Golf CBG Life - Edição 58

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R$ 26,00

REVISTA OFICIAL DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GOLFE










GOLF life

52 36 112 86 Consumo

Torneio

16 SHOPPING Os pequenos e grandes prazeres

52 O GRANDE JOGO Aberto do Brasil no Gavea

Notícia

Campos

34 REELEIÇÃO CBG Presidente por unanimidade

68 GOLFE & HISTÓRIA Greens e fairways de Petrópolis

Iniciativas

Capacitação

36 SUCESSOS DO GOLFE Projetos da Confederação

74 JOGAR COM CONHECIMENTO Curso para os profissionais

Tecnologia

Incentivo

46 GOLFE COM CIÊNCIA Flightscope e Sam PuttLab no Brasil

80 PARCERIA PROFISSIONAL Confederação e Mini Tour juntos


REVISTA OFICIAL DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GOLFE

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68 Alto rendimento

Torneio

82 PROS EM CURITIBA Quarta Etapa CBG Pro Tour

104 FESTA EM ITU Aberto Embrase Terras de São José

Torneio

Torneio

86 ALTO DESEMPENHO Sul-Americano Pré-Juvenil

108 GOLFE SÊNIOR Campeonato Sul-Americano

Torneio

Torneio

92 UMA DÉCADA Aniversário do Terravista Golf Course

110 VITÓRIA DE GENTE GRANDE Campeão aos 12 anos de idade

Viagem 98 DOCE ARIDEZ No deserto do Atacama


Alphaville Graciosa Clube, Sul-Americano PrĂŠ-Juvenil


GOLF life

REVISTA GOLF CBG LIFE PUBLISHER PAULO CEZAR PACHECO DIRETOR EDITORIAL MARCO FRENETTE * marco.frenette@gmail.com DIREÇÃO DE ARTE DUSHKA * dushka29@gmail.com EDIÇÃO DE ARTE CARLO WALHOF REVISÃO LILIAN DO AMARAL VIEIRA E RICARDO JENSEN FOTÓGRAFO OFICIAL ZECA RESENDES REPÓRTERES CONVIDADOS: NANCY CABRINO E HENRIQUE FRUET

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GOLFE PRESIDENTE PAULO CEZAR PACHECO VICE-PRESIDENTE DE MARKETING KLAUS BEHRENS VICE-PRESIDENTE INSTITUCIONAL ARATA HARA VICE-PRESIDENTE DE DESENVOLVIMENTO HENRIQUE LUZ VICE-PRESIDENTE OPERACIONAL JOSÉ AUGUSTO CÂNDIDO VICE-PRESIDENTE TÉCNICO NORTON JOCHIMS FERNANDES DIRETOR DE REGRAS JOHN BYERS DIRETOR JURÍDICO ANTONIO CARLOS CRUZ LIMA DIRETOR ADMINISTRATIVO MILTON MARCOS BORBA DIRETOR FINANCEIRO ISMAEL FERREIRA FILHO GERÊNCIA EXECUTIVA MÁRCIO VASCONCELOS GALVÃO COACH NACIONAL SHAUN CASE GERENTE TÉCNICO ANTÔNIO LUIZ CHAVES BARCELLOS GERÊNCIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA MARIA ANGÉLICA A. GIUSTI E PATRICIA YUI YAMATE GERÊNCIA DE PROJETOS E CONVÊNIOS LILIAN URATA E DANIEL TOLEDO GERÊNCIA DE OPERAÇÕES DE EVENTOS E TORNEIOS RODRIGO RANGEL E DARCIO RICCA GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO MARCO FRENETTE ASSESSORIA DE IMPRENSA HILL + KNOWLTON

WWW. CBG.COM.BR


GOLF LIFE

Trabalho constante e interminável Uma das grandes sensações da vida é o sentimento do dever cumprido no atendimento de um programa de trabalho proposto. É algo muito especial apreciar os frutos após ter trabalhado objetivando um ideal, e sempre com uma equipe capaz e comprometida de forma irrestrita. Sabemos que ainda há muito para se fazer pelo golfe brasileiro – e com certeza continuaremos fazendo, porém, ao findar a gestão do biênio 2012-2013, as ações planejadas foram superadas, motivo que nos leva a comemorar e a prestar contas a todo o golfe brasileiro. É com orgulho que apresentamos nesta última edição de 2014 um balanço das principais realizações da CBG, além de matérias específicas abordando desde o número crescente de crianças atingidas pelo programa Golfe para a Vida até o aumento significativo de torneios em nosso calendário oficial, passando pelo alto rendimento, no qual vemos nossos atletas alcançarem cada vez mais e melhores resultados no Brasil e no exterior. É, enfim, uma série de resultados positivos que nos alegra a todos e serve de incentivo para que continuemos sempre adiante. Claro que não teríamos chegado tão longe sem a grandiosa ajuda de todos os nossos parceiros públicos e privados, os colaboradores diretos, os diretores, vice-presidentes, federações, clubes e, ainda, os golfistas em geral, todos devidamente citados ao longo das matérias, demonstrando nosso sincero reconhecimento a todos. Afinal, sozinho ninguém chega a lugar algum. O homem não é uma ilha, como bem cantou o poeta. Outro aspecto que muito me orgulha como dirigente esportivo é o fato de ter sido reeleito de forma unânime para meu segundo mandato como presidente da CBG, tendo merecido a confiança de todos para continuar no cargo que ocuparei até o fim de dezembro de 2016. Isso significa a grande honra de presidir a instituição maior do golfe brasileiro durante o período das Olimpíadas, que ocorrerão no Rio Janeiro, tendo o retorno do nosso querido esporte aos Jogos após mais de cem anos de ausência. E aproveito para deixar registrado aqui meu agradecimento público aos vice-presidentes Odécio Lance e José Kobori, que nos deixam ao fim desses dois anos após realizarem um excelente trabalho, o qual foi reconhecido por toda a diretoria e colaboradores. Golfistas amigos, estejam certos de que entregaremos um trabalho a ser seguido, que fará parte do grande legado do golfe brasileiro nos Jogos Olímpicos de 2016. Que Deus os abençoe neste Natal e lhes reserve um ano de 2015 pleno de paz, realizações e muita saúde.

Paulo Cezar Pacheco Presidente da Confederação Brasileira de Golfe

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The Ultimate Golf Experience* Os vencedores do Nespresso Trophy Brasil irão para a Escócia prestigiar a Ryder Cup 2014. Saiba mais em www.nespresso.com/trophybrasil

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Apoio:


BEBIDAS

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PARTY DRINKS



DÉCOR NOTES

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VIDA BOA Livro de capa dura, Pools Reflections, publicado pela editora Rizzoli, em inglês. Depois de 20 anos da primeira publicação de Pools, sua autora, Kelly Klein, traz uma nova perspectiva sobre o mesmo tema. Ela juntou as mais inspiradoras imagens de piscinas ao redor do mundo.


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DÉCOR NOTES

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250 ANOS DA BACCARAT A Baccarat, grife que produz os cristais mais desejados do mundo, traz peças comemorativas, em edições limitadas, que homenageiam sua história de dois séculos e meio de tradição e estilo. Entre as peças comemorativas do aniversário da Baccarat, o icônico lustre Zénith 84-light. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 690, São Paulo, SP, tel. (11) 2769 4010

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TUDO EM 1. A Micasa oferece os produtos disputados da Vitra. Um desses é o Uten.Silo, em vermelho fogo, com design de Dorothee Becker, do ano 1969. O Vitra Design Museum produz Uten.silo na versão 1969 original e sua versão menor, criada em 1970. Rua Estados Unidos 2109, São Paulo, SP, tel. (11) 3088-1238

QUE HORAS SÃO? A luxuosa coleção Jardin d’Eden, concebida pelo designer holandês Marcel Wanders, não para de surpreender com novas peças excepcionais da alta ourivesaria, desenvolvidas à mão nas oficinas da Christofle. Como prova disso, o relógio redondo de 1,6 metro de diâmetro que o designer desenvolveu. www.christofle.com, SAC Brasil: (11) 3864-4288

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RESTAURANTES

25 ANOS DE QUATTRINO Há 25 anos, movida por uma paixão gastronômica, a chef e empresária Mary Nigri abriu seu restaurante nos Jardins, no refinado quadrado entre as ruas Oscar Freire e Padre João Manuel. A arte de recepcionar, aliada ao esmero no preparo dos pratos, levou o Quattrino a um nível de referência incomparável, tornando-se um ambiente frequantado por formadores de opinião, artistas nacionais e internacionais, bem como para o público que busca no mesmo espaço ter uma experiência memorável. De lá para cá, a história do Quattrino foi marcada pelo pioneirismo de pratos na cozinha variada – destacando-se por utilizar produtos 100% naturais e com ingredientes frescos – e criações consagradas da chef Mary, como o famoso e único gnocchi da sorte, além do cardápio das dietas Dukan e Ravenna e os requisitados pratos sem glúten. Para celebrar os 25 anos do restaurante, Mary apresentará, no decorrer do ano, receitas exclusivas e uma série de comemorações e ações envolvendo seus clientes. “Esperamos perpetuar a nossa história de tradição e boa gastronomia envolvendo amigos, parceiros e clientes que nos prestigiaram e estiveram presentes ao longo dos anos”, revela Mary.

O nome “Supra” – superioridade ou ponto mais alto – faz jus à excelência da gastronomia italiana que se encontra no novo espaço do Supra di Mauro Maia. No charmoso bairro do Itaim Bibi, a casa com ambiente contemporâneo se contrapõe entre a leveza dos móveis italianos e a modernidade de um pé-direito alto com imagens que levam da Itália ao Brasil em apenas um passeio pelo corredor. Todos os detalhes – das cores (amarelo, cinza e preto) harmoniosamente espalhadas pela casa de 450 m² à cozinha aberta, onde é possível ver a minifábrica artesanal de massas e o esmero no preparo dos pratos, incluindo a rotisseria e a adega de vinhos – passaram pelo olhar criterioso do experiente e premiado chef Mauro Maia e seu sócio, o também chef Rodrigo Bizzo, e prezam o conforto e o bem-estar. Com capacidade para 86 clientes, o Supra di Mauro Maia oferece menu executivo com preço fixo e pratos à la carte, com destaque para os famosos desde o antigo estabelecimento, como Agnolotti dal Plin in Salsa di Arrosto e Risotto ai Frutti di Mare, além de entradas, pratos especiais de carnes e peixes, incluindo cabrito e vitelo assado. Nas sobremesas, destaque para o Canolli Siciliani, o Semifreddo di Cioccolatto e sorvete cremoso italiano de fabricação própria.

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SUPRA DI MAURO MAIA



RELÓGIO

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Grande Reverso Ultra Thin 1931 de ouro rosé 18K com mostrador chocolate, Jaeger-LeCoultre. Tem movimento mecânico de corda automática e 45 horas de reserva de marcha. A pulseira é de couro de crocodilo fosco; já a segunda pulseira, de couro de Córdova, feita manualmente nos ateliês da Casa Fagliano, se distingue pela elegante maleabilidade. Tel. (11) 3152-6640

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TENDÊNCIA

O RESTO É MAR Morando longe ou perto da praia, o mar atrai como o canto da sereia. Convida ao aconchego e ao mais completo relaxamento dos sentidos POR CLAUDIA LEVRON

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1. Painel Sea, da marca Rebel Walls, arte assinada por Isak Dinesen, venda sob medida, All Decor Boutique.

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O seu evento


TENDÊNCIA

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2. Timão de madeira, origem China, século XX, 61 x 61 cm, Stiledoc. 3. Copo Highball de vidro azul, 8,3 cm de diâmetro x 15 cm de altura, vendido individualmente, Sou Q. 4. Poltrona Belinda, estofada com tecido de lona, em tie-dye azul, 110 x 90 x 75 cm, Star Home. 5. Saboneteira concha, de cerâmica na cor branca, 10 cm de diâmetro x 3 cm de altura, Secrets de Famille. 6. Vaso Durian, de porcelana branca com interior verde, designer Nathalie Hendrickx, da marca homônima, 8 cm de diâmetro x 8 cm de altura. Pode ser vendido individualmente, Benedixt. 7. Escultura de peixe em madeira nobre, design nacional, 50 cm, Sentido Cosmopolita.

