Vizela FC nº9

FCVIZELA

KIKI AFONSO

"FOI UM CONTO DE FADAS"

Capitão despede-se ao fim de quatro épocas e descreve as emoções vividas

BALANÇO FINAL

- Números, factos e figuras de uma época histórica

- Samu e Kiko decisivos à frente

- Buntic, Anderson e Bruno Wilson foram muros atrás

SUMÁRIO

EQUIPA PRINCIPAL UMA ÉPOCA HISTÓRICA CHEIA DE FIGURAS

PÁGS 6-7

PÁGS 4-5

KIKI AFONSO “NÃO QUERIA SAIR DO CAMPO APÓS O FINAL”

PÁGS 16-21

PÁGS 8-13

SUB - 19

RUI CARREIRA

PÁG 23

PÁGS 24 - 25

SUB - 23

OPEYEMI

CRISTIANA TEIXEIRA

PÁG 22

SUB - 18

UM CARROSSEL DE EMOÇÕES

PÁGS 26 - 27

FC Vizela Magazine

Edição 9

Direção Comercial e não Direção comercial

Edição impressa 3

Revista Oficial FC Vizela

Disponível online em: fcvizela.pt

Produção, edição e publicidade:

FORMAÇÃO

E-SPORTS

E-Mail: press@fcvizela.pt

Direção editorial: André Morais

Redação: André Morais, João Rocha, Mariana Silva, Luís Câmara

Fotografia: Jorge Nunes, Jorge Ribeiro

Direção Comercial: Ricardo Moreira

Direção de Design: Luís Câmara

NOTA EDITORIAL

A edição de maio da FC Vizela Magazine sai em junho, mas não é por desleixo, antes por opção. A verdade é que não fazia sentido dar-lhe menos do que tudo nem fazer deste número 9 menos do que uma época tão positiva merece. Assim, preferimos que todos os campeonatos terminassem para lhe apresentarmos agora o balanço completo: todos os números, todos os factos, todas as figuras, quem mais apareceu, quem mais prometeu e todos aqueles que, de uma forma ou outra foram protagonistas em qualquer uma das equipa do clube, das profissionais às amadoras, das seniores às de formação, do futebol às modalidades. É uma edição para guardar. Vamos chamar-lhe a edição de maio/junho.

Paralelamente, e porque é de jogadores que vive o FC Vizela, escolhemos de propósito o Kiki Afonso para assinalar o final de época. Não é segredo para ninguém: o capitão deixa-nos ao fim de quatro anos, no culminar de uma história bonita que fechou de forma poética com a bonita e sentida homenagem no último jogo da época. A entrevista estava prometida para o jogo 100. Foi cumprida numa data ainda mais especial. “Um conto de fadas”, resume o Kiki, que se diz grato ao FC Vizela. Obrigado nós, capitão.

Antes de lhe desejarmos boas férias, aproveitamos a onda para lhe dizer que agora a FC Vizela Magazine só volta em agosto, na edição 10 a que chamaremos de julho/agosto. Também nós vamos de férias e em julho não haveria assim tanto para contar. Em agosto cá estaremos para lhe dar tudo sobre a nova época.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Caros amigos,

A época 2022/23 chegou ao fim. E que época! Nem sempre fácil, é verdade, mas com um balanço muito positivo que simultaneamente nos orgulha e nos obriga a traçar novos desafios para 2023/24. A equipa principal terminou num histórico 11º lugar, com 40 inéditos pontos alcançados. A melhor classificação de todos os tempos traduz o melhor momento de sempre da história do clube.

Como tem sido hábito em Vizela, especialmente no passado recente, vamos continuar a desafiar-nos por mais. E isso obriga-nos a apontar a um novo e mais sólido crescimento em 2023/24. Foi nesse sentido que começámos antecipadamente a preparar o próximo plantel principal para estar pronto para vos continuar a alegrar. Até agosto terão muitas novidades e cá estarei para dar a cara por todas, para assumir cada uma, como sempre fiz. E não serão apenas desportivas, mas também ao nível das infraestruturas.

A equipa A foi o espelho das outras equipas. Todas, sem exceção, partiram dos resultados obtidos anteriormente para fazer ainda melhor. Os Sub-23 apuraram-se pela primeira vez para a fase final da Liga Revelação. Foram sextos, mas há um ano terminaram em nono. Os Sub-19 entraram na discussão do título também pela primeira vez. Foram sétimos a nível nacional. Em 2022/23 foram oitavos na Zona Norte. Os Sub-18 estiveram a um jogo de subirem aos campeonatos nacionais na primeira presença na Divisão de Honra. Os Sub-17 voltaram a não subir, mas não saíram sem festejar e ganharam a Taça Distrital. E os Sub-15, que em 2022/23 desceram, lutaram até ao fim por regressarem ao escalão máximo nacional.

O trabalho foi bom e foi de todos: da estrutura da SAD ao clube, dos treinadores mais conhecidos àqueles que não dão tanto a cara. Foi de toda uma estrutura e de um grupo de adeptos excecional. E foi também da autarquia liderada por Victor Hugo Salgado, de todos os parceiros, patrocinadores e empresas que trabalharam direta ou indiretamente connosco. Acreditem: foram essenciais para este crescimento.

Antes de me despedir, quero deixar uma palavra de apreço e elogio público a todos os que deram o seu máximo e estão agora de partida para novos desafios. O FC Vizela será sempre a vossa casa. Peço o apoio de todos para o novo treinador, Pablo Villar, e sua equipa técnica. É um treinador muito jovem, moderno, ambicioso, exigente e trabalhador. Vejo nele um técnico à imagem da cidade, competente, resiliente, com espírito de luta e superação. Detesta perder, tal como nós, Vizelenses. Unidos conseguiremos atingir os objetivos que desejamos.

Vemo-nos em breve.

Um abraço

KIKI AFONSO

“NÃO QUERIA SAIR DO CAMPO APÓS O FINAL”

O destino é irónico e encarrega-se de oferecer às histórias bonitas um final ainda mais icónico. Foi assim o trajeto de Kiki Afonso no FC Vizela. Quatro anos, 100 jogos e a homenagem a propósito a coincidir com a despedida. O jogo com o Sporting foi de emoções fortes. E só mesmo no fim do dia é que caiu a ficha ao capitão.

A entrevista à FC Vizela Magazine estava prometida para os 100 jogos de Rainha ao Peito e a homenagem habitual. O destino não podia caprichar mais: Kiki Afonso não é um jogador qualquer e o momento tinha de ser especial. Calhou na última jornada, num jogo grande (contra o Sporting CP), por sinal o último pelo FC Vizela ao cabo de quatro anos mágicos. A história será contada nas próximas linhas, mas quem não esteve no estádio tem mesmo de recordar a emotividade do momento no QR Code que disponibilizamos ao lado. Kiki começou por ser surpreendido pela família, depois ouviu aplausos até dos adversários e terminou saudado pelos seus colegas, amigos, adeptos e todos aqueles com quem privou nesta viagem que não vai esquecer. Foi de ir às lágrimas. Mas é com um sorriso que vai querer sempre ser recordado, até porque nestes quatro anos praticamente só houve momentos altos. O futuro imediato é no estrangeiro. Mas depois, quem

sabe, pode regressar a Vizela. “Seria o maior orgulho”, confessa na entrevista que agora pode ler e, dentro de dias, assistir no Youtube do FC Vizela.

Estás a dar esta entrevista no balneário, mas quando chegaste a Vizela, há quatro anos, nem essa possibilidade tinhas, tendo em conta as condições. Quando chegaste, o Vizela não era este Vizela. A tua história acaba por acompanhar a deste clube…

- Na altura o Vizela estava a lutar por algo maior, mas se calhar não sonhava com o que sucedeu. Começando pelo balneário: era pequenino, antigo, agora é assim, toda a gente o adora. Esse é o resumo de uma bonita história e de uma evolução nesta caminhada.

