Imóveis e Arquitetura
CEARÁ
CONSTRUÇÃO
Ano 6 - Edição 38
NSI
NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS
POÇOS PROFUNDOS Alternativa para a crise hídrica
Coopercon-Ce na era digital
Sinduscon-Ce e os novos métodos construtivos
Ceará investe nas energias solar e eólica
CADERNO IMOBILIÁRIO
Editorial O pior já passou?
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SINDUSCON-CE Entidade abordou sistemas modernos de construção para a redução de desperdício e custos.
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COOPERCON-CE Cooperativa investe forte em portal e em plataforma digital para modernizar e facilitar a construção civil no Estado.
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POÇOS PROFUNDOS Problemas hídricos faz crescer número de perfuração de poços artesianos e semiartesianos no estado do Ceará.
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ENERGIAS SUSTENTÁVEIS Cearenses investem em alternativas de abastecer casas e fábricas com fontes de micro e minigeração solar e eólica.
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MERCADO IMOBILIÁRIO A importância de estar sempre atento ao se cuidar de condomínios.
O setor de construção civil no Nordeste e no Brasil ainda sente os efeitos da crise enfrentada pelo País e este cenário deve permanecer inalterado nos próximos meses devido ao elevado desemprego e à redução dos salários reais. Porém, mudanças importantes na trajetória da economia e no cenário político começam a mostrar que a recuperação econômica pode se iniciar em 2017, com efeitos positivos sobre o setor, sobretudo, a partir de 2018. Muito desta perspectiva positiva se dá pelas novas concessões de crédito, pela melhora na confiança dos agentes econômicos e pelo trabalho realizado para a diminuição da inflação, ações que podem significar um cenário positivo para o setor imobiliário ao longo dos próximos meses, principalmente para as empresas que estão conseguindo passar pelo momento turbulento sem grandes problemas financeiros. Dados relativos aos lançamentos de 20 incorporadoras associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) mostram que os lançamentos no Brasil vêm crescendo desde o mês de março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, indicando que parte do ajuste no mercado imobiliário já foi realizado. Ajustes que passam pela maior eficiência e qualificação das empresas do setor, que buscam novos caminhos tecnológicos, de gerência e de relação com os consumidores para tocar seus negócios. O Editor
Diretor: Ariel Ricciardi Colaboradores: Claúdio Araújo, Sandro Fiuza e Izabel Bandeira Diagramação: Marcos Aurelio | Impressão Gráfica Halley Contato para anunciar CONSTRUÇÃO CEARÁ IMÓVEIS E ARQUITETURA: (85) 98824 0222 / (85) 3023 3537 ou através do e-mail: construcaoceara@hotmail.com ou ariel_ricciardi@hotmail.com Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A revista CONSTRUÇÃO CEARÁ IMÓVEIS E ARQUITETURA é uma publicação bimestral do Núcleo de Serviços Integrados. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos. Foto capa: Divulgação Granistone.
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Mais uma opção Fortlev A escassez e o racionamento de água em diversas regiões brasileiras, inclusive nas metropolitanas, têm exigido produtos inovadores e diferenciados para que a água seja armazenada com ainda mais qualidade e cuidado. Com a atenção voltada para esse objetivo, a Fortlev, maior produtora de soluções em armazenamento de água do País e com grande participação no segmento de tubos e conexões, acaba de lançar novo modelo de caixa d’água, com capacidade de armazenar 7,5 mil litros de água potável, volume intermediário entre as caixas de 5 mil e 10 mil litros.
Atlas Schindler premiada A segunda edição do prêmio “Estadão Empresas Mais” reconheceu a boa performance da Atlas Schindler ao avaliar o desempenho financeiro de 1.500 empresas de 22 setores da economia. A companhia ficou em segundo lugar na categoria Construção. A análise conduzida pela FIA (Fundação Instituto de Administração) e pelo Grupo Estado considerou a rentabilidade e o desempenho das empresas em relação à receita e patrimônio. O evento de entrega do prêmio foi realizado em 29 de setembro, em São Paulo (SP), e reuniu executivos e autoridades, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador paulista, Geraldo Alckmin.
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Hidracor investe em tecnologia O último trimestre de 2016 chegou cheio de novidades para a marca de tintas cearense Hidracor. Reconhecendo que diante dos atuais desafios econômicos do mercado o consumidor busca, mais do que nunca, produtos que garantam melhor custo-benefício, a empresa aposta em oferecer cada vez mais qualidade e resultado, por um investimento ainda menor. Pensando nisso, todo o portfólio de produtos da marca passou por análises, investindo em mais tecnologia e em uma nova linha de embalagens, tudo para garantir que o consumidor tenha o melhor por um preço que caiba no bolso.
Fortaleza valorizada O preço nominal médio do m² para venda em Fortaleza (CE) apresentou valorização de 4,7% no mês de setembro, em comparação ao mesmo mês de 2015, passando de R$ 4.386,00 para R$ 4.590,00. Já a média nacional do valor do m² para venda é de R$ 4.868. Em setembro de 2014, esse valor era de R$ 3.727,00. O DMI-VivaReal, levantamento realizado pelo VivaReal (www. vivareal.com.br), é realizado mensalmente e com uma amostra de 30 cidades em diferentes regiões do País e mais de dois milhões de imóveis usados disponíveis para compra ou aluguel.
Placo contra umidade A Placo do Brasil – indústria de drywall, sistema construtivo a seco de paredes, forros e revestimentos - apresenta mais uma solução para ambientes sujeitos a elevados índices de umidade e que podem ter contato frequente com a água. A Glasroc H é uma placa de gesso revestida em ambas as faces com véu de vidro na cor azul e que, devido a um tratamento especial hidrófugo e a ausência de papel em sua composição, tem resistência à umidade e ajuda a evitar a proliferação de fungos.
T&A no Shopping Riomar A tecnologia adotada no RioMar Presidente Kennedy, em Fortaleza (CE), aberto ao público no dia 26 de outubro, permitiu que a estrutura do shopping – de 159.000 m² - fosse construída em apenas 18 meses. O sistema da cearense T&A Pré-Fabricados utiliza peças pré-fabricadas de concreto e tem sido um dos mais usados pelos investidores por reduzir custos e acelerar a construção em até 30%. A capital cearense ganhou, nos últimos anos, vários shoppings centers executados com a técnica pela T&A – Parangaba, Norte Shopping Jóquei, RioMar Fortaleza, Aldeota, Pátio Dom Luís, entre outros.
Cobrecom no Prêmio Masterinstal A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos, empresas do segmento de elétrica, patrocinou mais um importante evento do segmento: o 11º Prêmio Masterinstal, que é realizado pelo Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação) e pela Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações) em parceria com a Garrido Marketing. O evento foi realizado no dia 25 de outubro, no prédio da Fiesp, em São Paulo (SP). As empresas finalistas concorrerão aos troféus ouro, prata e bronze em seis categorias.
Certificação LED já vale Desde 17 de outubro, os fabricantes e importadores só podem comercializar lâmpadas LED que respondam aos requisitos mínimos de eficiência, o que é atestado pela presença do selo ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia). Entre as principais exigências estão obrigatoriedade de se apresentar um comparativo de equivalência com incandescente e fluorescente na embalagem, além de selo em destaque para atestar que o produto é certificado, como forma de facilitar a identificação na gôndola. Também é obrigatório o selo do Inmetro Na embalagem, com o número do registro seguido do ano de fabricação, e informação sobre potência (W), fluxo (lm) e eficiência luminosa (lm/W).
Congresso Amanco A Amanco, marca comercial da Mexichem para tubos e conexões plásticas, promoveu. no dia 27 de outubro, o “Congresso Brasileiro de Sprinklers” com informações referentes às melhores práticas para instalação de rede de sprinkler utilizando tubos e conexões em CPVC. Ricardo Giardini, executivo de produtos da Mexichem Brasil, participou de Painel que debateu sobre “Problemas frequentes em projetos e instalações”. O tema abordado por ele foi “Melhores práticas para instalação de rede de sprinkler utilizando tubos e conexões em CPVC”, com destaque para a parceria da marca com a norte-americana Lubrizol no lançamento da linha Amanco CPVC.
Tigre e Fabrimar: uma só O Grupo Tigre, fabricante de tubos e conexões, firmou acordo de associação estratégica e societária para aquisição do controle acionário da Fabrimar, tradicional fabricante de metais sanitários, acessórios e afins. A operação será submetida à aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Se aprovado pelo órgão, o negócio prevê a entrada da Tigre no quadro societário da Fabrimar, com controle acionário e a permanência da família Martins, fundadora da empresa. A união tem como meta o aproveitamento de sinergias operacionais, comerciais e estratégicas de ambas as companhias.
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Ação Trevo Drywall A Trevo Drywall, fabricante brasileira de drywall e uma das principais fornecedoras de matérias-primas para a construção a seco do País, marcou é presença no Festival de Bricolagem, evento que a Leroy Merlin promove em suas unidades de Fortaleza (CE), Natal (RN), Brasília e Taguatinga (DF). Os profissionais da empresa demonstram, nos dias 28, 29 e 30 de outubro, como devem ser instaladas as paredes e forros de drywall aos clientes da rede de lojas de material de construção na capital cearense. Entre 9 e 12 de novembro, foi a vez do público de Brasília e Taguatinga, enquanto os frequentadores do home center situado na capital potiguar participar dos cursos agendados para os dias 19 e 30 de novembro.
Sherwin-Williams em Fortaleza A marca de tintas Sherwin-Williams promoveu em Fortaleza (CE) evento para mostrar em primeira mão o que ela chama de “Cores de Tendências de 2017”. O encontro foi realizado no hotel Gran Marquise, no bairro da capital cearense do Mucuripe, e teve como palestrantes Carol Derov, gerente de Color & Design Marketing da Sherwin-Williams para a América Latina, membro do Color Marketing Group e do CAUS (Color Association of the United States). Além das tendências de cores que serão utilizadas nos projetos de decoração e arquitetura no ano que vem, foi abordado os planos de investimento da empresa na região.
