Guia Ilustrado da Guitarra

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Edmar Luighi

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Paulo

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

www.editorahmp.c0m.br

Autor Edmar Luighi (www.edmar1uighi.c0m.br)

Fotograa Tatyana Alves (wwW.tatyanaalves.f0t. br)

Arte Marco Basile Revisao

e edigo de texto Carlos Mesquita

Impresso pelo processo direct-t0—plate por Prol Editora Gréca Ltda.

Dados Internacionais de Catalogagéo na Publicagao ( CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Luighi, Edmar Guia ilustrado da guitarra: manual de conhecimentos e reparos essenciais/ Edmar Luighi; [fotograa Tatyana Alves]. -- S50 Paulo: Editora HMP, 2003

1. Guitarra - Estudo e ensino 2. Guitarra - Instrumento musical 3. Guitarra Manutengao e reparos I. Tltulo.

03-5240

CDD-787.8719

indices para catélogo sistemético: 1. Guitarra: Manual de conhecimentos e reparos 787.8719 ISBN 85-89934-O1-Z


GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Introduyzio

L

Anatomia da guitarra Uutros tipos de guitarra

' As complexidades do brago Cap. Z ' Captadores parte elétrica Cap. 3 ' Ponies tremolos Cap. 4 ' Regulagem completa Cap. 5 ' Cuidados dicas essenciais Cap. 6 ' Faya mesmo Cap. 1

e

42 55 74 82

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Glosszirio

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

A guitarra elétrica maciga 0rigin0u—se do violéo elétrico. Quando era preciso conseguir um volume de som maior - mas sem 0 uso de microfones os instrumentos amisticos passavam por uma adaptagéo com captadores. Dessa necessidade é que surgiu a guitarra. Q coragéo dela é 0 captador magnético. Trata—se de um dispositivo que capta diretamente a vibragéo da corda. Ele transforma essa energia em impulsos elétricos de corrente alternada que so levados, em seguida, ao amplicador. Este, por sua vez, converte tal energia, de novo, em ondas

A diferenga entre a guitarra elétrica e 0 violéo elétrico esté no quesito qualidade de arnplificagéo. E que ela, por possuir corpo sélido, néo proporciona microfonias, como os violées, que, quando tocados, causam no

sonoras (vide cap. A guitarra possui um corpo sélido - re~

instrumento.

—,

pousam sobre ele e 0s apoios (a ponte e 0 capotraste) as cordas de ago, que séo pressionadas pelas tarraxas até atingirem a afina— géo desejada - e um brago de madeira. Seu desenho é semelhante a0 de um violéo.

captador, por meio da ressonéncia de seu

corpo oco, uma realimentagéo sonora oriunda de vibragées de seu préprio tampo, 0 que gera a microfonia. extremo, a uma guiseria construir légica concluséo tarra feita de concreto ou chumbo. Assim, 0 captador néo sofreria nenhuma realimen— tagio ou vibragéo indesejzivel do corpo do Se essa icléia fosse levacla ao

Por meio de experiéncias com pr0tc'>ti— pos, os primeiros fabricantes chegaram 3 concluso de que, corn macleiras duras e densas, reduzir—se—iam esses problemas a

niveis bastantes aceitéveis. A diferenga entre os dois instrumentos,


INTRODUCJRO

originaria do vocabulo inglés custom — que signica feito sob encomenda —, gerou um verbo bastante utilizado por mtlsicos, prin-

porém, no ficou $6 na sonoridade. Gragas componentes como pontes com microafinagéo, que permitiram ajustes individuais de altura da agéo de cordas; tensores com maior preciso, capotrastes de latao, ou com pequenos roletes; e p0tenciOmetros especiais, entre tantas outras in0— vagées que foram sendo desenvolvidos a0 longo dos anos, a guitarra passou a ter mai— or precisao na anagao e a oferecer mais conforto na execugao de ritrnos e solos. Mas, se por um lado, todo esse aparato possibilitou comodidade, sonoridade, preciséo e sustentagao, por outro gerou também anecessidade de haver maiores cuidados em relagao ao manuseio, a c0nserva— a acessérios e

cipalmente guitarristas

contrabaixo, seus parentes mais préximos. Isso acontece por causa da quantidade de possibilidades, em toclos os aspectos, que ela oferece para ser modificada - formas, cores, captagéo, brago, circuitos etc. —, com resultados quase sempre notérios. Neste guia resumido, conheceremos mais um pouco sobre cada parte e componente da guitarra. Tambérn explicaremos suas caracteristicas, forrnas de regulagens, ajustes e

e

ajustadores, conhecidos como luthiers, c0— megaram a ser solicitados com mais fre-

qiiéncia do que antes até pouco atras, p0rém, luthierera apenas 0 fabricante artesanal de instrumentos. E evidente que a evolugéo dos mtlsicos e a comercializagao de componentes e aces— sérios importaclos no Brasil desencaclearam uma sede por “cust0miza(;z"1o”. Essa palavra, —

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baixistasi

préprio mlisico e ex ecutadas por um1u11’er. Sem dvida alguma, a guitarra passa, muito mais,p0rm0c1ifica(;6ese adaptagées, do que, por exemplo, 0 violéo e 0

a ajustes e regulagens.

Entao técnicos especializados

e

customizar. Em guitarras n0rte—ame1"icanas top de linha, é comum ver a inscrigao “custom made ,1 Ela dé a conotagao de que 0 instrumento é diferente de todos os outros de sua linha. Daivemotermo custornizar. Ou seja, fazer adaptagées e melhorias planejadas pelo

@510,

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conservagao, possibilidades de customizagao,

principais defeitos

solugées.

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' GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

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Suporte de jack 0.351‘ Plate)

Captadores de bobina (mica

de captadores

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pickup)

Potenciémetros e knobs (control pots/knobs)

(Output jack)

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éyickup switch)

fack de saida

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~/ comutadora

Chave

Ponte rmmnjo

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Placa do tréculo

Tarraxas

(running machine)

Brago

(neck plate)

(Heck)

Compartimento de molas (tremola string ca V1‘ ty)


ANATOMIA DA GUITARRA

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Brago

Escala

(neck)

(finger

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em que se aloja 0 tensor (trues rod)

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Compartimento

Trastes

da corre1a (strap)

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Corpo

Roldana para fixagéo

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(running machine)

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Tarrax as

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Marcages da escala (inlay)

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Capgtragte

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(nut)

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boards)

Guia de cordas (vtring retainers)

Paleta (headstock)


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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Tarrax as

(tunnjng 111

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Paleta

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(headstock)

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Trava de cordas (locking nut)

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Compartimento

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Ponte tremolo

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modelo F10)/dRose (oating tremolo licensed Floyd Rose)

de molas (tremolo

strjn ca!/it ) g y

Parafusos de

fixagéo do brago (neck atrachznem‘ screens)

Comparrimento elétrico (electric ca viz;/)


ANATOMIA DA GUITARRA

/

' 13

Compartimento do tensor (truss rod)

Tampa do

compartimento do tensor (truss

rad cover) Marcaqéo de escala

(inlay) Escudo da chave (P1asnc swnch plate)

Tampos traseiros Qolastic rear cm/er plate)

Compartimento da chave

comutadora de captadores

Chave comutadora de captadores Qyickup switvh)

Qzjckup switch

cavity) Captadores duplos (humbuckers pickup)

'

Escudo Qckguard)

Suporte de fixagéo do escudo Qmckguard

bracket)

Cavalete prende cordas vtop

tail piece)

Moldura dos \

captadores

(muuting rin5') Ponte (tune-0—mat1'c bridge)

Compartimento elétrico electric cavity)


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16 - GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Mas, atualmente, os bragos também podem ser feitos de fibra de vidro ou cle carbono.

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De forma geral, os bragos de guitarra sao feitos de madeira. As mais utilizadas séo 0 maple, 0 mogno e 0 marfim. Existem, porérn, mais op<;6es como cedro, irnbuia e jacarandei, entre outras. Essas, entretanto, sio usadas em menor proporgéo.

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Foto 3

O capotraste determina

a altura das cor3) e das mesmas em relago ao brago, além de indicar 0 comego da escala. E por sobre ele que as cordas soltas vibram (foto 4). Uma colocagéo malfeita em relagéo 3 disténcia, ou seja, adiante ou anterior do lugar em que deveria estar, proporcionarél uma discrepéncia

das entre elas ‘0t0

Foto 4

na anagéo.

Mesmo 0 capotraste estando no local certo, se a altura clas cordas sobre ele estiver muito alta, a afinago sofrerai alteragées. Se estiverem demasiadamente baixas, haveré trastejamentos quando as cordas soltas forem tocadas.


AS COMPLEXIDADES DO BRACO

We

trastes sio colocados utes 5 e 6), séo em geral de maple ora jacarandé (fora 8),

ébano '0t0

fim (foto

.9), pau—ferro

(feta

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Ainda hé bragos, geralmente de maple ou marfim, que no possuem a escala s0bre— posta. Isso porque ambos séo confecci0— nados como uma (mica pega (foto I2),

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Foto 5

chamada de One Piece.

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Foto 6

As escalas, lérninas de madeira fixadas so-

bre 0 brago do instrumento nas quais os

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Foto 11

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51;-3:

Foto 12

Os trastes séo responséveis tanto pela sonoridade quanto pelo desempenho do brago. Isso por causa da afinagio por meio da preciséo rnicrométrica de sua colocagio e da

definigéo e sustentagio da nota tocada. Trastes marcados pelo uso, desnivelados ou ma] coloca dos geram trastejamento, notas falsas e som sem definigéo, além de prejudiczirem 0 conforto no momento de executar bends e vjbratos, tornando 0 instrumento um pouco “duro”. Eles devem ser

nivelados por limas ou pedras de carburundum e, depois, reestreitados para adqui— rirem 0 aspecto arredondado novamente. A essa operagéo dé-se 0 nome de retifica de trastes, Fret Wbrk (vide cap. 4). Trastes achatados, mesmo que nivelados, causam trastejamentos sobre eles préprios ou geram notas fantasma. Por essa razéo, hé a necessidade de fazer 0 “reestreitamento”.


18

v

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Ela (vide caps. 3 e 4) determina a altura das cordas e 0 distanciarnento entre 0s apoios carrinho e capotraste addle e nu, que atuam diretarnente na anagio. A ponte é responsével pelo ajuste das oitavas (1/ids cap. 4) e pelo éngulo de que as cordas partiréo, além de estabelecer, assim corno 0 capotraste, a relagéo entre as cordas quanto $1 altura entre elas.

As guitarras podem ter bragos parafusados nto 13), colados fora 14) ou integrados a0 corpo (fora Quanto a0 método de jun<;510, existem inmeras controvérsias. A maioria dos argumentos gira em torno da sustentagio, que é 0 tempo de duragéo da nota apés ter sido tocada. Dos trés diferentes modos, considera-se que 0 brago integrado a0 corpo proporciona melhorjungéo por ser construido em uma $6 pega 0u em segées (partes) laminadas de madeira que atravessarn todo 0 instrumento. Portanto, maior sustenta<;é0 do som do que 0s demais Tipos de xagéo. Em seguida, 0 colaclo seria 0 mais indicado por também possibilitar uma boa “a1nana<;éo” e, concomitantemente, melhor propagagéo vibratc'>ria, tornando, assim, 0 tempo de sustentago da nota bastante prox uno ao metodo antenor.

1

Foto 15

Foto 14


I19

Foto 17

I

5

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Foto 16

Um dispositivo essencial no brago

é

0

ti—

rante ajustavel ou tensor. Trata—se de uma barra circular de ferro ‘"0t0 15) - cujo as— pecto e material podem variar de acordo com projeto e fabricante colocada nurna concavidade ou canal ao longo do brago e coberto pela escala. Usualmente, ele é preso com rmeza no com sua nal do brago, ou tréculo (fato —

I

outta extremidade terminando na paleta, também conhecida como headstock ’0t0 18). Essa

dltima ponta tern uma rosca para

encaixe de uma porca que, quando tor»

cida no sentido horario, aumenta a pressao que 0 tensor ira exercer sobre 0 Quando viracla a0 conbrago %t0 trario, nao tensionara 0 mesmo.

1

Foto 18

Foto 19


20

1

GUIA

II‘

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Deve manter estével 0 brago

na

o

a concavidade (figura 1) ou a convexidade (gura Z). Dessa forma, ele se adapta a tensao da corda escolhida, as variagées de temperatura e ao estilo cle regulagem desejado pelo msico. A funcionalidade do tensor varia de acor— do com 0 projeto do brago e com 0 material empregado na construgao de ambos. A porca de ajuste ja citada, ern algumas guitarras, encontra—se no troculo de forma estratégica para possibitar acesso fac1l (fora 20). Em determmados 1nstrumentos, no entanto, faz—se necessaria a retira~ da do brago para 0 ajuste.

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Nesta: ilustrapes, as brapos eslia, exageradamente, empenadas para

explirapo

12

Iécilitar a

a visualizagéu

Figura

1

Figura

Z

ml;

fazer corre-

ajustar

r

e

goes no seu arqueamento de maneira a

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Funcianalidade do tensor.‘ varia de acorda cam 0 prqjeto do brapo e cam 0 material empregado 112 construpéo deles


AS COMPLEXIDADES DO BRACO

Dicas e

1

21

0p1'n1a0 sabre bragos Foto 21

de novo. Alérn disso. existem diversos

outros tipos de reparo como, por exemplo. enxertos de rnadeira na §._ parte serrada, pinos de ago para jungao do corpo ao brago e possiveis insergoes de laminas de madeira para um acabamento mais primoroso. Tarnbém cleve-se ficar prevenido de uma possivel torgao ou um empena— rnento na escala. Afinal, por casualidacle, todos os

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Na minha opiniao, se por urn lado os bragos colados ou construidos diretamente integrados ao corpo conse— guem 1Tl91h0f $L1$teI'1ta<;50, POT OUUO Causm uma grande PFe0<IUP3§510- Se, POP Um BFFO C16 PFOJBIO 0U falh 1'1ajUnQ50, 0 brao em Te1aC50 3 P0l'1te do ins" trumento estiver muito abaixo do ni-

instru-

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pgdem

por mais baixa que a ponte fique, as cordas nao ficarao proximas ao brago, uma vez que 0 mesmo estara abaixo do nivel referencial de altura rninima de

falta de cuidado ou com as variagoes fortes de temperatura. Tais contratempos podem ser sanados com replainagern e retrastagéo da escala. Em um bragg nag parafusado, 0 problema de desnivel descrito pode ocorrer a0 gastar a escala, caso nao exista uma relagao de altura satisfatoria. Nesses casos, node-Se nncg-13 pg; uma de majgr egpe55nra_ N0 entanto, O brago ficaré mais “gnrdO"_ Portanto, em algung Ca,

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blema T195 M3905 iY1te81"ad05 OH C013" d05- Uma C135 P0553/915 $01L1§5@$ é E35“ tar a madeira do corpo na parte em que Pome é xada Para tentar melhorar 0 desnivel. Nesse caso, sera necessario 3

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0 COFPO do i1’1$tYU1"f19nt0 l'l0V-'11“ lTlBI"lt€ para qU8 816 pI‘€S8l"V€ HS C8I‘HC~ e estéticas originais. Outra pOSSibi1id8d€ é SGITQI‘ O11 d8SCOlaf 0 b1”a§0 do COYPO 3 m de C31?-5-10 6, aSSiII1, corrigir H f811'18- Aqui, 0 1115trumento também devera ser pintado

teristicas visuais

sofrer com

nqentgs ~——

a

por baixo (fora 2]) para tornar confortével a digitagao. Entgo Q 5on1-10 de {er um instrumen-

to com brago integral pode virar um pesadelt-,_ Qnando for adqnirir nm instrumento, é preciso verificar se a altura da ponte - seus saddles ou carrinnos (vjde Caps, 3 8 4) - Esta nnma agéo baixa. Se ela estiver no limite, ¢uj¢1a¢10_ O perjgn pode estar ai_ Qualquer irregularidade de alinhamento na escala ‘pedjfé uma intefVen@QQ de rep1;nnag@m' Mas, Se 3 pnnte ficar até geu mgig (jufgg de fegulagem dg a1[u~ ra de cordas para conseguir uma agao baixa, 0 instrumento estaré viével para a COmpfa_


22

~

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

A regulagem do brapo O instrumento bern regulado apre— e confortzivel de modo uniforme, independente da al~ tura das cordas. Mas isso varia de acordo com gosto, pegada, estilo e técnica. Nessa condigo, a guitarra néo pode trastejar, a menos que néo se respeite a relagéo altura de cordas X for a em re ada elas méos. Pressup6e—se que 0 msico que quei— ra uma agio baixa néo deseja despender muito esforgo ao tocar. Até porque ele queira, talvez, uma performance Inais répida em seus solos. A agéo baixa de cordas restringe um limite de forga da méo direita para que 0 instrumento néo trasteje, em se tratando de um destro, é claro. Se senta brago macio

0 msico, por exemplo, solicitar a um Juthier que deixe as cordas de sua guitarra a Zmm de altura em relagéo aos trastes, sua palhetada néo deve fazer a corda vibrar mais do que essa medida. D0 contrairio, certamente haveré algurn trastejamento. O resultado da boa regulagem req uer uma erfeita inte ra 50 e sintonia entre mdsico e instrumento. Tal regulagem, a meu ver, possui cinco itens determinantes [I/ide cap. 4): Inclinagéo do brago; Agéo do tensor; -

-

-

-

-

Alinhamento dos trastes; Ajuste do capotraste; Altura e éngulo da ponte.