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JOIA

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7 AZUL REAL

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Na alta joalheria, a escolha da pedra é fundamental. Raras safiras e tanzanitas de azul profundo e intensidade cristalina nos hipnotizam. 1. Modernidade geométrica. Brinco Cometa com mix de safiras azuis. Jack Vartanian, tel. (11) 3524-4600. 2. Gota de luz. Colar de ouro branco com diamantes e safira azul. Montecristo, tel. (11) 3152-6660. 3. Chandelier poderoso. Brincos Atlântico em ouro branco 18k com tanzanitas e diamantes, da coleção 70 anos da marca Amsterdam Sauer. Tel. (11) 3152-6490. 4. Duplicidade de charme. Brincos de ródio negro com diamantes e tanzanitas, Mariana Berenguer. www. marianaberenguer.com.br. 5. Registro contemporâneo. Brincos de ouro branco com diamantes lapidação brilhante e safiras, Frattina. Tel. (11) 3097-0811. 6. Aura luminosa. Anel de ouro branco 18k com diamantes e tanzanita. Alwahch. Tel. (11) 39264616. 7. Textura apaixonante. Brincos da Private Collection de ouro branco com banho de ródio negro. Com pedra da lua de reflexos azulados, tanzanitas, safiras multicoloridas e brilhantes. Marco Marchese, tel. (11) 3667-5557. 8. Órbita estrelar. Brincos de ouro branco 18k com diamantes e safiras, Silvia Furmanovich. Tel. (11) 3152-6200.

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BRASIL 1

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VERDE, AMARELO & AZUL 1. Flower power. Capa para iPhone 5 e o novo modelo 5S com flores de vinil e pele de veado, Burberry Prorsum. Tel. (11) 3032-7274. 2. A textura da pele de cobra se une à sofisticação da forma geométrica na clutch, Isla. Tel. (31) 3291-6772. 3. Shopping bag espaçosa. Bolsa de couro modelo Lm Cuir Longchamp. Tel. (11) 3032-3778. 4. Mimo delicado. Gargantilha e pingente de ouro amarelo 18K com esmeraldas, diamantes e no centro turmalina, Priscila do Vale. Tel. (11) 2476-3900. 5. Retrô atual. Ponha na sua wish list o bracelete Miu Miu com cristais. Tel. (11) 5525-6370. 6. Alta relojoaria. Relógio Ballon Bleu de ouro rodinado com diamantes, Cartier. A plumagem do papagaio sobre o fundo de diamantes foi feita com uma marchetaria de pétalas de flores delicadamente cortadas; o bico é de ônix e o olho, de esmeralda. Tel. (11) 3081-0051. 7. Bouquet floral na saia, Red Valentino. Tel. (11) 3274-7890. 8. Ponto de atração. Bracelete de aço com cristais e couro, Swarovski. Tel. (11) 3816-7111. 9. Esconde e revela. Sandália de camurça e vinil translúcido com salto de 10 cm, Burberry Prorsum. Tel. (11) 3032-7274

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• NOTÍCIA

Paulo Cezar Pacheco, reeleito para a presidência da CBG

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VITÓRIA DA CONTINUIDADE Reeleito por unanimidade, o presidente Paulo Cezar Pacheco estará à frente da CBG até 2016, dando prosseguimento ao projeto de criar um golfe sustentável desde as bases até o alto rendimento

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m novembro último, em Assembleia Geral realizada nas dependências da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), na cidade de São Paulo, o empresário Paulo Cezar Pacheco foi reeleito por unanimidade. O novo mandato inicia-se em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de 2016. A nova chapa apresentada pelo presidente mantém nomes da gestão anterior, a exemplo de Norton Fernandes (vice-presidente técnico), Klaus Behrens (vice-presidente de marketing) e Arata Hara (vice-presidente institucional); e acrescenta dois novos: Henrique Luz, como vice-presidente de desenvolvimento, e José Augusto Cândido, como vicepresidente operacional. “Fico feliz em ter a oportunidade de cumprir meu segundo mandato e de ter merecido a plena confiança de meus

colegas dirigentes. Agora, é apenas dar continuidade ao trabalho sério e amplo que já vínhamos desenvolvendo para acelerar e dar sustentabilidade ao crescimento do golfe brasileiro, desde suas bases até o golfe de alto rendimento”, resumiu Pacheco. O trabalho do presidente reeleito e de sua equipe tem sido caracterizado por uma visão ampla do golfe brasileiro, ao mesmo tempo que concentra esforços nos Jogos 2016, no Rio de Janeiro, e terão o golfe novamente como esporte olímpico, após mais de 100 anos de ausência. “Da construção do campo olímpico à formação de jogadores de alto rendimento, passando pela capacitação de profissionais das mais diversas áreas, estamos trabalhando séria e continuamente para que esse momento histórico do golfe mundial tenha uma notável participação brasileira”, completou Pacheco.

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• REALIZAÇÕES

SUCESSOS DO GOLFE

BRASILEIRO Sempre alinhada com importantes parceiros da iniciativa pública e privada, a Confederação Brasileira de Golfe termina 2014 com significativos avanços em seu projeto de dar ao Brasil um golfe de qualidade e com crescimento sustentável, que terá sua primeira grande vitrine nas Olimpíadas de 2016 POR PAULO CEZAR PACHECO

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• REALIZAÇÕES

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á em todos nós uma forte tendência de ver o mundo pelas lentes do passado. Daí a existência do lamento mundialmente conhecido: “Mas no meu tempo...”. Por isso, é importante o exercício diário de olhar para a frente, de ver o presente como ele realmente é, enquanto se trabalha seriamente para um futuro melhor. Faço essa reflexão porque em minhas viagens pelo país, na tripla condição de empresário, golfista aficionado e presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), pude entender com maior propriedade que, por uma série de razões, não aproveitamos os grandes nomes que tivemos como representantes desse esporte tão marcado pela insígnia do elitismo. Porém, não houve exatamente um descuido, mas talvez uma passividade inadvertida na demora de partirmos para a profissionalização e para uma ação mais contundente junto aos governos municipais, estaduais e federal, gerando ações indispensáveis para a popularização do golfe, tal como a criação de centros de prática, campos públicos, escola de formação de professores, de especialistas técnicos e de árbitros. Os tempos e as oportunidades nos trazem uma responsabilidade grandiosa, pois as grandes revoluções estão a caminho, e a CBG está se empenhando na construção de um golfe brasileiro sólido e sustentável. É um trabalho árduo e constante, porém os frutos já estão surgindo; e é sobre esses frutos que falarei a seguir, pontuando e dando números comprováveis dos resultados alcançados pela nossa instituição, sempre alinhada com nossos importantíssimos parceiros. CRIANÇAS DESCOBRINDO UM NOVO MUNDO Um dos projetos mais interessantes e emocionantes da CBG é o Golfe para a Vida, o maior programa já realizado no Brasil para o crescimento desse esporte por meio da ampliação da base. O projeto oferece às

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Cenas do Golfe para a Vida: 50 mil crianças já descobriram o golfe


Lauren Grinberg, Giovanna Hirata Yabiku e Luiza Altmann: novas geraçþes no alto rendimento

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• REALIZAÇÕES

crianças a oportunidade de ter o primeiro contato com o golfe e também funciona como uma ótima ferramenta educacional para incentivá-las a viver e a enfrentar seus desafios com discernimento, ética, honestidade e perseverança. O foco é qualificar e certificar, em nível nacional, os professores de educação física e profissionais de golfe para introduzir o esporte para o público infanto-juvenil por meio de um processo padronizado e sustentável. O programa já foi implantado em seis estados e várias cidades, como Curitiba, Foz do Iguaçu, Costão do Santinho, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador. No total, mais de 50 mil crianças já tiveram o primeiro contato com o esporte por meio de aulas ministradas por mais de 200 professores capacitados nas próprias cidades. Esses números dão um claro indicativo do imenso potencial desse projeto. E, como sempre, não estamos sozinhos e contamos com excelentes parceiros, pois o programa Golfe para a Vida tem o patrocínio do HSBC por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte e apoio técnico-financeiro do R&A, o Royal & Ancient Golf Club of St. Andrews, além de contar com o total comprometimento das federações e seus clubes filiados e também dos órgãos governamentais, como as Secretarias Municipais de Esportes, a exemplo da paulista, que incluiu o Golfe para Vida como destaque em sua Virada Esportiva de 2014, tendo o Embrase Golf Center, da Federação Paulista, como sede. Entre os mais de 400 pontos de divulgação dos mais variados esportes, o secretário Celso Jatene escolheu justamente o do golfe para visitar e dar seu incentivo especial. Outros sinais inequívocos da força desse projeto é o número de vezes que a grande mídia se interessou por ele. Entre tantas outras, o Golfe para a Vida já foi tema de reportagens na TV Globo, na TV Bandeirantes e na Rádio Jovem Pan. O CRESCIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE COMPETIÇÃO Outro grande orgulho de nossa instituição é o esforço que empreendemos para dar ao profissional

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Campo Olímpico no Rio: legado ao Brasil e ao mundo Rafael Becker: campeão do Aberto do Brasil/ Aberto do Atlântico


brasileiro melhores condições de competitividade e maior ritmo de jogo. Nosso Circuito Brasileiro de Golfe, o CBG Pro Tour, é, sem a menor sombra de dúvida, a mais importante iniciativa para o desenvolvimento do golfe profissional brasileiro das últimas décadas; e os números são crescentes. Em 2011, ano de estreia do circuito, foram três etapas com R$ 100 mil em premiação cada um, totalizando R$ 300 mil no ano. O primeiro campeão do circuito foi o paranaense João Paulo Albuquerque. No ano seguinte, aumentamos para quatro etapas com a mesma premiação, totalizando R$ 400 mil, e o vencedor foi o paulista Ronaldo Francisco. Em 2014, depois de cinco etapas com um total de R$ 520 mil em prêmios, a taça foi para o argentino Mauricio Molina; e em 2014 as mesmas cinco etapas distribuirão R$ 600 mil em prêmios, ocorrendo a última no Rio de Janeiro neste mês de dezembro. Além da premiação em si, o incentivo aos profissionais brasileiros vem pelo aumento de oportunidades para competirem em torneios nacionais e internacionais, e assim melhorarem seu desempenho no esporte. Já faz dois anos que o Aberto do Brasil integra o calendário PGA Tour Latinoamérica, que dá acesso ao Web.com Tour, que, por sua vez, é a principal porta de entrada para o PGA Tour norte-americano. Esse projeto se fez vencedor pela coragem da inovação na parceria criada com a IMX e se estendeu para os eventos internacionais; e estamos caminhando para outros desafios tão grandiosos como os já alcançados até o momento. Além dos recursos por meio da Lei Agnelo Piva, a CBG tem contribuído para o suporte financeiro dos jogadores ao viabilizar suas inserções no Programa Bolsa Atleta, do governo federal. Neste ano, foram R$ 430 mil distribuídos para 30 golfistas amadores e quatro profissionais. Noutra ponta da preparação, proporcionamos uma formação complementar, a exemplo do Programa de Treinamento de Profissionais de Golfe, voltado para a atividade de coaching, cuja segunda edição realizamos em outubro, reunindo 45 participantes de várias partes do país. Nós trouxemos palestrantes com Capacitação de professores de educação física para ensinar golfe às crianças