SANEAMENTO
Reciclar é preciso Boa quantidade da água que descartamos diariamente em casa poderia ser reaproveitada, contribuindo para o bolso e para o meio ambiente
O
Brasil, segundo dados da Agência Nacional das Águas, possui 12% das reservas de água doce disponíveis em todo mundo. Entretanto, a distribuição desse recurso não é nada proporcional. Aproximadamente 70% do volume é concentrado na Bacia Amazônica. O Nordeste fica com apenas 5% destas reservas sendo que grande parte fica em regiões subterrâneas e ainda apresenta teor de sal acima do limite aceitável para consumo humano. Devido a essa escassez e má distribuição, investimentos em métodos alternativos de abastecimento e reaproveitamento, principalmente no território nordestino, estão se tornando cada vez mais importantes. E uma forma de fazer isso é reciclar as águas servidas, ou seja, aquelas que já foram utilizadas e geralmente são descartadas pelo alto teor de poluentes. Esse tipo de água se divide em dois grupos: águas negras e águas cinzas. As negras são aquelas derivadas do vaso sanitário e são ricas em matéria orgânica e bactérias. Já as cinzas são as provenientes de fontes como chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem de carros. Elas podem ter origem doméstica ou comercial e são as mais significativas, porque correspondem de 50% a 80% dos resíduos líquidos que vão para o esgoto. Estas águas, quando tratadas da forma certa, podem ser reutilizadas, proporcionando economia financeira e de recursos naturais para quem reutiliza e, consequentemente, para toda a sociedade. O reuso pode ser para irrigação su-
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perficial, como retorno ao vaso sanitário e lavagem de pátios, ou para irrigação subterrânea, da qual não se exige o mesmo tratamento que é necessário para a primeira. Existem vários métodos para a reutilização das águas cinzas, mas basicamente eles consistem na implantação de um filtro, que é colocado na entrada do reservatório de água para reter grande parte da sujeira, e um sistema de desinfecção e conservação que usa cloro orgânico para permitir o reuso. Os produtos químicos contidos nessas águas cinzas não são prejudiciais para plantas e gramados porque boa parte deles é decantada no tratamento realizado. Além disso, a maioria das plantas de paisagismo é resistente aos saponáceos encontrados nelas. Outro detalhe importante é que as águas cinzas reusadas são bem nitrogenadas, proporcionando uma suplementação adicional para os vegetais. Em países como Japão, Inglaterra e Estados Unidos a reutilização de águas cinzas já é prática comum. Segundo o site Águas Cinzas e Sustentabilidade (aguascinzas.blogspot. com), nos Estados Unidos, várias normas e leis estão sendo criadas com o objetivo de incentivar o reuso das águas cinzas. A prioridade no país, informa o blog, é o reuso em irrigação subterrânea e em muitos es-
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tados já foram criadas cartilhas que auxiliam a montagem e implantação de sistemas que permitem implantar o procedimento. No Brasil, a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, desde 2005 tornou obrigatório, através de lei municipal, o reaproveitamento dessas águas em edifícios com mais de 500 m² de área construída. Outra cidade que deu um bom exemplo foi Cubatão, em São Paulo. Lá foi implantado um sistema de medição individualizada de água. Assim, cada morador tem o controle sobre seu consumo e pode usufruir do sistema de reuso. No Ceará já há algumas experiências. A Universidade de Fortaleza (Unifor),
o Beach Park e o Shopping Iguatemi implantaram e usam sistemas de reuso de águas cinzas. Aos poucos, o mercado tem se adaptado aos novos tempos de sustentabilidade. Embora ainda não existam empresas especializadas na implantação desses sistemas, já existem fornecedores de equipamentos. Também já existe um sistema de reuso implantado em Aquiraz, e projeto para implantação de sistemas semelhantes nas cidades de Iracema, Nova Jaguaribara e Tabuleiro do Norte. Para quem se interessou pelo assunto mas ainda está em dúvida sobre suas vantagens, uma informação importante: o reuso das águas cinzas pode representar uma economia de 30% a 50% na conta de consumo de água. Um fator a considerar já que, nos condomínios, por exemplo, essa é uma das maiores despesas. O acréscimo no custo da obra para implantação do sistema de reuso em torno de 1,5%. Calcula-se que o retorno financeiro ocorra de 5 a 8 anos. Mas é sempre bom lembrar que há o retorno imediato para o meio ambiente, com menos emissão de poluentes e redução do desperdício de água.
SINDUSCON-CE
Novos métodos construtivos Evento promovido pela entidade abordou sistemas modernos para a redução de desperdício e custos no obra com a presença de CEO de empresa chinesa que construiu prédio de 57 andares em 19 dias
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iante do atual cenário econômico vivido pelo Brasil, a construção civil tem buscado alternativas para melhorar o seu desempenho. Prova disso é que mais de 600 pessoas se reuniram em Fortaleza para conhecer novos métodos construtivos aplicados no mundo. A primeira edição do Inovaconstruir Experience, promovido pelo Sinduscon-CE (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Ceará), aconteceu na capital cearense nos dias 27 e 28 de setembro e contou com a presença de estudantes, empresários, engenheiros, investidores e representantes do setor. André Montenegro de Holanda, pre-
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sidente do Sinduscon-CE, afirma que o Inovaconstruir Experience deve entrar no calendário anual de eventos da construção civil no Ceará, pela urgência que o setor tem em buscar soluções tecnológicas que proporcionem ganhos de produtividade e aumento da eficiência com a utilização de menos recursos. “A indústria da construção civil precisa acompanhar outros setores e, por meio da inovação, fazer mais com menos”, declarou. O presidente da entidade defende ainda que a inovação é uma necessidade e traz grande produtividade para quem a utiliza. “A empresa que não tiver isso no seu DNA vai ficar
para trás, não vai conseguir ter mercado”, acrescentou. Durante o evento, foram apresentadas novas tecnologias e cases de sucesso no mercado nacional e internacional. O destaque foi a apresentação do chinês Zhang Yue, CEO da Broad Sustenaible Building, empresa que ergueu um prédio de 57 andares em apenas 19 dias. Entre a concepção e conclusão, o projeto levou cerca de 12 meses. Presente em mais de 80 países, a Broad é especializada no desenvolvimento de prédios pré-fabricados, utilizando o “método modular”. Neste modelo, materiais como cimento e concreto dão lugar a produ-
tos como placas de aço inoxidável na estrutura e fibras de carbono. As fundações dos empreendimentos, porém, seguem o método tradicional, sendo executadas em cerca de seis meses. Após deixarem a fábrica, os blocos que compõem as estruturas das edificações chegam ao canteiro de obras já prontos para, então, serem “encaixados” por guindastes desenvolvidos pela própria empresa. Zhang enfatizou o uso de estruturas pré-fabricadas como forma de reduzir o desperdício de materiais e também aumentar a velocidade da obra, reduzindo o custo da obra: “o mais importante disso é a redução do uso de energia. A velocidade é somente um resultado, mas o principal é a industrialização”, afirmou.
O empresário afirmou ter interesse em fazer negócios no Brasil e está buscando parceiros, inclusive no Ceará, para a implantação de uma fábrica de edificações com a tecnologia chinesa, que promete reduzir custos, tempo e impactos ambientais. Zhang Yue disse que a ideia é começar a partir de 2017 a construção de três plantas no Brasil, representando valores de investimento que devem partir de US$ 100 milhões. Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza são as cidades prospectadas. Brasil e China, inúmeras possibilidades - Para Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, são inúmeras as possibilidades de parceria entre os dois países e, esta aproximação segundo ele,
será muito positiva para o Brasil. No caso dos negócios em construção civil, a tecnologia chinesa resultará em redução nos custos, padronização da qualidade e rapidez nos processos. No Inova Construir, Tang palestrou sobre as “Crescentes oportunidades do mercado chinês para o empresário brasileiro”. Para aproveitar ao máximo estas oportunidades, o presidente afirma que o empresariado precisa conhecer aquilo que agrada a China. Entre os pontos apontados, está o relacionamento. Para os chineses, o mundo empresarial é como uma rede de contatos e conhecimentos entre várias partes que cooperam juntas e se apoiam umas as outras. “Esse maior intercâmbio entre China e Brasil pode beneficiar ambos os
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lados, mas principalmente o Brasil, porque a China hoje é o único país do mundo que reúne a disponibilidade financeira e a disposição em investir no risco Brasil atual, o qual nem os brasileiros têm coragem de investir”, afirma Tang. Segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, o mercado brasileiro é um bom negócio para os chineses, porque as empresas do país asiático têm visão estratégica. “Acreditamos que o Brasil vai sair do buraco; essa crise política que afetou a crise econômica vai terminar. E nós acreditamos no Brasil.”, argumentou. Iniciativas cearenses A primeira edição do Inova Construir Experience possibilitou o intercâmbio tecnológico e a geração de novas parcerias. O objetivo, segundo o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, foi alcançado: o de aproximar a indústria da construção brasileira das principais técnicas construtivas em destaque no mundo. Palestrantes de diversos estados brasileiros apresentaram cases de inovação e tecnologia no evento. Cada palestra teve duração de 20 minutos, o que garantiu o acesso a uma diversidade de informações, que poderão ser aplicadas no dia a dia das empresas a partir de agora. Exemplos locais também tiveram representatividade no evento, como a empresa Impacto Protensão, apre-
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sentada pelo empresário Joaquim Caracas, na palestra “Soluções para Estruturas de Concreto na construção civil”. Ele explanou o sistema de construção de lajes de prédios que utiliza diversos dispositivos patenteados envolvendo plástico reciclado, design inteligente e protensão de concreto, que é capaz de promover economia de 85% de uso de madeira nessa etapa da construção e até 45% em mão de obra, se mostrando um formato inovador e sustentável de construir lajes. Por meio desta tecnologia, é possível reduzir em até 2% os custos totais da construção de um prédio. Outra iniciativa desenvolvida por uma empresa cearense foi apresentada pelo sócio-diretor da Morefácil Construtora e Incorporadora e atual presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, que levou o case da Olé Casas. A tecnologia consiste na pré-fabricação de painéis de alvenaria com blocos cerâmicos tradicionais, concreto e argamassa, com instalações elétricas e hidráulicas embutidas, que são moldados na horizontal e depois transportados e montados, dando forma a unidades habitacionais. A Olé Casas monta 160m² com custo 20% menor que as tradicionais construindo 20 m². Outro exemplo explanado durante o Inova Construir foi o case aplicado em São Gonçalo do Amarante, pela Planet Idea, startup italiana formada por sete empresas e responsável
pela iniciativa. No município de Croatá, está instalado o projeto piloto da primeira Smart City (cidade inteligente) do mundo, com habitações sociais. Ele foi apresentado por Antonella Marzi, diretora administrativa da Recs Architects Brasil. A Planet Idea desenvolverá complexo residencial, comercial e industrial imerso em tecnologia e baseado nos pilares de baixo custo, social e eco sustentabilidade. Na primeira fase do projeto, 90 hectares estão sendo construídos, com investimento de 18 milhões de euros. A cidade terá 330 hectares. Além da exposição de iniciativas privadas para trazer inovação ao estado do Ceará, o Inovaconstruir contou ainda com a participação do chefe da Casa Civil do Ceará, Alexandre Landim, que expôs diversas perspectivas do “Ceará Competitivo”, como o grande potencial do “Cinturão Digital”. Ele ressaltou, ainda, a importância de melhorar a forma de investimento que, para ele, nem sempre é a mais correta. “Acreditamos que o público e o privado juntos podem fazer um Ceará melhor”, afirmou.
