pagar em função dos benefícios que ele reconhece, descontados os sacrifícios da aquisição do produto ou serviço. Este é o conceito de valor. É o cliente quem define “valor”; e só tem valor o que tem significado
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para ele. Você já parou para pensar por que há pessoas que pagam muito, muito mais, até, por uma pipoca no cinema, ou por uma long neck na balada? Então, também precisamos levar em conta o conceito de valor agregado: é entregar cada vez mais qualidade, conveniência, benefícios e serviços adicionais. A analogia com o café em suas várias fases de produção e de entrega ao consumidor nos dá uma visão clara do que é valor agregado. Quando ele ainda está na condição de commodity, o seu valor seria de apenas R$ 0,01 por xícara; quando passa para a fase de produto envasado, esse valor é elevado para R$ 0,50. E salta para R$ 4,00 quando servido na cafeteria. Já com a experiência que a Starbucks oferece, por exemplo, o café pode chegar a um valor em torno de R$ 20,00. O que explica o sucesso de empresas como essa é que há muitos consumidores prontos para pagar preços mais elevados em função do valor agregado, que pode vir na forma de serviços e da experiência que é proporcionada.
E sua empresa, o que pode fazer pelo cliente? Quais são seus diferenciais e formas de agregar valor? Uma coisa que pode fazer toda a diferença é a atitude da equipe de vendas. Para a desejada conquista do cliente leal é preciso se empenhar, desde o primeiro contato - recebendo bem, demonstrando interesse pela demanda, orientando as escolhas e atendendo a contento - até o pós-venda. Conquiste seu cliente. O que não pode acontecer nunca é jogá-lo nos braços do concorrente!
Novo Mercado Alexandre Costa Cconsultor especializado em inovação para o setor automotivo, palestrante e diretor da Alpha Consultoria alpha@alphaconsultoria.net
Informação não é poder! Isso mesmo que você leu: A informação não é, e nunca será, o verdadeiro poder! O importante é saber o que fazer com ela para obter bons resultados
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stamos vivendo um importante momento de transição no mundo e nos negócios. A informação passou a ser um grande valor dentro desse novo contexto. Já escrevi um artigo aqui em Auto Revista Ceará a respeito disso, inclusive. No entanto, apesar do que muito é proferido Brasil afora, principalmente nos dias atuais da “Era da Informação” (entoado até mesmo como um mantra por gurus da administração), a frase “informação é poder” não mais faz sentido, ao menos não como fazia há um tempo. É que algum tempo atrás, em um passado não tão distante antes da popularização da internet, a informação era limitada e restrita a pequenos grupos, que até então a detinham com eles. Em resumo, informação era algo pertencente a poucos, os quais controlavam sua circulação. E era daí que vinha o valor da informação. Era algo quase que exclusivo, e por isso mesmo, valioso. Vamos pensar, agora, nos dias de
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hoje. A informação atualmente é algo abundante, desordenado e acessível. Basta simplesmente ter um computador ou um smartphone e um plano de internet para ter acesso a um universo de informações, não é verdade? Foi a própria tecnologia que tratou de massificar a informação. Ou seja, desde então o valor que a informação tinha passou a cair na cotação das empresas. Afinal, algo que é abundante não tem valor, não é mesmo? Além do quê, informação por informação, o Google está cheio! E nele, a informação está sempre disponível para todos, sem restrição. Então como algo exposto, gratuito e abundante pode ter valor? Mas não quero ser mal interpretado. Não defendo aqui a limitação da informação. Muito pelo contrário! Estou apenas construindo uma argumentação de que no mundo moderno não se dá mais valor para aquele que detém o conhecimento. Por isso, mais importante que a ter a informação é saber o que fazer
com ela. Afinal, informação pura e simples não produz mudança ou riqueza. Porque se isso fosse verdade, os profissionais mais bem remunerados seriam acadêmicos, e não é o que ocorre. Entenda que nos últimos anos houve uma grande inversão de valores. O mercado, hoje, não paga pela informação que você tem e muito menos pelo seu conhecimento. O mercado irá remunerá-lo pela capacidade de gerar resultados com o conhecimento que você tem. Aí sim, você terá destaque no universo corporativo. Isso foi um grande aprendizado para mim, e por isso compartilho aqui nessa coluna. Se como consultor, mesmo com o amplo conhecimento que adquiri e que venho acumulando, eu não proporcionar uma mudança em meus clientes, de nada terá valido meu trabalho. Por isso coloquei esse título na coluna, afirmando que informação não é poder. O que fazer com ela é que agora é o verdadeiro poder! Até o próximo texto!
Diagnóstico de falhas padrão OBD do tipo Uxxxx referente aos sistemas de comunicação (redes automotivas) através do conector de link de dados (DLC)
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os veículos atuais, há uma grande necessidade de compartilhamento de informações entre os diferentes módulos eletrônicos a fim de promover o perfeito funcionamento de seus diferentes sistemas. Entretanto, isso só foi possível graças uma parceria entre a Bosch e à Intel que, em 1987, desenvolveu o protocolo CAN-bus para a indústria automotiva. Rede CAN – Controller Area Network ou Rede de Controladores de Área, também conhecida como sistema multiplexado, que se distingue da antiga tecnologia elétrica por fazer circular muitas informações entre diversos sistemas através de um único canal de transmissão de dados, materializado por dois cabos. A palavra BUS está relacionada à capacidade de transportar uma grande quantidade de informação. CAN-bus é uma rede composta por diversos módulos de controle eletrônico que se comunicam entre si utilizando dados seriais. A figura 1 mostra o uso da Rede CAN. Nesse caso, apenas um módulo recebe as informações dos sensores de rotação e temperatura (destacadas na cor cinza) e envia para o outro módulo através da rede.
Funcionamento do sistema Por mais que não seja o objetivo deste artigo explicar com detalhes o funcionamento da Rede CAN, vamos tecer breves comentários necessários para a realização do diagnóstico, caso o caro leitor deseje se aprofundar no tema, basta consultar a edição de junho deste jornal na coluna técnicas, onde foi explicado de forma bastante didática as particularidade e características deste sistema. O protocolo CAN opera com o princípio multi-mestre, ou seja, todos os módulos eletrônicos têm o mesmo direito de acesso ao barramento, não existindo um único servidor ou mestre. Uma das vantagens desse tipo de rede está no fato de que, se um dos módulos apresentar algum problema, os outros continuam funcionando normalmente. Enquanto uma unidade eletrônica transmite uma informação, todas as outras simplesmente lêem essa informação no barramento. Assim, quando uma “fala”, as outras “ouvem”. Se a informação não for importante para um módulo, ele ouve, mas não memoriza; se a informação for importante para um módulo, ele ouve e memoriza os dados. A Figura abaixo mostra um exemplo de arquitetura da Rede CAN, os módulos que o compõem e o conector de link de dados (DLC)
Figura 2. Exemplo Arquitetura Rede CAN
Redes de comunicação de dados fornecem uma forma segura e com boa relação custo/benefício para vários componentes do veículo “conversarem” uns com os outros e compartilhar informações. As figuras 3 e 4 mostram, respectivamente, a configuração de um sistema eletroeletrônico convencional e um sistema eletroeletrônico que utiliza a rede de comunicação de dados.
Figura 3. Convencional
Figura 4. Rede de comunicação de dados
Observem que com a adoção das redes de comunicação de dados no sistema eletroeletrônico veicular tem-se as seguintes vantagens:
Figura 1. Configuração básica Rede CAN
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► Redução da quantidade de cabos; ► Redução do peso; ► Redução do custo, eliminando cabos, sensores e conectores; ► Aumento da confiabilidade do produto; ► Facilita o diagnóstico e a reparação ► Possibilitou o aumento do número de módulos Na prática, as montadoras de veículos utilizam, basicamente, dois tipos de barramentos: o de alta velocidade e, o de baixa velocidade, que se comparados entre si, são de natureza diferente, tanto quanto à velocidade de transmissão de dados, às características do sinal e comportamento, a fim de garantir a rápida e eficiente troca de informações entre os dispositivos. Rede CAN de baixa velocidade O Barramento de Baixa Velocidade é utilizado em aplicações onde não é necessária uma alta taxa de dados o que permite a utilização de componentes de menor complexidade. Normalmente é usado para funções controladas pelo operador onde as necessidades de tempo de resposta são mais lentas do que aqueles necessários para o controle dinâmico do veículo. A Rede Serial de Dados de baixa velocidade consiste de um barramento auxiliado por um único fio, com acionamento auxiliar de alta tensão. Durante o funcionamento do veículo, símbolos de dados (1s e 0s) são sequencialmente transmitidos, à taxa normal de 33,3 Kbit/s. Para a programação de componentes, um modo especial de alta velocidade de dados de 83,3 Kbit/s pode ser usado. A figura 5 mostra o sinal da rede CAN de baixa velocidade utilizando-se de um osciloscópio, o sinal foi captado através do pino 1 do conector de link de dados (DLC).
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Figura 5. Sinal da Rede CAN de baixa velocidade
Rede CAN de Alta velocidade A Rede CAN de Alta Velocidade é utilizada quando os dados precisam ser trocados a uma velocidade suficientemente alta para minimizar o atraso entre a ocorrência de uma mudança de valor do sensor e a recepção desta informação através de um dispositivo de controle. É composta de um par de cabos entrelaçados, identificados como CAN-Alto e CAN-Baixo, e nas extremidades, entre o CAN-Alto e CAN-Baixo, existem resistores de terminação de 120 Ω, ou dois associados em série, de 60 Ω. Os dados são transmitidos sequencialmente a uma velocidade de 500 Kilobits por segundo. Os estados lógicos são representados pela diferença de tensão entre a CAN-Alto CAN-Baixo. O estado lógico ‘1’ ocorre quando o CAN-Alto e CAN-Baixo não são acionados; os dois circuitos de sinal estão na mesma tensão; a diferença de tensão deve ser de aproximadamente 0 Volt; O estado lógico ‘0’ ocorre quando o CAN-Alto e CAN-Baixo são acionados; nesse caso a soma de suas tensões deve ser de aproximadamente 5 Volts. Na próxima figura vemos os resistores de terminação e valor de resistência entre a CAN- Alto e CAN- Baixo.
Figura 6. Resistencia elétrica entre a redes CAN-Alta e CAN-Baixa e resistores de terminação
A Rede CAN de Alta velocidade utiliza cabos entrelaçados como os mostrados na figura abaixo, para evitar interferências eletromagnéticas, que poderiam influenciar a transmissão de dados, ocasionando várias anomalias no sistema.
Figura 7. Cabos entrelaçados que evitam a interferência eletromagnéticas
A próxima figura mostra o sinal da Rede CAN de alta velocidade captada por um osciloscópio através dos pinos 6 e 14 do conector de link de dados (DLC).
Figura 8. Sinal Rede CAN de alta velocidade
A característica fundamental dos sinais oriundos dos cabos entrelaçados CAN-Alto e CAN-baixo representados respectivamente pelos canais 1 (azul) e 2 (vermelho) é o espelhamento entre eles. Caso esse espelhamento não seja observado durante toda a trama, é um forte indicio de falha na comunicação entre os módulos e, consequentemente, será gerado um código de falha especifico,
que irá orientar o reparador no procedimento de diagnóstico. Conector de Link de Dados (DLC) O Conector de link de dados (DLC) é um conector de 16 cavidades padronizado. O desenho do conector e o local é ditado por um padrão do setor e é necessário fornecer o seguinte: • Terminal 1 Terminal de comunicações Rede CAN de baixa velocidade • Terminal 2 Terminal de comunicações Classe 2 • Terminal 4 Terminal de aterramento da ferramenta de diagnóstico • Terminal 5 Terminal de aterramento do sinal comum • Terminal 6 Terminal (+) do barramento de dados seriais da Rede CAN de alta velocidade • Terminal 14 Terminal (-) do barramento de dados seriais da Rede CAN de alta velocidade • Terminal 16 Energia da ferramenta de diagnóstico, terminal de voltagem positiva da bateria. A figura abaixo mostra o posicionamento dos pinos no conector DLC
Figura 9. Posicionamento dos pinos no conector DLC
Códigos de Falhas do Tipo Uxxxx Esses códigos têm como objetivo facilitar o diagnóstico e reparo das redes de comunicação presente nos veículos. Eles auxiliam na identificação de um ponto inicial para o diagnóstico das redes CAN (alta e baixa velocidades), através deles o reparador poderá analisar o funcionamento dos conectores e chicotes elétricos que fazem parte do sistema.
