E ainda: o maior museu de máquinas de costura da América Latina
Sabores da Serra
vinhos & histórias em Santa Catarina Julho 2019 | Edição 1 | CARTÃO POSTAL | 1
Edição I - Ano I - Julho de 2019
Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Jornalismo Laboratório de Produção Gráfica Ildo Francisco Golfetto
Edição n‘1 - Julho/2019 Editor: Renan Schwingel Textos: Renan Schwingel Imagens: Gil Karlos Ferri, Vinho de Altitude, Vinícola Pericó, Prefeitura de Vila Velha, Pixabay, Girlene Medeiros, Arquidiocese de Belém, Museu Angelo Spricigo, Museu do Amanhã, Renan Schwingel, Ministério do Turismo, CVC, Universia ENEM e Beach Park. Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, criado e editado pelo acadêmico Renan Schwingel como exercício de projeto gráfico-editorial para a disciplina de Laboratório de Produção Gráfica do curso de Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no semestre 2018.2. Não será distribuído, tampouco comercializado. Seu conteúdo e suas opiniões são de inteira responsabilidade do acadêmico, insentando assim a UFSC e o docente da disciplina de qualquer responsabilidade legal por essa publicação. 2 | CARTÃO POSTAL | Edição 1 | Julho 2019
Com a mão na consciência Por: Renan Schwingel
Segundo o Ministério do Turismo, em 2017 este mercado movimentou R$ 163 bilhões no Brasil. Os números mostram a força retumbante que o país tem no quesito, para a qual não faltam razões. A existência de inúmeros biomas e, dentro deles, ricos ecossistemas, é um bom exemplo. Mas, por trás da chegada de cada turista, há um pedido de socorro: se o que temos não for preservado, a roda que movimenta o turismo brasileiro pode parar, dadas as consequências do desmatamento nas florestas e da poluição nos cursos d’água país afora. A ameaça existencial trazida pelo desrespeito ao meio ambiente se estenderá a todas as regiões do país e, consequentemente, seus pontos turísticos, caso não haja ações incisivas por parte da sociedade. Mas qual a prioridade na busca por um país que possa existir saudavelmente e receber quem deseja descobrir suas maravilhas? Não há segredo, pelo contrário, há uma necessidade emergencial pela efetivação de políticas públicas que façam jus ao papel desempenhado legalmente pelas unidades de conservação. Eis o caminho seguro para que qualquer indivíduo conheça nossas matas verdejantes e águas cristalinas... antes que seja tarde demais.
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Alguns municípios da “Santa e Bela” Catarina registram temperaturas negativas em períodos do ano. Foto: Pixabay
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uma história de muitas
DESCOBERTAS N
atural de Anita Garibaldi (SC), o pesquisador Gil Karlos Ferri, 27, tem muito a contar sobre sua trajetória. Sua terra natal é a única colônia italiana da Serra Catarinense, motivo de orgulho para ele e razão da vinda de turistas que compartilham a paixão de Ferri: o vinho e os encantos que envolvem sua produção. Ferri foi responsável por desenO fascínio pela enocultura começou volver o projeto História e Vitivicedo. Foto: Acervo pessoal nicultura, iniciativa que levou os alunos da Escola de Educação Básica Padre Antônio Vieira a entrar em contato com a atividade de vinícolas da região. A opção pela saída de campo revela que o projeto sempre foi muito além da sala de aula, explorando o que o Planalto Serrano tem a contar sob a ótica do ambiente que o cerca. As ideias que embasaram este trabalho caminham lado a lado com a trajetória do pesquisador, que já publicou vários artigos sobre o assunto e, atualmente, leciona no Ensino Superior.
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Como foi o despertar de seu interesse pela vitivinicultura?
Na sua opinião, quais fatores são analisados pelos turistas que visitam as vinícolas?
