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Sabrina Paige #3 Cannon SĂŠrie A Stepbrother Romance
Cannon Copyright Š 2015 Sabrina Paige
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Sinopse Você pode achar que você já ouviu todas as histórias de amor proibido. Mas você ainda não ouviu a nossa. Hendrix ‗Cannon1‘ Cole é um grande Idiota. Isso é, Idiota com I maiúsculo. Eu sou uma cantora country no centro das atenções. Ele é apelidado de ‗Cannon‘ por causa da arma entre as pernas. Ele é danificado, sujo e exigente. Sexy como o inferno e exFuzileiro Naval. Meu meio-irmão. Eu costumava odiá-lo. Então eu o amava. Então eu o odiava novamente. Nossa história é complicada. Mas minha família acha que ele é a solução perfeita para o meu problema. Um escândalo tem me atirado para o centro das atenções, e eu ficarei ferrada se eu não permanecer na linha. Agora, o novo trabalho de Hendrix é ter certeza de que eu me comporte. Quando ele se juntou ao Corpo de Fuzileiros Navais há cinco anos, eu pensei que ele tinha ido embora para sempre. Agora ele está de volta. Eu tenho tudo a perder. Ele não tem mais nada. O que eu não contava era gastar cada momento presa acordando com ele. O calor entre nós é explosivo. Mas se ele disparar esse canhão, nós dois vamos nos queimar.
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Tradução literal: Canhão. ~3~
A série Série A Stepbrother Romance – Sabrina Paige
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Capítulo Um ADDY — O que é isso, uma intervenção? — eu olho entre os seus rostos, quatro deles alinhados no lado oposto da mesa de conferência como membros de um júri, prontos para tomar o seu veredicto. Estou brincando sobre a parte da intervenção, mas a piada cai por terra e por um breve segundo eu acho que isso pode realmente ser verdade. Mas não pode ser. Eu raramente bebo, e eu nunca sequer experimentei drogas - quero dizer, claro, um par de drogas misturadas há alguns anos, mas isso dificilmente conta - então não há nenhuma maneira que isso possa ser uma intervenção real, certo? — Eu não entendo. Minha mãe olha para mim com os olhos apertados, a palma da mão sobre o braço do meu padrasto. — Há uma cláusula de moralidade em seu contrato, Addison, — diz ela, sua mandíbula apertada e sua voz dura. A cláusula de moralidade ‗É claro’ que eu não tinha esquecido isso - como eu poderia? Afinal, tudo na minha vida é sobre a percepção do público. É assim que as coisas funcionam quando você é uma queridinha da música country dos Estados Unidos. — Então vocês estão me colocando nessa emboscada? Um homem em um terno limpa a garganta antes de deslizar para mim um maço de papéis sobre a mesa. Ele é, obviamente, alguém da gravadora, mas eu não o reconheço, o que não me faz sentir melhor sobre esta reunião. Ele foi claramente enviado aqui para fazer o trabalho sujo de ter a certeza que eu concorde com o que a gravadora quer. — Eu receio que você não tenha entendido os termos do seu contrato, — diz ele. — E isso inclui o seu comportamento público. Nós assinamos com uma cantora country saudável, um modelo para as meninas. Aquela que representa os valores familiares. Não alguém que dança em um clube às duas da manhã.
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— Mas eu não tenho dançado. — Bebidas e festas, — diz ele. — Por acaso esses comportamentos te lembram alguma coisa? — Essas são coisas dificilmente ilegais. — eu deixo de fora o fato gritante que eu não estava realmente bebendo ou usando drogas ou qualquer coisa escandalosa nisso tudo. Eu estava em um clube com pessoas que estavam fazendo essas coisas e que, aparentemente, isso é tudo o que importa. Deus me livre de ter um pouco de diversão na idade madura de vinte e dois. — O comportamento Legal é uma coisa, as drogas ilegais é outra coisa completamente diferente, — diz minha mãe. — Você deve saber melhor que ninguém. Uma vez que qualquer um de seus supostos amigos está chapado, você é culpada e envolvida por associação. — E então há isso. — meu padrasto desliza um exemplar do jornal sobre a mesa, me dando um olhar que significa desaprovação. Meu padrasto é a pessoa mais direta e dura que já conheci e o tipo de homem que pode transmitir mais com uma sobrancelha levantada do que a maioria dos pais podem se comunicar em uma palestra inteira. Ele é um Coronel do exército aposentado, que dirige uma empresa de segurança privada para as celebridades e eu sou uma de suas clientes. Minha mãe o conheceu há sete anos em uma das minhas viagens e o resto, como dizem, é história. Eu olho para a página, esperando que o título tenha algo a ver com o meu namorado, aliás, o meu ex-namorado, após o desastre de ontem à noite e as palhaçadas de seus amigos no clube na noite passada. Mas não. Ao invés disso, está escrito Estrela da Música é Pega Em Posição Comprometedora Com Um Homem Mais Velho Casado: Relacionamento com Namorado Abalado! Pelo menos eles têm um ponto sobre o rompimento do namoro. Isso é definitivamente duro e mentiroso; inferno, isso já estava naufragado. Este título diz respeito a um escândalo completamente diferente. Claro, eles não contam o resto da história, a qual eu tive que espantar o cara e engolir em seco na festa de três noites atrás. O artigo verdadeiro seria escrito assim: HOLLYWOOD MOGUL2 SE JUNTA EM FOTOS COM AS ESTRELAS MUSICAIS DOS EUA, infelizmente as câmeras não capturaram essa parte da noite.
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Mogul: Tabloide de Celebridades; ~6~
Eu nem sequer tento explicar, porque meus pais nunca iriam acreditar em mim. Minha mãe acha que eu sou uma pirralha estragada por dinheiro e fama. Eu posso ser um pouco moleca, mas eu não sou muito bem tratada por esta vida. É exatamente o oposto, na verdade. Estou exausta disso. Eu deveria estar no-topo-do-mundo feliz, com três discos de platina e um Grammy sob a minha cintura. Mas aos vinte e dois, eu não deveria me sentir uma maldita velha, tão cansada. Eu deveria ter um pouco de fogo queimando em minha barriga. Então eu acho que o cansaço é a razão pela qual eu não disse nada. Em vez disso, eu fico lá olhando para eles, esperando por seu veredicto. Eu assino as opções na minha cabeça. Rehab3? Uma viagem para algum lugar? Eu vou emitir um mea culpa4 pelo meu comportamento terrível, e prometer a gravadora que eles não terão que se preocupar com sua cantora perfeitinha que está sendo manchada por ter bons amigos. Meu padrasto finalmente quebra o silêncio. — O selo5 concordou com uma solução que acha que vai ser favorável a todos, — diz ele. — Com tudo o que aconteceu, nós acreditamos que você precisa de alguém para olhar seus interesses. — ele diz isso como se nós estivéssemos falando sobre a contratação de alguém para gerenciar minha carteira de ações. Mas o que eles realmente estão sugerindo, o que eles estão realmente contratando, é alguém para me controlar. — Um novo gerente, — eu digo sem rodeios, olhando para a minha atual gerente - minha mãe. — Não seja ridícula, — ela esbraveja, sacudindo a cabeça. — O que então? — eu pergunto. — Centro de tratamento de Moda? Com um comunicado único e primordial dizendo que eu desabei de exaustão? — as palavras saem mais amargas do que tenho a intenção de dizê-las, mas eu estou frustrada com a emboscada. Claro, uma pausa pode ser exatamente o que eu preciso. Na minha cabeça, eu imagino me levantando agora mesmo e caminhando para fora da sala, embalando tudo o que possuo e apenas voltando para Savannah, eu e meu violão. Inferno, eu poderia cantar e tocar em uma Rehab: Internação por intervenção e ou voluntaria para cuidar de vários tipos de vícios; 4 Mea Culpa: é uma frase latina que, em português, pode ser traduzida como "minha culpa", ou "minha falha". 5 Selo: O termo também é utilizado como sinônimo de gravadora, devido ao fato dos fonogramas serem vendidos com selos que identificavam à gravadora que o produziu. 3
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calçada como cantores e dançarinos que apenas trocam de roupas em uma cidade diferente a cada noite. Até eu sair dessa, eu não consigo ver direito. Mas o cara de terno está certo, a gravadora iria jogar duro. Eles iriam me processar por quebra de contrato e levar tudo pelo que trabalhei tanto. É engraçado o que acontece quando você vem do nada. Nada é o último lugar que você quer voltar. Estou tão preocupada com meus pensamentos que eu nem sequer ouço a voz de meu padrasto até que ele acena com a mão diretamente no meu campo de visão. — Addison. — Sim. — A gravadora concordou com este plano. Hendrix será o seu novo guarda-costas, — diz ele, com a voz pegando ritmo. — O seu antigo foi demitido. — Dan está demitido? — eu pergunto. — Não é culpa dele que eu fui para o clube na noite passada. — Ele sabe fazer melhor que isso, — diz o coronel, sua voz afiada. — Existem protocolos no lugar por uma razão. Ele deveria ter arrastado você e saído de lá rapidamente. — Isso não é justo com Dan, — eu começo, mas meu padrasto traz o punho na mesa, duro, e o som me faz pular. — Não é justo para mim empregar um guarda-costas que é tão negligente em suas funções, — diz ele. — Isto está feito. Você precisa de um guarda-costas que não vai ser negligente. Especialmente depois do problema com o perseguidor. Confio em Hendrix para não ser negligente. — O perseguidor, — repito entorpecida. Não houve um perseguidor, era apenas um fã obcecado que me enviou algumas cartas com excesso de zelo. Há sempre fãs obcecados. Isso não é novo. Eu estou tão preocupada com essa parte que leva um minuto para meu cérebro pegar a parte mais importante. Hendrix. Repito o nome que eu não tenho falado em anos. — Hendrix quem?
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Hendrix quem, de fato. Eu sei exatamente de quem ele está falando. Existe realmente qualquer outro Hendrix? Já houve? Meu padrasto limpa a garganta e abre a boca para falar, mas a porta atrás dele abre e como se soubesse, Hendrix caminha para dentro. Imediatamente, é como se todo o ar fosse sugado para dentro da sala. Fico lá, meu coração batendo tão alto que eu acho que o meu peito pode realmente explodir enquanto eu olho para ele. Hendrix. Meu meio-irmão. Eu tinha dezessete anos quando ele saiu para se juntar à Marinha, tão logo ele completou dezoito anos. Essa diferença de idade de um ano entre nós era tudo, um abismo de uma milha de largura. Ele era um ano mais velho do que eu, e um milhão de vezes mais superior, com o cabelo tingido, piercings e um total desprezo pela autoridade. Ele só se juntou à Marinha para irritar o Coronel. Desde o momento que eu o conheci, eu não podia suportar Hendrix. Eu o odiei à primeira vista. E então, depois, eu o queria, com toda a luxúria selvagem e desejos de uma adolescente. Ele entrou na minha vida quando eu tinha quinze anos de idade, e nessa idade, ele era a coisa mais irresistível que eu já tinha posto os olhos. Eu gostaria de dizer que eu não pensei sobre ele desde que ele saiu correndo para se juntar à Marinha, mas isso seria uma mentira. Eu definitivamente pensei sobre Hendrix. Mas, em meus pensamentos, ele ainda é o irritante adolescente sexy-como-inferno que eu conhecia. Não isso... Isto é... algo completamente diferente. Cinco anos mudaram Hendrix. Ele não é mais um adolescente mal-humorado. Agora, ele se parece com um maldito cartaz dos fuzileiros navais. Exceto que com tatuagens. Lotes e lotes de tatuagens. Elas percorrem até o comprimento de seus braços, desaparecendo sob as mangas da camiseta que atravessam seus bíceps, a mesma camiseta que puxa em seu peito muito bem definido. De repente estou lembrando que foi por isso, há cinco anos, que meu coração disparava cada vez que eu estava perto dele. ~9~
Hendrix está lá, seu largo peito estufado, olhando para mim como se eu ousasse me opor a isso. A maneira como ele olha para mim envia um arrepio pela minha espinha. É a mesma maneira que ele olhou para mim no dia que ele entrou na minha vida. — Ei, Addy, — diz ele, um canto de sua boca puxando para cima, sua marca registrada de um sorriso arrogante e que me dava arrepios. — Estou de volta. Você sentiu minha falta? Eu estou tão abalada que rapidamente meus joelhos ficam fracos e eu sinto tonturas. Eu não fico fraca e tonta. Eu estive no centro das atenções durante o tempo que me lembro. Inferno, eu já realizei um show no Madison Square Garden. Eu não fico nervosa na frente das pessoas. Eu com certeza não ficarei fraca dos joelhos por um cara. Especialmente um cara que eu nem gosto. Hendrix era um total idiota comigo quando éramos adolescentes e ele pode ser diferente, mais quente, com certeza, mas isso não significa que ele mudou. — Eu não vou fazer isso, — eu digo, impregnando a minha voz com uma firmeza que eu definitivamente não sinto. Eu limpo minha garganta. — Foda-se isso. Eu estou saindo daqui. Sua respiração para quando eu olho pelos botões de sua jaqueta. Ele não olha para mim, apenas se vira e aborda minha mãe antes que eu saia. — Esta era uma concessão de nosso acordo, — diz ele. — A por na linha. — Addison, — minha mãe sibila. — Não estrague isso. — Claro. Eu não iria querer te envergonhar, ou Deus me livre, parar o fluxo de dinheiro que vem de você. — minhas mãos estão tremendo e eu as firmo na superfície da mesa. Por que me sinto tão tonta? Eu intencionalmente ignoro o olhar que Hendrix me dá do outro lado da mesa. Seus olhos estão em mim e eu me sinto nua sob seu olhar. Hendrix sempre teve um jeito de me fazer sentir assim. Nada jamais aconteceu entre nós, mas Deus sabe que eu pensei sobre isso quando éramos adolescentes, antes dele partir para o Corpo de Fuzileiros Navais. — Addison Stone, — meu padrasto ruge. — Estamos tentando cuidar dos seus melhores interesses. — Besteira, — me ouço dizer, as palavras ecoando através do silêncio da sala. Elas soam mais fortes do que eu, como se elas estivessem vindo de outra pessoa, alguém mais segura de si mesma do ~ 10 ~
que eu. Eu vou até o outro lado da mesa e caminho em direção à porta, o tempo todo me recusando a fazer contato visual com Hendrix. Eu prefiro ir a alguma reabilitação falsa por trinta dias do que ter Hendrix me acompanhando em todos os lugares. — Você está cuidando dos seus próprios interesses. — Porra, Addison. — minha mãe se levanta, descartando a compreensão do meu padrasto quando ele tenta fazer com que ela se sente e corre em direção a mim, com o rosto contorcido de raiva. — Eu coloquei muito trabalho em você para que jogue e sopre tudo para o ar quando não te parece grande coisa, só para você ir às festas a noite toda e agir como uma putinha, você entende? — Uma putinha? Sério, mãe? — eu me ouço dizer. Mas eu me sinto tonta e minha voz soa fraca. A sala começa a balançar, e eu vacilo, lamentando a minha escolha de saltos altos. Minha mãe agarra meu braço, suas unhas cavando em minha pele e eu quero bater nela, mas de repente eu me sinto paralisada, como se eu estivesse presa em areia movediça. Eu não deveria ter pulado o café da manhã, eu acho. Será que eu jantei na última noite? Então Hendrix está de pé na minha frente, posicionado entre minha mãe e eu, com as mãos nos meus braços. Quando ele fala, sua voz soa abafada, como se ele estivesse falando comigo de algum lugar submerso. Eu nunca percebi o tom de azul estranho que seus olhos são, eu penso, me sentindo estranhamente desprendida de tudo. Eles são da cor do céu antes de uma tempestade. Isso é do que a minha avó o iria chamar. Há uma tempestade ao redor, Addy, ela dizia, pegando minha mão na dela. No sul, o céu fica cinza-azulado, quase negro, logo antes de rasgar os céus e desencadear uma torrente de chuva. Eu me pergunto o que Hendrix está escondendo por trás daqueles olhos. Esse é o último pensamento que eu tenho antes de tudo ficar escuro.
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Capítulo dois HENDRIX SETE ANOS ATRÁS — Este não é o momento nem o lugar para a sua merda, você me entende, Hendrix? — meu pai está na minha frente, sua voz baixa e profunda para que sua nova esposa e seu pequeno bando de garotas perfeitas não nos ouçam acidentalmente, ele quer que elas pensem que ele é o pai perfeito e ele e o filho seriam parte da sua família feliz. — Tanto faz. — eu rolo meus olhos, falando a palavra sob a minha respiração. Meu pai, com toda a sua rigidez e decoro maldito (‗Há uma razão e existe um protocolo, Hendrix, uma razão para uma cadeia de fatos em cada comando, a vida precisa de ordem‘ e todo esse blá blá blá idiota), decidiu que seria perfeitamente apropriado se casar com a mãe de uma maldita estrela adolescente da música country. Eles fugiram. Não contei a ninguém. Ele foi e fez isso há duas semanas, enquanto eu ainda estava na escola militar. Eles não tiveram sequer a cortesia de esperar até que eu estivesse em férias de verão ou qualquer coisa. Não é como se eu quisesse estar envolvido em algum casamento estúpido de qualquer maneira. Tanto faz. O Coronel nem sequer se incomodou em aparecer na academia militar em pessoa para me dizer, não que eu esperasse que o fizesse. Ele deixou a bomba explodir por telefone. E desde que eu fui expulso da academia militar na semana passada, nenhuma das bravatas, e o tagarelar do Coronel, poderiam os levar a me manter depois que eu fodi a filha do General, agora eu estou sendo obrigado a estar em Nashville, Tennessee, que eu acho que deve ser a capital do
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brega sertanejo dos Estados Unidos, para conhecer a minha nova família. — Tanto faz? — o Coronel está na minha frente, com o rosto contorcido de raiva. Eu sei que ele quer me bater agora, mais do que qualquer coisa. Mas estamos aqui na entrada da mansão de sua nova esposa, este lugar é tão ridículo riquinho que me faz querer vomitar. Então ele não ousaria me bater, não aqui, no meio de tudo isso. Tenho certeza de que ela não quer manchas de sangue em seu tapete extravagante. — Senhor, sim, senhor, — eu digo em meu tom de zombaria. Eu o irritarei e não sentirei nem um pouco de maldita culpa sobre isso. Porque eu deveria? Ele é o único que está me arrastando para o seu casamento, e que quer me inserir nesta nova vida familiar. Uma pequena voz corta a tensão. — Você é Hendrix? Eu me viro para vê-la andando pela monstruosa escada de mármore em que as curvas levam até os quartos no andar de cima. Addison Stone. Quando meu pai me disse que ele estava namorando - a parte de namoro era uma mentira, a propósito, porque ele já tinha casado com a mãe de Addison, Wendy Stone, eu não reconheci o nome. Então eu fiz um pouco de pesquisa na internet. Addison Stone era um tipo de cantora sensação na mídia, descoberta em um daqueles reality shows há cerca de dois anos. Agora ela tem um álbum e está em turnê e essas merdas. Ela é mais nova do que eu. O que significa que é apenas uma questão de tempo até que as comparações comecem: — Addison já fez um milhão de dólares, o que você vai fazer com sua vida? Addison é definitivamente mais quente do que ela pareceu nos vídeos que eu assisti em sua página online. Seus longos cabelos loiros estão puxados para trás em um rabo de cavalo que oscila quando ela anda pelas escadas, em seus jeans e pés descalços com seus dedos pintados de rosa. Ela está usando gloss cor de rosa nos lábios perfeitamente carnudos. Eu assisto sua caminhada pelo chão de mármore, ela praticamente salta quando ela se move, e então ela abre seus lábios em seu sorriso perfeito, com dentes brancos e estende a mão. — Eu sou Addison Stone, — diz ela, as bochechas coradas quando ela sorri como uma idiota.
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Eu olho para a perfeitinha Addison em sua casa perfeitinha e eu decido que eu a odeio.
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DIAS ATUAIS Os olhos de Addison abrem, e ela faz uma expressão que fica em algum lugar no limbo entre surpresa e horror. — O que... — Você desmaiou. — eu não acrescento que ela provavelmente desmaiou porque parece que deveria ter uma boa noite de sono, e comer uma refeição diferente de salada. Eu não vi essa menina desde que ela tinha dezessete anos, mas ela está menor agora do que antes. Ela parece frágil em meus braços. Pelo menos até que ela começa a se sacudir com força como a porra de um peixe fora d'água. — Por que você- — ela começa, e dá um tapa no meu braço, com força. — Me coloque no chão. Se fosse qualquer outro momento e qualquer outra pessoa que tivesse me dado uma ordem, eu o faria. Mas porque é Addison me dando ordens, eu não posso em sã consciência ouvir. É um princípio, você sabe. — Eu não penso assim. Ela se esforça mais, o que me faz rir. E faz com que ela fique obviamente irritada. — Você é um homem Neandertal. Eu não vou a lugar nenhum com você. — Você ouviu o meu pai, — eu digo. — Eu serei seu novo guardacostas. Ou o que quiser chamar. Merda, pare de se contorcer, ou você vai cair de cabeça e eu não vou sentir a mínima pena quando você rachar seu crânio no chão, droga. — As pessoas estão olhando para nós, — diz ela. Estou levando-a através do salão do prédio seja lá onde-diabos é isso, e ela está certa. Há escritórios aqui e alguém vem até a porta para olhar abertamente para nós. — Tenho certeza de que alguém já chamou um fotógrafo. — Então eu acho que é melhor você se preparar para sorrir para as câmeras, docinho. ~ 14 ~
— A menos que você queira que a história seja sobre você saindo com sua própria meio-irmã, eu sugiro que você me coloque no chão. — Que diabos é isso? — suas palavras me pegam desprevenido e eu a deixo descer. De alguma forma, ela consegue pousar com os pés firmes, como um gato, embora como ela faz isso de uma forma absurda sobre esses saltos altos dela, confunde malditamente a minha mente. Saindo com ela? — Por que você diz algo tão estúpido assim? Eu não posso ver seus olhos. Eles estão obscurecidos pelo cabelo pendurado em seu rosto enquanto ela olha para longe de mim. O fato de que eu quero ver seus olhos, que eu quero saber o que ela está pensando, deveria ter desencadeado sinos de alerta no meu cérebro. Addy gira em minha direção, dobrando seu longo cabelo loiro atrás da orelha, e me dá uma olhada. Eu reconheço esse olhar. É o que ela costumava me dar o tempo todo quando éramos adolescentes. Ela quer me estrangular. O problema é que, quando ela lambe o lábio do jeito que ela faz, sua língua correndo sobre eles lentamente, eu juro que ela está fazendo isso de propósito só para acabar comigo. Eu tenho que pensar conscientemente sobre não ficar duro enquanto eu olho para ela. Eu não sei o que diabos eu estava pensando quando concordei com o plano do Coronel. Este foi um grande erro do caralho. Entrei de cabeça na Marinha quando eu tinha dezoito anos apenas para ficar longe de Addy. Cinco anos de distância de sua presença deveriam ter me curado. Só é preciso um olhar em seus lábios e eu estou de volta onde eu estava há cinco anos. Addy não tem ideia de como eu me sentia a seu respeito, eu tenho certeza disso e eu não estou a ponto para deixá-la saber agora. E eu com certeza não quero qualquer foto nossa que implique sermos algo que não somos. Algo que não podemos ser. Addy me empurra para longe dela. — Alguma coisa estúpida como isso? — ela pergunta, seus olhos piscando. — Você me pega e me leva fora como um homem das cavernas. O que você espera que as pessoas pensem? Ela gira ao redor, andando em seus saltos. Eu pego seu cotovelo para que ela não caia, mas ela empurra seu braço para longe do meu alcance.
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— Você quer cair de bunda? — eu pergunto, lhe apertando o braço com mais força. — Pare de ser tão obstinada, porra. Merda, eu posso ver que algumas coisas realmente não mudaram em tudo, correto? — Obstinada. Isso é uma ótima palavra, — diz ela, sem olhar para mim. Mas ela não tira o braço de minhas mãos, desta vez, não até chegarmos lá fora. Em seguida, ela o arranca de minhas mãos, como se tivesse vergonha de ser vista publicamente comigo. O gesto me irrita mais do que eu gostaria de admitir para mim mesmo. Claro, Addy está e sempre esteve sob a minha pele, desde o primeiro momento em que coloquei os olhos nela, há sete anos. Ela já alcançou o sucesso desde então, assim como ela era a criança de ouro e eu era a ovelha negra. — Sim, bem, alguns de nós, da Marinha, podem usar ótimas palavras, — eu digo. — Alguns de nós podemos até mesmo ler. Addy faz um som incompressível baixinho, e o fato de que ela não tem nenhuma resposta me dá uma sensação de satisfação perversa. — O quê? — eu pergunto. — Nada a dizer, docinho? — Pare de me chamar assim, — ela bufa. — Eu não pedi para eles fizessem você o meu manipulador ou guarda-costas ou o que diabos eles estão fazendo. — Não brinca, — eu noto. — Eu não achava que você era tão masoquista assim. Mas Addy não responde. — É o seu carro aqui? — ela pergunta. — Eu tinha um motorista. — A seu serviço. — meu tom é sarcástico, e eu a ouço xingar atrás de mim enquanto ela me segue até o carro. Faço questão de abrir a porta para ela com um gesto dramático. Addy não diz uma palavra, mas enquanto seguimos, ela move o dedo distraída no descanso de braço. Tap-tap-tap pausa, tap-tap-tap, pausa. Ela costumava contar quando ela estava ansiosa, o que era muito mais do que ela jamais deixou transparecer, eu acho. Duvido que ela saiba que eu notei, mas eu notei. Ela tinha esses pequenos hábitos, contar, organizar suas coisas em uma determinada ordem, pessoas descrevem isso pelo fato dela ser uma diva, mas eu sabia que era mais do que isso. Notei um monte de coisas sobre ela na época. Maldição. Por que eu estou me sentindo de repente protetor sobre ela? ~ 16 ~
— Você precisa de comida, — eu digo. Assim que as palavras saem da minha boca, eu percebo como parece soar igual a um homem das cavernas. Coma. Comida. Agora. Addy vira para olhar para mim e eu posso vê-la levantar a sobrancelha sobre a armação de seus óculos de sol gigantes. — É para isso que nossos pais contrataram você? Me dizer o que fazer? Merda, são cinco anos em dando ordens nas forças armadas. Ela deveria estar feliz porque não usei a minha voz alta. — Talvez se você tivesse cuidado um pouco melhor de si mesma, eles não teriam que contratar alguém para te dizer o que comer. — Os Fuzileiros com certeza não te fizeram ser menos idiota, não é? Sua pergunta me faz rir e eu olho pelo canto do olho, só para vêla tentando esconder o sorriso. — Isso seria negativo, — eu digo, quando eu paro o carro no estacionamento de uma lanchonete. — Além disso, se tivessem feito isso você estaria desapontada. Addy bufa, mas ela me segue para fora do carro, abrindo a porta do lado do passageiro antes que eu pudesse abrir. — Você poderia esperar dois segundos e eu a abriria para você, — eu digo a ela. Ela bufa quando ela empurra a porta e a fecha atrás dela. — Porque eu não posso abrir minha própria porta do carro? — Você não aprendeu boas maneiras nos últimos cinco anos, não é? — eu pergunto. Ela está de costas contra o carro, e eu fico na frente dela, bloqueando o seu movimento. Estou tão perto dela que estamos quase nos tocando. Ela inclina a cabeça para olhar para mim, seus óculos escuros escondendo seus olhos, e o fato de que eles estão em seu rosto me irrita. Estendo a mão e os deslizo para o topo de sua cabeça para que eu possa olhar para ela. Addy bufa como se ela estivesse aborrecida comigo, exceto que suas pupilas estão grandes e seus olhos estão arregalados quando ela olha para mim, seus lábios separados enquanto ela inala acentuadamente. O som me deixa duro. Meu pau se pressiona contra o zíper da minha calça jeans, e eu penso em correr minhas mãos por baixo da sua bunda cheia de curvas, e a colocar sobre o capô do carro e transar com ela aqui e agora.
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O que diabos está errado comigo? Caramba, vinte minutos com ela e eu não consigo pensar direito. Esta definitivamente não é a menina de dezessete anos de idade que deixei em Nashville. Esta Addison está crescida. Algo tem que estar seriamente confuso com o fato de que transar com ela é tudo o que posso pensar. — Você é o único falando sobre maneiras, — diz ela, com a voz trêmula. — Me mandando fazer coisas como se eu fosse algum tipo de seu subordinado. — Eu nem sequer comecei a te mandar fazer algo ainda, docinho, — eu digo. Eu limpo minha garganta para tentar esconder a excitação que é evidente no meu tom, mas a sugestão nas palavras é tão claro como o dia. O fato é que eu não queria essa porra de trabalho, mas depois de tentar trabalhar em um escritório por três meses depois de sair do exército, eu sou um fodido um sem sorte. Aparentemente eu não estava me adaptando bem a um ambiente corporativo. Agora que eu vi Addy pessoalmente, eu não estou certo se esse era o melhor plano. Um caso perpétuo de bolas azuis não é minha ideia de divertimento. As bochechas de Addy estão vermelhas, mas eu não posso dizer se é porque ela está envergonhada ou excitada. De qualquer maneira, eu me sinto presunçoso quando eu vejo sua reação. — Eu adoraria ver você tentar, — diz ela. — Isso é um pedido? — eu pergunto. A maneira que seus lábios abrem ligeiramente em resposta me faz pensar que com certeza é, e eu tenho que dizer a mim mesmo para ficar bem longe dela antes de fazer realmente algo para lamentar. Eu não posso sequer começar a imaginar como a cabeça do coronel iria explodir se eu sequer fizesse algo como colocar um dedo em Addy. Claro, isso pode ser mais um incentivo para me comportar de forma inadequada com a meio-irmã que eu não vi em cinco anos, eu penso enquanto a sigo para dentro da lanchonete, assistindo ela balançar seus quadris enquanto caminha sobre os saltos.
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Capítulo três ADDY SETE ANOS ATRÁS — Ele é problemático, — diz minha mãe quando ela aplica outra camada de rímel nos cílios. Ela está se arrumando em seu quarto, usando um vestido que é decotado em sua parte inferior das costas, mal cobrindo sua bunda e uma cor berrante e mais apropriado para uma menina de vinte anos de idade do que para ela. Às vezes eu acho que o meu lançamento ao estrelato lhe deu uma razão para reviver sua juventude. Isso tem sido duplamente verdadeiro desde que ela conheceu o Coronel. Pelo menos, o Coronel é um pouco mais responsável, melhor do que os doadores de esperma que geraram minha irmã e eu, já que ser pai não é a palavra certa. Eles não têm estado envolvidos com a gente uma vez que fizeram a procriação e deixaram minha mãe. O Coronel pode ser bom. Ele é duro como uma tábua e não sorri muito. E ele faz com que todos o chamem de Coronel, mesmo que ele não esteja mais no Exército. Portanto, estas são as razões para não gostar dele. Por outro lado, ele ocupa o tempo da minha mãe, lhe dá uma distração de ser a micro gerente da minha vida e carreira. Então, isso é definitivamente uma razão para amá-lo. Mas a minha mãe e eu não estamos falando sobre o Coronel. Estamos discutindo sobre o filho do Coronel, Hendrix, que é tatuado, raivoso e é o menino mais lindo que eu já coloquei os olhos. — O que quer dizer com ele é problemático? Minha mãe me dá um longo olhar, e por um segundo eu tenho medo que ela possa ler minha mente, que ela possa ver os pensamentos muito inadequados que tive sobre Hendrix, que ela pode de alguma forma sentir o interesse que eu tenho quando eu ouço o nome
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dele. Tento parecer casual, indiferente quando eu pergunto sobre ele, tento não dar nenhuma indicação de minha curiosidade. Minha mãe balança a mão com desdém e suspira. — Você o viu, Addison, — diz ela. — Tatuagens e... bem, de qualquer maneira, você o viu. Sim, eu o vi. Hendrix Cole é um problema e dos grandes com P maiúsculo. Por que o pensamento disso me excita?
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DIAS ATUAIS Eu fico olhando para o cardápio, tentando não olhar para Hendrix, especialmente desde que eu posso sentir seu olhar em mim sem sequer olhar para cima. Meu corpo ainda está quente onde suas mãos estavam quando ele me levou para fora do prédio e o pensamento de seus braços em volta de mim envia uma trilha de arrepios sobre a minha pele. Meu celular vibra e eu percorro as minhas mensagens não verificadas, todas da noite passada. Cinco de Jared, meu ex-namorado, nenhuma das quais sequer pedindo desculpas por ter sido pego transando com uma ruiva no banheiro do clube. Duas de minha amiga Safira: —... OMG que viagem do CARALHO, sobre Jared você sabe que ele é pegador, você precisa fazer sexo vingativo, — uma de Ada: — Eu sinto muito pela briga. Jared vai superar isso. Jared vai superar isso? Ele é o único com seu pau na boca de outra menina e ele é o único que vai superar isso? Eu coloco o meu telefone no modo avião. Fodido Jared e os meus supostos amigos com os seus conselhos fodidos. A garçonete chega à mesa e ela olha para mim por um minuto, mastigando seu chiclete. Ela bate em seu crachá, Beatrice, com a ponta da borracha de seu lápis, antes de dirigir o lápis para mim, seus olhos se estreitando. — Alguém já te disse que você parece com a cantora Addison Stone? — soa mais como uma acusação do que uma pergunta.
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Hendrix olha sobre a borda de seu cardápio. — Ela parece? Eu não posso ver a semelhança. — Ela vive em Nashville, você sabe, — a garçonete diz com um encolher de ombros. — Isso é o que eu ouvi. Eu nunca a vi por aqui, então isso provavelmente não é verdade. Ela parece mais com um tipo de Hollywood de qualquer maneira. — Eu ouvi que ela é uma grande diva, — Hendrix diz e eu o chuto duro debaixo da mesa. — Tanto faz. Estão prontos para pedir ou o que posso fazer por vocês? Eu tenho alguém esperando por um pedido para viagem. Você quer o seu habitual? Seu habitual? Hendrix mostra os dedos. — Dois, — diz ele, tomando o meu cardápio de minhas mãos antes que eu possa protestar. — E cafés. Beatrice não responde, apenas vira e com passos largos anda pela lanchonete, se dirigindo para a caixa registradora. — Você acha que, talvez, eu quisesse decidir sobre a minha própria comida? — eu pergunto. Hendrix dá de ombros. — Pra quê? Pra você pode encomendar algo de baixo teor de gordura ou alguma coisa branca e legumes? — Você não sabe a respeito do que eu iria pedir. Ele ri. — Claro que você não ia, — diz ele. — Eu aposto que você está comendo bife e ovos todas as manhãs. É por isso que você está pele e osso. — Você é tão chato. Eu dificilmente sou pele e osso. Há duas semanas os tabloides disseram que eu era muito gorda. — eu olho para ele. — Eles estão cegos. Você precisa de um pouco de comida. Ele é tão irritante, já mandando após cinco segundos que voltou em minha vida, mas eu sei fazer melhor do que me preocupar em discutir com ele. — Por que ela perguntou se você queria o seu habitual? — Ela queria saber se eu queria a mesma coisa que eu peço toda vez que venho aqui.
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Eu expiro, exasperada e jogo um pacote de açúcar por cima da mesa para ele. — Sim, eu entendo o que o habitual significa. Você sabe o que eu estou querendo saber. Quanto tempo você está de volta em Nashville? Hendrix me dá um longo olhar. — Seis meses. — O quê? — ele está de volta em Nashville por seis meses e eu estou apenas descobrindo sobre isso agora? Não que eu queria que ele aparecesse na minha porta ou qualquer coisa. Não depois das coisas que ele disse para mim diretamente antes dele sair. Eu me lembro que eu o odeio. Mas fazer isso é mais difícil do que eu pensava quando ele está sentado à minha frente, olhando para mim do jeito que ele está agora. Como se ele estivesse com fome e eu fosse o que está no cardápio. — Você sentiu minha falta? — ele pergunta, sorrindo. — Oh meu Deus, você ainda é tão arrogante como sempre foi, — noto. — Eu tive um monte de coisas acontecendo, caso você não tenha percebido. Meu mundo não gira em torno de você. — Costumava, — Hendrix diz suavemente. Eu sinto minhas bochechas corando e eu abro minha boca para responder, mas Beatrice escolhe esse momento exato para colocar duas xícaras de café na mesa com muita força. O líquido derrama sobre as bordas das canecas, caindo na mesa, mas ela foi embora sem dizer uma palavra. Eu limpo a bagunça com um guardanapo, grata pela distração. Eu tinha esquecido o idiota completo e absoluto que meu meio-irmão costumava ser e claramente ele ainda é tão arrogante como sempre. — Eu não sei o que você está insinuando, — eu digo, meu tom imperioso — Mas se você pensa que meu mundo girava em torno de você, você está completamente delirante. — É isso mesmo, — diz ele. — Você costumava me desprezar. — Costumava? — eu pergunto, pegando o adoçante em cima da mesa. Hendrix o agarra e tira do meu alcance. — Ei, eu preciso de um desses para o meu café. Hendrix lança um pacote de açúcar em mim. — Não me diga que você ainda está guardando rancores antigos? — diz ele.
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— Eu não estou guardando nada, — digo, suspirando. Por que Hendrix tem a capacidade de me colocar no limite com tanta facilidade? — Você vai me dar o adoçante? Eu não uso esse açúcar. — Um pouco de açúcar lhe faria bem, doçura, — diz ele, me dando um longo olhar. Por que tudo o que ele diz soa como uma sugestão? A verdade é que um pouco de açúcar provavelmente iria me fazer algum bem. Não é como se eu tivesse tido alguma sorte nesse departamento recentemente. O meu ex-namorado não era exatamente um garanhão quando se tratava de sexo. Provavelmente porque ele estava muito ocupado recebendo isso de outras meninas. Hendrix finalmente cede, deslizando o adoçante do outro lado da mesa e eu rasgo um pacote. — Você não respondeu a pergunta, — diz ele. — Que pergunta? — eu pergunto. — Aquela em que você perguntou se algum açúcar iria me fazer alguma coisa? — Não, — diz Hendrix. — Aquela em que perguntei se você ainda está guardando um velho rancor. Eu dou de ombros. — Não é possível guardar algo que você nunca se importou, para começar. Estou mentindo. Hendrix foi o maior idiota de sempre, mas especialmente nos últimos meses antes de partir para o Corpo de Fuzileiros, quando ele aparentemente decidiu que ele era muito legal para sair com a pequena cantora country. Mas isso não apagou os meses antes disso, quando nos tornamos amigos íntimos. E todo esse tempo eu fantasiava sobre ser mais do que apenas amigos. E houve uma vez, quando ele me beijou, quando éramos muito mais do que apenas amigos. Mas o açúcar de Hendrix Cole é exatamente a última coisa na terra de Deus que eu preciso estar pensando agora depois do que aconteceu com a gravadora. — Bem, eu era um idiota, — diz Hendrix. — Passado? — eu pergunto. — Você sabe toda a merda que eu te dei, eu nunca- — Hendrix limpa a garganta e se inclina para frente, seus antebraços sobre a mesa. Mas, com um timing perfeito, a garçonete interrompe novamente.
