REVISTA OFICIAL DO YACHT CLUB DE ILHABELA
IATElife R$ 26,00
Vela • Motor • Waterboards • Mergulho • Pesca Esportiva
www.institutosierra.com.br Empresa amiga dos animais
Foto: Renato Elkis
FOTO MARCOS MÉNDEZ / PPRESS
YACHT CLUB DE ILHABELA
COMODORIA COMODORO JOSÉ YUNES VICE-COMODORO SERGIO CANESTRELLI
DIRETORIA BAR E RESTAURANTES WALTER R. SANCHES PINTO FINANCEIRO ENRIQUE MANUBENS JURÍDICO AUGUSTO AZAMBUJA FILHO MANUTENÇÃO E SEDE IVAN LOPES DA SILVA MARKETING DIEGO ZARAGOZA NÁUTICO ALZIMAR TENES OUVIDORIA ÁLVARO LEMOS RADIOCOMUNICAÇÃO MARCUS VINICIUS ASSUMPÇÃO LOPES RALLYE OLDEMAR SANTOS FILHO SOCIAL LAÉRCIO NILTON FARINA SECRETÁRIO, ADMINISTRATIVO E DE PLANEJAMENTO JOSÉ ROMARIZ SUBSEDES SÃO SEBASTIÃO E SOMBRIO DIRK KIRSCHSTEIN SUPRIMENTO IBRAHIM SALAMON SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE JULIO CARDOSO VELA CARLOS EDUARDO DE SOUZA E SILVA
CONSELHO DELIBERATIVO PRESIDENTE MARCO ANTONIO FANUCCHI VICE PRESIDENTE ALZIMAR TENES WWW.YCI.COM.BR
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SUMÁRIO
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34 Palavras
Santiago Lange conta um pouco de sua vitoriosa trajetória na vela internacional
40 Livro
João Lara Mesquita narra a dramática história de seu naufrágio antártico no Mar Sem Fim
80 Tecnologia
O renascimento hi-tech do Gunboat 66 Phaedo
46 Regata
90 Kite
58 Regata
94 Motonáutica
Rolex Middle Sea Race, o grande desafio da vela de oceano mediterrânea Copa Suzuki Jimny chega ao final da temporada em Ilhabela
64 Novos
Barcos
A nova Intermarine 80, luxo e desempenho em águas brasileiras
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Expedição
O cruzeiro Australis e sua visão única de exploração e conforto na Patagônia
Club Med Sailing Week celebra o Brasileiro de Kite Race A temporada 2014 da Class 1, a F-1 das águas, chega ao seu epílogo
100 Novos
Projetos
Aguz Cat 55 um novo conceito de conforto e sustentabilidade
106 Viagem
Portofino, a joia mais brilhante da costa italiana
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migo leitor, eis que chegamos a mais um final de ano e já começamos a nos preparar para o vindouro verão, a estação que, por excelência, deixa todos os amantes do universo náutico mais entusiasmados e enche de alegria nosso querido Yacht Club de Ilhabela. Este ano foi marcante em muitos aspectos da vida nacional – tivemos Copa e eleições no país – e da existência de nossa aprazível ilha de prazer, nosso clube na não menos deleitosa Ilhabela. Tenho orgulho de, com minha diretoria, conseguir elevar ainda mais o já alto nível do YCI. Foi um ano de realizações e consolidação de alguns compromissos, dentre os quais se destacam os projetos da construção da nova sede e do píer na subsede de São Sebastião, que servirá de ancoradouro para a travessia de barco de São Sebastião, Ilhabela e São Sebastião. No entanto, 2014 ainda não terminou. E, mesmo que já possamos vislumbrar as luzes do Natal e ouvir o espocar dos fogos do réveillon, alguns eventos caminham para seu termo e movimentam a parte esportiva do clube e da ilha: nosso torneio anual de pesca, cumprindo importantes etapas; o torneio anual de vela, o Circuito Ilhabela, chega à 14a edição batizado de Copa Suzuki Jimny, alcançando repercussão nacional; além de algumas regatas a serem corridas, entre elas a famosa Volta à Ilha – Sir Peter Blake. Nas páginas desta Iate Life 45 você acompanha, em belíssima matéria, como está a classificação atual e o que ainda está por vir nesse circuito que reúne alguns dos melhores velejadores do país. E, por falar em vela, trazemos ainda outras histórias excelentes, como a do Circuito Rio, que come-
ça com a tradicionalíssima regata Santos-Rio, e a da supercharmosa e sofisticada Rolex Middle Sea Race, a prova que reúne a nata da vela europeia em um percurso de sonho ao redor da Sicília e das ilhas do sul da península italiana. Mais uma vez, você, leitor, acompanha aqui com exclusividade a F-1 da motonáutica, a Class 1, que, com suas lanchas velocíssimas, aportou na Itália em mais um Grande Prêmio de muita adrenalina. Já que estamos falando da “bota”, na seção de viagens, você vai conhecer mais um pouco do charme inesgotável de Portofino. Para seguir no tema da sofisticação, temos os barcos de sonho que vão povoar o imaginário de muita gente: a recém-lançada Intermarine 80 e o novo projeto da Aguz Marine, um incrível catamarã de 55 pés. Ressaltamos também, entre os multicascos, as exclusivas fotos de Richard Langdom e a história do renascimento do Gunboat 55 Phaedo, um barco que honra o seu nome de batismo. Na seção de livros, trazemos a incrível história do Mar Sem Fim, de João Lara Mesquita, que naufragou e foi resgatado nas águas geladas da Antártica. Ainda no frio austral, em Expedição, nosso editor, Murillo Novaes, conta a experiência única de conhecer a Patagônia no cruzeiro Australis, um navio que é também um barco de expedição e exploração. Para finalizar em grande estilo, uma olhadinha nas excelentes fotos da exposição de Mario Barila, nosso sócio do clube, que traduzem com poesia e beleza o melhor da Ilhabela, e uma boa leitura na entrevista de Santiago Lange, uma lenda viva da vela argentina e mundial, vão deixá-lo com vontade de muito mais, tenho certeza. Uma boa leitura e boas festas!
José Yunes COMODORO YACHT CLUB DE ILHABELA
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FOTO ARQUIVO PESSOAL
IATE LIFE PALAVRA DO COMODORO
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1. Abotoaduras Double Knot de prata de lei, Tiffany & Co. Tel. (11) 3552-5200. 2. Instrumentos de escrita de resina preta preciosa e banhados de ouro vermelho, com pena de ouro Au750, coleção Meisterstück 90 anos, Montblanc. A marca apresenta desde a excelência da caneta-tinteiro 149, a versão Classique e as canetas-tinteiros LeGrand até os modelos rollerball e esferográfica. Tel. (11) 3552-8000. 3. Relógio Malte, Vacheron Constantin, com caixa de ouro branco 18k com 36,7 x 47,6 mm. As horas, minutos e pequenos segundos são constantemente impulsionados pelo Calibre 4400, que pode ser admirado através do verso transparente. Vacheron Constantin, em São Paulo, na Frattina e na Dryzun; no Rio de Janeiro, na Sara Joias. 4. Relógio Gouverneur da coleção Black Tie, Piaget.
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A caixa da peça é de ouro rosé 18k e o verso de cristal safira. O mostrador exibe horas, minutos, data (às 6h), segundo fuso horário (às 9h)e cronógrafo de 30 minutos (às 3h). O movimento mecânico automático ultrafino cronográfico flyback apresenta o calibre 882P. O modelo oferece cerca de 50 horas de reserva de marcha. www.piaget.com. 5. Abotoaduras Engineturned de prata de lei, Tiffany & Co. Tel. (11) 35525200. 6. Abotoaduras da coleção Meisterstück 90 anos Montblanc. Tel. (11) 3552-8000. 7. Altiplano 38 mm 900P, o relógio mecânico mais fino do mundo. Foi lançado este ano em comemoração do 140º aniversário da marca. De ouro branco 18k, conta com marcador de horas e minutos e pequeno mostrador às 10h. Piaget. www.piaget.com.
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ACERVO BLACK-TIE
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1. Barbeador Braun CoolTec CT2s. Com tecnologia que resfria automaticamente a pele durante o barbear. Pode ser usado com a pele seca ou molhada. Drogaria Iguatemi. Tel. (11) 3032-8626. 2. Perfume Gentlemen Only Intense, Givenchy. Uma fragrância sedutora e amadeirada para homens modernos e elegantes. www. sephora.com.br. 3. Perfume Ambre Noir, Yves Rocher. Os aromas do patchuli e do vetiver se misturam à sutileza do cedro e do frescor da lavanda, compondo uma fra-
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grância amadeirada especial. SAC (11) 3087-5999. 4. Perfume L’Homme Ideal, Guerlain. O lançamento é um aroma amadeirado aromático. Nas notas de saída, sinta notas cítricas, alecrim e flor de laranjeira; no coração, amêndoa e fava tonka; na base, fique com as notas de couro, cedro e vetiver. www. sephora.com.br. 5. Linha Clinique For Men. Produtos de skin care: limpeza, hidratação, esfoliação, produtos de barbear e outros itens. Fácil de usar, a linha foi especificamente desenhada para
atender às necessidades únicas dos homens. Aqui temos o Antiperspirant Deodorant, que é um desodorante livre de fragrância com proteção máxima contra o suor e odor. E a Moisturizing Lotion, loção hidratante com fórmula leve que controla a oleosidade para uma pele matte, livre de brilho excessivo e com uma super -hidratação. SAC 0800 892 1694. 6. Xampu Silver L’Oréal Professionnel. Elimina os reflexos amarelados reavivando o brilho dos fios grisalhos. SAC 0800 701 7237.
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ELEMENTO-SURPRESA
SGDesign
Agora a classe e o sabor do Rosa Rosarum vão até seu evento.
Estamos colocando à sua disposição o nosso serviço de catering, que vai levar até você a experiência, a gastronomia e o atendimento impecáveis do Rosa Rosarum.
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O seu evento
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1. Óculos modelo Santos Dumont, com detalhe de couro, Cartier para Go Eyewear. Tel. (11) 40969640. 2. Pulseira, Tiffany Atlas ™ de prata, Tiffany & Co. Tel. (11) 3552-5200. 3. Pingente chapado de prata de lei com a inscrição do ano que a Tiffany foi criada na cidade de Nova York, com um cordão de contas de 61 cm, da coleção Tiffany 1837™. Tel. (11) 3552-5200. 4. Relógio Huracan com movimento quartz, cronógrafo, calendário, taquímetro, caixa de aço e pulseira de couro, Dryzun. Tel. 0300 11 50 100. 5. Bolsa Gardena de couro macio com bastante espaço interno, Bottega Veneta. Tel. (11) 3047-5757. 6. Carteira de couro com textura feita à mão, Bottega Veneta. Tel. (11) 3047-5757. 7. Pulseira de couro com detalhes de aço da coleção Meisterstück 90 anos,
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Montblanc. Tel. (11) 3552-8000. 8. Relógio HS ID Pilot Chrono com caixa de PVD preta, mostrador preto e pulseira de couro. A coleção é inspirada nos aviões militares dos anos 1940 e nos relógios dos pilotos. O movimento é a quartzo e a caixa possui 42 mm. H. Stern. www.hstern.com.br. 9. Óculos, Bottega Veneta na Safilo. SAC 0800.701.2097. 10. Mala em verde intenso e com detalhes em couro natural em tom de amarelo, da edição limitada Bossa Nova, Rimowa. A linha foi inspirada na artista e botânica britânica Margaret Mee e tem venda exclusiva no Brasil até outubro, quando começará a ser exportada para o resto do mundo. Parte da renda mundial será revertida para projeto socioambiental na Amazônia. www.rimowashop.com.br.