Inovaconstruir na visão dos participantes
João Carlos Lima Presidente da Coopercon-CE “O evento começou com o pé direito, com empresário do nível da Broad, que está revolucionando a construção civil no mundo. Essas discussões servem para acordar o setor, pois estamos vivendo em um mundo em que as mudanças estão acontecendo muito rapidamente. Foi uma grande chacoalhada, no bom sentido, porque o cearense vai se comportar de uma forma diferente, uma vez que perceber o que está vindo pela frente”.
Daniel Arruda, arquiteto “Um evento como esse é fundamental. O item inovação está no nosso dia, faz parte da concepção e execução dos projetos. O Sinduscon-CE está de parabéns por proporcionar esse evento e, com certeza, estamos vendo aqui cases de sucesso que, para o nosso dia a dia, fazem uma diferença muito grande”.
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José Simões, diretor da J. Simões Engenharia “É muito bom esse evento, porque abre a cabeça da gente para novas ideias, para sairmos do convencional, da mesmice. Muita gente constrói de um jeito porque o avô construía assim, e acha que tudo é do mesmo jeito. Hoje, a internet é uma ferramenta que permite que se assista vídeos com novas tecnologias feitas no mundo todo. Temos que sempre procurar novas tecnologias. E um evento como esse serve de motivação para os participantes”.
André Quinderé Carneiro, sócio consultor da Aval Engenharia Ltda “Um evento desse nível foi um divisor de águas para a construção civil do Ceará. Com certeza, mexeu com a cabeça de todo mundo. Eu acredito que este encontro acontecendo anualmente só tende a crescer. Nosso setor precisa muito desse tipo inovação e desse tipo de pensamento novo, porque não dá mais para ficar na mesmice”.
Hélio Galiza, diretor da Construtora Manhattan “É um evento ímpar. A engenharia está evoluindo muito rápido, tem muita novidade, e ninguém pode ficar para atrás. Quem não acompanhar, não vai poder concorrer no mercado”.
Sérgio Augusto Nogueira, diretor da Escola de Engenharia da Estácio “O primeiro benefício de um evento como esse é o próprio networking. Os amigos da Engenharia se encontram, trocam ideias, solidificam laços entre as empresas, reafirmam a união. O segundo é a disseminação de tecnologia. Fui agraciado com palestras excelentes, em termos de protensão de concreto, controle tecnológico; todas de alto nível. E terceiro, a troca de informações com empresas que trazem tecnologia do exterior. Isso é muito bom, porque mostra para gente o quão distante estamos desta realidade na nossa construção civil que ainda é um processo artesanal. É excelente em termos de motivação, para trazermos esta tecnologia para o nosso estado”.
Presidente fala sobre novas tecnologias O futuro é aqui e agora. É neste pensamento que a entidade investe para permanecer como agente facilitador de seus cooperados e do setor da construção civil. A palavra de ordem agora é o universo digital, que já é uma realidade na Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará com a implementação de sistemas como o BIM (leia matéria nesta edição) e a utilização de um portal moderno e interativo. Neste relato abaixo, João Carlos Lima, presidente da entidade, fala sobre os esforços em busca de um horizonte voltado ao mercado e à logística de construção. Queremos avançar a cooperativa digitalmente com ações modernas. A Coopercon-CE é o canal certo para isso, com a criação de um portal em que instrumentos como a ferramenta BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção) vai gerar economia e agilidade para as construtoras. Visamos uma cooperativa do século 21, pois estamos defasados mundialmente em gestão de obras e informação é fundamental. O portal vem justamente para fazer esta unificação de informações e será a maneira correta de acessar conhecimentos que estavam isolados. Vamos contemplar estas informações através de projetos de suprimento e tecnologia de sistemas. Com informação digitalizada se pode ter o planejamento da obra dentro da cooperativa. Não será mais preciso ficar ligando e perguntando aos compradores, todos os processos da obra estarão dentro do nosso portal. Com o uso de um portal de informações e de plataformas digitais como o BIM, os processos e os custos para a construtora serão reduzidos, porque o cooperado terá a certeza de que a Coopecon-CE comprará melhor, respeitando exatamente como está no projeto e obedecendo prazos.
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João Carlos Lima Presidente Coopercon-CE
Assim, a cooperada só terá de ficar focada na escolha do terreno, em desenvolver o projeto, fazer engenharia em obra e estar mais próxima do cliente, que é seu papel principal. Isso, pois tanto o portal quanto o BIM facilitarão o dia a dia dela, já que a cooperativa estará à frente desta transição e da inovação tecnológica de ponta. A Coopercon-CE se propõe a ser o canal da quebra da cultura arcaica atual da construção civil em direção ao universo digital. A cooperativa é o ambiente adequado para inovações, pois gera conhecimento e tem força por
representar mais de cem construtoras. Com união, podemos entender onde estamos e onde queremos ir, o que podemos incorporar como estratégia e o intervalo de tempo para executá-la. Este ambiente tem que começar agora. É uma situação em que a Coopercon-CE tem a obrigação de provocar. E é isso que estamos fazendo. Chegou a hora do digital, pois comprando analogicamente passávamos mais de 30 dias para fecharmos um grupo. E no portal, com todas as informações já pré-processadas, tudo é mais rápido. Temos que trabalhar para criar um sistema de padronização de produtos, algo que nós não temos culturalmente no Brasil. Em qualquer lugar do mundo, a janela, a porta, tudo tem tamanho padronizado em função da fábrica, pois ela produz os insumos sob medida para não ter sobra. Com todas estas ferramentas que estamos implantando, poderemos chegar para os fornecedores e dizer: em determinado mês vamos negociar tantos metros quadrados, por exemplo, do porcelanato . E aí, com as informações já inseridas no portal, o cooperado pode conferir as especificações e o preço do produto ou equivalente, analisar a melhor forma de comprar e, melhor, criar famílias de produtos previamente aprovados. Assim, se terá informações sobre toda a malha de equipamentos, comparar e criar outra família. Quanto maior essa amplitude, maior será a probabilidade de conseguirmos um menos preço. É o cliente quem vai dizer como ele quer, a gente vai e faz. É essa a inteligência do portal que estamos implantando. Esta cooperativa funciona há 20 anos de forma analógica. Então, pela primeira vez, podemos ver de maneira digital todos os entraves e soluções. Por exemplo, se é utilizada o BIM na construção de um prédio, se consegue fazer coisas que não se fazia analogicamente.
A grande ruptura de qualquer tecnologia é mudar aquilo que tem sido feito. Por isso, além do portal e do BIM para começar uma nova estrutura, contemplamos o SEP (Sistema de Estrutura Pronta), que teve como primeiro protótipo a criação de uma estrutura de medidas precisas, que permite que venham outras etapas tecnológicas pré-fabricadas, que é a precisão de medidas. A Coopercon-CE, mais uma vez utilizando a filosofia de trabalho em grupo, mantém parcerias com as universidades, para gerar novos modelos de negócio para a cooperativa, como já fizemos com o SEP em conjunto a Unifor (Universidade de Fortaleza). Como o SEP estava no âmbito da ideia, fomos à instituição de ensino propor parceria para o desenvolvimento de projetos que rendeu como fruto justamente o SEP, criado conjuntamente durante um ano com quatro alunos de Engenharia. Dois deles acabaram sendo contratados pela cooperativa. Com o SEP já se entendeu que a cooperativa é o canal para que se passe a incorporar e viabilizar novas formas de ensino e profissional a nível universitário. Temos que promover a ruptura e começar algo novo. E a melhor forma é mostrar que as cabeças pensantes têm de estar abertas para saber que temos de começar algo que ainda não existe. Não estamos aqui para fazer a mesma coisa. Por fim, é importante ressaltar que cooperativa tem espírito e inteligência. Não é só o corpo, só a instituição jurídica. Ela tem alma e espírito de trabalhar em grupo, de sugerir melhoras. Por isso, a Coopercon-CE deve conhecer os tipos de tecnologia, como processar, como articular uma equipe. De juntarmos pessoas em uma mesa e trazermos todos que pensam, com habilidades diferentes, e assim encontramos soluções. O projeto maior é todo mundo vendo o todo. E é isso que estamos fazendo.
