Iate LIfe - Edição 34

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SUMÁRIO 54

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30 Palavras

70 Livro

40 Clássicos

74 Meio

48 Rali

80 Surfe

Em entrevista exclusiva Paolo Pininfarina fala um pouco sobre a família, uma lenda do design O ICAB, em Búzios, recebe mais uma edição do evento que resgatou a Vela clássica no Brasil Na redundantemente bela Ilhabela, o Rali da Kia agita o Yacht Club de Ilhabela

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Regata

A 67ª edição da Rolex Sydney Hobart tem uma das chegadas mais apertadas da história 60 Especial

Cobertura completa da Semana de Vela Brasileira, a seletiva olímpica nacional em águas buzianas

Tonico Souza Mello resgata a história do esporte da Vela e das joias que navegaram para fazê-lo mais belo

ambiente

Um olhar ambiental sobre as belezas e desafios das Alagoas, por Marcus Vera de Faria Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, mostra porque a ilha é um dos picos top no mundo

88 Viagem

A aurora boreal e suas luzes no extremo norte da Europa

96 Iate

Clube

O Comodoro do Yacht Club de Ilhabela fala das conquistas e desafios do clube


CLUBES PARCEIROS

60

IATE CLUBE DO RIO DE JANEIRO

74 40

YACHT CLUB DE ILHABELA

80 100 Clássicos

O artesanato do estaleiro Kalmar em toda a sua exuberância na Lobster L35S

106 Regata

A Volvo Ocean Race chega à China e os espanhóis, com tempero brasileiro, lideram

114 Novos

Barcos

120 Novos

Projetos

A belíssima e confortável Sessa 45 Fly, um barco que veio preencher uma lacuna no mercado Intermarine 65, uma nova encarnação da parceria com o mago Luiz de Basto produz um barco espetacular

126 Gastronomia

Chez Nous, Chez Vous: o charme de comer em casa, na casa dos chefs, em Paris

IATE CLUBE ARMAÇÃO DE BÚZIOS


IATE LIFE EDITORIAL Olá, caro leitor. É com muita alegria que trazemos até você esta Iate Life de número 34, a primeira de 2012. E como dizem que o ano só começa mesmo depois do carnaval, aqui vão nossos votos de um ano novo de muito sucesso e muito prazer para você e os seus. Nesta edição trazemos um especial sobre a Semana Brasileira de Vela, a segunda etapa da seletiva que ajudou a definir nossa equipe olímpica de Vela. E se há algo olímpico em nossas paragens, esse algo é a Vela brasileira. Apesar de seus expoentes, como Robert Scheidt e os irmãos Grael, não poderem disputar mais que apenas uma única medalha por jogos, no total é a Vela que detém as 16 medalhas olímpicas que a colocam no topo do desporto nacional. O time está quase todo formado – apenas a classe 470 feminina ainda não definiu nossas representantes em Londres – e as esperanças de medalhas são reais. Aqui você verá como foi esta batalha olímpica nas águas de Búzios. Charme e adrenalina no paraíso! Como não poderia deixar de ser, temos também em nossas páginas alguns dos barcos que fazem com que os aficionados pelo mar e pelas diversas águas do planeta chamado Terra se encantem pelo mundo náutico. Na seção de Novos Barcos trazemos a italiana de alma catarinense Sessa Fly 45, uma lancha que une conforto e desempenho com um acabamento primoroso. E em Novos Projetos mostramos a volta de um legítimo design Luiz de Basto ao país, pelas mãos de sua velha parceira, a Intermarine. A nova 65 pés deste tradicionalíssimo estaleiro, saída das pranchetas de Basto, é um iate de respeito. Moderno, veloz, bonito como uma flecha certeira cruzando os mares, a embarcação é para aqueles que sabem o valor de ter

chegado aonde chegaram. Para poucos. Já no sempre saudável e descontraído mundo das pranchas aquáticas, a mais antiga delas, a prancha de surfe, voltou a aproveitar o “mar virado” de Fernando de Noronha para realizar mais um evento da ASP no país. Não é preciso dizer que a matéria com as fotos das manobras na Cacimba do Padre está maravilhosa. Ainda falando de competições, temos uma super matéria sobre o andamento da regata de volta ao mundo, a Volvo Ocean Race, e uma incrível sequência de belas fotos de Kurt Arrigo na legendária regata Rolex Sydney Hobart. A seção de Meio Ambiente traz um alerta, como se tornou usual em tempos de degradação máxima dos recursos. O jornalista, escritor e fotógrafo Marcus Veras de Faria nos honra com sua colaboração e extrai a beleza que ainda subsiste nas Alagoas. Questionando se o futuro será tão belo assim, claro. No entanto, a vedete desta edição que abre nosso ano, meu querido amigo e leitor, é a exclusivíssima entrevista com uma lenda do design mundial, a terceira geração dos artesãos mais respeitados em todo o mundo no quesito automóveis e, desde os anos 80, em outros produtos também: Signore Paolo Pininfarina. Comandando desde Turim uma empresa que já desenhou de Ferraris e Maseratis a igrejas, passando por máquinas de café, trens, o novo estádio da Juventus, etc.,etc., Paolo concedeu esta entrevista ao nosso editor, Murillo Novaes, na própria sede da Pininfarina, onde abriga também um espetacular museu com algumas de suas criações. Imperdível! Bem, vamos ficando por aqui e desejando novamente que seu ano seja de muitas conquistas, já agradecendo pela fidelidade à nossa revista ao longo destes anos. Feliz 2012!

CLAUDEMIR SIQUINI 8

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FOTO MARCOS ROSA

Feliz 2012



IATE LIFE NEWS Froya II

O estaleiro Kalmar, localizado em Itajaí – SC, é o responsável por colocar novamente na água o veleiro Froya II. Após dois anos de trabalho intenso e meticuloso, o Yawl de 50 pés, projetado pelo arquiteto naval americano Phil Rhodes, pôde voltar a navegar e dar aos seus tripulantes a alegria e o charme que apenas uma embarcação deste tipo pode proporcionar. Em paralelo com a recuperação da parte estrutural, o Kalmar trabalhou em todos os detalhes e com cuidado meticuloso manteve toda a mobília original. www.kalmar.com.br ou (47) 3348-2916.

Mascâmera de Mergulho

A diversão de mergulhar pode ser ainda mais intensa se puder ser registrada em fotos ou vídeos. Sem precisar carregar uma câmera à prova d’água, o mergulhador fica mais livre para explorar. E a máscara de mergulho com câmera e filmadora traz essa facilidade. Já embutida no equipamento, a lente registrará tudo, com um simples clique no botão da própria máscara. A qualidade das imagens de foto é de 5 MP e de vídeo são 20 fps, com 16 G de memória. A máscara com câmera pode descer até 5 metros de profundidade. www.regatta.com.br

Spa Kennzur

O Spa Kennzur tem como novidade a massagem para esportistas. É uma técnica que visa o restabelecimento do organismo após a prática esportiva, aliviando dores e promovendo o relaxamento profundo, o alongamento da musculatura, a flexibilidade e o bem-estar; reduzindo o tempo de recuperação entre os exercícios. Ela promove a vasoconstrição e vasodilatação, favorecendo a restauração tecidual e a eliminação de toxinas. Tem duração de 60 minutos e é indicada no pós-treino para todas as modalidades esportivas. www.kennzur.com.br

A bordo do Vision of the Seas, a 6ª edição do navio balada, Music On Board Festival, reuniu, em três dias, mais de 50 horas de festa e 21 djs, neste princípio de março, escolhido por conta da lua cheia. Mais de duas mil pessoas embarcaram. Idealizado pela MOB Produções com a Nascimento Turismo, o cruzeiro já tem nova edição agendada. “Há seis anos, realizamos grandes festas a bordo para um público em busca de luxo, boa música, serviços de alta qualidade, com uma paisagem deslumbrante”, diz a organização. www.mobfestival.com.br

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FOTOS DIVULGAÇÃO

MOB


GAZ

Fabiano Carvalho, da equipe Vi単a Santa Carolina de polo


IATE LIFE DESTINO

FERNANDO DE NORONHA A Pousada Maravilha é um refúgio no universo dos golfinhos Em uma das praias mais calmas de Fernando de Noronha existe a melhor opção de hospedagem da ilha. Com cinco bangalôs e três apartamentos, a Pousada Maravilha é um local para quem quer desfrutar o arquipélago, região que abrange uma rica diversidade biológica terrestre e marinha, tornando-se habitat natural de variadas espécies. É a pousada mais famosa por estar situada na Baía do Sueste, uma praia calma, adequada ao banho de mar e mergulho, e também rica em biodiversidade, pois fica próxima a um mangue, formado pela junção da

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água doce com a salgada. Com estrutura e serviços de alta qualidade, dispõe do melhor restaurante do arquipélago, comandado pelo chef Fábio Taveira. Os pratos seguem forte influência da cozinha brasileira, principalmente frutos do mar e comidas típicas nordestinas, misturados harmoniosamente com as cozinhas francesa e italiana. Como opção de passeio diurno, os hóspedes podem ir ao topo do Mirante dos Golfinhos, observar os golfinhos rotadores, que dão saltos acrobáticos, fazendo rotações em torno do próprio eixo. (81) 3619-0028


www.volvo.com.br

volvo ocean race - a maior regata do mundo Para a Volvo, até mesmo os grandes desafios têm como premissa o respeito ao meio ambiente, um dos valores fundamentais da marca. Volvo Ocean Race. Vida ao extremo!

ITAJAÍ - SC 04 A 22 DE ABRIL 2012


IATE LIFE HOMEM 2 1

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NOVIDADES DE INÍCIO DE ANO 1. A Victorinox lançou o SSD, um canivete inédito que vem com USB de 1 terabyte. A peça conta ainda com um visor LCD onde é possível verificar informações sobre os arquivos armazenados. O modelo será disponibilizado em duas versões: uma com as ferramentas tradicionais de um canivete (lixa, tesoura, lâmina) e outra versão somente com o USB. (11) 5584-8188. 2. A bermuda D’Água Calvin Klein é um lançamento da próxima estação. As estamparias são inspiradas nos princípios das antigas impressões gráficas, o que resulta em uma mistura de listras, cores e imagens. (11) 3817-5702 ou www. calvinklein.com.br. 3. A Acqua di Parma cria a Essenza, uma alquimia perfeita entre personalidade universal e raízes italianas. A nova fragrância é um verdadeiro objeto de desejo dedicado a todos os conhecedores

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e fãs da clássica e atemporal Colonia, criada em 1916. 0800-170506. 4. A Rimowa apresenta sua nova linha de acessórios para iPad e iPhone. Os produtos, fabricados com o mais sofisticado couro europeu, seguem o design das inconfundíveis malas da marca, com linhas horizontais em alto-relevo. As novas peças têm forro interno de jacquard, que garante ainda mais proteção aos aparelhos. 0800 746 6920. 5. Os sapatos esportivos da Democrata chegam com novas cores e uma proposta mais elegante. O modelo Rave, da linha Denim, aparece com solado bicolor e também na versão em botinha. www.democrata.com.br. 6. A camiseta vermelha da Reserva com o “galo lutador” traz lembranças de Cuba. Camiseta da coleção O Grande Circo Nacional de Cuba. www.usereserva.com.br.

