Revista Zahar #3

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ZAHAR

#3

JUN-JUL 2011

DE ONDE VÊM AS BOAS IDEIAS?

STEVEN JOHNSON FALA SOBRE O PODER DA INOVAÇÃO ZYGMUNT BAUMAN: vida contemporânea em 44 cartas INFILTRADO: agente do FBI caça obras de arte roubadas


NESTA EDIÇÃO O mundo das redes é apontado por Steven Johnson, autor do livro De onde vêm as boas ideias, como um ambiente fértil em inovações. Reconhecido como um dos mais influentes pensadores da internet, Johnson acredita que trabalhar em novos territórios é o melhor caminho para a inovação. Facebook, iPod e indústria cosmética são também alguns dos temas contemporâneos sobre os quais o sociólogo Zygmunt Bauman escreveu, durante dois anos, em uma publicação italiana de cultura. Dessa experiência surgiu 44 cartas do mundo líquido moderno, que está sendo lançado no Brasil. Em entrevista, o autor diz que a internet é uma das mais ricas fontes de suas pesquisas.

Fure e colecione!

Ainda nesta edição, leia sobre os mistérios da química no cativante A colher que desaparece; o resgate de obras de arte roubadas em Infiltrado; e a história do salvamento de milhares de pinguins na África do Sul, em 40.000 pinguins.

EXPEDIENTE ZAHAR Direção editorial Cristina Zahar / Direção executiva Mariana Zahar Conselho editorial Cristina Zahar, Mariana Zahar, Rodrigo Lacerda, Ana Paula Rocha REVISTA Coordenação Isabela Santiago / Edição Diadorim Ideias & Comunicação / Redação e entrevistas Renata Magdaleno Colaboração editorial Juliana Freire, Clarice Zahar, Lucas Carvalho, Kathia Ferreira, Priscila Corrêa Produção Priscila Fischer / Projeto Gráfico Chris Lima, Evolutiva Estúdio / Design Rebecca Faertes, Evolutiva Estúdio O seu livreiro:

ZAHAR rua Marquês de São Vicente 99 - 1º andar, Gávea 22451-041 Rio de Janeiro, RJ tel (21) 2529-4750 Vendas e depósito: rua Cotia 35, Rocha 20960-100 Rio de Janeiro, RJ tel (21) 2108 0808 / fax (21) 2108 0809 Além das informações aqui, há muito mais em zahar.com.br e em nossas redes sociais. Basta ficar atento aos ícones que estão nas páginas da revista. Conecte-se à Zahar. zahar.com.br

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Um thriller ecológico da vida real. New York Post

Dyan deNapoli

40.000 PINGUINS

A INSPIRADORA HISTÓRIA DO MAIOR SALVAMENTO DE ANIMAIS SELVAGENS DO MUNDO UM EXEMPLO DE SUPERAÇÃO Como a incrível atuação de milhares de voluntários evitou uma tragédia Em 23 de junho de 2000, um cargueiro que transportava minério de ferro do Brasil para a China afundou, despejando 1.300 toneladas de petróleo no oceano, perto da Cidade do Cabo, África do Sul. O resultado foi a contaminação do hábitat de 75 mil pinguins africanos e o perigo de exterminar grande parte da população mundial da espécie. Para evitar a tragédia, especialistas e voluntários do mundo inteiro se mobilizaram, iniciando uma operação de resgate gigantesca e sem precedentes. Dyan deNapoli, conhecida como a Dama dos Pinguins, foi enviada de Boston para a Cidade do Cabo e participou da limpeza de mais de 19 mil aves contaminadas (outras 19.500 foram transportadas para regiões seguras e mais de 2 mil filhotes receberam tratamento). A autora narra o maior salvamento de animais selvagens já feito com a emoção de quem viveu intensamente esse esforço colossal. Uma história inspiradora, que prova como a cooperação e a generosidade são capazes de preservar animais ameaçados pela destruição causada pelo próprio homem. PARA LER TAMBÉM A Onda Em busca das gigantes do oceano Susan Casey

Seis graus O aquecimento global e o que você pode fazer para evitar uma catástrofe Mark Lynas

312pp Nas livrarias: 22 de julho R$44

Leia entrevista com Dyan deNapoli e saiba como ajudar a salvar pinguins: zahar.com.br

A política da mudança climática Anthony Giddens

DYAN deNAPOLI trabalhava com pinguins no New England Aquarium de Boston quando foi chamada para ajudar no resgate dos animais contaminados na África do Sul. Desde que viveu esse histórico salvamento, participa de programas de TV e rádio e de cruzeiros científicos à Antártida e às ilhas Galápagos para repassar informações sobre biologia, comportamento e conservação dessas aves marinhas. Fundou a empresa The Penguin Lady e doa parte da receita de suas palestras e dos direitos autorais desse livro para a preservação de pinguins.


Zygmunt Bauman

44 CARTAS DO MUNDO LÍQUIDO MODERNO DO IPOD À GRIPE SUÍNA Poucos eventos escapam ao olhar atento do sociólogo Como separar o que é importante e significativo do que é supérfluo e descartável no mundo de hoje? Essa foi a intenção de Zygmunt Bauman ao ser convidado pela revista italiana La Repubblica delle Donne a escrever cartas comentando aspectos do que chama de “mundo líquido moderno”. Foram dois anos em que escreveu quinzenalmente para os leitores italianos sobre temas como iPod, Twitter, Facebook, Barack Obama, cartões de crédito e gripe suína. Esse livro apresenta uma seleção de 44 desses artigos. Poucos eventos escapam ao olhar atento de Bauman, que apresenta breves e brilhantes análises da vida contemporânea. Surpreende a capacidade do autor em descobrir significados sob atos aparentemente simples – de uma foto no Facebook aos gastos no cartão de crédito. Fatos que parecem casuais e desconectados se unem para reforçar a aflição do homem no mundo líquido: buscar sua identidade. E faz um alerta: só unidos poderemos combater os “males sociais”; optar pelo individualismo é o mesmo que nos preparar para nossa própria biodegradação.