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Tecnologia BIM Cooperativa aposta em ferramenta digital facilitadora para dar suporte maior às empresas e profissionais do setor da construção civil Entre as principais ações atuais da Coopercon-CE está a de investir em tecnologias que facilitem aos cooperados o desenvolvimento de projetos como um todo na construção civil. E uma das plataformas que a cooperativa vem introduzindo é o BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção), que nada mais é do que a construção da obra digitalmente. Ela oferece suporte ao projeto ao longo de suas fases, permitindo melhor análise e controle do que os processos manuais. “A ideia da Coopercon-CE é servir de núcleo para promover o nível de conhecimento sobre o BIM e para que as empresas cooperadas não precisem contratar ou treinar seus engenheiros com um custo muito alto”, afirma João Carlos Lima, presidente da entidade. Segundo ele, o uso desta plataforma digital é possibilitar aos engenheiros, dentro da cooperativa, desenvolverem projetos terceirizadamente, além de oferecer às cooperadas um processo de aprendizado e de treinamento a seus funcionários para que eles tenham nível elevado e moderno de formatação de seus projetos digitais. “Vamos montar cursos sobre o BIM dentro da cooperativa para os cooperados”, ressalta. Estes cursos terão carga horária específica e serão presenciais ou à distância. Tudo isso, divididos em módulos e com suporte de filmes educacionais. De acordo com João Carlos, a partir do momento em que se possa avaliar o nível de conhecimento que os profissionais das empresas cooperadas atinjam e realizem seus projetos com a plataforma BIM, se terá algo maior no que se refere a sistemas construtivos. “Será a maneira para que todas as empresas do setor possam modelar seus projetos de forma digital e para que todas as cooperadas estejam no mesmo nível. Não será mais preciso consultar a diversos fornecedores, porque faz parte do BIM todo o fluxo orgânico de suprimentos. O que estiver alimentado no BIM, conforme os padões de desnvolvimento, será transportado para a
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Florent Desidério e Yves Mourão
plataforma do nosso portal de compras. As demandas de todos os cooperados serão montadas automaticamente e os grupos de negociação surgirão de forma espontânea. A entidade será o elo entre o projeto, as compras e a execução otimizada”, explica Yves Mourão, Gerente Comercial da Coopercon-CE. “Com o BIM se constrói o prédio de forma digital em todas as etapas. Com ajuda de facilities para realização de manutenções ou acompanhamentos, poderá ver em 3D, em raio X ou realidade aumentada. No BIM, se aplicado de forma ampla, o engenheiro poderá ver todas as camadas da execução da obra, o que tem por traz do tijolo,revestimentos, a tubulação...Desta forma os erros de projeto e execução, retrabalhos, logistica e custos são otimizados”, complementa o executivo. Segundo Florent Desidério, Gerente de TI & BPM da cooperativa,existem vários custos do BIM para uma construtora, tudo vai depender daquilo que ela necessitar “ O Bim tem várias opções de uso e aplicações e as construtoras precisam de equipes treinadas para sua utilização, na cooperativa esses custos serão reduzidos e sua utilização otimizada”,enfatiza. A Cooperativa irá viabilizar todo esse pacote de serviços de treinamentos, venda de softwares e a criação de um escritório modelo, com um BIM Manager que ajudará a reduzir drasticamente todos estes custos.
O comprador do futuro Novas ferramentas tecnológicas de comunicação e atendimento fazem parte do dia a dia do profissional da área de compras e a Coopercon- Ce prepara Portal de Compras A tecnologia mudou o modo operante de muitas empresas e, por que não dizer, de toda a sociedade. As instituições precisaram se renovar e até mesmo se adaptar a um novo modelo de trabalho. Exemplos disso são os segmentos de turismo, táxi e outros. Antes, para preparar uma viagem, a melhor solução era se deslocar até uma agência de turismo para solicitar cotações e analisar os melhores preços. Hoje, pelo celular ou computador, o interessado levanta preço de passagens, hospedagens e passeios sem precisar sair de casa. Em diferentes ramos, as novidades tecnológicas exigem mudanças. Rafael Tavares, comprador em uma incorporadora, sabe bem disso. Com apenas 32 anos, ele já se viu desafiado a aprender novas habilidades, para que as atividades do seu dia a dia tragam resultados mais positivos à empresa em que trabalha. Entre suas funções, estão coletar preços, comprar e acompanhar pedidos. Com o dia a dia bem dinâmico, ele e os demais compradores lidam com uma carga de responsabilidade por assumir compromissos de atender demandas, cumprir prazos e ainda garantir ótimas negociações que promovam a saúde financeira das organizações. Rafael é um servidor apaixonado pelo que faz e, no exercício da atividade, encontrou habilidades essenciais para o crescimento pessoal e profissional. Por isso, busca constantemente especialização. “Tento, da melhor forma possível, estar antenado em novidades, aprimorando minhas habilidades técnicas e pessoais. Eu sou futuro administrador. Venho de formação tecnológica na gestão do varejo e pós-graduado em gestão ambiental e, mesmo assim, procuro a cada dia adequar-me ao mercado de trabalho tão exigente e mutante”, explica. Acompanhando a tecnologia e a evolução do mundo digital, a Coopercon-CE está trabalhando em um novo projeto que vai revolucionar a área em que o compra-
dor Rafael Tavares atua. É a estruturação de um Portal de Compras, que garantirá agilidade e interatividade para intermediar compras e vendas planejadas. “Avalio que essa mudança seja de suma importância para o comprador aprimorar suas habilidades, competências e usufruir de conceitos que venham agregar valor às organizações. O profissional de compras do futuro é aquele que se preocupa com a qualificação técnica, na construção de uma boa rede de contatos (networking), que tenha amor pelo associativismo e cooperativismo e seja promotor de ideias relevantes à sociedade”, afirma Rafael Tavares. Neste primeiro momento, o portal se encontra em estágio de desenvolvimento. Semanalmente, a equipe envolvida na realização do projeto se reúne com cooperados, para realizar a prototipagem do portal, teste, ajustes e treinamentos com seus futuros usuários. Além dos testes e ajustes, estão sendo cadastrados produtos e fornecedores. A funcionalidade do portal de compras será dada por meio de cooperados e fornecedores, cada um realizando seu papel. Na ocasião, o cooperado poderá propor novos fornecedores, ter acesso aos valores dos produtos desejados, cadastrar obras, efetuar suas demandas e avaliar o serviço oferecido. Já os fornecedores irão propor serviços e produtos, atualizar ofertas, atender e também avaliar seus clientes. Com as negociações dentro do Portal de Compras da Coopercon-CE, as construtoras poderão ter a noção de economia. Além disso, terão acesso a relatórios gerados pelo portal. Com a implementação do novo sistema, passará a ser negociada toda a cadeia de insumos do setor, o que totalizará 17 mil itens. Hoje, a Coopercon-CE negocia 32 grupos de produtos, com 45 fornecedores, totalizando 2.309 itens de maneira manual.
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POÇOS PROFUNDOS
Água por que te quero água Perfuração de poços artesianos e semiartesianos cresce no País com tecnologias avançadas e deve seguir normas regulatórias e legislação governamental
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oje, existem duas normas técnicas que estabelecem os requisitos obrigatórios para o projeto e a construção de poços tubulares para captação de água subterrânea. Elas estabelecem procedimentos técnicos para o acesso seguro aos mananciais subterrâneos e objetivam a extração de água de forma eficiente e sustentável. Com a tecnologia de ultima geração atualmente empregada, a perfuração de poços artesianos passou a ser alternativa para a obtenção de água potável. No poço artesiano, a água jorra naturalmente devido à pressão exercida, que faz com que a água seja levada até a superfície. Quando a pressão não é suficiente, é preciso o auxilio de uma bomba. Neste caso, o poço É chamado semiartesiano. O poço ar-
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tesiano retira a água de aquíferos, que são reservas de água subterrânea, formadas pela água que se infiltra no solo e nos espaços entre as rochas. À medida que a água caminha pelas rochas e sedimentos, vai sendo filtrada e se torna cada vez mais limpa. Desta forma, esta água está protegida da contaminação e, em muitos casos, não é necessário que haja tratamento dela para o consumo. A vazão da água do poço artesiano depende da quantidade de água que a rocha pode oferecer. Caso tenha sido construído em uma região que apresente rochas com potencial baixo de fornecimento de água, existe a possibilidade de o nível de água de alguns poços artesianos baixarem e, em casos extremos, pode até secar. Esta possibilidade é inexistente nos
casos em que a perfuração de poços artesianos seja feita em rochas com alto potencial de recarga de água, pois sempre haverá água entrando no sistema. O importante é observar as determinações dos especialistas que executam projetos de poços artesianos, pois eles farão averiguações para verificar o potencial de vazão que a rocha pode oferecer. Sobre o assunto, como já dito, existem duas normas. Uma é a NBR 12212 (NB588) de 03/2006 – Poço Tubular – Projeto de Poço Tubular para Captação de Água Subterrânea que fixa os requisitos exigíveis para a elaboração de projetos de poço tubular para captação de água subterrânea A outra é a NBR 12244 (NB1290) de 03/2006 – Poço Tubular – Cons-
trução de Poço Tubular para Captação de Água Subterrânea, que fixa os requisitos exigíveis na construção de poço tubular para captação de água subterrânea. Ela estabelece os procedimentos técnicos para o acesso seguro aos mananciais e objetiva a extração de água de forma eficiente e sustentável. O projeto de captação de água por poço pressupõe o conhecimento de vazão pretendida, hidrogeologia da área constituída, no mínimo do condicionamento geológico regional e local, e que inclui levantamento dos dados geológicos, geofísicos e de poços existentes, com identificação e caracterização do aquífero. A sua exploração é pretendida pelo poço a ser perfurado, pela emissão de relatório conclusivo sobre a potencialidade hidrogeológica da área e da viabilidade de atendimento, com determinação dos locais para a execução da perfuração e da provável composição físico química da água. Inclui-se a isso, a avaliação preliminar da vulnerabilidade à poluição dos aquíferos, estimativa do número de poços a constituir o sistema, a planta topográfica da área de interesse, com a localização e o cadastro das obras e dos poços existentes e piezometria. O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve
compreender os seguintes itens: recomendação do método de perfuração e tipo de fluido, considerando custo, adequação às características litológicas e hidrogeológicas do aquífero explorado e segurança sanitária e ambiental, locação topográfica do poço, estimativa das profundidades mínima e máxima e da vazão do poço. Soma-se ao projeto a fixação dos diâmetros nominais úteis do poço e da perfuração, previsão da coluna estratigráfica a ser perfurada, previsão do aquífero a ser explorado, tipo e geometria, potencial e nível piezométrico, previsão da cota do nível dinâmico, avaliação da composição físico-química da água do aquífero interceptado, revestimento com especificação dos critérios para obter-se a estanqueidade na coluna cega e o posicionamento e colocação dos filtros, quando necessários. E mais: definição dos métodos de aferição da verticalidade e alinhamento do poço, especificação das condições de proteção sanitária, tanto superficial quanto subsuperficial; recomendações de técnicas para controle e monitoramento da exploração, visando à manutenção
das condições naturais do poço e aquífero; previsão de execução de perfilagem elétrica, radioativa, acústica e mecânica em formações sedimentares, que possibilite a determinação de camadas produtivas e improdutivas e indica o correto posicionamento das seções de filtros na coluna de revestimento. O projeto de exploração do poço deve assegurar vazão contínua e constante sem prejuízo da qualidade da água. Durante a sua vida útil, deve ser controlado e monitorado como parcela do recurso hídrico regional. O projeto de monitoramento dos poços tem por objetivo a detecção precoce de alterações nas características hidrogeológicas dos poços e aquífero. Na construção de um poço para captação de água subterrânea, tornam-se indispensáveis os seguintes elementos: projeto do poço em conformidade com a NBR 12212, especificações dos materiais e equipamentos auxiliares e de serviços complementares, cronograma físico da obra, equipamento de perfuração, responsável técnico habilitado, fiscal e condições de recebimento do poço.