Minha relação com o vinho vai além da minha história pessoal, é uma paixão de séculos na família. Apesar de produzir vinho esporadicamente, me interessei por pesquisar esse setor que está despontando na Serra, sendo o pioneiro em pesqusiar sobre a vitivinicultura em SC sob o viés da História Ambiental Global.
Na Serra Catarinense, como as vinícolas são pequenas (conceito de vinícola boutique), o passeio é personalizado. Em muitas vinícolas ocorrem com o próprio enólogo que elabora o vinho. Ou seja, o turista busca uma experiência diferenciada, e não apenas uma foto para as redes sociais. É isso que a Serra tem proporcionado: belas surpresas em paisagens e qualidade do vinhos.
Quais foram as etapas de sua jornada acadêmica?
Fiz graduação em História na UFSC, especializações no Centro Leonardo da Vinci e na USP, e mestrado na UFFS. Entretanto, os maiores insights para diversas pesquisas que desenvolvo partiram de contatos informais, conversas com amigos e professores que estimo muito. Destaco a amizade com o Dr. Valberto Dirksen, renomado historiador catarinense e minhas orientadoras de tanas pesquisas, Dra. Samira Moretto e Dra. Eunice Nodari. Como você avalia a presença de estrangeiros em visita às vinícolas?
Entre os estrangeiros que visitam a região, boa parte deles acabam visitando algumas vinícolas, pois representam um público de maior poder econômico e,geralmente, com relações de valorização histórica com o vinho. Julho 2019 | Edição 1 | CARTÃO POSTAL | 5
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Você precisa conhecer... As vinícolas são parada obrigatória para quem pretende incluir novas descobertas em seu roteiro de férias. Além de apreciar diversidade de belezas naturais encontradas pelo caminho, vale a pena saborear os vinhos lado a lado com paisagens que o estado tem a oferecer. Por isso, nunca é tarde para ficar por dentro das opções que podem tornar sua viagem ainda mais inesquecível. Qual o diferencial das vinícolas da Serra Catarinense? O contato com as vinícolas faz parte da trajetória de Ferri. Foto: Acervo pessoal
O pesquisador publica artigos sobre o assunto. Foto: Acervo pessoal
Na década de 1990 iniciaram os primeiros experimentos de cultivos de variedades de uvas europeias na Serra. O grande diferencial é que, para ser um “vinho de altitude”, precisa ser produzidos com vinhedos plantados entre 900 e 1400 metros de altitude e seguir algumas normas técnicas na elaboração que a associação determinada para manter qualidade. Estamos em processo para obter o selo de Indicação Geográfica (IG) para os vinhos de altitude, o que vai impactar na normatização da produção com parâmetros mais rígidos, maior qualidade e potencialidade para abrirmos mais mercado nacional e internacional. Quais as tendências para o futuro do enoturismo na região?
Os indicativos de produtividade vinícola, qualidade dos produtos e dados econômicos nos apresentam uma tendência: a vitivinicultura veio para ficar e suplantar muitos setores na Serra Catarinense. A quantidade de vinícolas que já temos, e os novos empreendimentos que estão surgindo, reforçam a cada ano a importância socioeconômica do setor para toda região. Inclusive, o IFSC Campus de Urupema é pioneiro em SC com seu curso de Viticultura e Enologia, formando novos profissionais para atuarem no setor.
VILLAGGIO GRANDO Fundada em 2003, localiza-se no KM 109 da Rodovia SC-350, no município de Água Doce. É reconhecida pela qualidade e trajetória. Sem dúvidas, uma excelente alternativa para passar bons momentos em companhia diante da presença marcante da natureza.