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Os lançamentos da estação cheia de contrastes



IATE LIFE RELÓGIOS VICTORINOX O AirBoss Mach 8 Special Edition resiste à água até 100 m. Possui fundo transparente, permitindo observar o complexo mecanismo suíço. (11) 5584-8188

BREITLING O Chronomat GMT é um cronógrafo especialmente criado para os viajantes, agora com a versão de dimensões ligeiramente reduzidas. www.breitling.com

VACHERON CONSTANTIN O Patrimony Contemporaine faz parte de uma edição limitada de 150 peças n umeradas e carimbadas com o Selo de Genebra. (21) 3202-4500

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PIAGET neur O Gouverneur aph é Chronograph o por seu distinguido om dois desenho com os vintage, cronógrafos as funções ç além de suas 1) 3468-8119 flyback. (61)

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PIAGET O Gouverneur Tourbillon apresenta novo Calibre 642P e um ponteiro astronômico de exibição de fases da lua às 6 horas. (61) 3468-8119


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IATE LIFE FEMININA 1 4 2

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1. Bolsa modelo “doctor” em couro de cobra phyton, da designer de acessórios Angela di Verbeno. (51) 3268-4393 ou www.angeladiverbeno.com.br 2. Bolsa Marianne Emeraude em camurça verde, com alça de corrente e bolso envelope frontal, de Christian Louboutin. (11) 3032-0233 ou www.christianlouboutin. com 3. Bolsa Longchamp Balzane, em couro e nobuck marrom com bolso externo. (11) 3552-1555 ou www. longchamp.com 4. Sandália em couro preto, com argola metálica e salto em madeira, de Salvatore

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Ferragamo. (11) 3081-5324 ou www.ferragamo.com 5. Sandália Zeferino de couro com tachas e phyton. (11) 3064-1006 ou www.zeferino.com.br 6. Pigalle Spikes – Scarpin preto em couro com tachas “spike”, de Christian Louboutin. (11) 3032-0233 ou www. christianlouboutin.com 7. Bolsa em couro branco, com alça dupla ajustável, da Le Lis Blanc. (11) 38150634 ou www.lelis.com.br 8. Sandália Pigmentos, em couro dourado, de Christian Louboutin. (11) 30320233 ou www.christianlouboutin.com

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Sapatos e bolsas, que mulher resiste a esses prazeres?


Um sorriso novo graças a

E

alta tecologia

studos comprovam que o acompanhamento odontológico preventivo profissional, visando o equilíbrio biológico desde a infância, pode garantir eficácia nos resultados contra cárie em todas as fases da vida. A odontologia moderna aposta em tratamentos minimamente

invasivos. É o que garante Claudia Cia Worschech, Profª Dra. formada pela

Unicamp, que investiu 20 anos de estudos, trabalhos científicos e práticas clínicas e implanta este conceito na odontologia, cujo objetivo é atuar de forma minimamente invasiva preservando ao máximo os dentes naturais. Isso é possível, graças aos avanços das técnicas, procedimentos e equipamentos, entre eles, o microscópio clínico. Uma das maiores especialistas do Brasil em odontologia microscópica, a Dra. Claudia Cia explica que “o microscópio permite um apurado diagnóstico e maior segurança na execução dos proce-

Planejamento O tratamento é cuidadosamente

planejado: exames e procedimentos. A equipe realiza um estudo do caso com modelos individuais da arcada, respeitando o protocolo estético de cada paciente. Tudo é previsto para que se economize tempo através da otimização máxima de cada consulta.

Tratamentos Integrados Equipe profissional altamente qualificada de todas as especialidades odontológicas (Periodontia – Endodontia - Implantes – Cirurgias- Próteses) Comodidade Conta com completa infraestrutura para a realização de toda a documentação radiográfica do paciente, tomada de fotos confecção de moldes. Pacientes de todo o Brasil Disponibiliza translado de ida e volta para o aeroporto de Congonhas.

dimentos clínicos, obtendo-se índices de qualidade e precisão muito superiores aos alcançados com os métodos terapêuticos convencionais, ou seja, sem usar microscópio ou qualquer tipo de lente de aumento ou magnificação”. Isso significa conservar, modificar e harmonizar e transformar o sorriso sem desgastar desnecessariamente os dentes. A transformação do sorriso se dá através da instalação de lâminas de cerâmica ultrafinas sem a necessidade de desgastar o dente – como ocorre nos procedimentos convencionais para lâminas de cerâmica. Além disso, as restaurações confeccionadas em resina ou em cerâmica suportam melhor os lábios e garantem um resultado ainda mais natural para o rosto e estética facial.

Claudia Cia Worschech tem 20 anos de estudos na área de odontologia. Graduada na Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Unicamp. Na mesma Universidade concluiu Mestrado e Doutorado, adquirindo, também, o título de Especialista em Dentística. Presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética 2011-2012 Professora pesquisadora e colaboradora da Unicamp- 2011/2012 Vice Presidente da Academy of Microscope Enhanced Dentistry USA , 2012 (AMED). Autora do livro Micro-Odontologia: Visão e Precisão em Tempo Real (Dental Press, 2008). Editora Senior da MICRO: The International Journal of Microdentistry, revista oficial das academias Americana, Européia e Japonesa de Microscopia, desde 2009.

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Local O Siquini Beach Parador está localizado ao sul da Ilhabela, a maior ilha marítima do litoral norte paulista e da costa brasileira. Um paraíso com uma extensão total de 140 km, 300 cachoeiras e 45 praias, totalizando 92% de sua superfície de Mata Atlântica preservada. Um lugar exclusivo que recebe um público formador de opinião e de alto poder aquisitivo.


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PALAVRAS

Paolo Pininfarina Terceira geração dos geniais designers italianos de automóveis que fizeram a fama junto com a Ferrari, Paolo Pininfarina expandiu os negócios da família a outras áreas. Incluindo a náutica. Foi na sede da empresa, em Turim, que Iate Life ouviu com exclusividade essa lenda do design e um dos nomes mais respeitados mundialmente no restrito mercado desta arte incomum. POR_Murillo

Iate Life: Você é a terceira geração de Pininfarinas? PAOLO PININFARINA: Sim, a terceira geração. Meu avô começou tudo. Aqui (na sede da empresa em Cambiano) você pode ver um pouco desta história no nosso museu. Nós o redesenhamos completamente, os móveis e a exposição da coleção, em 2010, para a comemoração dos 80 anos da companhia. Nós pegamos algumas imagens da história, tentamos definir a mais forte, mas basicamente imagens de momentos importantes e fotos das pessoas, pessoas importantes na vida da companhia. E também de carros importantes, claro. IL: Estar no meio de tantas Ferraris, Maseratis, Alfas e outras lendas automobilísticas é muito inspirador. Você, em algum momento, pensou em fazer algo diferente da sua vida? PP: Jamais. IL: A Pininfarina foi fundada em 1930 aqui mesmo em Turim? PP: Sim, na cidade de Turim. A primeira fá-

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Novaes

brica foi em Turim e então mudamos para Grugliasco em 1957. Depois expandimos a fábrica e mudamos o centro de design para Cambiano há quase 30 anos. IL: Quando começou a parceria entre o seu avô e a Ferrari? PP: Em 1952. IL: E o seu avô já queria fazer design inovador? Mesmo naquela época? PP: Sim, especialmente carros luxo e gran luxo. Eles buscaram novas formas e inovação. E depois da guerra os carros ficaram famosos e criaram um novo patamar para coupés nos anos 1950 e 60. IL: Vocês tinham uma marca própria ou sempre desenharam carros para outras escuderias? PP: Normalmente para terceiros, mas fizemos algo assim nos anos 1980. Tínhamos o Pininfarina Spider, que está aqui no nosso museu também.


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IL: E o nome da família era apenas Farina? PP: Sim, só Farina. Mas meu avô, cujo apelido era Pinin e era tio do grande campeão de F1 Giuseppe Farina, estabeleceu a própria companhia como Pininfarina para diferenciá-la do irmão, Giovani Farina. Depois que eu e o meu irmão nascemos, o sobrenome foi mudado para Pininfarina. IL: Você e o seu irmão comandavam a companhia juntos? PP: Sim. Nós tocamos a companhia junto com o nosso pai por muitos anos e depois só nós dois por cerca de dois anos. Ele era presidente e eu vice-presidente. Ele faleceu em 2008 e eu tive que assumir tudo. IL: E vocês mesmos desenham os carros? Lógico que há um time de designers, mas tanto seu avô quanto seu pai e você desenhavam os carros? PP: Sim. Não só os carros como outras coisas. É muito importante estar envolvido no processo de design. Falando francamente, não é 100% que vem da minha mente, porque a equipe é grande, mas desde o início do desenvolvimento do projeto até o final é tudo feito com a família. Como qualquer artista, sempre tivemos muito orgulho de nossas obras. IL: Onde você estudou design? PP: Eu estudei en-

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genharia, não design. Meu avô não desenhava no papel propriamente dito, ele dava instruções mais cruas e havia pessoas fazendo os desenhos técnicos, que era dividido em partes. Depois de montado, a equipe de design refinava o modelo, que depois era desmontado e feito à mão. Nós temos, por exemplo, o modelo do 458 e o modelo da FF, que são parcerias importantes com a Ferrari na história da companhia. O DNA da Pininfarina é inovação, mas inovação praticável, viável. Nós desenhamos mais de 700 modelos, ao todo.

O DNA da Pininfarina é inovação, mas inovação praticável, viável. [Por isso] Nós desenhamos mais de 700 modelos, ao todo.


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IL: Quando vocês começaram a desenhar outras coisas além de carros? PP: Na metade dos anos 1980. Na realidade nós fizemos algumas coisas bem exclusivas nos anos 1970, como um barco para o príncipe Aga Khan, na verdade o seu primeiro iate. IL: O fundador do Iate Clube Costa Esmeralda, na Sardenha. PP: Sim. Eu lembro que fui convidado pelo meu pai para dar uma volta no barco, eu tinha 18 anos, e o barco tinha 50 ou 60 metros, foi o primeiro design que nós fizemos para o mar. Mas era uma exceção. 99,99 % da fábrica era automotiva, mas às vezes tentávamos algo diferente. Nos anos 1980 nós começamos a Pininfarina Extra, foi meu primeiro compromisso total com o design fora de automóveis. Em 1986 meu pai me deu essa responsabilidade, de expressar a Pininfarina fora do automobilismo. IL: Você ainda desenha a linha da Peugeot? PP: Não mais, infelizmente. IL: Porque era bem inovador o Peugeot 406, bem diferente. PP: Eles decidiram investir em um centro de design interno, e o design deles não é mais tão apreciado como cinco ou seis anos atrás. É menos elegante. Em ma-

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téria de design, a Peugeot sempre foi considerada melhor que a Renault, e agora o contrário está acontecendo. A Renault está sendo considerada mais moderna, mais elegante e a Peugeot ainda está lutando para ter uma imagem. Eu acredito que nós deveríamos tentar ajudar de novo, nunca diga nunca. Em 2012 o centro de engenharia celebra 10 anos. Planejamos construir o carro sonho do futuro, mas que seja dirigível e expresse o DNA Pininfarina. O Fiat Spider é um tributo à nossa história, porque nós fabricamos 1 milhão de carros em toda a história da companhia. E o mais bem sucedido foi o Fiat Spider, depois o

Nos anos 1980 nós começamos a Pininfarina Extra, foi meu primeiro compromisso total com o design fora de automóveis.