Tinhas estado em vários clubes, mas nunca tanto tempo. O que te fez ser tão sólido em Vizela? Estiveste quatro anos em Vizela, mas tiveste uma despedida que só se costuma ver

em jogadores que toda a vida estão ligados a um clube…

- Nunca me tinha afirmado desta forma, se calhar também por culpa minha. Aqui cativou-me a confiança que depositaram em mim. Não podia desperdiçar esta oportunidade. Com o passar do tempo, os minutos, as subidas, tudo isso me deu muita confiança para trabalhar com mais paixão. Aqui afirmei-me. Estou há relativamente pouco tempo, mas é como tu dizes, parece uma eternidade e saio daqui dessa forma. Fiz parte de uma bonita história que nunca vou esquecer. Vai ficar sempre na minha memória e seguramente na dos vizelenses e dos meus colegas. Fizemos ver a toda a gente que os clubes pequenos podem ser muito grandes. E falo por experiência própria: a união entre todos foi muito bonita.

A Imprensa local colocou-te na galeria dos melhores e mais marcantes capitães de sempre, mas só foste capitão um ano. Porquê essas palavras?

- Enchem-me o coração, enchem-me de orgulho que quem vê de fora pense assim. Não sei porque me veem assim. Sei que aprendi com outros capitães, especialmente o João Pedro, referência deste clube. Aprendi muito com ele e fui vendo o que o Vizela precisava nesta posição de liderança. Foi apenas um ano, mas o que aprendi nos anteriores ajudou-me a capitanear. Não me vou esquecer destas palavras.

Tiveste uma homenagem daquelas. Tinhas noção que as pessoas gostavam assim tanto de ti?

- (Pausa) Não… Não tinha noção mesmo. (Pausa). Não estava mesmo

à espera, foi uma surpresa desde início, com a minha família e a minha segunda família que são as pessoas de Vizela. Sabia que teria algum carinho, porque dei tudo de mim, entregueime de corpo e alma todos os dias, nos treinos e nos jogos. Acho que representei bem o clube, a ser do Vizela, de Vizela, a gostar da cidade e a saber o que as pessoas gostam. Não queria sair do campo após o final, só queria ficar ali até as luzes se apagarem. As pessoas não saíram antes de eu sair. Isso não tem palavras. Só tenho a agradecer. É o mais importante que levo.

Como é que um jogador se refaz de tantas emoções e aguenta mais de 70 minutos num nível alto contra o Sporting?

- Confesso que foi muito, muito complicado. Já no dia anterior foi, porque sabia que o tempo estava a acabar, tinha mais uma oportunidade para estar com os meus colegas, para honrar a camisola do Vizela. Mas nós aprendemos a lidar com as emoções, com tudo o que está à volta. Foi um choque grande porque não estava a contar com a minha família e com tanto carinho das bancadas e da estrutura. Não me lembro bem do jogo, confesso. Mas tentei concentrar-me ao máximo. Penso que consegui. Mas voltou tudo no final do jogo, foi muito forte, um dos dias mais emotivos da minha carreira. Vou guardar para sempre.

A vida de um jogador costuma ser um carrossel de emoções. No Vizela tu quase só tiveste pontos altos. Sonhado era difícil um percurso tão perfeito?

- Sem dúvida. Quando cheguei havia um objetivo claro que era subir à II Liga e conseguimos. Altos e baixos aqui quase não houve. Claro que houve derrotas, mas no fim tudo correu

bem. Foi quase como um conto de fadas. Depois traçamos objetivo de fazer um pouco melhor, mas voltamos a subir. Depois a ansiada permanência que era importante para firmar o clube. E este ano conseguimos isso novamente e de forma antecipada e com recorde de pontos. E paralelamente o clube acompanhou o nosso crescimento. Foi uma história linda, sem pontos baixos. Só temos motivos parta sorrir. Eu saio com um sorriso. Tudo correu bem, tudo foi perfeito.

Vais sempre lembrar-te do Vizela com um sorriso?

- Sim. Já passei por vários clubes, mas nunca tive tanta estabilidade e sucesso como aqui. Penso que não voltarei a ter uma história tão bonita como aqui. Os altos e baixos que tive anteriormente se calhar fora, obstáculos no meu caminho para crescer e estar mais preparado para o desafio que tive em Vizela. Vai ser difícil encontrar um clube que me dê tantas amizades e me faça tão feliz. Há pessoas que já saíram há algum tempo, mas é como se estivessem cá. Essas amizades são sinal também de que eu e o Vizela marcamos a vida dessas pessoas. O Vizela será sempre muito especial e sorrirei sempre que recordar estas memórias.

Vais para um novo clube, uma nova Liga, um novo país. É possível acreditar que possas, um dia, voltar ao FC Vizela?

- Sem dúvida. Se há coisa que sempre quis foi cumprir os objetivos do clube. Mas sempre tive objetivos pessoais e um deles era que nunca ninguém me apontasse nada, fazer o meu trabalho no máximo e de consciência tranquila. Depois do que vi no último jogo, acredito que o fiz bem feito e as pessoas gostaram. Nunca será um adeus, para mim será um até já. Não sei o dia de amanhã e se um dia me disserem que as portas estão abertas e poder voltar a vestir camisola do Vizela, para mim será o maior orgulho e a maior felicidade.

Quando recordares o teu último dia em Vizela, vais chorar ou vais sorrir?

- Vou sorrir, certamente, porque o choro nunca foi de tristeza, mas sim de felicidade e gratidão para todos. O sorriso permanece, é a melhor imagem para ilustrar a ligação ao Vizela e é a sorrir que quero que me recordem.

UMA ÉPOCA HISTÓRICA

CHEIA DE FIGURAS

Aépoca do FC Vizela não foi fácil, desde logo porque teve dois treinadores, algo raro neste clube que fez nascer o receio de as coisas não correrem tão bem com Tulipa como com Álvaro Pacheco. A verdade é que até melhoram bastante logo após a mudança, mas a quebra dos últimos seis jogos acabou por manter médias semelhantes e méritos idênticos nesta época histórica. Álvaro contribuiu com 15 pontos em 13 jogos, Tulipa somou 25 em 21 desafios. O Vizela foi 11º (havia sido 14º há um ano), marcou 34 golos (menos 3 do que em 2021/22), sofreu 38 (menos 20! na comparação) e teve o sétimo melhor goal-average da I Liga, o que lhe podia ter apontado uma classificação melhor e mais condizente com o futebol apresentado.

Na lista de figuras que a seguir detalhamos, há algumas obrigatórias e outras que devemos somar. Buntic foi dono e grande senhor da baliza, Igor Julião assumiu-se finalmente, Bruno Wilson e Anderson foram esteios na defesa, Kiki Afonso sempre a subir à esquerda; Guzzo encontrou como médio mais defensivo um nível que não se via há anos, Claudemir manteve o nível, Osmajic foi uma descoberta goleadora, Nuno Moreira brilhou mais nas tarefas do que nos números, Kiko Bondoso e Samu foram sempre protagonistas. Os factos, números e considerações a seguir explicam o resto.

ONZE MAIS UTILIZADO

A equipa principal foi 11ª classificada numa temporada de mudanças e com dois treinadores. Piorou ligeiramente no ataque, mas foi muito mais coesa defensivamente.

KIKO BONDOSO

O TOTALISTA

Foram 34 jogos a titular em 34 jogos possíveis na I Liga. Querem melhor? Jogou os 68 jogos possíveis desde que subiu com o FC Vizela à I Liga. E ainda mais? Falhou apenas um desafio esta época se contarmos com todas as provas: em Mafra, Taça da Liga, por gestão de esforço. Kiko Bondoso é outro dos que não se esconde e brilha sucessivamente. Esteve ligado a sete golos, com três marcados e quatro assistidos, o último contra o Sporting, na última jornada.

SAMU

O MAIS INFLUENTE

Foram três golos e cinco assistências ao longo de 37 jogos. O médio voltou a ser decisivo – pela terceira época consecutiva – e a jogar a um nível que já não surpreende, tal é a regularidade e influência. Osmajic participou no mesmo numero de golos (marcou oito) mas o sub-capitão foi quem mais saltou à vista. Completou 100 jogos pelo FC Vizela, 200 como profissional e segue em grande forma para 2023/24.

BUNTIC

O MURO

Era fácil bater o recorde de clean sheets do FC Vizela na I Liga – eram apenas duas – Mas Buntic não fez a coisa por menos e fechou a época com 11 em 33 desafios, praticamente igualando o recorde pessoal de 12 em 38. O guarda-redes croata foi uma das figuras da época, fez grandíssimos jogos e melhorou semana após a semana. Foi o segundo melhor guarda-redes da época para o jornal Record.