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— Bem, trouxe os seus ovos, bacon, salsicha e biscoitos aqui, — diz ela, colocando os pratos na mesa em frente a nós e soltando um frasco de xarope sobre a mesa no meio da variedade de pratos. — Você come tudo isso toda vez que vem aqui? — eu fico olhando para a pilha de alimentos em descrença. — Eu não tenho certeza se estou repugnada ou impressionada. — Espere, — diz Beatrice. — Isso não é tudo. Eu não tinha espaço suficiente na bandeja para tudo, então eu estarei de volta com as panquecas e torta. — ela sai. — Ela disse panquecas e torta? Hendrix sorri. — Eles têm uma boa torta, — diz ele. — Quem come torta no café da manhã? E quem come panquecas e torta? — Eu posso comer torta no café da manhã. Eu sou adulto. — Tenho certeza que poderia ter me enganado, — eu digo, tomando um longo gole de meu café. Eu não sei se acredito que há um novo e melhorado Hendrix adulto espreitando sob o musculoso exterior. Mas Beatrice traz as panquecas e a torta, e de repente eu percebo que estou faminta. Nós cavamos a comida e Hendrix é Hendrix inadequado e estúpido e logo eu estou esquecendo tudo o que se passou entre nós e eu estou rindo tanto que eu fungo o café no meu nariz, o que o faz rir mais ainda. É bom rir. Tem sido um longo tempo desde que eu ri do jeito que eu estou rindo agora. E então nós terminamos de comer antes de eu me lembrar que eu me esqueci de perguntar o que diabos é que vamos fazer a partir de agora.
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— Bem, puta que pariu6, — diz Hendrix, assobiando quando ele para no hall de entrada do apartamento e olha em volta. — Você é muito elegante. 6Well,
fuck me sideways: É uma frase que mostra o choque ou surpresa por algo ou alguma notícia. ~ 24 ~
Hendrix dá de ombros. — Eu não sei se você percebeu, mas eu nunca fingi ser elegante, docinho. — Pare de me chamar assim, — eu digo, fechando a porta. — Isto é muitoFaço uma pausa. Eu quero dizer que é como chamar seu animal de estimação ou o que um namorado usaria, mas apenas o pensamento de igualar Hendrix com meu namorado faz meu coração disparar e eu não sei por quê. — É muito o quê? — ele pergunta. — Eu não posso chamá-la apenas de Addy o tempo todo. Qual seria a diversão nisso? Eu rolo meus olhos. — Eu chamo você de Hendrix. — Isso é porque você é chata. — Que seja. Eu sou uma estrela da música. Como se você fosse mais interessante do que eu sou. Hendrix ri, e quando eu fico irritada quando estou com ele, o som imediatamente enche a sala com o calor. — Claro que você é mama doces7. — Esse é um apelido muito pior. — Bem, eu disse que quero você feliz, docinho. — Hendrix anda pela sala, puxando as cortinas da janela e olhando do lado de fora, em seguida, examinando o lugar como se ele estivesse em uma missão. Eu o observo por um minuto, antes de o seguir até a cozinha e corredor. — Precisa de ajuda com alguma coisa? — eu pergunto, nem mesmo tentando esconder o meu sarcasmo. Eu estava jogando bem antes, mas ele basicamente se convidou em meu apartamento e agora ele está andando em volta como se ele possuísse o maldito lugar. — Não. — Hendrix espreita dentro de um dos quartos. — Isso não foi uma oferta, — eu digo. — Eu estava sendo sarcástica. A maioria das pessoas não mete o nariz ao redor da casa de outra pessoa. A maioria das pessoas diz, oh você tem uma bela casa, simples assim, eu adoraria uma xícara de café, e, em seguida, eles sentam suas bundas no sofá e tomam uma xícara de café. Ou o que quer que seja.
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Sugar tits. Tits é peitos, mamas. ~ 25 ~
Hendrix se vira para me encarar e eu inalo bruscamente em sua proximidade. Ele tem cheiro de sabonete e loção pós-barba, algo limpo, com apenas o toque de colônia que eu não consigo identificar totalmente o que é. Cheira a bosque e virilidade e... eu não posso evitar respirar o cheiro dele profundamente. De repente, eu sou algum tipo de maluca que fica por aí cheirando homens. Espero que Hendrix não tenha percebido. Como eu poderia explicar isso? Desculpe, eu só estava inalando o seu perfume? Eu prometo que eu não guardo uma mecha de seu cabelo debaixo do meu travesseiro. Eu não tenho dormido o suficiente. Isso é o que é. Eu devo estar perdendo a cabeça. — Você está vulnerável, — diz Hendrix, olhando para mim. Sua voz é profunda, irregular e eletricidade percorre meu corpo ao som, me fazendo saltar como se ele tivesse me tocado. — Co-como? — eu engasgo as palavras. — Este apartamento, — diz ele. — Você está vulnerável a uma violação de segurança. Você sabe disso? Será que meu pai fez este lugar ser vistoriado? Eu exalo fortemente. — Este lugar é vulnerável. — Sim, — diz ele, dando um passo para trás de mim. Ele já está no final do corredor antes de eu recuperar o fôlego novamente. — O que você acha que eu quis dizer? — Eu não preciso de segurança, — eu digo atrás dele, o seguindo em um dos quartos. — Eu não quero segurança. Eu não sou uma maldita estrela do rock. Isto é Nashville, não LA. — Você teve fãs loucos. Eu me lembro de alguns deles. — Isso foi no começo, Hendrix. Quando eu era uma criança. — eu tinha alguns fãs obsessivos aqui e ali, e alguns que eram doentes mentais, como a mulher que apareceu em nossa casa porque ela jurou que eu era sua neta. — Eles não param porque você é mais velha, Addy, — diz ele. Sua voz é mais suave e ele me olha agora com uma expressão que eu não posso identificar. — Você precisa ser cuidadosa. Você tem que ficar segura.
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— Eu estou bem. Eu não quero uma babá, — eu digo. Eu faço a minha voz firme. Tento parecer segura de mim. — Especialmente você, de todas as pessoas. Hendrix estreita os olhos e enruga os músculos de seu rosto enquanto ele aperta sua mandíbula. — Que diabos isso quer dizer, eu de todas as pessoas? O que foi que isso quis dizer? — Tudo isto... a reunião, você como meu guarda-costas... foi apenas jogado em mim, — eu digo, minha voz muito mais estável agora. — Eu não quero você aqui. — Bem, eu tenho boas notícias para você, Addison, — diz ele, com os olhos fixos, parados nos meus. — Eu particularmente não quero estar aqui também. — Então por que você está aqui, me incomodando? Hendrix puxa um dos cantos de sua boca em um sorriso. — Bem, inferno, eu não percebi que isso tudo a deixava incomodada, — diz ele. — Mas se você quer realmente me ver incomodando, eu vou tentar um pouco mais. Eu sinto vontade de mostrar a língua para ele, mas isso seria especialmente juvenil. Em vez disso, eu rolo meus olhos e suspiro. — Tanto faz. Hendrix ri. — Seja qual for, — diz ele. — Isso é um retorno impressionante. — Eu não sei o que os nossos pais prometeram para você, mas eu posso te dizer que eu não preciso de você. Hendrix se inclina para frente, sua boca perto do meu ouvido e quando fala, é um sussurro que envia um arrepio reverberando pelo meu corpo. Eu não tenho certeza se o arrepio é devido à raiva ou excitação. — Oh, não vamos nos iludir. Você precisa de mim, garota Addy, — diz ele, usando o nome que ele usava para me chamar. Garota Addy. Me faz sentir como se eu tivesse dezesseis anos novamente. Dezesseis anos, de olhos arregalados e otimista, ainda ansiosa e aprendendo sobre a indústria musical. Antes de eu começar a me sentir cansada do mundo. Antes de Hendrix me deixar e eu passar os próximos cinco anos me perguntando se ele estava bem ou se ele ia morrer no Afeganistão.
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Eu sacudi o sentimento. Eu me recuso a lembrar como eu costumava me sentir sobre Hendrix. Eu não vou. A voz de Hendrix, baixa e rouca no meu ouvido, rompe os meus pensamentos. — Que pena você achar que não precisa, — diz ele. — Porque eu estou de volta. E eu não vou a lugar nenhum. É preciso toda a força que eu tenho para me afastar de Hendrix, quando eu me sinto puxada em direção a ele por uma força praticamente magnética. Eu não digo nada, porque eu não posso pensar em nada para dizer. Em vez disso, tomo uma atitude mais madura. Eu só ando pelo corredor e fecho a porta do quarto atrás de mim. O som reverbera através do apartamento de cobertura, um baque ecoando que tem um ar de determinação. O problema, eu penso ao afundar na minha cama, é que absolutamente nada está determinado entre Hendrix e eu. Eu passei os últimos cinco anos tentando me convencer disso. E agora, basta um olhar dele e é reaberto, como se eu o tivesse visto ontem. Me inclinando para trás e fechando os olhos, tento reprimir a inundação de lembranças que vem correndo de volta, é mais do que uma mistura de sentimentos que tenho em rever Hendrix novamente.
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Capítulo quatro HENDRIX SEIS ANOS E ONZE MEZES ATRÁS Eu inspiro profundamente, a nicotina bate na minha corrente sanguínea e imediatamente me faz sentir um pouco mais calmo, menos no limite do que eu estava há alguns minutos atrás. Eu deveria me sentir melhor em estar fora da fodida escola onde estava antes, com todas essas besteiras militar, mas de alguma forma eu estou mais irritado do que nunca. — Posso ter um cigarro? — a voz pertence a um cara da minha idade, ladeado por dois de seus amigos que se juntam a mim embaixo das arquibancadas do campo de futebol. Eu dou de ombros, segurando o maço de cigarros. — Se você quiser. — Este é Brandon, — diz ele. — Eu sou Taylor. — Hendrix, — eu digo. — Você é meio-irmão de Addison Stone, certo? — Taylor pergunta, e eu rolo meus olhos. — Sim, — eu digo, suspirando. — A sorte me fodendo, certo? Brandon ri. — Ela é gostosa. — Sim, — eu digo casual, indiferente, como se eu não tivesse notado. Você teria que ser um homem cego para não perceber. — Para uma vadia metida, — acrescento. Eu não sei por que eu adiciono essa parte. Ela não tem sido realmente uma cadela para mim. Ela tentou ser agradável, mas ela é uma daquelas pessoas que não entendem a vida real. Posso dizer muito sobre ela. Ela é mimada e estragada, uma
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menina bonita que consegue tudo o que ela quer. Eu odeio isso, então eu a odeio. Brandon e Taylor riem e com isso e os cigarros, eu sou aparentemente instantaneamente legal. Eles começam a fofocar sobre as meninas gostosas na sala de aula, as que eles já pegaram e as que ainda querem pegar. Eu dou de ombros e coloco para fora os pensamentos que tenho da minha nova meio-irmã e me concentro no fato de que há toda uma escola cheia de patricinhas que são mais gostosas que a perfeitinha Addison Stone.
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DIAS ATUAIS Tap. Tap. Tap. Tap. Meus pés batem no pavimento mais e mais, o som batendo em um ritmo como percussão no silêncio da madrugada. São três e meia da manhã, e as ruas estão vazias. Eu não durmo mais. Eu não durmo desde o Afeganistão. Em vez disso, eu corro. Toda noite, às três da manhã, como um relógio. Se eu estivesse olhando para ele de uma perspectiva segura, este é o tipo de coisa que seria estúpida, por uma série de razões. Estabelecer uma rotina regular assim é estúpido. Isso o torna vulnerável. É considerado um comportamento de alto risco. Eu não sou uma pessoa de alto risco quando se trata da minha profissão. Eu não estava procurando isso quando fui ser um fuzileiro naval. Eu sempre avaliava os riscos, assim como eu fiz quando entrei na casa de Addy, anotando os pontos de entrada e saída e considerando potenciais fraquezas. Eu sou hiper-vigilante quando se trata de arriscar. Agora, contra o meu melhor julgamento, eu não pareço ser capaz de continuar a procurar. Você pensaria que seria mais fácil estando em Nashville em vez do Afeganistão. Não ter que pensar em levar um tiro ou ser explodido a cada minuto de cada dia do caralho. Exceto que há uma parte de mim, um pouco distorcida, a parte pior, que sente falta da adrenalina, a emoção de não saber se no momento seguinte será a minha última respiração. Então eu corro às três da manhã, através de rotas que eu conheço e estão desertas, pelos parques perdidos da cidade, em parques escuros
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e debaixo de pontes, quilometro após quilometro de comportamento de alto risco. Risco inaceitável. Isso é o que eu diria a alguém. Isso é o que eu diria à Addy. Eu estou sentado em uma mesa em frente a ela, dando palestras para comer mais e cuidar de si mesma, mas eu sou a porra de um hipócrita, correndo à noite, praticamente desafiando alguém para me assaltar. Em busca de adrenalina. Me engajar em comportamentos de alto risco. Isso é o que a psiquiatra disse ao me avaliar quando eu fui separado do Corpo, a mulher que contraiu os lábios quando ela olhou para mim, provavelmente considerando me dizer que eu era louco, mas eles não estão autorizados a dizer isso. Eu ri para ela. Eu raramente toco em álcool, não fumo ou tomo pílulas como alguns dos meus amigos, aqueles que não podem lidar com toda a merda mais. — Claro, senhora, — eu disse. — Alto risco é correr quando você sabe que um fusível acabou com um corredor na mesma rota no mês anterior. — exceto que eu sabia que o que ela disse era verdade. Então eu continuei correndo. Eu corro pelas janelas escurecidas nos edifícios, condomínios, arranha-céus e restaurantes que fecharam horas atrás. Isto definitivamente não é o bairro que eu tenho vivido desde que voltei aqui, o apartamento de merda é pouco mais de um quarto com uma cama e um gravador, uma solução temporária, enquanto eu venho tentando descobrir o que diabos eu estou fazendo de volta em Nashville. Nashville, Tennessee, é o último lugar que eu pensei que eu ia voltar. Addy é a última pessoa que eu pensei que veria novamente. Eu tinha certeza que eu tinha terminado com ela. Agora eu me comprometi a trabalhar para o meu pai que eu desprezo e para a garota que eu acidentalmente me apaixonei há seis anos. A mesma garota que eu corri como o inferno para ficar longe há cinco anos. Fora da vista, fora da mente do caralho. Me convenci de que colocar distância entre Addy e eu acabaria com a parte minha que doía por ela, mas que com certeza não acabou por ser verdade.
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Oito quilômetros mais tarde, e eu estou de volta na cobertura de Addison. O interior está vazio, exceto pelo porteiro, que olha por cima do livro que está lendo. — Boa corrida, senhor? — Diabos, não me chame de senhor. Eu não sou um maldito oficial. — eu estou recuperando o fôlego quando ele alcança debaixo de sua mesa e vem com uma garrafa de água fria que ele entrega para mim. O porteiro acena com a cabeça para uma das tatuagens no meu braço, a Eagle Globe and Anchor8. — Fuzileiros? — Sim. — Eu servi no Vietnã, — diz ele. — Bom para você. Você trabalha para Srta. Stone agora? — Trabalho, sim. — eu rio. Eu não digo a ele que eu sou seu meio-irmão de criação. Eu acho que eu sou apenas mais um de seus empregados. Os dedos do porteiro apontam para o seu crachá. — Eu sou Edgar, — diz ele. — Qualquer coisa que você precisar, me deixe saber e eu vou pegar para você. Eu sou o porteiro neste edifício por mais de dez anos agora e eu conheço esta cidade melhor do que eu conheço a minha própria família. Conheço todos os residentes aqui, também. A Srta. Stone é uma boa menina. Me trás chá do pequeno café perto de onde ela grava as músicas toda vez que ela vai lá. Ela nunca se esquece, também sabe que eu não gosto de café. — Isso soa como Addison, — eu digo. O agradeço pela água e estou prestes a ir para o elevador, mas pauso. — Você é o único porteiro aqui, Edgar? — Eu estou aqui principalmente de dia. Pete é noturno geralmente, não eu. Mas sua esposa acabou de ter um bebê e ele está fora pelo resto da semana. Temos alguém preenchendo os turnos durante o dia. 8Eagle
Globe and Anchor: é o emblema oficial e a insígnia do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA.
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— Então vocês são regulares, vocês dois. Você conhece todo mundo que deveria estar aqui. — Sim, senhor. — É Hendrix, — eu digo. Edgar assente. — Hendrix, — diz ele. — Seus pais devem ter sido fãs de música. — Minha mãe era, — digo a ele. Eu não lhe digo toda a história. Minha mãe queria me chamar de Hendrix Morrison. Ela era uma professora de música que adorava rock clássico. Ela e meu pai eram uma estranha combinação, o Coronel do exército e a hippie. O Coronel insistiu que ela me chamasse de algo mais viril. Meu nome do meio, Cannon, era o compromisso deles. Eu acho que foi justo, uma vez que a artilharia acabou por ser o meu trabalho no Corpo. Então, todo mundo começou a me chamar de ‗Cannon‘ de qualquer maneira. As cadelas pensam que tinha a ver com o tamanho do meu pau. — Bem, eu aposto que ela está orgulhosa de você agora, — diz ele. — Eu tenho certeza que ela está. — eu não sei se isso é verdade ou não. Na verdade, eu não tenho certeza o que diabos ela pensa de mim agora. —Addison não gosta de tudo isso, a fama e tudo mais, — diz Edgar, repentinamente. — Você gosta dela, — eu observo. — Ela não é presa como um monte de estrelas são, — diz Edgar. — Ela é uma boa garota. Cuide dela. Eu pego a nota de protecionismo em seu tom. É engraçado como Addison tem uma maneira de fazer as pessoas se sentirem protetoras com ela. No meu caso, protegê-la significa que com certeza eu preciso manter minhas merdas longe dela.
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Capítulo cinco ADDY SEIS ANOS E ONZE MESES ATRÁS — O que você acha? — Grace oscila seus pés sobre a borda da piscina, chutando seus dedos preguiçosamente na água. Ela se inclina para trás e arqueia o peito para cima, os peitos dela basicamente caindo para fora do seu top do biquíni, mas ela não se importa. Minha irmã mais velha é linda, e ela sabe disso. Ela sempre soube disso. Por que eu acabei sendo a famosa é algo que eu nunca vou entender. Grace era sempre a mais bonita, com seus olhos cor de esmeralda e cabelos escuros e pernas que são pelo menos trinta centímetros mais longas do que as minhas. Para não mencionar os peitos dela. Eu acho que ela basicamente tem o genes dos seios, porque os meus tamanhos pequenos não fazem nada para preencher o meu maiô. — O que eu acho sobre o quê? — Vamos lá, — diz ela. — Você sabe o quê. Ou quem, realmente. Nosso novo meio-irmão. Eu enrugo meu nariz. — Eu não tenho opinião alguma. Grace sorri. — Não seja tão boazinha, — diz ela. — Você tem uma opinião totalmente. Você só não quer dizer isso em voz alta porque não é bom e você é a garota legal. Eu exalo fortemente. Todo mundo já me taxa como a ‗garota legal‘ desde que eu era criança, incluindo Grace. Especialmente Grace. Eu sou a boa menina e ela é a menina má. Grace diz em tom de brincadeira, mas há sempre uma vantagem para ela. Nossa mãe, incapaz de ver alguém, exceto nas categorias de preto-e-branco, nos rotulou dessa forma quando éramos jovens. Ela odiava o pai de Grace e Grace tomou o peso dele. Não ajuda que Grace e eu parecemos opostos totais. Ou que Grace abraçou completamente o papel de menina má, se ~ 34 ~
rebelando contra tudo o possível, e voltando para casa com tatuagens e piercings e basicamente tudo o que ela podia fazer para chamar a atenção de minha mãe. O que Grace não percebe é que, ser a boa menina é muito irritante. Não é tão divertido para mim como ela pensa que é. — Eu não sou a garota legal, — eu digo. Grace me olha por cima de seus óculos de sol e sorri. — Claro que você não é, — diz ela. — O que você tem feito ultimamente, ou nunca, que faz de você uma menina má? — Eu... — faço uma pausa, tentando pensar em algo. Eu tenho apenas quinze anos. Não é como se tivesse havido um milhão de oportunidades para ser uma menina má, mesmo quando eu estava em turnê no verão passado. — Eu bebi cerveja com Sam Crawford em seu quarto enquanto estávamos em turnê. Grace me dá um longo olhar. — Você estava dormindo no quarto de Sam Crawford? — ela pergunta. — E ele lhe deu cerveja? Meu coração trava na minha garganta. Porcaria. Eu não quero deixá-lo em apuros ou algo assim. Sam é alguns anos mais velho que eu, tem dezenove, e ele é totalmente bonito. Eu pensei que ele ia tentar me beijar, mas não o fez e, honestamente, eu estava desapontada. — Sim. Isso não era grande coisa. Grace ri. — Não é grandes coisa quando você bebe cerveja o tempo todo, não é? Eu posso sentir o calor do embaraço no meu rosto. Às vezes eu odeio Grace totalmente. Eu não posso dizer quando ela está me provocando por ser boazinha demais ou me ensinando fazer algo de errado. — Eu bebi cerveja antes, você sabe. — Sam Crawford não deve ser quem te dá a cerveja, — diz ela, seu tom cortante. — Ele tentou qualquer coisa com você? — Não, — eu digo. — Ótimo. — Mas eu realmente teria gostado se ele fizesse, — eu cuspi. — Ele é bonito e ele é legal e eu pensei que ele ia, mas não o fez. — Sam Crawford não deve fazer um movimento em você, — diz ela. — Ele é velho demais para você. E ele é um idiota, de qualquer maneira.
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— Como você sabe? — eu pergunto. — E ele não é velho demais. Ele tem dezenove anos. Isso é quatro anos mais velho. — Essa é uma grande diferença, — diz ela. É um pouco mais do que a diferença entre nossas idades. E ela está sentada aqui comigo. Eu não abuso da minha sorte com ela apontando essas coisas, porque Grace sair comigo não acontece frequentemente. Ela está ocupada correndo por aí com seus amigos e namorados. Ela costumava trazer seus amigos para casa para me encontrar quando seus amigos se importavam com quem eu era. Ela costumava me irritar quando ela me mostrava aos seus amigos como uma espécie de troféu, mas agora ela está saindo com um novo grupo que não acha que eu sou legal o suficiente. E agora eu meio que sinto falta deles. — Bem, nada aconteceu, de qualquer maneira, — eu digo a ela. — Bom, — diz ela. — Mantenha isso assim. Você não - você sabe? - com ninguém, você— Sim, claro, — eu digo, pegando o significado de suas palavras. — Eu mal tenho ido a um encontro. Com quem - você sabe – eu faria alguma coisa? — Isso é bom, — diz ela. — Não é tudo o que dizem ser de qualquer maneira. Eu não acredito nela. O sexo é, obviamente, é o contrário do que ela diz, uma vez que ela está fazendo isso com muitas caras diferentes. Eu não digo isso, mesmo querendo. Seria ferir seus sentimentos, e eu não quero machucá-la. Ainda assim, eu quero saber sobre sexo. Um monte. E eu quero que ela me diga sobre isso, mas não me atrevo a perguntar. Ela fala que eu sou muito jovem, e eu odeio isso. — De qualquer forma, — eu digo. — Você já conversou com Hendrix? Eu queria saber sobre Hendrix também. Hendrix me faz pensar em sexo, muito mais do que eu gostaria de admitir, desde que eu o vi de pé na entrada de casa, no dia em que seu pai o trouxe aqui. Ele era tatuado e com piercings e ele olhava para o pai com raiva nos olhos, o tipo de raiva que enviou uma emoção secreta através de mim. Então ele se virou e olhou para mim, sombriamente e, com os olhos viajando por toda a extensão do meu corpo... algo sobre esse olhar me fez estremecer. Isso e pegou e eu pensei sobre isso mais tarde naquela noite quando eu deslizei meu dedo dentro da minha calcinha.
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Grace dá de ombros. — Ele não anda nos mesmos círculos que eu ando, — diz ela. O que é estranho, porque eu acho que eles saem com pessoas semelhantes, uma vez que ela está com tatuagens e piercings e tudo isso. Eu não sei. Às vezes eu não entendo Grace. E entendo menos ainda meu novo meio-irmão.
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DIAS ATUAIS Eu não entendo por que eu estou sentindo cheiro de bacon. O cheiro me acorda e eu abro meus olhos, esperando a luz solar que flui através das janelas, mas está escuro. E eu ainda estou vestindo minhas roupas. Me sento, grogue e pisco os olhos algumas vezes, tentando registrar a hora nesse inferno. O relógio marca 05h45min. Da maldita manhã? Então eu percebo que eu devo ter desabado na cama e desmaiado quando Hendrix me trouxe de volta ontem do jantar. Puta merda. Hendrix. Abrindo a porta do quarto, eu caminho para a cozinha onde eu vejo Hendrix, de costas para mim. Hendrix está sem camisa na minha cozinha, vestindo um par de calças de moletom verde oliva, pendurada em seus quadris. Tatuagens corre o comprimento de seu braço, cobrindo seu ombro e lateral, mas eu não posso dizer o que as tatuagens são de onde eu estou. Ele se vira e me olha por cima do ombro, em seguida, olha de volta para o fogão, onde ele está virando peças de bacon. — Bom dia, docinho. — O que você está fazendo aqui? — as palavras saem da minha boca antes que eu pense. Eu ainda estou grogue, embora eu tenha, aparentemente dormido mais do que eu tenho desde que eu era uma criança. Mas, falando sério, o que diabos Hendrix ainda está fazendo no meu apartamento?
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— Essa é uma maneira de merda para cumprimentar alguém que está fazendo o café da manhã, — diz ele. Ele chega a um dos armários e me entrega uma caneca de café. — O café está ali. Pegue um pouco. — Obviamente você já se familiarizou com a minha cozinha, — eu digo. — Eu não sei se eu deveria estar perturbada ou impressionada. — estou irritada com a forma como ele manda em mim, me dizendo para pegar café na minha própria maldita casa. Eu também estou irritada com a forma como ele parece confortável aqui, cozinhando e passando por meus armários e minha geladeira e se fazendo em casa. Estou prestes a fazer um comentário inteligente sobre o assunto, mas o aroma do café é perturbador e eu acabo derramando uma xícara em vez disso. — Eu tive que comprar alguns mantimentos, — diz ele. — Eu não sei o que você está comendo, pelo que parece, iogurte e salada. — Eu como muito fora, — eu digo, minha voz defensiva. Embora meu estômago ronque alto com o aroma do bacon. Ainda assim, eu não preciso de outra palestra de Hendrix, de todas as pessoas, sobre como cuidar de mim mesma. Embora pareça que ele sabe como cuidar de si mesmo. Os pensamentos pipocam na minha cabeça, e eu me encontro a roubar outro olhar para ele. Hendrix olha para mim, e eu sei que ele me pegou olhando para ele. Minhas bochechas queimam e eu tento cobrir o meu constrangimento, tomando um gole de café. E eu quase engasgo. Hendrix ri. — Sim, eu fiz forte. — Eu acho que sim, — eu digo. — Você aprendeu com os Fuzileiros? Hendrix dá de ombros. — Sou autodidata. O que posso dizer? O café é meu vício, — diz ele. Ele se vira e olha para mim, seu olhar escorrendo pelo meu corpo. — Não é o meu único vício. Eu engulo em seco, forçando os olhos para cima e, definitivamente, não incidindo sobre seu peito. Seu nu, musculoso, tatuado peito. E seus abs. Ele não tem um pingo de gordura em seu corpo, o que é especialmente impressionante depois que eu o assisti comer comida suficiente para alimentar um pequeno exército ontem. Mas então eu me lembro de que Hendrix não é apenas mais um cara gostoso. Ele é um idiota. Leopardos não mudam de pele, e definitivamente idiotas não mudam suas idiotices... ou algo assim. Para não mencionar o fato de que ele é o meu meio-irmão.
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Eu definitivamente não preciso pensar nele dessa forma. Ou sentir o calor correr pelo meu corpo quando ele olha para mim. — Eu tenho certeza que é o menor dos seus vícios, — eu digo, insinuando o passado de Hendrix como um mulherengo total. — Você não mudou. O olhar que atravessa seu rosto me faz pensar que eu poderia têlo machucado e eu me sinto mal por um momento. Mas então isso passa. — Você definitivamente mudou, docinho. Eu fico quente novamente sob seu olhar, e eu instintivamente toco o meu cabelo que está uma bagunça, puxado para cima em um rabo de cavalo casual. Droga, por que eu sai do quarto sem sequer olhar no espelho? E nas minhas roupas de ontem. Eu só sei que eu pareço uma porcaria total agora, e enquanto isso, Hendrix está de pé seminu na minha cozinha, nem mesmo um vinte centímetros longe de mim, parecendo sexo-em-pernas. A risada de Hendrix rompe meus pensamentos. — Está tudo bem, — diz ele, apontando para minha tentativa de dar tapinhas no meu cabelo de volta no lugar. — Como se eu nunca tivesse visto você depois de ter acabado de sair da cama antes. Meu coração dispara com a intimidade de suas palavras, e eu quase engasgo com meu gole de café novamente. — O quê? Você nunca me viu saindo da cama. Não que eu não tenha pensado sobre isso, no entanto. Quantas vezes eu pensei sobre Hendrix me vendo na cama? Demais para contar, essa é a resposta. A maldita resposta muito inadequada. Hendrix ri novamente. — Nós vivemos juntos por dois anos, garota Addy, — diz ele. — Não é como se você nunca tivesse entrado na cozinha depois que você acabou de acordar de manhã. Não é grande coisa. Ele se vira de novo, de costas para mim enquanto ele pega colheres de ovos e bacon em um prato, então pega torrada da torradeira. Não é grande coisa, eu penso. Isso é certo. Eu tenho que me lembrar do fato de que Hendrix nunca pensou em mim da maneira que eu fantasiava sobre ele.
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A maneira que eu fantasiava sobre ele, apesar do meu melhor julgamento. Porque a minha libido, aparentemente, gosta de caras que são um idiota total. Hendrix me entrega um prato. — Então, garota Addy, — diz ele. — O que está na sua agenda de hoje, além de me cobiçar na cozinha? — Eu não estou cobiçando você. — eu bufo e me volto para a sala de jantar, grata pela desculpa de ficar longe de Hendrix e seu glorioso abs. Porque é isso que eles são. Eu estive ao redor de um monte de caras gostosos pelos últimos anos, mas nenhum deles se compara com Hendrix, especialmente desde que ele voltou da sua temporada do Corpo de Fuzileiros. Agora ele parece ter esta intensidade contida sobre ele que é diferente dos outros homens. Ele parece mais perigoso do que os caras que eu estou cercada. E isso me faz tremer. — Não minta, — diz ele, puxando uma cadeira ao meu lado na mesa. Eu escolhi a cadeira na ponta da mesa de propósito, mas ele se senta ao meu lado como se ele não se importasse. Ele está desconfortavelmente perto. — Eu não estou mentindo, — eu digo. — Eu não estava de forma alguma cobiçando você. Por que você está sentado ao meu lado? Hendrix se inclina sobre a mesa e dá uma mordida na torrada, olhando para mim com um sorriso torto. — Eu apenas pensei que você poderia ter saudades de mim, é tudo. — Por que que diabos eu iria te dar essa impressão? — eu pergunto. Saudades dele? Depois das coisas horríveis que ele disse sobre mim naquela noite? A memória retorna a frente dos meus pensamentos, como se tivesse acontecido ontem e raiva corre através de mim. Hendrix poderia sentar aqui e fingir que somos velhos amigos, bons amigos separados por alguns anos pelas circunstância da vida, mas isso não é verdade. Eu gostei dele uma vez. Mais do que gostei. Eu o amei. E ele me machucou. — O quê? — ele pergunta. — O que foi que eu disse? — Nada, — eu digo, empurrando meu prato e me levantando com o meu café. — Absolutamente nada. Eu não estou mais com fome. — eu começo a ir embora, mas faço uma pausa antes de eu ir. — E coloque uma maldita camisa.
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Capítulo seis HENDRIX SEIS ANOS E DEZ MESES ATRÁS — O que você está fazendo? — eu olho para cima e vejo Addison andando na minha direção. Eu não consigo decidir se estou satisfeito ou irritado com esse fato, desde que eu vim aqui especificamente para evitar a minha nova família Stepford9, especialmente o membro que é a cantora loira preferida da família. Só que Addison parece gostosa como o inferno, mesmo vestindo calça caqui e uma blusa de cor salmão que pertence a uma mulher de meia-idade. E pérolas. Pérolas, pelo amor de merda. Ela tem quinze anos, mas ela se veste como se ela tivesse quarenta anos de idade. Ela tem quinze anos. E lembro desse fato. Eu poderia ter apenas dezesseis anos, mas ela é mais jovem que eu, muito jovem. Mesmo ela se vestindo como uma mãe. Eu tento ignorar como malditamente linda ela é, e minha voz fica puro aço duro quando ela olha para mim. — Que porra é essa que parece que eu estou fazendo? — eu pergunto. Melhor que ela me odeie do que fazer amizade com uma menina de quinze anos de idade. — Eu não sou estúpida, — diz ela. — Perfeitinha Addison realmente já viu uma situação da vida real antes? — eu pergunto, minha voz entrecortada. Eu estou nervoso agora que ela está aqui. Addison tem essa maneira de olhar para mim que me deixa nervoso, como se ela me conhecesse melhor do que eu a ela. Ela olha para mim como se ela visse através de mim e toda a minha besteira. Eu não gosto disso. — Isso deve ser uma surpresa.
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Stepford: Alguém que parece perfeito, como a esposa ideal. ~ 41 ~
Ela revira os olhos, o que a deve deixar mais irritada, mas de alguma forma faz com que ela fique mais sexy. — Eu já vi uma situação real antes, — diz ela. — Eu também já vi caras como você, com a sua porcaria Emo10 incompreendido. Não é único, você sabe. — Bem, merda, você me pegou, — eu digo com uma vantagem na minha voz que eu não tento esconder. Mas não é porque estou irritado. É porque eu quero colocar minha boca nela e isso é uma má ideia. Por um milhão de razões. E se há uma coisa que eu descobri nos últimos dois meses que estou aqui, é que Addison é algo mais. Ela não brinca e não é a espécie de menina que você só fode. Eu estendo a situação. — Quer um pouco? Addison balança a cabeça e eu não posso deixar de ficar mais enterrado por ela. — Sim, eu pensava assim. — Seu pai provavelmente teria um ataque cardíaco se ele pegasse você aqui, você sabe, — ela diz. Meu pai. Ela o traz como se a opinião dele importasse para mim mais do que qualquer coisa. — Por que você acha que eu estou aqui fora, no estábulo dos cavalos? — eu pergunto. — Por que você está aqui, afinal? Me perseguindo? As bochechas de Addison ficam vermelhas e vejo seu embaraço. Ela fica embaraçada facilmente, mas por alguma razão eu não acho chato. Eu gosto de irritá-la, o que provavelmente diz algo fodido sobre mim. — Você é tão cheio de si mesmo, Hendrix, — diz ela. — Eu venho aqui fora, as vezes, para ficar longe. Você está invadindo o meu espaço, imbecil. — Imbecil, hein? — eu ri. — Eu não acho que uma boa menina como você fala assim. O que diabos a querida cantora de música country dos Estados Unidos tem para ficar longe? O chef particular não cozinhou os ovos do jeito que você gosta deles esta manhã? — estou brincando, mas a parte sobre o chef particular é totalmente verdade. Eles têm um chef particular neste lugar. Ri-dí-cu-los. Ela olha para o chão e encolhe os ombros. — Nada, — diz ela. — Que seja. Eu tenho que voltar para a casa. — ela se vira e olha para mim antes de sair, enfia uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha. — Nós podemos ser amigos, você sabe. Você não tem que ser tão mau. Eu
10Emo:
é um gênero musical pertencente ao Rock tipicamente caracterizado pela musicalidade melódica e expressiva, e por vezes letras confessionais. ~ 42 ~
sei que você está chateado por que tem ficar aqui e outras coisas, mas seria legal sermos amigos. Eu olho para ela por um longo tempo e dou um outro olhar para a situação. Ela parece tão séria e porra... legal... que por um segundo eu quase lhe digo que seria legal sair com ela. Então eu me lembro de que meu pai é um idiota e que eu nunca pedi para mudar para Nashville fodida Tennessee e viver com os queridos pais da América nesta mansão Stepford e este bairro Stepford. Ainda assim, eu sinto uma pontada de desgosto comigo mesmo quando eu abro minha boca para falar. — Seria legal se você chupasse meu pau, também, querida. Com o rosto vermelho, Addison abre a boca para dizer algo, mas não sai nada. — Exatamente, — eu digo. — Então, se você não vai se tornar útil, então me deixe em paz. Um olhar magoado aparece em seu rosto, em seguida, ela estreita sua mandíbula e estreita os olhos para mim. — Eu chuparia seu pau, mas eu tenho medo de não ser capaz de encontrá-lo. Eu vou para retrucar que eu estou feliz em ajudá-la com isso, mas ela já se virou e eu a vejo sair, seu rabo de cavalo balança quando ela se afasta. Eu rio. Talvez Srta. Perfeitinha tenha uma pequena língua afiada, afinal de contas. Isso não é o que eu esperava. Talvez haja mais dela do que eu pensei que houvesse.
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DIAS ATUAIS Addison está me ignorando, seu nariz enterrado em seu maldito telefone celular, mensagens de texto ou verificando suas contas de mídia social, ou seja lá o que é que ela está fazendo. Eu não tenho ideia qual o problema com aquela garota, por que há um pau enorme na bunda dela. Claro, eu a tratava como lixo quando éramos adolescentes. Mas ela tem que saber que eu era um adolescente idiota normal. A culpa é dos hormônios.
