ESPELHO
meu
SE FOR PARA SEGUIR UM PADRÃO, QUE SEJA O SEU | Nº 1 | DEZEMBRO 2O17
PADRÃO PRA QUE? Você não precisa seguir um modelo
AMO MEU PESO Aceitar o próprio peso resulta em paz EFICIÊNTES Vai uma mãozinha aí?
EDITORIAL
Bonitas, É só abrir uma revista de moda e saúde que você vai encontrar, mulheres com o tal “corpo ideal”, receitas de como perder aqueles quilinhos, dicas de como arrasar no verão e até mesmo de como ficar linda para arrasar com o crush. Mas você já se olhou no espelho hoje? E percebeu que em frente a ele tem uma pessoa linda? E com base no que você vê no espelho que venho lhe apresentar a “Espelho Meu” uma revista dedicada a você e ao seu corpo. Quero mostrar que não existe um padrão de beleza pra você seguir e admirar, olhe-se através do espelho e se ame. É bom entender que aceitar o nosso corpo é parar direcionar esforços sem fim para que ele se aproxime de um padrão impossível, é libertador. Mas é um processo. Um processo que passa por muitas etapas de auto conhecimento e auto compreensão para chegar à aceitação, a sua aceitação. Aceite suas estrias, suas celulites, seus quilos a mais ou a menos, goste da sua altura seja você alta ou baixa. E principalmente, se aceitar e se amar não quer dizer “não mude” você pode mudar sempre que quiser. Aliás, se for pra seguir um padrão, que seja o seu.
EXPEDIENTE Espelho Meu Se for para seguir um padrão que seja o seu Edição 1 Dezembro 2017 Capa: Foto - Annie Spratt / Unsplash Editor(es):Maria Eduarda da Silva Projeto gráfico-editorial: Maria Eduarda da Silva Textos: Maria Eduarda da Silva Assessoramento: Ildo Francisco Golfetto Imagens: Vecteezy ,Dove Cosméticos, Arquivo Pessoal, Notícias do Dia, Unsplash.
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Essa revista é um trabalho experimental, sem fins lucrativos e puramente academicos desenvolvida pela graduanda Maria Eduarda da Siva para a diciplina de Laboratório de Pordução grafica do Curso de Jornalismo da Universidadade Federal de Santa Catarina sob orientação do Professor Ildo Francisco Golfetto no segundo semestre de 2017. Não será distribuida e nem comercializada.
SUMÁRIO
Você não precisa seguir um modelo
EFICIÊNTES
Vai uma mãozinha ai?
AMO MEU PESO
Aceitar o próprio corpo resulta em paz
DICAS
Indicações de filmes e séries para as férias.
FLOR DA IDADE
Nada de buscar a fonte da juventude
FOTO: ANNIE SPRATT/UNSPLASH
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PADRÃO PRA QUE?
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PADRÃO PRA QUÊ?
Você não precisa seguir um modelo Vivemos em uma sociedade normatizadora que não respeita a individualidade de cada ser. Padrão. De acordo com o dicionário Aurélio padrão significa “O que serve de referência.” “Que serve de modelo”. Tem como sinônimos “modelo”, “exemplo”, “referência” entre outros que tendem a entender que padrão, é seguir algo ou alguém. E no mundo ao nosso redor existem vários tipos de padrões, um deles é o padrão estético. Esse padrão que mexe com a autoestima de muitas pessoas, principalmente das mulheres já que ao longo dos anos sempre vai mudando e exigindo que elas sigam esse tal padrão. É possível observar que ao longo de cada período existia um tipo físico que chamava mais atenção e que servia de modelo para as outras mulheres. Como por exemplo, entre os egípcios antigos, as mulheres mais belas eram aquelas que escondiam o rosto do sol, maquiavam-se, usavam perucas e realizavam todo tipo de cuidado corporal para exaltar seus encantos. Já o conceito de beleza feminina na Idade Média tinha os seguintes critérios: cabelos longos, pele branca, lábios finos, testa grande, quadris estreitos e seios pequenos. E por assim foi, sempre trazendo um novo padrão de beleza sempre, levando as mulheres a sofrerem uma pressão estética para alcançar esses padrões. Mas qual é a definição de pressão estética? Pressão estética é algo que qualquer pes-
soa pode sofrer, seja gorda ou magra, alta ou baixa. É uma pressão de ter o seu corpo vigiado, comentado, analisado pela sociedade em geral, como a família, os amigos, colegas de trabalho, colegas de escola, enfim. Essa pressão, serve para que nos encaixemos em padrões estéticos estabelecidos, como se o único propósito da existência feminina fosse caber dentro de um padrão inventado. Mas a pressão estética não tem haver apenas com o tipo físico, tem também com os cabelos, as roupas e até os pêlos do corpo. É possível observar que a mídia criou uma indústria corporal, que estimula os desejos das pessoas, eleva imagens de corpos padronizados. E esses corpos, quando se vêem fora dos padrões, sentem-se inadequados, sujeitando as pessoas a se aventurar em busca de uma forma física ideal que na verdade, não existe. E a partir dessa midiatização, um processo de mudança começa, às vezes as mudanças são radicais, duras, e perigosas trazendo problemas para a saúde física e mental. Mas sobre essa mudanças elas podem acontecer desde que não sejam danosas à própria imagem. Mas na verdade não é isso que acontece na sociedade, é possível observar que existem vários tipos de beleza, cada pessoa tem seu jeito e uma é diferente da outra. A estudante de enfermagem Fernanda dos Santos Martins, FOTO: TANJA HEFFNER/ NSPLASH
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PADRÃO PRA QUÊ?
