CEARÁ
O ES N OR ER RI D NTE CA N I
Ano 8 - Edição 43
SIG
Imóveis e Arquitetura
DE
CONSTRUÇÃO NSI
NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS
PRAIA DO FUTURO Maresia assusta, mas há como conviver com ela
Ambientes climatizados: Seminário debate aplicação de nova lei
Bairro de Fátima alia tradição e modernidade
Feicon Batimat 2018 alcança metas e marca retomada dos negócios
Editorial Novidades no impresso e no mundo digital
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Material Cimento: uma história que começa ainda no tempo das pirâmides
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Praia do Futuro Maresia preocupa, mas novas tecnologias garantem soluções
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Feicon Batimat Feira reúne as principais empresas do setor e marca retomada dos negócios
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MEU BAIRRO, MINHA VIDA Bairro de Fátima cresce sem perder as tradições que marcaram criação
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Entrevista Érico Gondim é o destaque na estreia do Caderno Design de Interiores
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Feira Fortaleza Brazil Stone Fair gera volume de negócios acima de R$ 65 milhoes
O clima de otimismo e retomada de negócios já vem despontando desde o segundo semestre do ano passado. Mesmo com 2018 sendo um ano atípico, a expectativa é de crescimento em vários setores. Entramos nesse fluxo e incorporamos várias novidades para deixar nosso leitor bem informado. Um dos destaques é o lançamento do Caderno Design de Interiores que vem encartado dentro da Revistra Construção Ceará. A publicação é focada para quem aprecia decoração e arquitetura, com dicas sobre lançamentos e entrevistas com os principais nomes do setor. Ao mesmo tempo, ampliamos as ações no mundo digital, atualizando diariamente o nosso site (www.construcaoceara.com.br). Lançamos o canal no Youtube onde você já pode ver a entrevista com o professor e designer de interior, Neandro Nascimento. Nas mídias sociais, contamos agora conta com uma fanpage atualizada diariamente. Tudo para estreitar ainda mais a nossa comunicação com os leitores. Nessa edição, você acompanha como as fábricas de material de construção e os moradores da Praia do Futuro têm enfrentado a maresia, um dos principais obstáculos para o crescimento do bairro. Veja ainda como foi duas grandes feiras: a Feicon Batimat, uma das maiores e a Fortaleza Brazil Stone Fair, dedicado ao setor de rochas e granitos. Boa leitura!
Diretor: Ariel Ricciardi Editor: Paulo Rogério Silveira ( 665 - JP/CE) Colaboradores: Claúdio Araújo, Izabel Bandeira, Fátima Aguiar, Roberto Pierantoni Diagramação: Marcos Aurelio | Impressão Gráfica Halley Contato para anunciar CONSTRUÇÃO CEARÁ IMÓVEIS E ARQUITETURA: (85) 98824 0222 / (85) 3023 3537 ou através do e-mail: construcaoceara@hotmail.com ou ariel_ricciardi@hotmail.com. Redação: construcaoceararedacao@gmail.com Fale com a gente, envie e-mail, fotos, notícias para a redação. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nosso produto. A revista CONSTRUÇÃO CEARÁ IMÓVEIS E ARQUITETURA é uma publicação bimestral do Núcleo de Serviços Integrados. As opiniões dos artigos assinados não representam necessariamente as adotadas pela revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos textos. Foto capa: Divulgação.
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Gerdau Cearense é destaque em desafio mundial A Gerdau Cearense foi destaque na 12ª segunda edição do maior desafio da indústria do aço no Mundo, o SteelChallenge, que aconteceu em Mumbai, na Índia, no início de abril. O engenheiro de processos da usina, Francisco Alberto da Rocha, e o mestrando da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jamil Nobre de Castro, foram os campeões regionais das Américas do Sul e Norte nas categorias “Indústria” e “Estudantil”, respectivamente.
ArcelorMittal investiu R$ 12,7 milhões em 2017 A Fundação ArcelorMittal destinou R$ 12,7 milhões para o patrocínio de 65 projetos – oito próprios e 57 via leis de incentivo. Ao todo, foram 272 mil beneficiários diretos e 156 mil indiretos em 42 municípios dos estados de São Paulo, MinasGerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Na área de cultura, aempresa direcionou R$ 5,1 milhões Já na área de esporte, foram mais de R$ 3,7 milhões investidos em iniciativas voltadas para formação de atletas e inclusão social.
Pointer lança nova coleção de cerâmicas e revestimentos Mais uma vez a cidade de Fortaleza recebeu a diretoria da Pointer – marca da Portobello – que marcou presença na capital cearense para apresentar a nova coleção de cerâmicas e revestimentos da indústria alagoana. Jornalistas, digitais influencers e profissionais do segmento de arquitetura e design de interiores compareceram ao Centro de Distribuição da empresa para conhecer a coleção ‘Morada Brasileira – Em Casa’.
Atlas Schindler apresenta solução em elevadores e escadas rolantes A Atlas Schindler apresentou, durante o Summit Imobiliário 2018, no início de abril, em São Paulo, solução inovadora no segmento, o Schindler Ahead. O produto marca a chegada da internet das coisas ao mercado de elevadores e escadas rolantes brasileiro. A solução é uma plataforma digital que permite uma gestão customizada, conectando equipamentos, usuários e os técnicos de manutenção da empresa.
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Bosch destaca ferramentas e acessórios Durante a 24ª edição da Feicon Batimat, a Bosch apresentou ao público suas principais soluções, tecnologias e novidades para os mais diferentes trabalhos nos canteiros de obras e em reformas em geral. Entre os produtos apresentados estavam a linha de ferramentas a bateria. São produtos como furadeiras com e sem impacto, parafusadeiras, martelos, serra circular, serra tico-tico, esmerilhadeira, serra sabre, multicortadora, aspirador de pó e lixadeira.
Feicon: Cobrecom recebe mais de 5 mil visitantes Reconhecida por fabricar condutores elétricos seguros, confiáveis e de elevada qualidade, a Cobrecom Fios e Cabos Elétricos, uma das mais importantes empresas do segmento de elétrica, teve participação positiva na FeiconBatimat 2018, que aconteceu entre os dias 10 e13 de abril, no São Paulo Expo, em São Paulo, SP.“Recebemos em nosso estande mais de cinco mil pessoas durante os quatro dias de evento e notamos queos visitantes da FeiconBatimat estão cada vez mais focados e qualificados”, afirma Paulo Alessandro - Delgado, gerente de marketing da empresa.
Astra apresenta novidades
Lixeira em fibra de vidro
O produto foi desenvolvido para acomodar um número grande de pessoas. Em seus 2,25m x 3,20m de tamanho, com capacidade para 1800 litros, a spa conta com 12 lugares, sendo dez assentos e duas espreguiçadeiras. O modelo está disponível em cinco versões (Standard, Econômica, Luxo, Super Luxo e Gran Luxo), variando da mais simples, com dez jatos de hidromassagem, à versão Gran Luxo, que conta também com 96 mini-jatos, dois pontos de cromoterapia, aquecedor e sensor de nível. Além disso, a spa possui opcionais como mini-jatos adicionais, airblower, tratamento químico da água com ozônio e deck de fechamento lateral, entre outros.
A lixeira em fibra de vidro da Astra foi desenvolvida para ser, além de um objeto funcional, uma peça decorativa. É fabricada em fibra de vidro com pintura em gel coat nas cores preto, bege e vermelho. Conta com design sofisticado em formato cônico e possui suporte oculto para o saco de lixo, não o deixando aparente. É ideal para locais públicos e também áreas externas. Está disponível em dois tamanhos, com diferentes opções de tampas: 53cm de diâmetro x 77cm de altura e capacidade para 100 litros ou com 36cm de diâmetro x 55cm de altura e capacidade para 50 litros. As opções de tampas são em fibra de vidro ou inox
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Cearenses premiados na Pesquisa Nacional O Ceará foi representado, e muito bem, na Pesquisa Nacional das Lojas de Material de Construção, cujo os resultados foram divulgados em festa de premiação realizada no dia 10 de abril, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP). Realizado pelo nono ano consecutivo e bastante esperado pelo setor, o evento organizado pela Grau 10 Editora/Revista Anamaco contou com a presença de cerca de 600 convidados. Participaram varejistas, atacadistas e indústrias, além de representantes de entidades ligadas ao segmento, que prestigiaram os primeiros colocados em cada estado brasileiro e do Distrito Federal - os 30 maiores do “Atacado Nacional” e os 50 maiores do “Varejo Nacional” em atuação no País. Três empresas cearenses foram premiadas: Comercial Maia, Acal e Normatel. A primeira ficou entre as top 30 do Brasil do setor de atacado de material de construção e confirmou mais uma vez a liderança no Estado. Já a Acal e a Normatel, foram contempladas por serem ranqueadas entre as top 50 do varejo nacional - a Normatel ficou com a primeira colocação neste quesito no Ceará. A pesquisa que ranqueia o setor contou com a participação de 346 indústrias da cadeia produtiva de material de construção, que apontaram mais de 8.500 lojas em todo o Brasil. Para compor a lista, os fabricantes indicaram seus principais clientes varejistas e atacadistas em cada estado e no Distrito Federal e em âmbito nacional.
Agora é normatizado o tubo corrugado ABNT NBR ISO 21138 Aqui você encontra materiais hidráulicos para diversos segmentos A ct comércio em parceria com a Politejo Brasil fornece tubos corrugado em pp e pead com diâmetros de 100mm até 1.200Mm, tubos Pead alta densidade de 20mm até 2.000Mm de diâmetro, além de toda a gama de tubos pvc, pba, ocre, defofo, pvc-o (tensão admissível de 28 mpa), tubos, conexões, válvulas e registros em ferro fundido.
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Tigre lança nova campanha publicitária Com o bom humor característico, o Grupo Tigre iniciou a veiculação da sua nova campanha publicitária. As peças, desenvolvidas pela Talent Marcel, reforçam o espírito inovador da marca que, com mais de 75 anos de existência, ainda surpreende os consumidores. São três filmes que apresentam diferentes produtos do portfólio - Tigre Redux, Sistema Elétrico e Ralo linear. As histórias, uma ambientada em obra e as outras duas em ocasiões de reformas, apresentam as novidades da Tigre aos personagens, que se admiram de forma expressiva e divertida com a qualidade, inovação e acabamento da marca..
