Construcao ce 37 issuu

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CEARÁ

CONSTRUÇÃO Imóveis e Arquitetura

Ano 6 - Edição 37

NSI

NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS

Zona de Processamento de Exportações do Ceará Aberta para a Construção

Rio 2016

Legado para a mobilidade e o turismo

Lâmpadas

A hora e a vez da tecnologia LED

André Montenegro

Entrevista com o presidente do Sinduscon Ceará

CADERNO IMOBILIÁRIO




AUTO REVISTA CEARÁ: A SUA PUBLICAÇÃO DE C

www.autorevistaceara.com.br autorevistaceara@gmail.com


ARROS, AUTOPEÇAS E SERVIÇOS AUTOMOTIVOS


Editorial Otimismo na recuperação

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MUSEU DA INDÚSTRIA FIEC-CE mantém espaço em prédio com arquitetura histórica ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÕES Canal importante para a exportação de produtos

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COOPERCON-CE Caderno de notícias sobre a cooperativa

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ENTREVISTA André Montenegro, presidente do Sinduscon-CE

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ILUMINAÇÃO Cresce em grande escala a procura pela tecnologia LED

ISOLAMENTO ACÚSTICO E ABSORÇÃO SONORA Expediente Barulhos e ruídos em edificações

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GRANDES OBRAS Jogos Olímpicos 2016, mais do que medalhas

Pesquisa realizada pel Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que as indústrias como um todo – dentre elas, a da construção civil - estão mais otimistaS em relação à economia do País. Inclusive, já tem empresas até repondo vagas que tinham sido fechadas por causa da crise financeira. Sem dúvida, uma boa notícia para o setor industrial que, em 2015, perdeu competitividade, investimentos e demitiu milhares de trabalhadores. Segundo o levantamento, desde fevereiro do ano passado o índice de otimismo vinha caindo, algo que está mudando desde junho último. Apesar de maior confiança por parte dos empresários com a política econômica tocada no governo Temer com o gerenciamento do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda muito deve ser feito para que a indústria da construção civil recupere os níveis de produção e emprego que chegaram ao patamar máximo em 2009. Dados do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção) informam que de junho em relação a maio, o número de vagas no setor retraiu 1,18%, a 21ª queda consecutiva desde outubro de 2014. Segundo o levantamento, houve o fechamento de 33,02 mil postos de trabalho e o saldo de trabalhadores ficou em 2,76 milhões. Para que este quadro se reverta, de acordo com especialista da FGV, é necessário consolidar o processo de ajuste da indústria, que já está em curso e é preciso que a inflação caia efetivamente, para abrir espaço para os juros diminuam ainda esse ano. Se isso ocorrer em curto espaço de tempo, as perspectivas para o segundo semestre são melhores em relação do primeiro semestre. E, assim, 2017 será definitivamente o ano da recuperação. Que assim seja! O Editor

Diretor: Ariel Ricciardi Colaboradores: Claúdio Araújo e Izabel Bandeira Diagramação: Marcos Aurelio | Impressão Gráfica Halley Contato para anunciar CONSTRUÇÃO CEARÁ IMÓVEIS E ARQUITETURA: (85) 98824 0222 / (85) 3023 3537 ou através do e-mail: construcaoceara@hotmail.com ou ariel_ricciardi@hotmail.com Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A revista CONSTRUÇÃO CEARÁ IMÓVEIS E ARQUITETURA é uma publicação bimestral do Núcleo de Serviços Integrados. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos. Foto capa: Divulgação ZPE CE

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Casa Cor histórica A 18ª edição da Casa Cor Ceará celebrará os 290 anos de fundação de Fortaleza e os 30 anos de criação do projeto. O grande evento de arquitetura e decoração será realizado entre os dias 6 outubro e 15 de novembro, no Palacete do Barão de Camocim, em frente à praça Clóvis Beviláqua, no Centro da cidade. O “Solar do Barão” é apontado com um dos prédios históricos mais luxuosos da capital cearense e retrata época importante da vida dos brasileiros. A sua construção data de 1880.

Espelho Concha Pado A Pado, com intuito de unir praticidade e design diferenciado, apresenta o Espelho Concha, solução para aplicação em portas de correr. Com desenho inovador, dimensões compactas, o produto é adaptado para o cilindro normal, com acabamento oval ou redondo e é ideal para instalação em portas de correr de ambientes internos, como salas e cozinhas. Ele está disponível nas versões em inox polido - branco e preto - e pode ser harmonizado com fechaduras bico de papagaio.

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Caixa d’água 5 mil litros Tigre A Tigre lançou a caixa d’água com capacidade de cinco mil litros. Ela é produzida com polietileno e aditivo anti-UV e garante elevada durabilidade. Além disso, conta com sistema diferenciado de encaixe da tampa ao corpo, que protege contra os raios de sol e evita o desenvolvimento de algas e bactérias, além de impedir a proliferação do mosquito da dengue. O produto completa o portfólio de caixas d’água da Tigre, que conta com as capacidades de 310 litros, 500 litros, 750 litros, 1.000 litros, 1.500 litros, 2.000 litros e 3.000 litros.

Revestimento Viapol A Viapol colocou no mercado o Viafloor® Fast 24, cimentício autonivelante para recuperar pisos desgastados. Vendido em pó, o produto é destinado para áreas internas e foi desenvolvido para fácil aplicação e nivelamento sobre áreas de concretos. O uso é recomendado para recuperação de piso desgastado por abrasão ou irregularidades. Além de garantir acabamento similar ao do concreto liso, o Viafloor® Fast 24 permite ser pigmentado, tingido, tratado com ácidos (Stain) ou revestido com epóxi, poliuretanos rígidos e flexíveis.


Acessórios Japi A Japi, com mais de 20 anos no mercado de metais sanitários, lançou a linha Suprema Slim. São cinco itens: porta-toalha argola, papeleira, cabide simples, porta-toalha bastão e saboneteira. Os produtos são fabricados em latão, aço inox, ligas de zinco e saboneteira em vidro e contam com acabamento de alta qualidade, que proporcionam ao banheiro ou lavabo praticidade e sofisticação. Os acessórios Suprema Slim da Japi são encontrados em kits (com cinco peças) ou avulsos, o que facilita a aquisição conforme a necessidade do ambiente.

Projeto Sotreq O gerador sempre foi aliado das empresas que não podem parar a rotina por causa da falta de luz. Como só é acionado em determinados momentos, a maior parte do tempo o dispositivo fica inativo. Mas, com o alto custo da energia no Brasi, algumas companhias têm optado por utilizar o equipamento diariamente. Exemplo disso é o Hospital Sírio-Libanês, que adotou o sistema Bi-Fuel, desenvolvido pela Sotreq e criado em parceria com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás). A estrutura consiste na utilização, em horários de pico, dos geradores com um sistema bicombustível.


Imóveis valorizados O VivaReal, plataforma digital que conecta imobiliárias, incorporadoras e corretores com consumidores que buscam um imóvel, aponta que o preço médio do metro quadrado para a venda e aluguel em Fortaleza (CE) ficou com as maiores variações entre os mercados analisados no segundo trimestre de 2016. No período, o valor médio do metro quadrado para aluguel apresentou valorização nominal de 5% se comparado com junho de 2015. Considerando a inflação, os valores apresentaram queda real de 6,4%. Já o valor médio do metro quadrado para venda na capital cearense teve valorização nominal de 6,8% nos últimos 12 meses.

Parceria Astra e Portobello A Astra, em parceria com a Portobello, lançou o piso elevado. O item, para ambientes externos e internos, é ideal para espaços públicos, áreas comuns de edifícios, locais com piscinas ou jardins, salas comerciais e ambientes corporativos. Vale lembrar que o piso elevado é solução para a aplicação de de alta resistência. O porcelanato Spessoratto da Portobello, que mede 60X60cm e tem 2cm de espessura, é aplicado com juntas abertas - ou seja, sem uso de rejunte - sobre os pedestais reguláveis da Astra. Estes são feitos de plástico com estrutura de altíssima resistência mecânica.


Cabo Solarcom Cobrecom A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos disponibiliza mais uma novidade para o mercado de instalações elétricas: o Cabo Solarcom. O produto é ecologicamente correto e ideal para conectar as instalações à energia do futuro, que é a produzida por painéis fotovoltaicos. Fabricado com cobertura nas cores preta ou vermelha, o Cabo Solarcom foi criado e testado a partir dos mais criteriosos padrões internacionais, para transmitir energia limpa das placas solares com segurança e qualidade.

Empreendimento C. Rolim

Black+Decker amplia linha

Vendas crescem

A pontualidade na entrega se tornou marca registrada da C. Rolim Engenharia e, seguindo essa tradição, a construtora contempla Fortaleza com mais uma entrega dentro do prazo: o Varandas do Bosque, inaugurado em 25 de julho. Localizado na avenida Bezerra de Menezes, o empreendimento possui na sua frente o Bosque do Bem, área verde de 30.000 m², com duas mil árvores plantadas e projeto paisagístico que inclui praça verde, playground, pista de Cooper, academia ao ar livre e campo de areia.

A Black+Decker lançou dois modelos de parafusadeiras/furadeiras de impacto: a HP12 e a HP14, produtos ideais para trabalhos em concreto, metal e madeira. Os equipamentos contam com bateria 1,5Ah de íon lítio, são bivolt, têm luz de LED e porta-brocas de mandril rápido para troca fácil de acessórios. Ambas acompanham carregador e uma bolsa de náilon. Com sistema de duas velocidades e 22 posições de torque, as novas parafusadeiras/furadeiras da Black+Decker garantem ao consumidor eficiência em seu trabalho.

As vendas no varejo de material de construção cresceram 8,5% no mês de julho, na comparação com junho. O desempenho foi 4% superior ao registrado no mesmo período de 2015 e equivale ao terceiro mês consecutivo de crescimento do setor em 2016. Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O estudo ouviu 530 lojistas de todas as regiões do país entre os dias 26 e 30 de julho. A margem de erro é de 4,3%.

