AutorevistaPe 63

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Ano 11 - nº 63

NSI

NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS

PEUGEOT 208

NOVA OPÇÃO DE MODELO ELÉTRICO • Tudo sobre a história da L200 e sua mais recente versão • Veja onde ainda roda o jipinho russo Niva • Evolução dos painéis de carro - da madeira ao LCD



Auto Revista Pernambuco

EDITORIAL Esforço coletivo Para o sucesso de qualquer atividade econômica, tão importante quanto a garantia de crescimento é um ritmo minimamente estável, sem grandes sobressaltos. Da mesma forma que não é bom ter uma queda brusca nas vendas, também é difícil trabalhar com a volta de uma demanda reprimida, sobrecarregando de trabalho fábricas e revendedores. A pandemia de coronavírus, que afetou mundialmente o setor automotivo, causou exatamente os dois problemas. O isolamento social no Brasil, que começou em meados de março, causou uma queda de quase 40% nas vendas de veículos no segundo trimestre do ano. E logo depois, quando veio a retomada, começou a faltar produto para atender a demanda reprimida dos consumidores. Da mesma forma, o setor de reposição e manutenção veicular está vivendo tempos de readaptação para atender, em curto espaço de tempo, todo um contingente de consumidores que não podiam consertar seus carros e agora precisam faze-lo com urgência. São tempos, portanto de reacomodação. Mas fábricas, revendas, distribuidores e profissionais do universo automotivo estão empenhados para trazer tudo de volta ao normal. Ou o “novo normal”, como se costuma chamar o período de pós-pandemia. Auto Revista Pernambuco caminha junto com o setor nessa jornada. Nesta edição, o leitor pode conferir tudo sobre o segmento de autopeças e serviços, além de novidades importantes para o mercado brasileiro como o Peugeot 208, modelo que trará, a partir de 2021, uma versão 100% elétrica com o mesmo design da que é movida a combustível - fato inédito no setor automotivo do País. Que venham, portanto, os novos tempos e o “novo normal!”

EXPEDIENTE

autorevista_pe PEUGEOT Novo 208 terá versão elétrica com o mesmo design do modelo a combustível

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PAINÉIS O painel do carro vira um centro de informação

L200 Conheça a história e a mais recente versão desse modelo icônico da Mitsubishi

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CADERNO SINCOPEÇAS PERNAMBUCO Tudo sobre o setor de reposição e manutenção veicular do Estado

53 LINHA PESADA Os super motores V8 da Scania feitos para rodar na Europa

Diretor: Ariel Ricciardi Diagramação: Marcos Aurelio Colaboradores - Textos: Alexandre Costa, Arnóbio Tomaz, Claudio Araújo, Flávio Portela, Izabel Bandeira e Haroldo Ribeiro. Impressão/Halley S/A Gráfica e Editora Contato para anunciar na AUTO REVISTA PERNAMBUCO: (85) 3038.5775 ou através do e-mail autorevistape@gmail.com Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A revista AUTO REVISTA PERNAMBUCO é uma publicação bimestral da Editora Núcleo de Serviços Integrados Ltda. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos.

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Conta-giros DRiV amplia portfólio de Monroe e Monroe Axios A Monroe, fabricante mundial de amortecedores, lançou 247 novas aplicações para o mercado de reposição com amortecedores para as linhas leve e pesada. Já a Monroe Axios, empresa de fabricação de borrachas e componentes para suspensão, apresentou 28 novas peças, que atendem 51 aplicações. Na linha leve, os amortecedores atendem veículos Fiat, General Motors, Toyota e Hyundai. Para a linha pesada, estão disponíveis amortecedor, conjunto pneumático da suspensão da cabine, conjunto helicoidal da suspensão da cabine e amortecedor de cabine. Os produtos são direcionados para modelos Agrale, DAF, Iveco, Mercedes-Benz, Randon e Volvo. Já os novos itens da Monroe Axios, como kit de amortecedor e coxim de amortecedor, são direcionados a veículos das marcas Audi, Citroën, Fiat, Ford, Hyundai, Jeep, Mitsubishi, Nissan, Renault, Peugeot, Toyota e Volkswagen.

OLX lança recurso para apoiar digitalização da venda de veículos O OLX Brasil anunciou a inserção de vídeos nos anúncios de automóveis. Com a ferramenta, os vendedores com plano profissional ativo conseguem se adequar às novas necessidades dos compradores, atrair interessados e gerar mais negócios mesmo durante a pandemia da Covid-19. Os anúncios que disponibilizarem vídeos terão uma tag para diferenciá-los, facilitando a visualização do usuário. Além dessa nova funcionalidade, a OLX criou tutoriais com dicas de como fazer um vídeo, carregá-lo no YouTube e torná-lo atrativo.

Ford e Bosch apresentam tecnologia de manobrista automatizado Já imaginou deixar o carro na porta da garagem e ele estacionar sozinho, e na hora de sair ele também vir automaticamente ao seu encontro, por um comando no celular? Esse é o projeto que a Ford e a Bosch estão desenvolvendo nos Estados Unidos. Os veículos operam por comunicação veículo-infraestrutura (V2I) usando a tecnologia inteligente da Bosch. Um conjunto de sensores reconhece e localiza o carro e orienta a manobra de estacionamento, podendo pará-lo imediatamente se detectar algo no caminho.

Uma árvore por cada ponto em competição de automobilismo A Schaeffler, fabricante mundial de componentes automotivos, está realizando uma ação de sustentabilidade na qual cada ponto obtido pelo piloto Marco Wittmann na DTM, uma categoria esportiva de carros de turismo, resulta em uma árvore plantada pela empresa. A iniciativa é feita em parceria com o Green Forest Fund e a área beneficiada fica perto do município de Binau, no estado de Baden-Württemberg, na Alemanha. As árvores não serão usadas para agricultura, poderão crescer e atingir sua idade natural.

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Conta-giros Takao cria aplicativo para tirar dúvidas técnicas A Takao, fabricante de componentes internos do motor como anéis, pistões, bronzinas, juntas e bombas d´água, lançou um novo aplicativo para ser usado no celular dos aplicadores. Criado inicialmente para solucionar dúvidas técnicas na instalação das juntas da marca, o app vai incluir conteúdo sobre montagem de pistões, anéis, bronzinas e outras famílias de produtos. A operação é simples: o mecânico baixa gratuitamente o aplicativo, abre o app e aponta o leitor do código de barras para a embalagem da peça e acessa todos os dados que precisa saber para instalar.

PPG dá dicas para oficinas de repintura Ricardo Vettorazzi, gerente técnico da divisão de repintura da PPG, destaca dicas para que as oficinas possam melhorar a eficiência dos processos e atravessar o período de pandemia com o mínimo impacto possível. Confira: organização (o local de trabalho limpo e organizado evita contaminações no serviço e, consequentemente, retrabalhos); seguir o sistema de pintura padrão indicado, dentro dos padrões e especificações técnicas sugeridas; manter a equipe treinada e investir em produtos e equipamentos de qualidade e tecnologia; cuidado com a manutenção (cabine de pintura e fitros); escolha da tecnologia adequada para tornar o processo de repintura produtivo; acompanhamento e busca pela otimização no consumo de produtos.


Catálogo digital com visualização em 360 graus Com o objetivo de proporcionar uma experiência de usuário satisfatória para a consulta de portfólio de componentes automotivos, a Volda – marca de peças de suspensão com sede no Espírito Santo – lançou seu novo catálogo digital com três modalidades de pesquisa e recursos como a visualização das peças em 360 graus integrada com informações sobre lançamentos e promoções. O catálogo permite três tipos principais de busca (Busca por Referência, Busca Livre e Busca Avançada) e está disponível no endereço catalogo.volda.com.br.

Gauss usa comunicação para reposicionar marca Completando 23 anos de mercado na fabricação de reguladores para alternadores, a Gauss, com planta no Brasil e na China e presença em 60 países, vem inovando com ampliação de portfólio de componentes eletrônicos para motor em um novo nicho de mercado. A empresa buscou uma estratégia de comunicação assertiva para divulgar a sua nova linha tecnológica de componentes. “Precisávamos informar o mercado sobre essa nova família de itens e procuramos a Greenhouse, agência especializada para nos ajudar nessa jornada”, revela o diretor Claudio Doerzbacber Junior.


Conta-giros Tecfil investe no ensino à distância e treina número recorde de profissionais durante a pandemia A fabricante de filtros além de continuar oferecendo cursos por sua conhecida plataforma de treinamento online digitalizou seu programa de treinamento sobre filtros - antes realizado presencialmente -, e investiu no ensino à distância. A adesão aos dois modelos de capacitação foi um sucesso e, entre maio e julho, a companhia treinou mais de 3.000 profissionais. Os treinamentos virtuais, que ocorrem por meio de uma plataforma de teleconferência, reuniram aplicadores, mecânicos e vendedores em todo o Brasil e, inclusive, de países da América Latina como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru. O número de participantes neste período foi 16% maior em relação aos primeiros meses do ano de 2020, quando o evento ainda era presencial, e alcançou mais de 1.500 pessoas. Ministrados pela equipe técnica da Tecfil, os treinamentos têm o objetivo de apresentar desde o processo de fabricação dos filtros, testes de qualidade, estrutura fabril, até as melhores práticas sobre filtros automotivos, de diversos modelos de veículos das principais montadoras do país. Já a plataforma de treinamentos online (www.treinamentotecfil.com.br) da Tecfil reúne 17 cursos gratuitos, com o objetivo de demonstrar em uma forma prática e rápida, a troca segura e correta dos filtros automotivos. Ao término de cada curso, é possível emitir o certificado que atesta o conhecimento do profissional para as trocas de filtros.