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• REALIZAÇÕES

larga experiência, como Santiago Garat, professor da Escuela de Golf de Asociación Argentina de Golf e head coach da mesma instituição, e Craig Thomas, coach e profissional da PGA norteamericana. São, enfim, uma série de ações que vão se complementando para uma capacitação completa de nossos profissionais. PARA UM DESEMPENHO TOTAL O golfe é um esporte complexo se falamos em competições de alto nível. A preparação e formação de um grande atleta envolvem tantas variáveis e tamanho cuidado que a CBG criou em 2011 o Programa de Alto Rendimento, que, com apoio do Comitê Olímpico e com recursos da Lei de Incentivo Agnelo Piva, fornece aos atletas de ponta uma equipe multidisciplinar, incluindo técnicos e preparadores físicos, além de arcar com custos de viagens para que os jovens atletas possam adquirir experiência competitiva em várias partes do mundo. Por exemplo, os jovens talentos Herik Machado, André Tourinho e Tomaz Pimenta disputaram recentemente o 119° Campeonato Argentino de Aficionados Copa FiberCorp; e Rohan Boettcher tornou-se o campeão mundial da Faldo Series Grand Final 2014, superando 82 dos melhores juvenis de 20 países, todos eles campeões das etapas anteriores desse que é o mais importante torneio do mundo para golfistas até 21 anos. Outro grande exemplo é o desempenho do brasileiro Rafael Becker, campeão do Aberto do Brasil/Aberto do Atlântico by Credit Suisse Hedging-Griffo e um dos atletas sob os cuidados do preparador físico professor Paulo Mazzeu, da CBG. GOLFE COM TECNOLOGIA DE PONTA Se os recursos humanos são fundamentais, eles só podem atingir o máximo de potencial se tiverem à sua disposição o melhor da tecnologia. Com essa visão, a CBG trouxe ao Brasil, por meio de convênio firmado com o Ministério do Esporte, os sistemas Flightscope X2 e Sam Putt Lab, que analisam desde o voo da bola e nível de dispersão até ângulos de

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Programa de Treinamento de Profissionais


Luiza Altmann: exemplo de técnica e dedicação

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• REALIZAÇÕES

ataque e eficiência de rolagem; tudo em 3D e com a mais extrema precisão. Foram comprados seis unidades de cada um desses imprescindíveis sistemas para atingir a alta performance em campo, os quais ficarão com os coaches regionais da CBG em várias partes do Brasil, para o treinamento e avaliação de nossos jogadores. Outro grande avanço em termos de tecnologia, e de interesse de todos os jogadores de golfe, é o sistema CBG-BlueGolf, que permite acessar em tempo real os resultados dos torneios, verificar handicaps e cartões, ver listagens de campos e conferir as jardas, entre outras tantas funções. CRESCIMENTO DO CALENDÁRIO Outro aspecto de nosso trabalho que nos tem causado muita satisfação é a oferta de torneios aos golfistas de todo o Brasil. Além dos torneios do CBG Pro Tour, as competições têm aumentado constantemente. Em 2013 nosso calendário teve 15 torneios amadores e 10 juvenis, o que já havia sido um crescimento com relação a 2012, mas neste ano subimos para 21 torneios amadores e 17 juvenis. Também houve um aumento no número de competições válidas para o ranking mundial, totalizando 34 torneios, e isso cria maiores chances de participação de brasileiros em eventos internacionais. CAPACITAÇÃO INTERNA Porém, para atingirmos todos esses objetivos e continuarmos nessa jornada vitoriosa, nossa própria equipe precisa também estar em constante aprimoramento, para não haver descompasso entre as exigências de desempenho e o conhecimento. Recentemente, o coach nacional da CBG, Shaun Case, e Nico Barcellos, nosso gerente técnico, participaram de um dos mais importantes eventos da área instrucional e de preparação de atletas de alto rendimento, a PGAs of Europe Teaching & Coaching Conference 2014, que aconteceu em setembro na University of Stirling Management Centre, na Escócia. Eles tiveram contato com o que há de mais refinado e efetivo em conhecimentos

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Virada Esportiva: o golfe como destaque

André Tourinho: uma das promessas brasileiras


golfísticos voltados para a instrução e a condução de atletas à vitória. O mesmo ocorre com o preparador físico Paulo Mazzeu, que foi participar do Olympic Lifting Coach e do World Golf Fitness Summit 2014, ambos realizados nos EUA em outubro último, que são dois encontros de profissionais de alto nível de várias partes do mundo. A estrutura interna da CBG teve de ser ajustada e profissionalizada. Hoje contamos com profissionais superqualificados, em sua maior parte com MBA em gestão esportiva. Com essa política de preparação e capacitação de todos os envolvidos no projeto de crescimento do golfe brasileiro, estamos realmente atingindo novos níveis de competitividade.

Daniel Stapff: um dos destaques da nova geração

O BRASIL NAS OLIMPÍADAS Embora o plano geral de ação da CBG vise a um golfe altamente sustentável e sólido em suas bases, possibilitando um crescimento que seja constante e perdure pelas próximas décadas, será mesmo nas Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016, que o golfe terá uma exibição como jamais poderíamos ter sonhado anos atrás. E o orgulho será completo, pois estamos construindo um campo magnífico, de nível internacional em todos os aspectos, que após os Jogos será um campo público, aberto à população. Como poderíamos querer oportunidade melhor de coroar tantos anos de trabalho e dedicação a esse esporte maravilhoso? A CONTINUIDADE Nenhum trabalho, porém, dará todos os seus frutos se não houver continuidade e abertura. Por isso, rogo a todos os dirigentes e aficionados do golfe, e em particular aos clubes de todo o Brasil, que se inteirem dos projetos e se envolvam de forma ativa. Necessitamos de uma maior abertura no acesso aos clubes, para que tenhamos a oportunidade de criar ídolos, que serão fundamentais para o crescimento e para a desmistificação do golfe junto à população brasileira. Estejam certos de que, se nos unirmos e se cada um de nós realmente acreditar que podemos ser uma das grandes potências do golfe mundial, é justamente isso o que seremos.

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• ALTO RENDIMENTO

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UM GOLFE CIENTÍFICO Por meio de convênio firmado com o Ministério do Esporte, a Confederação Brasileira de Golfe trouxe ao Brasil os sistemas de análise Flightscope X2 e Sam PuttLab, imprescindíveis para atingir a alta performance em campo POR MARCO FRENETTE

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• ALTO RENDIMENTO

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estudo pioneiro na área do golfe científico foi o de Alastair Cochran e John Stobbs. Eles publicaram suas descobertas em 1968, em um livro chamado Search for the Perfect Swing: The Proven Scientific Approach to Fundamentally Improving Your Game; e no ano seguinte surgiu a obra incrivelmente complexa sobre a construção de um swing eficiente, The Golfing Machine, escrito por Homer Kelley. Entre os profissionais e treinadores sérios, essas duas obras colocaram definitivamente no passado a imagem idealizada do “jogador instintivo”, o qual conduzia seus treinos e suas estratégias a partir de inferências pessoais e de uma experiência calcada em sofridos anos de tentativas e erros. E hoje, após tantas décadas de estudos e avanços científicos que foram se acumulando a essas duas obras iniciais, chegou-se ao ponto positivo de não haver mais atleta que prefira “achar” ou “intuir” qualquer coisa, uma vez que ele realmente pode saber, bastando utilizar, ele próprio ou seu técnico, os softwares de análise, que são, basicamente, a digitalização e computadorização dos conhecimentos físicos, geométricos e biomecânicos envolvendo o swing de golfe e outros aspectos do jogo. Entre as tantas ofertas disponíveis no mercado, há dois aparelhos excepcionais: o Flightscope X2 e o Sam PuttLab Standard. O primeiro é o mais famoso e um dos mais completos sistemas de análise de swing e de voo de bola. Sua base é um radar 3D no sistema Doppler, permitindo uma análise acurada do resultado da tacada, informando direção (para onde a bola está indo), trajetória (configuração do tipo de “linha” que a bola descreve no ar) e altura (relação de distância com o solo durante o voo). Também é possível analisar ângulos horizontais e verticais de lançamento; nível de compressão da bola durante impacto; spin; rolagem; tempo de voo; distância e dispersão. E, quanto ao comportamento do taco, o Flightscope X2 detecta com precisão a velocidade da cabeça; aceleração; planos de swing; ângulos de ataque e de trajetória. Já o Sam PuttLab é um sistema de análise e treino de

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OS SISTEMAS DE ANÁLISE SÃO A DIGITALIZAÇÃO E COMPUTADORIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS FÍSICOS, GEOMÉTRICOS E BIOMECÂNICOS ENVOLVENDO O SWING E OUTROS ASPECTOS DO JOGO


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• ALTO RENDIMENTO

putting baseado em mensurações por ultrassom. O nível de detalhamento é tão bom a ponto de fornecer 28 parâmetros envolvendo o stroke de putter, tais como duração do movimento; rotação; tempo de impacto; direção e percentual de consistência. São justamente esses dois equipamentos de ponta que a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) trouxe ao Brasil para auxiliar na preparação de seus atletas dentro do Programa de Alto Rendimento da instituição. Foram comprados seis Flightscope e seis Sam PuttLab por meio de acordo firmado com o Ministério do Esporte. “Esses equipamentos serão de grande utilidade para uma análise mais realista e científica dos desempenhos e eficiência técnica de nossos atletas. A partir de agora, nossos atletas treinarão com as mesmas condições que os jogadores encontram em outros centros internacionais”, explicou Paulo Cezar Pacheco, presidente da CBG. Naturalmente, a tecnologia de ponta exige preparo e perspicácia analítica para dela extrair as informações preciosas para o atleta. Sendo assim, de 1o a 3 de dezembro, o coach nacional da CBG, Shaun Case, ministrará, nas dependências do Clube Curitibano de Golfe, um curso de capacitação ao gerente técnico da CBG, Nico Barcellos, e aos coaches regionais Tiago Silva, Gonzalo Berlin, Luiz Miyamura e Vinícius Muller. Numa segunda fase do projeto, os coaches coordenarão as sessões de análise com os atletas brasileiros, as quais acontecerão em várias partes do país. O lançamento oficial do equipamento acontecerá no primeiro dia de torneio da quinta etapa do Circuito Profissional de Golfe, o CBG Pro Tour, no dia 11 de dezembro, no Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro. Na ocasião, após a primeira volta de competição, vários profissionais terão a chance de serem analisados pelo Flightscope e pelo Sam PuttLab, com supervisão de Nico Barcellos. Nesse dia, é esperada a presença do secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. A importância da compra e utilização desses equipamentos se justifica pela alta competitividade e desempenho que predominam nos torneios, nos quais um simples erro ou acerto a mais significa a diferença entre a vitória e a derrota.