18 anos diz o seguinte: “Cada um tem seu cor- cresceu em uma cidade de interior que possui po, cada corpo é diferente, cada um tem suas ela queria ser como suas colegas de classe “na características, e esse que é o bonito” época, todas queriam ser loiras, depois veio a A estudante de jornalismo Leticia da Silva moda de emo, onde tem que ter o cabelo bem Santos conta que não acredita que exista um liso escorrido, e eu fazia de tudo para ficar papadrão de beleza a ser seguido, e ainda justi- recida”. Mas, ao chegar na Universidade no fifica sua resposta, “as pessoas são como elas nal de 2016, Raquel percebeu que as pessoas são, com a cor de pele, formas e estilos... mas, são diferentes e possuem belezas diferentes, acredito que nós ainda nascemos e vivemos foi a partir daí que começou a transição de numa sociedade que apesar da luta (que tá aceitar seu cabelo crespo. sendo cada vez mais forte Mas, aceitar não quer dizer ficar e linda) somos massacrados de braços cruzados e não mudar com manual de como devenada nunca mais. Significa começar Cada um tem mos ser pra agradar o gosto o dia gostando de si e entendendo alheio”. a beleza que esconde e a beleza seu corpo, Muitas vezes esse padrão que se mostra. Um exercício que cada corpo é de beleza é tão forte que inpode ajudar consiste em ficar na fluencia inclusive no cabelo diferente, cada frente do espelho, se possível sem de cada mulher, por exemroupa, e analisar cada centímetro, um tem suas plo as estudantes Alicia, 20 prestando muita atenção no que anos e estudante de ciência e no que você sente. características, vêPode da computação, e a Raquel, ser que sinta uma certa e esse que é o 21 estudante de adminisaversão no princípio, mas passatração contam que quando dos os primeiros minutos você se bonito eram mais nova mais ou acostumará. Pare para analisar menos lá pelos 10 anos, coseu cabelo, seus olhos, seu cabelo, meçaram tratamentos para seus peitos, sua barriga, nas peralisar seus cabelos. Alicia contou que foi sua nas, enfim no seu corpo todo, você não premãe que deu o primeiro passo para que mu- cisa gostar o importante é aceitar e entender dança acontecesse, “Ela quis me proteger, ti- que as pessoas vão gostar pelo que você é, e nha medo que eu sofresse por ter o cabelo não pelo que elas estão vendo. diferente das minhas colegas”. O alisamento É importante ressaltar também, que o nosso do cabelo durou até suas 19 anos ela conta corpo é a libertação, é a nossa existência física, que chegou um momento que cansou, cansou feito de matéria, como tudo ao nosso redor. de fazer progressiva, chapinha, relaxamento. E, por tudo isso, proponho aqui que sejamos Mas, mesmo assim sentiu um pouco de medo mais flexíveis com nós mesmos e nos cobrede mudar totalmente, já que tinha receio do mos menos. Precisamos ser mais generosos que as pessoas achariam, “não sabia que tipo com nossos próprios corpos ao invés de nos de cabelo era o meu”. Na primeira vez que aprisionarmos na visão que a sociedade e que usou seu cabelo natural foi bem recebida pe- nós mesmos temos deles. las pessoas ao seu redor e sentiu que poderia E para encerrar esse texto, vou usar uma fraser uma mulher mais forte. se dita pelo escritor Augusto Cury, “Toda beleza Com Raquel não foi diferente, alisou sempre é imperfeitamente bela. Jamais deveria haver seus cabelos, às vezes o tratamento era tão um padrão, pois toda beleza é exclusiva como intenso que destruía seus cabelos. Como ela um quadro de pintura, uma obra de arte.”
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PADRÃO PRA QUÊ?
SOMOS M
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PADRÃO PRA QUÊ?
FOTO: CAMPANHA DOVE “BELEZA REAL “2014, HABEAS MENTEM
S MUITAS
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FOTO: NOTÍCIAS DO DIA/ FLAVIO TIN
EFICIÊNTES
A ideia de Mariana, além de levantar assuntos polêmicos, é mostrar a sua realidade.
