www.institutosierra.com.br Empresa amiga dos animais
Foto: Renato Elkis
FOTO MARCOS MENDEZ / SAILSTATION.COM
YACHT CLUB DE ILHABELA
COMODORIA COMODORO JOSÉ YUNES VICE-COMODORO SERGIO CANESTRELLI
DIRETORIA BAR E RESTAURANTES WALTER R. SANCHES PINTO FINANCEIRO ENRIQUE MANUBENS JURÍDICO AUGUSTO AZAMBUJA FILHO MANUTENÇÃO E SEDE IVAN LOPES DA SILVA MARKETING DIEGO ZARAGOZA NÁUTICO ALZIMAR TENES OUVIDORIA ÁLVARO LEMOS RADIOCOMUNICAÇÃO MARCUS VINICIUS ASSUMPÇÃO LOPES RALLYE OLDEMAR SANTOS FILHO SOCIAL LAÉRCIO NILTON FARINA SECRETÁRIO, ADMINISTRATIVO E DE PLANEJAMENTO JOSÉ ROMARIZ SUBSEDES SÃO SEBASTIÃO E SOMBRIO DIRK KIRSCHSTEIN SUPRIMENTO IBRAHIM SALAMON SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE JULIO CARDOSO VELA CARLOS EDUARDO DE SOUZA E SILVA
CONSELHO DELIBERATIVO PRESIDENTE MARCO ANTONIO FANUCCHI VICE PRESIDENTE ALZIMAR TENES WWW.YCI.COM.BR
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SUMÁRIO
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32 32 Palavras
A lenda Francis Joyon fala de sua trajetória e suas aventuras solitárias pelos oceanos
40 Especial
41a Ilhabela Sailing Week faz do YCI novamente o epicentro da vela do Cone Sul
62 Regata
A Spring Regatta nas ilhas Virgens Britânicas se consolida como referência nas águas do Caribe
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Kite
Fuerteventura e seus ventos mágicos proporcionam mais um campeonato de tirar o fôlego
80 Hotel
O charme da rede explora na exclusiva e exótica ilha de Páscoa
86 Regata
O evento teste para 2016, Aquece Rio, foi sucesso na baía de Guanabara
94 SUP
Roberta Borsari circunavega o arquipélago de Fernando de Noronha
100 Novos
Barcos
A nova Azimut 80, sucesso global que vai ser produzido no Brasil
106 Viagem
Veneza, a sereníssima capital eterna da beleza e do romance
IATE LIFE PALAVRA DO COMODORO
Olá, queridos leitores de Iate Life e associados do Yacht Club de Ilhabela. É com a satisfação do dever cumprido e imensa alegria que abro novamente este espaço comemorando com vocês mais uma vitória na trajetória de sucesso da nossa querida semana de vela de Ilhabela, a hoje internacional Ilhabela Sailing Week. A edição 41 desta rica história que só engrandece nosso clube foi um triunfo de toda a comunidade da vela. Em uma data um pouco diferente da habitual, em função da Copa do Mundo disputada em nosso país, novamente velejadores do mundo todo acorreram à nossa bela ilha, que já se tornou um dos centros mundiais desse esporte. E, mais uma vez, o que os navegadores encontraram aqui foi digno das expectativas que anos e anos de eventos bem-sucedidos geraram em todos: competições de alto nível técnico em excelentes raias, confraternizações calorosas e divertidas, disputas acirradas e emocionantes e a proverbial hospitalidade de nosso Yacht Club de Ilhabela. Enfim, com o inestimável auxílio de nossos parceiros e funcionários e apoio dos associados e patrocinadores – Banco do Brasil, Correios e Mitsubishi Motors –, a Ilhabela Sailing Week 2014 entra para a rica história dessa competição como um dos pontos altos de sua trajetória. Estendo meus elogios e gratidão ao nosso diretor de vela, Carlos Eduardo Souza e Silva, Kalu, e sua equipe, bem como a nosso valoroso e atuante Diretor de Marketing, Diego Zaragoza, pelo extraor-
dinário trabalho e dedicação ao êxito do evento. E, também, a todos os campeões e àquelas tripulações que eventualmente não subiram ao pódio, mas sempre ganham muito em estar aqui, ficam os meus sinceros parabéns e o convite para que voltem sempre às nossas águas. Desejo também que todos possam se deleitar com nossa cobertura especial nas páginas desta Iate Life que ora chega às suas mãos. Mas como não só de ISW vive nossa revista, espero que outras histórias aqui retratadas sejam ainda objeto do seu interesse e prazer. Tenho certeza de que para o mundo náutico a entrevista com a lenda viva Francis Joyon, o velejador solitário mais rápido do planeta, detentor da incrível marca do recorde da volta ao mundo em apenas 57 dias, é um relato de grande interesse. A matéria especial sobre o evento teste da baía de Guanabara para o Rio 2016, o Aquece Rio, também. Para os aventureiros, temos duas histórias de muita beleza e apelo ambiental: a circunavegação do arquipélago de Fernando de Noronha, de SUP, por Roberta Borsari e o fantástico hotel explora, uma joia de conforto e despojada sofisticação, na não menos fantástica ilha de Páscoa. Temos ainda matérias sobre a “sereníssima” Veneza, as ilhas Virgens Britânicas e o belo evento de kitesurfe em Fuerteventura. Mais que tudo, espero, como sempre, que nossa revista seja para você fonte de informação e prazer. E que, cada vez mais, possamos estar, eu e o Yacht Club de Ilhabela, juntos de você, dos seus familiares e amigos. Boa leitura!
José Yunes COMODORO YACHT CLUB DE ILHABELA
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FOTO ARQUIVO PESSOAL
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IATE LIFE RELÓGIOS
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Perpetual Calendar. O calendário perpétuo é uma complicação que identifica os meses, seus diferentes números de dias e anos bissextos. Esse modelo traz também marcador das fases da Lua. Tel. (11) 35528000. 5. Lo Scienziato – Luminor 1950 Tourbillon GMT Ceramica, Panerai. O mostrador Skeleton impressiona na caixa de 48 mm. Movimento mecânico manual com reserva de marcha de seis dias. Tel. (11) 3152-6620. 6. Clifton Cronógrafo 10129, Baume & Mercier. Caixa de 43 mm em aço, funções de data e dia. No modelo o calibre mecânico automático é visível pelo fundo de caixa com vidro de safira. www.baume-et-mercier.com/pt
FOTOS DIVULGAÇÃO
MOVIMENTO PRECISO
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IATE LIFE DRINK
A exclusiva Maison Perrier-Jouët, que possui tradição de mais de 200 anos na produção de champanhe em Epernay, na França, convidou o artista plástico Vik Muniz para eternizar mais um capítulo memorável da história da marca com o lançamento da edição limitada Perrier-Jouët Belle Époque Rosé by Vik Muniz. Essa será a segunda vez na história da maison que um artista faz uma releitura da garrafa original, que foi pintada à mão por Emile Gallé em 1902. Dessa vez, o nome convidado foi Vik Muniz, artista brasileiro de maior projeção internacional na arte contemporânea. A coleção contará, no Brasil, com apenas 240 garrafas. Admirador da marca, Vik Muniz concebeu a ilustração, sem cobrar cachê, unindo as tradicionais anêmonas que adornam cada garrafa de Belle Époque há mais de um século, à imagem de um bei-
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ja-flor. “A conexão com a natureza que Perrier-Jouët tem desde o início, foi minha maior inspiração para criar esta colaboração”, conta Vik Muniz. O Cellar Master de Perrier-Jouët Hervé Deschamps escolheu a safra 2005 de Belle Époque Rosé para essa edição especial justamente por ser “o mais delicado e extravagante vinho da coleção Belle Époque”. É um champanhe generoso e voluptuoso cuja complexidade aponta para um vintage de contrastes. Chardonnay, a uva de preferência de Perrier-Jouët, é predominante no blend, enquanto a cuvée deve sua riqueza e tom salmão à pinot noir. Depois de bons anos envelhecendo na adega da maison, o resultado é um balanço perfeito entre as características de um ano marcante e o estilo floral e elegante de Perrier-Jouët. Mais informações sobre o produto: SAC 0800 0142011.