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Faz uma semana desde que eu me mudei e ela mal falou uma palavra comigo e quando o faz, é concisa, empresarial. Apropriada. Falamos sobre o cronograma, onde ela precisa ir e o que ela precisa fazer. Nada mais. Digo a mim mesmo que é provavelmente o melhor, realmente. O problema é que, quando ela caminha ao redor da casa nestes shorts curtos e tops, eu mal posso respirar. E quando ela passa no corredor, o cheiro de seu shampoo me deixa duro. Seu maldito shampoo. Pode haver algo de errado comigo. Sua frieza é boa. Ela deve continuar me odiando. Eu preciso que ela continue me odiando. É o que é melhor para ela. É o que é melhor para mim. Há uma batida na porta da frente, eu giro a maçaneta. Quando eu a abro, a irmã de Addy, Grace, está curvada, amarrando o sapato de uma criança. Ela fala sem olhar para cima. — Oh meu Deus, Addison, por que é que a porta está trancada? Você sempre— Grace? Ela se vira. — Hendrix! — Como vai você, Grace? — Hendrix, olhe para você! — ela grita, me puxando para um abraço. — Como cresceu! Mamãe disse que você estava de volta ajudando Addison, mas eu realmente não esperava que você estivesse aqui. Este é Brady. — Ei, Brady. — eu agacho, mas ele esconde o rosto na perna de Grace. — Ele tem o que, três? — Em um par de meses, — diz ela. — Ele é tímido com estranhos. Vamos lá, baby, vamos ver tia Addy. Addison já está atrás de mim. — Onde está o meu sobrinho favorito? — ela pergunta e Brady olha para ela, tímido no início, em seguida, se divide em um enorme sorriso e corre, colidindo com ela. Ela o pega nos braços, se virando para passar por mim sem fazer contato visual enquanto ela murmura para o garoto. — Acho que eu tenho algo para você, não é querido? Eu estava na loja no outro dia e havia um
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caminhão impressionante que tinha o seu nome escrito sobre ele. Você quer ver? Grace entra, um saco de fraldas no ombro dela, e ela exala pesadamente antes de jogar a bolsa no sofá na sala de estar. — Inferno, Hendrix, olhe para você. — Olhe para mim? — eu pergunto, sorrindo. — Olhe para você. Você tem um filho. Caramba. Quando você se tornou adulta? — Eu sei, — diz ela, rindo. — Alguma vez você achou que eu ia ser a Sra. mamãe? Brady explode de volta para a sala de estar, o caminhão na mão, fazendo ‗zoom‘ com a boca enquanto corre com o caminhão entre os braços do sofá, em seguida, sobe nele com os seus sapatos. Addison chega por trás dele. — Você é uma ótima mãe, Gracie, — diz ela. — Brady, sapatos. — Grace está tirando seus sapatos quando Brady continua a pisar no sofá, pegadas de lama sobre o tecido, mas Addison apenas ri. — É apenas sujeira, — diz ela. — O deixe ficar. — Ele tem que saber que ele não pode destruir totalmente a sua casa Addison, mesmo que ele seja uma criança, — diz Grace. — Ela é totalmente feliz sendo a tia legal que permite que ele fique completamente e totalmente selvagem quando ele está aqui. Addison sorri e é a primeira vez nos últimos dias que eu vi seu olhar realmente feliz. — Isso é parte de ser uma tia, — diz ela. — O receber e lhe dar brinquedos e doce, e, em seguida, o enviar de volta para você. Grace ri. — Veja a porcaria que eu tenho que aturar? Addison dá de ombros. — Babá temporária gratuita, Gracie, — diz ela. — Você vai para o seu teste? Grace assente. — É ruim que eu estou totalmente nervosa? Estou nervosa. Eu não fiz uma sessão de fotos em anos. — ela se vira para mim. — É uma coisa de modelo. — Eu ia perguntar se você era uma modelo agora, — eu digo, e quero dizer isso. Grace sempre teve esse tipo de olhar. — Ha-ha, — diz Grace. — Eu pareço uma bagunça. Isso é o que ser uma mãe faz com você. ~ 45 ~
— Não se espera quede você aparecer linda. Eles vão refazer você, — diz Addison. — É estúpido fazer isso, — diz Grace. — Estou muito velha. E eu sou uma mãe. Eu tenho uma parte que é totalmente mãe aqui. — ela pega a carne em seu ventre. — Eu não estou ouvindo você, — diz Addison, fazendo um show de colocar os dedos em seus ouvidos. — La la la la la. Agora, saia daqui ou vai se atrasar. Hendrix pode te levar. — O quê? GPS ok. Eu coloquei no carro. Eu não preciso de uma babá. Quero dizer, sem ofensa, Hendrix. Addison bufa. — Mas eu, aparentemente... — O quê? — Grace olha entre ela e eu, e abre os olhos mais amplos. — Ohhh... Mamãe disse que Hendrix iria ser seu assistente. Addison faz uma carranca. — Sim, assistente. — Na verdade, — eu interrompo. — É para isso que fui contratado. Sua mãe forçou Addison a me assumir como um caso de caridade. Eu perdi meu emprego e Addy é muito boa para te dizer isso. — Oh, Hendrix, que merda, — diz Gracie. — Para você, obviamente. Eu não quero ter Addison como minha chefe, de jeito nenhum. — ela coloca a língua para fora em direção a Addison, que faz uma careta para ela, mas ainda evita olhar para mim. — Eu tenho que correr, eu venho buscá-lo mais tarde. E não o alimente com açúcar, Addison. Hendrix, você tem que ter certeza que ela não faça. A última vez de Addy como babá, ela lhe deu um cupcake e eu praticamente tive que descascar Brady das paredes quando chegamos em nossa casa. — Roger, — eu digo. — Oh, bonito, você é tão militar ainda, — diz Grace, dando um beijo na cabeça de Brady antes dela se dirigir para a porta. — Ok, te vejo mais tarde hoje. Eu não sei quanto tempo essas coisas levam, então não tenho certeza de quanto tempo eu vou demorar. Você está absolutamente certa de que está tudo bem com isso, Addy? — Oh meu Deus. Você age como se eu nunca tivesse tomado conta de Brady antes. Saia daqui, — diz Addison. Ela se ocupa brincando com Brady por alguns segundos, antes de olhar para mim. — Você disse a Grace que você é o meu guarda-costas.
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Eu dou de ombros. — Sim, e daí? É como eu fui contratado. Brady pega seu caminhão da mão de Addison e salta do sofá ‗zoom‘ ao longo de sua mesa de café, e ela se vira para me encarar. — Então, você sabe que não é exatamente como é. Você faz soar como se eu o escolhesse contratar por bondade do meu coração. — E? — Então por que você diz isso? Eu dou de ombros. — Parecia a coisa certa a dizer no momento. Ela olha para mim por um longo tempo antes de falar. — Você realmente foi demitido? — Eu saí, mas eles iriam me demitir, então é a mesma coisa. — Por que eles o demitiriam? — Inferno, você é intrometida. — Você é meu empregado, não é? Eu deveria saber esse tipo de coisa, — diz ela. Mas os cantos de sua boca viram para cima e eu sei que ela está brincando. — Eu sou? — eu pergunto. — Eu pensei que eu era o seu guardacostas. — Isso significa que você trabalha para mim, — diz ela. — Sim, eu tenho que proteger seu corpo. Addison estreita os olhos para mim. — Muito engraçado, — diz ela. — Não da maneira que você aparentemente quer dizer. — Como você sabe o que quero dizer, garota Addy? — eu pergunto. — Você tem uma mente suja. Brady chama por Addy, bate em sua perna com toda a força de um menino de três anos de idade e ela olha para ele e ri. — O que você quer fazer, Brade-man? Você quer ir ao parque? — Sim! O parque! O parque! — Brady grita. Addison olha para mim e sorri. — Bem, já que você é meu empregado, você pode estar no comando do saco de fraldas. Eu deveria estar irritado, levando o saco de fraldas e seguindo Addison e Brady pela calçada do parque. Mas eu não estou. Nós nos ~ 47 ~
revezamos empurrando Brady no balanço e seguimos ele quando estava correndo através da grama e nós não falamos sobre muita coisa. Só que eu assisto o semblante no rosto de Addison quando ela brinca com ele e do jeito que ela enfia seu cabelo atrás da orelha, enquanto ela olha por cima do ombro para mim, quando ela está perseguindo Brady através da grama, e eu me sinto mais leve... de alguma forma, não estou nervoso do jeito que eu costumo me sentir. Me encontro rindo quando Brady tenta pegar a bola de borracha que eu jogo para ele. No caminho de volta para o apartamento, quando paramos para tomar um sorvete, eu cutuco Addison. — Você é uma má tia, você sabe, — eu digo enquanto dou a Brady uma colher em sua boca. — Grace vai te matar. Ela sorri para mim. — Eu sou uma ótima tia, — diz ela. — E, além disso, ele vai colocar isso para fora antes de nós o devolvermos de volta a Grace de qualquer maneira. Vamos nadar. Há uma piscina no condomínio. A imagem de Addison em um biquíni traz flashes na minha cabeça, e meu pau endurece, aqui na porra da sorveteria. Eu forço meus pensamentos bem longe de Addison. — Brady ama nadar, — diz ela. — Quer ir nadar, Brady? — Vamos nadar! — sorvete escorre pelo seu rosto e ele bate na mesa com o punho. — Nadar, — eu digo. Droga. A última coisa que quero fazer é ver Addison em um maiô na piscina. Claro, eu estou mentindo para mim mesmo. É a única coisa que eu quero.
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Capítulo sete ADDY SEIS ANOS E OITO MESES ATRÁS Eu estou nadando na água, a repetitividade dos gestos fazendo o que sempre faz, me embalando em transe quase hipnótico. Antes de ser descoberta no reality show, nós não podíamos ir à piscina ou fazer aula de natação ou qualquer coisa assim. Eu mal sabia como boiar. Isso mudou quando eu estava no show. Inferno, tudo mudou desde que fui descoberta. Agora eu tenho uma piscina aquecida no meu próprio apartamento. Isso é uma maldita fantasia. A maioria das pessoas nada no período da manhã, mas eu gosto de nadar à noite. Depois que o sol se põe, as luzes sobre os lados da piscina a transformam em uma cor azul-petróleo incandescente na água. A água abafa os sons do lado de fora e eu viro minha cabeça, perdendo a noção do tempo e lugar, enquanto eu nado na água azul e bloqueando o resto do mundo. Normalmente estou sozinha aqui fora, ninguém se importa o suficiente para interferir na hora da natação, mas quando eu me levanto para o lado da piscina, Hendrix está sentado em uma cadeira, acendendo um cigarro. Eu limpo a água do meu rosto, descansando com o meu braço na borda da piscina. O ar fresco da noite bate na minha pele e me faz tremer. O mesmo acontece com a forma como Hendrix olha para mim. — Há quanto tempo você está aí? — eu pergunto. — Poucos minutos, — diz ele. Seus olhos nunca deixam os meus, e do jeito que ele olha para mim fico feliz por estar com a maior parte escondida na piscina. — Você não devia fumar, — eu digo.
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— Obrigado pela palestra. — ele exala fumaça em anéis para mim e eu rolo meus olhos. — Cheira mal e isso não é saudável, — falo. Eu sei que soa deprimente, mas eu não posso evitar. Hendrix tem uma atitude tão blasé sobre a vida, como se ele não desse a mínima para o que acontece. Isso me irrita. — Eu não preciso de uma palestra sobre os riscos, — diz ele. — Minha mãe morreu de câncer. — E você ainda está fumando? — eu pergunto, minha voz subindo. Estou irritada com sua atitude arrogante sobre tudo. — O que diabos está errado com você? Hendrix dá de ombros. — É a minha vida, garota Addy, — diz ele. — Não por muito tempo, se você continuar assim. Hendrix ri. — Eu deveria ser mais parecido com você, certo? Toda trabalho e nenhuma diversão? — O quê? — minha voz guincha. — O que você acha que eu estou fazendo agora? — Isso? — Hendrix pergunta. Ele não termina o cigarro, no entanto. Ele joga fora e se inclina em sua cadeira, olhando para mim. Às vezes me pergunto o que ele está pensando quando ele olha para mim assim. Eu tenho certeza que eu não gostaria de saber. Ele definitivamente está me avaliando. Me julgando. — Mesmo quando você está nadando, você parece intensa. Intensa. Ninguém nunca me chamou de intensa antes. — O que, você esteve me olhando? — Sim. — ele fala a palavra, sem hesitação ou constrangimento, e eu olho para longe, engolindo em seco. — Você tem me observado nadar? Hendrix dá de ombros. — Nada melhor para fazer neste lugar, — diz ele. — Eu estive entediado. — Eu pensei que você tinha amigos. — Eles são chatos. Eu rio desconfortavelmente. — Estou muito lisonjeada que me espionar é menos chato do que sair com seus amigos. ~ 50 ~
— Você deveria estar. — Você vai entrar na piscina ou você vai se sentar e ficar me olhando? Hendrix ri. — Eu não nado. — Por que não? — eu pergunto, afundando na água até o pescoço. Eu estou fria, mas eu também estou ciente do jeito que Hendrix está olhando para mim, e eu não tenho certeza se eu gosto. Ou, mais precisamente, eu não tenho certeza se eu tenho que gostar. — Oh, não, espere, não é legal o suficiente para você, certo? Hendrix faz uma cara estranha, e olha para longe. — Eu não sei nadar. — Não é possível, como você não sabe nadar? — Não sei, — diz ele. — Nunca tive um motivo para aprender. — Você não estava na escola militar? — eu pergunto. — Eles não te ensinaram? — Não era Marinheiro, — diz ele. — Eu posso te ensinar. — eu digo a frase e imediatamente a lamento. Por que eu acabei de dizer isso? Eu não quero estar presa gastando mais tempo com Hendrix do que eu preciso. Não é? — Você vai me ensinar a nadar, — diz Hendrix. Eu não tenho certeza se é uma pergunta ou uma declaração. Eu dou de ombros. — Não é grande coisa. Esqueça que eu mesmo ofereci. — Tudo bem, — diz ele. — Ok, como você quer que eu te ensine a nadar? — essa é a última coisa que eu esperava. — Me mostre o que você tem, docinho.
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DIAS ATUAIS — Me mostre o que você tem, garota Addy. — Hendrix está na parte rasa da piscina no meu condomínio de apartamentos, com as mãos nas bordas das boias de Brady. — Você está pronto para nadar, Brady? Acha que podemos vencê-las? Brady ri histericamente, mas agarra as bordas das suas boias com força. — Sim, sim, sim! Corre! Vai, vai, vai! — Você pediu por isso. — eu finjo um mergulho simulado para a água, mas não realmente, tomo meu tempo flutuando nas minhas costas quando Hendrix envia Brady para o outro lado da piscina. A risada de Brady ecoa pelo lugar quando Hendrix chega ao fim. — Toque a borda da piscina então ganhamos, Brady! — Oh, você é muito rápido para mim, Brade-man. — eu faço um high-Five11 com Brady, e faço contato visual com Hendrix, e por um segundo, eu me sinto como se eu fosse uma adolescente de novo, meu coração acelera quando eu olho para ele. Todas aquelas noites na piscina ensinando Hendrix a nadar; a amizade tênue e gradual que nós desenvolvemos, nós dois guardando os espinhos; e minha atração não dita a ele que tinha certeza de que ele retribuiu, mesmo quando ele me beijou... Claro, isso não o impediu de se gabar de que ele fez mais do que isso, mentindo para seus amigos sobre mim. A memória daquela noite vem em flashes na minha cabeça e eu olho para longe de Hendrix, mergulho de volta sob a água e nado o comprimento da piscina para o outro lado. Quando eu subo, Brady está lamentando e Hendrix está de pé, com o peito fundo na água a poucos passos de distância, o puxando para fora da boia. — Ela está bem ali, Brady, viu? — diz ele, se virando para mim. — Ele está com medo porque você desapareceu. — Merda. — eu pego Brady em meus braços. — Brade-man, eu estava nadando debaixo d'água! Surpresa! — então ele começa a rir. Hendrix já está de costas para mim enquanto ele se sai da água para chegar às toalhas. Parte de mim quer explicar a minha falta de jeito, confrontá-lo sobre aquela noite e o colocar as cartas na mesa. Mas a outra parte de mim, o lado mais razoável, me lembra do quão confortável foi esta tarde ao sair com ele e Brady, que Hendrix não é
11High-Five:
é um gesto, ou cumprimento presente em diversas culturas, que ocorre quando duas pessoas tocam suas mãos no alto simbolizando parceria. ~ 52 ~
meu amigo. Ele está na folha de pagamento dos meus pais, e ele está cumprindo sua agenda, e a agenda do estúdio. Depois de Brady ser alimentado no jantar e ter tomado banho, ele se enrolou no sofá na sala de estar e desmaiou, antes mesmo que nós tivéssemos a chance de assistir os desenhos animados que eu comprei. Hendrix se sentou no sofá em frente à criança exausta e eu. — Você é boa com ele, — diz ele. Eu dou de ombros. — Eu espero que sim. Ele é meu único sobrinho. O silêncio entre Hendrix e eu, com mais nada para nos distrair, é praticamente ensurdecedor. Hendrix limpa a garganta e me dá um olhar sério, a testa enrugada. — Eu não sei por que vocêTão logo ele começa a falar a batida na porta o interrompe, e eu a abro para Grace, o tempo todo querendo saber o que Hendrix ia dizer. — E? — eu pergunto. — Como foi? — Foi incrível! — ela diz. — Eu acho que eles gostaram de mim. O fotógrafo parecia feliz, e disse que eu era fácil de trabalhar. — Você parece excelente, eu amo o cabelo e a maquiagem. — Me diga que isto é o que você sente quando fazem seu cabelo e maquiagem e tudo para seus eventos e shows, — diz ela. Seu rosto está radiante e ela parece em êxtase. — Bem... — eu começo a dizer que não é assim, mas depois eu paro. — É. — eu minto. Eu me senti assim no começo, mas não mais. Agora é apenas parte da rotina, um fardo mais do que tudo. Mas eu não digo a Grace. Por que arruinar a mágica? Ela está feliz. E bonita. — Você deveria ir surpreender Roger. Grace sorri, mas não há nenhuma alegria em seus olhos. — Eu acho que eu vou, — diz ela, olhando para o relógio. — Se ele estiver em casa, quero dizer. Ele está trabalhando até muito tarde. — Roger é um advogado corporativo, — diz Hendrix. — Isso é a última coisa que você esperava, tenho certeza, — Grace diz, rindo. — Eu e um maldito advogado. Hendrix dá de ombros. — As pessoas mudam, — diz ele. As palavras são dirigidas a Grace, mas Hendrix nunca tira os olhos de mim.
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As pessoas mudam. Eu nĂŁo tenho certeza se Hendrix estĂĄ tentando me convencer ou a si mesmo.
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Capítulo oito HENDRIX SEIS ANOS E QUATRO MESES ATRÁS — Você está ficando melhor, — diz Addison. Ela sai da piscina em um movimento rápido, com as mãos na borda de concreto, ignorando os degraus que estão menos de cinquenta centímetros de distância, da mesma forma que ela sempre faz. Eu não sei por que ela não sai da piscina como uma pessoa normal, além do fato de que nada que Addy faz é normal. Ela é uma daquelas pessoas que parece normal no lado de fora, mas acaba por ter todas essas pequenas peculiaridades e afins. Como a forma que ela conta quando está nervosa. Eu não sei se é estranho notar essas coisas sobre ela. Ninguém mais parece fazer isso. Claro, ninguém realmente parece dar muita merda sobre o que ela faz, exceto se ela está aparecendo no estúdio ou saindo em turnê. Esse é o meu maior problema. Percebo muito sobre o jeito de Addison Stone. Como o fato de que seus olhos ficam tão malditamente azuis quando ela usa este traje de banho escuro, de uma única peça e combinando com a touca de natação, óculos de proteção empoleirados no topo de sua cabeça. Esta deve ser a aparência mais atraente do que nunca. Só que não é. A água corre pelos lados de seu rosto, e sobre os ombros, e... santa merda... seus seios. Seus mamilos estão duros através do tecido de seu maiô, e eu tenho medo de olhar para baixo porque meu pau tem que estar fazendo uma tenda sob o tecido da minha sunga agora. — Cara, — diz ela. — O que, você está duro? — Huh? Não. O quê? — eu pareço como um idiota total. — O que você estava dizendo?
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— Eu perguntei se você vai me entregar à toalha12? — Oh, — eu me abaixo e agarro a toalha ao meu lado e a atiro para ela, em seguida viro, ajustando o inchaço óbvio nas minhas sungas. Porra, eu estou tendo um trabalho duro13 - trocadilho - em esconder minha resposta a ela e espero que ela não tenha notado. Eu vou embora, me enxugando para esconder minha ereção, minhas costas de frente para ela, e tento me concentrar nas coisas menos sexualmente atraentes que eu posso pensar. Mal ajuda. — Você está ficando cada vez melhor, — diz ela. — Talvez você possa ir ser um SEAL ou algo assim. — Porra. — eu praticamente cuspo a palavra. — Não seria uma boa ideia. A cabeça do Coronel ia explodir. — Por quê? — ela pergunta. Eu olho por cima do meu ombro para ela, e ela está puxando a touca de natação de sua cabeça e sacudindo os cabelos. Droga. Ela se parece com uma atriz em um desses filmes, quando a menina sacode os cabelos em câmera lenta enquanto alguma música, lenta-pornô, toca na trilha sonora, o cabelo caindo em ondas e eu olho de novo. Eu não posso continuar vindo aqui assim, como se estivesse saindo com ela, falar com ela como se nós fossemos amigos. Não com a maneira que eu estou começando a gostar dela. E definitivamente não com o jeito que eu estou olhando para ela. — O Coronel só acha o Exército bom, — eu digo. — Ele considera qualquer outro ramo inferior. Você não sabe? Ele adoraria que eu entrasse no Exército. — É isso que você quer fazer? Eu me viro, me certificando de esconder o meu pau com a toalha. Eu ainda estou tão duro que eu mal posso pensar, e Addison quer ter uma conversa sobre a minha vida e meu maldito futuro. — O que, você está me perguntando o que eu quero fazer? Ela parece surpresa. — O que mais eu poderia perguntar? — Eu não sei, — eu digo. — Ninguém mais parece se importar. Você está fazendo o que você quer fazer? Addison ri. — Eu tenho quinze anos, — diz ela. — Eu sou uma estrela. 12 13
É porque as palavras tem a entonação parecidas. Hehe. Hard time = dificuldade, mas hard também pode significar ―pau duro‖. ~ 56 ~
— Isso não é realmente uma resposta, — eu digo. Ela apenas dá de ombros. — Ei, eu posso perguntar uma coisa? — Eu não sei. Você não é tão boa em responder perguntas. — Não é sobre isso, — diz ela. — Eu preciso de um favor, uma vez que estou te ajudando. Eu viro a minha cabeça para o lado. — Você está me ajudando? — Eu estou te ensinando a nadar, idiota. — Idiota? — eu pergunto. — Quantos anos você tem, doze? Vá em frente, eu quero ouvir que tipo de favor que Addison Stone precisa de mim. — Eu preciso que você me ensine a dirigir. — Você não sabe dirigir ainda? — eu pergunto. — Você fará dezesseis anos em... quanto tempo? — Quatro meses, — diz ela. — Eu estava em turnê, e minha mãe estava... — sua voz diminui. — Preocupada com o meu pai, — eu digo, suspirando. — Você não tem que fazer, — diz ela, obviamente interpretando mal o meu suspiro como relutância. Eu acho que não seria realmente uma má interpretação. Eu não quero gastar mais tempo a sós com Addison do que preciso. Eu continuo descendo para a piscina à noite, mesmo sabendo que estou brincando com fogo. Addison está ficando sob minha pele. É com Addison que eu falo sobre as coisas, aqui na piscina. É pela Addison que estou ansioso para ver cada noite como um relógio, e por causa de Addison eu estou procurando momentos para continuar com nossas aulas de natação. Addison é com quem eu falei a respeito da morte de minha mãe, sobre o quão babaca é o meu pai. É com Addison que eu quero falar o tempo todo. E isso é um problema do caralho. Eu preciso tirá-la da minha cabeça. Há uma centena de garotas diferentes que eu posso pegar, meninas que não vivem na mesma casa comigo. Meninas que não são minhas meio-irmãs. E eu tenho fodido elas. É o rosto de Addison que eu vejo quando estou em suas camas. E é o nome de Addison que está em meus lábios. — Está tudo bem, — eu minto. Eu deveria dizer a ela não.
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— Não faça isso se você não quiser. — Eu disse que tudo bem. Vamos começar este fim de semana. Mas se você estragar o meu carro, o dirigindo como uma merda, você vai me comprar um novo. Um sorriso se espalha pelo rosto de Addison e ela estende a mão tremendo para mim. — Ok. Negócio feito.
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DIAS ATUAIS Eu retiro minha camisa quando eu entro no apartamento, com cuidado para fechar a porta silenciosamente atrás de mim. São cinco horas da manhã e eu estou me sentindo energético, apesar dos meus melhores esforços para me cansar. Muito enérgico. Estou nervoso e irritado como resultado de estar em ambientes fechados com Addison. Ontem à noite, ir com ela para a piscina enviou memórias de todas as noites que passamos juntos, todas aquelas noites que passei lutando contra minha atração por ela. Eu sei que eu deveria estar me comportando mais como um guarda-costas, lembro que isto não é uma gig14 de segurança de rotina. As palavras expressas do Coronel eram ‗nenhuma ameaça de segurança real‘ eu sou uma babá glorificada e é isso. Também não é uma situação normal porque é Addison. Derramando uma chaleira de café, eu a levo de volta para o quarto que eu utilizo desde alguns dias atrás, quando Addison estava sendo uma anfitriã menos do que agradável. A maioria das pessoas como ela, que são grandes estrelas, iriam contratar um designer para decorar, mas eu sei só de olhar para ele que este quarto de hóspedes, como tudo no seu lugar, é de seu próprio design. Este apartamento é seu espaço privado. Tudo aqui foi cuidadosamente selecionado, desde a cama de teca esculpida, às cortinas cor de vinho profundas, as pinturas na parede, arte moderna com laranjas e o sol brilhante e detalhes azuis do Caribe. É o mais boêmio do país e reflete a personalidade de Addy.
14Gig:
é um projeto de comunicação abrangente do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
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E isso é uma das coisas que me faz perder a cabeça aqui. Não só estou cercado por Addy durante o dia, eu estou cercado por ela durante a noite também. Mesmo aqui nesta sala não posso ficar longe dela. Eu juro, os malditos lençóis sobre a cama cheiram a ela. Isso está me deixando nervoso e irritado e... fodidamente duro como o inferno. Eu tiro o meu shorts e solto minhas roupas suadas dentro do cesto, engolindo mais café e fazendo uma careta quando o líquido quente atinge a parte de trás da minha garganta. Preciso de um banho depois dos oito quilômetros. O que eu realmente preciso é ficar com alguém. O que eu realmente, realmente preciso é de alguém para tirar da minha cabeça a minha meio-irmã. Quando eu abro a porta, ela está vindo pelo corredor de seu quarto, vestida com uma camiseta. E nada mais. Addison está vestindo uma camiseta cinza que mal passa por seus quadris e me faz perguntar se ela tem calcinha. Ela para rápido, um metro longe de mim, e seu rosto se transforma praticamente em escarlate. Quando ela enfia uma mecha de cabelo atrás da orelha, o tecido da camiseta sobe, e eu posso ver a borda da calcinha entre suas pernas. Rosa. Ela está usando calcinha rosa e uma camiseta. Se eu achasse que meu pau ia explodir antes... Eu juro por Deus, todo o sangue foi drenado da minha cabeça e eu fico aqui parado, olhando para ela com minha boca aberta como um idiota. — Oh, — diz ela. Seu olhar percorre o comprimento do meu corpo e eu estou de repente realmente muito ciente do fato de que eu estou de pé aqui em cuecas boxer e nada mais. Com uma furiosa ereção. Eu estou cara a cara com a garota que eu acabei de jurar que precisava sair da minha cabeça, e meu tesão está transmitindo alto e claro o quão absolutamente não fora da minha cabeça essa menina está. — Eu ouvi a porta fechar e eu pensei que você estava correndo. — Eu estava, — eu digo. — Correndo. Acabei agora pouco. — Eu ia apenas, café, — diz ela. — Eu quero dizer. Hum. Eu não esperava que você estivesse aqui, ou... Sim. Sem calças.
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— Calças... — eu engulo em seco, tentando com todas as fibras do meu ser não olhar para suas pernas nuas. E, definitivamente, não olhar para o local onde sua camiseta para, no vinco de sua coxa. E pelo amor de merda, não olhar entre as pernas novamente para ver se o tecido rosa aparece. — Quero dizer, é minha casa, então eu geralmente não... você sabe... — sua voz diminui. — Veste roupas. — uma vez que eu falo as palavras, a imagem de Addison caminhando nua ao redor de sua casa vem em flashes na minha cabeça, e meu pau vibra. Ela tem que pensar que eu sou um fodido um pervertido. Eu sou um fodido pervertido. As coisas que eu quero fazer com ela... Eu tenho que cerrar os punhos ao meu lado para me impedir de levá-la pelos pulsos, a empurrar contra a parede mais próxima, prender os braços acima da cabeça, e deslizar meu pau dentro dela. — Roupas, — diz ela. — Você não está... e, quero dizer, não é isso... — seus olhos descem pelo meu corpo, e eu sei que ela está olhando para a minha ereção, e Deus me ajude, eu deveria me afastar dela agora, mas eu não posso. Não quero. — Isso, — repito, apesar de eu saber exatamente o que ela está falando, o que ela está olhando. — Diga a palavra, docinho. — eu não quero que ela diga apenas a palavra pau, embora ouvir essa palavra sair da boca de Addison seria um ponto alto na minha maldita vida. Eu quero que ela diga a outra palavra. Eu quero que ela diga sim. Deus me ajude, eu quero que ela diga que sim, mesmo que ela não deveria. Addison puxa o canto do lábio inferior entre os dentes, e isso me faz querer tomar seu rosto em minha mão, esmagar sua boca sob meus lábios, e puxar seu lábio inferior entre meus dentes. Ela olha para mim, os olhos arregalados, as pupilas grandes e eu posso a ouvir puxar o ar, afiado. Sem pensar, eu me estico para dobrar uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, do jeito que ela parece estar fazendo constantemente, mas faço uma pausa, incapaz de puxar minha mão de volta dela uma vez que eu a toco. Em vez disso, eu ato meus dedos pelos seus cabelos, agarrando um punhado firmemente na nuca e a puxo contra mim. Addison solta um pequeno gemido, quase inaudível,
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com o rosto virado para mim, seus lábios carnudos se separaram. — Não, — ela respira a palavra presa na garganta. — Não? — eu repito a palavra para ter certeza que eu a ouvi corretamente, mas eu não solto seu cabelo. Addy solta um gemido e eu noto a expressão em seu rosto quando ela se esforça internamente com o que ela quer. — Hendrix, eu... — Eu acho que a resposta é sim, Addy, — eu sussurro. — Eu acho que cada parte de você quer desesperadamente me mostrar o que você continua tentando desviar os olhos. — Eu não... — diz ela, seu protesto quase inaudível. — Eu acho que sim, — eu digo. — Eu acho que você quer envolver esses seus lábios doces ao redor. Eu acho que você quer saber como é me tocar. Diga a palavra, Addy, e eu vou te mostrar. Ela engole em seco, olha para mim, deliberando. Em seguida, ela abre a boca, e eu juro que se ela disser que sim, eu vou rasgar sua calcinha e transar com ela contra esta parede agora sem pensar duas vezes, sem ligar para as consequências. Quando ela finalmente fala, sua voz é rouca. — Não, — ela diz, balançando a cabeça. Eu ouvi a palavra, mas por um segundo não registro, em seguida, eu ouço. Merda. Entorpecido, eu solto seu cabelo e ela tropeça um passo para trás, sacudindo a cabeça.
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Capítulo nove ADDY SEIS ANOS ATRÁS — Está tudo bem, — eu digo. Hendrix parece chateado. Eu estou parada na garagem, minha bolsa pendurada no meu ombro, segurando meu guia de estudo para o exame de condução e meu celular. Eu estive esperando por ele aqui, verificando meu celular o tempo todo, nervosa que eu vou perder o teste. — Eu posso programar para outro momento. Eu não tive a intenção de fazer você sair da escola mais cedo. — Por que diabos você está se desculpando? — Hendrix pergunta, em tom ríspido. — Entre na porra do meu carro. Agora. No caminho para o departamento de veículos automotivos, Hendrix fala. — Sua mãe não ia te levar, não é? Ela fez um grande discurso sobre parentesco familiar? Ela queria estar lá para você ou alguma besteira? — Sim, — eu digo. — Me desculpe ter que te pedir, Hendrix. — Eu te disse para parar com as malditas desculpas, — diz ele. — Eu tentei Grace, mas ela não atendeu. Acho que ela está com o namorado. — Não é grande coisa, — diz ele. — Eu só iria dar uma rolê com meus amigos depois da escola, de qualquer maneira. Quem se importa? Eu olho para ele e ele encolhe os ombros e passa os dedos pelo cabelo. Está meio-raspado, e ele colocou um piercing no lábio na semana passada. — Você está usando lápis de olho? — Cale a boca, — diz ele. — É moda. Eu bufo. — Sim, claro. Você quer pedir minha rímel também?
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— Ok, espertinha. O que você sabe sobre moda? — Uh, eu sou praticamente uma estrela de cinema. — Você é uma cantora de música country, — diz ele. — Você não está em qualquer lugar perto do status de estrela de cinema. E não, seus vídeos de música não contam. De jeito nenhum. — Que seja, cara, — eu digo. — Cara? — ele pergunta, desacelerando em um semáforo. — O que você é, uma surfista ou algo assim? — ele olha para mim. Sim, ele está usando delineador. Eu sabia. Seja qual for à multidão de amigos que ele está saindo, acho que eles são muito legais para todos e tudo. Ele os trouxe antes, e eu não gostei deles. Mas, sério, delineador? — Cale a boca. — Que represália, cara, — diz ele, apertando minha perna. Quando ele me toca, eu sinto um choque de eletricidade percorrer meu corpo, exatamente como acontece toda vez que ele acidentalmente me esbarra, ou coloca o braço em volta do meu ombro da forma como um irmão faria. Mas Hendrix é meu meio-irmão e nada mais, eu me lembro. Eu olho para longe, para fora da janela, me distraindo enquanto bato no lado da porta do passageiro com a ponta do meu dedo, contando os postes de telefone no lado da estrada enquanto passamos por eles. Hendrix fica em silêncio por alguns minutos. — Você está preocupada com o teste? Eu dou de ombros. — Não realmente, — eu minto. Eu estou totalmente nervosa. — Quer dizer, eu estou com medo da parte da baliza, eu acho. E se eu acertar outro carro? — Eu acho que eles usam cones, não carros. Caso contrário, todos estariam amassando veículos, — diz ele. — Você está chateada sobre sua mãe perder o teste? Eu ficaria. — Eu deveria ter apenas pedido a ela para planejar me levar, primeiro, — eu digo. — Eu deveria saber que ela não iria vir de última hora. — Eles disseram para onde estavam indo? — Hendrix pergunta. — Seu pai tinha algum show em Alberta, eu acho. ~ 63 ~
— Canadá? — Eu não sei, — eu digo, encolhendo os ombros. — Eu acho que sim. Eles simplesmente decolaram. Eles deixaram uma nota. — pelo menos Hendrix consegue frequentar a escola pública regular, mesmo que ele teve que ir para a escola militar por um tempo. Depois que ele foi expulso da academia, seu pai disse que ele não iria pagar por qualquer outra coisa e Hendrix teria que aprender da maneira mais difícil. Eu não sei o que é tão duro sobre a escola pública; Hendrix parece estar tendo muita diversão. Muita diversão com muitas garotas. Pelo menos, isso é o que eu ouvi. Ok, isso é o que eu vi também. Às vezes, ele traz as meninas para casa, quando nossos pais estão fora, o que é muito. Mas eu quero dizer, por que não deveria? Não é como se Hendrix e eu temos alguma coisa acontecendo. De qualquer forma, eu não tive a opção de continuar com a escola pública, não desde que comecei a cantar. Eu seria muito perturbada em uma escola regular. Além disso, os passeios, sessões de fotos e aparições significavam que eu teria que tirar muitos dias de folga. Então eu tinha tutores. E observava do lado de fora enquanto Grace e Hendrix tinham uma vida normal, com amigos normais. — Que se fodam, — diz Hendrix, à sua maneira Hendrix discreto. — Sim. — Eles são bastardos egoístas, você sabe, — diz ele. — Tente não tomar pessoalmente, mesmo que eu saiba que você não pode evitar. Eu dou de ombros. — Não é grande coisa, — eu digo a ele. — Mas eu estou feliz que você veio comigo. Hendrix para no estacionamento e aperta minha perna novamente, enviando calor correndo por mim. — Esta é a parte onde eu deveria dizer ‗arrasa‘, — diz ele, fazendo uma pausa. — Mas você provavelmente não deve tentar bater em ninguém. Eu estapeio sua mão. — Nem sequer sugira que eu vou bater no carro de alguém durante o meu maldito teste da carteira de motorista, Hendrix, — eu digo. — Eu não vou azarar você, — diz ele, ao mesmo tempo em que eu digo a ele, — Você vai me dar azar. — Bate na madeira, — nós dois dizemos, ao mesmo tempo.
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Ele ri. — Pare de ser estúpida. Vamos conseguir a sua licença estúpida. — Posso dirigir o seu carro para casa? — eu pergunto, quando nós saímos. — Porra, não, — diz ele. — Você acha que eu vou deixar você em público ao volante? — Hendrix, qual é. Eu o dirigi antes, — eu digo. Mas ele está sorrindo e eu sei que ele está brincando. Ele totalmente vai me deixar dirigir seu carro. Este carro, este velho Mustang que ele comprou com seu salário ao trabalhar no verão passado é duro na queda. Ele não o quis comprar com o dinheiro de outra pessoa, ou de seu pai. Cheira vagamente como as meias do ginásio, mas ainda é impressionante. Ele abre a porta para o departamento de veículos automotivos, se virando para mim enquanto se inclina sobre ele. — Você sabe o que devemos fazer. — O quê? — Viajar. — Sim, certo. Hendrix dá de ombros. — Você não quer sair comigo, basta ser honesta, docinho. Eu iria te deixar dirigir uma parte do caminho. — Não podemos simplesmente largar tudo e fazer uma viagem de carro em algum lugar. — Quem está se importando? Nossos pais nos deixaram o fim de semana, — diz Hendrix. Ele se inclina para perto do meu ouvido, sua voz um sussurro. — A menos que você seja medrosa, garota Addy. Você tem medo que eu vá corromper você? Eu tenho medo porque você já fez. Um arrepio percorre minha espinha. Eu sei que ele não está falando sobre sexo, mas por alguma razão, eu sinto assim e meu coração bate tão alto no meu peito que parece que vai explodir. — Ok, — eu digo. — Mas só se eu passar no teste. Hendrix desliza em um dos assentos de plástico barato na sala de espera. — Vá passar na porra do seu teste, garota Addy, — diz ele. — Você e eu temos um encontro com a estrada.
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DIAS ATUAIS Merda. O sangue bomba alto em meus ouvidos e meu coração dispara. Eu fecho a porta do quarto, me inclinando contra ela como se eu estivesse a segurando com meu corpo. Como se Hendrix fosse me seguir em meu quarto ou algo assim. Tenho certeza que ele me odeia agora. Ele ficou furioso enquanto caminhava pelo corredor. Quando ele se afastou de tudo o que acabou de acontecer entre nós. Oh, Deus. O que diabos aconteceu entre nós? Meu cérebro se recusa a processar esta informação. O que aconteceu lá fora, no corredor, foi apenas algum tipo de coisa estranha cedo demais da manhã para contar. Isso não era Hendrix e eu. O que eu estava pensando, vagando lá em uma camiseta e calcinhas? Eu pensei que Hendrix tivesse saído para ir correr e que eu tinha a casa para mim. Eu nem sei por que estou acordada tão cedo, de qualquer maneira. Eu deveria estar dormindo melhor com Hendrix aqui. Ele tem sido muito útil em alguns aspectos, nos agendamentos e cuidando das coisas, antes mesmo de eu saber para perguntar. Ele tem cozinhado também. É como ter um assistente pessoal, guarda-costas e chef, tudo em um. Só que eu não dormi muito bem. Meu sono era agitado, fragmentado por sonhos, dilacerado por memórias meio-lúcidas do passado, de Hendrix antes de partir para o campo de guerra. E pela forma como eu me sentia sobre ele naquela época. Ao vê-lo de pé no meu corredor, centímetros longe de mim, vestindo cueca boxer que abraçava sua bunda perfeitamente formada e santa merda, seu pau enorme... bem, isso não vai fazer nada para me ajudar a tirá-lo da minha cabeça. Eu acho que a imagem vai estar permanentemente gravada em meu cérebro. E o que ele fez um minuto depois, a maneira como ele pegou um punhado de meu cabelo e me puxou em direção a ele... mesmo agora, é como se cada parte do meu corpo estivesse ligado com eletricidade.
