Em 2010, residindo por seis meses na Europa, o autor Fernando Ponte de Sousa acompanhou e presenciou na Espanha uma convergência, ou uma tríplice relação: um movimento pela memória histórica, como verdade e justiça, uma crise econômica e social (mais vasta nos seus efeitos cotidianos do que o noticiado pela grande mídia) e um nascente movimento de contestação, cuidadosamente controlado pelas maiores centrais sindicais e, ao mesmo tempo, rebelde e inconformado, por parte de iniciativas autônomas, outras expressões de esquerda e a juventude indignada.