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BELLE ÉPOQUE ROSÉ BY VIK MUNIZ
IATE LIFE MOTOR
A versatilidade e a força de um modelo BMW X se unem com a elegância singular de um coupé da marca. O interior combina conforto e espaço com luxo e chama a atenção para a elevada posição dos assentos. Inclui faróis bi-xenon, acionamento automático do bagageiro e caixa de câmbio automática. Equipado com motor V8 4.4 biturbo de 407 cv, acelera de zero a 100 km/h em 5,3 segundos e tem velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h. Com os três bancos traseiros rebatidos, o porta-malas do X6 amplia a capacidade de 580 litros para 1.525 litros. O sistema in-
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teligente de tração BMW xDrive otimiza a capacidade de tração em função das condições da estrada, melhorando a estabilidade do carro e permitindo curvas mais dinâmicas. Alguns dos inovadores opcionais oferecidos: faróis de LED com orientação automática de luz, acesso de conforto com a função de abrir e fechar a porta do bagageiro sem estabelecer contato com ele, áudio Bang & Olufsen High End Surround Sound System e o novo Rear Entertainment System Professional, entretenimento para os passageiros dos bancos traseiros, mais conforto para todos. www.bmw.com.br
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BMW X6 XDRIVE 50I
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folha de violeta e canela. E, na base, sinta notas amadeiradas e fava tonka. SAC 0800 849 2292. 4. Shampoo Energic, L’Oréal Professionnel Homme. Refrescante, o produto limpa, tonifica e revigora os fios. SAC 0800 7017237. 5. Cera de modelagem, Maneuver Redken for Men. O controle médio da cera concede uma textura flexível e sem resíduos aos cabelos. www.redkenbrasil.com.br. 6. Sabonete líquido, Araucária da L’Occitane au Brésil. Em contato com a água, se transforma em espuma refrescante e aromática. SAC 0800 171 272
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FOTOS: ROGÉRIO MARANHÃO/ DIVULGAÇÃO
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rante o dia funciona na área externa e à noite no terraço, a 9 metros de altura, com vista panorâmica exclusiva. O Kenoa Spa oferece tratamentos corporais e faciais, que incluem banhos em ofurô e massagens, com produtos Shiseido e Germaine de Capuccini. Na singular massagem Wako Kenoa, na qual movimentos rítmicos da dança são transportados pela mão do terapeuta para o corpo, a sensação de relaxamento é total. Já a massagem Brisa Kenoa é uma viagem sensorial: um tecido de seda relaxa e elimina contraturas nos músculos do corpo. www.kenoaresort.com
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hastes. SAC 0800-701-2097. 6. Anel de ouro rosé 18k com gema carnelian e diamante, Van Cleef & Arpels. Tel. (11) 3152-6630. 7. Anel para dois dedos de ouro amarelo com diamante branco, Epiphanie. Tel. (11) 3473-5973. 8. Bolsa, Arezzo. www.arezzo.com.br. 9. Anéis de ouro amarelo 18k, ouro branco e ouro rosé, Epiphanie.Tel. (11) 3473-5973. 10. Slipper de pelo, no site O Look. www.olook.com. br. 11. Bracelete de couro trançado com pingentes e fecho de prata de lei, Pandora. www.pandorajoias. com.br
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PALAVRAS
FRANCIS JOYON Quando Francis Joyon aportou no Rio de Janeiro em seu maxitrimarã de 100 pés, nascia ali mais um tempo de referência para futuros recordes – estabelecido pela lenda que detém o mais prestigioso de todos eles: o da volta ao mundo em solitário em incríveis 57 dias. Como parte de uma iniciativa do Instituto Francês do Cérebro e da Medula Espinhal, Joyon zarpou de Bordeaux com destino à baía de Guanabara, onde, em uma velejada no seu famoso IDEC, aos pés do Pão de Açúcar, concedeu esta entrevista exclusiva para Iate Life. Uma honra! POR_MURILLO NOVAES
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IATE LIFE: Quando você começou a velejar? E quando foi que o vírus da velocidade pegou você? FRANCIS JOYON: Eu vivia longe do mar, mas quando tinha 16 anos, no sul da Bretanha, eu tive contato com a vela pela primeira vez. Não tinha ninguém da minha família que velejava, mas logo descobri que a vela era algo para mim. E já no ano seguinte eu fazia deliveries pelo canal da Mancha. Depois tive um monte de trabalhos na indústria de barcos. Mas regatas mesmo comecei muito tarde, com 30 anos de idade. E aconteceu o mesmo de quando comecei a velejar: logo percebi que aquilo era feito para mim. E não parei mais.
Hydroptère, de Alain Thébault, e os catamarãs da última America’s Cup? Você acredita que o seu IDEC pode evoluir para o uso de fólios ou isso ainda é um sonho em termos de vela oceânica? FJ: Eu acho que é possível, mas ainda temos muito trabalho para fazer para adaptar os fólios para o uso no oceano. Por enquanto, creio que ainda há muito desenvolvimento a fazer para que os barcos possam voar com as ondas do mar aberto. Mas creio que este é o futuro e é possível que o uso de fólios venha a diminuir os tempos dos recordes na vela de oceano aberto.
IL: Em que tipo de barco você começou a competir? FJ: Eu já comecei em catamarãs grandes, de oceano. Tinha um barco que sofrera um acidente e eu o recuperei para usar e até para fazer charter, mas, logo que participei das primeiras regatas, me apaixonei e segui competindo. Foi algo que me tomou.
IL: Você pretende bater o seu próprio recorde algum dia? FJ: Antes eu gostaria que alguém batesse meu recorde e só aí depois eu tentaria batê-lo novamente. Vou aguardar!
IL: Você velejou muito de ORMA60, os trimarãs de competição que fizeram muito sucesso na Europa uma década atrás, e hoje o sucessor é o MOD70. O que você acha dessa nova classe? FJ: Na época dos ORMA60, chegamos a ter até 17 barcos competindo. Os MOD70 são, sem dúvida, uma evolução em termos de design e velocidade. São barcos incríveis e gosto muito do conceito deles, mas a organização ainda precisa melhorar. O barco é fantástico, mas a organização ainda precisa evoluir, eu acho. IL: Como velejador de multicascos, o que você acha dessa nova onda de barcos com fólios, como o
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IL: O mais incrível é que o seu tempo de 57 dias e 13 horas é, de fato, o terceiro tempo mais rápido de toda a história. Apenas dois outros barcos, com tripulações numerosas, conseguiram circunavegar o globo mais rápido que você. É possível, em solitário, bater o recorde de 48 dias do Banque Populaire? Você crê nisso? FJ: Eu acho que é possível, mas para isso precisaria de um barco voador, que velejasse sobre fólios. Acho que vou pedir ao meu patrocinador um barco destes e tentar. Quem sabe? (risos) IL: Você já esteve no Brasil antes? FJ: Eu fiz duas Transats Jacques Vabre e aportei em Salvador. Quando tinha 20 anos de idade fiz uma longa
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viagem que me trouxe a Salvador, Fortaleza, São Luís. Eu gosto muito do Brasil.
para cá era apenas para estabelecer um tempo de referência, eu me permiti cozinhar. Foi bom!
IL: Você sempre sentiu que seria um velejador solitário? Você leu Bernard Moitessier, Joshua Slocum e outros ícones da vela solitária ou simplesmente foi algo que aconteceu na sua vida? FJ: Eu, de fato, fiquei muito impressionado com alguns livros. Especialmente por Moitessier. Eu li os livros dele e fiquei muito tocado por esse tipo de navegação. Eu me inspirei muito nele.
IL: Como você dorme? FJ: Eu gosto de dormir, no mínimo, duas horas a cada 24 horas. É meu mínimo. Em condições de tempo bom, eu posso dormir até seis horas a cada dia.