Tramontina apresenta destaques da marca na Feicon Batimat 2018 A Tramontinha apresentou na Feicon Batimat 2018 diversas linhas de produtos que são sinônimos de qualidade e eficiência. Tudo para oferecer soluções para o consumidor, facilitando projetos e rotinas de trabalho com as peças adequadas. As novidades vão domartelo de unha com cabo em polímero de engenharia, passando pelo carrinho de mão extraforte ao sistema AMBIFRESH, exclusivo sistema de filtragem para coifas. Outros itens já conhecidos da Tramontina foram expostos para que os visitantes conferissem de perto a versatilidade e os diferenciais de ferramentas e equipamentos da marca. O martelo de unha é o primeiro com cabo em polímero de engenharia do Brasil.
Tintas Iquine lança aplicativo para conectar pintores e consumidores Por meio de geolocalização, app Meu Pintor tem abrangência nacional e objetiva aproximar pintores de potenciais clientes e à própria marca. Um serviço focado na necessidade do consumidor e dos profissionais ligados ao mercado de tintas (pintores, lojas, decoradores etc.), que tem como objetivo maior unir todas as pontas da rede. Esse é um dos principais objetivos do aplicativo Meu Pintor, lançado pelaTintas Iquine na FeiconBatimat 2018. Por meio da ferramenta, todos terão acesso a profissionais que já foram ou que poderão ser avaliados por outros consumidores, gerando mais confiança no serviço a ser prestado.
Ipê, a nova cor dos acabamentos Super Premium da Montana A Montana Química acaba de lanças uma nova linha de produtos com os acabamentos ‘Tingidor’ e ‘Osmotol Plus’ na cor Ipê, atendendo assim a uma demanda de profissionais do mercado da construção. Agora também na cor Ipê, o revestimento Super Premium Osmotol Plus requer manutenção a cada seis anos. Seu filme é flexível e acompanha os movimentos naturais da madeira, prevenindo trincas e descascamentos na película protetora. É recomendado para aplicações externas, em três demãos, para proteção contra as ações climáticas. No caso do Verniz Premium Tingidor, a nova cor Ipê vem juntar-se às tradicionais opções Castanho, Imbuia e Mogno.
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MATERIAL ELÉTRICO • HIDRÁULICO • FERRAGENS EM GERAL
Ramacon, ajudando você a construir sonhos! A Ramacon Distribuidora está há mais de 15 anos no mercado consolidando amigos e parceiros. Com muito sucesso e seriedade podemos oferecer aos nossos clientes a mais variada linha de produtos para instalações elétricas, hidráulicas e ferragens.
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Pormade lança linha de portas de madeira com PVC Referência no segmento de portas prontas no Brasil, a Pormade lança linha de portas de entrada de alto padrão. O destaque é sua primeira série de portas de entrada em madeira composta com PVC Wood (Wood Plastic Composite) – solução que conta com a consistência e resistência da madeira e a longevidade do PVC. O produto está disponível nos acabamentos branco, currupixá, freijó e tabaco, com marcos, alizares e rodapés no mesmo acabamento. Com essa novidade, a marca reforça o seu posicionamento como a principal fabricante do mercado brasileiro, com mais de 480 mil portas por ano, sempre com tecnologia e design .
Block Insetos apresenta cortina magnética para portas Com o objetivo de atender a uma grande demanda do mercado, a Block Insetos desenvolveu a cortina magnética que tem como função vedar portas. Sua estrutura é composta por duas folhas de telas mosquiteiras, com acabamento em imã na costura. A novidade foi lançada durante a Feicom, em São Paulo, juntamento com mais duas novas opões de cores de hastes para as telas: preta e marrom – hoje estão disponíveis apenas na cor branca –, e a tela de fibra de vidro na cor branca – atualmente são comercializadas somente na cor grafite. Com isso o leque de produtos Block Insetos ultrapassa a marca de 60 itens. A chegada das novas cores permitirá ainda aliar segurança à decoração do ambiente.
Bacia Net Rimless possui tecnologia com sistema auto-limpante Desenvolvida especialmente para o mercado brasileiro, a bacia com caixa acoplada Net Rimless Autolimpante reúne o que há de mais avançado em tecnologia, performance e sustentabilidade. A bacia Net possui a exclusiva tecnologia Rimless, que é um inovador sistema de descarga que facilita a limpeza e a higiene. O desenho interno permite que a água flua por toda a estrutura, fazendo a lavagem total da parede interna, com menor consumo de água, menos respingos e mais eficiência. Também conta com exclusivo sistema de descarga com dispositivo autolimpante integrado, que elimina germes e bactérias, evita o acúmulo de sujeira e é de fácil utilização.
Irwin destaca durante exposição Cortador de Piso Série 700 Destaque mundial no mercado de ferramentas manuais e acessórios, a Irwim expôs durante a Feicom, o Cortador de Piso Série 700, o mais completo em sua categoria. Robusto, o produto conta com uma chapa de base reforçada, suportes de alumínio e um pino duplo que proporciona duas vezes mais cortes. Com o cabo ergonômico, tem alça de transporte integrada, travamento do cabo no mancal e corte da cerâmica na vertical e horizontal. “O nosso objetivo é desenvolver ferramentas e acessórios capazes de atender às necessidades de todos os tipos de usuário profissional”, afirma Joana Kfuri, gerente sênior de ativação da Irwin.
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MATERIAL
Com a mão na massa desde o
Antigo Egito
Até chegar ao tipo de composição que encontramos hoje, o cimento passou por várias experiências desde o Antigo Egito, há 4.500 A.C
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ocê chega no depósito, pede 1kg, 5kg ou mesmo um saco de cimento para resolver um problema doméstico. Um muro, um buraco, uma parede. Enfim, nem se dá conta que para chegar naquele material que facilita a vida de quem pensa da simples a grandes obras, a humanidade teve que evoluir muito. Hoje, basta misturar com areia e água e pronto! Você tem nas mãos a matéria principal para garantir conforto e segurança nas construções. Mas saiba que os primeiros relatos sobre o cimento, ou Caementu no latim - que designava na velha Roma espécie de pedra natural de rochedos e não cimento1esquadrejada - se dão há cerca de 4500 A.C., no Egito Antigo. Nessa época, utilizava-se uma liga composta por uma mistura de gesso calcinado para unir as pedras que davam sustentação à construção dos monumentos. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu , foram construídas com o uso de solos de origem vulcânica da ilha grega
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de Santorino ou das proximidades da cidade italiana de Pozzuoli, que possuíam propriedades de endurecimento sob a ação da água. Os anos foram se passando e os ensaios para o aperfeiçoamento do cimento não pararam. Somente no século XVIII, em 1756, foi que o inglês John Smeaton conseguiu desenvolver, por meio da calcinação de calcários moles e argilosos, um produto com alto poder de resistência. Pouco depois, em 1791, James Parker experimentou uma mistura de sedimentos de rochas da ilha de Sheppel e patenteou, em 1796, um cimento com o nome de “Cimento Romano”. Motivado pela experiência, em 1818, o francês Louis Vicat inventou o cimento artificial por meio da mistura de componentes argilosos e calcários. Porém, foi o inglês Joseph Aspdin, em 1824, quem revolucionou as experiências com o cimento. Aspdin teve a ideia de queimar pedras calcárias e argila e depois triturá-las até obter um pó fino. Esse produto ao
secar e em contato com a água se tornava sólido com uma rocha e era resistente a ambientes úmidos. Surgia então, o “Cimento Portland” que foi patenteado por Joseph Aspdin, em homenagem às rochas da ilha britânica de Portland, as quais apresentavam características próprias como cor, durabilidade e resistência. Entretanto, foi Isaac Charles Johnson, em 1845, quem conseguiu aperfeiçoar o Cimento Portland. Após várias observações, Johnson elevou a temperatura da queima para 1400ºC e moeu o clínquer, produto originário dessa queima, para obter um pó mais fino e com uma qualidade superior. No decorrer dos anos, diversas indústrias cimenteiras começaram a surgir e a desenvolver pesquisas sobre o processo de fabricação do Cimento Portland, dando origens a variados tipos de cimento. No Brasil, as primeiras experiências relativas à fabricação do Cimento Portland aconteceram por volta de 1888, por meio do comendador An-
tônio Proost Rodovalho que instalou uma fábrica em sua fazenda, em Santo Antônio (SP). Posteriormente, várias iniciativas esporádicas de fabricação de cimento foram desenvolvidas Assim, chegou a funcionar durante três meses em 1892 uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri , na Paraíba. A usina de Rodovalho operou de 1897 a 1904, voltando em 1907 e extinguindo-se definitivamente em 1918. Em Cachoeiro do Itapemirim , o governo do Espírito Santo fundou, em 1912, uma fábrica que funcionou até 1924, sendo então paralisada, voltando a funcionar em 1936, após modernização. Todas essas etapas não passaram de meras tentativas que culminaram, em 1924, com a implantação pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em Perus, em São Paulo, cuja construção pode ser considerada como o marco da implantação da indústria brasileira de cimento. As primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no mercado em 1926. Até então, o consumo de cimento no país dependia exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas e a participação de produtos importados oscilou durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer nos dias de hoje.
TIPOS DE CIMENTO
E
xistem no Brasil cerca de cinco tipos básicos de cimento e três especiais. Embora todos sejam indicados para uso geral na construção civil, há diferenças entre eles que estão basicamente na composição do material, o que pode impactar suas características e propriedades de resistência, trabalhabilidade, durabilidade e impermeabilidade. A disponibilidade dos tipos de cimento depende primordialmente da demanda de mercado e da região.