Curiosidades sobre a obra no site zahar.com.br

CONHEÇA ALGUNS DOS TEMAS TRATADOS POR BAUMAN NAS 44 CARTAS • Twitter • iPod • Facebook • sexo virtual • celebridades • moda

228pp Nas livrarias: 10 de junho R$34

• cartões de crédito • indústria cosmética • remédios • crise da educação • filmes • livros • Barack Obama


Peter Hamilton - The Badwell Press

Um sociólogo em tempo integral. Bauman acredita que suas ferramentas de análise da realidade precisam estar sempre à mão, prontas para dar mais uma volta no parafuso das nossas inquietações individuais. O Estado de S.Paulo

ZYGMUNT BAUMAN nasceu na Polônia e mora na Inglaterra desde 1971. Professor emérito das universidades de Varsóvia e de Leeds,é autor de vasta obra que analisa as transformações socioculturais em nosso tempo. Tem mais de vinte livros publicados no Brasil pela Zahar, entre eles o best-seller Amor líquido.

UMA REFLEXÃO SOBRE A VIDA CORRIDA

Para sociólogo, falta tempo para pensarmos sobre perdas e ganhos da modernidade Nesta entrevista sobre seu novo livro, o aclamado sociólogo Zygmunt Bauman afirma que a internet é hoje seu maior objeto de estudo, relata como interage com seus leitores e ainda revela que gostaria de acompanhar mais de perto o que acontece no Brasil. O senhor sempre fala dos assuntos mais em voga e o novo livro é a prova disso: iPods, Twitter, Facebook... Como se mantém tão conectado com os assuntos do momento? A internet é obviamente uma ajuda... E, desde que se transformou na maior fonte de informações para a maioria de nós, tornou-se também o maior objeto de meu estudo; os meandros da cultura contemporânea são, afinal de contas, meu tópico, e a velocidade do mundo atual me chama constantemente a atenção. Vivemos uma vida corrida, sob a “tirania do momento”, e por isso temos pouco tempo para refletir sobre para onde estamos nos movendo, o que deixamos para trás, quais foram os ganhos e quais as perdas. Como era sua interação com os leitores? Recebi algumas cartas, e achei difícil responder a todas elas da forma que mereciam – em extensão e profundidade. Algumas tratavam de assuntos de interesse geral e muitas discordavam de meus diagnósticos. Estas eu respondi. Recebi também correspondências que traziam problemas mais pessoais – e como eu discordo desse hábito indigno de ostentar experiências e sentimentos íntimos na TV e em jornais, resolvi não torná-las públicas. O senhor mantém contato com algum pensador brasileiro? Muitos anos atrás, Janina [Janina Bauman, escritora, tradutora e pesquisadora, esposa de Bauman, falecida em 2009 ] e eu fomos convidados para um congresso anual da Associação Brasileira de Sociologia, que ocorria próximo ao Rio de Janeiro. Nessa ocasião, nós nos encontramos com o professor Bernardo Sorj e com Rubem Cesar Fernandes (depois criador e pioneiro da maravilhosa iniciativa do Viva Rio e do Viva Favela), nossos anfitriões – e nos tornamos amigos. Eu fiquei impressionado com o trabalho que estavam – e continuam – fazendo. Infelizmente, por problemas de agenda, nossos contatos têm sido ocasionais, muito menos frequentes do que gostaríamos. Isso se aplica ao meu contato com o resto das ciências sociais do Brasil; a perda é minha porque os cientistas sociais brasileiros estão fazendo nos dias de hoje um trabalho requintado e fascinante, tendo sido abençoados com talvez o mais No site zahar.com.br, a excitante workshop de experimentação social... Gostaria imensamente entrevista completa de acompanhar esses avanços mais de perto. com Zygmunt Bauman


Mircea Eliade

HISTÓRIA DAS CRENÇAS E DAS IDEIAS RELIGIOSAS VOL. II DE GAUTAMA BUDA AO TRIUNFO DO CRISTIANISMO O SAGRADO NAS SOCIEDADES Um estudo sobre como nasceram as diferentes tradições do Ocidente e do Oriente Ao longo do século XX, o historiador romeno Mircea Eliade dedicou-se a estudar as mais diversas manifestações da religiosidade. O resultado está na obra História das crenças e das ideias religiosas. Em três volumes, o autor analisa as características do sagrado a partir de símbolos e mitos, além dos aspectos constantes que permeiam as religiões no Ocidente e no Oriente. Lançado em junho no Brasil, o segundo livro da série examina a expansão geográfica que levou à arianização das religiões hinduístas; a lenta institucionalização da fé numa comunidade organizada; e a paulatina secularização das crenças que culminou com o crepúsculo dos deuses.

468pp Nas livrarias: 24 de junho R$54

Veja no site zahar.com.br os outros volumes do autor

Taoísmo, confucionismo, ioga, bramanismo, hinduísmo, Buda, Zoroastro, a fundação de Roma, a síntese religiosa iraniana, judaísmo e o surgimento do cristianismo – este é o caminho percorrido aqui pela histórica busca de símbolos e mitos que dão sentido à vida humana em seu esforço de aproximação com o sagrado.