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SINDUSCON-CE

Presidente Temer propõe fórum permanente Anúncio aconteceu durante “Encontro com a Construção Civil – Unindo Forças para Construir o Futuro do Brasil”

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ichel Temer propôs (11/08) a criação de um fórum permanente de diálogo entre a Presidência da República e representantes da construção civil. O grupo formado no dia 11 de agosto se reunirá a cada 45 dias, no gabinete do Palácio do Planalto, para avaliar o andamento das ações destinadas ao setor. O anúncio foi feito em Brasília (DF), no “Encontro com a Construção Civil – Unindo Forças para Construir o Futuro do Brasil”, que contou com a participação de mais de 800 representantes dos segmentos do ciclo produtivo da construção civil, vindos de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. “Não há prosperidade sem a construção civil”, afirmou Temer. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins - representando também as entidades dos demais segmentos da indústria -, foi porta-voz do setor e manifestou apoio

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de empresários e trabalhadores ao governo Temer e às medidas propostas para o Brasil recuperar a credibilidade e restabelecer um ambiente de normalidade no País. “A construção civil apoiará tudo o que favoreça a construção de um País melhor”, destacou Martins. Comitiva do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), composta por diretores, vice-presidentes, associados do sindicato e liderada pelo presidente André Montenegro, marcou presença no evento. “O setor da construção civil é um dos mais relevantes da economia brasileira. Nossa expectativa é que as medidas econômicas sejam tomadas de forma a garantir o crescimento do setor, o andamento dos projetos, a manutenção de postos de trabalho e a geração de riquezas”, destaca o dirigente. Também participaram do encontro os ministros das Cidades, Bruno Araújo; do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira; do Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira; o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, entre outras autoridades, parlamentares e representantes da cadeia produtiva, todos mencionados no discurso do presidente da CBIC. Dentre eles, Cláudio Elias Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco); José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), e Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Anúncio de medidas - Durante o encontro, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou a contratação de 40 mil unidades populares da faixa 1,5 do programa “Minha Casa, Minha Vida”. A iniciativa atenderá famílias com renda de até R$ 2.350,00, com subsídio de até R$ 45 mil. Para essa faixa, serão destinados recursos da ordem de R$ 3,8 bilhões. Segundo


Fotos: Guilherme Kardel

Bruno Araújo, a faixa 1 do MCMV ganha prioridade. Além das 4.232 unidades habitacionais que já foram contratadas, a pasta retomará outras 10.609 da faixa 1 que estavam paralisadas. Reforçando a importância do compromisso de credibilidade com os parceiros do setor da construção, o ministro destacou que, nos últimos 90 dias, o governo Temer arrumou a casa e priorizou a regularidade dos pagamentos. Segundo ele, tanto no MCVM quanto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Ministério das Cidades não deve um único Real aos parceiros que constroem habitação popular no País e nem um único centímetro de medição de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O ministro também anunciou que, em conjunto com o Ministério do

Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, para 2017 o orçamento da habitação ganhará investimento de R$ 7 bilhões de recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para novas contratações, fixando

como meta a contratação de 600 mil unidades. Além disso, informou que, por determinação do governo, tem prioridade de acesso ao programa MCMV as famílias que tenham crianças com microcefalia.

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SINDUSCON-CE

Investindo na capacitação Universidades corporativas como a Uniconstruir ganham cada vez mais espaço no setor por fomentar a formação de profissionais com qualificação direta e rapidez de ensino

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riadas para agregar conhecimento acadêmico às práticas do cotidiano das profissões, as universidades corporativas surgem como núcleos de formação e aperfeiçoamento patrocinados por uma organização e destinados a satisfazer às necessidades de desenvolvimento profissional de clientes, colaboradores, fornecedores e representantes. O segmento da construção civil reconhece essas unidades educacionais como aliadas para o fortalecimento da qualificação de seu corpo técnico (engenheiros, arquitetos, técnicos de edificações, contadores, administradores, entre outros). E, assim, aumentar a eficiência em seus canteiros de obras. Hoje, no Brasil, instituições corporativas do setor mantêm centros próprios de formação, como a UniSecovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), a Unisecovi-PE, a Unisecovi Rio, o Centro de Estudos e Educação Continuada, do Sinduscon-SP; o Nú-

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cleo de Treinamento da Construção Civil Engenheiro Haroldo Tavares, do Sinduscon-MA em parceria com o Senai-MA, e a Uniconstruir – Unidade de Educação Corporativa da Construção Civil, do Sinduscon-CE. “A criação de uma universidade corporativa é necessária para elaborar ações educacionais para as organizações, aplicando o conceito da educação continuada e vinculando o conhecimento aos desafios e objetivos das empresas. Ou seja, quando há na instituição o foco no desempenho do colaborador, ali se identifica uma empresa que investe nas pessoas, que são o maior instrumento de mudança em qualquer ambiente”, comenta a gestora da Uniconstruir, Isabel Martins. Uma das funções dessas instituições é contribuir com o aperfeiçoamento da formação dos profissionais, a fim de melhorar seu desempenho e, com isso, gerar uma série de ganhos nos projetos e, por consequência,

nos canteiros de obras, tais como agilidade na resolução de problemas, melhorias nos prazos e custos das obras e na qualidade dos serviços. A aposta no potencial das universidades corporativas pode aumentar a margem de rentabilidade das empresas e consolidar a própria imagem da construtora e/ou incorporadora. Para o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, a ferramenta de apoio ao conhecimento agrega valor às estratégias da organização, propaga seus valores, aumenta a qualificação humana e profissional, promove o crescimento do capital intelectual, aumenta o diferencial competitivo e até fideliza os colaboradores. Uniconstruir - Criada em 2010, a Uniconstruir surgiu com a premissa de fomentar o desenvolvimento setorial, estimulando a participação dos associados e demais interessados por meio da ampliação do saber. Em 2015, deu início a uma nova fase e atualizou sua



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instituto. Teremos a oportunidade de atender à demanda de capacitação da região e ainda proporcionar a vivência dos conhecimentos teóricos adquiridos na academia”, destaca. A Uniconstruir e a UFC (Universidade Federal do Ceará) também firmaram parceria para difundir mais conhecimento junto ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho. O convênio prevê a realização da disciplina optativa Práticas Construtivas. As aulas são destinadas aos alunos que estão cursando o décimo semestre do curso de Engenharia Civil e acontecem às terças-feiras, das 8 às 12 horas, com uma metodologia que uni teoria e práticas da construção civil. A programação ministrada

por engenheiros e arquitetos atuantes no setor aborda temas como fundação e contenção, estrutura de concreto, vedação e revestimento de piso e parede, entre outros. À frente da iniciativa está o professor Barros Neto, titular do curso de pós-graduação em Engenharia Civil da UFC e coordenador do Gercon (Grupo de Pesquisa e Assessoria em Gerenciamento da Construção Civil). Ele acredita que a parceria entre a universidade e a Uniconstruir é muito importante. “A proposta é desenvolver uma disciplina bem prática, que repasse um pouco da experiência de profissionais renomados nas suas respectivas áreas de atuação, para alunos que estejam concluindo o curso de Engenharia Civil.”. Segundo o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, além do importante papel de formação dos profissionais do setor, a Uniconstruir atua como um canal de diálogo. “Ela possibilita a troca de ideias entre as empresas. As organizações necessitam que as pessoas aprendam mais rápido, acompanhando a velocidade da geração de conhecimento do mundo atual. Elas precisam alinhar as iniciativas de treinamento com a estratégia da organização, considerando a cultura e contexto organizacional e as competências essenciais. É nesse sentido que a Uniconstruir atua para o setor”, comenta.

Fotos: Guilherme Kardel

grade de cursos conforme a necessidade do mercado. Para marcar o novo momento, estruturou novo espaço físico com andar corporativo para as salas de aula e secretaria - sediada à Rua Tomás Acioli, 840, 6º andar – Dionísio Torres, Fortaleza (CE). Com a mudança, tem o foco agora em três pilares: estratégico, tático e operacional, direcionados às áreas de gerenciamento, custos/produtividade, projeto, construção sustentável, qualidade e material de construção. O seu público-alvo é formado por profissionais e estudantes do setor da construção civil, com interesse em cursos de curta duração (até 30 horas/aula) para sua complementação técnica, voltada para a formação prática, vivenciada no dia a dia do setor. No último ano, foram realizadas mais de 30 capacitações. Para atender esta demanda, conta com parcerias da Aval Engenharia, Astef/UFC (Associação Técnico-Científica Engenhenro Paulo de Frontin), o Ibraenge (Instituto Brasileiro de Auditoria de Engenharia), FA7 (Faculdade 7 de Setembro), Faculdade CDL, MRH Gestão Gestão de Pessoas e Serviços, R. Amaral Advogados Associados e ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Estas entidades que chancelam e garantem a excelência dos cursos ofertados. Oferta - No primeiro semestre de 2016, já foram realizadas capacitações nas áreas de Inspeção Predial

e Auditoria Técnica Predial, Regularização do Código Tributário no Município de Fortaleza, Patologias nas Edificações, Projeto Estrutural, Planejamento e Controle Físico-Financeiro de Obrasm, entre outros. A programação para o segundo semestre está no site: http://www. sindusconce.com.br/cursos.php A entidade firmou convênio com o Instituto de Tecnologia do Cariri (ITEC/URCA), sediado em Juazeiro do Norte (CE). O diretor do projeto, Jefferson Luiz Marinho, acredita que a parceria proporcionará aos estudantes da área a possibilidade de agregar o conhecimento acadêmico à prática. “Contar com o apoio da Uniconstruir e do Sinduscon-CE dá ainda mais credibilidade às ações do



CULTURA

História e imponência arquitetônica Edifício construído no século XIX e um dos pontos turísticos de Fortaleza por sua arquitetura possui grande acervo sobre o desenvolvimento econômico do Ceará

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prédio escolhido para sediar o Museu da Indústria do Ceará não foi escolhido por acaso, segundo os responsáveis pela criação e manutenção do espaço. Isso porque, ele conta a história da construção civil e da arquitetura do Ceará. Imperioso desde sua concepção até seu acabamento, o edifício foi erguido no final do século XIX, ainda durante o governo de Dom Pedro II. Localizado no mais importante corredor histórico do Centro da capital cearense, onde se pode visualizar o Passeio Público, o Forte Nossa Senhora de Assunção, a Santa Casa de Misericórdia, o Centro Cultural Dragão do Mar e a Catedral. O Museu da Indústria já está consolidado como marco cultural e turístico da cidade, por ser um espaço que mostra cinco séculos da história industrial cearense sem deixar de interagir com os novos tempos de inovação, tecnologia e conhecimento. O equipamento comprado pelo Serviço Social da Indústria (SESI/CE) e mantido em parceria com a Fede-