Alfa Romeo Spider e na terceira posição o Peugeot 406. E depois muitos outros carros, como Mitsubishi e Volvo. IL: E seu pai esteve à frente dos designers até quando? PP: Em 2003 meu pai se aposentou, e o último carro que ele projetou foi o Maserati Quattroporte. Depois desse carro meu pai não estava mais supervisionando os designs, meu irmão teve que se encarregar disso por alguns anos e obtivemos bastante sucesso com carros como o Scaglietti, o Alfa Romeo Spider, a Maserati Gran Turismo, um carro muito importante. Uma outra boa história é que quando meu pai introduziu o Quattroporte, os críticos disseram que era um carro maravilhoso, e ele disse que lógico que era, pois tinha levado quase 60 anos para projetar outro Maserati, sendo que o anterior foi projetado em 1947! IL: Vocês ajudaram em alguma forma as Ferraris de Fórmula 1? PP: Nós fizemos algumas colaborações nos anos 1970, algo como um patrocínio. A Ferrari ganhou dois campeonatos com o Nick Lauda, em 1975 e 1977, tendo a Pininfarina como patrocinadora. IL: Conte-me mais sobre a sua colaboração com o mar. Você projetou o iate do Aga Khan e de-

pois? PP: Com o mar eu diria que houve três fases: a primeira foi a do Aga Khan, a segunda nos anos 1980 e 90, quando a Pininfarina esteve envolvida com barcos através de algumas colaborações com a Magnum Marine e a Beneteau Sailing, no interior e exterior das lanchas e veleiros. E mais algumas coisas que fizemos, nada com uma sólida continuidade. IL: Quanto ao Beneteau, você se lembra que barco foi? PP: O First 45 pés, com um belo interior, mas não tivemos a capacidade de dar continuidade à colaboração, foi algo mais como diversão. Alguns anos atrás eu e meu irmão decidimos colocar a Pininfarina Extra mais na área náutica, porque é mais fácil se dedicar à continuidade do que na parte automotiva. Na Extra nós estamos acostumados a trabalhar com vários projetos de porte médio, então decidimos fazer essa mudança. Nos anos 1990 nós também fizemos o Challenger para a Azimut e alguns trabalhos com a Yamaha no Japão, mas eu repito, nada sólido ou contínuo. Agora nós começamos essa nova maneira, que seria a fase três, nós temos uma importante colaboração com a Schaefer no Brasil e queremos expandir isso, não só em interiores mas também a parte exterior.

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IL: Você está trabalhando em algum outro projeto com a Schaefer ou é um segredo? PP: Sim, podemos dizer que é um segredo, mas é uma parceria que queremos que seja duradoura. IL: Qual seria o próximo passo para a Pininfarina como um todo? PP: O coração da companhia é o design, mas o foco é o design associado à engenharia, com atenção à executabilidade. Já em outras áreas de design, em 2012 programamos oferecer uma gama de produtos direto para o consumidor. Fazer passo a passo algo similar ao que outras marcas fazem, como roupas, assim como a Mercedes Benz e a Ferrari. Ainda estamos explorando o mercado, a possibilidade de vender os produtos no website. Seriam produtos para colecionadores. IL: Quantas pessoas vocês têm trabalhando aqui? PP: Cerca de 100 pessoas no design automotivo, 40 pessoas na Extra e mais cerca de 150 pessoas na parte de engenharia no centro de desenvolvimento, quase 300 pessoas no total.

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IL: Comparando com a época do seu avô, a Pininfarina é maior hoje em dia? PP: No passado era muito maior, mas então tudo era maior: o tamanho era maior, o risco financeiro era maior. A única coisa que era menor era o lucro. Na maior parte do tempo era menor que zero. Isso foi algo que aconteceu em todo o mundo, crises e tudo o mais, e todas as companhias tinham que focar novamente no que elas poderiam fazer melhor. E o que nós fazemos melhor é design e engenharia de alta classe.

O coração da companhia é o design, mas o foco é o design associado à engenharia, com atenção à executabilidade.


IL: E agora vocês estão completamente comprometidos com design sustentável? PP: Design e engenharia são o nosso negócio central. Sustentabilidade é um crescimento potencial. Mas hoje nada que sai das pranchetas pode deixar de levar em conta um certo grau de sustentabilidade. IL: E o Brasil está nos planos da Pininfarina para o futuro? PP: Estamos positivamente impressionados com o Brasil e a área de São Paulo. Existem muitas coisas positivas juntas, o que é difícil de achar em qualquer lugar do mundo, um lugar que está emergindo com progresso e entusiasmo pelo estilo italiano, entusiasmo pela Pininfarina. Outros mercados como a Índia então crescendo, mas culturalmente é diferente. Quantas Ferraris são vendidas no Brasil? Duzentas? Trezentas? Na Índia são três. Para nós é um mercado muito difícil. Na Rússia, por exemplo, eles não têm uma mente aberta. Talvez no futuro eles entendam a contribuição do design italiano. O Brasil tem uma afinidade com a Itália e com a Pininfarina e nós, claro, apreciamos muito isto.

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CLÁSSICOS

BELEZA

CLÁSSICA O BALNEÁRIO DE BÚZIOS RECEBEU, MESMO COM UMA LEVE GAROA QUASE PAULISTANA, A MAIOR FLOTILHA DE VELEIROS CLÁSSICOS DO BRASIL. O RESULTADO FOI UM DESFILE DE RARA BELEZA. IATE LIFE FOI LÁ CONFERIR.

FOTOS_Gonzalo Arselli

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A VI Regata de Veleiros Clássicos terminou em um domingo chuvoso, no finalzinho de novembro, no Iate Clube Armação de Búzios, com fortes ventos que puseram os bravos navegantes clássicos à prova. Com cerca de 25 nós sustentados e rajadas ocasionais mais fortes, as condições tornaram-se extremas dentro dos padrões náuticos internacionais. No entanto, segundo Torben Grael, que esteve presente com o seu belíssimo Columbia 50’ de 1969, Lady Lou, o velejo estava muito bom. “Hoje tivemos o que todo velejador gosta: vento! E vento forte é sempre uma festa para quem gosta de velejar”, avaliou Torben, que detém o recorde mundial de velocidade em monocascos no Ericsson 4. Sobre as condições, o multimedalhista olímpico disse: “Estava bastante difícil velejar, pois estamos competindo com clássicos. Para você ter uma ideia, em algumas classes, quando a velocidade do vento ultrapassa 25 nós a competição é cancelada”, concluiu. Na categoria F, a mais disputada por contar com quatro barcos, o Viva foi o grande vencedor, deixando o Lady Lou, capitaneado por Torben Grael, na segunda colocação após intensa batalha nas águas agitadas da península. Entre as bateras, categoria criada no local, que preserva o espírito da tradição dos pequenos pesqueiros à vela, quem levou a melhor foi a Assanhada, que enfrentou

“Viva” e “Lady Lou” travaram batalha épica em agitadas águas buzianas IATE life

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CLÁSSICOS

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A escuna “Dalia”, com a equipe do Esporte Espetacular, e a batera “Graciosa”, beleza máxima do maior ao menor veleiro.

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com muita bravura o mar. A categoria foi marcada por duas baixas, com duas bateras – Charmosa e Jeitosa – saindo da regata avariadas, com seus tripulantes sendo resgatados pelo barco de apoio da organização. Velejador muito experiente, o Almirante Bernardo Gamboa, que competiu com a sua linda Teimosa, fez questão de ressaltar a importância de um evento que incentive a vela clássica brasileira. “O Brasil tem um belíssimo litoral, mas o povo brasileiro tem pouca ‘maritimidade’. Eventos como este nos ajudam a perceber o quão perto estamos de nossa ‘galinha dos ovos de ouro’. Temos que cuidar de nosso mar e esta regata, com suas águas limpas, é mais um endossador disto” avaliou Gamboa, com a experiência de quem já esteve à frente do Cisne Branco, veleiro-escola da Marinha Brasileira. Loic Gosselin, diretor da Media Mundi, produtora do evento, afirma que vários barcos estão sendo reformados graças à regata. Segundo ele, verdadeiras obras-primas estão de volta ao mar: “Ficamos muito felizes em ver que alguns lindos barcos estão de volta ao mar incentivados por nossos eventos. Nessa etapa tivemos três medalhistas de ouro competindo e isso engrandece ainda mais o evento” diz Loic referindo-se aos renomados Torben Grael e Alex Welter, com seus ouros olímpicos, e Maurício Santa Cruz, bicampeão pan-americano.

Um incentivador dos clássicos: Torben Grael e seu belo Columbia 50’ azul, ano 1969 IATE life

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RALI

RALI KIA

A tradicional competição do Yacht Club de Ilhabela novamente reuniu os aficionados do rali náutico àqueles que apenas queriam se divertir e aproveitar as belezas do saco do Sombrio. FOTOS

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Edu Grigaitis


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RALI

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Todo começo de ano é a mesma coisa. Dezenas de embarcações de diversos tamanhos se reúnem no Yacht Clube de Ilhabela para celebrar e competir. Trata-se do Rali Kia Motors. Com percurso que une a sede do clube, nos arredores da Vila, ao paradisíaco saco do Sombrio, a diversão é garantida. Neste ano, as embarcações “Perplexo”, do comandante Roberto Posses, e “Dudu Loco”, do comandante Luiz Claudio Prado, foram as vencedoras do V Rallye Náutico YCI – Copa Kia Motors, em suas respectivas categorias. A competição foi dividida em duas flotilhas. A chamada Flotilha “A” destinava-se a embarcações que fizeram a prova equipadas com vários sistemas de navegação, para cumprir o percurso estabelecido pela organização. Nesta categoria, a “Perplexo” foi a grande vencedora. Para realizar o mesmo percurso, a flotilha “B” contava apenas com o GPS fornecido pelos organizadores e foi a “Dudu Loco” que conseguiu a primeira colocação, seguida da “Vô Pornô”, do comandante Thomas Reichnhein e da “Barbarossa”, de Frederico Loureiro. Na água e em terra o que se viu foi o de sempre. Muita confraternização, famílias se divertindo e o eterno sorriso dos campeões. Ano que vem tem mais!