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Eu me inclino contra a porta, minha respiração ainda presa na minha garganta, meu peito subindo e descendo. Meus mamilos estão duros, tão sensíveis que o tecido de algodão normalmente suave da camiseta que eu estou vestindo parece mais como uma lixa. Eu fecho meus olhos, imaginando a mão de Hendrix no meu cabelo, sentindo o jeito áspero que ele me agarrou, a pontada de dor que disparou através de mim quando ele puxou o cabelo pela raiz. Quando eu deslizo minha mão sobre meu peito, calor corre entre as minhas pernas, e eu não consigo imaginar a mão de ninguém lá, exceto a de Hendrix. Hendrix deveria ser a última pessoa no mundo para eu fantasiar sobre isso. Eu deveria estar imaginando qualquer outra pessoa, um dos astros de cinema que eu conheço, qualquer um dos inúmeros lindos cantores country masculinos. Eu tenho amigos como um inferno, alguém que eu já namorei. Mesmo aquele idiota-bundão do meu exnamorado. Qualquer um, menos Hendrix. Mas Hendrix é o único que eu posso imaginar, o único que eu quero imaginar. Eu corro minha mão até o interior da minha perna, entre as minhas coxas, encontrando meu clitóris. Meus dedos facilmente rolam sobre ele, auxiliado por minha umidade, e eu exalo fortemente quando ondas de excitação correm pelo meu corpo. Imagino as mãos de Hendrix em mim, em todo meu corpo, as mãos de Hendrix no meu cabelo. Os lábios de Hendrix nos meus, sua língua encontrando a minha. Seu rosto enterrado entre as minhas pernas. Quando eu deslizo o dedo menor na minha entrada, eu já estou perto da beira do precipício. E quando eu pressiono minha mão firmemente contra o meu clitóris, meus dedos enterrados profundamente dentro de mim, eu chego ao limite quase que imediatamente. É o rosto de Hendrix que eu vejo. E o nome de Hendrix que escapa dos meus lábios, menos uma palavra e mais um gemido, quando eu gozo. Um minuto depois, o pulsar entre as minhas pernas ainda não diminuiu e eu abro meus olhos. A realização do que aconteceu me oprime.
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Eu acabei de gozei pensando em Hendrix. Não é como se essa fosse a primeira vez que isso aconteceu. Mas é a primeira vez que isso aconteceu em anos. É definitivamente a primeira vez que isso aconteceu com ele no outro quarto. — Addy — Hendrix fala meu nome, sua voz baixa e rouca, do outro lado da porta. Merda. Ele não estava no outro quarto. Ele estava do outro lado da porta. Jatos de constrangimento vêm sobre mim como uma onda, e eu engulo em seco. Certamente ele não ouviu o que eu fiz. Certamente ele não me ouviu gemer seu nome. — Abra a porra da porta. — ele exige. Não me movo. — Não. — eu digo minha voz mais suave do que eu pretendo. — Eu sei Addy, — diz ele. Ele não empurra e abre a porta, da maneira como ele tão facilmente poderia. Eu quero que ele faça? Algumas semanas atrás, eu estaria veementemente respondendo não a essa pergunta. Depois do que ele fez comigo, o que ele disse... ele poderia apodrecer no inferno tanto quanto eu estava preocupada. Quando ele foi embora, eu não queria vê-lo novamente. Só que eu nunca pude tirá-lo da minha mente. — Não há nada para saber, — eu digo. — Eu não sou surdo, garota Addy, — sua voz é mais baixa agora, mais rouca. Insistente. Calor corre para o meu rosto. Ele não me ouviu. Ele não podia. — Eu não sei o que você está falando. — Meu nome, Hendrix, — diz ele, com a voz mais suave. — Você disse o meu nome. — Eu... — eu começo. Porcaria. Ele estava escutando... Por que ele iria ficar na minha porta e me ouvir? — Abra a porta, — diz ele. Eu quero deixá-lo entrar. Eu não posso.
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— Não, — eu digo. — Porra, Addy, — diz ele. Ele faz uma pausa e por um minuto, eu acho que ele se foi. Eu quero que ele tenha ido embora. Eu não quero que ele tenha ido. Merda, eu não sei o que diabos eu quero. — Hendrix? — eu pergunto. — Garota Addy. — a maneira como ele fala a palavra, anteriormente era um termo platônico de carinho, agora soa muito menos platônico. — Você não ouviu o que você pensou que ouviu. — eu minto. Como é que eu vou enfrentá-lo agora? — O que eu acho que eu ouvi? — Eu— Você o quê, Addy? Fico em silêncio. Eu não posso falar. Sua palma bate na porta e isso me faz pular. — Você gozou Addy. Diga. — Não. — Você estava pensando em mim. Eu não respondo. Se eu responder, isto vai para outro lugar, em um lugar em que não vejo as coisas acontecendo entre nós. Em algum lugar que seria perigoso para mim e para a minha carreira. — Eu não vou abrir a porta a menos que você queira, Addy, — diz ele. — Mas, porra, pelo menos seja honesta. Me diga. Ele está parado do outro lado da porta. Eu deveria estar contente com isso. Eu deveria estar feliz por ele estar parado no outro lado da porta. O problema é que, do outro lado da porta não é onde eu quero que ele esteja. Eu o quero aqui, com as mãos sobre mim, seus dedos entre minhas pernas. — Não há nada para contar, Hendrix. — minha voz treme. Não há nada a dizer, mas meu corpo está em estado de alerta, assim como estava antes, arrepios pontilhando meus braços e calor entre minhas pernas. Droga, por que Hendrix tem esse tipo de efeito em mim?
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— Você sabe o que está fazendo comigo, Addy? — sua voz é rouca, silenciada pela porta, mas é como se ele estivesse ao meu lado, sussurrando em meu ouvido. Da mesma forma que ele sussurrou para mim no corredor, meio baixinho. Eu quero sua respiração no meu ouvido, mas estou com medo de falar. Eu tenho medo de dizer que sim. Estou com medo do que eu estou fazendo com ele. Tenho medo do que ele está fazendo comigo. — Eu não sei, — eu digo. As palavras mal saem. Ele pode dizer que eu coloquei a mão debaixo da minha camisa, que eu estou correndo minha mão sobre meu peito? Meus mamilos endurecem ao meu toque, e eu inalo bruscamente. — Você sabe o que você sempre fez comigo? — ele pergunta. Minha respiração trava na minha garganta. O que eu sempre fiz com ele? Meu queixo aperta firmemente com a memória daquela noite, flashes passam na minha mente, as coisas que Hendrix disse sobre mim, quando ele achava que eu não estava lá. Não. Hendrix é cheio de merda. Ele era um jogador no colégio, e ele é um jogador agora. Nada é diferente. — Não, Hendrix, — eu engasgo as palavras. — Vá embora.
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Capítulo dez HENDRIX SEIS ANOS ATRÁS Me sento na varanda do quarto de hotel com vista para a praia, ouço as ondas quebrando contra a costa e pego um cigarro. Eu parei um mês atrás, mas em momentos como este eu realmente sinto falta dele. Momentos como este, quando estou sentado em uma varanda do quarto de hotel, olhando para o quarto vazio e sabendo que Addison está no quarto ao lado. Ela provavelmente está dormindo agora. Merda, eu me pergunto se ela dorme nua. Não, não Addison. Ela provavelmente dorme em uma camiseta de algodão pequena, que mal cobre a perfeita bunda dela. Ou o que eu imagino que seja sua bunda perfeita. Eu nunca a vi fora do maiô que ela usa. Porra. Agora eu tenho uma furiosa ereção. Eu preciso parar de pensar em Addy. Eu não sei o que diabos eu estava pensando, deixando escapar ‗Road trip‘15 assim, como se eu fosse um nerd louco para falar com ela. Ela é uma estrela. Ela está fora do meu alcance. Ela definitivamente não olha para mim do jeito que eu olho para ela. Ah, e ela é minha irmã porra, pelo amor. Meioirmã de merda. Mas eu tenho vivido com ela por um ano. Somos basicamente irmãos. Eu estou fodido. Eu juro por Deus, eu nunca fui tão prostituto como estou sendo neste ano, tentando tirar Addy da minha cabeça. Eu trouxe um desfile
15Road
trip: Viagem de carro literalmente ―cair na estrada‖ sem rumo. ~ 71 ~
de meninas através de meu quarto, uma após a outra, nenhuma delas certinha. Loira. Não loira suficiente. Uma gemia alto demais. Outra muito baixa. Muito alto. Malditamente irritante. Eu sei que eu sou um idiota. Um idiota que está muito fodido, obcecado com sua meio-irmã. Isso me faz um idiota ainda maior, eu acho. Correr atrás de Addy é tão fácil. Quando eu não estou me sentindo culpado e lutando contra minha atração por ela, é praticamente sem esforço. Ela é a pessoa mais fácil que eu já conversei. Inferno, eu já falei mais com ela do que com qualquer outra pessoa em toda minha vida maldita. No condomínio de Hilton Head, nós conversamos sem parar por quase oito horas. Sem silêncios estranhos ou constrangedores. Nós conversamos sobre música, bandas, vida, nossos pais imbecis e futuro. O problema é que é muito fácil e confortável. Eu não posso ficar confortável com Addison. Inferno, eu não consigo estar confortável com ninguém. Muito confortável é perigoso. Confiar nas pessoas é perigoso. Essa é a coisa que eu sei sobre a vida. Quando você ama as pessoas, elas deixam você. Aprendi essa lição com a minha mãe. Nunca deixe ninguém chegar perto - é uma lição que eu aprendi sozinho. Isso é o que a morte de minha mãe me ensinou. Eu tenho que ficar longe de Addy. Longe da vista, longe do coração. É o único jeito. Eu quebro o meu momento para pegar um cigarro e isqueiro. Até o momento em que termino de fumar o cigarro, eu tomei uma decisão.
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DIAS ATUAIS Droga, droga, droga. Eu empurro a porta do meu quarto e fecho alto, mais alto do que eu pretendia. Merda. Agora Addison vai pensar que eu estou bravo com ela, que eu sou algum idiota que está fazendo
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birra porque eu queria transar com ela e ela não queria me deixar entrar em seu quarto, quando não é nada disso. Eu estou fodido e furioso comigo mesmo. Estou furioso comigo mesmo por ficar ali de pé, com uma mão na porta do quarto e a outra mão em volta do meu pau, me acariciando enquanto eu a imaginava com os dedos dentro de sua calcinha. O minuto que eu a ouvi chamar meu nome, eu poderia dizer, ela estava dizendo o meu nome em seus lábios nos espasmos de orgasmo. Eu queria que ela se tocasse novamente, para trazer a si mesma ao orgasmo novamente enquanto eu estivesse lá. Eu queria que ela me deixasse terminar o que comecei lá fora, no corredor. Meu pau ainda está tão duro como a porra de uma pedra, e eu me inclino as costas contra a porta do quarto, correndo a mão ao longo do comprimento do meu pau. Eu fecho meus olhos, imaginando Addison na minha frente. Imagino minhas mãos em seu cabelo, viajando sobre os seios, seu corpo cheio de curvas. Imagino Addison de joelhos na minha frente, olhando para mim. Addison, com seus doces lábios em volta do meu pau. A imagem de Addy me levando, Addy me sugando, me leva ao limite como uma vingança. É o rosto dela que eu vejo quando eu gozo. E é o nome dela que eu gemo, sem sequer tentar ficar em silêncio. Espero que ela me ouça. Espero que ela saiba que eu gozei aqui, pensando nela.
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Duas horas depois Addison sai do seu quarto. Acho que eu deveria ficar impressionado que ela saiu, honestamente. Eu meio que acreditei que ela ia se esconder lá o dia todo, me dar alguma desculpa ou besteira sobre como ela estava se sentindo doente. Mas ela não o fez. Eu acho que ela tem mais bolas do que eu pensei que ela tinha. Ela se senta no balcão da cozinha sem olhar para mim, e eu derramo uma xícara de café, a deslizando em direção a ela. — Obrigada, — diz ela. ~ 73 ~
— Você voltou a dormir? — eu pergunto, tomando meu café. Bem, isso é quase tão estranho como eu esperava que fosse. — Hendrix, devemos conversar sobre o que aconteceu, — ela começa. Mas ela não olha para mim, claramente envergonhada. — Nós devemos? — eu pergunto. — Porque nada aconteceu. — Do lado de fora, no corredor, — diz ela. — E então... o que você ouviu. E o que eu ouvi. Oh bem, ela me ouviu, eu acho. Mas eu dou de ombros com indiferença. — Foi um lapso momentâneo de julgamento, — eu digo. — É isso. — ela olha para mim, os olhos cautelosos. — Você ia... me beijar. Me viro para pegar a sua agenda e a coloco na frente dela no balcão, com a intenção de mudar de assunto. — Eu estava com tesão, e você estava usando... essa camisa. E aquela calcinha. — Você viu minha calcinha? — ela pergunta. — Merda, Addy. — eu balanço minha cabeça, rindo. — Você é especial. Vamos apenas esquecer, certo? Não aconteceu nada. — Tudo bem, — diz ela, com a voz cautelosa. — Você estava apenas com tesão. Eu estava com tesão. Não, isso não está certo nem fodendo, eu penso. Isso é o que eu quero dizer. Que não é nada disso. Mas eu não digo. — É isso, — eu minto. Eu forço um encolher de ombros, e uma casualidade que eu definitivamente não sinto. — Você me conhece, docinho. Eu já fui capaz de passar uma garota quente? — Você acha que eu sou uma garota quente? — ela pergunta, seu rosto ruboriza. Porra. Eu aperto minha mandíbula. — Você é Addy, — eu digo. — Não esse tipo de garota quente. — Você está dizendo que eu não sou quente, então? — mas o canto da boca vira para cima, e eu acho que ela está prestes a soltar aquele sorriso dela. Graças a Deus ela não está levando isso a sério. — Você é a menina mais quente que eu conheço, — eu digo, a olhando nos seus olhos. Isso faz com que seu rosto fique mais vermelho.
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— Obviamente, os fuzileiros têm arruinado você, — diz ela. — Você provavelmente não tem estado ao redor de meninas quentes em anos. — Provavelmente é isso, — eu minto. — E isso explica meu lapso temporário de julgamento. Foi basicamente insanidade temporária. — Sim. — ela balança a cabeça. Ela não desvia o olhar, e por um minuto, eu penso em andar até o outro lado do balcão, a pegar e a colocar sobre o mármore, para que ela possa envolver as pernas ao meu redor. Eu quero a tomar bem aqui, agora. Mas eu não faço. Addy limpa a garganta. — Então, isso não vai acontecer novamente. Eu não posso dizer se ela está me dizendo ou fazendo uma pergunta. — Não, garota Addy, — eu digo. — Isso não vai acontecer novamente. Eu quero estar dizendo a verdade. Não deve acontecer novamente. Isso não pode acontecer novamente. Se eu colocar meus lábios nos dela, acabou. Tudo acabou. Sua carreira, seu futuro. Eu sabia das apostas quando me inscrevi para este show. Sua gravadora a iria comer viva. Então eu firmo o meu queixo e encolho meus ombros. — Honestamente? — eu pergunto. — Sair do Corpo de Fuzileiros é como sair da prisão. Não me culpe se você é a primeira menina de boa aparência que eu já vi em um tempo. Eu só preciso de uma boa trepada e é isso. Não é nada pessoal. — Nada pessoal, — ela repete. Ela pisca, uma, duas, três vezes, depois balança a cabeça novamente. — Sim. Isso é... como deve ser. — Então, de qualquer maneira. Aqui está a programação para hoje, — eu digo, olhando para baixo. — Você quer falar disso, ou você precisa terminar seu café primeiro? Você tem uma entrevista esta manhã, e tem que estar no estúdio, esta tarde, e depois jantar com nossos pais hoje à noite. — Jantar com os nossos pais? — Addy pergunta, com a sobrancelha franzida. — Quando isso foi adicionado? — Você vai os manter congelados para sempre?
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Ela cruza os braços sobre o peito e me olha. — Esse era o meu plano, — diz ela. — Por que não me demite? — eu pergunto. — Se isso te incomoda tanto. — honestamente, eu estou chocado que ela me manteve por aí esse tempo todo de qualquer maneira. Eu não sei por que ela fez. Tenho certeza que ela poderia ter encontrado outro assistente que iria gerir toda a merda e ficar de olho nela. Eu realmente não sei por que ela precisa de alguém para tomar conta dela, não é como se ela estivesse cheirando cocaína com strippers masculinos na sala de estar, ou dançando nas mesas do clube. Eu nem sequer conheci esses chamados amigos dela, os quais a meteram nessa encrenca. Addy encolhe os ombros e olha para o seu telefone, preocupada com as mensagens de texto. Ela olha para mim. — Porque o meu advogado me aconselhou a não fazer, — diz ela. — Você falou com o seu advogado? — eu pergunto. Eu não tenho certeza se estou ofendido ou impressionado, ela era inteligente o suficiente para tentar se livrar de mim. — Sim, duh, — diz ela. — O que, você acha que eu só abanei o rabo e engoli o conselho da gravadora? Você acha que eu sou burra? — Eu acho que eu estive com você o tempo todo, — eu digo. — Praticamente. Addy sorri. — Eu tive uma reunião com meu advogado e não era da sua conta, — diz ela. — Quando? — Não seja tão intrometido, Hendrix, — diz ela, com a voz entrecortada. — Nem tudo na minha vida é da sua maldita conta. Quando eu disse antes que eu não preciso de uma babá, eu quis dizer isso. O conselho do meu advogado é que eu estou presa com você até que tudo isso se desenrole. — Merda, você não dorme em serviço, bochechas vermelhas, — eu digo. Eu cremaria meu cérebro tentando descobrir quando que ela conversou com seu advogado. Eu estou irritado que ela tentou se livrar de mim. E depois que eu fui tão malditamente agradável, fazendo as compras de supermercado e cozinhando para ela, e me abstendo de rasgar as roupas dela no corredor. O que eu sou é um maldito santo.
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— Bem, então, talvez você deva parar. — ela olha para mim, as sobrancelhas levantadas, praticamente me desafiando a sair. — Nah, — eu digo. — Isso seria muito fácil. Eu preferiria estar na sua bunda vinte e quatro horas, sete dias por semana. — Minha bunda, — diz ela. — Isso é super profissional, Hendrix. — Eu sou, — eu digo. — Eu sou profissional. É por isso que eu não disse que eu estaria olhando sua bunda com uma de suas calcinhas. Addy franze o nariz. — O fato de que nossos pais acham que você deve ser o único a ser babá, me demonstra a falta completa e absoluta de juízo deles. — Eu concordo, — eu digo, levantando minha xícara de café em um gesto 'saúde'. — É chocante. Terrível, realmente. Addy desliza para fora da banqueta, a xícara de café em uma mão e seu telefone na outra. — Eles acham que você nunca olhará para mim do jeito que você fez no corredor, — diz ela. Ela se vira e vai embora, sem dizer uma palavra. Nossos pais são fodidamente cegos. Eu estava olhando para Addy dessa forma por dois anos antes de eu ir embora. Olhar para ela dessa maneira foi o motivo pelo qual me juntei aos fuzileiros. Eu achei que iria tirá-la do meu sistema. Em vez disso, acabei pensando nela dessa maneira por cinco anos malditos. Digo a mim mesmo que eu preciso parar de olhar para ela dessa maneira. Talvez desta vez vá finalmente dar certo.
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Capítulo onze ADDY SEIS ANOS ATRÁS Eu deito de costas sobre a minha parte do cobertor junto com Hendrix, olhando para o céu à noite, minhas mãos atrás da minha cabeça. Nós ficamos ali em silêncio e eu ouço as ondas rolarem, o som suave como uma canção de ninar. Hendrix esteve estranho hoje, embora nós tenhamos passado o dia inteiro juntos, fazendo coisas estúpidas de turistas, minigolfe, corridas de kart e frisbee16 na praia. Sim, Hendrix brincando com frisbee. Obviamente, algo está errado com ele. Eu estou meio preocupada com ele estar prestes a me dizer que ele tem uma doença grave. — Você já pensou sobre o que teria acontecido se você não tivesse ido naquele show? — ele pergunta, quebrando o silêncio entre nós. — Sim, — eu digo. — Minha mãe, Grace e eu estaríamos de volta onde estávamos antes do show. — Foi tão diferente? — ele pergunta. — Sim, — eu digo, rindo amargamente. — Claro que foi diferente, porra. Hendrix está negando com a cabeça, se sentando. Eu não posso ver seu rosto na escuridão da noite, mas eu sei que ele está olhando para mim e isso me torna autoconsciente deitada aqui. Eu sinto a adrenalina de calor correr por mim com o pensamento de estar sob o seu olhar. — Você está sempre xingando agora.
Frisbee: é um esporte e ou brincadeira de contato jogado com um disco voador. Points are scored by passing the disc to a teammate in the opposing .Os pontos são marcados pela passagem do disco para um colega de equipa no adversária na zona final. 16
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— O que posso dizer? — eu pergunto. — Você está me influenciando. — Espero que não, — diz ele. — Você não deve tirar nada de mim. — Por que não? — Porque eu não sou uma boa influência, garota Addy, — diz ele. Eu o ouço buscando por um cigarro, e, em seguida, seu rosto está iluminado, cintilando sombras pela chama do isqueiro. Ele olha para mim, o brilho do cigarro lhe dando uma aparência estranha. — Eu não sou uma boa pessoa. — Não seja um idiota, — eu digo, rolando para o meu lado para olhar para ele. — Por que você começou a fumar de novo? Hendrix dá de ombros. — Porque eu sou um idiota. — Você não é uma má influência, — eu digo. — Olha quem fala. — Ao contrário de minha mãe? — eu pergunto. — Ou o seu pai? — Eles não gostariam disso, você sabe, — diz ele. — Eu não deveria estar aqui com você. Em uma viagem de carro. — E daí? — eu pergunto. — Podemos sair. O que há de errado com isso? Por que não deveríamos ir a uma viagem de carro? Hendrix se vira, soprando fumaça na direção oposta, e, em seguida, ele encara a água, sem olhar para mim enquanto ele se senta em silêncio. Meu coração está correndo no meu peito, e eu me sento no cobertor, coloco meus joelhos para cima, passando os braços em torno deles. Eu acho que Hendrix está prestes a me dizer que não podemos mais ser amigos. Parece que nós estamos tendo uma conversa de rompimento, exceto que você não pode realmente romper com alguém que você não está namorando. A coisa é, eu não quero ser amiga de Hendrix. Toda vez que ele me toca, é como se a eletricidade fluísse através do meu corpo. Isso não é normal. Isso não é o que acontece quando eu saia com os meninos, os que tentaram segurar minha mão, ou me beijar, ou... ir mais longe do que isso. E tudo que eu posso pensar o tempo todo, é como seria a sensação de Hendrix me tocando.
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— Às vezes uma viagem, não é apenas uma viagem de carro pela estrada, garota Addy. — Você é tão irritante, — eu digo, só porque eu não sei o que mais dizer. Eu o posso ouvir expirar. — Você também, docinho. — No entanto, você quis sair comigo. — O que posso dizer? — ele pergunta. — Eu sou apenas um cara de castigo. — Agora você está dizendo que sair comigo é castigo, — eu digo. Ele fica quieto por um longo tempo antes de falar. — É uma maldita tortura, — diz ele. — Cada momento de cada dia de merda que eu estou perto de você, é fodidamente uma tortura. A tensão em sua voz é evidente pela forma como racha. Meu coração bate mais forme e me pergunto se ele é capaz de ouvi-lo no silêncio tranquilo da noite. Será que ele não percebe que é uma agonia do caralho estar perto dele o tempo todo, querer ele da maneira que eu quero? — Então, por que quer sair comigo se você odeia tanto, Hendrix? — Você não entendeu, garota Addy, — ele diz, sem se mover. — Entender o que? — Estar longe de você é um milhão de vezes pior.
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DIAS ATUAIS Ficar próxima, em qualquer lugar, com Hendrix depois do que aconteceu é uma forma de tortura, punição cruel e incomum. Eu queria dirigir para o estúdio de gravação, mas a gravadora enviou um carro para nos levar à entrevista com a revista e, em seguida, a sessão de gravação, como se eles não confiassem em mim para encontrar meu próprio caminho. Então agora eu estou presa, sentada longe dele, fingindo como se nada tivesse acontecido entre nós. Fingindo que Hendrix não me ouviu falar seu nome do outro lado da porta do meu quarto.
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Apenas o pensamento me deixa louca de tesão. Então, estamos aqui sentados em lados opostos do carro, um ignorando o outro, Hendrix olhando para frente e eu percorro as mensagens no meu celular, tentando me distrair do fato de que, de onde estou sentada, posso sentir o cheiro de loção pós-barba de Hendrix. — Você está fazendo uma cara, — diz Hendrix. Ele nem sequer está olhando para mim, sentado ao meu lado na parte de trás do carro, então como ele saberia? — Esta é a minha expressão regular, — eu digo. — Não, não é, — diz ele. — É a sua cara de vejo-mensagens-queeu-odeio. — Como você sabe que eu estou recebendo mensagens que eu odeio? Você estava lendo minhas mensagens? — eu pergunto minha voz subindo. — Você não pode fazer isso! — Oh meu Deus, relaxe, Addy, — diz ele, rindo. — Ninguém está lendo suas mensagens. Bem, a NSA17 está, provavelmente, mas é só isso. Eu estava apenas fazendo uma observação. Você tem feito muito essa cara ultimamente. Porra, você precisa relaxar. — Oh. — olho para a mensagem mais recente de Jared. Sério A. Não seja uma cadela. Você sabia no que você estava se metendo. E não me coloque em uma canção do caralho. Quinze, esse é o número de mensagens que Jared me enviou durante a semana passada uma vez que eu terminei com ele no clube. Quatro da manhã e ele estava recebendo um boquete no banheiro do clube imundo em que ele insistiu que eu fosse com ele e seus amigos para comemorar seu aniversário. Mas eu sou a única que é uma cadela. Eu pressiono o botão apagar. Como se eu fosse escrever qualquer canção sobre isso, babaca. Além disso, a gravadora é que escreve e aprova todas as minhas músicas; têm sido assim há anos. Eu sou apenas a porta-voz. Há uma mensagem da minha amiga Sapphire. NSA: A Agência de Segurança Nacional (NSA) é uma organização de inteligência do governo dos Estados Unidos, responsável pelo acompanhamento global, coleta e processamento de informações e dados para a inteligência estrangeira e de contra finsuma disciplina conhecida como inteligência de sinais (SIGINT). 17
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Ei. Onde diabos você se meteu? Festa hoje à noite. Me liga. — Oh, — diz Hendrix. — É o seu namorado enviando mensagem para você? — Ex, — eu digo intencionalmente, e viro o telefone com a frente para baixo, como se isso fizesse com que as mensagens desaparecessem. — E isso não é da sua conta. — Então é uma mensagem do ex-namorado. — Que parte de não é de sua conta você não ouviu? — O que você disse? — Hendrix faz uma concha, colocando a mão perto de sua orelha. — Hilariante, Hendrix. — Você está sempre me elogiando, — diz ele. — Não tome isso pessoalmente. — É melhor mesmo não ser este babaca que está enviando mensagem para você, — diz Hendrix. Ele está olhando em um fichário sobre a programação da semana, embora eu saiba que ele já a tem memorizado. — Meu último guarda-costas não era tão loquaz, — eu digo. — E ele não tentava se inserir em minha vida pessoal. Hendrix se vira para olhar para mim. — Seu último guarda-costas deixou você em um encontro de merda. — Ele não me deixou encontrar ninguém, — eu digo, eriçada pelo seu tom. — Caso você não tenha notado, é 2015, não 1815, e eu posso namorar quem diabos eu quero. Babaca ou não. — Não no meu turno, — diz Hendrix. — No seu turno? — estou tão irritada que acho que minha cabeça fosse explodir. — Eu não sou uma criança, Hendrix. E sua descrição do trabalho envolve ser um guarda-costas, e não algum protetor arcaico da minha vagina. — Você é o meu turno, — diz Hendrix. — O que significa que a sua vagina faz parte do meu turno. — Ninguém está prestando atenção na minha vagina, — eu digo, minha voz subindo. — Muito menos meu maldito meio-irmão.
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Hendrix se vira para mim, seus olhos se estreitam. — É isso que você acha que se trata? — ele rosna. — Alguns sentidos equivocados de proteção porque eu sou seu meio-irmão? — Não, — eu digo, minha voz abafada. A janela está fechada, nos separando do motorista, mas eu me preocupo que ele possa ouvir cada palavra do que estamos dizendo. — Você só está chateado porque você não pode me ter, e você não quer que ninguém mais me tenha. — as palavras saem, alimentadas pela emoção antes que eu as possa parar, e eu imediatamente me arrependo de falar. Eu aperto minha mão sobre a boca, mortificada. Por que eu disse isso? Só quando eu estava decidida a ignorar Hendrix eu vou e falo algo horrível. Hendrix se inclina perto de mim, sua boca perto do meu ouvido. — Se eu quisesse você, eu teria você, aqui, agora, docinho, — ele sussurra. — Só para sua informação. Eu forço uma risada, mas não há nada engraçado sobre o fato de que a excitação está correndo através de meu corpo. — É mesmo? O carro para e Hendrix caminha para o outro lado e abre a minha porta. Ele se inclina e fala baixinho para mim novamente. — Isso é uma promessa, garota Addy, — diz ele, estendendo a mão para me ajudar a sair do carro. Eu aceito sua mão, e recebo o mesmo choque de eletricidade que sempre recebo quando eu o toco. — Bem, então, ainda bem que nenhum de nós quer o outro.
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Capítulo doze HENDRIX CINCO ANOS E SEIS MESES ATRÁS — Eu não sei como diabos você fez isso, cara. — Taylor passa o cachimbo para mim quando ele inala a fumaça pela sala. Eu entrego para Brandon, o ignorando, mas eles não percebem. Estamos todos muito ocupados assistindo Addy andando pela casa de hóspede, vestida de jeans e carregando seu violão. Addy, que eu venho tentado tirar da porra da minha cabeça desde a estúpida viagem de carro. Addy, que ainda é boa para mim depois que eu disse a ela para se ferrar, porque eu não preciso mais da maldita ajuda dela na natação, mesmo que isso seja uma mentira. Eu só não a quero a um comprimento de um braço de distância de mim na piscina vestindo quase nada, a água escorrendo sobre a pele dela, praticamente exigindo que eu a siga para baixo de seu corpo com a minha língua. Addy, que me diz que ela sente falta de falar comigo. Addy, que quebra a porra do meu coração cada vez que ela olha para mim. Fiquei aliviado quando ela saiu em turnê por três meses, mas eu estava errado sobre todo o fora da vista, longe da mente. Eu estava certo sobre ser pior ficar longe dela. É um milhão de vezes pior do que estar ao seu redor. Eu estive dizendo a mim mesmo que ficar longe dela é para seu próprio bem. Ela tem um futuro, de verdade. E eu estou indo embora. Eu tenho mantido esse segredo dela. — Olhe para aquela bunda, naquelas calças, — diz Taylor, cutucando Brandon no braço. — Você precisa dar encima dela, Hendrix. — Ela é a minha meio-irmã. Não seja um idiota.
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— Eu gostaria de colocar meu pau em sua irmã, — diz Brandon, vaiando. — Você sabe que ela é gostosa pra caralho. — Vá se foder. — eu estou a atravessando a sala, vendo Addy quando ela atravessa a grama. Ela se dirigiu para o lugar do outro lado da propriedade, para o bosque de árvores, onde ela se senta e toca seu violão. Eu sei que é onde ela vai porque eu a vi se esgueirar lá fora um milhão de vezes. Ela tem uma sala de música dentro da casa, mas ela quase não usa. Ninguém parece notar isso, exceto eu. — Oooh, sensível, — diz Taylor. — Por favor. Não nos diga que você não tem se masturbado pensando na buceta dela. — Eu disse que ela é a porra da minha meio-irmã, — eu digo, tentando o socar. Eles falam sobre meninas desta forma o tempo todo, e isso não me irrita como está irritando agora. Agora eu acho que eu poderia matar ambos com as minhas próprias mãos. — Meio-irmã, está certo, — diz Brandon, rindo. — Se eu fosse você, estaria enterrando as bolas naquele traseiro. — Saia, — eu digo, minha voz baixa. — Cara, vá com calma, — diz Taylor. — Merda, você está na TPM ou algo assim, cara? Você está agindo como uma puta. — Eu disse. Cai. Fora. Seus. Fodidos. Agora — repito, pontuando cada palavra com uma pausa cuidadosa. Minhas mãos estão fechadas em punhos ao meu lado e eu penso sobre socar ambos na porra da cara por falar sobre Addy dessa maneira, mas ao invés disso eu abro a porta. — Agora. Ambos sentados, esparramados no sofá, olham para mim estupidamente. — Nós não queríamos dizer nada com isso, Hendrix, — diz Brandon. — Jesus Cristo. — Peguem suas coisas e saiam, — eu digo, observando eles perceberem que eu não estou brincando. Brandon carrega o bong18 com ele como se fosse um de seus livros escolares ou algo assim, e Taylor dá de ombros quando ele passa por mim. — Não é como se ela fosse uma grande virgem ou algo assim, — diz ele. — Ouvi dizer que ela tem fodido com um cantor country, qual diabos é o nome dele? Bong: ou water pipe, também conhecido como Narguilé, é um aparelho utilizado para fumar qualquer tipo de erva. 18
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Eu soco Taylor direto em sua boca estúpida.
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DIAS ATUAIS Assistir Addison cantar é como se nada mais existisse na terra. Ela tem uma daquelas vozes que faz você parar como mortos em suas covas, parar o que quer que você esteja fazendo e prender a respiração e ouvir, porque você sabe que está ouvindo algo especial. Você não pode ouvi-la cantar e não saber que é especial, com certeza. Eu sabia disso desde a primeira vez que ouvi Addy cantar pessoalmente. Ela estava sentada do lado de fora, no abrigo deste bosque de árvores, com as pernas cruzadas e descalça, vestindo uma saia rosa e azul colorida, seu cabelo balançando na brisa. Ela parecia estar na época do Woodstock, uma hippie moderna, tocando seu violão e cantando algo melancólico e triste com os olhos fechados. Ela não sabia que eu estava lá e eu estava perfeitamente imóvel enquanto ela tocava. Ela estava tão chateada quando ela abriu os olhos e me viu lá, que ela ameaçou jogar seu violão em mim. Eu a vejo agora do outro lado do vidro, quando ela canta as besteiras pop-com-um-pouco-de-vibração, essa música que tem de ser o pior ajuste possível para sua voz, sintetizada e alterada para o ponto onde ela mal soa como a menina que uma vez eu conheci. Mesmo quando ela está cantando essa porcaria, no entanto, ela ainda tem essa qualidade. Ela ainda me dá arrepios ao ouvi-la. Ela odeia a música. Está escrito por todo o seu rosto. Addy puxa os fones de ouvido de suas orelhas. — Eu não tenho certeza sobre essa última parte, — diz ela, com a voz audível através do sistema de som. Um dos rapazes no sistema de som, ‗Grande Mike‘, levanta os polegares para cima. — Está bom, — diz ele, brincando com os botões e merda sobre o sistema de som. Addison me disse que eu deveria ir fazer outra coisa enquanto ela estava aqui, insistiu que eu não tinha necessidade de ‗pairar por aí e assustar as pessoas‘, e se fosse qualquer
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outra pessoa, eu estaria fora daqui, para ser honesto. Mas eu mudei de ideia na hora que eu vi o cara de pé na cabine de gravação ao lado dela. Dean Tucker. Se Addy é a queridinha da América, ele é o diabo da versão masculina disso. Ele é loiro e de olhos azuis, o cara que todas as fãs de música country querem jogar suas calcinhas. E eles estão trabalhando juntos em um álbum. Addy convenientemente esqueceu de mencionar que ela estava gravando um dueto com ele. — Vamos fazer mais uma tomada, — diz o Grande Mike. Dean se inclina e diz algo a Addy, e a mão dele escova seu ombro protetoramente. Protetoramente ou intimamente, eu não tenho certeza. Eu aperto e abro minhas mãos em meus lados. Ela ri e enfia seu cabelo atrás da orelha. Que fodido. Eu não posso assistir Addy cantar uma canção de amor com o Sr. Perfeito. Escorregando para fora da cabine, eu ando até uma máquina de venda automática onde eu coloco um dólar e meu refrigerante fica preso. Eu bato na máquina com o meu punho, uma, duas, três vezes. — Porra, puta que pariu. — Vocabulário colorido. — o som de uma voz feminina atrás de mim me assusta. — Você está batendo nessa máquina como se ela tivesse te traído com sua namorada. — Eu só estou tentando pegar uma bebida, — eu digo, olhando para a garota de cabelos escuros em pé na minha frente. Ela é pequena, realmente pequena, na altura do meu ombro, mesmo nos saltos que ela está vestindo. Fofa, também, em uma espécie de tipo de Nashville. Isto é provavelmente apenas o que eu preciso. A distração de Addy. — Bem, — diz ela, com a voz praticamente um ronronar. — Se você quiser uma bebida, tudo que você tem que fazer é pedir o meu número, querido. Eu não posso deixar de rir. — Isso é muito... direto, — eu digo. — Não adianta correr atrás do rabo, — diz ela, piscando. — Quero dizer, a menos que você esteja em outro tipo de coisa. Inferno, ela está jogando grosso. E ela é linda, estrela da música country linda, eu percebo. — Você é cantora? — Você está brincando, né, querido? — ela pergunta, colocando a mão em seu quadril.
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— Isso é um sim? — Onde você tem vivido? Sob uma rocha? — ela pergunta, inclinando a cabeça para o lado e me examinando com profundos olhos castanhos. — Quase, — eu digo, encolhendo os ombros. — Eu estava no exterior. Militar. — isso é parcialmente verdadeiro. Eu não acrescento que eu tenho vivido em Nashville por seis meses. — Oh, um soldado, — diz ela. — Fuzileiro, não soldado, imediatamente meus nervos.