A História das crenças mostra com uma força muito viva que o sagrado, como esfera e como estrutura fundadora das religiões, não é algo do passado e nem está restrito às sociedades mais primitivas, mas, ao contrário, continua forte entre nós (ainda que de um modo mais camuflado, diz Eliade). O Globo

MIRCEA ELIADE (1907-1986) nasceu na Romênia. Depois da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a França, onde ensinou na École Pratique des Hautes Études. Em 1957, foi convidado a lecionar no Departamento de História das Religiões, na Universidade de Chicago, onde permaneceu até sua morte. Publicou vasta obra como filósofo, poeta, romancista e, sobretudo, historiador das religiões, com destaque para: O sagrado e o profano; Mitos, sonhos e mistérios; O mito do eterno retorno; e Ferreiros e alquimista.


Danilo Marcondes e Irley Franco

A FILOSOFIA: O QUE É? PARA QUE SERVE? AVENTURA DO PENSAMENTO Questionamentos antigos, mas que não saem de moda O que é a filosofia? E para que serve? São questionamentos tão antigos quanto a própria disciplina e cada filósofo terá uma definição diferente. Os professores Danilo Marcondes e Irley Franco se debruçam sobre essas questões e discutem as várias respostas apresentadas ao longo do tempo, analisando o diálogo existente entre essas teorias, suas rupturas, contradições e o permanente questionamento que permeia a história. Os autores abordam ainda a utilidade prática da filosofia e os diferentes estilos literários que um filósofo usa para exprimir seu pensamento. Tudo isso mostrando como a filosofia passou por grandes transformações, mas muitas de suas discussões permaneceram entre nós. No final do livro, um extenso quadro cronológico põe lado a lado eventos de destaque da filosofia e dados marcantes no campo das artes, da ciência e da história.

DANILO MARCONDES é professor titular do Departamento de Filosofia da PUC-Rio, do qual foi diretor entre 1986 e 1989, professor associado do Departamento de Filosofia da UFF, e Doutor em Filosofia pela Universidade de St.Andrews. Com quase trinta anos de magistério, é autor de sucessos como Iniciação à história da filosofia, Textos básicos de filosofia, Textos básicos de ética, entre outras obras lançadas pela Zahar. IRLEY FRANCO é professora e diretora do Departamento de Filosofia da PUC-Rio, onde leciona desde 2002. Coordena os cursos de especialização em Arte e Filosofia e em Filosofia Antiga, e edita a revista O que nos faz pensar – Cadernos de Filosofia da PUC-Rio.

156pp Nas livrarias: 10 de junho R$27

Saiba o que os autores pensam sobre filosofia em zahar.com.br

PARA LER TAMBÉM Iniciação à história da filosofia Dos pré-socráticos a Wittgenstein Danilo Marcondes Dicionário básico de filosofia Hilton Japiassú e Danilo Marcondes Textos básicos de filosofia Dos pré-socráticos a Wittgenstein Danilo Marcondes Textos básicos de ética Danilo Marcondes


Steven Johnson

DE ONDE VÊM AS BOAS IDEIAS GÊNIOS EM REDE Como o ambiente – e as conexões – torna possível o pensamento inovador Afinal, de onde vêm as boas ideias? Esta é uma pergunta que todos gostariam de responder. Steven Johnson consegue. O autor descarta o senso comum de que os grandes criadores já nascem geniais e, isolados em seus laboratórios, concebem as grandes descobertas. Johnson começa pelo caminho da biologia e chega à conclusão de que a evolução depende, mais do que de ambientes propícios para a sobrevivência, de meios em que espécies diferentes entrem em contato. No campo das ideias não é muito diferente. Traçando a história por trás de quase duzentas descobertas e invenções, o autor comprova que um ambiente conectado, em que ideias circulam livremente, é mais propício para o surgimento de grandes inovações. Johnson nos mostra, criando paralelos divertidos e reveladores, os sete padrões fundamentais dos processos de inovação desenvolvidos pelo homem e pela natureza: as descobertas que surgem a partir de outras descobertas; as redes em que informações se chocam constantemente; as ideias lentamente construídas; as intuições acidentais; o aprendizado a partir dos erros; as invenções de uma área que encontram aplicação em outra; os processos de sedimentação do saber. Com as ferramentas de hoje, qualquer um é capaz de criar. É preciso, porém, saber cultivar.

Mais sobre Steven Johnson e a internet: http://www.ted.com/talks/steven_johnson_ where_good_ideas_come_from.html http://www.outside.in

260pp Nas livrarias: 24 de junho R$36 e-book: R$25

Desmistifica teses sobre a inovação, como a suposição de que grandes gênios têm ideias do nada depois de grandes momentos de silêncio e contemplação. O Globo


STEVEN JOHNSON tem seis livros publicados no Brasil pela Zahar, com destaque para os best-sellers Cultura da interface e O mapa fantasma. Reconhecido como um dos mais influentes pensadores da internet, escreve artigos para veículos prestigiados como Wired, New York Times, Time Magazine, Wall Street Journal, entre outros. Vários websites criados por ele tornaram-se influentes, entre os quais o Outside.in, que congrega blogueiros locais e oferece informações em tempo real.