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A TECNOLOGIA DE PONTA EXIGE PREPARO E PERSPICÁCIA ANALÍTICA PARA EXTRAIR AS INFORMAÇÕES QUE SERÃO PRECIOSAS PARA O ATLETA


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• TORNEIO

O campeão Rafael Becker

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O GRANDE JOGO O Aberto do Brasil/Aberto do Atlântico Credit Suisse Hedging-Griffo, no Gavea, teve vitória espetacular do jovem brasileiro Rafael Becker POR MARCO FRENETTE • FOTOS ZECA RESENDES

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• TORNEIO

Alexandre Rocha

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campo do Gavea é cheio de peculiaridades. Em primeiro lugar, é de uma beleza estonteante e, depois, tem uma configuração topográfica e de design que mesclam áreas mais planas com declives e aclives pouco usuais nos campos que servem ao circuito internacional de alto rendimento; e ainda há o fato de a maioria dos buracos pertencer à old school do design, com seus greens pequenos e suas bancas às vezes tão próximas das bandeiras a ponto de quase se integrarem visualmente a elas - e, se o Gavea não é exatamente um campo longo, todas as suas características reunidas não deixam de exigir do golfista um repertório razoável de tacadas, fazendo o escore depender muito da trajetória do voo de bola para vê-la parar perto da bandeira ou não ser brecada por algum galho de árvore, ou não correr para as bancas ou roughs, embora no geral eles sejam baixos e pouco ameaçadores, dando certo alívio às tacadas não tão bem-sucedidas. VITÓRIA INCONTESTÁVEL De qualquer modo, esse cenário e todas essas características, muitas delas traiçoeiras – como bem perceberam

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vários atletas, que, ao verem seus tiros de aproximação passarem exageradamente a bandeira, devem ter se sentido como jogadores de handicap 18 –, não foram obstáculos para Rafael Becker em novembro último, durante o Aberto do Brasil/Aberto do Atlântico Credit Suisse Hedding Griffo, torneio que faz parte do PGA Tour Latinoamérica e dá vagas para o Web.com Tour, a divisão de acesso ao PGA Tour americano. Becker jogou 62 tacadas, com três eagles, somando 262 com as três voltas anteriores, o que se constituiu em um novo recorde do campo em um Aberto, uma vez que a melhor soma tinha sido no Aberto de 1982, quando Hale Irwin, um americano vencedor de dois U.S. Opens, fez 265 tacadas. “Venho treinando seriamente e com acompanhamento técnico, e os resultados estão aparecendo. Foi uma grande honra vencer um torneio tão importante como este”, disse o campeão, somando ao seu currículo a segunda vitória como profissional, sendo a primeira em agosto desse ano, na etapa gaúcha do CBG Pro Tour. Esse paulista de 23 anos, jogador originário do São Fernando Golf Club e pupilo do coach brasileiro Steve Bergner, superou uma série de jogadores mais experientes, a exemplo dos brasileiros Ronaldo Francisco,


Ariel Canete

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• TORNEIO

Danny Balin

Alexandre Rocha e Felipe Gasnier; e de estrangeiros como o argentino Julian Etulain, o colombiano Marcelo Rozo e os americanos Tyler McCumber e Rick Cochran III. E havia muito mais: lá estiveram jovens talentos do Brasil como Daniel Stapff e Felipe Navarro, além de Rafael Barcellos, Tiago Silva, Marcos Silva e Rodrigo Lee. O segundo lugar no Aberto ficou com o americano Joel Dahmen, com 265, seguido pelo argentino Ariel Cañete, que começou a última rodada liderando o torneio, com 10 em relação ao par. Após Becker, o brasileiro mais bem colocado foi Rodrigo Lee, na 23a posição, com 275 tacadas. O melhor amador do torneio foi Andre Tourinho, também com 275. UMA ELITE GOLFÍSTICA Com essa vitória, Becker saltou da 70a posição para a 16a no ranking do PGA Tour Latinoamérica. “Essa conquista de Becker simbolizou muito bem o crescimento do PGA Latinoamérica correndo paralelo ao crescimento do golfe brasileiro de alto rendimento. O trabalho da CBG em parceria com as federações, com o COB, com o Ministério dos Esportes e com os clubes está dando resultados. Estamos formando uma elite golfística no Brasil como

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há muito não se via”, comemorou Paulo Cezar Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). Com essa vitória, Becker estreou no ranking mundial de golfe na 754a posição, e isso o coloca na disputa para uma vaga na Olimpíada do Rio em 2016. O brasileiro mais bem posicionado no momento é o gaúcho Adilson da Silva, que está em 297o lugar. Radicado na África do Sul, onde disputa o Sunshine Tour e algumas etapas do Circuito Europeu, Silva seria o único brasileiro classificado para o Rio 2016 se os jogos fossem hoje, mesmo que o Brasil não tivesse direito a uma vaga por ser o país-sede. Podem entrar até quatro representantes de países que tenham jogadores entre os quinze primeiros do ranking e até dois atletas por país para completar as outras 45 vagas disponíveis na competição. O DOMÍNIO DA TÉCNICA Assim como ocorreu no ano passado, quando o americano Ryan Blaum venceu o argentino Alan Wagner num emocionante playoff, nesta edição de 2014 predominaram os swings contemporâneos, que são aqueles com pouca movimentação de pés e pernas e consequente estabilidade da parte de baixo do corpo, levando a um swing mais


Julian Etulain

Oscar David Alvarez

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• TORNEIO

Antonio Carlos Padula

Andre Tourinho

compacto, com menos ação das mãos, e maior trabalho dos grandes músculos. Visualmente, esse swing é identifi cado pelo seu aspecto atlético, pelo movimento blocado, em franco contraste com os swings das escolas mais antigas, nos quais havia mais fluência e mais molejo dos movimentos. No lugar da “dança” de um tipo de swing eternizado por nomes como Sam Snead e Ernie Els, temos atualmente um “robotismo” – que, além de sua beleza minimalista, tem uma eficiência inquestionavelmente superior – como o dos argentinos Alan Wagner e Ariel Cañete, o qual começou sua última volta liderando o torneio e colocou tudo a perder ao começar a bater na bola com uma excessiva “quebra” de pulsos, técnica incompatível com seu swing compacto e muscular, levando-o a perder precisão nas tacadas e a ver algumas bolas irem para a água. Já Becker, ao contrário, estava aparentemente à vontade com seu swing – que é um tanto peculiar por conta de um fi nish numa linha bem plana – e manteve boa regularidade, além de ter embocado longos putts. GOLFE PARA O PÚBLICO O Aberto do Brasil também foi uma ótima oportunidade para o público assistir a um golfe de alto rendimento em

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um dos campos mais belos do mundo. A entrada foi gratuita, e houve aulas de golfe aos iniciantes no sábado e no domingo, num oferecimento da CBG, da IMX, Credit Suisse Hedging-Griffo e demais patrocinadores do evento. Bastava se cadastrar e receber uma aula com professores especializados. RIO 2016 O aprendizado se estendeu também a um grupo de colaboradores da Organização Rio 2016, que foram ao Aberto para entender e presenciar a complexidade logística que envolve um torneio de golfe, uma vez que na Olimpíada vão trabalhar em diversas áreas funcionais. “A maioria das pessoas nunca esteve em um evento de golfe, e foi importante para eles entenderam o torneio do ponto de vista operacional, como distribuição de água e gelo no campo, a operação dos carrinhos, o funcionamento do driving range, o recolhimento e lavagem de bolas; e também do ponto de vista técnico, entendendo o básico do golfe com seus tees, greens, fairways, birdies e hole in ones”, disse Claudia Guedes, líder de competição de golfe do departamento de esportes do Rio 2016, que acompanhou o grupo pelas dependências do Gavea.


Presença do Golfe para a Vida

Colaboradores da Organização Rio 2016 aprendendo sobre torneios com Claudia Guedes

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• TORNEIO

Voluntários

ORGULHO DE SER BRASILEIRO Também estiveram no Aberto do Brasil mais de 60 crianças do projeto Golfe para a Vida. Com a condução do gerente técnico da CBG, Nico Barcellos, e de Darcio Ricca, da coordenação de projetos da entidade, essas crianças de quatro escolas cariocas tiveram aulas de conduta e ética por meio de situações lúdicas, disputaram um minitorneio no putting green e bateram bola no driving range. Alguns pais e professores de educação física formados pelo programa Golfe para a Vida, os quais acompanharam as crianças nas atividades, também compareceram Após a diversão no driving range e no putting green, as crianças foram até o buraco três do campo para ver de perto os golfistas de alto rendimento e lá tiveram mais alguns ensinamentos sobre a dinâmica de um jogo de golfe e de uma partida profissional. Por fim, ficaram em torno do green do buraco 18 e presenciaram a vitória e a emoção do brasileiro Rafael Becker ao vencer o torneio embocando um putt de uma distância de 10 jardas. “Nós nos preocupamos em transmitir para as crianças os valores do golfe. Por exemplo, ensinamos e incentivamos as crianças a aplaudir todos os jogadores, brasileiros e estrangeiros, demonstrando a importância do fair-

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play e do respeito a todos, sem distinção”, explicou Darcio. O salutar efeito do golfe nas crianças era evidente na maneira como se divertiam e na quantidade de sorrisos, mas talvez a melhor síntese tenha vindo do menino Jean Faria de Souza, que, ao ser perguntado pela apresentadora do programa Stadium, Daniela Christoffer, sobre a experiência do Golfe para a Vida no Aberto do Brasil, respondeu o seguinte: “Gostei muito de tudo, de jogar no putting green, de ver esse campo tão bonito; mas gostei mesmo de ver o Rafael embocar aquela bola difícil e ser campeão. Tive orgulho de ser brasileiro e me deu vontade de continuar a ser brasileiro”. O 61o Aberto do Brasil/Aberto do Atlântico teve o patrocínio máster da Credit Suisse Hedging-Griffo e patrocínio da BMW, SporTV, Azeite 1492, Klabin e YKP. O relógio oficial foi o Rolex e o café oficial, o Nespresso. A premiação foi de US$ 150 mil em prêmios, sendo US$ 27 mil para o campeão. O campeonato contou com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte e apoio do R&A, Gavea Golf e Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi organizado pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG) e teve promoção da IMX.


O campe達o com Paulo Cezar Pacheco, presidente da CBG

O campe達o com Michael Whyte, do Credit Suisse Hedging-Griffo

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• TECNOLOGIA & DESIGN

50 ANOS DE SUCESSO Referência em móveis personalizados de alto padrão, a Kitchens trouxe para o Brasil um novo conceito de mobiliário, influenciando a forma de viver e morar dos brasileiros

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• TECNOLOGIA & DESIGN

m uma época em que não havia novidades tecnológicas e a cozinha ainda não era considerada o ambiente de convívio social da casa, a primeira marca se lançava e trazia facilidades para o dia a dia das pessoas, propondo soluções que iam muito além de seu tempo. Assim surgia a Kitchens, pioneira no segmento de móveis personalizados de alto padrão, que comemora seus 50 anos em 2014 como um grande case de sucesso que revolucionou o mercado nacional de decoração. Constantes investimentos fazem parte da trajetória da empresa, que sempre buscou no cliente a inspiração para se renovar ao longo das cinco décadas. Hoje, com 17 lojas próprias de norte a sul do país e uma moderna fábrica localizada em Guarulhos, na região da Grande São Paulo, domina todas as etapa dos processos de comercialização, do início ao fi m, preservando as características que fi zeram da marca um exemplo de qualidade, comprometimento e exigência. “O sistema de franquia nunca foi uma opção. Conhecemos nosso

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negócio melhor do que ninguém, o cliente sente essa segurança em cada etapa da sua obra”, conta Aires Tavares, sócio-fundador da Kitchens. A empresa é a única do setor que não utiliza nenhum expediente externo, garantindo ao seu cliente um atendimento humanizado e personalizado, assim como seus móveis. E esse cuidado vai desde a ida do cliente ao showroom, passando pela produção e terminando com o pós-venda: vende, fabrica, fi nancia, inspeciona os locais de instalação, entrega, monta e presta assistência técnica com recursos e pessoal próprios. Todos os produtos, além de não terem restrições de medidas, são totalmente personalizados, assim como sua essência. “Cada um tem a sua história. E, respeitando tais particularidades, transformando-as em detalhes personalizados, a Kitchens se tornou única, pois o cliente é o nosso maior patrimônio. E, assim como o mercado, evoluímos, levando para as pessoas uma nova forma de vivenciar sua cozinha”, explica Tavares. A HISTÓRIA DA KITCHENS Na década de 1960, chegava dos Estados Unidos um novo


modelo de projeto, tornando-se o sonho de consumo de todas as mulheres da época, que ainda transitavam com maior intimidade no universo doméstico. Tratava-se da cozinha americana, equipada com aparelhos modernos, armários e mesa para refeições, integrada à sala para proporcionar mais espaço e convívio social. Em 1964 a Kitchens iniciou seu legado pelas mãos dos empresários Oswaldo Silva e Aires Tavares, que enxergaram nos eletrodomésticos importados uma oportunidade única de trazer algo inédito ao país. Numa época em que a importação era raridade em território nacional, a dupla foi audaciosa ao introduzir aparelhos que modifi caram os conceitos das cozinhas, que até então se resumiam aos fogões monobloco, à marcenaria tradicional e aos conhecidos móveis de aço. A primeira investida dos sócios da Kitchens foi o fogão de mesa de seis bocas e o forno de embutir em paredes. O sucesso desse investimento fez surgir a primeira loja da marca, inaugurada em 1966 na avenida Paulista. Para a dupla, ficou claro que o mercado estava ávido por novas tecnologias e produtos que trouxessem praticidade para o dia a dia. Com o tempo, arquitetos e clientes passaram

a pedir para a Kitchens desenvolver os armários de cozinhas para serem vendidos com os aparelhos, a fi m de complementar o produto. A aceitação foi absoluta e a venda dos projetos superou a dos eletrodomésticos, transformando-se na principal atividade da empresa. “Ainda não sabíamos, mas estávamos prestes a lançar no Brasil um produto que influenciaria definitivamente o papel da cozinha nas residências. O que era uma mera coadjuvante virou protagonista nas casas das pessoas e a Kitchens, sem dúvida, foi a primeira a perceber isso”, emociona-se Tavares. Na década de 1970, quando a marca já era referência em cozinha, aliada à modernidade e design, houve uma evolução nítida no setor moveleiro, acompanhada pela maior independência das mulheres e sua entrada no mercado de trabalho. Com o desafio de oferecer mais qualidade no produto e agilidade no prazo da entrega, foi a vez de dar um grande passo determinante para seu futuro: a construção da primeira fábrica em um espaço de 60 mil m², no km 211 da Rodovia Dutra, em Guarulhos. Tudo isso precisava ser mais difundido e acessível ao cliente, e foi assim que a Kitchens inaugurou seu segundo