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Resultado: Flotilha A 1 - Perplexo Roberto Posses Flotilha B 1 - Dudu Loco Luiz Claudio Prado 2 - Vô Pornô Thomas Reichenhein 3 - Barbarossa Frederico Loureiro


Uma combinação de dia lindo com percurso maravilhoso e parada no paraíso garantiu o sucesso do rali

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Precisão, destreza, atenção máxima e foco no objetivo são atributos das tripulações campeãs

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ROLEX SYDNEY HOBART

DEPOIS DE 14 ANOS TENTANDO, O FITA-AZUL DA 67ª ROLEX SYDNEY HOBART, UMA DAS PROVAS MAIS TRADICIONAIS DOS OCEANOS, VENCE NA QUARTA CHEGADA MAIS APERTADA DE TODOS OS TEMPOS. IATE LIFE CONTA COMO FOI. FOTOS_Kurt

Arrigo

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REGATA

Da saída na baía de Sydney até os incríveis Pipe Organs, na chegada à Hobart, a regata é um espetáculo

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oi uma das chegadas mais emocionantes na história da Rolex Sydney Hobart e a mais apertada dos últimos 29 anos. O máxi Investec Loyal, de Anthony Bell, conseguiu desbancar o poderoso máxi Wild Oats XI, de Bob Oatley, que havia sido o mais rápido em cinco das seis edições anteriores da legendária regata rumo ao sul da Austrália. A diferença de apenas três minutos e oito segundos, depois de dois dias, seis horas, catorze minutos e oito segundos de regata, foi a quarta menor em 67 anos de Rolex Sydney Hobart. Mas o campeão no tempo corrigido não veio dos máxis, e sim de um veleiro de 63 pés, número nada impressionante dentro da fortíssima flotilha desta edição. O título ficou com o Reichel Pugh 63 Loki, de Stephen Ainsworth. A regata, que larga tradicionalmente no Boxing Day, primeiro dia após o Natal para os súditos da rainha Elizabeth, assistiu a uma batalha dura entre os dois líderes, ambos com 100 pés de comprimento. O Wild Oats XI liderou boa parte da regata, mas acabou pagando o preço por ser o primeiro a “desbravar” a raia. Por duas vezes, ele ficou acalmado em buracos sem vento, enquanto era ultrapassado pelo Investec Loyal que, vendo que o adversário estava sem vento, evitava as armadilhas nas quais seu rival


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REGATA

Condições sempre duras fazem a fama da regata. Nesta edição, uma batalha à parte: “Wild Oats” x “Investec Loyal”

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havia caído. “Foi uma das grandes experiências da minha vida”, disse Anthony Bell, skipper e proprietário do Investec Loyal. “Desde a largada até a linha de chegada, tudo foi muito empolgante. Foi uma regata em que tivemos que lutar muito, mas a tripulação acreditou no barco e em nossa causa desde o começo. Nós estamos muito contentes por termos sido os primeiros na linha”. Sim, o Loyal correu por uma causa. As campanhas de Anthony Bell servem para levantar fundos para caridade. Nesta regata, ele arrecadou dinheiro para a Humpty Dumpty Foundation, que compra equipamentos médicos vitais para hospitais infantis na Austrália e no Timor Leste. Apesar da conquista da fita-azul, o Loyal não levou o título absoluto no tempo corrigido. As condições de vento mais favoráveis depois da chegada dos grandes veleiros fizeram supor que o vencedor este ano estaria entre os pequenos. Mas, conforme os barcos menores foram ficando acalmados na chegada, na baía Storm e já no rio Derwent, ficou claro que a vitória ficaria com um barco médio, provavelmente algum da forte flotilha de 50 pés. No entanto, quem acabou se sobressaindo como o barco melhor velejado e grande campeão desta edição foi o 63 pés Loki, de Stephen Ainsworth. Bravo!


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ESPECIAL

SEMANA BRASILEIRA DE TODO ANO OLÍMPICO É ASSIM, UM EVENTO SUPER EMOCIONANTE AJUDA A DEFINIR A EQUIPE BRASILEIRA QUE VAI AOS JOGOS GARANTIR A TRADIÇÃO DA VELA COMO ESPORTE MAIS VITORIOSO DO PAÍS EM OLIMPÍADAS POR_Murillo

Novaes • FOTOS_Márcio Rodrigues

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ESPECIAL

Na 470 feminina (página oposta), a disputa mais feroz teve lugar. Com o empate, as duplas vão definir a vaga na Espanha

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Em Armação de Búzios, no litoral leste do Rio de Janeiro, aconteceu a disputa da Semana Brasileira de Vela, o torneio pré-olímpico que define a equipe que vai disputar as olimpíadas de Londres. Nas águas fluminenses estavam representantes das dez classes olímpicas, com exceção do Match Race Feminino que disputou – e infelizmente, perdeu – a vaga em uma competição internacional em Miami, nos Estados Unidos. A Semana Brasileira de Vela foi a segunda parte do processo seletivo do time olímpico brasileiro que começou no Mundial unificado das classes olímpicas em Perth, na Austrália, em dezembro passado. Lá estavam em disputa 75% das vagas dos países para Londres 2012 e os brasileiros que classificaram o país receberam um ponto na seletiva individual de cada classe. Outro ponto estava em disputa na Semana de Búzios e, no caso de empate, o que ocorreu apenas na 470 feminina, o Troféu Princesa Sofia, em Palma de Maiorca, na Espanha, servirá como desempate. “Tradicionalmente a equipe olímpica era definida em um único torneio no ano dos jogos, mas isso dava margem para a sorte ou azar de alguém definir a vaga em uma única oportunidade. Então resolvemos criar este sistema, que permite equalizar e democratizar a disputa. Quem classificou o país em Perth saiu na frente, mas não ganhou nada. Se o mesmo atleta ou dupla vencesse em Búzios, garantiria a vaga para Londres, se não, outra competição irá ajudar a definir quem vai aos jogos. Acredito que isso permite que tenhamos um time mais forte e a certeza de que realmente os melhores estarão representando o país nas olimpíadas”, explicou Ricardo Baggio, superintendente da Confederação Brasileira de Vela e Motor. No entanto, os primeiros representantes do Brasil nos Jogos de Londres 2012 foram definidos antes mesmo do final da Semana Brasileira de Vela. Na sexta-feira (10/2), penúltimo dia de competição, novamente com o tradicional vento leste/nordeste soprando forte na raia mundialmente famosa pelos ventos fortes, todas as classes completaram 10 regatas das 11 previstas (na 49er eram 16). Com um dia de antecipação, a equipe olímpica brasileira se definiu em seis das dez classes que vão estar em Londres. Atuais vice-campeões olímpicos, Robert Scheidt e Bruno Prada disputam os Jogos pela segunda vez seguida na Star. Na prancha RS:X, Ricardo Winicki, o Bimba, e Patrícia Freitas ficaram com a vaga. Na Laser, Bruno Fontes será o representante na Standard e Adriana Kostiw, na Radial. Na Finn, o brasileiro em Londres será Jorge Zarif. A única classe com vaga nas Olimpíadas que não definiu seu representante foi a 470 feminina. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan venceram a Semana de Búzios e empa-


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taram a seletiva com Martine Grael e Isabel Swan, que ficaram em oitavo lugar no Mundial de Perth (AUS). No match race feminino, o Brasil não tem mais chances e as classes 49er (com André Fonseca e Marco Grael) e 470 masculino (com Fabio Pillar e Gustavo Thiesen) ainda buscam as últimas vagas para Londres nos respectivos Mundiais de 2012. Adriana Kostiw foi uma das que esteve perto da perfeição em Búzios, com sete primeiros lugares em 10 provas. “Estou bastante feliz e com sentimento de dever cumprido. Voltar aos Jogos é bastante gratificante. Espero que as meninas façam bonito e ganhem mais medalhas. Agora é treinar bastante e correr os principais campeonatos lá fora para chegar aos 100%”, projeta. Jorge Zarif, com 19 anos, é o mais jovem membro do time olímpico brasileiro e teve nada menos que 100% de vitórias na Semana Brasileira de Vela. “Quero chegar entre os 10 primeiros em Londres e aprender bastante, já que essa experiência será fundamental em 2016. Os estrangeiros estão na nossa frente em desenvolvimento de material e tecnologia, por isso vou fazer vários intercâmbios para ser medalhista”, afirma. “Equipe brasileira é forte”, diz Scheidt - Para o multicampeão Robert Scheidt, a perspectiva para as próximas Olimpíadas são boas. “A equipe brasileira de Vela é muito forte. A mistura de jovens talentos com experientes é importante e pode render medalhas. Vejo o 470 feminino, a gente no Star, o Laser masculino e os RS: X com grandes chances”, revela Robert, veterano de quatro jogos e com quatro medalhas no currículo, sendo duas de ouro. Sobre o favoritismo, Robert Scheidt diz já estar acostumado. “Eu convivo com o favoritismo desde a minha primeira Olimpíada, em 1996. Sei que nós somos os adversários a serem batidos e vamos brigar pelo título na raia de Weymouth. Espero que a organização defina com antecedência onde será a disputa. Vamos treinar bastante para o ouro”, lembra o bicampeão olímpico. O proeiro Bruno Prada salienta que estar bem fisicamente é também fundamental. “O mais importante é chegar inteiro na Olimpíada. O planejamento deve ser intenso sem prejudicar fisicamente. Muitas vezes treinamos demais e chegamos cansados nos eventos. A ideia é estar 100% nos jogos”, diz Prada. A dupla marcou dois treinos em Weymouth, raia dos Jogos de 2012, além da Sail for Gold, em junho na Inglaterra. Na disputa mais interessante da seletiva, na Laser Standard, Bruno Fontes ficou com a vaga após um segundo lugar na primeira regata do penúltimo dia, atrás do carioca Eduardo Couto. Com a vitória na segunda prova da

Ricardo “Bimba” Winicki mostrou por que é um dos windsurfistas mais respeitados do planeta. Venceu com autoridade

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De um lado a experiĂŞncia de Scheidt e Prada, do outro a juventude de Jorge Zarif. Em ambos, o talento da vela brasileira

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ESPECIAL

No Laser, os veteranos Bruno Fontes e Adriana Kostiw (abaixo) levam para Londres força e talento para vencer

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sexta-feira, e os dois terceiros lugares do jovem paulista João Hackerott, o catarinense Fontes respirou aliviado e comemorou a conquista da vaga olímpica depois que viu a jovem promessa paulista chegar a liderar o torneio. “A disputa com o João Hackerott só valorizou minha classificação. Foram dias de regatas bastante apertadas. Meu objetivo é buscar uma medalha em Londres, mas sei que será difícil. Os meus últimos resultados internacionais foram bons”, afirma Fontes, vice-campeão da Semana de Vela de Miami, nos Estados Unidos, em janeiro. O Troféu Princesa Sofia, em Palma de Maiorca, na Espanha, no mês de abril, definirá qual será a dupla de 470 que defenderá o bronze olímpico de Pequim 2008. Fernanda Oliveira e a proeira Ana Barbachan foram campeãs da Semana Brasileira de Vela, vencendo as oito regatas disputadas em Búzios. Como não havia mais chances matemáticas de reverter o resultado, a dupla gaúcha optou por não correr as demais provas programadas. Como Martine Grael e Isabel Swan conquistaram a vaga do país no Mundial de Perth, em dezembro, o desempate será em águas espanholas e quem conseguir o melhor resultado estará na Inglaterra. “Agora vamos focar bastante nos treinamentos. Vamos voltar para a Nova Zelândia no final de fevereiro e até lá vamos fazer treinamentos físicos aqui no Brasil. Pretendemos chegar mais cedo em Palma e treinar bastante na raia de lá”, declara Isabel. Ainda sem vaga olímpica, as classes 49er e 470 masculina podem carimbar o passaporte para a Inglaterra nos mundiais da categoria, em maio. Únicos representantes do país, André “Bochecha” Fonseca e Marco Grael intensificaram os treinamentos para ganhar a vaga na competição de 49er, que será em Zadar (Croácia). Para a categoria restam quatro vagas (12 países já estão confirmados). Já no 470, os líderes do ranking nacional, Fábio Pillar e Gustavo Thiesen, disputam em Barcelona (Espanha) as sete vagas restantes na classe. O 470 masculino tem 20 países confirmados. Mesmo que, na pior das hipóteses, o Brasil só seja representado em sete das dez classes olímpicas no torneio que será disputado na bela raia de Weymouth, no sul da Inglaterra, podemos sonhar com medalhas e com a possibilidade de que a Vela mantenha sua supremacia no Brasil. O esporte que mais medalhas deu ao país, 16 ao todo, continua sendo berço e lar de talentos incomuns e, apesar da pouca popularidade da modalidade entre o público e a grande mídia, a Vela segue sendo um nicho de excelência no desporto olímpico nacional. Que venham os jogos!