A RECEITA PARA SURPREENDER Para o autor, é preciso explorar novos caminhos para inovar Quando quer ter uma boa ideia, Steven Johnson procura mergulhar em novas experiências. Nesta entrevista, o autor dá dicas para que todos tenham seus momentos geniais. Como nasceu a (boa) ideia de escrever esse livro? Surgiu a partir da minha experiência escrevendo O mapa fantasma (2008), sobre a epidemia de cólera em Londres, em 1850. Mas é também a história de uma grande ideia que verdadeiramente mudou o mundo: a descoberta de John Snow de que o cólera era uma doença vinda da água. Eu me dei conta, enquanto escrevia este livro, de que estava desenvolvendo uma pequena teoria sobre como certos ambientes tornam possíveis pensamentos inovadores. Então decidi colocá-la em primeiro plano no meu novo livro. Estamos vivendo em uma época melhor para o nascimento de boas ideias? Sim. Sou bastante otimista em relação à nossa capacidade de inovação neste momento, em grande parte devido a ferramentas de comunicação como a internet. Um dos grandes temas do livro é que boas ideias surgem em ambientes de rede. A imagem clássica do gênio solitário tendo uma importante descoberta em seu laboratório é realmente um mito. Quando você precisa de uma boa ideia para um artigo ou livro, o que faz? Eu tento me surpreender. O melhor caminho para encontrar uma boa ideia é explorar novos territórios: conheça uma pessoa nova, uma nova cidade, leia sobre alguma área de que você não tenha nenhum conhecimento. Sair do seu hábitat e fazer novas conexões é realmente a melhor forma de ativar o processo criativo. Você tem que estar disposto a se desorientar um pouco, e também ser tolerante com falhas: você inevitavelmente terá cinco ou dez ideias ruins antes de tropeçar numa boa.

A entrevista completa e o vídeo promocional do livro estão em zahar.com.br

DO MESMO AUTOR Cultura da interface Como o computador transforma nossa maneira de criar e comunicar

Emergência A dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares

O mapa fantasma Como a luta de dois homens contra o cólera mudou o destino de nossas metrópoles


Alexandre Dumas

OS TRÊS MOSQUETEIROS CLÁSSICO RENOVADO Versão de bolso chega às livrarias. O filme, em 3D, será lançado em outubro.

792pp, série Bolso de luxo Nas livrarias: 10 de junho R$29,90 e-book R$21

OBRAS DO AUTOR Os três mosqueteiros Edição definitiva, comentada e ilustrada O conde de Monte Cristo Edição anotada, ilustrada com 170 gravuras

Responda a um quiz sobre Os três mosqueteiros em zahar.com.br

Mais um clássico da literatura mundial chega às livrarias em edição especial. Os fãs da coleção Clássicos – Edições Comentadas e da série Bolso de luxo têm um novo motivo para comemorar: Os Três Mosqueteiros em nova versão. No final de 2010, a Zahar lançou a edição comentada da obra, com anotações esclarecedoras de especialistas e ilustrações originais. O trabalho ganhou a menção Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil (FNLIJ). Um sucesso que, agora, os leitores terão a oportunidade de ler na série Bolso de luxo. O texto integral, cuidadosamente trabalhado pela mesma dupla de tradutores de O conde de Monte Cristo, Prêmio Jabuti de tradução literária, ganhou capa dura, visual caprichado e preço mais que acessível. Um tratamento digno da obra mais famosa do grande autor francês Alexandre Dumas. Tudo para você se deliciar com esse romance de capa e espada. Na trama, o jovem d’Artagnan chega a Paris e consegue se aproximar da guarda de elite do rei Luís XIII: os mosqueteiros. Conhece os inseparáveis Athos, Porthos e Aramis, que passarão a ser seus companheiros de aventuras. Juntos, os quatro enfrentam combates e perigos a serviço do rei e da rainha, Ana da Áustria.

Os três mosqueteiros apareceu pela primeira vez como folhetim no parisiense Le Siècle, entre março e julho de 1844. Nesse mesmo ano, a versão seriada deu origem a um livro com começo, meio e fim, publicado pelas Edições Baudry.

ALEXANDRE DUMAS (1802-1870) foi romancista francês, autor de clássicos da literatura de aventura. Suas histórias foram traduzidas para quase cem idiomas e inspiraram mais de duzentos filmes. Tinha grande poder criativo; foram 646 livros, 4.056 personagens principais, 8.872 personagens secundários e 24.339 figurantes. Entre suas obras publicadas pela Zahar estão além das edições definitivas de O conde de Monte Cristo e Os três mosqueteiros, Grande dicionário de culinária, Memórias gastronômicas de todos os tempos e Napoleão: uma biografia.


ENTREVISTA COM ANDRÉ TELLES E RODRIGO LACERDA

O DESAFIO DA TRADUÇÃO Como tornar o texto mais leve e, ao mesmo tempo, fiel Traduzir as obras de Alexandre Dumas não é tarefa fácil. Publicadas primeiramente em folhetim, muitas vezes apresentaram problemas de continuação. Nessa entrevista, André Telles e Rodrigo Lacerda, responsáveis pela tradução de Os três mosqueteiros, falam sobre esses desafios e a satisfação de trabalhar com um de seus livros preferidos.