Refere-se ao éngulo do qua] 0 brago parte do corpo. Aconselho que ele saia criando Ou seja, nio paralelamente ao corpo, mas uma leve inclinagéo para baixo (figura como se estivesse calgado no fim do troculo (fjgura Para que assuma essa proje—

Prefiro essa angulagéo, pois se consegue uma forma homogénea por todo 0 bra<_;0, melhorando até 0 emprego dos tremo./as do tipo Floyd Ruse (vide caps. 3 e 4).

@510,

realmente necessério

é

esse calgo.

agéo de cordas mais baixa de

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Nesta; ilustrag-es, as brapo: extio, exageradameme, angulados para facilitar a expliraféo re a visualizapéo

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AS COMPLEXIDADES DO BRACO

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to, em todos os instrumentos, ele deve apenas fazer pequenas corregoes nas concavidades e convexidades apresentadas. Inmeros bragos de guitarra sao danificae

1

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V

' Z3

A agao do tensor tem papel fundamental na regulagern. Além de determinar 0 arqueamento do brago, por meio dele ca~

dos por conta de ajustes malfeitos no tensor. Portanto, quando 0 instrumento exigir alteragoes de grandes portes, deve ser levado ao luthier para que ele faga um diagnostico da causa dessa irregularidade e proceda da forrna mais adequada. As dimensoes da concavidade do brago (0 quanto arqueado ele esta) dependem do modelo da guitarra, espessura, tensao das cordas e da maneira como é tocada.

libra~se para as varias tensoes possiveis de

encordoamentos (0,08; 0,09; 0,10; 0,11; 0,12; 0,13 e outras menos comensuradas) e se especifica também a altura de cordas, sensibilizando a rnaciez e 0 conforto na regulagem. Acredita—se, erroneamente, que é possivel corrigir qualquer curvatura ou empenamen— to por meio de ajuste no tensor. No entan—

~

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Sugestao

Foto 22

Na minha opiniao, elas devem ter aproxi— rnadamente 0,3 mm de profundidade. Se tiver mais de 0,6 mm, a profundidade de— vera ser reduzida por intermédio do uso do tensor. Existem alguns métodos de medida de concavidade. Qs Iuthjers rnais experien—

do regu1ado causa— —

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das pela variagao climér

tica.

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Um instrumento com uma

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agao bai-

xa num dia em que a temperatura esteja

Todavia, vou citar uma das formas mais co—

entre 28°C e 30°C podera sofrer uma modicagao até signicativa se a temperatura cair, por exemplo, para 20°C ou 22°C.

muns e faceis de reconhecé-1a. E121 ira servir como ilustragao, porém, nao é a mais preci-

Essa queda fara o bragto arquear para tras. Assirn, ele se tornara convexo e provocara

sa.Co1oqueumabra<;adeirana1@“casa”‘bt0

trastejamento. Também podera car sensivel desde as cordas soltas ate a quarta ou

tes a detectam sem maiores complicagoes.

Z2) ou pressione

a 6Q

dedos na

@0172

ZQ

novamente a

casa 6Q

corda

com os Z3). Depois, aperte

quinta casa. Quando 0 mtisico toca em es~

ttidio ern que o ar-condicionado

corda, so que, dessa vez, na

Entao ela ficara perfeitamente esticada entre esses dois pontos inlv Z4). Para vericar a concavidade do brago, vocé 13§ casa.

deve medir a distancia entre a base da

cor—

da e 0 topo do traste que car mais afastado dela. Esse sera o 59, o 6% o 79 ou o 89 traste,

dependendo do tipo de instrumento ou da construgao do bracgo em questao. O tensor também serve para ajustar pe— quenas alteragoes no brago mesmo quan— —

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Foto Z3

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esta ligado intensamente, o brago corre tal risco. A solugao, entao, sera afrouxar o tensor em um quarto de volta para poder equilibralo novamente. C) inverso disso também pode ocorrer. Q que de mais deterrninante podera acontecer, entretanto, sera um aumento da altura de cordas seguido, talvez, de um leve trastejamento no m do brago. Para evitar isso, aperte 0 tensor em um quarto de volta.

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Foto Z4


Z4

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Foto Z5 ‘Q

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».

Um dos defeitos mais comuns do brago 0 empenamento. Ele

é

considerado em— penado quando o arqueamento esta tao concavo ou convexo que o tensor ja nao consegue corrigir. Qualquer uma das si— tuagoes pode ser causada por falta de ajus— tes preventivos, exposigoes a altas tempe— raturas, falha na fabricagao ou pelo uso incorreto do proprio tensor. Na maior par— te dos casos, a solugéo é a remogéo dos trastes para submeter a escala a uma nova operagao de plainagem, servigo esse que, quase sempre, recupera até 100% do bra— go. Ha casos extremos em que se faz ne— cessaria a troca de escala. Outro defeito comum é o brago torcido. Ele esta nessa condigéo quando o arque— arnento na parte das cordas graves, os bor~ does, foto Z5) nao coincide com o das cordas agudas, as primas (fora Z6). O ajuste no tensor néo consegue reverter tal fa— lha. Pois, ao aperté—lo para a corregao da

_

concavidade de um dos lados, torna—se 0 outro convexo. Ha guitarras, como as Rickenbackers, que possuem dois tensores que ajudam, e muito, a corrigir esse

problema.

Um fator que também pode causar tais deformidades é a maneira, clisplicente, de como se guarda o instrumento. N510 se pode, por exemplo, deixa—10 por muito tempo descansando sem nenhum apoio sob 0 brago. O pior acontece quando o msico o transporta dentro do porta—ma— las de seu carro com temperatura ambiente alta nesses casos, em aproximadamente uma hora sob 0 sol, 0 calor interno do porta—malas sera trés vezes maior ao externo, 0 que fara 0 brago empenar ou torcer. Como ja foi descrito, a guitarra nova pode vir com esses problemas de fabrica por falta de cuidado da montadora. Madeiras omidas tendem a, no futuro, gerar tais alteragoes tambem. —

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Foto Z6

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AS COMPLEXIDADES DO BRACO

I 25

Foto Z9

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A replainagem de escalas tern como 0bjeti— v0 corrigir as deformidades, independente de serem t0r<;6es ou arqueamentos acentuados de forma céncava ou c0n—

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entre Outros _ e depms‘ Com auxmo de urna ferramenta que atua de forrna rneca— nica como uma alavanca - particularmente CO’

utilizo formao

Kora Z7) -, faz—se a rern0—

géo deles. Depois de retirados toclos os tras-

tes, a escala é lixada levemente apenas para

extrair possiveis imperfeigoes deixadas pelo processo antenon Em Segulda’ Com O an‘ Xlho de uma regua acorn 28)’ detectae O

grau de empenamento Ou toméo a m de ajustar 0 tensor para um equilibrio da cur-

vatura do brago, tarefa que deve ser de— sempenhada somente por um Iuthier experiente e, portanto, que tenha condigées de posici0né—l0 num melhor éngulo para 0 trabalho a seguir. Comega—se, entéo, a plainar a escala. Cada profissional pode empregar nesse pr0ces—

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Foto 27

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um tipo

de ferramenta. Diversos de nés, luthiers, utilizamos uma prancha de compensado muito bem—alinhada, revestida de férmica de ambos 0s lados com apoio para as maos na pae Superior mm] 29) Dependendo

do tamanho da irregularidade, ha uma va- na “abrasividade” nagao da lixa costumo usar as de n Q 36 e de n Q 80 respectivamente N-ao se cleve lixar muito, pois 0 calor gerado por esse processo pode empenar a escala D e tempos em tempos durante 0 processo’ deVe_Se Vericary por imermédio -

régua e de uma visualizagao longitudinal (fora 30), 0 quanto esta avangado 0 trabalho de retifica cla escala, observando se 0 empenamento esté sanado ou a se a torcle

gao

foi corrigida.

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Foto 30

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Foto 28 W;-.-54’ I3

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Iuthier pode utilizar um método diferen— te, como ferro de solda e soprador térrni—

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vexa. Esse processo também

indicado na troca de trastes gastos. Uma vez detectado 0 problema, retiram— se 0s trastes com cuidado para nao lascar a

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26

I

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Foto 31

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Terminada a etapa anterior, é chegada a hora de reabaular a escala. Anal, ela jé foi nive— lada e 0 abaulamento (radius) original, as vezes retirado por completo. Usando 0 lix ador apenas da metade para fora da escala, desenvolvo um padrao de, por exemplo, 50 repetigées a cada metade ?Jt0 Com 0 auxilio da régua lm 32), verifica—se 0 quanto satisfatério esté 0 abaulamento. E importante frisar que a quantidade de repetigées a cada metade deve ser obrigat0ri— amente precisa, quase cinirgica. Utilizando lixas mais nas (100, 180, Z20), eliminam—se todos 0s riscos deixados pelos processos anteriores ou pelo préprio ressecamento da escala (fora 33) - escalas ressecadas tendem a riscar com facilidade e a trincar pelo atrito da lixa. O préximo passo é reabrir as cavidades destinadas aos trastes — cuidadosamente para nao riscar nem arranhar a escala - com 0 auxilio de urna serra, comumente importada e destinada com exclusividade a essa finalidade. Mas outras podem ser utilizadas, desde que suas espessuras sejam c0ndizen— tes com as das cavidades que os trastes precisam para ser assentaclos (ne 34).

Foto 32

3]

Foto 33 Foto 34


AS COMPLEXIDADES DO BRACO v

Agora

é

27

0 momento de trastar novamente a

escala. Os

tastes novos so colocados com um

I *

martelo de pléstico rigido. Q comprirnento deles deve ser L11'1'l pouco maior do que a largura da escala. Isso porque, se forem de tamanho

das, porque elas trastejam muito nos bends. Entao a solugio é retirar os trastes, plainar a escala, como ja foi descrito antes reduzindo dessa forma 0 abaularnento e trastar de novo. Isso pode ser feito no brago de todos os instru-

menor, eles poderao nao dar margem suciente para novas corregoes, no caso de haver al-

gum equivoco

6910

35).

Depois de colocados,deverz'1o ser ]imad0s1ate-

ralmente com uma lima chata de media abrasividade (rm 36). Esse pr0ce$o é irnportante e tem de ser feito com muita atengéo,

mentos de 'c0rdas.

porque qualquer falha podera danica-los de maneira irreversivel. Na seqtléncia, eles seréo colados.

claro que eles tém seu limite de melhoria.

Mas 0 brago pode ser remanejado desde a sua

A cola deve ser injetada com uma se—

ringa de vidro e agulha

"0t0

a anagao

dos, além de bemassennados, garantem uma vida longa sem problemas de trastejamento e

sem a desagradavel possibilidade de se

solta—

rem dumnte execugoes musicais. P0sterionnente, devera ser feito um pequeno st Work (Vida cap. 4) para corrigir qualquer irregularidade que tenha surgido depois da retica da escala e do

com podem ser provenientes de ajustes

espessura até a sua largura. Os problemas

37). Trastes cola-

ruins, instalagoes equivocadas de ponte e caponaste ou de erros de medida na colocagéo dos tmstes. Em 70% dos casos, eles podem ser sanados com a troca da escala do insnumento por ouira redjmensionada. Ha sempre, é claro, a necessidade de analjsar

o custo—beneci0 de

quaisquer desses servigos.

assentamento de trastes.

Quanto a conservaoéo, a guitarra, quando nao

Por m,

estiver em uso, deve ser guandada em seu case

monta~se o instrumento, colocando

cordas e fazendo a regulagem necesséria (vide

(estojo) ou so bag (capa), neste caso com as

mp. 4). Na maior parte dos casos, a guitarra

cordas voltadas para baixo e em

que passa por esse processo ca

e fresco.

com uma

tocabilidade muito melhor do que antes. Pois

trabalho néo fora feito em série. A0 con— Irario, fora desenvolvido um a um e de forma

esse

manual: ‘hand made '1

um lugar seco

Existe uma lenda que diz que, quando o instrumento néo estiver sendo usado, as cordas devem ser retiradas ou sua tensao afrouxada, o que nao é verdade. A guitarra regulada é equi-

Esse servigo

librada em relagao a “forga das cordas X a agao

quando nao

do tensor”. A0 desapertar ou remover as cordas, “a forga do tensor" passaa predominar. Se acaso isso for mantido por muito tempo, o brago seré arquea~ do de modo convexo e, portanto, damcado.

também pode ser providenciado se esta satisfeito com 0 gran de abaulamento da escala @2112 44). comum, por exemplo, msicos que tenham guitarras Fender Stratocaster, cuja escala é superabaulada, nao consegui— rem uma agéo baixa de cor-


4


F iii

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I311“


30

Q

GUIA ILUSFRADO DA GUITARRA

um transdutor, que é 0 nome dado a qualquer dispositivo eletronico ou eletromagnético usado para converter energia fisica em elétrica. Os captadores transformam a energia de vibragéo da corda em irnpulsos elétricos de corrente alternada que alimentam um amplificador. Este Liltimo, por sua vez, trabalha e multiplica a intensidade de tais estimulos e os conduzem para um alto—falante, que os transforma novamente em energia sonora.

Trata~se de

Captadores single coil.‘ Captadores de uma nica bobina que p0s— suem, como uma de suas principais qua— lidades, som bem clefiniclo, embora pro— porcionem 0 “Hum”, ruido caracteristico nesse tipo de captador.

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Captadores bumbuckers: Captadores de duas bobinas que, em razéo disso, cancelam 0 “Hum”. Mas que no possuem um timbre téo definido e claro como 0 single coil. No entanto, po— clem proporcionar maior volume e timbres com mais ataque e sustentagéo.