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Exigências legais
A construção de poços compreende: • Preparação do canteiro da obra; • Acesso, serviços de terraplenagem, encascalhamento e confecção de bases; • Instalação da perfuratriz e dos equipamentos auxiliares; • Disposição dos materiais; • Instalações diversas; • Perfuração; • Perfuração inicial para colocação do tubo de boca; • Execução de furo piloto ou furo guia; • Amostras de calha; • Perfuração nos diâmetros e profundidades projetadas; • Verificação dos parâmetros da perfuração; • Verificação das condições reológicas do fluido de perfuração; • Dimensionamento da coluna de revestimento; • Elaboração do perfil litológico com base no exame e descrição das amostras; • Execução e interpretação de perfilagens elétricas e radioativas, de diâmetros, de densidade, sônicas, laterais e outras; • Elaboração do perfil de penetração; • Correlação entre os vários perfis para montagem do perfil composto; • Dimensionamento de pré-filtro; • Análise granulométrica de amostras representativas; • Colocação da coluna de revestimento; • Colocação de pré-filtro; • Desenvolvimento; • Execução do ensaio de vazão; • Coleta de água para análise; • Serviços e obras complementares: selamento, desinfecção, construção de laje de proteção sanitária, lacre e elaboração do relatório final.
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O Governo determina exigências para a perfuração de poços, como as que constam no Decreto- Lei nº 226A/2007, de 31 de maio, em que todos os proprietários e arrendatários que utilizam as águas do solo devem pedir autorização, licença ou outorgas de uso dos recursos hídricos para as autoridades competentes. A permissão para a execução dos poços é obrigatório para quem é dono de um terreno, onde haja o uso de qualquer tipo de recurso hídrico, seja açude, rio, etc, que não estejam legalizados, poços, noras, furos, minas, charcas, barragens, entre outros. No caso dos poços, a legislação prevê tempo máximo de dois anos para a regularização dos mesmos. Nos casos em que o proprietário não tenha o título de utilização de recursos hídricos, esse deverá ser substituído por um relatório de peritagem técnica da captação, executada por um especialista da área de hidrogeologia. A lei afirma que a prioridade é das redes de abastecimento de água. As pessoas devem fazer uso dela, de preferência, e não dos poços artesianos e demais. Nos locais onde estão instalados poços artesianos, o indivíduo arca apenas com as despesas de esgoto. A taxa deste serviço corresponde a 50% da conta de água.
RECURSOS HUMANOS
Não é só um quadro na parede Informações como missão, visão e valores da empresa devem objetivar tornar clara a razão de existir daquele negócio e seu propósito diante da sociedade
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interessante chegar numa empresa e deparar-se com um lindo quadro em que missão, visão e valores estão expostos abertamente. Com certeza, essas palavras retratam grande impacto e geram expectativas a quem as está lendo. Entretanto, pode haver um pequeno problema. O que acontece é que, muitas vezes, funcionários que trabalham próximos a estes quadros podem não saber quais atividades desenvolvidas por eles estariam diretamente ligadas com as descrições explícitas no quadro. Neste caso, a quem deveremos atribuir a culpa? E o que podemos fazer para não culparmos alguém? É importante destacar que, quando um empreendedor detém a ideia de colocar um negócio, a primeira pergunta que ele deve se fazer é: qual é a missão do meu negócio? O empreendedor deve levar em consideração suas crenças e valores, na finalidade de refleti-los na formação de seu negócio, tendo como missão entregar aos seus consumidores tudo aquilo que foi planejado, baseando em tais premissas iniciais. O objetivo é tornar claro a todos os
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envolvidos a razão de existir daquele negócio e também o seu propósito diante da sociedade. Após tornar claro e objetivo, a comunicação intrínseca ao negócio tende a se tornar clara e efetiva, uma vez que a missão foi definida tendo como base crenças e valores reais e aplicados na cultura organizacional. Ok! Já posso fixar o meu lindo quadro na parede? Infelizmente, ainda não é hora. Uma organização necessita gerar em seu quadro de colaboradores o sentimento de pertencimento. Isto é, precisa alinhar cada palavra ao seu real significado para aquela organização. Através dessa etapa, objetiva-se criar uma identificação dos colaboradores para com a missão da organização previamente estabelecida. Assim, comportamentos, atitudes e decisões estarão condizentes com as crenças e valores propostos na empresa, sendo esse o guia na busca dos objetivos do negócio, visando sempre o próspero futuro da organização. Como fazer para que os envolvidos no seu negócio estejam motivados, inspirados e com atitudes de fazer acontecer e tornar a missão empresarial uma ação coletiva? Nada fácil.
Izabel Bandeira Psicóloga e coach izabelband@hotmail.com
Porém, amplamente possível. Requer comunicação, dedicação e paciência para fazer com que todos esses envolvidos se tornem conscientes de que o seu papel é fundamental ao bom desempenho da organização. Além disso, deve ser executado de maneira suficientemente profissional. Deve-se esclarecer o objetivo da construção de um negócio baseado em sua missão, expressando que cada profissional será um missionário responsável daquele sucesso. Uma equipe bem treinada e em busca de resultados de alta performance, com certeza, assumirá o papel do protagonista, possuindo responsabilidades efetivas, em que a sinergia será sua maior e mais importante característica. Está na hora de sair da zona de conforto e achar que as pessoas já sabem o que significa cada bela palavra escrita por você. É hora de cumprir com um treinamento de alinhamento e entendimento da sua missão, visão e valores. Só assim você despertará em seu time o sentimento de pertencimento à causa. Boa sorte e até a próxima! Boas Festas!
FEICON BATIMAT NORDESTE
SETOR MOSTRA SUA CARA Evento de exposição da construção civil, arquitetura, design e decoração realizado na Região confirma-se como plataforma de negócios do setor
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quarta edição da Feicon Batimat Nordeste, realizada entre 19 e 21 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, teve movimentação financeira estimada em R$ 8 milhões e a presença de mais de dez mil visitantes, a grande maioria deles de presidentes, diretores e gerentes de empresas do setor da construção civil e também de profissionais como representantes, arquitetos, engenheiros, estudantes da área e de logística de todos os universos do segmento.
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Segundo os dados de cadastramento apurados pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, responsável pela produção da feira, cerca de três em cada quatro visitantes informaram que tomam decisões finais de compras nas empresas que atuam. “Apesar da retração de lançamento de novos imóveis, o mercado de materiais se manteve aquecido por causa das reformas, fato que colaborou para a grande presença”, explica Alexandre Brown, diretor da empresa organizadora do evento. Ao longo das três edições regionais
já realizadas, ainda de acordo com a Reed Exhibitions Alcântara Machado, o percentual de tomadores de decisão presentes aumentou, tornando o ambiente cada vez mais favorável à realização de novos negócios, prospecção e networking. Além disso, todos os participantes puderam ter a experiência de ver de perto as mais recentes tendências e lançamentos do mercado, um mix de setores da construção civil e arquitetura, conteúdo e inovação para os mais diversos segmentos da construção civil. Além da geração de negócios, outro
diferencial da Feicon Batimat Nordeste 2016 foi a programação de palestras. No total, foram são mais de 30 horas de conteúdo com a finalidade de proporcionar a atualização profissional de especialistas não só do Recife como de toda a região Norte e Nordeste. Ações paralelas e complementares também destaque durante a Feicon Batimat Nordeste 2016. Entre elas, o “Fórum do Conhecimento”, que atraiu interessados em palestras gratuitas sobre produtos, equipamentos e tecnologias; o “Seminário ANAMACO” e o “XV Congresso Habitar da Aureside”. Também chamou a atenção, principalmente aos profissionais dos seguimentos de arquitetura, decoração e design, a “Decor Prime Show”, que aguçou a curiosidade do público com
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a “Casa Real”, construída dentro do pavilhão especialmente para o evento em apenas três dias. O projeto de 108 metros quadrados em dois pisos é da ACS Construção Modular e da Galvanisa, com coordenação da Associação Pernambucana de Arquitetos (APA) e direção geral da Carlota Comunicação. A produção da casa contou com a colaboração de sete escritórios de arquitetura pernambucanos em dez ambientes totalmente finalizados, prontos para exposição. Com todas estas e outras atrações, o modelo da Feicon Batimat Nordeste 2016 - inédito no Brasil - se transformou ao longo de suas quatro edições em uma plataforma de negócios para o setor. Uma organização que reúne mostra de decoração, arquitetura e construção civil, além de fornecedores expositores.
NOVO OLHAR
2016 - ano seletivo para as empresas
Claudio Araujo claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br
A economia brasileira vive um momento difícil, mas é injustificável apontar que determinada empresa faliu por culpa presumida do governo
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alar das dificuldades que a economia brasileira vem atravessando é certamente ser repetitivo. Ao mesmo tempo, que olhar para o momento como oportunidade de negocio é ser otimista. Entender que as adversidades sempre fazem com que os concorrentes busquem o melhor é compreender que o ano de 2016 vem sendo uma seleção para as organizações mais preparadas para tais desafios. O conceito de processo seletivo é comumente utilizado na gestão de Recursos Humanos. O processo é aplicado para que possamos escolher o melhor candidato para ocupar um cargo em aberto. Quanto maior for o grau de exigência, mais atributos o candidato escolhido deve possuir. Fazendo um paralelo ao nosso momento econômico, o empresário vem enfrentando alguns obstáculos a nível organizacional, o que o obriga a ser mais profissional e competente. Ou seja, o grau de exigências para ocupação deste cargo está, a cada dia, mais elevado. Desta forma, o momento vem colaborando com a preparação de empresas competentes e competitivas
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e ocasionando a eliminação das organizações amadoras e despreparadas. Alguns mercados já registram reduções no número de empresas, o que faz com que as até então “sobreviventes” possam gozar da demanda existente de forma mais proveitosa. Entre os vários critérios para este processo de profissionalização, pode-se elencar conhecimento e utilização de informações oriundas das empresas e do mercado, disponibilização de relatórios mensais sobre o desempenho da companhia ao exemplo de lucratividade, inadimplência, giro do estoque, mark-up, satisfação dos clientes, entre outros. É importante ainda destacar a blindagem das empresas no atendimento das exigências fiscais e contábeis, promovendo saúde delas por meio de uma sistemática operacional integrada. À medida que a empresa apresenta uma organização contábil, é possível identificar oportunidades competitivas. A contabilidade não pode ser vista pela empresa apenas para a finalidade de cálculo de impostos. Mas, sim, como um essencial departamento de organização sistêmica.