BRUNO WILSON ANDERSON

A DUPLA

Depois de um 2021/22 com nove duplas de centrais diferentes, o Vizela estabilizou e muito graças a Bruno Wilson e Anderson, uma dupla que se completou e raramente se desfez. O alto rendimento de ambos foi decisivo para que o FC Vizela fosse a sexta melhor defesa da prova. Bruno notou-se pela classe com bola e liderança defensiva; Anderson também foi patrão e marcou três golos. Uma dupla de respeito e que conquistou muito respeito. Das melhores do país.

TOMÁS SILVA

A REVELAÇÃO

Entre aqueles que pouco ou nada se viram na época anterior, Tomás foi quem cresceu mais. E em condições complicadas, pois Álvaro Pacheco (primeiro) e Tulipa (depois) pediram-lhe que se adaptasse à direita da defesa. Muitas vezes jogou como médio ou ala e demonstrou sempre competência. Não foi o lateral titular, mas o registo sempre que jogou é altamente prometedor para o futuro. Passou de 6 jogos e 100 minutos para 26 desafios e 1344 minutos na época finda.

O melhor marcador dos Sub-23 já se estreou na equipa principal e agora quer mais. A história trouxe-o da Nigéria e aponta-lhe uma carreira prometedora. Sonhos há muitos, mas o presente é em Vizela.

“É NO FC VIZELA QUE ME VEJO NO FUTURO”

Nigeriano e ainda na tenra idade dos 19 anos, Monsuru Opeyemi começou a impressionar na época passada nos Sub-19, estreou-se pela equipa principal na primeira jornada da época que agora finda, mas mudou-se depois para os Sub-23. Jogou a médio, extremo e avançado, marcou 7 golos, ofereceu mais um e deu passos sólidos para continuar a evoluir de Rainha ao Peito. O sonho é ser como Luka Modric, mas o presente obriga a trabalhar muito para sentir coisas “que não se explicam” como aquelas que vivenciou no dia que se estreou. “Motivado” para trabalhar ainda mais, o craque africano, que também integra com regularidade as seleções jovens da Nigéria (esteve no Mundial de Sub-17 em 2019 e, recentemente, no apuramento para os Jogos Olímpicos), diz-se pronto para isso e deu-se a conhecer aos adeptos.

Onde começou a tua paixão pelo futebol?

- A minha paixão começou quando eu jogava nas ruas. Nessa altura as pessoas viam-me jogar, diziam-me que eu jogava bem e motivavam-me para jogar mais. Comecei então a jogar mais e o resto das coisas aconteceu naturalmente.

Vieste da Nigéria. Porque é que escolheste o FC Vizela?

- Escolhi o FC Vizela porque sabia que, se viesse para cá, teria mais tempo de jogo para desenvolver o meu futebol e, consequentemente, a minha carreira. Sabia que seria o melhor para mim.

Neste momento, o meu sonho é estrear-me pela equipa principal do FC Vizela"

Fechaste a época como melhor marcador do FC Vizela na Liga Revelação. Qual o sentimento de marcar um golo?

- Não sei como descrever. Sinto-me muito bem, não sei como descrever. Não encontro palavras. Acho melhor saltarmos essa parte (risos).

Numa palavra, como descreverias o FC Vizela?

- Companheirismo

É no FC Vizela que queres dar seguimento à carreira?

- Claro que sim. É a jogar no FC Vizela que me vejo no futuro.

NÚMERO

Este é o número de jogos de Opeyemi de Rainha ao Peito. O nigeriano começou pelos Sub-19, onde disputou 26 desafios em 2021/22. Nos Sub-23, esta época, jogou 23 vezes. E conta ainda uma partida pela equipa principal, em casa do Rio Ave FC.

RAIO X

Imagino que o impacto da mudança tenha sido grande, há muitas diferenças culturais. Quais as maiores dificuldades que sentes na vida em Portugal e em Vizela?

- O mais difícil na vida em Vizela, para mim, é a comida. Mas porque a comida portuguesa é diferente daquela a que estava habituado. Depois a dificuldade em conseguir fazer novos amigos fora do futebol. Tenho os meus amigos na minha equipa, mas quero mais amigos para as coisas serem ainda melhores para mim.

E como sonhar não paga impostos, qual é o maior sonho que tens no futebol?

- Bem, o meu primeiro e maior sonho é jogar numa equipa grande na Europa. Depois é ser o melhor jogador do mundo!

Para já o FC Vizela. Jogaste uma vez pela equipa principal. Qual foi o sentimento?

- Foi diferente, claro. Senti-me motivado para fazer mais, motivado para trabalhar ainda mais duro, motivado para conseguir ter mais oportunidades de jogar pela a equipa principal.

Quem é o teu jogador favorito e porquê?

- Luka Modrić. É ele o jogador que mais gosto. Olho para o que ele faz para me inspirar, quando estou a jogar penso no que ele faz. Vejo-me como ele um dia.

Nome:

Monsuru Abdulsalam Opeyemi

Data de Nascimento: 11/08/2003

Naturalidade: Lagos (Nigéria)

Clubes anteriores: Black Angels (Uganda)

Jogos pelo FC Vizela: 50

Golos: 13

A estreia pela equipa principal motivou-me ainda mais”

ENTRADA EM FALSO CUSTOU TAÇA REVELAÇÃO

SUB-23 TIVERAM MEIA HORA DE PESADELO CONTRA O ESTRELA DA AMADORA. A RECUPERAÇÃO FOI BOA, MAS NÃO BASTOU. TRIUNFO EM PORTIMÃO NA DEFESA DA HONRA.

Afastados das contas da Liga Revelação de forma ainda precoce, o FC Vizela entrou de ambições renovadas na Taça Revelação, mas uma entrada completamente em falso no primeiro jogo, contra o Estrela da Amadora, praticamente matou as ambições da equipa. Em 28 minutos, quatro golos sofridos colocaram em causa as expectativas de apuramento. A equipa acreditou, foi atrás e reduziu para 4-3, mas terminou o jogo praticamente obrigada a vencer os dois seguintes. Isso não aconteceu, essencialmente porque o Estoril foi mais forte no segundo jogo e o resultado do terceiro, em Portimão, deixou de ser relevante para as contas finais. Ainda assim, o brio da equipa conduziu-a a um triunfo que marcou uma posição: sexta melhor na Taça Revelação, curiosamente a

05/05/2023

FC VIZELA 3-4 CF ESTRELA DA AMADORA

Local: Estádio do CD Aves

Árbitro: Micael Pereira (AF Coimbra)

FC Vizela: Ahmed Nader; Tiago Carvalho (c), Luiz Neto, Gonçalo Cunha; Hugo Oliveira (Rafael Lopes 85’), Luís Marrugo (Jota Rego 69’), Alejandro Alvarado, Sylvestre Costa (Gabriel Carvalho 58’), Monsuru Opeyemi, Leyner Palácios (Patrick Bohui 69’), Hassan Usman (Tiago Ventura 46’);

Suplentes não utilizados: Martim Pereira, Guilherme Sequeira, Adulai Candé

Treinador: Joel Sampaio

CF Estrela da Amadora: Guilherme Fernandes; Afonso Pinto, Caiser Gomes (c), Rafael Tavares; Didier Mosquera (Weslei Ferreira 46’), Samuel Njoh, Manuel Figueiredo (Hugo Costa 58’), Michel Rodrigues; Brenner Santos (Lucas Santana 74’), Isnaba Graça (Ekanga Ondoa 58’), Luan Farias (Tiago Antunes 46’)

Suplentes não utilizados: Martim Duarte; Miguel Pinto; João Faria; José Dramé; Tomás Oliveira; Kénio Cabral; Tomás Gutierres.

Treinador: Nuno Marques

Golos: 0-1 Brenner Santos (8’); 0-2 Isnaba Graça (12’); 0-3 Samuel Njoh (16’); 0-4 Isnaba Graça (28’); 1-4 Opeyemi (49’), 2-4 Opeyemi (72’), 3-4 Hugo Oliveira (77’ gp);

mesma classificação do campeonato. Opeyemi (3 golos) e Ventura (2 golos)

foram quem mais se destacou nesta reta final da época.