\\

Captadores humbuckers em furmato single.‘ Captadores de duas bobinas, geralmente sobrepostas em vez de paralelas, que podem possuir as caracteristicas dos tradicionais humbuckers. Mas com formato de single. Muitas vezes, seus timbres se assemelham bastante, entretanto com um diferenciali esses ,, .. humbuckers nao apresentam 0 Hum .

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CAPTADORES

E

PARTS ELFFRICA

~

31

Em sua grande maioria, séo equipa— dos com os captadores do

tipo magnéti— co. la os violoes com CO1"d21S

de

naiion utii z a m

1

transdutores de contato.

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A n a 1 para o pleno funcionamento desses captadores, as cordas deveriam ser de ago e ficar posicionadas sobre eles. Em sua forma mais simples, 0 captador magnético de uma (mica bobina elétrica (0 single) consiste em um imé permanente na forma de barra em torno do qual ha um enrolamento, formado por alguns milhares de espirais de cobre, isolado e continuo (ilustragéo I). Esse fio de cobre é extremamente deIgado, como um de cabelo. Mas sua espessura pode variar de acordo com 0 projeto do captador. Por sua vez, 0 imé gera um campo magnético ao redor de si. E as cordas de ago, quando tocadas, interagem com ele. Enquanto elas estiverem em repouso, 0 cam po magnético do captador mantém uma forma regular e nada acontece Ia bobina. Mas, ao se movimentar, a cor— da altera esse campo, dando lugar a pequenos impulsos elétricos, que, se ligados a um amplificador, séo leva— dos até ele sob a forma de corrente alternada. A corda A (La) emite uma vibragao ,

Ilustragao

1

de 440 Hertz (ciclos por segundo). Se 0 padréo vibratorio dessa nota tiver a forma de oito, isso significa, por

exemplo, que a corda completara esse “oito” 440 vezes por segundo, a1terando 0 campo magnético do captador 440 vezes por segundo na rnesma proporgao. Nao importando a diminuigao do vo iume, a freqtiéncia se mantém durante todo 0 tempo de duragao da nota, informando ao amplificador a altura — se é um A ou um B (Si), por exemplo. Por sua vez, as dimensoes do padréo vibratorio dessa nota e a forma detalhada do “oito” levam ao amplificador o volume e o timbre do que foi executado.


32

v

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Na maioria dos captadores, 0 ima é feito de alnico, uma liga de aluminio, niquel e cobalto. Existem também os do tipo cerémico, piezo e ferrite. A forga de atragéo em cada urn varia de acordo com 0 projeto. Sua barra pode apresentar seis extensoes individuais, uma por corda. Em alguns modelos, as regulagens de proximidade do imé contra a corda P odem ser feitas individualmente lustragéa Z). Existem também captadores com seis irnés De forrna geral, quanto maior 0 poder de atragéo do imé e maior 0 nmero de espirais, rnaiores sero também a impedéncia e 0 volume de saida do captador. Mas pode haver também uma perda na resposta de agudos. Se 0 imé

for muitlo robusto, ou

cordas,

a atragao do mesmo iré Qu seja, iré restringir os padroes vibratorios e gerar perda de sustentagéo, podendo criar até

es

suf0cé—las.

distorgéo na

tona1i—

dade.

~23

Ilustrmioz

0

captador estiver bem proximo 5‘?

“'3

Quem busca “ataque” no som deve tomar alguns cuidados. A0 aproximar demasiadamente os captadores das cordas ou a0 usar alguns modelos muito fortes bem perto delas, apenas volume seré c0nsegui— do. Mas a definigéo e a duragéo do tempo da nota seréo perdidas. Até mesmo a anagéo ficaré prejudicada. Um detalhe importante é que os captado— res fabricados com imis cerémicos, quando feitos com essa intengéo, proporcionam saidas mais potentes do que os de alnico. E sempre bom lembrar que a poténcia e 0 timbre dos captadores estéo ligados diretamente quantidade de espirais e espessura do fio da bobina. Z1

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CAPTADORES E PARTE ELETRICA v

33

E comum ouvir que basta medir ou conhecer a resisténcia do captador para saber 0 quanto ele é forte. Qu entao que, quanto maior a resisténcia for, maior sera a saida do captaclor. Isso nem sempre I

é

verdade. Existem aqueles que, quando comparados entre

si ; o de maior resisténcia possui uma saida muito menor do que 0 de maior.

O Hot Rails, da Seymour Duncan, por exemplo,

um dos captadores, no formato Q fabricado para 0 uso na posigao Bridge (ponte) possui resisténcia de 16,9k e é feito de ima ceramico. Tarnbém da mesma marca, o Classic Strat Stack é um captador de saida relativamente “fraca". Ele é produzido para guitarras Strato, pois mantém 0 timbre muito proximo ao das Fender originais. E de alnico e sua resisténcia é cle ZO,6k. Com isso, p0de—se chegar a conclusao de que é preciso saber muito mais do ue a resisténcia de um ca tador ara oder avalia—lo. Deve-se procurar os catalogos especificos. Somente la sera possivel encontrar referencias sobre sarda, tirnbres, resisténcia e até curvas de frequéncia como quantidade de agu— dos, médios e graves que cada modelo oferece. Qu procure um Iuthier para obter essas informagoes. é

single, de maior saida disponivel no mercado mundial.

)

Todas as bobinas sao vulneraveis a interferéncias de radiagao eletromagnética. Isso

signica que elas tendem a captar zuni— dos por si so ou até mesmo quando ha amplicadores ou outros equipamentos eletricos proximos. Foi para eliminar esse problerna que, em 1955, o engenheiro da Gibson Seth E. Lover inventou um captador, batizado de humbucker, cuja intengao era neutra~ lizar esses ruidos. Humbuckers sao supressores de ruidos e possuem duas bobinas, em vez de uma, que sao enr0ladas em série, porém, defasadas.

Qualquer

nao anulem também as correntes sonoras geradas pela vibragéo das cordas, a extensao dos polos relativa a cada uma delas tem polaridades magnéticas opostas (ilustragéo 3).

/

;—

I

interferéncia Q

inclesejada, entao, passa por uma delas com sinal positivo e, pela

outra, com sinal negativo. Como as duas correntes elétricas viajam em diregoes opostas, elas se cancelam. Assim, 0 zunido nao passa para 0 amplificador. Agora, para garantir que as bobinas

Ilustmgao 3


34

' GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

O primeiro foi um Gibson PAP, Patent Applied For, que quer dizer patente

ca bobina, os singles, que possuem uma so-

requerida. O humbucker pode ser conside—

noridade mais aguda

rado como se fosse composto de dois dores separados em uma so unidade.

os humbuckers sao mais encorpados e sem 0

capta—

as

altas, se comparados com os de uma

e

denida,

tini-

enquanto

(ruido).

Embora proporcione um som mais forte, apresenta uma perda das frequéncie

Outta peculiaridade interessante

é que eles oferecem uma grande variedade de opgoes na instalagao. Uma unidade pode ser usa-

da tanto como lrumbucker verdadeiro

@ G5

Q)

(Q 73

-’

Y

'

quanto ser constituida de dois captado— res de bobinas simples, com elas funcio— nando juntas ou separadas, em fase ou nao, em série ou em paralelo. Essas dife— rentes combinagoes podem produzir uma gama muito grande de sons.

1

-'

V

f Cabo de quatm nucleos

1

Qs humbuckels podem ser adquiridos com cabo de quatro niicleos (os) ja instalados. Isso permite um acesso imediato e individual as bobinas, possibilitando a obtengao de quaisquer opgoes citadas antes.

_|

E possivel puxar delas esse cabo com quatro condutores (ou mais) quando nao vierem. Mas essa operagao é delicada e pode danicar o captador. Por isso, é melhor

procurar prossionais especializados

e

deixar que eles fagam tal servigo.

Ha bastante tempo, existem singles de b0— bina dupla disponiveis no mercado. Eles sao conhecidos como lrumbuckers em for mato single, ou stacks, que, muitas vezes, imitam 0 timbre dos captadores de b0bi— na unica, com a vantagem de nao produ— zirem ruidos. Us singles de bobina dupla nao produzem ruidos. A razao para isso é que eies man— tém as peculiaridades dos humbuckels. As bobinas, porém, possuem tamanhos reduzidos e, quase sempre, sobrepostas umas as Outras em vez de pa—

ralelas, como no humbucker con— vencional Essa opgao de

é muito usada em guitarras modelo Stratocaster. Pois, gera1— mente, seus proprietarios querem manter as caracteristicas, tanto sonoras quanto visuais, originais do instrumento, mas sem

single de bobina dupla

aquele ruido.

Com quase todas as caracteristicas de single coil, tais lzumbuckers podem também che

\

gar as saidas bem encorpados, iguais aos mais potentes lwmbuckers disponiveis.

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K ‘Qvs.

1


ORPTADORES

E

PARTE ELFTRICA

0

35

A reayéo dos captadores Eles reagem de maneira distinta em cada guitarra, porque todos os mode-

da perfeigao dos "apoiosu em que ela esta vibrando.

possuem suas particularidades. Provavelmente, vocé ja deve ter escutado de alguéml “sicrano comprou uma guitarra igual :1 de um amigo. Mas ela nao ‘fa1a' da mesma maneira”. Outra situagao comum é a seguinte: “Um guitarrista pée um captador top de linha no instrumento dele, igual ao do msico que admira, mas 0 som da guitar— ra ficou ruim”. Por que aconteceu isso? Quando se executa determinada nota num instrumento, sua duragao e sua sonoridade dependerao da qualidade e

Uma corda solta. por exemplo. vibra diretamente sobre a ponte e 0 capotraste. Se. num desses pontos, houver uma "rebarba" ou utuagao, ou ainda uma pressao inadequada, 0 padrao vibratério clela sera restringido, 0 que a fara perder duragao, volume e até timbre Também é possivel que isso acontega quando ela estiver apoiacla sobre ‘trastes desnivelados ou muito largos. Entao a culpa pelo som ruim sera, erroneamente, atribuida aos captadores.

10s

Outro responsavel pelo desempenho do captador é 0 préprio corpo do instrumento. Afinal, uma madeira seca e densa evita eventuais ressonancias que provocariam microfonias indesejaveis. Uma guitarra hem construida (de madeira maciga como maple, ash, mogno, cedro e alder, entre outras ~, cle boa qualidade e apropriada para 0 uso desejado) ajuda a manter a duragao do padrao vibratério por meio da troca de oscilagées. Ou seja, quando tocada, a corda repercute sobre os “apoiosn e eles conduzem essa vibragao para a madeira, que a leva de volta a eles, que a devolvem a corda. —

madeira for de boa qualidade, ela propiciara a pr0paga@ao e 0 enriquecimento harménico das freqtléncias. Entao a vibragao sonora que as cordas transmitirao aos

Se a

captadores sera muito mais “gorda". Em virtude da relagao captador/guitarra, a sonoridade poderé variar até mesmo no que diz respeito a instalagao dele.


36

~

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Us captadores podem ser instalados da seguinte formai

.¢;;;... 0

'

o~W._;___..\

1 Presos por um parafuso em um do

e

escu—

2Presos em uma moldura e esta, no ins—

este, na guitarra.

trumento.

3Diretamente parafusado no corpo do instrumento. Esta alternativa proporcionaré uma relago mais direta e proxima do captador

com a madeira por meio de parafusos e molas de fixagéo, que véo estar direta— mente ligados as vibragoes que ocorrem no corpo do instrumento pela oscilagéo ‘

das cordas.

procedimento, entretanto, pode danificar 0 captador de maneira irreversivel. Portanto, somente alguém experiente estzi habilitado para executar tal servigo. bom lembrar que hoje quase todos 0s captadores de boa qualidade jé vém paranados ou trabalhados com outro processo de igual ou melhor eficiéncia que 0 descrito. E ainda com uma blindagem completa feita, és vezes, com resina pléstica. Esse

Parafinar captadores é um truque usado hé muito tempo. Q primeiro passo é derreter

parafina, aquela mesma usada pelos sur— e depois aplicérla diretamente sobre as espiras da bobina a m de que néo haja

~a

fistas,

nenhum movimento delas, evitand0—se des— forma possiveis microfonias.

sa


CAPTADORES

E

PARTE ELi§_|'RICA

~

37

intermédio de c0n— guracoes na parte elétrica de sua guitarra.

ele tem a oferecer por

No Brasil, existem captadores de diversos modelos e il’11.1lT181"ElS marcas de excelente qualidade como, por exemplo, Seymour

Duncan, Dimarzio, Bill Lawrence,

A garna de variagoes elétricas praticaveis num instrumento é bem grande. Mas nao

Gibson, Tom Anderson, Shaller, Fender,

é

EMG, Gotoh, Shadow, Barcus Berry

e

sibilidades de “mudangas". O tipo de

Fishman, entre tantos outros. N50 basta, entretanto, apenas escolher aquele com melhor sonoridade para seu estilo. E preciso aproveitar ao maximo 0 que

captador e a quanticlade de potenciometros que o modelo oferece, por exemplo, séo fatores determinantes para reconhecer que modicacoes podem ser implementadas.

Modicayes

qualquer guitarra que oferece todas as pos-

mais eqiientes

comuns

e

Primeiramente, procure um luthier e descubra 0 que seu instrumento podera oferecer ou 0 que podera ser subsfituido a fim de lhe proporcionar maior versatiliclade. Para que as modificagoes sejam possiveis, quase sempre 0s captadores terao de possibilitar as condicoes necessérias. Os humbuckers e (ou) os singles de bobina dupla apresentam—se com seus condutores (os) para instalago, ern quantidade que variam de acordo com 0 tipo e 0 modelo de captador. Cada urna dessas conguragoes oferece possibilidades var-iadas de alteracoes que vao desde 0 desligamento de uma bobina até uma defasagern, por exemplo.

Captadores com dois condutoresi Fio positivo + fio de juncao das bobinas + malha,'

Captadores com um condutori

\\

\

Apresentam—se com 0s seguin-

tes fiosi positivo + malha tam— bém sao denominados de “ter ra e bhndagem ,

\’

Captadores com trés condutoresi Fio positivo + o de jungao das bobinas + fio negativo +

~

\ \

malhaj

Q

Q

Captadores com quatro condutoresi Fio positivo + o negativo de uma bobina + fio positivo + fio negativo de outra bobina + malha.

Confira,

a

seguir, algumas dessas configuragées

e

conexoes nos diagramas, que tém o

imuito do ser apenas ilustrativos. Portanto, nao clevem

ser encarados como esquemas técnicos profissionais. Chaves comutadoras, POI“ exemplo, de diferentes configuraQoes das ilustradas podem provocar variacoes no esquema. Procure profissionais qualificados se desejarem fazer qualquer uma dessas configuracoes. Qbs.I Qs simbolos representam 0 “terraw e devem ser soldados nas carcagas dos

F

potenciomelros.


38

~

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

I

A dica vai para quem tem guitatra com dois e 0 outro no brago - e um single central (lm humbuckers um na ponte —

Para essa conguragéo,

é

necessério que eles

possuam ao menos dois condutores. Um dos recursos que

um

se

pode utilizar é 0 de instalar

potenciometro c0nvenci0nal para guitarras combinado com uma cha— ve ow 14). Sua vantagem é atuar na mes— ma fungéo que 0s potenciometros conven— ]'uusl1—pull '1

cionais, mas disponibilizando um novo

‘v

re—

curso sem alterar as caracteristicas visuais do

lnstrurnento, uma vez , quo etmstalado no propno c0mpart1— mento do com—

_

»

.

