Guia do Voluntário - Programa A

Page 1

1


2

EDITORIAL “TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio, sem prévia autorização do autor. Tais vedações aplicam-se também às características gráficas da obra.” Conteúdos: Lucas Sergnese Edição e compilação: Daniel Gomez, Lucas Sergnese. Seleção de dinâmicas: Lucas Sergnese. Design Gráfico: Juan Leon Revisão: Lisandra Mauri, Daniel Gomez, Thaís Duarte, Francesca D’addante, Laura Barcelos. Tradução: Maira Albornoz, Thaís Duarte, Laura Barcelos. Foto da capa: Francesca D’Addante Agradecimentos: A Guia do Voluntário EduAction é uma publicação destinada a todos os voluntários (internacionais o locais) que participam das oficinas do EduAction Project em algum dos seis países onde o projeto está presente. A Guia do Voluntário EduAction oferece o marco de ação para os voluntários, seu principal objetivo é proporcionar um marco conceitual para os assuntos abordados assim como propor diversas atividades para os alunos. A seleção das atividades foi feita graças à colaboração de todos os voluntários internacionais que passaram pelo projeto durante seus primeiros cinco anos. Foram muitos os que contribuíram e fizeram possível essa publicação. EduAction Project agradece a todos aqueles que se sentem parte desta grande família chamada EduAction.


3

ConteĂşdos


4

INTRODUÇÃO O EduAction é um projeto de educação intercultural e não formal que tem como missão gerar um ambiente multicultural nas escolas, desenvolvendo valores que ajudam a formar cidadãos conscientes e capazes, com uma ampla visão do mundo e culturalmente mais sensíveis e tolerantes. Durante oito semanas, jovens voluntários de diferentes partes do mundo vão às escolas públicas para dar oficinas sobre temas como liderança, responsabilidade social, diversidade cultural, sustentabilidade, inovação, criatividade, desenvolvimento pessoal, entre outros assuntos globais que geralmente não estão incluídos no currículo escolar. Além do impacto gerado nos voluntários internacionais, os estudantes têm a oportunidade de conhecer uma realidade social e cultural diferente do seu país de origem, contribuindo com a verdadeira formação dos jovens desde sua infância, sendo eles os futuros agentes de mudança.


5

BREVE HISTÓRIA A ideia de um projeto com escopo educacional começou a surgir na cabeça de Douglas Martins, criador do projeto, por volta do ano de 2005. Porém, foi somente em 2007 que Douglas entrou em contato com diferentes parceiros do terceiro setor para ver se era viável, e foi então que o escopo inicial do projeto ficou pronto, tomando como base um projeto da Polônia (O projeto Peace). Em 2009, uma versão piloto do projeto EduAction entrou em vigor em Porto Alegre. Com a parceria da Gerdau e da AIESEC em Porto Alegre, o projeto aconteceu em três escolas públicas da cidade e contou com a presença de cinco voluntários internacionais. Após o sucesso da versão piloto, o projeto começou a se expandir pelo Brasil chegando em 2010 a mais quatro cidades, e em 2011 teve a sua primeira expansão na América Latina: Colômbia. Em 2012 o EduAction chegou a mais 4 países, e hoje está presente em 5 países e em mais de dez cidades na América Latina (Brasil, Colômbia, México, Peru e Uruguai). Em Porto Alegre (berço do projeto) está localizada a sede, onde um time global trabalha para gerenciar o projeto como um todo. Apesar de se encontrar no início de seu desenvolvimento, o EduAction planeja chegar a novos países. Ao longo de sua história, já participaram centenas de voluntários internacionais, e mais de vinte mil estudantes latino americanos já receberam o projeto que segue crescendo...


6

NOSSA METODOLOGIA DE TRABALHO EduAction é um projeto global que se adapta a cada realidade social, no qual conta com uma equipe global que trabalha para uniformizar todos os procedimentos e gerar padrões que se podem aplicar a cada cidade onde é realizado o projeto. Muitas vezes é possível adaptar alguns dos procedimentos, atendendo as características locais do lugar, como: idade dos alunos, turmas a alcançar, duração das oficinas, etc. Como se pode observar no quadro seguinte, EduAction trabalha com jovens de sétima e oitava série do ensino fundamental. O projeto é formado por módulos, sendo que os alunos recebem a primeira parte em um ano e a segunda parte no outro ano. Deste modo cada estudante recebe o programa EduAction duas vezes, distribuído da seguinte maneira: o módulo A no segundo semestre do ano ( quando o aluno está na sétima série), e o módulo B no primeiro semestre do ano ( quando o aluno está na oitava série). Permitindo assim, um aprofundamento dos assuntos tratados, já que os módulos são complementares um do outro. Cada módulo é explicado por diferentes voluntários internacionais, expandindo a visão do mundo dos estudantes, sendo este o principal objetivo do EduAction. Para um melhor aprendizado dos alunos, cada equipe de voluntários internacionais é formada por dois voluntários, no qual eles desenvolvem uma oficina semanalmente por turma durante sete semanas. A duração proposta para realizar de maneira ideal cada oficina é de uma hora e meia.


7

UM MARCO TEÓRICO PARA O PROJETO Três Princípios da Educação Intercultural (diretrizes da UNESCO para educação intercultural): Princípio I: A Educação Intercultural respeita a identidade cultural de quem aprende por meio da oferta de uma educação culturalmente apropriada e de qualidade para todos. Princípio II: A Educação Intercultural oferece a quem aprende o conhecimento cultural, as atitudes e as habilidades necessárias para atingir uma participação ativa e plena na sociedade. Princípio III: A Educação Intercultural oferece a todos os que aprendem o conhecimento cultural, as atitudes e as habilidades que lhes permitem contribuir para o respeito, a compreensão e a solidariedade entre os indivíduos, grupos étnicos, sociais, culturais e religiosos e nações.

Programa A Semana 1: Feira das Nações Semana 2: Introdução Semana 3: Diversidade Cultural Semana 4: Sustentabilidade Semana 5: Criatividade e inovação Semana 6: Emprendedurismo Semana 7: Desenvolvimento Pessoal Semana 8: Despedida

Programa B Semana 1: Feira das Nações Semana 2: Introdução Semana 3: Diversidade Cultural II Semana 4: Responsabilidade Social Semana 5: Campanha Social Semana 6: Liderança Semana 7: Desenvolvimento Pessoal II Semana 8: Despedida


8


9

SOBRE AS DINÂMICAS COMO MÉTODO NA OFICINA Quando falamos de dinâmicas de grupo nos referimos a como funciona um grupo de pessoas, ou seja, as dinâmicas de grupo são processos de interação entre pessoas que, com objetivos concretos, são colocadas em situações fictícias. Com essas dinâmicas pretende-se integrar a teoria por meio da experiência e da prática, da aprendizagem individual e coletiva de maneira participativa, assim como o desenvolvimento das habilidades cognitivas e afetivas. Ainda que tenham um caráter lúdico, as dinâmicas não são um jogo, mesmo que em algumas ocasiões apresentem tal estrutura. Elas têm uma finalidade e objetivos que vão mais além dos resultados que poderiam ser obtidos com um simples jogo. Devese entender que as dinâmicas nunca têm um fim em si mesmas, mas sim são um meio para conseguir determinados objetivos. Recomendações práticas para pôr em prática as dinâmicas adequadamente: • Deve-se levar em consideração a idade e o ambiente cultural dos participantes, assim como o nível de maturidade em que se encontram. • Nunca se deve forçar uma pessoa a participar além do que o que ela deseja. • Deve-se estar convencido de que as dinâmicas são meios e não fins. • As dinâmicas devem ter objetivos concretos • Deve-se ter criatividade e flexibilidade para adaptá-las, reformá-las ou criar dinâmicas a partir das circunstâncias. • A explicação da dinâmica deve ser clara e breve.


10

DINÂMICA DAS OFICINAS: EduAction apoia métodos interativos de aprendizagem, por isso que as oficinas incluem:

!

Atividades físicas para compreensão de cada tema Dinâmicas, exposições, apresentações, feiras Trabalhos em grupo Classes com vídeos e músicas (dança) Quebra- gelos Conferência virtual União de turmas Atividades em conjunto Jogos e simulações Debates em círculo Classes fora das salas O professor responsável pela turma deve estar presente em todas as oficinas, para participar das atividades ou para ajudar a manter em ordem a turma, sendo responsabilidade da escola manter a segurança nas suas dependências. Qualquer incidente que ocorrer durante as oficinas, não sendo com um dos participantes do projeto, não é de responsabilidade do EduAction. Vale ressaltar que em todos os casos o professor sempre será responsável final pela turma que está recebendo o projeto


11

ESTRUTURA DAS OFICINAS A estrutura das oficinas propostas por EduAction deve ser entendidas como um marco de ação que propõe um ordem e uma duração para cada atividade. Mas nunca deve ser interpretada como o que “deve ser feito”, a partir da estrutura proposta os voluntários internacionais devem inovar em cada oficina, pode ser trocando o ordem ou sugerindo uma nova estrutura. O que não pode ser modificado é o momento de reflexão no final de cada oficina, a conclusão tem um valor clave no processo de aprendizado e na utilização da oficina como método de trabalho na sala de aula. Toda oficina do EduAction deve incluir:

1

Introdução do tema através de debates, discussões ou apresentações de importantes conceitos teóricos e definições apresentados gradualmente, utilizando ajudas visuais.