Petronas é eleita fornecedora do ano A Petronas Lubrificantes Brasil (PLB), braço nacional da Petronas Lubricants International (PLI), recebeu o prêmio de Fornecedor do Ano no Suppliers Excellence Awards 2020, promovido pela CNH Industrial, multinacional Italiana que atua na fabricação de equipamentos de construção, agrícolas e veiculos comerciais, equipamentos marítimos e motores. A premiação reconheceu as empresas com melhor desempenho na cadeia de suprimentos das máquinas agrícolas e de construção Case e New Holland, caminhões e ônibus Iveco e motores da FPT Industrial.

Hipper Freios lança novo conceito “Inovação é a nossa estrada”. Este é o novo conceito da Hipper Freios, que traduz na comunicação da empresa o foco na atenção especial aos clientes e no desenvolvimento de produtos que têm como objetivo revolucionar o mercado de peças automotivas. “Nossa bandeira é a inovação e nossa meta é estarmos sempre à frente com o que de melhor podemos oferecer a nossos clientes”, reforça o supervisor de comunicação da empresa, Jefferson Pereira, ao comentar os pilares do novo conceito.

ZM lança programa de fidelidade para reparadores A ZM S.A., empresa fornecedora para o mercado de reposição nas linhas elétrica e mecânica, lançou o programa de fidelidade “Eu aplico ZM”. Para participar, o reparador só precisa baixar em seu celular o aplicativo, escanear os qr codes das embalagens e já passa a acumular pontos. Com o recém lançamento de mais de 500 itens para os sistemas de suspensão e direção, a ZM espera estreitar o relacionamento com o público aplicador dessas peças, oferecendo prêmios que podem ser trocados pelos pontos acumulados. O aplicativo pode ser baixado em celulares com sistema Android e iOS.

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Conta-giros Sabó equipa o Volkswagen Nivus Oferecido em duas versões, a Confortline e a Highline, o Volkswagen Nivus é equipado de fábrica com a Flange de Vedação Traseira com Sensor IOSS e o sistema Start&Stop da fabricante de autopeças Sabó. Outro item presente nas duas versões do veículo é o retentor da bomba de óleo com aplicação de nanotecnologia. O retentor evita que haja vazamentos de óleo no sistema e também a contaminação do óleo por poeira, fuligem e partículas que podem comprometer a lubrificação.

Petronas anuncia novo diretor A Petronas Lubrificantes do Brasil (PLB), braço nacional da Petronas Lubricants International (PLI), anunciou Adilson Tunes de Souza Mello como novo Diretor de Procurement Américas da empresa. O executivo, que soma 25 anos de experiência na área de compras, com passagens por Molins PLC, Souza Cruz (British American Tobacco) e Supply Solutions, assumiu a nova diretoria com a missão de dar mais representatividade à área de compras das Américas e continuar as ações de gestão estratégica regional.

Sistema Bosch protege pedestres e ciclistas A Bosch, empresa mundial de tecnologias e serviços para o setor automotivo, destacou, durante a Semana Nacional do Trânsito, o sistema Frenagem Automática de Emergência (AEB). Ele funciona com velocidades entre 10 km/h e 80 km/h, podendo variar conforme especificações da montadora ou modelo de veículo. Em todos os casos, o radar ou a câmera de vídeo frontal detecta o risco de colisão e alerta o motorista e, caso ele não reaja à situação a tempo ou adequadamente, a frenagem automática é executada.

Magneti Marelli lança faróis e lanternas para Land Rover A Marelli Cofap Aftermarket ampliou seu catálogo no segmento de iluminação automotiva sob a marca Magneti Marelli com o lançamento de faróis e lanternas para o Range Rover Sport, da Land Rover. Com essas novidades, a empresa segue sua estratégia de oferecer um portfólio de iluminação automotiva composto de produtos genuínos fabricados nas unidades da Automotive Lighting no Brasil e no exterior, que fornecem faróis e lanternas para as maiores montadoras do mundo.

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Conta-giros Delphi explica como funcionam os sensores de oxigênio Com a função monitorar a quantidade de oxigênio do tubo de exaustão do motor e repassar esta informação para a unidade eletrônica de gerenciamento, o sensor de oxigênio é uma das peças mais importantes para garantir o bom funcionamento do veículo. Segundo a Delphi Technologies, fabricante deste componente, um dos principais fatores que levam ao desgaste dos sensores é o uso de combustível de má qualidade. A peça em más condições pode custar caro ao motorista, uma vez que causa danos em outros componentes, como velas de ignição e catalisador. “É importante ficar atento a sinais como acendimento da luz do sistema de injeção no painel, queda de rendimento, dificuldades na partida e falhas no motor. O ideal é fazer a revisão periódica uma vez por ano ou conforme orientação da montadora”, destaca Fernando Marcelino, técnico de Suporte ao Cliente da Delphi Technologies.

Cobreq lança produtos para automóveis, caminhões e vans A Cobreq, marca da TMD Friction, uma empresa do grupo Nisshinbo, aumentou o portfólio de produtos e anunciou o lançamento de diversas pastilhas, lonas e sapatas de freio para eixos dianteiros e traseiros. São opções para modelos como Spin, Onix e Tracker, da Chevrolet, IX35, da Hyundai, Hilux, da Toyota, Delivery, da Volkswagen, Jumpy, da Citröen, Expert, da Peugeot, e CityTruck, da Foton.


Conta-giros Webmotors indica retomada no terceiro trimestre Levantamento do Webmotors Autoinsights, hub de notícias, dados e informações sobre o mercado automotivo, aponta 95,5 milhões de visitas na Webmotors no período, um crescimento de 16% sobre o segundo trimestre. O número de propostas comerciais registradas no período para carros novos e usados também confirma o movimento de recuperação do mercado, com crescimento de 41,2% sobre o segundo trimestre e de 17,1% sobre o primeiro trimestre. Por mês, o site da Webmotors conta com mais de 32 milhões de visitas e 140 milhões de pesquisas por veículos.

Kolbenschmidt conquista prêmio como fornecedora A Kolbenschmidt, fabricante mundial de componentes para motores, recebeu o prêmio Ouro pela Excelência da Qualidade de Processo do Fornecedor – Supplier Quality Excelence Process (SQEP) da Caterpillar, fabricante de equipamentos de construção e motores. Foi o quarto ano consecutivo em que a marca alcançou o mais alto índice de avaliação pela montadora. A premiação é resultado do reconhecimento de todos os investimentos realizados pela empresa na área tecnológica e também pelo empenho e a qualificação dos seus colaboradores.

BorgWarner otimiza o turbocompressor do Novo Actros A BorgWarner, desenvolvedora de tecnologias limpas para veículos a combustão, híbridos e elétricos, desenvolveu uma versão atualizada de seu turbo S410 para o caminhão extrapesado Novo Actros da Mercedes-Benz. O componente equipa o motor OM 460, da montadora, nas suas três versões de potência: 450 cv, 480 cv e 510 cv. A solução otimizada apresenta tecnologia de estágio de compressor com um design renovado que melhora a eficiência na termodinâmica por meio de um novo rotor e uma nova voluta da carcaça. O S410 atualizado também proporciona temperatura de compressão de ar e consumo de combustível reduzidos.

Osram lança linha Optotronic X-Series A linha de drivers de corrente programável para ambientes externos e industriais Optotronic Série X da Osram, empresa de inovações e soluções de iluminação com alta tecnologia, chegou ao mercado com vários diferenciais. “O driver é constituído por caixa de metal compacta com proteção contra infiltração de sujeira e água que permite uso com alta confiabilidade, garantindo a vida útil do produto. É totalmente protegido contra surtos de tensão, sobretensão na saída, curtocircuito e superaquecimento, garantindo baixa taxa de falha”, esclarece o gerente de vendas Brasil da Osram, Fabio Delavy de Andrade.

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Novo Peugeot 208

Mais uma opção não poluente O hatch Peugeot 208 tem como grande atrativo a versão elétrica, que deve chegar ao Brasil em 2021. Montadora espera do modelo um sucesso parecido com o do lendário 206

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ora do ranking das 10 montadoras que mais vendem automóveis e respondem por 93% do mercado no Brasil, a Peugeot se mistura aos 7% restantes. Por isso, o lançamento de um carro da marca não representa grande impacto em termos de números absolutos. Mas o novo 208 merece seu destaque por um motivo bem específico: o modelo é um hatch destinado a consumidores que não são tão abastados e vai ter uma versão elétrica. A iniciativa é importante porque nosso mercado está muito atrasado, em relação ao resto do mundo, no rumo da mobilidade não poluente. Carro elétrico, por aqui, geralmente é só versão de modelo de luxo, para um público bastante seleto. A Peugeot já viveu tempos melhores por aqui, principalmente na era do bem sucedido 206. Não por acaso, a montadora diz que “a série 200 representa um número sagrado” para ela e o novo 208, com a inovação da versão elétrica, veio tentando pegar carona no sucesso do 206 - e se livrar do estigma do 207, que não agradou tanto os consumidores brasileiros. O 208 tem um design que inaugura a nova identidade mundial da marca no Brasil. Sua carroceria é mais longa, mais larga e mais baixa que a do antecessor, apresentando as seguintes dimensões: 4.055 mm de comprimento, 1.738 mm de largura, 1.453 mm de altura e entre-eixos de 2.538 mm. Uma das principais novidades, mas que não está disponível nas das versões de entrada, é a nova geração do i-Cockpit, conceito que a fábrica batizou de i-Cockpit 3D. Ele é formado por painel de instrumentos tridimensional, e elementos já existentes no i-Cockpit, como volante de dimensões reduzidas e base achatada, central multimídia touchscreen de 7 polegadas com Google Android Auto e Apple CarPlay e uma série de teclas que permitem acesso direto às principais funções do veículo. No painel, algumas informações sobre a condução do veículo são projetadas em destaque, mais à frente do visor principal. As indicações são dinâmicas e animadas e ficam mais próximas dos olhos de acordo com o grau de importância ou urgência. Há ainda a possibilidade de criar e salvar dois modos de visualização, o que permite a personalização do painel se o uso do carro for compartilhado do carro. O novo 208, fabricado na Argentina, também marca a estreia da