Cimento Portland Comum Não possui nenhum tipo de aditivo, apenas o gesso, que tem a função de retardar o início de pega do cimento para possibilitar mais tempo na aplicação. Tem alto custo e menos resistência. Sua produção é direcionada para a indústria. Cimento Portland Composto Tem adição de outros materiais na sua mistura, que conferem a este cimento um menor calor de hidratação, ou seja, ele libera menos calor quando entra em contato com a água. Aplicado a todas as fases de obras. Cimento Portland de Alto-forno Tem em sua composição de 35% a 70% de escória de alto-forno. Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado, além de ser resistente a sulfatos. É menos poroso e mais durável. Cimento Portland Pozolânico Tem em sua composição de 15% a 50% de material pozolânico. Por isso, proporciona estabilidade no uso com agregados reativos e em ambientes de ataque ácido, em especial de ataque por sulfatos. É pou-
co poroso, sendo resistente à ação da água do mar e de esgotos. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial É muito utilizado em obras industriais que exigem um tempo de desforma menor. É recomendado apenas para a fabricação de concretos. Cimento Portland Resistente a Sulfatos Os materiais sulfatados estão presentes em redes de esgoto, ambientes industriais e água do mar. Sendo assim, seu uso é indicado para construções nesses ambientes. Cimento Branco A cor branca é obtida através de matérias-primas com baixo teor de manganês e ferro e utilização do caulim no lugar da argila. Existem dois tipos de cimento branco. Um deles é o estrutural, indicado para fins arquitetônicos e o não estrutural, indicado para rejunte de cerâmicas. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação Tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento.
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PRAIA DO FUTURO
Maresia assusta, mas há como conviver com ela Estudo comprova que a Praia do Futuro tem a maresia com a maior agressividade do mundo. Para quem mora na região, há soluções para evitar a ação da ferrugem e prolongar a vida útil dos equipamentos
M
orar de frente para o mar, ter aquela gostosa sensação da brisa e do ar puro logo pela manhã batendo no rosto, olhar para o horizonte e ser dono de um visual incrível, ver o sol iluminando o horizonte e curtir o barulho das ondas. Todo esse cenário existe em Fortaleza e não muito longe de bairros badalados como Meirelles, Praia de Iracema e Mucuripe. E o melhor: a um preço bem acessível, ao alcance de muita gente. Porém, nem todos vêm com bons olhos esse pedaço do paraíso na capital cearense. Estamos falando da Praia do Futuro, um pedaço do litoral fortalezense de cerca de 15km cheio de barracas famosas, hoteis e casas de show, mas onde grande parte da população prefere não morar. O motivo é a ferrugem que a maresia provoca nos equipamentos, desde o simples soquete de uma lâmpada aos ferros utilizados na construção. Uma des-
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truição lenta e assustadora. A maresia é o vapor formado por várias partículas de água salina devido à agitação do mar, que são levadas pelo vento em direção ao continente. Em alguns momentos, esse fenômeno pode ser visto a olho nu, com bastante intensidade. É uma névoa esbranquiçada, sobre o mar, podendo chegar à até 50 metros de altura. Os principais efeitos da maresia muita gente já conhece: corrosão de ferro, ferrugem e desgaste de veículos, degradação de componentes eletrônicos. Mas a construção no geral sofre com a ação da maresia. O que é mais comumente encontrado são fissuras e manchas no concreto. As armaduras de ferro utilizadas na estrutura são muito afetadas, pois a utilização de concreto incorreto nessas edificações permite a passagem das partículas pela sua porosidade. Telhas cerâmicas sem tratamento adequado
também sofrem com a interferência da maresia, causando esfarelamento gradual das mesmas. Há uma informação antiga de que a Praia do Futuro possui a segunda maior maresia do mundo. A primeira seria o Mar Morto. A lenda ainda não foi comprovada cientificamente, mas estudos recentes indicam que a situação no local exige cuidados. Isso porque a Praia do Futuro apresenta o maior nível de agressão da maresia, mesmo tendo menor salinidade que o Mar Morto. Isso foi comprovado por um estudo feito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em resposta a alguns construtores da região que queriam saber, de fato, qual seria o nível de agressividadade da corrosão da Praia do Futuro. O documento Estudo da Agressividade do Ar em Fortaleza(CE) - verificou que o local tem alta agressividade do ar atmosférico no que diz respeito a concen-
tração de íons cloro, o sal. De acordo com o estudo, a Praia do Futuro é 87,34% mais agressiva que a Nigéria, segunda colocada, e é 5.149,63% mais agressivo que a Espanha, última colocada. Já à Praia de Iracema é menos agressiva que Nigéria, Cuba, França e México, ficando com o resultado muito próximo ao encontrado no Havaí e bem superior a Bangladesh (237,71%) e Espanha (432,53%). Ou seja, a Praia do Futuro apresenta a maior agressividade por cloreto do mundo. Um dos principais motivos para essa agressividade são os ventos marinhos que chegam na cidade e entram da direção Leste a Sudeste,
exatamente onde fica a Praia do Futuro. A conclusão do estudo alerta que esse fator requer “diretrizes construtivas especiais para manter a durabilidade das construções nesta área” indica o documento. O estudo foi realizado pelo professor Antônio Eduardo Cabral, mestre em Engenharia Civil e doutor em Ciências da Engenharia Ambiental e professor da Universidade Federal do Ceará, e a arquiteta Ana Mara Campos, mestra em Construção Civil pela UFC, publicado em novembro de 2016. O projeto foi apoiado pela Coopercon-CE, Sinduscon -CE, Cimento Apodi e PEC/UFC. Tanto na Praia do Futuro como no Mar Morto a concentração de sal é
grande, porém a situação se agrava, aqui, devido à presença do vento que acaba propagando o spray marinho por uma longa distância, cerca de 2 km continente adentro. Se fossemos utilizar somente a concentração de sal como efeito comparativo, a Praia de Iracema, a Beira Mar, ou Barra do Ceará, teriam o mesmo grau de maresia. Fatores como umidade do ar e temperatura acabam também influenciando na quantidade da maresia. O resultado é que nem a beleza da Praia do Futuro tem convencido as pessoas a morar por lá. O metro quadrado na região está entre os 10 mais baratos da capital cearense, alcançando quase metade do valor de áreas similares de frente para o mar. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Apollo Scherer, enquanto a demora para vender um imóvel à beira mar costuma ser de seis meses em outro local de Fortaleza, na Praia do Futuro esse prazo alcança um ano e meio. “E o valor chega a ser de um terço do que normalmente é cobrado em imóveis similares na Grande Fortaleza” disse ele. A maresia é tamanha na região que os espaços públicos exigem atenção es-
De acordo com o estudo, a Praia do Futuro é 87,34% mais agressiva que a Nigéria, segunda colocada, e é 5.149,63% mais agressivo que a Espanha, última colocada. pecial dos gestores. A Enel, segundo dados de 2016, foi obrigada a trocar 125 postes e transformadores devido aos efeitos do spray marinho que atinge até dois mil metros além da área de arrebentação das ondas. Em média, esses equipamentos são trocados a cada dez anos, período que na Praia do Futuro chega somente a dois. A manutenção no local requer quatro vezes mais atenção da empresa. Quem sofre mais são as casas antigas, construídas em uma época que não existia tecnologia capaz de enfrentar o problema. Nos imóveis novos o material utilizado é preparado de forma a suportar de forma mais duradoura esse problema.
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Cuidados começam desde o momento da construção Para quem não abre mão de morar perto da praia e aproveitar o visual, saiba que isso vai exigir um pouco mais de dedicação na limpeza e na manutenção de todos os equipamentos. Do carro, ao fogão, televisor, celular, entre outros. As construtoras investem em pesquisas e já há no mercado material que ajuda o consumidor no combate a corrosão. A maresia é composta de 96% de água e 4% de sais e se forma pela dispersão da água do mar na atmosfera. Ao ser carregada pelos ventos, a maresia leva consigo o cloreto e o sulfato, que interagem com os materiais da casa em um processo de corrosão. O que se pode fazer contra esse fenômeno é reduzir seus impactos. Isso começa desde a construção do imóvel, na escolha de materiais mais resistentes para serem usados, até no dia-a-dia de quem mora e frequenta o local, onde deve haver atenção e monitoramento constante. Será preciso reparar as pinturas das paredes, limpar o mofo de rejuntes de pisos e azulejos, observar o estado de portas e esquadrias e ainda fazer uso de silicone e vaselina para preservar os materiais. O problema tende a ser maior em ambientes úmidos e onde há condensação, como cozinhas, banheiros e áreas de serviço. Ambientes com
A madeira é um material muito utilizado nessas regiões por ter maior resistência à maresia, porém sem o tratamento adequado, também pode sofrer ao longo do tempo
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baixa ventilação também se tornam mais sujeitos à corrosão. Eletrodomésticos também são suscetíveis às consequências da maresia, não há um truque que resolva além do cuidado e da boa conservação. Mas você ainda pode preservar os materiais da construção. Escolhas mais apropriadas e modos de aplicação podem tornar os produtos mais resistentes. O ferro é o material mais danificado pela maresia, portanto esse material deve estar sempre revestido com concreto para evitar ao máximo contato com o ar. No caso da estrutura em concreto armado, é importante ter uma maior espessura no concreto que envolve a armação, e utilizar um concreto com menor permeabilidade, com alterações no traço do concreto ou utilização de aditivos plastificantes. Estruturas metálicas devem também ter cuidado muito maior, devendo receber pintura contra corrosão. A madeira é um material muito utilizado nessas regiões por ter maior resistência à maresia, porém sem o tratamento adequado, também pode sofrer ao longo do tempo. O verniz deve ser reaplicado anualmente para que não haja danos. Se for receber pintura, é importante primeiramente aplicar selante, e fazer manutenções constantes. Para as esquadrias, os materiais mais indicados são os de alumínio e
PVC, sendo este último o material que mais tem resistência contra a maresia e quaisquer outras intempéries, melhor vedação e menor manutenção. Os pisos mais indicados são os porcelanatos, por terem maior resistência contra a corrosão da maresia, porém pisos de pedras naturais e pisos cerâmicos também tem longa vida útil. Na pintura interna dos imóveis, é recomendado utilizar tintas com fungicidas, pois o interior dos imóveis acumula muita umidade, e esse tipo de tinta ajuda a manter livre de mofo e manchas. A parte externa dos imóveis é que mais sofre com a maresia. É indicado revestimentos com pedras naturais, que são muito resistentes à corrosão. No caso da pintura, deve ser utilizado tinta elastomérica, que tem acabamento emborrachado, protegendo a alvenaria, e tem menor manutenção. Na decoração, uma medida à adotar é manter equipamentos eletrônicos afastados de portas e janelas, para receberem menor quantidade das partículas salinas. Móveis e elementos decorativos em ferro ou aço sem tratamento contra a corrosão devem ser evitados, pois degradam com muita rapidez e podem causar manchas irreversíveis. Elementos como o vidro, alumínio, bambu e fibras naturais são os mais indicados para mobília e elementos decorativos.