2

Quebra gelo é uma atividade de corta duração que pode incluir movimentos físicos para estabelecer a energia adequada da oficina.

3

4 5

Atividade central de explicação mais ampla do tema através de jogos de simulação, debates, atividades em grupo. No EduAction todo o aprendizado é feito através da vivência das temáticas, sentir os desafios e criar seus próprios conceitos e pontos de vista sobre os temas. Atividade extra, utilizada só no caso de dispor de tempo, com o objetivo de aprofundar a temática abordada. Sempre deve ser uma dinâmica de trabalho diferente á usada na Atividade central. Conclusão procura dar uma olhada e analisar o que foi feito em cada atividade com objetivo de avaliar os novos conhecimentos e refletir sobre o aprendizado. As conclusões da oficina devem sempre estar no “Mural do EduAction”.


12

OS VOLUNTÁRIOS INTERNACIONAIS O EduAction é um projeto global que traz jovens voluntários de diferentes partes do mundo para as escolas publicas dos 5 países da América Latina onde está presente. Para ser selecionado no projeto o requisito indispensável é: ser estudante universitário ou recém-graduado, e ter entre 18 a 30 anos. Os voluntários internacionais responsáveis pelo desenvolvimento do programa são selecionados com meses de antecedência e de acordo a um determinado perfil requerido. Trata-se de jovens líderes comprometidos que vem com a missão de gerar uma mudança na sociedade. São estudantes universitários ou recém-graduados de diferentes disciplinas, falam vários idiomas, são conscientes, abertos, proativos, possuem um profundo conhecimento da realidade social e manifestam respeito a um mundo que não tem fronteiras por classes sociais, raças, religião, etc. Cabe realçar que durante as primeiras três semanas antes de iniciar o trabalho nas escolas, cada voluntário internacional recebe uma serie de capacitações e treinamentos, e mais aulas de português, com o objetivo de propor as ferramentas necessárias para o desenvolvimento das oficinas.


13



15

1. Circule pela sala, evite ficar no mesmo lugar durante toda a aula. Seja proativo e circule pela sala quando houver atividades em grupo. 2. Conheça as regras das escolas e os professores nas salas de aula. Sempre peça o apoio do professor em caso de problemas de disciplina. 3. Chame os alunos pelo nome. Tente memorizar o máximo de nomes possível, ou pelo menos os nomes dos “alunos estratégicos”. 4. Sempre chegue cedo à escola e prepare todo o material com antecedência. 5. Mantenha contato visual com os estudantes e nunca fique de costas para a turma. 6. Fale alto, com vocabulário adequado e o mais claro possível. 7. Aja de forma respeitosa e tenha uma atitude profissional! Ao entrar na sala de aula, desligue o celular e evite mascar chicletes. Tente parecer um voluntário internacional e não um estudante. 8. Dentro da sala de aula, respeite seu colega e nunca prejudique suas atividades. Evite discussões na frente dos alunos. 9. Incentive os estudantes a fazer perguntas e descobrir o desenvolvimento da aula. Nunca critique ou rejeite as perguntas. 10. Mostre-se sempre entusiasmado em relação ao tema e às atividades do workshop (certifique-se de saber sobre o que vai falar).



17

NUNCA vá para sala de aula sem preparação Conheça o tema e a programação da oficina! NUNCA aja de maneira padronizada, nunca aja como se fosse melhor ou superior aos estudantes. NUNCA trate aos estudantes como se fossem crianças, nem sequer os chame de crianças. NUNCA se esqueça de agir e parecer profissional. Considere a vestimenta que leva á escola, não precisa ser formal, mas sim decente. Nunca use decote, sandálias, bermudas ou roupas de praia, leve sempre a camiseta do EduAction. NUNCA dialogue só com uma pessoa, favorecendo alguns oradores sobre outros. NUNCA dê continuamente pequenas palestras, tente não falar genericamente. NUNCA deixe de escutar quem esta falando. Sempre escute e respeite as opiniões de todos! NUNCA se esqueça de controlar o tempo nem os níveis de energia dos grupos. NUNCA se mostre desanimado frente á turma, inclusive se você estiver desanimado. NUNCA se esqueça de fazer uma conclusão após cada atividade.


18

ALGUMAS IDEIAS PARA FORMAR GRUPOS 1. Apresente aos alunos uma afirmação de valor e peça que organizem uma fila, posicionando-se conforme o grau de concordância com o que foi dito. Ao inicio, aqueles que estão “totalmente de acordo”, por ultimo, os que estão “totalmente em desacordo”. Mostre onde devem começar a fila e onde devem terminar (por exemplo, a fila começará na porta da sala com quem está “totalmente de acordo” e terminará do outro lado da sala quem estiver “totalmente em desacordo”). Para resumir, deve ser formada uma fila com todos os alunos, onde eles mesmos se situem de acordo com maior ou menor grau de concordância. A afirmação de valor deve estar relacionada com o tema da aula. Exemplo, “para um futuro sustentável as pessoas devem voltar a viver de forma mais simples, em harmonia com a natureza, cultivando seus próprios alimentos e consumindo apenas o necessário”. Provoque a discussão para que cada aluno encontre o lugar adequado na fila. Dê a eles três minutos para que se organizarem. Logo, conte o número de alunos e calcule quantos grupos de 4 ou 5 pessoas será preciso (se são 25 alunos, 5 grupos de 5 pessoas). Forme os grupos, comece contando pelo primeiro da fila, enumerando-os em sequencia de um a cinco, recomeçado a contagem até chegar ao ultimo da fila. Para terminar peça que os alunos se reúnam com aqueles que receberam o mesmo número, dessa forma todos de numero “um” formarão um grupo, todos de numero “dois” outros e assim por diante. 2. Distribua cada aluno um papel com o nome de um animal. Escolha o nome de alguns animais, de acordo com o numero de grupos necessários (por exemplo, para dividir a turma em quatro grupos, escolha quatro animais: cachorro, gato, pato e galinha). Cada aluno receberá um papel com o nome de um animal e só poderá abri-lo depois que forem repartidos a todos. É preciso ter o número de papeis exatos de acordo com o número de alunos.


19

Em seguida de instrução pra que cada um faça o barulho que faz o animal que receberam (e o movimento desse animal se for possível) e juntem-se em grupos de acordo com o animal que imitaram. Conte até três para que comecem a fazer o barulho e os movimentos ao mesmo tempo. Incentive os alunos para não terem medo de se sentirem ridículos, depois de alguns minutos estarão formados os grupos. Durante a aula chame todos os grupos pelo nome do animal para que assim se crie uma identidade. 3. Crie um quebra-cabeça com frases referentes ao tema da aula. Busque tantas frases quanto a quantidade de grupos necessários. Entregue a cada aluno a parte de uma das frases e dê 10 minutos para que possam procurar outras pessoas com a finalidade de completar a frase. Exemplo de frases relacionadas à aula de Desenvolvimento Pessoal: - “Aquele que não considera o que tem a maior riqueza é infeliz, mesmo sendo dono do mundo. “ Epicúreo de Samos - “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.” Clarice Lispector - A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento. Frederick Herzberg - “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.” Eleanor Roosevelt - “Não há um homem vivo que não possa fazer mais do que ele pensa que pode.” Henry Ford


20

COMO USAR A GUIA DO VOLUNTARIO


21




24

O que é uma feira das nações? A Feira das Nações é a apresentação oficial do projeto em cada uma das escolas que trabalharemos. Como o nome indica se trata de uma feira multicultural onde cada voluntário internacional se converte em embaixador do seu país diante de todos os estudantes da escola. Cada voluntário apresenta o seu país por meio de uma mostra representativa das expressões artísticas, musicais, literárias, culinárias, esportivas, etc. É um evento que propicia o intercâmbio entre as culturas de todos os participantes do projeto, já que toda a comunidade escolar participa.

