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Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos / Mayor of Matosinhos

Luísa Salgueiro

Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos Mayor of Matosinhos

Longe vão os tempos, felizmente, em que os municípios procuravam afirmar-se de costas voltadas uns para os outros, muitas vezes duplicando desnecessariamente equipamentos (e investimentos) que faria mais sentido serem concertados e partilhados. O paradigma mudou e a Maratona do Porto é um excelente exemplo disso. Matosinhos, Gaia e o Porto têm, de há cinco anos para cá, apostado no trabalho conjunto e na organização partilhada de iniciativas e eventos que, pela sua dimensão e escala, efetivamente ultrapassam as fronteiras formais dos concelhos, dirigindo-se, antes, a um público mais vasto e metropolitano. Temo-lo feito em domínios como a dança, a arquitetura ou o desporto, mas também, numa rede mais alargada, em domínios tão decisivos para a qualidade de vida das nossas cidades como os transportes públicos, em que o planeamento estratégico tem, de facto, de ser não apenas supramunicipal, mas também suprapolítico e livres das contingências dos ciclos eleitorais, da mesquinhez paroquial ou das amarras do curto prazo. Esta décima quinta edição da maratona não deve, pois, ser vista apenas como um evento cuja organização e percurso é partilhada por diferentes municípios. Constituindo um estímulo à prática do exercício físico e à adoção de comportamentos mais saudáveis, esta prova é também, e sobretudo, uma forma de contribuir para a melhor qualidade de vida da população, cujos efeitos se notarão amanhã, decerto, mas também no decurso dos anos que aí virão. Gone are the days, fortunately, when municipalities sought to make a name for themselves by turning their backs on each other, often unnecessarily duplicating equipment (and investments) that would have made more sense being coordinated and shared. The paradigm has shifted and the Porto Marathon is an excellent example of this. Over the past five years, Matosinhos, Gaia and Porto have invested in working together and in the shared organization of initiatives and events that, due to their size and scale, actually exceeded the formal frontiers of the municipalities. Instead, they have aimed at a broader and more metropolitan audience. We have done this in areas such as dance, architecture and sports, but also in a wider network of areas that are so decisive to the quality of life of our cities, such as public transportation, in which strategic planning must, in fact, rise above parochial narrow-mindedness or shortterm bonds.

This fifteenth edition of the marathon should not, therefore, be seen only as an event whose organization and course is shared by different municipalities. This competition stimulates physical exercise and the adoption of healthier behaviors, which means it is also, above all, a means of contributing to improving peoples’ quality of life. These effects will certainly be seen not only tomorrow, but also over the coming years.

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