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ração das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC-CE) reúne a memória e a história do desenvolvimento do Estado, desde o surgimento das atividades econômicas na região - como a pecuária e o algodão - até os dias atuais, com a força dos segmentos das energias renováveis e da inovação tecnológica dirigida para todos os setores, inclusive é claro, o da construção civil. A sua primeira ocupação serviu como sede da Sociedade União Cearense, o primeiro clube da capital e ponto de encontro da sociedade cearense de então. Com o passar dos anos, o histórico do prédio trouxe outros usos: funcionou como Grande Hotel do Norte, sede dos Correios - nos idos de 1895 a 1935 -, e ainda recebeu a The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda. A empresa inglesa controlava a dis-

tribuição de energia elétrica e de iluminação pública e ainda controlava o serviço de bondes a tração elétrica de Fortaleza. O edifício foi tombado pelo Governo do Estado do Ceará através do decreto número 23.829, de 29 de agosto de 1995-, comprado pelo SESI em 2001 e, entre 2005 e 2007, passou por restauração com parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Universidade de Fortaleza (Unifor), sob a liderança do arquiteto Domingos Cruz Linheiro. O Museu da Indústria do Ceará conta com mais de dois mil metros quadrados de área disponível dedicada à valorização da história da indústria do Estado, por meio de exposição dinâmica e de longa duração, com objetos, vídeos e textos remetendo à memória do setor produtivo. Também fazem parte do equipamento uma biblioteca, dois auditórios multiuso - um com capacidade para 180 pessoas e outro, para 70 - e um café bistrô. “Trata-se de um equipamento de grande importância, por ressaltar a memória da indústria cearense, com exposição de longa duração que percorre momentos decisivos para o desenvolvimento econômico do Estado e por ser também uma ferramenta cultural, que tem por proposta aproximar a indústria das áreas da chamada economia criativa, do design, da moda, da arquitetura e da gastronomia”, explica Luiz Carlos Sabadia, diretor do Museu. “Juntos, faremos muitas coisas interessantes!”, finaliza.

Serviço Museu da Indústria Horário: das 9 às 19 horas, de terça à sábado. Endereço: Rua Dr. João Moreira, 143 - Centro, Fortaleza - CE Telefone: (85) 3201.3901 Acesso virtual: www.museudaindustria-ce.org.br

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SEGURANÇA

Riscos de acidentes com esquadrias e guarda-corpos de alumínio Estar atento à qualidade e à montagem de esquadrias e guarda-corpos de alumínio é fundamental para o bom acabamento e, principalmente, para a segurança

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AFEAL (Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio) tem como compromisso o dever para com a sociedade e, por isso, faz questão de combater e alertar sistematicamente a não observância das Normas Técnicas por parte de alguns serralheiros que, inclusive, as desconhecem e não as obedecem tanto na fabricação, como a instalação de esquadrias e guarda-corpos de alumínio. Estas ações da entidade visam evitar, assim, o risco de graves acidentes que podem vir a ocorrer, causados por este procedimento. De acordo com a associação, a não observância das Normas Técnicas durante a fabricação e a instalação de esquadrias e guarda-corpos de alumínio pode oferecer riscos de graves acidentes, inclusive fatais. Por esse motivo, a AFEAL procura mostrar à população informada sobre a importância de se obter o máximo de informações sobre o histórico de atuação no mercado dos fornecedores de produtos e serviços do segmento. A postura crítica do consumidor contribui para evitar o contato da

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sociedade com produtos ou serviços de empresas e profissionais que não seguem os requistos técnicos obrigatórios responsáveis por garantir segurança, estanqueidade à água, conforto térmico e acústico, entre outros fatores imprescindíveis aos produtos. O assunto é tão sério que, para, ilustrar o grau de risco envolvido, é fundamental citar, por exemplo, o que aconteceu com um guarda-corpo de vidro que despencou de um edifício residencial localizado na rua 3.600, em Balneário Camboriú (SC), que, felizmente no momento, não havia ninguém nele apoiado, mas que terminou por atingir seriamente um pedestre que transitava pelo local. O vídeo deste sinistro pode ser visto no link https://www.youtube.com/ watch?v=V1fNnZ-hhgM Outro fato relevante aconteceu em 2014, no aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro (RJ). Um guarda-corpo instalado sem a devida observância das regras normativas no que tange aos espaçamentos máximos de abertura permitidos entre seus elementos provocou a queda de uma criança de três

Por João Salviano Filho*

anos. Ele passou por uma de suas frestas, que apresentava dimensão bem maior que os 110 milímetros limitados por norma. Pelas mesmas razões, houve outra ocorrência que resultou na morte de uma criança de um ano e quatro meses. Ela atravessou guarda-corpo de um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, fato este que pode ser verificado consultando o link: http:// noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ agencia-estado/2012/12/29/crianca-morre-apos-cair-da-varanda-de-hotel-no-rj.htm . Estes episódios fizeram com que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) solicitasse a AFEAL a revisão da norma técnica de guarda-corpos para edificações (NBR 14718). Outros itens deste universo podem apresentar altos riscos de sinistros como, por exemplo, o fato ocorrido em setembro de 2015, em Taboão da Serra (SP). Um menino de cinco anos caiu ao atravessar a janela de banheiro do apartamento em que residia no 26º andar. Técnicos identificaram que a janela não seguia os padrões de segurança


estabelecidos na norma ABNT NBR 10821 de esquadrias externas para edificações. Pode-se citar também o caso de uma janela que se desprendeu do seu vão em um hotel, caiu sobre transeuntes em Copacabana, no Rio de Janeiro, e feriu uma mulher. Como são muitos os critérios a serem observados nos processos de especificação, fabricação e instalação de esquadrias, fachadas, guardas corpos, tetos, etc., a AFEAL orienta a contratação de fornecedores com idoneidade técnica e que cumpram as normas vigentes conforme vasto histórico de obras realizadas. E, claro, utilizem componentes (acessórios) testados e homologados por órgão competente. Desta forma, é importante estar alerta ao correto dimensionamento estrutural e considerar as diversas situações dos vãos em que os produtos serão instalados e pressões de ventos a que serão submetidas e também à especificação de vidros de acordo com as normas, tanto para as esquadrias e fachadas como para os guarda-corpos. Os resultados serão perfeita conformidade ambiental e adequada fixação, excelente acabamento e bom desempenho acústico que, com certeza, proporcionarão tranquilidade ao contratante, segurança, garantia e conforto ao consumidor final. A associação avisa, ainda, que uma estrutura metálica, com vidros e seus componentes, possui vida útil

e, por isso, necessita de manutenção periódica e, inclusive, a substituição de componentes quando constatada alguma deficiência no seu desempenho. Por isso, vale lembrar que, a falta de manutenção, o manuseio incorreto e a utilização de produtos de limpeza inadequados podem afetar o desempenho destes elementos e provocar acidentes de proporções incalculáveis, tanto aos seus usuários quanto aos que vivem e transitam em seu em torno. É sugerido também que o cliente deve sempre solicitar do seu fornecedor de esquadrias de alumínio o manual de utilização e manutenção destes produtos, além de seguir todas as orientações lá presentes, para assim obter segurança, o melhor desempenho e uma alta durabilida-

de para estes itens. Estes manuais são disponibilizados pela AFEAL aos consumidores. Basta fazer contato através do site www.afeal.com.br. No Ceará, as empresas filiadas a AFEAL são Metalúrgica LCR, Alunobre, Metal Leste, Refilar, Metal Brasil, Metal Lock, Allum e Unit. Elas, além de seguir rigorosamente todas as normas para o setor, utilizam matérias primas e componentes de qualidade e aplicam corretamente todos os elementos que compõem o produto final.

* João Salviano Filho é engenheiro Civil, coordenador do Núcleo AFEAL de Fortaleza e gestor Comercial da Metalúrgica LCR Ltda

Construção Ceará -

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NEGÓCIOS

Aberta para a construção A Zona de Processamento de Exportações do Ceará (ZPE-CE), referência nacional, é importante canal para a exportação de produtos dos mais diversos setores da economia

O

Ceará deve receber, em breve, empresas da área de beneficiamento de granitos, mármores e outras rochas. Segmento que podem gerar investimento total da ordem de, aproximadamente, R$ 400 milhões. Segundo o assessor especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Antônio Balhmann, 20 solicitações de área – muitas delas de empresas de outros estados -no novo espaço que foi incorporado à Zona de Processamento de Exportações do Ceará (ZPE-CE) já foram assinadas. “O montante vendido para fora do País em 2015 foi em torno de 20 milhões de dólares, número que deve crescer este ano. Isso porque, o setor de rochas ornamentais foi incluído entre os beneficiados com áreas para instalação de indústrias na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE)”, garante Carlos Rubens Alencar,

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presidente do Simagran-CE (Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará). Este é apenas um exemplo das possibilidades abertas para o setor da construção civil com o trabalho desenvolvido pela Companhia Administradora


Mário Lima

da Zona de Processamento de Exportação do Ceará, órgão mantido pelo Governo do Estado, que tem como metas efetivas reduzir desequilíbrios regionais, fortalecer o balanço de pagamentos, além de promover a difusão tecnológica e o desenvolvimento econômico e social do País. Mário Lima, presidente da ZPE

Ceará, disse que um dos principais benefícios para as empresas que decidirem investir na ZPE é a proximidade com o Porto do Pecém, o que facilita a logística para as exportações, a isenção de tributos e de taxas da Marinha Mercante. Como também a infraestrutura completa (energia, água e comunicação). Inspirado no modelo chinês de estímulo às empresas voltadas para o mercado externo, o sistema desenvolvido pelo governo do Ceará prevê que as isenções tributárias durem enquanto vigorar o contrato com a ZPE. De acordo com o órgão, normalmente o prazo é de 20 anos, podendo ser prorrogado. Outro benefício é a cessão de terreno através do regime de comodato. Qualquer empresa pode se instalar, independentemente de porte ou faturamento, desde que atenda o requisito de ter no mínimo 80% da sua receita bruta originada de expor-

Antônio Balhmann,

tações. A ZPE destaca ainda que as empresas instaladas não precisam “fechar câmbio”, ou seja, não têm de converter para o real os proventos de suas vendas. O presidente da ZPE fez questão de ressaltar que recentemente houve aumento da área disponível para as empresas no sistema. Mais de dois mil

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O que é uma ZPE ? hectares que seriam destinados à refinaria Premium da Petrobras, cujo projeto foi cancelado, foram incorporados à área total da ZPE. Com isso, ela tem disponíveis cerca de 6 mil m² para abrigar empresas de diversos setores. E atrair o segmento da construção civil é um dos objetivos. Modelo nacional - O Brasil conseguiu formalizar 25 projetos de ZPEs. Entretanto, o único que adquiriu conhecimento e maturidade para conseguir o status de free zone similar às que existem em países como Estados Unidos e China foi o cearense, conforme declaração Antônio Balhmann. “A ZPE é o projeto nacional com mais densidade na área de comércio exterior e desenvolvimento industrial e a cearense é um modelo para o País”, afirma o assessor especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado. Um dos principais motivos para este sucesso, de acordo com ele, é a Companhia Siderúrgica do Pecem (CSP), principal empresa instalada na área da ZPE e que no último dia 26 de julho registrou a exportação da primeira placa de aço. Balhmann acredita que um dos principais benefícios de uma ZPE é que ela tem potencial para estimular exportadores que já atuam no mercado e enfrentam problemas como alta carga tributária e burocracia, que prejudicam a competitividade.