Como acontece na prática? Geralmente a Feira das Nações ocorre durante os intervalos nas escolas e fora das salas de aula (normalmente se organiza no pátio da escola). É por isso que ela não representa a primeira oficina do EduAction, e sim a abertura oficial do projeto. Cada voluntário internacional tem a sua disposição um estande para representar seu país (geralmente as escolas cedem uma mesa para armar o estande). Nas cidades onde o EduAction recebe grande numero de voluntários internacionais, pode haber mais de um voluntário da mesma nacionalidade, estes devem armar o estande em conjunto. A feira das Nações ocorre uma vez em cada escola e durante os intervalos. Dessa forma não só as turmas que recebem o projeto podem participar da feira, mas também toda a escola e sua comunidade (outros professores, voluntários, pais, etc. ).


25

Todos os voluntários internacionais apresentarão seu país em todas as escolas que recebem o projeto. A duração da Feira varia de acordo com aquilo conveniado com as autoridades de cada escola.


26


Feria de las Naciones

Coisas que não podem faltar em um estande! Bandeira Moedas e bilhetes Fotos Mapa/s Cartões postais Comidas típicas Artesanato Objetos ou jogos tradicionais Vestimenta típica Música Vídeos Informação turística

Coisas para armar a feira ideal! Mostrar as danças típicas Escrever o nome dos estudantes em seu idioma Tocar um instrumento folclórico Levar uma lista de livros ou escritores conhecidos Ensinar palavras típicas em seu idioma Cantar alguma música típica Expor os símbolos representativos (hino, escudo nacional, etc.)

+

Esteja preparado para viver com a mesma intensidade todas as feiras em todas as escolas, aproveite ao máximo essa semana do projeto em que muitas pessoas vão conhecer o seu pais através de você.

Importante! Cada voluntário internacional tem absoluta liberdade para mostrar o que queira do seu país, sempre y quando seja possível apresentar nas escolas. Por exemplo, bebidas típicas que contenham álcool não são permitidas.

!

27




30

OFICINA 1 intro

Apresentação A melhor forma para que os estudantes conheçam os voluntários é descrever ou contar sua vida como uma história. A chave é ser tão aberto quanto você puder. A pequena história deve incluir o que você tem feito até hoje, o que estudou ou estuda, o que faz normalmente com amigos e família e principalmente o motivo que levou você a fazer parte do projeto e qual o significado dessa experiência. Recomendamos que você conte alguma situação marcante para que os estudantes possam reconhecer nos voluntários mais semelhanças do que diferenças. Nesse momento cabe uma explicação sobre o que é ser “voluntário” e a importância do voluntariado na construção de uma sociedade melhor.

+

Portanto os estudantes conhecerão os voluntários na Feira das Nações, portanto terão uma ideia prévia dos países. Lembre que você não deve mencionar a sua cidade de origem que será utilizada no Quebra-gelo deste Workshop VOLUNTÁRIO: Para a Organização das Nações Unidas (ONU), voluntário é quem, devido ao seu interesse pessoal e espírito cívico, dedica parte do seu tempo, a atividades de bem estar social sem remuneração alguma.

De Onde Sou? O “Jogo da Forca” é um jogo de palavras muito popular na América Latina. É simples, rápido e uma forma original de deixar o grupo mais descontraído e de fazer os estudantes adivinharem as cidades dos voluntários. Se os estudantes já sabem de onde os voluntários são, podem utilizar uma palavra que identifique sua cultura. Por exemplo: um voluntário da Venezuela pode perguntar qual é a segunda cidade mais importante do seu país (Maracaibo) ou qual é a comida mais popular (Arepas).


Introdução

O jogo consiste em fazer com que os estudantes adivinhem a palavra. Para começar o jogo, se desenha uma base com uma forca e um risco no lugar de cada letra, deixando os espaços correspondentes. Veja o exemplo abaixo. Os estudantes devem fazer perguntas sobre sua cidade (ou sobre a palavra escolhida), que possam ser respondidas com “SIM” ou “NÃO”. Exemplo: “Faz frio na sua cidade? Está no continente europeu?”. Cada vez que a resposta for “SIM” o estudante tem direito de adivinhar uma letra. Se o estudante acertar uma letra da palavra, se escreve a letra quantas vezes apareçam sobre os riscos já desenhados. Se a letra não aparece na palavra se escreve a letra no canto para que os estudantes saibam que essa já foi dita e se desenha uma parte do corpo do enforcado (cabeça, braço, etc.). Cada vez que a resposta for “NÃO”, se desenha uma parte do corpo do enforcado (cabeça, braço, etc.) e assim sucessivamente até que a palavra seja adivinhada ou o enforcado completado. Joga um voluntário de cada vez

+

Busque que a palavra escolhida seja comprida e tenha certo grau de dificuldade. Caso contrário os estudantes adivinharão muito rápido.

31


32

OFICINA 1

A

Apresentando O Projeto Consiste em apresentar o projeto para os estudantes e professores, explicando a metodologia de trabalho durante as 7 semanas seguintes. A seguir, o passo a passo para a apresentação adequada do EduAction:

1

O que é o projeto EduAction? EduAction é um projeto social que traz jovens voluntários internacionais a escolas públicas de diferentes partes da América Latina para desenvolver oficinas sobre diferentes assuntos de importância global e compartilhar sua cultura com os estudantes. EduAction é um projeto de educação não formal e intercultural em que os voluntários além desenvolver oficinas aprendem com os estudantes a sua cultura.

+

2

Nesse momento podem contar em que países ou cidades acontecem o projeto, como e quando surgiu e apresentar alguns dados estatísticos

Quem organiza o projeto? A sede do projeto está localizada em Porto Alegre, Brasil. Lá, uma equipe global trabalha na criação de conteúdos e procedimentos. Cada cidade conta com uma equipe que coordena o projeto junto com a escola e se encarrega de receber, ajudar e capacitar os voluntários internacionais. Os voluntários passam as 3 primeiras semanas aprendendo e sendo capacitados para que nas 8 semanas seguintes possam desenvolver as oficinas nas escolas da melhor forma possível.


Introdução

Quais são os objetivos do Projeto? 1. Aprender e ensinar outras culturas e modos de pensar gerando um ambiente global de aprendizagem para todos os participantes do projeto (estudantes, professores e voluntários). 2. Despertar a responsabilidade social nos participantes como cidadãos para fomentar pessoas mais conscientes e proativas. 3. Compreender a importância dos assuntos globais abordados no projeto. 4. Despertar a motivação por coisas novas, como aprender um idioma novo, continuar estudando, viajar, desenvolver nosso potencial, etc. Agenda das Oficinas Explique a frequência das oficinas (dias e horários), duração de cada oficina e os assuntos que serão abordados em cada semana. Tente explicar com suas próprias palavras e com exemplos concretos esta apresentação, faça com que seja o mais dinâmica e gráfica possível.

3

4

+

O Mural Eduaction O Mural EduAction é uma ferramenta para dar seguimento as oficinas durante as 7 semanas, deve ficar fixo na sala inclusive depois de finalizado o projeto. É um espaço para acompanhar, refrescar e chegar a conclusões tanto nos dias de workshop como no resto da semana. Ali os estudantes encontrarão informações, expectativas, filosofia e/ou regras de aula, avisos e resultados. Veja um exemplo na página seguinte.

5

33


34

OFICINA 1


Introdução

No momento de expor o Mural EduAction, lembre de explicar cada um dos elementos: Filosofia de aula A filosofia de aula são aquelas regras que os voluntários irão acordar com os estudantes para que os workshops se deem da melhor forma possível. Algumas regras que promovemos são: 1. No EduAction o RESPEITO está acima de tudo. 2. Somos ótimos ESCUTANDO e levantamos a mão quando queremos dizer ou preguntar algo. 3. No EduAction PARTICIPAMOS ATIVAMENTE, não temos medo de errar e somos proativos. 4. No EduAction PENSAMOS com outras PERSPECTIVAS, estamos abertos a novas ideias e formas de pensar. 5. No EduAction NÃO EXISTE respostas corretas ou incorretas, existem opiniões, ideias e formas diferentes de pensar que nos enriquecem. 6. No EduAction NÃO EXISTE estudantes nem professores, somos pessoas compartilhando ideias e aprendendo umas com as outras. 7. No EduAction acreditamos no TRABALHO EM EQUIPE, pensamos que os grandes objetivos só podem ser alcançados trabalhando juntos.

35


36

OFICINA 1

Árvore de expectativas A árvore de expectativas é uma atividade de reflexão individual na qual cada estudante expressa suas expectativas sobre o projeto. Entrega-se a cada estudante um papel (em formato de fruta) e se pede que ele escreva as expectativas com relação às próximas 7 semanas. Depois cada estudante lê para o grupo o que escreveu e cola sua “fruta” na árvore.

+

Explique com palavras simples o que é uma expectativa.