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• TECNOLOGIA & DESIGN

showroom, na Gabriel Monteiro da Silva esquina com a avenida Brigadeiro Faria Lima, em 1972, em São Paulo, sendo a primeira e única loja da região voltada para o setor, hoje conhecida como a “alameda da decoração”. “Naquela época a Gabriel só tinha casas. Conhecíamos a vizinhança toda e fomos os primeiros a nos instalar no que viria a se ser o endereço mais importante da decoração no país”, lembra Tavares. Com o término da construção da fábrica, em 1975, a Kitchens transformou sua produção semiartesanal em industrial e, para tal, investiu em máquinas, equipamentos, acessórios importados e matéria-prima produzida sob encomenda. Tudo era extremamente moderno para aquele tempo, e denotava a evolução industrial – e social – que ocorria no país. O passo seguinte foi inauguração de sua linha de montagem de cozinhas. “A partir daí percebemos ser necessário criar a primeira linha de usinagem com maquinário alemão e italiano, composto de seccionadora e linha esquadra borda dupla da America Latina”, orgulha-se. “Era uma época de transformação no mundo, que, de uma forma ou de outra, refletia nas mudanças de hábitos

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dos brasileiros, o que infl uenciava, inevitavelmente, sua forma de viver, morar e cozinhar”, conta Tavares, explicando que tudo passou a ser feito sob medida. Os móveis se integraram às paredes e surgiram os modulados de material impermeabilizado, além de novos equipamentos. Chegou também a tendência de embutir os aparelhos, a exemplo das geladeiras, do que a Kitchens novamente foi precursora. Surgiam as chapas de aglomerados, que facilitaram a execução dos projetos e viabilizaram melhor limpeza e manutenção da cozinha, provando que funcionalidade, tecnologia, design, qualidade e personalização, conceitos até então defendidos pela marca, viriam para ficar. Na década de 1980, a marca deu mais um grande passo com a instalação da primeira máquina de post-forming no Brasil e na America Latina, com tecnologia alemã, que garantia arredondamento dos cantos retos das bordas de portas, frentes de gavetas e tampos de mesa. O acabamento foi um sucesso e nenhum marceneiro conseguia um efeito similar, já que tudo era possível graças aos maquinários sofisticados da fábrica. Durante anos, a Kitchens foi a única fábrica a oferecer o post-forming.


Os investimentos não pararam e em 1982 a Kitchens introduziu um sistema de computação no setor comercial para integrar online lojas e fábrica, uma grande modernidade para a época. Foi um feito absolutamente audacioso, tanto comercialmente, pelo alto investimento, como academicamente, pela introdução de uma nova gestão de negócios. Esse salto em TI levou a Kitchens a instalar, em 1987, a primeira linha de usinagem informatizada da América Latina e a segunda no mundo, fornecida pela Alemanha. KITCHENS OCCASIONS Essa evolução foi além da cozinha, literalmente. A Kitchens apostou no seu know-how e pioneirismo no mercado para, na virada do século, ampliar a atuação, trazendo um pouco do conceito da marca para todos os ambientes da casa. O lançamento da linha Kitchens Occasions era o impulso que faltava para a empresa se consolidar definitivamente em um mercado em plena evolução. Em pouco tempo, o volume de projetos de dormitórios, closets, home offi ce e home theater se equiparou ao

de cozinhas, levando a Kitchens a um investimento recorde em 2008. A marca aprimorou a fabricação de dormitórios com uma linha sofi sticada de furação e inserção de acessórios. “Entendemos que é preciso sempre ouvir o cliente e assimilar as mudanças que passam em sua vida e na sociedade como um todo. Em cada novo processo, lançamento e evolução da empresa, o convívio com o cliente, o atendimento personalizado e o foco em qualidade foram sempre o ponto de partida.” Com o aumento da produção, em 2009 foi possível comprar oito novas máquinas da Itália e da Alemanha para agilizar e incrementar toda a linha de produção. Entre os equipamentos, o SFPK00 Sistema Flexível de Produção foi o maior investimento da história da marca, sendo um grande aliado na evolução tecnológica da fábrica. E foi assim que a Kitchens chegou a 50 anos de ineditismo, sempre trazendo produtos que se tornaram marcos na história da indústria moveleira no Brasil. A marca preserva, em cada lançamento, sua necessidade de ir além, para proporcionar aos clientes uma verdadeira experiência de compra.

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Golfe, turismo e história Situado em área de proteção ambiental de Mata Atlântica, o Petrópolis Golf Clube exibe forte vocação democrática e postura acolhedora, tornando-se uma excelente opção para o turista que joga ou deseja aprender o esporte

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Nas imagens a seguir, cenas do Petrรณpolis Golf Clube. Nesta pรกg., Carlos Eduardo Quintรฃo, presidente do clube

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etrópolis é um nome que traz uma forte carga histórica e sentimental. Afinal, é uma cidade que representa toda a história viva do período imperial; e é um destacado destino de veraneio desde quando a cidade do Rio de Janeiro era a capital da República, período em que muitos presidentes tinham Petrópolis como um de seus destinos preferidos, o mesmo ocorrendo com a diplomacia e as famílias tradicionais que subiam a serra dos Órgãos para longas temporadas de veraneio. Em 1953, por exemplo, quando foi inaugurada a sede provisória do clube, um dos convidados foi o então presidente da República Getúlio Vargas, que já jogava regularmente em Petrópolis. Nessa cidade tão especial está localizado o Petrópolis Golf Clube. Fundado em 1939, o campo tem nove buracos, que precisam ser bem jogados para fazer um bom resultado, pois

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exigem técnica e precisão. O signature hole é o buraco 5, um par 3 que pede um tiro certeiro para um green-ilha. Além desses aspectos, que são desafiadores até para os mais experientes golfistas, o Petrópolis tem características fundamentais para atrair novos praticantes do esporte. “Nosso campo é bem localizado, distando apenas 66 km do Rio de Janeiro; e temos uma vocação democrática e uma postura acolhedora com os novos praticantes do esporte. Estamos todos de braços abertos, desde a diretoria até nossos funcionários, para receber o futuro sócio com muito carinho”, resume Carlos Eduardo Quintão, presidente do clube, cuja linha mestra de gestão é, justamente, uma maior divulgação desse paraíso carioca. O Ministério do Turismo, após longa e detalhada pesquisa, concluiu que o Brasil tem 65 indutores, ou seja, 65 cidades que têm mais condições de atrair e receber turistas. Foram apontadas cinco cidades com esse potencial no Rio de Ja-


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neiro, sendo Petrópolis uma delas. “Turismo e golfe estão intimamente interligados. E nesse quesito estamos muito bem, pois somos o único campo de golfe em Petrópolis. Além disso, temos hotéis e pousadas de altíssimo nível. Sem falar na impecável gastronomia. Para aproveitar esse potencial, vamos explorar nosso produto, qual seja, oferecer o local para a prática de um esporte que representa um autêntico estilo de vida”, explica o presidente. Visando atingir esses objetivos de divulgação, o website do clube foi remodelado e se preparou um material impresso de divulgação, com apresentação do campo, sede e instalações esportivas e sociais. Foi criado também um folheto intitulado “Mude sua Vida – Comece a Jogar Golfe”, oferecendo um curso com oito aulas, incluídos tacos e bolas. “Esse material será enviado aos consulados, bem como a organismos internacionais sediados no Rio de Janeiro e às empresas localizadas no entorno da cidade de Petrópolis.

Entendemos que é fundamental para a expansão, e mesmo para a sobrevivência do esporte, aumentar o número de praticantes”, conclui Quintão. Esse campo encravado na serra dos Órgãos e cercado por diversas espécies de árvores, flores e pássaros foi desenhado e construído por Antonio F. Bennett, o primeiro profissional do clube. Em excelente estado de manutenção, as raias, fairways e greens oferecem uma notável experiência golfística, e, com todas as ofertas de lazer, gastronomia e diversão da cidade, a viagem estará mais do que justificada. PARA CONHECER O PETROPÓLIS GOLF CLUBE O campo fica na cidade de Petrópolis, na av. Country Club, 6321. Tels.: 24 2221 2534 e 24 2221 2169 petropolis.golf@veloxmail.com.br; www.petropolisgolfclube.com

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• ALTO RENDIMENTO

O coach Nico Barcellos: refinamento das técnicas de jogo curto

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JOGAR COM CONHECIMENTO Segunda edição do Programa de Treinamento de Profissionais de Golfe foi marcada por diversidade temática, aprendizado técnico e atualização tecnológica POR MARCO FRENETTE

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lta performance com controle estatístico, tecnologias de vídeo para análise de swing e golfe urbano foram alguns dos temas do II Programa de Treinamento de Profissionais de Golfe, curso promovido pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG) que reuniu 45 participantes de várias partes do país nas dependências da Federação Paulista de Golfe. Em outubro último, os profissionais tiveram a oportunidade de conviver, aprender e trocar conhecimentos técnicos com cinco palestrantes de currículos extensos e larga experiência: Shaun Case, master professional dos PGAs da Alemanha, Grã-Bretanha e Irlanda e coach nacional da CBG; Nico Barcellos, coach e gerente técnico da CBG; Santiago Garat, professor da Escola de Golfe da Associação Argentina de Golfe e também head coach da mesma instituição; Craig Thomas, coach e profissional da PGA; e Cássio Motta, empresário e ex-tenista brasileiro que jogou profissionalmente por 12 anos no circuito da ATP e representou inúmeras vezes o Brasil na Copa Davis.

