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Anestésicos Locais na Prática Clínica
Introdução
Os anestésicos locais atuam por meio do bloqueio reversível da transmissão do impulso elétrico no axônio, interrompendo, desse modo, a propagação do potencial de ação.
A estrutura da molécula de um anestésico local é uma base composta por um radical amina (hidrofílico), uma cadeia intermediária (éster ou amina) e um radical aromático (lipofílico) (Figura 5.1).1-3
A partir da estrutura, eles são classificados em:
Aminoésteres: procaína, tetracaína.
Aminoamidas: lidocaína, bupivacaína, ropivacaína.
Para não esquecer
Os anestésicos locais do tipo aminoamidas têm duas letras “i” em seu nome, enquanto os aminoésteres apenas uma.
Fisiologia do impulso nervoso e classificação da fibra nervosa
O potencial de ação se propaga em uma onda de despolarização ao longo do axônio, seguindo de maneira unidirecional.
Figura 5.2 (A a D) Modelo esquemático de um nervo periférico em cortes transversais: o epineuro, mais externo; o perineuro interior, que abraça os axônios dos nervos em fascículos; e o endoneuro, que envolve cada fibra mielinizada ao lado do corte histológico de uma raiz nervosa (A). O axônio mielinizado é envolvido em múltiplos invólucros com membranas de mielina formados por uma célula de Schwann, e cada uma se estende longitudinalmente por cerca de mais de 100 vezes o diâmetro do axônio (B). As fibras não mielinizadas são finalizadas em feixes de 5 a 10 axônios por junção de células de Schwann, que acolhem firmemente cada axônio com apenas uma camada de membrana (C ). O impulso nervoso e sua sequência saltatória nos espaços estreitos do axônio entre esses segmentos mielinizados, os nodos de Ranvier, contêm os canais de íon que suportam os potenciais de ação e facilitam a transmissão nervosa (D)
Fonte: adaptada de Strichartz & Berde, 2005.3