POnente

3*

Origina1_

k‘

r-»

\,_

'7

l).

mllsico que queira conseguir um som mais“1imp0 e cris-

talino" com “ataque" mais discreto na hora de tocar, por exemplo, bluas ou country. Diagrama

I

Oi‘ F?

; ;

Jack

;

Foto 14

Captador

captador

réaptador

7

.

.

de single coil Ciiagzama

Esse recurso é interessante para 0

Vol.

Tr a b a ~ lhando nessa perspectiva, ele irél “tmnsfonnar” 0s hwnbuckensem s1'ngl§ porque provocani um “curco” em uma das bobinas dos humbuckers, anulando—a. Dessa forma, 0 potenciometro t0r—

naré a sonoridade dos captadores semelhante Q

.

47536 or

i_

Chave

Tone

Esta conguragéo

Diagrama 2 Jac

k

I

destina—se a ins-

|

trumentos que

Captador

I

; ;

VOL

possuam trés capCaptador

tadores, todos de

'

bobina dupla e de, pelo meA nos, tres con-

Captador

Capacit°r47K

dutores (iota L‘)? Nesse caso

L

centar mais um ‘}2usl2~pull”para que eles tor-

;

$1 _~

ne1n—se singles.

I

deve—se

acres‘

Q resultado obtido com

essa

adaptagéo seré parecido com o anterior. Mas '

com 0 recurso de ser possivel combinar

4

L

,

chave

CaPa°it°' 47" ~

Tone

V

;_

~

lzumbuckezs com single e vice—ve1sa, além de

angle com sznglee mass 14 tlmbres diferentes

' "*~*‘r‘5*T.If"'..

(d1agIama


CAPTADORES

E

' 39

PARTE ELETRICA

Ruidoi Iegitizno Izerdeiro E claro que, ao transformar um humbucker em single, uma outra caracteristica que seré

herdada

0 tipico ruido de single coil,

— o Entretanto, ele sera discreto, a uma distorgao. E importante salientar que esse ruido, dependendo da qualidade do captador, podera ser menor do que 0 tradicional de single.

é

menos que

se use

Esta configuragao

é

mais apropriada para

Stratocastexs pelo fato de elas possuirern trés

potenciometros - um volume e dois tons (fora Como nos casos anteriores, é neces— sario que os captadores sejam de bobina du— pla e cle, no minimo, trés condutores.

1

da que se gira o potenciornetro, ele co— mutara os captac1o-

-E

ms aos poucos e ago-

‘E

';~,

TONE

ra atuara como um

controle de Blend

tipo de instrumento, também sera 'ms— talado um “push—pul1”c0m 0 objetivo de tor—

Tais configuracoes

nar singles os captadores da ponte e do braco;

perrnitirao, alérn de

Nesse

‘ Q

diagrama 4) ~

1

»‘

V051’

"Qs-A

um outro para transformar em single o cen~ tral e um terceiro ]'0ush—pulI "a m de possibi— litar que os humbuckezsdas extremidades 0pe— rem simultanearnente fiagzama Em vez de utilizar 0 terceiro ]‘0ush—pu1I'1pode~ se inulilizar um dos controles de tom da Strato

Os extrernos serao operados juntos, como em uma Telecaster na posigao central da

para passar essa fungao a ele. Ou seja, a medi—

nas posigoes intermediaas,

todas as 14 c0mbi-

~

nagoes anteriores, mais no minimo outras seis.

chave, variando com uma tmica ou duas

bobinas. Se for colocada a chave comutadora 0s trés captadofuncionarao concomitantemente e ain da existira a possibilidacle de varia—1os com ' uma ou duas bobmas. res

DijgrSW13 ac O—i|

f

J

' ~

~x:g~ tyldor

Diagrama 4

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Esta configuragao é das mais complee interessantes. propicia para Les Paul ou guitarras com dois humbuckérs

xas

e quatro potenciémetros. A0 contrario das configuragées anteriores, esta tem a necessidade dos humbuckers serem de quatro condutores. Isso porque aqui se trabalha, afora 0 cancelarnento de bobinas, sua defasagern entre si.

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Defasar as bobinas signica fazé-las trabalhar com as polaridades invertidas, 0 que resultara no cancelamento de certas freqiiéncias, mais intensamente as graves. Como os captadores convertem a energia vibratéria das cordas em uma corrente a1ternada que é formada por “picos" e “vales" , quando duas bobinas geram cor— rentes alternadas e seus “pic0s" e “Vales” coincidem, elas estao em fase. Por outro lado se 0 pico” de uma corrente coincide ’ ‘, ,, com 0 vale da outra, estao defasadas. Captadores defasados produzem uma gama de sons interessantes quando a idéia é sonoridade limpa. Entao cada captador tera dois ibus12—pu1ls’§ sendo um para t0rnar single 0 humbucker e 0 outro para defasar as bobinas. O efeito da defasagem s6 sera audivelmente operante quandoocaptador estiver com as duas bobinas funcionando (forma humbucker). Ou seja, 0 push desti—

nado ao cancelamento de bobina devera estar inoperante. Dessa forma, pode-se obter a sonoridade de single com humbucker defasado, single com humbucker, humbuckerdefasado com single. Enfim, aproximadamente 14 timbres diferentes. O diagrama 5 mostra as conexées necessérias.

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CAPTADORES E PARTE ELETRICA v

Dica para

‘3"trate1'1"0”

Deixando de lado os circuitos rnais complexos, esta é uma dica bastante utilizada por “strateir0s", mas que pode ser usada em qualquer modelo. Trata— se da instalago de um capacitor cerémico, cujo valor fica entre 470 pF e 1 Kpf (Jt0 no potenciémetro de volume para preservar as freqéncias agudas normal-

]

mente perdidas quando se reduz, por meio do po-

tenciémetro,

0

volume de som da guitarra (dia-

grama 5). 1

1

5*

Foto 18 Diagrama 6 Jack

Capacitor 470pF a 1 KpF

I ' '\ Vol.

Chave de Captadores

41


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44

~

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Ponte e ca valete para guitarras modelo Les Paul, SC e outros. Possui ajuste individu— al dos carrinhos (saddles) para corregao da afinagao (oitavas), mas nao disponibiliza ajuste para cada corda para regulagem da altura das mesmas. Esse tipo de ponte nao oferece variagé-es nos modelos.

Pants para alguns madelos de sem1'-ac1istica. Nao possui ajuste individual, nem para regulagern de “oitavas” nem para altura de cordas, uma vez que nao possui

Ponte com tremolo para guitarra modelo Strata. Possui ajuste individual dos saddles tanto para altura de cordas quanto para ajuste das oitavas. Esse tipo de ponte tem modelos com varias diferenciagées e recur— sos oferecidos pelos varios fabricantes.

Ponte xa para guitarras modelo Falecaster Possui ajuste individual dos saddles tanto para altura de cordas quanto para ajuste das oitavas. Esse tipo de ponte oferece alguns modelos diferentes com modicagées que variam de acordo corn 0 fabricante.

saddles. Qpera de forma semelhante como um vioiao. S510 poucas as varia<_;6es

desse

tipo

de ponte.


PONTES

Ponte tremolo “Floyd R0se@”. Possui regulagem individual cle seus saddles apenas para ajuste das oitavas. Entretanto, disponibiliza uma melhor operagao do tremolo, assim como um microajuste de afinagao. Existem varios moclelos licenciados desse tipo de ponte. Mas 0 funcionamento quase sempre é 0 mesmo, mudando 0 material empregado, 0 aspecto visual e as formas de fixagao cias hastes de alavancamento.

E

TREMOLOS

I 45

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Materjais usados Qs materiais utilizados na confecgao das pontes fixas e dos tremalos flutu—

antes e dormentes aqueles que, quando nao esto sendo usados, re— pousam sobre a madeiral (fora l) sao cliversos e variam de acordo com fa— bricante, custo e uso. Qs materiais mais comuns 5510 0 zamack, 0 antiménio, 0 ago, 0 niquel, 0 latao, 0 ferro, 0 zinco, 0 aluminio e a fibra de carbono. N50 é comum tremolos Floyd Ruse se— rem feitos de aluminio. lsso porque esse material pode amassar, uma vez que eles s50 mais “judiados” por cau— sa de seu emprego. Esses gera1men— te sao de zamack, ago, antiménio e —

ferro.

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Qs de melhor qualidade possuem, pelo menos, os saddles (fora Z) de ago. Comumente, em embalagens ou em catalogos descritivos, sao chamados de steel saddle. Mas eles tarnbém podem ser feitos de outros materiais e depois laminados com ago steel (sheetmetal) saddle.

Com freqtiéncia, é possivel encontrar saddles de latao ou bronze, cuja especificagao é brass saddle. Zinco também é bem usual, principalmente um tipo bastante duro e rigido chamado de hard zinc que, embora resistente, pode trincar com pancadas. Alguns fabricantes utilizam a fibra de carbono em cleterminados modelos. lsso, entretanto, néo é muito comum.


46

v

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

De todos os materiais citados. no que se refere 3 pro~ pagagao Sonora, nao existe nenhuma discrepéncia volumétrica. Mas os timbres podern mudar. Deter~ minar qual deles oferece melhor sonoridade é dificil, porque é preciso levar em consideragéo 0 gosto de cada mlisico. Mas, quanto resisténcia, os argumentos séo mais determinantes. Os materiais mais frégeis sao 0 zamack, 0 antimonio, o aluminio, o zinco e o latéo, nesta ordem. 51

Neste campo, um dos mais baratos e simples é 0 tremolo do tipo ljloyd Rose, cujas cordas sao presas por trés oto 3). Esse é destinado a quem néo usa com freqtléncia os recursos da alavanca, pois essa forma de coloca— @510 de cordas permite que ela se mo-

vimente quando alavancado

0

tremolo, provocando algumas \'aria— goes na afinagéo.

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F010 3

Mais diretamente.

0 uso dessa Flo)/dRose dirige-se a pequenos vjbraros, corno os de uma Strato, porém. mais precisos e firmes.

Outro modelo bem comurn

é

aquele cuja corda

se pren—

de por meio de cubinhos aproximadamente no

dos saddle; (foto 4). Nele.

a

C€1’1U"O

eficécia no travamento das

é notoria tanto visual quanto auditivameme. Entao, com esse tremolo. pode se alavancar com mais vigor. Uma vez que as cordas néo se movimerltam em seu c2irce— re, a variagao na afinagao é pequena. Até o momento, desconhego se fora inventado qualquer outro sistema de travamento efetivamente melhor.

cordas

Foto 4


PONTES

E

TREMOLOS

v

47

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Foto 6

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A forma de fixagao da haste ou brago cle alavancamento (fora 5) tern papel fundamental na funcionalidacle do tremolo. Os mais simples possuem a haste com

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rosca (fora 6), que é colocada diretamen~ te na base, parte em que ha uma contrarosca (fora la quando novo. esse sis—

tema apresenta uma pequena folga que,

W

apos algum tempo de uso, aumenta

Sistema eficaz que é usado freqiientemente pela Ibanez. Consiste em uma haste corn pequenas buchas de plastico (fora 8), que, quando colocadas no comparti-

aderéncia e a fixagao sem folga alguma. rnuito funcional. Entretanto, apos alggm tempo. passa a sofrer da mesma enfermidade do sistema ante~ riori perde 0 aperto. A solugao é trocar os reparos de plastico (quando sao acha~ dos). Caso contrario, 0 uso de fita reon sera necessario.

mento de encaixe

I

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tor-

nando barulhenta e pouco eficaz a execugao das alavancadas. Se \'océ quiser fazer. por exemplo. um pequeno vibrato‘ de apr0ximadamente 3mm da agao da haste. [era de atuar a cerca de 5mm para compensar a folga.

°0z‘0 .9),

promovem

a

Foto 8 \

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48

' GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

S1sterna bern comum e mais efi— c1ente (fora 10). Trata—se

de uma haste sem rosca na sua

extrenndade. Mas com uma BSPBCIB de porca ’0t0 1]) que e rosqueada a uma dada elevagéo corn a contra-rosca que fica na base da Floyd (fora 12). Aqui, quase néo se gera folga. Por outro lado, perde—se 0 aperto da rosca. Ou seja, néo se consegue deixar a haste rfg me em urna deterrninacla posiQ50. Mesmo pressionando bastan— te a rosca, depois de certo tempo de uso, ela solta, ficando para bajxo mas sem folga. Por isso, existe a necessida— de de pegé-la perto dos potenci6metros quanclo utilizada ”0t0 14). P0de— se usar uma fita teon para conseguir x meihor aperto.

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Foto 11

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Foto 12 Foto 10

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PONTES

E

TREMOLOS

I 49

A instalagao da Floyd Rose, feita por lutlziem ou pela propria fabrica, tem de ser perfeita. Os postes, ou pivos de sustentagao Karo 13), devem estar milimetricamente paralelos entre sl, sem ranhuras ou folgas. Afinal, isso compromete diretamente 0 uso do tremolo. Por tal motivo, é imprescindivel que um luthier veja seu instrumento periodicamente. Quanto mais firme, justo e sem

discrepancias de alinhamento for

0

tremolu Floyd Rose, maiores serao os efei— tos obtidos e menores as desagradaveis desafinagoes. Também é importante lem— brar que 0 mtlsico que desejar ser um “Van Halen da vida” devera optar por

uma guitarra com tremolo F10)/dR0se preciso e de extrema qualidade, para que nao se desaponte futuramente. Ja os guitarristas que utilizam rremolos somente para leves vibratos poderao optar por modelos de Floyd Rose mais simples.

3.5 E um dos sistemas que mais me agraclam.

Ele é utilizado pela Gotoh. A haste

é

sem

rosca ou com a rosca embutida no seu cor-

po foto 14)

e

que, quando rosqueada na

um parafuso Allen cle travamento lateral Kora 15 impossibilita qualquer folga ou perda de aperto, disponibilizando varias opgoes de tensao no movimento da haste, bastando regular essa operagao no parafuso lateral. Qu seja a altura da haste é ajustavel por meio da rosca, como a tensao de movimento da mesma. Em outras palavras: superfuncional.

sua base que possui

Foto 14


50

v

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Q5 modelos enumerados a seguir szio os mais comuns. Entretanto, 0s demais néo

possuem caracteristicas ou funci0na1ida— des diferentes. Primeiramente, é importante saber que as pontes fixas séo aquelas cuja fixagéo na ma— deira faz—se por cornpleta, nio permitin— do nenhum tipo de tremolo. As vantagens e desvantagens dela estéo di— retamente ligadas ao que se quer obter. Se quiser usar uma guitarra sem riscos de clesanagao e nao for utilizar uma alavan

ponte fixa é a melhor opgéo e ainda ganha um pouco mais de sustentago no sorn pelo fato de a ponte estar fixa por

ca, a se

completo no corpo. Entretanto, se a proposta for usar técnicas em que um tremolo seja necesseirio, de nada ela adiantaré. Uma ponte tremolo tem a mobilidade como principal vantagem. Mas possui a desvan~ tagem de possiveis variagées na afina<;éo. Na fixa, tem—se uma melhora na sustenta— @510 do som e firmeza na anagéo. N510 se tem, entretanto, mobilidade alguma.

Eis aqui outro modelo rnuito comum. Em sua base, jei vem 0 espago para instalagéo de um single coil ou humbucker. Possui regulagens individuais dos saddles, proporcionando

uma homogeneidade na altura das cordas em relagéo ao brago.