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produção de hatches na plataforma CMP (Common Modular Platform), uma das mais modernas do Groupe PSA. Ela é produzida em quatro continentes e oito fábricas do Groupe PSA (França, Espanha, Eslováquia, China, Argélia, Marrocos, Argentina e Brasil), pode ser adaptada com dimensões para atender às necessidades de diferentes mercados, clientes e modelos em todo o mundo e otimizada para versões térmicas e elétricas na mesma linha de produção. Outra inovação presente no 208 -

mas apenas nas duas versões mais top de linha - é o Peugeot Driver Assist, recurso que reúne os seguintes sistemas: alerta de colisão (contra veículo à frente ou pedestre atravessando a rua), frenagem de Emergência (um sistema automático entra em ação para reduzir a velocidade de impacto ou evitar uma colisão) e alerta e correção de mudança de faixa, auxílio de farol alto (o sistema alterna automaticamente entre luz alta e luz baixa, dependendo das condições do trânsito e

de iluminação) e reconhecimento de placas de velocidade. Um recurso que não está ligado diretamente à segurança da condução mas também ajuda o motorista é o carregamento de smartphone wireless. Por meio de indução magnética, a energia carrega a bateria de celulares - para modelos compatíveis com o padrão Qi 1.1 em sua concepção original ou mediante o uso de um kit de compatibilidade. Por fim, um item que também merece ser citado é o câmbio. O 208 não tem versão com câmbio manual, esse anacronismo que só existe em mercados de carros caros e consumidores com pouco dinheiro como o do Brasil. Todas as versões com motor a combustível do modelo da Peugeot vêm com transmissão automática de 6 velocidades. Active

• R$ 74.990

Active + PACK

• R$ 82.490

Allure

• R$ 89.490,00

Griffe

• R$ 94.990,00

208 e-GT: a grande estrela Importado da Europa, o 208 e-GT não teve seu preço revelado e deve chegar em 2021. Será que vai ter um preço mais amigável, que seja apenas pouco mais caro que o topo de linha Griffe? A conferir. O modelo faz de 0 a 100km/h em 8,3 segundos, tem motor com 260 Nm de torque imediatos e 136 cavalos de potência (100 kW). Ele oferece três modos de condução. O modo “Eco” tem como foco a otimização da autonomia; já o “Drive” é indicado para o conforto nos deslocamentos do dia a dia, enquanto o “Sport” prioriza o desempenho, utilizando potência e torque máximos. O espaço e o volume do porta-malas do e-GT são idênticos aos da versão a combustão (265 litros). Para isso, as baterias, com volume de 220 litros, ficam embaixo do piso do veículo. O modelo pode ser carregado em tomadas residenciais ou carregadores rápidos, como os encontrados em estações de recarga. Dependendo no nível de carga e do carregador, é possível obter 80% da energia da bateria em 30 minutos.

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Lada Niva

ERA UMA VEZ

UM SUV

“G

ostei desse jipinho”. A frase foi dita nos longínquos anos 1990 pelo ex-presidente Fernando Collor. A despeito de todo o turbilhão político que acabou no seu impeachment, ele tomou uma das decisões mais importantes para a história da economia moderna brasileira: a abertura aos importados. O “jipinho” em questão era o Lada Niva, um carro russo que chegou na esteira dessa liberação para a entrada de produtos fabricados fora do Brasil feita no governo Collor. Além do Niva, a Lada também trou-

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O Lada Niva era um pequeno jipe russo, simples e robusto, que foi comercializado por aqui nos anos 1990. Mas até hoje há exemplares dele rodando, prova maior da sua durabilidade

xe o Laika, um sedan bem feio e de traços quadrados, e o Samara, um hatch com linhas mais suaves e atraentes. Mas foi o jipinho que agradou o então presidente que conquistou mais adeptos. Ele reunia características bastante interessantes para um mercado de carros caros como o Brasil: preço atraente, muita robustez e tração 4x4 com reduzida. Não é à toa que uma busca na internet feita hoje ainda resulta em unidades do Niva à venda e nenhuma do Laika ou do Samara. Mas infelizmente a Lada não conseguiu se manter no Brasil, e de opções mais

em conta com tração nas quatro rodas, o mercado conta apenas com o Suzuki Jimny, com preço inicial de pouco menos de R$ 83 mil. Na Rússia e em outros países, o velho Niva resiste firme e forte, agora com o nome “4x4”. O nome “Niva” ficou para outro modelo, completamente reestilizado, que a montadora passou a comercializar. Vamos, então, chama-lo a partir de agora pelo nome usado pela fábrica, que é apenas “4x4”. Pois bem, para se ter uma ideia do quanto o jipinho russo é barato, lá na Rússia ele é vendido por algo próximo de 50 mil reais.


Será que seria possível produzi-lo por esse mesmo valor por aqui? No site russo da Lada, o 4x4 aparece em cinco versões, duas delas com 4 portas. Ele mantém o mesmo design, mas ganhou recursos tecnológicos. No site da Lada Bolívia (uma curiosidade: a montadora russa permanece na América Latina com revendas apenas na Bolívia e no Chile), um vídeo mostra o que o jipinho agora oferece, além das quatro portas. Entre os recursos estão uma central multimídia com acesso a streaming de áudio e GPS, direção com assistência elétrica, ar condicionado e suspensão independente na dianteira - uma das marcas do velho Niva era a “dureza” da sua suspensão, que tornava os passeios dentro dele um tanto sofridos. O motor que equipa o 4x4 é um 1.7 a gasolina que tem 83 cavalos de potência e pouco mais de 13 kgf.m de torque. De acordo com um release que encontramos na Lada sobre a mais recente edição do 4x4, a fábrica incluiu ainda, entre os recursos que podem ser colocados, um pacote de isolamento de ruído e vibração, freios ABS, vidros elétricos e rodas de liga leve. Por aqui, os brasileiros conheceram só a versão de duas portas e bastante rústica, sem esses recursos de

tecnologia e conforto. Houve rumores de que a Lada voltaria ao Brasil por meio da Renault, montadora que tem acordo com a Autovaz, empresa russa detentora da marca Lada. Mas isso foi anunciado em 2018 por alguns jornalistas, desmentido pela fábrica e ficou tudo como estava. De acordo com o que disseram, essa volta seria em 2021. Mas tivemos a pandemia de coronavírus no meio e, mesmo que esse anúncio tenha sido verdadeiro, vale duvidar que o projeto vá adiante conforme o planejado. Em pesquisa realizada nos principais sites de venda online de automóveis usados (OLX, Mercado Livre e Webmotors), encontramos muitas opções do velho Niva. O que tinha mais opções era o OLX, com mais de 80 modelos, a maioria deles nas regiões Sudeste e Sul. Não encontramos, em nenhum deles, modelos à venda no

Ceará. Mas da região Nordeste havia opções na Bahia, no Piauí e na Paraíba. Os preços eram bem em conta, entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. O fato é que o velho Niva, agora com nome de “4x4”, é um carrinho antigo, sem novas tecnologias como controle de estabilidade e motor turbo e compacto, mas tem um design ainda agradável e poderia ser uma opção para a legião de admiradores do universo off road do Brasil que não tem condições de desembolsar muito para ter os modelos disponíveis no nosso mercado. Se a notícia da volta da Lada ao país realmente for verdadeira, ele certamente teria muita gente disposta a compra-lo. Vamos torcer.

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L200 Triton Sport

Novo design e mais tecnologia A L200 Triton Sport ficou mais parecida com seus “irmãos” Pajero, Outlander e Eclipse e ganhou novos recursos para melhorar o conforto e a dirigibilidade

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m três versões (GLS AT, HPE e HPE-S) e preço a partir de R$ 188.990, a L200 Triton Sport 2021 tem entre as novidades o design modificado que a torna próxima, visualmente, da Pajero, do Outlander e do Eclipse e do sistema Off-Road Mode, que já equipava a Pajero. Esse recurso oferece quatro modos de operação: Cascalho, Lama/Neve, Areia e Pedra. Cada um tem configuração específica para otimizar a tração nos diferentes tipos de piso, alterando automaticamente a entrega de potência do motor e ajustando transmissão, sistema de freios e os controles de estabilidade e de tração. O modelo também passou a contar com o Controle de Descida em Rampas (HDC), que auxilia a des-

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cida em ladeiras, mesmo com baixa aderência, sem que o motorista precise pisar no freio ou no acelerador. Outra novidade é a transmissão automática de seis velocidades que equipa todas as versões e nas duas últimas e mais sofisticadas HPE e HPE-S ainda conta com opções para trocas sequenciais através de borboletas no volante. Com a proposta de conciliar tecnologia, conforto e recursos para o off road, a L200 Triton Sport 2021 traz itens como sistema de entretenimento da JBL (uma das melhores marcas de som do mundo), tela sensível ao toque de 7 polegadas e compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto. As versões HPE e HPE-S contam com sensores crepuscular, de chuva e de estaciona-

mento e câmera de ré. A HPE-S ainda é equipada com sensor de estacionamento frontal. A picape vem de série, em todas as versões, com o sistema Smart Keyless de abertura de portas e ignição do motor. Por aproximação, a presença da chave é identificada pelo veículo e, com isso, basta que o motorista aperte um botão na maçaneta para abrir a porta. Ele também consegue dar a partida ou desligar o modelo com um toque no botão “start-stop”, que substitui o contato da chave. O sistema de ar condicionado tem saídas de ar colocadas no teto. Os passageiros do banco traseiro podem ajustar a intensidade da ventilação em até quatro níveis, através de um comando também localizado no teto.