O conde de Monte Cristo ganhou o Prêmio Jabuti 2009 de melhor tradução de obra literária francês-português. Como foi traduzir Os três mosqueteiros? A tradução foi feita com o entusiasmo de dois admiradores de clássicos de aventuras e dos livros de Dumas. O fato de, ao contrário do Conde, os Mosqueteiros abundarem em cenas de comédia exigiu uma tradução mais livre, eventualmente mais fiel ao espírito do que à letra do texto. Uma diferença – a princípio banal, mas que costuma afugentar o jovem leitor – em relação às traduções até hoje publicadas foi a adoção da forma de tratamento “você” entre os mosqueteiros, em lugar do “tu” ou do “vós”. Isso torna o texto muito mais leve e muito mais plausível ao leitor de hoje. Nas cenas com reis e ministros, o protocolo de tratamento a chefes de Estado é mantido, novamente para dar verossimilhança à cena, pois não se Leia a íntegra da entrevista imagina um camareiro chamando Luís XIII de “você”. Tentamos no site zahar.com.br “cumpádi”, “mano”, “veio”, mas por algum motivo também não ficou legal... (afirmam, brincando) BOLSO DE LUXO Qualidade de clássico, preço de bolso. A série é considerada um sucesso, desde que o primeiro volume foi publicado, em fevereiro de 2010. A prova são os números: Alice, de Lewis Carroll, o pioneiro, vendeu mais de 100 mil exemplares. O segundo da série, Contos de fadas, reunindo histórias de Perrault, Grimm, Andersen e outros autores, saiu no fim do ano passado e já são mais de 20 mil exemplares. Agora, no ano em que as peripécias de d’Artagnan e seus amigos vão chegar às telas dos cinemas em versão 3D (o filme de Paul W. S. Anderson, com Orlando Bloom e Milla Jovovich no elenco, está previsto para estrear em outubro), os leitores terão a oportunidade de apreciar a história com texto integral, em uma caprichada edição, capa dura e preço reduzido. E a série não para por aí: em 2011, as histórias de Sherlock Holmes também chegam às livrarias nesse formato.


Pedro Duarte

ESTIO DO TEMPO

ROMANTISMO E ESTÉTICA MODERNA Arte do filosofar Como os primeiros românticos alemães uniram reflexão e criação Houve um momento da nossa história em que filosofia e arte experimentaram uma proximidade inédita. Foi na virada do século XVIII para o XIX, no tempo de Goethe e Schiller. Naquela época, alguns jovens pensadores – como Novalis, Hölderlin e os irmãos Schlegel – contestaram a hegemonia do Iluminismo e do Classicismo e sugeriram um caminho diferente para a então nascente modernidade.

Estio do tempo relata como os primeiros românticos alemães buscaram unir pensamento e inventividade, reflexão e criação, deixando suas marcas na fundação da estética moderna. Numa narrativa atraente, este livro – da coleção Estéticas, dirigida por Roberto Machado – mostra não só como aqueles pensadores elaboraram uma filosofia da arte, mas como praticaram uma arte do filosofar. Por que ler esse livro? O professor de filosofia Roberto Machado responde:

196pp Nas livrarias: 24 de junho R$34

“Uma das qualidades de Estio do tempo é expor esse movimento intelectual singular que está na origem da modernidade não só apresentando o pensamento de seus principais representantes, mas também relacionando-o aos seus inspiradores e adversários. (...) Ao apresentar de forma leve e precisa as ideias dos principais expoentes do Romantismo, e evidenciar como ele permanece atual, pode ser lido com prazer e proveito não só por especialistas, mas por todos que se interessam pela arte e pela cultura modernas.” PEDRO DUARTE é professor ajunto do Departamento de Filosofia e Ciências Sociais da UniRio e doutor em filosofia pela PUC-Rio. Trabalha como pesquisador e tem artigos publicados nas áreas de estética, filosofia contemporânea e história da filosofia, tanto em periódicos especializados quanto na grande mídia. Nasceu e vive na cidade do Rio de Janeiro.

Leia entrevista com Pedro Duarte: zahar.com.br

DA MESMA COLEÇÃO Shakespeare, o gênio original Pedro Süssekind “Observações sobre Édipo”; “Observações sobre Antígona”, precedido de “Hölderlin e Sófocles” Friedrich Hölderlin e Jean Beaufret


Iluminista francês, Voltaire (1694-1778) deixou vasta obra filosófica, literária e científica.

Voltaire

CARTAS ILUMINISTAS

CORRESPONDÊNCIA SELECIONADA E ANOTADA

RELATOS DA HISTÓRIA Detalhes da vida e da obra do filósofo podem ser conhecidos a partir de sua correspondência Durante sua longa vida, Voltaire trocou correspondências com uma ampla e variada rede de pessoas, deixando cerca de 17 mil cartas. Mais de 150 destas missivas estão reunidas nesse volume. Além de saber detalhes sobre o pensamento e a vida de Voltaire, ler estes relatos é uma forma de entender o Iluminismo, do qual o autor foi um dos mais lúcidos articuladores.

Seleção, apresentação e notas: André Telles e Jorge Bastos 232pp Nas livrarias: 22 de julho R$39

Voltaire aparece nas cartas ora informal – quando recomenda um amigo para um emprego –, ora respeitoso, mas irônico, oferecendo conselhos literários a Frederico II ou discutindo verbetes da Enciclopédia com os colegas Diderot e d’Alembert. Ora veemente e inflexível – como nos duelos com seu desafeto Jean-Jacques Rousseau –, ora simplesmente pragmático, negociando preços de terras ou tentando vender relógios suíços a Catarina da Rússia.

Cartas iluministas inclui ainda a biografia do autor, além da célebre resposta de Rousseau e a tréplica de Voltaire sobre os benefícios e o valor da civilização e da literatura.