Segue abaixo alguns exemplos de códigos tipo Uxxxx com seu significado:
Figura 10. Códigos de falhas e suas descrições
Diagnóstico do Sistema Após a descrição das Redes de Comunicações entre os módulos, do conector de link de dados (DLC) e, finalmente, dos códigos de falhas do tipo Uxxxx, chegou o momento de aplicarmos os procedimentos de diagnóstico, visando auxiliar o reparador quando se deparar com uma falha nesse tipo de sistema. Atenção: Os valores apresentados neste diagnóstico podem variar de acordo com o sistema utilizado por cada fabricante. Diagnóstico com multímetro Rede CAN baixa velocidade através do conector DLC Método 1. Utilizando-se de um osciloscópio na escala de tensão contínua (VDC), realizar a medição no pinos 1 no conector de link de dados (DLC). Após ligar a ignição ou funcionar o veículo, o valor da tensão do sinal é acionado e ficará em torno de 4,0V, podendo ultrapassar um pouco esse valor, como demonstrado na figura abaixo:
Figura 11. Sinal da Rede CAN Baixa Velocidade com valores médio e máximo de tensão
Método 2. Utilizando-se de um multímetro na escala de tensão contínua (VDC), ligar a ignição ou funcionar o veículo e realizar a medição entre os pinos 1 e 5 no conector de link de dados (DLC), o valor encontrado deve estar entre 1,8 a 2,5V. As figuras 12 e 13 mostram, respectivamente, a ligação dos cabos do multímetro no conector DLC e o valor de tensão exibido em seu display.
Figura 12. Ligação dos cabos do multímetro no conector DLC
Figura 13. Valor da tensão entre os pinos 1 e 5 do conector DLCe
Diagnóstico com multímetro Rede CAN Alta Velocidade através do conector DLC Para a realização do diagnóstico da Rede CAN de Alta Velocidade, utilizando-se de um multímetro, são realizadas duas medições no conector DLC, que serão descritas a seguir: Primeira medição Configurando o multímetro para a medição de resistência elétrica, e, em seguida, inserindo suas pontas de provas nos pinos 6 e 14 do conector DLC, o valor encontrado deve estar em torno de 60 ohms; entretan-
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to, caso exista alguma anomalia no sistema este valor ficará em torno de 120 ohms, identificando circuito aberto em algum ponto da rede. Atenção: Essa medição deve ser realizada com a bateria do veículo desligada, pois caso contrário, o multímetro será danificado e/ou será exibido um valor diferente do especificado provocando assim um erro no diagnóstico Conforme mostram as figuras 14, 15 e 16 a seguir:
eles deve ser de aproximadamente 0 Volts. Agora com a ignição ligada, verifique se a soma das tensões encontras no pino 6 e 14 tem um valor de aproximadamente 5 Volts. Caso não seja encontrado esses valores, é um indicio que há falha na Rede CAN de alta velocidade. A próximas figuras mostram, detalhadamente, tanto a ligação das pontas de provas do multímetro no conector DLC, quanto o valor de tensão exibidos em seu display.
Com a ignição ligada
Figura 21. Tensão entre os pinos 6 e 5 com ignição ligada
Figura 22. Ligação dos cabos do multímetro nos pinos 6 e 5
Figura 23. Tensão entre os pinos 14 e 5 com ignição ligada
Figura 24. Ligação dos cabos do multímetro nos pinos 14 e 5
Com a ignição desligada
Figura 14. Ligação dos cabos do multímetro no conector DLC
Figura 15. Rede CAN Alta velocidade funcionamento sem anomolia
Figura 16. Rede CAN Alta velocidade com circuito aberto
Segunda medição Com a ignição desligada, realize a medição da tensão no pino 6 e 14 do conector DLC, observar se os valores encontrados são praticamente iguais; a diferença de tensão entre
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Figura 17. Tensão entre os pinos 14 e 5 com ignição desligada
Figura 18. Ligação dos cabos do multímetro nos pinos 14 e 5
Figura 19. Tensão entre os pinos 6 e 5 com ignição desligada
Figura 20. Ligação dos cabos do multímetro nos pinos 6 e 5
Observando os valores de tensão provenientes dos pinos 6 e 14, tem o mesmo valor de tensão, ou seja, 2,1Volts, e a diferença entre eles é de 0 Volts; demonstrando que o sistema está com perfeito funcionamento.
Analisando os valores encontrados, vemos que seu somatório foi de aproximadamente 5 volts; constatando que o sistema está em perfeito funcionamento. Por todas estas ideias apresentadas, observamos que o advento das redes veiculares foi um verdadeiro divisor de águas na indústria automotiva, pois proporcionou o desenvolvimento tecnológico dos veículos atuais. Vimos também, seu funcionamento, tipos, arquitetura básica, assim como, os códigos de falhas específicos deste sistema. E, principalmente, apresentamos os procedimentos de diagnóstico, procurando facilitar, ao máximo, a vida do reparador quando se deparar com falhas neste sistema em seu dia a dia na oficina. Até a próxima
Perspectiva de Mercado Flávio Portela Executivo e palestrante. Formado em Administração de Empresas com MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral-SP flavio.portela@globo.com
2020 começou! Estamos vivendo o ambiente que ficou conhecido como VUCA, sigla em inglês para a união dos conceitos Volatilidade, Incertezas, Complexidade e Ambiguidade
I
niciamos o ano de 2020 em velocidade máxima! Mercado aquecido, Brasil apresentando ao mundo grande credibilidade com seus programas de desestatização, a reforma da previdência e, em breve, a reforma tributária. São movimentos que deixam mensagens claras para os mercados globais e investidores em relação à seriedade do novo governo. Em 2019 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destacou o Brasil como o 4º país do mundo na captação de investimentos de capital estrangeiro direcionado exclusivamente para a expansão de empresas e infraestrutura. Só ficamos atrás dos Estados Unidos, da China e da França. Recebemos mais investimentos que a Índia. Não temos mais dúvidas, o mundo está novamente apostando no novo Brasil. Neste mesmo levantamento, vale destacar que no primeiro semestre de 2019, o mundo apresentou queda de investimentos na casa de US$ 28 bilhões. Foi uma retração de 20% nos investimentos estrangeiros, enquanto no Brasil eles cresceram 3,7%.
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No segmento automotivo, 2019 foi um ano de muitos bons resultados. A venda de veículos novos cresceu 8,7%. Fechamos o ano com 2,78 milhões de veículos comercializados no Brasil, melhor resultado desde 2014. Estamos em curva de crescimento e a expectativa da Fenabrave para 2020 é de um crescimento de, no mínimo, 10%. As taxas de juros menores, fortalecidas pela queda nos índices de inadimplência e desemprego, contribuíram para o crescimento de 11,4% nos financiamentos. O número de veículos financiados foi de 6,1 milhões. Deste total, 3,8 milhões foram de veículos usados, com 4 a 8 anos de utilização. A produção de veículos foi maior em 2%, comparada com 2018 YTD. Tivemos fortes quedas nas exportações (31,9%) devido aos problemas do mercado argentino, nosso maior parceiro comercial. O segmento pesado continua sua retomada, acompanhando o crescimento do Brasil. As vendas de caminhões cresceram 33% em relação a 2018 e as de ônibus, 39%. Agora, precisamos ficar atentos ao
mundo VUCA (termo nascido do acrônimo das palavras em inglês Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity. Em português: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade), citado no título da matéria. Este novo ambiente mundial integra e nos chama atenção para fatores não esperados. Temos, por exemplo, a situação do coronavírus na China. A epidemia já causou o fechamento de várias fábricas e está derrubando as bolsas de valores asiáticas. Os investidores estão “parados” e já retiraram do mercado da China, em apenas 15 dias, aproximadamente 420 bilhões de dólares. Como vivemos em um mundo totalmente volátil e interligado, os reflexos para nossos negócios começarão em breve, caso a epidemia não seja contida. Já temos fábricas de autopeças informando falta de componentes importantes para a produção. Em um novo mercado que tudo muda a cada momento (VUCA), não podemos deixar de planejar e entender os reflexos das ações mundiais. Um grande 2020 para todos!
Inovação
ELE É MAIS EFICIENTE Com menos componentes, mais durável e um motor que não polui, o carro elétrico só perde para os modelos a combustão na autonomia e no processo de reabastecimento
É
difícil dizer como será o futuro da mobilidade das pessoas no futuro, mas dá para afirmar, sem medo, que ele passa pela propulsão elétrica. Ou seja, é bem provável que encontremos, na mesma concessionária, veículos com motor a combustão sendo vendidos ao lado de outros que funcionam somente com eletricidade. Por isso,
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vamos conhecer um pouco mais sobre o modelo que pode ser seu, um dia. Quais as diferenças entre ele e o carro tradicional? Para isso, contamos com a ajuda de Alexandre Costa, consultor da Alpha Consultoria Automotiva e nosso colunista. Para começar, vale dizer que uma das principais mudanças que o proprietário de um veículo 100% elétri-
IMÃS
Estator tem por função conduzir o fluxo magnético nos motores para rotacionar e transformar a energia cinética do induzido.
Os ímãs geralmente são mais leves, mais fortes e mais eficientes que os motores de indução baseados em bobinas de cobre, além de atraírem os materiais ferromagnéticos que ficam ao redor do rotor.
ESTATOR
ANÉIS São utilizados como tomador de força (Tensão) projetados para suprir energia de uma fonte para uma parte giratória do motor.
ROTOR A função do rotor é criar um campo magnético rotativo que alinhado ao seu conjunto transmite energia para o motor.
Uma das principais mudanças que o proprietário de um veículo 100% elétrico deve sentir é em relação à periodicidade das visitas à oficina e o custo de manutenção.
co deve sentir é em relação à periodicidade das visitas à oficina e o custo de manutenção. Para se ter ideia, o Bolt EV, modelo trazido pela Chevrolet desde o último trimestre do ano passado para o Brasil, a primeira revisão de fábrica acontece aos 240 mil km. Enquanto isso, muitos motores a combustão, dependendo dos cuidados que o proprietário tem com o carro, precisam de uma retífica aos 100 mil km - um serviço que custa alguns milhares de reais. “Os 100% elétricos têm uma estrutura que elimina sistemas de lubrificação, de exaustão e de alimentação de combustível, além de componentes como correia de acionamento,
alternador, bomba d´água e motor de partida”, afirma Alexandre. Isso acontece porque a propulsão acontece de forma bem mais simples: a eletricidade faz criar um campo magnético que gira um rotor e seu movimento é transferido para a roda do carro. O funcionamento é tão simples que é possível, por exemplo, colocar um motor elétrico em cada roda. Bem diferente do motor a combustão, cuja força é transferida mecanicamente para os quatro pneus em um processo que perde muita energia em forma de calor. Alexandre explica que “o sistema de tração é basicamente o motor elétrico ligado ao eixo”. No carro elé-
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trico não existe, por exemplo, caixa de marcha (um dos componentes mais complexos e difíceis de manter, quando dá problema, do carro a combustão) ou sistema de redução. Com a ausência do desgaste causado pela operação de componentes mecânicos, a expectativa de vida útil de um motor elétrico é 500 mil a 1 milhão de quilômetros. Dada a simplicidade do seu sistema de propulsão, pode-se dizer que o carro elétrico só tem vantagens em relação aos modelos a combustão? A resposta não é tão simples. O grande desafio dessa nova tecnologia está na armazenagem da energia. O carro elétrico precisa de baterias potentes que lhe dêem autonomia e carreguem em pouco tempo. Isso ainda está longe de acontecer. O máximo que algumas montadoras conseguem oferecer com seus modelos é, por exemplo, uma bateria que com carga de 20 minutos dá capacidade para rodar algo entre 100 e 200 km. É ótimo para quem usa o carro somente na cidade, mas praticamente impossível para fazer uma viagem longa. Outro detalhe importante é a questão ambiental. As baterias recarregáveis dos automóveis usam lítio como principal componente. Ele é um mineral extraído da terra e, portanto, um recurso finito. E a mineração, vamos combinar, não é uma atividade ecologicamente limpa. Sobre essa questão, Alexandre lembra que as tecnologias ligadas à bateria que faz movimentar o motor, de alta tensão (carros elétricos também podem ter uma bateria comum para componentes tradicionais como luzes e sistema de som. Ela é alimen-
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tada por um componente chamado inversor) está evoluindo bastante. As baterias recarregáveis, explica ele, contam com um recurso chamado Sistema de Gerenciamento de Bateria (BMS, do nome em inglês Battery Management System). Ele procura otimizar ao máximo o recurso, monitorando sistemas que podem estar gastando muita energia, controlando a temperatura e sugerindo modos de condução que aumentem a autonomia, dentre várias outras funções. Mas isso ainda não é suficiente para garantir a versatilidade de um carro a combustão. Enquanto o desafio das baterias não é superado e os 100% elétricos não tomam as ruas de vez, Alexandre acredita que o futuro próximo será dos híbridos, que combinam os dois tipos de propulsão. Nesse caso, há modelos capazes de rodar até 100 km dentro da cidade apenas com o motor elétrico. E se o motorista for fazer uma viagem, entra em funcionamento o motor a combustão. “Mas daqui para a frente, todos os carros terão algum nível de eletri-
ficação”, diz o consultor. Para ele, o mais importante é que toda a indústria, seja a de montadoras ou a de autopeças, invista em tecnologias que resolvam o atual dilema do mercado, especialmente nos países desenvolvidos, que é se locomover com o máximo de eficiência e mínimo de custo e de emissão de poluentes. “Acredito que, com a evolução do mercado, daqui a 50 anos teremos uma frota 100% elétrica”, conclui Alexandre.