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EXPERTS
IATE LIFE RELÓGIO JUST IN TIME
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Grande Reverso Ultra Thin 1931 de ouro rosé 18K com mostrador chocolate, Jaeger-LeCoultre. Tem movimento mecânico de corda automática e 45 horas de reserva de marcha. A pulseira é de couro de crocodilo fosco; já a segunda pulseira, de couro de Córdova, feita manualmente nos ateliês da Casa Fagliano, se distingue pela elegante maleabilidade. Tel. (11) 3152-6640
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IATE LIFE JEANS 1
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JOGUE COM O LOOK TOTAL JEANS, UNIFORME URBANO COM PEÇAS DE TONS DE AZUL E LAVAGENS DIFERENTES Look da marca Zapälla
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FOTO: DIVULGAÇÃO/ ZAPÄLLA
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Fique de olho: nem só de calça jeans vive o closet do homem. Camisas, jaquetas, blazers, casacos e até acessórios como tênis, mochila, boné e pulseira de relógio ocupam o seu espaço. O jeans pode ser branco, negro, colorido ou azul (todos os tipos de azul são possíveis). Infinitas lavagens, tingimentos, desgaste, rasgos, clareamentos localizados, além das marcas de bigode, as que simulam as marcas do tempo na peça nova, são usados de forma criativa para atender à incrível demanda de novidades do mercado. Você
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encontra jeans leve para a meia-estação ou mais pesado para o inverno, com modelagem bem jovem ou até com contornos de alfaiataria masculina. 1. Calça escura com desgaste pontual, Damyller. SAC 0800 484700. 2. Camisa, Noir. SAC 0300 770 2727. 3. Camisa, Mandi. Tel. (11) 3024-4229. 4. Camisa, Zapälla. Tel. (11) 3152-6226. 5. Jaqueta, Diesel, no site Farfetch. www.farfetch.com.br. 6. Camisa, Tommy Hilfiger. Tel. (11) 3816-0506. 7. Calça, Nautica. SAC (11) 3825-6499. 8. Camisa, Etiqueta Negra. Tel. (11) 3152-6700.
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BLUE WORLD
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Tons de marrom combinam muito bem com peças e acessórios em cores neutras como marinho, bege, branco e cinza e também com vinho e verde. E são mais casuais que peças e acessórios de couro preto. Couro é natural, orgânico, assim sapatos, botas e jaquetas precisam respirar depois do uso, sem sol e sem vento, para que não deformem. Nunca guarde as peças de couro em sacos plásticos. Hidratar as suas peças de couro aumenta, e muito, o seu tempo de vida, deixando-as sempre novas. A camurça precisa de produtos impermeabi-
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lizantes que a protejam. No caso de lavagem, recorra às lavanderias especializadas, uma ajuda profissional sempre bem-vinda para cuidar bem das roupas. 1. Bolsa mochila, Gucci. Tel. (11) 3047-4040. 2. Porta-cartão, Montblanc. Tel. (11) 3552-8000. 3. Jaqueta bomber, Richards. Tel. (11) 3814-1739. 4. Jaqueta, Zapälla. Tel. (11) 3152-6226. 5. Bota coturno, Noir. SAC 0300 770 2727. 6. Mocassim de camurça, Sergio K. Tel. (11) 3083-1789. 7. Tênis, Zapälla. Tel. (11) 31526226. 8. Cinto, Etiqueta Negra. Tel. (11) 3152-6700.
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CAFÉ EXPRESSO
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1. Bike dobrável Boat, Regatta. Com aro 20 e feita de alumínio, tem amortecedor traseiro e dianteiro e câmbio Shimano Tourney de 7 velocidades. Pesa 14,2 kg e é possível dobrá-la em apenas 16 segundos. Acompanham o modelo protetor de calça, para-lamas, rack e pedal de descanso. www.regatta.com. br. 2. Capacete Bontrager modelo Solstice na Trek. Confortável e facilmente ajustável. www.trekbikes. com/br. 3. Garrafa térmica S’Well, na Bento Store. Disponível em várias cores, é feita de materiais ecologicamente corretos e mantém a temperatura do líquido gelado por até 24h e quente por até 12h. O design ergonômico a faz caber em sua mão e em suportes para copos. www.bentostore.com.br. 4. Tênis Bontrager Evoke MTB na Trek. Resistente, seguro,
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firme e confortável. www.trekbikes.com/br. 5. Bike 7.4 FX Asset na Trek. A FX é rápida, divertida e ágil o suficiente para uma diversidade de usos. A melhor combinação entre a velocidade de uma bicicleta de estrada e o conforto de uma urbana. www.trekbikes. com/br. 6. Relógio Suunto Ambit3 Sport GPS e Suunto Smart Sensor para o monitoramento da frequência cardíaca. O GPS fornece a velocidade com precisão, navegação e rastreamento da rota, enquanto o monitor cardíaco deixa você treinar dentro da sua faixa ideal. Emparelhado com os relógios Ambit3, o Suunto Movescount App, faz do seu relógio GPS um smart watch multifuncional. Você também pode receber notificações de ligação e mensagem no seu relógio. www.suunto.com.
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DUAS RODAS
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1. Sombra mineral sólida Ready Eyeshadow 8.0 – The Star Treatment, Bare Minerals. De efeito anti-idade, é livre de conservantes, fragrâncias, óleos, talco e parabenos. O produto tem longa duração e textura sedosa e vem com pincel duplo e miniprimer. bareminerals.com.br. 2. Óleo Huile Prodigieuse, Nuxe, na versão clássica e na versão Golden Shimmer. Um best-seller mundial que chegou ao Brasil. Hidrata, protege e acetina a pele e os cabelos. SAC 0800 77 33 450 3. Caneta delineadora para os olhos They’re Real! Push-up Liner, Benefit. A fórmula em gel, superpreta e fosca, não borra, é à prova d’água e de longa duração. Foram cinco anos de estudos para criar este produto. www.sephora.com.br. 4.
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Creme para os olhos Divine, da Linha Immortelle, L’Occitane en Provence. Suaviza as linhas de expressão na região dos olhos desde a primeira aplicação. SAC 0800 171 272. 5. Coleção White Caviar, La Prairie. Três novos produtos com os excepcionais benefícios clareadores do caviar branco: os tons irregulares se desvanecem e a pele parece iluminada de dentro para fora. Para a área dos olhos: Illuminating Eye Cream. Para as mãos, unhas e cutículas: Illuminating Hand Cream SPF 15. Para a pele do rosto, pescoço, colo e dorso das mãos: Spot Treatment. SAC 0800 7725500. 6. Tratamento para as unhas Nailgrowth Miracle, Sally Hansen. Fortifica, protege e promove o crescimento saudável. SAC 0800 77 33 450.
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ALTA PERFORMANCE
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COCKTAIL RINGS Um anel de coquetel colorido e vistoso não passa despercebido e é um acessório de glamour para usar em um look de festa. Nina Garcia, autora de vários livros de estilo, explica o anel de coquetel no livro The one hundred: “O termo anel de coquetel surgiu durante a Lei Seca nos Estados Unidos, quando as mulheres usavam anéis audaciosos de pedras grandes em coquetéis ilegais”. 1. Pink Sunset Cocktail. Anel de ouro branco e amarelo 18k decorado com uma rubelita, 58 diamantes de lapidação brilhante e 28 tsavoritas redondas. 2. Mojito. O
famoso drinque cubano que mistura rum, hortelã e limão está representado no anel de ouro branco 18k, cravejado com 220 diamantes e 125 esmeraldas, além de turmalinas, citrinos e tsavoritas. 3. Tutti Green. O anel de ouro amarelo 18k ganha vida com o perídoto de lapidação oval. Dois diamantes amarelos se transformam no desenho de limões e três brilhantes arrematam a joia. 4. Trio Kiss. Anel de ouro branco recebe os contornos preciosos de 26 diamantes de lapidação brilhante, 11 tsavoritas redondas, 3 tsavoritas corte pera, 3 safiras coloridas centrais,
5 safiras na cor rosa em forma de pera, 12 diamantes amarelos e 27 rubis redondos. 5. Watermelon. Anel de ouro amarelo 18k decorado com 45 diamantes de lapidação brilhante, 34 diamantes amarelos, 280 esmeraldas, 5 rubelitas e ônix para as delicadas sementes. 6. Blue Hawaiian. O anel de ouro branco 18k tem 121 diamantes de lapidação brilhante que iluminam a base e formam um canudinho, 1 topázio na cor azul em forma de almofada, 1 safira amarela redonda e 1 calcedônia branca esculpida em flor. Piaget na Grifith, www. grifith.com.br.
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IATE LIFE BEBIDAS 4
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1. Absolut Elyx, vodca de luxo com processo de produção completamente artesanal. SAC 0800 0142011. 2. Absolut Warhol: edição limitada deste ano traz na icônica garrafa de vodca uma réplica da pintura original de Absolut, criada por Warhol em 1986. SAC 0800 0142011. 3. Ballantine’s Finest, edição limitada com uma seleção especial de mais de 50 diferentes tipos de maltes. SAC 0800 0142011. 4. Perrier-Jouët InBloom Rosé: delicado como uma pétala, o novo case térmico de Perrier-Jouët possui acabamento sofisticado e feminino e conta com design exclusivo criado pelo premiado artista francês Benjamin Graindorge. SAC 0800 0142011. 5. Chivas 12 anos: a lata colecionável desenvolvida para abrigar a garrafa de Chivas Regal 12 anos foi criada em parceria com a relojoaria Bremont, reconhecida por ter os relógios mais luxuosos. SAC 0800 0142011. 6. Jameson: o whiskey irlandês pela primeira vez traz uma lata personalizada com edição limitada. SAC 0800 0142011
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PARTY DRINKS
IATE LIFE RESTAURANTES 25 ANOS DE QUATTRINO Há 25 anos, movida por uma paixão gastronômica, a chef e empresária Mary Nigri abriu seu restaurante nos Jardins, no refinado quadrado entre as ruas Oscar Freire e Padre João Manuel. A arte de recepcionar, aliada ao esmero no preparo dos pratos, levou o Quattrino a um nível de referência incomparável, tornando-se um ambiente frequentado por formadores de opinião, artistas nacionais e internacionais, bem como pelo público que busca no mesmo espaço ter uma experiência memorável. De lá para cá, a história do Quattrino foi marcada pelo pioneirismo de pratos da cozinha variada – destacando--se por utilizar produtos 100% naturais e ingredientes frescos – e criações consagradas da chef Mary, como o famoso e único gnocchi da sorte, além do cardápio das dietas Dukan e Ravenna e os requisitados pratos sem glúten. Para celebrar os 25 anos do restaurante, Mary apresentará, no decorrer do ano, receitas exclusivas e uma série de comemorações e ações para seus clientes. “Esperamos perpetuar a nossa história de tradição e boa gastronomia envolvendo amigos, parceiros e clientes que nos prestigiaram e estiveram presentes ao longo dos anos”, revela Mary.
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SUPRA DI MAURO MAIA O nome “Supra” – superioridade ou ponto mais alto – faz jus à excelência da gastronomia italiana que se encontra no novo espaço do Supra di Mauro Maia. No charmoso bairro do Itaim Bibi, a casa de ambiente contemporâneo se harmoniza com a leveza dos móveis italianos e a modernidade de um pé-direito alto com imagens que levam da Itália ao Brasil em apenas um passeio pelo corredor. Todos os detalhes – das cores (amarelo, cinza e preto) harmoniosamente espalhadas pela casa de 450 m² à cozinha aberta, onde é possível ver a minifábrica artesanal de massas e o esmero no preparo dos pratos, incluindo a rotisseria e a adega de vinhos – passaram pelo olhar criterioso do experiente e premiado chef Mauro Maia e seu sócio, o também chef Rodrigo Bizzo, e prezam o conforto e o bem-estar. Com capacidade para 86 clientes, o Supra di Mauro Maia oferece menu executivo com preço fixo e pratos à la carte, com destaque para os famosos desde o antigo estabelecimento, como Agnolotti dal Plin in Salsa di Arrosto e Risotto ai Frutti di Mare, além de entradas, pratos especiais de carnes e peixes, incluindo cabrito e vitelo assado. Nas sobremesas, destaque para o Canolli Siciliani, o Semifreddo di Cioccolatto e sorvete cremoso italiano de fabricação própria.