Vai uma mãozinha aí? Mariana busca em seu canal criar consciência em relação a vida das pessoas com deficiência, mostrar que ela vive uma vida igual a todos. Mariana Torquatto tem 24 anos e é formada em Administração Empresarial, pela Universidade do Estado de Santa Catarina. No final de 2016 criou um canal no Youtube, lá é onde ela desconstrói a imagem que a mídia e a sociedade brasileira possuem sobre as pessoas com deficiência. Ela não tem o antebraço esquerdo, e decidiu discutir publicamente assuntos relacionados à deficiência física, além de expor a própria vida. Mariana foi vítima de Talidomida, um medicamento criado na Alemanha, no ano de 1950. Segundo a ABDT (Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida), o uso desse remédio causou milhares de casos de uma síndrome caracterizada pela aproximação ou encurtamento
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dos membros junto ao tronco do feto. No canal dela, intitulado “Vai uma mãozinha aí?”, ela provoca a desconstrução, que inicia a partir do nome do canal e contabiliza com mais de 64 mil inscritos. Nos vídeos postados semanalmente ela traz títulos que atraem deficientes, ou não, como: “O quê aconteceu com o meu braço?”, “Deficiente faz sexo?”, “Recado para a Vogue” e “João Dória e as crianças defeituosas”. No “Vai uma mãozinha aí”, Mariana procura deixar bem claro que seus vídeos não são de autoajuda,, e procura quebrar esse paradigma de que a pessoa com deficiencia é uma coitada, e também visa dar voz às pessoas com deficiência dentro da plataforma de comunicação digital.
FOTO: NOTÍCIAS DO DIA/ FLAVIO TIN
EFICIÊNTES
O que aconteceu com seu braço?
pertinho do carro pra conseguir abrir a cancela desses lugares. Não sei dificuldades que eu encontro pela cidade é uma coisa muito aberta, encontro dificuldade em andar pela rua sem sofrer preconceito sem as pessoas ficarem olhando pra mim e ficarem olhando pro meu bracinho. Isso é uma dificuldade que eu encontro.
FOTO: B Á R B A R A W A L D O R F
Eu nasci em 1992 e minha mãe tinha 38, 39 anos, então era uma “gravidez de risco”. Minha mãe também tinha mioma, é como se fosse cistos grandes de um tumorzinho no ovário, e por causa disso a gravidez dela era de risco. O que aconteceu foi que com uns 2, 3 meses de gravidez a minha mãe Na sua opinião, o que falta na sociedade para mefoi ao médico e acabou sendo internada por cau- lhorar a qualidade de vida das pessoas com defisa de muita dor que ela tava sentindo e se pá ela ciência? tomou algum medicamento que interferiu nisso. O principal medicamento foi talidomida, aliás tem Pow falta tudo na verdade. Falta estrutura física, falta conhecimento e ter um assunto falado, falta uma lei que diz que se você foi vírepresentatividade, falta você ser tima da talidomida você tem uma Capacitismo é o uma questão importante na socieindenização do estado. O estado permitiu que grávidas tomassem tipo de preconceito dade, falta a sociedade ter respeito pelas pessoas com deficiência falesse remédio, e acontecia as pesque as pessoas ta…nossa é mais fácil dizer o que soas nascerem sem um braço, sem um braço e uma perna. E se pá foi com deficiência não falta. isso que aconteceu comigo. Mas Você já sofreu discriminação? Que pra provar isso, é bem difícil. por- passam, quando elas tipo? que as maternidades de 92 é difícil são consideradas Eu já sofri vários tipos de discrimiter acesso a esses prontuários e naturalmente nação por ser uma dupla minoria, realmente provar isso sabe? Ai eu por ser uma mulher e uma mulher nasci, sem um braço, mas ninguém “incapazes”. com deficiência eu tenho que me sabia disso até eu nascer. provar várias vezes mais. Mas, a Como foi a sua infância? maior discriminação que eu sofri foi as relacionaMinha infância foi normal, meus pais e minha fa- das com o capacitismo. Capacitismo é o tipo de mília toda me tratou normalmente, nunca fui super protegida nem nada disso. Foi uma infância tranquila, quando eu comecei a perceber que eu não tinha um braço, foi em situações cotidianas, assim tipo “vamos aprender amarrar o sapato”, “vamos aprender o que é direita e esquerda” aí né de olhar pro coleguinha e perceber que eu era diferente, mas eu não fui uma criança que sofreu muito bullying. Como é a sua vida atualmente, quais dificuldades encontra pela cidade? Cara eu encontro dificuldades quando vou de carro pra entrar num shopping ou num Supermercado e tem aquele negocinho que tem que apertar com a mão, a cancela, pra cancela abrir, é isso é difícil pra mim porque só tenho a mão direita (risos) e aí eu tenho que me deixar bem pertinho, já sou pequena né? então tenho que deixar bem
Seu canal tem mais de 69 mil inscritos e é livre de moldes ou padrões, e ela afima “Afinal, ser humano é ser diferente.”