O carro elétrico precisa de baterias potentes que lhe dêem autonomia e carreguem em pouco tempo. Isso ainda está longe de acontecer.
Conta-giros
Truck
Vendas do caminhão Delivery Express cresceram 167% em 2019 O caminhão Delivery Express – ou simplesmente DLX – obteve crescimento de 167% nas vendas em 2019, comparando com o ano anterior. Apresentado na Fenatran 2017, o Delivery Express foi oficialmente colocado à venda em maio de 2018. Naquele ano, o comercial leve registrou 1.300 emplacamentos. Já em 2019, o número saltou para 3.497 unidades. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Wabco inaugura centro de testes na Polônia A Wabco, fornecedora de sistemas de controle de frenagem e tecnologias de segurança e conectividade de veículos comerciais, inaugurou um centro global de testes na Breslávia (Wroclaw), na Polônia. O local representa um investimento de US$ 3,3 milhões e é uma extensão do centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Wabco, inaugurado em outubro de 2014. A instalação permitirá testes de desempenho e resistência e medições automotivas de ponta em faixas de temperaturas extremas.
Randon aumenta capacidade produtiva A Randon Implementos aumentou a capacidade e a produtividade da planta instalada no bairro Interlagos, em Caxias do Sul (Rio Grande do Sul). Com otimização de recursos de alta tecnologia e conceito de indústria 4.0, ocupando o mesmo espaço físico, a empresa agora está habilitada a fabricar até 130 implementos por dia, considerando a sinergia e as melhorias também realizadas nas demais unidades industriais do país.
Mercedes-Benz aumenta exportações para a Indonésia Com a comercialização de 1.026 chassis de ônibus urbanos e rodoviários ao longo de 2019, a Mercedes-Benz do Brasil aumentou em mais de 40% as exportações de ônibus para a Indonésia, um dos principais países do Sudeste Asiático e um dos mais populosos do mundo. No ano anterior foram 726 unidades. “O grande destaque do ano foi o modelo OH 1626, com 762 unidades para operações de transporte urbano e interurbano”, informa Alexandre Lasmar, gerente de Vendas e Exportações para Oriente Médio e Norte da África da Mercedes-Benz do Brasil.
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Humanas Felipe Nobre Santiago Graduado em Administração e Pós-graduado em Logística Empresarial. Supervisor de Logística da Autopeças Padre Cícero.
Formar líderes é papel de todos A preparação de colaboradores para que tenham capacidade de assumir a responsabilidade por uma equipe não deve ser apenas do setor de Recursos Humanos
D
iante de tantos reveses no mundo empresarial, a manutenção de um time de profissionais de alto desempenho é essencial para alcançar o resultado desejado e atingir as metas traçadas dentro do planejamento. No mundo em que a pressão por custos é constante, não se pode deixar que ocorram falhas durante o processo, seja qual for a situação. É preciso ter sempre em mente que resultados não vêm por acaso e uma equipe com bons profissionais é necessária para alcançar os objetivos. Por muito tempo – e ainda há esse pensamento – a formação dos colaboradores foi uma atividade exclusiva do setor de Recursos Humanos. Essa cultura de que o RH é o único responsável pela formação e pelo desenvolvimento da equipe de trabalho está sendo deixada de lado. Em cada setor, principalmente para o seu líder, deve haver consciência da necessidade de estar no dia-a-dia desenvolvendo a equipe. Formar pessoas deve ser o mantra de cada gestor. Muitas vezes, quando recebemos o bastão da liderança, nos surpreendemos com a responsabilidade de desempenhar bem a nova atividade e de ser referência para os demais que nos
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rodeiam. Um ponto crucial é que não há uma preparação adequada para nos tornarmos líderes. Assim, reside aqui um dos pontos sobre os quais devemos refletir. Geralmente, os bons executores, aqueles que desempenham bem as atividades, são convidados a assumir os cargos de gestão. Em algumas situações, esses indivíduos não passaram por uma preparação para absorver toda a carga de responsabilidade que a função exige. Presumimos que alguém, por ser bom em alguma atividade, consequentemente será bom também em outra. Ram Charan (2018) nos remete, em Pipeline da Liderança, que gerenciar pessoas envolve uma mudança significativa nos requisitos do cargo, demandando novas habilidades, aplicações de tempo e outros valores profissionais. Ou seja, para promover pessoas a líderes é necessário um processo de adaptação às novas realidades. Um desses pontos é que o profissional tenha confiança na equipe e saiba dar feedbacks constantes para que, dessa forma, não haja competição com os próprios comandados e ele contribua para a formação de novos líderes. E, sob esse viés, entra
a velha questão: o líder nasce pronto ou ele pode ser formado? Charan afirma que as pessoas têm capacidade de se desenvolver. Para isso, é preciso um conjunto de experiências e habilidades para a transformação de pessoas comuns em líderes que impactam diretamente nos resultados da empresa. Os funcionários em desenvolvimento, por sua vez, também precisam estar dispostos a vivenciar novas experiências e a se adaptar às mudanças que vão surgindo no meio do caminho. Ou seja, eles precisam se reinventar. Com isso, nossa responsabilidade como gestores vai além de entregar resultados. Nós precisamos atuar diretamente na formação de novos líderes e auxiliar nossos times a buscar o seu potencial (individual e em grupo). Isso é feito disseminando o conhecimento e promovendo novas habilidades para que todos tenham a capacidade de experimentar essa nova realidade e prosperar, trazendo bons frutos para a equipe, para a empresa, para a sociedade e para o mundo. Encerro parafraseando Ram Charan: “acreditamos na capacidade das pessoas de crescer, pois a sociedade não pode alcançar o progresso econômico ou cultural sem isso”.
Novos tempos
ELETRICOS E HIBRIDOS A busca por veículos com emissão zero também existe na linha pesada. Conheça os caminhões da DAF
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e tem uma coisa pela qual os caminhões são conhecidos é pelo barulho - causado principalmente pelo motor. Também pudera, para garantir a locomoção de um veículo que pode chegar a dezenas de toneladas, é preciso uma motorização potente e isso, como em qualquer motor a combustão (especialmente aqueles a diesel), resulta em ruído. Além disso, a emissão de poluentes é bastante considerável. Mas há quem esteja investindo em produtos sustentáveis no universo da linha pesada. É o caso da holandesa DAF. Recentemente, a empresa celebrou a marca de 150 mil km percorridos na Europa por um dos seus mode-
los, o CF Electric. Unidades do veículo começaram a circular há pouco mais de um ano no Velho Continente, através de clientes que o estão usando para aplicações específicas. Os primeiros começaram a operar como tratores 4x2 para transportadoras holandesas e uma rede de supermercados. O teste de campo consiste em transportar mercadorias de e para supermercados e centros de distribuição. Além disso, uma empresa alemã de logística está usando dois CF Electric para o transporte regional de contêineres. De acordo com a DAF, na segunda fase de avaliação (após os 150 mil km percorridos) o CF Electric pas-
sou a ficar disponível para clientes na Holanda, na Bélgica e na Alemanha. A disponibilização do modelo para venda depende da infraestrutura local de carregamento da bateria e das possibilidades de pós-venda - leia-se assistência técnica. A meta é obter uma venda controlada de algumas dezenas de unidades por ano. Perguntamos à assessoria de imprensa da DAF Brasil o preço do modelo na Europa, mas não obtivemos resposta. A autonomia do caminhão é relativamente baixa: apenas 100 km. É pouco, principalmente se considerarmos que a picape Cibertruck, da Tesla, por exemplo, tem uma versão capaz de rodar até 800 km com uma única carga de bateria. Mas como o sistema permite a realimentação quase total em apenas meia hora, a DAF informa que já há empresas conseguindo rodar até 250 km por dia. Para isso, basta ligar o veículo na tomada enquanto é feita uma carga ou uma descarga de mercadoria. O DAF CF Electric é um cavalo mecânico 4x2, desenvolvido para aplicações de distribuição em áreas urbanas com reboques de eixo único ou duplo e peso bruto do veículo com carga de até 37 toneladas. O núcleo do trem de força é um motor elétrico de 240 quilowatts (cerca de 326 cavalos de potência máxima) e torque de 203 kgf.m. Mas este é apenas um dos modelos susten-
táveis da DAF. Um “irmão” mais próximo do modelo é o LF Electric, de 19 toneladas. Também projetado para uso no transporte urbano de cargas, ele é equipado com um motor cuja potência máxima pode chegar a 250 kW (340 cavalos). Sua autonomia é de até 220 km. Por fim, há o O DAF CF Hybrid, desenvolvido, de acordo com a DAF, para rodar apenas eletricamente e com zero emissões em áreas urbanas - desde que o percurso seja de até 50 km - com versatilidade para também atuar na estrada. O veículos combina um motor Paccar MX11 a diesel de 10,8 litros (450 cavalos de potência) com um motor elétrico ZF com até 175 cavalos, ambos em combinação com uma caixa de engrenagens TraXon para
transmissões híbridas. Além da tomada, as baterias usados pelo sistema de tração elétrico podem ser carregadas pelo motor a diesel durante os trajetos na estrada. O veículo foi projetado com uma capacidade de carga rápida que leva 30 minutos para uma carga completa e apenas 20 minutos para uma carga de até 80%. Fora das áreas urbanas, a promessa é que a tecnologia híbrida do caminhão garanta “economia de combustível adicional” graças ao gerenciamento inteligente de energia. Durante a frenagem e ao usar recursos de tecnologia relacionados à velocidade, como o Down Hill Speed Control (recurso que ajuda o motorista a manter velocidades médias otimizadas em descidas de estradas montanhosas de maneira eficiente e sem esforço para o motor) e o Predictive Cruise Control (com base no GPS, informações detalhadas do roteiro são usadas para conhecer as condições de condução que o veículo está prestes a enfrentar na estrada), é gerada uma carga que pode ser usada pelo motor elétrico para operar em conjunto com o motor a combustão, para reduzir o consumo de combustível.
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Opinião de Mercado Luciano Gomes Bonatti Gerente de Operações Grupo TRUCKÃO. Palestrante e formado em Adm. de Empresas com Pós Graduação em Marketing e Propaganda pela Universidade São Judas-SP.
Um novo mercado que se abre As oportunidades no segmento de linha pesada estão chegando! Será que estamos preparados para aproveitá-las?