IL: Qual é o seu sentimento quando você está sozinho no oceano. O que é a sua motivação para velejar sozinho? FJ: Velejar sozinho é muito mais difícil. Eu também velejo com tripulação e é diferente. Sozinho é mais complicado, mas também, por vezes, é mais prazeroso. Eu gosto de estar só eu e o oceano. Eu me sinto bem assim. Quando você veleja sozinho, os momentos ruins são piores, mas, em compensação, os momentos bons são bem melhores. Eu gosto disso. IL: Como você se sente no barco? Como é o seu cotidiano a bordo? Você tem banheiro no IDEC? FJ: Não, não tenho banheiro. Apenas um balde onde faço minhas necessidades. Em um veleiro de alto desempenho é complicado levar muita água. A água pesa muito e por isso tentamos salvar todo o peso possível. Eu, por exemplo, só bebo uma garrafa de água por dia. Para a volta ao mundo, eu tenho até um dessalinizador, mas nas regatas menores eu levo apenas um litro de água por dia e é isso. IL: O que você come normalmente? FJ: Eu procuro comer comida normal. Para vir para o Brasil, eu trouxe comida regular: ovos, arroz, essas coisas. Para a volta ao mundo, é mais complicado, eu levo comida desidratada. Eu gosto de cozinhar a bordo. Como para vir
“Eu gosto de estar só eu e o oceano. Quando você veleja sozinho, os momentos ruins são piores, mas, em compensação, os momentos bons são bem melhores. Gosto disso”
IL: Mas você dorme as seis horas seguidas em algum momento? FJ: Não. Nunca. O máximo que durmo direto são duas horas. Porque tenho que ficar sempre atento. Eu durmo sentado com as escotas do grande e da vela de proa na mão. Se for preciso, posso soltá-las rapidamente. Dormir nunca é muito bom para quem veleja sozinho. IL: Falando dos barcos, sabemos que Thomas Coville tem um barco muito similar ao IDEC, o Sodebo, dos mesmos projetistas. Qual é a maior diferença entre os seus barcos? Ele detém o recorde de singradura (milhas em 24 horas), mas nunca foi capaz de bater o seu recorde ao redor do globo. Como é sua relação com ele? FJ: Minha relação com Thomas é muito boa. Eu já velejei com ele, e ele é um excelente velejador. Gosto muito dele. As principais diferenças entre nossos barcos é a filosofia. O IDEC é mais simples, o Sodebo, mais complexo. O meu veleiro pesa 11 toneladas e o dele pesa 12 toneladas, mas tem mais 5 pés de comprimento e o mastro é maior. São muito parecidos, mas, claro, prefiro as coisas mais simples. IL: Você é maluco com a questão do peso, como nos barcos de antigamente, onde até as escovas de dente eram cortadas ao meio para salvar alguns gramas? FJ: Eu me preocupo muito com o peso, claro. Qualquer grama que posso tirar de bordo é tirada. Nas regatas longas e na volta ao mundo, eu tiro até o motor e o hélice, já que não preciso deles. E hoje há outros meios de gerar energia. Como eu disse a respeito da água e da comida, é muito importante para mim manter o barco o mais leve possível. Eu me preocupo bastante com essa questão. IL: Para finalizar, quais são os seus planos para o futuro? FJ: Eu parto de volta para a França, sozinho, como modo de treinar, e depois faço a Rota do Rum, da Bretanha até Guadalupe, no final do ano. Depois não sei. Não gosto muito de fazer planos. Prefiro deixar a vida me surpreender.
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ISW ILHABELA SAILING WEEK
FOTO MARCOS MENDEZ / SAILSTATION.COM
Em mais uma edição com muita beleza, emoção e a festa de sempre, a maior da vela do Cone Sul, os melhores velejadores do país, com alguns estrangeiros de altíssimo calibre “infiltrados”, elevaram o nível da Ilhabela Sailing Week 2014
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FOTOS MARCOS MENDEZ / SAILSTATION.COM
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A 41a edição da Ilhabela Sailing Week trouxe novamente medalhistas olímpicos e campeões mundiais de diversas classes às raias de Ilhabela. Torben e Lars Grael, Bruno Prada, Reinaldo Conrad, Maurício Santa Cruz, André Fonseca e o argentino Santiago Lange ajudaram a elevar o nível da competição e já sabem que em 2015 o principal evento de oceano do país será disputado entre os dias 4 e 11 de julho. Neste ano, 130 embarcações correram na Capital Nacional da Vela. O veleiro Pajero Mitsubishi, de Santos, conquistou o título da S40, a classe mais veloz da Ilhabela Sailing Week, e confirmou a superioridade da tripulação multinacional, com o retrospecto de três vitórias em seis regatas. O vice-campeão, o S40 Carioca, do Rio de Janeiro, ganhou duas e ficou à frente do Crioula, de Porto Alegre, campeão em 2013 e terceiro em 2014. O Magia Energisa, do bicampeão olímpico Torben Grael, também venceu uma regata da série. Cinco nações contribuíram para que o Pajero Mitsu-
bishi colocasse dois pontos de vantagem sobre o Carioca, de Roberto Martins. Brasil, Argentina, Uruguai, Espanha e Itália estavam representados entre os tripulantes, que, antes de se juntarem em Ilhabela, conquistaram o vice-campeonato mundial de TP52 na Itália, um dos trunfos para a vitória no litoral norte em uma classe tão equilibrada. “Só tivemos a confirmação de que a base da tripulação seria mantida na Ilhabela Sailing Week em cima da hora”, relatou o timoneiro André Fonseca, o Bochecha. “Foi um grande resultado.” Supremacia catarinense na competitiva C30 – Sempre muito disputada, a C30 reuniu sete barcos e teve como campeão o Zeus Team, de Santa Catarina. A tripulação comandada por Inácio Vandresen, participante assídua em Ilhabela, conseguiu quebrar a hegemonia do bicampeão CA Technologies Loyal, de Marcelo Massa, responsável pela classe no Brasil. “Esperava vencer, mas nosso desempenho foi surpreendente”, analisou Inácio.
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FOTOS Š MATIAS CAPIZZANO
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Ilhabela, como sempre, foi, para os barcos de todos os tipos, o palco perfeito para as regatas
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“A equipe é muito unida e durante as regatas manteve-se concentrada em cada detalhe. Tivemos pouquíssimos erros a bordo e a tática foi perfeita”, elogiou Inácio, referindo-se principalmente aos tripulantes, Felipe Linhares, o Fipa, e Fábio Pillar, responsáveis pela “leitura” da raia. “Vamos comemorar, mas já sabemos que há outros compromissos pela frente.” A tripulação do Zeus veleja há dez anos e já tem os próximos objetivos traçados: Campeonato Brasileiro de C30 em outubro, também em Ilhabela, e Circuito Ilha de Santa Catarina, em fevereiro de 2015. O talento de Lars Grael fez a diferença – O Campeonato Sul-americano de Star, incluído de forma inédita na programação da Ilhabela Sailing Week, teve domínio de um tradicional campeão da classe. Lars Grael levantou o troféu pela quarta vez (2005, 2008, 2011 e 2014), enquanto Samuel Gonçalves comemorou sua primeira conquista continental. A campanha da dupla foi incontestável. Lars e Samuca velejaram em uma flotilha de 18
barcos, sendo quatro tripulações argentinas. A presença do atual campeão Bruno Prada, Guilherme de Almeida, Dino Pascolato e Reinaldo Conrad, entre outros, garantiu o elevado nível na Raia Beta, onde correram as classes Star e HPE. “O Bruno, tricampeão mundial, o argentino Torkel, o Dino, são grandes velejadores e tornaram o campeonato difícil para nós. Começamos com um ritmo forte, com três vitórias em quatro regatas, o que nos deixou em posição vantajosa”, comentou o tetracampeão Lars. “Depois pudemos ser mais conservadores para vencermos o campeonato sem a necessidade de corrermos a última prova.” Antes do Sul-americano, a dupla fez com que um barco brasileiro ganhasse pela primeira vez a competitiva Bacardi Cup, em Miami. Em seguida, Lars e Samuel conquistaram o Campeonato do Hemisfério Ocidental da classe Star, também nos Estados Unidos. “Por um equívoco da Comissão de Regatas, deixamos de ganhar
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A numerosa e sempre animada classe HPE25 embelezou o espetรกculo das velas na ilha
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Lars Grael e Samuel Gonçalves, ganhadores do sul-americano de Star com o comodoro Yunes
MOMENTOS SEMANA DE VELA Tripulação do Lexus Chroma (comandante Gustavo Crescenzo – 3º lugar na ORC A)
Yunes com Phil Gutsche – da África do Sul – que correu na classe S40
Lars Grael, além de campeão da classe Star, é o atual presidente da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano.