Em relação aos recursos para trilha, todas as versões da L200 Triton Sport são 4x4 e além do já descrito Off Road Mode, o modelo tem o sistema Super Select 4WD-II, que conta com quatro opções de operação: 2H (para estradas e vias públicas, privilegia a economia de combustível e tem desempenho suave), 4H (para estradas e pisos irregulares, distribui a tração entre os eixos dianteiro e traseiro), 4HLc (primeira reduzida para terreno acidentado com superfícies de baixa aderência) e 4LLc (reduzida mais forte, para subidas ou descidas íngremes, rochas, areia e lama). Para situações onde uma ou mais rodas estão deslizando, a picape conta com o Sistema Ativo de Controle de Tração (ATC), que monitora a rotação das rodas e atua desacelerando a que tem menos aderência, enviando a tração para a roda melhor apoiada no solo e controlando o torque do motor para evitar escorregamentos. O sistema de tração também conta com o Sistema de Bloqueio do Diferencial Traseiro, que permite que as duas rodas do eixo de trás recebam tração de forma idêntica, o que é útil em uma situação de atolamento ou quando uma das rodas não está

em contato com o solo. O motor que equipa todas as versões da L200 Triton Sport é o 2.4 Turbodiesel de quatro cilindros com estrutura em alumínio. Ele desenvolve 190 cv de potência e torque de 43,9 kgfm. Em relação à segurança, todas as versões trazem sensores que monitoram várias vezes por segundo o comportamento do modelo. Caso seja identificada uma possível derrapada em situação de curva, esses sensores ativam o sistema de controle ativo de estabilidade (ASC), que aciona os freios e desacelera o veículo para mantê-lo na trajetória correta. O modelo conta também com o sistema Brake Override System (BOS), que monitora constantemente os sinais do freio e acelerador. Caso o freio seja acionado junto com o acelerador e configure uma situação de emergência, o sistema reduz as rotações do motor gradativamente até a parada total e controlada do veículo. A versão topo de linha HPE-S traz ainda os seguintes recursos: • Sistema de Monitoramento de Pontos Cegos (BSW), que detecta veículos no ponto cego do motorista e emite alerta sonoro e visual no espelho retrovisor externo;

• Sistema de Alerta em Mudança de Faixa (LDW), que avisa o motorista que a picape está indo de uma faixa de rodagem para outra, caso ele não tenha acionado as setas; • Auto High Beam (AHB), que alterna o farol alto para o baixo automaticamente ao perceber um veículo vindo na direção contrária, evitando o ofuscamento do outro condutor; • Sistema de Frenagem Autônoma (FCM), que atua por meio de sensores e câmeras colocadas na parte frontal do veículo, monitora a velocidade atual da picape e consegue identificar se um obstáculo está se aproximando de forma muito rápida, o que coloca o veículo em rota de colisão. Uma vez identificada esta situação, os freios ABS da nova L200 Triton Sport 2021 são acionados automaticamente, caso não haja nenhuma ação do motorista, o que ajuda a evitar ou minimizar os impactos de uma colisão; • UMS, sistema de prevenção de aceleração involuntária que atua por meio de sensores dianteiros ou traseiros e reduz o torque do motor para evitar uma colisão contra objetos que estão a até quatro metros de distância, caso o motorista se engane e pressione o acelerador no lugar dos freios, por exemplo; • Sistema de Alerta de Tráfego Traseiro (RCTA) que, após o motorista engatar a ré, começa uma varredura de possíveis objetos ou obstáculos atrás da picape. Para isso, o sistema usa sensores colocados nas extremidades do para-choque traseiro. Caso algum veículo comece a se aproximar, um sinal sonoro e visual é emitido. Versões e preços GLS AT – R$ 188.990 HPE – R$ 212.990 HPE-S – R$ 232.990

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Muito tempo de estrada

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o Brasil, a L200 é produzida há 22 anos, mas sua história no mundo é bem mais longa. A produção começou em 1978, no Japão. As primeiras unidades receberam o nome de Forte, apesar de alguns países já adotarem, desde aquela época, o termo L200. Uma curiosidade: esse nome L200 veio da Chrysler: a indústria norte-americana tinha uma picape, a L200 Express, que era comercializada pela Mitsubishi, e o nome foi uma herança quando a montadora japonesa assumiu operações da Chrysler na Austrália. A primeira versão tinha opções de motores de 1.6 a 2.6 litros e tração traseira. As opções com tração 4x4 foram introduzidas em 1980. Em março de 1986 a Mitsubishi apresentou a segunda geração da L200, que trazia design renovado, três opções de cabines (simples, dupla e estendida) e novas opções de motores, incluindo o 2.5 Diesel. A terceira geração chegou em novembro de 1995 com mudanças no design tanto por dentro quanto por fora. O motor passou a ser um 2.5 Turbodiesel e para o sistema de tração foi adotado o Easy Select 4WD, que permitiu ao motorista escolher o

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modo de tração mais adequado para o piso em que o modelo trafega. A quarta geração foi apresentada em agosto de 2005 e era produzida principalmente na fábrica da Mitsubishi Motors na Tailândia, de onde os modelos eram exportados para mais de 150 países. A quinta geração da linha L200 começou a ser produzida em 2014 e passou a vir com motor a diesel em alumínio. O sistema de transmissão manual de 6 velocidades também era oferecido pela primeira vez, substituindo o anterior de 5 marchas. Já a tração ganhou melhorias. Cinco gerações e mais de quatro décadas depois, o modelo acumula aproximadamente 5 milhões de unidades comercializadas em mais de 180 países. No Brasil, as primeiras unidades da L200 começaram a chegar ao longo de 1991, por meio de importações independentes. A partir de 1998, a HPE Automotores inaugurou sua fábrica em Catalão (Goiás) para a produção da L200.

Em relação aos recursos para trilha, todas as versões da L200 Triton Sport são 4x4 e além do já descrito Off Road Mode.


Faça revisões em seu veículo regularmente.




Carro dos sonhos

MC 20 “R

ápido como um relâmpago, leve como uma pena”. Claro que nenhum carro - pelo menos até agora - chegou a uma capacidade que justifique essa frase. Mas ela foi dita pela Maserati, fábrica italiana de superesportivos, para o MC20, modelo que ela lançou esse ano. E com um motor de 3.0 V6 de 630 cavalos de potência (sempre gostamos de lembrar, para dar ideia aos leitores, do que isso significa: para efeito de comparação, essa potência é quase 3 vezes maior que a de um Audi A4, por exemplo, modelo alemão que é uma referência nossa de esportividade) e apenas 1.500 kg, dá para usar outra expressão metafórica. O MC 20 “voa baixo”. O modelo vai de 0 a 100 km por hora em apenas 2,9 segundos e consegue alcançar uma velocidade de Fórmula 1: 325 km por hora. Não é à toa, aliás, que sua estrutura usa um monocoque, hoje o tipo mais moderno e seguro de chassi da indústria automobilística. Para entender o que é um monocoque, basta lembrar daqueles aciden-

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Tecnologia de Fórmula 1 em um carro feito para rodar nas cidades e nas estradas. Existe alguma que permita explorar todo o potencial desse foguete da italiana Maserati? tes espetaculares da Fórmula 1 onde o carro inteiro é destruído e apenas o local onde fica o piloto permanece intacto. Feito de fibra de carbono, um material extremamente leve e resistente, o monocoque do MC 20 torna o habitáculo quase indestrutível, protegendo a vida dos ocupantes. Unindo a segurança ao prazer de dirigir, o MC 20 oferece quatro modos de condução. O primeiro é o GT, indicado para a condução no dia-a-dia. Segundo a Maserati, é o modo de direção padrão, que permite mudanças de velocidade fluidas e suavidade nas suspensões e torna a potência do carro mais “domável”. Outro é o Sport que, como o nome diz, prepara o modelo para a pista com configurações de suspensão mais rígida e mudanças de marcha fáceis e diretas. O terceiro modo é o Corsa. Esse termo, em italiano, significa “corrida”. Isso dá uma ideia do que essa opção é capaz de fazer. Segundo a Maserati, no modo Corsa a potência máxima do MC 20 é imediatamente disponibilizada, com mudanças de

marcha super rápidas. As válvulas de exaustão ficam continuamente abertas e o controle de tração é reduzido - esse último procedimento serve para deixar o carro mais dependente do braço do motorista, aumentando a emoção. Por fim há o modo Wet, destinado a situações com chuva ou asfalto molhado. Nele, especialmente nas acelerações e nas curvas, o impulso do motor é limitado e são ativados todos os controles dinâmicos do carro, para ajudar o motorista. Em relação à aerodinâmica, de acordo com a Maserati foram mais de duas mil horas em túnel de vento e mais de mil simulações em computador para calcular o melhor desenho possível para vencer a resistência do ar e garantir estabilidade, mas sem perder a preocupação com a estética. As saídas de ar no capô e as laterais que fornecem a entrada de ar do motor, por exemplo, foram projetadas para ficarem praticamente invisíveis quando o carro é visto de alguns ângulos.