P
ara começar esse texto, vamos a algumas informações sobre o segmento de linha pesada. Após um crescimento de 34,7% em 2019, a Associação Nacional de Fabricante de Implementos Rodoviários (Anfir) acredita que o setor manterá o patamar positivo de dois dígitos neste ano. Além disso, segundo a revista Seu Dinheiro e o jornal o Estado de São Paulo, o mercado brasileiro de caminhões continuará aquecido e deve crescer 18%, para 120 mil unidades (projeção dos fabricantes). Será o quarto ano seguido de alta nas vendas, após o setor registrar seu pior momento em 17 anos, com 50,6 mil veículos vendidos em 2016, em plena crise econômica. “Este ano será a consolidação da retomada”, afirma Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO). Também será um período de importantes novidades, como o início da produção do primeiro caminhão elétrico e do primeiro veículo sem retrovisores. Em 2019, foram vendidos 101,3 mil caminhões, alta de 33% ante o ano anterior. “Nossa previsão era vender 2 mil unidades a mais, mas mesmo assim foi um crescimento robusto, o dobro do que vendemos em 2016”, diz o presidente da As-
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sociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes. “Acreditamos que as renovações de frota acontecerão em uma velocidade maior e em um tempo menor neste ano, o que manterá as vendas aquecidas no País”, diz Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz. Voltadas para o mercado de caminhões de grande porte, a Volvo e a Scania registraram as maiores altas de vendas, de 58,3% (16,8 mil unidades) e 47,6% (12,7 mil). A líder Mercedes cresceu 41,6% (29,5 mil) e a VWCO, 32% (26,7 mil), segundo a Anfavea, que contabiliza veículos com capacidade a partir de 3,5 toneladas de carga. Você deve estar se perguntando, o que todas essas informações tem a ver com o nosso mercado de reposição? A resposta é que os números ajudam a acreditar que se temos todas essas expectativas por parte dos fabricantes, isso significa que a reposição de peças para a linha pesada deve aumentar na mesma proporção. Teremos um aquecimento geral das indústrias em todos os segmentos e com isso um aumento da demanda por transporte. Isso exigirá manutenção preditiva, preventiva e corretiva mais fortes e um pessoal cada vez mais capacitado,
tecnicamente. Também teremos um aumento das vendas de peças, de forma geral. Neste momento, então, valem os questionamentos: Como estão nossos estoques? Como os fabricantes de autopeças estão definindo os cronogramas de lançamentos de produtos? Como estamos em relação ao cadastro de itens novos para atender este mercado de linha pesada? Os distribuidores do mercado de reposição automotiva estão preparados para atender toda esta demanda que será criada? Todos sempre estão de olho na maior fatia que está relacionada à linha leve, mas devemos aproveitar a grande oportunidade na linha pesada, uma vez que nela temos um valor agregado muito maior nos produtos. Quem se preparar, pode ter certeza que irá colher grandes frutos neste mercado de oportunidades. Existe um espaço gigante para crescer, necessidade de mais capacitação e conhecimento, demanda por equipamentos e, acima de tudo, pela disponibilidade de produtos. Tudo isso, com certeza, irá ajudar muitos a melhorar a rentabilidade, o markup e o faturamento. Quem for ágil e estiver atento será mais que vencedor, terá SUCESSO garantido. Até a próxima!
Gestão e Controle Haroldo Ribeiro Consultor especialista em prevenção de perdas e gestão de estoques para o Varejo Brasileiro e sócio na Max Result Consultoria de Resultados. haroldo@maxresult.com.br
Controle de validade é coisa séria O acompanhamento para evitar que produtos acabem indo parar na área de trocas da empresa evita problemas como prejuízos financeiros e danos à imagem. Mas por onde começar?
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e existe um tema que atormenta a grande maioria dos varejistas, sejam de pequeno, médio ou grande porte, é a questão do controle da validade dos produtos. Os prejuízos causados às empresas por causa de problemas nessa área têm sido cada vez maiores. E eles não se restringem somente aos produtos que vão parar no setor de trocas/garantias, gerando custo operacional elevado em negociação com os fornecedores. É importante avaliar, também, os impactos negativos da perda de imagem quando o cliente é surpreendido por esse tipo de produto, cuja qualidade passa a ser vista como duvidosa. Tenho observado, na gestão de operação de loja, a prática de empreender esforços que não trazem muitos resultados. Isso se explica porque algumas empresas adotam ações isoladas que não permitem fechar o ciclo completo de combate ao problema, gerando uma sensação de “enxugamento de gelo” que não leva a lugar nenhum… É importante alertar que uma visão
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antiga e comodista das empresas, de que os fornecedores trocavam todos os produtos vencidos sem questionar a eficiência de seus clientes na gestão das datas de validade, acabou ou está muito perto do fim. A Cadeia de Suprimentos está intolerante a essa postura. Ou as empresas se tornam eficientes e combatem a perda por validade, ou notadamente terão prejuízos na sua operação, com consequente queda de competitividade. O problema, na sua raiz, começa na área de recebimento de mercadorias. Os profissionais alocados nesse setor precisam ser muito bem orientados e possuir regras claras de prazos mínimos aceitáveis para a entrada de produtos na empresa. O senso crítico da Prevenção de Perdas deve estar presente nesse momento - além do entendimento das consequências que a falha desse processo pode trazer. A data de validade não deve ser monitorada somente no ato da entrada do produto na empresa e sim ao longo de toda sua movimentação (para depósito, área de vendas, ex-
posição, retorno ao depósito). Ou seja, deve haver um acompanhamento contínuo… Um dos processos que surte bons resultados é a prática da varredura de validade na área de vendas e no depósito de mercadorias. No entanto, ela não deve ser algo ocasional, como muitas vezes ocorre nas empresas. Precisa ter frequência, ser documentada e gerar resultados que se traduzam na identificação de produtos com data crítica e a tempo de permitir que ações comerciais e de marketing sejam colocadas em prática, para evitar que eles vençam ou possam gerar situações de prejuízo financeiro ou de imagem. Os produtos da área de trocas/garantias das empresas podem ser um excelente termômetro para indicar que o problema das perdas está exatamente na data de validade. Na medida em que se identifica, no mesmo período, elevada quantidade da entrada de um produto na área de trocas, fica evidente que o processo de controle precisa ser intensificado.
Faça revisões em seu veículo regularmente.
PENSOU EM AUTOPEÇAS,
LEMBROU PADRE CÍCERO! Matriz Av. Prof. Gomes de Matos, 1368 | (85) 3499-9000 Atacado Av. Prof. Gomes de Matos, 1337 (85) 4009-5088 Filial São Gerardo Av. Bezerra de Menezes, 1476 (85) 3214-8989 Filial Joaquim Távora Av. Antônio Sales, 16 (85) 3474-7300 Filial Messejana Rua Tenente Jurandir Alencar, 182 Av. José Hipólito, 201 (85) 3251-4466 Filial Montese Av. Prof. Gomes de Matos, 1620 (85) 3499-9595 Filial Henrique Jorge Av. Fernandes Távora, 1306 (85) 3194-9393
Filial Oliveira Paiva Av. Oliveira Paiva, 2960 (85) 3270-3600 Filial Monsenhor Salazar R. Monsenhor Salazar, 1155 (85) 3194-4800 Filial José Walter Av. N, 1561 (85) 3499-9000 Filial Jurema Av. Dom Almeida Lustosa, 3548 (85) 3499-9000 Filial Maracanaú Av. Dr. Mendel Steinbruch, 1353 (85) 3215-8000 Auto Tintas Av. Prof. Gomes de Matos, 1516 (85) 3499-3300
Loja Bosch Baterias Av. Visconde do Rio Branco, 3851 (85) 3477-1250 Importados Av. Prof. Gomes de Matos, 1349 (85) 3499-1800 Filial Teresina/PI R. Vereador Dionísio Santos, 1221 - Tabuleta (86) 3194-7200 Filial Teresina/PI R. Miguel Rosa, 4477 - Nossa S.das Graças (86) 3194-8500 Filial Teresina/PI Av. São Francisco, 2802 - Comprida (86) 3198-1250 Filial Natal/RN Interventor Mário Câmara, 1240 - Alecrim (84) 3615-2080
TABELA
PREÇOS SEMINOVOS
C
onfira levantamento de preços dos modelos do mercado nordestino (nacionais e importados) com valores dos últimos quatro anos. Vale ressaltar que a cotação se baseia na média, ou seja, o preço de um modelo real pode apresentar variações de acordo com as características do mercado de cada cidade e estado. Além disso, fatores como estado de conservação, quilometragem e histórico de manutenção podem ser considerados para valorizar ou depreciar cada carro negociado.