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Yunes com Dino Pascolato e Henry Boening velejadores da classe Star
Torben Grael, comandante do S40 Magia V
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o Mundial na Itália”, resignou-se Lars, consciente do potencial da dupla. Mais um campeão sul-americano em Ilhabela – O barco Orson, do Yacht Club de Ilhabela, conquistou o título do continente na classe ORC 600, somando-se as participações no Circuito Punta del Este, em janeiro, e na Ilhabela Sailing Week, segunda e última etapa do Sul-Americano de 2014. O Seu Tatá, do Rio de Janeiro, ganhou na ORC 500. “Nós sempre corremos as duas etapas, assim como os barcos do Cone Sul também vêm a Ilhabela, mas neste ano os melhores do Chile, Uruguai e Argentina não vieram porque a maioria dos tripulantes esteve no Brasil durante a Copa do Mundo de Futebol. Não tinham como viajar novamente logo após terem retornado às suas casas”, afirmou o comandante do Orson, Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, também diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela. “Somos bicampeões, já havíamos vencido o circuito em 2007 com tripulação de Ilhabela. Fomos vice lá e ganhamos aqui. A primeira etapa é mais desafiadora, devido à travessia Buenos Aires-Punta
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del Este, disputada no rio da Prata, mas as regatas em Punta del Este e em Ilhabela são mais técnicas”, comparou Kalu. Força de Porto Rico – Na classe IRC, o Rudá também comemorou o bicampeonato, com a mesma tripulação de 2013. “Conhecemos o barco, um First 40, na Volta de Antígua, onde corremos no veleiro de dois amigos porto-riquenhos. Gostamos muito e há dois anos compramos um barco igual na Bahia”, informou o comandante Mario Martinez. A hegemonia do Rudá neste ano fez com que a equipe tivesse o privilégio de descartar um primeiro lugar. “Conseguimos andar na frente de barcos maiores, foi o que garantiu o título. Durante anos aplaudimos os ganhadores e sei muito bem como é difícil vencer aqui na Ilha”, emendou o ituano Martinez, que convidou os dois amigos porto-riquenhos para reforçar a tripulação. Em outubro de 2013, o barco venceu a classe IRC na Regata Santos-Rio. Jaime Torres, de Porto Rico, exímio conhecedor do First 40, é o responsável pela regulagem do barco. “É o meu segundo ano em Ilhabela. A melhor expe-
O vencedor da classe S40: a tripulação do veleiro Phoenix, de Eduardo Souza Ramos Tripulação do veleiro Zeus – vencedor da classe C30 – de Inácio Vandressen, do Iate Clube de Santa Catarina
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Dos clรกssicos ao Star, passando pelos novos C30, todos se deliciaram nas raias de Ilhabela
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riência que já tive. O público é muito envolvido com o evento e todos se voltam para a vela. É similar ao que acontece nas regatas na Nova Zelândia”, exaltou Jaime, acostumado a velejar em vários países. Vitória em família – O Azulão foi o primeiro colocado na classe RGS C e Geral. A união entre pai, mãe e filho contribuiu para que a tripulação trabalhasse em harmonia. “Velejamos juntos há dez anos na Represa de Guarapiranga e estamos bastante entrosados”, comentou o comandante Marcello Polonio, que leva o barco no leme enquanto a esposa, Lígia, cuida das velas balão e genoa e o filho Lucca, tripulante mirim, faz as tarefas de proa. Nos dois anos anteriores, o Azulão havia obtido dois terceiros lugares na RGS C. Serviu de aprendizado para que a vitória em família fosse comemorada na 41a edição da Ilhabela Sailing Week. Ilhabela conquista sul-africanos – Desde a década de 1980, a Ilhabela Sailing Week atrai velejadores internacionais pelas condições da raia, estrutura do Yacht Club de Ilhabela e qualidade dos velejadores. Neste ano, a Equipe WindPower, do Royal Cape Yatch Club, da Ci-
dade do Cabo, na África do Sul, foi a mais longínqua entre as 130 que competiram na principal disputa de oceano da América Latina. Um dos mais experientes da tripulação sul-africana é o timoneiro Mark Sadler, de 37 anos. O velejador teve contato com a modalidade aos 10 anos na classe Optimist e se consolidou na vela oceânica como timoneiro do primeiro barco do continente africano na America’s Cup, o Shosholoza, na histórica participação de 2007, em Valência, na Espanha. Em Ilhabela, estavam aprendendo a manejar o barco, o S40 Crioula 03, e por isso ficaram na quinta colocação entre os cinco da classe, mas conseguiram evoluir a cada regata. “É uma competição fantástica, em uma atmosfera especial, que contagia os velejadores. As pessoas são muito amáveis e proporcionam um clima de confraternização no clube e disputas incríveis na raia. Estou adorando velejar em Ilhabela”, enalteceu Mark, admirador do adversário brasileiro Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas. Merecida lembrança – O tático da Equipe WindPower, Rick Nankin, veterano na vela, ao ouvir as palavras
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Ser campeão em Ilhabela é o ápice da carreira de qualquer velejador. Uma honra e uma glória!
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ISW CAMPEÕES
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2013
2012
2011
S40 ORC HPE C30 IRC RGS Star
S40 ORC HPE C30 IRC RGS Star
S40 ORC HPE C30
S40 ORC HPE RGS
Pajero Seu Tatá Ginga Zeus Rudá Azulão Lars/Samuel
Crioula 29 Kiron 3 Ginga Loyal Rudá Mandinga Robert/Bruno
Pajero Gol Touché Bond Girl Loyal TNT
Pisco Sour CHI Touché Atrevido Jazz
2010
2009
2008
2007
2006
S40 Pajero ORCi Touché Super HPE Artemis RGS Cinco Los Niños
S40 Cusi 5 ARG ORCi Loyal Red Nose ORC Club Katana II HPE Repeteco RGS Jyllic II
IMS ORC RGS HPE 40.7
IMS ORC RGS HPE 40.7
IMS Memo Memulini URU ORC Manos Champ RGS Atmosphera HPE Surfer Spirit
2005
2004
2003
2002
2001
IMS Áries IV RGS Kee Kee ORC Matrero ARG B. de Proa Atmosphera HPE Pânico Multicasco Gabi
IMS ORC 40.7 HPE RGS
IMS Pajero RGS Lélia W ORC Toríbio Achaval ARG 40.7 Alucinante VI Multicasco Avanti IV B. de Proa Atmosphera
IMS Pajero RGS Mandinga e Lélia W Bavária ORC Nubium
IMS Sorsa RGS Mandinga e Albatroz ORC Kawabubga
2000
1999
1998
1997
1996
IMS Curupira RGS Typhoon ORC Expert Nit
IMS Vmax RGS Touché
IMS Curupira RGS Sussurro do Lobo
IMS Polibrasil RGS Big Shot
IMS Polibrasil RGS Serelepe
1995
1994
1993
1992
1991
IMS H3+ RGS Big Wig
IMS Carrasco RGS Hirondele
IMS Think Sea RGS Hirondele
IOR Saga SMR Think Sea IMS Capim Canela
IOR Souza Ramos SMR Madrugada IMS Hombre
1990
1989
1988
1987
1986
IOR Brekelé SMR Sargaço
IOR Staroup SMR Fúria
IOR Tucano RPC Fúria
IOR Victória SMR Vagabondo
IOR Alucinante RHC Rajada II
1985
1984
1983
1982
1981
IOR Panda RHC Rajada II
IOR Tiki RHC Lua Cheia
Regata Tiki Cruzeiro Aruba
Oceano Soul Le Vant
Oceano Ponta Azeda
Phoenix Pajero Matrero ARG Odoya Xereta Aramis
Mitsubishi Katana II Nomad Bond Girl Triksu
Personal ARG Matrero ARG Saravah Frattina Capim Canela
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ISW RESULTADOS FINAIS DA 41A EDIÇÃO S40 - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Pajero (Sérgio Rocha) - 7 pp (2+[3]+1+1+1+2) 2. Carioca (Roberto Martins) - 9 pp (1+[4]+3+2+2+1) 3. Crioula 29 (Samuel Albrecht) 13 pp ([3]+2+2+3+3+3)
1. Bravísismo 4 (Ian Muniz)- 5 pp (1+1+1+1+1+[6]) 2. Rocket Power (Luiz Augusto Lopes de Castro) - 12,5 pp (4+3+3+2,5+3+1) 3. Prozak (Márcio Finamore) 13,5 pp (3+2+2+2,5+4+ [6])
C30 - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Zeus (Inacio Vandresen) - 8 pp ([3]+1+2+2+1+2) 2. Relaxa Next Caixa (Roberto Mangabeira) - 16 pp (2+[7]+1+1+5+7) 3. Caballo Locco (Mauro Dottori) - 16 pp ([5]+2+4+5+2+3)
ORC GERAL - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Seu Tatá - 14 pp (5+6+1+1+1+[19]) 2. Lucky V - 14 pp ([7]+1+3+3+3+4) 3. Angela VI - 17 pp ([10]+4+2+5+5+1)
HPE - 8 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Ginga (Breno Chvaicer) - 12 pp (1+1_+4+2+2+[9]+1+1) 2. Atrevido (Fábio Bocciarelli) - 26 pp ([23]+10+3+1+1+2+2+7) 3. Take Ashauer (Marcos Ashauer) - 30 pp (3+4+6+6+[23]+1+4+6) ORC A - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad) - 7 pp (2+2+1+1+1+[5]) 2. Angela VI (Peter Siemsen) - 9 pp ([3]+1+2+2+3+1) 3. Lexus/Chroma (Gustavo Crescenzo) - 11 pp (1+[4]+3+3+2+2) ORC B - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Lucky V (Ralph de Vasconcellos Rosa) - 7 pp ([4]+1+1+1+1+[3]) 2. Absoluto (Pedro Prosdócimo Neto) - 14 pp (3+[4]+4+3+2+2) 3. Santa Fé V (Nélson Ávila Thomé Jr.) - 17 pp (1+2+2+5+7+[10]) ORC C - 6 REGATAS, 1 DESCARTE