CRONOLOGIA RESUMIDA DE VIDA E OBRA DE VOLTAIRE 1694 Voltaire nasce em Paris, com o nome de François Marie Arouet. 1704 Ingressa no colégio jesuíta Louis-le-Grand, o melhor da época, onde teve bons professores. 1715 Escreve versos. Compõe uma ode sobre Luís XIII que não é premiada pela Academia. 1717 Já assinando como Voltaire, é preso por onze meses na Bastilha por escritos, cuja autoria nega, contra o Regente. 1723 Publica La Ligue (futura A Henriade), primeira versão do poema épico sobre as guerras de religião e Henrique IV. 1727 Em janeiro é apresentado ao rei Jorge I. Trava relações com os escritores Young, Pope, Swift e com os filósofos Berkeley e Clarke. 1728 Publica, em Londres, A Henriade, que dedica à rainha da Inglaterra. 1734 Começam a aparecer em Paris as Cartas filosóficas, escritas em Londres. Longe de serem correspondências

pitorescas de um viajante, o que lhe importa na Inglaterra da época é sua modernidade nas ciências, na política, no comércio e na literatura. 1737 Publica Elementos da filosofia de Newton, na Holanda. 1746 Ingressa na Academia Francesa e na de São Petersburgo. 1751 Publicação do tomo I da Enciclopédia. Voltaire publica O século de Luís XIV, que alguns críticos consideram sua obra-prima. 1759 Publica Cândido, envolve-se em inúmeros processos, retaliações e outras questões em defesa de seus colonos. 1770 Dá início a Questões sobre a Enciclopédia, seu último trabalho de fôlego. 1775 Edição das suas Obras completas. 1778 Voltaire morre em Paris, em 30 de maio.


Sam Kean

A COLHER QUE DESAPARECE

E OUTRAS HISTÓRIAS DE LOUCURA, AMOR E MORTE A PARTIR DOS ELEMENTOS QUÍMICOS Uma história vibrante dos elementos químicos e dos personagens envolvidos nessas descobertas. New Scientist

PARA GOSTAR DE QUÍMICA Exemplos curiosos – e alguns assustadores – de como os átomos mudam nossas vidas Esse livro é um passeio pelas mais surpreendentes histórias envolvendo a descoberta, o uso e a criação dos 118 elementos químicos da tabela periódica. Uma colher que desaparece quando colocada no chá quente, uma bizarra corrida pelo ouro causada por um elemento (telúrio) que tem cheiro de alho, um poeta que enlouqueceu ao ingerir lítio para se tratar de uma doença. Esses são alguns dos casos engraçados e aterradores narrados de maneira saborosa para explicar conceitos científicos sobre os átomos que nos cercam. Pelo caminho, o autor aborda a história dos avanços da ciência, desde a descoberta do átomo até a criação de elementos artificiais, passando pela invenção da tabela periódica e pelo estudo da radioatividade. Mostra também como a vida humana se modificou devido ao uso do cobre (escolhido para a fabricação de moedas por ser “autoestéril”), do silício (matéria-prima na revolução da informática) e do urânio (um dos grandes responsáveis pela bomba atômica). Uma narrativa envolvente que nos guia através dos segredos dos elementos químicos.

392pp Nas livrarias: 15 de julho R$44

PARA LER TAMBÉM Os botões de Napoleão As 17 moléculas que mudaram a história Penny le Couteur e Jay Burreson

A propósito: a colher que desaparece é feita de gálio, elemento 31 da tabela periódica, metal com a estranha propriedade de ficar no estado líquido acima de 29ºC, temperatura inferior à de qualquer cafezinho.

Barbies, bambolês e bolas de bilhar 67 deliciosos comentários sobre a fascinante química do dia a dia Joe Schwarcz

A ciência no cotidiano Como aproveitar a ciência nas atividades do dia a dia Len Fisher


HISTÓRIAS DIVERTIDAS Autor conta como vem reunindo curiosidades sobre a tabela periódica Para Sam Kean, química é um assunto para lá de divertido. Ele lembra com satisfação das experiências que seus professores realizavam em sala de aula e tem se entretido com relatos sobre elementos da tabela periódica que escuta em viagens. Como foi a pesquisa para o livro? Eu já conhecia algumas das histórias contadas por professores que tive ao longo dos anos, e realmente queria reunir todas em um único lugar. E quis cobrir diferentes áreas da vida, como economia e artes, porque a tabela periódica cruza com todas elas. Mas, acima de tudo, eu queria encontrar boas histórias – não apenas fatos relacionados aos elementos. Queria que tudo tivesse o tom de uma narrativa. Você testou alguns desses mistérios, como a colher que desaparece? Tive alguma diversão nas aulas de química nos últimos anos (risos). Lembro-me especificamente de um professor colocando um pouco de sódio em um copo com água. Mas nunca tentei realizar o truque da colher que desaparece. E, infelizmente, acho que meu disfarce foi descoberto agora. Ninguém mais vai me confiar uma colher (risos). Em 2009, você esteve entre os melhores escritores de ciências com menos de trinta anos. Acredita que por ser jovem tem um estilo de escrita mais solto? Não acredito que a idade interfira no tema que trabalho. A tabela periódica está por aí há muito mais tempo do que eu. Mas talvez tenha influenciado no meu estilo. Eu tento ter mais diversão. Seu livro é um best-seller nos EUA e foi vendido para diversos países. Mudou sua vida? Estou tendo que viajar e falar sobre o livro, o que tem sido um grande divertimento. É realmente interessante conversar com os fãs e descobrir ainda mais histórias relacionadas à tabela periódica. Há muito mais coisas lá fora do que eu jamais poderia imaginar...

A história humana por trás da tabela periódica. Time SAM KEAN passou anos colecionando mercúrio de termômetros quebrados antes de se tornar escritor. Colaborador da revista Science, teve trabalhos publicados nos periódicos New Scientist, New York Times Magazine, Slate, Mental Floss e Air & Space/Smithsonian. Em 2009, foi um dos finalistas do prêmio de melhor escritor de ciência com menos de trinta anos da National Association of Science. Após A colher que desaparece, best-seller nos Estados Unidos e vendido para dez países, Kean está terminando seu próximo livro, The Violinist’s Thumb, sobre os nossos genes, a ser lançado no Brasil também pela Zahar.