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SANTIAGO LANGE Quando os deuses da vela se reúnem e decidem conceder suas graças, a apenas uns poucos humanos é dado o privilégio de, ao mesmo tempo, frequentar a elite das Olimpíadas, das regatas de volta ao mundo e da America’s Cup. O argentino Santiago Lange é um deles. Ídolo do esporte em seu país, medalhista olímpico e designer de raras qualidades, agora em campanha de Nacra 17 enquanto treina os filhos no 49er, Santiago falou para a Iate Life com exclusividade sobre tudo isso e mais. Acompanhe! POR_MURILLO NOVAES
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IATE LIFE – Santiago, como começou o seu relacionamento com a vela? Era uma coisa de família? SANTIAGO LANGE – Meu pai era um grande desportista, ele já tinha participado de uma Olimpíada no 6 Metros, foi campeão de hipismo na Argentina e um grande nadador. Era um grande esportista. Eu era o irmão menor e todos na minha família velejavam, meus irmãos mais velhos também. Primeiro comecei num Cadete e depois, com Martín Billoch, fomos os primeiros a velejar de Optimist na Argentina. IL – Em que clube isso? SL – No Yacht Club Argentino. IL – Até hoje você é velejador do Yacht Club Argentino? SL – Não. Saí depois que me casei com a irmã do meu proeiro. Comecei a velejar no Club Náutico San Isidro. Eu queria que o YCA apoiasse mais a vela e menos a parte social. Queria melhorar ao máximo para os velejadores; ali já me descobri meio revolucionário. E o CNSI eu sentia que era mais próximo do que eu queria; além do mais, San Isidro é meu bairro, meu povoado. Mas agora sou sócio honorário do Yacht Club Argentino e tenho carinho por isso, mas sigo velejando pelo Club Náutico San Isidro. IL – Como os multicascos entraram na sua vida? Os velejadores clássicos – e eu me incluo entre eles – sempre preferiram os monocascos, mas você, Lars Grael e outros sempre disseram que os multicascos eram o futuro. De fato, eram mesmo. Como eles entraram na sua vida e por que isso apaixonou você? SL – Eu tenho um grande amigo, que também é amigo do Lars, que se chama Fernando García Guevara, que foi para as Olimpíadas de Seul, e ele sempre me dizia para velejar de catamarãs. Mas, quando fui fazer minha primeira campanha olímpica, por conta de grana, eu optei pelo Laser, porque era mais fácil e mais barato. E olha que quando o Laser se tornou olímpico eu tinha já 33 anos e pesava só 73 quilos. Ele me disse: você está errado, tem que velejar de mulitcascos. Ele havia ido de Tornado às Olimpíadas de 88. Depois disso, ainda insisti por três anos. Mas comprei um Tornado e comecei a velejar em 1997. Em princípio não gostei muito, porque me parecia que era questão de sorte: você montava o gate e tinha que chutar um lado, eu pensava. Mas depois entendi que o jogo nos multicascos é saber ler o vento, ir aonde está o vento e
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velejar rápido. Daí me apaixonei. A tática clássica dos barcos de quilha é um jogo mental e matemático, dez graus para aqui, dez graus para ali, e você vai indo. É muito mais matemático. Nos multicascos você tem que saber ler o vento e saber velejar rápido. Isso, para mim, é a verdadeira arte da vela. IL – Muito bom! Quais foram os seus primeiros resultados no Tornado? SL – Quando comecei no Tornado, acabava de sair do Laser e aí foi uma história divertida, porque em 1997 comecei no Tornado com o Cole Parada e minha mulher me disse que, se eu fizesse mais uma campanha olímpica, ela se separava. Durante um ano deixei de velejar, me dediquei à família. Eu trabalhava numa distribuidora de produtos congelados, no centro de Buenos Aires, de terno e gravata, e mal treinava. Quando chegou o final do ano de 1999, decidi me separar, largar o emprego e tentar ir pra Sydney para me classificar. Daí nos classificamos para os jogos, e considero que fomos muito bem nas Olimpíadas. Fomos os nonos, mas digo que fomos muito bem porque realmente só havia um ano que eu velejava efetivamente de Tornado. Depois troquei o tripulante por Carlos Espínola, que já tinha ganhado duas medalhas no windsurfe. Um grande atleta e velejador. Foi um ano espetacular. Logo em seguida fomos campeões europeus, ganhamos o Mundial e medalha nas Olimpíadas em 2004. Foi ótimo. IL – Como um dos grandes ídolos do país, como você vê a vela olímpica argentina? SL – A Argentina, nos anos 1948/50, teve muitos medalhistas, depois teve um hiato. Até que em 1996 o Carlos Espínola ganhou no windsurfe. Depois ainda ganhou mais uma prata e dois bronzes comigo. Ele é o maior medalhista olímpico argentino de todos os esportes, com quatro medalhas no total. Desde 1996 ganhamos medalhas em todos os jogos. E a vela, depois do boxe, é a modalidade que mais medalhas deu para a Argentina – nove no total. IL – Eu admiro muito os velejadores mais completos, que andam bem em várias “disciplinas”, como Torben e você. Sem demérito aos especialistas, claro. Como você chegou na America’s Cup e como isso mudou a sua experiência como velejador e até mesmo a visão que você tem do profissionalismo, das equipes, do que é possível fazer na vela como esporte?
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SL – Uma das coisas que me fascinam em nosso desporte é a possibilidade de fazer coisas variadas. Eu, por exemplo, adorei fazer a volta ao mundo. Não fiz completa, mas fiz uma etapa em 2000 e outra com o Telefónica mais tarde. E ainda pude, como designer, fazer a campanha do Telefónica Blue. Foi fantástico. O mesmo com a Copa América. Sempre achei muito interessantes as possibilidades que uma grande equipe proporciona e daí, como arquiteto naval, pude estar em Valência, com o Victory Challenge. German Frers estava com eles e me chamou para coordenar a equipe de desenho. Depois os suecos me convidaram para ser o estrategista do barco e pude ainda velejar, o que é sempre bom. Era uma equipe pequena, mas pude aprender muito. Depois, achei que não ia mais velejar tanto e me juntei ao Juan K., como designer, e participei da campanha do Telefónica na VOR e posteriormente do Artemis, novamente na Copa América. Para mim, como velejador e designer, é muito bom poder fazer os dois papéis, pois falo a língua dos atletas e a língua dos designers também. IL – Você como designer tem trabalhado com o Horacio Carabelli, um ídolo da vela brasileira, apesar de ele ser natural do Uruguai e naturalizado aqui. Como tem sido essa experiência? SL – Horacio é um grande amigo, um amigo incrível! E uma pessoa que admiro muitíssimo. Já velejei contra ele quando mais novo, de Snipe. Hoje, no seu trabalho específico como designer, ele é o melhor do mundo, não tenho dúvidas. Depois do Brasil 1, o convidei para trabalhar comigo no Victory Challenge e depois no Telefónica e no Artemis. Se preciso de alguém com seu perfil, não me restam dúvidas: vou chamá-lo sempre. É um grande cara, um grande trabalhador, dedicado, honesto, e um dos melhores do mundo na sua área. IL – Horácio está agora no Luna Rossa Challenge. E você vai desempenhar algum papel na próxima America’s Cup? Você está em algum time? SL – Não. Estou aproveitando muito esta etapa que os meus filhos estão vivendo, de fazer a campanha olímpica. Vou ajudá-los. Agora também estou começando a velejar de Nacra e estou adorando. Esses dois anos antes das Olimpíadas no Rio serão mais tranquilos. A Copa América, a volta ao mundo demandam muito tempo. Agora prefiro seguir velejando com o Eduardo Souza Ramos no Phoenix, no Pajero. E na campanha olímpica de Nacra, podendo acompanhar meus filhos no 49er, o que é muito importante para mim, me motiva mui-
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to. Depois das Olimpíadas, espero ter a oportunidade de participar novamente de uma Copa América. Quem sabe? IL – Como é acompanhar os filhos e estar junto como treinador? SL – A verdade é que voltei ao olimpismo só por causa dos meninos. Para mim, é impossível pensar hoje em viver uma campanha olímpica sem meus filhos. É maravilhoso poder ajudá-los. Eu adoro! É eles que estão me pedindo, então é muito legal poder ajudar. IL – Você, que foi um grande campeão de Tornado e agora veleja no novo multicasco olímpico, o Nacra 17, pode nos dizer quais são as principais diferenças entre os barcos? SL – O Nacra é um adolescente e o Tornado é um homem. O Nacra é um barco que jaibeia muito rápido, é muito dinâmico e ativo. O Tornado é grande, potente. O Nacra é um potro. Para mim, ele está mais próximo do 49er do que até mesmo do Tornado. No Nacra estou aprendendo novas coisas. É interessante também aprender a velejar com uma mulher. Minha parceira, Cecilia Caranza, velejou de Laser Radial para Argentina em duas Olimpíadas e foi terceira num mundial, campeã pan-americana. É uma excelente velejadora. Estou achando muito bom! IL – Para finalizar, já que estamos aqui no Circuito Rio, você velejando de S40 e sendo campeão. O que você acha do S40? SL – Acho que o S40 é um grande orgulho para a vela sul-americana. Ver 15 barcos feitos aqui em circuito na Europa é lindo. Ver Brasil, Argentina, Chile, que não era tão forte na vela de oceano, e até o Uruguai em um grande circuito continental é um sonho. Adoro a classe e gostaria apenas de ter vindo para ela antes. Mas estou gostando muito!
“A verdade é que voltei ao olimpismo só por causa dos meninos. Para mim, é impossível pensar hoje em viver uma campanha olímpica sem meus filhos. É maravilhoso poder ajudá-los. Eu adoro!”
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A SAGA DO
MAR SEM FIM “O vendaval impõe-se pela força. Não permite governo. Numa das várias vezes que nosso ferro se soltou, o vento empurrou a proa do Mar Sem Fim em direção à praia. Dez metros, nove, oito, sete… Minhas pernas tremeram. Fechei os olhos esperando o baque…” 40
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Neste novo livro, João Lara Mesquita nos leva pela história dolorosa e fascinante do naufrágio do seu Mar Sem Fim
João Lara Mesquita já inscreveu seu nome na história da navegação de exploração brasileira. Jornalista e aventureiro de feitos notáveis, soube unir como poucos a informação de qualidade, o saber científico e o fazer artístico. Fruto talvez da tradição familiar que possui a genética da informação no sangue. Neste seu quarto livro, João, que foi nosso entrevistado na Iate Life 32, relata o soçobramento do seu trawler Mar Sem Fim, o evento mais importante da vida do jornalista e fotógrafo. A antológica experiência, dolorosa e fascinante ao mesmo tempo, de um naufrágio. O caso teve repercussão nacional e internacional e saiu em revistas, jornais e TVs pelo mundo afora. Um relato de muitas nuances, rico, diferente, emocionante do começo ao fim. Mas que também pode
ser visto como mais que apenas uma boa história: seu viés de lição, redundando em aprendizado, é impressionante. Desde sempre Mesquita decidiu escrever sobre isso. Perenizar: “Se outros aprenderem, evitando os mesmos erros, estará de bom tamanho. Era minha obrigação”, disse com a humildade e solidariedade eterna dos verdadeiros homens do mar. Com apoio incondicional da Marinha do Brasil, ajuda da Armada do Chile e do pessoal das bases russa e chinesa e do profissionalismo de Don Francisco e sua Nautilus, a história teve final feliz. Era hora de pôr no papel sua versão. E assim o fez, contando tudo no livro A saga do Mar Sem Fim (selo Escrituras). Leitura obrigatória para todos nós!