Marca/Modelo
Versão
2016
2017
2018
2019
Marca/Modelo
Audi A1
1.4 Tfsi sportback 16v gas 4p s-tronic
R$ 78.633
R$ 105.900
A3
1.4 Tfsi sedan 16v flex 4p tiptronic
R$ 83.158
R$ 95.714
R$ 112.738
1.4 Tfsi sedan 16v gas 4p s-tronic
R$ 80.936
1.4 Tfsi sedan 16v flex 4p tiptronic
R$ 80.400
R$ 95.808
R$ 110.627
1.4 Tfsi sedan 16v gas 4p s-tronic
R$ 91.200
1.8 Tfsi sedan 20v 180cv gas 4p autom
R$ 93.900
2.0 Tfsi sedan 16v gas 4p s-tronic
R$ 106.360 R$ 129.900
Q3
1.4 Tfsi ambiente flex 4p s tronic
TT
Qq Tiggo 2
2017
2019
1.0 Mpfi act 12v flex 4p manual
R$ 34.590
R$ 35.990
1.0 Mpfi look 12v flex 4p manual
R$ 32.923
R$ 35.990
2.0 20I x line 4x4 16v gas 4p automátic
R$ 171.900 R$ 182.963
1.5 Mpfi 16v flex act 4p automático
R$ 74.990
1.5 Mpfi 16v flex look 4p manual
R$ 58.745
Chevrolet Camaro
R$ 112.503 R$ 143.001
6.2 V8 gas fifty automático
1.4 Tfsi ambiente gas 4p s tronic
R$ 107.419 R$ 115.164
6.2 V8 gas ss conversível automático
2.0 Tfsi ambiente 4p gas s tronic
R$ 134.075
6.2 V8 lsa gas zl1 manual
2.0 Tfsi attraction 4p gas s tronic
R$ 104.900
2.0 Tfsi coupé ambition 2p gas s-tronic
R$ 177.340 R$ 219.900 R$ 259.130
Captiva Cobalt
220I
2016
R$ 154.130 R$ 175.900
Chery
BMW 120I
2018
Versão 2.0 20I 4x4 16v gas 4p automático
R$ 289.900 R$ 329.900 R$ 309.900
2.4 Sidi 16v gas 4p automático
R$ 70.320
R$ 88.900
1.0 Mpfi ls 8v flex 4p manual
R$ 28.293
1.4 Mpfi lt 8v flex 4p manual
R$ 42.950
R$ 47.969
2.0 16V gas sport 4p automático
R$ 139.950
1.4 Mpfi ltz 8v flex 4p manual
2.0 16V gas sport gp 4p automático
R$ 149.970
1.8 Mpfi elite 8v flex 4p automático
R$ 54.649
R$ 57.950
R$ 63.750
R$ 72.900
1.8 Mpfi ltz 8v flex 4p automático
R$ 53.095
R$ 56.433
R$ 56.658
R$ 66.990
1.8 Mpfi ltz 8v flex 4p manual
R$ 50.174
R$ 50.762
2.0 Cat gp 16v turbo 4p automático
R$ 98.500
R$ 139.890 R$ 139.950
2.0 Gt sport 16v turbo gas 4p automáti R$ 128.000 2.0 M sport gp 16v turbo 4p automátic 2.0 Sport 16v turbo 4p automático
Cruze
R$ 144.900 R$ 117.963 R$ 131.616 R$ 154.290
2.0 Sport 16v turbo gas 4p automático 2.0 Sport gp 16v flex 4p automático 2.0 M sport 16v 4p automático
R$ 129.990 R$ 129.450 R$ 151.813 R$ 180.000 R$ 219.950
R$ 48.000
1.4 Turbo lt 16v flex 4p automático
R$ 76.616
R$ 90.137
1.4 Turbo ltz 16v flex 4p automático
R$ 85.739
R$ 96.451
1.4 Turbo sport6 lt 16v 4p automático
R$ 79.627
R$ 84.245
1.4 Turbo sport6 ltz 16v 4p automático
R$ 90.393
R$ 98.824
R$ 37.773
R$ 40.200
R$ 48.031
R$ 37.015
R$ 37.760
R$ 44.493
R$ 41.078
R$ 42.556
R$ 47.034
1.4 Mpfi activ 8v flex 4p automático
R$ 54.994
R$ 61.534
R$ 67.716
R$ 51.613
R$ 56.990
R$ 56.990
R$ 56.950
R$ 54.590
1.8 Lt 16v flex 4p automático
R$ 62.554
1.8 Ltz sport6 16v flex 4p automático
R$ 66.445
430I
2.0 16V gas cabrio sport automático
R$ 259.425 R$ 279.950
Montana
1.4 Mpfi ls cs 8v flex 2p manual
R$ 33.400
530I
2.0 16V turbo gas m sport automático
R$ 259.950 R$ 294.947
Onix
1.0 Mpfi joy 8v flex 4p manual
M 140i
3.0 24V turbo gas 4p automático
M3
3.0 Sedan 6cil. Gas 4p automático
R$ 375.000 R$ 511.900
M6
2.0 16V turbo 20i 4p automático
R$ 129.860 R$ 139.300 R$ 168.112 R$ 191.950
1.4 Mpfi activ 8v flex 4p manual
2.0 16V turbo 20i x-line 4p automático
R$ 155.783 R$ 165.140
1.4 Mpfi effect 8v flex 4p manual
R$ 45.100
2.0 16V turbo activeflex 4p automático
R$ 160.000 R$ 186.900
1.4 Mpfi lt 8v flex 4p automático
R$ 45.223
R$ 48.860
R$ 49.720
1.4 Mpfi lt 8v flex 4p manual
R$ 40.474
R$ 44.413
R$ 49.173
R$ 51.790
1.4 Mpfi ltz 8v flex 4p automático
R$ 46.720
R$ 51.527
R$ 58.095
R$ 61.590
1.4 Mpfi ltz 8v flex 4p manual
R$ 45.190
R$ 50.518
R$ 51.111
R$ 55.594
2.0 Sport gp 16v 4p automático
R$ 140.000 R$ 169.990
R$ 269.950
2.0 16V turbo gas xdrive25i 4p automát R$ 155.900 R$ 159.900 X2
2.0 16V turbo gas sdrive20i gp steptron
X3
2.0 16V gas x line xdrive20i steptronic
92 - Auto Revista Ceará
R$ 230.900 R$ 211.950 R$ 259.950
1.0 Mpfi lt 8v flex 4p manual
R$ 36.370
Marca/Modelo Prisma
S10
Versão
2016
1.0 Mpfi joy 8v flex 4p manual
2017
2018
2019
R$ 40.002
R$ 42.507
R$ 48.000
1.4 Mpfi lt 8v flex 4p automático
R$ 46.082
R$ 51.558
R$ 61.213
1.4 Mpfi lt 8v flex 4p manual
R$ 45.373
R$ 47.227
R$ 52.546
R$ 56.323
1.4 Mpfi ltz 8v flex 4p automático
R$ 50.613
R$ 56.511
R$ 62.530
R$ 67.106
1.4 Mpfi ltz 8v flex 4p manual
R$ 47.220
R$ 53.594
R$ 56.540
2.5 Lt 4x2 cd 16v flex 4p automático 2.5 Lt 4x4 cd 16v flex 4p automático 2.5 Ltz 4x2 cd 16v flex 4p manual
R$ 97.900 R$ 83.660
2.5 Ltz 4x4 cd 16v flex 4p manual
Cronos
Tracker
R$ 59.900 R$ 55.092
R$ 115.900
1.8 E.Torq flex precision at6
R$ 68.950
R$ 132.000
1.8 E.Torq flex precision manual Doblò
R$ 116.612 R$ 125.990
C4 picasso
Bravo
1.8 Mpi adventure 16v flex 4p manual
R$ 55.900
2.3 Cargo 7.5 16V turbo 4p manual
R$ 68.000
R$ 69.192
R$ 59.900
R$ 68.900
2.3 Multijet diesel cargo médio manual
R$ 113.495
2.8 Ltz 4x4 cd 16v turbo 4p automático
R$ 144.945 R$ 152.269 R$ 167.594
2.3 Multijet diesel chassi manual
R$ 105.790
2.8 Midnight 4x4 cd 16v 4p automático
R$ 155.580
2.3 Multijet diesel executivo manual
R$ 169.790
2.3 Multijet diesel maxicargo manual
R$ 133.690
2.3 Multijet diesel maximulti manual
R$ 141.290
2.3 Multijet diesel minibus manual
R$ 158.790
R$ 52.355
1.8 Lt 8v flex 4p automático
R$ 49.163
1.8 Lt 8v flex 4p manual
R$ 40.848
R$ 55.000
1.8 Ltz 8v flex 4p automático
R$ 53.898
R$ 60.539
R$ 65.384
1.8 Ltz 8v flex 4p manual
R$ 48.490
R$ 60.718
R$ 66.445
R$ 76.330
R$ 83.907
1.4 16V turbo flex lt automático
Ducato
R$ 54.840
R$ 97.720
R$ 60.397
R$ 113.300 R$ 140.400 R$ 135.990
R$ 62.990
R$ 107.900
1.8 Mpi essence 16v flex 4p manual
R$ 66.990
R$ 98.800
R$ 70.587 R$ 81.990 R$ 84.518
2.3 Multijet diesel minibus manual Fiorino
R$ 96.443
Grand siena
R$ 68.447
1.4 Mpi furgão 8v flex 2p manual
R$ 135.000 R$ 44.882
R$ 50.999
1.4 Mpi furgão hard working 2p manual
R$ 52.546
R$ 51.893
R$ 65.432
1.0 Evo flex attractive manual
R$ 38.945
R$ 40.447
R$ 45.986
R$ 44.667
R$ 49.168
1.4 Mpi 8v tetrafuel 4p manual
R$ 39.330
1.8 Mpfi ltz 4x2 16v flex 4p automático R$ 67.100
1.4 Mpi attractive 8v flex 4p manual
R$ 38.779
R$ 41.828
2.8 Ltz 4x4 16v turbo 4p automático
1.6 16V flex 4p manual
R$ 43.900
R$ 43.000
R$ 138.500 R$ 172.113 R$ 194.882 R$ 214.445
1.5 Live 8v flex 4p manual
R$ 48.593 Idea
1.6 Mpi essence 16v flex 4p automati
R$ 40.914
R$ 43.450
R$ 52.900
1.6 Mpi essence 16v flex 4p manual
R$ 39.282
R$ 44.595
R$ 47.990
1.6 Feel 16v flex 4p automático
R$ 49.395
R$ 53.400
1.4 Mpi attractive 8v flex 4p manual
R$ 39.963
1.6 Feel 16v flex 4p manual
R$ 44.990
R$ 48.945
1.6 Mpi essence 16v flex 4p automati
R$ 38.900
1.6 Shine 16v flex 4p automático
R$ 54.693
R$ 58.681
1.8 Mpi adventure 16v flex 4p automati R$ 46.485
1.6 Vti 120 flex feel eat6
R$ 50.440
1.6 Vti 120 flex shine eat6
R$ 67.260
1.6 Vti 120 flex start manual
R$ 46.751
1.2 Attraction 12v flex 4p manual
Linea
R$ 41.900 R$ 46.990
Mobi
1.8 Mpi adventure 16v flex 4p manual
R$ 45.293
1.8 Absolute 16v flex 4p automatizado
R$ 52.960
1.8 Essence 16v flex 4p automatizado
R$ 42.630
1.8 Essence 16v flex 4p manual
R$ 38.370
1.0 Evo flex easy comfort manual
R$ 35.900
1.5 Tendance 8v flex 4p manual
R$ 38.219
R$ 39.900
1.0 Evo flex easy manual
R$ 28.990
R$ 33.597
R$ 34.583
1.6 Exclusive 16v flex 4p automático
R$ 44.340
R$ 48.467
1.0 Evo flex like. Manual
R$ 33.544
R$ 35.750
R$ 37.839
1.6 Tendance 16v flex 4p automático
R$ 42.673
R$ 47.675
1.0 Evo flex like. On manual
R$ 35.098
1.6 Exclusive 16v turbo 4p automático R$ 65.500
R$ 72.263
1.0 Evo flex way manual
R$ 36.057
R$ 36.534
R$ 40.795
1.0 Firefly flex drive manual
R$ 34.990
R$ 35.071
R$ 41.408
1.6 Thp flex exclusive bva
R$ 93.500
1.6 Thp flex origine business bva
R$ 63.900
1.6 Thp flex origine bva
R$ 66.988
1.0 Mpi fire 8v flex 4p manual
R$ 28.925
R$ 31.263
1.6 Thp flex shine bva
R$ 85.990
1.4 Mpi attractive 8v flex 4p manual
R$ 35.271
R$ 36.990
1.6 Intensive 16v gas 4p automático
R$ 115.900
Palio
Fiat Argo
R$ 57.873
2.8 Lt 4x4 cd 16v turbo 4p automático
1.2 Pure tech flex attraction manual
C4 lounge
R$ 73.990
1.4 Mpi attractive 8v flex 4p manual 1.8 Mpi essence 7l 16v flex 4p manual
1.8 Activ 8v flex 4p automático
2019
1.3 Firefly flex manual
Citroën
C3
R$ 45.000
2018
2.8 Ls 4x4 cd 16v turbo 4p manual
1.8 Mpfi lt 4x2 16v flex 4p automático
Aircross
1.8 Sporting 16v flex 4p manual
2017
R$ 62.245
R$ 102.450 R$ 96.000
1.4 16V turbo flex premier automático
Trailblazer
2016 R$ 45.263
1.3 Firefly flex drive manual
2.8 High country 4x4 cd 4p automático R$ 124.493 R$ 149.711 R$ 168.500 R$ 178.130
Spin
Versão 1.8 Essence 16v flex 4p manual 1.3 Firefly flex drive gsr
R$ 95.000
2.5 Ltz 4x4 cd 16v flex 4p automático
Marca/Modelo
Punto
1.0 Mpi attractive 8v flex 4p manual
R$ 33.970
R$ 35.117
1.6 Mpi sporting 16v flex 4p automati