Vías de comunicação Existem 2 vias de comunicação com o projeto e/ou seus participantes, uma oficial e outra pessoal. A primeira é a página web do projeto (www.eduactionproject.org) e a Fan Page no Facebook (www.facebook.com/EduActionProject); através desses meios os estudantes podem conhecer alunos de outros países, compartilhar fotos e experiências e deixar seus recados, comentários, perguntas. A única maneira para os voluntários poderem contatar os estudantes (e vice-versa) é criando um perfil de EduAction no Facebook (exemplo “Lucas EduAction”). Mantenha seu perfil atualizado e continue utilizando após o término do projeto. Conclusões O Mural deve ter um espaço para que os estudantes escrevam as conclusões ao final de cada oficina. Certifique-se de que cada oficina tenha um bom espaço para que vários estudantes possam escrever. Eles podem escrever palavras ou frases que indiquem qual era o aprendizado da semana.


Introdução Outros - Foto Cole uma foto de cada voluntário para que os estudantes tenham sempre presente a dupla que está levando o projeto para a turma. - Avisos Deixe um espaço para avisos ou lembretes. - Foto grupal Deixe um espaço para colar a foto do grupo no final do projeto (ver Oficina 8 – Despedida) Peça aos estudantes para fazer uma roda (tanto os voluntários como o professor devem ser parte da roda). Um dos voluntários começa a roda; com uma bola tem que falar seu nome, idade e uma coisa que goste de fazer no seu tempo livre, ao final deve passar a bola para um aluno. O estudante repete a apresentação e passa de novo a bola. E assim por diante até que todos tenham sido apresentados.

37


38

OFICINA 1

A+

Nos conhecendo Uma vez apresentados os voluntários, o projeto e o Mural, é importante conhecer os estudantes. Peça aos estudantes que formem um circulo (tanto os voluntários como o professor devem fazer parte do círculo). Um dos voluntários inicia a rodada, com uma bola deve dizer seu nome, idade e algo que goste de fazer em seu tempo livre, ao terminar deve passar a bola para um estudante. O estudante repete a apresentação e volta a passar a bola. Assim sucessivamente até que todos se apresentem.

+

Busque que o objeto a ser lançado seja algo criativo (invente um personagem).

Conclusão Este momento deve se repetir em todas as oficinas. Serve para que os estudantes possam chegar a conclusões dos temas abordados no dia. Todas as reflexões devem ser escritas no Mural no espaço destinado para cada uma das oficinas. Pergunte aos estudantes o que aprenderam nesse dia e quais são as reflexões mais importantes. Peça aos estudantes que escrevam no mural o que foi dito.


Introdução

39


40


41


42

OFICINA 2 intro

10

Discussão Sobre Culturas Pergunte ao grupo uma definição de cultura e escreva no quadro todas as palavras associadas que os estudantes mencionarem. Peça exemplos do que é comum na cultura local. Em função das respostas, construa uma definição de cultura usando como guia a definição da UNESCO. A cultura se forma através do tempo, passa de geração em geração, cada geração a transforma um pouco. Nossa cultura define o que encontramos por: • Correto ou incorreto • Sujo ou limpo • Feio ou bonito • Permitido ou proibido • Moral ou imoral • Logico ou ilógico • Decente ou indecente Dê exemplos e indague o que os alunos percebem na sua cultura. Tente encontrar exemplos em que a opinião do seu colega é diferente da sua. O interessante sobre a cultura é que sempre nos vemos como “normais”. Isto é chamado etnocentrismo. Em outras palavras, vemos outras culturas através da nossa própria cultura, especialmente em relação a idioma, comportamento e religião.

+

Dê exemplos sobre sua cultura para ajudar os estudantes


Diversidade Cultural

CULTURA: O termo cultura foi definido de muitas formas diferentes. Usaremos a definição da UNESCO (Guia da Unesco para a Educação Intercultural) como referência: “O conjunto de traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange além das artes e das letras, os modos de vida, a maneira de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”.Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural (2001). ETNOCENTRISMO: Etnocentrismo é julgar outras culturas tendo como base somente os valores e os padrões da sua própria cultura.

Nó Humano O nó humano é uma dinâmica grupal que tem como objetivo mostrar aos estudantes que dentro da diversidade eles podem achar soluções em conjunto. Peça aos estudantes que formem grupos de 10 pessoas, cada grupo deve formar um círculo em pé. Todos os estudantes devem levantar ambas as mãos. Peça que cada estudante dê a mão direita para outro colega que não esteja ao seu lado. Em seguida, peça que cada estudante dê a mão esquerda para um colega que não esteja ao seu lado (não esqueça que não pode ser com um colega que esteja ao seu lado). Uma vez feito isto, teremos um nó humano. O jogo consiste em desatar o nó e voltar ao círculo inicial sem soltar as mãos. Para isso os estudantes deverão fazer os movimentos necessários (atravessar por cima, por baixo, caminhar ao redor, etc.) já que em nenhum momento podem soltar as mãos. Caso eles soltem as mãos, devem repetir o movimento. Cada grupo tem 10 minutos para se desatar.

15

43


44

OFICINA 2

A 30

Constuindo Um Estereótipo Da Cultura Local A atividade consiste em construir estereótipos sobre determinadas nacionalidades ou culturas. Aproveitando a diversidade que existe entre os voluntários e os estudantes se mostra como é errado julgar conhecendo uma cultura apenas superficialmente. E assim, reforçamos que no meio da diversidade que existe, temos aspectos em comum que nos permitem conviver. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas. Cada grupo deve desenhar as características físicas e descrever as características pessoais sobre uma determinada nacionalidade. Escolha várias nacionalidades para que cada grupo tenha uma diferente (inclua a nacionalidade dos voluntários e dos estudantes). Cada grupo tem 20 minutos para construir o estereótipo da nacionalidade. Em seguida, cada grupo deve apresentar seu desenho e as características da nacionalidade trabalhada ao resto da turma. Os outros podem agregar ideias ou características à apresentação. Outra alternativa: escolha identidades culturais que existam dentro do próprio país para que cada grupo construa o estereótipo. Exemplo de identidades culturais no Brasil: baiano, carioca, gaúcho, amazonense, etc. Exemplo de identidades culturais na Colômbia: costeño, paisa, rolo, etc. ESTEREÓTIPO: Imagem ou ideia muito simplificada de um grupo de pessoas, quando presumimos que todos os indivíduos pertencentes a esse grupo têm as mesmas características (os estereótipos podem ser tanto negativos como positivos). PRECONCEITO: É fazer um julgamento ou supor algo sobre alguém ou algo antes de ter um conhecimento suficiente para poder fazêlo com precisão, “julgar um livro pela capa”. O preconceito também pode ser positivo ou negativo, no entanto o uso mais frequente é em relação a emoções negativas.


Diversidade Cultural Todo estereótipo deve incluir:

Para concluir pergunte aos estudantes se algum deles ou os voluntários são exatamente como as pessoas descritas nas apresentações ou se encontram carac-

terísticas similares. Explique o que é estereótipo e preconceito e mostre que generalizar nem sempre ajuda a conhecer o que está atrás de cada cultura.

Outra alternativa: escolha identidades culturais que existam dentro do próprio país para que cada grupo construa o estereótipo. Exemplo de identidades culturais no Brasil: baiano, carioca, gaúcho, amazonense, etc. Exemplo de identidades culturais na Colômbia: costeño, paisa, rolo, etc.

+

45


46

OFICINA 2

A+ 30

O Imigrante O imigrante é um jogo de cartas que simula uma situação de choque cultural e se joga em grupos. Cada grupo representa uma cultura e tem suas próprias regras. As variantes do jogo fazem com que os estudantes tenham que “migrar para outras culturas”, ao fazê-lo eles ficam confundidos quando percebem que cada cultura tem regras diferentes. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas e reparta de forma aleatória 5 cartas a cada estudante. Cada grupo representa uma cultura e cada cultura tem uma regra que serve para ganhar as cartas dos demais jogadores. Essa regra não pode ser revelada para as outras culturas (outros grupos). Em cada grupo, ganha sempre quem consegue ficar com todas as cartas. Quando um estudante ganha, ele deve migrar para outra cultura e começar a jogar sabendo que para ganhar deve ficar com todas as cartas, no entanto desconhece qual é a regra que permite obtê-las. Não é permitido nenhum tipo de comunicação entre os jogadores. Joga-se em absoluto silêncio e sem senhas. Exemplos de Regras por grupo: Cultura Egípcia: Ganha sempre quem tiver um “Ouro”. Em caso de empate ganha o maior. Cultura Romana: Ganha sempre quem tiver “Espada”. Em caso de empate ganha o menor. Cultura Azteca: Ganha sempre o número impar. Em caso de empate ganha o maior. Cultura Maya: Ganha sempre o número menor. Em caso de empate se retiram as cartas dessa rodada. O imigrante simula o que as pessoas sentem quando entram em contato com outras culturas.


Diversidade Cultural

Os voluntários podem inventar os nomes para as culturas e suas respectivas regras.