Mesclando atividades práticas com palestras, a tônica desse evento voltado para a atividade de coaching foi o elogio ao conhecimento, ao constante aprimoramento e à necessidade de usar toda a tecnologia disponível para atingir o alto rendimento, a exemplo dos softwares de análise de swing e das filmagens. “Porém é preciso sempre lembrar que essas tecnologias são apenas ferramentas, as quais devem ser usadas com muito cuidado e conhecimento, para não se chegar a conclusões equivocadas e, consequentemente, a decisões e estratégias de treino igualmente equivocadas”, disse Shaun Case, que em uma de suas palestras abordou justamente o uso das tecnologias de vídeo, que, completou, “podem ser grandes aliadas e também grandes fontes de motivação”. Em outra palestra, Shaun explicou por meio de estatísticas e cálculos a importância das tacadas longas, mostrando que, ao contrário do que normalmente se pensa, os que batem mais longe e arriscam mais têm melhor escore geral e média por buraco do que os conservadores. Já Nico Barcellos concentrou-se no tema do jogo curto, abordando as variações de estilos e os aspectos técnicos fundamentais. “É impressionante como vemos

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• ALTO RENDIMENTO Street Golf sob a supervisão de Craig Thomas, coach e profissional da PGA

Shaun Case, master professional das PGAs da Alemanha, Grã Bretanha e Irlanda e coach nacional da CBG

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Palestra de Cássio Motta, empresário e ex-tenista profissional

em torneios de alto rendimento jogadores perdendo tacadas por não dominarem a contento o jogo curto; esse aspecto do jogo sempre merece ser repassado”, resumiu Nico. Santiago Garat discorreu sobre a delicada e variada arte do putting, que tem mais variações técnicas e possibilidades inventivas do que qualquer outra parte do jogo. “Se o jogador tem uma sólida regularidade por conta de um stroke confiável e repetitivo, não há motivos para mudar só porque sua técnica não se encaixa nos padrões”, disse Santiago, repetindo para o stroke de putter a famosa assertiva de John Jacobs para o full swing. Craig Thomas falou sobre as variações de golfe, como o “foot golf” e o “urban golf”, levando os profissionais para a rua para jogarem entre muros e sobre paralelepípedos, com uma bola maior e mais macia, e usando apenas um sand wedge e um putter especiais. “Porque

pensar o golfe sempre dentro das tradições? Há inúmeras formas de praticar esse esporte, e o golfe urbano é apenas uma delas”, resumiu Craig. Outra agradável surpresa foi o depoimento direto, especializado e sincero de Cássio Motta, que usou sua experiência no tênis de alto rendimento para transmitir aos profissionais um conhecimento destilado pela prática e pela superação de limites: “Você tem de estar informado, preparado e focado; mas isso não garante que sua carreira vai dar certo, mas é uma chance real. De qualquer modo, se você se levou a sério, você levará esse preparo mental para as outras atividades de sua vida, vivendo-a e enfrentando-a com coragem e discernimento, mesmo já estando longe das competições de alto rendimento”. O formato do treinamento também foi dos mais felizes, pois, com a intercalação de temas diferentes expostos

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• ALTO RENDIMENTO Cassio Mota, Nico Barcellos, Shaun Case, Santiago Garat e Craig Thomas

Análise de putting com o Sam PuttLab, sob supervisão de Santiago Garat

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Craig Thomas demonstrando uma das possíveis variações do urban golf

por palestrantes com trajetórias igualmente distintas, as dinâmicas de aprendizado e convivência entre os profissionais tornaram-se mais intensas. “Foi muito bom poder aprender novas técnicas e abordagens. Foram palestras claras, objetivas, que podem ter influência positiva em nosso jogo se as aplicarmos”, disse Robison Gomes, do Arujá Golf Club. “Além de aprendermos, temos essa oportunidade de rever outros profissionais numa situação diferente e mais integradora do que a de um torneio”, completou Luizinho Gonçalves, do São Paulo Golf Club. A abertura oficial do evento foi realizada pelo vice-presidente da CBG, Klaus Behrens. “É muito importante iniciativas como essas, que não só aprimoram o nível técnico dos profissionais brasileiros, mas que também promovem intercâmbios de conhecimentos e de projetos”, resumiu Klaus. O evento fechou com uma troca

de ideias entre os palestrantes, os profissionais e Marcio Galvão, diretor executivo da CBG, sobre o crescimento do golfe e as possibilidades de divulgação do esporte por meio de variações do jogo, a exemplo de como é praticado pelos alunos do projeto Golfe para a Vida e pelos adeptos do “urban golf”, que transforma qualquer espaço em um circuito. “O golfe é tão rico em possibilidades, e temos trabalhado tanto para seu desenvolvimento, que só temos a agradecer a presença de todos esses profissionais, tanto os palestrantes quanto os participantes, por essa tão necessária disposição em encontrar novos caminhos para o nosso esporte”, concluiu Galvão. O Programa de Treinamento, que na America Latina era realizado somente na Argentina e agora teve sua segunda edição no Brasil, conta com o apoio do R&A e das federações brasileiras de golfe.

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• INCENTIVO

Parceria de profissionais Confederação Brasileira de Golfe firma parceria com Mini Tour Profissional de Golfe, que agora se torna uma das portas de entrada para o circuito CBG Pro Tour

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Na foto menor, o fundador do Mini Tour, Marcos Silva, com o presidente da CBG, Paulo Pacheco; aqui, alguns dos profissionais do circuito

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Mini Tour Profissional de Golfe – MTPG é uma grande e acertada iniciativa que surgiu em 2009 pelas mãos dos profi ssionais Marcos Silva e Paulo Silva. Desde o início, o objetivo foi manter o ritmo de jogo dos profi s ionais brasileiros, tornando-se um excelente complemento para aqueles que desejam aprimorar a capacidade competitiva. Sem fi ns lucrativos e não pretendendo substituir nenhuma outra competição, mas apenas somar, o Mini Tour vem exercendo influência positiva no ambiente profi s ional no que se refere ao constante aprimoramento comportamental e às trocas de experiências técnicas e estratégicas. Para apoiar essa bela iniciativa, a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) fi rmou um acordo com o MTPG para colaborar em três frentes. Na área institucional, o circuito MTPG terá a chancela da CBG por meio do uso de seu logotipo nos programas e no site do MTPG; e o calendário do circuito MTPG será publicado no Calendário de Profissionais da CBG e divulgado no site da instituição. Entre as ações de apoio aos jogadores, há o fato de agora o circuito MTPG ser uma porta de entrada para o CBG Pro

Tour. Os dois melhores profi ssionais do ranking anual da MTPG ficam isentos de pagar inscrição nas etapas do CBG Pro Tour do ano seguinte, e essa determinação está em vigor a partir do ranking MTPG 2014. Além disso, esses dois profissionais terão o apoio técnico da CBG durante o ano seguinte, por meio de orientação de condicionamento atlético feito pelo preparador físico da CBG, Paulo Mazzeu. Além disso, os profi sionais mais bem colocados no ranking MTPG, que ainda não fazem parte do quadro dos profissionais da CBG, receberão sua carteira de membros. Na área financeira, a CBG contribuirá para o evento anual de Match Play do MTPG e disponibilizará ao circuito o sistema de escore online CBG-BlueGolf em todas as etapas, com uma redução de 50% no custo de uso do sistema. “Para nós, da CBG, é uma grande alegria poder colaborar para o crescimento desse circuito, o qual tem sido um grande incentivo aos profi ssionais brasileiros. Temos os mesmos princípios de crescimento e solidifi cação do golfe brasileiro por meio de um trabalho sério, constante e agregador; e, portanto, nada mais natural do que essa parceria, com a qual ganhamos todos”, resumiu Paulo Cezar Pacheco, presidente da CBG.

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• ALTO RENDIMENTO O campeão Tiago Silva com Paulo Cezar Pacheco, presidente da CBG

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PROS EM

CURITIBA Quarta etapa do CBG Pro Tour 2014 aconteceu no Alphaville Graciosa Clube e culminou com a primeira vitória de Tiago Silva em um torneio do ranking nacional

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O carioca Tiago Silva comemorou, em outubro último, sua primeira vitória em um torneio do ranking nacional ao vencer a quarta etapa do CBG Pro Tour, no Alphaville Graciosa Clube, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A disputa começou com o paulista Guilherme Oda, do Damha Golf Club, largando na frente, quando somou 66 tacadas (-6 em relação ao par do campo, que é 72). “Meu jogo foi muito regular. Comecei embocando de fora no buraco 2 para eagle (dois abaixo do par do buraco) e me animei”, disse o atleta. No segundo dia, manteve a liderança ao fazer apenas uma tacada a mais com relação ao dia anterior, somando 66/77; e o gaúcho Tiago Silva, que mora no Rio de Janeiro e no primeiro dia tinha feito um insuficiente 70, jogou um respeitável 66 e subiu para a segunda posição, junto com o paranaense Daniel Stapff, tendo logo atrás dele o experiente e habilidoso Ronaldo Francisco. Na terceira e última rodada, Tiago Silva iniciou na viceliderança, mas assumiu a dianteira no buraco 17, quando embocou um putter de 8 metros de fora do green para chegar a -13 na competição, somando 203 tacadas, com parciais de 70/66/67, contra 204 (-12) dos vice-campeões, o paulista Ronaldo Francisco (68/69/67) e o paranaense Daniel Stapff (68/68/68), que manteve a liderança do ranking brasileiro com esse resultado. Com essa vitória, Tiago levou o prêmio de R$ 22 mil reservado ao campeão, de um total de R$ 120 mil distribuídos. O CBG Pro Tour faz parte do caminho dos golfistas

brasileiros rumo aos principais torneios do mundo. Os dois primeiros colocados do ranking anual do CBG Pro Tour poderão disputar a final da Série de Desenvolvimento, que classifica para o PGA Tour Latinoamérica, principal circuito do continente, que por sua vez dá vagas para o Web.com Tour, a divisão de acesso ao PGA Tour, o milionário circuito profissional norte-americano que reúne os melhores do mundo. O PGA Tour LA é almejado também pelos golfistas por render pontos para o ranking mundial, critério que será utilizado para a definição dos atletas que poderão disputar o Rio 2016, quando o golfe retorna às Olimpíadas após 112 anos de ausência. “Isso mostra que a competitividade está cada vez mais acirrada entre os jogadores brasileiros, que este ano não deram chance aos estrangeiros que disputam o circuito. O nível técnico está cada vez maior”, comemora Paulo Cezar Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). Este ano, o CBG Pro Tour completerá cinco etapas em cinco estados diferentes, cada uma delas com R$ 120 mil em prêmios, totalizando R$ 600 mil no ano. Além de Brasília, Porto Alegre, Itu e Pinhais, o circuito passará pela cidade do Rio de Janeiro. Fruto de uma parceria entre a CBG e a IMX, com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte, o CBG Pro Tour tem como patrocinadores o HSBC, BMW, SporTV, Azeite 1492, YKP e Klabin. Nespresso é o café oficial. A Etapa Paraná teve o apoio da Federação Paranaense e Catarinense de Golfe e do Alphaville Graciosa Clube.

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• ALTO RENDIMENTO O campeão Tiago Silva

Odair Lima

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Guilherme Oda


Ronaldo Francisco

Daniel Stappf

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• TORNEIO

ALTO

DESEMPENHO Brasil enfrentou a equipe argentina de igual para igual no Sul-Americano Pré-Juvenil, perdendo por apenas uma tacada no critério de desempate. Melhor volta final foi do brasileiro Rohan Boettcher

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Rohan Boettcher

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• TORNEIO

Vice-Presidente Institucional da CBG e delegado, Arata Hara, com as equipes brasileiras

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om um desempenho histórico, o Brasil dividiu o primeiro lugar com a equipe argentina no 28o Campeonato Sul-Americano PréJuvenil, disputado no Alphaville Graciosa Clube em outubro último. Porém a equipe masculina da Argentina foi a campeã, pois o critério de desempate foi a melhor volta do terceiro jogador no último dia de jogo. Dentro desse parâmetro, a vitória ficou com a equipe argentina, uma vez que o brasileiro Thales Nunes jogou 76 contra 75 tacadas do terceiro da equipe campeã, Mateo Fernandes de Oliveira. “Competimos de igual para igual, fomos buscando cada vez mais uma melhor colocação e chegamos a esse empate no primeiro lugar com a Argentina, com um total de 582 tacadas em quatro dias. Infelizmente, perdemos apenas por uma tacada. Mas isso é golfe, e não há o que lamentar, apenas treinar mais

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e levar adiante nosso trabalho de preparação de nossos atletas”, resumiu Nico Barcellos, coach e gerente técnico da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). De fato, a equipe masculina brasileira – composta por Thales Nunes da Cruz e Daniel Celestino, ambos do Paraná, e Rohan Boettcher, do Rio Grande do Sul – foi desenvolvendo um jogo mais sólido ao longo dos dias e, de uma modesta posição de quarto lugar no segundo e no terceiro dia, saltou para a divisão da liderança com a Argentina. Para subir ao primeiro lugar, a equipe brasileira precisou tirar nove tacadas de diferença. A melhor volta do último dia coube também a um brasileiro. Rohan Boettcher jogou cinco abaixo do par, apesar de ter feito bogey nos dois últimos buracos, o que o deixou em segundo lugar na categoria individual, perdendo para o peruano Santiago Zubiate, que já vinha mantendo a liderança. Esses resultados demonstram uma evidente evolução