—
eu
a
corrijo. O
erro
irrita
Ela encolhe os ombros. — Ok, ok, ok, — diz ela, com a voz petulante, e isso me irrita ainda mais. — Eu gosto de um homem de uniforme. Eu sou Belle Cassidy. — Bem, eu não estou em um uniforme mais, — eu digo. Eu quero esta conversa acabada. Eu estava errado sobre a necessidade de uma distração. Distrações como esta são irritantes. Ela está esperando por alguma coisa, que eu reconheça o nome dela, eu acho. Eu não sei. Eu também não me importo. Estou cansado dela e faz dez segundos desde que a conheci. Eu não posso ficar alguém que me deixa imediatamente à flor da pele. É um problema pessoal, eu acho. — E você ainda não sabe quem eu sou? — ela pergunta. Então ela faz beicinho e eu gemo interiormente. Por que ela tem que fazer beicinho? Ela pensa que parece bonito, mas parece tão estúpido que não dá pra evitar. — Ela é Cassidy Belle. — Addy caminha pelo corredor, seguida pelo Sr. Perfeito. — Você realmente não sabe quem ela é? — Addy a abraça e Cassidy faz beicinho para mim novamente. — Ele não sabe, — diz Cassidy. — Mas sua aparência compensa seu fracasso nesse sentido. Addy ignora o comentário de Cassidy e gesticula para Sr. Perfeito atrás dela. — Hendrix, eu estou surpresa que você não tenha ouvido falar de Cassidy. — Eu realmente não ouvi sobre essas coisas fora do país, — eu digo irritado com tudo isso. Eu sinto que estou em um coquetel, em
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uma conversa fiada com esses riquinhos e totalmente fora do lugar. — Desculpe. Addy franze a testa e me dá uma olhada. Esse é o olhar que diz que ela está descontente comigo. Ela pode ficar descontente o quanto ela quiser. Estou descontente que ela está flertando com o Sr. Perfeito aqui. Cassidy põe os olhos sobre o Sr. Perfeito, sua expressão iluminando. — Bem, é claro que eu sei quem você é, — diz ela. — Você é Dean Tucker. Eu sou uma grande fã. Dean sorri. — Você está brincando? — ele pergunta. — Eu sou um grande fã seu. E assim, toda sorriso e braços tocando, Addy e eu ficamos em pé ali observando a cena, as vítimas de um desastre de trem. — O que você acabou de dizer? — sussurra Addy. — Nada. — Você disse um acidente de trem. Merda. — Eu não sabia que eu disse isso em voz alta, — eu digo. Ela fala suavemente, a dupla dinâmica já estando rindo e caminhando juntos na outra direção do corredor. — Bem, você falou, — diz ela. — E eu acho que eles estão longe de ser um acidente de trem, Hendrix. — Em comparação com o que, exatamente? — Nós. — Você está dizendo que somos um acidente de trem? — eu pergunto. — É claro que nós somos. — Nós não podemos ser um desastre de trem, Addy, — eu digo. — Não há nenhum nós. Nunca houve. Não há nenhuma colisão. Sem destroços. Nada. — Porque você não quer isso, — diz ela, de frente para mim. Suas mãos estão em seus quadris, e eu a quero pegar e bater contra a parede atrás dela, empurrar meu pau dentro dela e tomá-la. Quero possuí-la. É a maior atitude de homem das cavernas de sempre, mas é o que eu queria desde o primeiro segundo que coloquei os olhos nela, enquanto ~ 89 ~
ela descia as escadas de sua Mega Mansão. Mesmo quando eu não a podia suportar, eu a queria. — O que eu não quero, docinho? — Você sabe, — diz ela. — Soletre para mim, — eu digo. Eu me inclino contra a parede, com as mãos acima da cabeça, intencionalmente não a toco, porque se eu colocar a mão sobre ela, está tudo acabado. Ela vai me possuir. Então eu forço minhas mãos contra a parede, sem me mover e fico olhando para ela. Eu bebo seu perfume e eu fico lá parado, paralisado. — Porque eu acho que você foi à única que disse não. Mas se você— Não, — diz ela. Sua boca se abre e se fecha, como se quisesse dizer mais alguma coisa, mas não o faz. Ela respira profundamente, e eu olho para o topo de seus seios em sua camisa e quero enterrar meu rosto nos seus seios. Em seguida, ela limpa a garganta. — Eu não. — mais firmemente agora. — Ótimo, — eu digo. — Então estamos de acordo. Nenhum de nós quer alguma coisa. — Nós estamos de acordo. — Bom, — eu digo. — Porque é hora de jantar com a família e nenhum de nós quer qualquer coisa inapropriada em um jantar de família. — Merda.
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Capítulo treze HENDRIX CINCO ANOS E CINCO MESES ATRÁS — Mas isso não é justo. — Addy deixa cair o garfo contra seu prato com um barulho. — Você disse que se eu terminar a turnê deste ano eu poderia passar o último ano em uma escola normal, com crianças normais. Eu corto o meu bife e olho para meu prato, incerto se permaneço em silêncio ou se Addison iria ficar com raiva por eu defendê-la. Ou se eu deveria ir ficar chapado com meus amigos. A última opção parece um inferno de muito melhor do que a minha situação atual. — Você não pode ser tão ingênua, Addison, — diz a mãe dela, olhando-a com desprezo. A mãe de Addy, Wendy, sempre conhecida por mim como a cadela má, não se preocupa em olhar para mim. Estou aparentemente abaixo do nível dela. Ela está além de mim, como algum maldito lixo branco que ela enxerga ser mais baixo que o nível dela, mas de alguma forma ela consegue transmitir o seu desprezo por quase todo o mundo em uma base regular. Algumas pessoas, pelo menos, tentam ser tolerantes e gentis e você só descobre mais tarde que eles são idiotas. Mas não a cadela má. Ela foi terrível desde o início, então eu acho que é certo que ela acabaria com o meu pai. — Acho que é difícil acreditar que você é estúpida. — Sim, eu acho que fui ingênua ao pensar que poderia ser feliz, — diz Addy. — Addison, — disse o Coronel, interrompendo. É bem a tempo, eu acho. Meu pai não é o melhor pai, para dizer o mínimo, mas pelo menos ele tem momentos de não babaca. — Uma coisa que você vai aprender na vida é que a felicidade pessoal é superestimada.
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— Ah é? — eu pergunto, não me preocupando em abafar meu riso amargo. — A felicidade é superestimada? Esse é o seu melhor conselho? Pelo amor de Deus, ela está pedindo para ir para a escola pública, não falando em viver em uma comunidade. Não é realmente um negócio tão grande. — Fique fora disso, Hendrix, — o Coronel adverte. — Ou o que? — eu pergunto. — Você vai me enviar para a escola militar de novo? Já estive lá, está feito, senhor. Notícia de última hora? A academia militar não me quer de volta, então você está sem sorte, você está preso aqui comigo... — E claramente você não aprendeu nada com a experiência, — diz ele, me dando um olhar duro. — Por mais que eu prefira o Exército, pelo menos, os fuzileiros irão incutir alguma disciplina em você. Eu puxo uma respiração profunda e olho para Addy. Por favor, não a deixe perceber o que ele disse, eu oro em silêncio. Eu não disse a ela. Eu queria dizer a ela, mas então eu não conto e nunca parece ser o momento certo para dar a alguém esse tipo de notícia. Ela vai me odiar. Ou talvez ela não vai dar a mínima, eu penso. Porque ela não se importa e é tudo coisa da minha cabeça. Esse é o meu medo real. Addy vira a cabeça lentamente para olhar para mim. — Fuzileiros, — diz ela, sem rodeios. — O que ele está falando? — Oh, seu meio-irmão está se juntando aos Fuzileiros, — a mãe de Addy diz, me dispensando com um aceno de sua mão. — Eu pensei que você já sabia. E de qualquer maneira, eu pensei que você poderia ter outro ataque sobre a escola pública. É por isso que eu encontrei uma opção privada. Não é um tutor, antes de você ficar toda chateada. É uma opção privada de verdade, para as crianças que têm um estilo de vida como a nossa. Ouço a mãe de Addy falar, mas suas palavras não entram em meu cérebro. Minha cabeça está nadando e eu estou apenas olhando para Addy, que balança a cabeça lentamente para mim. — Addy, — eu começo quando ela se levanta e joga o guardanapo em seu bife mal tocado. — Eu quis te contar— Vá se foder, Hendrix, — diz ela, com a voz firme e calma, mas eu posso ver seus olhos cheios de lágrimas. — Fodam-se todos vocês. — Addison Stone, — diz sua mãe. — Isso é inadequado e-
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— A deixe ir, — diz o Coronel, a mão no braço de sua esposa. — Os adolescentes e suas emoções. — Ela não é emocional, — eu assobio. — Vocês dois são apenas idiotas. — Hendrix Cole, — meu pai grita. Mas sua voz fica mais suave porque eu já estou indo embora, seguindo Addy através da sala de jantar e pelo corredor. Eu procuro por ela em seu quarto e, em seguida, a sala de música, mesmo que eu sei que ela não vai estar lá. Eu a encontro do lado de fora, andando pelo quintal, de costas para mim. — Addy, — eu grito. Ela pega velocidade quando eu grito para ela. — Me deixe sozinha, Hendrix. Eu piso através da grama, cada vez mais irritado com o meu pai por deixar cair essa pequena bomba sobre me juntar aos fuzileiros. Eu também estou irritado comigo mesmo por não ter contado antes. Eu deveria ter apenas ter dito a ela. — Addy, qual é, — eu grito. — Pare e me deixe falar com você. — Eu não estou brincando, Hendrix, — mas ela faz uma pausa, porque ela está à beira da propriedade, e não há outro lugar para ir além do conjunto de árvores, exceto pelo barranco. — Addy. — Apenas vá. — ela está de costas para mim, com os braços cruzados na frente dela e eu não posso apenas virar e ir embora. Venho por trás dela, puxo seu pulso, mesmo que ela tente se livrar e eu a giro para me enfrentar. Ela olha para o chão ao nosso lado, em qualquer coisa, menos em mim. — Eu ia te dizer, Addy, — eu digo. — Eu só... merda, eu não sabia como. — Por quê? — ela pergunta, com a voz embargada. — Eu... só... não poderia conseguir reunir as palavras certas, ok? — eu digo. — Eu ficava esperando o momento certo, mas nunca era a hora certa. — Jantar em família era a porra de um momento perfeito, — diz ela. — Ouvir de seu pai foi simplesmente fantástico. — Você se foi, Addy, — eu digo. — Você estava em turnê e— Você odeia as forças armadas, — diz ela, balançando a cabeça. Ela olha para mim com tanta tristeza e decepção, que a dor na ~ 93 ~
boca do meu estômago ameaça roer um buraco de um quilômetro de largura. — Por quê? Meu aperto ainda está em seu pulso e eu quero agarrar sua outra mão. Eu não posso tocá-la sem a querer. — Eu não posso... — Porque você me odeia mais, — diz ela, sua mandíbula apertada. Ela está olhando para mim, seus olhos piscando. — Isso é o que é, não é? Você tem sido estranho comigo desde a viagem de carro, e você me odeia, por algum motivo, mas você não vai me dizer e você vai se juntar aos Fuzileiros e vai embora. Você simplesmente não pode e você vaiEu sei o que ela vai dizer. Ela vai dizer morrer. E eu não vou deixá-la dizer isso. Eu trago minha boca sobre a dela, a beijando com tudo o que tenho. Eu tenho apenas dezessete anos, dezoito chegando em poucos meses e eu não deveria ter momentos que faz a terra tremer. Eu posso ser jovem, mas sei o suficiente sobre a vida para saber quando é um momento diferente de tudo que já aconteceu antes, ou provavelmente vai acontecer no futuro. Isso é o que é quando eu a beijo. É brega e cafona, como um filme romântico, mas eu juro pela minha vida que tudo para. O mundo para de girar sobre seu eixo, nossos pais, gravadora, os fãs adoradores e amigos estúpidos desaparecem no fundo, é Addy e eu e mais ninguém. Eu a beijo como se nunca tivesse beijado ninguém antes e como se eu soubesse que nunca vou beijar ninguém mais. Quando eu me afasto dela, eu inalo o fôlego que tenho segurado, seu rosto em minhas mãos. Com seus lábios macios e inchados, ela fala, sem fôlego. — Não vá.
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DIAS ATUAIS — Você não acha estranho que eles nunca saíram deste lugar? — eu pergunto. Nós nos sentamos na ponta do carro quando a chuva cai no para-brisa, e desce pela vidro em riachos.
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Addy revira os olhos. — Por que eles fariam? — ela pergunta. — Ele foi pago com minhas vendas recordes. Quem não gostaria de uma mansão? — Você poderia vender, — eu digo a ela, à medida que caminhamos para dentro. — Converse com o advogado. Addy dá de ombros. — Minha mãe não tem sido tão horrível como ela costumava ser, — diz ela. — Eles armaram de você ficar presa comigo, — eu noto. — Exatamente, — diz ela. Ela pisca para mim, então se vira, andando na frente pelo corredor antes que eu possa sequer responder. Então agora ela gosta de estar colada comigo? — Mãe, — diz Addy. A cadela má a cumprimenta com beijos nas bochechas sem realmente tocar, como se estivéssemos em Paris e não em Nashville fodida Tennessee. Ela faz um movimento para me beijar, mas eu seguro minha mão e balanço a cabeça. — Olá, Wendy, — eu digo. — Bem, vocês dois estão atrasados. — essa é a extensão da saudação que eu recebo antes dela se virar, com um cocktail na mão. Ela está usando um terninho azul-turquesa brilhante de seda e saltos, para um jantar. — Já estamos na sala de jantar. — Nós? — Addy pergunta. — Você não nos disse que teria mais alguém além da família. — eu posso ouvir a irritação em sua voz, e eu sei que ela está considerando sair daqui. — Oh, não seja desagradável, Addy, — diz a mãe dela. O Coronel está de pé, gesticulando para as pessoas na mesa, um casal mais velho e um cara da minha idade. O cara se levanta, o guardanapo na mão e eu o posso ver checando Addy. Eu decido que se eu o pegar fazendo isso mais uma vez, eu vou, obviamente, ter que matá-lo. — Estes são Martina e Rudolph Benton, e seu filho, Tustin, — diz ele. — Nós devemos fazer isso em outro momento. Nós não estamos realmente vestidos para um jantar ou qualquer coisa, — diz Addy, olhando para suas roupas. Ela está usando leggings pretas e uma camisa longa feita de algum tipo de material rosa que brilha quando ela
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se move. Ela parece incrível, mas Addy poderia fazer um saco de papel parecer como um vestido de dez mil dólares. — Desde que não sabia que teríamos qualquer coisa além de um jantar em família, mãe. — Bobagem, — diz a cadela má, rindo nervosamente. Ela coloca uma mão nas costas de Addy para guiá-la. — Eu pensei que você poderia tomar um lugar perto de Tustin. Vocês dois têm muito em comum, na verdade. A testa de Addy enruga, mas ela caminha lentamente em volta da mesa para se sentar. E eu percebo imediatamente o que é isto. São nossos pais tentando juntar Addy com este idiota, Tustin. Eles estão querendo isso. Tenho certeza que eles têm algum tipo de interesse, uma vez que tudo que eles fazem é com algum interesse. Estou tão enojado e enfurecido por toda a coisa que eu não percebo que eu sou a única pessoa ali de pé, com as mãos crispadas ao meu lado, até que meu pai diz, — Hendrix, há um lugar para você. Ótimo. Fumegando silenciosamente de raiva, percebo que minhas opções são, andar fora daqui e deixar Addy com algum babaca que nossos pais estão tentando empurrá-la, ou me sentar em frente a ela, no jantar com o otário. Tenho que engolir minha raiva. Porra. Addy me dá um olhar longo e duro do outro lado da mesa. Eu reconheço esse olhar. É o olhar é melhor você do que nada. Tomo um gole de água e fecho os olhos para ela. Desafio aceito. Estou em silêncio enquanto os nossos pais fazem pequenas introduções e conversa fiada. Eu fico sabendo que os Bensons financiam filmes independentes. Esse é o ângulo da cadela má. — Eu não sabia que você estava interessada em atuar, Addy, — eu digo intencionalmente. Sua mãe interrompe antes que ela responda. — Addy seria uma atriz brilhante e ela está sempre motivada em expandir sua carreira e sua marca em tantas formas diferentes quanto possível, o que é exatamente por isso que nós estamos fazendo a linha de roupas e perfumes. Vai ser distribuída em todas as grandes lojas de departamento, você sabe. — Isso é impressionante, — diz Tustin. — Para alguém tão jovem.
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Addy ri e bebe sua água. — Você tem a minha idade, não é? — ela pergunta. — Meus pais disseram que você tem um MBA. Você é algum tipo de criança prodígio? — Tive muita sorte, — diz Tustin, encolhendo os ombros com obviamente falsa modéstia e eu rolo meus olhos. Addy não está caindo nas besteiras desse cara. Ele é tão... bajulador, com seu cabelo cuidadosamente despenteado, queixo cinzelado e unhas feitas. Ele está vestindo um terno, estou certo de que custa mais do que meu carro de merda. — Você está sendo modesto. — Addy sorri e limpa a boca com o guardanapo. Em seguida, ela enfia seu cabelo atrás da orelha. Esse gesto quase me faz perder a porra da minha mente. — Não, eu diria que ele é fodidamente sortudo, — eu digo. — Hendrix, — disse o Coronel, advertindo. — Este não é o momento nem o lugar. — Seus pais me disseram que você é o guarda-costas de Addy, — diz Tustin, levantando uma garfada de peixe para a sua boca. — Então, eu diria que você é muito mais sortudo do que eu sou. Addy ri nervosamente. — Eu não tenho certeza que Hendrix concordaria com você, — diz ela. — Ele não pediu exatamente para estar preso comigo. — Ele não tem muitas outras opções, — diz o Coronel, meio baixinho. A cadela má está conversando com os pais de Tustin, e parece muito distraída pelo fato de que ele está sentado ao lado de Addy para dar a mínima, mas eu vejo o rosto de Addy ficar pálido quando ela ouve o meu pai falar. Ela limpa a garganta. — Isso não é verdade, — diz ela. — Hendrix era um fuzileiro naval. — Hum, — diz Tustin, franzindo o nariz como se a própria palavra fosse coisa ruim. — Um oficial, pelo menos? — Não, — eu digo sarcasticamente. — Não sou um oficial. Apenas um sargento. — Oh, eu teria esperado que você fosse um oficial do Exército, como seu pai. — o pai de Tustin se inclina em torno de sua esposa, para se certificar de que eu posso ouvir seu sotaque sulista estúpido.
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— Desculpe desapontar. — eu digo, não me preocupando em esconder a amargura no meu tom. — Então o que você fez nos fuzileiros navais, Hendrix? — Tustin está de repente interessado no meu trabalho. Acho que ele está intencionalmente tentando me provocar. Se não é isso, ele é apenas um idiota desastrado sobre o assunto errado. — Eu matei pessoas, — eu digo, minha voz plana. — E eu observei os meus amigos morrerem. E eu tentei voltar do Afeganistão inteiro. Então eu acho que desde que eu não explodi para o inferno, eu sou uma das pessoas mais felizes que você pode encontrar. Os caras que não conseguiram, meus amigos, eles não tiveram tanta sorte e eu fico pensando sobre o quão sortudo eu sou todos os dias para o resto da minha vida. A mãe de Tustin engasga com a comida dela, engolindo um gole de água e, finalmente, de pé para se desculpar. — Hendrix, — a mãe de Addy adverte. Addy está olhando para mim, seus olhos grandes, balançando a cabeça de forma quase imperceptível. — Isso não é uma conversa apropriada para um jantar. — Hendrix, — Addy olha para mim, sua expressão de dor. — Bem, — diz Tustin. — Eu não sei sobre você, mas eu prefiro girar o assunto da conversa para um tópico ligeiramente mais alegre. Eu não olho para Addy, ou qualquer um deles quando eu saio.
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Capítulo catorze ADDY CINCO ANOS E TRÊS SEMANAS ATRÁS Eu puxo o vestido que eu estou usando, este pequeno vestido preto que minha mãe disse que era completamente inadequado, mas que eu comprei assim mesmo. Eu sou praticamente adulta, pelo menos em termos da indústria da música. E foda-se ela, de qualquer maneira. Ela está tentando me controlar, tentando ditar que meninos que eu posso ou não namorar. Principalmente não namorar. Não desde o beijo. O beijo, o que mudou tudo. O beijo que fez Hendrix se afastar de mim como se ele estivesse no pior tipo de dor física, em seguida, virar e ir embora. Ele mal fala comigo desde que isso aconteceu, nada mais do que um punhado de frases, e mesmo que ele tenha parado de trazer colegiais para casa, do jeito que ele fazia o todo tempo, eu sei que ele ainda está fodendo uma série de meninas. Ele tem que estar. Não deveria me incomodar. Ele está indo para o boot camp19 em três semanas, e esta noite é sua festa de formatura. Ele nunca deveria ter me beijado. Eu nunca deveria tê-lo beijado de volta. E eu deveria ser capaz de parar de pensar naquele beijo. Eu empurro o meu caminho através dos corpos de pessoas da escola de Hendrix, todos os seus amigos, parando quando alguém pede uma foto ou me implora para espremer em sua selfie. O tempo todo eu estou examinando a multidão em nossa casa à procura de Hendrix, 19Boot
Camp Marines: Marinha boot camp é extremamente desafiador – tanto física quanto mentalmente - considerado o mais resistente dos que os programas de treinamento básicos de qualquer outro serviço militar. ~ 99 ~
antes de finalmente desistir e sair. Há crianças no quintal, retardatários, mas a maioria da multidão está lá dentro e eu viro a esquina da casa antes de tirar meus saltos que estão cavando o gramado, e apenas ando descalça em busca de um lugar tranquilo. Eu paro quando vejo Hendrix e seus amigos passando um baseado um para outro, encostados contra a casa de hóspedes. Eu quase digo olá e então eu ouço o meu nome, congelo e saio da vista. — Addison é gostosa. Isso é tudo que estou dizendo, — um dos amigos de Hendrix diz. Eu não acho que eu já conheci esses amigos, embora eu reconheça um par deles. — Ouvi dizer que ela fodeu um dos produtores nesse show que ela estava, — diz outro. — É como ela chegou ao prêmio, em primeiro lugar. Eu sabia que ela era uma puta. Minhas bochechas ficam ruborizadas. Hendrix está lá de pé, deixando seus amigos imbecis falar merda sobre mim mesmo sabendo que nada disso é verdade? — Ela tinha doze anos de idade quando ela estava nesse show, seu idiota, — diz Hendrix. — Eu vou acabar com o cartão V20 dela logo que você estiver fora daqui, você sabe, — diz um deles. — Que seja, — diz Hendrix. — Tenho certeza que ela não vai sair com você, imbecil. — Quem diz que eu vou levá-la em algum lugar? — ele pergunta. — Ela tem uma grande voz. Aposto que ela tem uma boca ainda melhor. — Vou dar algumas aulas de canto com meu pau, cara, — o outro cara diz e ele junto com os outros cinco caem na gargalhada. Meu rosto está queimando e eu fico lá com meus pés enraizados no chão, ouvindo em vez de fugir, porque, aparentemente, eu sou algum tipo de masoquista. — Sim, eu entendi o que você estava dizendo, — disse Hendrix. — Bem, é tarde demais para você, porque eu já acabei com isso. Meu coração dispara, meu sangue bombeia tão alto em meus ouvidos que eu mal posso ouvir o que eles estão dizendo. Eu estou 20Cartão
V: Tirar ou perder a virgindade, moda nos EUA geralmente no baile de formatura. ~ 100 ~
encostada na casa ouvindo Hendrix dizer a seus amigos que ele me fodeu. — Você não passa de um saco de merda, cara, — diz um deles. — Não acredito em você. — Acredite em mim ou não, eu não dou à mínima, — disse Hendrix. — Você quer pegar o meu resto, vá em frente. — Eu não vou colocar meu pau onde você esteve. Ela foi uma boa foda, certo? Alguém tão quente tem que ser. — Uma das piores, — diz Hendrix. — Sem vida, um peixe morto. — Talvez porque você não estava fazendo a coisa certa. — Ou porque você é a porra do seu irmão, cara. Isso é muito ruim, mesmo para seus padrões baixos. — Meio-irmão, — diz Hendrix. — Nós não temos o mesmo sangue. Mas se você a quer levar para um passeio, vá em frente. Basta lembrar o que eu disse. Uma fodida frígida. E ela tem celulite na bunda. Eu tropeço para longe da casa, andando através da grama em meus pés descalços tão rapidamente quanto eu posso, antes de começar a correr pelo gramado atrás da casa, uma mão segurando o tecido do meu vestido e a outra segurando meus sapatos. Estou sem fôlego quando eu chego às árvores do outro lado da propriedade, e eu paro com a minha mão no tronco de uma árvore, o meu peito arfante, sentindo como se eu fosse vomitar e tentando, sem sucesso, parar de sufocar as lágrimas que começam a correr pelo meu rosto. Mas uma vez que as comportas estão abertas, não há nada o que fazer e eu afundo no chão.
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DIAS ATUAIS — Hendrix. — estou tentando abrir o guarda-chuva estúpido enquanto eu cambaleio em meus saltos. Enquanto isso, Hendrix está correndo pelo quintal com um propósito e eu sei onde ele está indo. Ele foi direto para o bosque de árvores. Meu bosque. Nosso bosque. O lugar onde ele me beijou.
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É o último lugar que eu quero segui-lo. Eu não quero olhar para ele novamente. Eu não preciso de lembranças do passado. E na chuva, muito menos. — Porra. — os saltos altos afundam na grama. — Estes são sapatos novos de marca, Hendrix. Dois mil dólares. No caso de você se importar! — ele não responde e eu arranco minhas botas da grama estúpida e as tiro, uma de cada vez. Então eu as jogo tão duro quanto eu posso, e as vejo cair no gramado. Eu deveria apenas terminar o jantar. Eu deveria pedir ao bonitão Tustin conselhos sobre banco de investimentos e qualquer que seja o inferno que ele faz em seu terno e gravata, comprar empresas ou filmes de fundos financeiros. Eu deveria encontrar um namorado normal, porra. Eu não deveria caminhar pelo gramado em meus malditos pés descalços em um aguaceiro, perseguindo um fantasma do meu passado. Mas eu não volto para a casa. Quando eu chego, Hendrix está de costas para mim. — Você pode parar por um segundo? — eu grito. — Você está todo molhado. — Não posso ficar malditos cinco minutos em paz sem que você venha atrás de mim? — ele pergunta, sem se virar. — Volte para o seu jantar, Addy. — Não é o meu jantar, — eu digo. — Você é o único que me arrastou para ele, e não o contrário. — É o seu encontro, — diz ele. — Você está com ciúmes, — eu digo. Eu estou de pé atrás de Hendrix. Eu quero estender a mão e tocá-lo, o girar ao redor para olhar para mim, mas eu não posso. — É isso que você quer que eu diga Addy? — Hendrix rosna. Ele finalmente se vira, agarra meus braços e eu largo o guarda-chuva. Eu quero que ele me beije da maneira como ele me beijou antes de sair para os fuzileiros navais. Mas ele não faz. Com seu aperto, ele me empurra contra a árvore e a casca áspera escava em minha pele. A chuva nos cerca e as roupas de Hendrix estão completamente encharcadas, a sua camiseta semitransparente, o tecido se aderindo a sua pele, delineando cada centímetro de seu peito musculoso.
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— É verdade, — eu digo. — Você está com ciúmes porque alguém está interessado em mim. Me diga. — Não me diga que eu estou com ciúmes, — diz ele. — Algum otário em um terno não chega a ter você, Addy. — Ah, mas você sim? — eu pergunto. Suas mãos sobre mim, minha respiração vem em suspiros curtos, minhas emoções confusas e avassaladoras. Eu o quero, mas eu não o posso perdoar. Eu quero que ele saia e eu quero que ele fique. — E se você não me ter, você vai fingir que você teve, certo? Hendrix franze a testa e dá alguns passos para trás, mas suas mãos ainda estão em meus braços. — Que diabos é que isso quer dizer? — Nada, — eu digo. — Esqueça que eu disse isso. — de repente, eu não quero nada mais do que sair daqui, mas Hendrix não se move. — Esquecer essa porra? — diz ele. — Diga o que você tem a dizer. — Ouvi você dizer isso naquela noite. — eu falo, me sentindo trêmula e vulnerável. — Ouviu o quê? — Hendrix parece confuso, a chuva escorrendo pela testa. Eu percebo o quão estúpida eu sou, do lado de fora, na chuva, encharcada da cabeça aos pés, descalça e coberta de lama. Ainda mais estúpida porque eu sou obcecada em algo que aconteceu há cinco anos. — Droga, Addy, o que eu disse. — Eu ouvi você falando de mim, — eu digo. — Aquela noite. Em sua festa de formatura. — E daí? — Hendrix pergunta. — Eu tenho certeza que você já me ouviu falar sobre você o tempo todo. Eu não entendo. — Eu ouvi você dizer a seus amigos que você me fodeu. Um olhar de realização passa pelo seu rosto e ele solta meus braços. — Oh... — Sim. Oh. — eu cruzo meus braços sobre o peito e limpo a água da minha testa, o que deixa minha maquiagem borrada. Eu posso ver manchas negras na minha mão, e eu percebo que meu rímel deve estar escorrendo pelo meu rosto. Eu provavelmente me pareço como um palhaço. — E você ficou zangada sobre isso por cinco anos? — Hendrix está sorrindo para mim agora. ~ 103 ~
— Porra, pare de rir sobre isso, seu babaca. — uma onda de irritação corre através de mim. Eu poderia lhe dar um tapa agora por ser tão presunçoso e antipático, mas ao invés disso eu me aproximo e o empurro tão duro quanto eu posso. Ele agarra meus pulsos e eu luto. — Me deixe ir, seu... seu idiota. — Idiota de novo, hein? — ele pergunta. — Você fica tão obscena quando está com raiva. — Eu digo a você que eu sei que você foi um total idiota e você tira sarro de mim, — eu digo com raiva. — Nenhuma coisa sobre você mudou, Hendrix. — Não, — diz ele, seu olhar intenso. — Nenhuma coisa maldita mudou. — Me solte. — Não. — Vá se foder. — Eu disse que fodi você, Addy. — Eu sei que você fez, — eu digo. — Eu acabei de dizer que eu ouvi você dizer isso. — Você me conhecia, porém, — diz Hendrix. — Você me conhecia mais do que ninguém em todo o maldito mundo, mas você não pensou em perguntar por que eu teria dito isso a meus amigos? Você não acha que eu talvez tivesse uma razão? — As coisas que você disse eram horríveis. — Elas deveriam ser, — diz ele. — No colégio os meninos são todos otários e um deles queria pegar você. — Então você tinha com que eles soubessem que você me marcou como sua? Hendrix me puxa contra ele, seu braço deslizando em torno de minha parte inferior das costas, enviando uma onda de calor pelo meu corpo. — Você é minha, Addy. É um fato. Mas quando eu marcá-la como minha, você saberá, porra. — Você me quer, mas você não tem o direito de se gabar, — eu digo, mas eu não me afasto, também.
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— Qualquer homem que não gostaria de se gabar de estar com você é doido, — diz ele. — Mas eu não pretendo dizer nada a ninguém. — ele move uma mecha molhada de cabelo longe de minha testa. Sua mão segue o osso quando ele enfia atrás da minha orelha, e, em seguida, como se ele fosse incapaz de controlar a si mesmo, ele agarra meu cabelo assim como fez no corredor, puxando minha cabeça para trás. Em seguida, ele traz a sua boca para a minha. Minha resistência se desvanece e me sinto derretendo por ele, para o seu beijo, enquanto sua língua encontra a minha. E eu não sinto a chuva mais. Só sinto Hendrix. Suas mãos deslizando ao longo de meus braços, pressionando os lábios contra os meus, sua língua encontrando a minha, hesitante por um segundo e, em seguida, com fome. Sua mão está sob o tecido da minha camisa, e, em seguida, a palma da mão está no meu peito, e meu mamilo endurece contra o meu sutiã. Quero sentir suas mãos na minha pele, e o pensamento me faz gemer. Parece que eu estou perdida no beijo, até que eu me afasto, ofegando para respirar. Meu lábio inferior inchado parece ferido de seu beijo e eu corro minha língua ao longo dela, provando sangue. Hendrix se aproxima e pressiona o polegar sobre meu lábio. — Eu sinto muito, — diz ele. — Está tudo bem. É só um pouco de sangue. Ele inclina meu queixo para cima e me olha. — Não é isso. Por antes, — diz ele. — Pela festa de formatura. — Você disse que eu tinha celulite na minha bunda. Hendrix sorri e ele move a mão do meu rosto, correndo ambas as mãos para baixo no meu corpo e sobre a minha bunda. — Eu já te disse o quão quente eu acho que a sua celulite é? — Engraçadinho. — Eu era um garoto estúpido, Addy, — diz ele. — E eu não queria que meus amigos imbecis chegassem perto de você. — Porque você me queria. — Porque eu queria você mais do que eu poderia respirar Addy. — Eu pensei que você me odiava. ~ 105 ~
— Eu odiava não poder tê-la. — Por que você não poderia...? — Porque você é minha meio-irmã. E você era um ano mais nova do que eu, — diz ele. — E eu era— Um idiota. — Essa parte não mudou, garota Addy. — Devemos voltar, Hendrix. — eu estou aqui de pé, pressionada contra sua dureza, o pulsar entre as minhas pernas insistente, mas eu estou lhe dizendo que devemos entrar. — Você está certa, — diz ele, traçando o polegar ao longo do meu lábio. Meus lábios abrem e eu toco a minha língua contra sua pele, degustando o sal. — Eu definitivamente não devo fazer o que eu quero fazer com você agora. — O que você quer fazer? — minha voz falha, e eu mal posso fazer a pergunta. Eu não deveria estar fazendo esta pergunta. Eu não deveria estar aqui de pé, com o polegar de Hendrix em meus lábios. Eu não deveria beijar esse polegar, do jeito que eu faço agora. Eu não deveria ver a sua expressão mudar para uma luxúria desenfreada e ouvir a maneira como ele geme, o rumor lento do desejo em voz baixa. Eu não deveria fazer nenhuma dessas coisas. Hendrix me tocando é perigoso. Este não é um jogo, não com a minha carreira em jogo. Não com tudo o que eu tenho trabalhado em risco. Eu sei disso, eu mesma digo, mas eu ainda não me movo. Cada célula do meu corpo está no limite, esperando por ele. — Eu quero provar você, — diz ele. — Eu quero puxar essas suas calças para baixo e eu quero me ajoelhar aqui mesmo na chuva e colocar minha língua dentro de você. Eu quero sentir você gozando no meu rosto, Addy. Eu quero mergulhar meu pau dentro de você e sentir você gozar ao meu redor. — a mão de Hendrix está nas minhas costas, me puxando para ele e eu posso sentir sua ereção dura contra a minha perna. Se suas palavras não me disseram o que queriam, isso iria deixar perfeitamente claro. — Eu, — eu começo, mas sua mão se atrapalha com o botão do meu jeans. — Merda, Hendrix.
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Ele desliza a mão na frente da minha calça, por baixo da minha calcinha e eu aperto seus bíceps quando o calor percorre meu corpo ao seu toque. — Você está tão molhada, porra, — diz ele. Eu não posso falar, não posso fazer nada mais do que um grito estrangulado enquanto ele me toca, os dedos calejados, ásperos contra o meu clitóris. Desejo corre através de mim como a eletricidade, e cada parte de mim parece estar pegando fogo. — Eu quero você, — eu digo. Falo as palavras. Em voz alta. Finalmente. — Eu quero você. Hendrix solta um grunhido baixinho, primordial em sua intensidade e eu acho que ele vai rasgar minhas roupas aqui fora, na chuva, e eu não me importo. Eu o quero mais do que eu já quis alguém. Em cinco anos, nada sobre isso mudou. Esse desejo só ficou mais forte. Um relâmpago racha o céu, iluminando tudo com luz branca brilhante por um momento. — Devemos voltar, antes de sermos atingidos por um raio, — eu digo e quando Hendrix desliza os dedos por entre minhas pernas, eu sou esmagada pelo desapontamento. Então Hendrix está me empurrando contra a árvore, tirando minhas calças sobre meus quadris e as puxando sobre minhas coxas. Antes que eu possa dizer algo mais, ele desliza minha calcinha sobre meus quadris. — Eu te disse o quanto eu gosto desta bunda? — ele pergunta. Eu sorrio como uma idiota e eu devo parecer como uma, aqui fora em uma maldita tempestade, com as costas contra uma árvore e minhas calças puxadas para baixo em torno de meus joelhos. Mas eu não tenho tempo para pensar sobre como eu pareço, ou sobre a maneira como nós dois estamos encharcados até os ossos, antes de Hendrix cair de joelhos entre as minhas pernas e cobrir minha buceta com a sua boca. Ele me explora com a língua, me lambe e chupa meu clitóris e eu deixo escapar um gemido alto que se perde no meio do ruído da tempestade. Ele não vai devagar. Isto não é lento e lânguido. Ele me come como se estivesse pensando sobre isso há anos e ele não consegue o suficiente, e eu fecho os olhos e deixo ir. Eu puxo sua cabeça contra mim enquanto ele suga meu clitóris em sua boca, passando a língua em círculos mais e mais nele. Quando ele desliza os dedos dentro de mim, eu já estou tão perto que eu quase gozo com a sensação, e eu sei que eu quero mais. Eu quero tudo dele.
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Eu gemo seu nome, não me importando quão alto isso soa, porque ele é levado pelo vento, me fodendo mais duro com os dedos, quando o que eu realmente quero é seu pau. Quando ele geme, a vibração reverbera através da minha buceta, me levando mais perto. Eu corro minhas mãos sobre meus seios, mal cobertos pelo tecido fino da minha camisa e a estimulação praticamente me envia sobre o limite. Quero esperar, saborear o que está fazendo entre as minhas pernas, mas ele me levou tão longe que eu não posso. Quando eu gozo, eu grito seu nome, minhas mãos segurando a sua cabeça enquanto meus músculos apertam em torno de seus dedos. A liberação é tão intensa e eu esperei tanto tempo para estar com ele, que eu choro quando eu gozo. Eu soluço, as lágrimas se misturando com a chuva.
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Capítulo quinze HENDRIX CINCO ANOS ATRÁS Eu olho para a casa uma última vez antes de sair. São cinco horas da manhã e o sol não surgiu ainda. Estou fugindo para longe deste lugar como um covarde, sem dizer uma maldita coisa para Addy. Nem mesmo um adeus. E, certamente, não há outra coisa que eu deveria dizer, a única coisa que realmente importa. O motorista de táxi fecha o bagageiro e eu mergulho de volta para o banco, me recusando a virar e dar ao lugar mais um olhar. É melhor assim. Eu disse adeus a nossos pais na noite passada. Meu pai me deu seu sábio conselho: ‗Não foda com os Fuzileiros‘. Addy era a única pessoa que eu queria ver, mas ela foi ontem a noite ver um filme ou algo assim com seus amigos e eu não queria acordá-la esta manhã. Essas são as desculpas que dei e elas são besteira total. Eu a poderia ter visto. Eu só não tenho a força. Eu fico olhando para o envelope na minha mão, a nota que eu ia deixar para ela, mas me acovardei antes que eu a pudesse colocar debaixo da porta. Em vez disso, eu fiquei lá olhando para a porta esta manhã, meu coração batendo alto no meu peito, desejando que ela abrisse a porta para que eu pudesse dizer a ela pessoalmente. Eu deslizo o envelope na minha mochila. Foda-se. Eu vou superar, digo a mim mesmo. O problema é, eu sei quando eu estou mentindo para mim mesmo, e essa mentira é um grande problema. Addy não é o tipo de garota que você esquece.