ir t r u c e d r a r sta b m e i L v e R a ão Ceará ç ! u ! r s t i s a n i Co edes soc nas r
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FEICON BATIMAT 2018
HORA DA
RETOMADA
Maior e mais influente encontro de negócios do setor da construção civil nacional foi marcado pelo grande volume de negócios e otimismo quanto o seu crescimento
U
m total de 700 expositores nacionais e internacionais, 66 horas de conteúdo programático - 54 horas delas gratuitas - mais de R$ 27 milhões em negócios gerados apenas nas rodadas de negócios, milhares de produtos e soluções inovadoras e sustentáveis apresentados e discurso de retomada do setor da construção civil reforçado pela grande maioria dos representantes das empresas expositoras. Esse resultado e a presença 85 mil visitantes qualificados e segmentados marcaram a 24ª edição da Feicon Batimat - Salão Internacional da Construção e Arquitetura, realizada pelo segundo ano consecutivo no espaço de 85 mil metros quadrados do São Paulo Expo, na capital paulista. O foco, segundo os organizado-
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res, foi a geração de negócios. “Os objetivos foram alcançados pelo fato de a feira transmitir sua capacidade para alavancar a economia”, afirmou Gustavo Binardi, diretor do evento. A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos, empresa 100% nacional especializada na fabricação e comercialização de fios e cabos elétricos de cobre, acredita na retomada do crescimento e viu na exposição o termômetro aquecido para o setor da construção. “Os visitantes se mostraram animados com a economia”, comentou Paulo Alessandro Delgado, gerente de Marketing da Cobrecom que, entre diversos lançamentos, apresentou o cabo Solarcom. Guilherme Fehlberg, gerente de Marketing da Pincéis Atlas, disse que a Feicon Batimat 2018 foi uma das mais
EM PROL DA SUSTENTABILIDADE
U
m roteiro guiado para que os visitantes pudessem obter informações sobre os processos produtivos que agregam atributos ambientais a produtos foi uma das grandes atrações da Feicon Batimat - Salão Internacional da Construção e Arquitetura. Trata-se da “Rota da Sustentabilidade”, realização Reed Exhibitions Alcantara Machado e Inovatech Engenharia - consultoria em sustentabilidade para a construção civil -, com apoio da Fundação Vanzolini. A Rota da Sustentabilidade foi composta por um circuito de estandes com exibição de produtos e soluções avaliados em três categorias: fabricação, obra e produto aplicado. De acordo com Luiz Henrique Ferreira, a ação foi uma iniciativa para ajudar expositores, varejistas, construtores e arquitetos a mensurarem a sustentabilidade de maneira tangível para seus clientes. Para Gustavo Binardi, diretor da Feicon Batimat, a questão da sustentabilidade está intrinsecamente inserida em toda cadeia da construção e o visitante se mostra atento a esse tema. “Mais do que levar novas soluções e tendências, nosso intuito foi promover questões como consumo consciente e sustentabilidade para os milhares de participantes visitantes da feira. Por isso, a importância da Rota da Sustentabilidade, que este ano esteve mais abrangente e inovadora”, destaca. Ao todo, foram 24 critérios estabelecidos pela organização − oito para cada categoria. Os fabricantes precisaram atender no mínimo 12 requisitos, de acordo com os atributos ambientais do produto. Dessa forma, a participação do produto em um ou mais categorias, entre as três, se deu de acordo com a estratégia ambiental da empresa, que pode escolher a classificação. Entre os requisitos exigidos estiveram quantificação das emissões de dióxido de carbono (CO2), durante o processo produtivo; rastreabilidade da cadeia produtiva, menor consumo de recursos e redução de resíduos no canteiro de obras, eficiência energética e hídrica, reciclabilidade, baixa manutenção, desmontabilidade, conforto térmico e acústico, e mitigação de riscos para varejistas e especificadores. Nessa edição, foram aceitas autodeclarações produzidas pelos fabricantes, tendo o processo de avaliação homologado pela Fundação Vanzolini, que escolheu de maneira amostral uma ou mais empresas para verificação de conformidade das autodeclarações. As soluções foram avaliadas também pelo público durante a feira. O cumprimento dos critérios de sustentabilidade gerou pontos e uma escala de classificação em cada categoria.
movimentadas dos últimos anos, o que, segundo ele, mostra que o setor da construção civil vem dando passos importantes para a retomada do crescimento. “Nosso estande esteve sempre cheio, tanto de nossos parceiros quanto de novos possíveis clientes ávidos por negócios”, enfatizou o executivo. Ele ressaltou que sua empresa levou para a feira mais de 50 lançamentos, com destaque para a linha Duplo Profissional, com rolos de pintura de 46 centímetros. A SIL Fios e Cabos Elétricos, através de seus gerente Comercial e de Marketing, Pedro Morelli, fez questão de ressaltar que a Feicon Batimat é uma forma de levar a empresa para um número maior de profissionais das construção civil. “A feira é o melhor momento para azeitar o relacionamento indústria/cliente e marca/consumidor. Nela, temos a chance de colocar um pedacinho da fábrica dentro do pavilhão. É uma extensão de nossa casa”, ressaltou. A marca aproveitou o evento para lançar oficialmente o cabo AtoxSil Solar 1,8 KV C.C. Iluminação Crescente e progressivo segmento de iluminação com o advento da procura pelos consumidores dos sistemas LED movimentou os corredores do Expo São Paulo. As tradicionais empresas do setor marcaram presença. Entretanto, o que mais chamou a atenção foi a presença de marcas novas e de outras com os nomes ligados diretamente a outros tipos de produtos, casos de Electrolux, Tramontina e Galaxy. A Electrolux aproveitou a primeira participação na Feicon para apresentar sua linha de produtos LED para iluminação. A entrada da marca neste segmento se dá por meio de parceria com a Exicon Iluminação, responsável pela operação de negócio no Brasil, América do Sul e Portugal. “Todos os nossos produtos vão de encontro às
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expectativas dos consumidores, pois oferecem iluminação suave e eficiente”, afirma Guilherme Gabrielli, diretor Comercial da Electrolux. A Tramontina Eletrik, por sua vez, apresentou a nova coleção de produtos para o segmento de iluminação, com destaque para as lâmpadas LED, que possuem tecnologia de última geração: iluminam mais e consomem menos energia. Assim, têm vida útil superior, resistência a impactos, vibrações e variações de temperatura, quando comparadas com as fluorescentes eletrônicas, e proporcionam economia na manutenção, pela menor necessidade de trocas. Outra marca do segmento de iluminação que mostra crescimento substancial e marcou presença na feira foi a GalaxyLED. Entre as dezenas de produtos expostos, ela lançou dois escolhidos pela Banca da Curadoria da Feicon Batimat para receber o Selo Inovação Varejo 2018: a luminária Paunel LED com função Emergência e as lâmpada LED PAR30 PRO 43W. A seleção dos produtos levou em conta inovações tecnológicas, de design e funcionamento. Negócios A 24ª edição também trouxe experiências focadas em negócios, como o Encontro de Negócios Nacional e o Builty by Brazil, rodada internacional em parceira com a Apex. “Realizamos uma série de encontros que reuniram compradores selecionados. Eles puderam formatar novos relacionamentos com empresas brasileiras e internacionais. Ao todo, foram 182 reuniões de negócios que devem movimentar a médio prazo mais de R$ 27 milhões. Isso sem contar com as reuniões realizadas dentro dos estandes dos expositores”, ressalta Gustavo Binardi.
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RECURSOS HUMANOS
Diagnóstico empresarial
Izabel Bandeira Psicóloga e coach izabelband@hotmail.com
Conhecer a fundo os profissionais que formam o quadro funcional e seus propósitos é de vital importância para o bom desempenho da empresa
V
ocê conhece a sua empresa? Será que você de consegue responder facilmente esta pergunta? É momento de parar e pensar... Quem ou o que é a minha empresa? Talvez você conheça seus indicadores, clientes, fornecedores, produtos, localização, marca, enfim... tudo isso que chamamos de estabelecimento comercial. Mas será que a isso se resume a sua empresa? Convido você a pensar fora da caixa. De fato, qual é o principal ativo da sua empresa? A resposta é bem simples: as pessoas que a formam! Essa reflexão ajudará você a perceber o quanto o seu olhar precisa passar pelo processo de inovação. Conhecer a sua empresa exige que você tenha conhecimento de quem são as pessoas que fazem parte desse ambiente organizacional. Qual o propósito dessas pessoas, quais as habilidades que elas pos-
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suem, seus conhecimentos e suas atitudes. Será necessário perceber se os valores da sua empresa estão em conexão com aquilo que seus profissionais estão dispostos a apresentar. Para conhecer sua empresa, é necessário escapar da visão comum de um gestor para quem o que somente importa é o estudo dos resultados financeiros. Sabe-se que a leitura da DRE tem sua enorme importância, porém é necessário observar que ela é o fruto da soma dos resultados dos comportamentos de todos os ativos que permeiam o seu negócio, incluindo as pessoas. A partir do momento que você começar a enxergar fora da caixa e de forma inovadora, vai perceber o quanto se faz necessário fazer um diagnóstico empresarial profundo dos sentimentos e das necessidades de seus colaboradores. E saber o que eles pensam e visam para o futuro é poder traçar o caminho a
ser percorrido pela sua organização. Que necessidades de conhecimento têm os seus colaboradores? Como eles enxergam seus clientes/consumidores e produtos? Qual propósito profissional eles têm diante do seu propósito empresarial? Respostas a perguntas simples, como as que estão citadas no início do artigo, são capazes de abrir os horizontes para além dos números e com isso elevar a autoestima do corpo profissional e criar um sentimento de pertencimento à organização. Aproximar-se do espectro colaborativo irá lhe permitir conhecer, de fato, quem é a sua empresa e que caminho deverá seguir, levando em frente não somente o seu sonho particular mas, sim, o sonho de todos aqueles que trazem a rentabilidade do negócio e compartilham do mesmo propósito. Boa sorte e até a próxima!