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IRC - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Rudá (Guilherme Hernandes) 5 pp ([1]+1+1+1+1+1) 2. Mandinga (Jonas Penteado) 11 pp (2+2+2+2+[3]+3) 3. Terroso (Carlos Augusto Matos) - 13 pp ([3]+3+3+3+2+2) RGS A - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Montecristo (Julio Cechetto) 18 pp (2+[7]+2+4+2+1) 2. Quiricomba (Marinha) - 13 pp (8+2+1+1+1+[11]) 3. Fram (Felipe Aidar) - 17 pp (1+3+6+[7]+5+2) RGS B - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Total Balance (Sérgio Klepacz)5 pp (1+1+[13]+1+1+1) 2. Bruxo (Luiz Schaefer) - 13 pp (2+2+1+5+3+[6]) 3. Albatroz (Marinha) - 18 (3+6+2+2+5+[13]) RGS C - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Azulão (Marcelo Polonio) - 7 pp (1+2+2+[4]+1+1) 2. Xiliki (Renato Bosso)- 11 pp ([5]+3+1+3+2+2) 3. Garrotilho (Paulo Linhares) - 12 pp (2+1+3+2+[16]+4)
RGS CRUISER - 5 REGATAS 1. BL3 (Clauberto Andrade) - 10 pp (1+3+4+1+1) 2. Thalassa (Maurício Duarte) 3. Jambock (Marco Aleixo) - 18 pp (3+2+5+2+6) RGS GERAL - 5 REGATAS 1. Azulão (Marcelo Polonio) - 31 pp (4+4+14+5+4) 2. Montecristo (Julio Cechetto) 37 pp (21+6+6+3+1) 3. Xiliki (Renato Bosso) - 38 pp (6+3+12++8+9) POR EQUIPES - 6 REGATAS, 1 DESCARTE 1. Escola Naval (Bijupirá/Breklé/ Dourado/Quiricomba) - 131 pontos 2. Iate Clube de Santos (Chroma/ Pi/Ciao/Saba) - 158 pontos 3. Charitas (Lucky V/Santa Fé V/ Albatroz/Zeppa) - 173 pontos 4. Yacht Club de Ilhabela (Orson/ Fantasma/Kanibal/Jazz) - 204 pontos SUL-AMERICANO DE STAR 7 REGATAS C/ 1 DESCARTE 1. Lars Grael/Samuel Gonçalves - 11 pp (1+1+1+2+5+1+[19]) 2. Bruno Prada/Guilherme Almeida - 18 pp ([4]+3+3+1+4+4+3) 3. Marcelo Bellotti/ Antonio Moreira - 21 pp (2+4+4+[10]+7+2+2) SUL-AMERICANO DE ORC 500 1. Seu Tatá (Paulo César Haddad) 2. Gaucho (ARG-Carlos Belchor) 3. Sirtecom (Chi - Walter Astorga) SUL-AMERICANO DE ORC 600 1. Orson (Carlos Eduardo Souza e Silva) 2. Lucky V (Ralph de Vasconcellos Rosa) 3. Brujas (ARG)
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de Mark, fez questão de intervir. “Considero Joerg Bruder um dos mais completos velejadores que já vi. Quando falarmos dos melhores do Brasil, temos de incluí-lo”, acrescentou Rick com entusiasmo pelo brasileiro tricampeão mundial e bi pan-americano da classe Finn, vítima do acidente aéreo de Orly em 1973. O motivo que trouxe a tripulação sul-africana ao Brasil foi o investimento que o comandante da equipe, Phil Gutsche, faz em empresas multinacionais instaladas no Brasil. “O Phil, responsável por fábricas da Coca-Cola na África do Sul, está investindo em indústrias brasileiras da marca. Como estou morando há um ano em Goiânia, a relação entre os dois países fica mais estreita. A Regata Cape Town-Rio também ajudou”, esclareceu o trimmer (regulador de velas) Charles Nankin, filho de Rick. Enquanto Charles velejava, a esposa, Flávia, de Goiás, dava aulas de zumba, modalidade de ginástica aeróbica, no Yacht Club de Ilhabela. Ela é o motivo de Charles estar morando em Goiânia. “Quero aproveitar para agradecer ao Eduardo Plass e ao Samuel Albrecht pela força que nos deram para velejarmos no barco
deles. Esse intercâmbio é fundamental para a evolução da classe e da vela em geral”, completou Charles. Trabalho para 2015 já começou – O diretor de Vela do YCI, Carlos Eduardo Souza e Silva, expressou a satisfação por ter recebido cerca de mil velejadores durante a semana. “Estou superfeliz com o resultado. Por mais um ano conseguimos manter o padrão Yacht Clube de Ilhabela. Um dos objetivos para 2015 é aprimorar a Regata por Equipes, transformando-a em um interclubes ou em uma disputa regional que possa estimular as tripulações.” Neste ano de estreia, a competição movimentou 16 barcos de quatro equipes: Escola Naval (RJ), a campeã, Santos, Ilhabela e Clube Naval Charitas, de Niterói. Esta edição já teve um importante apoio da Prefeitura, que montou uma das melhores programações culturais dos últimos anos, com destaque para os shows do Ira, Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes. Segundo dados da secretaria de turismo da cidade, a Ilhabela Sailing Week contribuiu para levar 5 mil pessoas à Capital Nacional da Vela durante o evento, no final do mês de julho. Que venha 2015!
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BVI SPRING REGATTA Fomos conferir, com exclusividade, a 43a edição da Spring Regatta, um dos eventos mais tradicionais das águas tropicais do Caribe realizado nas paradisíacas Ilhas Virgens Britânicas POR_Carlos
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oucos lugares do mundo respiram “nós” como em BVI – The British Virgen Islands. Considerada uma verdadeira Disneylândia de velejadores, as Ilhas Virgens Britânicas oferecem a maior frota de embarcações para charter do Caribe, 700 no total. Na comparação per capita à sua população, de apenas 29 mil habitantes, ela é disparada a capital mundial da vela. Entre as águas azul-turquesa que separam as 60 ilhas do arquipélago, localizado a leste de Porto Rico, diversos eventos divertem os amantes do mar em um paraíso que já foi refúgio de piratas e corsários. Diz a lenda que o lugar teria inspirado o escritor britânico Robert Stevenson em sua obra A ilha do tesouro. Neste cobiçado cenário, a Spring Regatta é, sem dúvida, uma das mais animadas competições do Caribe, que acontece há quase meio século, durante a chegada de cada primavera no hemisfério norte. Em sua 43 a edição, o evento deste ano reuniu 87 embarcações que competiram em 18 categorias durante três dias de prova sob o sopro de até 25 nós. Apesar de a competição ser séria e bem organizada, o clima era de pura descontração. O tom eclético coloria o mar. Havia desde holandeses velejadores amadores, reunidos para celebrar a despedida de solteiro de um dos companheiros, até profissionais como o atleta olímpico porto-riquenho Fraito Lugo, que competiu na classe Melges 32. Segundo o consagrado navega-
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dor, oito vezes campeão da Rolex Regatta, na vizinha St. Thomas, competir nas Ilhas Virgens Britânicas é viver a experiência de relaxar com pequenos toques de aventura. “Venho todos os anos, pois é uma deliciosa confraternização em um lugar incrível e tranquilo”, comenta. A base da regata é a simpática marina de Nanny Cay, na ilha de Tortola, a principal do arquipélago. De lá partiam os veleiros, 20 deles de mais de 50 pés, rumo
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O azulado e veloz IRC52, Highland Fling XII fez jus à sua fama nas águas também azuis das ilhas Virgens
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a uma das três rotas definidas pelos organizadores entre águas do Atlântico, do Caribe e do famoso canal de Sir Frances Drake, que corta sutilmente diversas ilhas de BVI. O peculiar corredor permite navegação segura em um raio de 18 milhas de comprimento por 32 milhas de largura. Celebrar é preciso Depois de cada dia de competição, velejadores russos, americanos, suíços, alemães e até australianos caíram na farra na marina de Nanny Cay. A organização montou ótima estrutura para as famosas festas regadas aos “endêmicos” painkillers (drinque típico à base de rum), com quiosques de comidas regionais e bandas de artistas locais, que transmitiam um pouco da cultura caribenha em uma espécie de luau, com direito a bolas de fogo no mar e performances acrobáticas. A Spring Regatta 2015 já tem data marcada. Ocorrerá entre 30 de março e 5 de abril e promete, de acordo com os organizadores, ser maior e ainda mais animada do que a edição deste ano. Um dos motivos dessa expectativa é que venham velejadores brasileiros, festeiros e alegres, que precisam descobrir o privilégio de navegar e desfrutar de inesquecíveis experiências em um dos cenários mais exuberantes do Caribe.
do Reino Unido, quase toda a identidade sociocultural tem influência norte-americana. Desde a moeda adotada até o sotaque. Há duas opções para chegar até as BVI partindo de São Paulo: via Miami, com escala em San Juan (Porto Rico), ou via St. Marteen (com escala no Panamá) e depois um ferry até Tortola. Outras informações em: bvitourism.com e bvispringregatta.org
Serviço Embora as Ilhas Virgens Britânicas sejam território
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Mais que simples competição, a Spring Regatta é uma verdadeira festa caribenha, em mar e terra. Delícia!