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DIAS ATUAIS — Eu não entrar, — diz ela. Ela está em pé ao lado do carro, com seu guarda-chuva sobre sua cabeça, o que parece ridículo, uma vez que ela já está encharcada até os ossos. Eu estou em pé, mantendo certa distância dela, apenas no caso de alguém estar nos observando, quando eu realmente quero terminar o que começamos. — Eu não quero vê-los, especialmente depois... — Depois que eu tive a minha língua dentro de você? Se a escuridão e a chuva não estivessem obscurecendo minha visão, eu diria que Addy estava corando ferozmente. Eu adoro ver seu rubor. — Sim, — diz ela, trazendo a mão à boca como se ela estivesse se lembrando. — Eles saberão que algo aconteceu. — Se nós não entrarmos, eles vão querer saber onde estamos, — eu digo. — Eu mandei uma mensagem para minha mãe e disse a ela que não estava me sentindo bem e você estava me levando para casa. — neste momento as luzes do celular de Addy acenderam e ela verifica. — Merda. Minha mãe diz que está inundando, descendo a colina. A ponte está coberta. — A ponte está coberta, — repito. — Porra. Meu pau deveria esvaziar com esta notícia, mas isso não acontece. Está duro ainda, pressionado contra o zíper da minha calça jeans. Quando eu olho para Addy, toda molhada, sua camisa anteriormente seca, agora completamente transparente e se agarrando a seus seios. — Eu acho que você vai ter que me cobiçar por mais algum tempo, — eu digo. — Eu cobiçar você? — pergunta ela, sorrindo. — Você é o único com um enorme— Um enorme pau? Sim, eu sei. Mas obrigado por perceber. Eles não me chamam de Cannon a toa.
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— Eu ia dizer um enorme tesão, — diz ela, rindo. — As pessoas te chamam de Cannon porque é seu nome do meio, não por causa do tamanho de seu pau. — Você já viu meu pau? — eu pergunto. — Não, — ela diz. Ainda não, eu penso. — Exatamente. Quando você fizer isso, você vai entender. Addy ri, o som é luz. — Você é cheio de si mesmo. — Você está prestes a estar cheia de mim também, docinho. Ela dá um tapa no meu braço. — Não na casa dos nossos pais, — diz ela. Faço uma pausa por um minuto quando eu chego à porta, Addy para atrás de mim. — Tem certeza que a cadela má não está mentindo? eu pergunto. Addy revira os olhos. — Eu esqueci que você costumava chamá-la assim e eu não ouvi ninguém dizer isso em anos. Não, é claro que eu não tenho certeza. Mas você sabe que é verdade. Se lembre, eles costumavam estar sempre fora quando inundava. Era uma das coisas que você odiava sobre estar aqui em casa. Eu expiro em voz alta. Eu me viro, minhas costas contra a porta. — Ficar preso aqui não muda nada, você sabe, — eu sussurro. — Eu ainda pretendo fazer você gozar no meu pau esta noite. O rosto de Addy fica vermelho e me sinto satisfeito comigo mesmo. — Quem te chama de Cannon? — ela pergunta. — Namoradas? Suas namoradas? Eu rio, abrindo a porta e nos levando para dentro, onde nós somos imediatamente saudados pela cadela má, sozinha, andando pelo corredor. — Eu não posso acreditar em vocês dois, — ela sussurra. — Vocês nos embaraçaram. E humilharam seu pai e eu. Este jantar era sobre negócios, Addison Stone e desde que você aparentemente não tem preocupação com seu futuro sobre os negócios, eu sou obrigada a fazer isso por você. — Não parecia negócios, mãe, — Addy diz, com a voz entrecortada. — Parecia um encontro às cegas. Não que eu te pedi para
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me juntar com ninguém. Você já pensou que pode ser um pouco estranho para mim? — Por que seria estranho? Você e Jared estão juntos novamente? Vocês estão? Jesus Cristo, Addison, ele é um pesadelo das relações públicas. — Eu não voltei com ninguém, mãe, — ela diz, suspirando. — Posso ir me trocar? Há alguma roupa aqui que eu possa mudar? — Eu não sei por que vocês dois deixaram o jantar e saíram correndo do lado de fora na chuva, — diz Wendy, virando e andando pelo corredor. Nós a seguimos e eu noto o quanto a casa mudou desde que estive aqui pela última vez. Tudo foi redecorado, moderno e limpo e desprovido de charme. De encaixa à mãe de Addy. — Eu vou pedir a empregada para trazer algumas roupas secas. Honestamente, o que houve para que os dois tivessem que conversar na chuva? — Eu estava dizendo a Addy por que todo mundo me chama de Cannon depois que eu saí de casa, — eu digo. Ao meu lado, Addy engasga. Ela o tenta encobrir por meio da tosse várias vezes, mas seu rosto fica vermelho. — Veja, você pegou chuva fria lá fora e agora você está arranhando a sua voz com tosse. Eu vou pedir a empregada para te trazer um pouco de chá quente. Eu não imaginaria que dizer a Addison o seu nome do meio os teria mandado correndo para fora como um casal de lunáticos. Além disso, você não andava por aí em tanques ou algo assim? Parece uma coisa óbvia a te chamar. Quero dizer, você é um soldado. — Eu era um Fuzileiro, Wendy, — eu a corrigi, irritação na minha voz. — Na verdade, é uma longa história que é duro dizer. — eu enfatizo as palavras, esperando que a sugestão seja clara para Addy e pela forma como ela praticamente dobrou a tosse agora, eu posso ver que é. Eu não posso dizer se ela está rindo, ou tossindo, ou morrendo de vergonha. A cadela má revira os olhos. — Eu disse ao Coronel que a sua contratação não foi uma ideia inteligente. Deixar a mesa no jantar foi injusto. Eu estou tão brava com você, eu mal posso olhar para você. Se ela mal conseguisse falar, seria um inferno de muito melhor. Ela nos afasta com um gesto. — Vão, — diz ela. — Vocês ficarão em seus antigos quartos, eles são quartos de hóspedes agora, mas
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vocês podem encontrar o caminho. Os Bentons estão hospedados na casa de hóspedes e você terão a oportunidade de se redimir na parte da manhã... Addy assente. — Tudo o que você disser, mãe. — ela está subindo as escadas rapidamente, tenho certeza que contente por sair do olhar penetrante de sua mãe. A cadela má estreita os olhos para mim. — Addy é um desastre, — diz ela. — Constantemente sabotando a si mesma. — A única coisa que está perto de um desastre é você e a ingerência do meu pai em sua vida, — eu digo. A cadela má sorri presunçosamente. — Você sempre teve uma quedinha por ela, não é? — ela pergunta. — Você sempre foi cego onde ela está em causa. Eu disse a seu pai e ele insistiu que você estava diferente. Os fuzileiros o têm mudado, ele disse. Ele é responsável. Honrado. Addy está sempre olhando para ele. E você está de volta em sua vida pelo que, um minuto? Você acha que sabe a respeito dela? — Ela está com vinte e dois, — eu digo, — Ela não está mais com dezessete anos. Você é a gerente dela e é isso. Você não manda na vida dela. E pelo que vi, ela faz um bom trabalho nisso. A mãe de Addy ri. — Ela quase perdeu o contrato de gravação, — diz ela. — E você não sabe nada. Você acha que ela não está trocando mensagens com o namorado dela? Ou se esgueirando com ele? Pergunte a ela sobre isso. Você acha que você tem uma mão sobre ela? Ela é encantadora com você do jeito que ela é com todos os outros. Raiva corre através de mim com a ideia de Addy estar com alguém, ainda mais com o otário de seu ex-namorado, que era melhor nem aparecer, que Deus me ajude. — Você não acha que eu estou fazendo o meu trabalho? Me demita. — Eu não vou te demitir, — diz a cadela má. — Isso faria com que ela se rebele ainda mais. Mas você vai me manter a par do que está acontecendo. Eu sou a empresária dela. Eu preciso saber. — Cada detalhe, — eu digo, meu tom de voz cheio de sarcasmo. — Devo fazer você saber o que ela come e qual horário que ela caga? Eu posso enviar fotos se você quiser. — Você é bruto, — diz ela.
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Eu dou de ombros. — Eu acho que você pode sair do Corpo de Fuzileiros, mas você não pode tirar o Fuzileiro de um homem, hã? Ela franze o nariz, olhando para mim como se ela estivesse cheirando algo repulsivo. — Eles não te ensinaram a diplomacia nas forças armadas? — A diplomacia não é exatamente uma prioridade, — eu digo. — Qualquer outro conselho? — Observe a si mesmo, Hendrix, — diz ela. — Addy vai ter você envolvido na ponta do dedo em algum momento. Ela é uma manipuladora. — Na verdade, eu acho que você tem confundido ela com outra pessoa, — eu digo. — Você, — me dirijo escadas acima, perguntando se ela suspeita de qualquer coisa entre sua filha e eu. Eu me pergunto se o que aconteceu do lado de fora, ou os pensamentos que tenho, estão escritos por todo o meu rosto.
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Capítulo dezesseis ADDY CINCO ANOS ATRÁS — Ele foi embora esta manhã, — diz Grace, se jogando na minha cama. — Eu pensei que você sabia que ele estava indo. Ele tinha de se apresentar para o Boot Camp. Eu sinto como se alguém tivesse me dado um soco no estômago. — Eu pensei que ele ia dizer adeus. Grace rola sobre suas costas e gira uma longa mecha de cabelo escuro em torno de seu dedo. — Isso é estranho, não é? — ela pergunta. — Ele se despediu de mim na noite passada. Eu acho que desde que você estava no cinema, ele não queria incomodá-la quando você voltou? — Deve ser. — minha cabeça está flutuando e eu tenho que me sentar. — O que está errado? — Grace pergunta. — Você está pálida. Você precisa de um refrigerante ou algo assim? — Não, eu- — eu começo. O que posso dizer? Eu me apaixonei pelo meu meio-irmão, e ele me beijou, e eu era ingênua o suficiente para pensar que significava algo para ele. Então eu o ouvi dizer a todos os seus amigos coisas horríveis sobre mim, mas eu ainda pensei que ele poderia fazer uma declaração de amor de última hora antes de ir embora. Eu sou uma idiota total, uma menina que tem lido muitos contos de fadas. — O quê? — Grace se senta. — Não é Hendrix, é?
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— Huh? — eu pergunto, distraída com meus pensamentos de Hendrix. Meu estômago se agita com a ideia dele se juntar aos fuzileiros navais. E se alguma coisa acontecer com ele e os últimos sentimentos que eu tinha por ele eram o ódio pelo que ele disse sobre mim? Eu nunca me perdoaria. — Não, não é Hendrix. — Vocês eram realmente bons amigos por um tempo, hein? — Grace diz. Ela pega um dos vidros de esmalte de unha de minha mesa, e começa a pintar os dedos dos pés. — Ugh, rosa. Você não tem nenhuma cor mais nervosa? Você pode realmente me ver usando rosa? Quero dizer, sem ofensa, fica bem em você, obviamente. — Eu acho que há alguns no banheiro, — eu digo, entorpecida. Eu não me importo com as unhas rosas. Eu não posso pensar em nada, exceto Hendrix. — Não se preocupe com Hendrix, — diz ela, pulando para cima e desaparecendo no banheiro. — Embora, você pode realmente o ver sendo um Fuzileiro? Isso seria como eu me juntando aos militares. Eles vão cagar nas calças quando o enxergarem andando em campo de treinamento com mexas azuis em seu cabelo. — quando ela reaparece, ela tem um vidro de esmalte azul. — Falando de azul, pelo menos você tem algo que é mais utilizável do que essa porcaria de rosa. Você acha que ele vai voltar todo bombado e gostoso? O pensamento de Hendrix ficando tremer e eu tento não pensar sobre como de estar com os fuzileiros navais. Eu suficiente. Vezes demais para ser bom Hendrix da minha cabeça.
‗bombado e gostoso‘ me faz ele poderia se parecer depois fantasiava sobre Hendrix o para mim. Eu preciso tirar
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DIAS ATUAIS — Só um segundo, — eu falo. A porta se abre antes que eu possa dizer mais alguma coisa e eu chego freneticamente para a toalha que joguei descuidadamente na minha cama e que se perdeu na pilha de roupas molhadas no chão aos meus pés. Olhando para cima, eu vejo Hendrix fechando a porta atrás de si. Eu assobio para ele com os dentes cerrados para que ele saia do meu quarto antes que alguém o pegue, mas ele só fica lá, sorrindo para mim. — Vire-se.
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— O quê? — ele sussurra. — Seu gosto ainda está na minha língua, mas você não quer que eu veja você nua? — Não diga isso. — eu luto para segurar a toalha enrolada no meu corpo, levando em conta o fato de que Hendrix não está fazendo o que eu disse para ele fazer. Ele só não me ouve mas fica ali de pé, sem camisa, seu peito ainda úmido da chuva. Sem camisa e sexy. — Não diga o quê? — ele pergunta, em voz baixa. Ele cruza o espaço entre nós tão rapidamente que eu inalo bruscamente. — Nua? Ou que seu gosto ainda está na minha língua? Você prefere que eu diga que eu estava lambendo sua buceta? — Hendrix, — eu sussurro. — Você não pode falar assim comigo. Não aqui, nesta casa. — Ou o que? — ele dá um passo para perto de mim e coloca a boca perto do meu ouvido, levando um dedo e o arrastando até o meu braço e sobre o meu ombro, em seguida, em toda a minha clavícula. Ele lentamente, preguiçosamente o move até o lado do meu pescoço e eu estou no limite, tão necessitada que eu poderia chorar de novo. — O que você tem medo, Addy? — Você, — eu sussurro. É a única palavra que eu posso botar pra fora, a única coisa que escapa dos meus lábios. Eu não digo todas as outras coisas passando pela minha cabeça, as coisas que eu quero dizer. Tenho medo de que tudo o que eu tenho trabalhado possa ser destruído. Eu tenho medo de me apaixonar por você de novo. Eu tenho medo que você vá rasgar o meu coração em pedaços, do jeito que você fez quando você me deixou. Eu tenho medo que você vai me quebrar. O olhar que Hendrix me dá é praticamente feroz. Ele faz um som no fundo da garganta, com a mão na parte de trás do meu pescoço, e eu acho que se ele vai me beijar novamente, ele vai nos destruir a ambos. Mas ele apenas olha para mim. — Você está certa, — diz ele. — O quê? — tudo o que posso sentir é o calor de sua mão no meu pescoço, o calor que irradia da sua palma para o meu corpo, reunindo entre as minhas pernas. Eu sou um nervo exposto, uma bola de necessidade e desejo, e tanto quanto eu quero que ele vá, quero que ele
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fique. Uma parte de mim quer que ele me pegue e me foda contra a parede do quarto, agora. Ele geme como se pudesse ler os pensamentos sujos que estão correndo pela minha cabeça e me empurra contra a parede. — Largue a toalha, — diz ele, com a voz rouca e grave. — O que você está fazendo? — eu engasgo as palavras, levo minha mão para afastá-lo, mas em vez disso eu acabo deslizando minha mão sobre o seu peito, e para baixo em seu abdômen ondulado. Eu posso ver sua dureza pressionada contra sua calça jeans, e tudo o que posso pensar é em tê-lo dentro de mim. — Eu estou fazendo o que eu te disse que eu ia fazer, — diz ele. — Hendrix, aqui não é o lugar, nossos pais— Estamos ambos fingindo que você não está louca por mim? — ele pergunta. — Que você não está encharcada com o pensamento de me ter dentro de você? — ele chega por baixo da toalha, entre as minhas pernas, e me toca suavemente com a ponta de seus dedos, e seu toque me faz praticamente derreter. — Eu não sei se isso é uma boa ideia, Hendrix, — eu digo, protestando, mas fracamente. Minha decisão não é apenas fraca. É praticamente inexistente. Ele envolve suas mãos em torno de meus pulsos e os coloca na parede acima da minha cabeça, então os mantém lá com uma mão, enquanto ele traça o dedo suavemente sobre os meus lábios. — Esta não é uma boa ideia do caralho, Addy, — ele sussurra, seu dedo se movendo lentamente para baixo, da frente do meu peito para o meu decote. — Esta é a pior ideia do caralho do mundo. — Esta é, com certeza, a pior ideia, — eu digo. — Nós devemos ser razoáveis. — Eu nunca fui um homem razoável, — diz ele, dando um passo para trás e me examinando. — Tire a toalha. Eu sugo uma respiração afiada, mas eu faço exatamente isso. Eu deslizo meu dedo sob a borda da toalha e ela cai suavemente no chão. Eu estou em pé e completamente nua, com os olhos de Hendrix em mim. Ele me examina por um momento, em seguida, dá passos para frente, centímetros longe de mim, sua boca tão perto da minha enquanto ele brinca comigo, seu hálito quente na minha pele.
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Ele coloca as mãos na minha barriga, exalando forte quando ele as desliza entre os meus seios, seus olhos nunca deixando os meus, enquanto ele cobre meu peito com a palma da mão, seu polegar imediatamente no meu mamilo. Quando eu gemo, ele sussurra. — Cuidado, não deixe que a cadela má te ouça. Tenho a sensação de que ela não iria gostar disso. O pensamento de nossos pais descobrirem faz meu coração quase parar. — Merda, Hendrix, — eu sussurro. Hendrix sorri e solta as minhas mãos. — Você pode ir embora a qualquer momento, docinho, — diz ele. — Não, não é isso que eu quis dizer, euEle levanta uma sobrancelha e afunda entre as minhas pernas. — Abra suas pernas para mim, Addy. — Mais uma vez? Mas a maneira como ele diz, olhando para mim desse jeito, me faz pensar que eu seria estúpida para fazer qualquer coisa, exceto isso. Ele toca a ponta da língua no meu clitóris e ele envia uma sacudida de excitação ricocheteando através do meu corpo, até as pontas dos meus dedos. Eu corro minhas mãos sobre seu cabelo bem curto. — Oh meu Deus, Hendrix. Eu posso o ouvir inalar profundamente e o fato de que ele está entre as minhas pernas, me cheirando, enquanto nossos pais estão lá embaixo, é tão ridiculamente inadequado... que me faz corar. — Eu vou tomar meu tempo agora que estamos fora da chuva, Addy. Eu sonhei em colocar meu rosto entre as suas pernas, — diz ele em voz baixa. — Eu fantasiava sobre minha língua em seu clitóris, lambendo você, sentindo você gozar na minha cara. Você sabe quantas vezes eu pensei sobre isso? Posso dizer que a minha cara deve estar escarlate com o calor que sobe para minhas bochechas. — Hendrix... — Você está corando, — ele sussurra. Ele pega o meu clitóris em sua boca, delicadamente no início, e depois sugando tão duro que eu tenho de segurar a cabeça, incapaz de reprimir o meu clamor. Em seguida, ele puxa a cabeça e olha para mim. — Você vai ter que ficar quieta Addy, ou eu vou te dar algo para colocar em sua boca.
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Ninguém nunca falou comigo da maneira como Hendrix está falando agora. — Cuidado, — eu sussurro. — Eu não tenho certeza de que isso iria me manter calma. Hendrix faz um som rouco e aperta minha bunda com força, me puxando em sua boca com uma ferocidade que me tira o fôlego. Sua língua está em todos os lugares, me lambendo, me sondando e eu sinto meus joelhos quase dobrando debaixo de mim. Quando ele puxa o rosto, eu estou segurando sua cabeça para ficar na posição vertical. — Você tem um gosto melhor do que eu poderia ter imaginado, — diz ele. — Você imaginava o gosto que eu tinha? — o pensamento só intensifica o pulsar entre as minhas pernas. Hendrix não tira os olhos do meu rosto quando ele desliza os dedos dentro de mim e eu gemo baixinho. — Eu me masturbei com o pensamento disso milhares de vezes, — ele sussurra. — Eu gozei pensando em minha língua dentro de você. — Oh, Deus. — o que ele está fazendo com esses dedos mágicos é quase demais. Seu toque é quase insuportável. — Me diga que você gozou pensando em me foder, Addy, — diz ele, seus dedos me acariciando, agora com mais insistência, pressionando contra o lugar, oh, tão sensível dentro de mim. — Eu pensei em você, Hendrix, — eu suspiro, mal falando as palavras. — Mesmo antes de você ir embora. — Me diga, — diz ele. — Me diga o que você usou para pensar em mim. — seus dedos continuam a trabalhar a sua magia, mas ele cobre meu clitóris com a boca, rolando sua língua em torno dele, sugando enquanto ele me acaricia. — Eu... oh Deus... — eu me agarro à sua cabeça, o pressionando contra mim, tentando forçar minha voz a permanecer não mais alta do que um sussurro, consciente do fato de que nossos pais estão na casa, que se eles nos descobrissem tudo estaria terminado. Tudo estaria arruinado. A coisa fodida é que eu acho que a ameaça de descoberta realmente torna tudo mais intenso. — Quando nós nadamos à noite, eu... oh merda... Eu voltava aqui e me tocava pensando em você. Hendrix geme contra o meu clitóris e a vibração quase me envia ao limite, como fez na chuva. — Me diga Addy. — Eu deitei na cama, nesse quarto, pensando em tomar o seu pau com a minha boca, — eu sussurro. Minha respiração é irregular, as ~ 120 ~
minhas palavras agitadas e pontuadas com os meus suspiros. Os dedos de Hendrix continuam me acariciando e eu estou tão perto. Ele geme de novo e o fato de que Hendrix está tão excitado me empurra sobre o limite. — Eu gozei pensando em você dentro de mim, me montando. Eu gozei pensando em você gozando dentro de mim. — Porra. — eu posso ouvi-lo gemer a palavra, sua boca se encheu de mim e eu gozo duro, mordendo meu lábio, então eu não grito, minhas mãos segurando a sua cabeça com tanta força para mim, que eu acho que ele pode não ser capaz de respirar . Eu ainda estou gozando, meus músculos se apertam firmemente em torno de seus dedos, mas ele não me deixa descansar. Quando ele desliza os dedos de mim, eu praticamente grito com a sensação de vazio. Mas ele me excita, me orienta para me sentar sobre a poltrona ao lado. — Se sente, — ele rosna. Eu silenciosamente obedeço, mais focada na dor latejante entre as minhas pernas do que qualquer outra coisa, até que ele retira suas roupas e fica na minha frente, nu, seu enorme pau a centímetros do meu rosto. — Puta merda, — eu respiro. As palavras escapam dos meus lábios antes que eu possa sequer pensar. Hendrix levanta as sobrancelhas. — Será que ele corresponde a suas expectativas? — Eu não tenho certeza se eu posso... — mas eu não posso tirar meus olhos dele, e eu me aproximo, o guiando para os meus lábios. Eu toco minha língua na única gota de pré-semen que brilha na ponta, saboreando seu gosto. Hendrix geme, agarrando um punhado de cabelos no topo da minha cabeça. — Envolva esses doces lábios em volta do meu pau Addy, — diz ele. Não é um pedido, é um comando. E eu cumpro, o levando em minha boca. Eu corro minha língua em seu comprimento quando ele murmura a sua aprovação. — Merda Addy, sua boca é melhor do que eu poderia ter imaginado. O ouvir falar me estimula e eu gemo quando eu o chupo, pegando suas bolas pesadas em uma das mãos, enquanto eu acaricio a base de seu pau com a outra. O ter na minha boca, a maneira que eu fantasiei durante anos, me deixa bêbada de luxúria. Quando Hendrix puxa meu cabelo, e me diz como ele se masturbava com o pensamento de eu chupar seu pau, eu o engulo mais profundo, estimulada por suas palavras, até que eu acho que ele vai ~ 121 ~
explodir. Ele fode minha boca, se empurra mais profundo pelos meus lábios, seu aperto no meu cabelo indicando que ele está perto. Em seguida, ele puxa para fora da minha boca, sem aviso prévio. — Porra, Addy, — ele diz suavemente, sua voz quebrando quando ele goza sobre os meus seios, uma mão ainda segurando meu cabelo. Quando ele para, ele olha para mim, sua expressão tímida. — Merda. Eu não sei o que deu em mim. — Bem, eu sei o que deu em cima de mim, — eu digo, rindo.
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Capítulo dezessete HENDRIX QUATRO ANOS E ONZE MESES ATRÁS — Que porra é essa? — Lawson agarra a foto debaixo do meu rack e a prende longe de seu rosto. — É a sua namorada? Eu a pego de sua mão e a empurro para fora do meu caminho. — Não toque na merda que não pertence a você, Lawson. — Vá se foder, cara, — diz ele, assobiando. — Você está menstruando ou o quê? Você é mais sensível do que uma garota. — Não é a porra da namorada dele, seu idiota, — diz Andrews. — É Addison Stone. — Eu deveria saber quem essa é? — Lawson pergunta. — Ela é uma cantora, — diz Andrews. — Você nunca viu o show dessa cantora americana? — Não, — diz Lawson. — Eu estava muito ocupado transando com sua mãe para ver. — Saiam daqui, seus idiotas estúpidos. — enfio a foto na parte de trás. — E calem a boca. Eu não quero ouvir suas vozes. — Você é um perseguidor, não é Cole? — Andrews diz, me chamando pelo meu sobrenome. — Eu posso dizer. — E se eu te disser que estava relacionado com ela? Lawson ri, o som ecoando pelo quarto. — Eu diria que você é uma merda de má influência, mantendo a foto em seu rack de modo que você possa se masturbar à noite.
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Eu o empurro duro, no peito. — Não diga algo assim de novo, — eu rosno, e eu estou perto de bater nele, mas eu recuo, me forçando a permanecer no controle. Eu fingi indiferença, encolhendo os ombros. — Como se eu fosse me masturbar em um quarto cheia de idiotas como vocês, de qualquer maneira. Lawson apenas ri. — Você é um filho da puta louco, Cole, — diz ele, batendo no braço de Andrews e sacudindo a cabeça. — Como se você conhecesse alguém famoso.
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DIAS ATUAIS Eu não fodo Addy imediatamente. Eu a levo para o chuveiro, onde eu passo uma hora com ela, falando no casulo do chuveiro cheio de vapor, minhas mãos em cada centímetro de seu corpo, minha boca em sua boca, nos peitos dela, entre suas pernas. Ela me acaricia novamente com a mão, com a voz em um ronronar sensual quando ela me diz o que ela quer fazer. Quando finalmente terminamos, seu rosto está vermelho do calor da água e do orgasmo, e eu a pego e a levo de volta para seu quarto, sem me preocupar em pegar uma toalha. — Hendrix, eu estou toda molhada, — ela protesta. — E você também. — Sim, você está. — eu levanto minhas sobrancelhas e lhe dou o meu melhor olhar e ela me dá um tapa no braço, então eu a jogo na cama. — Nós vamos arruinar esta cama, — ela sussurra, a palma da mão se movendo em toda a superfície da roupa de cama feita de seda importada, sem dúvida alguma. — Eles vão ter que queimá-los quando tivermos terminado, — eu concordo. — E se eles perceberem? Um sentimento de culpa escorre em cima de mim com o pensamento de nossos pais descobrirem. Em pensar na mídia descobrir. Ela tem uma cláusula de moralidade em seu contrato, eu me lembro. Isso poderia devastá-la. Você está sendo egoísta. Eu me afasto
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dela por um minuto, engolindo em seco. Eu poderia ir embora. Neste ponto, não fomos longe demais. — Hendrix, — Addy diz suavemente e eu me viro para vê-la na cama, as pernas abertas, olhando para mim sedutoramente. Ela está mordendo o canto do lábio, sua expressão provocante e seu dedo faz círculos sobre seu clitóris. — Eu não quero pensar em mais nada. — Addy, você não sabe o que você está— Eu quero que você me foda, — diz ela. — Eu não quero pensar em mais nada. Apenas me foda. Foder sem sentir culpa. Eu pego um preservativo da minha carteira e o enrolo no meu comprimento, olhando para o rosto de Addy enquanto ela me olha. Estou duro como pedra, porque essa garota me deixa louco. Ela é a realização de todas as fantasias que eu tive desde que eu tinha dezessete anos. Eu tento ser gentil com ela. Eu tento tomar meu tempo, lamber e chupar seus seios e mamilos até que ela está se arqueando na cama, sua respiração vindo em pausas curtas. Mas ela me puxa, me diz que me quer agora. Me implora. Sua buceta está lisa quando eu coloco meus dedos entre as suas pernas, mas eu ainda hesito, sentindo a necessidade de ter cuidado com ela, até que ela agarra a base do meu pau. — Por favor, Hendrix, — ela sussurra, me guiando em direção a sua entrada e eu me esfrego em sua mão lentamente. Ao pressionar a ponta do meu pau dentro dela, está tudo acabado. Ela é tão fodidamente apertada, tão quente, tão molhada, que eu mal posso mais pensar. Merda, eu mal posso respirar. Ela agarra minha bunda, me puxando para dentro dela e deixando escapar um gemido suave quando eu a encho. Me movendo delicadamente, eu assisto a expressão em seu rosto mudar, até que não existe mais nada a não ser o prazer. Até que ela agarra nas minhas costas e me implora. — Forte, — ela sussurra. — Me foda, Hendrix. — Sempre tentando tomar o controle, — eu digo quando eu prendo as mãos acima da cabeça, as usando para alavancar e foder mais duro, com estocadas curtas quando eu me sinto cada vez mais perto, a trazendo até o limite. Eu transo com ela sem dizer uma palavra,
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ouço seus suspiros no silêncio do quarto, até que eu tenho certeza que ela está perto, sua buceta inchada em torno de mim. — Me foda, Hendrix, — ela sussurra, se apertando mais contra mim com tudo o que ela tem, envolvendo suas pernas em volta de mim. Eu tento silenciar meu gemido, mas a ouvir me implorar é demais. Eu sussurro para ela, esperando que minhas palavras não sejam audíveis fora das portas do quarto. — Eu adoro te comer, — eu digo. — Eu amo o jeito que sua buceta se aperta, a forma como você pega meu pau quando você está tão perto de gozar. Porque eu sei que você está perto, Addy. Eu pensei sobre você gozando sobre mim por sete anos! E ela goza. Ela goza e é tudo o que eu pensei que seria. Seu orgasmo provoca, seus músculos me ordenhando até a última gota e eu silencio seus gritos com a minha boca, engolindo seus gemidos. Depois disso, nenhum de nós fala. Não há mais nada a dizer. E, pela primeira vez em anos, eu durmo.
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Capítulo dezoito ADDY QUATRO ANOS E ONZE MESES ATRÁS — Addison! Aqui! Você vai assinar minha camiseta? Oh meu Deus, é realmente ela! — eu pego trechos das palavras da multidão que revestem a saída de trás do estádio. Eu aceno e sorrio, cercada por guarda-costas, mas consciente de todas as fotos que estão sendo tiradas. Eu estou usando óculos escuros gigantes que cobrem meus olhos avermelhados e os círculos escuros da noite passada. Eu gostaria de poder dizer que eu estava em uma festa, mas eu não estava. Eu estava na merda, me culpando por não dizer o que eu deveria ter dito a Hendrix, antes dele me deixar. E agora eu poderia não vê-lo novamente. Os pensamentos pipocam em minha cabeça e isso me faz parar. — Srta. Stone, — um dos guarda-costas diz, pegando meu braço. — Você está bem? — Sim, — eu assinto. — Eu só estou cansada do show. — Addison Stone, você está saindo com alguém? — alguém grita, provavelmente um repórter e eu viro na direção da voz. A multidão aplaude em resposta e então eu pego um vislumbre dele. Hendrix, ali, em pé, no meio da multidão, me dando aquele mesmo sorriso arrogante que ele sempre tem. Quando eu pisco, não é ele. É apenas alguém que lembra vagamente Hendrix. — Srta. Stone, você está bem? — o guarda-costas pergunta. — Nós realmente deveríamos estar levando você para o carro.
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— Sim. Sim, eu estou bem, — eu digo, entorpecida. — Claro. O carro... — Você quer parar para assinar alguma coisa para alguém? — ele pergunta. — Não, — eu balanço minha cabeça. — Não há nada aqui que eu quero ver.
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DIAS ATUAIS Eu acordo com a luz solar fluindo através das janelas do quarto, eu fecho meus olhos, puxando as cobertas sobre meu peito e acariciando mais fundo dentro de seu calor. Então eu percebo que a razão pela qual eu estou quente não são as cobertas, é Hendrix, seus braços estão em volta da minha cintura e seu rosto na parte de trás do meu pescoço. Medo aperta meu peito, enquanto eu fico ali ao lado dele, sem me mover. Merda. Eu dormi com Hendrix. Meu guarda-costas. Meu meio-irmão. Sob o teto dos meus pais. A cláusula de moralidade no meu contrato. Os pensamentos vêm correndo em minha cabeça, como uma metralhadora, um após o outro e com cada pensamento, eu tenho um crescente sentimento de pânico. Meu coração bate descontroladamente no meu peito, tão alto que eu o posso ouvir em meus ouvidos. Merda. O que eu fiz? O que eu fiz com Hendrix pisca na minha cabeça também. Exceto que essas são imagens, como assistir um filme passar. Hendrix com o rosto enterrado entre as minhas pernas. O pau de Hendrix em minha boca.
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Hendrix empurrando dentro de mim quando ele segurou minhas mãos sobre minha cabeça. Calor percorre meu corpo com o pensamento do que aconteceu entre nós e isso me faz sentir claustrofóbica. Hendrix murmura algo em seu sono e quando ele me puxa mais apertado contra ele, eu rompo com o braço e praticamente fujo para o banheiro. Salpico água no meu rosto, cheia de pânico. Eu tenho que convencer Hendrix a sair daqui antes que nossos pais nos peguem. Eu estou na pia, respirando profundamente, dentro e fora e contando em sete. Número da sorte é sete, eu me lembro. Eu conto até chegar a 777, antes que eu me acalme o suficiente para voltar. Hendrix está acordado e ele está sentado na beira da cama, com sua calça jeans. — Você pulou da cama como um morcego saindo do inferno, — diz ele em voz baixa. Ele olha para mim em tom acusador e eu acho que eu vejo decepção em seus olhos. — Eu tinha que fazer xixi, — eu minto. Eu não sei o que dizer. Eu não acho que estamos no cenário do dia seguinte. Não é suposto ser uma situação do dia seguinte, não com Hendrix. Ele não é para ser como um caso aleatório, no dia seguinte, esqueça que aconteceu alguma coisa, mas essa é a maneira como ele olha para mim agora. Eu acho que ele está olhando para mim com pesar em seus olhos e eu aperto meu queixo tentando dominar a minha decepção. — Você deve sair daqui antes que nossos pais ou alguém peguem você. Hendrix se levanta e eu engulo o caroço na minha garganta quando ele atravessa o quarto, e desliza o braço em volta da minha cintura. — Ou nós poderíamos simplesmente dizer 'foda-se' e fazer isso novamente. Eu quero dizer que sim. Eu quero jogar tudo de lado, todas as minhas preocupações sobre o que poderia acontecer. Eu quero fechar a porta e trancar o mundo exterior. Mas eu não digo isso. Eu não digo nada e Hendrix exala pesadamente e encolhe os ombros. — Sim, eu pensei tanto, ouça... Não é nada para ficar estressada sobre isso. Vou fugir daqui e ninguém vai me pegar. Não é um grande coisa. É como se nunca tivesse acontecido. — Hendrix, eu... — eu começo, mas ele já está na porta, a puxando para abrir uma fresta, e eu prendo a respiração quando eu o vejo enfiar a cabeça para fora, e depois desaparecer. Eu fecho a porta
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atrás dele e eu afundo de volta na cama quando a dúvida começa a rastejar em minha mente. É como se nunca tivesse acontecido.
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— Eu sei que você disse ao telefone que estava doente, — diz Grace, segurando uma sacola de supermercado. — Então eu trouxe sopa de frango e um filme e ei, você não parece tão doente. Oh meu Deus, você estava me dispensando? Merda. Porra. Eu olho para o corredor na direção do quarto de Hendrix e sua porta fechada. Assim que voltamos da casa de nossos pais após a viagem desajeitadamente longa e silenciosa até aqui, eu fingi uma dor de cabeça e fiquei escondida em meu quarto, apática enquanto navegava pela internet e lia artigos dos tabloides sobre meus amigos. Lixo, eu sei. Eu deveria falar com Hendrix sobre o que aconteceu. Mas o que eu digo? Ele parece estar bem, agindo como se nunca tivesse acontecido. — Eu não estava dispensando você, — eu minto. — Fomos à mamãe na última noite. — Oh, Deus, — Grace geme. — Eu tento ficar longe desse lugar tanto quanto possível. Não diga mais nada. Eu compreendo totalmente. — Estou cansada, — eu digo, pegando a bolsa dela enquanto ela pisa para dentro. — Onde está Brady? — Mama precisa de uma noite de paz, — disse ela. — Há uma exposição no museu de ciência que está aberto até tarde hoje e Roger esta o levando para ver. E eu pensei em vir e falar com uma não criança da vida real para novos ares. — Bem, eu não posso prometer que falar comigo será muito diferente de falar com Brady. — Você vai se jogar no chão e gritar incoerentemente porque eu cortei seus nuggets de frango em pedaços médios, em vez de permitir que você os tente engolir inteiros? — ela pergunta. Eu ri. — Na verdade, eu posso prometer que não vai acontecer. Mas só porque você trouxe sopa e não nuggets de frango. — eu tiro os ~ 130 ~
recipientes para fora do saco. — Ooh, tortilha de frango do meu restaurante mexicano favorito. — Eu sou a melhor irmã do mundo, — ela interrompe, sentando na banqueta em frente ao balcão da cozinha. — Você é, — eu concordo. Abro um dos armários e tiro duas tigelas, derramando a sopa dos recipientes para os pratos. — Onde está Hendrix? — ela pergunta e minha mão desliza. Sopa de galinha derrama sobre a borda de uma das taças. — Merda, — eu digo, lutando por uma toalha de papel para limpar tudo. — Eu não sei. Ele provavelmente está em seu quarto. Eu não o vi. Quero dizer, eu o vi ontem à noite. Na mãe. Apenas no jantar. Nada mais, no entanto. — eu posso sentir o calor no meu rosto enquanto eu divago, as minhas palavras me fazendo soar um tanto estúpida e cheio de culpa. — Você está falando de mim? — Hendrix entra na cozinha, parecendo tão sexy como quando eu acordei com ele na cama esta manhã. Só que agora ele está vestindo roupas, jeans e uma camiseta branca, que deve ser totalmente despretensiosa. Na realidade, ele o faz parecer mais quente do que um maldito modelo. — Ei, querido! — Grace corre para Hendrix e o abraça. Seu braço vai ao redor dela, ele olha para mim e faz minhas bochechas corarem. Eu finjo estar ocupada com as batatas fritas, abacate e queijo, abrindo as pequenas travessas para colocar no interior o conteúdo da sopa de tortilha. — Eu trouxe sopa. Eu pensei que Addison estava doente, mas acontece que ela estava mentindo. — Ah é? — Hendrix pergunta. — Ela me contou sobre vocês na mamãe na última noite. — Ela contou, não é? — Hendrix pergunta, e eu penso, cuspindo mesmo que não estou comendo qualquer coisa. Acho que vi Hendrix sorrindo e por algum motivo, o fato de que ele pode ser tão arrogante sobre o que aconteceu me deixa mais chateada. — Sim, eu teria uma dor de cabeça enorme se eu tivesse que lidar com nossa mãe por mais do que alguns minutos, — diz Grace. — É por isso que eu tenho que limitar meu tempo com ela. Você quer jantar e ver um filme com a gente? É um filme de menina, mas poderíamos assistir a um filme policial ou algo assim.