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Com a experiência de mais de 60 mil milhas navegadas, quis o destino que o aventureiro João sofresse em águas tão distantes O autor João Lara Mesquita estudou música, é jornalista e fotógrafo. Entre 1982 e 2003, foi diretor da Rádio e do Estúdio Eldorado, pertencentes ao Grupo Estado. Foi o primeiro jornalista brasileiro a cobrir o rali Paris-Dakar, em 1990, e o quarto brasileiro a participar, na edição de 1997, da prova Dakar-Agades-Dakar, como navegador de Klever Kolberg. É membro fundador (e foi conselheiro) do Núcleo União Pró-Tietê, ligado à Fundação SOS Mata Atlântica, ONG que desde 1990 comanda a campanha pela despoluição do rio Tietê. Foi conselheiro do Greenpeace de 2001 a 2004. Desde janeiro de 2014, é conselheiro da CI – Conservation International. Capitão amador, acumula mais de 60 mil milhas navegadas. Desde que deixou a função executiva no Grupo Estado, tem-se dedicado a estudar e divulgar as questões relativas ao mar e à zona costeira, produzindo documentários. É autor dos livros: Eldorado –
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a rádio cidadã, Embarcações típicas da costa brasileira e O Brasil visto do Mar Sem Fim (indicado ao Prêmio Jabuti, em 2008, na categoria Reportagem), um diário de suas navegações pela costa brasileira que rendeu também uma série de documentários (90 episódios que ficaram dois anos no ar) para a TV Cultura de São Paulo e TVE do Rio de Janeiro, entre abril de 2005 e abril de 2007. Em 2010, navegou com o trawler Mar Sem Fim de Santos até a Antártica, onde produziu cinco documentários para a Rede Bandeirantes de Televisão. No verão de 2011-2012, fez uma segunda viagem à Antártica, quando o Mar Sem Fim naufragou na ilha Rei George, nas Shetland do Sul. Em 2012, a bordo do navio de socorro a submarinos Felinto Perry, da Marinha do Brasil, pela quarta vez foi para a Antártica, resgatar o Mar Sem Fim e produzir novos documentários. Mantém o site www.marsemfim.com.br.
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ROLEX MIDDLE SEA RACE Numa das provas oceânicas mais severas do mundo, a entusiasmada flotilha de 122 barcos testemunhou os caprichos de um percurso que exibiu todos os tipos de condição de vento e de mar
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m recorde: 122 times de 24 nacionalidades compareceram à linha de largada da 35a Rolex Middle Sea Race neste ano. O tiro dos canhões da bateria de saudação, no histórico porto grande de Malta, marcou o início da regata na presença de milhares de espectadores, que se instalaram nos muros que protegem a cidade de Valeta. O céu de brigadeiro e a suave brisa tornavam difícil crer que a previsão do tempo poderia estar correta ao indicar a chegada de uma frente dali a quatro dias. Com largada e chegada em Malta, o percurso da Rolex Middle Sea Race circunavega a Sicília em sentido anti-horário ao longo de 606 milhas náuticas. De acordo com Francesco de Angelis, tático do defensor do título, o TP52 italiano B2: “O complicado desta regata é que você nunca sabe o que o vento vai fazer. Ela é longa, cheia de esquinas e ângulos, e o cenário muda drasticamente e muito rápido. Você sabe com que vento vai largar, mas não sabe o que você vai encontrar pelo caminho”.
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E assim foi. Precisamente às 11:55 do terceiro dia da regata, a tentativa de quebra do recorde desvaneceu. Terminavam ali as 47 horas, 55 minutos e 3 segundos que o Esimit Europa 2 tinha disponível para bater o recorde estabelecido pelo americano Rambler, de George Davis, em 2007. Avançando a pouco mais de cinco nós, o supermaxi de Igor Simcic se encontrava nas proximidades de Palermo, apenas na metade do caminho até Malta. No entanto, a quarta vitória em tempo real do Esimit Europa 2 se consolidou. O novo bicho-papão da regata aproveitou o aumento do vento para continuar até Malta e confirmar o seu favoritismo pela fita azul. O supermaxi cruzou a linha às 22:47:05 do terceiro dia de regata, garantindo a marca de 3 dias, 10 horas, 42 minutos e 5 segundos. Mesmo que longe do recorde do Rambler, essa conquista representou para o Esimit Europa 2 sua quarta vitória consecutiva em tempo real na Rolex Middle Sea Race: 2010, 2011, 2012 e 2014. “A sensação de vencer é sempre a mesma, mesmo que cada regata seja diferente entre si”, comentaria Schümann. Depois de quatro lentos dias no mar, uma mudança espreitava a flotilha. A chegada da frente anunciada foi
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aumentando o vento, coincidindo com a passagem de grande parte dos barcos pelo extremo da Sicília, onde começavam a tomar rumo de volta a Malta. Literalmente lançados em direção ao sul, os barcos começaram a navegar em condições cada vez mais extremas. O GYR Scarlet Oyster reportou rajadas de 48 nós ao se aproximar de Pantelleria momentos antes de quebrar o leme e anunciar sua retirada. Seb Ripard explicava a bordo do Artie: “Estamos com rajadas de mais de 40 nós e ondas de dez metros. O plano é caçar as velas o máximo possível, mas sem colocar o barco em risco. Por isso estamos indo com calma nas rajadas e acelerando quando o vento diminui um pouco”. Prova das condições extremas é o número de barcos que tiveram que procurar abrigo na Sicília, Pantelleria ou Lampedusa no meio da tormenta. E também o fato de que apenas 40% dos participantes completaram o percurso. Alguns não conseguiram por um triz. “A nossa quilha quebrou quando estávamos saindo do estreito de Comino, a menos de 10 milhas da chegada”, explicaria Diogo Cayolla, capitão do protótipo suíço de 42 pés, o Kuka-Light. O francês
Teasing Machine chegou ao cais no meio da noite após perder seu mastro a míseras 20 milhas de Malta. Passada a tempestade, definiu-se o vencedor da Rolex Middle Sea Race 2014. À 00:45 da madrugada do quinto dia de competição, o Artie, de Lee Satariano, cruzou a linha de chegada, parando o cronômetro do tempo corrigido em 4 dias, 13 horas, 35 minutos e 5 segundos. Após os cálculos, nenhum barco poderia bater o tempo do pequeno J122 maltês, que se proclamava vencedor absoluto em suas águas locais. “Ainda não consigo acreditar”, confessou já em terra um exausto Lee Satariano após dois dias e meio sem pregar o olho. “Para uma tripulação e um barco local, ganhar uma regata tão prestigiosa, uma das competições oceânicas de mais alto nível do mundo, é uma grande conquista, ainda mais considerando as condições que tivemos este ano.” E esta é a segunda Rolex Middle Sea Race que o Artie fatura, vencedor também em 2011. Dos 122 barcos que largaram, apenas 52 conseguiram atravessar a linha de chegada. A 36a edição da Rolex Middle Sea Race começará no dia 17 de outubro de 2015. Quem viver verá!
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50 ANOS DE SUCESSO Referência em móveis personalizados de alto padrão, a Kitchens trouxe para o Brasil um novo conceito de mobiliário, influenciando a forma de viver e morar dos brasileiros
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m uma época em que não havia novidades tecnológicas e a cozinha ainda não era considerada o ambiente de convívio social da casa, a primeira marca se lançava e trazia facilidades para o dia a dia das pessoas, propondo soluções que iam muito além de seu tempo. Assim surgia a Kitchens, pioneira no segmento de móveis personalizados de alto padrão, que comemora seus 50 anos em 2014 como um grande case de sucesso que revolucionou o mercado nacional de decoração. Constantes investimentos fazem parte da trajetória da empresa, que sempre buscou no cliente a inspiração para se renovar ao longo das cinco décadas. Hoje, com 17 lojas próprias de norte a sul do país e uma moderna fábrica localizada em Guarulhos, na região da Grande São Paulo, domina todas as etapa dos processos de comercialização, do início ao fim, preservando as características que fizeram da marca um exemplo de qualidade, comprometimento e exigência. “O sistema de franquia nunca foi uma opção. Conhecemos nosso negócio melhor do que ninguém, o
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cliente sente essa segurança em cada etapa da sua obra”, conta Aires Tavares, sócio-fundador da Kitchens. A empresa é a única do setor que não utiliza nenhum expediente externo, garantindo ao seu cliente um atendimento humanizado e personalizado, assim como seus móveis. E esse cuidado vai desde a ida do cliente ao showroom, passando pela produção e terminando com o pós-venda: vende, fabrica, financia, inspeciona os locais de instalação, entrega, monta e presta assistência técnica com recursos e pessoal próprios. Todos os produtos, além de não terem restrições de medidas, são totalmente personalizados, assim como sua essência. “Cada um tem a sua história. E, respeitando tais particularidades, transformando-as em detalhes personalizados, a Kitchens se tornou única, pois o cliente é o nosso maior patrimônio. E, assim como o mercado, evoluímos, levando para as pessoas uma nova forma de vivenciar sua cozinha”, explica Tavares. A HISTÓRIA DA KITCHENS Na década de 1960, chegava dos Estados Unidos um novo
modelo de projeto, tornando-se o sonho de consumo de todas as mulheres da época, que ainda transitavam com maior intimidade no universo doméstico. Tratava-se da cozinha americana, equipada com aparelhos modernos, armários e mesa para refeições, integrada à sala para proporcionar mais espaço e convívio social. Em 1964 a Kitchens iniciou seu legado pelas mãos dos empresários Oswaldo Silva e Aires Tavares, que enxergaram nos eletrodomésticos importados uma oportunidade única de trazer algo inédito ao país. Numa época em que a importação era raridade em território nacional, a dupla foi audaciosa ao introduzir aparelhos que modificaram os conceitos das cozinhas, que até então se resumiam aos fogões monobloco, à marcenaria tradicional e aos conhecidos móveis de aço. A primeira investida dos sócios da Kitchens foi o fogão de mesa de seis bocas e o forno de embutir em paredes. O sucesso desse investimento fez surgir a primeira loja da marca, inaugurada em 1966 na avenida Paulista. Para a dupla, ficou claro que o mercado estava ávido por novas tecnologias e produtos que trouxessem praticidade para o
dia a dia. Com o tempo, arquitetos e clientes passaram a pedir para a Kitchens desenvolver os armários de cozinhas para serem vendidos com os aparelhos, a fim de complementar o produto. A aceitação foi absoluta e a venda dos projetos superou a dos eletrodomésticos, transformando-se na principal atividade da empresa. “Ainda não sabíamos, mas estávamos prestes a lançar no Brasil um produto que influenciaria definitivamente o papel da cozinha nas residências. O que era uma mera coadjuvante virou protagonista nas casas das pessoas e a Kitchens, sem dúvida, foi a primeira a perceber isso”, emociona-se Tavares. Na década de 1970, quando a marca já era referência em cozinha, aliada à modernidade e design, houve uma evolução nítida no setor moveleiro, acompanhada pela maior independência das mulheres e sua entrada no mercado de trabalho. Com o desafio de oferecer mais qualidade no produto e agilidade no prazo da entrega, foi a vez de dar um grande passo determinante para seu futuro: a construção da primeira fábrica em um espaço de 60 mil m², no km 211 da Rodovia Dutra, em Guarulhos.