J.-D. Nasio

COMO AGIR COM UM ADOLESCENTE DIFÍCIL? UM LIVRO PARA PAIS E PROFISSIONAIS CAMINHO PARA O DIÁLOGO Psicanalista mostra como enfrentar os dilemas da adolescência Todo mundo já vivenciou isso. Todos os pais já passaram ou ainda vão passar por essa fase. Mesmo assim, as perguntas persistem: por que os adolescentes são tão difíceis? Como lidar com eles no cotidiano? O renomado psicanalista e psiquiatra J-D. Nasio apresenta conselhos sobre o que você deve – e o que não deve – fazer para ajudar seu adolescente nessa contraditória fase da vida. Angústia, tristeza, revolta, orgulho e medo são alguns dos sentimentos típicos da adolescência, e não saber expressá-los é um dos principais dilemas dessa fase. Se tantas emoções não chegam a afetar de modo drástico o rendimento escolar desse jovem nem o convívio em família, ele vive o que o autor chama de “neurose saudável de crescimento”, uma fase necessária, mas passageira. Mas, se o sofrimento se torna intenso, podem surgir os comportamentos de risco: isolamento, “escapadas”, bebedeiras, uso de drogas, fixação em pornografia, distúrbios alimentares, ciberdependência, atos de violência, vandalismo e até mesmo tentativas de suicídio. Seja qual for a técnica médica ou psicoterapêutica empregada, o caminho está na qualidade do diálogo afetivo que o adolescente estabelece com o profissional. E, principalmente, com os próprios pais. DICAS DO LIVRO • Saber esperar. Não esquecer que o tempo é o melhor remédio para acalmar o jovem difícil. • Relativizar. Saiba separar a pessoa de seus atos. • Negociar. É preciso saber proibir e castigar, mas também firmar compromissos. • Não comparar. Nunca o compare com um de seus irmãos ou com outro jovem. • Nunca pressagie um fracasso de seu filho. Ao contrário, seja sempre positivo.

124pp Nas livrarias: 22 de julho R$24

J.-D. NASIO, psicanalista e psiquiatra radicado na França, lecionou por trinta anos na Universidade de Paris VII – Sorbonne. A pedido de Lacan, fez a revisão da versão para o espanhol de Escritos. Em 1986, fundou os Seminários Psicanalíticos de Paris, espaço dedicado à transmissão e ao ensino da psicanálise. Tem cerca de vinte títulos publicados pela Zahar, vários dos quais se tornaram clássicos da psicanálise. Entre seus livros estão Cinco lições sobre a teoria de Jacques Lacan; Lições sobre os 7 conceitos cruciais da psicanálise; O livro da dor e do amor e O prazer de ler Freud.


Seleção Zahar INTERNET EM PAUTA

Livros discutem as mudanças geradas a partir das novas mídias

A CULTURA DA PARTICIPAÇÃO

Criatividade e generosidade no mundo conectado

Clay Shirky O guru da web Clay Shirky pesquisa como a rede mudou o nosso tempo livre. Com essa poderosa ferramenta, deixamos a posição de consumidores passivos e passamos também a criar. Uma mudança que vem provocando uma verdadeira revolução. 212pp R$39,90 e-book: R$28

CONECTADO

O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela

Juliano Spyer O autor explora o que está por trás de fenômenos como blogs, Wikipédia, YouTube, MSN e Orkut, e mostra o que são e como funcionam sites e softwares colaborativos. Descreve ainda a rotina de criação e manutenção de comunidades virtuais e discute os projetos mais originais da rede.

Mais vendidos De janeiro a maio

1. Alice, de Lewis Carroll 2. Cleópatra, de Stacy Schiff 3. Contos de fadas, de Perrault, Grimm, Andersen & outros 4. O andar do bêbado, de Leonard Mlodinow 5. Cultura: um conceito antropológico, de Roque de Barros Laraia 6. Incríveis passatempos matemáticos, de Ian Stewart 7. A Onda, de Susan Casey 8. Amor líquido, de Zygmunt Bauman 9. Os botões de Napoleão, de Penny le Couteur e Jay Burreson 10. Bauman sobre Bauman, de Zygmunt Bauman

256pp R$46 e-book: R$32


Robert K. Wittman, com John Shiffman

INFILTRADO

UM AGENTE DO FBI À CAÇA DE OBRAS DE ARTE ROUBADAS

320pp + 8pp caderno de fotos Nas livrarias: 15 de julho R$39,90 e-book: R$28

UM THRILLER DA VIDA REAL O mais bem-sucedido ‘detetive das artes’ conta sua história Para o Wall Street Journal ele é uma “lenda viva”. Para o Times de Londres, “o mais famoso detetive de arte do mundo”. Fundador da Equipe de Crimes contra a Arte do FBI, Robert K. Wittman revela o submundo da arte mundial de uma forma inédita: pelos olhos de um agente infiltrado. A trajetória desse amante e estudioso das artes lembra o roteiro de um filme de ação, mas tudo aconteceu na vida real. Trabalhando quase sempre desarmado, tendo de encarar também a burocracia do FBI e empecilhos colocados por governos estrangeiros, ele capturou ladrões, fraudadores e negociantes do mercado negro em Paris e na Filadélfia, no Rio de Janeiro e em Copenhague, em Miami e Madri. Wittman rodou o mundo para reaver pinturas de Rembrandt, Monet, Picasso, Goya e Norman Rockwell. Resgatou ainda a armadura de ouro de um antigo rei guerreiro peruano, uma cópia manuscrita original da Carta de Direitos dos Estados Unidos e a esfera de cristal de 25 quilos que pertencera a uma imperatriz chinesa. Num de seus últimos casos, precisou se infiltrar entre criminosos responsáveis pelo que poderia ser o mais audacioso roubo de artes de todos os tempos. Nem o roteirista mais ousado teria criatividade para tanto. ROBERT K. WITTMAN foi agente especial do FBI por vinte anos. Fundou a Equipe de Crimes contra a Arte do departamento e foi seu principal investigador. Representou os Estados Unidos em missões ao redor do mundo, instruindo departamentos de polícia e museus estrangeiros sobre investigação, recuperação e técnicas de segurança. Atualmente, é presidente da empresa internacional de segurança para obras de arte Robert Wittman Inc. JOHN SHIFFMAN é repórter investigativo do Philadelphia Inquirer. Advogado e ex-diretor associado do programa White House Fellows, recebeu diversos prêmios jornalísticos e foi finalista do prêmio Pulitzer em 2009. (www.johnshiffman.com)