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LIVRO

Prima Obra-

O termo que dá título a esta matéria pode ter duas acepções. Tanto o ápice de um fazer artístico quanto, menos comumente, a primeira obra de um artista. Tonico Souza Mello fez sua estreia literária cumprindo os dois objetivos.

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LIVRO

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O livro “Clássicos do Iatismo – Brasil” é uma obra elaborada com a intenção de propiciar aos desportistas, praticantes e amantes da Vela uma visão única acerca da aura dos barcos antigos, baseados em sua alma e nos espíritos aventureiros e aguerridos daqueles que singravam os mares, as baías e as lagoas enfrentando as dificuldades intrínsecas à arte de velejar, seja competindo, passeando ou apenas contemplando o deslizar dos cascos sobre as águas. Tendo como autor Antonio Luiz de Souza Mello Netto, editor da Revista Velejar e Meio Ambiente, arquiteto de formação e velejador e escritor por opção, o livro conta com a verve e a memória do grande campeão olímpico Lars Grael na sua apresentação. No prefácio do já legendário Almirante Gamboa, o velejador descreve como o iatismo teve início no mundo, sua chegada e evolução no Brasil, e fala sobre as embarcações à vela, tipicamente brasileiras, que são verdadeiros patrimônios náuticos para o país. Nos capítulos seguintes, desfilam, catalogados, mais de 40 veleiros clássicos brasileiros, com suas fichas técnicas e histórias e travessias mais importantes, o que

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torna a obra um livro de referência para velejadores e amantes de clássicos e barcos históricos. Sem pretender ser uma “enciclopédia” sobre a vela brasileira e geral, Clássicos do Iatismo, no entanto, aborda de maneira agradável, fiel e lúdica desde o processo de formação do velejar de lazer em si, na Inglaterra do século 17, até a chegada dos primeiros velejadores de prazer ao nosso país. Com a obra, o autor procurou passar ao leitor, da maneira mais fidedigna possível, o que é um veleiro e o que é ser um velejador. Bem como, cronologicamente, ordenou a evolução das embarcações, apresentando suas respectivas origens, utilizações, complexidades e peculiaridades, com um concreto e fundamentado retrospecto do iatismo no cenário histórico brasileiro, abrangendo desde as canoas até os Tall Ships. Finalizando o livro, há uma breve explicação e muitas imagens que ilustram e proporcionam uma ampla dimensão do que são as Regatas de Veleiros Clássicos, que fazem com que mesmo aqueles que nunca velejaram experimentem a emoção dos que, de alguma forma, estão envolvidos com o evento. Uma obra-prima!


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Paraíso AMEAÇADO Em Alagoas, a estonteante beleza das praias atrai turistas do Brasil e do mundo inteiro. Mas a falta de esgotamento sanitário e planejamento ambiental podem trazer terríveis consequências para esta gema ainda cintilante do nordeste brasileiro. IMAGENS E TEXTO_Marcus

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Veras de Faria


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São Miguel dos Milagres, Pratagy e Francês: exemplos diferentes de conservação das praias alagoanas

Em busca das praias mais belas do Brasil, as novas classes sociais que emergiram nos últimos anos deram um enorme impulso à indústria do turismo. As facilidades oferecidas pelas operadoras incluem vendas pelo crediário, o que permite a famílias que jamais tiveram a oportunidade de conhecer o país onde vivem viajar e desfrutar de nossas belezas naturais. No entanto, este crescimento precisa ser ambientalmente sustentável, para que não vejamos a maravilhosa costa brasileira devastada pela ignorância de uns e a irresponsabilidade de outros. O nordeste, destino preferencial da maior parte dos turistas que buscam praias paradisíacas, precisa de uma política ambiental consistente e preventiva. Não adianta remediar: como se pode ver na endêmica poluição da Baía de Guanabara, que não consegue se revitalizar apesar dos bilhões de dólares nela investidos, a melhor política é mesmo a prevenção. Alagoas, com praias para deixar de boca aberta qualquer

especialista mundial em paraíso, tem vários exemplos. Comecemos por São Miguel dos Milagres, a 100 km de Maceió. Antiga vila de pescadores, está hoje cheia de pousadas que formam um circuito gastronômico muito interessante. Com a maré baixa, é possível andar mar adentro e mergulhar nas piscinas naturais. É um belíssimo e tranquilo recanto da Costa dos Corais, mas que não tem esgotamento sanitário. Com seus dejetos tratados com fossas, que em breve terão sua capacidade esgotada, São Miguel dos Milagres necessitará investir em saneamento para manter a sua pureza. Alagoas conta na sua estrutura administrativa com a CASAL – Companhia de Saneamento de Alagoas, cujo foco, durante muitos anos, esteve no abastecimento de água potável no interior. Mas este panorama terá que se modificar, sob pena da degradação ambiental transformar o paraíso em um inferno sem retorno. Já bem nas fronteiras do perímetro urbano de Maceió

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MEIO AMBIENTE

O paraíso está mesmo ao nosso alcance – mas, se não cuidarmos dele, a poluição irá torná-lo um inferno

está a praia de Pratagy, que abriga vários complexos hoteleiros. Aqui já não há a beleza dos corais, mas praias deliciosamente tranquilas, onde o bate-bate das ondas refresca os dias mais calorentos, com o auxílio luxuoso do vento. Como em quase todas as cidades brasileiras, é baixíssimo o nível de residências com esgotamento sanitário em Maceió: apenas 27% da população tem acesso ao sistema coletor de esgotos. A capital alagoana conta com um emissário submarino na praia de Sobral, que recentemente passou por uma reforma, mas qual seu efeito prático, já que cerca de 70% do esgoto da cidade ainda está na era da fossa? Pratagy não sofre com essa questão: o sistema hoteleiro tratou de construir alternativas próprias para não matar a galinha dos ovos de ouro, proporcionando aos turistas brasileiros e estrangeiros a segurança de estar em praias livres da poluição. A questão do lixo também parece estar bem resolvida – é difícil encontrar os resíduos plásti-

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cos que fazem a agonia de destinos mais famosos como Ipanema ou Copacabana, no Rio de Janeiro. Para completar a viagem, veja-se a praia do Francês, uma das mais famosas da região, no município de Marechal Floriano, vizinho à capital alagoana. Frequentada por multidões, esta praia degradou-se a tal ponto que virou alvo de uma ação do Ministério Público Federal. O réu é o ex-prefeito de Marechal Floriano, responsabilizado pelas “línguas negras” formadas por esgotos encontradas pela fiscalização na praia. A autora da ação, a procuradora da República Niedja Kaspary, apontou as consequências dessa poluição: “Traz riscos à saúde da população, ameaça o equilíbrio ecológico do meio ambiente, bem como prejudica a beleza da zona costeira de uma das mais belas cidades e um dos principais pontos turísticos do estado”, explicou. Sim, o paraíso está ao nosso alcance, mas se não cuidarmos dele com o devido respeito ele nos será tirado sem dó nem piedade.


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Etapa do Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha, que teve dois brasileiros na final, garante um espetรกculo de boas ondas e imagens sensacionais na legendรกria Cacimba do Padre.

ONDAS DE NORONHA 80

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O paulista Miguel Pupo, 20 anos, é o novo campeão do Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha (PE). Ele ganhou a final brasileira contra o catarinense Jean da Silva, 27, nos tubos da Cacimba do Padre, e os dois assumiram a dianteira no ranking mundial unificado da ASP, que classifica dez surfistas para o Dream Tour de 2013. Pupo faturou o prêmio máximo de 40 mil dólares e 6.500 pontos, com o vice levando 20 mil dólares e 5.200 pontos. O catarinense Ricardo dos Santos, 21, e o porto-riquenho Brian Toth, 26, perderam nas semifinais e ficaram em terceiro lugar, com cada um recebendo 10 mil dólares e 4.225 pontos na edição comemorativa do 26º aniversário do campeonato mais tradicional da América Latina. “Vencer no Brasil é uma coisa que eu queria muito”, vibrou Miguel Pupo. “Eu já venci duas etapas Prime nos Estados Unidos no ano passado, mas eu queria mostrar que posso vencer em casa também, ainda mais aqui em Fernando de Noronha, pegando altos tubos. Estou feliz também por ter feito a final com o Jean (da Silva). Ele tinha vencido o (Gabriel) Medina ontem, que ficou muito bravo pela derrota. Aí a mãe dele falou que eu tinha que ganhar o campeonato e ganhei, então estou mais amarradão ainda”. O campeão começou a brilhar na Cacimba do Padre na semifinal contra outro catarinense, Ricardo dos Santos. Foi nesta bateria que rolaram as melhores ondas do sábado na Cacimba do Padre. Ricardinho era o único invicto entre os quatro finalistas, mas Miguel Pupo pegou dois tubaços incríveis para estabelecer um novo recorde de 19,77 pontos com uma nota 10 unânime. “A onda era muito perfeita. Eu segurei tudo na hora do drop, depois fui só curtindo o salão e acabei recompensado com a nota máxima. Depois de sair do tubo, fiquei tão relaxado que até fiz um aéreo para completar, para garantir mesmo a nota 10”, contou Miguel, que ganhou confiança para a final após a melhor apresentação da semana nos tubos da Cacimba do Padre. “Eu tenho quase que uma lei dentro de mim: toda vez que eu ganho um 10 na semifinal eu acabo vencendo o campeonato. Eu tinha feito o 10 contra o Ricardinho e sabia que a vitória estava a caminho. Mas o Jean fez um tubão 9,33 e pensei até que o título ia escapar, mas as ondas vieram para mim e consegui uma das vitórias mais importantes da minha carreira”, falou o novo integrante

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FLUIDEZ, RADICALIDADE E MUITA, MUITA ADRENALINA É O QUE GARANTEM AS ONDAS DE VERÃO EM FERNANDO DE NORONHA


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da Galeria dos Campeões do Hang Loose Pro Contest. E o sonho de um bicampeonato inédito em Fernando de Noronha foi adiado mais uma vez. Jean da Silva já venceu o Hang Loose na Cacimba do Padre em 2006, mas não conseguiu repetir o título, apesar de ter surfado o melhor tubo da final. Com notas 8,77 e 7,33 em outros dois canudos nas esquerdas vindas do Morro Dois Irmãos, Miguel Pupo confirmou a vitória na primeira etapa do ASP World Prime de 6.500 pontos da temporada 2012. “Cheguei perto do bi, mas essa bateria foi um pouco complicada porque não vieram muitas ondas boas, infelizmente”, lamentou Jean da Silva. “Mas o Miguel quebrou, pegou duas ondas excelentes, eu só surfei um tubo no mesmo nível e faltou uma nota média (nota 6,77) para mim. Eu corri atrás, mas não deu e parabéns para o Miguel (Pupo), que mereceu a vitória. Estou feliz pelo segundo lugar também, comecei bem a temporada e agora é tentar manter isso nas próximas etapas na Austrália”. Diferente dos finalistas, Ricardo dos Santos confessou que o foco dele não é mais competição, e só quer participar de etapas com ondas boas e tubulares como as de Fernando de Noronha. “Eu quero curtir o máximo que eu posso, viajar, fazer fotos, filmagens, produzir material para as revistas e para o meu patrocinador, mas tem alguns lugares que vou tentar competir mais pelas ondas mesmo e não por pontos em ranking”, disse Ricardinho, que saiu satisfeito com o seu melhor resultado da carreira. “O evento foi excelente, acho que foram as melhores ondas que já surfei aqui em Noronha. Só tenho que agradecer por ter surfado altas ondas nesta semana, tubos e mais tubos, e passar bateria às vezes é uma questão de sorte”, acredita Ricardo. “Tenho certeza que se eu conseguisse sair dos tubos que peguei poderia ter ido para a final, mas desta vez foi o Miguel que achou as melhores ondas para vencer”. Também muito feliz ficou o porto-riquenho Brian Toth pelo terceiro lugar em sua estreia na temporada, começando 2012 em quarto lugar no ranking liderado pelos brasileiros. “Foi um ótimo início de ano. Eu vim para cá sem muitas expectativas e fui até a semifinal, meu melhor resultado aqui em Noronha, então vou festejar muito hoje, tomar umas caipirinhas à noite, já que amanhã não tem mais competição”, disse o único estrangeiro que chegou no sábado decisivo do Hang Loose Pro Contest 2012.