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EFICIÊNTES
preconceito que as pessoas com deficiência passam, quando elas são consideradas naturalmente “incapazes”. Claro que nós vivemos num mundo onde há um padrão corpo normativo, o que significa isso? Existem corpos “pica das galáxias” que são os padrões e tudo que é inferior a isso sofre um certo preconceito que é o capacitismo. Como foi a sua auto-aceitação? Foi uma questão de lógica na verdade, em um belo dia eu reparei que por mais que eu não gostasse disso eu viveria o resto da minha vida com meu bracinho, e eu teria que aceitá-lo de uma forma ou outra. Eu tinha duas opções ou eu não aceitava e ficava infeliz ou eu aceitava e me tornava uma pessoa feliz. O que você diz sobre o preconceito? É falta de conhecimento misturado com falta de educação. Qual o seu maior sonho?
mutáveis.Posso não responder essa? (risos) Quais são seus hobbies? Meu maior hobbie é procrastinar sabe? Ficar tipo fazendo nada. Então esse é o meu maior hobbie, mas infelizmente é difícil alcançá-lo, porque eu sempre tenho mil coisas pra fazer com o canal e tal. De onde surgiu a ideia do canal? A ideia do canal, surgiu de amigos que me viam, e vêem como eu fazia as coisas e etc, “cara você tem que mostrar isso pra outras pessoas”. E aí surgiu a ideia do canal. Como você descreve o canal? Eu descrevo o canal (risos) descrever o canal é uma coisa muito complicada sabe? Mas sei lá eu acho que uma frase que eu usei até no meu mídia kit é “O canal mais diferenciado do Youtube” ou “ O canal mais diferentão do Youtube” , por aí.
FOTO: CANAL VAI UMA MÃOZINHA AI?
Nossa é muito difícil, por que os sonhos dia muito
A jovem procura deixar bem claro também que seus vídeos não são de autoajuda, mas que procura “desmistificar, quebrar esse paradigma do deficiente ser um coitado
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AMO MEU PESO
Aceitar o próprio peso resulta em paz Relatos de mulheres que passaram por um processo de aceitação e nos dias atuais amam seu corpo. “Nossa, você é tão linda de rosto, poderia emagrecer”, “Você já viu como fulana emagreceu e você não?”, “Você já pensou em fazer uma dieta?”. São essas perguntas que mais pressionam as pessoas a viverem atrás de um padrão estético de corpos esculturais para se sentirem mais lindas. Elas sempre querem estar bonitas, seja com uma roupa da moda, cabelo e maquiagem e, principalmente um corpo bonito, que na maioria das vezes é representado através da mídia, um corpo magro. A pressão da sociedade por meio da mídia e da TV é enorme. A imagem de felicidade, alegria e beleza são sempre associados aquela modelo magra, com as curvas perfeitas.Bombardeadas constantemente com imagens que retratam uma beleza idealizada, sempre impossível de ser alcançada, as mulheres costumam ser muito mais críticas em relação à própria aparência do que os homens. Às vezes as críticas em relação ao se olhar no espelho são tão severas consigo mesma que levam a pessoa a desenvolver transtornos alimentares. A Giovanna Costa Antunes por exemplo, estudante de Psicologia que durante 4 anos foi Bulímica. Em entrevista ela conta que teve uma infância com “peso normal” até mais ou menos
aos 6 anos. Ela conta que a maioria do tempo de sua infância conviveu bastante com seu pai, já que sua mãe trabalhava. A convivência com o pai era boa,ela tinha liberdade para comer o que quisesse. ele nunca reclamava que ela comesse tanta besteira, e foi após essas besteiras que ela começou a ganhar peso. Porém, ela não sofria apenas com o peso, existiam outros fatores, ela usava óculos, tem o cabelo cacheado e também usava aparelho dental, ou seja,” fora dos padrões”. Sendo fora dos padrões, sua mãe começou a achar que fila estava engordando e deveria emagrecer, e a pressão começou. A partir daí começaram os problemas psicológicos e físicos “toda vez que eu não me sentia segura, que eu ficava ansiosa,toda vez que alguma coisa acontecia, a comida era o primeiro conforto”. O tempo foi passando e ela se sentindo como se não fizesse parte da sociedade por ser gorda, e foi se excluindo cada vez mais do mundo ao seu redor. Giovanna conta que começou com a bulimia aos 13 anos. Tinha dias em que ela chegava aula e comia todos os chocolates de uma caixa de bombom para aliviar a ansiedade, e logo depois já vomitava tudo no banheiro. No início não era sempre que ela conseguia induzir o vômito, já que sua família estava sempre por perto. No iníESPELHO MEU | EDIÇÃO 1 | DEZ 2017 | 11
AMO MEU PESO