GRANDES OBRAS
The Interlace
São 31 blocos de apartamentos empilhados de uma forma hexagonal, longe das grandes torres existentes em condomínios.
Tudo junto e arrumado para surpreender o mundo
F
oram seis anos de construção, milhares de operários e uma obra que surpreend’eu o mundo. Assim é o The Interlace, um condomínio vertical formado por um complexo de apartamentos com 31 blocos empilhados em um arranjo hexagonal, ou seja, sem o aspecto de torre comum aos condomínios residenciais. Localizada em Singapura, a obra surpreendeu o setor da construção e foi escolhida como destaque do Festival da Arquitetura Mundial (The World Architeture Festival), tendo sido como o melhor prédio entre os recentes
lançamentos no mundo em 2015. O prêmio é um dos mais prestigiados no mundo da arquitetura e elabora anualmente um ranking com os prédios novos. Projetado pelo escritório holandês BüroOleScheeren, o prêmio luxuoso chama-se Southern Ridges. Uma das partes que mais chamaram a atenção dos jurados foi a entrada monumental e elevada, além do empilhamento dos 31 blocos,garantindo belas vistas em todas as direções. O projeto acaba por criar pátios a céu aberto, jardins e terraços panorâmicos - de uso público e privado. Se-
gundo o comunicado do festival, o complexo contém 1.040 unidades de apartamentos de vários tamanhos, distribuídos por mais de 170 mil metros quadrados - todos com incrível quantidade de ano espaço ao ar livre e paisagismo. Os blocos, cada um com seis andares e 710 metros de comprimento, abrigam 1.040 unidades residenciais. Nos três principais pontos, a justaposição dos blocos soma 24 andares. O terreno de 170 mil m² também possui um parque aquático, cachoeira, praça central, teatro, pátios, spa e cinco quadras poliesportivas. A propriedade possui um contrato de arrendamento de 99 anos do governo de Singapura desde 2009. A propriedade está cercada por vários parques que estão conectados e promovem a iniciativa Green de Cingapura de 2012 . Em frente ao Alexandra Arch e ao TelokBlangah Hill Park, o Interlace é uma parte integrada do entorno sem aderir como um polegar dolorido. A localização foi anteriormente chamada Gillamn Heights por causa do condomínio de 607 unidades que estava no local com o mesmo nome. Ideia é criar senso de comunidade O que diferencia o The Interlace dos demais é que ele não foi feito para quebrar nenhuma barreira técnica, mas sim para enfrentar importantes questões sociais. A ideia do arquiteto chefe OleScheeren era não pensar em prédios como uma solução pontual para fornecer moradia, mas sim como um espaço no qual se cria um senso de comunidade. A orientação horizontal dos blocos de apartamentos, junto com os espaços comunitários grandes e compartilhados, encoraja a interação e o compartilhamento de experiências em vez de silêncios desconfortáveis entre estranhos em elevadores lotados.
Talvez uma das características mais impressionantes da construção seja as áreas externas que o arranjo hexagonal cria. Os hexágonos criam três pátios temáticos que fornecem espaço para comunidade, esportes e atividades familiares. E o que poderia ter sido uma via antiestética para o acesso de caminhões de bombeiros foi “camuflada” como um trecho de um quilômetro para ciclistas e corredores. Quando os ventos predominantes sopram pelos pátios permeáveis, eles passam primeiro por piscinas ou lagos artificiais que criam microclimas mais frescos, que também se beneficiam de uma cobertura de sombras ideal fornecida pelos próprios prédios. O empilhamento dos blocos de apartamentos fornece espaço para vários jardins de telhado, multiplicando assim as áreas verdes e os espaços sociais. Várias matérias sobre o The Interlace têm nomes como “Moradia de luxo em Singapura”, mas tais artigos deixaram de ver um dos princípios principais do projeto: fornecer habitação social acessível. Mas com todas essas comodidades, o engano com certeza é compreensível.
Prêmios recebidos: World Building of the Year 2015 (The World Architecture Festival) 2014 Urban Habitat Award (Council of Tall Buildings and Urban Habitat) Finalista do Best Tall Building Asia & Australasia 2014 (Council of Tall Buildings and Urban Habitat) Best of Best, Domestic Architecture (ICONIC Awards 2015) Universal Design Mark Platinum 2014 (Building and Construction Authority Singapore) Green Mark GoldPLUS 2010 (Building and Construction Authority Singapore) Ficha técnica O Entrelaçado (The Interlace) Localização: Singapura Coordenadas: 1.28259 ° N 103.80324 ° E Começou a construção: 2007 Concluído: 2013 AlturaArquitetônico: 88,7 m Cobertura: 88,7 m Detalhes técnicos Contagem de piso: 25 Elevadores/elevadores: 43 Motivos: 170,000 Design e construção Empresa de arquitetura: OMA Prêmios e prêmios: Construção Mundial do Ano (2015) Prêmio Urban Habitat Outra informação Número de quartos: 1040 Estacionamento: 1183 veiculos
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Meu bairro, Minha vida
Fรกtima
Um bairro que cresce sem perder a ternura
Nascido sob o nome da fé, o bairro de Fátima tem todo vigor comercial, mas ainda respira o ar de um local residencial, palco de moradia de famílias tradicionais.
O
bairro de Fátima é um daqueles locais que todos já pensaram um dia em morar. O fortalezense tem um carinho especial com ele, uma empatia, uma volta a um passado de tranquilidade e de proximidade com a história da cidade. Com ótima localização, o Bairro de Fátima assume um perfil mais discreto e familiar, com ruas ainda calmas e residências antigas, de famílias tradicionais. O bairro foi fundado com o nome oficial de “Redenção”, mas logo acabou ganhando o apelido de “13 de maio”, nome da avenida principal, em homenagem a abolição da escravidão. Antes, a área era formada por sítios pertencentes a fazendeiros. A igreja de Fátima é o símbolo do bairro. O terreno onde ela foi construída, foi doado pelo coronel Pergentino Ferreira, um dos coronéis da área e principal dono das terras situadas naquela região. No fim de 1952, foi dado início às obras do santuário. A paróquia foi inaugurada em 1955. Um ano depois, o nome “Bairro de Fátima” foi oficializado pela Prefeitura. A imagem que fica próxima ao altar, é o bem mais precioso da igreja. Foi esculpida em madeira, pelo lusitano Guilherme Ferreira Thedim. A religiosidade ainda é a maior referência do bairro. Todos os meses, no dia 13, o local é parada obrigatória para aqueles que acreditam em Nossa Senhora de Fátima. Há alguns anos, o bairro passa por uma “transformação de personalidade”. De um local majoritariamente formado por residências, aos poucos, Fátima vai crescendo para o alto, cada vez mais com novos e modernos edifícios. O Bairro de Fátima é hoje um dos metros quadrados mais caros da Cidade.
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fisticado ou somente um local para tira-gosto com a cervejinha gelada. Opções não faltam no bairro de Fátima. Tem para todos os gostos. Mas a especialidade do local atende pelo nome de churrasco. As melhores casas de picanha da cidade estão localizada nas ruas próximas à avenida 13 de maio, construídas em casarões antigos. Entre eles tem a Picanha do Jonas, a Picanha do Railson ou o Tronco do Gaúcho. Quem prefere lanches rápidos tem Habibs, McDonalds, sorveterias, enfim uma lista grande de serviços para não passar fome.
Principais equipamentos do Bairro de Fátima Igreja de Fátima No dia 13 de maio de 1947, saindo da Cova da Iria, onde a Senhora aparecera aos três pastores, dá-se inicio à peregrinação da imagem de Nossa Senhora, a qual foi oferecida pelo Bispo de Leiria, e esculpida de conformidade com a descrição de Lúcia. Após percorrer vários países da Europa, e alguns estados do Brasil, a imagem peregrina chega a Fortaleza. Era o dia 09 de outubro de 1952. Houve peregrinação por algumas cidades, milhares de fieis acompanharam a estátua até que em 16 de outubro, em evento na Praça José de Alencar com mais de cem mil pessoas, a imagem sofreu um acidente, Os organizadores resolveram voltar a Portugal para consertar os danos, prometendo voltar a Fortaleza. Eis que surgiu a ideia de construir um santuário para receber a imagem. Houve grande participação popular e assim, em dezembro de 1952, foi lançada a pedra fundamental do novo templo consagrado a Nos-
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sa Senhora de Fátima. A imagem chegou em dezembro de 1953 e foi recebida com grande festa, ficando exposta no Santuário ainda construção. Hoje a Igreja é um dos cartões postais da cidade e todos os meses, no dia 13, recebe um grande número de fieis. Estátua de N.S. de Fátima A estátua de Nossa Senhora de Fátima foi inaugurada, na praça em frente a igreja que tem o nome da santa. Ela tem 15 m de altura, sendo a base de 1,5 m e a santa com 13 m de altura e mais 0,5 m de coroa, superando inclusive a do Santuário de Fátima, em Portugal. A obra foi construída pelo artista plástico Franciner Macário Diniz. Foi montada sobre ferro, brita, cimento e gesso, coberta por material acrílico, revestida de tinta e recoberta por esmalte sintético que garante mais proteção à luz do sol e à corrosão. Restaurantes Um lanche rápido, um almoço so-
Universidades O Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará está localizado bem no coração do bairro de Fátima, oferecendo cursos como administração, pedagogia, história, entre outros. Embora fique no bairro vizinho – Benfica – a UFC também marca presença na paisagem do bairro, o que provoca uma circulação diária de milhares de pessoas pela avenida 13 de maio, a principal do bairro. Outras faculdades, como a Maurício de Nassau, Universidade Paulista ou o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará ficam nas proximidades estimulando os habitantes a fixarem residência no bairro.