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FINAL DO HANG LOOSE PRO CONTEST 2012: Campeão: Miguel Pupo (BRA) com 16,00 pontos (notas 8,77 e 7,33) - US$ 40.000 e 6.500 pontos Vice-campeão: Jean da Silva (BRA) com 14,00 pontos (notas 9,33 e 4,67) - US$ 20.000 e 5.200 pontos SEMIFINAIS – 3º lugar - US$ 10.000 e 4.225 pontos: 1ª: Miguel Pupo (BRA) 19,77 x 14,53 Ricardo dos Santos (BRA) 2ª: Jean da Silva (BRA) 17,60 x 8,40 Brian Toth (PRI) ASP WORLD RANKING 2012 - 5 etapas: 1: Miguel Pupo (BRA) - 6.500 pontos 2: Jean da Silva (BRA) - 5.200 pontos 3: Ricardo dos Santos (BRA) - 4.611 pontos 4: Brian Toth (PRI) - 4.225 pontos 5: Joan Duru (FRA) - 4.128 pontos


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VIAGEM

Aurora boreal sobre Svolvaer

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As Luzes do Norte

No norte da Noruega, o Arquipélago de Lofoten, cenário da pesca milenar do bacalhau e um verdadeiro paraíso cênico, é palco de um dos mais espetaculares fenômenos naturais observáveis a partir da Terra, a aurora boreal. TEXTO E FOTOS Johnny Mazzilli

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VIAGEM

Aurora Boreal em Hov, Gimsoyland

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Muito já se especulou sobre esse impressionante e misterioso fenômeno natural. Espíritos dos antepassados, dos animais do Ártico, bons e maus presságios dos deuses, espíritos do mal. Cada povo teve, ao longo da história, suas próprias interpretações para as misteriosas luzes bruxuleantes no céu, fenômeno tão belo como misterioso, cujas causas permaneceram insondáveis por milhares de anos. Hoje a ciência sabe bastante a respeito. As auroras boreais são causadas pela atividade solar. Na superfície do sol, erupções gigantescas – ejeções de plasma solar, na linguagem científica – expelem labaredas colossais, com dezenas ou centenas de milhares de quilômetros, cuja temperatura ronda os 20 milhões de graus Celsius. Além de calor, tais erupções mandam para o espaço enorme quantidade de partículas atômicas, como elétrons e prótons, que vagam na forma de radiação solar. A luz solar leva, todos os dias, 8 minutos para chegar ao nosso planeta, viajando a 300.000 km por segundo. Estas partículas são bem menos velozes, e percorrem a mesma distância em três dias, em média. Ao se aproximarem do planeta, colidem com a atmosfera, são dispersas pelo impacto e imediatamente

atraídas de volta pelo magnetismo dos polos terrestres, formando assim anéis em torno das regiões polares. Na reação com os gases da alta atmosfera, é liberada energia luminosa. No norte as auroras são boreais, e no sul, austrais. São muito mais vistas no norte, uma vez que há ocupação humana distribuída até as proximidades do polo norte, enquanto no sul são pouco vistas devido ao fato de que, ao final do continente sul americano, há uma vastidão de águas abertas ao redor do pólo e assim, pouca gente para observá-las. Uma vez observada no norte, está acontecendo igualmente no sul. O que pode fazer a diferença entre vê-las ou não vê-las é o clima, frequentemente encoberto nas regiões polares. Não são vistas exatamente nos polos, porque formam um anel que circunda estas regiões. Mas Lofoten é muito mais do que um ponto de observação privilegiado para a aurora boreal. O Arquipélago é um dos pontos mais antigos de pesca de bacalhau de todos os tempos, morada ancestral de vikings e possui uma situação climática e geográfica únicas. A Corrente do Golfo, que nasce no Golfo do México, tal como um grande rio

No inverno, de novembro a abril, tudo se cobre de branco, as montanhas acumulam quantidades enormes de neve e a paisagem torna-se ainda mais dramática 90

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Svolvaer

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VIAGEM

LOFOTEN CATEDRALEN, EM KABELVAG

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A ENORME ÁGUIA MARINHA SE APROXIMA DE NOSSA EMBARCAÇÃO

Novembro. O sol surge às 10h e se põe às 14h. A lua atravessa o céu rente ao horizonte e desaparece por detrás das montanhas ao redor de Svolvaer

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VIAGEM

Cenário do safári de águias marinhas nos arredores do Trollfjord

dentro do oceano, atravessa o Atlântico e se dispersa na costa da Noruega. Suas águas, muito mais quentes do que as do frio Mar do Norte, deslocam também enormes massas de ar quente, que juntas aquecem toda a região, fazendo de Lofoten o que a ciência classificou de maior anormalidade climática do planeta. O Alaska, por exemplo, encontra-se em latitude semelhante, mas enquanto por lá a temperatura pode atingir facilmente -30ºC no inverno ou ainda mais baixas, em Lofoten ela se mantém próxima de 0ºC. Estas condições únicas tornam as ilhas o destino migratório milenar do Bacalhau do Atlântico, que tem sua principal morada no gélido Mar de Barents, mais ao norte, e que aos sete anos, atinge a maturidade sexual e empreende uma jornada pela costa, rumo ao sul em busca de águas menos frias para a desova. E é nas águas ao redor de Lofoten que ele encontra as condições ideais para se reproduzir. Embora seja pescado também na Groenlândia, Islândia, Rússia e Canadá, em Lofoten o bacalhau alcançou enorme expressão. Como se não bastassem tantos predicados, Lofoten é

um lugar único, um paraíso cênico cuja beleza selvagem encanta navegadores e turistas mais descolados que se aventuram por aquelas paragens. A beleza dos barcos coloridos ancorados nas vilas pesqueiras, a luz quente e oblíqua e os picos pontiagudos dão ao arquipélago uma atmosfera bucólica e marinheira. Grandes picos rochosos em toda parte completam a paisagem eloquente e grandiosa. Uma linha costeira caprichosamente recortada forma uma infinidade de baías, ilhas, istmos e estreitos, que em conjunto permitiram a fixação abrigada do homem defronte a um mar por vezes assustador. Em 1981, um agricultor descobriu alguns cacos de louça, e os primeiros arqueólogos perceberam a importância do achado. As escavações revelaram a maior moradia viking já descoberta, reconstruída e transformada num inusitado museu, o Lofotr, que mantém vivas algumas tradições da época, como a produção de pães, forja de espadas e tecelagem, sempre sob a luz bruxuleante e amarelada de lamparinas alimentadas a óleo de fígado de bacalhau.

Há um milênio, os vikings dominavam a cena. Não conheciam o sal – secavam o bacalhau ao vento frio durante três meses 94

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Prato de bacalhau do Borsen Spiseri, um dos melhores restaurantes das ilhas

Dicas & By yourself Onde Ficar e Comer Henningsvaer Bryggehotel - www.henningsvaer.no Svinoya - www.svinoya.no/en Confortáveis e acolhedores. Gastronomia norueguesa de primeira. Lofoten Golf Links - O campo de golfe mais ao norte do planeta inaugura em breve um resort www.facebook.com/Lofotengolf Turismo nas Ilhas Lofoten - www.lofoten.info

Noruega www.visitnorway.com/us

Quem Leva A Latitudes tem saídas para observação de auroras boreais www.latitudes.com.br

Secagem de bacalhau nos jellers (estruturas de madeira)

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IATE CLUBE

A nova cara do

Yacht Club de Ilhabela Depois de dois anos à frente do YCI, seu Comodoro, o advogado Marco Antonio Fanucchi, chega, em abril próximo, ao final de seu mandato, revelando a nova cara de um dos mais tradicionais clubes náuticos do Brasil. A IATE LIFE foi recebida pelo Comodoro em entrevista exclusiva e mostra o que mudou e qual o futuro do YCI.

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IATE CLUBE

I.L.: E em relação aos eventos? M.A.F.: Continuamos a realizar grandes eventos com grandes parcerias: a semana de vela (Rolex Ilhabela Sailing Week) é um patrimônio do clube, assim como todos os outros eventos de vela (Copa Suzuki e Mitsubishi), o Rali Náutico (Copa Kia Motors) e a temporada de pesca (Espaço Villa Lobos e Siquini Editorial). Importante ressaltar que mantivemos e ampliamos os eventos respeitando o espaço do sócio no clube.

IATE LIFE: Recentemente uma vaga no YCI, para um barco de 80 pés, foi vendida por R$ 450.000,00. Qual sua avaliação deste fato? MARCO ANTONIO FANUCCHI: Realmente o clube está muito valorizado, seja o título patrimonial, sejam as vagas na marina. Creio que soubemos, todos os 18 diretores, colher os frutos do trabalho desenvolvido por meus antecessores, nestes 55 anos de existência do YCI. I.L.: Particularmente em sua gestão o que pode ser destacado? M.A.F.: Resgatamos o corpo associativo, aprendendo a lidar com as diferenças (velejadores, pescadores, lancheiros e sociais) e, dentro do possível, entender uns aos outros. Com isso, com esta união, é que conseguimos retomar a operação do restaurante, implantar uma adega, comprar barcos de apoio e equipamentos novos, abrir um estacionamento em Ilhabela, reformar a subsede do saco do Sombrio, dar atenção aos filhos dos associados com uma nova brinquedoteca, enfim, melhorar os serviços de uma forma geral e, claro, terminar a marina, diga-se de passagem, uma obra sem igual. I.L.: Quem conhece o Yacht Club de Ilhabela realmente viu crescer a marina, mas as instalações da sede darão conta desta demanda? M.A.F.: Temos trabalhado para melhorar as instalações dos flats, da cozinha, da pizzaria, da área social e da náutica como um todo. Dispomos de posto de abastecimento novo, investimos na estação radiocosteira e mantemos um programa permanente de monitoramento ambiental na marina. Buscamos eficiência na administração, implantando uma controladoria, novo sistema de compras e gestão de gastos, treinamento e valorização dos funcionários, enfim, temos cuidado do clube com responsabilidade social, ambiental e financeira.