Giovanna Hirata

Maria Alejandra Hoyos

A equipe brasileira em confraternização com a da Argentina

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• TORNEIO

Daniel Celestino

técnica e competitiva. Em toda a história do campeonato, o Brasil foi campeão por equipes na masculina – 1991, 2002, 2003 e 2004 – e, desde então, entre resultados que oscilavam entre a décima e a quarta posição, teve dois segundos lugares. Porém, nos dois casos, o distanciamento do primeiro lugar foi por dezenas de tacadas: em 2005, a diferença foi de 22 golpes, com o Brasil jogando 598 e a Argentina fazendo 576; em 2008, de novo a Argentina venceu, dessa vez com 583 contra 592 dos brasileiros, com 11 tacadas de diferença. Portanto, o fato de o Brasil ter feito o mesmo escore que os argentinos e dividido o primeiro lugar neste 28o Campeonato Sul-Americano Pré-Juvenil até o critério de desempate demonstra a importância de um trabalho constante de preparação dos atletas, bem como a profissionalização da estrutura de apoio, caminhos que a CBG vem trilhando exaustivamente. A equipe feminina brasileira também teve uma melhora

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com relação aos resultados dos anos anteriores. Nos últimos quatro anos (de 2010 a 2013), o Brasil tinha ficado em décimo, nono e duas vezes em sétimo; neste ano, a equipe formada por Giovanna Hirata Yabiku e Lauren Nunes Grinberg, ambas de São Paulo, e Laura Helena Caetano, do Distrito Federal, terminou o campeonato em quinto lugar. A vitória em equipe fi cou com a Colômbia. A melhor colocada individual foi a jogadora argentina Ela Belén Anacona, que desbancou a colombiana María Alejandra Hoyos. Entre as brasileiras, a melhor colocada foi Lauren Grinberg, em oitavo. O 28o Campeonato Sul-Americano Pré-Juvenil teve 60 jogadores de dez países da América do Sul, todos filiados à Federación Sudamericana de Golf: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. As equipes brasileiras contaram com o apoio do HSBC, patrocinador oficial da CBG, e recursos da Lei Agnelo Piva.


Lauren Grinberg Hasteamento da Bandeira Brasileira

Ao centro, Paulo Cezar Pacheco, presidente da CBG, durante cerim么nia de abertura

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• TORNEIO

Uma década sobre as falésias O Terravista Golf Course, situado na Costa do Descobrimento, comemorou dez anos de existência com torneio, música, golfe noturno e exposição fotográfica das fases de construção de um dos melhores campos do país

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O jovem campe達o Gabriel Pedone

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• TORNEIO

O ator Rodrigo Lombardi

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á várias formas de avaliar um campo de golfe. Um dos parâmetros é a qualidade do traçado; outro, a beleza do entorno; outro, seu tamanho e ainda é possível acrescentar quesitos como oferta hoteleira, atendimento e clima da região. Se todos esses itens entrarem em uma mesma avaliação, teremos o Terravista disputando com apenas mais dois ou três campos o título do melhor do Brasil. É justamente esse campo excepcional que acaba de completar uma década de existência. Num país ainda com pouca tradição no golfe - e também no turismo de golfe -, um campo de vocação turística como o Terravista ter atingido essa idade tratase de uma grande vitória e um bom sinalizador para as grandes possibilidades do golfe brasileiro. Inaugurado em 2004, o campo é fruto do sonho pessoal e do esforço administrativo e financeiro do empresário

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Michael Rumpf Gail, que com a ajuda dos sócios Carlos Bittencourt e Romeu Chap Chap, lançou um empreendimento imobiliário que teve o Terravista Golf Course como a joia da coroa. Em 2010, o campo foi assumido pelo empresário Reinold Geiger, presidente mundial da L’Occitane, e por Carlo Lovatelli. Desde então, o campo tem recebido novos investimentos para dar ao Terravista toda a projeção que merece. Para comemorar seu aniversário de 10 anos, o clube realizou em novembro último seu segundo torneio aberto, destinado a amadores. Montou também uma exposição fotográfi ca detalhando todas as etapas de construção do campo, a qual fi cou a cargo da empresa Gold Tee Golf International, de Claudio Ivantes e Dan Blankenship, este último o responsável pela criação do desenho. A festa incluiu boa música comandada por uma talentosa DJ, golfe noturno com bolas brilhantes, um curso de vinhos com o enólogo da Concha y Toro e coquetel seguido de jantar no Club Med. O evento contou também com a


Wagner Martins, da Embrase; Michael Rumpf Gail, do Terravista; Lydia Baconnays e Janyck Daudet, do Club Med; e Marco Frenette, da Golf CBG Life Carlo Lovatelli, presidente do Terravista, e Sabine Lovatelli

UM CAMPO COM FORTE VOCAÇÃO TURÍSTICA E DONO DE UM DOS TRAÇADOS MAIS DESAFIADORES E EQUILIBRADOS GOLF CBG life

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• TORNEIO

Dan Blankenship, construtor e designer do Terravista, jogando no cartĂŁo postal do campo, o buraco 14

Brinde dos vencedores

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As golfistas Gisele, Martine e Florinda no tee do buraco 14

Paulo Henrique Cardoso

presença de importantes empresários ligados ao golfe. Entre os vitoriosos, duas agradáveis surpresas: Gabriel Pedone, de apenas 12 anos, ganhou seu primeiro título; e Maiko Vinhas, um juvenil de 17 anos, foi o campeão scratch. Lá estavam Wagner Martins e Douglas Delamar, da Embrase Segurança e Serviços; Michael Gail, da Cerâmica Gail; Janyck Daudet, CEO do Club Med América Latina e idealizador do Club Med Trancoso; e Carlo Lovatelli, presidente do Terravista. Outro destaque foi o ator Rodrigo Lombardi. Na cerimônia de premiação, uma surpresa: Wagner Martins anunciou que o Aberto Terravista terá patrocínio da Embrase na sua próxima edição. Neste ano, o torneio teve patrocínio da Trojan, Bahia Golf Car, Sanave, Club Med Resort, Editora Globo, Revista Época, Vinhos Concha y Toro, Beba Rio, Espumante Chandon, Feel Good Sucos e Chás Gelados, Bio2 Organic Barras de Cereal, Golfer Produtos para Golfe, Golf Experience Andinos e Golf Travel.

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DOCE ARIDEZ Hospedar-se no deserto do Atacama, no norte do Chile, o mais seco do mundo, ĂŠ simplesmente arrebatador POR FERNANDO PAIVA

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• TURISMO

É

É o deserto mais seco e mais alto do mundo. Um lugar tão árido que, em alguns de seus trechos, ninguém viu cair uma mísera gota de chuva no decorrer de 14 séculos. Dito assim, todos hão de imaginar paragens sem nenhum atrativo. Enfim, um ponto do mundo tão áspero, estéril e austero quanto um cenário de sertão do velho Cinema Novo. Mais: seria de supor que um paradeiro com tais carências haveria de oferecer as acomodações mais espartanas, ou até mesmo rudes, do planeta. Pois se prepare para a surpresa: o deserto do Atacama, no norte do Chile, tem algumas das paisagens mais espetaculares do globo. Aos nossos incrédulos olhos, ele oferece, por exemplo, sucessivos vulcões com pico nevado, na faixa dos 6 mil metros de altitude. Um deles, o Licancabur, é onipresente. Desponta no horizonte visto de qualquer ponto percorrido na região, a despeito da distância. Tanto o Licancabur quanto o Saciel e o Aguas Calientes, assim como vários outros, lembram improváveis catedrais góticas. Mais uma surpresa: quem supôs que o deserto geográfico se estenderia em escassez às condições de hospedagem ficará ainda mais boquiaberto. Sobretudo, se escolher acomodar-se no lodge explora. O nome, escrito com minúscula, pode provocar mais um sobressalto. Mas é apenas uma bem bolada ideia de don Pedro Ibáñez, um homem muito viajado, apreciador dos prazeres refinados e também um dos maiores empresários chilenos. Ao batizar seus lodges, ele sabia que a natureza ao redor e o padrão dos serviços se encarregariam de proporcionar aos visitantes uma Experiência – esta sim com “E” maiúsculo – da qual jamais se esqueceriam.

AVENTURAS DIÁRIAS A começar pelas acomodações, na cidade de San Pedro do Atacama, a 2.200 metros de altitude, dispostas em uma arquitetura que se integra ao meio ambiente como se fosse um delicado trabalho de marchetaria. Elas brindam o viajante, ao mesmo tempo, com o máximo de conforto e de despojamento. Don Pedro Ibánez aposta no conceito de “luxo do essencial”. Nada é em excesso. Apenas a comoção de estar em um enclave absolutamente peculiar. As suítes, espaçosas, dispõem de jacuzzis, sala de estar e amplas janelas. O mesmo rigor se estende pelas áreas em comum. Em especial, pelo restaurante, com culinária requintada, elaborada com ingredientes nativos. De noite, após um jantar esplêndido, harmonizado com vinhos chilenos e argentinos que hibernam na adega, há quem se refestele no terraço para observar um céu apinhado de estrelas, o mais claro do hemisfério, tão lírico quanto a literatura chilena, que nos deu dois poetas Prêmio Nobel: Gabriela Mistral e Pablo Neruda. Quem se habilitar

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CAVALGAM-SE MAGNÍFICOS ANIMAIS CRIOLLOS, PELO DESERTO ADENTRO; E ESCOLHE-SE ENTRE AS CONFORTÁVEIS SELAS CHILENAS COM PELEGO DE CARNEIRO, E AS CLÁSSICAS SELETAS INGLESAS


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pode tornar a Experiência – sim, mais uma vez com maiúscula – ainda mais engrandecedora. Basta olhar o céu através do potente telescópio do explora. Outro regalo. Se as instalações dos lodges aliciam, ainda assim devem ser vistas apenas como um adorável refúgio. A Experiência só valida, de fato, o emprego da maiúscula quando associa o prazer da hospedagem ao das aventuras diárias, explorando o Atacama. O território é rico em cultura, pois ainda hoje é habitado pelos descendentes de uma milenar civilização pré-colombiana, incorporada pelo império inca. E rico também até no sentido lato da palavra: aqui estão algumas das maiores reservas de cobre do mundo. A riqueza mais notável, de qualquer maneira, é a natureza arrebatadora. CAVALGADAS E PEDALADAS Os hóspedes costumam percorrê-la de várias maneiras: pedalando mountain bikes, fazendo trekkings, andando a cavalo ou em valentes veículos 4x4. Cavalgam-se magníficos animais criollos pelo deserto adentro. Na hora de montar, o visitante escolhe entre as confortáveis selas chilenas, artesanais, com pelego de carneiro, ou as clássicas seletas inglesas. A tropa, criada no haras do próprio don Pedro Ibáñez, próximo a Valparaíso, é dócil e de bom gênio. Principiantes e crianças recebem um treinamento básico. Ginetes mais calejados podem requisitar animais mais briosos. Nesses passeios a cavalo, guiados por um staff atencioso e competente, chega-se a lugares em que apenas o nome não é convidativo, a exemplo do Valle de la Muerte e da Quebrada del Diablo. Já os 4x4 permitem atravessar terrenos mais tortuosos e distâncias maiores, para estacionar nos Gêiseres del Tatio, na Laguna Cejar, na área dos Montes de la Pakana ou nas Termas de Puritama. Ao longo dos passeios, há providenciais paradas para degustar um asado - o churrasco ao modo andino. Os Gêiseres del Tatio são um atrativo de pasmar até mesmo para os viajantes mais rodados. Eles consistem em colunas de vapor que chegam a 10 metros de altura, expelidas com vigor através de fissuras na crosta terrestre. Já a Laguna de Cejar exibe uma placidez muito azul, por onde os flamingos trafegam também com toda a serenidade, bem perto dos visitantes. Quanto aos Montes de la Pakana, trata-se de colossais esculturas de pedra vulcânica, modeladas, no decorrer da história, pela ação dos ventos e do tempo. Outro programa indispensável do roteiro são as Termas de Puritama, com direito a reconfortantes banhos em piscinas naturais, com água a 32 o C. Uma Experiência da envergadura do condor, ave que, por sinal, se desloca de um vulcão ao outro. Sempre com o “E” maiúsculo. Para Saber Mais: www.theglobalnomads.com.br