23º Batalhão de Caçadores Instalado em uma área de 27 hectares no bairro de Fátima, o 23º Batalhão de Caçadores Marechal Castelo Branco ou 23 BC como é mais conhecido é subordinado a Companhia de Comando da 10ª Região Militar e foi fundado em 1973. Tem a missão de garantir a lei e a ordem e os poderes constitucionais, formar reservistas para compor a reserva mobilizável, participar de operações internacionais, cooperar com o desenvolvimento humano do Ceará e reforçar as Organizações Militares de Infantaria. Praças Muitas praças fazem parte da infraestrutura do bairro. Diferente de outros bairros, este tem muitas praças à disposição dos moradores. Fátima possui 13 praças dos mais variados tamanhos. Uma das mais procuradas, é a praça Argentina Castelo Branco, local de lazer para muitos praticantes de cooper e dotada de uma boa infraestrutura com quadras e muito verde. Na década de 80 e início dos anos 90, a praça em frente a Igreja era
point aos sábados a noite, quando acontecia a famosa “Feirinha de Fátima” com artesanatos, bebidas e comidas típicas e muita paquera.
Vantagens de morar no bairro de Fátima
Terminal Rodoviário O bairro de Fátima também é o ponto de partida e chegada de quem opta pelo transporte rodoviário. O Terminal Engenheiro João Thomé foi inaugurado em 1973 e já passou por várias reformas desde então. Circulam diariamente pelo terminal aproximadamente 8 mil em cerca de 200 linhas de ônibus de 35 empresas. Desde 1999 a rodoviária foi privatizada e passou a ser administrada pela Socicam.
Vigor comercial
O bairro possui vários equipamentos do ramo comercial destacando a avenida 13 de maio, com bancos, restaurantes, farmácias, entre outros
Gastronomia
Os melhores restaurantes da cidade encontram-se nesta região, com destaques para aqueles ligados à churrascos e massas
Faculdades
A proximidade com o campus do Benfica, da UFC, e o campus da Uece fazem a diferença na região
Colégios
Há boa oferta de escolas no entorno do bairro
Crescimento da infraestrutura
Novas obras, incluindo o novo viaduto na avenida Aguanambi, devem melhorar o trânsito nas principais avenidas.
Ficha do Bairro:
Nome: Fátima Localização: Fica na zona sul de Fortaleza, limita-se ao Norte pelas Ruas Saldanha Marinho e Coronel Solon; a Leste pela Avenida Visconde do Rio Branco e a BR 116, ao Sul pela Via Férrea Parangaba/Mucuripe e Avenida Borges de Melo e a Oeste, pela Avenida dos Expedicionários e Rua Senador Pompeu. Habitantes: 23.000 (censo de 2010) IDH: Valor metro quadrado: R$ 5.974/m²
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FORTALEZA EM FOTOS
Fátima Garcia
A ntigos nomes das ruas Durante muito tempo, as vias de Fortaleza tinham nomes dados pela própria população. A Rua Floriano Peixoto, por exemplo, já foi Rua das Belas, Rua da Pitombeira e até Rua da Alegria Até 1817, não havia, na então Vila de Fortaleza, qualquer indicação relativa ao nome das ruas. No dia 18 de março daquele ano, em sessão realizada na Câmara Municipal, foi aprovada uma decisão de se colocar letreiros indicando a denominação das vias. Logo no ano seguinte, em 1818, já se podia ler os nomes, colocados nas esquinas da Vila. Naqueles tempos idos, os nomes dos logradouros eram colocados por iniciativa popular e adotados pelo poder público. Alguns nomes antigos eram tão naturais e apropriados que,
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por si mesmos, estavam indicando sua procedência. Alguns exemplos: Rua da Assembleia, da Municipalidade, do Chafariz, do Cajueiro, do Quartel, da Praia... Mais tarde, ainda nos primórdios da história de Fortaleza e de sua afirmação como cidade, os nomes dos logradouros mudavam de acordo com as motivações políticas. E dos modismos. Assim, houve casos em que uma mesma praça mudou de nome seis vezes, como a atual Praça Waldemar Falcão ou a Rua Floriano Peixoto, que tinha nomes diferen-
Floriano Peixoto
Barão do Rio Branco
Rua Guilherme rocha
Rua Senador Pompeu
tes a cada trecho: era Rua das Belas entre o Passeio Público até a praça onde hoje está o edifício do Banco do Brasil, de lá até a Praça do Ferreira era Rua da Pitombeira e da Praça do Ferreira em direção à Praça do Carmo era Rua da Alegria. Anos mais tarde, em 1861, foi aprovada pela Câmara uma resolução para que se fizessem novas tabuletas para identificação dos nomes das ruas e travessas da cidade. Ela veio do fato de existirem algumas artérias com mais de um nome, como a já citada rua Floriano Peixoto, e a atual rua Major Facundo, que era Rua da Palma entre o Passeio Público e a Praça do Ferreira e Rua do Fogo da praça até o final. Na mesma resolução ficou decidido que os imóveis deveriam ter nume-
ração nas portas. A falta desses números levava os comerciantes e prestadores de serviços que precisavam tornar seus endereços mais fáceis de identificar a utilizarem como referências o nome de pessoas conhecidas, como demonstra esse anúncio publicado em jornais da época: • Bazar Cearense • Na Rua da Palma • Confronte ao Quintino • Perto do Zeferino • Por grandes letreiros • Mui bem se conhece • A loja da moda (Jornal Pedro II-Fortaleza, 24-3-1862) No ano de 1890, nova decisão da Câmara Municipal causou controvérsia na cidade. Em sessão de 29 de outubro de 1890, o Conselho de Intendência da Capital decidiu subs-
tituir o sistema de identificação das ruas, com os nomes dando lugar a números. O motivo alegado foi evitar as contínuas e sucessivas trocas de nomes, quase sempre motivadas por sentimentos partidários. O critério de numeração utilizava a Rua Formosa (atual Rua Barão do Rio Branco) como referência: para o nascente, todas as ruas eram ímpares e para o poente, pares. Pouco durou, no entanto, a tal resolução: os comerciantes continuaram a anunciar o endereço dos seus estabelecimentos usando os antigos nomes das ruas e travessas. Poucos aderiram ao novo formato. Para terminar, uma curiosidade: a via com a denominação mais antiga de Fortaleza é a Rua do Rosário, que ganhou esse nome no fim do século XVIII.
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FORMAÇÃO
Mais qualidade no ar O seminário “PMOC: Qualidade do ar interno”, realizado pela Rede Sindiar, abordou nova lei federal que obriga a manutenção periódica dos equipamentos de ambientes públicos climatizados
A
partir de julho próximo, todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), ficando os responsáveis por estes ambientes passíveis de multa, caso não o providenciem. A obrigatoriedade foi estabelecida pela lei federal n° 13.589/2018, que entrou em vigor no dia 4 de janeiro deste ano e tem como objetivo a minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes dos locais com ar condicionado. A lei concedeu um prazo de 180 dias, a partir de sua publicação, para que os responsáveis pelos ambientes climatizados possam se adaptar. Por isso, com o objetivo de preparar os profissionais da área de climatização de ambientes para as mudanças que serão implementadas ao longo dos próximos meses, foi realizado no dia 23 de março, em Fortaleza, o seminário “PMOC: Qualidade
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do ar interno”. A formação foi ministrada pelo engenheiro mecânico e de segurança Arnaldo Lopes Parra, diretor de retail da Trane, marca associada ao grupo Ingersoll Rand, empresa com atuação mundial na área de refrigeração. O seminário foi realizado pela regional da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento no Ceará (Abrava - CE), com apoio do Sistema Sincopeças/Assopeças/Assomotos (SSA), do Sebrae, da Rede Sindiar, do CREA - CE e do Comitê Nacional de Climatização e Refrigeração. No evento, os participantes conheceram os detalhes da nova legislação, além das referências técnicas, os requisitos necessários e as demais rotinas recomendadas para adaptação ao PMOC. De acordo com as exigências definidas na lei, a verificação dos equipamentos de climatização deve ser feita por um técnico capacitado, que determinará a periodicidade de
manutenção e limpeza. Para o presidente da Rede Sindiar e diretor da Abrava-CE, Newton Victor, a nova legislação “vem a ser um divisor de águas para o mercado de refrigeração e ar condicionado”. Segundo ele, atualmente os serviços de manutenção dos aparelhos de ar condicionado têm sido executados sem critérios por diversas empresas e profissionais, muitas vezes, deixando a desejar em relação à qualidade do trabalho realizado. “Com a nova lei e uma fiscalização mais rígida, a qualidade dos serviços entregues será maior. Com isso, ganham as empresas prestadoras destes serviços e o próprio cliente final”, garante. O presidente da Rede Sindiar acredita que a partir de agora, com o cumprimento da lei n° 13.589/2018, os ocupantes de ambientes climatizados artificialmente terão um ar de melhor qualidade. “Isso irá reduzir muitas doenças e, por consequência, o absenteísmo no trabalho”, conclui.
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NOVO OLHAR
Claudio Araujo claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br
Cultura organizacional Pensar em um perfil cultural como ferramenta de organização próspera e duradora tem importância direta no sucesso da empresa
A
gestão empresarial tem sido foco na busca de melhores resultados com base na escolha e implementação das melhores estratégias organizacionais. Isso é fato. Mas não podemos deixar de considerar a importância da correlação entre a estratégia escolhida e a cultura da empresa. Não basta copiar a estratégia de uma empesa de sucesso se a empresa que vai implementar não tem cultura similar. Podemos destacar que a estratégia oferece uma lógica formal para as metas da empresa e orientar as pessoas em torno delas, utilizando de métricas de monitoramento e aprendizado; já a cultura, expressa metas por meio de valores e crenças e guia a atividade por meio de premissas e normas compartilhadas pelo grupo. Infelizmente, são muito mais comuns do que se imagina os dirigentes focados em criar organizações de alto desempenho, mas pouco interessados pela sua cultura. Na
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verdade, torna-se uma preocupação secundária para a empresa. Eles podem traçar planos detalhados de estratégia e execução. Mas, como não entendem o poder e a força da cultura, os seus planos fracassam. “A cultura devora a estratégia no café da manhã”. A cultura molda atitudes e comportamentos das pessoas inseridas no processo. As normas culturais definem o que é encorajado, desencorajado, aceito ou rejeitado dentro do grupo. Quando adequadamente alinhada com valores pessoais a cultura, libera enorme energia para um propósito comum e estimula a participação e engajamento das pessoas com foco na estratégia, o que gera a condição da organização de prosperar. A cultura também promove flexibilidade e autonomia em resposta a diferentes oportunidades e demandas, enquanto a estratégia costuma ser determinada pela direção. A cultura é um somatório das intenções
dos dirigentes com o conhecimento e a experiência dos funcionários da linha operacional. Assim, como não podemos dizer que existe somente uma estratégia correta, também não podemos afirmar que só existe um padrão de cultura adequado. O que podemos afirmar é que o conhecimento da cultura favorece na construção do modelo de negócio e de seu plano estratégico. As pequenas e medias empresas tendem a adotar o perfil da cultura de seu dirigente maior à medida que a organização toma um direcionamento mais profissional com a adoção de planejamento estratégico. A cultura ganha influência do time de gestores envolvidos no processo. Esta metabolização ocorre com o decorrer do tempo e nesta linha a empresa forma e fortalece sua identidade. Fica uma reflexão para o pensamento da cultura organizacional da sua empresa.