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I.L.: Qual o grande diferencial do clube, no seu entender? M.A.F.: Hoje, com tantas opções em Ilhabela, nosso clube é uma Ilha dentro da Ilha. Desde a chegada pela subsede de São Sebastião, onde temos um estacionamento e traslado com lanchas para a Ilha, até a saída do arquipélago, pela mesma via, o sócio encontra no clube estrutura completa e autossuficiente para atendêlo. Temos a marina, restaurante, loja de conveniência, flats próprios, etc., sem que ele necessite sair de suas instalações, durante toda sua permanência na Ilhabela, isso sem contar que estamos no centro da Ilha, ao lado do comércio, hotelaria e restaurantes. É claro que para quem deseja aproveitar a Ilha, mantemos a subsede do saco do Sombrio no lado oriental de Ilhabela e, neste verão, fizemos uma parceria com o Siquini Parador, um lugar lindo no sul da Ilha, para que nossos sócios – sem perder a exclusividade – não fiquem limitados à estrutura de nossa sede. I.L.: Finalizando, em sua visão, qual é o futuro do YCI? O senhor continua na Comodoria? M.A.F.: O futuro passa pela nova sede e mais um finger na marina, para chegarmos a 500 sócios (somos 330). Sobre eu continuar Comodoro (risos)... bem, nosso clube é muito democrático e o cargo de Comodoro pertence ao sócio.

Recantos como a própria sede, uma ilha dentro da ilha, e a subsede do saco do Sombrio unem o charme à adrenalina da maior semana de vela da América Latina, no YCI


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CLÁSSICOS

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Lobster L35

Inspirado nos barcos rápidos de pesca de lagosta americanos, esta obra-prima do estaleiro Kalmar reúne as excelentes características de um casco semideslocante a um bom aproveitamento interno, em uma embarcação com o charme e a beleza dos antigos

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CLÁSSICOS

Lobster é um modelo inspirado nos rápidos barcos de pesca de lagosta da região do estado do Maine, costa leste americana. Originário do período antecessor à Segunda Guerra Mundial, possui elegância, rapidez e suavidade ao navegar. Com essas características, além de ser indicado para a pesca esportiva, tornou-se uma das opções mais requisitadas também para o lazer. O estaleiro Kalmar, de Itajaí-SC, é conhecido por fabricar embarcações únicas feitas em madeira de excelente qualidade, em um processo de construção primoroso envolvendo técnicas modernas de marcenaria naval. Entre os barcos que fazem parte do seu portfólio estão o Lobster L35 e o seu mais recente lançamento: o Lobster L35 Sport, voltado para a pesca esportiva. Nesta configuração, o L35 possui mais espaço na praça de popa por conta de sua cabine ser reduzida. O foco da versão Sport é a área social, por isso possui melhor integração da praça com o salão e com o deck, que ficou mais arejado e com fácil acesso para transitar. A maior diferença entre o L35 e o L35 Sport fica por conta do novo layout e maior área externa, que nesta nova versão possui apenas uma cama de casal, banheiro e cozinha, antes integrada ao salão. Também há uma alteração estética no casco, que ficou

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CHARME

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com a popa mais arredondada e ganhou um ar mais clássico. Fora essas alterações, o Lobster continua com um andamento suave e uma notável economia de combustível. Destinado à pesca esportiva, o Lobster Sport não deixa nada a desejar no quesito lazer. Ele possui motor diesel de 300 HP, tendo como principais vantagens a leveza, o bom aproveitamento do espaço interno e a cabine fechada. Ele se diferencia de outros barcos disponíveis no mercado por apresentar maior conforto ao navegar e economia, devido a seu casco semideslocante, ao contrário dos cascos em “V”. No quesito passeio, este clássico-moderno também se destaca. É amplo, possui deck espaçoso, é muito estável e além de tudo é elegante. É ideal para um passeio em família, podendo tranquilamente enfrentar um mar mais revolto sem os solavancos, batidas e movimentos bruscos comuns em lanchas do mesmo porte. “O preciosismo da construção vai desde a estrutura até o acabamento. A qualidade Kalmar é vista em todos os detalhes e não se compara com os barcos similares existentes no mercado”, conta Lorena Kreuger, diretora do estaleiro. A diretora revela ainda que outro diferencial da embarcação é ser totalmente construída com madeira laminada e poder ser inteiramente personalizada pelo dono, exclusividades oferecidas pelo estaleiro.

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REGATA

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VOLVO OCEAN RACE

©DIVULGAÇÃO/ VOR

NA REGATA DE VOLTA AO MUNDO, O TIME QUE TEM OS ÚNICOS BRASILEIROS DA REGATA, JOCA SIGNORINI, VELEJANDO COMO CAPITÃO DE TURNO, E HORÁCIO CARABELLI, O DIRETOR TÉCNICO, MANTEVE OS 100% DE APROVEITAMENTO NA CHINA.

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REGATA

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O

s espanhóis do Telefónica confirmaram o favoritismo e mantiveram os 100% nas três pernas disputadas da Volvo Ocean Race 2011/2012. A tripulação, que conta com o brasileiro Joca Signorini a bordo, completou o percurso de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) até Sanya (China) – 4.600 milhas náuticas – em 12 dias, 19 h e 58 min. Em segundo chegou o Groupama, seguido por Camper, Puma e Abu Dhabi. O Sanya só chegou “em casa” um dia depois. O resultado, além de ampliar a liderança do barco azul no campeonato, é histórico. Desde a edição 1989/1990, ainda chamada de Whitbread, um barco não vencia as três primeiras etapas. Com a chegada na China o Telefónica abriu 15 pontos de vantagem para o segundo colocado, o Camper, de bandeira espanhola e neozelandesa. “A chave desta vitória foi manter a ponta e não deixar os adversários nos ultrapassarem nas milhas finais. O barco esteve 100%”, explicou Iker Martínez. Já o brasileiro Joca Signorini comemorou mais um triunfo em grande estilo. “É excelente ter vencido as três primeiras etapas. A disputa foi muito apertada, o que valoriza nossa conquista. O Estreito de Málaca foi o trecho mais complicado com muitos barcos de pesca para nos atrapalhar. Foi perigoso em algumas ocasiões, mas estamos felizes”, relatou o brasileiro, que acabou de ser pai e recebeu a notícia em pleno oceano, entre a China e a Nova Zelândia, já na quarta etapa da regata. Apenas duas semanas depois do triunfo histórico no balneário do sul da China, o Telefónica mostrou por que é o líder da Volvo Ocean Race. O time espanhol se recuperou de um contratempo durante a semana an-

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REGATA

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Alô liderança! Como se não bastassem os triunfos oceânicos, o Telefónica ainda venceu a regata inport em Sanya

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REGATA

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terior, treinou menos do que os rivais e, ainda assim, dominou a Regata de Porto de Sanya. Com o resultado, ampliou para 18 pontos a vantagem na liderança da regata de volta ao mundo, com 101 pontos, contra 83 do vice-líder Camper. “A parte tática fez diferença hoje. Estávamos sempre no lugar certo para as pernas de contravento e chegamos em primeiro lugar em todas as pernas de vento a favor. Mesmo que nossas manobras não tenham funcionado tão bem, nossa leitura da raia esteve sempre certa”, comemorou Iker Martinez, campeão olímpico que comanda a equipe espanhola. As condições na baia de Sanya, no sul da China, estavam perfeitas. As águas estavam calmas, com poucas ondas, e os ventos oscilaram na casa dos 20 nós. Com a ajuda do sol, o público chinês aproveitou para prestigiar a prova. Foi a segunda vitória espanhola em quatro regatas de porto. O time venceu, também, as três pernas oceânicas disputadas. Em segundo lugar neste sábado ficou o Puma, do comandante Ken Read. O time é quarto colocado na classificação geral, agora com 53 pontos, e comemorou bastante os cincos pontos conquistados em Sanya – o primeiro lugar valeu seis. “Em uma flotilha tão disputada como essa, segundo lugar é muito bom”, diz Read. Quem não teve muitos motivos para celebrar foi o vicelíder Camper. O time chegou em último lugar à primeira boia e teve de fazer uma regata de recuperação. Terminou em quarto e, agora, aposta todas as suas fichas na quarta etapa, onde os veleiros partiram de Sanya e vão até Auckland (5.200 milhas náuticas), na Nova Zelândia. Logo de cara, as tripulações sofreram com ventos de nordeste entre 35 e 40 nós, considerados muito fortes, além das ondas altas do estreito de Luzon. E a saga dos circumnavegadores continua... Estamos de olho!

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NOVOS BARCOS

SESSA FLY 45 O melhor dos mundos. Modelo de 45 pés oferece em um só iate as vantagens de uma Open, em suas formas e performance, com as características de uma Fly, com amplo espaço e conforto.

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NOVOS BARCOS

VERSATILIDADE! CONFORTO E ELEGÂNCIA NA CABINE PRINCIPAL UNIDOS À PERFORMANCE E CONFIABILIDADE DO CASCO

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Fly 45 é um iate perfeitamente alinhado às novas tendências de buscar cada vez mais produtos híbridos, que unem beleza e conforto, assim como já se observa em automóveis, na moda e na arquitetura. É exatamente isso que a nova joia da Sessa, conceito exclusivo do designer Christian Grande, oferece: a união perfeita de conforto e design com esportividade e praticidade, com tecnologia de ponta para atender uma clientela cada vez mais cosmopolita e refinada. Um iate feito para os verdadeiros navegadores, com uma resposta para todas as suas necessidades, com equilíbrio perfeito entre os espaços internos e externos, linhas ousadas e formas milimetricamente esculpidas. Essa é a primeira embarcação de 45 pés com três cabines muito confortáveis, com banheiros bem equipados com duchas individuais, cozinha espaçosa e ergonômica, área de living bem iluminada e um Fly que acomoda confortavelmente de oito a dez pessoas (16,5 m2). A Sessa tem grande experiência na produção de barcos de porte médio, por isso desenvolveu uma habilidade incrível de otimizar todo o espaço disponível a bordo e uma sensibilidade aguçada para a importância dos detalhes. A decisão de trazer a cozinha para o deck superior, em um espaço perfeitamente delineado por cores que permitem uma integração visual do iate, permitiu que se

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NOVOS BARCOS

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NA POPA, NA CABINE DO PROPRIETÁRIO OU NO ESPAÇOSO FLYBRIDGE, TUDO NA SESSA FLY 45 É CUIDADO AOS DETALHES abrisse espaço para três cabines, equipadas com camas de casal e dois banheiros com chuveiros individuais abaixo do deck. A popa, altamente prática, é desenhada para proteger a privacidade. A Sessa demonstra toda a sua habilidade de inovação novamente na popa do barco, que rememora a arquitetura dos Super Yachts, através de uma grande “janela para o mar”, com uma cobertura leve que protege os passageiros tanto do frio como dos olhares curiosos, permitindo a experiência de jantar ao ar livre sem atrair atenção indesejada. Na área do Fly, a otimização total do espaço proporcionou a instalação de uma mesa e um sofá de canto que acomodam de oito a dez pessoas (além dos passageiros na pilotagem do iate) e, ainda, armários de cozinha e uma cadeira à esquerda da poltrona do piloto, que, quando necessário, pode ser utilizada para aumentar o espaço do solário na proa do Fly. Com 100% de qualidade e tecnologia, a Fly 45 é o sétimo barco da Sessa Marine a contar com sistema IPS de pilotagem, definitivamente algo incomum nesse tipo de embarcação. Esta lancha, ou iate, se preferir, é um produto tecnologicamente maduro, que concentra toda a experiência acumulada ao longo dos anos pelo estaleiro, tanto no design do casco e distribuição dos volumes internos quanto na escolha de materiais e acabamento. Um barco para poucos.

Especificações Comprimento total: 14,27 m Boca: 4,38 m Calado: 1,10 cm Passageiros: 12 Cabines: 3 Banheiros: 2 Peso sem carga: 17,4 t Tanque de água: 560 l Motorização: 2 x Volvo IPS 600 Combustível: 2 x 636 l Projeto: Sessa e Christian Grande

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NOVOS PROJETOS

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Superlativa!