SAIBA MAIS O vinho mais caro da história Fraude e mistério no mundo dos bilionários Benjamin Wallace

Uma composição brilhante… Sem dúvida o melhor livro já escrito sobre crimes no mundo da arte. Associated Press


Um turbilhão de memórias… incríveis detalhes investigativos… Infiltrado por vezes faz parecer – e isso é bom – que um livro de história da arte misturou-se na impressora com um roteiro de uma série policial. New York Times

O RESGATE DA CULTURA Detetive conta como recuperou obras de arte ao redor do mundo Robert Wittman recuperou obras de Rembrandt e viajou o mundo atrás de objetos de arte roubados, entre eles pinturas de Norman Rockwell escondidas em uma fazenda próxima de Teresópolis. Nesta entrevista, o autor de Infiltrado relembra estas e outras histórias. Quando o senhor iniciou sua carreira, sabia que rumo tomaria? Quando comecei minha carreira no FBI, nunca pensei que me envolveria com a investigação do roubo de arte. Mas eu sempre quis ser um agente do FBI, desde muito jovem, quando via excitantes histórias na televisão, nos anos 1960. Quais os objetos de arte mais significativos que foram recuperados? Eu recuperei muitos trabalhos de arte importantes durante meus vinte anos de carreira no FBI. Um dos mais significativos foi um autorretrato de 1630 de Rembrandt, levado num assalto ao Museu Nacional Sueco e avaliado em US$ 35 milhões. Tive oportunidade de recuperar um conjunto de pinturas de Norman Rockwell, um dos mais importantes artistas americanos. Essas pinturas estavam no Brasil, em uma fazenda próxima a Teresópolis. Participei do resgate de um artefato de ouro da era pré-colombiana conhecido como “Backflap”. Foi roubado da tumba do Lorde de Sipán, no Peru, e foi a maior peça de ouro já encontrada em uma tumba nas Américas. Que acontecimento na sua carreira ficou marcado na sua memória? Todos os resgates foram importantes para mim, porque todos representam a herança cultural dos países de onde vieram. Quais os passos básicos de um agente infiltrado? O primeiro é agradar o alvo e convencê-lo de que vocês estão no mesmo negócio. Há muitas formas de fazer isso, algumas vezes o informante se apresenta e outras vezes uma oportunidade de encontro pode ser armada. O senhor acredita que seu trabalho contribuiu para mudar a forma como os crimes de arte passaram a ser investigados? Acredito que meus esforços em recuperar mais de US$ 300 milhões em propriedades culturais roubadas intensificaram o interesse em criar leis para conter este tipo de crime. Agora, o governo se deu conta de que o público se importa com a sua história e os artefatos que fazem com que ela se torne viva.


O QUE VEM POR AÍ Quinta Avenida, 5 da manhã, de Sam Wassom O primeiro relato completo do making-of de Bonequinha de luxo apresenta fatos desconhecidos de personalidades marcantes da época e traça um delicioso panorama da vida nos Estados Unidos, no fim da década de 1950. Entre outras histórias, o livro mostra que Truman Capote queria desesperadamente Marilyn Monroe para o papel principal; que Blake Edwards filmou finais alternativos; enquanto Audrey Hepburn se sentiu em conflito sobre como equilibrar o papel de mãe com a carreira de estrela de cinema.

Um documentário sobre os grandes tubarões-brancos das ilhas Farallores (Dentes do Diabo), na costa da Califórnia, inspirou a jornalista Susan Casey a passar um período no local, único no mundo onde é possível estudar a espécie. Ela acompanhou biólogos e estudiosos que se dedicam a decifrar os mistérios do mais temível predador dos oceanos e envolveu-se em perigosas e emocionantes experiências. Da mesma autora de A Onda, Os Dentes do Diabo, best-seller do New York Times, fala sobre o cruzar da fronteira entre a sociedade e um lugar que não necessita e nem deseja a presença humana.

ZAHAR NA BIENAL

Susan Casey vem ao Rio de Janeiro para a XV Bienal do Livro, em setembro, no Riocentro. Também estarão presentes os autores Leonard Mlodinow, de O andar do bêbado; Lisa Sanders, de Todo paciente tem uma história para contar, e Robert L.Wolke, de O que Einstein disse ao seu cozinheiro. Aguarde!

ZAHAR NA FLIP

Flávia Lins e Silva, autora de O diário de Pilar na Grécia, debaterá com André Diniz, de Almanaque do carnaval, o tema “Viajando com as histórias” na Flipinha. A autora também participa da mesa “Viagens, cinema e literatura” na FlipZona. Os dois eventos acontecem no dia 8 de julho, às 15h e 8h30, respectivamente.

Remetente ZAHAR rua Marquês de São Vicente 99 – 1º andar, Gávea 22451-041 Rio de Janeiro, RJ

Ruven Afanador

Os Dentes do Diabo, de Susan Casey


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