10/05/2023

FC VIZELA 2-4 GD ESTORIL PRAIA

Local: Estádio do CD Aves

Assistentes: José Meireles e Luís Pinto

FC Vizela: Manuel Baldé; Hugo Oliveira (Jota Rego, 63’), Luiz Neto, Tiago Carvalho (C) e Gonçalo Cunha; Luis Marrugo (Hassan Usman, 63’) e Alejandro Alvarado (Patrick Bohui, 88’); Leyner Palacios (Gabriel Carvalho, 74’), Monsuru Opeyemi e Sylvestre Costa (Guilherme Sequeira, 88’); Tiago Ventura. Suplentes não utilizados: Thiago Pereira, Emmanuel Adeyemo, Rafael Lopes e Adulai Candé.

Treinador: Joel Sampaio

GD Estoril Praia: Diogo Dias; Mabrouk Rouai, Diogo Ramos (C), Martim Filipe e Ricardo Fernandes (João Freitas, 86’); Michel Costa (Finn Dicke, 55’) e Fran Pereira; Bruno Amado (Rodrigo Conceição, 80’), Ivan Pavlic (Diogo Grima, 86’) e Allison Souza (Cauê Alves, 55’); Rodrigo Ramos.

Suplentes não utilizados: Francisco Lemos e Rafael Piteira.

Treinador: Pedro Guerreiro

Golos: 0-1 Allison Souza (12’), 1-1 Monsuru Opeyemi (20’), 1-2 Bruno Amado (33’), 1-3 Rodrigo Ramos (49’), 2-3 Tiago Ventura (58’) e 2-4 Ivan Pavlic (61’).

16/05/2023

PORTIMONENSE SC 0-2 FC VIZELA

Local: Estádio dos Dois Irmãos (Portimão)

Árbitro: Ricardo Bogas (AF Lisboa)

Portimonense SC: Gabriel; Ricardo Sousa (c), Matheus Brito, Diogo Cardoso, Midana, David Vieira (João Nobrega 46’), Tiago Carvalho, Vanio (Guga 46’), Sawada (Asano 46’), Toki (Hélio 60’), Daniel Souza (Luiz Henrique 64’)

Suplentes não utilizados: Igreja, Diogo Rodrigues.

Treinador: Dyego Coelho

FC Vizela: Hamad Nader; Tiago Carvalho (Rui Carreira 71’), Luiz Neto, Emmanuel Adyemo, Guilherme Sequeira (Sylvestre Costa 71’); Luís Marrugo (Martim Boloto 64’), Adulai Candé, Jota Rego; Leyner Palácios (Rodrigo Ramos 29’), Monsuru Opeyemi (Martim Fortes 64’), Tiago Ventura;

Suplentes não utilizados: Martim Sousa, Rafael Lopes.

Treinador: Joel Sampaio

Golos: 0-1 Tiago Ventura (6’), 0-2 Tiago Ventura (40’)

FINAL NÃO APAGA BOA ÉPOCA

Aequipa de Sub-23 melhorou o desempenho da época anterior e conseguiu apurarse com brilhantismo para a fase final da Liga Revelação, onde alguma falta de sorte a impediu de se afirmar, para já, candidata ao título. Taça Revelação confirmou queda a terminar, mas não apagou os bons valores que se revelaram.

Evolução e crescimento são algumas das palavras que podem definir a época dos Sub-23. O segundo lugar na Fase Regular da Liga Revelação reflete o potencial da equipa e alimentou a expectativa de se poder conseguir mais na fase final, mas a equipa não foi feliz num ou outro jogo a abrir e, depois, a correr atrás do prejuízo acabou por não conseguir evitar o último lugar da Fase Final de apuramento de campeão.

Apesar de terminarem a época com uma vitória em Portimão para a Taça Revelação, os Sub-23 foram forçados a ir de férias precocemente, uma vez que o terceiro lugar na fase de grupos da competição não permitia o acesso às meias-finais. Na verdade, a Taça Revelação surgiu numa fase menos

A FIGURA HUGO OLIVEIRA

positiva da época, onde o elevado grau de exigência da Fase de Apuramento de Campeão da Liga Revelação não permitiu aos nossos Sub-23 manter os bons resultados até então e a qualidade de jogo apresentada na Fase Regular da prova. Isto numa altura em que a equipa já ia no terceiro treinador. Nuno Braga fez a Prova de Abertura e as duas primeiras jornadas da Taça Revelação. Terminou com duas vitórias, um empate e três derrotas, todas na primeira prova, ainda com a equipa a meio gás. Seguiu-se Tulipa, que venceu seis dos sete jogos que disputou, perdendo apenas o último. Promovido então dos Sub-19, Joel Sampaio entrou na fase mais complicada, mas confirmou o apuramento para a Fase Final, onde os resultados que se seguiram não conseguiram evitar o último lugar, ainda que a equipa se tenha batido sempre pelos três pontos e, em alguns dos jogos, tenha merecido claramente mais.

No que diz respeito à totalidade da época dos Sub-23 foram contabilizadas 11 vitórias, 4 empates e 14 derrotas. Já relativamente a golos, o plantel somou 47 tentos a favor e sofreu por

Hugo Oliveira é um dos nomes incontornáveis deste plantel, sendo uma mais-valia nesta equipa, especialmente antes de se lesionar, à entrada da fase de discussão do título. O jovem lateral, para além da segurança defensiva, apresenta argumentos muito interessantes no que diz respeito à confiança em assumir o jogo e “arriscar” dar profundidade à lateral vizelense. Reflexo disso são os 5 golos apontados, alguns também de penálti, o que revelam um jogador cada vez mais completo. Já faz parte da equipa principal e segue com confiança renovada para 2023/24, depois de ter sido suplente utilizado na penúltima jornada do campeonato, na Madeira, frente ao CS Marítimo.

51 vezes. Contudo os valores que aparentam não ser tão positivos não refletem o trabalho e os resultados atingidos, nomeadamente o inédito segundo posto na Fase Regular da Liga Revelação e primeiro apuramento da história para esta equipa, que concluiu apenas a segunda participação neste modelo da FPF.

SEMPRE PRESENTES

TIAGO CARVALHO, JOTA, LUIZ NETO

Na lista de chamadas temos dois jovens que responderam sempre “Presentes!”. Falamos de Tiago Carvalho e Jota. Com 29 presenças nos 29 jogos disputados pela equipa na época, estes são os nomes dos totalistas. De destacar ainda Luiz Neto, que apesar de contar com 27 aparições, esteve em campo por 2320 minutos, ficando atrás apenas do recordista Tiago Carvalho que somou 2351 minutos de jogo.

BALDE

ONZE MAIS UTILIZADO

LUIS MARRUGO MONSURU OPEYEMI

Individualmente falando, existe até alguma dificuldade em destacar alguns nomes num grupo marcado pelo coletivo. Contudo, principalmente

A MURALHA MANUEL BALDÉ

na fase final da época, um elemento destacou-se dos demais, com agilidade e faro de golo como principais marcas. Falamos de Monsuru Opeyemi, o nigeriano de 19 anos que conquistou o título de melhor marcador do plantel, com 7 golos apontados na conta pessoal. Os cinco golos e outras tantas assistências de Hugo Oliveira impressionam para um lateral. A qualidade de Alejandro Alvarado fezse sempre notar, tal com a de Ventura, prejudicado em números por uma lesão que lhe custou algum tempo, mas não o impediu de se despedir em grande, com um bis no último desafio da temporada, em Portimão. Tiago Carvalho, Luiz Neto, Tiago Ventura e Luís Marrugo foram também elementos-chave e dos atletas com mais minutos da formação orientada por Joel Sampaio.

HOMEM–GOLO OPEYEMI

Com 12 aparições, as mesmas que Ahmed Nader (colega de posição), Baldé mostrou corresponder às expetativas que nasceram na época passada. Certamente as presenças nos treinos do plantel sénior foram cruciais para o desenvolvimento significativo do nosso jovem guardião. Apesar dos 23 golos sofridos ao longo de toda a época, foram verificados pormenores decisivos assim como elevados níveis de confiança e segurança entre os postes.