PONTES

E

TREMOLOS

~

51

Mais um modelo extremamente comum. Esse tipo de ponte mais seu cavalete séo encontrados em diversos outros modelos de guitarra. §G, Ernie Ba]! Music Man e fackson Flying séo alguns exernplos. A regulagem de oitavas nesse sistema é feita individualmente (corda por corda), 0 que néo acontece no ajuste da altura de cordas. Esse é feito por meio de dois parafusos de sustentagéo e pode deixar a desejar se 0 musico for m1_1it_Q exigente na relagéo entre uma corda e outra, porque néo é possivel fazer 0 ajuste individual. Em alguns casos, seu luthierpoderé serrar um pouco os carrinhos para um microajuste.

Madelo Max Cavallera Signature, da ESP.‘ SC com pants Tone Pros Locking


52

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

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Em sua grande maioria, as guitarras semiacsticas possuem um sistema de ponte que nao pode ser chamado de fixo. Pois, apesar de ele ser parecido com a anterior, nesse instrumento a ponte, a principio, pode ser caracterizada como fixa porque nao tem alavanca. Entretanto, ela é mével ja que nao ha parafusos que a prenda no corpo. Esse sistema mantérn as caracteristicas sonoras dos anteriores, mas nao possui regulagem individual nem de 0i— tavas, nem de altura de cordas como no caso anterior, seu Iuthier pode serrar as —

P

concavidades da ponte a fim de gerar urn

microajuste. Outro inconveniente nesse sistema é que, como nao ha parafusos fixando a ponte e nem poderia, do contrario nao haveria como ajustar as oitavas —, é necessario “fazer as oitavas” todas as vezes em que 0 encordoamento for trocaclo. Existem alguns truques para evitar esse frabalhoi trocar as cordas uma a uma ou marcar com fita adesiva exatamente 0 lugar em que a ponte estava. A primeira forma é bem mais ecaz.


PONTES

E

TREMOLOS v 53

Esta empresa oferece alguns modelos interessantes, como 0 da fora 15, eficientes em relagao a tremolas, dado 0 fato de que toda essa ponte tem um equilibrio melhor na distribuigao do peso. Sua funcionalidade esta entre regular e muito boa. Em alguns casos, quando a instalagao é

feita primorosarnente e 0 instrumento dispée de tarraxas com travas, roller nut ou nut de latao, é possivel utilizar esse tremolo com a mesma eficacia de uma Floyd Rose. Um grande diferencial de algumas pon— tes da Wilkinson é uma trava de haste feita por meio de um parafuso Allen (fora

l

Pom 17 que evita qualquer tipo de folga na haste da alavanca e possibilita que 0 usuario regule também 0 movimento e a al-

tura da haste.

Ambas empresas disponibilizam no mercado um tipo de ponte tremola que nao é facilmente encontrado. Entretanto, sao bem eficientes. Trata—se de um modelo em cujos saddles existe um sistema roller — roldanas que impossibilita que as cordas se travem quando alavancadas ou esticadas por —

intermédio de bends. Sua funci0nabilidade esta entre regular

e

boa.


54

Q

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

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tradicional para Strata

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Foto 18

O mais tradicional para Strato é 0 da prépria Fender Stratocaster (f0r0 J5). Sua fixagio é feita por seis parafusos e possui regulagem individual de oitavas e de altura de cordas. Sua funci0na1idade esté entre sofrivel e satisfatéria. Néo se pode esperar que esse tipo te— nha um desempenho de uma Floyd Rose. Entretanto, quando instalados

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acessérios, como tarraxa com trava e roller nut, sua atuagéo quase sempre apresenta melhora significativ a. Esse tremolo pode ser encontra do também com 0s saddlex banhados em cromo fosco (feta 1.9) e, as vezes, feitos de titénio ou aluminio. Isso melhora um pouco 0 desempenho nos aspectos firrneza na afinagéo e resisténcia

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Foto 19

CC

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PONTES E TREMOLOS

Modelo muito cornum

Mata Z0). Possui as

mesmas caracteristicas do anterior. Mas sua

fomqa cle atuagao

é

mais préxirna de

UIT18

oferegam

a

mesma “forga” que

sentam. Dessa fonna,

a

ponte

~

55

as

cordas apre—

se

tomana u-

tuante.

Floyd Rose, assim como 0 rnoclelo da

Nesse

V\/ilkinson citado anterionnente, e isso 0 faz ser mais ecaz. Sua funcionalidade esta en-

seguinte fonnai quando se alavanca para “bai-

xo” (descendo a afmagao),

tre regular

xadas e as molas sao esticadas. Quando 0

e

satisfatéria.

tipo de sisterna. 0 Uvmolo funciona da as

cordas séo afrou— m1I1—

A razao pela qual a xagao e a sustentagéo por intermédio cle dois unicos pivés - 0fere— éem melhor performance ao memolo, ern re—

te do tremolo, as molas deixam de ser estica-

lagaoaestabilidade da af'1.naga0,ca por conta

entao,

de a ponte operar de maneira utuante.

As—

sim, nao ca apoiada no corpo da guitarra quando nao esté sendo utjlizada nem possui os seis parafusos tradicionais arnputando seus

movimentos. Por tais motivos, é possivel estabelecer um equilibrio melhor entre a tensao das cordas

X a tensao

das molas. Esse “due10“ pocle ser

explicado por meio do seguinte exemploi su—

sico interrompe a “alavancada, soltando a has-

voltam a sua condirgao nonnal. Puxam, as cordas para a sua tensao original, fazendo a anagao correta retornar imediatamente. Ja quando se alavanca para cima (sudas e

binclo a anagao), as cordas sao esticadas e as molas compactadas. Quando inter-rompicla a “alavancada", as rnolas deix am de ser compri-

midas. Assirn, voltam a sua tensao ajustada

anteriormente. E, ao mesmo tempo, levam as cordas, novamente. a sua afnagao correta. O argumento mais determinants a favor das

ponhamos que seis cordas de medida O09, na guitarra, proporcionem “30X" de tensao a ponte. Imaginemos que essa

sistema, a ponte. por nao car utuante,

mesrna ponte possua trés rnolas, que

costa totalmente sobre 0 corpo da guitarra.

anadas

deve—

pontes para Strato, que tém Fxagao tagao feitas com os seis parafusos,

é

e

susten-

que, neste

en-

rao ser ajustadas a m de gerarem indivlclu—

Dessa maneira. proporciona melhor susten-

almente a tensao de “10X" para que, juntas,

tagao (dumgao) das notas. quanclo tocadas.

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58 - GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

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Seringa plastica Utilizada para injetar em componentes

eletrénicos produtos quimicos para limpeza

e

lubricagéo.

Pincel Utilizado para limpeza de componentes eletrénicos.

Lima Chata Lima de média abrasividade usada para nivelar a superficie dos trastes.

Limas para capotraste Ferramentas projetadas para ajustar altura de cordas no capotraste.

Ferro de solda Ferramenta elétrica destinada de componentes eletrénicos.

Pedra de Carburundum - Lima utilizada para nivelar

a

2:

soldagem

superficie dos trastes.

a


REGULAGEM COMPLEFA

Palha na de ago Usada para limpar

e

polir trastes -

e

' 59

escala.

1

X,

Fita crepe Pita adesiva utilizada para isolar

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1

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areas que nao

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podem ser sujas ou riscadas.

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Lixas Utilizada para retirar riscos e polir os Lrastes.

Limas para trastes Limas projetadas exc1usiva— mente para estreitar e alinhar trastes de instrurnentos.

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Chaves de fenda, Philips e Allen Ferramentas utilizadas para ajustes

e

regulagens.


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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

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1

Foto

E 0 trabalho -efetuado por Iuthjezs quando o instrumento apresenta trastes amassados,

desnivelados, marcados pelo uso ou até mesmo malcolocados de fabrica. Qualquer um dos casos proporciona desconforto ao tocar, pois as clepressoes neles apresentaclas servem de obstaculos para as cordas, dificultando a execugao de vjbratose bendse a uéncia deles. No caso, por exemplo, de uma guitarra trastejar ou estar dura, existe a possibilidade de eles estarem desnivelados. A auséncia de

uniformidade entre os trastes ocasiona também uma irregularidade de apoio de um para 0 outro. Imagine 0 terceiro traste mais baixo do que 0 quarto. Ele, dessa forrna, nao gera a altura adequada da corda para ela propria soar Iivremente. Em vez de 0 terceiro estar mais baixo, poderia acontecer

de 0 quarto estar mais alto. Assirn, os pro-

blemas surgiriam de qualquer forma. Nestais sintomas devem ser diagnosti-

se caso,

1

cados por um luthierexperiente, que ira ob-

servar a existéncia ou nao de algum traste solto, pressionando—o contra a escala para

verificar

se

ha movimento (fora

]

Caso

exista, eles devem ser colados para, no mo-

mento da retica, nao se deslocarem, 0 que os gastariam de maneira errada. Apos essa operagao, a escala devera ser isolada com ta adesiva (lm Z). Pom 2


REGULAGEM COMPLETA

Retifica parte

61

II

Agora, os trastesja estao prontos para serem retificados. A ferramenta usa— da para esse processo é uma lima fina pouco abrasiva ou uma pedra de carburundum, aquela utilizacla para amolar facas. Tal operagao é a mais delicada de todas. Pois os trastes devem ser atingidos por igual e com a mesma intensidade. Até considerando 0 abaulamento da es-

,‘

v

cala, porque, se assim nao for, podem ser danificados e desnivelados mais ainda, de forma, muitas vezes,

irreparavel, tornando a troca inevitével. Portanto, sé profissionais estao capacitados para

esse

servigo.

Q‘

EV

1

5

O préximo passo é reduzir os riscos deixados pela lirna ou pela pedra com uma lixa n ° 240. D eve-se passa—la ' ' " na mesma dlregao em que a lima fora usada antes. Nenhuma regiao, também corno no processo anterior, deve ser atritada mais que outra.

d"agua

Assim, evita—se a criagao de desniveis.

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62

Q

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

F

A0 nivelarem os trastes entre si. tanto a lima quanto a pedra tenclem a deixé—1os com um formato achatado. Uma vez retirado aquele desenho arredondado. é causado, afora 0 aspecto de velhice. um possivel indicio cle trastejamento. Pois sua superficie de atrito, agora com essa nova forma, ficou maior — é importante frisar que 0 campo de movimentagéo da corda também foi ampliado, 0 que pode tornar 0 instrumento um pouco duro -. possibilitando que as cordas trastejem sobre 0 préprio traste tocado.

Formato arredondadoi a solupao para 0 traste;-jamento

IL. Para evitar esse problema, os ]uLh1’ersutilizam uma lima especial. Ela fora exclu— sivamente desenvolvida para sanar tal di— ficuldade. Seu formato abaulado, de vérios tamanhos, adapta-se aos mais di— versos tipos e dimenses de trastes.

‘____‘

K

Essa ferramenta é trabalhada em um traste por vez, devolvendo seu formato arredondado. Também é preciso ter experiéncia para usar essa Iima. Se néo for

utilizada corretamente, pode deixar 0 traste torto ou riscado.


REGULAGEM COMPLETA

~

63

Foto 4

Concluida a etapa anterior, deve—se des— gastar as laterais dos trastes a fim de que

H

as méos dos mtlsicos néo sejam machucadas essa operagéo também é —

feita com uma lima fina, abrangendo praticamente todos eles ao mesmo tempo. A ferramenta tem de ficar inclinada de forma sutil para a parte de dentro da escala (fora 3).

A mesma lima utilizada a firn de arred0n~ dar 0s trastes, ou outra bem semelhante, é usada para acertar as pontas das laterais superiores; que também podem causar cles~ conforto a quem estiver tocando °01‘0 4).

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muita presséo, mas com vérias Na seqijléncia, vem 0 acabamento. Com uma lixa d’égua n° 600 e outra de n° 1200, séo retirados 0s resquicios deixados pelos processos anteriores. Neste momento, também séo aplicadas as lixas sobre os trastes com a rnesma pres— séo e numero de repetigées (fora 5). Q uso de uma esponja de ago daque— las das mais finas, comuns em cozinha —, agora traste a traste, urn a um, sem —

to

e a

eliminagéo cornpleta dos riscos

(fora 6). Depois de tudo isso,

é

tirar

a

fita ade-

siva com cuidado, limpar a escala, hidraté-la sem encharcar corn algum tipo cle éleo ~ é rgcomendével um cle liméo geralmente importado, cujo uso é diri— gido a essa fungéo e concluir 0s outros itens da regulagem —

L Foto 5

repeti—

gées, faz—se necessério para 0 polirnen—

/

Foto 5

/)/


64

v

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Ajuste do éngulo do brayo Em instrumentos com brago parafusado, seu angulo é ajustado por rneio de calgos feitos com laminas de madeira que 0 luthier coloca na base da guitarra a m de que ele fique perpendicular ao corpo gura 1) ou um pouco inclinado para baixo (gum Z) e nunca para cima. Figura

(

1

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Nesta: ilun‘rag:5es, as bragvs 5:50. exageradamente, anguladm para facilirar a explicapéa e a v'isua.l1'L2;0

Y;____________‘”“‘”“5 _ ' im

Figura 2

<“‘"_“ ‘Ti ““ ‘f """""" Sac comuns instrumentos com dispositivos de ajuste atras do brago, entre 0s parafusos (na parte) de fixagao

(feta

Foto 7

Trata—se de

um parafuso do tipo Allen que empurra 0 brago para cima até encontrar 0 angulo desejado. Entretanto, 0s parafusos de fixagao do brago devem ser afrouxados antes de ser iniciada essa operagao. Q ajuste do angulo ser— ve para que as cordas passeiem de forma mais

homogénea sobre a escala e a guitarra que mais equilibrada em relagao a maciez e ao conforto na tocabilidade.

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5

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REGULAGEM COMPLEFA

~

65

Foto 8

O tensor Kata 8)ta1vez seja 0 mais importante item no ajuste da agéo de cordas. embora primeiro a0 nono traste, aproximadamente‘ no que se refere

seja mais determinante do Q

altura das cordas.

é 0 responsével direto pelo brago inteiro nas questées de uniformidade e trastejamento, estipulando 0 quanto a escala ficaré reta (gura 3). céncava (gura 4) ou convexa (fora 5).

Ele também

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Figura 3

ilustragies. as brag); rsréa. exageradamsnre. fmpenadas eangulados pa1a facilizar a explirapéa e a w'sua1i1a;é0

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Figura 4

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Figura

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66

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

O capotraste opera determinantemente no inicio da escala. E e urn dos itens de fundamental importancia para 0 ajuste da agao de cordas. Ele é adequado por rneio de limas e serras normalmente destinadas a esse fim ‘0t0 9). Calgos, muitas vezes. sao necessarios para tal adaptagao, assim como 0 desgaste da base do nut (f0z'0 10) é comum nesse tipo

de operagéo.

Foto 9

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Foto 10

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Regulagem de oita vas e ajuste de anayéo Essas expressoes se equivalem e se referem ao rnesmo problema, que é 0 da guitarra nao afinar em toda a extensao do bra<;o, caso nao esteja regulada. O principio da afinagao funciona da se~ guinte format como medida—padrao, a guitarra deve ter a mesma distancia do capotraste ao 12° traste e dai até o car~ rinho da ponte, exatamente na parte em que a corda se apoia. Dessa forma, o 12° traste marca, precisamente, a me— tade do espago entre esses dois pontos. N0 caso de uma guitarra de 24 trastes (duas oitavas), essa medida compreende aproximadamente 33 cm do nut até 0 12° e O mesmo até 0 saddle, 50* mando 66 cm. Esses ndmeros podem variar bastante com relagéo a0 pro_je~ to — no que se refere ao comprimento da escala e tamanho dos trastes. Mas

0 12° traste sempre tera a metade da

distancia verificada. Em um insrrurnento, nao é apenas isso que determina o quanto eficaz sera a afinagéo dele. Fatores como medidas bem calculadas entre os trastes, boa coIoca— gao e a qualidade do hardware definern a honestidade nesse quesito. Urna guitarra bem—feita e calculada — mas que nao produz urna afinagao perfeita — deve ser regulada variando 0 espago entre 0

nut e

0 saddle.