+

As regras do jogo são muitas vezes os valores, os costumes, os comportamentos que regem uma sociedade. Quem faz parte dessa sociedade conhece as regras e as aceita como únicas e normais, mas para o “imigrante” é difícil compreender o que está acontecendo, o que está fazendo mal ou por que as pessoas não o entendem. É natural que não saibamos muito sobre outras culturas. Por isso o pouco que conhecemos não é sempre correto e é definitivamente insuficiente para julgá-las. Daí a importância de ser tolerante frente à diversidade cultural.

É fundamental que os estudantes nunca revelem a regra do seu grupo, mesmo quando tenham que formar parte de outro.

DIVERSIDADE CULTURAL foi definida como “a multiplicidade de formas em que se expressam as culturas dos grupos e sociedades. É também uma manifestação da diversidade da vida na terra.” Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais (UNESCO, 2005).

+

47


48

OFICINA 2


Diversidade Cultural

49


50


51


52

OFICINA 3 intro

10

O Que É Sustentabilidade? A introdução deve ter 4 aspectos importantes: 1. Perguntar aos estudantes quais são os problemas globais de maior relevância. Escrever no quadro todas as respostas. 2. Exemplifique os problemas por meio de fatos concretos ou situações cotidianas do seu país. 3. Pergunte aos estudantes exemplos da comunidade ou país onde acontece o projeto. 4. Exemplifique o conceito de sustentabilidade e suas 3 dimensões.

^

Sustentabilidade: engloba ações que buscam a criação ou manutenção de uma sociedade justa, ambientalmente equilibrada e economicamente próspera. Ações sustentáveis são aquelas que buscam satisfazer às necessidades humanas atuais de forma eficiente, sem comprometer as gerações futuras.

A Equipe Sustentável 5

O objetivo da “Equipe sustentável” é que 5 pessoas consigam manter-se de pé apoiados somente em 3 pernas. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas e que se situem em um lugar na sala com suficiente espaço entre cada


Sustentabilidade grupo. Cada equipe deve conseguir manter-se de pé sobre 3 pernas. Não podem apoiar suas mãos nem outra parte do corpo no chão.

A Vida Dos Resíduos É uma competição que tem como objetivo gerar consciência sobre o tempo que leva para o lixo se decompor e quantos problemas isso acarreta. Passo 1: Peça aos estudantes que formem grupos de 4 o 5 pessoas e que cada grupo escolha um líder. Passo 2: Desenhe uma tabela para contar os pontos de cada equipe. Passo 3: Mostre um dos objetos (ver abaixo “lista de elementos”) e pergunte a todo o grupo quanto tempo leva para se descompor.

A 30

53


54

OFICINA 3

Passo 4: Cada grupo tem 1 minuto para debater e arriscar uma resposta. Para que ninguém especule com a resposta de outro grupo, peça que os estudantes escrevam as respostas em um papel. Passo 5: Uma vez concluído o minuto, peça aos líderes que levantem o papel com a resposta. Passo 6: Leia a breve explicação sobre o objeto em questão para concluir e dê a resposta correta. Passo 7: O grupo que acertar ou chegar mais perto da resposta correta ganha um ponto. Passo 8: Repita o procedimento com os outros 7 objetos. O grupo que tiver mais pontos no final é o ganhador da competição. Lista de Objetos: Os objetos propostos a seguir não tem uma ordem predefinida. Você pode também pesquisar novos objetos, sem se esquecer de colocar uma breve explicação. (Fonte: UNESCO). 1. Chiclete - 5 ANOS A goma de mascar é uma mistura de ingredientes naturais e sintéticos, açúcar, sabor e corantes artificiais. Devido ao oxigênio, o material superresistente começará a se quebrar em pequenos pedaços até desaparecer. 2. Latinha Metálica - 10 ANOS A chuva e a umidade iniciarão um processo de desoxigenação e finalmente a lata oxidará por completo.


Sustentabilidade

+

Lembre sempre de perguntar “Quanto tempo leva para se decompor...?” e mostre o objeto

3. Tetra Pack - 30 ANOS Os tetra-pack não são tão tóxicos como se poderia pensar. De fato, 75% da sua estrutura é celulose (papel), 20% polietileno puro de baixa densidade e 5% de alumínio. O que leva mais tempo para se decompor é o alumínio. A celulose exposta desaparece em 1 ano. 4.Garrafa de plástico - 1000 ANOS As garrafas de plástico são em sua maioria feitas de um material rebelde chamado Pet. Expostas ao ar livre entrarão em decomposição mais rapidamente do que enterradas. 5. Garrafa de vidro - 4000 ANOS O vidro, apesar de frágil – com uma simples queda pode quebrar – é um material muito resistente. Transformá-lo em componentes naturais é uma tarefa difícil para o solo. O vidro é feito de carbonato de sódio, areia e cálcio. Leva muito tempo para se decompor, mas é 100% reciclável. 6. Sacola de plástico - 150 ANOS As sacolas de plástico, por causa da sua grossura mínima, podem transformar-se mais rápido do que uma garrafa desse mesmo material. As sacolas na verdade são feitas de polietileno de baixa densidade. O problema é a grande quantidade de sacolas plásticas que são utilizadas diariamente.

55


56

OFICINA 3

7. Papelão - 1 ano O papelão, é composto principalmente por celulose, não é um grande problema para a natureza, e seu tempo de decomposição é breve. Além disso, se o ambiente for chuvoso e o papelão estiver na superfície, sua biodegradação se acelera. O problema pode estar nas tintas que se usam, e, sobretudo, no desmatamento necessário para sua fabricação, um fato nada sustentável. 8. Ponta de cigarro - 2 anos As pontas de cigarro são mais uma causa de decomposição ecológica. O filtro é de acetato de celulose e as bactérias do solo não podem atacá-lo. Se a ponta do cigarro cai na água a desintegração ocorrerá na metade do tempo (1 ano), mas também vai poluir entre 8 e 70 litros de água potável quando largar a nicotina e o alcatrão que ele contém.

Como conclusão pergunte aos estudantes o que podemos fazer com todo o lixo mencionado anteriormente e introduza o conceito de 3R. Peça que os estudantes deem exemplos do seu dia-a-dia.

+

Procure exemplos claros para explicar a diferença entre “reutilizar” e “reciclar”.

Internacionalmente se reconhece a terminologia das Três Erres ou “3 Rs” referindo-se às primeiras letras de três palavras que são: REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR. Cada uma dessas palavras tem um significado específico, tal como descrito abaixo.


Sustentabilidade Reduzir: Minimizar a geração de resíduos. Evite qualquer coisa que, de alguma forma, gera um desperdício desnecessário. Reutilizar: Usar várias vezes um produto ou material sem tratamento. Maximizar a utilidade dos objetos sem a necessidade de destruir ou livrar-se deles. Reciclar: Reintegrar os resíduos como matéria-prima para outro processo natural ou industrial e assim fazer os mesmos produtos, mas novos, utilizando menos recursos naturais.

Ciclo de vida dos produtos

57


58

OFICINA 3

A+ Vamos Imaginar Um Futuro Sustentável 30

“Vamos imaginar um futuro sustentável” é uma atividade para que os estudantes vejam como agir de forma sustentável em seu dia-a-dia e se deem conta de que adotando pequenos hábitos podem gerar impacto no planeta. Peça aos estudantes que formem grupos de 3 ou 4 pessoas e entregue a cada grupo uma folha com o nome de uma meta sustentável (Ver lista de metas sustentáveis). Peça aos estudantes que listem a maior quantidade possível de ações que possam realizar em seu dia-a-dia para alcançar a meta. Os estudantes devem pensar diferentes maneiras de agir de forma mais sustentável em suas casas e comunidades. Cada grupo tem 10 minutos para escrever a quantidade possível de ações. Ao terminar o tempo um estudante de cada grupo deve ler em voz alta. Os demais podem questionar alguma das opções e também agregar novas. Lista de Metas Sustentáveis (podem adicionar novos objetivos ou escolher somente alguns de acordo com a quantidade de grupos): • Gerar menos lixo • Proteger as fontes de água • Economizar energia eléctrica • Consumir responsavelmente • Reutilizar materiais


Sustentabilidade

59


60


61


62

OFICINA 4

intro

Nascemos ou nos tornamos criativos?

10

Utilize como propulsor do debate a pergunta do título: Nascemos ou nos tornamos criativos? Em função das respostas, pergunte aos estudantes o que é criatividade e se eles acreditam que é importante ser criativo. Pergunte aos estudantes se acreditam que a escola fomenta a criatividade.