A volta do designer Luiz de Basto ao Brasil, em nova parceria com a Intermarine, rendeu uma 65 pĂŠs de sonho. Iate Life mostra para vocĂŞ.

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NOVOS PROJETOS

TUDO LINDO, TUDO AMPLO: FLYBRIDGE, SALÃO PRINCIPAL E POSTO DE COMANDO

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Intermarine, um dos líderes em embarcações de luxo no país, apresentou a Intermarine 65, mais um barco da sua nova linha de produtos, no São Paulo Boat Show em outubro passado. O modelo havia sido pré-lançado no Rio Boat Show 2011. Excelente performance, muito espaço, design original e o interior sofisticado e contemporâneo caracterizam a nova 65, única embarcação da categoria no mundo a oferecer quatro confortáveis cabines, sem beliches. Um dos maiores modelos da nova linha Intermarine, é um barco indicado tanto para quem gosta de viajar e dormir a bordo quanto para quem gosta de reunir família e amigos para passeios e celebrações. A 65 acomoda confortavelmente 15 pessoas no flybridge e 16 pessoas no salão. Leva até 23 pessoas em passeio. Acomoda oito pessoas em duas suítes e dois camarotes, além de dois tripulantes. E com tudo isso, a performance do novo barco, que pode chegar a 34 nós de velocidade

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máxima, ainda deve ser um dos seus destaques. O design do novo modelo, projetado pelo estúdio Luiz de Basto Designs, mescla a suavidade das linhas orgânicas das amplas janelas a detalhes que expressam toda a força da embarcação, como as esportivas entradas de ar em aço inox e a targa do flybridge, de presença marcante. As grandes áreas envidraçadas da 65, além de trazerem muita luz natural para seu interior, permitem admirar o mar através de sua mais bela perspectiva. O contraste ente tons claros e escuros do mobiliário torna os ambientes leves e aconchegantes. A 65 leva produtos da italiana Missoni Home na sua decoração, projetada por Karol de Paula, da Intermarine. É uma parceria entre as duas marcas e agora todos os barcos do estaleiro podem ser decorados com esses produtos se os clientes assim desejarem. O EXTERIOR O flybridge da nova 65 é grande e confortável, com dois solários, um amplo sofá e mesa para refeições. E pode ter parte do seu layout definido pelo proprietário ao enco-


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NOVOS PROJETOS

BELEZA INTERIOR. A ELEGÂNCIA NA DECORAÇÃO É MARCA REGISTRADA DO ESTALEIRO mendar um exemplar do barco. E outro solário para três pessoas pode ser desfrutado na proa. A plataforma de popa possui dois metros de comprimento, é equipada com passarela de desembarque, lift hidráulico – que a leva abaixo do nível da água, servindo como uma praia particular a bordo e para içar bote ou jet-ski com facilidade – e gourmet center com churrasqueira, pia e espaço para preparo de alimentos. A praça de popa conta com um confortável sofá, mesa para refeições, cooler e diversos compartimentos para armazenagem. Acessada também pela popa, a cabine de marinheiros acomoda dois tripulantes e possui banheiro privativo. O INTERIOR O salão da nova 65 divide-se em sala de estar, sala de jantar, cozinha e posto de comando. As amplas janelas tornam o ambiente iluminado e proporcionam perfeita integração com o mar. A cozinha da 65 é especial. Integrada ao salão e totalmente equipada, ela está ao lado da elegante sala de jantar e também possui ampla vista para o mar.

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No deck inferior, a suíte máster, localizada à meia nau, ocupa toda a largura da embarcação. Com cama queensize e grandes janelas, é um ambiente privilegiado, com um banheiro especial. O vaso sanitário fica em uma área isolada. O boxe é separado e fechado. E a imensa janela sobre a pia oferece uma vista sem igual para o mar. A suíte vip da 65, localizada na proa, possui cama de casal, amplas janelas com vista para o mar e seu banheiro com box fechado é elegante e funcional. O camarote de hóspedes de boreste (à direita) da 65 possui duas confortáveis camas de solteiro, amplos armários, e dá acesso direto ao elegante banheiro, com box fechado, também acessível pelo corredor do deck inferior. Igualmente sofisticado, o camarote de hóspedes de bombordo (à esquerda) possui amplo armário e duas camas de solteiro, perfeitas para momentos de descanso. E tudo isso é empurrado por dois motores de 1200 hp cada, que devem levar a nova Intermarine 65 a 34 nós de velocidade máxima e a 30 nós de velocidade de cruzeiro, com excelente navegabilidade e conforto absoluto. Um barco superlativo.


Características técnicas Comprimento total com púlpito: 21,1 m (69’ 22”) Boca máxima: 5,20 m (17’ 06”) Calado máximo: 1,60 m (5’ 24”) Deslocamento vazio: 32 t Velocidade máxima: 34 nós (cruzeiro: 30 nós) Tanque de combustível: 3740 l Tanque de água: 1000 l Motorização: 2 x 1200 hp Capacidade máxima de passageiros: 23 Cabines: 4 + 1 (8 + 2 leitos) Projeto: Luiz de Basto Designs

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GASTRONOMIA

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CHEZ NOUS À

PARIS

No Brasil é moda chefs de cozinha abrirem as portas de suas casas para oferecer jantares temáticos. Há pelo menos uma dezena de projetos assim em São Paulo. Na França, porém, é praxe convidar para casa apenas amigos íntimos. Basta conhecer um pouco da cultura do país para se perceber isso. POR_Alexandre Staut

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GASTRONOMIA

que menos se podia imaginar é que a ideia pegaria naquele país, e que brasileiros transformariam a ideia em moda entre gourmets. O Chez Nous Chez Vous, restaurante parisiense do casal de brasileiros Celia Miranda Mattos e Gustavo Dalla Colletta Mattos veio provar que jantares assim podem muito bem funcionar por lá. O restaurante, já citado no New York Times como um dos melhores “lugares secretos” de Paris, recebe clientes de todas as partes do mundo. A dupla de mestrescucas alcançou sucesso com o conceito gastronômico, em um restaurante dentro de casa, no elegante 15ème arrondissement, uma casa criada para um público exigente, de bom gosto e que gosta de exclusividade, conforme conta Celia. “A visibilidade veio com a publicação da matéria no New York Times, depois republicada no Le Figaro, mas, antes disso, a casa já vinha arrebatando fãs na capital francesa. Sem que recebêssemos qualquer celebridade internacional”, diz a chef.

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A ideia surgiu quando o casal resolveu unir talheres para criar um novo conceito culinário na cidade luz, abrindo a casa para convivas há quatro anos. O charme do simpático sotaque brasileiro aplicado à gastronomia francesa conquistou a cidade de imediato. Ela, professora de inglês, e ele, publicitário, se formaram na escola Cordon Bleu. Gustavo já trabalhou na Maison Blanche e Celia no Apicius, de JeanPierre Vigato e Luc Besson. Com tanta bagagem, era de se esperar que o sucesso viesse entre um público exigente. O projeto funciona num apartamento da rua SaintCharles, com vista para a Torre Eiffel. Estamos falando de um restaurante sem cara de restaurante, concebido para ser uma extensão da casa da dupla. O conceito é explícito já no nome, Chez Nous Chez Vous, como diz a chef. “Decidimos comprar este apartamento em 2006, pois achamos que pagar aluguel era um desperdício. Saímos à procura de um lugar que fosse legal e que mantivesse um charme com nosso jeito. Encontramos esta casa e nos apaixonamos de cara. Amor à primeira vista”, conta Celia. A dupla recebe de um a dez comensais por dia, com hora



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marcada. Os interessados pagam entre 100 e 120 euros, podem levar a própria bebida e têm a chance de participar da preparação do cardápio, que varia de acordo com os produtos da estação. Celia diz que a ideia é que os clientes participem da criação dos pratos. “Oferecemos até mesmo um passeio pela feira da região, para escolha dos ingredientes. Temos na rua uma quitanda, três açougues, sendo que um deles é especializado em aves e caça. Ainda há padarias, lojas de chocolate, floricultura, casas de queijos e vinhos, supermercados e uma feira incrível, que acontece todas as terças e sextas. Em um passeio por ali, não se tem dúvida de que se está mesmo em Paris. Ainda mais quando olhamos da janela e contemplamos a maravilhosa Torre Eiffel, sempre nos espionando”, diz a chef. O ambiente interno dá o tempero ao projeto. A decoração é assinada pela arquiteta Márcia Jardim, que também realizou a cozinha dos sonhos da dupla, idealizada pelo amigo e construtor Alfredo Brandi. Móveis de Philippe Starck, uma seleção especial de DVDs e uma biblioteca criam o clima “doce lar”. “Alfredo nos inspirou a fazer uma

cozinha aberta para a sala. Sempre que ele nos visitava com sua família no antigo apartamento, ficávamos separados, pois a cozinha era minúscula e não era integrada. Ele nos fez um desenho, e adoramos. Passamos a obra para Márcia Jardim, que nos ajudou plenamente e, seis meses depois, estava pronta a cozinha com que tanto sonhávamos. Gastamos muito, e nada mais justo do que querer ganhar dinheiro com ela. Foi daí que nasceu o projeto”. O diplomata Hermano Telles Ribeiro, Isabel Villa-Lobos, a estilista Alessa Migani, o ex-ministro Rubens Ricupero, Guilherme Leal, um dos fundadores e sócios da Natura, e família, entre outros, são assíduos do endereço. A grande novidade agora é que a dupla pretende trazer a marca que criaram na França para o Brasil, onde devem abrir uma filial até 2013. “Ainda não sabemos como vai ser o conceito, se criamos o restaurante dentro de um apartamento. Uma coisa é certa: pretendemos aproximar o público amante de gastronomia da cozinha, para que participem das etapas da criação de um jantar agradável”, diz ela. www.cheznouschezvous.com.br

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Claudemir Siquini marketing@siquini.com.br EDITOR Murillo Novaes

murillo@siquini.com.br DIREÇÃO DE ARTE Dushka Tanaka

dushka29@me.com COLABORADORES Alexandre Staut, Johnny Mazzilli e Waldyr Andrade Filho (texto), Cacau Peters (consultoria), Grethel Schulz (consumo), Christina Ostergren (tradução), Rosanne Woelz (Reino Unido), Carlo Walhof (design), Talita Denardi (revisão) DIRETORIA COMERCIAL

Kátia Ravagnani * kaka@siquini.com.br GERENTE DE NEGÓCIO

Edison Dias Rodrigues EXECUTIVA DE CONTAS

Cristina Garcia COORDENADOR GRÁFICO

Claudio Siquini CIRCULAÇÃO

Rogério Martins * rogerio@siquini.com.br ASSCONT AUDITORES S/S Tiragem: 10.000 exemplares Impressão: Ipsis

A revista IATE LIFE é uma publicação da Siquini Editorial e Eventhos Ltda. Todos os direitos reservados. É proibida sua reprodução total ou parcial. Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios e mensagens publicitárias que estão incluídos nesta edição.

© KURT ARRIGO/ROLEX

SIQUINI EDITORIAL E EVENTHOS LTDA. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 479 Jd. Paulistano * SP * Tel. 55 11 3063-2901 www.siquini.com.br

O VO70 de Abu Dhabi, Azzam, na regata de volta ao mundo.


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