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— Hendrix provavelmente vai correr, certo? — eu pergunto. De jeito nenhum eu estou ficar sentada durante o jantar vendo um filme com Grace e Hendrix depois do que aconteceu entre ele e eu. Grace é a versão brilhante da irmã detetive em farejar segredos e a última coisa que eu preciso é seu faro no que aconteceu. — O quê? — Grace diz. — Oh, não faça isso. Largue a sua corrida e encha sua cara com a gente. Temos sopa. E batatas fritas e queijo, também. Eu mal vi você desde que você chegou aqui. E eu estou sem Brady. Roger o levou para o museu de ciência. Hendrix me dá um longo olhar. — Sim, eu vou correr, — diz ele. — Mas você não está nem mesmo vestido com roupas de corrida. — eu posso sentir os olhos de Grace em mim e eu me viro para jogar fora as toalhas de papel na minha mão, grata por uma desculpa para fazer qualquer outra coisa. — Não será por muito tempo, — diz Hendrix. — São apenas dezesseis quilômetros. — Apenas dezesseis quilômetros, — Grace zomba. — Tudo bem, vá ficar em forma ou o que seja. Nós vamos tomar sopa e assistir a filmes de menina. Eu finjo ser indiferente quando Hendrix volta para seu quarto, se troca e sai de casa para a sua corrida. Estou conversando com Grace, fofocando sobre coisas estúpidas, até que a porta fecha e Grace para no meio da frase e olha para mim com os olhos apertados. — Eu tenho algo em meus dentes? — eu pergunto. — Não, — ela diz. — Derrame os feijões. Sinto minha mão trêmula quando eu levo a minha colher para os meus lábios. — Eu não tenho ideia de que há feijões para derramar. — Besteira, — diz Grace. — Eu sou sua irmã. E vocês estão estranhos. — O que você está falando? — eu pergunto. — Hendrix está estranho. Ele se foi há cinco anos. Eu nem sei mais dele. Não há nada de estranho. Você é estranha. — eu paro abruptamente, consciente de que eu estou fazendo aquela coisa em que minha voz fica aguda e estridente. Totalmente um indicativo de culpa.
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Os olhos de Grace ficam largos quando ela olha para mim. — Meu Deus. — Não, não. Não há Oh meu Deus. Não há nada a respeito de Oh Meu Deus. — Sim, tem. — ela inala drasticamente, trazendo a mão à boca. — Você e Hendrix... — Não, não, não, — eu balanço minha cabeça. — Não há eu e Hendrix. — Há totalmente você e Hendrix! — ela aponta para mim. — Você está culpada. Eu posso ver em todo o seu rosto. Eu devia ter adivinhado. Vocês sempre eram próximos. — O quê? — eu chio. — Nós não éramos próximos. — Sim, vocês eram, você está mentindo, mentirosa, — diz ela. — Ou eu deveria te chamar de mentirosa suja? Eu pensei que vocês estavam fazendo isso quando você estava na escola, na verdade. Vocês não estavam? — Não! — eu grito. — Ontem à noite foi a primeira vez! — eu imediatamente cubro minha boca com a mão. Grace gargalha histericamente. — Você não pode esconder nada de mim, Addison Stone. Suja. Será que você fez a ciosa completa? Boquete? Mão? Um pouco de ação sob a camisa? — Oh meu Deus, eu não vou dizer nada. Isto é muito, muito desconfortável. — Então, foi tudo, certo? — ela pergunta. Eu lanço um travesseiro para ela e ela desmaia de tanto rir, depois para abruptamente. — Foi bom? — Você não vai comentar sobre o fato de que estamos, eu não sei, falando de Hendrix aqui? — eu pergunto, minha voz se tornando mais e mais estridente a cada segundo. — Estamos falando de Hendrix, — diz ela, bufando. — E eu posso dizer pelas suas respostas evasivas que isso foi muito bom. — O quê? Minhas respostas evasivas não significam nada. Grace ergue as sobrancelhas. — Então foi ruim? — ela pergunta. — Estou chocada. Tinha rumores dele na escola de que era ~ 133 ~
bastante prostituto e eu suponho que não mudou. Quero dizer, você viu ele agora? Ele está completamente bombado. Ele está ficando mais gostoso ao longo dos anos. — Você não tem um marido? Grace vira a cabeça para o lado. — Eu estou falando objetivamente, não porque eu, pessoalmente, o ache atraente. É uma declaração dos fatos. Hendrix é gostoso. E você transou com ele. — Por favor, pare de dizer isso, — eu gemo. — Isto pede vinho, — diz Grace, se levantando e indo para a cozinha. Me sento no sofá, derretendo em uma poça de humilhação enquanto ela retorna com copos e uma garrafa. Eu vejo quando ela prontamente derrama uma grande quantidade de vinho em meu copo. — Grace, isso é quase metade da garrafa. — Eu sei, — diz ela. — E eu estou derramando a outra metade neste copo. Eu acho que essa situação exige uma meia garrafa de vinho para cada uma, não é? Eu tomo um grande gole da minha enorme taça de vidro. — Eu não sei o que aconteceu, Grace. — Você fodeu Hendrix, — diz ela. — Vamos começar com isso. — Ele é nosso irmão... Grace. — eu me sinto mal até mesmo em falar a palavra. — Não seja uma idiota total, — diz ela. — Ele é o nosso meioirmão. Nós não temos o mesmo sangue e ponto. — Ele se mudou quando eu era uma aluna do colegial. — E daí? — ela pergunta. — Não é como se nós tivéssemos crescido juntos. Nós não temos parentesco, Addison. Sério. É com isso que você está tensa? — Você não vê nada de errado com isso? — Moralmente ou algo assim? enrugada. — Não, claro que não.
— ela pergunta,
a testa
— É uma sensação estranha. — É estranho porque é Hendrix e você sempre foi de cabeça sobre ele o que diz respeito ao amor. — Grace toma um gole de vinho,
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parecendo presunçosa pra caralho no sofá na minha frente. — Oh, feche a boca, Addison. Não fique tão surpresa. Claro que eu sei que você o amava. Você nunca foi difícil de ler, você sabe. A questão é se você o ama agora.
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Capítulo dezenove HENDRIX QUATRO ANOS E NOVE MESES ATRÁS Eu estou em formação com os outros recrutas de minha equipe, no meio da formatura e do desfile no Marine Corps Recruit Depot21, ouvindo o Hino dos Fuzileiros. É difícil não inchar com orgulho neste momento quando eu estou a ponto de ser um fuzileiro naval. Quanto uma pessoa pode mudar em treze semanas? Tenho certeza de que meu pai não iria me reconhecer com o meu cabelo cortado, ao invés do cabelo tingido e sem brincos agora. Eu ganhei uns catorze quilos, fiquei mais forte. Eu também comecei a ter mais certeza das coisas. Exceto deixar Addy para trás em Nashville. Eu não estou tão certo sobre tudo. Eu examino os rostos da multidão sentada na arquibancada, amigos e familiares vestindo calções e vestidos de verão na luz do sol de San Diego, observando a cerimônia final, aonde vamos finalmente ser chamados de fuzileiros navais e não recrutas. A maioria tem família aqui. Eu meio que esperava que o Coronel insistisse em assistir, só assim ele poderia por o seu uniforme e exibir na frente dos Fuzileiros aqui, olhar para eles e os chamar de braço direito da Marinha. Mas ele escolheu não vir e não enfeitar o resto de nós com a sua presença, ao invés disso, me mandou uma carta há algumas semanas. Um evento enorme de Addy era sua desculpa. Fico feliz que ele não está aqui. Mas eu ainda me pego procurando o rosto de Addy no meio da multidão. 21Marine
Corps Recruit Depot: San Diego é uma unidade dos Marines Corps, uma instalação militar em San Diego, Califórnia. ~ 136 ~
Mais tarde, eu digo a mim mesmo que eu a deveria a deixar para trás. Estou sendo enviado para o dever em Okinawa. Se 13 mil quilômetros de oceano entre nós não me ajudar a esquecê-la, então eu estou totalmente fodido.
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DIAS ATUAIS Eu digo que eu estou indo correr dezesseis quilômetros, mas eu acabo correndo vinte quilômetros, mantendo meu ritmo longo e lento. Eu vou tirar essa maldita garota da minha mente. Esta manhã foi fodido, completamente. Foi a coisa mais fodida em um longo tempo. Era exatamente o oposto de ontem à noite. A noite passada foi tudo o que deveria ser, estar com Addy depois de anos pensando nela. Eu ainda posso sentir o cheiro dela. Eu ainda posso sentir o gosto dela em meus lábios. Parte de mim pensava que a ter iria finalmente matar minha sede por ela. Eu pensei que iria querer menos ela. É assim que tem sido com qualquer outra garota e tem havido muitas meninas. Eu tento dizer a mim mesmo que Addy não é diferente de qualquer outra garota. Só que eu não sou estúpido o suficiente para acreditar que é a verdade. A verdade é que ela não deveria estar com alguém como eu e nós dois sabemos disso. Vai arruinar sua vida, destruir sua carreira. E eu não sou bom para ela, tão danificado como sou. Quando eu volto, Grace se foi e Addy está esparramada no sofá, polindo o vidro do que se parece com uma garrafa de vinho. — Você está de volta, — diz ela sem entusiasmo e isso me coloca imediatamente no caminho errado. Eu me pergunto se ela e Grace tiveram um batepapo sobre o que aconteceu e eu estou de repente na defensiva. — Desculpe desapontar. Addy senta no sofá, seu telefone em sua mão, seu dedo na tela percorrendo qualquer merda que ela está olhando. Estou chateado que ela não o larga, dado o fato de que nós não dissemos mais do que um punhado de palavras um ao outro desde que isso aconteceu e eu considero tirar o telefone da mão dela e o jogar sobre a varanda. Mas eu
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não faço. Em vez disso, eu silenciosamente me felicito da minha contenção estelar. — Você quer falar sobre o que aconteceu? — eu pergunto. Minha voz tem uma vantagem a ela. Addy olha para seu telefone, obviamente considerando mensagens, ou mídia social, mais importantes do que olhar para a última pessoa que ela fodeu. Ela encolhe os ombros. — Não, na verdade, — diz ela, sua voz plana. — É como você disse. Isso nunca aconteceu. Eu quero gritar com ela, agarrá-la pelos braços e a sacudir, lhe dizer que não é o que eu quis dizer esta manhã. Em vez disso, eu digo — Ótimo. Isso nunca aconteceu. — Feito, — diz ela, sem olhar para cima. — Acabou. — eu ando pela sala de estar e pelo corredor, irritado com aquela garota. Eu bato a porta do quarto com ignorância. A conversa acabou.
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Estamos em uma maldita briga estúpida, mais do que nunca. Addy e eu estamos há uma semana sem falar um com o outro, evitando contato com os olhos em todos os eventos possíveis e entrevistas que a acompanho: um evento de caridade, no estúdio de gravação em dias seguidos, onde eu não espero por ela. Em vez disso, eu a deixo e a busco quando ela termina, uma vez que não há nenhuma ameaça de segurança atual. Eu sou uma babá glorificada, só que muito menos glorificada. Então, quando Addy sai de seu quarto vestindo o mais ínfimo dos vestidos minúsculos que mau cobre sua bunda e com saltos dourados que fazem suas pernas terem um quilômetro de comprimento, eu quase caio. — Onde diabos você está indo? — Saindo, — diz ela. — É aniversário da minha amiga, Sapphire. — Vestida assim, — eu digo sem rodeios.
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— Sim, vestida assim, bem assim, — diz ela. — É apenas uma festa de aniversário. — Não gosto disso, você não vai, — eu digo, metade sob a minha respiração. Eu não estou ciente que ela ainda me ouve até que ela visivelmente para, respondendo com um tom duro. — Você tem alguma objeção ao que eu estou vestindo? Eu inspiro profundamente, tentando manter minha compostura, mas eu mal posso me conter quando se trata de Addy. Eu tenho tentado ser razoável, tentando não me comportar como um lunático sedento por sexo ao seu redor, mas é impossível, especialmente quando ela sai pela porta do quarto parecendo... bem, assim. Eu estou perto dela, a respirando profundamente. — Você poderia muito bem estar nua, — eu digo, minha voz gravemente. Sua mandíbula aperta. — Você não tem nenhuma palavra a dizer sobre o que eu uso ou não uso, — diz ela. — Eu vou sair em sutiãs e calcinhas se eu quiser. E eu vou sair com meus amigos. — Que amigos? — a única razão pela qual ela está saindo com seus amigos é para me irritar. Vestida assim, está totalmente funcionando. Estou dividido entre a vontade de estrangulá-la e querer levantar a borda da saia que ela está usando e a levar sobre o meu joelho. As imagem piscam na minha cabeça, ela inclinada sobre a minha perna, sua bunda no ar, e eu juro que meu pau vira pedra dura ali mesmo. — Os amigos que eu fui impedida de ver, com a sua arrogante postura e pendurado em torno de mim o tempo todo. — Porque seus amigos são tão impressionantes e cuidam de você tão bem, — eu digo. Ela inclina a cabeça para olhar para mim, apertando a mandíbula do jeito que ela faz e joga uma mecha de cabelo loiro por cima do ombro. — Bem, você fez um excelente trabalho cuidando de mim. — Eu estive cuidando de você todos os dias, — eu digo, a ignorando cavar sobre o que aconteceu entre nós dois. Tudo o que posso pensar é o fato de que ela está em pé na minha frente, vestida como ela está e que eu quero rasgar essas malditas roupas dela. O que eu não quero fazer é a seguir como um cachorrinho a porra da noite toda enquanto eles se atiram para ela.
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Essa é a porra da definição de uma situação de alto risco, porque eu vou ter que colocar meus punhos no primeiro cara que colocar um dedo nela. Gerenciamento de raiva que se dane. — É o aniversário de Sapphire. E você não é realmente o meu chefe, você sabe, — diz ela. Eu sinto seu perfume, jasmim e qualquer outra coisa floral e eu quero beber seu perfume. Eu tenho que me lembrar a pirralha total e completa que ela está sendo. Eu não tenho que me lembrar por muito tempo, como se vê, porque ela abre a boca novamente. — Você é meu guarda-costas. É isso. Você trabalha para mim, e não o contrário. Ela diz a palavra guarda-costas com desdém, como se ela fosse melhor do que eu de alguma forma, e raiva surge através de mim. E então eu acho que vejo o lampejo de algo mais em seu rosto, arrependimento? E por um segundo, eu quero agarrá-la e a puxar para mim, e lhe dizer para parar de foder tudo e me beijar, porque tudo o que ela acabou de dizer é besteira total. Mas porra, eu tenho meu orgulho. — Você está sendo uma total— Cadela? — Addy interrompe. — Você disse isso, não eu. A mandíbula de Addy aperta e ela olha para mim, a raiva piscando em seus olhos. — Não se preocupe, guarda-costas, — diz ela, a palavra pesada em sua língua. — Vou me comportar de forma completamente profissional com você de agora em diante. — Tudo bem, — eu digo, afetando um sotaque britânico. — Onde a senhora estará esta noite? — Eu não gosto de você, — diz ela, pegando sua bolsa. Ela está mentindo. Eu sei que ela está. E toda essa briga é besteira. Não é real. Mas também sei que é mais fácil para todos se nós fingirmos. É mais fácil se nós odiarmos um ao outro. É o melhor. — Eu não gosto de você, garota Addy, — eu digo, a seguindo para fora da porta. Seus quadris balançam quando ela anda em seus saltos altos demais e quando ela joga o cabelo sobre o ombro de novo, eu tenho que cerrar os punhos em meus lados para não os agarrar e a puxar para mim. Eu não estou mentindo quando eu digo que eu não gosto dela. Subindo o elevador com ela quando ela olha para o lado, incisivamente me ignorando, eu o percebo com crescente certeza. Eu ~ 140 ~
definitivamente nĂŁo gosto dela. Gostar ĂŠ a palavra errada para usar quando se trata de Addy.
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Capítulo vinte ADDY QUATRO ANOS E OITO MESES ATRÁS — Me deixe ver, — diz Grace, agarrando meu diário. — Vamos, Addison. — De jeito nenhum. — eu aperto o notebook firmemente em uma mão, a golpeando com a outra. — É privado. — Tudo bem, — diz ela. — Eu sempre posso adivinhar seus segredos de qualquer maneira. É sobre um menino? Eu exalo fortemente. — Não, claro que não. Graça franze o nariz. — Você não está interessada em qualquer um? E aquele cantor, o que você fez a turnê? Não o cara mais velho. O outro, o Nick, aquele da sua idade? — Nick? — eu pergunto. — Ele é gay. — Ele é? — Ele não saiu do armário ainda, mas sim. — Você é chata, — diz Grace, farejando. — Você já ouviu de Hendrix? — Não. Por que eu iria ouvir? — minha voz trava na minha garganta. Eu não tenho notícias dele há meses. Eu não sei onde ele está agora. Ele se formou no Corpo de Fuzileiros no mês passado e eu não fui. Ninguém foi, nem mesmo seu próprio pai. Tivemos um evento, um grande evento que eu tinha que ir como parte de meu contrato. O evento foi a desculpa do pai de Hendrix, mas eu acho que, realmente, o Coronel simplesmente não queria ir. Eu não tenho certeza se seu pai estava decepcionado com Hendrix por se juntar ~ 142 ~
aos fuzileiros navais, ou secretamente intimidado pelo fato de que ele se juntou e realmente completou o treinamento. Acho que ele esperava que Hendrix batesse na porta da frente depois de algumas semanas em treinamento, porque ele tinha caído fora ou sido expulso. Acho que isso é o que eu esperava, também. Isso é o que eu esperava. E então cada semana se passou e isso não aconteceu. — Eu não sei, Addison, — diz Grace. — Vocês são como BFFs 22. Eu percebi que você tinha notícias dele. Ele terminou o treinamento? — Eu não tenho ideia, — eu digo, encolhendo os ombros. Agindo como se não fosse grande coisa. — O que quer dizer, nós somos BFFs? Nós dificilmente conversamos. Grace dobra a cabeça para o lado e me estuda com cuidado. — Addison Stone, você e Hendrix são os melhores amigos, você admitindo ou não. Eu rolo meus olhos. — Esta é uma conversa velha. Por que não falamos de algo mais interessante. Como a sua vida amorosa, por exemplo? Grace cora e eu imediatamente me sento — Por que você está corando? — eu pergunto. — Você conheceu alguém. — Não, ele não é ninguém. Ele realmente... não é meu tipo. — Como assim, ele é normal? — Porra, Addison, — diz ela. Mas ela está sorrindo. Pensando sobre isso, eu a vi sorrindo muito mais do que o habitual ultimamente. — Eu não quero falar sobre isso, — diz ela. — Ele não vai a lugar nenhum. Estamos apenas transando. De qualquer forma, o que você está escrevendo em seu diário? — Músicas. — Ooh, me mostre, — diz ela. — Você nunca canta para mim. — Uma vez que o estúdio está escrevendo toda a minha música agora, — eu digo, encolhendo os ombros. — Não é tão divertido mais. É mais como um trabalho, então é meio que uma distração agora. De qualquer forma, não é nada. 22
BFF: Best Friends Forever ou melhores amigas ou amigos para sempre. ~ 143 ~
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DIAS ATUAIS — Finalmente! — Sapphire grita na minha cara. — Eu não achei que você iria nos agraciar com sua presença, nem mesmo para o meu aniversário, desde que você se tornou uma reclusa completa e foi se esconder! — ela agarra meus ombros e me beija em cada bochecha, duas vezes, seu beijo no ar extra pretensioso, antes dela pegar a minha mão e me levar para o clube. A música é irritantemente alta e envia vibrações através do piso, que parece estar viajando através do meu corpo. O clube está lotado e Hendrix está atrás de mim, à mão na parte inferior das minhas costas enquanto ele me guia através da multidão. Seu toque faz a mesma coisa comigo desde sempre, envia um arrepio de excitação correndo por mim, e eu imediatamente penso o que senti quando ele passou as mãos sobre meu corpo nu. Parte de mim quer apenas parar, aqui, e girar em torno de seus braços. Alguém fica muito perto de mim e Hendrix coloca o antebraço para cima para me proteger. Eu quero dizer à Hendrix que eu sinto muito pela manhã depois daquele dia. E toda a semana. E por ser uma cadela completa. Eu quis lhe dizer isso uma centena de vezes esta semana. Eu ainda quase bati em sua porta uma vez, mas parei meu punho congelado no meio do ar, incapaz de seguir adiante. A parte inteligente de mim sabe que o que aconteceu entre eu e Hendrix foi estúpido. Assim como esta noite, sair para um clube com meus velhos amigos. Talvez parte de mim quer conseguir uma reação de Hendrix. Eu não posso continuar com ele da forma como tem sido, o silêncio entre nós, o nosso próprio jogo privado de guerra fria entre duas pessoas. Eu quero que aconteça alguma coisa, mesmo que seja uma maldita explosão, fogos de artifício, uma luta que vai ser nuclear. Assim que Sapphire me beija no ar, eu me lembro do quão estranho foi para eu sair com eles antes, enquanto eles festejavam e eu fui apedrejada, enquanto eles agiam como malditos pretensiosos. Por que eu costumava pensar que isso era divertido, afinal? Relaxo ao redor em uma poltrona, amarrada aqui em uma área VIP, em minha
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maquiagem e vestido curto, enquanto meus amigos riem e as pessoas na multidão tiram fotos que vai acabar na capa de um tabloide? É arriscado. Nós não estamos aqui nem por dez minutos antes de Hendrix se inclinar e gritar no meu ouvido. — Você está pronta para sair daqui? — ele pergunta. — Você fez uma aparição. Você precisa sair daqui antes que qualquer coisa saia do controle. Sapphire se inclina e grita em meu ouvido. — Seu guarda-costas é muito super-protetor, — diz ela. — Você precisa relaxar, se divertir um pouco. Além disso, há alguém aqui que quer dizer oi para você. Jared. Ele está cercado por dois de seus amigos otários, um de cada lado e meu coração afunda na minha garganta quando eu olho para ele. Ele anda diretamente em minha direção, mas Hendrix para entre nós. — Calma, garotão, — diz Sapphire, fazendo um som alto. Eu poderia socá-la agora. Inferno, eu poderia bater em Jared agora. — Chame o seu cão de ataque, Addison, — diz Jared. — Eu só quero desejar um feliz aniversário à Sapphire. — Hendrix, — eu digo, minha voz firme. Hendrix não se move e eu fico em pé, o empurrando para o lado. — Eu posso lidar com isso sozinha, — eu digo, irritada que ele pensa sobre mim como uma garota incapaz, que ele tem que proteger de absolutamente tudo na vida. Hendrix se inclina para perto de mim, sua mão roçando o lado da minha cintura e isso envia um arrepio pela minha espinha. — Ele não toca em você, — ele me diz, seu tom de aviso. — Ele coloca um dedo em você e ele está morto. — Você está ameaçando matar os meus ex-namorados, Hendrix? — eu pergunto. Eu não posso dizer se minhas palavras se perdem no na música do clube e acho que meus amigos estão olhando para nós, mas eu não me importo. Eu estava sentada lá, me sentindo mal sobre quão imaturamente eu me comportei, pensando em pedir desculpas e depois Hendrix vai e diz algo assim. — Seu guarda-costas não sabe o seu lugar, Addison, — diz Jared. — Você pode querer colocá-lo de volta em seu canil. Hendrix vira e agarra Jared pelo braço, o puxando para fora da área VIP. Os amigos de Jared estão em Hendrix imediatamente, mas ele
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dá de ombros, como se eles não fossem nada, jogando Jared para a multidão. — Eu vou ao banheiro, — eu digo, empurrando meu caminho por eles. — E eu não preciso de uma escolta fodida. Eu faço o meu caminho através dos corpos de pessoas no clube, minha mão sobre a testa protegendo meu rosto e respiro um suspiro de alívio quando eu chego ao banheiro sem que ninguém me reconheça. Por dentro, eu expiro profundamente, me inclinando contra a parede e fechando os olhos. — Oh. Meu. Deus. Você é Addison Stone? — a menina olha para cima do balcão. Ela se tropeça para mim, meio bêbada, com os olhos vidrados. — Eu adoro você. Você é tão quente. Pode fazer uma selfie comigo? — ela não espera por uma resposta, apenas se inclina para perto de mim e tenta tirar uma foto, mas eu saio do caminho. — Desculpe, — eu digo. Eu não posso imaginar a confusão que resultaria de um selfie no banheiro com esta menina, obviamente, louca de drogas, quando for enviada para as redes sociais. Eu só quero dar o fora daqui. Quando a porta do banheiro se abre, estou aliviada. Mas apenas momentaneamente, uma vez que é Jared. — Addison, — diz ele. — Alguém disse que ele é seu irmão. É a porra de seu irmão lá fora? Ele é um idiota. Eu rolo meus olhos. Não isso agora. — Banheiro feminino, Jared? Oh, isso é certo, é o seu lugar favorito para conseguir alguma coisa. Não de mim, no entanto, obrigada, de qualquer maneira. — Claro que não, — diz ele, olhando para a drogada que está nos observando com interesse. — Papai e mamãe, chato pra caralho Addison, recebendo isso em um banheiro? — Vá se foder, Jared, — eu digo, pisando em torno dele, mas ele agarra meu pulso e eu empurro para afastá-lo. — Eu vim aqui para falar com você, Addison. — Não tenho nada a dizer para você. Jared se volta para a menina que está de pé silenciosamente pelos cantos. — Normalmente eu iria deixar você chupar meu pau, querida, mas você pode dar o fora daqui. — ela olha estupidamente para ele, e ele fala mais alto. — Suma.
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— Idiota, — ela murmura, tropeçando bêbada para fora do banheiro. — Eu não vou ficar também, Jared, — eu digo, mas ele está na minha frente, no meu espaço, com a mão ainda no meu pulso e ele caminha lentamente para frente, me apoiando em direção à parede. Meu coração trava na minha garganta. — Saia. Agora. — Hendrix está abrindo a porta, agarrando Jared pela parte de trás de sua camisa. Ele o bate contra a parede. — Hendrix! Não! Por favor! O rosto de Hendrix se contorce de raiva. — Eu pensei ter te dito para dar o fora deste clube, — diz ele. — Saia, Jared, — eu digo. Estou apavorada e eu quero que Jared saia e não tenho qualquer simpatia por ele. Estou preocupada com Hendrix. Estou preocupada que Hendrix vá fazer algo que vai deixá-lo em apuros. — Que guarda-costas bom que você tem aqui, Addison, — diz ele, levantando as mãos em sinal de rendição simulada. — Nós estávamos apenas conversando um pouco sobre como ela gosta de trepar em banheiros públicos. Hendrix lhe dá um soco em sua mandíbula, o golpe súbito e feroz, e Jared desliza para baixo na parede no chão com a cabeça baixa. — Hendrix! — eu grito. — Você o acabou de matar? Por favor, me diga que você não o matou. Temos de verificar seu pulso ou algo assim. — mas Hendrix tem a sua mão no meu braço, e ele me leva sem palavras, me guiando para fora do banheiro. Sapphire está do lado de fora do banheiro e Hendrix grita com ela. — Seu amigo está desmaiado no chão, — diz ele. — Você deveria ir buscá-lo. — Addy, — ela chama atrás de mim, mas Hendrix já está me guiando pela saída de trás do clube. — Você está andando rápido demais. — eu mal posso me manter em meus saltos altos e eu tropeço. Antes de perceber o que está acontecendo, Hendrix me agarra e me joga por cima do ombro. — Agora você não tem que caminhar.
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— Hendrix, pare de ser tão idiota. Me coloque no chão. Minha bunda está aparecendo em todos os lugares. Ele cobre a minha bunda com a mão. — Não. Agora não está. — Estou falando sério, Hendrix, — eu grito, lhe batendo nas costas. — Se você não me colocar no chão, eu vou gritar pra caralho. Ele não disse nada, apenas caminha de volta para o carro e me coloca no chão, com força. — Aí está, — diz ele. — Feliz agora? — Eu não precisava de sua ajuda lá, — eu digo. — Eu não preciso de você para tudo. Eu não preciso de um— Fuzileiro? — pergunta ele, cruzando os braços sobre o peito. Ele sorri para mim, e eu quero bater nele bem em seu rosto. Sua cara muito sexy, muito esculpida. — Sim, — eu digo, perturbada pelo fato de que seus olhos estão em mim, mas eu não quero que ele pare de olhar para mim do jeito que ele faz. Eu escovo meu cabelo longe do meu rosto. — Eu não preciso de você sendo assim com eles. Eu não preciso de você para me salvar. — Eu poderia ter me enganado, — diz ele. — Parecia que você precisava ser resgatada no minuto que você saiu de sua porta vestida assim esta noite. — O que há de errado com isso? — eu pergunto. — Eu vou usar o que eu quiser. — Você poderia muito bem estar nua, — diz ele, assim como ele fez antes. Ele se inclina para frente, com as mãos no teto do carro em cima de mim, e eu inalo bruscamente com a forma como ele está perto de mim. E a maneira como ele diz nua, como se isso fosse exatamente o que ele quer. Eu não posso tirar meus olhos de seus lábios. Eu os quero sentir contra mim. — Eu preferiria que você estivesse nua. Eu levanto minhas sobrancelhas, meu coração batendo alto no meu peito. — Eu pensei que você não aprovava esse vestido. Hendrix se inclina para frente, sua boca perto do meu ouvido. Ele passa a mão lentamente até a minha coxa. — Eu disse que eu preferiria que você estivesse nua. Mas eu aprovo o vestido, — diz ele. — Só porque eu sei que você usou para me deixar puto. — Eu usei isso para mim, — eu minto. — Você está iludido.
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Ele não tira os olhos de mim quando ele chega entre as minhas pernas. E eu não o impeço. — Você está usando calcinha, o que é lamentável, — observa ele. — Mas você está molhada. Basta admitir que esta noite foi toda sobre conseguir arrancar uma reação em mim, Addison. Eu dou de ombros, tentando ser indiferente quando meu coração está prestes a pular do meu maldito peito. — Ok, que seja. Entre no carro, — ele ordena, sua voz rouca. Eu fico lá estupidamente por um momento, uma confusão quente de desejo e da necessidade que ultrapassa a minha capacidade de até mesmo formar um pensamento racional, e, em seguida, Hendrix puxa para longe de mim e abre a porta do carro, me conduzindo para dentro. Na volta para casa, ele fica em silêncio e me pergunto por um momento se o que aconteceu entre nós realmente aconteceu, ou se é apenas uma invenção da minha imaginação, algum tipo de ilusão da noite tardia. Mas assim que nós pisamos dentro do apartamento, Hendrix me pega por meus braços e me pressiona contra a parede, a mão correndo para cima da minha coxa. — Admita, — Hendrix diz suavemente. — É tudo sobre você, Hendrix, — eu digo sarcasticamente. Mas isso é realmente a verdade. É tudo sobre ele, não é? — É tudo sobre mim, garota Addy, — diz ele. — É tudo sobre eu e você. Sempre foi.
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Capítulo vinte e um HENDRIX TRÊS ANOS ATRÁS Se eu pensei que poderia me afastar de Addy, que treze mil quilômetros seriam suficientes para colocar uma distância emocional entre nós, eu estava mais do que errado, porra. — Você é um idiota, Hendrix Cole. — a loira grita para mim, sua voz estridente quando ela coloca uma perna e depois outra de volta em suas calças. — Você sabia disso quando você me conheceu. — eu abri minha boca para dizer o nome dela, mas percebo que eu não lembro. Estou enojado com ela; na luz da manhã ela já não se parece com a pessoa que eu pensei que ela tinha uma semelhança mais-do-que-notável na última noite no bar, com seu longo cabelo loiro e olhos azuis. — Oh, e obrigada por nada! — ela grita. — Nem sequer o lendário Cannon Cole pôde levantar, porra! Quando ela sai, a porta da frente bate com força atrás dela, eu rolo de volta na cama, pensando em Addy. Sempre Addy. Eu estou do outro lado do mundo e tudo o que posso pensar é Addy. Seu rosto está forjado em meu cérebro. É por isso que eu não poderia transar com a loira que acabou de fugir da minha casa. A loira não era Addy. Quando eu não consigo voltar a dormir, eu me sento na cama com um bloco de notas, escrevendo uma carta para Addy que eu nunca vou enviar, aquela que diz a ela como eu não posso tirá-la da minha cabeça, que lhe diz como eu não posso continuar sem ela. Eu escrevo que o que eu acho que gostaria de enviar. Mas eu sou um maldito covarde. Sou do Corpo de Fuzileiros dos Estados
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Unidos. Completei cinquenta e quatro horas da mais difícil formação na terra. E Addy ainda é a maldita coisa que me traz de joelhos.
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DIAS ATUAIS Eu me afasto dela, porque eu não consigo pensar direito quando estou tão perto dela. Eu cheguei perigosamente perto de dizer a ela que seu ato rebelde com raiva é apenas isso, um ato. Cheguei perto para lhe dizer que eu sei que ela sente o mesmo que eu sinto por ela. E como me sinto sobre ela. Estou chateado com seus jogos imaturos. Quem joga jogos estúpidos assim, afinal? Do outro quarto, Addy grita em voz alta. Talvez eu não seja tão maduro de qualquer maneira. Ela explode em meu quarto. — Alguém entrou no apartamento e levou todas as minhas roupas! Eu fico lá, esperando que ela coloque dois e dois juntos, quando ela vê meu rosto não tão chocado. — Você? — ela grita. — Hendrix, isso não é engraçado. Vá e devolva agora. As coloque de volta. — Você está me dando ordens como seu empregado? — eu pergunto. Eu sou um imbecil insignificante. Eu nunca fingi ser maduro e autoconsciente. Suas narinas se abrem. Santo inferno, eu nunca vi suas narinas assim antes. Ela é adorável quando ela está com raiva, ali em pé, naquele pequeno vestido que mal cobre seu traseiro. Pena que ela não tem mais nada para vestir. — Hendrix fodido Cole, — diz ela. — Não tenho nada mais além de sutiãs e calcinhas. Onde estão as minhas roupas? Eu dou de ombros. — Você disse que estava perfeitamente confortável vestindo sutiãs e calcinhas.
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Seus olhos se estreitam. — Você sabe o que eu quis dizer, — diz ela. — Eu estava fazendo um ponto. Cruzando os braços sobre o peito, eu não posso deixar de sorrir. — Eu também. — Seu ponto está feito, — diz ela. — Você é um imaturo, idiota arrogante e eu sei disso agora. Caso encerrado. Entendido. Agora devolva a minha roupa. — Nah, — eu digo, balançando a cabeça. — Eu não acho que você entendeu o ponto. Então eu acho que não vou te devolver. — Você quer que eu vista apenas sutiãs e calcinhas? Você conseguiu. — ela pega a bainha de seu vestido e o puxa sobre a cabeça, o jogando no chão. — Bem, merda, garota Addy, — eu digo, admirando a forma como os seus seios quase derramam para fora de seu sutiã. — Se eu soubesse que era tão fácil de tirá-la de suas roupas, eu teria as pego mais cedo. — Você é um idiota total, — diz ela, com a mão em seu quadril. É honestamente difícil ouvir o que ela está dizendo quando ela está vestindo um sutiã e calcinha fio dental. E saltos. — Você não é nenhum pêssego, também, docinho. — meu pau pressiona contra meu jeans e eu me pergunto se ela ainda está molhada do jeito que ela estava quando cheguei entre as pernas dela mais cedo. — Então você me quer desfilando aqui desse jeito o tempo todo? — ela pergunta. Sua respiração vem curta, seu peito subindo. Eu ando em direção a ela, perto e ela inclina o queixo para cima em minha direção. — Eu amaria ver você desfilando por aqui o tempo todo vestida assim, porra. — Claro que sim, — diz ela. — Você é um homem das cavernas total. — Se eu fosse um homem das cavernas total, — eu digo, deslizando minha mão para o lado de sua cintura até eu chegar ao topo da sua calcinha, — eu rasgaria estas calcinhas de você. Addy levanta as sobrancelhas, com a cabeça inclinada para cima em minha direção. — Eu acho que você não é, afinal de contas.
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Eu ouço isso como um desafio. Então eu rasgo a porra da calcinha e ela olha para mim com uma mistura de diversão e irritação que me deixa mais duro. — Seria um erro supor que eu sou nada, além disso. — Assim que você saiu de lá, dizendo às mulheres o que fazer? Mandando ao seu redor? Rasgando suas calcinhas? — ela age como se estivesse chateada com isso, mas a maneira como o lábio inferior dela abre e ela inala acentuadamente me diz que isso a pegou. Deslizando minha mão ao redor das suas costas, eu a moldo contra mim, minha dureza pressionando contra ela e toco a bochecha de sua bunda com a minha mão. Falo baixo contra seu ouvido. — Eu mando em você, Addy, — eu digo. — Você especificamente. Ninguém mais. — Você não consegue me dizer o que fazer, — diz ela. Sua voz quebra e ela deixa escapar um pequeno gemido que trai suas palavras. Eu trago minha mão com força na bochecha da bunda dela e ela pula, os olhos arregalados de surpresa. — Diga que me quer. — Não, — ela se encaixa, com a voz entrecortada. — Eu não vou dizer qualquer coisa do tipo. Você foi o único que disse que deveríamos esquecer o que aconteceu. Eu bato duro na sua bunda de novo, a vibração reverberando contra meu pau, pressionado contra ela e desta vez ela se encolhe, mas passa a língua sobre seu lábio inferior. Eu quero morder o lábio inferior dela. — Você esqueceu, Addy? Ela aperta acontecido.
sua
mandíbula. —
É
como
se
nunca
tivesse
Eu estapeio a bunda dela novamente. — Mentirosa. — Suas palavras, não minhas, Hendrix. — Eu não quis dizer isso dessa maneira, — eu digo, apertando a carne de sua bunda. — Você está dizendo que você tem pensado sobre isso? — Me diga que você me quer, — eu digo. — Diga as palavras. Eu as quero ouvir.