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Nas clรกssicas e belas รกguas de Fuerteventura, nas ilhas Canรกrias, o Grand Slam de kite provou novamente sua a toda forรงa e beleza. Iate Life conta como foi
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O último dia do Fuerteventura Kiteboarding Grand Slam acabou, no final de julho, nas ilhas Canárias, com a conclusão da final de freestyle por casais que viu os espanhóis Liam Whaley e Gisela Pulido no topo do pódio em águas espanholas, diante de uma multidão que torcia apaixonadamente. Em uma final espetacular para as mulheres, Gisela conseguiu melhorar a sua segunda posição nos singles para vencer a polaca Karolina Winkowska por menos de um ponto, forçando uma superfinal, em que Gisela ganharia mais uma vez em uma bateria emocionante. “Ganhar na Espanha é incrível, porque eu sinto o apoio das pessoas torcendo por mim na praia. Eu simplesmente não pude acreditar que eu ganhei duas vezes da Karolina – o que significa muito para mim. Depois de chegar em segundo tantas vezes, você perde um pouco a con-
fiança, por isso essa vitória me dá muita motivação”, comentou uma eufórica Gisela. O freestyle mostrou ser uma competição sempre muito parelha, incluindo a bateria que opôs Aaron Hadlow a Christophe Tack, vencida por Tack por 0,09 ponto. Comentando a disputa, o juiz Ian Sleuyter ponderou: “Christophe e Aaron compartilham estilos semelhantes nas grandes manobras com alta dificuldade técnica, e em algum momento a sorte entra em jogo, o resultado da bateria poderia ter sido outro e ninguém estranharia”. Entre as mulheres, a nossa estrela brasuca do kite, Bruna Kajiya, ficou com o bronze no freestyle. Após a competição de estilo livre, mais duas rodadas de regatas slalom foram corridas em 17 a 25 nós de vento. Na flotilha das mulheres, Annelous Lammerts (da Nova Zelândia) obteve um primeiro e um sexto lu-
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gares, dando-lhe os pontos necessários para assumir o primeiro lugar geral de Bibiana Magaji. Manuela Jungo, do Chile, conseguiu subir para a terceira posição com a vitória na última regata do dia, empurrando a favorita local, Julia Castro, para o quarto lugar. A flotilha masculina não viu nenhum movimento entre os três primeiros no último dia, com o francês Julien Kerneur e o sul-africano Ozzie Smith se segurando no primeiro e segundo lugares, respectivamente, apesar de uma vitória para Smith e maus resultados de Kerneur. Paul Serin (França) segurou o terceiro lugar, bem como o espanhol Maxi Gomez, que ficou em quarto diante de sua torcida. No geral, o Fuerteventura Kiteboarding Grand Slam provou ser um enorme sucesso, com resultados muito
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próximos entre os velejadores e batalhas incríveis sobre a água ao longo da ensolarada semana nas Canárias. No verdadeiro estilo Fuerteventura, houve uma variedade de condições que desafiou os velejadores em todos os níveis e permitiu grandes manobras de pura beleza e ação. Algo sempre superdivertido e emocionante para os fãs mundiais e espectadores locais, tanto na praia quanto on-line. Almejando um lugar no seleto rol dos esportes olímpicos o kitesurfe se consolida como uma modalidade de vela que, assim como o windsurfe, tem características próprias e muito específicas, mas compartilha em seu âmago aquilo que é a paixão de todos os velejadores: o mar e o vento.
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Paisagem belíssima e uma cultura milenar e misteriosa na remota ilha de Páscoa
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POR_ Fernando Paiva
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Sob o indescritível céu de infinitas estrelas, os moais de pedra ancestral asseguram: trata-se de uma experiência única!
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A emoção é indescritível. Você deixou a costa do Chile há cinco horas. E, de repente, ela surge – um ponto verde-escuro na superfície do oceano. Todos se debruçam em direção às janelas. Valeu a pena esperar. Bem-vindo à ilha de Páscoa, mas vamos chamá-la pelo nome original: Rapa Nui – a “ilha grande” em vananga, língua local. Prepare-se para conhecer um mundo novo e a célebre hospitalidade polinésia. Antes de mais nada, anote: você se encontra na ilha habitada mais remota do planeta. Não é para menos que os orgulhosos e poéticos rapanuis, seus habitantes, também a tratam por Te Pito O Te Henua (“o umbigo do mundo”) ou Mata Ti Te Rangi (“olhos fixos no céu”). Muito bem. Do campo de pouso até o lugar onde você vai ficar hospedado a história é mais curta: são apenas 15 minutos de van. O explora Rapa Nui está a 8 quilô-
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metros. E ocupa um lugar privilegiado e estratégico na topografia da ilha, uma suave colina com vista para os três principais vulcões – Poike, Rano Kau e Terevaka – e, claro, para o mar. Inaugurado em 2007, ele fica num terreno de quase 100 mil metros quadrados. A exemplo dos demais lodges explora (assim mesmo, com minúscula), o Rapa Nui é a materialização de um antigo sonho de don Pedro Ibáñez. Um dos maiores empresários chilenos, depois de muito viajar mundo afora, concebeu seus empreendimentos com base no chamado “luxo do essencial”. Ou seja, lodges plantados em lugares de extrema beleza natural, geralmente bastante afastados, que oferecem todo conforto possível para quem passou o dia todo em atividades ao ar livre. E assim, como seus irmãos no deserto do Atacama ou no parque nacional Tor-
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Na ilha habitada mais remota do mundo, tudo é mágico: o mar, as paisagens, a comida, o povo. Um prazer único em todos os sentidos res del Paine, o explora Rapa Nui segue essa filosofia. A começar pela arquitetura. Projetado com um perímetro todo curvo, o Rapa Nui não tem “frente” nem “fundos”. Trata-se de uma construção que pode ser abordada por todos os lados. Sua estrutura descansa sobre uma base de pedras oriundas do próprio terreno. A totalidade dos espaços, fechados, abertos, cobertos ou não, foi pensada para o visitante usufruir do clima de Rapa Nui, estável e ameno, porém variável quanto à luminosidade. Todo final de tarde hóspedes e guias se reúnem para traçar o roteiro das aventuras do dia seguinte: conhecer os famosos moais, mergulhar no mar cristalino com até 50 metros de visibilidade ou desfrutar da exclusiva culinária local. Por meio de caminhadas, passeios de mountain bike ou de barco, você terá oportunidade de conhecer
uma das mais antigas e misteriosas culturas humanas. Vai aprender muito sobre arqueologia com os moais de pedra, sobre biologia marinha nos inesquecíveis mergulhos e vai aprimorar seus conhecimentos de navegação astronômica graças a um dos céus mais estrelados que se pode vislumbrar da Terra. Como todo lugar remoto, Rapa Nui realiza festas tradicionais o ano inteiro. A mais popular chama-se Tapati e acontece em fevereiro. São grupos que se dividem para disputar provas milenares, que remetem à competição do deus-pássaro de Motu Nui e não se restringe aos nativos – viajantes que queiram participar são extremamente bem-vindos. Afinal, você está no umbigo do mundo, meu amigo. Aproveite a hospitalidade polinésia. Para saber mais: www.theglobalnomads.com.br
O próprio nome já diz: Cristal Court e seus cristais espalhados pelo salão local – de tirar o fôlego e comer muito bem
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NA BAÍA DE GUANABARA, O PRIMEIRO DE UMA SÉRIE DE EVENTOS TESTES PARA O RIO 2016 MOSTROU QUE A VELA BRASILEIRA ESTÁ NO CAMINHO CERTO PARA A CONQUISTA DE MAIS MEDALHAS OLÍMPICAS POR_Mari Peccicacco
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Entre os dias 2 e 9 de agosto, os melhores velejadores do mundo que estão em campanha olímpica estiveram reunidos no Rio de Janeiro para a disputa do Aquece Rio, primeiro evento teste dos Jogos de 2016. E o Brasil mostrou mais uma vez que é uma potência da vela mundial ao colocar nove dos seus 20 barcos presentes entre os dez melhores de suas classes. Durante os sete dias de competição teve de tudo: vento fraco, vento forte, nada de vento, onda e muita maré. No final, deu o óbvio, com Martine Grael e Kahena Kunze no lugar mais alto do pódio na classe 49er FX. Robert Scheidt e Jorge Zarif bateram na trave, ficando com a quarta colocação na Laser Standard e Finn. “É sempre bom ganhar em casa, com a família e todos os amigos torcendo. Eu adoro! Mas a classe é muito nova, tá evoluindo a cada competição, e até a Olimpíada muita coisa pode mudar”, disse Martine Grael. A ideia desse primeiro evento era testar todas as operações em água. Assim como será durante os Jogos, os locais escolhidos foram: Ponte, Escola Naval, Pão de