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Trata-se de um distrito industrial incentivado, no qual indústrias nele localizadas operam com benefícios tributários cambiais e administrativos. Pela legislação brasileira, no mínimo 80% da sua receita devem ser resultados de suas exportações. Os objetivos da ZPE são atrair investimentos estrangeiros voltados para as exportações, colocar empresas nacionais em igualdade de condições com seus concorrentes localizados em outros países, que dispõem de mecanismos semelhantes; criar empregos, aumentar o valor agregado das exportações, fortalecer o balanço de pagamentos, difundir novas tecnologias e práticas mais modernas de gestão e corrigir desequilíbrios regionais.

Incentivos da ZPE*

Nas importações - imposto de importação, adicional de frete, adicional de frete para renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e Imposto sobre Produtos industrializados (IPI), PIS/COFINS e PIS/PASEP de importação. Nas compras no mercado interno - suspensão dos tributos IPI, COFINS e PIS/PASEP. *Os incentivos fiscais são para equipamentos, insumos e maquinários importados ou adquiridos no mercado interno



NEGÓCIOS

Fomentar é a missão Agência de Desenvolvimento do Ceará é canal aberto para o desenvolvimento da indústria do Estado, inclusive o da construção civil

“A

importância da construção civil é imensurável”. Esta frase de Ferruccio Feitosa, diretor-presidente da Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), ressalta o quanto é fundamental o desenvolvimento do setor para a economia cearense e dizer que o órgão está aberto a apoiar a instalação e o crescimento de empresas do segmento no Estado. “Temos indústrias capazes de produzir todos os produtos utilizados na construção civil, o que garante emprego e renda nas regiões cearenses. As de cimento são incentivadas pelo Governo do Estado, assim como as de cal, tinta, louças sanitárias, tubos e conexões, cerâmica, tijolos, telhas, granito, e etc.”, afirma. O órgão, criado em 2007, é o braço operacional para colocar em prática o que é planejado pela Secretaria do

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Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (SDE). Em sua estrutura, estão as diretorias de Infraestrutura, Desenvolvimento Setorial, Atração de Investimento e Agronegócio. É de competência da Adece executar políticas de desenvolvimento econômico, industrial, comercial, de serviços, agropecuário e de base tecnológica. Ela tem o papel de articuladora do Governo com os setores produtivos, atrair investimentos e criar condições para a competitividade dos segmentos econômicos. A entidade já instituiu 25 câmaras setoriais. Dentre elas, duas ligadas à construção civil: mineração e imobiliário. Em propostas recentes da Câmara Setorial Mineral, destaque ao espaço na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) para a produção de rochas ornamentais e o “Atlas de Geologia e Mineração do Estado”.

A ZPE, segundo Ferruccio, é diferencial competitivo para atrair investidores. Trata-se de área alfandegária localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que propicia benefícios fiscais às indústrias instaladas e são responsáveis por alavancar as exportações do Estado.


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Menos custo, mais qualidade! Tecnologia desenvolvida pela cooperativa, o Sistema de Estrutura Pronta (SEP), reduz perdas e traz economia na execução da obra

O Sistema de Estrutura Pronta (SEP), tecnologia desenvolvida pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) com o objetivo de executar e entregar estruturas de concreto nos canteiros de obra com redução de desperdícios de materiais, otimização da execução e, consequentemente, geração de economia para as empresas, já está sendo implatado em Fortaleza e quer conquistar espaço junto aos associados da cooperativa. A Coopercon-CE, para implementar o sistema, reuniu fornecedores como: Engemix (concreto usinado), ArcelorMittal (aço cortado, dobrado e armado) e Impacto Protensão (serviço de protensão). Além disso, o SEP conta com outros parceiros que têm como intuito oferecer às empresas soluções diferenciadas do processo construtivo. Caso da Estrutech, responsável pelo serviço de mão de obra. “O SEP é um sistema idealizado pela Coopercon-CE em conjunto com a ArcelorMittal, parceiro tradicional da entidade nos segmentos de aço e corte e dobra. Trata-se de um projeto que trouxe novas tecnologias e competitividade ao setor. Desta parceria houve avanços e montamos, o SEP para otimizar os processos construtivos”, afirma Waldemar Cartaxo, diretor de Novos Negócios da cooperativa. Em suma, a Coopercon-CE é a gestora técnica e operacional do SEP. Ela atua como mediadora entre os fornecedores e realiza a coordenação, o planejamento e o acompanhamento dos fornecedores e prestadores de

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Waldemar Cartaxo

serviço. “Ainda não é uma estrutura pré-moldada. Mas o sistema traz um diferencial em relação aos métodos mais utilizados hoje. É um passo importante para se transformar a forma de trabalho na construção civil”, ressalta o diretor da cooperativa. Waldemar Cartaxo garante que, além da redução na quantidade de insumos utilizados nas obras, o SEP representa benefícios à estrutura quanto à prevenção da deformação e da fissuração e no que se refere à qualidade do produto acabado. Fatos estes que previnem e evitam o retrabalho durante as etapas subsequentes de acabamento. Um projeto piloto, desenvolvido em parceria com a con-


ceituada construtora J. Simões, está sendo realizado na capital cearense, empreendimento que deve ser iniciado brevemente. Trata-se de um edifício com 69 apartamentos de 130 metros quadrado cada, no qual serão utilizados 4.150 metros cúbicos de concreto total. Segundo o diretor de Novos Negócios da cooperativa, com a utilização do SEP haverá redução de aproximadamente 20%, conforme a característica de cada projeto, no volume de concreto e peso do aço utilizado, bem como economia de investimento em material e mão de obra. Para José Simões, proprietário da J.Simões, do ponto de vista da construtora, a Coopercon-CE apresenta o sistema certo, pois ela faz todo o gerenciamento, a gestão do uso de estrutura de concreto em temos de locação, visibilidade, detalhes técnicos e melhor aproveitamento da estrutura. “A entidade faz toda a gestão da cadeia, da execução da estrutura e nós recebemos o produto pronto e de alta qualidade”, enfatiza. José Simões diz que utilizar o SEP vale pela organização, pelo sistema ter uma cadeia fechada, e pela parceria com a ArcelorMittal que é a fornecedora do aço e contribui com o corte e com a dobra, além do trabalho em conjunto com o grupo Votorantim e com empresa de mão de obra. Assim, o sistema tem toda a verticalização na entrega do começo ao fim do processo de construção. A ideia da construtora em trabalhar juntamente com a Coopercon-CE, mais do que pela economia gerada, é a qualidade da estrutura com o uso do sistema certo. Ou-

José Simões

tra grande vantagem é o controle da mão de obra, pois a sua demanda deixaria de existir com o final da obra. Ou seja, não é preciso demitir vários funcionários da cadeia, pois a cooperativa leva este trabalhador para outros empreendimentos sem precisar haver demissões. O SEP, prioritariamente avisa Waldemar Cartaxo, é destinado aos associados da Coopercon-CE, pois segundo ele, sobrará pouco espaço para as empresas que não fazem parte da cooperativa. Porém, tecnicamente e juridicamente, não é vedada a possibilidade de sua utilização para os demais. Mas, claro, sem algumas vantagens que o cooperado possa a vir ter. “Este projeto visa atender aos cooperados, mas não deixa de estar aberto a todas as construtoras do Estado”, finaliza o dirigente.

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Corte e dobra de primeira Unidade fabril em parceria com a gigante do aço ArcelorMittal atende ao mercado cearense e ao da Região com produtos em aço de alta qualidade Oferecer soluções em aço para a execução da etapa estrutural de obras de todos os portes, com garantia de qualidade, produtividade e economia para as construtoras. Esta é a missão da parceria entre a Coopercon-CE (Cooperativa da Construção do Ceará) e a ArcelorMittal - maior produtora de aço do mundo - ao oferecer e manter uma unidade de “Corte e Dobra” de Maracanaú, na cidade da Grande Fortaleza (CE), para atender a Região Nordeste e, prioritariamente, o mercado do Ceará. “Há 11 anos a nossa entidade trouxe o sistema de “Corte e Dobra” para o Estado, em uma época em que o mercado era dominado por apenas um fornecedor. Desde então, evoluímos tecnologicamente em equipamentos e serviços, e consolidamos uma parceria forte com a ArcelorMittal”, afirma Yves Mourão, gerente Comercial da Coopercon-CE. O executivo faz questão de lembrar que o “Sistema de Corte e Dobra” da Coopercon-CE é considerado um dos melhores do Brasil e foi premiado pela ArceloMittal pelos serviços prestados. Isso, além de possuir a certificação ISO 9001, pelos processos utilizados e pelo acompanhamento próximo das obras por parte da equipe técnica da entidade. Segundo Ney Gomes Ibiapina, engenheiro de Aplicação para o Nordeste da ArcelorMittal, o principal produto da unidade de Maracanaú é o corte e a dobra de vergalhão. Todavia, já enxergando a tendência de industrialização da construção civil, ele diz que ela já atende ao mercado com a “Armadura Pronta Soldada”, que entrega a estrutura pronta e armada para aplicação na forma, de acordo com o projeto da obra. “Isso mesmo! Há dois anos lançamos no mercado o sistema de armaduras prontas, que já é uma evolução do corte e dobra de aço. Nele, entregamos a peça montada, pronta para encaixar na estrutura e, assim, concretar. O “Corte e Dobra” da Coopercon-CE está em constante alinhamento