Para interatividade, O MC20 é equipado o sistema multimídia MIA (Maserati Intelligent Assistant) de nova geração. Ele é baseado no sistema operacional Android Automotive tem duas telas dentro do carro, o painel digital e o display central, ambos com 10,25 polegadas. O display central possui resolução HD de 1.920x720 e funções de toque típicas de dispositivos pessoais com tela inteligente. Com um smartphone ou smartwatch, o motorista pode ficar sempre em contato com o MC20 através do aplicativo Maserati Connect. O modelo inclui o serviço de streaming Hifi da Tidal (uma empresa do mesmo segmento do Deezer e do Spotity). O sistema de som tem 6 alto-falantes (2 tweeters nos painéis das portas, 2 alto-falantes de banda média nos painéis das portas e 2 woofers nos painéis das portas). E ainda falando do interior, é óbvio que o MC 20 não economiza no luxo, apesar da objetividade necessária para um superesportivo. Mas o projeto é minimalista: o painel tem apenas o seletor de modo de direção, dois botões para as marchas, os controles dos vidros elétricos, o controle de volume do sistema de multimídia e um teclado para smartphone com carregador sem fio. Todos os outros controles estão no volante,

com o botão de ignição à esquerda e o Launch Control (um sistema que aumenta a aceleração para tirar o carro da inércia ainda mais rápido que o padrão do carro) à direita. A caríssima e sofisticada fibra de carbono faz parte da decoração do habitáculo. Ela tem acabamento fosco, para dar uma aparência mais personalizada de tecido. E mesmo sendo um superesportivo, o MC20 ainda conta com dois compartimentos de bagagem: um na parte da frente, de 47 litros, e outro atrás, de 101 litros. E para fechar, um pouco mais de informações sobre o motor e a transmissão do MC 20. Denominado de “Nettuno”, o motor é, de acordo com a Maserati, protegido por uma patente internacional, porque transfere para um carro de estrada uma tecnologia até então encontrada apenas na Fórmula 1. Ele tem uma

câmara de combustão dupla para cada cilindro. O seu projeto inclui uma pré-câmara, na qual a vela de ignição principal é instalada. A mistura ar-combustível é forçada para a pré-câmara durante o curso de compressão do pistão. Perto do TDC (posição na qual o pistão está no topo do cilindro), a vela de ignição principal inflama a mistura na pré-câmara, disparando a combustão piloto e, em seguida, é propagada (por meio de orifícios especiais) para a câmara de combustão convencional. Todo esse processo gera combustão com múltiplas frentes de chama, o que garante mais do motor e aumenta a potência específica sem penalizar o consumo de combustível. A transmissão, por fim, é automatizada com dupla embreagem imersa em óleo e tem 8 velocidades, sendo duas delas de overdrive (função que reduz o número de rotações do motor para otimizar seu funcionamento, reduzir a emissão de poluentes e economizar combustível). Nos Estados Unidos, onde os carros são baratos, o MC 20 está cotado para algo pouco acima dos 200 mil dólares. Sem impostos, esse valor no Brasil já passaria de 1,2 milhão de reais. Já pensou quanto um carro desse custaria por aqui?

Auto Revista Pernambuco -

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Componente

Cada vez mais dinâmico

Cadillac - Crédito para David E. Nelson

Saiba mais sobre o painel, componente que antes servia como área de controle dos veículos e está virando um centro de entretenimento e informação

Cadillac

“O

s carros de hoje não têm mais qualidade, são todos feitos de plástico”. Essa frase, muito usada por saudosistas, remete à comparação entre modelos considerados clássicos, fabricados até a década de 1970, e os que vieram depois, quando a indústria automotiva começou a substituir materiais como couro, madeira e aço por polímeros, compostos químicos mais conhecido como plásticos. Mas será que os consumidores de automóveis perderam com essa troca? Pelo menos em relação ao painel

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do carro, componente que vamos abordar aqui, as pessoas tiveram um ganho na segurança. Sendo uma das partes mais próximas de motorista e passageiro, o painel dos modelos atuais é feito de materiais como polipropileno (PP) ou Polibutileno Tereftalato (PBT). Por não serem totalmente rígidos (dobram, ao invés de quebrar, se submetidos a impacto), eles são projetados para absorver parte da energia de uma batida e não geram superfícies pontiagudas que possam furar as pessoas. Esse comportamento dos plásticos resulta em um ambiente mais seguro

que paineis de metal, como era o do Fusca (veja foto), por exemplo, ou o de madeira, material que também era usado em carros mais antigos. O PP é o polímero mais comum nos paineis. É encontrado nos consoles rígidos, que equipa a maioria dos carros brasileiros, e tem como principais características baixo peso, resistência a produtos químicos (o que facilita a limpeza) e baixa sensibilidade à umidade. Já o PBT é um material mais flexível, mas assim como o PP, resiste bem a substâncias químicas. Ele é encontrado geralmente nos modelos mais luxuosos, que têm o painel conhecido como “soft touch” (toque suave). Nesse tipo de painel, a parte externa é macia e a consistência lembra a de borracha. Por serem versáteis no processo de fabricação, os polímeros permitem a combinação de vários materiais para que as qualidades de cada um contribuam para a melhoria do produto final. No caso do PP, por exemplo, ele tem baixa resistência a agentes atmosféricos ou ao fogo. Por isso, a indústria de plásticos usa elementos como cargas minerais (misturas vindas de rochas, por exemplo), fibras de vidro e aditivos para amenizar o problema.



Outra vantagem do uso do plástico nos paineis é em relação ao peso. O uso do material pode significar uma redução de até 50% em relação ao metal ou à madeira. Considerando que o painel é uma peça grande, essa contribuição é importante para deixar o veículo mais leve. O benefício fica ainda mais evidente diante do crescimento do mercado de carros elétricos, nos quais é preciso reduzir ao máximo o peso de todos os componentes para compensar a introdução das baterias e garantir uma boa autonomia. Eletrônica crescente Quem gosta de antigomobilismo, o ramo dedicado aos carros clássicos, certamente já reparou a beleza dos velocímetros e botões cheios de cromados presentes nos paineis dos veículos das décadas de 1940, 1950 e 1960. Eles eram todos ligados ao funcionamento mecânico e analógico dos componentes, e aos poucos a eletrônica foi tomando o lugar de cada um. Com isso, a aparência dos paineis foi mudando para um visual com cada vez menos botões e cada vez mais cores e leds. Além disso, as telas touchscreen, já

Mercedes Maybach 6

30 - Auto Revista Pernambuco

Audi vitual cockpit

tão usuais para nós nos celulares, começam a ocupar os paineis, substituindo botões reais por virtuais. A primeira mudança foi no sistema de som. A área central do painel trocou o conjunto, tradicionalmente formado por rádio com dois botões físicos, entrada para CD player e cartão SD, por uma tela que inclui o controle de som, GPS e informações técnicas sobre o veículo. Algumas dessas telas, como no Fiat Argo, por exemplo, são destacadas

do painel, mudando bastante a aparência do componente. O passo seguinte está sendo a substituição dos indicadores analógicos do painel principal por telas LCD. Em alguns modelos de luxo ou top de linha, como os da Audi (veja foto) e os da Volkswagen, por exemplo, a tela LCD deu lugar a todos os indicadores e seu conteúdo é dinâmico. O motorista pode, por exemplo, colocar velocímetro e medidor de rotações como informações secundárias e priorizar o mapa do GPS. Em muitos carros-conceito (veja foto do Mercedes-Maybach 6), modelos que sugerem tendências da indústria automobilística, os paineis já estão praticamente tomados pelas telas. Considerando que as montadoras têm investido em modelos autônomos, faz sentido que esse valioso espaço no habitáculo tenha seu uso otimizado para entreter e informar os ocupantes durante a viagem. Ou até reproduzir a beleza estática e cheia de detalhes dos paineis de carros antigos, projetando no LCD desde um. Já pensou, escolher um painel do Fusca de 1960 ou de um Cadillac 1950 (veja foto) e usá-lo no carro como quem baixa um papel de parede no computador?





Segurança

E T N E M L A E R S E Õ Ç I U PERSEG

cias Várias polí m modelos tê s a ir e il s bra e de luxo s o v ti r o p s e super modelos s O . s ta o fr em suas endidos em foram apre e ntra o crim o c s e õ ç a r ope . Conheça organizado s! alguns dele

34 - Auto Revista Pernambuco 34 - Auto Revista Pernambuco

, de trânsito uma blitz m e e h , c o rs d o a P e abord maro, um faria se foss evrolet Ca h ue isso C q m a u ib que você o sa d S? Pois l pilotan 3 ia 6 c li C o z p n e m es-B carros apre por u m Merced lguns dos u a . u o to o n sã e e s n m e n a ess ulh Caye tas de patr sil, porque o ra fr o B s h à o in n s rn o r e d e ra ad tec des”, do C aís, e integ pode acon “Curiosida olícia, no P de autop o ã ç la sa e se re p p a s d m o endid bre a e matéria so te s n e a õ ç ss a re res, juntas rm te Leia essa in ão que traz várias info Fabricante de retento ais ç ca vo. utos origin Sabó, publi o automoti ra de prod rs o e o d iv e n ra c a u e p o rn e bre e fo oras peças e so de vedação is de várias montad . s o o c d u b ra g m a te in undia ta Pern m is s v n e e R e sistemas g to ta u n A has de mo arceira de para as lin , a Sabó é p o ã ç si o p re e mercado d

O



Com base na lei federal nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que autoriza órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária a ficarem com a guarda provisória de veículos apreendidos de traficantes, assaltantes e integrantes do crime organizado, vários destes órgãos estão usando os veículos. Conheça alguns a seguir. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná ganhou o reforço de um Dodge Challenger R/T equipado com um motor V8 de 5,7 litros, 377 cv e 55,4 mkgf de torque. Ele foi apreendido em 2017 em uma operação contra o tráfico internacional de drogas e cedido pela Justiça Federal. Hoje é usado em Foz do Iguaçu, na região da fronteira com o Paraguai. Já para a Polícia Militar de Santa Catarina “sobraram” três veículos: um Camaro, um Porsche e um Mercedes-Benz . O Camaro e o Porsche estão com o 12º Batalhão da PM, em Balneário Camboriú. Já o Mercedes

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ficou com a Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina (PMRv) e é a viatura mais rápida entre todas as Polícias Militares do país. O modelo tem motor de 510 cavalos e faz de 0 a 100 km/h em quatro segundos. O Porsche Cayenne GTS com motor V6 de 3.6 litros biturbo, que gera 440 cv e 61,2 mkgf, está avaliado em mais de R$ 300 mil e chegou a ir para leilão duas vezes, sem que houvesse comprador. Por isso, foi colocado à disposição da PM-SC. O “singelo” Mercedes-Benz E 63, que está a serviço da PMRv, é usado pela instituição em ações preventivas de trânsito. Antes de ser cedido à PMRv, o automóvel foi a leilão quatro vezes, mas nenhum lance foi feito. Outro modelo de luxo que passou a usar farda policial foi o Chevrolet Camaro cedido para a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ele foi apreendido em uma operação contra

uma rede de estelionatários em Passo Fundo, cidade distante aproximadamente 290 km de Porto Alegre, e começou a ser usado pela corporação em junho de 2019. No Ceará, a Polícia Civil do Estado apreendeu um BMW 320i. O carro estava entre os bens de um homem capturado em uma operação da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD). A Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) de Goiás também usa um carro de luxo apreendido com um traficante durante uma operação. O veículo é um Range Rover Evoque, que tem valor aproximado de R$ 400 mil. O último e mais recente da lista foi cedido à Polícia Militar de Rondônia (PM-RO). Trata-se de um Camaro que estava apreendido há três anos na Polícia Federal e foi transformado em viatura com autorização da justiça. O veículo vai ser usado em atividades sociais da PM após o período de pandemia do novo coronavírus.