Caderno D E
I N T E R I O R E S
ENTREVISTA
Neandro Nascimento
Sensibilidade com quem será representado nos ambientes O coordenador do Curso de Design de Interiores da Estácio, Neandro Nascimento, fala sobre o cuidado com o outro nos projetos, mostra a diferença entre as formações do Designer de Interiores e do Arquiteto e destaca o potencial de crescimento do Ceará no setor aliado aos elementos culturais e à sustentabilidade.
O
papel do Designer de Interiores e do Arquiteto dentro de um projeto ainda gera muita confusão no mercado. Os clientes acabam mostrando imensa dúvida sobre qual profissional contratar na hora de idealizar um projeto de interiores. No entanto, os ofícios são bastante distintos e o mercado oferece crescimento a ambas as áreas que, em essência, são parceiras. Para esclarecer essas diferenças, falar do papel do Design de Interiores e do mercado local, conversamos com o professor Neandro Nascimento, na Revistaria ArtCult, cujo projeto é assinado por ele. Neandro Nascimento é designer, especialista em Ergonomia e Usabilidade, e atualmente coordena o Curso de Design de Interiores da Universidade Estácio de Sá, em Fortaleza. Mas ele é, acima de tudo, um defensor do design para o humano, voltado para as pessoas que serão representadas no ambiente.
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Quais as principais diferenças que o senhor aponta entre o papel do arquiteto e o do designer de interiores? A princípio é muito simples quando você avalia a formação de um e de outro. Hoje como estou dos dois lados, vejo tanto o mercado, como a academia e percebo que existe uma competição quando na verdade estes dois universos profissionais deveriam estar juntos. A Arquitetura enquanto formação é generalista.
O arquiteto aprende ao longo da faculdade, muito da construção civil, da edificação. Já no Design, vemos do primeiro ao último dia de formação Design de Interiores, independente de ser bacharelado ou graduação tecnológica. Outra confusão que fazem também é entre Design de Interiores e Decoração. Respeito o decorador, mas o designer de interiores estuda desde a concepção da forma, à concepção da cor, a relação do humano
proprietário teve uma participação intensa nesse projeto e os anseios dele foram respeitados.
com o espaço, as relações comportamentais. No design de interiores tem muito da participação do outro. Mas infelizmente, eu vejo muitos profissionais sem tanto cuidado com quem quer ser representado no espaço. Há uma relação do humano com o interior, uma relação que não é só dimensional Qual o papel social do designer? Eu defendo que todo profissional dessa área, seja Design de Interiores, Arquitetura e até a Engenharia, tem que ter essa preocupação de ser sensível ao outro. Eu preciso saber quem é o outro, que personagem ele quer ser para que eu projete um espaço pra ele.Eu não posso traba-
lhar num projeto pensando apenas na minha identidade projetual, tem que haver um respeito ao outro e isso é muito trabalhado dentro dos cursos de Design. Como sou professor de ergonomia, defendo que o espaço é pra quem usa, como usa, com que frequência, tempo de uso, o que a pessoa espera daquele espaço, qual a relação dela com aquele espaço. Ela vai vestir aquilo como se fosse um segundo, terceiro habitáculo. Neste projeto aqui da ArtCult, por exemplo, isso é muito presente. A gente costuma chamar este espaço de templo porque tem gente que vem aqui pra descarregar uma energia ruim, vem ver seus heróis. O
Se as duas profissões caminham juntas na concepção e execução de um projeto, por que existe essa impressão de que são atividades concorrentes? Porque acaba que o mercado direciona pra isso. Meus alunos sempre me perguntam: eu vou ganhar dinheiro com design de interiores? Eu tenho mercado? Eu respondo: o mercado quem faz é você. Na hora em que você encontra um caminho em que possa aplicar o design de interiores, a coisa fica fácil. Se eu consigo pensar o mercado e os potenciais desse mercado, as portas se abrem. Por exemplo, temos muitas construções acontecendo, o mercado imobiliário em Fortaleza cresceu muito em curto espaço de tempo e depois isso desacelerou. Talvez isso tenha feito a necessidade da arquitetura como generalista diminuir e tenha aumentado a necessidade do especialista para tratar dos espaços internos. Como o arquiteto começou isso antes de nós, que estamos em Fortaleza há 17 anos enquanto designers de interiores, então é
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muito recente a cultura do design como um todo na cidade. É uma questão de se permitir uma aliança entre arquitetura e design. O mercado tem valorizado cada vez mais projetos aliados à ideia de sustentabilidade. O senhor acredita que o Ceará tem potencial para se destacar nesse nicho? O Ceará tem imenso potencial e a gente está vivendo um momento no qual isso é necessário. A gente não pode elaborar um projeto sem pensar na economia criativa, na sustentabilidade, numa iluminação que gere menos gasto de energia. Infelizmente, ainda é pouco acessível pra alguns clientes, mas essa semente já foi plantada e tende a crescer. Existem hoje no mercado muitos materiais que tem essa relação com a sustentabilidade e a preservação ambiental. Quando a gente oferece opções sustentáveis e o cliente percebe que é caro e ele tem outras prioridades, fica difícil a gente colocar isso num projeto. Muitos profissionais estão aderindo à ideia, apresentando as vantagens para o cliente, oferecendo opções nessa linha, mas eu preciso do outro lado,
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“No design de interiores tem muito da participação do outro. Mas infelizmente, eu vejo muitos profissionais sem tanto cuidado com quem quer ser representado no espaço. Há uma relação do humano com o interior, uma relação que não é só dimensional.”
do cliente, preciso que ele entenda a importância disso. O senhor acha que o Design de Interiores cearense tem uma cara, uma marca? Acredito que é algo que vem sendo conquistado. Defendo que isso tem que acontecer em alguns projetos. Eu sou contra essa coisa de que projeto cearense tem que ter palha, tem que ter coqueiro e jangada. Não pode ser assim. Eu devo ter identidade. Que identidade cearense é essa? Quais elementos que transformados, podem gerar essa relação de identidade, sem ficar piegas ou clichê? Existem eventos que acontecem aqui que tentam trazer essa ideia, mas percebo que tem profissionais que evitam. Eu visitei uma mostra uma vez e vi um espaço que remetia a uma casa de interior, mas uma casa configurada sutilmente com elementos da contemporaneidade, sem agredir a essência do que era uma casa de interior. Achei aquilo um barato. Acho
que o caminho é esse. Nós temos coisas aqui de extremo valor e tudo isso pode ser convertido em material pro desenvolvimento de projetos. A pernambucana Janete Costa, por exemplo, fazia isso muito bem. O que você diria para quem ainda pensa que design de interior trata apenas de decorar ambientes? Eu escrevi um texto certa vez, motivado por essa inquietação e vou compartilhar aqui com vocês: “Design de Interiores é isso...!!! É abraçar, envolver, acolher, conquistar, agradar, tocar, sentir, curtir, cuidar... fazer amar, fazer funcionar, fazer bonito, fazer com excelência, fazer valer a pena, cada milésimo de segundo dedicado ao projeto!!! Design de Interiores, portanto, não é apenas o ato de decorar!!! Essa etapa é a última, “a cereja do bolo”, posta depois de toda a certeza de que o espetáculo da eficiência e eficácia, dedicada ao uso, ao humano, se instala e se instaura, não em um estalo, mas em cada detalhe!!! Sim...Design de interiores é poesia, é arte, enxertadas em técnica, conhecimento, habilidades e competências advindas não de dias ou meses, mas sim de anos de estudo!!!”
Design de PRODUTOS
Érico Gondim Criatividade para além da estética Com vasta experiência nos diversos âmbitos do design e dono de um repertório cultural particular, Érico fala do seu processo criativo e de suas peças premiadas que aliam funcionalidade, beleza, uso de materiais reciclados e envolvimento das comunidades artesanais locais.
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esigner e artista plástico com mais de 15 anos de experiência, Érico foi formado pelo Centro de Design do Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura, possui pós-graduação em Produtos de Moda pela Universidade Católica de Fortaleza e fez um percurso em Design Estratégico pelo Instituto Europeu de Design (IED) de Milão. Tem participação ativa em mostras de design pelo mundo, com produtos premiados e arrematados em leilões de destaque. Já atuou em empresas privadas e tem seu próprio estúdio. Artista múltiplo, transita pela pintura, escultura, cenografia, design de produtos, design gráfico, moda e artesanato. Tem como marca o uso de materiais inusitados e de formas inovadoras, sem abrir mão do conforto, beleza e usabilidade. Em conversa com nossa equipe, na Iassete Móveis, Érico nos falou do papel social do designer, da importância de se pensar num design para o futuro e da sua ligação com a sustentabilidade e economia cria-
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tiva. O artista também contou sobre seu processo criativo, falou de peças premiadas e mostrou objetos das coleções Célula e Ivy. Qual seu foco atualmente dentro do design? Eu possuo uma formação generalista, estudei tanto design de produto, como gráfico, como artesanato, mas também tive formação em artes plásticas, trabalhando com pintura, escultura e só posteriormente foquei em produto. Eu mesclo um pouco de todas essas áreas no meu estúdio, dependendo da necessidade do projeto ou do cliente. Mas posso dizer que atualmente tenho me voltado mais para o design de produtos autorais. Como você divulga seu trabalho no mercado cearense? O Ceará ainda tem uma cultura do design pouco trabalhada, apesar da gente ser um celeiro incrível no sentido estético, cultural. A gente tem uma potencialidade imensa em todas as vertentes do design. Eu procuro
estar sempre envolvido com pessoas que trabalham com a economia criativa para divulgar meu trabalho, faço parcerias com empresas como a Iassete e outras do setor que se mostram abertas a mostrar meus produtos, além de participar de eventos culturais que acontecem na cidade. Como você trabalha a questão da sustentabilidade ? Isso é fundamental para desenvolver qualquer projeto de design. É cada vez mais necessário buscar produtos que não afetem a natureza, ou que a gente possa reconstruir de modo que ele tenha um ciclo de vida maior. Eu desenvolvi , por exemplo, uma luminária chamada Currupio, no qual reutilizo sacos plásticos. Os sacos foram transformados em uma placa e transformei em produto. Também podemos trabalhar com a sustentabilidade no aspecto social, quando a gente exerce um trabalho de enaltecimento do artesanato de uma comunidade e faz com que esse grupo possa obter uma melhoria de renda e visibilidade.