Natural da Nazaré, Rui Carreira começou a jogar futebol em 2009, no clube da sua terra. De 2011 a 2020 esteve na formação do Sporting CP e, em 2021, assinou pelo FC Vizela. Com mais de 50 jogos de Rainha ao Peito, repartidos por duas temporadas, o central tornou-se indiscutível, assumiu-se capitão e ajudou a equipa a chegar à segunda fase da nacional de juniores. Agora quer viver tudo novamente, porque os sonhos vão-se construindo com o tempo. Conheça melhor Rui Carreira.

Onde começou a tua paixão pelo futebol e como foi o início deste trajeto?

- Desde muito cedo, desde miúdo que sabia que a minha paixão era o futebol. Comecei a investir na minha carreira logo aos 5 anos, entrei na formação dos Nazarenos e percebi desde muito cedo que esta era a minha paixão. Com seis anos tive a sorte de poder entrar na formação do Sporting CP, mas depois tornou-se cansativo para mim, porque treinava na Nazaré e aos fins de semana tinha de ir para Lisboa.

Queres contar-nos como é que chegaste ao FC Vizela e porquê a escolha?

- Na altura que saí do Sporting CP, o meu empresário apresentou-me várias propostas de clubes, mas o FC Vizela saltou-me logo à vista por ser um clube que tinha acabado de subir à I Liga. O projeto de futuro era bom e eu decidi acreditar neste neçe. Tenho-me apercebido de que fiz uma boa escolha em ter acreditado no FC Vizela.

Sentiste-te em casa no primeiro momento ou custou a adaptação, depois de tantos anos no Sporting CP?

- Senti-me bem acolhido logo no primeiro dia em que cheguei. Todos me trataram super bem, o João Ribas,

Senti-me bem acolhido em Vizela logo no primeiro dia em que cheguei”

que na altura era o nosso team-manager, acolheu-me logo muito bem, juntou-me ao resto da equipa e até os próprios colegas me fizeram ver que tive imensa sorte ao chegar aqui. Isto na comparação com os grupos em que estive.

O defesa-central foi o capitão da época histórica dos Sub-19 e abre-nos a porta do sucesso da equipa, ao mesmo tempo que se dá a conhecer e aponta a um futuro bonito no FC Vizela.

“TENHO MUITOS SONHOS PARA REALIZAR”

Já que falaste em ser capitão de equipa, para ti é fácil sê-lo ou acrescenta responsabilidade extra ao teu desempenho?

- Não é nada fácil. Acresce muita responsabilidade, porque tenho de ser um exemplo para o grupo, tenho de ser o primeiro a dar tudo, tenho de dar a cara pela equipa e isso é sem dúvida uma responsabilidade extra.

Que balanço fazes da temporada que agora terminou, individual e coletivo?

- O balanço individual é positivo, também porque o coletivo correu bem. Fizemos história, chegamos à segunda fase da nacional de juniores e, mesmo que a segunda volta não tenha corrido tão bem, a história já ninguém nos tira.

E um sonho já cumprido? Tens?

- Os meus sonhos têm de ser pensados passo a passo, conforme o que vou andando. Já concretizei vários sonhos, mas todos à medida que ia avançando na minha carreira, que ainda é curta.

Então, qual é o próximo sonho a realizar?

- Estrear-me pela equipa principal do FC Vizela.

NÚMERO

Jogos de Rui Carreira pela equipa de Sub-23. Estreou-se num empate 0-0 em casa do Estrela da Amadora

RAIO X

Nome: Rui Filipe Estrelinha Carreira

Por falar em equipa, o balneário e a família FC Vizela, fazem-te querer ficar e sonhar mais alto?

- Isso para mim é óbvio. Continuo cá porque tenho contrato, claro, mas também porque tenho sonhos maiores do que os que já realizei. Para mim já é um grande sonho estar aqui. Para o FC Vizela, ter os juniores a jogar numa fase final de um nacional é também muito bom. Fizemos história, fizemos com que isto acontecesse a primeira vez neste clube no atual formato. Mas ainda tenho muitos sonhos para realizar, como chegar à equipa principal e, quem sabe um dia, chegar a ser capitão dos seniores. Até agora já realizei alguns sonhos, mas ainda tenho muitos por realizar.

Ser capitão acresce muita responsabilidade, porque tenho de ser o primeiro a dar tudo”

Qual foi o sentimento que viveste quando marcaste o teu 1º golo de Rainha ao Peito?

- Foi inesquecível. Para mim foi muito especial, porque o FC Vizela foi um clube que me acolheu super bem quando eu precisava e marcar um golo por este clube é algo de especial.

Qual é o teu maior sonho de carreira?

- Ganhar uma Champions League ou um Mundial por Portugal.

Data de nascimento: 22/01/2004

Naturalidade:

Nazaré

Altura: 1,85 m

Contrato: Até 2026

Clubes anteriores:

Nazarenos e Sporting CP

Jogos pelo FC Vizela: 56

FINAL A SOFRER

A segunda volta da fase final dos Sub-19 não foi propriamente boa. A equipa venceu apenas uma vez, contra o Alverca, mas há alguns jogos muito pouco conseguidos e outros em que o resultado foi uma verdadeira desilusão, tendo em conta a produção. É esse o caso do jogo em casa do Estoril, no qual o Vizela esteve a vencer 2-0 até aos 73’ e acabou perdido e derrotado com dois golos no período de descontos. Mais triste foi mesmo o final, com goleada caseira sofrida contra um Braga que, em jogos anteriores, nunca se mostrou superior ou tão superior quanto agora o foi. Valeu o triunfo contra o Alverca para animar o espírito e aumentar pontos ao 7º lugar final que a equipa conseguiu, ainda que o sexto (Estoril) tenha beneficiado de três pontos conquistas na secretaria contra o campeão FC Famalicão.

12ª

JORNADA

FC VIZELA 3-2 FC ALVERCA

GD Estoril Praia: Rui Vieira; Óscar Garcia, Miguel Duarte, Vasco Teixeira, João Grenha (Filipe Teixeira, 33′) (Diogo Marques, 79′); Rafael Paulino, Pedro Luz (Guilherme Santos, 79′), Gonçalo Borges (Francisco Cardoso, 33′), Zé Matos, Rodrigo Alves (Sérgio Pendão, 66′)

Treinador: Gonçalo Santos

FC Vizela: Pedro Dinis; Tiago Freitas, João Alves, Rui Carreira, Tiago Abreu, Maga, Califo Baldé (Tiago Brito 66′), António Infante (Martim Boloto, 66′); Ricardo Libório (João Bernardo 88′), Rodrigo Ramos (Lourenço 81′), Martim Fortes (Gonçalo Campos, 88′)

Treinador: João Pacheco

Golos: 0-1 Martim Fortes (16 gp’), 0-2 Libório (35′), 1-2 Ivanildo Siga (73′), 2-2 Miguel Duarte (87′); 2-3 Zé Matos (90+5′)

13ª JORNADA

FC VIZELA 3-2 FC ALVERCA

FC Vizela: Pedro Dinis; Tiago Freitas (Gonçalo Malheiro 67’), Rodrigo Dias, Rui Carreira, Tiago Abreu; Maga (Tiago Brito 76’), Califo Baldé (João Bernardo 67’), António Infante (João Pacheco 59’); Lourenço Teixeira (Gonçalo Campos 67’), Libório, Rodrigo Ramos

Treinador: João Pacheco

FC Alverca: Afonso Capitão, Alexandre Júnior, Tomás Ildefonso, Pedro Correia, Tiago Louro (Gonçalo Silva 85’), David Peres, Ayrton Figueira (Anderson Gomes 66’), Pedro Pato (Tomás Ibraimo 80’), Iuri Borges (João Parreira 46’), Edgar Costa, Mamadjan Colubali (Janickson da Silva, 66’)

Treinador: Rui Capucho

Golos: 1-0 Libório (9′); 1-1 Rodrigo Dias (31’ a.g.) ′), 2-1 Libório (38’), 3-1 Rodrigo Ramos (44’), 3-2 João Parreira (80’)

14ª JORNADA

FC VIZELA 0-6 SC BRAGA

FC Vizela: Thiago Pereira; Tiago Freitas, João Alves, Rui Carreira (C) e Tiago Abreu (João Pacheco, 58’); Tiago Brito (João Bernardo, 66‘), António Infante e Diogo Magalhães; Ricardo Libório (Lourenço Teixeira, 60’), Martim Fortes (Califo Baldé, 66’) e Rodrigo Ramos (Martim Boloto, 58’).