Como detectar

e

corrigir

um desajuste Ha anapév Produza um lgarmonico no 12° traste com a corda solta a ser testada. Com a ajuda de um tuner, que é um afinador e1etroni~ co, afine-0 na nota correspondente dela


REGULAGEM COMPLETA I

Foto

1 1

A ponte atua mals diretamente com re— lagéo a agao de cordas, mais determinantemente no fim da escala. Seu ajus— te varia de acordo com 0 modelo. As ferramentas utilizadas sao as chaves Allen e Philips, ou de fenda, podendo ter dois ou até doze parafusos de regu— lagem (fora I Vale ressaltar que, quanto mais baixaa aoéio de cordas, mais confortavel torna-se a execugfao. Em alguns casos, porém, a susten— tagao fica um pouco comprometida por haver pouco espago fisico entre 0 traste e

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corda. Por essa razao, torna-se restrito 0 padrao vibratorio das cordas. Assim, quan-

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to mais alta a agao, maior a sustentagao. Mas 0 exagero pode comprometer a afinagéo. Por tal motivo, 0 equilibrio novamente é irnprescindivel para um melhor desempenho.

Foto 12

mesma. Em

nem encostadas no

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traste (foro 12)‘

seguida, toque-a no 12°

Essas dicas servem apenas para peque-

traste, so que, dessa vez, pressio— nando-a. Se a nota tocada e 0 harmonico esti— verem exatamente na mesma altura, a a— nagao estara perfeita. Entretanto, se ela estiver mais alta do que ele, signica que a distancia entre o nute o saddle esta cur— ta. Deve—se aurnenta-la, puxando—se 0 saddle para tras. Mas, se ocorrer ex atamen— te 0 contrario - nota mais baixa que 0 harmonico -, é porque 0 espago entre nut e saddle estzi muito longo e devera ser en: curtado levando 0 saddle para frente. E claro que a precisao do tuner tern de ser perfeita para nao comprometer o ju1ga— mento e a regulagem. Tal ajuste pode ser conseguido apenas julgando a afinagao pelo seu ouvido. Certas freqiiéncias, po~ rérn, podem passar despercebidas. A a1tu— ra das cordas no nut e na ponte tarnbém pode comprometer o julgamento. Elas nao podem estar demasiadamente altas

ocorrer a LFOCEI do encordoamenro, por exemplo, é necessario fazer um acerto. Do contrario. recomencla—se procurar um Juthier para os devidos ajustes. Pois até o éngulo da FYO)'0' Rose pode prejudicar a afinagao, Um julgamento errado por parte do mrisico. ou mesmo uma precipitagao, pode agravar o problema. E importante lembrar que todos esses consertos so devem ser feitos quando o instrumento est_iver com encordoarnento novo colocado no rnomento do ajuste e de boa qualidade, pois, quando as cordas envelhecem, vao perdendo a afinagao por toda a escala. A pressao que se aplica com os dedos sobre as cordas, no momento do teste de afinagéo, deve ser a mesma de quando se toca 0 instrumento para néo haver um julgamento errado. Um ajuste inadequado pode gerar diferengas na afinagao.

nos reparos ern instrumentos regulados. Se


68

' GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

A regulagern de tensao de molas equilibra 0 tremolo contra a agao Idelas préprias. O desequilibrio acontece quando sua forga é superior ou inferior a exercida pelas cordas.

problema pode ser notado pelo desalinhamento do tremolo em relagao a superficie do corpo da guitarra, principalmente na hora de trocar 0 encordoamento, embora possa também ocorrer durante 0 uso normal e freqtlente do instrurnento, mesmo que ele esteja perfeitamente regulado, claro que, nesse caso, as p0ssibi1idades sao menores, mas reais. Esse

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Ele é equilibrado pela tensao das molas. Tanto elas quanto as cordas tém de estar

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esse problefalta de paciéncia no momento de afinar a guitarra. especialmente depois de trocar as cordas. Quem possui rnodelos providos de tremolo; utuantes sabe 0 quanto é complicado ajustar a afinagao nessas horas; afina-se a primeira. a segunda e assim por diantei quando se chega a dltirna, a primeiraja esta desafinada. Para ter 0 equilibrio, seria preciso que todas as cordas fossem afinadas ao mesmo tempot Como isso é impossivel, muitos musicos perdern a paciéncia e comegam a tensionar demais as cordas na esperanga de acelerar o“process0. Na realidade. assim as rnolas sao “dilatadasu. fazendo 0 tremolo precisar de um novo ajuste para

exercendo 0 mesmo grau de tensao para que 0 tremolo mantenha—se equilibrado e, assim, tenha um curso tanto para baixo quanto para cima, nao causando nenhum tipo de discrepancia na afinagéo ffoto l3). Mas, muitas vezes, na troca do enc0rd0amento, mesmo respeitando as medidas, as mudangas de marca sao 0 suficiente para criar desequilibrio. Cordas de em— presas diversas, mesmo que de medidas iguais, possuem pequenas diferengas de tensao que podem gerar a instabilidade. Se a tensao (pressao) das cordas for um pouco rnenor, isso fara 0 tremolo inclinar para baixo — a tensao das molas sera mai— or que a das cordas (foto l4) — ou vice—

Foto 13

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Outro fator que pode gerar

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REGULAGEM COMPLETA

0

69

bindo), acaba elevando a agao de cordas. 0 que deixa a tocabilidade da guitarra desconfortével. Em qualquer um desses casos. a regulagern deve ser feita na parte traseira da guitarra por meio dos dois parafusos de xagéo das molas Mata ]E1as tém de car alinhadas, bem como os parafusos. Quando a tensao das

Variagées bruscas de temperatura também

podem trazer esses problemas. Calor e frio causam, tanto nas cordas quanto nas molas. uma dilatagéo ou contragéo. Uma vez que ambas possuem dimensées e materiais dife— rentes, nenhum desses dois fenémenos fisicos ocorre de forma homogenea, o que causa desequilibrio (2t0 16). Além de prejudicar a anagao, quando 0 Zremalo cede para baixo, também pode abaixar a agao das cordas, 0 que acaba provocando trastejamento. Quando acontece 0 contrzirio (0 tremolo su-

cordas for maior, eles devem ser apertados para equilibrar e vice-versa. Ha casos em que,

na mudanga de medida das cordas (de 0.10 para 0.11, por exemplo), é necessério até 0 aumento da quantidade de molas ora 18).

Foto 16

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,\ Dicas de anapéo

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Entéo comece pela 6° corda, indo para a 5°. a 4°. a 3°, a 2° e a 1°. Depois. inicie pela 2°. passando para a 3°, a 40,21 3° e a 6°. Em seguic1a,da 5° para a 4° e assim por diante. Dessa forma, todas elas serao afinadas duas vezes per série. No momento da troca, tarnbém é pos§ivel substituir corda por corda. Tire a Mi usada (sexta), por exemplo, e coloque uma nova e afine. Adore esse procedimento para as demais. Assim, reduz-se a possibilidade de desequi1ibrar 0 tremolo. Urna outra dica é escorar a parte traseira dele corn uma anela antes de retirar as cordas velhas. Dessa maneira, quando estiver sem elas, ele ficara na mesma altura, facilitando que 0 instrurnento seja afi~

nado apés a colocagéo do encord0amento novo, uma vez que 0 tremolo néo cedeu na troca.


70 - GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

NUHIH regulagem completa ou parcial,

néo pode faltar uma limpeza nos

p0—

tenci6metros, chaves e jacks, seja por estarem

Pot“ 19

produzindo chiados ou ruidos ou ape nas por prevengéo

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Para higienizar

p0ten<:i6metros, eles deveréo ser aberto s com extremo cuios

dado (futu 1.9) e limpos por dentro com um pequeno pincel embebi— do levemente em benzina. E evidente que, para esse tipo de processo, eles deveréo ser retirados do sistema com um ferro de soldar (f0t0 Z0). Sc’) com essa ferrarnenta é que se conse~ gue soltar a solda dos contatos e, de~ pois disso, remover os fios nele presos.

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REGULAGEM COMPLETA

Mas, para uma limpeza menos detalhada e mais rapida, é possivel injetar diretamen~ te no potenciometro benzina ou alcool isopropilico com uma seringa (f0t0 O ideal é c01océ—l0s tanto na parte superior ”0t0 Z2) quanto na inferior fora 23). Trata-se de dois quimicos volateis que, sa caracte— P0r conta ristica, evaporam com facilidade, néo deixando resquicios de umidade ou gordura nos quais poderiam grudar p0ei— ra ou ser gerada alguma oxidagao. Certos éleos em spray déo a impressao momentanea de que 0 problema esta sanado logo apos seu uso. Na maior parte dos casos, porém, 0 problema volta mais forte. Isso ocorre porque eles limpam os contatos. Mas também os impregnam de tal forma que a sujeira e 0 po ali se fixam com incrivel facilidade. As vezes, até chegam a causar danos irreparélveis.

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GUIA ILU§l'RADO DA GUITARRA

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de comutagéo deveré passar pelo rnesmo processo que os potenciérnetros. O seré injetado internamente nas partes superior (fora Z4)

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seguir, deveréo ser mudadas suas posigées repetidas vezes para que ele atue por completo.

De forma geral, 0s maus contatos acontecem nos jacks por falta de presséo em suas garras de contato (fora Z6). Mas uma limpeza tambérn com eilcool ou benzina é necessaria (fntos Z712 Z8).

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Foto Z6

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REGULAGEM COMPLETA

~

Regulagem da altura dos captadares Depois de passarem por todos os processos anteriores e estarem montadas, é 0 momento de as guitarras terem

a altura de seus ca tadores ajustada. Essa corregao e necessaria para que eles nao fiquem muito proximos das cordas, 0 que tornaria 0 som saturado e pouco definido. As

vezes, isso até poderia

restringir

0

padrao vibratorio delas, poclendo alterar a afinagéo. Ja no caso cle os captadores ficarem muito afastados, p0der—se—ia gerar a perda de volume e sustentagao. Tal adequagéo tam— bérné imprescindivel para equilibrar o volume entre eles. Assim, 0 da ponte néo ficara com maior volume que 0 do brago, por exernplo.

PI‘0C€diH2€Hf0S 3 S€I'€IH tamadas Embora 0 gosto pessoal seja 0 fator determinante quanto ao resultado do ajuste ante— rior, alguns procedimentos

ponte, porque ele desempenha a fungao de lider, servindo bem. com seu maior ataque, para solos. Portanto, esse serao P rimeiro re ulado or conta de sua proximiclade as cordas, que serao responsaveis pela massa de vo-

lume propagada pelo

devem ser seguidos. Deve-se comegar pelo captador da

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captador. A partir de tal parametro, ajustam—se 0s demais. Como jzi fol descrito, quanto mais proximo das cordas 0 captador estiver, maior sera 0 indice de som produzido. Logo, quanto mais longe. menor volume emitira. Mas, geralmeme, 0 captador nunca devera ficar mais proxirno do que dois milimetros das cordas nem mais longe que sete [fora Z9). Os outros serao acertados tendo como referéncia o som do captador da ponte para que toclos tenham o volume de som equillbrado entre si. Tudo isso rem por objetivo néo deixar que haja cliscrepancias volumétricas quando a chave seletora for utilizada.

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76 - GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

1Retire

as cordas e verique se nao hé nenhum traste amassado ou "frisadou (marcado). Se encontrar algum. é hora de procurar um Jurhier para que ele efetue um servigo de retifica (vide cap. 4). Se apenas estiverem sujos, sem brilho ou amarelados,

nfao se preocupe. Isso se dé

pelo uso. Picaréo novos apos serem higienizados.

2Para limpar

trastes e escala, deve—se isolar captadores, chaves e todos os orificios e entradas do cornpartimento e1é—

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trico com fita adesiva, também conhecida como fita crepe. Assim, evita—se que os detritos da limpeza grudem em componentes do tipo chave ou potenciometro, 0

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que poderia danificé-los.

3Com

cuidado e pouca presséo, passe palha de ago da mais fina que existir sobre os trastes. Isso retira os fragmentos de ferrugem denados pelas cordas velhas. Dessa forma. eles se tornaréo lisos e polidos para uma melhor perfarmance. a

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4Posteriormente, usando um pedago

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maior de palha de ago, remova da escala a gordura que foi deixada pelas méos. Esfregue—a levemente e em movimentos circulares.

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CUIDADOS

1-Este préximo

passo consiste em

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DICAS ESSENCIAIS

~

77

tirar

da escala e do corpo do instrumento 0s residuos deixados. Isso deve ser feito corn

cuidado para que nada seja arranhado. Com um pequeno espanador ou uma escova de sapatos de cerdas macias, retira.rn—se a p0ei—

ra e as limalhas de ferro da palha de ago a fita adesiva branca, que cobre os captado— res e a chave, ajuda a visualizar melhor se ainda resta algo grudado nas proximidades dos captadores, uma vez que estes, por pos suirem imas, exercem uma atragao magné— tica sobre detritos de metais. Passe delica— —

' clamente a escova de sapatos para que nao haja nenhum tipo de agressao a pintura.

Depois, retira-se a fita adesiva com cuidado e segue~se adiante.

2Com

uma pequena esponja, passaurn éleo a base de limao — na realidade, trata-se de produto especifico que limpa e hidrata deixanclo um aspecto de natural, sem brilho intense‘ porém, nao ressecado. Ele pocle ser encontrado em algumas lojas de insrrumentos musicais. Caso haja dificuldade em acha-lo. consulte seu ./uthier para que ele lhe indique onde comprar. N210 use nenhum tipo de cera ou polidor. Tais substancias deixarao resquicios ou possiveis manchas nos sulcos da escala. N510 havendo o produto, utilize 0 rnét0do caseiro descrito abaixo. que rem quase a rnesma eficacia. se, sobre escala e trastes,

*

ink Coma fazer dleo para

hidratar escala

Esprema meio limao em um copo e adicione, em igual quantidade, cileo de cozinha e alcool ' isopropilico. Essa combinagtao caseira atua na hm peza e na hidratagao. Q alcool isopropflico, além de limpar e nao deixar a escala Limida por ser ex— tremamente volatil, abre os poros da madeira para que ela receba melhor a limpeza do suco do limao e a hidratagao do éleo.

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78

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Hardware N0 caso de uma ponte tremolo, do tipo Floyd Rose, 0 primeiro passo é verificar se 0s parafusos que fix am os saddles estao bem—apertad0s. Assim, suas oitavas nao perderao regulagem nem gerarao qualquer desafinagéo quando for usada a alavanca.

Compre uma escova de dente de cerdas macias

e a

deixe para uso exclusivo de seu

instrumento. Com ela, retire a poeira ou outro detrito acumulaclo na F70}/dR0se. Em seguida, pingue na escova trés gotas de éleo fino de maquina — produto encontrado faciimente em qualquer supermercado. N510 servem aqueies em spraydo tipo WD 40 - eles podem corroer 0 material de seu hardware mais adiante. Entéo escove novamente a ponte, lubrificando-a. Isso fara os parafusos de seu tremalo nao travarem futurarnente e também evitara que apare<;am possiveis pontos de ferrugem, além de deixar sua ponte com um aspecto visual muito mais agradavel. N0 caso das de Strato (fate I) ou cle Les Paul {f0t0 2), nao é necessario 0 aperto de parafusos. N0 entanto, a escovagao e

Materiais usados para

a

limpeza

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lubrificagao sao imprescindiveis. Nas é in-

pontes de contrabaixos, tudo isso dispensavei.