Luminária Célula em palha
Você tem peças premiadas como a cadeira Ivy e a luminária Currupio. Fale um pouco dessas peças. A cadeira Ivy foi desenvolvida ao longo do meu mestrado em Londres. Eu usei referências do artesanato e esta peça teve destaque na London Design Festival. Posteriormente, participou da Bienal Brasileira de Design em Florianópolis e despertou bastante interesse por conta da conjunção de referências artesanais e uso de materiais contemporâneos. Esta peça também tem referência na natureza e por ser algo mais orgânico, faz o usuário se sentir mais confortável do objeto. Já a luminária Currupio foi um projeto realizado em parceria com um escritório do Sul do Brasil. Este escritório trabalha com coletores de lixo que prensam o plástico e formam uma placa e eles queriam produzir alguma coisa em cima disso. A partir dessa demanda, eu desenvolvi a luminária, que ganhou esse nome porque currupio é um brinquedo de rua muito comum no Brasil. É uma luminária que faz alusão clara à sustentabilidade, fez parte de uma exposição, no Canadá, e mais recentemente, esteve exposta na Feira de Design de Milão.
Você teve um produto arrematado no Piasa, um importante leilão em Paris. Que produto foi este ? Eu gosto muito de trabalhar com peças exclusivas. Em 2107 eu desenvolvi a mesa Vibra e expus na MADE Design Weekend São Paulo. É uma mesa que tem relação direta com a interatividade e a sustentabilidade. Interatividade porque é feita de diversas peças móveis e você pode mudar a forma da mesa. Em relação à sustentabilidade, a Vibra foi feita a partir de sobras de maçaranduba, pouco valorizadas aqui no Brasil, mas lá fora valorizam bastante. Através da exposição na MADE, tive contato com uma francesa, que levou a peça ao leilão em Paris e foi arrematada por um apreciador. Seu processo criativo surge a partir de uma demanda ou é algo mais orgânico? Quando eu trabalho como designer e com um cliente direto, com uma demanda específica, a relação é mais limitada, mais direcionada. Já como artista, eu tenho uma relação mais íntima comigo. No entanto, eu utilizo do mesmo repertório, da mesma técnica, da minha forma de pensar criativamente. Uso muito do meu repertório de referências que vem das minhas experiências. Como artista eu posso ir trabalhando isso aos poucos, com um cliente eu já tenho um prazo, a minha relação com a criatividade precisa ser mais acelerada e tenho que buscar soluções mais diretas.
tem uma cultura muito forte dentro da área, isso se faz necessário. Então, é importante que a gente sempre informe o que é o design, como é o processo de trabalho, quais são os resultados, porque muita gente acha que no design a gente cria de um dia pro outro e não é assim. Existem processos metodológicos que a gente utiliza pra realizar os trabalhos. Dentro do processo de criação surgem insights, mas nem todo insight é a representação real do projeto. Aqui no Ceará, por exemplo, a gente percebe que algumas pessoas ainda não estão bem informadas a respeito do nosso trabalho. Eu acredito que a nossa cultura precise mudar um pouco essa visão sobre a economia criativa e passar a pensar em como a criatividade pode transformar a vida das pessoas, de empresas, da indústria e do mercado.
Luminária Currupio
Quais os maiores obstáculos que você encontra no mercado de design e artes visuais de modo geral? O trabalho do designer dentro do mercado é bastante difícil. A gente fala até que é preciso catequizar os clientes porque como a gente não
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Fortaleza Stone Fair 2018
Feira traz novas expectativas para o setor Os principais nomes do setor de rochas, granitos e pedras ornamentais do Brasil estiveram presentes na 4ª Fortaleza Brazil Stone Fair. A expectativa de negócios ultrapassa os R$ 65 milhões
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ortaleza reuniu durante dois dias, no salão Almofala, do Centro de Eventos do Ceará, os principais destaques do setor de rochas e granitos do Brasil para discutir os avanços e as perspectivas para os próximos 50 anos. A Fortaleza Brazil Stone Fair chegou à sua 4ª edição consolidando o sucesso dos anos anteriores com a presença de mais de 40 expositores e cerca de 8 mil visitantes. Em pouco tempo, a feira tornou-se um importante canal de divulgação do setor no Brasil, no exterior e geradora de um grande volume de negócios. Além dos arquitetos, o evento também contou com a presença de marmoristas, atacadistas, distribuidores, importadores e exportadores de mármores e granitos, investidores no setor e estudantes de engenharia, arquitetura, geologia e de profissões técnicas relacionadas ao setor. Uma das novidades da Brazil Stone Fair 2018 foi a realização do 1º
Fórum de discussão nacional sob o tema “Pensando o setor em 2068”. Organizado pelo Instituto Brasileiro da Rocha (IBRO) o encontro reuniu especialistas para discutir os desafios e oportunidades no setor para o ramo de pedra natural nos próximos 50 anos. O IBRO foi criado no Ceará e atua como um fórum permanente de avaliação e planejamento do setor, tendo um papel de formulador. Na noite de abertura, a Fortaleza Brazil Stone Fair reuniu, empresários e personalidades para uma homenagem a pessoas que impulsionam o setor de rochas ornamentais. Entre os agraciados estavam o diretor administrativo do sistema FIEC, Ricardo Cavalcante; diretor técnico do SEBRAE, Alcir Porto e o empresário do setor de rochas ornamentais, Guido Bissi (em memória), representado por seu irmão Cláudio Bissi e filho Flávio Bissi. O Ceará é o terceiro do Brasil em exportação de rochas ornamentais.
Nos últimos cinco anos, o Ceará deu um grande salto no setor passando de 12 para 45 empresas operantes no estado, entre as quais estão as maiores exportadoras do Brasil. A concentração da maior parte dessas empresas está no Noroeste do Estado (Sobral, Massapê, Santa Quitéria, Região de Banabuiú, etc). Com o mercado em ascensão, o Estado está hoje entre os três principais do Brasil em exportação com US$ 26,6 milhões e 39,5 mil toneladas, em 2017, evidenciando tendência de crescimento. Entre as pedras do Ceará que mais fazem sucesso no mundo e são extraídas exclusivamente do solo cearense e por empresas cearenses estão a Perla Santana, a Perla Venata, a Cristalo Pink e a ônix Vision. Apenas Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte registraram faturamento superior a US$ 10 milhões para essas exportações. O Espírito Santo respondeu pela maior parte, 81,7% do
total do faturamento, em seguida, Minas Gerais com 11,8% e logo depois Ceará com 2,4%. O Brasil exportou rochas ornamentais para 117 países no ano de 2017. Os três principais destinos foram EUA, China e Itália, nesta ordem. Apenas para oito países as exportações superaram US$ 10 milhões. A expectativa é que as exportações no Ceará terão forte crescimento nos próximos quatro anos chegando a US$ 200 milhões até 2021, quando o Estado será o segundo maior parque industrial e de exportações do Brasil. O setor de rochas ornamentais é um dos qualificados como prioritários para instalação de indústrias na ZPE-Pecém. São 19 protocolos de intenções assinados e cinco projetos já estão em fase de modelagem. Em março de 2017, a Thor Granitos, historicamente a maior exportadora do Brasil em volume de CTNR, passou a atuar no Ceará. Por conta dos investimentos por parte dos empresariados, o Ceará detém o segundo maior parque industrial nacional, o que pode consolidá-la como o terceiro mais importante pólo de rochas ornamentais do Brasil. Dentre os fatores que favorecem o Ceara estão: a caracterização tecnológica das rochas encontradas em nosso território, a diversidade de rochas, a disponibilidade de reservas minerais, a infraestrutura adequada, o potencial de mercado e a localização privilegiada do estado. Construção Ceará -
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JOGO RÁPIDO Carlos Rubens Alencar, presidente do Sindicato da Indústria de Mármores Granitos do Estado do Ceará, Simagran-CE, organizadora da Stone Fair 2018, avredita que falta pouco para o Ceará tornar-se um hub no setor de pedras e granitos. Ele avalia ainda que os negócios realizados pela feira giraram em torno de R$ 65 milhões. Confira a entrevista:
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Revista Construção - Qual a avaliação que o senhor faz da Stone Fair 2018? Carlos Rubens Alencar - O evento vem crescendo e dobrou o número de expositores desde a 1ª edição, chegando agora a 42 expositores. Ele está definitivamente inserido no calendário internacional dos eventos do setor. Gostaria de Ressaltar dois aspectos: o 1º Fórum do Instituto Brasileiro das Rochas Ornamentais, que resolveu estabelecer como meta inicial, criar o mapa estratégico do setor no máximo até dezembro deste ano, com os objetivos para os próximos anos. Outro aspecto foi a exibição de uma nova linha de materiais evidenciando o luxo, brilho e riqueza, com destaques especiais para o Cristallo Pink, Amazonita, Onix Vision. RC - O Ceará está se preparando para se tornar um hub no setor de pedras e granitos. O que está faltando? Carlos Rubens Alencar - Inicialmente a equalização do terreno da ZPE para que possa ser acessado pelas empresas. Outro aspecto importante é termos apoio concreto do Governo do Estado para podermos aumentar a difusão do nosso setor. As ações até agora tem sido realizadas pelo Simagran-Ce. RC - Qual foi o montante de negócios fechados durante a feira? Carlos Rubens Alencar - Durante evento, há negociações e acreditamos que estes números atingirão cerca de US$20 milhoes (cerca de R$ 65 milhões).
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