Telefone: (49) 3563-1188 A proximidade com o meio é um aspecto marcante da Villaggio. Foto: Vinho de Altitude
PERICÓ VALLEY Considerado um dos pontos mais altos do estado, abriga a vinícola Pericó. São Joaquim é conhecida pela ocorrência de neve, e o lugar onde estão os vinhedos não foge à regra. A Pericó surgiu em 2003 e, desde então, tem se fortalecido como referência entre as vinícolas da região serrana. Telefone: (49) 3233-110 O cuidado garante a exclusividade dos vinhos. Foto: Vinho de Altitude
Ferri idealizou o projeto História & Vitivinicultura. Foto: Acervo pessoal 6 | CARTÃO POSTAL | Edição 1 | Julho 2019
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ual a hora certa para dar uma prova de amor? No caso de Angelo Spricigo, 104, o falecimento da esposa Maria, em 1998, não o impediu de expressar seu carinho por ela.
Angelo Spricigo relembra sua trajetória ao lado da filha, Eni. Foto: Museu Angelo Spricigo Angelo Spricigo relembra sua trajetória ao lado da filha, Eni. Foto: Museu Angelo Spricigo
Maria dedicara sua vida à arte de costurar para os habitantes de Concórdia-SC. Já o marido, natural de Urussanga, passara pela construção civil e, anos depois, viria a exercer a função de sapateiro. Desde sua chegada ao solo concordiense, Spricigo tornou-se parte da história local, ganhando a simpatia dos moradores com seu amor ao trabalho e valorização do diálogo com os moradores. Sua trajetória na cidade confunde-se com o surgimento da marca Sadia, fundada pelo vizinho Attílio Fontana. Durante anos, Spricigo foi responsável por confeccionar e consertar sapatos dos funcionários da fábrica. Após a partida de Maria, o empenho do sapateiro, aliado ao sentimento de saudades da esposa, o deu forças para manter vivo o legado de quem esteve ao seu lado por décadas. Para tornar este sonho realidade, nada melhor que preservar a memória de Maria através do equipamento mais utilizado por ela: a máquina de costura.
“Na esquina, a casa a edificar Uma grande história a começar Logo ali, na residência Fontana Memórias a se eternizar Do empresário a se transformar”
Entre o passado... e o futuro 8 | CARTÃO POSTAL | Edição 1 | Julho 2019
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Uma, duas três… pouco a pouco, o número de máquinas na residência Spricigo aumentou, constituindo um acervo promissor nos espaços antes ocupados pelos tecidos e agulhas. “Isso despertou no Sr. Angelo uma vontade de mexer com máquinas. Ele foi ao ferro velho da cidade, comprou mais quatro ou cinco máquinas e começou a restaurá-las.”, relata o neto, Valdecir Giotto, 59. Mas a ideia de reunir máquinas de diferentes modelos e tamanhos não parou por aí. Nos anos seguintes, o acervo recebeu equipamentos de diversas nacionalidades, entre compras efetuadas por Spricigo e doações de entusiastas. Mesmo com o sonho do sapateiro em expansão, o Museu que leva o nome do viúvo viria a ser inaugurado apenas em 2013, quando ele completou 98 anos. Sob a gestão do neto, o Museu significou a continuidade de um ciclo marcado pela prática da busca por máquinas, e contou com o apoio de pessoas próximas para continuar crescendo. “O Hernilo Rhoden, que é um amigo do Sr. Angelo, ia visitar a mãe no Rio Grande do Sul e trazia muitas máquinas. Ele passava, comprava, trazia para o Museu e vendia para o Sr. Angelo”, relata Giotto.Atualmente, o Museu conta com 1.744 exemplares de máquina de costura. “A maior parte provém de doadores individuais”, explica. A quantidade de máquinas tonrou o Museu o detentor do maior acervo do gênero na América Latina, feito que aumentou ainda mais sua visibilidade. Entre as conquistas, está sua inserção no Guia Turístico Ilustrado, lançado pela Prefeitura Municipal de Concórdia em 2017. O material inclui alguns pontos turítsticos do município, e foi lançado com a presença da equipe do Museu. A atendente Valdéria Reali, 50, trabalha no Museu desde o ano em que o Guia foi lançado, e vê em todos os momentos uma oportunidade para trocar experiências com os visitantes. “A cada dia eu aprendo muito com eles”, destaca.