R$ 40.130
R$ 44.990
1.6 Mpi sporting 16v flex 4p manual
R$ 41.673
R$ 47.990
1.0 Firefly flex drive manual
R$ 47.538
R$ 48.560
1.0 Firefly flex manual
R$ 45.990
R$ 44.530
1.3 Firefly flex drive gsr
R$ 54.185
1.3 Firefly flex drive manual
R$ 50.366
1.8 E.Torq flex hgt at6
R$ 65.240
1.8 E.Torq flex hgt manual
R$ 60.195
1.4 Mpi hard working cd 8v 3p manual
R$ 55.757
R$ 60.145
1.8 E.Torq flex precision at6
R$ 54.980
1.4 Mpi hard working ce 8v 2p manual
R$ 42.000
R$ 44.340
R$ 40.651
R$ 43.927
R$ 39.165
R$ 45.311
Siena R$ 57.000 Strada
1.4 Attractive 8v flex 4p manual
R$ 37.848
R$ 41.466
1.6 Essence 16v flex 4p automatizado
R$ 41.573
R$ 45.595
1.0 Mpi el 8v flex 4p manual
R$ 32.811
1.4 Mpi el 8v flex 4p manual
R$ 38.629
1.4 Mpi freedom cd 8v flex 3p manual
1.8 Blackmotion 16v 4p automatizado
R$ 46.495
1.4 Mpi hard working cs 8v 2p manual
1.8 Blackmotion 16v flex 4p manual
R$ 46.657
1.4 Mpi working cs 8v flex 2p manual
1.8 Essence 16v flex 4p automatizado
R$ 44.230
1.4 Mpi working plus cs 8v 2p manual
R$ 71.267
R$ 38.052
R$ 65.900 R$ 54.967
R$ 36.900
Auto Revista Ceará -
93
Marca/Modelo
Toro
Versรฃo
2016
2017
2018
1.8 Mpi adventure cd 16v 3p manual
R$ 55.232
R$ 78.690
1.8 Mpi adventure ce 16v 2p manual
R$ 49.500
R$ 75.690
1.8 16V evo flex endurance at6 1.8 16V evo flex freedom at6
R$ 75.690
1.8 16V evo flex freedom open at6
R$ 76.609
1.8 16V evo flex freedom plus at6
R$ 78.215
2.0 16V turbo diesel freedom 4wd at9
Uno
R$ 78.814
2019
Marca/Modelo
R$ 106.556 R$ 139.167 R$ 86.578
R$ 98.974
2.5 Se 16v flex 4p automรกtico Ka
2018
2019
R$ 167.990
2.0 Titanium awd gas 4p automรกtico
R$ 104.450 R$ 169.900 R$ 125.000 R$ 38.405
R$ 43.963
1.0 Ti-vct flex se manual
R$ 34.561
R$ 36.017
R$ 37.303
R$ 44.518
R$ 112.445 R$ 129.277
1.0 Ti-vct flex se plus manual
R$ 34.808
R$ 36.732
R$ 38.150
R$ 48.445
1.0 Ti-vct flex sel manual
R$ 37.263
R$ 37.998
R$ 40.267
R$ 40.447
R$ 93.698
2.0 16V turbo diesel freedom manual
R$ 92.029
R$ 93.488
2.0 16V turbo diesel volcano 4wd at9
R$ 106.311 R$ 115.936 R$ 130.493
2.4 16V multiair flex freedom at9
R$ 90.238
R$ 82.920
1.0 Ti-vct flex s manual
1.5 Sigma flex se manual
R$ 39.138
1.5 Sigma flex se plus manual
R$ 35.900
1.5 Sigma flex sel manual
R$ 37.200
R$ 42.278 R$ 45.900
R$ 40.950
R$ 43.300
2.4 16V multiair flex volcano at9
R$ 120.253
1.5 Ti-vct flex freestyle automรกtico
R$ 67.490
1.0 Fire flex attractive manual
R$ 42.252
1.5 Ti-vct flex se automรกtico
R$ 56.490
1.5 Ti-vct flex se manual
R$ 51.990
R$ 33.607
1.5 Ti-vct flex se plus sedan automรกtico
R$ 62.490
R$ 34.418
1.5 Ti-vct flex se sedan automรกtico
R$ 59.890
R$ 52.900
1.5 Ti-vct flex titanium automรกtico
R$ 69.490
R$ 34.578
1.0 Firefly flex way 4p manual
R$ 44.950
1.3 Firefly flex sporting 4p gsr 1.3 Firefly flex sporting 4p manual
R$ 41.945
1.3 Firefly flex way 4p manual
R$ 39.673
1.5 Ti-vct flex titanium sedan automรกtic Ka+
Ford 1.5 Ti-vct flex freestyle automรกtico
R$ 76.956
1.5 Ti-vct flex freestyle manual
R$ 69.958
1.5 Ti-vct flex freestyle plus automรกtico 1.5 Ti-vct flex se automรกtico
R$ 74.008
1.5 Ti-vct flex se direct automรกtico 1.5 Ti-vct flex se manual
R$ 63.766
2.0 Direct flex storm 4wd automรกtico 2.0 Direct flex titanium automรกtico Edge
3.5 V6 gas titanium awd automรกtico
Fiesta
1.0 Ecoboost titanium gas 4p
R$ 80.998
R$ 37.736
1.5 Se hatch 16v flex 4p manual
R$ 38.644
1.6 Se hatch 16v flex 4p manual
R$ 39.715
R$ 70.990 R$ 35.263
R$ 39.900
1.0 Ti-vct flex se plus manual
R$ 38.000
1.0 Ti-vct flex sel manual
R$ 34.970
1.5 Sigma flex se manual
R$ 39.277
R$ 41.677
R$ 89.900
1.5 Sigma flex sel manual
R$ 39.400
R$ 42.745
R$ 74.593
Mustang
5.0 V8 ti-vct gas gt premium selectshift
R$ 69.990
Ranger
2.2 Xl 4x4 cd 16v diesel 4p manual
R$ 42.414 R$ 49.990 R$ 43.936 R$ 299.900
R$ 80.900
R$ 190.000
R$ 74.970
2.2 Xls 4x2 cd 16v diesel 4p automรกtic
R$ 102.990
2.2 Xls 4x4 cd 16v diesel 4p automรกtic
R$ 114.738
R$ 89.068
2.2 Xls 4x4 cd 16v diesel 4p manual
R$ 95.945
R$ 103.240 R$ 134.000
R$ 155.906
R$ 89.990
R$ 100.000 R$ 99.900
R$ 87.276
R$ 118.900
2.5 Xls 4x2 cd 16v flex 4p manual R$ 53.200
1.5 S hatch 16v flex 4p manual
1.0 Ti-vct flex se manual
R$ 87.493
R$ 168.267
R$ 156.425
2.5 Xlt 4x2 cd 16v flex 4p manual
R$ 80.945
3.2 Limited 4x4 cd 20v 4p automรกt
R$ 117.500 R$ 144.976 R$ 163.895 R$ 183.390
3.2 Xlt 4x4 cd 20v diesel 4p automรกtico
R$ 132.000 R$ 148.890 R$ 163.430
R$ 45.724
Hyundai
1.6 Se plus hatch 16v flex 4p powershift
R$ 47.700
Creta
1.6 Sel hatch 16v flex 4p manual
R$ 49.156
1.6 16V flex pulse automรกtico
R$ 80.543
R$ 83.263
1.6 Sel hatch 16v flex 4p powershift
R$ 50.497
1.6 16V flex pulse manual
R$ 72.990
R$ 78.226
1.6 Sel sedan 16v flex 4p manual
R$ 50.695
1.6 16V flex pulse plus automรกtico
R$ 86.813
R$ 92.290
1.6 Sel sedan 16v flex 4p powershift
R$ 63.243
2.0 16V flex prestige automรกtico
R$ 87.082
R$ 98.587
R$ 103.907
2.0 16V flex 4p automรกtico
R$ 70.930
R$ 87.372
1.6 Ti-vct flex se manual
R$ 52.940
1.6 Ti-vct flex se plus powershift
R$ 57.652
1.6 Ti-vct flex se style manual
R$ 55.990
Grand st fรฉ
1.6 Ti-vct flex sel powershift
R$ 51.900
Hb20
1.6 Ti-vct flex titanium plus powershift
R$ 58.990
1.6 Titanium hatch 16v flex 4p manual
Fusion
2017
2.0 Titanium fwd gas 4p automรกtico
R$ 84.327
1.0 Firefly flex drive 4p manual
Focus
2016
R$ 85.611
2.0 16V turbo diesel freedom manual
1.0 Firefly flex attractive 4p manual
Ecosport
Versรฃo
2.0 Titanium 16v hรญbrido 4p automรกtico R$ 97.350
R$ 51.665
Elantra
1.6 16V flex attitude manual
R$ 67.490
2.0 16V flex special edition 4p automรกt 3.3 Mpfi v6 4wd gas 4p automรกtico
R$ 82.900 R$ 149.000
1.0 Comfort 12v flex 4p manual
R$ 37.291
R$ 38.149
R$ 40.246
1.0 Comfort plus 12v flex 4p manual
R$ 37.394
R$ 38.181
R$ 43.345
R$ 47.190
R$ 54.490
R$ 49.590
R$ 57.990
1.0 Comfort plus 12v turbo 4p manual
R$ 41.812
1.0 Comfort style 12v turbo 4p manual
R$ 41.423
1.0 Ocean 12v flex 4p manual
R$ 39.900
1.6 Titanium hatch 16v flex 4p
R$ 50.470
R$ 54.495
1.6 Titanium plus hatch 16v flex 4p
R$ 49.500
R$ 56.000
1.6 Se 16v flex 4p manual
R$ 58.660
2.0 Se fastback 16v flex 4p powershift
R$ 58.440
R$ 62.110
2.0 Se plus 16v flex 4p powershift
R$ 61.628
R$ 67.593
R$ 89.990
1.6 Comfort plus 16v flex 4p automรกtic R$ 47.525
R$ 50.897
2.0 Se plus fastback 16v flex 4p
R$ 59.900
R$ 64.400
R$ 91.990
1.6 Comfort plus 16v flex 4p manual
R$ 41.739
R$ 44.222
2.0 Titanium 16v flex 4p powershift
R$ 64.532
R$ 74.900
1.6 Comfort style 16v flex 4p automรกt
R$ 46.473
R$ 50.463
R$ 68.297
1.0 Unique 12v flex 4p manual
R$ 71.469
1.6 1 Million 16v flex 4p automรกtico
R$ 82.990
R$ 43.177 R$ 63.690 R$ 98.990 R$ 47.865
R$ 50.145
R$ 70.969
2.0 Titanium fastback 16v flex 4p
R$ 64.448
R$ 65.000
1.6 Comfort style 16v flex 4p manual
R$ 43.640
R$ 46.040
2.0 Titanium plus 16v flex 4p
R$ 68.233
R$ 78.000
1.6 Premium 16v flex 4p automรกtico
R$ 50.442
R$ 57.224
R$ 65.108
2.0 Titanium plus fastback 16v flex 4p
R$ 63.650
R$ 79.990
1.6 R spec 16v flex 4p automรกtico
R$ 49.895
R$ 52.990
R$ 58.000
1.6 R spec 16v flex 4p manual
R$ 47.713
R$ 50.445
2.0 Sel 16v gas 4p automรกtico
94 - Auto Revista Cearรก
R$ 73.000
R$ 103.563 R$ 122.836
R$ 76.990
Marca/Modelo Hb20s
2016
2017
2018
2019
R$ 42.308
R$ 44.407
R$ 48.225
R$ 53.945
1.0 Comfort plus 12v turbo 4p manual
R$ 39.500
R$ 43.900
R$ 54.645
1.0 Comfort style 12v flex 4p manual
R$ 41.900
Versรฃo 1.0 Comfort plus 12v flex 4p manual
1.0 Comfort style 12v turbo 4p manual R$ 42.990
R$ 48.266 R$ 48.650
R$ 78.748
R$ 86.493
1.8 16V flex longitude 4p automรกtico
R$ 69.052
R$ 78.493
R$ 84.982
R$ 113.705
1.8 16V flex sport 4p automรกtico
R$ 65.306
R$ 72.119
R$ 74.103
R$ 89.470
R$ 59.250
R$ 64.084
R$ 66.501
1.8 16V flex sport 4p manual
1.6 Comfort style 16v flex 4p automรกt
R$ 49.682
R$ 55.923
R$ 58.990
R$ 66.090
2.0 16V turbo diesel 4p 4x4 automรกtico
1.6 Comfort style 16v flex 4p manual
R$ 47.990
R$ 52.350
R$ 90.000
2.0 16V turbo diesel 4p 4x4 automรกtico R$ 88.543
R$ 94.784
2.0 16V turbo diesel 4p 4x4 automรกtico R$ 102.306
R$ 57.686 R$ 64.923
R$ 70.604
1.6 16V premium flex 4p automรกtico
R$ 53.441
R$ 57.025
R$ 64.445
R$ 70.245
R$ 53.945
R$ 56.925
R$ 62.655
R$ 47.474
R$ 51.235
R$ 55.950
R$ 64.990
R$ 92.000
R$ 82.094
R$ 85.109
R$ 93.490
R$ 102.990
R$ 85.970
R$ 98.093
R$ 107.657
R$ 90.384
R$ 107.950
1.6 16V t-gdi gas gl ecoshift
Discovery Discovery 4
R$ 173.696 R$ 175.995
R$ 57.859
R$ 74.990
R$ 160.000
3.0 V6 td6 diesel hse 4wd automรกtico
R$ 410.000
3.0 Black 4x4 v6 24v 4p automรกtico
R$ 402.990 R$ 267.445
3.0 Se 4x4 v6 24v bi-turbo 4p automรกti R$ 269.663 Disc. Sport
2.0 16V si4 turbo gas 4p automรกtico
R$ 167.450 R$ 209.900 R$ 249.000
2.0 16V si4 turbo gas se 4p automรกtico
R$ 156.198
R$ 209.000