cio da bulimia ela encontrava dicas na internet “Me sentia um peixe fora d’água”, quando muem blogs que qualquer pessoa com conhecidou para Florianópolis percebeu que existiam mento básico nas redes consepessoas de diversos tamague acessar. E como era início, nhos, diversas cores, e ajudou ela não ficou “super magra’’ até no processo. Ela levou mais ou Eu via que perdendo menos um ano para começar porque só vomitava nas emergências, ou seja, quando exagea se aceitar totalmente e amar peso, as pessoas rava em alguma comida. a imagem refletida no espelho. tinham orgulho de A bulimia para ela, era para Um outro motivo importanmanter o peso, “eu tinha um te, foi se juntar ao movimenmim, um orguho medo absurdo de engordar”. to feminista e buscar ser um que elas não Nas primeiras vezes, era difícil, exemplo para outras meninas, já que se sentia enojada em outras mulheres. tinham da pessoa relação ao vômito, após algum Nos dias de hoje, ela busque eu era gorda. tempo praticando, já se tornou ca sempre estar aprendendo normal. “Eu comia, e não me com o que vivenciou o pasacalmava até vomitar”. sado. E garante que aceitou o Depois de um tempo, a diferenseu corpo, começou a controça começou a mostrar efeito de emagrecimento lar a ansiedade de maneira distinta que não seja e todos ao seu redor achavam que a magreza na comida compulsivamente. Ela se sente forte era devido a dieta que ela fazia. E esses quilos foram celebrados, mal sabiam eles que ela sofria sozinha. “Eu via que perdendo peso, as pessoas tinham orgulho de mim, um orgulho que elas não tinham da pessoa que eu era gorda”. Durante o período todo o tempo que foi bulímica, passou por momentos difíceis. Um certo dia ela como seus pais não estavam em casa, ela comeu exageradamente, esperou os 20 minutos de sempre, pra dar um tempo de digestão, foi ao banheiro e começou a vomitar. Desde pequena não tinha bons hábitos alimentares e naquele dia específico, comeu comidas mais difíceis de digerir, e quando começou a vomitar, sentiu dores, então começou a vomitar muito sangue, “foi um momento desesperador, porque não sabia o que tava acontecendo”. Infelizmente a bulimia durou cerca de quatro anos, quem descobriu foi o melhor amigo dela, em uma noite que eles jantaram juntos e ela sentiu a necessidade de vomitar. Ele descobriu, mas ela tentou fazer ele entender que era só às vezes, mas como ele sabia de tudo o que ela passou, o bullying, a pressão estética, ele conversou muito com ela para poder ajuda-lá. Porém ele não foi o único pivô para a aceitação, a mudança de Criciúma para Florianópolis foi um grande Geovanna quando quando tinha bulimia não usava roupa passo para o processo de auto-aceitação. de banho pois se negava ir a praia. 12 | DEZ 2017 | EDIÇÃO
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AMO MEU PESO
res. com o que vê no espelho, depois de tantos desaMais tarde na adolescência, aprendeu a se defios ela se sente bem e ela aprendeu a valorizar fender sozinha, através da agressão física e vermais as características da personalidade ao inbal, mas nem sempre funciovés da estética. nava. “eu ia lá e fazia por mim O processo de se aceitar a mesma, ia lá e brigava, xingava, cada dia é delicado, é saber que Todas as coisas revidava e às vezes até batia”. superar os desafios não são fáSempre buscou maneiras de ceis, que as vezes você vai ouvir que fiz eram um emagrecer, sempre quis ter um coisas que não vai gostar, enfim mau trato com corpo escultural, a maioria das é complicado, mas vale a pena. A estudante do ensino médio, meu corpo e com a vezes era por conta de pressão dos familiares, que dizem Ana Karoline do Prado de 17 minha cabeça(...) que ela deve cuidar da saúde anos sofre com a pressão ese prevenir as doenças - como tética desde pequena “eu semsó para estar se pessoa gorda fosse doente. pre fui a maior da turma né? dentro do padrão. Durante o tempo que fez as sempre era alvo de bullying, dietas ela possuía acompanhasempre xingavam”. Quando era mento de um endocrinologista criança e sofria com os colegas que na maioria das vezes assustava, dizendo de escola quem defendia era sua mãe, indo na que emagrecer era a única opção que tinha, fora secretaria da escola para falar com os professoisso era a cirurgia bariátrica, e sempre dizia que ela não ia ter uma vida normal caso continuasse engordando. Em entrevista, questionada em relação ao seu físico ela se emociona ao falar que às vezes as pessoas não gostam dela “tem pessoas que não gostam da gente, que é gorda”. E ela conta que às vezes sente vontade de emagrecer, mas às vezes tá tão bem consigo mesmo que não vê motivo em emagrecer “quando vou