Muitos vêm de longe para conferir o que está guardado nas prateleiras, além da sala onde estão as antigas ferramentas de sapateiro pertencentes a Spricigo. O interesse em observar o conjunto de máquinas do Museu tem motivado turistas a visitá-lo. De acordo com Giotto, a expectativa é concluir 2019 com número recorde de visitas. “Estamos com a meta de ultrapassar a marca de 2.000 visitantes”, explica. Entre as atividades desenvolvidas no Museu, está um curso de costura oferecido gratuitamente. Além de relembrar a profissão da esposa de Spricigo, o projeto visa fomentar a valorização da mesma. Até o momento, o curso já formou 26 turmas, totalizando 132 alunos, e passou a ser fonte de renda de muitos que aprenderam o ofício. A historiadora e membro do conselho consultivo do Museu, Dirlei Klein, 55, lembra com carinho acontecimentos que observou no curso. De acordo com ela, uma aluna diagnosticada com depressão teve sua rotina transformada quando começou a frequentar as aulas. “A gente conseguiu propiciar para ela um sentido da vida”, conta. Outra ação desenvolvida no Museu é o uso de tecidos descartado por empresas locais para a produção de novos materiais. Trata-se do projeto Sustentabilidade, que disponibiliza um banco de tecidos para reciclagem. Mais que a realização de um sonho, a trajetória do acervo de máquinas de costura é um indicativo das mudanças ocorridas em Concórdia com o passar do tempo. A figura de Spricigo confunde-se com o desenvolvimento econômico do município, hoje fomentado pelas iniciativas de seu Museu. A construção das memórias relacionadas ao Museu é fortalecida pela presença do próprio Spricig. Ele ainda reside na casa em cujo porão o acervo se localiza, e inspira os visitantes a construir um legado. “A cada instante, nos estamos deixando uma contribuição cultural, histórica e social. Nós somos os atores de nossa história.”
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Spricigo ao lado da esposa. Foto: Renan Schwingel
Máquina da marca Philips. Foto: Museu Angelo Spricigo
Spricigo celebra as conquistas do acervo. Foto: Museu Angelo Spricigo
1915 Angelo Spricigo nasce em Urussanga-SC
1935 Casa-se com Maria de Oliveira
1945 Muda-se com a família para Concórdia-SC
1972 Afasta-se do trabalho por motivos de saúde
1997 Maria falece aos 85 anos de idade
2013 Museu Angelo Spricigo é inaugurado
2017 Cria-se o Curso de Costura no Museu
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A arara-canindé está sob risco de extinção devido à caça ilegal. Foto: Pixabay
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região Norte é a maior em termos de extensão territorial. É por ela que passa o Rio Amazonas, um dos rios mais longos do mundo, lembrado por turistas de todas as partes do globo que visitam o país. Mas os incontáveis encantos da região vão além da água: em terra firme, a presença das populações que fincaram raízes às margens de afluentes do rio representam um Brasil plural em sua essência. Com grande número de terras indígenas demarcadas, o Norte é onde diversas tribos manifestam sua existência através de expressões culturais como danças, festas, rituais religiosos, músicas e outras formas de expressão. Diante de manifestações capazes de criar elos entre passado e presente, vale a pena ter em mente a contribuição dada por esta região à ideia de brasilidade, levantando um alerta para que a riqueza histórica e cultural dos povos indígenas seja preservada e reconhecida. É preciso, mais do que nunca, olhar para um futuro de compreensão e diversidade dentro de nosso próprio território. Estado: Acre População: 769.265 Capital: Rio Branco Estado: Amazonas População: 4.081 milhão Capital: Manaus Estado: Amapá População: 859.494 Capital: Macapá Estado: Pará População: 8.578.051 Capital: Belém Estado: Rondônia População: 1.787.279 Capital: Porto Velho Estado: Roraima População: 576.568 Capital: Boa Vista Estado: Tocantins População: 1.555.229 Capital: Palmas