Destaco também a maturidade da empresa para gestão de Recursos Humanos. A formação da identidade própria, ou seja, uma empresa com valores fortes e com projeto explícito promove o melhor engajamento do time no momento necessário para enfrentar os desafios. Equipes fracas tendem a desintegrar nos momentos mais decisivos. Como conclusão, ratifico que a economia brasileira vive um momento de grande turbulência. Entretanto, é injustificável apontar que determinada empresa “fechou as portas” por culpa presumida do governo. Organizações entram em colapso, geralmente, pela falta de competência de seus gestores, independente do nível de exigência do mercado em que atua. Neste caso, a crise econômica elevou o nível do empresário e do gestor. Cabe a todos nós, a avaliação e o fortalecimento interno, a fim de nos mantermos ativos e produtivos no jogo dos negócios. Faça parte do grupo de empresa que estão crescendo em 2016 e que estão prontas para o futuro crescimento do País. Bom trabalho!
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Economia e Sustentabilidade Cada vez mais os cearenses investem em formas alternativas de abastecer casas e fábricas com fontes de micro e minigeração, principalmente solar e eólica
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odos sabem que o Ceará passa por escassez preocupante no que diz respeito à produção e distribuição de energia elétrica no estado. Por isso mesmo, mais pessoas física e jurídica têm buscado fontes alternativas de abastecimento para manter suas residências e máquinas funcionando. Por isso mesmo, cresce tanto na Região Metropolitana de Fortaleza quanto no interior os investimentos – como também em todo o Brasil e no mundo - na micro e minigeração de energia, principalmente a solar e a eólica.
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Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 12 meses houve crescimento de cerca de 150% na demanda por energias renováveis e limpas no Ceará, líder no Nordeste nestes tipos de tecnologia, à frente de Pernambuco e da Bahia. “O Estado tem toda a capacidade para dobrar a geração e a distribuição de ano em ano, principalmente porque existe um potencial muito elevado para isso. Inclusive, já há perspectivas de aumento para 2017”, informa a empresa Satrix, do segmento de energia a partir de fontes renováveis.
Desde junho de 2015, o Governo do Estado do Ceará trabalha de forma estratégica nas discussões sobre as questões energéticas, por meio da Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará e da Secretaria-Adjunta de Energia, Mineração e Telecomunicações. Com foco no setor de energias renováveis, a pasta atua na formulação e na implementação de planos estratégicos e de políticas ligadas ao setor, estabelecendo objetivos, diretrizes e estratégias para garantir a atração de investimentos necessários ao desenvolvimento da cadeia produtiva da área. O Estado também tem atuado na articulação junto ao Governo Federal e com diversos atores do setor elétrico para garantir investimentos e realizar obras de infraestrutura para o Estado, como a construção de subestações e linhas de transmissão, necessárias para o desenvolvimento do setor e, assim, otimizar a distribuição de energia. O Ceará descobriu vocação para a exploração eólica no final da década de 1090 e tornou-se pioneiro no estímulo à geração de desta tecnologia no Brasil. Com a implantação dos primeiros parques comerciais, se tornou líder em capacidade instalada e em produção desse tipo de energia. O potencial de eficiência do vento para geração de energia no Ceará supera a média mundial e a do próprio País. O Estado possui média de 43,4%, enquanto o Brasil,
de 35,2%, e o mundo, de 28%. Por ser eficiente, limpa e renovável, a energia eólica tem sido uma fonte alternativa importante na elaboração de novos cenários energéticos no Ceará e no Brasil. Atualmente, vários estados brasileiros vêm investindo na complementação e transformação de seus parques energéticos com a introdução de fontes alternativas de energia, sendo que as questões ambientais alavancaram em muito estes investimentos, principalmente devido aos impactos causados pelas formas tradicionais de geração de energia. O Estado também tem atuado na articulação com o Governo Federal e com diversos atores do setor elétrico para garantir investimentos e realizar obras de infraestrutura para o Ceará, como a construção de subestações e linhas de transmissão, necessárias para o desenvolvimento do setor. “Temos muito potencial para aumentar a nossa produção. Não apenas no litoral, mas também no interior do estado. Temos projetos, inclusive, para inserir a Região das Serras na produção. Não vamos medir esforços neste sentido”, citou o governador cearense, Camilo Santana. Dados da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) mostram que em 2019 o Ceará deve responder por 14,7% de toda a energia eólica gerada no Brasil. A capacidade eólica do Estado, atualmente, é de cerca de 1.500,2 MW e deve crescer com o surgimento de novas tecnologias de capacidade de acabar com o gargalo de distribuição em grandes áreas disponíveis para ser exploradas. A intenção é encontrar formas de superar este empecilho em breve. Solar – A fonte de energia sustentável por micro e minigeração que mais cresce no Ceará é a solar. Segundo a Aneel, o Estado possui atualmente, 207, ou seja, 90,7% são de energia solar fotovoltaica. Destes
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sistemas instalados, 77% das conexões correspondem às residências, enquanto 18% estão localizadas em estabelecimentos comerciais. Há também 3% na área industrial e 1% na zona rural. Seja para utilização residencial ou empresarial, esta fonte geradora vem conquistando cada vez mais adeptos, pois beneficia o usuário com expressiva economia na conta de energia no fim do mês, a planta solar agrega valor patrimonial e institucional ao imóvel, reduz a produção de CO² que causa o efeito estufa e, assim, contribui para a preservação do planeta. Os sistemas fotovoltaicos solares são capazes de gerar energia elétrica através das chamadas células
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fotovoltaicas. Estas são feitas de materiais capazes de transformar a radiação solar diretamente em energia elétrica através do chamado “efeito fotovoltaico”. Hoje, o material mais difundido para este uso é o silício. O efeito fotovoltaico acontece quando a luz solar, através de seus fótons, é absorvida pela célula fotovoltaica. A energia dos fótons da luz é transferida para os elétrons que então ganham a capacidade de movimentar-se. O movimento dos elétrons, por sua vez, gera a corrente elétrica. As células fotovoltaicas podem ser dispostas de diversas formas, sendo a mais utilizada a de montagem de painéis ou módulos solares. Além dos painéis fotovoltaicos, também se utilizam filmes flexíveis, com as mesmas características, ou até mesmo a incorporação das células em outros materiais, como o vidro. As diferentes formas com que são montadas as células se prestam à adequação do uso, por um lado maximizando a eficiência e por outro se adequando às possibilidades ou necessidades arquitetônicas. Quanto aos sistemas fotovoltaicos, estes podem ser divididos em dois grandes grupos: sistemas isolados (off-grid) e sistemas conectados à rede (grid-tie). Os sistemas isolados são aqueles que não se integram a rede elétrica e geralmente são utilizados em locais remotos ou onde o custo de acesso a rede é maior que o custo do próprio sistema. Normalmente estes sistemas utilizam bateria para armazenar a energia. Já os sistemas conectados à rede servem como qualquer outra forma de geração de energia que utilizamos a partir da rede elétrica e são utilizados como substitutos destas outras fontes de energia. Neste caso não há necessidade de armazenamento. Segundo a Satrix, uma pessoa física gasta a partir de R$ 24 mil para instalar um painel fotovoltaico em casa,
dependendo do tamanho do projeto. Isso está diretamente ligado ao consumo. Vale lembrar que qualquer empresa que fatura até R$ 16 milhões por ano pode utilizar o FNE Sol do Bando do Nordeste para realizar investimento na micro e minigeração de energia. A linha de crédito financia todos os fornecedores envolvidos no processo. Ou seja, na estrutura, no projeto e ou mesmo na instalação de painéis solares. Eles contam com taxas de juros mais baixas, com índices um pouco acima da inflação. Além disso, com o fundo, as empresas podem financiar o equipamento em até 12 anos, com um ano de carência. Em março, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou resolução que dispensa licenciamento ambiental no Ceará aos sistemas de energia solar instalados em telhados ou fachadas e que tenham capacidade para produzir até 2 megawatts (MW), suficiente para abastecer cerca de mil residências. A implantação em terrenos em área urbana ou rural também segue o mesmo critério. A resolução contempla também a microgeração (até 75 kilowatts) e minigeração (até 5 MW) de energia eólica. Nesses dois casos, a legislação não obriga o licenciamento ambiental, desde que não haja interferência em áreas de preservação permanente (APP) e unidades de conservação (UCs). A minigeração de energia solar em terrenos urbanos ou rurais, com produção entre 2 e 3 MW, precisará fazer uma autodeclaração no site da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente). De acordo com o texto da resolução, em dois casos será necessário o licenciamento ambiental simplificado: quando a produção de energia solar for entre 3 e 5 MW ou quando a geração até 5 MW for oriunda de biogás e biomassa.
GRANDES OBRAS
Maior ponte de vidro do mundo Construção de 430 metros de extensão liga dois penhascos a 300 metros de altura e é a nova atração do parque natural de Zhangjiajie. Até 800 visitantes podem circular simultaneamente
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á está aberta ao público, a mais alta e longa ponte de vidro do mundo. Com 430 metros de extensão e a 300 metros de altura, ela está localizada no espetacular parque natural de Zhangjiajie Grand Canyon, na China, local que inspirou as montanhas vistas no filme Avatar. A construção foi erguida com o intuito de atrair ainda mais turistas e melhorar suas experiências no local. Com isso, além da vista deslum-
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brante acima da altura da cabeça, os visitantes podem ter a sensação de flutuar sob o ar ao olhar para baixo da ponte transparente que atravessa dois abismos impressionantes. Projetada pelo arquiteto israelense Haim Dotan, a ponte de seis metros de largura une dois penhascos das montanhas. Ela é feita de 99 painéis com três camadas de vidro e está preparada para receber até 800 visitantes ao mesmo tempo. Os construtores testaram a resistência da ponte com um caminhão de duas toneladas e até pediram que várias pessoas batessem no chão da ponte com martelos para mostrar sua resistência. Ainda assim, apenas oito mil turistas poderão atravessar a ponte por dia, e os ingressos devem ser com-
prados com um dia de antecedência. A obra, que custou 22,5 bilhões de yuans (cerca de 10,9 bilhões de reais), ficou pronta em maio, cinco meses depois do previsto, devido às intensas chuvas na região. Com a ponte, a província central de Hunan, muito visitada por turistas chineses por ser a terra natal do líder comunista Mao Tsé-tung, como já dito, tenta atrair mais visitantes a uma de seus maiores joias naturais, o parque de Zhangjiajie. A bela mistura de relevos cársticos – em um total de mais de três mil colunas arenosas – com a vegetação das florestas subtropicais foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1992, e inspirou o diretor James Cameron na criação das montanhas vistas em Avatar.