CRIATIVIDADE: é a geração de ideias ou conceitos novos. Caracteriza-se pela abordagem de problemas atuais a partir de uma perspectiva inovadora e imaginativa, que geralmente, produz soluções originais. Trata-se mais de estudo e reflexão, do que de ação. Criatividade = Ideias

O Vendedor Ambulante 15

O vendedor ambulante é um quebra gelo simples e divertido que consiste em tentar vender de forma criativa um objeto inexistente (algo absolutamente estranho que aparentemente não tenha valor). Peça a um estudante que passe na frente da turma. Mostre uma foto de um objeto inexistente e dê um minuto para que possa pensar como vender. Logo mostre a foto do objeto ao resto da turma e peça ao estudante que tente vender o objeto em 3 minutos. O vendedor ambulante deve explicar ao público os benefícios do objeto, por que devem comprá-lo e de que forma vai melhorar suas vidas. Para concluir pergunte ao estudante se foi difícil vender esse objeto, como surgiram as ideias em um tempo tão curto. Repita o procedimento com mais 3 estudantes.


Criatividade e Inovação

Crie o objeto inexistente, de forma visual levando imagens do mesmo ou de forma material levando um objeto tangível.

+

Torres de canudinhos A torre de canudinhos é uma atividade de inovação, desenho e trabalho em equipe amplamente utilizado. Consiste em construir a torre mais alta, sustentável e resistente possível com uma determinada quantidade de canudinhos e massinha de modelar. Peça aos estudantes que formem grupos de 3 pessoas. Entregue um “Kit de Construção” (ver abaixo) e diga aos estudantes que podem usar os materiais da forma que quiserem, mas somente os que estão incluídos no kit.

Logo peça a cada grupo que arme a torre mais alta que conseguir. Dê 15 minutos a cada grupo para a construção. Passe por cada um deles para provar a resistência da torre, apoiando algum objeto em cima da mesma. Use o mesmo objeto para todas as torres, elas devem sustentar o objeto por pelo menos 20 segun-

A 30

63


64

OFICINA 4

INOVAÇÃO: é o processo pelo qual as ideias criativas criam seu valor e são transformados em produtos úteis e utilizáveis. Envolve a maneira de ação após estudo e reflexão. Inovação= Ideias + Ação


Criatividade e Inovação

dos. Meça as torres com uma régua para saber qual é a mais alta e conte a quantidade de canudinhos utilizados para ver qual é a mais sustentável. Os estudantes não podem utilizar as mãos para sustentar a torre e evitar que caia. Uma vez cumprido o tempo os estudantes não podem mais tocar as torres e devem permanecer sentados. Feche a atividade com as lições da torre e aproveite para introduzir o conceito de inovação. Explique a diferença entre criativo e inovador. Criatividade e Inovação são duas palavras que vão em conjunto. Em geral criatividade e Inovação se entendem como prácticamente sinônimos embora sejam conceitos intimamente relacionados não são exatamente a mesma coisa. Criatividade é uma ajuda para a solução de problemas dentro de uma organização ou equipe. Ela fornece novas formas de analisar a natureza do problema e gera uma vasta variedade de opções para a resolução. Em contraste, o termo “inovação” é em si uma solução criativa, ou seja, é uma alteração feita, a fim de resolver um problema ou melhorar uma situação. Definição ABC: http://www.definicionabc.com

O Retrato O retrato é um jogo dinâmico e divertido no qual os estudantes devem simular uma situação da vida real e representá-la em uma foto. O objetivo é que os estudantes se reconheçam como pessoas criativas. Peça aos estudantes que formem grupos de 5 pessoas. Entregue uma “situação da vida real” a cada grupo (veja exemplos abaixo).

A+ 30

65


66

OFICINA 4

Nenhuma equipe pode revelar sua situação até que o jogo tenha terminado. Dê 5 minutos para cada grupo tente simular a situação da forma mais criativa possível e explícita possível, podem usar objetos da sala de aula para ajudar. Uma vez cumprido o tempo passe por cada grupo e tire uma foto da representação da situação. Mostre a foto de um grupo e peça aos demais que adivinhem a situação representada. Repita o procedimento com cada grupo. Situações da vida real - Uma mulher dando à luz em um hospital - Um menino descobre sua namorada com um amante no ônibus. - O capitão de um time de futebol grita o gol na frente da torcida no último minuto. - Um pessoal interrompe uma entrevista na televisão do presidente da república. - O funeral de uma estrela do rock

+

Leve seu computador e peça um projetor para mostrar as fotos da atividade.


Criatividade e Inovação

67


68


69


70

OFICINA 5

intro

5

Debate sobre empreendedorismo O que significa empreendedorismo e o que é ser empreendedor? Escreva no quadro nomes de empreendedores famosos e pergunte aos alunos o que essas pessoas têm em comum. Escreva as respostas no quadro e introduza o conceito de empreendedorismo contando a história de alguns dos empreendedores. Pergunte aos estudantes se conhecem uma pessoa empreendedora e ressalte a importância do espírito empreendedor na atualidade. Para terminar a introdução construa junto com os estudantes uma definição para o tema a partir das ideias debatidas em sala.

El Rali Da Bolinha 15

O Rali da Bolinha é um quebra-gelo dinâmico e divertido. O objetivo é fazer com que a bolinha passe pelas mãos de todos os alunos organizados em um círculo no menor tempo possível. Peça a todos os alunos que, em pé, formem um círculo. Explique as regras do jogo: - A bolinha deve passar pelas mãos de todos no menor tempo possível. - Não há limite de tentativas, é possível tentar quantas vezes for necessário até alcançar o objetivo no menor tempo. - A bolinha deve passar pelas mãos de todos sempre na mesma sequência, de acordo com a primeira tentativa. - Os alunos devem estar sempre em círculo. - Se a bolinha tocar o chão, devem recomeçar do princípio. Depois de dar as regras, entregue a bolinha a um dos alunos para que o jogo inicie. Fique atento para controlar o tempo. Lembre os alunos de prestar atenção qual é a sequência da primeira tentativa, pois ela deve ser a mesma durante todas as outras. Cuide para que as regras sejam cumpridas e não ajude com mais dicas.


Emprendedorismo

EMPREENDEDORISMO: é uma busca de oportunidades sem levar em conta os recursos que atualmente controla (Prof. Howard Stevenson, de Harvard Business School). No entanto ser empreendedor é um estado de ânimo, de espírito, uma atitude. Empreendedores são as pessoas que identificam o que querem alcançar, encontram soluções e atingem seus objetivos.

71


72

OFICINA 5

+

A 35

Incentive os estudantes a alcançar o objetivo no menor tempo possível, diga que as outras turmas conseguiram fazer em menos de um minuto.

Criando Nosso Produto Criando nosso produto é uma atividade para despertar o espírito empreendedor nos alunos. Peça aos alunos que formem grupos de 4 pessoas. Cada grupo deve criar um produto com objetos que estejam na sala ou reutilizar materiais de maneiras diferentes. O produto deve cumprir certos requisitos (veja abaixo). Em seguida, cada grupo vai à frente para apresentar o produto criado e responder perguntas dos outros alunos e do júri, que pode ser composto pelos voluntários internacionais, professor e outros voluntários. Requisitos • Deve ser um produto novo ou a inovação de um produto já existente; • Deve ser um produto para donos de cachorros; • Deve servir como brinquedo para jogar com o cachorro; • Deve ser possível utilizar ao caminhar; • Deve caber dentro do bolso ou da carteira; • Deve emitir som; • Deve ser moderno e confortável; • Deve funcionar como despertador.


Emprendedorismo

Para apresentar a turma, cada grupo deve pensar: • Um nome para a empresa; • Um nome para o produto; • O preço do produto; • Benefícios ou características pelas quais uma pessoa deveria comprá-lo; • Um slogan publicitário. Para concluir a atividade, deve-se reforçar o conceito de empreendedorismo mostrando quais são as 10 características de um bom empreendedor.

73


74

OFICINA 5

m

1

Confiança: Os empreendedores acreditam em sua capacidade de encarar os desafios, são pessoas de atitude.

2

Proatividade: Empreendedores atuam como donos da situação. Eles assumem a responsabilidade de realizar tarefas e de fazê-las com cuidado e atenção. Ao invés de enxergar apenas os problemas e responsabilizar os outros, o empreendedor se vê como responsável e orgulha-se de encontrar uma solução para melhorar seu entorno, sem se contentar em deixar as coisas como estão.

3

4

5

Capacidade de comunicação: Os empreendedores reconhecem que a parte mais importante de qualquer negócio é o fator humano, portanto trabalham constantemente para melhorar suas habilidades comunicativas, seja de forma escrita, oral, ou mensagens não verbais, transmitidas através da expressão facial e corporal. Sede de conhecimento: Os empreendedores sabem que o que aprendem em uma sala de aula não é o suficiente, por isso passam parte do seu tempo aprendendo por conta própria. Estão sempre buscando mais informação, fazendo perguntas, lendo e pesquisando. Também aprendem rapidamente com seus próprios erros. Companheirismo e comprometimento: Os empreendedores sabem como trabalhar em equipe, estão convencidos de que realizar tarefas em grupo gera mais impacto do que quando estamos sozinhos.