Açúcar, dentro da baía de Guanabara, e Copacabana e Niterói, fora da baía, além de uma raia especial para a medal race, bem pertinho da praia do Flamengo. Na 49er FX, Martine e Kahena lideraram de ponta a ponta, tanto na fase classificatória quanto na final. Já Juliana Senfft e Gabriela Nicolino tiveram alguns resultados muito bons, como o terceiro lugar na quinta regata, e se mantiveram sempre entre as 12 melhores. No final, acabaram passando para a medal race na décima colocação e assim se mantiveram na classificação final. Na classe Finn, Jorginho Zarif começou a competição na primeira colocação e se manteve sempre entre os três líderes até a medal race. Na regata final, que tem pontuação dobrada, ele estava na segunda colocação quando quebrou uma peça do barco e viu a medalha escapar, terminando a prova em nono e o campeonato em quarto. Na 470 a briga entre as duas duplas femininas do Brasil foi vista antes mesmo de o evento começar, durante o Sul-Americano, disputado na mesma raia,
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três dias antes. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan e Renata Decnop e Isabel Swan estão velejando muito bem e passaram o evento teste inteiro entre as sete melhores. No final, uma penalização antes da largada da medal race fez com que Renata e Isabel terminassem a regata na oitava posição e o evento em sexto, enquanto Fernanda e Ana terminaram em segundo, finalizando o evento em quinto. Na Laser Standard, Scheidt não fez um bom evento, como sempre é esperado por todos. Ele até se manteve entre os dez, passando para a medal race com reais chances de brigar por uma medalha, mas uma penalização no popa fez com que ele perdesse posições e também o bronze. Ele terminou a regata final na oitava colocação e o evento em quarto. “Pra mim foi um campeonato de altos e baixos, os primeiros dias foram um pouco irregulares, depois consegui melhorar. Fiquei um pouco decepcionado, mas tiro boas lições da competição”, disse ele. Na 49er, Marco Grael e Gabriel Borges não começaram
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bem a competição, estreando na 14a colocação, entre 19 participantes. No decorrer do evento, no entanto, eles conseguiram melhorar, passando para a medal race na décima colocação. Na final, que tanto para o 49er quanto para o FX consiste em três regatas com uma raia delimitada, os meninos conseguiram subir uma posição, encerrando a participação na competição na nona colocação geral. Na RS:X, Ricardo “Bimba” Winicki se manteve sempre entre os dez melhores e chegou a ser segundo em uma das regatas, porém o sexto lugar na medal race fez com que ele terminasse a competição também em sexto. Já Patrícia Freitas esteve na zona de medalha a maior parte da competição. Na final, um erro dos juízes acabou fazendo com que ela terminasse a regata na última colocação, caindo para sétimo geral. “Esta foi uma semana excelente, de ótimos resultados, de união e formação da equipe. Certamente foi mais um passo rumo a 2016”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
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Roberta Borsari, a aventureira das remadas em mar aberto, circunavegou Fernando de Noronha como parte do projeto que já passou por Páscoa, Maldivas e Galápagos
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FOTOS ALL ANGLE IMAGES
em redor do paraíso
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nome da atleta Roberta Borsari já se consolidou como um sinônimo de aventura. Sua saga nos esportes a remo teve início há mais de 15 anos e desde então lhe rendeu grandes conquistas. Além de estar no Top 10 do Kayaksurf mundial e de ter medalhas em diversas modalidades da canoagem, Roberta foi a primeira mulher a surfar a pororoca amazônica em um caiaque e pioneira na travessia em stand up paddle da praia da Barra do Sahy (São Sebastião, SP) até o arquipélago de Alcatrazes, um percurso de 40 quilômetros em mar aberto. Sua mais recente façanha aconteceu em maio de 2014, quando contornou o Parque Nacional
Marinho de Fernando de Noronha, um dos cenários mais bonitos do Brasil. Com seu stand up paddle, Roberta enfrentou condições extremas para a circunavegação do parque, com correntes fortíssimas e ventos de 20 nós. Finalizar o trajeto de 50 quilômetros em cerca de dez horas de remada foi um desafio que só se tornou possível graças à sua habilidade, ao apoio de sua equipe e a uma excelente estrutura de segurança, composta por profissionais da operadora de mergulho Atlantis Divers. A complexidade dessa operação já era esperada, já que Noronha é uma ilha oceânica e o chamado “mar de fora” possui correntes potentes, o que exige técnica e boa estratégia. Um dos fatores que ajudaram Roberta
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nessa trajetória foi a experiência que a atleta adquiriu no ano passado, com a remada pela ilha de Páscoa, no Chile, que apresenta condições semelhantes às do arquipélago brasileiro por ser um dos pontos mais isolados do planeta. Depois da circunavegação, Roberta nem parou para descansar. Aproveitando o ambiente convidativo, ela ainda realizou mergulhos em Noronha, além de documentar o dia a dia das comunidades locais e os trabalhos ambientais do Parque Nacional e do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Rodeada pelo mar, a atleta se sentiu em casa durante o tempo que passou na ilha. Toda essa aventura foi parte de um projeto maior, cha-
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mado SUPtravessias, que tem como objetivo apresentar as belezas naturais, as curiosidades, a história e a cultura de ilhas com relevância mundial, tudo isso através de jornadas de stand up paddle. À frente do projeto, Roberta já desbravou os mares de Galápagos, no litoral equatoriano, das Maldivas, no oceano Índico, e Alcatrazes, no litoral paulista, além da ilha de Páscoa, no Chile, entre outros destinos. A paulista já possui uma enorme coleção de medalhas e conquistas, mas não quer parar por aí. Sua personalidade inquieta a leva a desafios inéditos cada vez maiores, e isso nos faz pensar em qual será o próximo. É esperar para ver e também acompanhar os sites www.robertaborsari.com e www.suptravessias.com.br.
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VIAGEM OFF-ROAD Cidades nordestinas oferecem paisagens de tirar o fôlego e terrenos desafiadores para a Nação 4x4, amante de rali de regularidade
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Caio Martins
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ncontrar a família e os amigos, passar um sábado em contato com a natureza e ainda desafiar terrenos difíceis a bordo de um confortável Mitsubishi. Esta é a proposta do mais tradicional rali de regularidade do País, o Mitsubishi Motorsports: unir competição off-road a turismo e, claro, muita diversão. A temporada Nordeste, com quatro cidades no calendário, já começou! Na abertura, em Aracaju (SE), o evento reuniu apaixonados por trilhas que encararam dunas, lama e muita água – e também aproveitaram para conhecer lindas paisagens da região. “A experiência de um rali é apaixonante, entra na veia”, explica Bruce Cabral, que participa com a namorada Nayra Prata. “Conhecemos lugares que não sabíamos nem da existência. Com um carro desse a gente pode desbravar, com toda segurança”, conta o casal de Aracaju. A competição passará ainda por Natal (RN), Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB) neste ano em que celebra duas décadas de existência. “É uma felicidade imensa. Temos um evento que viaja pelo país inteiro e atrai participantes experientes e novatos à procura de emoções e de momentos alegres e inesquecíveis”, diz Fernando Julianelli, diretor de Marketing da Mitsubishi Motors.
Para celebrar o aniversário de 20 anos do Mitsubishi Motorsports, os pilotos participarão, em todas as etapas, do sorteio de viagens para o incrível resort Cristalino Jungle Lodge, na Amazônia. Já o campeão da temporada na categoria Graduados tem garantida uma viagem, com acompanhantes para o Camel Charme Resort, em Aquiraz (CE), e o vencedor da Turismo ganhará um pacote para o Hotel Tankamana, em Itaipava (RJ). Muito além dos prêmios, prevalecem as boas memórias e a amizade. O pequeno Otávio participa com os pais, Simone Troian e Otavio de Meira Lins Neto, a bordo de uma L200. “É muito legal! Meu pai é o melhor piloto e tem a melhor caminhonete.” Omar Dantas, piloto de Natal (RN), conclui: “A gente tem amizades muito sólidas fora das pistas. O espírito de companheirismo é o que fica”. Você também pode participar! O rali é dividido em três categorias: Turismo Light, para duplas iniciantes; Turismo, para duplas com experiência intermediária, e Graduados, para pilotos e navegadores experientes. Podem participar veículos das linhas Pajero e L200, versões 4x4. Para mais informações e inscrições, acesse www.mitsubishimotors.com.br. MITSUBISHI PRÓ-BRASIL - AÇÃO SOCIAL Desde 1994 foram arrecadadas mais de 900 toneladas de alimentos na ação social Mitsubishi Pró-Brasil. Para participar das provas, os competidores fazem a doação, por carro, de 30 quilos de alimentos não perecíveis e seis produtos de higiene, que serão destinados a associações da cidade. E este ano a Mitsubishi firmou parceria com a Casa Hope, que apoia crianças e adolescentes com câncer. Todos os participantes do rali podem doar qualquer valor para o Pedágio Solidário Casa Hope – 100% da arrecadação é revertida para a instituição.