Clássicos

A história do esportivo Puma

Arnóbio Tomaz

Um dos ícones do mercado brasileiro, o modelo teve seus dias de glória nas décadas de 1970 e 1980 e até hoje chama a atenção pelo design marcante

E

m 1964, na cidade de Matão, no interior de São Paulo, um grupo de apaixonados por automobilismo liderados por Genaro Malzoni, um italiano radicado no Brasil conhecido como Rino Malzoni, resolveu criar um automóvel esportivo nacional. No ano seguinte os primeiros protótipos do modelo idealizado por eles começaram a ser expostos com o nome de “GT Malzoni”. Em 1967, o carro começou a ser produzido em série, rebatizado com o nome que se tornaria um ícone dos esportivos nacionais nos tempos em

que a importação era proibida: Puma. Foi o segundo cupê esportivo fabricado no país com carroceria de fibra de vidro - o primeiro fora o Willys Interlagos, produzido pela Willys Overland do Brasil, e que era semelhante ao francês Renault Alpine. O belíssimo design do Puma, criado pelo projetista automotivo Anísio Campos, lembrava muito uma Ferrari 250 GTO daquela época. Sua mecânica era do DKW Vemag, com motor 1.0 de tração dianteira. Ainda em 1967, no entanto, a DKW Vemag foi adquirida pela Volkswagen, o que

Willys Interlagos

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levou à retirada, do mercado, do modelo que ela fabricava. Por isso, o Puma com mecânica DKW teve vida curta. Foram fabricadas apenas 130 unidades do veículo. Em 1968, Rino Malzoni iniciou novas negociações, desta vez com a Volkswagen, para utilização do tradicional conjunto mecânico daquela empresa na linda carroceria de fibra do Puma. Em 1971, então, foi iniciada a produção do Puma utilizando a mecânica Volkswagen. Foi lançada no mercado a linha GTS/GTE, sendo o Puma GTS um roadster conversí-



vel e o GTE, um cupê fechado. Entre os carros criados por brasileiros e com capital nacional, o Puma, sem dúvida, foi o que obteve mais sucesso. No início, seu motor Volkswagen era um de 1.500 cilindradas a ar, sendo substituído posteriormente por um 1.600 também refrigerado a ar. O carro rapidamente passou a ser muito desejado pelos jovens da época, graças ao seu belíssimo desenho - que até hoje impressiona pelas linhas agressivas e a aerodinâmica. O Puma também oferece ótima dirigibilidade, favorecida pelo chassi bem trabalhado e pela direção pouco reduzida. No final da década de 1970 foi lançado o Puma GTB, um carro maior, que usava o motor do Chevrolet Opala de seis cilindros. Era mais luxuoso, com bancos de couro, direção assistida e vidros elétricos. Em 1982 tanto o Puma GTE como o GTS foram aprimorados e passaram a se chamar Puma GTI e GTC. Foi lançado ainda o modelo P-018, também utilizando a mecânica Volkswagen refrigerada a ar, porém envenenada com nova distribuição, alimentação e escapamento. Em sua trajetória, a empresa fabricante do Puma passou por várias dificuldades financeiras, duas enchentes e um incêndio. Além disso, o motor Volkswagen a ar começou a não satisfazer os consumidores, que ficavam cada vez mais exigentes. Para enfrentar as dificuldades, a empresa ten-

Puma GTB

40 - Auto Revista Pernambuco

tou uma negociação com a japonesa Daihatsu para fornecimento de tecnologia para a produção de um carro urbano, mas não obteve sucesso. Em 1985, endividada com seus fornecedores, a Puma foi vendida para a Araucária Veículos, de Curitiba, interrompendo a produção. Em 1987, o empresário Nívio de Lima, proprietário da Metalúrgica Alfa Metais, adquiriu a Puma da Araucária Veículos e construiu uma nova fábrica na Cidade Industrial de Curitiba. Em 1988 foi relançado o Puma GTB, apresentando um novo design e acabamento ainda melhor do que o anterior. O modelo foi rebatizado de Puma AMV. Em 1989 surgiu o Puma AM-3, o novo “Puminha”. Ele tinha chassi tubular remodelado e motor VW 1.6 refrigerado a água (AP-600) instalado na traseira, mas mantinha a identidade do seu estilo, bem como a tração traseira.

Em 1990, com a abertura do mercado para os importados, os carros japoneses ofuscaram o brilho dos esportivos Puma, obrigando sua descontinuação. Em 1998 a Ford adquiriu os direitos sobre o nome “Puma” a fim de lançar um pequeno cupê com esse nome. Pequenos caminhões passaram então a trazer a marca AMV (não por coincidência, as iniciais de Alfa Metais Veículos), mas a fera prateada continua presente com o emblema deles. Esses caminhões continuam sendo produzidos, embora em pequena escala. Em seus dias de mais prestígio, na década de 1970, o Puma chegou a ser exportado para vários países da Europa e da África. Hoje, exemplares deste esportivo estão cada vez mais valorizados nas mãos de colecionadores pertencentes a vários clubes distribuídos por todo o Brasil.

Puma GTE



Novo Mercado Alexandre Costa Cconsultor especializado em inovação para o setor automotivo, palestrante e diretor da Alpha Consultoria alpha@alphaconsultoria.net

O que você aprendeu nesse perído? Se nada foi aprendido nesse momento de crise, de nada vai ter valido tanto sacrifício

Q

ue estamos passando por aquele que está sendo considerado o mais desafiador momento da história recente Mundial, isso não há dúvidas. Ninguém poderia imaginar enfrentar uma crise dessa proporção, com questões de saúde e economia sendo tão impactadas como estão. Era impossível prever tamanha catástrofe! É certo que cada setor teve um resultado próprio. Alguns segmentos amargaram desemprego, fechamentos de empresas e prejuízos nunca vistos. Outros, sustentados por uma demanda ainda existente conseguiram se manter. Mas, independentemente do grau de exposição a crise todos foram impactados. E é justamente esse impacto que gera a reflexão que quero estimular aqui nesse artigo. Quero ajudá-lo a identificar o que você aprendeu com tudo isso, afinal, algum aprendizado tem que ter ocorrido.

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Não consegue enxergar isso? Então faça uma análise do seu negócio em 2019, e compare aos seus resultados nesse ano. Mesmo que nesse momento sua empresa tenha retomado o patamar de vendas, ou até mesmo superado, como tenho visto em alguns casos, algo foi tomado como decisão. Algo precisou ser mudado e reajustado a fim de manter o negócio funcionando. Como consultor, me nego a acreditar que nada tenha mudado na sua empresa, pois se isso tivesse acontecido, você já teria fechado as portas, isso é fato! Então, sim, você aprendeu algo na crise! E usou esse aprendizado, a duras penas na maioria dos casos, para mudar alguma coisa no seu negócio. Em maior ou menor grau podemos afirmar que você se reinventou! Sim, sua mente mudou para se adequar a nova realidade, e baseado nisso foi estimulado a fazer mudanças na sua empresa. Reflita sobre suas ações

e decisões tomadas e verá que que elas não foram ao acaso. Observe que não foram simples medidas emergenciais de sobrevivência, mas sim o resultado de um aprendizado, duro, mas necessário, onde foi exigido ao máximo de você como empresário. Foi necessário abrir mão de muita coisa para poder manter o negócio de pé, mesmo com tamanha turbulência econômica. E, com certeza, você conseguiu realizar coisas que nem imaginava que poderia! E agora, passados longos meses de muita luta, tenha a certeza que tanto sacrifício irá contribuir para uma formação de empresa mais forte e mais estruturada, muito mais preparada para os próximos desafios que virão. E você meu caro, estará com a mente muito mais madura e segura, sabendo que o aprendizado foi difícil, mas o conhecimento adquirido com essa experiência será sem igual!



Foto: Racesfan.net

Competição

Enzo, Pietro e Emerson Fittipaldi

UMA FAMÍLIA DE

O sobrenome é italiano, mas a história mostra que os Fittipaldi fizeram e lutaram muito pelo automobilismo brasileiro nas décadas de 1960 e 1970 44 - Auto Revista Pernambuco

P

aís detentor de uma das 10 maiores frotas de veículos do mundo, o Brasil é o único dos Brics (grupo formado também por Rússia, Índia e China) a não possuir uma indústria automotiva 100% nacional. Corrupção, defasagem tecnológica, alta carga tributária, muitos são os possíveis motivos para que tenhamos essa dependência de empresas e tecnologias

estrangeiras. Mesmo assim, não faltaram heróis e pioneiros que tentaram subverter isso. Um dos exemplos está na família Fittipaldi, cujo membro mais famoso é o piloto Emerson, que detém o título de bicampeão da Fórmula 1, campeão da Fórmula Indy e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis. Ligados ao universo automotivo desde o patriarca Wilson Fittipaldi,


Pietro Fittipaldi

de um velho Porsche encostado em uma oficina. Na tomada de tempo, ficou em segundo lugar e à frente de vários carrões. Mas o câmbio quebrou durante a corrida. A coragem e a persistência da família fez os membros seguirem sempre em frente no setor automotivo. Na década de 1970, os Fittipaldi comercializaram rodas de magnésio, volantes esportivos e kits de conversão para motor de Fusca (transformação de 1.300 em 1.600), o modelo que era o mais popular do Brasil, na época. E também foi nessa mesma década que eles investiram

no que talvez tenha sido o projeto mais ambicioso do Brasil, em termos de automobilismo esportivo: a criação da Copersucar, equipe que disputou na Fórmula 1. De acordo com os registros históricos, essa equipe nacional, que teve Emerson como piloto principal e Wilsinho como o empreendedor, conseguiu disputar 104 provas no campeonato mais caro do universo automotivo entre 1974 e 1982, período no qual esteve em atividade. Apesar de não conseguir nenhum primeiro lugar em corridas nem vencer qualquer temporada, registrou a façanha de permanecer, por oito anos, como equipe vinda de um país de Terceiro Mundo correndo com veículos de gigantes do esporte como McLaren e Ferrari.