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com as principais tendências do mercado de estruturas, sempre buscando as melhores soluções aos cooperados”, reforça Yves Mourão. Neste mesmo sentido de diversificar seus produtos e sempre em busca de inovação e tecnologias de ponta, a ArcelorMittal e a Coopercon-CE - junto com os parceiros Impacto, Estrutech e Engemix – desenvolveram novo conceito de serviço: o SEP – Sistema Estrutura Pronta, no qual todos os serviços e produtos da estrutura da obra são geridas de forma unificada (leia matéria nesta edição). “Otimização de projeto, controle de recebimento de materiais e rastreabilidade de sua aplicação, além de mão de obra com coordenação centralizada são os maiores diferenciais. Essa solução traz maior velocidade para a obra, desenvolvimento de novas tecnologias, com custo reduzido e grande produtividade”, ressalta Ney Gomes Ibiapina. O especialista avisa que o serviço de corte e dobra de Maracanaú é executado por mão de obra especializada gerida pela Coopercon-CE e, apesar da direção da entidade, todos os produtos fabricados na unidade são destinados para todas as empresas, independente se é cooperada ou não. O produto é oferecido para todo o mercado, não somente para os cooperados.


Cooperar é fundamental Tese defendida por estudante de Administração de Empresas e profissional de compra do setor mostra o quanto é importante a união das empresas para o desenvolvimento da economia “As cooperativas são agentes responsáveis por darem nova visão de fazer negócios, mesmo diante de uma economia tão globalizada, sendo possível todos trabalharem juntos. Cooperar é uma filosofia de negócio com o propósito de viabilizar a igualdade em todas as suas esferas, seja na participação de um maior número de membros, na promoção de mercado competitivo mais justo, como também em proporcionar maior integração social.” Foi este o pensamento que levou Rafael Tavares, 32 anos, estudante do curso de Administração de Empresas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e gestor de suprimentos da empresa Simpex/Dasart Incorporações, a defender em sua monografia de graduação a importância do cooperativismo como ferramenta para o desenvolvimento da economia e para a geração de emprego. “A ideia é abordar o cooperativismo em sua totalidade, para depois refinar a pesquisa para o setor da construção civil, fundamentada na contribuição do modelo cooperativista de compras da Coopercon-CE como referência no Brasil”, afirma Rafael Tavares. “Com o resultado do trabalho, pretendo ratificar a viabilidade econômica aos cooperados pela otimização das negociações, sem abrir mão da responsabilidade social e de proporcionar maior visibilidade no cenário nacional no que tange ao surgimento de novas cooperativas de compras”, ressalta. Os métodos utilizados no levantamento, segundo ele, são a pesquisa quantitativa e qualitativa com construtoras e fornecedores cooperados e com a própria Coopercon-CE, a fim de coletar dados substanciais que evidenciam as contribuições econômicas e sociais aos entes diretos e indiretos. “São consultados artigos e teses, periódicos eletrônicos, principais teóricos sobre o assunto, pesquisa bibliográfica, coleta de informações e materiais junto a Coopercon-CE”, explica. Rafael Tavares diz que “as ações da Coopercon-CE de-

ram novo sentido à construção civil no que tange a geração de emprego e renda, nos investimentos em pesquisa e inovação, inclusão social via parcerias públicas e privadas. Tudo isso contribui com a solidez frente às dificuldades enfrentadas pelo setor”. Também por isso, a entidade foi escolhida como fonte para a sua tese, pois, para um bom trabalho acadêmico é relevante abordar um conteúdo de qualidade, capaz de disseminar conhecimento que venha, de alguma forma, contribuir e agregar valores. Ele acredita que os atos realizados pelas cooperativas em diversos ramos de atividade impactam positivamente nos cooperados, bem como na comunidade em que estão inseridos e atrelados ao desenvolvimento econômico e bem-estar social. “A Coopercon-CE nasceu nesta atmosfera. Não apenas como gestora dos associados e/ ou preocupada com os interesses dos seus membros. Mas, sim, pautada em valores como a sustentabilidade, meio ambiente e atuação social”, declara. O estudante e profissional do setor garante que a experiência de comprador em uma empresa do setor da construção foi importante no desenvolvimento de sua monografia. “Atuo há quase dez anos no setor de suprimentos com experiência no varejo, indústria e construção civil. E isso promoveu um maior entusiasmo profissional, pela eficiência organizacional vivenciada. A valoração do comprador na construção civil serviu de ingredientes na minha decisão em desenvolver uma pesquisa acadêmica nesta área”, conclui.

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ENTREVISTA

Contra a crise e em prol das construtoras! André Montenegro, presidente do Sinduscon-CE, fala das ações feitas pela entidade para amenizar os efeitos das crises econômica e política e sobre as ações realizadas em seu primeiro mandato

N

a reta final de seu primeiro mandato à frente do Sinduscon-CE (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará), André Montenegro vem trabalhando firme e forte para amenizar o efeitos das crises econômica e política por que passa o Brasil para o segmento que representa. Segundo o seu presidente, a entidade atuou nos dois últimos anos e mantém o mesmo procedimento com intuito de que as construtoras cearenses se preparassem para encarar com saúde os desafios que enfrentaram e têm ainda por vir. Nesta entrevista, o engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) fala da situação do País, dos projetos e programas desenvolvidos sob sua direção no Sinduscon-CE - como, por exemplo, a campanha “O Acidente Não Compensa”-, sobre o apoio incondicional

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aos associados, sobre o trabalho incansável desenvolvido pela entidade em busca da inovação em métodos construtivos e para o setor com um todo e também sobre o possível fim do projeto governamental “Minha Casa, Minha Vida”. Como foi o primeiro semestre de 2016 para as construtoras do Ceará? Foi um grande desafio. Com essas duas crises, a política e a econômica, a construção civil tem sofrido bastante. Com a restrição de crédito e os clientes, cautelosos com investimentos, as empresas do setor tiveram contração grande. De que forma as construtoras do Estado reagem a este momento turbulento? As construtoras do Ceará se prepararam melhor e estão em uma posição positiva em relação aos outros estados. Em 2014 e em 2015, conversamos com as principais construtoras para que elas avaliassem o número de lançamentos. Esta foi uma forma para evitar que o estoque de unidades à disposição no mercado não aumentasse tanto. Desta forma, nos preparamos mais e melhor para podermos enfrentar a crise e estarmos mais forte quando ela se for. Apesar disso, a crise está afetando o setor... Independente de nossa preparação, a crise tem afetado as empresas e, assim sendo, o caixa delas está sendo afetado. Entretanto, acredito que nosso setor deva sair da crise mais

forte. Isso, desde que volte a confiança do mercado. Se isso acontecer, saímos dessa situação. E o quanto as linhas de crédito hoje oferecidas contribuem para a construção civil? Esse primeiro semestre foi muito ruim para o setor. Entretanto, a Caixa abriu recentemente uma linha de crédito para o financiamento da produção, através de recursos da Caderneta de Poupança. Trata-se de uma ação que pode reforçar o caixa das empresas que eventualmente possam passar por dificuldades. E isso é o primeiro passo para uma possível retomada para nosso segmento. Qual é a importância destas linhas de crédito vindas da Poupança para o setor? Houve uma fuga muito grande da Poupança no primeiro semestre deste ano e isso dificultou o crédito para a construção civil. Hoje, contamos com o crédito para o consumidor final, embora com juros um pouco mais alto do que eram praticados até pouco tempo. Mesmo assim, o setor da construção tem os juros mais baratos do mercado. O maior problema é a falta de confiança das pessoas. E como o Sinduscon-CE analisa o programa “Minha Casa, Minha Vida” promovido pelo Governo Federal, importante ferramenta para o fomento do setor da construção civil brasileira e regional? As obras que estão em execução vêm sendo pagas normalmente. Mas,

infelizmente, não houve contratação de novos projetos em 2015 e também este ano. Por isso, a tendência é que este programa venha a acabar ou a ter uma parada momentânea. Esse ano, devemos entregar mais 15 mil unidades e dez mil outras, no próximo. Todavia, projetos novos não estão acontecendo e isso é muito ruim para o desenvolvimento do setor e para se conseguir manter, e isso é claro, o nível de emprego. Por falar em nível de emprego nos diversos segmentos da construção civil cearense e nacional, o que se pode esperar para um futuro próximo? A tendência é o desemprego aumentar. As obras contratadas estão terminando, não está tendo reposição. Ou seja, menos obras, menos empregos. E o mercado imobiliário também

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terá uma parada séria, pois o que nós construímos e vendemos em 2013 e em 2014, estamos entregando agora. Acredito que, se o panorama não mudar, o desemprego será muito grande, já que não temos lançamentos e, assim, novas construções. Se até o final do primeiro semestre de 2017 não houver a retomada, teremos 50% do contingente de trabalhadores sem seus empregos. Não podemos esquecer que a construção civil é uma locomotiva da economia nacional, pois a cada emprego direto, ela gera pelo menos três indiretos. E como este cenário pode ser mudado? Se resolvermos a crise política e tivermos firme direcionamento para o crescimento do País. Quais são a principais diretrizes do Sinduscon-CE para esse ano? Como uma instituição que representa as construtoras do Ceará, um sindicato forte, com enorme representatividade perante aos associados, temos atuado de forma expressiva em defesa dos interesses de nossa classe e também para o bem da sociedade como um todo. E quais são os principais desafios da entidade? Eles são, acima de tudo, o comprometimento com a inovação, o foco total na produtividade e o apoio incondicional às novas tecnologias, em trazer materiais diferenciados para nossas construtoras. Para tanto, temos promovido missões internacionais. Estivemos na Bauma (Munique), maior e mais conceituada feira do

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mundo da construção civil realizada na Alemanha. Lá, conhecemos diversos sistemas construtivos. Fizemos outras viagens para a Itália, para a Bélgica, onde fomos conhecer uma empresa de mais de 50 anos que trabalha com pré-fabricados de concreto. Também promovemos intercâmbios com outros países e, inclusive, uma delegação alemã já veio nos visitar em Fortaleza.

de prevenir acidentes no canteiro de obra. Ela mostra que sai muito mais barato evitá-los do que remediá-los.