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ETERNO LUAR Por: Renan Schwingel Em um vilarejo a 50 quilômetros de Manaus, o tempo parece não passar. A lentidão substitui a correria e a realidade difere de todos os outros lugares. Não há relógios, nem aparelhos. A eternidade é percebida pelo céu estrelado que se recusa a partir. Eis o único horizonte para os poucos que ainda vivem ali. Aos que ficaram, resta o segredo da escuridão, guardando em cada estrela a esperança de que, algum dia, a lua dará lugar a um amanhã diferente. A fonte de água que os sustenta é o riacho que deságua no Amazonas. É lá que uma jovem de cabelos castanhos, acompanhada de uma benzedeira, fazem o rito sagrado de chegada: a jovem está prestes a dar à luz, agarrando-se aos galhos espalhados pelo chão e tendo como teto as mesmas estrelas que intrigam seus conhecidos. Nada pode tirar a escuridão do céu, assim como nada pode ser mais intenso que o instante em que o novo ser vem ao mundo. Contrariando a própria vontade da mãe, seus olhos não resistem e caem em sono profundo, deixando para traz o sonho de carregar o recém-nascido nos braços. A sábia, ainda com os rastros do nascimento em mãos, ouve em silêncio o choro que simboliza o iniciar de mais uma vida. É neste momento que, prostrada diante da Lua, a mulher jura que o bebê que permitiu nascer transformaria muitas vidas. “Haverá um tempo de luz”, afirma a velha, erguendo o filho da jovem ao incessante luar. Os anos se passam e, com eles, o céu do vilarejo permanece como sempre foi. A inércia segue intocada, e o menino criado pela benzedeira torna-se, a cada dia, o sopro de vitalidade que enche a todos com a alegria de sua presença e o amor pelas águas. Eis que, em mais um dia sob a mesma constelação, ele parte para o riacho ao lado do qual nascera anos antes e embarca na água corrente, com coragem nunca antes vista. Ele desaparece. mas a luz surge pela primeira vez no céu do vilarejo. 14 | CARTÃO POSTAL | Edição 1 | Julho 2019
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Você precisa conhecer... A região Norte corresponde a quase quatro milhões de quilômetros quadrados, ou seja, cerca de 42% do território nacional. Seu tamanho, porém, não é o único aspectoa ser lembrado. Os ecossistemas existentes na Floresta Amazônica permitiram a formação da biodiversidade hoje observada na região, que sofre com o crescente desmatamento. O extrativismo desempenha participação considerável na economia local, movimentada também pelo polo industrial de Manaus. É lar do Festival de Parintins, mundialmente lembrado por seu tributo às tradições e culturas que formam a identidade brasileira.
MUSEU TIRADENTES Inaugurado em 1984, está instalado no Palacete Provincial, em Manaus. Seu acervo contém a história da Polícia Militar do Amazonas, incluindo documentos, equipamentos, uniformes, condecorações e prêmios recebidos pela corporação Após alguns anos fechado, foi reaberto ao público em março de 2009.
Telefone: (92) 3631-3632
A fachada do Palacete deperta a curiosidade dos turistas. Foto: Girlene Medeiros
BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ Sua construção começou em 1909, tendo sido inaugurada 14 anos mais tarde, em Belém. Foi uma das primeiras basílicas brasileiras, e apresenta traços neoclássicos em seu estilo arquitetônico. É ponto de encontro de fiés católicos em celebrações religiosas, sendo a principal delas o Círio de Nazaré. Seu altar continua sendo espaço para missas e outras atividades que envolvem a fé dos paraenses.