em uma loja e vejo que tem o tamanho de roupa que eu uso, não me preocupo em ter que perder peso. Mas ela conta que se sente bem com o corpo que tem, mas diz que para os outros nunca ta bom, “tem que sempre ta melhor, ta mais magra”, mesmo com essa pressão ela ainda se vê linda no espelho, e sempre vai ser assim. Assim como a Karol gosta muito do seu corpo, a Maju de 24 anos, formada em Jornalismo, também gosta do seu, ela também é gorda, e disse que quando mais nova “ser gorda não era um problema, até alguém dizer pra mim que era”. Quando criança não ficava pensando no seu corpo e ele era o que era “era suficiente pra ela”, até mais ou menos aos 12 anos quando perceAna Karoline contou que sempre sofre com os mal olhares beu que a sociedade ao seu redor valorizava que recebe quando vai a praia. mais o corpo magro, “o que eu via na TV, nas ESPELHO MEU | EDIÇÃO 1 | DEZ 2017 | 13
AMO MEU PESO
revista de adolescentes não parecia comigo”. tempo na faculdade vieram outros fatores que Ela conta que durante muito tempo fez dietas lhe ajudaram a aceitar o próprio corpo, como para emagrecer, elas começapor exemplo viver com pessoas ram aos 13 anos, juntos com diferentes. “quando eu tava no remédios ansiolíticos. Duranensino médio, as meninas eram Todas as coisas te a adolescência ela passou muito parecidas”. E a sensação por mais ou menos quatro que sentia era de alívio, por senque fiz eram um endocrinologistas, e sempre tir que as pessoas são de difemau trato com teve presente o efeito sanrentes idades, cidades, cores. fona, já que as dietas eram Dentro da faculdade ela pasmeu corpo e com a sou muito difíceis de serem cumpelo fato de aceitação, denminha cabeça(...) pridas. A última vez que fez tro de um coletivo feminista, em uma dieta foi mais ou menos textos na internet e inclusive rosó para estar no início da sua graduação, das de conversa. dentro do padrão. por volta de 2012, quando ela Hoje ela se olha no espelho e tinha 19 anos. diz que sente-se em paz, já que No primeiro momento a fafoi um processo que aconteceu culdade tirou o foco dessa desde a adolescência até a vida pressão estética, já que no ensino médio essa adulta “todas as dietas, todas as coisas que fiz pressão é muito presente. Depois de algum era um mal trato com meu corpo e com a minha cabeça no fim das contas para estar dentro do padrão”. Como foi relatado, toda essa evolução é carregada de dificuldades, aceitar o peso que temos não é simples, não é da noite pro dia que vai acontecer, e o importante nessa caminhada é não desistir, não deixar que pessoas ao nosso redor decidam como vai ser nosso corpo, se vamos engordar ou emagrecer, fazer dieta ou exercício para buscar o corpo ideal. Só mude se for por você, seja como você gosta de ser, independente da opinião alheia. Não podemos esquecer que a auto-crítica é constante em nossas mentes, sobre não ser bom o suficiente mas é um caminho garantido para a infelicidade. Isso não significa que devemos ignorar nossos pontos fracos ou as coisas ruins que acontecem, mas sim que devemos aceitar que ninguém é perfeito, incluindo nós mesmo. Para encerrar, “ o primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz, é algo que você permite". -Will Garcia. Para Maju a faculdade foi uma grande aliada em relação ao processo de aceitação
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DICAS
Filmes para curtir nas férias My Mad Fat Diary Baseado no livro My Fat, Mad Teenage Diary, escrito por Rae Earl, a série foi criada pela própria escritora. Situada na década de 1990, a história acompanha a vida de Rae (Sharon Rooney), uma jovem obesa de 16 anos que vive em Lincolnshire (leste da Inglaterra) com sua mãe excêntrica (Claire Rushbrook). Recém saída de um hospital psiquiátrico após tentar suicídio, ela se vê jogada em um mundo no qual não se sente à vontade.
Soul Surfer - Coragem de viver Baseado em um história real, adolescente Bethany Hamilton tem um talento natural para o surf e transforma sua vida após perder seu braço devido a um ataque de tubarão. Encorajada pelo amor de seus pais e recusando desistir, Bethany volta ao mundo das competições quando se recupera do acidente, mas dúvidas sobre seu futuro a perturbam.
O mínimo para viver Escrito e dirigido por Marti Noxon (Grey’s Anatomy, UnREAL),Na trama, acompanhamos Ellen (Lily Collins), protagonista que sofre do mal, entrando e saindo de clínicas. Relutantemente, ela aceita um tratamento alternativo Nessa nova clínica ela embarca e uma emocionante jornada de autodescoberta em um grupo liderado por um médico pouco convencional.