2.0 16V td4 turbo diesel 4p automรกtico R$ 196.950 R$ 224.900 R$ 294.500
R$ 110.423 R$ 132.990 R$ 136.523 R$ 54.833
R$ 115.490 R$ 138.520
3.6 Sport 4x4 v6 12v gas 2p automรกtico
3.0 V6 td6 diesel se 4wd automรกtico
R$ 114.900 R$ 121.736
1.6 16V t-gdi gas gls ecoshift 2.0 Mpfi gls 16v 143cv 4p automรกtico
Wrangler
R$ 113.363 R$ 127.890
Land rover
1.6 16V style flex 4p automรกtico 1.6 16V style flex 4p manual
R$ 73.685
R$ 113.490
2.0 16V turbo diesel 4p 4x4 automรกtico R$ 91.023
R$ 57.707
2.0 16V td4 turbo 4p automรกtico R. Rover ev
Jac
R$ 195.563 R$ 244.450
2.0 16V td4 turbo diesel 4p automรกtico R$ 180.000 R$ 222.400 2.0 Hse dynamic gas 4p automรกtico
R$ 210.000
2.0 16V p250 gas awd automรกtico
R$ 249.000
2.0 Hse dynamic gas 2p automรกtico
2.0 16V p250 gas r-dynamic automรกtico
R$ 304.450
2.0 Se 4wd 16v gas 4p automรกtico
R$ 164.364 R$ 189.000 R$ 199.900
R$ 309.900
2.0 Se dynamic 4wd gas 4p automรกtico
R$ 164.358
2.2 Se 4wd 16v diesel 4p automรกtico
R$ 195.950
2.0 16V ingenium 4p automรกtico 2.0 16V turbo diesel 4p automรกtico
R$ 273.000 R$ 370.000
3.0 V6 supercharged 4p automรกtico
R$ 299.000
F-type
3.0 Coupรฉ s 24v gas 2p automรกtico
R$ 389.900
Xe
2.0 16V ingenium p250 4p automรกtico
R.Rover spo R$ 204.967
R$ 289.900
3.0 Hse 4x4 v6 24v 4p automรกtico
R$ 343.528 R$ 405.750
3.0 Se 4x4 v6 24v 4p automรกtico
R$ 364.667 R$ 389.000
4.4 Hse dynamic 4x4 v8 4p automรกtico R$ 424.995
2.0 16V si4 turbo gas 4p automรกtico
R$ 168.890
2.0 P250 gas automรกtico
R$ 389.900
2.0 16V si4 turbo gas 4p automรกtico
R$ 182.900
3.0 V6 p380 gas r-dynamic s automรกtic
R$ 399.900
3.0 V6 supercharger 4p automรกtico
R$ 305.000
3.0 V6 p380 gas r-dynamic se automรกt
R$ 435.000
2.0 Prestige gas 4p automรกtico
R. Rover vel
Mercedes Benz
R$ 184.900 R$ 221.450
Jaguar 2.0 16V p250 gasolina awd automรกtico
R$ 249.000
2.0 16V p250 gasolina awd automรกtico
R$ 304.450
2.0 16V ingenium 4p automรกtico 2.0 16V turbo diesel 4p automรกtico
R$ 309.900
A 200 Amg gt
1.6 Cgi flex 7g-dct
R$ 120.923
1.6 Turbo 16v flex 4p automรกtico
R$ 97.970
4.0 V8 turbo gas 7g-dct
R$ 689.000
1.6 Turbo 16v flex 4p automatizado
R$ 273.000 R$ 370.000
R$ 106.000 R$ 129.900
R$ 299.000
C 43 amg
3.0 V6 gas coupรฉ 4matic 9g-tronic
3.0 Coupรฉ s supercharged v6 24v gasolina 2p automรกtico
R$ 389.900
C 180
1.6 Cgi 16v turbo flex 4p automรกtico
R$ 112.950 R$ 137.725
1.6 Cgi estate 16v gas 4p automรกtico
R$ 134.130
2.0 16V si4 turbo gas 4p automรกtico
R$ 168.890
2.0 16V si4 turbo gas 4p automรกtico
R$ 182.900
1.6 Cgi flex avantgarde 7g-tronic
3.0 V6 supercharger gas s 4p automรกtic
R$ 305.000
1.6 Cgi flex avantgarde 9g-tronic
3.0 V6 supercharged 4p automรกtico
2.0 Prestige gasolina 4p automรกtico
R$ 394.900
1.6 Cgi exclusive 16v gas 4p automรกtico R$ 138.000 R$ 123.900
R$ 184.900 R$ 221.450
1.6 Cgi flex exclusive 7g-tronic
Jeep
R$ 129.800 R$ 125.000 R$ 139.990 R$ 144.538 R$ 114.900
1.6 Cgi flex exclusive 9g-tronic 2.0 16V diesel limited 4x4 automรกtico
R$ 151.900 R$ 130.222 R$ 144.573
C 200
2.0 Cgi avantgarde 16v gas 4p automรกt
2.0 16V diesel 4x4 automรกtico
R$ 135.685 R$ 181.795
C 250
2.0 Cgi gas avantgarde 9g-tronic
2.0 16V flex limited automรกtico
R$ 108.945 R$ 125.654
2.0 16V flex longitude automรกtico
R$ 107.906 R$ 122.145
2.0 16V flex sport automรกtico
R$ 93.527
R$ 103.956 R$ 329.000
R$ 129.950
1.6 Cgi gas avantgarde coupรฉ 9g-tronic
2.0 16V diesel 4x4 automรกtico
3.0 Limited 4x4 v6 turbo 4p automรกt
2019
R$ 98.990
R$ 66.660 R$ 52.738
2018
R$ 73.000
2.0 16V turbo diesel 4p 4x4 automรกtico
1.6 Premium 16v flex 4p automรกtico
Tucson
Grand cherokee
R$ 68.485
R$ 60.840
3.3 Mpfi 4x4 7 lugares gas 4p automรกtic R$ 134.900
Compass
1.8 16V flex limited 4p automรกtico
R$ 57.608
Santa fรฉ
Xf
R$ 65.900
R$ 49.002
2.0 Mpfi gls 16v flex 4p automรกtico
F-type
R$ 65.118
R$ 46.955
2.0 Mpfi gl 16v flex 4p automรกtico
F-pace
R$ 59.398
1.6 Comfort plus 16v flex 4p manual
2.0 Mpfi 16v flex 4p automรกtico
E-pace
1.8 16V flex 4p manual
R$ 56.383
2.5 Longo sem caรงamba 4x2 16v 130cv R$ 67.950
Xf
R$ 71.263
R$ 54.568
1.6 Ocean 16v flex 4p automรกtico
F-pace
2017
R$ 64.018
Versรฃo
1.6 Comfort plus 16v flex 4p automรกtic R$ 50.098
1.6 Copa do mundo fifa 4p automรกt
E-pace
2016
1.8 16V flex 4p automรกtico 1.8 16V flex custom 4p manual
1.0 Unique 12v flex 4p manual
Hb20x
Marca/Modelo Renegade
C 300
R$ 165.450 R$ 176.800 R$ 129.430 R$ 159.630
2.0 Cgi sport coupรฉ gas 2p automรกtico
R$ 184.660 R$ 211.450
2.0 Cgi sport turbo gas 4p automรกtico
R$ 160.638 R$ 189.450
2.0 Cgi gas anniversary 7g-tronic
R$ 184.900
2.0 Cgi gas cabriolet 9g-tronic
R$ 275.000 R$ 325.000
Auto Revista Cearรก -
95
Marca/Modelo
Versão
2016
2.0 Cgi gas sport 9g-tronic
2017
2018
2019
Marca/Modelo
R$ 249.900 R$ 239.900
2016
2017
1.0 Sv 12v flex 4p manual
R$ 34.076
R$ 35.693
R$ 38.060
R$ 51.900
Versão
Cla 180
1.6 Cgi gas 7g-dct
R$ 143.340
1.6 Sl 16v flex 4p manual
Cla 200
1.6 Cgi flex 7g-dct
R$ 159.000
1.6 Sl 16v flex 4p xtronic
1.6 Vision 16v flex 4p automático E 43 amg
3.0 V6 gas 4matic 9g-tronic
E 63 amg
4.0 V8 turbo gas s 4matic+ speedshift
E 400 Gla 200
Gla 250
R$ 135.450 R$ 145.990
R$ 46.990
1.6 Sv 16v flexstart 4p manual
R$ 37.990
Sentra
1.6 Cgi advance 16v 4p automático
R$ 119.365 R$ 134.297
1.6 Cgi enduro 16v flex 4p automático
R$ 136.400
Versa
R$ 37.608
2.0 S 16v flexstart 4p automático 2.0 Sv 16v flex 4p automático
R$ 65.000 R$ 56.170
1.0 12V flex 4p manual
R$ 38.767
R$ 43.445
1.0 12V flex s 4p manual
R$ 39.338
R$ 37.950
1.6 16V flex sl 4p manual
R$ 43.973
R$ 55.740
R$ 182.633
1.6 16V flex sv 4p manual
R$ 43.990
R$ 45.900
R$ 54.990
1.6 Cgi flex style 7g-dct
R$ 144.400
1.6 16V flex sv 4p xtronic
R$ 52.263
R$ 52.179
1.6 Cgi style 16v flex 4p automático
R$ 105.495 R$ 123.995
1.6 16V flexstart s 4p manual
2.0 16V turbo gas 4p automático
R$ 152.330
1.6 16V flexstart sl 4p xtronic
R$ 55.000
R$ 61.300
1.6 16V flexstart sv 4p xtronic
R$ 51.978
R$ 52.995
1.6 16V flexstart unique 4p xtronic
R$ 56.450
R$ 60.450
1.2 Active 12v flex 4p manual
R$ 41.575
R$ 43.130
1.2 Active pack 12v flex 4p manual
R$ 47.723
R$ 46.950
2.0 Cgi gas 4matic 9g-tronic
R$ 190.450 R$ 202.600 R$ 310.000
R$ 218.680
5.5 V8 turbo gas 4matic 7g-tronic
R$ 569.900
3.0 V6 bluetec diesel 4matic 9g-tronic
R$ 305.000
3.0 V6 gas coupé 4matic 9g-tronic
R$ 315.320 R$ 350.945
Peugeot
R$ 247.450
208
R$ 273.198 R$ 739.900 R$ 389.445
R$ 373.450
R$ 52.900
1.5 Active 8v flex 4p manual
R$ 40.000
1.5 Active pack 8v flex 4p manual
R$ 39.173
1.5 Allure 8v flex 4p manual
R$ 41.327
1.6 Allure 16v flex 4p automático
3.0 V6 gas highway 4matic 9g-tronic
R$ 395.000
1.6 Griffe 16v flex 4p automático
R$ 61.945
3.0 V6 gas night coupé 4matic 9g-tronic
R$ 394.900
1.6 Sport 16v flex 4p manual
R$ 47.250
3.0 V6 gas 2p automático
R$ 430.000
1.6 Thp gt 16v flex 4p manual
R$ 61.945
Slc 300
2.0 Cgi gas 9g-tronic
R$ 230.000 R$ 280.900
1.6 Urbantech 16v flex 4p automático
Sprinter
2.2 415 Cdi van 16 lugares manual
R$ 113.000
Vito
2.0 Cgi flex 119 confort 9l manual
R$ 88.400
308
Mini 1.5 12V twinpower gas 2p steptronic
R$ 114.990
2.0 16V twinpower gas s 2p steptronic
R$ 157.470
2.0 John cooper gas 2p automatico
R$ 129.900 R$ 129.900 R$ 143.500
2.0 S cabrio 16v gas 2p automático 2.0 S exclusive 16v gas 2p automático
R$ 140.000 R$ 156.900 R$ 95.000
2.0 S exclusive 16v gas 4p automático 2.0 S top 16v turbo gas 2p automático
408
2008
R$ 117.000 R$ 85.000
2.0 S top clubman gas 4p automático
Kicks
2.3 16V turbo diesel se 4x4 automático
R$ 144.900
3008
R$ 60.990
Captur
Duster
1.0 Conforto 12v flex 4p manual
R$ 30.657
R$ 32.945
1.0 S 12v flex 4p manual
R$ 32.482
R$ 33.784
R$ 79.795
R$ 90.468
1.6 16V sce flex zen manual
R$ 74.443
R$ 70.990
1.6 16V sce flex zen x-tronic
R$ 77.950
R$ 84.657
2.0 16V hi-flex intense automático
R$ 80.882
1.0 Authentique 16v flex 2p manual
R$ 19.900
1.0 Expression 16v flex 4p manual
R$ 26.463
1.6 16V sce flex dynamique manual
R$ 57.163
R$ 64.236
R$ 75.900
1.6 16V sce flex expression manual
R$ 50.855
R$ 88.447
R$ 139.900
1.6 Dynamique 4x2 16v flex 4p manual R$ 50.926
R$ 57.709
R$ 87.243
R$ 89.400
R$ 35.034
R$ 77.900
1.6 16V sce flex intense x-tronic
1.6 16V sce flex dynamique x-tronic R$ 80.393
R$ 61.367
Renault
Clio
1.6 16V flexstart sv 4p xtronic
96 - Auto Revista Ceará
R$ 57.972
R$ 50.245
R$ 67.990
1.6 16V flexstart s 4p manual
March
R$ 53.630
1.6 16V flex allure 4p manual
1.6 Griffe thp 16v gas 4p automático
R$ 137.660 R$ 166.567
1.6 16V flexstart sl 4p xtronic
R$ 53.197
1.6 16V flex allure 4p automático
R$ 67.400
2.3 16V turbo diesel le 4x4 automático
R$ 142.990
R$ 66.900
R$ 54.990
R$ 219.900
2.5 Sv attack 4x4 eletronic 4p manual
R$ 65.890
1.6 Griffe 16v turbo flex 4p automático R$ 57.445
R$ 58.497