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Tudo isso precisava ser mais difundido e acessível ao cliente, e foi assim que a Kitchens inaugurou seu segundo showroom, na Gabriel Monteiro da Silva esquina com a avenida Brigadeiro Faria Lima, em 1972, em São Paulo, sendo a primeira e única loja da região voltada para o setor, hoje conhecida como a “alameda da decoração”. “Naquela época a Gabriel só tinha casas. Conhecíamos a vizinhança toda e fomos os primeiros a nos instalar no que viria a se ser o endereço mais importante da decoração no país”, lembra Tavares. Com o término da construção da fábrica, em 1975, a Kitchens transformou sua produção semiartesanal em industrial e, para tal, investiu em máquinas, equipamentos, acessórios importados e matéria-prima produzida sob encomenda. Tudo era extremamente moderno para aquele tempo, e denotava a evolução industrial – e social – que ocorria no país. O passo seguinte foi a inauguração de sua linha de montagem de cozinhas. “A partir daí percebemos ser necessário criar a primeira linha de usinagem com maquinário alemão e italiano, composto de seccionadora e linha esquadra borda dupla da America Latina”, orgulha-se. “Era uma época de transformação no mundo, que, de uma
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forma ou de outra, refletia nas mudanças de hábitos dos brasileiros, o que influenciava, inevitavelmente, sua forma de viver, morar e cozinhar”, conta Tavares, explicando que tudo passou a ser feito sob medida. Os móveis se integraram às paredes e surgiram os modulados de material impermeabilizado, além de novos equipamentos. Chegou também a tendência de embutir os aparelhos, a exemplo das geladeiras, do que a Kitchens novamente foi precursora. Surgiam as chapas de aglomerados, que facilitaram a execução dos projetos e viabilizaram melhor limpeza e manutenção da cozinha, provando que funcionalidade, tecnologia, design, qualidade e personalização, conceitos até então defendidos pela marca, viriam para ficar. Na década de 1980, a marca deu mais um grande passo com a instalação da primeira máquina de post-forming no Brasil e na America Latina, com tecnologia alemã, que garantia arredondamento dos cantos retos das bordas de portas, frentes de gavetas e tampos de mesa. O acabamento foi um sucesso e nenhum marceneiro conseguia um efeito similar, já que tudo era possível graças aos maquinários sofisticados da fábrica. Durante anos, a Kitchens foi a
única fábrica a oferecer o post-forming. Os investimentos não pararam e em 1982 a Kitchens introduziu um sistema de computação no setor comercial para integrar online lojas e fábrica, uma grande modernidade para a época. Foi um feito absolutamente audacioso, tanto comercialmente, pelo alto investimento, como academicamente, pela introdução de uma nova gestão de negócios. Esse salto em TI levou a Kitchens a instalar, em 1987, a primeira linha de usinagem informatizada da América Latina e a segunda no mundo, fornecida pela Alemanha. KITCHENS OCCASIONS Essa evolução foi além da cozinha, literalmente. A Kitchens apostou no seu know-how e pioneirismo no mercado para, na virada do século, ampliar a atuação, trazendo um pouco do conceito da marca para todos os ambientes da casa. O lançamento da linha Kitchens Occasions era o impulso que faltava para a empresa se consolidar definitivamente em um mercado em plena evolução. Em pouco tempo, o volume de projetos de dormitórios,
closets, home office e home theater se equiparou ao de cozinhas, levando a Kitchens a um investimento recorde em 2008. A marca aprimorou a fabricação de dormitórios com uma linha sofisticada de furação e inserção de acessórios. “Entendemos que é preciso sempre ouvir o cliente e assimilar as mudanças que passam em sua vida e na sociedade como um todo. Em cada novo processo, lançamento e evolução da empresa, o convívio com o cliente, o atendimento personalizado e o foco em qualidade foram sempre o ponto de partida.” Com o aumento da produção, em 2009 foi possível comprar oito novas máquinas da Itália e da Alemanha para agilizar e incrementar toda a linha de produção. Entre os equipamentos, o SFPK00 Sistema Flexível de Produção foi o maior investimento da história da marca, sendo um grande aliado na evolução tecnológica da fábrica. E foi assim que a Kitchens chegou a 50 anos de ineditismo, sempre trazendo produtos que se tornaram marcos na história da indústria moveleira no Brasil. A marca preserva, em cada lançamento, sua necessidade de ir além, para proporcionar aos clientes uma verdadeira experiência de compra.
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MOMENTO DE
DECISÃO A COPA SUZUKI JIMNY CHEGA AO MOMENTO FINAL EM ILHABELA. A QUARTA E ÚLTIMA ETAPA DO CIRCUITO ILHABELA DE VELA OCEÂNICA TERÁ REGATAS DECISIVAS NO FINAL DE NOVEMBRO E INÍCIO DE DEZEMBRO. PREPARE-SE!
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A
Copa Suzuki Jimny, 14a edição do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica, se aproxima dos momentos finais. Os campeões da temporada serão definidos na quarta e decisiva etapa, marcada para os finais de semana de 29 e 30 de novembro e 6 e 7 de dezembro. Com sede no Yacht Club de Ilhabela (YCI), a competição reúne embarcações das classes ORC, HPE, IRC, C30 e RGS. A regata mais esperada da temporada, Volta à Ilha – Sir Peter Blake, em homenagem ao velejador neozelandês que participou da primeira edição, está prevista para 29 de novembro. “É uma regata muito bonita pelo cenário que o contorno da ilha proporciona aos velejadores. Temos de aproveitar porque só temos duas oportunidades por ano de correr provas mais longas no litoral norte: Alcatrazes, na Ilhabela Sailing Week, e a Peter Blake, na Copa Suzuki Jimny. Com certeza vai atrair muitos barcos”, espera Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, diretor de Vela do YCI e comandante do Orson, segundo colocado na classe IRC, três pontos atrás do Rudá
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(Mário Martinez). “O pessoal de Santos e de Ubatuba deve comparecer em peso. Costuma ser a etapa mais forte do ano”, prevê Kalu. “Precisamos velejar bem e nos preparar para defender em 2015 o título sul-americano de ORC conquistado pelo Orson neste ano, somando-se o Circuito Punta del Este de Oceano e a Ilhabela Sailing Week.” Além da Regata Volta à Ilha – Peter Blake, a festa de encerramento, marcada para 6 de dezembro na Pousada Armação dos Ventos BL3, motiva a confraternização dos velejadores na Capital Nacional da Vela. Haverá duas premiações distintas: uma exclusiva para a quarta etapa e outra para os melhores do circuito anual em cada classe. A última etapa promete emoção na maioria das classes inscritas. Na competitiva C30, a liderança é do CA Technologies (Marcelo Massa), campeão em 2013 com o Loyal. A tripulação comandada por Marcelo tem 12 pontos perdidos, seguida de perto pelo Caballo Loco (Mauro Dottori), com 18. Na HPE, o Ginga (Breno Chvaicer), também atual campeão, lidera com folga de 20 pontos sobre o segundo colocado, 15 a 35 contra o Fit To Fly (Eduardo Mangabeira).
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Nas disputas da RGS predomina o equilíbrio. Na A, o BL3 Urca (Pedro Rodrigues) soma 12 pontos perdidos contra 17 do Montecristo (Julio Cechetto). Na RGS B a diferença é um pouco maior. O Asbar II (Sergio Klepacz) tem oito pontos, enquanto o Kanibal (Martin Bonato) possui 18. Na C, o Zeppa (Diego Zaragoza) aparece na primeira colocação, com Rainha (Leonardo Pacheco) em segundo, 18 a 23 pontos perdidos. Na Cruiser, apenas três pontos separam o líder BL3 Wind Nautica (Clauberto Andrade) do Jambock (Marco Aleixo). Resultados acumulados após três etapas, considerando-se os descartes: C30 1o CA Technologies 2o Caballo Loco 3o Caiçara Porsche HPE 1o Ginga 2o Fit to Fly
(Marcelo Massa) 12 pp (Mauro Dottori) 18 pp (Marcos de Oliveira Cesar) 26 pp (Breno Chvaicer) (Eduardo Mangabeira)
15 pp 35 pp
3o Suzuki Bond Girl RGS A 1o BL3 Urca 2o Montecristo 3o Fram RGS B 1o Asbar II 2o Kanibal 3o Helios RGS C 1o Zeppa 2o Rainha 3o Sextante RGS CRUISER 1o BL3 Wind Náutica 2o Jambock 3o Cocoon IRC 1o Rudá 2o Orson 3o Mussulo III
(Rique Wanderley)
39 pp
(Pedro Rodrigues) (Julio Cechetto) (Felipe Aidar)
12 pp 17 pp 20 pp
(Sergio Klepacz) (Martin Bonato) (Marcos Gama Lobo)
8 pp 18 pp 20 pp
(Diego Zaragoza) (Leonardo Pacheco) (Thomas Shaw)
18 pp 23 pp 28 pp
(Clauberto Andrade) (Marco Aleixo) (Luiz Caggiano)
8 pp 11 pp 20 pp
(Mário Martinez) (Carlos E. S. Silva) (José Guilherme Caldas)
4 pp 7 pp 12 pp
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INTERMARINE 80 Este iate é a grande novidade do universo náutico neste final de ano. Um projeto de Luiz de Basto com a assinatura do tradicional estaleiro brasileiro de embarcações de luxo
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AMPLAS ÁREAS EXTERNAS E MUITA LUZ NO INTERIOR CARACTERIZAM A NOVA INTERMARINE esenhada pelo conceituado estúdio norte-americano Luiz de Basto Designs, a nova Intermarine 80 possui estilo moderno e imponente, cujas formas projetam e transmitem movimento. Com 24,35 metros de comprimento total, trata-se de um iate com design inovador, amplas áreas externas e internas, além de alto desempenho para seu porte. A plataforma de popa, com 2,5 metros de comprimento, permite içar um bote ou jet-ski com facilidade e ainda serve de praia particular a bordo. O espaço gourmet, com pia, churrasqueira e local para preparo de alimentos, é convenientemente localizado nessa área, com a proteção solar de um toldo elétrico embutido no teto da praça de popa. Já o flybridge foi criado para proporcionar o máximo de espaço e é oferecido em duas versões de layout. As duas opções contam com amplos e confortáveis sofás, além de um bar com duas banquetas, espreguiçadeiras, solário e posto de comando. Em uma das versões, a área de sofás é ainda maior. Já na outra, opcional, um dos sofás é substituído por uma banheira de hidromassagem e um solário. Na proa, além do solário, um elegante sofá com mesa e uma tenda complementam o ambiente. O interior da Intermarine 80 não fica atrás. A decoração mescla tons claros e escuros, compondo um ambiente sofisticado e agradável. Materiais como nogueira
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COM 31 NÓS DE VELOCIDADE DE CRUZEIRO, O DESEMPENHO DO BARCO É SURPREENDENTE Características técnicas: catedral, madeira laqueada, couro, aço inox e tecidos nobres estão presentes em todo o interior. As amplas janelas trazem iluminação natural e uma vista privilegiada do mar. O salão é dividido entre sala de estar, sala de jantar, cozinha e posto de comando. A porta do salão, com quatro folhas, possui ampla abertura e permite excelente integração com a praça de popa. O piso, todo em um só nível, possibilita uma circulação mais agradável. No deck inferior encontram-se as quatro suítes, fartamente iluminadas pelas grandes janelas formadas pelas faixas de vidro que percorrem os costados da embarcação. A máster, localizada a meia-nau, ocupa toda a largura da embarcação. Possui cama queen-size, amplas janelas com vista para o mar, escrivaninha, sofá, banheiro e closet. Outra opção é eliminar o closet e criar dois banheiros individuais para o casal. Na proa encontra-se a suíte vip, com cama de casal e amplos armários. Mais duas suítes com duas camas de solteiro cada, localizadas a bombordo e boreste, oferecem o máximo de conforto para os convidados. Mesmo sendo uma embarcação de grande porte, a Intermarine 80 possui excelente desempenho. Equipada com dois motores MAN 1550 ou 1650, atinge até 35,5 nós de velocidade máxima e 31 nós de cruzeiro com o conforto de um sistema de estabilização por aletas. Conforto e velocidade em um barco de alto luxo.