Existe alguma outra ação desenvolvida pelo SindusconCE para fomentar esta troca de informações? Agora em setembro (27 e 28), realizaremos a InovaConstruir Experience, no Gran Mareiro Hotel, em Fortaleza (CE), evento de dois dias para qual traremos para a capital cearense representantes da maior empresa no que se refere a recorde de velocidade em construção de prédios: a chinesa Broad Sustainable Building. Ela é a responsável pela construção de um prédio de 59 andares em 19 dias, detentora de várias patentes e fabrica o material usado conforme ela constrói. O seu CEO, Zhang Yue, vem ao Ceará ministrar uma palestra para mostrar como se conseguiu concluir este e outros empreendimentos tão rápido.

Existem outras ações em prol do associado e do setor em desenvolvimento? Sim! Um deles é o “Café na Ciclovia”, em que vamos ao encontro de nossos operários que trafegam pelas ruas das cidades cearenses com suas bicicletas com intuito de orientá-los sobre a melhor maneira de como se comportar na condução de seu meio de transporte, a bicicleta. O Sinduscon-CE também oferece apoio jurídico aos associados e, da mesma forma, instalou comitês que, entre tantas ações, mantêm relacionamento com empresas de serviços essenciais como a Coelce e a Cagece, para levar as demandas de nossos associados em busca da melhor solução para possíveis problemas que por ventura eles tenham. Vale lembrar também que estamos acompanhando de perto as mudanças do Plano Diretor de Fortaleza. Ou seja, estamos de olho na Lei de Uso da Ocupação de Solo. Marcamos presença regularmente das audiências públicas na Câmara de Vereadores da capital, sempre participando deste importante debate e nos posicionando sobre o desenvolvimento da cidade.

Quais os programas que a entidade está envolvida atualmente? São várias ações. Entre elas uma que desenvolvemos em com junto o TRT (Tribunal Regional do Trabalho), chamada de “O Acidente Não Compensa”. É uma campanha de conscientização dirigida aos operários, aos empresários e à sociedade com intuito

Fale um pouco sobre o relacionamento entre o Sinduscon-CE e a Fiec-CE. Ela é nossa grande parceira, a entidade que nos auxilia e protege. Apoia todos os nossos programas, inclusive com aporte institucional e financeiro. Ela que nos dá um importante suporte.



ILUMINAÇÃO

A vez (mais que nunca) do LED! Vendas de lâmpadas com a “nova” tecnologia de iluminação crescem com a proibição total da comercialização das incandescentes. Confira os benefícios de seu uso

A

proibição da venda de lâmpadas incandescentes no Brasil vale desde 30 de julho, dia em que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) prometeu cumprir a lei e mobilizar equipes para fiscalizar estabelecimentos que ainda tenham à disposição incandescentes com qualquer potência. Não atender à legislação pode ocorrer em multa entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão. A restrição foi estabelecida com o objetivo de minimizar o desperdício no consumo de energia elétrica. Uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75% em comparação a uma incandescente de luminosidade equivalente. Se a opção for por uma de LED, essa economia sobe para 85%. A partir desta determinação legal, são novas soluções tecnológicas chegam para conquistar espaço no mercado tanto de grandes corporações quanto do consumidor de balcão. A bola da vez é a de LED (Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), por diversos fatores de qualidade, entre eles, luminosidade, durabilidade e economia. Assim, informações e dicas são importantes para orientar o consumidor caso a opção for pela iluminação com LED: - Ao contrário do que acontece com

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as lâmpadas eletrônicas, o LED não tem vida útil reduzida pelo ligar e desligar constante e pode ser usado com sensores de presença. - Alguns modelos de LED podem ter a intensidade de luz controlada, o que permite a criação de cenários e climas diferentes. - O LED dispensa o uso de reator. - Para aplicar o LED em cozinhas e banheiros: Em locais suscetíveis à umidade, é recomendável utilizar luminárias herméticas. Desta forma, se evita que seus componentes eletrônicos sejam danificados e venham a queimar antes do tempo previsto. - Os LEDs não queimam, mas seu fluxo luminoso deprecia após o tempo de vida estimado na embalagem.

– Ao substituir outra tecnologia pelo LED, fique atento à informação sobre equivalência descrita na embalagem. Por exemplo, quando se diz que um LED é de 18W, equivale a uma incandescente de 60W. - Pode ser descartado no lixo comum, porque não contem mercúrio, materiais tóxicos e nem metais pesados em sua composição. - O LED não esquenta o ambiente, logo, não atrai insetos e nem desbota objetos. - Reduz as emissões de gases de efeito estufa. - O LED não emite ultravioleta nem infravermelho. - Como dura mais, o LED reduz os custos com manutenção.



ACABAMENTO

Isolamento acústico e absorção sonora Processos para diminuir barulhos e ruídos têm como objetivo adequar e equalizar a distribuição sonora pelo ambiente em função de sua ocupação e uso

O

conforto acústico traz vários benefícios ao ser humano. Proporciona melhores condições de comunicação, concentração, raciocínio, aprendizado, níveis adequados para o sono e, portanto, melhora a produtividade e a qualidade de vida. O que muitas pessoas não sabem é que o tratamento acústico é realizado em duas etapas: isolamento e condicionamento através de absorção sonora e difusores. Mas qual a diferença entre eles? É bem simples. O isolamento acústico tem o objetivo de “barrar” a entrada e saída de ruídos dos ambientes, o que evita, por exemplo, que o barulho do trânsito interfira em auditórios ou teatros ou que a música de uma casa de shows incomoda a vizinhança. O isolamento acústico é geralmente realizado com materiais pesados e compactos, capazes de barrar a ener-

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gia sonora, como paredes de alvenaria, concreto, chapas metálicas, vidros laminados ou o uso de sistemas de paredes duplas, que seguem o conceito “massa + mola + massa”. Já o condicionamento acústico, tem o objetivo de adequar e equalizar a distribuição sonora pelo ambiente em função de sua ocupação e uso. Esta reflexão sonora - chamada de reverberação -, quando controlada com uso de materiais de absorção sonora, entre outros, proporciona redução do nível de ruído interno, inteligibilidade, clareza e audibilidade. Assim, a absorção sonora depende, geralmente, de materiais porosos, fibrosos ou perfurados, que dissipam o som através do atrito com esta estrutura celular. Exemplos: espumas acústicas incombustíveis, forros minerais, painéis de madeira perfurados.


Para exemplificar, imagine um bar em que as pessoas costumam bater papo com amigos após dia agitado. Os barulhos oriundos de copos e talheres, conversas paralelas e música alta refletindo continuamente pelo ambiente elevam o nível de ruído de fundo e, consequentemente, fazem com que as pessoas aumentem o volume da voz para serem compreendidas, dificultando a conversação. Para evitar a interferência entre a conversação de diferentes mesas, deve ser utilizados forros e revestimentos acústicos que absorvem os sons, reduzindo o ruído de fundo e possibilitando a comunicação, mesmo com vários grupos no mesmo local. Por isso, é preciso contatar empresas especializadas em forros e revestimentos acústicos para, assim, oferecer soluções eficazes de condicionamento acústico e redução do ruído

em praticamente todos os ambientes - desde escritórios, salas de aula, teatros, auditórios, restaurantes, hotéis, estúdios de gravação, ginásios, entre outros. Além disso, deve-se estar atento à variedade de formatos geométricos, cores e composições, para garantir um design moderno em qualquer projeto arquitetônico

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TECNOLOGIA

Em 19 dias 57 andares Empresa chinesa bate recordes em método construtivo inovador de edifícios e seu CEO é convidado especial de evento que será promovido pelo Sinduscon-CE no final de setembro, em Fortaleza

O

Sinduscon-CE trará para o Ceará o CEO da chinesa Broad Sustainable Building, empresa reconhecida mundialmente pela agilidade (leia-se recordes) na construção de edifícios. Zhang Yue ministrará palestra durante a InovaConstruir Experience, evento organizado pela entidade representativa das construtoras cearenses, que será realizado nos dias 27 e 28 de setembro, no Gran Mareiro Hotel, em Fortaleza (CE). O executivo apresentará para os associados como a empresa que dirige consegue concluir projetos com velocidade impressionante para os padrões internacionais e brasileiro. Segundo André Montenegro, presidente do Sinduscon-CE (Sindicato

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da Indústria da Construção Civil do Ceará), entre outros assuntos, ela falará sobre os processos construtivos de projetos como o “Mini Sky City” edifício de 57 andares de 180.000 m² construído em 19 dias -, de um hotel localizado na província de Hunan de 30 andares concluído em 15 dias e também de prédios de 15 andares feitos em uma semana. “Com o método tradicional, teríamos construído tijolo sobre tijolo. Porém, com o nosso método, não precisamos fazer nada além de colocar módulos juntos”, afirmou o engenheiro Chen Xiangqian. No caso do “Mini Sky City”, também chamado de “Prédio de Vidro”, foram necessárias apenas 438 horas para que os 57 andares fos-

sem totalmente construídos. Ou seja, foram feitos três níveis por dia, um recorde mundial histórico. Segundo a Broad Sustainable Building, a velocidade da obra foi garantida não apenas pela habilidade dos trabalhadores, mas também pelo uso de tijolos e blocos pré-fabricados. A escolha desse tipo de construção é mais sustentável, já que foram dispensados 15 mil caminhões de transporte de concreto, o que evitou a poluição do ar com a poeira. A construtora empregou o método modular: 2.736 módulos do edifício foram fabricados antes da construção começar – o que levou quatro meses e meio. As placas pré-fabricadas diminuem a