2.0 16V twinpower turbo gas john
R$ 98.495
R$ 54.225
1.6 Business 16v turbo 4p automático
R$ 52.900
Nissan
2.5 Sv attack 4x4 cd 4p automático
R$ 61.945
2.0 Allure 16v flex 4p automático
1.6 16V flex griffe 4p automático
R$ 133.425
R$ 109.780
1.6 Griffe thp 16v gas 4p automático
1.6 16V flex griffe 4p manual
R$ 165.900 R$ 144.750
R$ 85.900
R$ 60.900
R$ 165.900 R$ 149.900
2.0 16V twinpower gas cooper s steptr
2.5 Sl 4x4 cd turbo 4p automático
R$ 67.900
1.6 Griffe thp 16v flex 4p automático
R$ 107.000 R$ 122.425
1.5 12V twinpower gas cooper steptro
2.5 S 4x4 cd turbo eletronic 4p manual
R$ 57.990
1.6 Allure business thp 4p automático
2.0 Allure 16v flex 4p automático
R$ 109.000
R$ 69.400
R$ 51.445 R$ 52.843
Sl 400
Frontier
R$ 41.990
R$ 143.990
3.0 V6 bluetec sport 4matic 9g-tronic
Countryman
R$ 82.990
R$ 71.460
1.6 Cgi flex enduro 7g-dct
2.0 Cgi gas sport 4matic 9g-tronic
Cooper
R$ 60.900
R$ 41.900
1.6 Cgi flex advance 7g-dct
2.0 Cgi gas highway 4matic 9g-tronic
Gle 400
1.6 Sv 16v flex 4p xtronic
R$ 229.000
2.0 Cgi gas coupé 4matic 9g-tronic
Gle 63 amg
R$ 764.900 R$ 254.900 R$ 299.900
2.0 Cgi gas sport 4matic 7g-dct Glc 250
1.6 Sv 16v flex 4p manual
2.0 Cgi gas exclusive 9g-tronic 3.0 V6 avantgarde gas 4p automático
R$ 46.450
R$ 507.400 R$ 251.473 R$ 304.900
2019
R$ 48.900
1.6 Sl 16v flexstart 4p xtronic
2.0 Cgi gas avantgarde 9g-tronic
2018
1.6 Expression 4x2 16v flex 4p manual
R$ 49.407
R$ 54.091
2.0 Dynamique 4x2 16v 4p automático
R$ 56.156
R$ 61.026
2.0 Dynamique 4x2 16v flex 4p manual R$ 55.018
R$ 60.000
R$ 60.489 R$ 71.195
R$ 69.900
R$ 54.994
R$ 60.990
Marca/Modelo
Versรฃo
2016
2.0 Dynamique 4x4 16v flex 4p manual R$ 57.080 Duster oroch
2017
1.6 16V flex dynamique 4p manual
R$ 59.936
R$ 62.290
Forester
R$ 58.245
R$ 59.378
Suzuki
R$ 65.263
2.0 16V flex dynamique 4p manual
R$ 60.095 R$ 59.423
Grand vitara
R$ 65.038
R$ 70.990
R$ 63.990
2.0 16V hi-flex dynamique automรกtico
R$ 72.250
2.0 Dynamique 16v flex 4p automรกtico
R$ 56.113
2.0 Dynamique 16v flex 4p manual
R$ 52.990
2.0 Dynamique plus 16v 4p automรกtico R$ 54.948
Logan
R$ 70.887 R$ 63.500
1.6 16V sce flex expression manual
Kwid
Marca/Modelo Subaru
1.6 16V sce flex express manual
Kangoo
2019
1.6 16V flex expression 4p manual 1.6 16V sce flex dynamique manual
Fluence
2018
R$ 58.990
Jimny R$ 62.118 S-cross
Versรฃo 2.0 S 4x4 16v gas 4p automรกtico
R$ 97.900
2.0 4Sport 4x2 16v gas 4p automรกtico
R$ 71.400
2.0 4Sport 4x4 16v gas 4p automรกtico
R$ 86.900
2.0 4X2 16v gas 4p automรกtico
R$ 74.900
2.0 Premium 4x2 16v 4p automรกtico
R$ 69.800
2.0 Premium 4x4 16v 4p automรกtico
R$ 69.000
1.3 4All 4x4 16v gas 2p manual
R$ 52.147
1.3 4Sport 4x4 16v gas 2p manual
R$ 59.058
1.3 4Work 4x4 16v gas 2p manual
R$ 54.900
1.6 16V vvt gas gls 4p 4x4 automรกtico
R$ 69.900
2.0 Privilรฉge 16v flex 4p automรกtico
R$ 59.698
1.6 Express 16v flex 3p manual
R$ 32.000
1.6 16V vvt gas glx 4p 4x4 automรกtico
R$ 69.950
1.6 Express 16v flex 4p manual
R$ 33.763
1.6 16V vvt gas glx 4p automรกtico
R$ 63.500
2019
R$ 59.990
R$ 58.293
R$ 66.445
R$ 69.900
R$ 40.990
1.0 12V sce flex life manual
R$ 37.395
R$ 30.740
1.6 16V gas 4you allgrip automรกtico
R$ 92.900
1.0 12V sce flex zen manual
R$ 33.236
R$ 37.990
1.6 16V gas 4you automรกtico
R$ 92.900
R$ 37.223 R$ 36.211
R$ 94.900
Toyota
R$ 37.137 R$ 44.990
1.0 12V sce flex expression manual
1.4 16V turbo gas 4sport automรกtico
2018
R$ 35.990
1.0 12V sce flex authentique manual
Vitara
2017
1.0 12V sce flex intense manual
1.0 12V sce flex expression manual
R$ 50.490
Corolla
R$ 37.575
1.8 Gli 16v flex 4p automรกtico
R$ 70.281
R$ 74.824
R$ 89.377
R$ 93.500
1.8 Gli upper 16v flex 4p automรกtico
R$ 70.835
R$ 74.804
R$ 83.288
R$ 104.993
1.0 Authentique 16v flex 4p manual
R$ 35.369
R$ 37.225
2.0 Altis 16v flex 4p automรกtico
R$ 93.375
R$ 90.094
R$ 102.567 R$ 115.000
1.0 Expression 16v flex 4p manual
R$ 34.358
R$ 78.413
R$ 83.959
R$ 95.193
R$ 124.004
R$ 97.086
R$ 96.500
R$ 45.211
R$ 50.675
R$ 53.000
R$ 38.245
R$ 41.575
R$ 46.880
1.5 Platinum 16v flex 4p automรกtico
R$ 58.000
R$ 54.990
1.5 Platinum sedan 16v 4p automรกtico
R$ 52.900
R$ 59.336
R$ 47.647
R$ 52.400
R$ 56.900
R$ 42.695
R$ 47.145
R$ 54.000
R$ 50.913
R$ 54.900
R$ 34.960
2.0 Xei 16v flex 4p automรกtico
1.6 16V sce flex dynamique easy-r
R$ 37.990
2.0 Xrs 16v flex 4p automรกtico
1.6 16V sce flex dynamique manual
R$ 42.990
Etios
1.6 16V sce flex expression manual
R$ 57.730
1.3 X 16v flex 4p automรกtico 1.3 X 16v flex 4p manual
1.6 16V sce flex expression easy-r
R$ 42.000
R$ 42.990
1.6 16V sce flex expression manual
R$ 40.386
R$ 42.598
1.6 Dynamique 8v 4p automatizado
R$ 47.990
1.5 X plus sedan 16v 4p automรกtico
R$ 41.146
R$ 43.900
1.5 X sedan 16v flex 4p automรกtico
1.6 Expression 8v flex 4p automatizado R$ 38.120
R$ 44.657
1.5 X sedan 16v flex 4p manual
1.6 Expression 8v flex 4p manual
R$ 39.680
1.5 Xls 16v flex 4p automรกtico
1.6 Dynamique 8v flex 4p manual
R$ 36.148
R$ 56.890
Master
2.3 Dci diesel minibus 3p manual
Sandero
1.0 12V sce flex authentique manual
R$ 34.238
R$ 34.355
1.0 12V sce flex expression manual
R$ 34.850
R$ 36.386
R$ 44.270
1.5 Xls sedan 16v flex 4p manual
R$ 152.000
R$ 38.923
R$ 39.060
R$ 48.320
1.5 Xs 16v flex 4p automรกtico
1.0 12V sce flex vibe manual 1.0 Authentique 16v flex 4p manual
R$ 32.839
1.5 Xls 16v flex 4p manual
R$ 36.432
R$ 59.900 R$ 40.979 R$ 39.000
R$ 47.990
R$ 43.200
R$ 49.945 R$ 47.700
R$ 51.426
R$ 37.821
R$ 44.990
R$ 47.672
R$ 49.576
R$ 52.826
R$ 40.700
R$ 47.900
R$ 45.000 R$ 62.400
1.5 Xls sedan 16v flex 4p automรกtico
R$ 34.040
1.5 Xs 16v flex 4p manual
1.6 16V sce flex expression easy-r
R$ 39.240
R$ 38.450
1.5 Xs sedan 16v flex 4p automรกtico
1.6 16V sce flex expression manual
R$ 38.585
R$ 39.364
1.5 Xs sedan 16v flex 4p manual
1.6 16V sce flex gt line manual
R$ 58.490
R$ 52.125
R$ 57.134
Etios cross
1.5 16V flex 4p automรกtico
R$ 53.445
Hilux
2.7 Sr 4x2 cd 16v flex 4p automรกtico
R$ 107.833 R$ 113.293
2.7 Srv 4x2 cd 16v flex 4p automรกtico
R$ 132.900 R$ 118.297
1.6 16V sce flex stepway easy-r
R$ 36.990
1.6 16V sce flex stepway manual
R$ 49.695
1.6 16V sce flex stepway easy-r
R$ 47.316
2.7 Srv 4x4 cd 16v flex 4p automรกtico
1.6 16V sce flex stepway manual
R$ 46.900
2.8 Sr 4x4 cd 16v diesel 4p automรกtico
R$ 135.300 R$ 140.500
R$ 47.180
2.8 Srv 4x4 cd 16v 4p automรกtico
R$ 148.477 R$ 156.520 R$ 169.820 R$ 181.996
2.8 Srx 4x4 cd 16v 4p automรกtico
R$ 162.600 R$ 168.926 R$ 183.660 R$ 195.450
1.6 16V sce flex stepway manual
Symbol
2016
R$ 45.557
1.6 Dynamique 8v flex 4p automatiz
R$ 38.000
R$ 41.990
1.6 Dynamique 8v flex 4p manual
R$ 37.718
R$ 44.445
1.6 Expression 8v flex 4p automatizado R$ 34.963
R$ 41.445
R$ 61.740
Hilux sw4
R$ 119.900 R$ 130.195
2.7 Srv 7 lugares 4x2 16v 4p automรกtic
R$ 215.000 R$ 179.963
2.8 Srx 4x4 7 lugares 16v 4p automรกtic
R$ 211.956 R$ 225.819 R$ 249.700 R$ 262.670 R$ 215.685 R$ 212.958
1.6 Expression 8v flex 4p manual
R$ 35.277
R$ 38.757
2.8 Srx 4x4 16v turbo 4p automรกtico
1.6 Gt line limited flex 4p manual
R$ 39.708
R$ 43.960
2.8 Srx diamond 4x4 4p automรกtico
1.6 Stepway 8v flex 4p automatizado
R$ 45.860
R$ 47.963
4.0 Srx 4x4 7 lugares v6 4p automรกtico R$ 214.900 R$ 156.900
R$ 246.817
1.6 Stepway 8v flex 4p manual
R$ 43.007
R$ 46.308
Prius
1.8 16V hรญbrido 4p automรกtico
1.6 Stepway rip curl 8v 4p automatiz
R$ 50.000
R$ 46.490
Rav4
2.0 Top 4x2 16v gas 4p automรกtico
1.6 Stepway rip curl 8v flex 4p manual
R$ 45.400
R$ 47.168
Yaris
1.3 16V flex xl multidrive
R$ 64.900
2.0 16V hi-flex rs manual
R$ 46.495
R$ 55.567
1.3 16V flex xl plus tech multidrive
R$ 70.900
1.5 16V flex sedan xl multidrive
R$ 72.963
1.6 Privilรจge 16v flex 4p manual
R$ 93.297
R$ 104.490 R$ 130.000
Auto Revista Cearรก -
97
Marca/Modelo
Versão
2016
2017
2018
2019
1.5 16V flex sedan xl plus multidrive
R$ 74.900
1.5 16V flex sedan xls multidrive
R$ 79.900
1.5 16V flex xs multidrive
R$ 76.460
Marca/Modelo
Versão
2016
1.6 Cross cd 16v flex 2p manual
Fox
R$ 80.000
R$ 79.723
R$ 123.503 R$ 145.135 R$ 162.948
1.6 Msi robust cd 8v flex 2p manual
R$ 57.778
R$ 61.793
1.6 Msi robust cs 8v flex 2p manual
R$ 41.159
R$ 45.262
R$ 51.900
3.0 V6 tdi diesel highline automático
R$ 182.718
1.6 Msi trendline cd 8v flex 2p manual
R$ 50.300
R$ 44.900
1.6 Msi trendline cs 8v flex 2p manual
R$ 41.430
R$ 45.822
1.6 Msi comfortline 4p automatizado
R$ 63.990
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1.6 Msi comfortline 4p automatizado
R$ 43.238
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R$ 62.600
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R$ 37.400
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1.6 Msi totalflex 4p manual
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