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Comprimento total com púlpito 24,35 m (79,88’) Comprimento do casco com plataforma de popa 24,01 m (78,77’) Boca máxima 5,60 m (18,37’) Calado máximo 1,65 m (5,41’) Altura acima da linha d’água (1) 6,35 m (18,20’) Ângulo do V na popa 16° Deslocamento vazio (2) 42 t Deslocamento carregado (3) 52 t Velocidade máxima (4) 34,5 nós / 35,5 nós Velocidade de cruzeiro (4) 30 nós / 31 nós Tanque de combustível 5000 l Tanque de água 1200 l + 500 l (opc) Motorização 2 x MAN 1550 / 2 X MAN 1650 Capacidade máxima de passageiros 25 Cabines 4 + 2 Leitos 8 + 4 Banheiros 4 + 1 Projeto Luiz de Basto Designs
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CRUZEIRO AUSTRALIS O CONFORTO DOS NAVIOS E A AGILIDADE DOS BARCOS DE EXPLORAÇÃO NA PORÇÃO DE TERRA MAIS AUSTRAL DO PLANETA POR_MURILLO NOVAES
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Quando o avião saiu de Santiago e colocou a proa na direção sul, rumo a Punta Arenas, também no Chile, e a paisagem foi se esbranquiçando, eu sorri de leve com a alegria de saber novamente que iria poder travar contato com um dos biomas mais interessantes deste maltratado planeta, a Terra, que nos abriga. A cidade de 150 mil habitantes, metade deles de ascendência croata, além de famosa zona franca, portal da Patagônia chilena e capital da 12a província – Magalhães e Antártica –, é parte importante da história da navegação mundial e um porto de referência até hoje. Além do mais, fica às bordas do ilustre estreito de Magalhães, que, justamente por esse tal Magalhães, aquele propalado Fernão, nem nos obriga a entrar em maiores detalhes. Sigamos! De lá partia o nosso cruzeiro, que também poderia ser chamado de expedição. E – o melhor dos mundos! – era uma viagem que unia o que essas duas palavras trazem de mais interessante. Antes, porém, o inevitável rolê na pequena cidade e uma parada obrigatória no seu museu, que, mantido por uma instituição católica, abriga
uma interessantíssima coleção de animais empalhados e conta, com objetos e fotos, parte importante da história natural, humana e física de toda a Patagônia, essa denominação geográfica que virou palavra mágica em termos de turismo e hoje atrai tantos visitantes. No tocante ao cruzeiro, o Australis é perfeito. Não é uma embarcação imensa; longe disso, é privilégio para poucos, mas tem todo o conforto e amenidades que se esperam de um bom navio e uma tripulação educada, eficiente e atenciosa que dá aquela aura toda especial às viagens nessas naves. No que tange à expedição, é um barco ágil, seguro, que permite uma navegação confortável e uma aproximação maior da costa e, portanto, da paisagem. E que paisagem, meus amigos! A Patagônia e a ilha do sul da Nova Zelândia são reputadas como cenários idílicos, perfeitos para filmes como O senhor dos anéis e que tais. Suas escarpas de neve, contrastando com o negror da rocha basáltica, de origem vulcânica, que está sob o manto branco, é realmente coisa de cinema. Os altos picos e até mesmo a pouca, porém admirável, cobertura
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vegetal também são. O mar, de águas férteis e puras, é uma fonte inesgotável de vida e beleza. Nosso navio, com seus cerca de 150 passageiros apenas, é uma embarcação pequena, mas de volume suficiente para que tudo fique amplo e confortável como deve ser, que navega rápido, com segurança e conforto, até mesmo para a Antártica no verão. E, mais importante, com umas catraias, pequenos guindastes à popa, que servem para colocar e tirar da água os preciosos botes de borracha com motor de popa que nos levarão para terra ao menos uma vez por dia. E farão toda a diferença em termos de experiência e prazer para os passageiros a bordo. É aí que está o grande atrativo desta viagem. A abordagem pela qual a competente equipe da empresa chilena de navegação optou é algo, se não inédito, ao menos de felicidade ímpar na mistura perfeita entre a ciência e o lazer, o informativo e o lúdico. Todas as noites, palestras nos salões principais, em espanhol e inglês, preparadas com rigor científico, porém nada enfadonhas ou excessivamente professorais, nos preparam para o que veremos no dia seguinte. Os diversos guias, que atendem
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passageiros de praticamente todas as línguas e nações presentes em seus idiomas nativos, são muito bem treinados, e por vezes é difícil imaginar que não sejam eles mesmos oceanógrafos, botânicos ou geólogos. A sensação é que você entrou em um documentário do Discovery Channel, só que ao vivo, interativo e completamente voltado para seu próprio deleite. À medida que a majestosa paisagem vai se descortinando nas imensas janelas das cabines, praticamente uma parede de vidro em todas elas (não há cabines internas ou abaixo da linha d’água), a ansiedade pelo desembarque, a curiosidade pelo que está por vir e a imensa vontade de travar contato pessoal com aquela natureza tão exuberante são irresistíveis. Quando, organizadamente e com segurança, todos são postos nos botes infláveis e partem rumo a terra firme, a alegria nos rostos de adultos e crianças é a tônica. Até mesmo os pilotos, tão acostumados a navegar ali, não deixam de expressar o fascínio que aquele pedaço de mundo, um dos poucos ainda intocados pela danosa presença de nossa espécie, dita a mais inteligente dos
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animais, exerce sobre todos. É algo quase místico o poder da natureza! E, de desembarque em desembarque, às vezes dois por dia, nós, as privilegiadas testemunhas oculares do esplendor da vida em sua forma mais natural, vamos conhecendo e aprendendo sobre temas tão diversos quanto a formação geológica e etnográfica do local, o ciclo do gelo, das águas e da vegetação nas estações ano, as riquezas da fauna e flora únicas da região e até mesmo o impacto desastrado de uma tentativa de introduzir castores da América do Norte para uso comercial, claro, que se transformou em uma praga para o ecossistema local. Estar a poucos centímetros de cormorões e pinguins, com os botes grudados em ilhas ou rochas que abrigam seus ninhos, sem que eles se assustem ou sejam importunados, é algo realmente difícil de esquecer. Quase tocar com as mãos imensos glaciares também. Tomar o chocolate quente, o café (ou mesmo o uísque) no fim das longas caminhadas (prepare-se), em lugares tão exóticos, não fica atrás. A maior, melhor
e, talvez, mais sofisticada varanda de toda a Terra. Como cereja do bolo, especialmente para este jornalista misto de velejador, no último dia acontece, quando o tempo permite, o desembarque na famosa ilhota que abriga o cabo Horn, o lugar mais mítico de todos os oceanos, o Everest dos mares para os navegadores e palco de incontáveis glórias e tragédias para os homens do mar. Estar pessoalmente em seu farol e sentir na cara o vento cortante, forte e frio que sopra inclemente em suas escarpas é coisa que pouquíssimos terráqueos têm o prazer de sentir. Mesmo chegando ali com todo conforto e segurança, com um belo e aconchegante navio a esperar ao largo, é uma experiência única que, por si só, já justificaria toda a viagem. No fim, não menos prazeroso, para mim particularmente, é estar de novo em Ushuaia, ponto final de nossa jornada, joia da Patagônia argentina e local de onde, via Buenos Aires, retornamos ao Brasil. Um retorno com um considerável aumento de bagagem que, certamente, acrescenta muito, não pesa quase nada e deixa a alma ainda mais leve: a bagagem cultural.
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RENASCIDO ASC COMO NO FÉDON, DE PLATÃO, QUE BATIZA ESTA NAVE A VELA, A IMORTALIDADE DA ALMA SE FEZ NOTAR EM SUA EXISTÊNCIA. DEPOIS DE PERDER O MASTRO, ESTE GUNBOAT FOI RENOVADO E RENASCEU AINDA MAIS BONITO, MARINHEIRO E VELOZ POR_DAVID MCCOLLOUGH • FOTOS_ RICHARD & RACHEL JASPERSEN
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WWW.TEAMPHAEDO.COM
RENOVADO OVA
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Em 15 de julho de 2013, o Gunboat 66 Phaedo bateu um novo recorde de singradura em 24 horas, com 427 milhas, na Regata Transpac. Horas mais tarde, o barco perdeu o mastro. Os despojos foram limpos e o barco, certificado de que estava em segurança antes de uma longa volta, a motor, até Newport Beach, na Califórnia. Antes de pisar em terra, o retorno já estava sendo tramado! O proprietário, Lloyd Thornburg, foi conduzindo os trabalhos com diferentes opções e ideias. Tive o privilégio de fazer parte dessa tripulação e, seis dias depois, deixei o barco em direção à McCollough Yachts LLC com um caderno cheio de ideias. Em uma tentativa de organizar as possibilidades disponíveis para Lloyd, criamos uma rede de pacotes de opção semelhante ao que você encontra ao comprar um carro novo. O baixo, o médio e o alto pacote foram denominados Boom, Sonic Boom e Super Sonic Boom. Uma pesquisa cuidadosa foi conduzida para apoiar cada decisão e, gradualmente, se tornou claro que o Phaedo receberia o pacote de opções Super Sonic Boom. Esse pacote incluía novo mastro, longarinas, travessão, conjunto completo de
velas, bolinas, lemes, rolamentos do leme, janelas da cabine, pintura externa, pintura interior e aparelhos de convés. O novo mastro foi rapidamente verificado como o item a tomar mais tempo e tornou-se o nosso foco inicial. Lloyd voou para visitar pessoalmente vários fabricantes. Nesse meio-tempo, eu comecei a desenhar planos de vela determinados a restaurar o equilíbrio do leme do barco. Ao longo dos anos, o Phaedo tinha apresentado algumas características de leme desagradáveis. Era difícil manter o groove contra o vento e fácil de parar no popa, perdendo a velocidade do vento aparente. Nessa época, eu estava participando de testes de mar, no Maine, do Gunboat 66, irmão do Phaedo, SLIM. Ele tinha acabado de receber novas bolinas, mais longas. O leme do SLIM foi o melhor que eu tinha sentido em um Gunboat desde a maravilhosa validação da análise numérica que fizemos depois. Lloyd também havia completado a sua missão de reconhecimento, e a Southern Spars foi selecionada como a fabricante do novo mastro, retranca, longarinas e travessa de proa. De acordo com essa decisão, Burns Fallow da North Sails/Nova Zelândia foi escolhido como novo
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designer de velas do Phaedo, com o apoio de Mark Sadler, da North Sails/Palma. A altura da mastreação aumentou 9%, enquanto a área vélica máxima em contravento foi aumentada em 18%. Enfatizou-se a manutenção de um razoável centro de esforço vertical ao mesmo tempo aumentando a área disponível para os ventos fracos. Desenvolvidos o plano vélico e apêndices iniciais, a decisão foi otimizar tudo para a regata Caribe 600, um percurso na casa do Phaedo e uma aventura que o barco já havia desfrutado duas vezes. Uma seção customizada do mastro foi otimizada com a análise CFD e enviada para a Southern Spars, que construiu um novo molde fêmea especificamente para o Phaedo. Avanços de engenharia em laminados (EC6 e TPT Gold) permitiram à Southern tirar peso do mastro dentro dos limites da seção aerodinâmica. O resultado é um mastro mais alto, mais leve, mais baixo no centro de gravidade vertical e mais aerodinâmico do que o equipamento inicial. Chegamos a estudar por algum tempo a opção de um mastro-asa (rotativo), mas no final optamos pelo fixo.