Treinador: João Pacheco

SC Braga: Diogo Águas; Tomás Marques (C), Diogo Pereira, Pascoal e Francisco Chissumba (Guilherme Costa, 77’); Guilherme Barbosa (Fanuel Gomes, 71’), Dinis Gama (Ivo Lopes, 46’) e Diego Rodrigues; Edu Santos, João Costa (Telmo Romeiro, 85’) e Afonso Duarte (Nuno Semedo, 71’).

Treinador: Blessing Lumueno

Golos: 0-1 Afonso Duarte (20’), 0-2 Diego Rodrigues (44’), 0-3 Francisco Chissumba(46’), 0-4 João Costa (51’), 0-5 Nuno Semedo (76’) e 0-6 João Costa (84’).

UMA ÉPOCA PARA NUNCA ESQUECER

Arranque extraordinário dos Sub-19 valeu

Aequipa de Sub-19 foi a sensação na fase inicial da época, demonstrou elevados níveis de qualidade, chamando à atenção todos aqueles que tinham oportunidade de assistir às suas partidas. Após um arranque extraordinário com Joel Sampaio ao comando, os nossos jovens nunca saíram do ritmo e conseguiram a segunda posição da Fase Regular no Campeonato Nacional de Juniores, atrás apenas do FC Porto, com a diferença de 1 ponto. Nessa fase já era João Pacheco que estava ao comando da equipa, mas a verdade é que a qualidade não se perdeu e os resultados nunca quebraram. Na primeira fase, inclusive, somaram mais pontos que o FC Famalicão, formação que mais tarde viria a sagrar-se campeã nacional de juniores mas que, mesmo na fase final, perdeu em casa com o FC Vizela.

OS PATRÕES

RUI CARREIRA

E JOÃO ALVES

O rendimento na Fase de Apuramento de Campeão quebrou um pouco, especialmente na segunda volta. Na primeira os vizelenses ainda somaram 12 pontos em 21 possíveis, mas na segunda só ganharam ao Alverca.

Estatisticamente falando os Sub-19 somaram 17 vitórias, 6 empates e 13 derrotas, nos 36 encontros oficiais da época. O Vizela balançou as redes adversárias por 71 vezes e sofreu por 68 vezes. Os números acabam por traduzir em parte o que foi a época da equipa, marcada por fases extremamente positivas e outras nem tanto na fase final. E mostram também uma equipa altamente vocacionada para o ataque, mas com mais debilidades na defesa. Na Fase Regular no Campeonato Nacional (Zona Norte), os nossos juniores das 22 partidas saíram vitoriosos por 12 vezes, número igualado apenas pelo FC Porto.

OS TOTALISTAS

Se por um lado encontramos o confiante capitão Rui Carreira, pelo outro encontramos João Alves, o atleta com mais minutos somados desta formação. A dupla de centrais mais comum nos encontros dos nossos Sub-19 deu sempre boa resposta e demonstrou o porquê de ser em conjunto, mesmo quando ambos jogam de pé esquerdo. Carreira impressionou também pelo perfil e liderança e foi chamado até para acumular minutos em três ocasiões na equipa de Sub-23. Está pronto para subir de nível e, seguramente, isso vai acontecer.

Apesar da união e do coletivo serem os elementos mais chamativos desta formação, alguns nomes acabam por merecer destaque. Martim Fortes, por exemplo, foi o segundo melhor marcador da Fase Regular no Campeonato Nacional. O ponta de lança apontou 11 tentos na fase em questão (22 jogos), a que somou mais cinco na fase final. Faro de golo tem também o extremo Lourenço Teixeira, que contou 13 tentos e conseguiu mesmo ser chamado à seleção de Sub18. No meio-campo Martim Boloto e Tiago Brito foram os nomes que marcaram a diferença. Rui Carreira demonstrou segurança na defesa, bem como Thiago Pereira, que disse sempre presente quando chamado a intervir.

LOURENÇO TEIXEIRA E RODRIGO RAMOS

Lourenço Teixeira é nome do único totalista dos Sub-19, com 36 presenças em 36 encontros. O avançado fez uma época sensacional a nível individual sendo que, para além da totalidade referida anteriormente, conquistou a medalha de prata entre os marcadores vizelenses com 13 golos. No critério das presenças encontramos outro jovem merecedor de destaque. Falamos de Rodrigo Ramos, o outro extremo da equipa, que participou em 35 partidas, ausentando-se apenas de uma devido à acumulação de amarelos (5º amarelo no jogo anterior). Ramos também jogou e marcou nos Sub-23.

um segundo lugar na Fase Regular no Campeonato Nacional de Juniores e inédito apuramento para a discussão do título. Vários vizelenses destacaram-se e atraíram os holofotes.

ONZE MAIS UTILIZADO

SUPER TRINCO TIAGO BRITO

No meio-campo vizelense respirase qualidade e grande parte da culpa disso deve-se a Tiago Brito. O jovem que atua na posição 6, mas apresenta essencialmente características dum tradicional “box-to-box”, competente na missão defensiva e autónomo no trabalho de construção de jogo, procurando avançar no terreno e ligar o jogo a partir de trás até ao território mais avançado. Com os seus 19 anos, na reta final da época foi presença cada vez mais assídua nos treinos de Tulipa. E, mesmo sendo trinco, consegue desencravar jogos e grandes golos. Que o diga o Benfica…

O GUARDIÃO THIAGO PEREIRA

Outro dos elementos-chave do Vizela encontra-se entre os postes. Falamos de Thiago Pereira, o guarda-redes que se apresentou ao serviço em 23 ocasiões e ainda mais 4 nos Sub-23. Crescimento e evolução são as palavras que melhor definem a época de Thiago, consolidada também com a presença em alguns treinos da equipa principal. A coragem em cada lance, assim como a rapidez e agilidade presentes em cada decisão são pontos fortes de Thiago que, por inúmeras vezes, deu um contributo significativo para a conquista de resultados favoráveis.

O CRIATIVO MARTIM BOLOTO

Se falamos de qualidade no meiocampo do Vizela seria criminoso não mencionar Martim Boloto, uma das peças fulcrais da formação. Martim funcionou como um verdadeiro motor para todo o mecanismo da equipa de Sub19 e destaca-se essencialmente pela simplicidade com que resolve qualquer lance complexo. Além de criativo, é o pensador e temporizador do coletivo e adquiriu cada vez mais propensão para se aproximar da baliza e ligar todos os sectores. No total foram 2655 minutos repartidos entre 32 partidas nos Sub-19 e outras 4 nos Sub-23. Apresentou-se também ao serviço de Tulipa nos trabalhos do plantel principal.

O MATADOR MARTIM FORTES

Sem misericórdia é certamente o pensamento de Martim Fortes na frente da baliza. Com 18 anos de idade o ponta de lança vive um romance com as balizas adversárias, conseguido encontro com as mesmas muito frequentemente.

Em causa estão 16 golos em 31 partidas, número que fazem de Fortes o melhor marcador dos nossos Sub-19. Falamos de um atleta completo com 1.90 de altura, que procura o melhor coletivamente e trabalha muito bem os espaços sem bola, tendo também um excelente posicionamento no último terço do terreno.

DE EMOÇÕES

Equipa esteve quase a alcançar a terceira subida consecutiva e permitiu dar rodagem e experiência competitiva a 56 jogadores de quatro idades distintas.

fase de subida, depois de uma primeira fase de altos e baixos.

Os vizelenses realizaram uma primeira fase quase sempre fora dos lugares de apuramento, embora sem os perder de vista, até que, à 17ª e penúltima ronda, viria a alcançar a última das quatro vagas de acesso à fase de subida, além de Moreirense FC, Brito SC e AD Fafe.

Ficou perto, muito perto, a terceira subida consecutiva de uma equipa do FC Vizela. Aquela que seria uma verdadeira ascensão meteórica, desde que foi ativada a equipa de Sub-18, em 2019.