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FORTALEZA EM FOTOS
Fortaleza à moda francesa Por influência da família Boris, a capital cearense cultuou, durante um período de sua história, hábitos e nomes que remetiam ao país europeu Por Fátima Aguiar Fortaleza em Fotos (www.facebook.com/fortalezaemfotos)
A
mania começou por volta de 1869, quando por aqui se instalou a casa de comércio Theodore Boris e Irmão. Este estabelecimento, de propriedade de dois irmãos franceses, transformou-se depois na firma Boris Frères, com sede em Paris. Em 1878 um dos sócios – Isaie Boris – veio residir no Ceará, o que deu prestigio, respeito e credibilidade ao estabelecimento. O nome Boris era sinônimo de confiança e garantia de seriedade nos negócios. O espírito popular começou a chamar o oceano de Açude do Boris, qualquer impasse que surgia em determinada situação, o gracejo é que seria resolvido pelo Boris, à Justiça deram a alcunha de mãe do Boris, o que significava que até os tribunais seriam influenciados pelo comerciante. Isaie Boris tornou-se vice-cônsul da
França e elevou-se mais ainda na consideração e estima da sociedade fortalezense. Coordenou e foi presidente da comissão organizadora da participação do Ceará na Exposição Internacional de Chicago em 189293, elaborando o catálogo de produtos cearenses que deveriam figurar na exposição. Com o afastamento de Isaie Boris, a firma Boris Frères passou a ser administrada por Achille Boris, outro grande empreendedor. A tal ponto chegou a influência dos Boris em Fortaleza que, em algumas vezes, teve a Fazenda do Estado de recorrer ao seu financiamento para atender as carências monetárias dos cofres públicos. A crescente ingerência da Casa Boris nos negócios e na vida da cidade ficou ainda mais evidente com as viagens à Europa de várias perso-
nalidades cearenses, algumas acompanhadas das famílias. Às vezes, se demoravam meses e anos, segundo dizem, às expensas da Casa Boris. Muitos foram os cearenses que estudaram, se graduaram na França e casaram com damas francesas. A Casa Boris também abriu caminho para que vários franceses se estabelecessem por aqui, como o professor Louis Vergeot, correspondente-redator de “Le Journal” de Paris e delegado da “Alliance Française”, e Norberto Golignac, que mantinha um serviço de carruagens de luxo para casamentos, passeios e batizados. Ao lado de outros estabelecimentos que foram abertos na mesma época, como os de Gradvohl Frères, Levy Frères e Benoit Levy e Cia, entre outros. Generalizou-se a moda de dar no-
mes franceses às empresas cearenses. Assim surgiram estabelecimentos com atuação em ramos diversos, com denominações como Au Phare de La Bastille, Louvre, Bom Marché, Notre Dame de Paris, Rendez-Vous dês Amis, Torre Eifel, Hotel de France, Hôtel de L’Univers, Art-Nouveau, Café Riche, Farmácia Pasteur – todas vendendo artigos de procedência francesa: modas, tecidos, sapatos, chapéus, perfumes, etc. Os colégios ensinavam o idioma francês e as famílias cultivavam hábitos, vestuários e maneiras à moda francesa, que nada tinham em comum com os hábitos e costumes em voga na provinciana Fortaleza. O modismo se estendeu a praticamente todos os setores e a mania do afrancesamento dominou Fortaleza durante longo período.
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TRIBUTARISTA
Bievenido Sandro Andrade Fiuza Bievenido Sandro Andrade Fiuza é advogado e contador, presidente da Exitu’s Consultoria Empresarial Ltda, ex-presidente do Sindicato da Indústria Têxtil no Ceará e exdiretor do grupo Vicunha Têxtil
Muita atenção ao fisco Receita Federal e Banco Central contam com moderna ferramenta de informações financeiras
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iz o adágio popular que não há nada ruim que não posso piorar. Bem, apesar de discordar completamente dessa alegação, vou tecer alguns comentários sobre as “novas” intenções do Governo - através da Receita Federal do Brasil (RFB) e do Banco Central do Brasil (Bacen) - no que diz respeito ao cruzamento de informações para se apurar fraudes e sonegações fiscais. Através de vários sistemas informatizados, a RFB e o Bacen buscam promover a integração dos fiscos federal, estaduais, do Distrito Federal e, futuramente, do municipais
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e dos órgãos de controle. Isso, mediante à padronização, racionalização e compartilhamento das informações fiscais digitais, bem como integrar todo o processo relativo à escrituração fiscal, com a substituição do atual documentário em meio físico (papel) por documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins. É esse o objetivo do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital). Já com quase cinco anos de rodagem, o SPED recebe agora outros parceiros, modificações e “melhoras”, para aumentar as inúmeras
preocupações, que já não são poucas aos empresários brasileiros. Tendo em vista que a Receita Federal passou a contar com o T-Rex – supercomputador que leva o nome do devastador Tiranossauro Rex - e o software Harpia - ave de rapina mais poderosa do País - é necessário cuidado redobrado das empresas em relação as suas informações contábeis e financeiras. Já o Banco Central, ganha uma ferramenta tecnológica à altura de um sistema financeiro altamente informatizado e moderno. O supercomputador é uma ferramenta decisiva
no combate às fraudes, ao caixa dois e à lavagem de dinheiro no Brasil. O nome da “fera” é HAL. Ele está instalado no quinto subsolo do Banco Central, especialmente para reunir, atualizar e fiscalizar todas as contas bancárias das 182 instituições financeiras instaladas no País. Seu nome oficial é Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS na sigla abreviada). Mas a supermáquina já nasceu com o apelido de Hal, homenagem ao mais famoso cérebro eletrônico da ficção, imortalizado no filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”. A primeira carga de informações que o computador recebeu durou quatro dias. Ao final do processo, ele havia criado nada menos que 150 milhões de diferentes pastas (uma para cada correntista do País), interligadas por CPFs e CNPJs aos nomes dos titulares e de seus procuradores. Só há dois sistemas parecidos no planeta. Um na Alemanha; outro na França. Mas ambos são inferiores ao brasileiro. No alemão, por exemplo, a defasagem entre a abertura de uma conta bancária e seu registro no computador é de dois meses. Com o Hal, o Banco Central ganha ferramenta tecnológica à altura de um sistema financeiro altamente informatizado e moderno. O supercomputador é uma ferramenta decisiva no combate à fraudes, caixa dois
e lavagem de dinheiro no Brasil. Algumas informações que antes eram apuradas com muito atraso, agora são visíveis quase que on-line pela RFB e BACEN. A titulo ilustrativo temos: Cartórios: Checar os bens imóveis (terrenos, casas, aptos, sítios, construções), Detrans (registro de propriedade de veículos, motos, barcos, jet-skis e etc.), Bancos: cartões de crédito, débito, aplicações, movimentações, financiamentos. Empresas em geral: além das operações já rastreadas (folha de pagamentos, FGTS, INSS, IRR-F, etc.), passam a ser cruzadas as operações de compra e venda de mercadorias e serviços em geral, incluídos os básicos (luz, água, telefone, saúde), bem como os financiamentos em geral. Tudo através da Nota Fiscal Eletrônica e Nota Fiscal Digital. Tudo isso nos âmbitos: municipal, estadual e federal, amarrando pessoa física e pessoa jurídica através destes cruzamentos, inclusive os últimos cinco anos. Este sistema é um dos mais modernos e eficientes já construídos no mundo e logo estará operando por inteiro. Só para se ter uma ideia, as operações relacionadas com cartão de crédito e débito foram cruzadas em um pequeno grupo de empresas varejistas e a grande maioria delas sofreram autuações, pois as informações fornecidas pelas operadoras de cartões ao fisco (que são obrigados a entregar a movimentação), não coincidiram com as declaradas pelos lojistas. A recomendação é de que as empresas devem se esforçar, cada vez mais, no sentido de “ir acertando” os detalhes que faltam para minimizar problemas com o Fisco. A sopa (indigesta) de letrinhas não para por ai… DIMOF, DIRPF, EFD, DACON, DCTF, DITR, DIPI, DIRF, RAIS, DIMOB, etc. Ou seja, são várias fontes de informações. Todo cuidado é pouco. A partir de agora, todos devem ter controle de
Este sistema é um dos mais modernos e eficientes já construídos no mundo e logo estará operando por inteiro
todos os gastos no ano e verificar se os rendimentos ou outras fontes são suficientes para comprovar os pagamentos, além das demais preocupações, como lançar corretamente as receitas, bens, etc. É preciso ter cautela para não errar no cadastro de informações, para evitar problema junto ao Fisco. É sempre importante o auxílio de um profissional capacitado para prestar assessoria contábil, dando o acompanhamento necessário para todas essas declarações, que precisam ser entregues em diferentes prazos durante o ano. Diante de tudo isso, as empresas ainda têm que se preocupar em comprar, vender, atender clientes e fazer sempre o melhor possível, pois a concorrência pela sobrevivência é enorme. Já ouvi de vários empresários que esta atividade no Brasil é para quem tem muita persistência, pois não há amparo do Governo; as dificuldades mercadológicas são imensas. Não há boas estradas, não há segurança nem patrimonial, nem jurídica. Alem de tudo isso, as empresas têm que montar verdadeiras estruturas contábeis e fiscais, para que possam cumprir seu papel social e econômico em meio a esse caos que hoje é nossa economia. O que esperar do Governo? Se não ajuda onde deveria, poderia pelo menos não atrapalhar.