Emmo Fittipaldi

Foto: Motorsport.com

que como radialista narrava corridas na rádio Panamericana e como piloto ajudou a popularizar o esporte no Brasil, os Fittipaldi são um exemplo concreto de perseverança e inovação, mesmo no dificílimo cenário para empreender do País. Um dos pioneirismos foi com Wilsinho Fittipaldi, irmão de Emerson, que também era piloto. Ele disputou, em uma prova na Argentina, com o primeiro Fórmula 3 construído no Brasil. Outra “invenção” que fez história foi um Fusca bimotor, construído por Wilsinho e sua equipe para disputar uma prova no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, no fim da década de 1960. Competindo com carros de grandes fábricas europeias e americanas e sem dinheiro para ter o seu próprio modelo, os brasileiros produziram um Fusca com dois motores 1.300 a ar funcionando juntos. Tudo com muito improviso e criatividade. O que aconteceu na corrida é um exemplo de como as tentativas de investimento em produtos automotivos genuinamente nacionais se revelam uma boa ideia, mas por falta de condições - geralmente financeiras - não vão adiante. O Fusca usava um câmbio que havia sido retirado

Enzo Fittipaldi

Auto Revista Pernambuco -

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Endividada - segundo os seus criadores, por falta de patrocínio, a Copersucar encerrou suas atividades e desde então não houve mais exemplos de qualquer iniciativa 100% brasileira em equipes de Fórmula 1 - embora o País tenha produzido, depois de Emerson Fittipaldi, pilotos excepcionais como Nelson Piquet e Airton Senna. Uma informação importante é que o FD-01, primeiro carro construído pela Copersucar, foi restaurado pela Dana, fabricante de autopeças, e chegou a ser levado, com o patrocínio da empresa, para uma corrida de homenagem no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Além disso, foi exposto em locais públicos de grande circulação, para divulgar esse momento importante da história do automobilismo brasileiro. Hoje o sobrenome Fittipaldi continua ativo no universo de esportes automotivos através de Christian, filho de Wilsinho que é piloto nos Estados Unidos, e de Pietro e Enzo, netos de Emerson, que disputam provas na Europa. É sempre bom ficar de olho na família, especialmente estes últimos dois membros mais jovens, porque pode vir dela o fim da escassez de grandes títulos na Fórmula 1 que vigora desde a morte de Airton Senna.

46 - Auto Revista Pernambuco

Wilson Fittipaldi

• Disputou 38 Grandes Prêmios na Fórmula 1 • Criou a Fórmula Vee, categoria de baixo custo considerada uma escola para quem quer competir na Fórmula 1 e na Fórmula Indy • Criou a Copersucar, primeira e única equipe brasileira na história da Fórmula 1.

Emerson Fittipaldi

• Foi campeão da Fórmula 1 em 1972 aos 25 anos • Foi o mais jovem vencedor da categoria e manteve esse título até 2005, quando Fernando Alonso conquistou o campeonato com 24 anos • Foi campeão da Fórmula 1 em 1974 • Mesmo com grande chance de ser tricampeão, largou a McLaren, equipe à qual pertencia para investir na Copersucar • Foi campeão da Fórmula Indy em 1989 • Venceu as 500 milhas de Indianápolis em 1989 e em 1993 • Tornou-se segundo piloto na história a ser campeão das duas mais famosas categorias de monopostos do mundo (Fórmula 1 e Fórmula Indy).

Christian Fittipaldi

• Disputou provas na Fórmula 1, na Fórmula Indy, na Nascar, nas 24 Horas de Le Mans, na Stock Car e na Fórmula Truck • Foi campeão da Fórmula 3 brasileira em 1989 • Foi campeão sul-americano da Fórmula 3 em 1990 • Foi campeão da Fórmula 3000 Internacional em 1991 • Foi o primeiro brasileiro a vencer as 12 Horas de Seabring em 2015.



Recursos Humanos

Izabel Bandeira Psicóloga e coach izabelband@hotmail.com

As vantagens da psicologia positiva nas organizações O sucesso dos profissionais e da empresa está diretamente ligado à felicidade que estes profissionais têm por viver e por cumprir suas atividades cotidianas

S

abemos que as organizações buscam no dia-a-dia melhores resultados do seu time, mas muitas vezes a forma como se constrói as relações e se impõe as metas está no caminho inverso dos sentimentos e emoções que motivam para uma melhor produtividade. Para ajudar nisso, a psicologia positiva nos possibilita compreender que devemos mudar nossas crenças em relação à felicidade. Precisamos dar ênfase a 10 emoções positivas que nos ajudam a manter nossas emoções cada vez mais elevadas e colocar a felicidade no centro de todos os outros campos da vida. Os cientistas definem felicidade, basicamente, como a experiência dessas emoções positivas. São elas: esperança, alegria, gratidão, serenidade, interesse, orgulho, divertimento, inspiração, reverência e amor. Percebemos que todas essas emoções possibilitam a sensação de bem estar, por isso a importância de fazer com que a felicidade seja o centro e de entender que o sucesso é o

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que gira em torno dela. Por muitas gerações, fomos levados a acreditar que a felicidade girava em torno do sucesso e que teríamos de ter o maior grau de empenho possível para alcançar esse sucesso e, assim, encontrar a felicidade. O conceito de felicidade é subjetivo, pois está relacionado a como nos sentimos em relação à nossa própria vida. Em resumo, só você pode saber até que ponto é feliz ou está feliz. A felicidade está totalmente ligada aos sentimentos que temos pelo que nos gera prazer, pelo que tem sentido e por tudo que remete ao nosso propósito. Quando nossas atitudes e estados de espírito são positivos, somos mais inteligentes, mais motivados, mais bem humorados e, consequentemente, teremos mais sucesso. Felicidade quer dizer algo como “prosperidade humana”, ou seja, a alegria que sentimos quando buscamos atingir nosso pleno potencial. A felicidade leva basicamente ao sucesso em todos os campos da vida e

em particular no âmbito da carreira e dos negócios. Existem várias pesquisas que mostram que trabalhadores felizes apresentam níveis mais elevados de produtividade, fecham mais vendas, administram melhor os conflitos, são mais eficazes em situações de liderança, têm melhores performances em avaliação de desempenho, adoecem menos, sentem–se mais seguros e confiantes e proporcionam um ambiente de trabalho mais propício à harmonia, ao aprendizado e à motivação. Tudo isso é gerado pelo sentimento e pela experiência com as emoções positivas. Esperar a felicidade restringe o potencial do cérebro para o sucesso, visto que cultivar a positividade estimula a nossa motivação, a criatividade, a resiliência e a produtividade. Lembre-se: “Você não precisa ter sucesso para ser feliz, mas precisa ser feliz para ter sucesso”. Enfim, mudar é possível. Regue suas emoções positivas e floresça. Até breve.



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Por que as empresas não lucram? Entendemos que a lucratividade é o único caminho de sustentação das empresas em suas atividades. E para garanti-la, os empreendedores também precisam ser gestores

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taxa de sobrevivência das empresas com mais de 2 anos no Brasil é inferior a 54%, segundo dados do Sebrae. A partir dessa realidade, vem a pergunta: por que as empresas não lucram? Venho estudando o tema e posso assegurar que o maior motivo dessa situação é a falta de competência na gestão das empresas. A maior parcela dos empresários tem atitudes de empreendedores, mas não de gestores. Isso faz com que os negócios com grande potencial passem a sofrer devido à forma como são conduzidos. A atitude empreendedora é uma característica típica de pessoas que têm coragem para assumir riscos e grandes responsabilidades. É um comportamento de quem busca soluções para conflitos e enxerga a oportunidade onde os demais não percebem. Podemos assegurar que isso é muito importante, mas além de empreender, o empresário deve entender que vai necessitar de um perfil de gestor. O gestor empresarial precisa investir em si mesmo, melhorar continuamente seus conhecimentos sobre o que se propõe a gerir e promover competência e autoridade diante

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do seu grupo. Em todas as áreas da empresa, a capacitação holística é necessária. O gestor empresarial também deve investir na sua equipe, facilitar a qualificação dos funcionários e implantar uma cultura de feedbacks e motivações permanentes, a fim de assegurar mais qualidade. Com a somatória destes pontos, o gestor passa a estar seguro na delegação de tarefas sem ter que abdicar de suas responsabilidades nos resultados. Quanto mais qualificada for a equipe, maior a capacidade, do gestor, para trabalhar as ações estratégicas da organização. Outro ponto importante é conhecer todos os cantos da empresa e atuar nos quatro pilares (área comercial, área operacional, área de gestão de pessoas e área financeira) com segurança e competência. O conhecimento precisa de avaliações tangíveis de cada um dos desempenhos. Gestor sem indicadores não é gestor. O gestor deve promover entrosamento entre as áreas para fortalecer a cultura organizacional e evitar a formação de feudos, conhecidos com “rachas”, nas equipes. É muito comum ver a área comercial em com-

bate com a área financeira ou mesmo a área operacional com a área comercial, dentre outros casos. Costumo dizer que o maior concorrente da empresa é ela mesma, quando a situação dos conflitos é aguda. O gestor também deve organizar a empresa com a implementação de processos e sistemas racionais, evitando desperdícios de recursos financeiros, materiais e humanos. Os desperdícios afetam diretamente a lucratividade dos negócios e logo passam a representar um vilão invisível de elevada capacidade destrutiva. Por fim, o gestor deve ser o líder, o grande maestro desta orquestra fantástica que é uma empresa. O somatório destas atitudes tem, como consequência direta, a lucratividade. Os desafios e adversidades do mercado consumidor, das relações com os fornecedores e da concorrência sempre existirão, mas é na competência gerencial interna que criamos os meios para potencializar o sucesso empresarial por meio do maior lucro possível. Seja o gestor e faça sua empresa prosperar. Sucesso.