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CUIDADOS

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DICAS ESSENCIAIS

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79

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As tarraxas devem ser limpas com flanela seca e lubrificadas com 0 mesmo oleo em toda sua extensao. Isso reduz a possibili-

dade de aparecerem pontos de ferrugem ou desgaste excessivo do cromo.

Os parafusos de fixagao dos straps, rolda— nas em que se prende a correia, devem ser

sernpre apertados, pois, quando comegam soltar, criam uma folga com 0 passar

a se

do tempo que so se soluciona tampando 0 furo anterior e abrindo outro [vjde cap. 5). Os straps devem também ser Iubrificados regularmente. A base do 10ck1'ng nut (trava de cordas), assim com suas morsas e parafusos Hora .5’), também deve ser escovada e lubricada para que nao enferruje nem aloje detritos que possam prejudicar o funcionamento da trava de cordas. Todos os demais parafusos devem ser limpos e lubricados com 0 auxilio de um cotonete (fora 4) para uma melhor conservagao. assim como as ter-

minagoes superiores aparentes dos imés dos captadores (fora 5). Veja no capitulo 6, no caso cle ferrugem, como solucio—

nar tal problema.

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GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Novamente fazendo uso da escova de sapatos de cerdas macias ou do pequeno espanador, retira—se a poeira com cuidado para nao provocar nenhum dano a pintura. Em seguida, pode-se entao encera—1o. Nao devem ser usadas com fnaqiiéncia ceras

possivel quando 0 suor se mistura com o produto aplicado, criando uma espécie de cola que restringe um pouco a tocabilidade. Entretanto, nao é sempre que 0 suor provoca isso. Alias, esse fa-

automotivas ou aquelas com grande abrasividade. Esse tipo de polimento é melhor

tor pode variar de msico para mosico.

deixar a cargo de seu Iuthier.

encerados com polidores e algodao. Em se-

Sugiro polidores menos abrasivos destina— dos exclusivamente ao uso de instrumen— tos. De modo geral, eles sao encontrados em lojas de instrumentos. Pergunte ao seu Iuthier quais ele sugere. De posse de um deles, boloque algumas gotas em um chumago de algodao hidrolo (0 mesrno usado para curatjvos) e espalhe por todo 0 corpo do instrumento "0t0 6). Alguns minutos depois, retire e dé brilho corn um pouco de algodao seco. E estara pronto 0

guida, vem a colocagéo das cordas novas. Elas

polimento. No momento de encerar, nao é conveniente 0 uso da flanela. Afinal, pode haver algum detrito ou sujeira abrasiva nela que, possivelmente, riscara seu instrumento. Com 0 algodéo, no se corre esse risco. Ja que, depois de usado, ele éjogado fora. A parte de trzis do brago deve ser Iimpa com algodao seco Halo A utilizaqao de cera

também podem ser

Os escudos

devem ser passadas pelo orificio da tarraxa,

esticadas e posteriormente enroladas

Foto 9

(lm 8).

Foto 8

seu

ou polidores segura tos mmisicos. Tal processo

a agao

da mao de cer-

Foto 7

Foto 6

A corda por

si so se xara a medida que a virarmos. Depois de afinado 0 instrumento, 0 trecho da corda que sobrou pode ser cortado com um alicate (fora .9). E importante esclarecer que néo se deve dar no para fixar.as cordas. Quando elas sao enroladas em excesso na tarraxa, provocam desafinagoes. Além do que. a posterior troca de encordoamento fica mu_ito mais dificil. Alguns mdsicos alegam que deixam corda enrolada em excesso para que, no caso de uma arrebentar, ex ista quantidade suciente para ser recolocada. No capitulo 6, ha dicas de corno emendar cordas quando elas arrebentarn.


CUIDADOS

Quanta conservagao, é importante saber que sua durabilidade vai depender

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21

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também do organismo do guitarrista que a estiver usando. A quantidade de , , acido urico contida no suor \_ determinaré também 0 quanto a corda duraré, assim como em que velocidade seré 0 desgaste das pegas de metal do instrumento. Existem pes-

DICAS ESSENCIAIS * 81

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X.

Entéo, apos 0 uso da guitarra,

contrabaixo ou violéo, seque as cordas com um pano que néo solte pélos asoas que suam demais nas méos. Es— nela néo serve. Os produtos disponi— sas, mesmo néo tendo excesso de éciveis no rnercado néo prolongam n'1ui— do drico, apenas pela umidade, pr0to a vida das cordas‘ Alguns deles posvocaréo um desgaste mais acentuado suern um oleo para reduzir a corroséo nas cordas e também nas demais pare élcool isopropilico para limpeza. tes de metal. Mas hé aqueles que Lembre—se também de que somente 0 suam em demasia nas mos e tampano oferece bons resultados. Entéo ele bém tém écido Lirico em abundéncia. deve ser utilizado desde a troca do enPara esses, é comum as cordas enfercordoarnento. 1:11 que, uma \'ez come~ rujarem em dois ou trés dias de uso. gado 0 processo de corroséo. fica imPelo menos por enquanto, néo existe possivel retroceder. Em determinados nenhum liquido milagroso que pos— casos, o uso de produtos abrasivos desa evitar tal processo de deterioragéo. tém o processo e. as vezes. ate retira a ferrugem. Entretanto. a so,,_ --\-;4\_ / ' ' /7’. \"-:<\_ <// nondade e a afmagao das cordas ficarn I kik /. —

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84 I GUIA ILUSTRADO

DA GUITARRA

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Cola de madeira

Alicate Ferramenta para aperto e torgées de pegas mais delicadas.

Ferro de solda Ferrarnenta elétrica destinada

Alcool isopropilico

a

soldagem.

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A1000} bastante puro

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utilizaclo para limpeza de componentes por conta de seu poder de evaporagao

e

da baixa

quantidade de agua.

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Esmalte de unha transparente Tipo de verniz utilizado para dar brilho as unhas.

Escova de sapatos Escova de cerdas macias para limpar

e

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Fag‘ Copo de vidro

dar brilho em sapatos de couro.


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Chave de fenda Ferramenta para apertar parafusos.

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Estllete

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Ferramenta de corte de precisao.

Estanho Material utilizado para soldagem de componente.

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Fita teon (veda rosca) Pita confeccionada de material aderente que serve para reduzir folgas em roscas de metal, madeira ou plastico.

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Lixas d’agua Utensilios de papel eom abrasividade para nivelamento e polimento de superficies.

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Algo d"ao h'd ’f'l1 0 1 ro Algodao usado para curativos.

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Cola instantanea

Palha na de ago Palha fina de ago de média abrasividade utilizada para limpeza e polimento de metais madeiras etc.


86

~

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Pegue uma corda usada que

foi

lretirada. Nao

precisa ser exata mente da mesma medida, mas deve

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for a Ré, por exemplo, use a Ré, a Lei ou a $01 do jogo antigo. Passe pela bolinha da antiga a nova que se quebrou ora ser préxima. Se a quebrada

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D0bre—a e tor(_;a—a sobre ela mesma (feta

Z). Com a ajuda de um alicate de bico, enrole mais rmemente para que ela néio escape com facilidade @‘"0t0 3).

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MESMO

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2Ent€\0 coloque a ernenda sobre uma superficie de metal, cermica ou e

a

vidro - como 0 fundo de um copo @010 4) — e, com um ferro de solda Espere alguns segundos até estanho, una—a de rnodo uniforme (fato soldagem esfriar.

Fntn 4

3Em seguida, ponha a corda na tarraxa afine 0 instrumento nor~ malmente. Vocé poderé tocar tranqL'1ila— mente. Pelo menos na emenda, ela néo quebraré de novo. Caso vocé no tenha um ferro cle solda, repita os procedimentos anteriores, mas use uma cola adesiva instanténea, tipo .§uper Bonder, para simular uma soldagern Kata O resultado também seré muito (fora 6)

Foto 5

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e a

bom. Com 0 uso da solda, entretanto, 0 servigo seré mais limpo.

Foto 6

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7


88 I GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

Rosca na

.

Outro incidente bastante comum

ter

é

de refazer a rosca na madeira para os

parafusos de fixagao do brago. Depois de certo tempo, geralmente eles passam

dar aperto. Com isso, o brago ca com folga, causando algumas varia§oes na afinaggn

minando

O mais correto é Ievar 0 instrumento luthier para que ele tape os buracos

Procedimentw Que Podem

dos parafusos

dos P153 remedial" 9 C350’

a nao

ao

lRetire

1,1-:.—@M=;‘;

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e

os reabra de novo,

e1i—

0 parafuso com problema.

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folga existente. Mas, numa

5iwaC50 de emergéncia» existem alguns 59F

$31113‘

2Em seguida,

parta alguns palitos de dente ao meio e 05 coloque no com— partirnento do parafuso.

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3Pingue também

algumas gotas de cola de madeira com um pouco de serragem para que os palitos sejam “soldados” ' caso vocé nao tenha a cola de madeira, utilize uma do tipo instantanea. Aguarde alguns minutos para que os ma teriais sequem por completo e, depois, reponha 0 parafuso. Vocé percebera que ele adentrara na madeira muito mais rme e preciso. O problerna estara resolvido. Mas, se houver grande repetigao dos movimen— tos de entrada e saida do parafuso, esse contratempo retornara. Mesmo sendo uma rneclida eficaz, deve~se adotar esse processo como procedimento de emergéncia. Para que seja duradouro, 0 ideal é que seu Iuthier efetue a operagao. '

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FACA

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MESMO

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Os escudos de Strato, por exemplo, sofrem com freqdéncia do mesmo mal. Parafusos que néo déo aperto os deixam um tanto soltos do corpo da guitarra. Os pro—

vocé

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ced1mentos a serem segmdos sao semelhantes ao anterior, mas, 515 vezes, com algumas sutilezasi

1 Com um estilete, reduza um pouco a espessura do palito.

Aguarde alguns minutos e, em seguida, quebre o palito na altura do térrni— no do buraco da cavidacle.

I !Na seqiléncia, introduza—o no compartimento do parafuso e, com cuidado, pingue algumas gotas de cola sornente no compartimento do parafuso, sem deixar cair no escudo.

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.

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Pingue algumas gotas de cola no local e aguarde alguns instantes para recolocé-lo, o que garannra uma xagéo perfeita. Esses truques valem para qualquer tipo de para~ fuso tarraxado na madeira.


90

¢

GUIA ILUSTRADO DA GUITARRA

A préxima dica

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para aqueles rntrsicos perfeccionistas corn relagao a aparéncia de sua guitarra. Aqueles que costumam “sofrern com 0 aspecto de “velho” que 0s captadores “conquistam” quando seus pélos enferrujam. Uma vez que a deterioragao do metal 00megou por meio da ferrugem, nao ha como retroceder — é possivel apenas deté—1a. Entretanto, para evitar que ela recomece é necessario cromar novamente 0 metal. Esses pélos enferrujam por causa do suor das maos dos guitarristas. Quanto rnais acido for ou quanto maior a quantidade ex pelida, maior sera a possibilidade de eles

oxidarern. Em relagao ao som, a ferrugem em nada 0 altera. :\/{as 0 aspecto torna—se repugnante para algumas pessoas. Urn truque para melhorar a aparencia deles é 0 seguintei

1 Isole com fita crepe toda a superficie

2Com urna lixa dagua de nrirnero 240,

mais cuidadosos

é

do captador para que 0s pr0ceclimentos a seguir nao 0 agridam.

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lixe 0s pélos urn

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um cuidad0samen-

te até que a ferrugem seja totalmente eliminarfla. Em seguida, tarnbém com uma

Iixa d agua, 56 que dessa vez a de nmero 600 e, posteriormente, a de 1200, 1'u<e—os de novo com 0 intuiro de poli-los.

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43

3/Xpés

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e

limpe

esses

procedimentos,

pélos com um pequeno chumago de algodao embebido em alcool isopropico, 05


FACA

4Agora,

vocé

MESMO -

91

para isolar 0s polos do ar e da umidade, a fim de que a ferru— gem néo retorne, pingue cuidadosamen-

optar por um palito de fosforo (fora 10), que, por ser de madeira, néo sofre atra—

te uma gota de cola adesiva sobre os polos dos captadores um a um (foto 6’) e, com a ponta de uma chave de fenda pequena, espalhe—a sobre 0 polo (fora 9) sem encostar a chave nele. Esse processo é dificil porque os polos mencionados acima séo imés e, como tais, exercem atracéo sobre 0 metal da chave de fenda. Em vez dela, pode-se

a eles muito facilmente. Depois de seca a cola, haveré'um aspecto de verniz sobre os polos que os impermeabilizarzi contra a ferrugem. Para isso, tarnbém é possivel usar esmalte transparente para unhas (fora 1]). Entretanto, a cola, na maioria dos casos, apresenta maior durabilidade.

géo magnética. Mas, se encostados nos

polos, podem co1ar~se

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92 I GUIA ILUSTRADO

DA GUITARRA

Um problerna que pode assolar as vezes

0 msico, numa véspera de show ou grava~

folgas nas roscas das hastes dos tremolo: ou 0s parafusos das travas de cordas que comegam a espanar. As dices a seguir servem como socorro imedi— Q50, séo as

Z

ato. Mais uma vez, 0 ideal é levar o instrumento ao seu luthier a Fm de que ele substitua parafusos ou pegas com folgas. Assim, a solugo serzi

mais duradoura.

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.

S.

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-9’

1Em

uma loja de ma-

terial de construgéo, compre uma fita “reon veda rosca e aplique pe~ quenos pedagos na base de fixagéo da alavanca dos parafusos ou na praipria haste.

2/Xpés

esse passo, r0squeie—a e

coloque

os parafusos nos seus devidos lugares.

folga ainda for considerzivel, repita a atingir um resultado acei— tével. Esse procedimento 0s salvaré de,

Se a

operagéo até

no minimo, conseqiléncias maiores como ter de usar a alavanca sem que 0 lacking nut esteja travanclo as cordas ou ainda com a haste fazenclo ruidos por conta de folga existente.


FACA

vocé

MESMO -

93

Cordas que se quebram na ponte Uma situagéo problematica bastante comum é 0 das cordas mais finas, como a Mi e (ou) a Si, se arrebentarem com freqiiéncia nos saddles (carrinhos) ou pro~ x1moaeles. Este é um problema chato de ser res0l— vido, pois os procedimentos que ensina~ re1 a segu1r, em alguns casos, sao apenas pal1at1v0s, de1xando essa s1tuagao retornar no futuro.

U que acontece

é

que, mesmo em pon—

tes de boa qualidade, com 0 passar do tem—

po,

as cordas causam sulcos nos saddles, que evidenciam rebarbas ou pontas agu— das que acabam por cortar as cordas.

1Com

0 auxilio de uma lima na cle pequena abrasividade, “limpe" com cuidado 0 saddle a m de elirninar essas possiveis rebarbas, tomando cuidado para nao fazer nenhum olesgaste excessivo.

?)P0ste1"iormente,utilizando uma lixa ain— cla mais na, dessa vez uma de ng lZOO, tornamos a lixar para que assim o local cer— tamente esteja liso e nao promova 0bst2'1cu— lo algum para as corclas. Algumas gotas de oleo no saddle se fa— . ~ zem necessanas para garannr que nao apa— rega nenhuma ferrugem prernatura, uma vez que nosso tratamento pocle ter ret1— raclo um pouco do cromo do metal, ex, ~ ponclo—0 assim a uma posslvel oxidagao. Normalmente, esses procedimentos nao deix am as cordas se quebrarem nos saddles, as vezes, apenas por alguns meses e, as ve zes, por muito rnais tempo. Se 0 problema .