Numa Divisão de Honra competitiva, cujo grande objetivo passava pela rentabilização de atletas de quatro idades distintas - foram utilizados 56 jogadores - Miki conduziu o FC Vizela à

ONZE MAIS UTILIZADO

CAMPOS

AFONSO DIAS

O equilíbrio na fase de subida foi intenso. O FC Vizela embalava rumo à final com quatro triunfos nas quatro primeiras jornadas. Líderes à entrada para a sexta e derradeira ronda, Pacheco ainda colocou os azuis na frente em Fafe, mas os da casa operaram a reviravolta sobre o minuto 90 e chegaram à final que todos queriam sobre a linha de meta.

Na Taça AF Braga, o FC Vizela ficou pelos oitavos-de-final (derrota com o Ribeirão), depois de ultrapassar SC Leões Enguardas e Este FC.

CRISTIANA TEIXEIRA COORDENADORA DA FORMAÇÃO

“BALANÇO É MUITO POSITIVO, MAS QUEREMOS MELHORAR”

A coordenadora do futebol de formação do FC Vizela fez o balanço do percurso de várias equipas ao longo da época e, mesmo sem subidas, destacou que os principais objetivos foram conseguidos.

Que balanço faz da época da formação do FC Vizela?

- O balanço é extremamente positivo. Aqueles que eram os nossos principais objetivos - potenciar jogadores, oferecer-lhes um bom contexto de treino, proporcionar-lhes um bom desenvolvimento para que seja possível eles ambicionarem chegar aos patamares seniores do clube - todos eles estão a ser cumpridos até então e por isso digo que o balanço é extremamente positivo até ao momento.

Dentro dessa linha, qual é a perspetiva para a próxima temporada?

- É um bocadinho dentro do que foi esta época. Este ano queremos melhorar um bocadinho aquela que é a qualidade dos nossos plantéis mais jovens e, por outro lado, tentar sempre aumentar a qualidade dos plantéis mais velhos, de competição – iniciados e juvenis –para que possamos sempre lutar pela disputa aos melhores campeonatos.

O que se pode fazer para que todas as equipas da formação possam estar nos campeonatos nacionais?

- O sucesso da formação depende muito do sucesso da nossa equipa principal, porque é o fundamental para a nossa imagem que passa para fora. Depois é importante que se trabalhe bem, ou seja, quando digo que se trabalhe bem é que haja treinadores como os que temos atualmente, que são competentes, que permitam transmitir aos meninos aquelas que são as nossas ideias, que possam ajudar a guiar para um caminho que achamos ser o mais correto, o mais indicado para que eles possam conquistar os seus sonhos e também os nossos, porque vê-los no futebol sénior do clube é também um sonho nosso. Ter bons departamentos de análise, de scouting, de guarda-

redes, também é fundamental. Temos apostado imenso e temos tido resultados muito óbvios. Queremos manter isso e, se possível, melhorar mais ainda o trabalho que fizemos esta época.

Mas em que medida seria importante ter as equipas principais todas nos campeonatos nacionais?

- É sempre importante ter as equipas nos campeonatos nacionais por dois motivos: porque os jogadores ficam melhor preparados para o futuro e ajuda no recrutamento. Os jogadores querem todos disputar campeonatos nacionais, estar mais próximos da competitividade. Mas não podemos desvirtuar todo o nosso processo para chegar à participação dos campeonatos nacionais. Sabemos da existência das dificuldades, porque já passámos por elas no passado, mas queremos fazer uma subida sustentável. É óbvio que se me perguntarem o que eu gostava atualmente para os iniciados e juvenis, seria a subida dos Sub-15 à primeira nacional e dos Sub-17 à segunda nacional, mas isso não acontecendo, não irá de todo colocar em causa aquilo que é o nosso trabalho. Sabemos o que fazemos diariamente e, mesmo que isso não aconteça, estamos conscientes de que conseguimos potenciar jogadores, conseguimos oferecer-lhes bom contexto de treino e isso acaba por ser o mais importante. Acredito que os resultados serão consequência daquilo que tem sido o nosso trabalho.

Há seis atletas que assinaram contrato de formação com o FC Vizela. O objetivo é potenciar o futuro dos mesmos ou apresentá-los como exemplo?

- Nós apresentámos uma proposta aos atletas e aos pais. Se eles assinam, sabemos que há condições para que

estes meninos cheguem ao futebol sénior. Depois existem ainda outros fatores. O principal tem a ver com a ambição que cada um tem para o seu futuro. Para além desses seis meninos, temos outros. Iniciámos este processo de assinar contratos de formação na época passada e as coisas têm corrido bem. Atualmente temos o Pedro Dinis nos sub-19, o Afonso que fez o campeonato de sub-18. Estes meninos são no momento os que sentimos que estão mais próximos de lá chegarem, mas o futebol é feito de momentos e nós acreditamos que estes jogadores vão conseguir manter sempre este momento positivo. Claro que não vamos acertar sempre e seguramente há outros com qualidade, mas o futebol é feito de momentos. Nós acreditamos que estes jogadores vão conseguir manter sempre este momento positivo e que, pelo facto de estarmos a assumir este compromisso de forma pública, outros irão à boleia. Portanto, é sempre positivo para nós e depois para o exterior. Vamos investir nos atletas com maior potencial e isso passa a mensagem de que o FC Vizela quer apostar a formação, porque queremos.

Qual é a importância de ter a equipa dos sub-18 a fazer ligação entre o Clube e a SAD?

- É muito importante e isso notou-se este ano, porque permite não só aos atletas que estão atualmente nos sub-19 que não têm tanto tempo de competição poderem jogar semanalmente nessa equipa, mas também perceber que jogadores dos Sub-16 e Sub-17 estão preparados para um contexto de juniores. Aconteceu este ano e quase conseguíamos o feito inédito de uma equipa poder lutar por uma fase de subida. Isso demonstra que temos qualidade. Tanto é que desses atletas que sentimos que existia essa qualidade e essa à vontade quando estavam no plantel de Sub-18, assinámos contratos de formação. Não existindo esta equipa, seria um fosso muito grande entre juvenis e os juniores. Lutámos para que esta equipa continuasse a existir na próxima época.

SUB-17: ÉPOCA DE SABOR AGRIDOCE

Falar da temporada dos Sub-17 é falar de um sentimento agridoce. Um excelente desempenho em duas frentes, sem que tenha sido atingido o grande objetivo, a subida à 2ª Divisão Nacional.

O formato do campeonato, injusto para qualquer uma das equipas que não alcançasse a subida, assim o ditava, mas o FC Vizela, apesar de tudo, ficou perto de uma reviravolta épica.

Lista de Marcadores

17 golos (Romeu)

13 golos (Francisco)

11 golos (Castro)

9 golos (Jorginho)

7 golos (Luís Pinto)

7 golos (Gonçalo Sousa)

6 golos (Pedro)

4 golos (Cruz, Zé Afonso e Isaque)

3 golos (Miguel Pereira, Hugo Alves, Ivo, Dani e Alex)

1 golo (Hélder e Simão)

Autogolos - Rodrigo (Santa Maria) e Gabriel Araújo (Joane)

Depois de garantir confortavelmente o primeiro lugar de série, quer na primeira fase, quer na fase de apuramento de campeão, as coisas não começaram bem em Barcelos, na primeira mão da final, já que os vizelenses trouxeram uma desvantagem de três golos para o decisivo desafio. O certo é que, nesse segundo jogo, o FC Vizela venceu por 4-2 e ainda enviou duas bolas aos ferros, que, se tivessem entrado, seriam suficientes para a subida de divisão.

Antes desta decisão, os pupilos de Paulo Ribeiro conquistaram a Taça AF Braga, ao vencerem este mesmo Gil Vicente por 2-0. O palmarés do clube ficou um pouco mais rico e o certo é que os vizelenses venceram dois dos três encontros que fizeram com o conjunto gilista.

Se em 2021/22, neste escalão, o FC Vizela foi finalista vencido da Taça AF Braga e não atingiu a final de subida, quedandose pelo segundo lugar na fase de apuramento de campeão, a presente temporada traduziu-se num registo evolutivo em ambas as provas, contudo, sem cumprir o grande desiderato que todos desejavam.

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SUB-15 E SUB-16

MANTIVERAM-SE NOS CAMPEONATOS

Além dos Sub-19, a outra equipa a militar nos nacionais, os Sub-15, esteve na luta pela subida à 1ª Divisão, contudo, a segunda fase do campeonato acabou por não decorrer como esperado.