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Há aqueles que acreditam que os mastros rotativos são sempre a melhor solução para grandes catamarãs de cruzeiro, mas os fatos não são tão pretos e brancos assim. Por exemplo, o Gunboat 66 é, na realidade, um Gunboat 62 prolongado e foi desenhado em 2002. Pelos padrões de 2014, os cascos do Phaedo têm mais rocker e seções muito redondas. Essa combinação não oferece a estabilidade longitudinal dos cascos mais modernos. O resultado é que o Phaedo caturra mais em mar agitado e a mastreação é arremessada para a frente e para trás. Esse movimento diminui drasticamente a sustentação (lift) gerada pela vela grande. O mastro fixo é normalmente mais leve do que um de rotação, com baixo centro de gravidade vertical. A amplitude das caturradas é diminuída utilizando-se o mastro fixo, aumentando assim a eficiência aerodinâmica. É claro que um mastro-asa aumenta a eficiência do fluxo de ar na vela grande. Então, qual a solução que oferece a melhor eficiência geral? Para o Phaedo era uma grande dúvida. O uso dos dois tipos de mastro na flotilha dos IMOCA (OPEN) 60 mostra quanto eles podem con-
vergir em desempenho. No final, o Phaedo ficou com a solução mais simples, com menos partes móveis. Isso permitiu que o plano do convés fosse mais limpo e as operações de velas, mais simplificadas. O maior ganho de desempenho disponível para um Gunboat 66 regular é substituir as bolinas. Quando a linha Gunboat foi originalmente concebida, eram barcos de cruzeiro que ocasionalmente participavam de regatas. Aos poucos, os indivíduos que possuem esses barcos têm exigido mais performance. Assim, as bolinas normais que não se estendiam acima do convés quando retraídas gradualmente foram substituídas por bolinas mais longas, que possuem menor espessura e arrasto. As duas soluções, assimétricas e simétricas, tinham sido projetadas e implementadas antes mesmo do reequipamento do Phaedo. Dada essa experiência anterior, Lloyd Thornburg me pediu para otimizar ainda mais o pacote de apêndices do barco. O primeiro passo foi colocar as ferramentas em ordem. Nós trabalhamos com Clay Oliver para calibrar seu software mais recente de VPP. Eu possuía os dados
de desempenho do SLIM ao competir em 2014 na St. Maarten Heineken Regatta. Esses dados, e o desenvolvimento incansável de Clay, aumentaram a precisão do WinDesign VPP para toda a flotilha Gunboat e os novos catamarãs de cruzeiro (de performance) atualmente em desenvolvimento. Criamos, então, o modelo Caribe 600 dentro do MatLab. Essa ferramenta de alta fidelidade nos permitiu “velejar” diversos barcos em simulação com a entrada de diferentes polares no VPP. Os controles foram regulados para mudar as condições do percurso a fim de simular uma ampla gama de cenários. Com as ferramentas foram criadas três bolinas possíveis: · S-Boards – projetada para fornecer alguma elevação vertical no vento em popa, mantendo a orça no barlavento. (seções assimétricas); · C-Boards – visando principalmente a elevação vertical no vento em popa (seções assimétricas); · Straight Boards – projetada para máxima extensão possível, dentro dos limites dos berços existentes, visando otimizar o contravento em ventos fracos (seções simétricas).
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Polares para cada conjunto de bolinas foram carregadas para o modelo de regata, e a Caribe 600 virtual deu largada! Os resultados foram fascinantes e havia mudanças na liderança em todo o percurso. Cada opção levou à vitória em diferentes condições. No geral, as bolinas Tipo-S foram as mais rápidas; as Tipo-C foram segundas, e as bolinas retas (Straight), as últimas. Foi surpreendente que os tempos gerais geralmente ficaram em um conjunto de dados extremamente parelho. O consenso dos velejadores de que a Caribe 600 é ganha ou perdida atrás de Guadalupe se refletiu na simulação de regata. Nessa situação era sempre bom ter as longas bolinas retas para sair do buraco. Armados com os resultados do modelo de regata, todos concordaram que as bolinas retas ofereceram o melhor custo-benefício e a maior melhoria no ponto mais fraco do Phaedo ao velejar, os contraventos em ventos mais amenos. Com a decisão da bolina reta, o foco então foi deslocado para a execução dos detalhes dos apêndices (lemes e bolinas) no mais alto nível possível. Contratamos Nat Shaver para otimizar as seções de ambos. Nat, especializado justamente no desenvolvimento de fólios, vinha de um
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intensivo trabalho de alguns anos com o desafiante da America’s Cup Emirates Team New Zealand. Durante a Copa, programas muito específicos foram desenvolvidos e permitiram à equipe poupar tempo e tornar-se muito mais eficiente na prospecção dos muitos conceitos testados. Após a Copa, ficou claro que esse tipo de ferramenta, seria muito útil para projetos realizados fora da Copa, economizando tempo e, portanto, o dinheiro dos clientes, e permitindo um nível de análise que não é normalmente aplicado nesses casos. Nat passou a desenvolver um conjunto de ferramentas do zero, que funcionam bem para esse tipo de planos, e o refit do Phaedo era o lugar perfeito para pôr essas ferramentas em prática. O software fez uma linha de levantamentos e análises da rede de vórtices para avaliar rapidamente as mudanças no design. Com o uso um método de diagnóstico rápido, aproveitando-se a parametrização da geometria, é uma tarefa simples adicionar rotinas de otimização. Uma vez que esses parâmetros são definidos, você pode criar automaticamente um arquivo tipo Iges (ou qualquer outro formato), que pode ir direto para o CNC ou outro programa de análise, removendo as várias etapas usuais
entre a definição do design e a ferramenta de análise para economizar tempo e reduzir o erro humano. Mesmo que as bolinas e lemes do Phaedo não possam ter todas as curvas e dobras dos AC72s da última America’s Cup, o seu desenvolvimento foi diretamente influenciado por métodos de concepção deles. Usando ferramentas integradas de definição de geometria e análise, o cliente foi capaz de tirar proveito de um nível de pesquisa que não é normalmente aplicado a projetos fora da Copa. Usando esses métodos, o arrasto foi reduzido em 8% para a condição de cruzeiro quando comparado com antigas seções NACA confiáveis. Os resultados foram enviados para a Core Composite Builders, na Nova Zelândia, e o trabalho meticuloso deles, com suas inovadoras técnicas de colagem e construção, garantiu que os apêndices (lemes e bolinas) do Phaedo se comportariam muito melhor e com mais segurança e rigidez quando encontrassem as ondas do oceano. O peso total foi reduzido. Os painéis solares foram retirados do topo da cabine. A Westerly Marine substituiu todas as gavetas do barco por unidades de carbono e espuma. Cada parafuso de aço
inoxidável e olhal do veleiro foi substituído pelo hardware de titânio fornecido pela Ti64. Mesmo os novos rolamentos do leme são de titânio. Todas essas pequenas reduções do peso têm um efeito cumulativo positivo
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imenso no movimento e desempenho da embarcação. Na maioria dos projetos, o diabo está nos detalhes. No Phaedo, o pirata está nos detalhes. O logotipo do pirata do barco pode ser encontrado em todos os lugares, desde a ponta da longarina até a frente da churrasqueira. Nenhuma pedra foi deixada sobre pedra em termos de qualidade de acabamento, dentro e fora. O reconhecível laranja Lamborghini assumiu uma tonalidade laranja-sangue metálico que faz a velha paleta de cores ficar envergonhada. No primeiro dia de testes de mar, Brian Thompson estava monitorando a performance do barco no software Expedition, na mesa de navegação. Os números que Brian estava olhando eram os antigos números do velho desempenho do Phaedo durante a regata Transpac, antes do refit. E não demorou muito para Brian proclamar que estávamos navegando, no contravento de 8 nós, a “120% das antigas polares”. Quando o Expedition nos mostrou quão longe o barco tinha chegado, havia muitos gritos, cumprimentos e sorrisos ao redor. O empenho de reconstrução do Phaedo foi um esforço de equipe liderada por Lloyd Thornburg e gerido pelo capitão Paul Hand. O
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processo foi agradável e nós já começamos a trabalhar em seu próximo projeto. Eu gostaria de poder dizer mais, mas é top secret. Fique atento…
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SOL, VENTO E KITE
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A segunda edição do Club Med Sailing Week levou “o Circuito Brasileiro de Kitesurf Race para as águas de Itaparica, na boa terra. Entre outras modalidades, as pranchas e pipas se destacaram no cenário de bons ventos e rara beleza FOTOS_GISA DE PAULA
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KITE
O
O Club Med, em Itaparica, na Bahia, recebeu, de 9 a 15 de outubro, diversas modalidades para a celebração do II Club Med Sailing Week, um evento novo, mas que já está se tornando obrigatório no calendário de competições náuticas do Nordeste do Brasil. Durante dois dias, os competidores disputaram as regatas em frente ao Club Med, usufruindo de toda a estrutura do local. Atletas de várias partes do país participaram, deixando a competição ainda mais acirrada. O destaque foi o kitesurfe, modalidade que já se tornou comum em águas brasileiras, nos locais de muito vento, claro, e agora se prepara para fazer parte até das modalida-
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des olímpicas de vela. Sem dúvida, um crescimento impressionante para um esporte que há 15 anos mal existia, mesmo na sua França natal. No domingo, último dia do Circuito Brasileiro de Kitesurf Race, os atletas foram conhecer outras raias da ilha de Itaparica, além daquelas em frente ao complexo hoteleiro. A praia escolhida foi Ponta de Areia, que conta com uma excelente área para esportes de vela. Foram realizadas quatro regatas no último dia, com destaque para Wilson Bodete (PB), que foi o grande campeão da etapa apresentando boa regularidade em todas as provas. Em segundo, Bruno Ferreira, do Maranhão, confirmou sua
ótima fase. Terceiro colocado no Rally dos Ventos, ele agora se junta à elite do Kite Racing nacional com esse resultado em Itaparica. Em terceiro ficou outro destaque paraibano, Ian Barbosa, que andou junto dos líderes e já desponta no cenário nacional na modalidade de kites de velocidade; em quarto, um dos atletas mais completos do Brasil, Roberto Veiga (SC), que mostrou estar em forma velejando de igual para igual com os tops do circuito. Outro destaque na ilha foi Arthur Veloso (PB), filho de Bodete, o “Bodetinho”, que deu trabalho aos mais velhos, demonstrando muita técnica em suas regatas. Herdeiro do paraibano campeão, Arthur
já mostra que vai seguir a saga familiar e terá um futuro brilhante no esporte. Além do kite, rolaram outras atividades, como clínicas de Optmist, o pequeno barco para os velejadores iniciantes, e da coqueluche do momento, o stand up paddle. Todos os participantes receberam medalhas pelo empenho em aprender novos esportes náuticos. O Club Med Sailing Week foi, mais uma vez, um grande sucesso. Tudo realizado no primeiro resort do Brasil, o Club Med Itaparica, que tem uma estrutura sensacional para dias de diversão completa para toda a família e também se torna palco de acirradas competições náuticas.
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GP
ITALIAN
Na penúltima etapa do mundial de motonáutica, as supervelozes Class 1 se enfrentaram na Itália. Com os resultados, a última etapa de 2014, em Abu Dhabi, promete muitas e grandes emoções
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o penúltimo Grande Prêmio da temporada, em Terracina, na Itália, os locais Luca Fendi, da famosa família homônima, e Giovanni Carpitella tiveram um desempenho de tirar o fôlego na sua primeira vitória juntos na C1. Já Daniel Cramphorn e Nico Huybens, da Aquasport, foram dominantes para ganhar na categoria de monocascos, a V1. Com isso, Fendi e Carpitella somam 40 pontos em 2014 e estão a apenas 1 ponto do pódio da temporada, já que a New Star – Poliform, em terceiro geral, tem 40 pontos. Em segundo está o barco norueguês do Zabo Team e, na liderança inconteste, os megacampeões de Dubai, Al Zaffain e Bin Hendi. Em dezembro, 14 barcos vão se alinhar para as duas últimas corridas da temporada, no Grand Prix dos Emirados Árabes Unidos, em Abu Dhabi. O confronto final da primeira temporada – de grande sucesso e competitividade – do “novo olhar” da F-1 da motonáutica, que neste ano juntou os supercatamarãs C1 com os mono-
cascos V1, vai decidir o resultado dos títulos mundiais em ambas as categorias. Se na C1 a Victory, de Arif Al Zaffain e Nadir Bin Hendi, tem uma vantagem de 14 pontos sobre um duo que, no papel, ainda tem chance de levantar o troféu, na V1 a briga pelo título está muito apertada. O Team Chaudron, no topo da tabela com 46 pontos, tem uma tênue vantagem de 1 ponto sobre a Aquasport. E apenas 15 pontos separam os cinco primeiros colocados. A água vai ferver. Caso vença em casa (nem tanto, pois existe uma rivalidade interna nos Emirados Árabes entre Dubai e Abu-Dhabi), a dupla Al Zaffain e Bin Hendi estará celebrando seu quarto título mundial juntos e o 14o para o Team Victory. Sem dúvida, um domínio total da categoria nos últimos anos. Já na V1, a rivalidade é tão intensa que dos três top cada um tem uma vitória e um DNF (abandono). Para Aaron Chiantar e Dominique Martini, da Chaudron, e Maurizio Schepici e Stefano Bonanno, da Tommy One, a falta de sorte pode permitir que Daniel Cramphorn e Nico Huybens, da Aquasport, capitalizem e, embalados com a vitória na Itália, roubem o título de 2014. Veremos!