Embrace O documentário fala sobre os estereótipos de beleza criados pela mídia e como isso impacta a vida das mulheres. A australiana Taryn Brumfitt sempre sentiu pressão para ter um corpo perfeito. Ela foi mãe três vezes e percebeu as mudanças do corpo e decidiu que iria tentar se aceitar do jeito que era. Ela queria que as mulheres percebessem que podem aceitar seus corpos. Sua principal motivação foi a sua filha. Ela não quer que a menina passe pela mesma pressão de odiar o próprio corpo.
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FLOR DA IDADE
Nada de buscar a fonte da juventude O envelhecimento é normal para todos os seres, e é um grande passo para que essa fase não seja o fim, mas sim um começo de novas experiências
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medida que os anos vão passando o ser humano vai envelhecendo e é natural que existam mudanças físicas. E quando você se olha no espelho percebe as mudanças no reflexo, modificada pelo passar dos anos e acumulada pelas situações vivenciadas pelos trabalhos realizados. São as rugas, a pele flácida, as estrias e o cabelo branco, principais características dessa idade. A psicóloga Maria de Abreu Alves conta que o envelhecimento chega de maneiras distintas em cada ser humano. Para algumas pessoas o impacto é muito forte na aparência, para outras pessoas é na saúde, já que na maioria das vezes ela vai ficando mais debilitada, e ainda para algumas é a questão de que ela vai deixando de fazer o lado social. Podemos chamar de velho quem tem 60 anos ou mais, já que dizer que ela se inicia aos 60 é um produto definição social e assim como a criança, o adulto e até mesmo o adolescente, é uma fase de vida assim como qualquer outra, com seus lados positivos e negativos. E essa fase tem a haver com fragilidade da saúde, características físicas próprias entre outras. As perdas sucessivas que acontecem durante o envelhecimento além de físicas são emocionais e situacionais, que podem acompanhar essa fase do ser humano, forçando a pessoa idosa a se adaptar em uma nova realidade,a jovial. De outro lado, esse corpo, que hoje apresenta essas marcas do tempo, já foi jovem, e reflete as múltiplas experiências adquiridas no percurso da vida, desde seu nascimento até os dias atuais. A partir da forma como as pessoas se vêem e en-
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xergam o mundo que as cerca, percebem que o mundo é repleto de pessoas de diferentes idade, de rostos diferentes, mas a sociedade ainda exige um certo padrão diante do envelhecimento. Ao nosso redor é comum encontrar pessoas que se olham no espelho e não aceitam as marcas que o tempo já definiu. Por conta disso, ora se entregam à corrida desenfreada pelos recursos externos (cosméticos, plásticas),que a mídia mostra como uma única maneira para se sentir bem consigo mesmo. Para algumas pessoas é constante o medo de envelhecer, como por exemplo o Marcelo Sampaio, estudante de Ciências Contábeis da UFSC, de apenas 20 anos, diz que não quer passar dos 40, por medo do corpo mudar. Diante dessa necessidade jovial que envelhecimento trás para as pessoas a insistência do auto-conhecimento e compreensão sobre o processo de envelhecer se faz necessário. Para uma melhor aceitação de limitações de si mesmo ou restrições, e também para o desenvolvimento de capacidades
FLOR DA IDADE
Esse corpo, que hoje apresenta essas marcas do tempo, já foi jovem, e reflete as multiplas experiências adquiridas no percurso da vida. desde seu nascimento até os dias atuais.
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FLOR DA IDADE
para novos aprendizados, de adaptações ao ambiente, de novas habilidades para a realização de tarefas, até mesmo aquelas da rotina diária. A auto-estima é um aprendizado diário, é um processo lento que se baseia no que você sentir sobre o que você é, quem você é o que realiza ou do que você imagina que você seja. Podemos relacionar a auto-estima com diferentes componentes que envolvem aspectos afetivos, volitivos, pessoais, sociais ou culturais. Segundo Nathaniel Branden, escritor do livro “AUTO-ESTIMA: Como aprender a gostar de si mesmo” (1992) ele diz que, “a auto-estima tem dois componentes básicos: o sentimento pessoal e o sentimento de calor pessoal, ou seja, a auto-estima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito”.A auto-estima traduz nitidamente a capacidade de cada indivíduo enfrentar os desafios que a vida impõe, e o direito e o desejo, de ser feliz. E a maneira de cada um ser feliz é diferente. A doméstica Marlene Malvina Rocha Muniz, 49 anos conta que quando se olha no espelho se sente linda mesmo com os cabelos brancos chegando, as rugas aparecendo e o corpo mudando. Lena (como prefere ser chamada pelos amigos) é uma mulher sorridente que gosta de ser feliz e viver a vida como é e pensa da mesma maneira em relação às outras pessoas “Acho que a pessoas tem que se aceitar do jeito