Efetivamente a primeira fase foi muito positiva. O FC Vizela foi, a par do SC Braga ‘B’, uma das duas equipas que garantiu o apuramento para a fase de subida, fruto de uma campanha que teve dez vitórias e dois empates em catorze jornadas, tendo ainda sido a melhor defesa da Série A.

Porém, no seio das melhores formações do segundo escalão nacional, o FC Vizela, que teve Luís Moreira quase meia época ao leme e Rui Martins a seguir, não conseguiu afirmar-se nos primeiros lugares, embora o arranque tenha prometido. Um empate na receção ao FC Porto ‘B’ e duas vitórias sobre o SC Lusitânia, nos Açores, e sobre o União 1919, em casa, faziam acreditar.

Mas cinco jogos consecutivos sem vencer permitiu a ultrapassagem do Almada 2015 e a fuga do destacado CS Marítimo, que acabaram por ser as duas equipas promovidas.

Em Sub-16, o FC Vizela viveu uma alternância de espíritos. Numa primeira fase altamente disputada, os vizelenses chegaram à última jornada a dependerem apenas de si para assegurar a quarta vaga de acesso à fase de subida à Divisão

Lista de Marcadores

14 golos (Léo)

13 golos (Filipe)

8 golos (Manu)

7 golos (Marques)

6 golos (Vlad)

5 golos (Alves)

5 golos (Maks)

5 golos (Sousa)

3 golos (Cunha)

3 golos (Dinis)

3 golos (Vasco)

2 golos (Leão)

1 golo (Rodrigo)

1 golo (Luís)

de Honra, no entanto, uma derrota pela margem tangencial em Pevidém afastou essa possibilidade.

Chegados à fase de manutenção, na qual somente o primeiro classificado de quatro equipas conseguiu garantir o objetivo, acabou por ser o FC Vizela, sobre a linha de meta, a festejar, num cenário antagónico daquele que vivera no fecho da fase regular. Depois de cinco jornadas na segunda posição, um triunfo sobre o Santiago Mascotelos conduziu os vizelenses à liderança e à permanência no seu campeonato.

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STRIKE AVANÇA

A marca FC Vizela está agora também presente num dos jogos eletrónicos mais populares em todo o Mundo. Hoje explicamos-lhe o que é o CS:GO, em que patamar está a nova equipa e como se pode desenvolver esta modalidade internamente.

No mundo dos eSports, nem só de FIFA nem apenas na eLiga Portugal vive o FC Vizela. Muito recentemente surgiu o CS:GO, um jogo eletrónico igualmente histórico e em contínua expansão, que nesta casa começa a dar os primeiros passos. Vamos começar pelo princípio, até porque nem todos sabem o que significa CS: GO. Nós explicamos: Counter Strike: Global Offensive, um dos jogos mais populares em todo o mundo. Em março de 2023, o jogo bateu o seu recorde de usuários simultâneos, com aproximadamente 1,4 milhão de jogadores.

O CS:GO trata-se de um jogo de estratégia entre duas equipas de cinco elementos cada uma. O objetivo é vencer o maior número possível de rondas no confronto. Os atacantes são chamados de terroristas e os defensores são os contraterroristas. Vence a partida a equipa que ganhar primeiro 16 rondas. Durante o desafio, as equipas trocam de lado em número idêntico. Ou seja, os terroristas também têm que jogar como contraterroristas e vice-versa.

“O CS:GO é conhecido pela sua forte ênfase na competitividade e na

componente tática. Essa abordagem estratégica e tática atrai jogadores que gostam de pensar e palnear cuidadosamente as suas ações no jogo”, começa por explicar Miguel Oliveira, “In Game Leader” da equipa do FC Vizela

Para vencer uma ronda é necessário que os terroristas eliminem todos os contra-terroristas antes de o tempo acabar ou plantem a bomba e garantam que a mesma exploda. Já os contra-terroristas devem eliminar todos os terroristas antes do tempo terminar, manter pelo menos um elemento vivo ou desarmar a bomba plantada pelos terroristas. Os resultados alcançados permitem acumular dinheiro, que pode ser gasto para melhorar as condições da equipa, com mais e melhores armas, granadas e itens de proteção. No contexto moderno da modalidade –e atendendo à expansão da mesma e crescente comercialização – cada vez mais as equipas dispõem de treinadores, analistas e até psicólogos para ajudar na gestão das emoções.

Por ser um jogo tão competitivo e exigente a vários níveis, existe um

cenário competitivo forte e bem estruturado, composto por diversos campeonatos amadores e profissionais com direito a prémios a nível regional e mundial. O FC Vizela ainda não chegou a esses patamares. Para já a equipa participou no “UnderGround Frags League Portugal” e terminou em 5º lugar entre oito participantes. Segue-se uma pausa competitiva, embora a equipa se vá manter ativa nas plataformas. Miguel Oliveira “Mut3x”, João Azevedo “_joo”, Rui Correia “Correia”, Jorge Pacheco “Irrakundji”, Luis Campelos “The Grim” e Alexandro Ribeiro “Sr.Cavaco Silva” são os jogadores em atividade. Vasco Fernandes “RNW” é o Manager.

Miguel, “In Game Leader” da equipa do FC Vizela, explica que “o CS:GO é conhecido pelo seu jogo estratégico e exigência de habilidades”. “Os jogadores precisam de aprender a tomar decisões táticas rápidas, trabalhar em equipa, utilizar armas com precisão e gerenciar recursos de forma eficiente. Esses aspetos desafiantes atraem jogadores que procuram uma experiência de jogo mais desafiadora e estratégica” continua a explicar. É

neste contexto que surge a dúvida inerente a qualquer realidade virtual: são maiores os lucros do que os riscos? “Jogar com outras pessoas pode oferecer a oportunidade de aprender com diferentes perspetivas, estratégias e estilos de jogo. Ao interagir com jogadores de diferentes origens e nacionalidades, temos a oportunidade de vivenciar e aprender sobre diferentes culturas. No entanto, é importante lembrar que devemos proteger a nossa privacidade sempre e que cada pessoa tem uma experiência única nos jogos digitais e os riscos podem variar!”, explica o jogador do FC Vizela.

SEGREDO ESTÁ NO TRABALHO DE EQUIPA

Na perspetiva de Miguel, “construir uma boa equipa no CS:GO pode ser desafiador, mas não é necessariamente exigido que todos os jogadores sejam excecionalmente talentosos para alcançar resultados positivos. Basta que para isso haja uma comunicação eficaz, um trabalho em equipa e sincronização. Embora seja benéfico ter jogadores talentosos numa equipa, o sucesso não depende exclusivamente da habilidade individual de cada membro.”

Aos que pensam iniciar-se no mundo do jogos digitais, o “In Game Leader” do FC Vizela diz que “não ter medo de cometer erros, aprender o jogo com tutoriais, jogar com amigos e sobretudo divertirse enquanto joga”, são as principais dicas para estes.

Geek Case FC Vizela deu resposta

Vizelenses terminam a época na sétima posição do Grupo B e falham acesso à Fase Final da competição.

Apesar das várias adversidades e dificuldade em encontrar resultados no início da temporada da eLiga Portugal, a GC FC Vizela eSports demostrou-se sempre competitiva, somando um total de 14 pontos. Infelizmente não bastou para apurar e a equipa foi apenas sétima classificada no Grupo B, mas a evolução ao longo dos jogos deixou sinais prometedores.

A temporada iniciou-se com uma vitória frente ao Santa Clara (equipa que garantiu presença na fase final da eLiga Portugal), mas os desafios que se seguiram não foram bem conseguidos, apesar do foco e dedicação. A sequência de resultados menos positivos deitou praticamente tudo a perder: foram apenas 2 pontos em 18 possíveis. Era necessária uma resposta forte e essa foi dada com triunfos perante Portimonense e FC Famalicão. Nos 18 pontos seguintes a equipa conseguiu arrancar oito e chegou à reta final a alimentar uma ténue esperança de apuramento, entretanto não cumprida.

Num balanço geral podemos apontar uma época ligeiramente inferior às expetativas, especialmente se nos basearmos nos resultados da época passada. Contudo existem ilações interessantes a reiterar e é de salientar uma elevada margem de progressão e potencial.

mas não chegou para apurar