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claro que pontes cle boa qualidacle demomm mais tempo para criar essas rebarbas por conta do material e da cromiagéo mais resistente com que sao consnruiclas. O que podemos fazer. uma vez que as corclas estao se

partindo na ponte,

é

2 Agora, com uma lixa dlagua nQ24U,

I

lixa—se

0 saddle a

m

I

cle

de tomar

ainda mais liso o local em que a corda passani. 13

\

pezsistir com freqtxéncia apos varies tentativas de a

nivelamento dos saddles,

a

solugao é

subsntuigao da pega. Procure seu luzhjer

para que ele avalie melhor 0 problema do

instrurnento‘ -

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94

0

GUIA DA GUITARRA

Abaulamento. Curvatura encontrada no brago do instrumento no sentido paralelo ao traste. Abrasividade. Qualidade de aspereza. Ago alta de cordas. Cordas longe dos trastes. Agao balxa de cordas. Cordas proxlmas aos trastes.

evaporagao cuja finalidade ponentes eletronicos.

é

limpar com-

Bitola. Padrao, norma, craveira, 1argura, grossura. Bobina. Agrupamento de espiras de um condutor elétrico, envoltas em um imé, ue funciona como urn ca tador sim les. q

P

P

Bobina du P la. Nome g enérico dado a t d 11 /< 'd Eggazsa or um HF H que possul uas Z7

Ago do tensor. Qperagao efetuada pelo tensor que ajusta a concavidade ou convexidade do brago. Al P d coo 1sopr0p1 1co. ro u 0 qu1m1co de rapida evaporagao cuja finalidade, em componentes eletronicos, élimparepro— mover melhor contato.

Capotraste. Pega de plasticoe osso animal. metal ou fibra de carbono que se aloja no comego da escala sob as cordas.

Alavanca. Haste de metal que se encai— xa na ponte tremolo, com 0 objetivo de alterar de maneira controlada a tensao

Captador magnético. Componente da guitarra que capta 0 sorn das cordas e os envia a um amplificador.

das cordas.

Alnico. Tipo de imé feito da liga minio, niquel e cobalto.

de

a1u—

Antlmonlo. Elemento qL11I'1’11C0 de aspecto rnetalico que é utilizado na fabricagao de algumas pontes.

1n

.

.

Bridge. Palavra proveniente do inglés que significa ponte de instrumento.

Case. Palavra oriunda do inglés que significa estojo de protegao que serve para

transportar

guitarras.

violoes

e

contrabaixos.

Ataque. Impacto do som da guitarra.

Cedro. Arvore de porte grands. sem ramificagao, da familia das meliaceas. Sua madeira de peso moderado, coloragao med1a e casca grossa - e boa para marce_ nar1a, escultura e construcgao de corpos de lnstrumentos. O cedro e encontrado em abundancia no Brasil.

Benzina. Produto quimico de rapida

Chave Allen. Ferrarnenta em formato

Arqueamento. Palavra que

refere ao aspecto de arco que alguns bragos de 1ns— se

trumentos adqulrem.


GLOSSARIO

“L” que tem a fungao de colocar e retirar parafusos cuja cabega tenha 0 encai— xe sextavado ara a chave. p Chave de fenda. Ferramenta que serve para movimentar parafusos cuja cabega seja no formato de uma fenda. Chave Philips. Ferramenta que serve ' t f ' b para movlmen ar para U503 Qua Ca ega seja no formato de uma estrela de quatro pontas. Compensado. Chapa de madeira forma— ,

da por varias outras mais finas, coladas,

resinadas

e

prensadas.

Cordas de ago. Fios de metal destina— dos ao uso em guitarras e violoes. Cordas de nailon. Fios de nailon nados ao uso em violoes.

desti—

Corrosio. Desgaste de um material provocado pela agao de agentes externos como a oxidagao, por exemplo.

Empenamento.

Concavidade ou convexidade excessiva apresentada no brago do instrumento. Enrolamento. Ex P ressao q ue se refere a das es P iras en— q uantidade e a0 ob'etivo J roladas no ima do captador. Escudo. Placa de lastico, metal ou madeira P que tem como 0b_]8UVO adornar, proteger ou

tamP ardeterminadas

gao de brago, corpo

e

- 95

acessorios de ins-

trumentos.

Fibra de vidro. Material sintético de muita resisténcia, utilizado para confeccionar brago e corpo de instrumentos. Formao. Ferramenta utilizada para ene cortes de precisao.

talhes

Floyd Rose. Marca de ponte tremo1o.l-loje, Floyd Rose é usada até para designar um modelo de ponte tremolo.

a expressao

Fret Work. Expressao inglesa CUJO significado e trabalho efetuado nos trastes do instrumento para alinha-los, n1vela—los e retirar os amassados.

Hand made. Expressao em inglés que significa “feito

a

mao”.

Hardware. Palavra proveniente do inglés que, em se tratando de instrumentos, significa qualquer parte de metal, como tarraxas

e

pontes.

Hard zinc. Expressao inglesa cujo significado é liga de metal/zinco numa forma mais reforgacla. Headstock. Palavra Q ue se ori 8 ina do inindica a “ P aleta" do instrumento, que é toda a area que antecede 0 capotraste e a escala. local tambem em que se prendem as tarraxas. S lés e

Hertz. Vocabulo

Ferro de solda. Ferramenta elétrica que derrete o estanho com o objetivo de s0ld ar f'10s e componentes e l etronicos “ ' .

Cl ue teve ori 8 em no nome do fisico alemao Heinrich Hertz. Trata—se de Lima unidade de medida de vibragao sonora que 11'lCl1C2l ciclos por Segundo exemploj 440 hertz 440

Fibra de carbono. Material moldado, leve e muito resistente, utilizado para confec-

clos vibratorios por segundo. [Simbo— loi I-lZ.]

areas clo

instrumento.

-


96

0

GUIA DA GUITARRA

Hum. Expressao n0rte—americana

tarras

onomato éica) ue se refere ao ruido ( p q , , encontrado em captadores smg./e 0011:.

Marrn. Madeira leve e macia de cor cla-

Humbucker. Captador magnético de duas bobinas para guitarra.

Imbuia. Arvore da familia das lauraceas de tronco curto e grosso cuja madeira, leve e escura,

apropriada

construgao guitarras ou aos acabamentos folheados; é enc0ntrada em abundancia nas rnatas é

de corpos de contrabaixos

a

e

paranaenses.

Jacaranda. Arvore da familia das leguminosas, cornum em terras brasi1ei— ras, fornecedora de madeira de lei, que é bastante leve e resistente, de cor escu— , ra algumas vezes parda. Ela e rnuito utihzada na construgao de escalas de 1I'lS—

trumentos.

Laminas de madeira. Pedagos de ma_

deira de pequena espessurar Les Paul. Modelo de guitarra da Gibson.

Lacking nut. Expressao proveniente do ingiés que pode ser traduzida como tra— va de cordas de uma ponte tremola microafinada.

Lutluer. Palavra de origem francesa que significa artesao, construtor de instru— mentos de forma artesanal. Atua1men— te, designa também técnicos reparad0— res especializados em instrumentos musicais.

Maple. Madeira tipica dos EUA, ieve e de cor ciara, bastante usada na c0nstrugao de bragos, escalas

e

corpos de

gui—

e

baixos.

ra encontrada no Brasiii ela

construgao de bragos trumentos.

e

e

usada na

escalas de ins-

Mogno. Arvore da farnilia das meliaceas. que se distribui desde a América Central até os Estados brasileiros de Mato Grosso e Goias. Sua madeira pesada e de cor escura é bastante utilizada na

construgao de corpos mentos.

e

bragos de instru-

Niquel.E1emer1t0 quirnico metalico usado para fazer trastes por causa de sua alta resisténcia.

Nut. Palavra de origem inglesa que significa capotraste [var capotraste). Oitava. Intervalo de oito graus. ascendente ou descendente. entre duas notas de mesmo nome. A expressao Ol[H\'3S perfeitas significa que o instrumenio passou por uma vericagao na anagao e a mesma esta erfeita or todo 0 braco. p

p

'

One piece. Expressao de origem ingiesa usada para designar que 0 brago e a escala da guitarra forarn confeccionados de maneira a formar uma (mica pega.

Overdrive. Efeito utilizado em guitarra que proporciona uma saturagao de leve a moderada. Oxidagao.

1—\t0 de oxidar (-se). Processo em que ocoxre 0 aumento do numero de cargas positivas de um ion. Processo de

combinagao de uma substancia com 0 oxigénio. Criagao de ferrugem. Deterioragao


I

GLOSSARIO - 97

’das

pe<;as de

metal num instrumento.

}P/‘F Abreviiltura de

Patent/f1pp1jedF0[: em portugues significa

essa expressao L‘

}

patente requerlda

,, .

Paleta. E 0 mesmo que “headstock”, que a area que antecede o capotraste 1 b e a esca a; oca am em em que se prenIdem as tarraxas.

i

'e toda

It

1

|Pedra de carburundum. Pedra porosa, ’ geralmente em formato retangular, que tem a finalidade de ajudar no |nivelamento dos trastes. , Pickguard Palavra de -

I

que s1gn1f1ca escudo de protegao contra palhetadas.

’P1'ez0. Tipo de captador. P

.

,

PIVOS. Parafusos e buchas de rosca em

iforma

de pinos cuja fun\;ao

‘as pontes lidade.

e 0s

tremolos

é

sustentar

e dar—1hes

mobi-

. Plalnar a escala. Expresséo usada por Uuthierse mlisicos que indica a1inhamento ou “realinhamento” da escala or mo-

' nvos de torgoes e empenamentosPou uma nova est1l1zaga0.

'P0nte. Acessério cuja finalidade

Ivir de apoio

as

cordas

~mina<;éo de sua altura

’Ponte

.

.

e e

é ser—

ajudar na deterafinagao. ~

.

f1xa. Acessorlo que tem a fungao

de sustentar as cordas sobre o corpo da

“guitar”:

k

I r D

Pré—amp. Sistema eletronico que pré—

equaliza e, as vezes, até arnplifica freUQHCIHS do som da u1tarra antes de q _, g env1a-lo ao amphflcador. _

Punch. Palavra de origem inglesa utilie luthiers que indica

zada por msicos '

lmpac

t

Cl

,

.

pega a Pus11—b0tt0n.Tipo de potenciometro que soma a fungao de atuar como chave comutadora a rnedlda que se presslona para ba1x0 seu e1xo. O

_

Push-pull. Tipo de potenciometro que a fungao de atuar como uma chave comutadora a medida que se aperta

sorna

ou

se

puxa seu eixo.

gao do angulo de

curvatura da escala

(abaulamento) da guitarra.

Retifica de trastes. Trabalho efetuado nos trastes do instrumento para a1inha— 10s, n1\'e1a—1os e renrar os arnassados. Replainagem de

Expresséo

eSCa1aS_

uSa_

da por Iurhjers e musicos que indica alinharnento ou "realinharnentou da esca—

la or mot‘ ‘os de tor oes. m enarnen— P 1‘ Q E P tos ou uma nova estilizacao. =

assim Como ajustal" afina§-50 mas sem a possibilidade

de empregar qualquer forma de a1aVaY1'

que aparecern quase sempre de forrna indesejavel; eles representam um defeito ou

,“ >

_

Ruidos. Em se Iratando de instrumentos. midos 550 pequenos Ou grandes barulhos

F1

’ e a altura delas,

I

_

Radius. Medida utilizada para verifica-

P

|

Potenciometro. Componente cuja funao é intensficar o aten ar, de forma :;radati\’a. \'olume,utonali:ade e Varias ' outras fungoes eletromcas em 1nstru— rnentos e outros aparelhos.

Para VibT3m5-


98

~

GUIA DA GUITARRA

uma caracteristica nao agradével.

Trastar. Colocar trastes em uma escala.

Saddles. Palavra de origem inglesa; é a parte

Traste. Cada um dos letes

movel na ponte que tem a nalidade de sus— tentar e ajustar a altura e anagéo das cordas.

nos instrumentos de corda dedilhéveis. di-

Saturagao. Efelto uuhzado em gwtarras para tornar 0 som mais agressivo e distorcido, com maior sustentagéo das notas.

Single coil. Captador magnético de uma dnica bobina para guitarra. So‘-bag. Expresséo de origem norte—aIneri—

cana que slgnlca ,

.

capa de protegao,

CLIJO

.

.

matenal e mals 6X1V€1, para Lransportar gu1tarras, vloloes e contrabalxos.

Soprador term1c0. Aparelho eletnco que sopra ar concentrado de morno a superquente.

vidern

numa série de semitons. Eles

a escala

séo colocados sobre a escala; a palavra Lraste é

uma variagéo de trasto.

quando 0 ruido das corTmstejamento. das, batendo nos trastes. é major do que o sorn produzido por elas sobre os mesmos. Tf?m0[0' Palavra d,e Ogem inglesé que Sig; rnca ponte de gL1lI8ITEi, ela possu1 uma alaf d al d \anca por me1o a qu se pro uzem e e1tos de rzbrams e Yanagoes de tonahdades. A

Tremolo dormeme. Séo chamados de

ro1-

tao em

U504

repousam sobre

Tremolo utuante.

Stratocaster. Modelo de guitarra da Fender.

antes aqueles

nota apos ela ter s1do tocada.

Tan

.

madeua do nao cam

charnados de

S510

[P61770105

f1utu—

que. quando néo

es~

tao em uso. pennanecem utuando. Du seja.

néo apoiam na madeira do corpo do instruITIGHIO.

C rn one te mec‘n'co e ode n a _1 qu p as cordas do mstrumento a

axa O p estlcar ou soltar

m

a

S€_)?:1.

utuando.

dams de prender C0rreiaS'

Sustentagao. Tempo de duragao do sorn da

dor—

mentes aqueles memulos que. quando nao es-

corpo do mstrumento. Ou

Straps. Palavra em inglés que signica

de metal que.

Troculo. Parte do instrumento em que hé

a

-

.

Jungao do brago com 0 corpo.

de ana—1as.

Telecaster. Modelo de guitarra da Fender.

Zamack, Metal rigido no qual geralmente _

.

_,

.

sao confecmonados \ar1as pontes e 1:/‘emolos.

Tenséo da corda. 1\/ledida da "bitolau das cordas, exemploi O09. (rnilimetros), O10.

(milirnetros)

e

CREDITO DE FOTOS

U1l.(milimet1"os).

Tensor. Barra de metal, geralmente de

mato rOhQ0’ qw“? Se a1(?Ja.entre escala. Sua nahdade e egustar d0 proprio brago.

f0r—

foujfiidicionagsf

:fO,urI‘§ €_3t1;i;lr‘iEB:CkI%°Fe

IC ar 5 e erglo H el Q1 TIC Clapton (p. 45) —Di\'ulga(;io; Eddie Van Ha1en,]oe perry (p_ 45) 9 gtevie Ray Vaughan (D4 41) _ ReprO_

- POI

O

brago

a

curvatura

e a

dugio; Steve Vai (p. 41)

por Décio Figueiredo.


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s para guitarristas

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om macetes valiosos e

luthiers que buscam

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informagoes mais detalhadas, 0

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Guia da Guitarra é urna propos

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".-::.'.1:: ___~

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ta diferenciada no mercado mu-

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sical brasileiro.

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melhor solugao para

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problemas mars comuns de seu brago de sua gu1-

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