Telefone: (91) 4009-8400
A Basílica é a terceira mais antiga do país. Foto: Arquidiocese de Belém Julho 2019 | Edição 1 | CARTÃO POSTAL | 15
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As luzes da maior cidade do país dão o tom da rotina na Terra da Garoa. Foto: Pixabay
#SUDESTE
SÃO PAULO
MINAS GERAIS
ESPÍRITO SANTO
RIO DE JANEIRO
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#SUDESTE
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Você precisa conhecer... Localizado em Aparecida-SP, o maior templo católico brasileiro foi aberto aos visitantes em 1980. Foto: Pixabay
Além de abranger as maiores metrópoles do país, a região Sudeste é marcada pelos nítidos contrastes entre ontem, hoje e amanhã. Em algumas localidades do interior de São Paulo, por exemplo, é possível sentir a nostalgia do cantar dos pássaros identificado com o meio rural. Já no círculo urbano, o estímulo à inovação e o surgimento de novas tecnologias deu novas caras aos quatro estados que contribuem economicamente e culturalmente com todos os brasileiros.
MUSEU DO AMANHÃ Concebido de forma inovadora, busca proporcionar o contato com o futuro na capital carioca por meio de exposições e projetos de ciências aplicadas. Entre as iniciativas desenvolvidas, está o projeto Amigos do Museu do Amanhã, que reúne pessoas dispostas a financiar atividades do Museu. O ingresso custa R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia
A inovação também está presente na estrutura física. Foto: Museu do Amanhã
Telefone: (11) 3812-1800 A inovação também está presente na estrutura física. Foto: Museu do Amanhã
Curiosidades da Fé 1. Durante o ano de 2017, o Santuário Nacional de Aparecida alcançou a marca de 13 milhões de visitantes. O recorde deveu-se às comemorações relacionados aos 300 anos do encontro da imagem, motivo pelo qual muitos peregrinos partiram rumo ao Santuário naquele ano.
2. Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem está presente no Santuário, foi declarada Padroeira do Brasil em 1930. Desde 1980, o dia 12 de outubro é a data de celebração de sua festa litúrgica.
3. No subsolo do Santuário, encontra-se a Sala de Promessas, que existe 1974. É lá que devotos de Nossa Senhora oram por sua interecessão, além de agradecer pelas conquistas através de fotos e cartas. 18 | CARTÃO POSTAL | Edição 1 | Julho 2019
FAROL DE SANTA LUZIA Quem ordenou sua construção em meados do século XIX foi o Barão de Cotegipe, membro do então Partido Conservador. Com 12 metros de altura, o Farol, seu objetivo inicial era colaborar com o trânsito de embarcações em Vila Velha, no Espírito Santo. As visitas são gratuitas, e podem ser feitas em grupo.
Telefone: (27) 3349-3898
Farol foi reinaugurado em 2018. Foto: Prefeitura de Vila Velha
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A cidadde de Bonito no Mato Grosso do Sul, é o lar de cavernas exuberantes. Foto: Ministério do Turismo
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Mergulhar nas águas cristalinas de Bonito é uma atividade altamente procurada. Fotos: Ministério do Turismo Julho 2019 | Edição 1 | CARTÃO POSTAL | 21
#CENTRO-OESTE
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Você precisa conhecer...
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Engana-se quem pensa que a região onde fica o Pantanal carece de outras atrações turísticas. A variedade climática presente no Centro-Oeste favorece o surgimento de opções bastante diversificadas, que vão de caminhadas sob o sol escaldante até tardes junto aos animais aquáticos dos parques naturais. Há alternativas para todos os gostos e idades, basta abrir mente e coração para descobrir o que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocatins, Goiás e Distrito Federal tem a oferecer.
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PARQUE DO RIO DA PRATA
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Bonito-MS
Grande nome do ecoturismo sul-matogrossense, o Parque situa-se na divisa entre os municípios de Jardim e Bonito. É conhecido por valorizar a preservação ambiental e proporcionar aos aventureiros trilhas, mergulho, observação de aves, passeio a cavalo e outras atividades ao ar livre. As visitas devem ser agendadas por meio de uma agência de turismo credenciada.