Emprendedorismo

Dedicação e persistência: Os empreendedores dedicam-se a cumprir seus planos, visões e sonhos.

6

Gratidão: Os empreendedores são agradecidos por aquilo que têm, sabem apreciar melhor o valor das coisas. Isto lhes dá agilidade e flexibilidade para se adaptarem às mudanças e às demandas. Respeitam e cultivam suas conquistas, assim fazem todo o possível para alimentá-las ao invés de esquecê-las.

7

Otimismo: A constante atitude positiva é essencial para o empreendedor. Ele vê os contratempos como uma oportunidade valiosa de aprender com experiências práticas. Focar nos defeitos, fracassos ou decepções do passado não permite que aproveitemos o presente e torna-se um obstáculo para o futuro.

8

Liderança pelo exemplo: Os líderes empreendedores não se caracterizam apenas pela sua capacidade de se auto-motivar, executando as tarefas com autonomia, mas também pela habilidade de liderar os outros pelo exemplo. Eles sabem a importância do trabalho em equipe, por consequência entendem a necessidade de valorizar, apoiar, e reconhecer o trabalho de todos.

9

Sem medo do sucesso: Muitos pensam que para alcançar um objetivo é preciso apenas não ter medo de se arriscar. Os empreendedores assumem riscos e não temem o sucesso. De fato muitos dos grandes empreendedores começaram com pouco dinheiro.

10

Referências: http://www.actioncoach.com/_downloads/whitepaper-FranchiseRep5.pdf

75


76

OFICINA 5

A+ 30

Chuva De Ideias Chuva de ideias (“brainstorming” em inglês) é uma ferramenta de trabalho em grupo, que facilita o surgimento de novas ideias sobre um tema ou um problema determinado. Peça aos alunos que formem grupos de 6 pessoas e troquem ideias sobre o seguinte tema: Como as aulas do EduAction podem se tornar mais interessantes, criativas, inovadoras e divertidas? Introduza o conceito de “Chuva de Ideias”. Diga para que serve e quais são as regras. Todos os grupos devem fazer a chuva de ideias. Dê 20 minutos para que discutam as ideias para o EduAction e ao final peça que um dos grupos apresente. Caso não seja muito interessante para os alunos falar sobre o EduAction, é possível escolher um assunto do seu interesse. Para essa atividade pode ser utilizada outra ferramenta chamada “Mapa Mental”. Se escolhida essa ferramenta ao invés da Chuva de Ideias, não se esqueça de explicar para que serve. CHUVA DE IDEIAS: É uma técnica para o desenvolvimento, criação ou surgimento de soluções criativas para um problema. Para a realização da chuva de ideias é preciso definir qual é o problema, em seguida, os participantes do grupo sugerem diversas soluções, trabalhando no aprimoramento das ideias o máximo possível. Uma das razões pela qual é tão eficaz é porque os participantes não só sugerem novas ideias, como são estimulados com as ideias propostas pelos outros colegas. Forma-se, assim, uma cadeia de associações. As ideias de outra pessoa servem de ponto de partida para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de mais ideias.


Emprendedorismo Regras da chuva de ideas: • Não se faz críticas: durante uma sessão de chuva de ideias não se usa o sentido crítico, ideias pouco comuns são bem vindas. Uma vez que o objetivo principal é gerar ideias variadas e pouco comuns. As críticas serão feitas na etapa de avaliação do processo. Isso permite que os participantes sintam-se mais a vontade para sugerir ideias não convencionais. • Procura-se quantidade: para um melhor resultado, essa atividade preza pela quantidade de ideias, não busca qualidade, e valoriza a originalidade. Quanto mais ideias, maior será a possibilidade de produzir soluções eficientes. • Combinar e aprimor as ideas: mais do que buscar o maior numero de ideias possíveis, é muito importante procurar formas de combiná-las a fim de melhorá-las. • Participação ativa: na chuva de ideias é preciso participação contínua de todo o grupo. A participação de um membro permite que as ideias, por analogia, gerem mais ideias (efeito multiplicador), além disso, estimula a criatividade dos outros membros. O MAPA MENTAL é a ilustração de ideias, subdivididas em grupos lógicos. É feito um diagrama com desenhos e palavras sobre uma determinada ideia central. Em um mapa mental se inicia colocando um tema ou uma ideia no centro da ilustração e, ao redor, as diferentes palavras-chave. É possível definir quantos temas ou subdivisões se desejam.

77


78


79


80

OFICINA 6

intro

10

Compartilhando experiências Essa atividade é especial para os voluntários locais. A vantagem principal dessa atividade é mostrar um pouco da realidade local para os estudantes. O objetivo é que outras pessoas adultas mostrem aos estudantes que tiveram as mesmas perguntas e intrigas que eles têm agora e dessa forma dar algumas ideias do futuro. O voluntário deve preparar uma conversa de 10 minutos sobre sua vida desde a época que estava na escola até o dia presente. O que você se perguntava quando era jovem? Como você decidiu o que faria da vida? Que dificuldades você teve? O que estudou? Por que decidiu estudar e não trabalhar? Quais pessoas foram importantes para sua vida e por quê? Que atividades/trabalhos você fez? Como é o seu trabalho? Como encontrou trabalho? Deixe um espaço para perguntas.

+

Em caso de não conseguir um voluntário local, convide o professor ou o diretor da escola para compartilhar sua experiência.

O Mapa da Minha Vida 10

O desafio dessa atividade é desenhar um mapa com tudo o que o aluno considera importante ou relevante na sua vida desde que nasceu até agora. O desenho pode ser de qualquer forma, mas deve incluir situações e mudanças que marcaram suas vidas. O mapa deve incluir a descrição de três situações que causaram algum impacto em suas vidas e uma pessoa que tenha influenciado suas vidas: • Quais foram os três momentos que mais marcaram sua vida? • Quem é a pessoa que mais influenciou suas vidas, salvo seus pais?


Desenvolvimento Pessoal

AUTOCONHECIMENTO: O autoconhecimento é o conhecimento de si mesmo. Esse termo é usado em muitos textos de psicologia. É reconhecer as próprias falhas e virtudes.

Essa é uma atividade muito difícil para os alunos e é importante que eles tenham intimidade com os voluntários para solicitar ajuda. Caso não consigam fazer a atividade, tente falar com cada um e fazer perguntas para guiá-los. Uma vez acabado o tempo pergunte se alguém gostaria de compartilhar seu mapa. Pergunte aos demais estudantes quem são as pessoas que influenciam suas vidas e de que forma e quais as situações que marcaram suas vidas. Para o fechamento é importante falar que na vida as coisas não só acontecem externamente, também acontecem dentro de nós. Os acontecimentos mais relevantes de nossas vidas são importantes para nós e não para os outros; eles marcam nosso comportamento e que tipo de pessoa seremos no futuro. Devemos pensar hoje que tipo de pessoa queremos ser quando crescermos e que tipo de vida queremos ter e então buscar os momentos e pessoas que possam nos ajudar a alcançar nossos objetivos.

81


82

OFICINA 6

A 30

A Capsula Do Tempo Comece a atividade com um debate, a ideia principal é que os alunos possam pensar no futuro, motivá-los a imaginar que coisas querem alcançar, que atividades eles estarão fazendo no longo prazo, o objetivo mais importante é fazê-los pensar que as coisas que fazem atualmente são as que vão ajudá-los a alcançar essas metas. Para continuar a reflexão de forma mais individual divida a atividade em duas partes:

1

Colocar música para se relaxar e meditar. Peça aos estudantes que em 5 minutos escrevam como acham que seria sua vida ideal em 10 anos. Não importa se acreditam que isso possa se tornar real ou não, o importante é sonhar. Para estimular os estudantes faça perguntas como as listadas abaixo: • Quantos anos terão? • Onde e com quem estarão vivendo? Com amigos? Sozinhos? Com namorado/a? Em que cidade? Casa ou apartamento? Terão um animal de estimação? • Como serão seus amigos? O que gostará de fazer com eles? • O que gostará de fazer em seu tempo livre? Que hobbies terão? Viajarão? Gostarão de ler? • Vão estudar ou trabalhar? Que tipo de trabalho? Terão seu próprio negócio? Serão voluntários? Se for possível peça que compartilhem algumas ideias.


Desenvolvimento Pessoal

Escreva as perguntas no quadro para que todos possam reler e assim manter o ambiente calmo.