que é, o envelhecimento é normal, vai chegar pra todo mundo”. Rozilda dos Santos Silva de 55 anos,é cozinheira e conta que umas das maneiras de ficar feliz e cuidar do seu ego, ela frequenta o cabeleireiro porque já tem essa mania de se cuidar e sentese bem, em pintar os cabelos, fazer as unhas, cuidar das sobrancelhas. E ainda ressalta a importância sobre o fato de que devemos nos arrumar para nós mesmo, “A gente tem que se amar, se gostar”. Sobre o fato de se olhar no espelho ela conta que tem um pouco de diferença, “a gente tá mais velho, mais experiente na vida” ,diz que se sente normal, percebe as mudanças no corpo, no rosto, mas nada que deixe-à abalada. Ainda complementa que tem muito a aprender e que passamos por fases na nossa vida, e as mudanças fazem parte dessa fase. Para as mulheres, manter a auto-estima em pé como a da Rozilda nem sempre é um trabalho fácil já que algumas sofrem em relação a pressão estética que a sociedade espera que elas
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sigam, de ser sempre bonitas. A psicóloga Maria de Abreu Alves explica por que para eles é mais fácil,“Para os homens percebo que ainda há toda uma cultura machista que minimiza o peso da idade. As mulheres são muito mais cobradas para serem “bonitas” e a idade traz características consideradas menos atraentes.” Em um artigo feito pela antropóloga e escrita do livro “Velho é lindo” para a folha de S. Paulo, Miriã Goldenberg, entrevistou algumas mulheres sobre a dificuldade de saber o que pode (ou não) fazer depois de uma determinada idade. Um dos relatos é de uma professora de 60 anos:"Adoro ir à praia. Sempre fui de biquíni. Agora parece que sou uma velha ridícula, caquética, pelancuda, que não obedece à regra de usar maiô ou até mesmo de não ir mais à praia.” Nesse mesmo artigo é possível observar que algumas mulheres não resistem a pressão e acabam fazendo parte da corrida desenfreada de ser sempre jovial. Uma advogada de 47 anos disse: "Tenho uma amiga que faz de tudo para parecer mais jovem. Ela me convenceu a fazer um tratamento mágico que prometia rejuvenescer minha pele. Gastei uma fortuna e não teve qualquer resultado. Tem tanta promessa no mercado do tipo "pareça dez anos mais jovem" que nós acabamos fazendo loucuras. Muitas mulheres ficam deformadas". A aceitação do corpo envelhecendo e a convivência otimista com a atual imagem corporal também são de extrema relevância, em especial porque perceber-se como alguém que está envelhecendo sofre bastante influência do modo como a sociedade vê a velhice. O importante é perceber como envelhecemos, ou seja, de que forma iremos ingressar na chamada terceira idade. Para muitos, será a fase de decadência física e mental, mas, para outros, constituirá a “MELHOR IDADE”. A prevenção é a forma adequada para alcançar o maior desejo de todos nós: chegar à terceira idade com auto-suficiência. Não existem fórmulas mágicas, já que somos seres individualizados e reagimos aos estímulos de modos distintos. Contudo, a busca por atitudes saudáveis com orientação especializada é o caminho mais adequado. A velhice chegará para todos. E nesta hora, o grande diferenciador será o modo como cada um se preparou para ela, física e mentalmente.
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Como ter um envelhecimento saudável? O primeiro passo é aceitar, aceitar que a idade está chegando que existe possibilidade das rugas chegarem, os cabelos brancos, e você pode pintá-los também, é só um aviso. O segundo passo é de dar atenção a atividades intelectuais, ao equilíbrio alimentar e à prevenção e à educação para cuidar da saúde. O terceiro passo é manter uma vida saudável,dance uma música que você gosta, faça exercícios, uma caminhada por exemplo até o ponto de ônibus é válida. O quarto passo é fazer saídas, encontros, jantares, são a condição-chave do envelhecimento. E o quinto e não menos importante, mantenha-se tranquilo. Fique em paz consigo mesmo,se olhe no espelho e aprenda a gostar dessa nova fase, veja para o passado com cuidado e use o futuro para compartilhar, transmitir, imaginar, criar.
Acho que as pessoas tem que se aceitar do jeito que são, o envelhecimento é normal, vai chegar pra todo mundo FOTO:DAVIDSON LUNA/ UNSPLASH
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ESPELHO
meu Quando me vejo no espelho me sinto forte, depois tudo o que passei (Geovanna Cardoso)
Vejo um cara bonito e feliz do jeito que é (Lucas S. de Oliveira)
o d n a u Q o n o h l me oho me espel em paz sinto MAJU EZ GONÇALV
Pra mim, tem alguns defeitos, mas tem coisas que eu gosto (Leticia Silva)
Me sinto bem, fico feliz com a minha imagem e lembro de como eu era, como já fui (Ana Ritti)
Quando me olho no espelho, vejo aquela pessoa que eu sempre qui ser, Poderoso (Marcelo Sampaio)
Me sinto bem, aceito como eu sou (Mayara Heloísa Santos)
Eu me sinto maravilhosa (Marlene Muniz)
Eu me sinto bonita (Ana Karoline do Prado)