quantidade de cimento e, ao mesmo tempo e ajudam a desenvolver um produto mais eficiente e prático. Em comparação aos edifícios construídos pelos métodos normais, esse novo método é operacionalmente cinco vezes mais eficiente e gasta seis vezes menos em quantidade de cimento utilizado. As peças pré-fabricadas, normalmente medindo 20 centímetros de espessura, 60 centímetros de altura e 1,20 m de comprimento, foram curadas em forno de autoclave a pressão de 34 bares (34 atmosferas). A fabricação é feita com cimento CP II-F-32 ou CP II-Z-32, areia fina e aditivo à base de alumínio ou aerante. Terminado, o “Mini Sky City” possui 19 saguões com dez metros de altura cada, espaço comercial para quatro mil trabalhadores e oitocentas unidades residências. Uma das grandes preocupações dos engenheiros chineses foi com a sustentabilidade em um cidade onde a poluição chega a níveis insuportáveis. Um exemplo é que o ar que se respira dentro do prédio é filtrado por um sistema interno e, por isso, tem pureza de 99,9%, pois os blocos ficam bem presos entre si e também devido a sistemas de ar condicionado embutido. Por isso, o ar interior é considerado cem vezes mais limpo do que o exterior. As paredes foram projetadas com 20 centímetros de espessura e trazem isolamento termal feito com painéis de vidro. Outro recorde – Outra obra recorde alcançado pela Broad Sustainable Building foi a do Ark Hotel, construído no lago Dongting, na província de Hunan – 30 andares em 15 dias. As suas fundações já estavam prontas quando as peças metálicas começaram a ser montadas. A estrutura foi projetada com resistência de nível 9 para terremotos e é formada por colunas, vigas e reforços transversais em aço, lajes

de concreto pré-moldadas, além do revestimento externo composto de painéis pré-fabricados. A construção do Ark Hotel utilizou processos inovadores baseados na otimização de materiais, energia e uso de mão de obra, resultando não só na redução de tempo de execução, como também no barateamento da obra. Os materiais foram fabricados em vários locais e transportados para o canteiro de obras, tornando possível reduzir o peso dos resíduos, refugos e sobras de materiais utilizados. Vale lembrar que a obra apresentou menos de 1% de desperdício e descartes de materiais.

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1.200 operários 19 dias para concluir 57 andares 2 andares por dia na fase inicial 3 andares por dia na fase de conclusão 19 átrios 800 apartamentos • Espaço de escritório para quatro mil trabalhadores


GRANDES OBRAS

Legado olímpico Mais do que medalhas e exposição mundial nas Olimpíadas, o Rio de Janeiro ganhou legado de mobilidade e urbanismo graças ao desenvolvimento da tecnologia da construção civil nacional

O

s Jogos Olímpicos Rio 2016, mais do que uma competição esportiva elogiada mundo afora, independente das medalhas conquistadas pelo Brasil e da visita de milhares de turistas e da geração de milhões de dólares em impostos, deixou grande legado para o município do Rio de Janeiro. E, claro, mostrou a pujança e a tecnologia da construção

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civil nacional. E isso, não só no que se refere às instalações esportivas, mas principalmente e sim, para a mobilidade urbana, para a revitalização de espaços antes degradados e, desta maneira, para o fomento do turismo. Um dos principais legados, sem dúvida, foi o Porto Maravilha, concebido para a recuperação da infraestrutura urbana, do transporte local, do meio

ambiente e dos patrimônios histórico e cultural da Região Portuária. O custo total foi de R$ 8,2 bilhões. No centro desta reurbanização, destaque à melhoria das condições habitacionais e à atração de novos moradores para uma área de cinco milhões de metros quadrados. Projeções de adensamento demográfico indicam salto dos atuais 32


mil para cem mil habitantes em dez anos na região. A concessionária Porto Novo foi contratada pela Prefeitura carioca para executar as obras. Dentre as obras do projeto se deu a construção e a renovação das redes de infraestrutura urbana (água, saneamento, drenagem, energia, iluminação pública, gás natural e telecomunicações), demolição de 4.790 metros do elevado da Perimetral e substituição do sistema viário atual por um novo conceito de mobilidade urbana que implanta novas vias. Mobilidade urbana Assim, o Porto Maravilha mudou totalmente o conceito de mobili-

dade urbana na Região Portuária e no Centro. O novo sistema privilegia o transporte público coletivo, valoriza a ideia de morar perto do trabalho, cria mais espaços para pedestres, implanta ciclovias, contempla recursos de acessibilidade e integra os meios de locomoção na área - barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e BRT Transbrasil (redes de ônibus, com seis linhas e 56 paradas). Entre as principais obras e ações realizadas com o surgimento do complexo Porto Maravilha no que se refere à mobilidade e, claro, à a excelência da Engenharia brasileira estão: - Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

- Cerca de 300 mil passageiros serão beneficiados diariamente pelo VLT. Integrado a outros meios de transporte, como metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais e o teleférico da Providência, o sistema foi projetado para ter 28 quilômetros de extensão, com 32 paradas. O transporte tem o objetivo de melhorar o trânsito no Centro, reduzir o fluxo de veículos e conectar os bairros da Região Portuária ao Centro, incluindo o aeroporto Santos Dumont. - Via Binário do Porto - Parte do sistema de mobilidade urbana em implantação nas obras do Porto Maravilha, a Via Binário do Porto faz a ligação da rodoviária Novo Rio à avenida Rio Branco, no Centro, em um dos sentidos. Paralelo à avenida Rodrigues Alves, o sistema com 3,5 Km de extensão tem três faixas. - Túnel Rio450 - batizado em homenagem ao aniversário de 450 anos dao Rio de Janeiro, o Túnel Rio450 de 1.480 metros de extensão - é o primeiro construído abaixo do nível do mar, atingi 40 metros em seu trecho mais profundo e possui três faixas em direção à rodoviária Novo Rio.

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- Via Expressa e túnel Prefeito Marcello Alencar - legado dos mais importantes com a realização dos Jogos Olímpicos foi o túnel Prefeito Marcello Alencar, parte da Via Expressa, uma das principais obras viárias do complexo Porto Maravilha. Trata-se do maior túnel rodoviário urbano do País, composto por duas galerias - Continente e Mar - e três faixas de rolamento por sentido. Túnel e Via Expressa possuem extensão de 6,8 quilômetros. A galeria Continente, com 3.370 metros, tem capacidade para receber até 55 mil veículos por dia. A galeria Mar, com 3.382 metros, começou a funcionar em julho e elevou a capacidade para 110 mil veículos por dia. Nos diferentes estágios da construção do túnel, 1.100 funcionários participaram da construção iniciada em outubro de 2012. Durante este período, dos 450.000m³ de material escavados, 60% foram reaproveitados na obra. Para a construção do novo túnel, a concessionária utilizou 250.000m³ de concreto. Entre

os detalhes dos métodos construtivos foram utilizados: • NATM: usado em túneis em solo com grande diâmetro e extensões médias. Baseia-se na escavação do solo com avanços médios de um metro, instalação de cambota metálica e aplicação de concreto projetado que pode ter adição de fibras, dando ao túnel capacidade autoportante (de vedação e sustentação) • Cut and Cover: consiste na execução de paredes de concreto com escavação de cima para baixo e escoramento. No túnel Prefeito Marcello Alencar, variação dessa metodologia, o Método Invertido ou Cover and Cut, foi aplicada. Dessa forma, a superfície foi liberada com mais rapidez para a execução dos serviços de urbanização da região. • VCA (Valas a Céu Aberto): execução de paredes de concreto com escavação de cima para baixo. Usado no trecho que liga a superfície à parte coberta do túnel. • Drill and Blast: utilizado para escavação de túneis em rocha com

explosivos e avanços médios de três metros, dependendo do tipo da rocha. Este método adota perfuração, colocação dos explosivos e detonação. Após a detonação e limpeza, aplica-se concreto projetado para melhorar suporte da rocha e geometria do túnel.



HISTÓRIA

Antigos nomes das ruas Durante muito tempo, as vias de Fortaleza tinham nomes dados pela própria população. A Rua Floriano Peixoto, por exemplo, já foi Rua das Belas, Rua da Pitombeira e até Rua da Alegria

A

té 1817, não havia, na então Vila de Fortaleza, qualquer indicação relativa ao nome das ruas. No dia 18 de março daquele ano, em sessão realizada na Câmara Municipal, foi aprovada uma decisão de se colocar letreiros indicando a denominação das vias. Logo no ano seguinte, em 1818, já se podia ler os nomes, colocados nas esquinas da Vila. Naqueles tempos idos, os nomes dos logradouros eram colocados por iniciativa popular e adotados pelo poder público. Alguns nomes antigos eram tão naturais e apropriados que,

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por si mesmos, estavam indicando sua procedência. Alguns exemplos: Rua da Assembleia, da Municipalidade, do Chafariz, do Cajueiro, do Quartel, da Praia... Mais tarde, ainda nos primórdios da história de Fortaleza e de sua afirmação como cidade, os nomes dos logradouros mudavam de acordo com as motivações políticas. E dos modismos. Assim, houve casos em que uma mesma praça mudou de nome seis vezes, como a atual Praça Waldemar Falcão ou a Rua Floriano Peixoto, que tinha nomes diferen-

tes a cada trecho: era Rua das Belas entre o Passeio Público até a praça onde hoje está o edifício do Banco do Brasil, de lá até a Praça do Ferreira era Rua da Pitombeira e da Praça do Ferreira em direção à Praça do Carmo era Rua da Alegria. Anos mais tarde, em 1861, foi aprovada pela Câmara uma resolução para que se fizessem novas tabuletas para identificação dos nomes das ruas e travessas da cidade. Ela veio do fato de existirem algumas artérias com mais de um nome, como a já citada rua Floriano Peixoto, e


a atual rua Major Facundo, que era Rua da Palma entre o Passeio Público e a Praça do Ferreira e Rua do Fogo da praça até o final. Na mesma resolução ficou decidido que os imóveis deveriam ter numeração nas portas. A falta desses números levava os comerciantes e prestadores de serviços que precisavam tornar seus endereços mais fáceis de identificar a utilizarem como referências o nome de pessoas conhecidas, como demonstra esse anúncio publicado em jornais da época: • Bazar Cearense • Na Rua da Palma

• Confronte ao Quintino • Perto do Zeferino • Por grandes letreiros • Mui bem se conhece • A loja da moda (Jornal Pedro II-Fortaleza, 24-3-1862) No ano de 1890, nova decisão da Câmara Municipal causou controvérsia na cidade. Em sessão de 29 de outubro de 1890, o Conselho de Intendência da Capital decidiu substituir o sistema de identificação das ruas, com os nomes dando lugar a números. O motivo alegado foi evitar as contínuas e sucessivas trocas de nomes, quase sempre motivadas

por sentimentos partidários. O critério de numeração utilizava a Rua Formosa (atual Rua Barão do Rio Branco) como referência: para o nascente, todas as ruas eram ímpares e para o poente, pares. Pouco durou, no entanto, a tal resolução: os comerciantes continuaram a anunciar o endereço dos seus estabelecimentos usando os antigos nomes das ruas e travessas. Poucos aderiram ao novo formato. Para terminar, uma curiosidade: a via com a denominação mais antiga de Fortaleza é a Rua do Rosário, que ganhou esse nome no fim do século XVIII.