+

83


84

OFICINA 6


Desenvolvimento Pessoal

Depois desse momento mais intimo discuta as seguintes perguntas: 1. Quais oportunidades das que vocês têm no momento podem ajudar a alcançar essa vida ideal? 2. Quais oportunidades aceitam para aprender? Vocês acreditam que a escola é importante? 2. Que coisas fazem todos os dias que não ajudam em nada a chegar mais perto desse sonho? Como usam o tempo? Acham que o desperdiçam? Como? Fazem alguma coisa que considerem autodestrutivo? Comente com os estudantes que algumas pessoas têm a atitude de aproveitar todas as oportunidades que aparecem para aprender e dar um passo em direção ao seu sonho. Quando não existem oportunidades devemos criá-las (dê exemplo de sua própria vida no qual tenha sido proativo em relação às oportunidades). Isso é conhecido como proatividade e essas pessoas são chamadas de empreendedores. Conclua a atividade com perguntas mais pessoais, que sirvam para que os alunos pensem em assuntos emocionais mais profundos e não tão focados no material. Ajude e guie com perguntas como: Como você vai saber se é em uma pessoa boa? Quem ou o que qualifica uma boa pessoa? Como gostaria de tratar as outras pessoas? E sua família e amigos? E pessoas que não conhece? E pessoas que precisam ajuda? Quais são seus valores? O que é mais importante? Quais são as características que você já tem ou gostaria de ter? Força, coragem, honestidade, sinceridade, foco, confiança, etc.?

2

85


86

OFICINA 6

A+ 30

Reconhecendo Virtudes Peça aos estudantes que formem grupos de 3 pessoas e que encontrem um lugar cômodo na sala para sentar. A tarefa é pensar em seus dois colegas de grupo e anotar, sem que os demais vejam, sobre cada uma das pessoas: • características físicas que gostem neles • dois aspectos da personalidade que apreciem • duas habilidades ou talentos que acreditem que cada um tem (aquilo que você considera que é bom). Isso quer dizer que cada aluno terá que encontrar 6 pontos fortes sobre cada colega. Dê 15 minutos para que cada grupo realize a atividade. Importante realizar a atividade em silêncio. Avise que logo deverão compartilhar o que escreveram e que o objetivo é encontrar somente pontos positivos. Uma vez finalizado o tempo devem compartilhar dentro do grupo o que cada um escreveu. É bom que, ao falar os aspectos, eles expliquem brevemente o motivo. Peça aos alunos que escrevam o que os colegas falaram sobre si.


Desenvolvimento Pessoal

Inicie um espaço de reflexão pessoal onde devem comparar o que o colega disse sobre si com a forma como ele próprio se vê. Peça que respondam as seguintes perguntas: 1. Você era consciente de como outras pessoas viam seus pontos fortes ou virtudes? 2. Você concorda com as características que seus amigos mencionaram? Já percebia que tinha essas características? Essa atividade só pode ser realizada em um ambiente confidente e íntimo. Os alunos devem estar tranquilos, levar a sério a atividade e ser capazes de se concentrar durante 15 minutos. Identificar suas características positivas pode levar a descobrir potenciais e fazer surgir a vontade de se desenvolver.

87


88

OFICINA 3


Sustentabilidade

89


90

OFICINA 7

intro

Revisão das últimas semanas Esta atividade tem a intensão de relembrar todas as semanas que os estudantes e voluntários internacionais passaram juntos, recordando a aprendizagem e os melhores momentos. Os voluntários devem fazer uma breve revisão de cada oficina com a ajuda dos estudantes, relembrando atividades, principais assuntos e os pontos de aprendizagem. Use o mural EduAction como suporte. Indague quais foram os assuntos mais impactantes de cada oficina e quais foram os favoritos. Também é importante ver quais expectativas foram cumpridas e quais não. Para essa atividade, leia as expectativas da árvore. O mural deve ser completado também nessa oficina, o mesmo deve permanecer na sala para que os estudantes relembrem o tempo passado junto com os intercambistas e tenham presente que no próximo semestre continuam com o Programa B. Cole uma foto dos voluntários junto com o grupo no Mural. Ao finalizar construa junto com os estudantes o conceito de retroalimentação e sua importância no desenvolvimento de cada pessoa.


Despedida

Origami do EduAction O origami do EduAction é um quebra-gelo simples para entender que todos os participantes do projeto mudaram de alguma ou outra forma. Peça aos estudantes que peguem uma folha de papel em branco e que tentem representar sua experiência durante o projeto na mesma. Os estudantes devem fazer um origami que represente sua experiência, para isso, podem dobrar ou cortar a folha. Peça ao estudante que explique o seu origami. Logo peça aos estudantes que tentem deixar a folha como estava no início da atividade. Os estudantes devem tentar que a folha fique exatamente igual a antes do origami. Eles descobrirão rapidamente que o papel não voltará a ser como era antes, agora está amassado e tem marcas. Isso representa a experiência EduAction, tem um significado pessoal para cada aluno, que pode ser diferente ou igual ao de outros. A única coisa que é indiscutível e igual para todos é o fato de que a experiência modificou algo em cada um dos participantes, igual ao papel, ninguém pode ser o mesmo que era antes, depois de ter passado pelo projeto.

10

91


92

OFICINA 7

Retroalimentação (feedback).A retroalimentação é um elemento que se utiliza constantemente na comunicação e que pode favorecer ou obstaculizar a aprendizagem. Consiste na informação que se proporciona a outra pessoa sobre seu desempenho com intensão de permitir reforçar suas fortalezas e superar suas deficiências.


Despedida

Rodada de retroalimentação A rodada de retroalimentação é a ultima atividade do programa A e tem como objetivo mostrar aos estudantes o que é a retroalimentação e qual é a importância de utilizá-la como ferramenta efetiva para o desenvolvimento das pessoas.

A 20

Peça aos alunos que sentados formem um círculo. Entregue a um deles o dado da retroalimentação (ver foto). O dado da retroalimentação contém em cada uma de suas caras o nome de uma oficina. Peça ao estudante que lance o dado e dê uma retroalimentação sobre a oficina que sair. Logo, ele deve escolher um colega para que continue a atividade. Todos devem lançar pelo menos uma vez o dado, e consequentemente dar uma retroalimentação sobre alguma das oficinas. Para torná-lo mais dinâmico pode adicionar perguntas ou prendas ao dado.

Fotos Todos que têm a possibilidade e o privilégio de formar parte do EduAction têm a responsabilidade de se preocupar pela continuidade do projeto. Para continuar impactando e melhorando as experiências que o projeto oferece a seus participantes, é importante comunicar a experiência aos futuros EduActioners.

A+ 10

93


94

OFICINA 7

A+ Recadinhos 10

Os recadinhos são mensagens que os estudantes deixam para os voluntários, é uma forma de não esquecer os momentos junto aos estudantes na última oficina. Coloque dois grandes envelopes com os nomes dos voluntários internacionais no quadro. Os estudantes podem escrever suas mensagens e deixá-las dentro do envelope. Incentive os estudantes a escrever suas mensagens, você pode pedir que escrevam sobre o que aprenderam com o projeto ou sobre sua experiência. As mensagens podem ser anônimas ou levar o nome e o contato da pessoa que escreveu. Os voluntários podem adicionar mais um envelope e deixar suas mensagens pessoais para todo o grupo no Mural do EduAction.

A+ Video 10

O vídeo é uma forma dinâmica e emotiva de se despedir do grupo. A atividade precisa planejamento e documentação dos momentos ao longo do projeto. Os voluntários internacionais fazem um vídeo de despedida para os estudantes contando a experiência em imagens, mensagens, e o aprendizado que o projeto deixou.


Despedida

95


96

Bibliografía: DIRETRICES DA UNESCO SOBRE A EDUCAÇÃO INTERCULTURAL, Educação para a Paz e os Direitos Humanos. Divisão da Promoção da Educação de Qualidade. Setor Educação da UNESCO. FUNDO DE POBLAÇÃO DAS NACIOES UNIDAS-UNFPA, Estado da População Mundial 2011 EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, Setor Educação da UNESCO. REVISÃO DO CONCEIO DE EDUCAÇÃO NO FORMAL, Cadernos de cátedra da Educação não formal, Facultad de Filosofía y Letras-OPFYL, Universidad de Buenos Aires, 2006. ALGUNS ELEMENTOS CLAVEIS DA CAPACITAÇÃO PARA O TRABALHO DOS JÓVENS COM DIMENÃO INTERNACIONAL OU INTERCULUTRAL, AT-Kit Training Essentials, Conselho da Europa e Comissão Europeia. UNESCO, Convention on the Protection and Promotion of the Diversity of Cultural Expressions, 2005. MOPKI, Mónica Kalil Pires ACTION COACH, Bussiness Coaching in website http://www.actioncoach.com


97

http://www.eduactionproject.org ŠTodos los derechos reservados.


98


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.