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Peso pesado

DAF comemora entrega do caminhão de número 10 mil A DAF Caminhões Brasil chegou à marca de 10 mil caminhões comercializados no Brasil. A unidade foi parte de uma negociação entre a MacPonta Caminhões e a Transcocamar, empresa da Cocamar - Cooperativa Agroindustrial, que envolveu a venda de 21 modelos, entregues durante o mês de julho. Este marco para a companhia aconteceu em um momento em que ela registra aumento de participação no mercado de pesados (acima de 40 toneladas).

Marcopolo cria fan store para apaixonados por ônibus Com o objetivo de se aproximar ainda mais dos apaixonados por ônibus e reforçar a sensação de pertencimento, a Marcopolo criou uma fan store por intermédio da plataforma Marcopolo Parts, dedicada à venda de peças de ônibuss. Na Fan Store Marcopolo os internautas podem encontrar para venda os itens mais desejados, como souvenirs e as famosas miniaturas de ônibus da marca. O endereço é www.marcopoloparts.com.br/ categoria/fan-store/marcopolo.

Buscas por caminhões urbanos crescem 34% na OLX Levantamento da OLX Brasil apontou que a procura por caminhões ¾, categoria usada para circulação nos centros urbanos, subiu 34% em maio deste ano em comparação com o mesmo mês de 2019. Segundo a empresa, a alta pode ser justificada pela pandemia de Covid-19. Os chamados ¾ são veículos de menor porte, usados para entregas rápidas. Por terem tamanho compacto, eles podem se locomover com agilidade em centros urbanos sem gerar grande impacto no trânsito e chegar a locais que são restritos à circulação de caminhões maiores, o que é ideal para pequenos empreendedores como comerciantes, feirantes e produtores rurais.

Mercedes-Benz caminhões lança canal de atendimento pelo WhatsApp A Mercedes-Benz lançou um novo canal online para realizar pesquisas pelo WhatsApp e saber como está sendo a experiência dos clientes em questões como qualidade dos produtos e serviços da marca, atendimento nas oficinas da Rede de Concessionários e o Service 24h. “Nosso objetivo é que motoristas, frotistas, gestores de manutenção e proprietários tenham um canal rápido à disposição para que possam responder em qualquer horário e na palma da mão”, explica Silvio Renan, diretor de Peças e Serviços ao Cliente da montadora. O novo formato, que não prevê interações além da pesquisa, possibilita que os clientes compartilhem opiniões, sugestões, críticas e elogios.

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Scania V8

Esses sobem até em coqueiro Nova linha de motores V8 traz modelos que chegam a até 770 cavalos de potência. Lançados na Europa, os produtos não têm previsão de chegada ao mercado brasileiro

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a civilizada Suécia, um dos países nórdicos da Europa, a eletrificação dos veículos é considerada um caminho sem volta. O governo quer que até 2030 seja interrompida a comercialização de modelos movidos a combustíveis fósseis. Mas como ainda faltam 10 anos para esse prazo ser cumprido - se ele for, realmente - a Scania, montadora originária daquele país, apresentou sua nova linha de modelos V8, agora com 530, 590, 660 e 770 cavalos de potência. Na geração anterior de motores V8 da Scania, a potência máxima era de 730 cavalos.

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“Com o lançamento da versão de 770 cv, a Scania retoma a posição de ter o caminhão de linha mais potente do mundo”, diz a empresa através de sua assessoria de imprensa no Brasil. Apesar disso, as novidades não têm previsão de chegada no nosso mercado. Por aqui, o máximo disponível é o propulsor V8 de 620 cv da geração de caminhões lançada no fim de 2018. Apesar da maior potência, os novos motores conseguiram aumentar a eficiência no consumo de combustível, que ficou 6% menor em comparação com os da geração anterior. Segundo a Scania, que está investin-

do na mudança da sua linha de produtos para oferecer um transporte livre de combustíveis fósseis, enquanto o futuro não chega a meta é melhorar as soluções atuais. Uma dessas melhorias foi a implantação de um novo EMS (Engine Management System, conjunto de componentes que controla o funcionamento do motor) que permite, entre outras coisas, calcular com mais precisão, dinamicamente, quanto combustível é necessário para o motor. Além disso, o projeto prevê que o sistema funcione de forma eficiente não apenas enquanto o caminhão é novo, mas por pelo me-


nos 7 anos ou depois de rodar 700 mil quilômetros. Também foram inseridas mais de 70 novas peças que reduzem o atrito interno e as taxas de compressão ficaram mais altas. “Um caminhão de longa distância na Europa percorre cerca de 150 mil quilômetros por ano”, afirma Alexander Vlaskamp, v​ice-presidente global de Vendas e Marketing da Scania. Ele ressalta que a economia de combustível obtida na nova geração de motores pode significar até 3 a 4 mil litros anuais a menos para um caminhão V8. E, consequentemente, também é obtida com isso uma diminuição das emissões de CO2. Os principais mercados para os caminhões com motores V8 são os países nórdicos, onde o Peso Bruto Total Combinado (PBTC, o peso do

veículo somado ao dos reboques e a carga que ele estiver levando) pode chegar a 76 toneladas, como na Finlândia, ou 64 toneladas, na Suécia. No Brasil, o PBTC máximo é 57 toneladas. A Scania também mira países como Itália e Espanha (e certos mercados fora da Europa) que têm estradas em terrenos montanhosos. O raciocínio por trás de supermáquinas com motores de 770 cavalos de potência é simples: “A maneira mais rápida de aumentar a eficiência do transporte é com o uso de composições de caminhões mais longos e mais pesados. O combustível adicionado para um veículo mais pesado é compensado pela maior capacidade de carga útil”, explica Vlaskamp. Ele ressalta, ainda, que mais carga útil significa mais eficiência e aumen-

to de receita para caminhoneiros e empresas de transporte. Para aumentar a pressão do motor que possibilitou o ganho de potência, a Scania precisou mudar vários componentes. Isso inclui engrenagens, pistões, anéis, cabeçotes e válvulas, que foram refinados e reforçados. Vale ressaltar, no entanto, que graças à tecnologia, mesmo com peças mais robustas e resistentes a montadora conseguiu uma redução de peso de até 75 kg nos motores em relação ao da geração anterior. Sem grandes áreas montanhosas e estradas ruins que não permitiriam aumentar o PBTC dos caminhões, o Brasil, infelizmente, não está nos planos da Scania para receber a nova, mais moderna e mais eficiente de motores V8.

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Gestão e controle Haroldo Ribeiro Consultor especialista em prevenção de perdas e gestão de estoques para o varejo Brasileiro e sócio da Max Result Consultoria de Resultados. haroldo@marxresult.com.br

Você controla o patrimônio da sua empresa? Muitos gestores enxergam o controle patrimonial como algo de pouca importância, mas ele é o gerenciamento que permite entender a situação econômica e financeira da empresa

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emos falado sempre que as perdas de uma empresa se apresentam de diversas formas. Podem ser perdas operacionais (que ocasionam a perda de produtos), de tempo (muito bem representadas pelo retrabalho e pela ineficiência nas tarefas), de capital ou de oportunidade. Cada um desses tipos de perdas tem um leque de causas. No campo das perdas de capital, muitas empresas vêm falhando por não controlarem adequadamente o seu patrimônio, termo que tem relação direta com a área da contabilidade. Também chamado de ativo fixo ou ativo imobilizado, o patrimônio é re-

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presentado pelos bens da empresa, como máquinas, veículos, equipamentos, mobiliários, etc. Apesar de ser comum para os profissionais contábeis, o conceito de ativo imobilizado causa muitas dúvidas para quem não atua na área. Segundo a lei nº 6.404/1976 (artigo 179, item IV), classificam-se no ativo imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa. Não é difícil encontrar empresas que sequer sabem o valor e o que compõe o seu patrimônio. Um serviço de levantamento e tombamento patrimonial começa com a definição do valor dos bens que farão parte desse levantamento (atentar para a legislação específica) e do tipo mais adequado da placa de patrimônio que será fixada no bem. Para isso existem inúmeras opções, que vão desde placas de poliéster que se moldam ao corpo do bem, placas de alumínio (as mais usadas) e até de aço, para casos específicos de bens que sofrem ação direta do tempo. O segundo passo é localizar, identificar, e descrever de forma detalha-

da cada bem com suas características técnicas. Superada essa fase, o passo seguinte é associar cada bem físico com sua nota fiscal de origem registrada na contabilidade da empresa, promovendo a valoração. Essa etapa é uma das mais complexas pelo fato das empresas, muitas vezes, não terem o controle de suas notas fiscais. Um ponto fundamental para o controle dos bens, que não deve ser negligenciado, é a definição de um colaborador responsável por todo o patrimônio da empresa e a utilização de um módulo de controle, integrado ao ERP (sistema de gestão), para o lançamento e acompanhamento das informações. Por fim, sempre é bom ressaltar que o levantamento é bem diferente do controle efetivo dos bens. As auditorias e inventários de patrimônio é que vão garantir o controle e, para tanto, devem ser programadas pelo menos uma vez por ano. Esses procedimentos podem ser feitos pela própria empresa ou fazendo uso de prestadoras de serviço especializadas, que terceirizam esse controle.




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