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Prefácio

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Taís Panapaná

Taís Panapaná

Caras mulheres leitoras, caros homens leitores (caso vocês aqui também apareçam), quero lhes dizer que estamos diante de emoções traduzidas, mas sem chegar ao seu grande significado, pois é difícil explicar com algumas palavras esse momento repleto e cheio de poesias e coragem. Penso que cada poesia que você vai encontrar nessa coletânea possui um novo começo para suas autoras ou mesmo é o marco zero de uma vida próspera na escrita. Elas em sua maioria nunca imaginaram que conseguiriam publicar algo criado por elas mesmas. Eu me encaixo neste lugar. Não que elas não tivessem o desejo e, para sermos mais poéticas, o sonho de serem lidas, entendidas, amadas, citadas e se possível aclamadas pela crítica, pois depois dessa publicação como boas artistas e escritoras que somos, nosso ego vai crescer mais um pouquinho e não será pecado, pois tratamos essa parte em conversas e terapias. Quando comecei as aulas da Escola de Escritoras eu ri a toa por dias, sabe aquilo que muitos dizem, que a Inteligência Artificial já sente e nos escuta em nossos pensamentos? Acho que já é real e notório.

Óbvio que, para deixar tudo mais romântico e poético, posso contar uma história cheia de emoção onde o algoritmo não interferiu, talvez falar em poucas palavras, mas seguindo as dicas da jornada das heroínas, pra tudo ficar mais impactante, entretanto não foi dessa forma poética que penso sobre a minha chegada neste lugar. Fui impactada por um anúncio digital da Escola, pensei que a

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Um teto todo nosso: poesias hora era aquela (esse momento foi minha intuição dizendo, é agora ou nunca), me matriculei e decidi sentir a alegria de ser escritora.

Desde os primeiros encontros, observei que muitas mulheres foram levadas até aquele lugar por esse desejo que estava latente em experimentar, um lugar que liberta, tira nossas algemas, ou nos faz sair e deixar para trás tudo sobre o mito da caverna de Platão que estávamos vivendo de forma cíclica e eterna. O mundo lá fora para quem escreve é melhor e mais livre para cada uma de nós que resolveu ser escritora.

E cá estamos sendo escritoras, inclusive sendo poetisas. A poesia, que sempre me tocou, mas principalmente me assustou, por conseguir embaralhar minhas emoções e me fazer algumas vezes pensar por dias sobre algo, estava nascendo de dentro de cada autora e saindo para o mundo fora da caverna. Mesmo quando falamos de morte estamos vivendo, mesmo quando falamos de rupturas, tristezas estamos vivendo. Não que toda poesia fale de coisas tristes, esse entendimento é raso para uma escritora que saiu para escrever e publicar. Escrever poesia é ser liberta, é estar solta e desprendida. Não precisamos de sonetos alexandrinos para sermos escritoras poetisas. Precisamos apenas deixar nosso desejo de emocionar através das palavras fluir. Viver é a escolha de cada escritora que está nessa coletânea, e em cada aula que tínhamos nos era dito, liberte sua expressão, sua coragem, sinta sua liberdade que tudo fará sentido. Não precisamos de estereótipos de como é uma escritora. Devemos ser Escritoras. Não existe fórmula, existe a coragem de viver e falar em voz alta como um mantra, eu sou Escritora. Viver escritora faz sentido. E esse sentido que era dito de maneira simples, corriqueira e com muito afeto, é o que você vai encontrar em todas as páginas deste livro dedicadas à poesia.

Somos Escritoras Poetisas e esta constatação é o que faz sentido para nossa liberdade.

Um teto todo nosso: poesias

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