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FOTOGRAFIA
OS PESCADORES DA ILHA Mario Barila é um amante de Ilhabela há incontáveis anos. Com sensibilidade única, suas objetivas se voltaram para a ilha e seus personagens. Uma bela exposição celebrou o encontro! FOTOS_Mario
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Barila
“O velho pescador era magro e seco e tinha a parte posterior do pescoço vincada de profundas rugas. As manchas escuras que os raios do sol produzem sempre nos mares tropicais enchiam-lhe o rosto, estendendo-se ao longo dos braços, e suas mãos estavam cobertas de cicatrizes fundas que haviam sido causadas pela fricção das linhas ásperas enganchadas em pesados e enormes peixes. Mas nenhuma dessas cicatrizes era recente. Tudo que nele existia era velho, com exceção dos olhos, que eram da cor do mar, alegres e indomáveis.” Este trecho de O velho e o mar, de Ernest Hemingway, abria a exposição de Mario Barila, “Os pescadores da Ilha”. Antes na Secretaria de Cultura de llhabela, para a qual o acervo foi doado, e depois acolhida na Pousada Armação dos Ventos, na praia da Armação (leia-se BL3), foi um grande sucesso.“Nessa exposição fotográfica procurei apresentar alguns dos velhos pescadores de Ilhabela, homens e mulheres que dedicaram sua vida ao mar e à pesca. Com canoas feitas por eles mesmos de um único tronco de árvore, esses pescadores
enfrentaram e venceram, como os rochedos, a eterna luta contra o mar. O mar sempre lhes deu tudo que eles precisavam; com a pesca eles fizeram a vida, compraram o gelo, os mantimentos, o combustível das canoas mais modernas, criaram os filhos, muitos dos quais se tornaram pescadores também. A luta sempre foi muito dura, mas o mar sempre foi muito generoso para esses pescadores”, disse o artista das objetivas ilhabelenses. As fotografias foram feitas com uma câmera Nikon F5. A lente utilizada foi uma 24-120 f4 Nikon. Usaram-se os filmes Fujifilm Neopan Across 100, Ilford Delta 100 e Ilford Pane 50, em preto e branco. Em cromo, coloridos, Velvia e Provia. Uma Nikon 17/35 f2:8 e uma Nikon 80/400 F4, 5,6 também foram usadas em alguns registros. Para os retratos dos pescadores em PB, a câmara, uma 24/120, foi comprada, já usada, em um brechó de Paris. Em algumas fotos utilizou-se um filtro polarizador Nikon. As ampliações foram feitas diretamente do negativo, sem Photoshop. E o resultado você vê com exclusividade nestas páginas. Arte pura!
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CAT55
O NOVO LANÇAMENTO DO ESTALEIRO CONHECIDO PELA QUALIDADE DE SEUS BARCOS DE SERVIÇO E LAZER PODE SER TRADUZIDO POR INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. RAZÃO E EMOÇÃO EM ALTAS DOSES
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NOVOS PROJETOS
ATENTA AOS BENEFÍCIOS DOS CATAMARÃS, A AGUZ CRIOU UMA EMBARCAÇÃO QUE, SEM ABRIR MÃO DO LUXO E DO CONFORTO, PODE SER ATÉ 60% MAIS EFICIENTE NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
AGUZ CAT55 é a mais recente embarcação da Aguz Marine. Com 55 pés, está disponível nas versões vela ou motor e oferece área útil similar a uma lancha monocasco com flybridge de 70 pés. A versão motor navega a 20 nós de cruzeiro com até 60% menos gasto de combustível se comparada à lancha do exemplo. A autonomia, mesmo na versão motor, pode ser superior a 1.000 milhas náuticas (percurso Santos-Salvador, por exemplo) em cruzeiro econômico. “No CAT55 unimos o melhor dos dois mundos: design, sofisticação e luxo de uma boa lancha fly com o espaço, estabilidade, eficiência e economia que só os catamarãs podem oferecer”, diz Rogério Amodio, um dos proprietários do estaleiro. “Nosso objetivo é oferecer uma alternativa apaixonante para proprietários de barcos fly que não se sentem confortáveis em queimar tanto diesel, mas não querem abrir mão da velocidade de navegação”, completa. Uma ideia bem interessante, já que a questão econômica e ecológica torna-se cada vez mais importante. Além de inúmeras inovações nas áreas
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NA OPÇÃO TANTO VELA QUANTO MOTOR, O AGUZ CAT 55 SE DESTACA PELO USO INTELIGENTE DOS MATERIAIS E PELO IMPRESSIONANTE ESPAÇO E CONFORTO INTERNO externas, como solários espalhados pelo barco, sofá amplo na proa, acesso direto do fly à proa, ampla plataforma hidráulica de popa, espaços gourmet no convés principal e fly etc., o AGUZ CAT55 oferece três opções de plantas com até quatro luxuosas suítes (mais duas suítes de tripulantes) e salão principal com sala de estar, sala de jantar, cozinha completa e comando interno, com total visão e integração com o mar. Com a grande vantagem de ser fabricado totalmente no Brasil, e com o alto padrão de construção e acabamento da Aguz, o CAT55 recebe só materiais e equipamentos com garantia local e adequados ao nosso clima e uso, trazendo facilidade na assistência técnica e manutenção. É uma embarcação criada pensando no brasileiro, mas preparada para ser exportada para outros mercados, como Europa, EUA e Caribe, que já demonstram interesse pelo modelo. O CAT55 tem preços bastante atraentes em versões completas para proporcionar total conforto e segurança. O custo de aquisição fica mais baixo do que o de uma lancha de qualidade do tipo flybridge com 45 pés, o que é bem interessante e traz um excelente custo/ benefício. Sem dúvida, um barco a ser considerado!
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FICHA TÉCNICA CATAMARÃ 55 – VERSÃO LAZER COMPRIMENTO/BOCA 16,5 m 7,54 m (motor)/8,40 m (vela) ÁREA VÉLICA 165 m2 versão vela (grande + genoa) CALADO 1,45 m(motor)/1,45 m (vela) DESLOCAMENTO/LASTRO 26 t(motor)/19 t (vela) COMBUSTÍVEL/ÁGUA comb. 2600 l (motor) ou 1200 l (vela)/água1000 l PESSOAS (DIA/NOITE) Até 14/10 CAMAROTES/BANHEIROS Até 4 suítes (camarotes com banheiro) de hóspedes + 2 marinheiros (camarote com banheiro) PÉ-DIREITO (CABINE/BANHEIRO) 2,00 m 2,00 m MOTORIZAÇÃO 2 x 75 – 110 hp (vela) 2 x 360 – 650 hp (motor) PREÇO a partir de R$ 3,2 milhões PARA MAIS INFORMAÇÕES: aguz@aguzmarine.com.br
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RIVIERA ITALIANA
PORTOFINO POUCOS LUGARES TÊM A AURA DESTA PEQUENA VILA INCRUSTADA NUM LITORAL JÁ REPLETO DE JOIAS. PREFERIDO DOS CÉLEBRES E ENALTECIDO PELOS POETAS, ESTE PORTO É O QUE HÁ DE MAIS FINO NO PLANETA. PODE ACREDITAR! POR_MURILLO NOVAES
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A VISTA RIVALIZA COM O PRAZER; A ALEGRIA, COM O CONFORTO. PARA QUEM SABE APRECIAR O MELHOR, NADA COMO UMA VARANDA NO LUGAR CERTO
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ortofino faz parte de outro mundo. De Giorgio Armani a George Clooney, passando por Tom Cruise, Jennifer Lopez e boa parte do PIB e da nobreza europeia, todos que gostam de ver e ser vistos em seus brinquedos e existências de luxo, uma hora ou outra, ancoram em Portofino. Madonna celebrou seus 50 anos na pequena vila da Ligúria que é um verdadeiro anfiteatro natural à beira-mar. Em sua agradável piazzeta, a pracinha que toda pequena cidade possui, estão butiques como Cartier, Dior e Louis Vuitton e alguns dos melhores restaurantes de frutos do mar do planeta Terra. Nas suas encostas, com a verdadeira sofisticação e a devida discrição dos
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que respeitam a natureza e a arquitetura ancestral dos lugares, estão algumas das mais privilegiadas e valorizadas propriedades de toda a costa europeia. Um lugar para poucos! Verdadeiramente! Com uma população de não mais de 500 moradores, Portofino é, talvez, a mais sofisticada vila de pescadores de que se tem notícia. Desde os anos 1960, quando começou a rivalizar com Capri, Montecarlo e Saint-Tropez na preferência dos endinheirados romanos de bom gosto, a pequena comuna que fica bem próxima a Gênova só cresceu em apelo e notoriedade. Isolada na ponta sudeste de uma pequena península, cercada de um mar cristalino por todos os lados, não há estação de trem, e apenas uma única linha de ônibus liga a praça central da cidade ao resto do planeta. Tudo
Vista de cima de uma de suas torres
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VIAGEM
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ESQUEÇA O SER. EM CERTOS LUGARES BASTA ESTAR. POIS, CERTAMENTE, SE VOCÊ CHEGOU ALI, É PORQUE JÁ É ALGUÉM MUITO ESPECIAL
O próprio nome já diz: Cristal Court e seus cristais espalhados pelo salão local – de tirar o fôlego e comer muito bem
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VIAGEM
O FRESCOR DA NATUREZA, ALIADO AO RIGOR E AO SABOR DA MAIS ALTA GASTRONOMIA. E NEM VAMOS MENCIONAR NADA SOBRE A VISÃO DA SUA MESA...
cheira a exclusividade, a começar pelo próprio acesso, que normalmente é feito de barco. E que barcos! Alguns dos mais inacreditáveis iates que as águas dos oceanos já tocaram aportam na pequena baía com regularidade impressionante no verão mediterrâneo. E de dentro deles saem as já citadas megacelebridades que povoam o imaginário de todos. No entanto, há como desfrutar de tudo isso também no conforto de um hotel que faz jus à mística local. Com vista privilegiada para a encantadora baía de Portofino, o Belmond Hotel Splendido tem sido por anos um dos lugares mais charmosos da Itália para se hospedar. Esse antigo mosteiro possui fabulosos terraços de jardins com uma bela piscina e célebres restaurantes. Suas amenidades e confortos, até mesmo para os
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pets que acompanham seus donos, são conhecidos e enaltecidos pelos que gostam do melhor nos quatro cantos do mundo. A rede Belmond, operada pela Orient-Express, é uma verdadeira coleção mundial de hotéis excepcionais para aventuras de viagem de luxo em alguns dos destinos mais inspiradores e enriquecedores do planeta. Começou, há quase 40 anos, com o Belmond Hotel Cipriani, em Veneza, e assim permanece nas 45 operações da cadeia (entre trens e cruzeiros fluviais) pelo globo afora. E, com certeza, o Hotel Splendido, às bordas das maravilhas de Portofino, honra a tradição da marca. Vale sua visita! Un bel monde, n’est-ce pas? Para saber mais: www.belmond.com/hotel-splendido-portofino
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