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ENTRE AS ATRAÇÕES, ALGUMAS DAS PAISAGENS MAIS ESPETACULARES DO GLOBO, A EXEMPLO DE SUCESSIVOS VULCÕES COM PICO NEVADO, NA FAIXA DOS 6 MIL METROS DE ALTITUDE


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Antônio Cruz Lima André Egoroff, Maria Laura Gandini, José Luiz Gandini e Álvaro Almeida

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Thomas Choi


O campeão Felipe Almeida ladeado por Wagner Martins e Rosaldo Malucelli

Festa

em Itu Valendo pontos para o ranking paulista e contando com inúmeras atrações esportivas e sociais, o Terras de São José realizou a 33a edição de seu Aberto Masculino

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Foto Tulio Scarpari

Antônio Arruda

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campo fica dentro de um loteamento de alto nível que deu origem ao conceito de condomínio fechado no país, com o empreendimento Terras de São José, na década de 1970, na cidade de Itu. Inaugurado em 1977, o Terras de São José Golfe Clube tem 18 buracos em uma área total de 6.634 jardas, exibindo um traçado com leves sinuosidades em uma topografia predominantemente plana, configurando-se um desenho desafiador, mas sem surpresas excessivas ou desvio da regra geral de habilidade/recompensa e inabilidade/punição. É, portanto, um campo justo em suas relações com os mais diferentes níveis de golfistas. Nos últimos anos, o campo tem melhorado significativamente, tanto em suas instalações quanto no entorno e no campo

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Felipe Almeida

em si, com greens, raias e bancas cada vez melhores. Foi nesse ambiente propício a um golfe de qualidade que aconteceu em novembro último a 33ª edição do Aberto Masculino Embrase do Terras de São José Golfe Clube, um dos mais tradicionais torneios amadores do país. Lá estiveram mais de 150 jogadores, que disputaram 17 prêmios em seis categorias – sendo uma scratch e cinco HCP index. A competição foi supervisionada pela Federação Paulista de Golfe e valeu pontos para o ranking estadual. Foi uma disputa na modalidade stroke play em 36 buracos, em dois rounds de 18 buracos cada um. Ao fim, a vitória na categoria principal foi de Felipe Almeida, que venceu Hélio Meirelles no playoff, algo que só foi possível após fechar a última volta com um excelente putt de 4 metros em descida, para empatar com Meirelles e forçar


Hélio Meirelles

uma decisão por morte súbita. Meirelles teria vencido se não errasse um putt de 1 metro para par no buraco 18, o qual teria lhe dado a vitória. Porém, isso é golfe. Além de proporcionar uma disputa em altíssimo nível, o 33º Aberto Masculino Embrase contou com diversas atrações nos dois dias. Entre elas estavam degustação de cafés, almoços, paletas de sorvete mexicanas, dois shows e uma clínica de golfe instalada no local, sob a supervisão do coordenador Ted Britschgi, da Jack Nicklaus Academy of Golf. As atividades incluíram apresentação de mágica, oficinas para crianças, voos de balão, sessões de alongamento e massagem, bares de cachaça e slackline. Os convidados ainda foram recepcionados com vinhos e champanhes selecionados. “Nosso Aberto é, sem dúvida, o ponto alto do ano no nosso espaço e um dos principais

no esporte amador do país. É quando abrimos as portas para que todos os amantes do golfe possam se reunir e compartilhar momentos de grande descontração, além de desfrutar de uma grande festa”, afirmou André Egoroff, presidente do Terras de São José Golfe Clube. Com apoio da Confederação Brasileira de Golfe e da Federação Paulista de Golfe, o evento contou com o patrocínio máster da Embrase, que atua no setor de segurança e serviços, além do apoio de Kia, Paraná Banco, Novotel, Brasil Kirin, Cachaça Yaguara, Samsung, Zada, Greenext, Jack Nicklaus Academy of Golf, Terras de São José II, Prodata, Jóia Bérgamo, Nascimento Turismo, Adidas e Taylor Made, Café Mantissa, 1865 Syrah e 1865 Sauvignon Blanc, Chandon, La Catrina, Delicateria, Espaço Athenas e Nutraer Mega.

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โ ข TORNEIO

Roberto Gomez

Claudio Kyrila, presidente da ABGS, ladeado por Juan de Dios Ortuzar, presidente da Asociaciรณn Veteranos de Golf de la Argentina, e Sergio Urrejola, ex-titular da Federaciรณn Sudamericana de Golf Senior

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Todos os premiados

NO BRASIL EM

2015 No próximo ano, o país sediará o Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior. Na edição deste ano, Roberto Gomez foi um dos destaques No 36o Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior, realizado em Buenos Aires nos fins de outubro e começo de novembro, a delegação da Associação Brasileira de Golfe Sênior (ABGS) obteve suas melhores colocações históricas. Entre as principais conquistas, destaque para Roberto Gomez, que vestiu pela primeira vez a camisa da ABGS; e estreou em grande estilo ao se coroar campeão sulamericano scratch. Além de outras vitórias nas categorias com handicap, o Brasil foi vice-campeão por equipes na categoria scratch, logo atrás dos argentinos, donos da casa. Em Buenos Aires, Claudio Kiryla, presidente da ABGS, foi empossado também como presidente da Federación

Sudamericana de Golf Senior. É praxe o país que organizará o próximo campeonato sul-americano, como acontecerá com o Brasil em outubro de 2015, presidir a instituição que rege o golfe sênior regional. O último dirigente brasileiro a presidir a Federación Sudamericana de Seniors foi Paulo Pacheco, atual titular da Confederação Brasileira de Golfe, recém-eleito para seu segundo mandato. “Desde já, estamos nos organizando para receber todos os golfistas em um grande e bem organizado evento. Pretendemos dar um show”, resumiu Kiryla. A edição do sul-americano de 2015 será realizada em quatro campos da região metropolitana de Curitiba.

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• TORNEIO

VITÓRIA DE GENTE

GRANDE Aos 12 anos de idade, Thomas Choi conquista no São Fernando Golf Club Open Embrase seu primeiro título scratch em torneio válido para ranking adulto

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juvenil Thomas Choi, de apenas 12 anos, foi o campeão da principal categoria do 47º São Fernando Golf Club Open Embrase, um dos mais importantes torneios do golfe paulista. Foi sua primeira vitória em uma competição que vale para o ranking adulto da Federação Paulista de Golfe. Sócio do Terras de São José Golfe Clube, de Itu, ele somou 231 tacadas em três dias de disputa, uma de vantagem em relação ao vice-campeão, Joakin Thrane, do Clube de Campo de São Paulo, com 232. O terceiro colocado scratch foi Ricardo Nakatani, do clube anfitrião, com 234. Choi chegou a errar o drive no buraco 18, quando tinha duas tacadas de vantagem, mas conseguiu se recuperar e evitar o playoff contra Thrane. “Fiquei muito feliz com a vitória. Mantive a calma, mas senti a pressão no buraco 16. É o meu título mais importante até agora”, disse Choi, que joga golfe desde os 6 anos de idade. Choi também conquistou o título entre os competidores com handicap index até 8,5, com 216 tacadas net, seguido por Nakatani, com 219, e por Roberto Gonzalez, também com 219. O título da categoria de index 8,6 a 14,0 também foi disputadíssimo até as tacadas finais, ficando com Luis Carlos Mello, do Departamento de Golfe do São Paulo Futebol Clube, com 210 tacadas, seguido muito de perto por Claudio Pedone, do Clube de Campo de São Paulo, com 211. Nishikawa, do próprio São Fernando Golf Club, somou 148 tacadas net para vencer entre os competidores de handicap index 14,1 a 19,4. Dois competidores

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somaram 149 tacadas: Eduardo Bradaschia, do São Paulo Futebol Clube, e Rubens do Amaral, do São Fernando, respectivamente vice-campeão e terceiro colocado, por conta dos critérios de desempate. Uma grande festa encerrou o evento no próprio São Fernando Golf Club. O ponto alto foram os shows das bandas Jack Rabbit e Blitz, organizados pelo Club A São Paulo, um dos patrocinadores do torneio. Quando a Blitz entrou no palco, houve queima de fotos de artifício no campo. Houve também uma apresentação surpresa de uma bateria de escola de samba no final da noite. O departamento de alimentos e bebidas do São Fernando serviu massas variadas, carnes especiais e diversos tipos de sobremesas, tudo regado a espumante Santa Carolina, cerveja Karavelle, cachaça Dom Tápparo, caipirinhas e uísque. No encerramento, os jogadores e convidados do evento participaram de sorteios de diversos brindes, como produtos da Samsung, bolsas da TaylorMade com caixa de bolas, luvas, colete wind break e boné, cachaça Dom Tápparo Premium 15 anos e kits da Dove Men Care e Axe Matte Effect. O patrocinador máster do evento foi a Embrase Segurança & Serviços, uma das maiores patrocinadoras do golfe brasileiro. Os patrocinadores sêniores foram Grupo Vita e Samsung. O evento também teve o patrocínio de Andiamo Ristorante, Club A, Greenext E-Z-GO, Grupo BEM, Hirashima, MH Bikes Híbridas e Spec. Os apoiadores foram Adidas TaylorMade, Axe Matte Effect, Banco Alfa, Casa Flora, Cervejaria Karavelle, Costume, Dom Tápparo, Dove Men Care e Federação Paulista de Golfe.


O campe達o Thomas Choi

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• AVENTURA

VELOCIDADE, ADRENALINA E OFF-ROAD Com chuva e lama, a última etapa da Mitsubishi Cup foi repleta de emoção para os pilotos gentlemen drivers

A final da 15a temporada da Mitsubishi Cup reuniu duplas de todo o Brasil em Mogi Guaçu (SP) para três provas com muita emoção. Devido à chuva forte durante toda a madrugada que antecedeu a prova, o trajeto de aproximadamente 35 km ficou escorregadio e cheio de poças. Um tempero a mais, que agradou aos participantes. “Isso é a Mitsubishi Cup. Cada etapa é diferente, e essa foi a melhor pista da temporada. Foi preciso fazer uma leitura de terreno muito boa”, comentou Lucas Moraes, que, ao lado de Kaique Bentivoglio, foi o campeão da categoria L200 Triton RS. Outras quatro duplas foram premiadas em suas respectivas categorias: Ricardo Feltre e André Lucas Munhoz foram campeões na L200 Triton ER; Sérgio Gugelmin e Marcos Maia Pastein venceram na Pajero TR4 ER Master; Fred Macedo e Marcelo Haseyama subiram ao pódio na Pajero TR4 ER; e Marco Tulio Lana e Leonardo Magalhães levaram o título da Pajero TR4 R. Os convidados e familiares dos pilotos puderam acompanhar de perto a disputa pelo campeonato e torcer por suas duplas preferidas em uma zona de espetáculo montada perto do lounge projetado para proporcionar momentos de descontração e descanso. “Terminamos o ano com saldo positivo e com a garantia de novidades para a próxima temporada, como o início das vendas da L200 Triton ER, que antes era apenas alugada para o rali”, garante Guilherme Spinelli, diretor da Ralliart Brasil. Em 2015, o mais novo carro da Mitsubishi Cup estreia no grid: o ASX R estará disponível no sistema de locação sit&drive, onde toda logística, preparação e manutenção do veículo fica a cargo da equipe – ao piloto, resta sentar e acelerar. Consulte os planos de locação, no sistema sit&drive, e venha participar! Mais informações: www.ralliartbrasil.com.br ou mitsubishicup@mmcb.com.br.

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