Telefone: (67) 99668-7246
Experiências únicas são oferecidas aos turistas. Foto: Parque do Rio da Prata
PARQUE MÃE BONIFÁCIA
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Localizado em uma área de quase 80 hectares na capital do Mato Grosso, o Parque impressiona pela organização. Diversas espécies habitam o espaço, permitindo que famílias o visitem e desfrutem do belo cenário simultaneamente. Há também trilhas em meio às árvores típicas do Cerrado e equipamentos para ginastas, atrativos de uso gratuito.
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Telefone: (65) 3623-4965 22 | CARTÃO POSTAL | Edição 1 | Julho 2019
Parque é a opção favorita de atletas. Foto: Parque Mãe Bonifácia
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#NORDESTE
#NORDESTE
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Cordel às Mães Por: Renan Schwingel Amável figura piedosa Coração estampado no peito Comanda o lar, o país e a prosa, Mãe é mãe de todo jeito Mas todas tem algo em comum, Não tem defeito nenhum Só fazem trabalho bem feito. Vejo mãe empurrando o carrinho, Que ainda dá de mamar Mas outras têm filho grandinho Precisa muito ensinar A ir contra ao malfazejo Para assim suprir o desejo De nunca ter que se preocupar. É nítido no olhar delas O belo sol que resplandece Desde o temo das caravelas Coração de mãe padece Ao ver a tortura reinar E a injustiça perdurar Qualquer uma se entristece.
A pesca é uma das atividades que fazem parte da economia da região. Foto. Pixabay
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#NORDESTE
#NORDESTE
Você precisa conhecer... Sem dúvidas... Batalhadoras Seu espelho é Maria Sagrada Em qualquer circunstância... Acolhedora Mãe rainha, em vigília louvada. Padroeira da comunidade, Que às almas espalha bondade Por ela toda a mãe é abraçada.
A dor do parto nem sempre é sentida Porém, o amor é igual, Criança, às vezes, crescida. Recebe a mãe ideal Que no ventre não carregou, Mas no fundo sempre sonhou Em dar no filho um abraço colossal.
Terra do frevo, acarajé e bumba-meu-boi. Terra dos sonhos de tantos corações meninos. Terra do cordel, que converte tais sonhos em realidade com um pano de fundo solar e vívido. É, enfim, a terra da felicidade pertencente a todo brrasileiro. Com praias que enchem os olhos de quem passa pela orla, o Nordeste merece destaque pela força das múltiplas identidades que o constituem, afinal, seus estados são a explosão genuína que une o Brasil em uma só voz.
ELEVADOR LACERDA Símbolo da capital baiana, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) em 2011. Foi idealizado devido ao crescimento de Salvador no final do século XIX, tendo passado por várias reformas desde sua construção. Atualmente, seu uso para transporte de pessoas continua ativo. A taxa para utilizá-lo observando a vista trazida por ele é de R$ 0,15.
Telefone: (71) 3611-6817 O Elevador faz parte da história da cidade. Foto: Pixabay
BEACH PARK Do Oriente ao Ocidente Do Oiapoque ao rancho Novo Emociono-me contente E declamo hoje de novo Que tenho minha mãe eleita Como a estrela mais perfeita Para todo esse povo.!
Detentor do título de maior parque aquático da América Latina, o parque localizado em Fortaleza é visitado diariamente por turistas do mundo inteiro. Entre as atrações, estão o Ramubrinká, conjunto de toboáguas em curva, uma área temática infantil e o Insano, que consiste em mais de 40 metros em queda livre. O preço do ingresso varia, e pode ser consultado no site do parque.
Telefone: (85) 4012-3000 O parque é imperdível durante o verão cearense. Foto: CVC
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O Cristo Redentor dá boas-vindas aos povos que têm o Brasil como destino. Foto: Pixabay