CALENDÁRIO 2014 Mitsubishi Motorsports Nordeste Natal (RN)
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Fortaleza (CE)
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João Pessoa (PB)
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AZIMUT 80 A grandiosa embarcação de 25 metros, premiada internacionalmente, será fabricada no Brasil a partir de 2015. A apresentação será no São Paulo Boat Show em setembro. Imperdível!
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NOVOS BARCOS
O IMENSO FLYBRIDGE É, SEM DÚVIDA, O PONTO ALTO DESTE INOVADOR DESIGN ITALIANO requinte, o conforto e a grandiosidade de uma embarcação de 80 pés são novidades da filial brasileira do grupo italiano Azimut-Benetti. Premiado internacionalmente como o melhor barco a motor da categoria “flybridge acima de 55 pés”, o iate chega ao Brasil no ano que vem. Lançada no salão náutico de Cannes no ano passado, a Azimut 80, que até o momento era fabricada apenas pela sede italiana, tem agradado clientes de várias partes do mundo. “Estamos trazendo para o mercado náutico brasileiro um modelo já consagrado e premiado no exterior e não temos dúvidas de que será um sucesso aqui também. Ainda não lançamos oficialmente o barco, mas mesmo assim já temos público considerável interessado em encomendas”, explica o diretor comercial da Azimut do Brasil, Francesco Caputo. A embarcação de 25 metros de comprimento fará parte do portfólio dos modelos já fabricados no país juntamente com a Azimut 70, a Azimut 60, a Azimut 48, a Azimut 43 e a novíssima Azimut 42. Além de apresentar o máximo de conforto e lazer sem perder a elegância e o alto padrão da Azimut Yachts, outro grande destaque da 80 é o amplo flybridge com 42 m², que garante o máximo de aproveitamento ao ar livre e pode se adaptar ao gosto dos navegadores locais. Seu perfil diferenciado com janelas
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SOFISTICAÇÃO E BOM GOSTO, SEM EXCESSOS, SÃO A MARCA DAS INCONFUNDÍVEIS AZIMUT laterais grandes com popa arredondada e proa esguia, além de todo o design exterior que a torna inconfundível, é assinado pelo consagrado italiano Stefano Righini. A decoração do interior faz uma perfeita conexão entre materiais finos e toques modernos, criando um ambiente sofisticado projetado pelo arquiteto Achille Salvagni. Conforto excepcional aliado ao estilo de vida contemporâneo traduz as acomodações da embarcação. Quatro cabines, cinco banheiros e um flybridge amplo, além de soluções inovadoras de mobiliário e design de iluminação, contribuem para uma navegação prazerosa para reunir a família e amigos. O cockpit é extremamente espaçoso e dedicado ao convívio. Possui um grande sofá de popa, além de uma mesa de jantar para até oito convidados. Com o projeto diferenciado das janelas é possível, enquanto se faz uma refeição, ter uma excelente luz natural e uma vista de tirar o fôlego. A cozinha pode ser configurada aberta ou fechada e tem duplo acesso, ou seja, tanto para o interior do iate quanto para o exterior, o que garante mais privacidade entre os hóspedes e tripulantes. Para aqueles que buscam os diferenciais de qualidade dos iates italianos, mas querem o conforto e as facilidades de ter um barco nacional, sem impostos ou burocracia adicionais, com atendimento local e assistência técnica personalizada, a Azimut 80 é uma das melhores opções do mercado. E, além do mais, é linda!
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Características técnicas: Comprimento total 25,2 m Motorização 2 x 1550HP MAN V12 Deslocamento (carga total) 60,5 t Velocidade máxima 30 nós Velocidade de cruzeiro 26 nós Capacidade de combustível 6.000 l Capacidade de água doce 1.100 l Cabines 4+2 (crew) Camas 8+2 (crew) Banheiros 5+1 (crew) Estilo e conceito exterior Stefano Righini Design interior Achille Salvagni Architetti
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A CIDADE SÍMBOLO DO ROMANTISMO
VENEZA POUCAS CIDADES NO MUNDO SÃO TÃO INCENSADAS E ADMIRADAS COMO VENEZA, QUE HABITA O IMAGINÁRIO DAS PESSOAS. TODOS DESEJAM VISITÁ-LA PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA Texto e Fotos: Johnny Mazzilli
As célebres máscaras venezianas
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Catedral de San Marco
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NÃO É NECESSÁRIO DEFINIR ITINERÁRIO OU ROTEIRO PARA PERCORRER VENEZA, BASTA SEGUIR EM FRENTE, INCANSAVELMENTE.
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eneza está entre os destinos mais visitados do mundo. Erguida em um arquipélago situado no golfo de Veneza, no mar Adriático, por mais de mil anos foi capital da Sereníssima República de Veneza e tornou-se uma potência comercial no século X, com uma das mais importantes frotas navais da Europa. Foi, por muito tempo, uma das cidades mais influentes do Velho Continente, com uma história vasta e complexa. Veneza é um caso único, uma malha intrincadíssima formada por 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas, onde vivem aproximadamente 300 mil pessoas. O acesso ao centro é todo a pé ou em pequenas embarcações ou gôndolas. O centro histórico sempre esteve isolado da terra firme, o que em muitas
ocasiões funcionou como um eficiente sistema defensivo. Veneza está rodeada de lagoas de pouca profundidade, outro importante elemento de defesa, pois em suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os caprichos do fundo arenoso e o particular vai e vem das águas. Era também uma cidade entrincheirada e protegida por grandes muralhas. Pode-se chegar a Veneza de trem ou de carro, mas, para prosseguir cidade adentro, somente de barco ou a pé. A gôndola, a clássica embarcação veneziana, agora é utilizada apenas por turistas. No verão e durante o célebre Carnaval de Veneza, é quase impossível se locomover pela cidade. É uma festa com dez dias de duração, quando as ruas são tomadas por gente vestindo trajes típicos e mascarados em luxuosas fantasias. A circulação de turistas é tão intensa que as vielas
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Grand Canal
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VIAGEM
DICAS & BY YOURSELF Quem Leva A Swiss tem voos diários de São Paulo a Zurique e conexão para Veneza. www.swiss.com (11) 3048-5810 A guia brasileira Patrícia Kozmann vive em Verona e é especializada em roteiros personalizados para diversas regiões da Itália. www.kozmann.com Importante -Não tome táxis em Veneza – os preços são extorsivos e não há razão para usar táxis na cidade. -Passear de gôndola é muito caro, negocie antes o preço com o gondoleiro. -Procure restaurantes frequentados por locais, onde se come bem e barato. -Todo o comércio entre a ponte de Rialto e a Piazza San Marco é muito mais caro que do outro lado da ponte. - Hotéis em Veneza são caríssimos. Uma ótima dica é se hospedar na pequena Treviso, a 30 minutos de trem de Veneza.
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TRÂNSITO DE PESSOAS EM CIMA, TRÂNSITO TAMBÉM NA ÁGUA. EM DEZENAS DE CANAIS HÁ CONGESTIONAMENTOS DE GÔNDOLAS INDO E VINDO DESVIANDO-SE UMAS DAS OUTRAS. estreitas tornam-se caminhos somente de mão única. Nos canais cortados por pequenas pontes em arco, gôndolas deslizam silenciosamente entre palácios medievais, igrejas, praças, escadarias e vielas estreitas, que formam um labirinto instigante onde perder e reencontrar o caminho é parte do jogo. A Piazza San Marco é o coração de Veneza, e qualquer roteiro obrigatoriamente passa por ela. Caminhar em Veneza é esbarrar em pessoas de todo o mundo, ouvir idiomas irreconhecíveis, perder-se e passar diversas vezes no mesmo lugar. Em algum momento se chega ao Grande Canal, a maior “avenida” de Veneza, que a corta ao meio. Em toda parte, restaurantes, bares, pubs, lojas de grife internacionais, gelaterias e toda sorte de barracas de quinquilharias fazem a alegria dos turistas. Máscaras venezianas estão nas barracas de rua e nas lojas mais
luxuosas, em todas as versões, estilos e preços possíveis. Veneza é daqueles lugares “umbigos do mundo”, para onde todos afluem. Casais enamorados, famílias com crianças, patotas, grupos de idosos, religiosos, estudantes de arquitetura, endinheirados e mochileiros. Todos vão a Veneza. Cada vez mais o centro de Veneza é invadido pelas águas. Há séculos o lento afundamento da cidade preocupa. Diversas instituições internacionais uniram esforços para estudar soluções que possam salvar Veneza do desaparecimento sob as águas. Recentemente foi iniciado um projeto ambicioso, a construção de gigantescas barreiras móveis, destinadas a conter o fluxo excessivo de água para dentro da cidade. A aposta é alta e não se pode assegurar que essa seja a solução final para o salvamento da cidade mais romântica do mundo.
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