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Caderno Imobiliário

Limite Dobrado

Governo aumenta financiamento para a aquisição da casa própria


MERCADO IMOBILIÁRIO

Limite

dobrado

Caixa financia, agora, imóveis de até R$ 3 milhões, o que beneficia famílias com maior poder aquisitiva e objetiva reaquecer as vendas do setor

D

esde o último di 25 de julho, a Caixa Econômica Federal passou a financiar imóveis de até R$ 3 milhões, o dobro do limite de financiamento em vigor até então, de R$ 1,5 milhão. A mudança foi anunciada pela instituição financeira e afeta somente operações de crédito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), em que são usados os recursos de poupança. Essa modalidade de crédito financia imóveis mais caros, sem emprestar dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além de aumentar o limite de crédito, a Caixa anunciou que passará a financiar uma parcela maior do valor dos imóveis por meio do SFI. A cota de financiamento para imóveis usados subiu de 60% para 70% do valor total. Para a compra de imóvel novo, cons-

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trução em terreno próprio, aquisição de terrenos e reforma ou ampliação, a cota passou de 70% para 80%. Nas operações contratadas com interveniente quitante, nas quais haverá quitação de financiamento com outra instituição financeira, a cota de financiamento subirá de 50% para 70%. Até o início do ano passado, a Caixa financiava 70% dos imóveis adquiridos pelo SFI. O teto caiu para 40% em maio de 2015 e tinha sido reajustado para 60% em março deste ano. Vale ressaltar que as mudanças não afetam as operações do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que financia a compra de imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal e de até R$ 650 mil nas demais localidades do País. O SFH


financia imóveis com recursos da poupança e do FGTS. O SFI financia unidades de maior valor, com recursos de fundos de pensão, fundos de renda fixa, companhias seguradoras e bancos de investimento. O aumento no limite e mudança nas regras de financiamento habitacional

pela Caixa, segundo especialistas do segmento e economistas, é mais uma ferramenta com intuito de reaquecer o setor imobiliário, que vem sentindo fortemente os impactos da crise financeira nos últimos anos. “Embora seja voltada para um mercado mais restrito, a medida é muito bem-vinda”, comentou José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Quando se trabalha com financiamento, acaba-se tendo dinheiro mais barato, o que acaba por facilitar os negócios”, reforçou. De acordo com o dirigente, os lançamentos imobiliários tiveram retração de 54% nos últimos 12 meses, enquanto as vendas caíram 18%. “Caiu muito mais o número de lançamen-

tos do que o de vendas. Mesmo que as vendas estejam fracas, elas continuam existindo. Isso quer dizer que, daqui a pouco, o mercado vai começar a reverter. Muitos prédios que estão parados vão começar a andar de novo”, previu Martins. As mudanças nas regras de financiamento chegam em “excelente hora”, de acordo com avaliação o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira. Isso porque, segundo ele, as expectativas e o otimismo das pessoas têm melhorado. “Vai auxiliar bastante na compra de imóveis para classes mais elevadas, que vinham sofrendo bastante com a maior dificuldade de financiamento”, observou.


NOVO OLHAR

De olho nos indicadores financeiros

Claudio Araujo claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br

“Margem Líquida”, “Liquidez Corrente”, “Rentabilidade do Ativo” e “Endividamento” são ferramentas fundamentais para manter a saúde financeira do negócio

E

u não conheço um gestor que não queira ter informações precisas de como está a saúde financeira do seu negócio, principalmente diante do cenário de turbulência em que estamos passando. O problema é que nem sempre essas pessoas sabem quais são os cálculos necessários para chegar aos principais indicadores financeiros e, por conta disso, acabam se contentando em visualizar apenas receitas e despesas. Essa visão míope e limitada costuma acontecer porque muitos gestores não chegaram a ter contato com os principais conceitos de gestão financeira, não buscam apoio em profissionais especializados e fazem pouco uso da ferramenta de gestão de sua empresa. Além de que existem alguns cálculos que são “chatinhos” de se fazer. Obviamente que, dependendo do tamanho do seu negócio, pode ser que um ou mais indicadores financeiros não sejam tão importantes. Mas, de toda forma, acredito que seja muito importante conhecer cada um deles para, caso seja necessário, ter um entendimento mais aprofundado da

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parte financeira da empresa. Listarei quatro indicadores que vou falar ao longo desse artigo. São eles: “Margem Líquida”, “Liquidez Corrente”, “Rentabilidade do Ativo” e “Endividamento”. A “Margem Líquida” é o indicador que mostra a capacidade da empresa de gerar lucro comparativamente com a receita líquida que ela obteve em determinado período. Vale ter em mente que o valor da “Margem Líquida” é subjetivo, podendo ser bom ou ruim de acordo com a realidade da sua empresa. A “Liquidez Corrente” mostra se a organização tem ou terá recursos financeiros suficientes para honrar seus compromissos de curto prazo (até um ano). A sua unidade é medida em numeração e se esse indicador for igual ou maior do que um significa que existe capital de giro para pagar as obrigações no curto prazo. Se você percebe que a sua liquidez está baixa, provavelmente isso pode ocorrer por conta de alguns motivos, como altos valores em estoque, ativo imobilizado alto ou quantidade grande de dívidas de curto prazo.

A “Rentabilidade do Ativo” é um indicador essencial para o empresário avaliar o retorno que o negócio tem promovido diante do capital aplicado. Nesse caso, a rentabilidade do ativo é medida em porcentagem e, quanto maior, melhor e o empresário pode fazer comparação de quanto estaria ganhando se seu capital estivesse aplicado no mercado financeiro. O indicador de endividamento mostra se uma empresa está muito, ou pouco, endividada, fazendo uma comparação entre o seu patrimônio líquido contra as obrigações que ela tem no curto e longo prazos. O resultado sempre será um número que indicará quantas vezes a dívida é maior do que seu patrimônio. Toda está linguagem pode ser confusa para, você gestor e empresário. O objetivo do artigo é incentivar você a fazer um estudo destes métodos de trabalho com apoio de profissionais especializados, torná-lo ciente de que se deseja atingir um resultado de sucesso. Por isso, é importante ter esse conhecimento. Bom trabalho!



RECURSOS HUMANOS

Qualidade de vida no trabalho A boa gestão em busca do bem-estar dos colaboradores é ferramenta importante para a saúde da empresa e também, é claro, para trazer ganhos financeiros

É

momento de repensarmos nossas responsabilidades como gestores em relação à QVT Qualidade de Vida no Trabalho. No dia a dia, estamos sempre preocupados com os resultados financeiros de nossas empresas, o que nos deixa altamente ocupados em busca de estratégias de melhoria constante, ao exemplo de como vender mais, como driblar e superar os meus concorrentes e formas de inovação de negócio. A preocupação volta-se, portanto, em aumentar o capital financeiro do negócio a fim de torná-lo cada vez mais sustentável. Ao passo de que essas preocupações são importantes, faço uma chamada para um novo pensar estratégico o qual é visto como uma ferramenta necessária e diferenciada que visa aumentar os resultados de seus negócios, não somente o financeiro, mas, a esfera de pertencimento, envolvimento e colaboração. Olhe e queira enxergar como anda a cultura emocional da sua empresa. Como os seus colaboradores estão a nível sentimental? Quais são os seus indicadores de atestados, afastamentos, rotatividade? Existe algum tipo de avaliação das condições de saúde física e emocional dos colaboradores como um todo? Todas essas perguntas devem ser alvo constante da alta

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gestão da organização, uma vez que a qualidade de vida está intimamente ligada a essas questões emocionais. Logo, essa nova visão requer nada mais do que uma gestão inovadora. Será o momento no qual a qualidade de vida dos colaboradores assume a pauta principal de sua gestão, visando um melhor resultado para a organização quanto a nível cognitivo (pensar) assim como a nível sentimental (emoções) movidas através de um conjunto de ações de amparo a esses colaboradores. Quando adotamos a qualidade de vida como uma ação estratégica da organização, estamos contribuindo para uma cultura organizacional saudável e com benefícios como sentimentos de amor, alegria, motivação, pertencimento, envolvimento e colaboração. Certamente, melhores resultados virão. Nesse propósito, o ambiente (seja positivo ou negativo), impacta e modela as ações das pessoas e cria a cultura da organização. Sabemos que o momento exige muita atenção na busca dos resultados, mas não podemos esquecer que as pessoas são as geradoras desse resultado. Promover ações de QVT é, dessa maneira, um grande passo para a formatação de um clima saudável. Ações como atividades laborais,

Izabel Bandeira Psicóloga e Coach izabelband@hotmail.com

campeonatos de jogos, gincanas solidárias, debate de filmes inspiradores, caminhadas, passeios de bicicletas, palestras, acompanhamento de nutricionista e educadores físicos são alguns dos cuidados que fazem parte das ações que empresas podem promover, trazendo benéficos, como integração, diminuição de faltas, atestados, aumento da produtividade, dentre outros. É comum haver o questionamento de que ações como essas são difíceis de serem implementadas em organizações de pequeno porte, muito devido ao seu alto custo. Com uma pitada de boa vontade, planejamento, identificação das necessidades dos colaboradores, parcerias, alinhamento e definição das regras de cada ação, você certamente poderá plantar a semente da vida saudável em sua organização. Através delas, o bem-estar e a alegria contaminará a todos, extraindo sentimentos positivos que são geradores de resultados também positivos. Faça de sua organização um ambiente de cultura emocional envolvente e de prazer. Você pode fazer a diferença enxergando que, sim, é possível promover a consciência de cada colaborador para sua saúde física, emocional, espiritual, social, financeira e intelectual. Boa sorte!




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