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Caderno Imobiliário
Empreendimento
Construtora Colmeia entrega as duas primeiras torres do Living Resort
Investimento
Alphaville Eusébio ganha mais um complexo de casas
Condomínios
Administração deve estar atenta a todos os detalhes
EMPREENDIMENTO
Otacílio Valente e Ronaldo Barbosa
Residencial vertical Colmeia Daniel Arruda, Johnatan Magalhães, Ronaldo Barbosa, Dimitri Cysne e Otacílio Valente
Construtora entregou as duas primeiras torres do Living Resort, primeiro do gênero vertical da capital cearense para um público diferenciado
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Construtora Colmeia, uma das mais conceituadas do Ceará, acaba de inaugurar o seu mais novo resort residencial. O empreendimento, localizado na Rua Bento Albuquerque, no bairro Aldeota da capital cearense, foi entregue no início de novembro, em evento realizado pela empresa incorporadora aos novos moradores das duas torres já concluídas: Santorini e Mykonos. O Living Resort conta com mais de 70 itens de lazer e espaço de convívio social que incluem spa, espaço mulher, sala relax, espaço kids, parque temático, piscina com raia de 50 metros, playground para criançada com o tema “Em Busca do Tesouro Perdido”, redário, praça da fogueira, ale, de outros itens de diversão e muito mais. Segundo Otacílio Valente, diretor presidente da Colmeia. são mais de 16 mil metros quadrados de área, em um empreendimento de gran-
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de porte e alto padrão. O projeto arquitetônico do Living Resort é assinado por Daniel Arruda e Isidro Vilela. Já o design de interiores, tem o toque sofisticado de Racine Mourão. Quanto ao paisagismo, foi desenvolvido por Benedito Abbud. As primeiras torres têm apartamentos de 116 e 145 m2, com opções de planta com quatro quartos, sendo três suítes, com três vagas na garagem. São dois apartamentos por andar e cada um dos deles têm acesso por elevadores exclusivos. No evento de entrega do empreendimento, Otacílio Valente conversou diretamente com os proprietários, que participaram de uma apresentação sobre os benefícios do empreendimento e as vantagens oferecidas pela Colmeia para os futuros moradores. Logo em seguida, todos puderam confraternizar no coquetel preparado especialmente para a ocasião.
Racine Mourão, Ana Virginia Martins, Ronaldo Barbosa e Vivian Otoch
Denise Silveira, Daniel Arruda, Otacílio Valente, Marcelo Silveira e Ronaldo Barbosa
Otacílio Valente Melissa e Paulo Magalhães
EMPREENDIMENTO I
Para morar e investir Bairro planejado de condomínio fechado de casas no Eusébio é lançado com 581 lotes a partir de 450 m² e contará com clube de mais de 30 mil m²
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Alphaville Urbanismo, empresa responsável pelo lançamento de 110 empreendimentos em 22 estados do Brasil e Distrito Federal, acaba de apresentar ao mercado o condomínio fechado de casas Alphaville Ceará 3. Ele fará parte do bairro completamente planejado de 19 milhões de metros quadrado- agora chamado Cidade Alpha Ceará -, que já têm comercializados cinco empreendimentos residenciais e o Town Center, este com lotes comerciais e empresariais que conta com 42 lo-
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de jogos, churrasqueira e estacionamento”, avisa André Nasi, gerente comercial da Alphaville Urbanismo. Parceria - o Grupo M. Dias Branco é proprietário de um terreno com mais de 2.000 hectares na cidade de Eusébio. A parceria com a Alphaville Urbanismo se deu pela expertise e comprovada história de sucesso da empresa em transformar áreas até então sem estrutura em “minicidades”, com todo o conforto, segurança e facilidades que podem oferecer. A união para a construção da Cidade Alpha Ceará se dá através da Dias Branco Administração e Participações Ltda. (Dibra), que tem importante participação no mercado imobiliário e se destaca pela utilização de novas tecnologias e conceitos imobiliários, projetos modernos, funcionais e ecologicamente corretos. Localização - a Cidade Alpha Ceará está situada na valorizada região leste da Região Metropolitana de
Fortaleza, no município de Eusébio. Aliados ao desenvolvimento desta área urbana, estão os investimentos em infraestrutura, como o projeto de duplicação o Anel Viário da CE040. A obra, realizada pelo Governo do Estado, facilitará o acesso dos novos moradores e demais pessoas que circulam nas imediações dos 32 quilômetros de extensão ampliados do novo complexo de circulação. A cidade foi apontada a com menos de 50 mil habitantes do País detentora do melhor padrão de vida no Brasil e considerado o município mais desenvolvido do Norte e Nordeste, tendo tido resultados muito satisfatórios em setores como educação, emprego e renda. Serviço - O estande de vendas do Alphaville Ceará 3 está localizado na avenida Barão de Studart, 1.200, em Fortaleza. Ao todo, estão envolvidas 30 imobiliárias e um total de 600 corretores nas vendas dos terrenos.
tes comerciais, sendo que de 80% deles já foram vendidos. “O Alphaville Ceará 3 marca o início da sétima fase da implantação do bairro planejado. Ao todo, são 581 lotes a partir de 450 m² e o residencial contará com clube de mais de 30 mil m², área verde de mais de 67 mil m². Entre os itens de lazer, o empreendimento contará com campo de futebol, quadra de tênis e poliesportiva, playground, piscina infantil e adulta com raia, deck molhado e seco, solarium, salão de festas com bar, sauna, sala de ginástica, salão
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CONDOMÍNIOS
Boa gestão é tudo! Não importa se com o auxílio de uma empresa ou profissional especializados, o importante é estar atento a todos os fatores inerentes ao se cuidar de condomínios
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administração de condomínio precisa ser feita como a de uma companhia. Hoje, as empresas administradoras fazem esse trabalho e evitam que o síndico se preocupe com questões menores. Mas é preciso que ele esteja atento em relação à fiscalização das contas para não ter problemas futuros, pois é ele quem responde. Primeiro, é preciso haver planejamento das contas. Ele deve ser feito com base nos gastos dos anos anteriores acrescidos dos reajustes. Quando um condomínio é gerido pelo síndico em conjunto com a administradora, a tarefa fica mais leve para o primeiro, pois ele passa a ter um
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papel mais de fiscalização dos atos da administradora. A contratação da administradora é recomendada por ela ficar com funções como pagamento de contas, contratação de funcionários, registro de atas e assembleias, cobranças, entre outros. Ela também pode, entre outras atribuições, ajudar no planejamento e previsão orçamentária da gestão, contabilizar os créditos e débitos e fazer o rateio das despesas, emitir a cobrança e controlar os recebimentos, fazer cobrança sobre os devedores, emitir Declaração Negativa de Débitos Condominiais, controlar as contas a pagar, Gestão tributária, calculando e recolhendo os devidos impostos.
Administrador interno Um condomínio tem administrador, geralmente, quando são grandes e tem a necessidade desse tipo de pessoa trabalhando exclusivamente. Ele trabalha mais com a gestão do condomínio como um todo, sendo no trato com os funcionários, nos conflitos internos de moradores. Também deve ter as mesmas funções financeiras realizadas por uma administradora. Sindico terceirizado Esse tipo de trabalho é indicado também para condomínios grandes ou aqueles que os moradores não se interessam pela função. Ele terá praticamente as funções do sindico
comum e também as financeiras, que são as mesmas de uma administradora ou de um administrador interno. Apenas com síndico - com as complexas leis brasileiras, fica praticamente inviável alguém ser sindico sem ter uma administradora para fazer o trabalho do dia a dia. Ele terá de realizar todas as funções que listamos da administradora, desde controle de contas, ao pagamento, cobrança, fornecedores, ou seja, é muito a fazer além das tarefas gerenciais do condomínio. O que é conta a pagar? - nada mais é do um controle das despesas que devem ser anotadas. Assim, se pode verificar o fluxo de caixa e saber quais os gastos futuros. Este procedimento é simples, mas é preciso ter cuidado, pois dinheiro no caixa não quer dizer sobra. Por isso, é bom ter a previsão dos gastos para não se perder. Para auxiliar nessa tarefa uma planilha ajuda bastante, para deixar tudo planejado. O que é conta a receber? - é fundamental manter organizado o financeiro do condomínio, principalmente no que diz respeito às contas a receber é manter uma rotina de emissão de boletos no dia certo. O
ideal é que tenha sempre o mesmo dia do mês para a emissão dos boletos. Os bancos já possuem esse controle de recebimento online, mas é prudente ter uma planilha para marcar quem pagou e quando pagou, se houve multa, juros, etc. Inadimplência Outro ponto que deve ser organizado é em relação à inadimplência. Antes de cobrar, deve-se entender que o prazo do banco para a compensação do pagamento pode ser de até quatro dias. Cobrar antes dessa data pode gerar constrangimento desnecessário. Faça primeiro a cobrança por correio eletrônico, pedindo que, “se já foi pago, desconsidere essa comunicação”. Caso não possa fazer por esse meio, use carta normal. Espere alguns dias, pelo menos uma semana e, se o débito persistir, entre em contato por telefone. Fluxo de caixa Esse, como as contas a receber e a pagar, é um instrumento da gestão financeira. Ele realiza o controle de todas as movimentações, ou seja, as entradas e saídas de recurso por um determinado tempo. Esse instrumento deve ser usado diariamente, visando controle financeiro. Só assim
se poderá pagar as contas em dia e prever os gastos futuros. Prestação de contas Ela não é apenas uma medida de transparência do síndico junto ao condomínio, mas obrigação imposta pelo Código Civil. A prestação de contas e a previsão orçamentária devem ser feitas e aprovadas anualmente em assembleia geral. A documentação necessária para essa prestação é: • Certidões negativas de INSS, FGTS e Receita Federal • AVCB; • NRs 5, 7 e 9; • Certificado de Brigada de Incêndio; • Vistoria de para-raios; • RIA dos elevadores; • Seguro do prédio e funcionários; • Atestado de dedetização e de lavagem das caixas d’água. Além desta documentação é preciso balanço contábil, que deve demonstrar assuntos como funcionários (salário, férias, 13o, benefícios e tudo o que for relacionado), contas fixas (água, luz, telefone, entre outras) e variáveis que são relativas à manutenção e benfeitorias. Também é necessária a comprovação de despesas e receitas.
6 DICAS DE ADMINISTRAÇÃO Despesas periódicas como recarga de extintores, dedetização, limpeza de caixa d’água, entre outros, devem ser estimados. 58 - Construção Ceará
É bom trabalhar com percentual de inadimplência maior do que a média dos anos anteriores.
As despesas com as férias e o 13o salário devem provisionadas; deve-se fazer uma “poupança” do valor aproximado mensalmente, para não haver uma despesa extra no final do ano.
O Fundo de Reserva é previsto em assembleia e na convenção do condomínio e também deve ser provisionado.
É importante listar todas as benfeitorias. Faça uma ordem de preferência para serem realizadas durante o ano. O ideal é que o condomínio tenha um fundo específico para essas despesas.
É aconselhável dividir todos os custos em 12 parcelas, para não pesar em determinados meses.