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— Você primeiro, — diz ela. Acho que ela está sendo obstinada, mas ela pisca e eu percebo que ela está apavorada. Ela não quer dizer que eu sei que ela sente. Eu me estico e abro o seu sutiã e o deixo cair no chão. — Addy Stone, — eu digo, arrastando meus dedos lentamente através das partes superiores de seus seios, meus olhos nunca deixando os dela, embora eu desesperadamente quero assistir seus mamilos endurecer da maneira que eu sei que eles ficam, — Eu queria você desde... que eu tinha dezesseis anos de merda... Ela não diz nada e eu trilho os dedos para baixo de seu abdômen tenso, então mais para baixo entre as pernas e ela deixa escapar um gemido suave. — Hendrix... — Eu não acabei, — eu digo, meus dedos a acariciando lentamente, metodicamente. — Não há um dia que tem passado desde que eu tinha dezesseis anos, que eu não penso em você, que eu não queria você mais do que eu podia respirar. Agora você vai engolir seu orgulho maldito e me dizer o quanto você já fantasiou a semana toda, sentindo meu pau dentro de você. Sua respiração está mais rápida agora quando eu a acaricio, e eu a vejo brincar com a ideia de não me dizer. Ela ainda está irritada com suas roupas. — Eu quero você, — diz ela, a voz entrecortada. Ela lambe os lábios, e eu faço o que eu tenho morrido por fazer. Eu trago minha boca sobre a dela, a beijando com tal ferocidade que eu acho que a poderia machucar. Mas ela geme alto em minha boca, me incentivando. Quando eu tomo uma respiração, ela puxa descontroladamente a minha camisa sobre a minha cabeça. Eu deslizo meus dedos em sua buceta molhada e escorregadia em um movimento rápido, a acariciando quando eu falo com ela. — Me diga, Addison, — eu ordeno. — Te dizer o quê? — Me diga o quanto você estava morrendo para sentir meu pau dentro de você, que esta semana estava te matando tanto quanto estava me matando por não tocar em você. — Eu me toquei pensando em você, — ela respira, então ela grita em protesto quando eu deslizo os dedos dela. Eu paro atrás dela, desabotoando meu jeans. — Me mostre.
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— Me mostre o quê? — Como você se tocou durante toda a semana quando você pensou em mim. Addy desliza os dedos entre as pernas e me mostra seus dedos se movendo em torno de seu clitóris em círculos. Eu assisto a expressão em seu rosto mudar, ver seus lábios abrirem enquanto eu me masturbo. Quando Addy chega para meu pau, eu afasto sua mão. — Ainda não, — eu digo a ela. — Por favor, Hendrix, — ela implora e o gemido que ela solta é impossível resistir. — Eu preciso... Eu a beijo avidamente, meu apetite é esmagador em tudo o resto. Eu não dou a mínima para o que mais alguém poderia pensar. Eu não dou a mínima para as insanidades, as consequências possivelmente desastrosas para ela se alguém descobrir. Eu não dou a mínima para nada além de nós. Eu só a quero. Nada sobre isso é lento e sensual. Quando tocamos um ao outro, isso é febril, frenético, as mãos de Addy correm sobre o meu peito, no meu abdômen, em seguida, arranham minhas costas. Ela está me agarrando e puxando em direção a mim, mordendo o lábio. Não vamos para a cama, mesmo que esteja apenas a passos de distância. Eu giro em torno dela para que suas costas fiquem para mim, seu lindo rabo de frente para mim, em plena exibição e eu passo minhas mãos pelo corpo dela, sobre suas curvas. — Ponha as mãos na cama. Rolando um preservativo no meu comprimento, eu admiro a vista quando Addy ri. — Senhor, sim, senhor, — diz ela, então lhe dou um tapa duro na bunda e ela grita. — Cuidado com a boca, docinho, — eu digo, envolvendo seu cabelo comprido em volta da minha mão, e lhe dando um puxão. Ela geme e o fato de que ela geme em resposta a isso me deixa louco. A perfeitinha Addy não quer o estilo papai e mamãe, sexo lento e suave. A perfeitinha Addy gosta de sexo sujo. Ela se inclina para frente, deixando escapar um gemido longo quando eu puxo seu cabelo novamente, pressionando meu pau contra sua entrada. — Você quer isso, Addy? — Eu quero isso, — ela geme.
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Eu empurro só um pouquinho contra ela, deslizando dentro dela e, em seguida, paro. — Então diga, Addy. — Me foda, Hendrix, — ela implora. — Quero isso. Eu puxo seu cabelo novamente, e ela geme, no fundo de sua garganta. — Sim, diga. — Sim, sim, sim, — diz ela, com a voz entrecortada. Agarrando seus quadris, eu deslizo facilmente em sua molhada e escorregadia buceta. Ela se inclina sobre a cama com as palmas das mãos, a bunda arqueada e eu fodo com ela com golpes profundos. Isto não é o lento sexo romântico que você lê nos livros de romance ou vê nos filmes. É todo calor, Addy e eu. Eu empurro dentro dela com a frustração reprimida de um homem que a cobiçou durante anos. O que aconteceu entre nós há uma semana não fez nada para matar minha sede. Ela faz esses sons que acabam em algum lugar entre um grunhido e um gemido, mais e mais rápido, enquanto ela se aproxima tão rapidamente. — Forte, Hendrix, mais duro, — ela implora, e eu perco o controle de todo o resto, incluindo qualquer noção do tempo. Quando ela goza, é sem qualquer aviso e o som que rasga através de seu corpo é tão primitivo, tão incrivelmente diferente de Addy, que assim que eu ouço, eu tenho que deixar ir. A intensidade do meu orgasmo praticamente me cega. Depois disso, ela se vira para mim e toma o meu rosto em suas mãos. Eu prendo a respiração, pensando que ela está prestes a lançar alguma conversa significativa, emocional, mas em vez disso, ela pergunta: — Agora, onde estão as minhas malditas roupas? Eu rio, profundo e longo, com tanta força que eu quase dobro antes de eu a pegar novamente e a levar para a cama. — Estou pensando em te manter fora da roupa tanto quanto possível, Addy. Você não vai precisar delas.
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Capítulo vinte e dois ADDY TRÊS ANOS ATRÁS Eu fico olhando para a tela do computador, o cursor piscando no meio do corpo do e-mail, a mensagem vazia, exceto pelo endereço que minha mãe me deu. Ela disse que Hendrix está em Okinawa, no outro lado do mundo. Hendrix está salvo do outro lado do mundo, onde nada pode acontecer entre nós. Esse foi o meu primeiro pensamento quando eu ouvi onde ele estava. É fodido ter pensado dessa forma. É fodido que meu primeiro pensamento foi sobre nós, e não o fato de que ele é um fuzileiro naval que pode acabar no Iraque ou no Afeganistão. Fiquei aliviada que ele estava estacionado em algum lugar, tão longe que ninguém poderia esperar que eu o visitasse. Isso faz de mim uma pessoa terrível, eu acho. Mas meu senso momentâneo de alívio foi imediatamente seguido por uma enorme sensação de pavor e pânico com a ideia de perdê-lo na guerra. Eu tive que contar por quatro, em seguida, por oitos, em seguida, por vinte, até que eu finalmente estava calma o suficiente para respirar novamente. Por que é que me sento aqui, preenchida com a mesma sensação de pavor iminente agora, olhando para um e-mail de Hendrix em branco? É apenas um e-mail, não deve causar medo no meu coração. Eu começo a escrever o que eu quero dizer, uma palavra de cada vez, empolada e desconexa. Então eu apago as palavras e começo de novo. É engraçado como as palavras fluem tão facilmente quando eu as escrevo no meu diário, letras de músicas que eu nunca vou ter a chance de cantar. Mas elas não vêm agora que eu estou olhando para um email, para a única pessoa que eu quero escrever.
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Em vez disso, garras pegam o meu peito e eu não posso respirar. Queria saber quando eu vou ser capaz de respirar novamente.
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DIAS ATUAIS Hendrix é tão bom quanto suas palavras e eu passo os próximos dias escondida com ele no apartamento, onde eu não uso um pedaço de roupa com exceção de sua camiseta. Ficamos fodendo, nus e falamos sobre coisas estúpidas, rindo do jeito que fazíamos quando éramos adolescentes. O rosto de Hendrix assume uma leveza, uma felicidade que eu não via nele. Quando eu recebo uma mensagem de voz de minha mãe me dando lições sobre a forma como todas as doações de caridade, especialmente para coisas como a minha roupa, deve passar por ela desde que ela é minha gerente, eu pego um travesseiro do sofá da sala e o lanço na cabeça de Hendrix. — Você doou as minhas roupas, seu maldito? Hendrix sorri, parecendo completamente e totalmente satisfeito consigo mesmo. — Você vai me dizer que você não apoia as organizações de veteranos? Eu o estapeio duro no braço. — Você acha que os veteranos querem meu armário cheio de roupas? Hendrix ri. — Os veteranos não querem as suas grifes, docinho, — diz ele. — Elas serão leiloadas e os rendimentos doados a uma organização de veteranos. Mas, quero dizer, se você as quer de volta... — Eu não posso acreditar que você roubou minhas roupas, — eu digo, balançando a cabeça. Eu não posso acreditar não estar com raiva. Há algo sobre Hendrix que faz com que sua superproteção e o seu comportamento seja completamente cativante. O sexo me deixa estúpida. — Eu queria você nua o tempo todo, — diz ele. — É um pequeno preço a pagar.
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— Para você, talvez, — eu digo. — Eu sou a única que perdeu o armário. Você vem e faz algo tão terrível e então é por uma boa causa, então é impossível te odiar. — Nós dois sabemos que é impossível você me odiar de qualquer maneira. Relaxe, docinho, — diz ele. — Eu mantive as coisas que eu sabia que você amava. Estão no meu armário. Então ele me pega com as mãos sob as minhas coxas e me carrega para o balcão da cozinha. Minha bunda bate contra o mármore, e ele sorri para mim entre as minhas coxas. — Eu vou fazer isso para você, — diz ele, tocando a boca em mim. — Eu não sei, — eu digo, me inclinando para trás e fechando os olhos, me deleitando com a sensação de sua língua em mim, me explorando. — Era um monte de roupas. — Você é uma criança mimada, — ele sussurra e eu puxo a sua cabeça mais perto de minha buceta. — Estou ficando mais mimada a cada minuto, — eu digo, quando excitação corre sobre mim como uma onda.
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A realidade não nos interrompe até um festival de música country que eu não posso cancelar. No meio de uma das músicas lentas durante o show ao ar livre, eu fecho meus olhos e respiro tudo isso em um momento e eu me lembro do quão sortuda eu sou. Quando eu olho para Hendrix, que está fora do palco, ele me dá um ‗polegar para cima‘ e um arrogante sorriso de merda. E eu me sinto um inferno de uma sortuda. Após a apresentação, prestes a entrar na limusine, isso acontece. Fogos de artifício explodem, uma vez, duas vezes, e, em seguida, um conhecimento em rápida sucessão. O rosto de Hendrix fica pálido e ele congela, ali de pé ao lado da porta da limusine. — Hendrix, — eu toco seu braço, e ele o puxa, ele está tremendo quando outro conjunto de explosões explodem. Medo aperta meu peito quando vejo este homem normalmente forte paralisado por algo que eu não entendo muito bem. Eu pego seu braço, de forma mais firme desta vez, o guiando na parte de trás da limusine. Nós sentamos em silêncio no caminho de casa e Hendrix está tremendo. Eu não sei o que fazer,
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mas ele não me afasta quando eu deslizo meu braço em torno dele. Ele apenas me deixa sentar ao lado dele, me aperta contra ele até que o tremor parece diminuir. No meu apartamento, eu o levo direto para a minha cama, tiro suas nossas roupas e entramos debaixo dos lençóis. Nenhum de nós diz uma palavra. Hendrix coloca a cabeça no meu peito, se encostando quietamente contra mim e eu olho para o teto por um longo tempo, sem saber se ele está acordado ou dormindo. Eu não sei mais o que fazer além de estar aqui. E eu espero que isso seja o suficiente.
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Capítulo vinte e três HENDRIX DOIS ANOS ATRÁS — Cannon, você está escrevendo nesse caderno todo o maldito tempo. Pensei que você estivesse escrevendo cartas, mas você nunca as envia. — Watson chuta a poeira do chão com a bota, cospe o suco de seu tabaco na terra, em seguida, toma um gole de uma bebida energética. — Vá se foder, Watson. — Sensível, — diz ele. — Eu não sabia que você era tão maricas. Talvez você esteja apenas escrevendo em seu diário, falando sobre seus sentimentos e essas merdas? Você deve ir ver o assistente de cabeça, chorar um pouco no sofá ou qualquer outra coisa. — Eu estou escrevendo uma carta, otário, — eu digo, revirando os olhos. — Você entenderia, se você tivesse amigos além de nós idiotas que estão presos a você. Watson ri. Ele sabe que eu não quero dizer uma palavra. Ele é um cara bom, tão sólido como deve ser. Ele pega uma carta de sua esposa, Mandy, me mostra uma foto de seu novo bebê, Amy, a criança que ele não tinha visto ainda. Recebemos e-mail aqui, mesmo nas montanhas do Afeganistão, mas Mandy lhe envia cartas a cada semana, pacotes também, quando dá. Ele é de Kentucky, não muito longe de Nashville, e eu gosto dele, mesmo que seja um caipira do caralho, porque ele me faz lembrar de casa. — Quando a gente sair daqui vamos direto para a costa, Mandy, Amy e eu, — diz ele. — Nós vamos tirar férias em família, longe da mãe louca dela, apenas nós três. Tem sido muito tempo desde que nós fomos a férias com a família. O que você vai fazer quando chegar em casa?
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Casa. Eu não acho isso de Okinawa ou algum lugar no meio do nada na Califórnia, como casa. Quando eu penso em casa, eu penso em Nashville. Eu odiava quando eu estava lá, mas agora que eu estive longe dela, eu comecei a lembrar dela com carinho, as partes ruins se desvaneceram no passado. E as partes boas... bem, Addison era realmente a única parte boa disso. Eu ainda não encontrei coragem para enviar as cartas que escrevo. Elas apenas ficam no meu notebook. Eu não as posso enviar, não porque eu tenho medo de que ela saiba o que está nelas, mas porque parece que é o tipo de coisa que você deve dizer pessoalmente. Se eu tiver a chance de dar o fora daqui eu vou dizer em pessoa. Aqui, nós estamos vivendo em tempo recuado. Antes de ir acampar e ir para a batalha, eu ofereço uma oração silenciosa, pedindo para que possamos voltar relativamente incólume. Temos tido sorte, até agora. O número de vítimas é maior aqui do que em outras partes do país. Contagem casual. Isso é o que eles chamam. É clínica, estéril, uma forma de relatórios para seus superiores comandando o show, quantos fuzileiros foram mortos em ação. A morte de um homem não deve soar clínica, eu acho. Essa é a coisa engraçada sobre a morte. Não é clínico, de jeito nenhum. É pútrido e sujo, e o cheiro forte que prolonga por muito tempo depois que acontece, penetrando em seus poros, até que você começa a pensar que você o carrega por onde quer que vá. Eu estou receoso que eu vá morrer neste buraco. Tenho medo de que eu vá pra casa, mas eu vou levar este lugar comigo para sempre, incapaz de me livrar do cheiro da morte.
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DIAS ATUAIS Eu me agito quando o sol brilha através da janela do quarto de Addy, banhando tudo na luz dourada da manhã. Eu estou de lado, afastado dela, mas ela está pressionada contra mim, seu corpo ~ 162 ~
alongado ao lado do meu e seu braço está em volta da minha cintura. Eu posso ouvir seu ronco suavemente atrás de mim, seu rosto se aninhou contra o meio das minhas costas. Tudo o que posso pensar é como completamente e totalmente decepcionada Addy deve estar comigo, por pirar por causa de uma queima de malditos fogos. Uma onda de tremores de humilhação vem em cima de mim, e eu fico ali, imóvel, pensando sobre a melhor forma de sair da cama sem acordá-la. Mas então ela fuça seu rosto contra as minhas costas, os lábios em mim, aplicando beijos suaves no meio das minhas costas. E eu fico instantaneamente duro. Eu rolo e ela sorri, a expressão radiante. — Bom dia, — diz ela, sua voz cheia de sono. — Ei. — quando eu passo a mão pelos seus cabelos, ela fecha os olhos, apertando seu rosto contra a minha palma. — Sobre a noite passada... Addy se aconchega perto de mim. — Você não precisa dizer nada sobre a noite passada, Hendrix. — ela me beija suavemente nos lábios. Minha língua encontra a dela, mas ela se afasta, protegendo a boca com a mão, queixando-se sobre o hálito matinal. — Eu não me importo sobre o nosso hálito matinal, — eu sussurro. E eu não sei. Eu a beijo avidamente. Eu beijo seu seio e Addy derrete contra mim, a voz ofegante quando ela fala. — Eu quero você dentro de mim, Hendrix, — ela sussurra. Ela está molhada quando eu chego entre suas pernas e o fato de que ela me quer, mesmo depois de ontem à noite, me deixa inexplicavelmente feliz. Eu pego um preservativo na mesa de cabeceira e eu estou em cima dela, dentro dela, rapidamente. Eu não quero estar em qualquer lugar além de dentro dela. Addy envolve as pernas em volta de mim, me puxando mais apertado, braços em volta do meu pescoço enquanto ela traz seus lábios nos meus. — Mais, Hendrix, mais, — ela sussurra e eu lhe dou mais, a montando até que ela está inchada em torno de mim, sua buceta exigente. Eu não falo, sem conversa suja ou o quanto eu quero gozar dentro dela. Ela está quieta, o único barulho agora é o som de seus gemidos, mais altos na quietude da manhã, até que ela grita meu nome. — Oh Deus, Hendrix!
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Eu inclino a mandíbula para cima, em direção a ela, para que eu a possa ver gozar, o rosto que ela faz em completo êxtase. Quando eu finalmente deixo ir, prazer explode quando eu gozo dentro dela. Depois disso, eu não me movo. Eu só fico lá, dentro dela, a observando, seu peito fazendo pequenos movimentos, arfando enquanto ela pega sua respiração. Ela coloca sua mão contra o meu rosto e eu fecho meus olhos, me viro contra a palma da sua mão, em seu toque suave. Ficamos ali na cama pelo que parece uma eternidade. — Eu tentei enviar e-mail mil vezes, — diz ela. — Quando você se foi. Eu assinto, acariciando seus cabelos. — Eu também, — eu minto. Eu nunca tentei e-mail. Mas como eu digo a ela que escrevi mil cartas que eu nunca enviei? Parece muito pouco, muito tarde. Ela fica quieta por mais tempo como se ela estivesse reunindo seus pensamentos, e quando ela fala, sua voz é suave. — O que aconteceu na noite passada era por causa da guerra, certo? — Sim, — eu admito. — Eu não sei o que dizer, Addy. Eu congelei. Isso não me faz o melhor guarda-costas. Addy sorri. — Foder sua patroa não faz de você o maior guardacostas também, você sabe. Eu não posso deixar de rir. — Tudo bem, — eu concordo. — Eu sou um guarda-costas de merda. — Você é o pior, — diz ela, rindo. Ficamos em silêncio por um minuto, deitados na cama, e eu corro meu dedo distraído por seu braço. Eu não quero parar de tocá-la. — Você é tão... luz, Addy, — digo a ela. Cada palavra que eu falo me faz sentir como eu estivesse arriscando tudo. — Eu não quero contaminar você com a minha besteira. Addy levanta uma sobrancelha. — Você acha que eu sou ingênua. — Eu acho... — minha voz falha quando eu traço um dedo preguiçosamente no meio de seu decote. — Às vezes eu acho que a escuridão é a única coisa que eu trouxe de volta daquele lugar. — eu não sei como dizer a ela sobre qualquer coisa, porque eu não entendo isso sozinho. Eu não bebo, não uso drogas, não faço nada que a maioria das pessoas iriam olhar torno, apontar e dizer que estou caindo aos pedaços. Mas eu corro em direção à coisas que são perigosas, coisas
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que poderiam me destruir, literalmente, durante minhas corridas matinais. Eu brigo e não me importo com o que acontece. Eu estou preocupado que a minha autodestruição vá se espalhar, que vai destruí-la. Como você coloca algo assim em palavras? — Talvez, — ela diz baixinho. — Mas eu acho que é por isso que existe luz. Para iluminar os lugares escuros. Então eu a rolo em cima de mim e ela me beija e nada mais importa, só ela.
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Capítulo vinte e quatro ADDY UM ANO E ONZE MESES ATRÁS Uma onda de calor me atinge no segundo que eu saio do helicóptero. — Whoa, — eu digo. O piloto para perto de mim ri. — É preciso algum tempo para se acostumar, senhora. — É como estar dentro de um forno, — eu digo. — É assim o tempo todo? — Quente como o inferno agora, muito frio no inverno, — diz ele. — Bem-vindo à Base da Força Aérea Bagram. Estou no Afeganistão contra os desejos expressos de minha mãe, mas eu tinha uma lacuna na minha agenda e ela relutantemente concordou que seria uma boa publicidade. Um bônus positivo da viagem era que não havia nenhuma maneira no inferno de que a minha mãe se juntasse a mim. Mas eu não fiz isso para ficar longe da minha mãe, embora os meus motivos fossem, eu admito, em parte egoístas. A parte não-egoísta de mim queria fazer uma excursão da USO23 para que eu pudesse dar algo de volta para as pessoas que servem aqui. A parte egoísta de ter sentido falta de Hendrix. Tempo presente, na verdade, sinto falta de Hendrix. Eu não sei como você pode sentir falta de alguém que você odeia tanto, como você pode detestar alguém e ainda o ansiar com cada fibra do seu ser, mas eu faço. Minha mãe queria marcar um encontro entre Hendrix e eu, algo que iria ficar bem na televisão, tornaria viral em mídias sociais, uma reunião dramática entre a estrela do país em sua turnê e seu meio-irmão Fuzileiro. O 23
Organizações de Serviços das Nações. ~ 166 ~
Coronel disse que era um desperdício estúpido de recursos tirar Hendrix de onde diabos ele está no Afeganistão só para me ver. Quando ele mencionou que seria perigoso para Hendrix, e quem estivesse no comboio com ele, viajar apenas para pegar um avião para me ver, eu me recusei a deixar qualquer um entrar em contato com sua unidade. Parte de mim ainda fantasia sair do palco esta noite e Hendrix estaria lá no meio da multidão, sorrindo para mim com aquele sorriso arrogante. É ingênuo, um desejo estúpido, e mesmo que eu sei que é um pequeno pedaço de mim, é esmagado quando isso não acontece.
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DIAS ATUAIS Na parte de trás da limusine, Hendrix desliza a mão entre minhas pernas e eu afasto-as. — Sério, — eu sussurro. — Estamos quase no estúdio. Nem sequer tente. Ele ri. — Se certifique de mencionar na entrevista quão totalmente cheia de si você é, — ele sussurra. — Porque eu não estava nem mesmo tentando transar com você. — Que seja, cara. Você está sempre tentando colocar o seu... — minha voz falha e eu olho para o espelho matizado que nos separa do motorista. Hendrix coloca a boca perto do meu ouvido e me dá arrepios quando seu hálito faz cócegas na minha pele. — Pau? — ele pergunta. — Colocar meu pau em sua buceta molhada e quente? Ele diz as palavras e é como uma resposta automática. Estou imediatamente molhada. — Pare, — eu ordeno e corro para o outro lado do assento. — Se comporte. — Sim, senhora, — diz ele. Mas ele está rindo baixinho. Eu mostro a minha língua para ele e ele sorri para mim. — Cuidado ao colocar a língua para fora assim, docinho, — diz ele em voz baixa. — Eu posso te dar algo para lamber. — Bem aqui na limusine? — eu pergunto. — Você não ousaria.
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Hendrix começa a desafivelar suas calças, e eu grito, mais alto do que eu quero, e as janelas descem, o motorista perguntando se eu estou bem. Hendrix, é claro, é o epítome do angelical. — Sim, eu estou bem, — eu digo, olhando para Hendrix quando a janela volta a subir. Hendrix pega a minha mão e a pressiona contra a frente de suas calças, me mostrando sua dureza. Eu deveria puxar a minha mão, mas eu deixo isso se prolongar por um momento muito longo. Quando o carro para, eu sacudo minha mão e olho para fora da janela, fingindo inocência. Fingindo profissionalismo. Que diabos aconteceu com o meu profissionalismo, de qualquer maneira? Eu sou uma gigantesca bola de necessidade e desejo, necessitada por Hendrix. Nós somos como duas crianças do ensino médio em nossa sede insaciável pelo outro. Estou surpresa que meu desejo por ele não está escrito no meu rosto, visível para o mundo inteiro ler. Pelo menos, eu espero que não esteja. Eu o olho, por vezes, quando ele dorme. Ele não sabe, mas eu o observo enquanto ele sonha, o seu sono profundo. Ele não me disse o que ele sonha e eu não perguntei. Mas meu coração dói por ele. Na televisão, o repórter me faz perguntas fáceis sobre o meu álbum e turnê do ano passado. — Você recentemente leiloou todo o seu armário e levantou meio milhão de dólares para a organização dos veteranos. — É difícil acreditar que eu tinha tantas roupas, — eu digo de repente envergonhada. Era pouco mais do que uma década atrás que a minha mãe mal podia se dar ao luxo de nos comprar tênis. Agora eu estou usando sapatos de mil dólares. — Algumas pessoas criticaram a medida como um ato flagrante de consumismo, limpando o velho para abrir caminho para o novo. — Eu... — faço uma pausa por um momento. Eu deveria ficar com o roteiro, falar sobre como as questões dos veteranos foram sempre importantes para mim, sobre como eu queria fazer uma doação que era pessoalmente importante e não apenas escrever um cheque. Hendrix está do meu lado e ele pisca para mim. — Você sabe que isso realmente não foi minha ideia.
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O repórter se inclina para frente, franzindo a testa, o que eu tenho certeza é uma dessas ‗habilidades de escuta‘ que eles lhe ensinaram a fazer na escola de jornalismo para aparecer pensativo. — E a quem temos de agradecer por isso? — Foi ideia de um amigo, — eu digo. — Quero dizer, o meu meioirmão, Hendrix. Ele é um amigo. E um veterano. Eu acho que, bem, você poderia dizer que ele orquestrou a coisa toda. — estou balbuciando, nervosa quando falo sobre Hendrix e eu tenho que me forçar a parar e respirar fundo para que eu não continue a balbuciar e confessar todos os meus segredos no set. Eu já posso sentir o calor em minhas bochechas, o rubor que eu tenho quando eu falo sobre Hendrix. Ele balança a cabeça e sorri. — Depois do intervalo, vamos ouvir mais da adorável Addison Stone, e ela vai cantar uma das canções de seu próximo álbum.
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— Não, mãe, — eu estou no telefone com minha mãe, que diz algo sarcástico sobre ‗fora do roteiro‘, seguido imediatamente por uma acusação de meu guarda-roupa na televisão. Hendrix revira os olhos quando ele me ouve dizer e eu viro para outra direção, mas ele segue, em pé na minha frente com um brilho nos olhos. Quando ele balbucia as palavras, ‗desligar‘ eu balanço minha cabeça e ele sorri presunçosamente, antes de estender a mão e as deslizar por baixo da minha saia. Quando ele descobre que eu não estou usando calcinha, ele me dá um olhar, o olhar que me diz exatamente o que ele quer de mim. Minha mãe está no meio de uma dissertação sobre a importância de minha imagem, e murmuro ‗uh-huh‘ a cada poucos segundos, mas o que eu estou realmente focada é em Hendrix e seus dedos mágicos que são sinuosos e preguiçosos entre as minhas pernas, me acariciando, enviando ondas de prazer ondulando através do meu corpo. Hendrix sussurra em meu ouvido. — Fique com ela. Eu vou continuar. Eu protejo o telefone dele, tentando manter minha compostura. — Eu não posso, — movo a boca. Certamente ele compreende a importância de tocar junto com minha mãe, minha produtora. E com o
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estúdio de gravação. Então, eu pretendo ouvi-la enquanto eu assisto Hendrix encolher os ombros e se ajoelhar aos meus pés, separando minhas pernas com as mãos. Eu não faço uma pretensão de resistir, porque eu quero ele mais do que qualquer coisa. A voz da minha mãe parece ficar menor e menor, desaparecendo, até parece que ela está em um túnel em algum lugar longe, quando Hendrix cobre minha buceta com a boca, sua língua me explorando da mesma forma que seus dedos estavam um momento atrás. Eu exalo fortemente, tentando não gemer. — Sim, mãe, eu estou treinando. Sim. Hendrix tem me exercitado em um novo programa de treino. Hendrix faz uma pausa para olhar para mim, os lábios brilhantes com minha umidade, então atinge em torno de mim e dá um tapa forte na minha bunda. — Não foi nada, mãe, — eu digo. — Eu acho que Hendrix deixou cair alguma coisa. — enquanto isso, Hendrix está me comendo como se eu fosse sua última refeição na terra, puxando meu clitóris em sua boca com maior ferocidade, enquanto ele me ouve falar com minha mãe. Eu pego o cabelo dele, com a intenção de puxar sua cabeça longe, mas, na realidade, o puxando para mais perto. Quando ele desliza os dedos dentro de mim, eu gemo. Alto. Enquanto estou no telefone com a porra da minha mãe. Eu tusso para encobrir, mas ela pergunta o que está acontecendo. — Eu acho que vou vomitar, — eu deixo escapar. — Náuseas. Ela diz algo sobre vômitos sendo uma forma aceitável de fazer dieta, mas eu me despeço dela antes de Hendrix poder fazer mais e jogo o telefone do outro lado da sala. Ele salta para fora do sofá e cai no chão com um barulho, e agora eu não me importo se ele está quebrado em mil pedaços pequenos. Hendrix me acaricia com os dedos. — Sobre o tempo, — diz ele. — Eu estava pensando que eu ia ter que dobrar você e deslizar meu pau dentro de sua buceta doce, a fim de tirá-la do telefone. Ninguém nunca falou comigo como ele faz, apenas soltar as palavras como ‗pau‘ e ‗buceta‘. Claro, ninguém havia me fodido como Hendrix. E eu quero dizer fodido. Hendrix me fode do jeito que eu pensei que só acontecia em filmes, apaixonado, áspero e suado, puxando o cabelo, sexo que faz a terra tremer. — Agora que estou fora do telefone, o que você vai fazer? — eu pergunto e ele olha para mim, os olhos nublados de desejo. ~ 170 ~
Então ele faz o que eu quero que ele faça, ele desliza os dedos por entre minhas pernas, me inclina sobre o sofá e me fode da maneira que eu quero que ele faça. Ele me monta duro e rápido, empurrando a cabeça para trás enquanto ele puxa meu cabelo, e quando eu gozo, eu grito seu nome antes de cair em um monte suado contra o sofá. Depois, ele passa a mão nas minhas costas e sobre meus quadris. — Vamos dar o fora daqui, Addy, — diz ele. — Onde? — eu não tenho certeza se ele está falando de hoje ou permanentemente, e eu não tenho certeza se me importo. — Viagem? Eu sorrio. — Você tem o cronograma. Você é o chefe. Podemos? — Diga isso de novo. — Dizer o que? — Digamos que eu sou o chefe. Eu rio e tento lhe bater de onde estou, mas eu não posso o alcançar, me inclino sobre ele e Hendrix ri. — Eu não vou dizer isso de novo. Eu acho que você me entendeu mal da primeira vez. — Vamos lá, — diz ele, batendo na minha bunda. — Diga isso e eu vou te dizer o cronograma. — Tudo bem, — eu digo, com um suspiro exasperado. — Você é o chefe. Mas só quando se trata da programação. — Puta que pariu, — diz ele. — Que se dane todos. Nós temos um par de dias antes do show de premiação. Vamos viajar. Eu concordo, apanhada pelo brilho pós sexo. Eu não sei se é o sexo, ou se é porque estar com Hendrix está me deixando tonta e irresponsável, mas eu não me importo em abandonar tudo e sair com ele. Esse fato por si só deveria me assustar.
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Capítulo vinte e cinco HENDRIX UM ANO ATRÁS Eu paro na frente da porta da casa, paralisado pelo medo e tristeza, culpa, raiva e milhares de outras emoções que eu não posso processar, girando ao redor na minha cabeça. Meu coração se aperta de medo, pior ainda de quando eu estava naquele inferno no Afeganistão. Por que eu vim aqui? Que diabos eu vou dizer para ela de todas as pessoas? Mandy abre a porta. Ela parece mais velha do que nas fotos que Watson estava sempre me mostrando, círculos escuros sob seus olhos. Mas eu acho que isso é o que a morte de um marido faz com você. Ela está segurando um bebê em seu quadril, Amy. O bebê está mais velho agora também e ela olha para mim com os olhos arregalados, como se ela não soubesse o que diabos eu estou fazendo aqui, também. Os olhos de Mandy percorrem o uniforme que estou vestindo, por respeito pelo que estou fazendo aqui, mesmo que não seja oficial. Ela teve esta visita antes, a oficial, aquela em que eles aparecem em sua porta com uma bandeira. Eu deveria ter sido o único a fazer isso, o único membro sobrevivente da minha equipe. Eu pirei antes. Agora eu vou fazer isso. Já se passaram três meses. Três meses antes que eu pudesse enfrentar isso. Duas semanas desde que eu fui capaz de ficar atrás do volante de um carro de merda. Eu dirigi para Kentucky, meus nós dos dedos brancos em torno do volante, meu coração disparando tão rápido que eu tinha certeza de que eu estava perto de ter um ataque cardíaco.
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E agora estou aqui, vestindo o uniforme, a apresentando com uma bandeira, minha patética tentativa de lhe dar algo que compense sua perda. Minha patética tentativa de amenizar a culpa que eu sinto por sobreviver à explosão que deveria ter me matado também. Uma mulher mais velha chega à porta atrás dela e para quando ela me vê, levando o bebê das mãos de Mandy sem palavras. A esposa de Watson chega até a bandeira, sua expressão imutável, até que ela toca o tecido. Em seguida, ela cai de joelhos, com as mãos ainda sobre ela, deixando escapar um grito que me rasga por dentro. Eu toco sua mão, com a intenção de puxá-la de seus pés, para dizer alguma coisa significativa que vai tirar a sua dor. Mas quando eu coloco minha mão sobre a dela, eu me perco. A barragem se abre e eu não posso parar as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. Então, nós ficamos lá, ela e eu, chorando juntos pela vida de seu marido e as vidas de meus amigos que foram perdidas.
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DIAS ATUAIS — Então, onde estamos indo? — Addy pergunta quando ela desliza no banco da frente e coloca os pés descalços no painel do meu carro de merda. — Sério? Você está me fazendo essa pergunta? Onde você acha que estamos indo? Addy sorri. — Para a praia. Assim como quando ela tinha dezesseis anos. E é como se nós fôssemos adolescentes de novo, Addy rindo de alguma coisa estúpida que eu digo e golpeando o braço do assento do passageiro quando nós dirigimos sete horas para Hilton Head. Longe de todas as besteiras em Nashville, Addy começa a se abrir. A ruga que eu pensei que estava para sempre gravada em sua testa se foi e ela parece satisfeita e à vontade. Ela parece feliz. Eu acho que da última vez que eu fiz uma viagem de estrada, foi a Kentucky para ver a esposa de Watson, Mandy. A viagem que me rasgou em dois, me deixou quebrado. Eu fiz a mesma viagem mais
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quatro vezes, a minha versão de uma peregrinação, fazendo a coisa que eu temia fazer mais, que eu pensei que iria me destruir. Mas no final, isso não aconteceu. Fazer isto me manteve junto. Ela olha para mim enquanto estamos dirigindo. — Você está olhando para mim. Eu dou de ombros. — Sem razão. — O quê? — ela pergunta, com a voz mais alta. Mas ela está sorrindo. — Você parece... feliz, — eu digo. Mas não é só ela que está feliz. É uma sensação estranha estar contente. Ela rasteja para cima, em você, quando você menos espera. É muito parecido com amor. — Eu não costumo parecer feliz? Eu ri. — Porra, não, você não. — Bem, talvez eu esteja feliz, Hendrix, — diz ela. — Eu acho que eu poderia estar. Eu acho que poderia estar também.
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Addy cobre sua boca, seus ombros tremendo enquanto ela ri por trás da mão para as três meninas da faculdade que cantam karaokê, uma versão bêbada de ‗Do not Stop Believing‘. Estamos sentados em um pequeno bar na orla da praia, Addy em uma saia jeans e a parte superior do biquíni, usando um boné de baseball. Antes de sairmos do hotel, ela temia que alguém a pudesse reconhecer, mas ninguém fez, o que me deixa aliviado. Ela se parece com uma garota da faculdade. Exceto que muito mais gostosa. — Oh, você acha que pode fazer melhor? — eu pergunto, tomando um gole da minha cerveja. — Eu faço uma excelente interpretação de qualquer canção, muito obrigada. Você vai lá em cima. — Addy corre o dedo ao longo da borda com sal da sua taça de margarita, e ela coloca seu dedo em sua boca. Eu acho que é a coisa, sem querer, mais sexy que ela já fez.
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Eu levanto minhas sobrancelhas. — Eu não te envergonharia, coisa gostosa, — eu digo. — Você nunca me ouviu cantar. Suas doses de tequila mais tarde e há uma pausa nas canções. Addy acena para o palco. — Essa é a sua chance, coisa gostosa, — diz ela, piscando. Ela acha que eu não vou morder a isca, mas eu baixo o resto da minha cerveja e fico de pé. — Onde você está indo? — Você queria que eu fizesse uma serenata para você, não é? Addy ri. — Eu não quis dizer isso, — diz ela. — Se sente. — Nem a pau, docinho, — eu digo quando ela cobre o rosto de vergonha simulada. — Não se preocupe, eu vou dedicar a você. — Hendrix, não! — ela protesta, mas ela está rindo e ela se inclina para trás em sua cadeira, com as pernas para fora dos chinelos e enfia a aba de seu chapéu sobre o rosto dela. A vejo chamar a garçonete para trazer mais doses de tequila, que ela mostra para mim com um gesto. — Saúde. Quando a música começa, eu a posso ouvir gemer praticamente do palco. Ok, eu não sou muito bom, mas sua reação é impagável. Ela esconde o rosto entre as mãos quando eu pego o microfone. — Isso é para a minha melhor amiga, que tem que admitir que minha voz é muito mais incrível do que a dela nunca vai ser. Eu canto a letra do primeiro sucesso de Addy, — Country Sweetheart, — a canção pop e doce que a tornou famosa. E por ‗cantar alto‘, quero dizer que eu faço a minha versão de cantar, que cai em algum lugar na escala de tolerabilidade, entre as unhas arranhando um quadro e o som mais irritante do mundo. Mas eu sei todas essas malditas letras, mesmo que eu não gostava desse estilo quando eu estava no colégio. Essa música maldita se agarrou em meu cérebro e passou a residir ali, naquela época. Assim como Addy. As outras pessoas no bar acham que é engraçado, que eu estou fazendo algum tipo de serenata para a minha namorada e Addy cobre o rosto com a aba de seu boné quando pessoas batem palmas. Quando eu volto para a mesa, eu tenho certeza que Addy vai dizer que precisamos dar o fora de lá antes que ela seja reconhecida, uma vez que está patinando em gelo fino, mas ela não faz. Ela não me tocar não faz
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qualquer demonstração pública de afeto que acabaria em um dos sites de fofocas, apenas ri e balança a cabeça. — Escolha legal de música. — Pensei que você ia gostar. — Preferiria que cada cópia dessa música fosse simplesmente queimada, — diz ela. — Se eu nunca mais precisasse cantar novamente, eu estaria mais do que feliz com a minha vida. — O que você prefere cantar? Addy traça seu dedo distraidamente ao redor de seu copo de novo e dá de ombros, sem olhar para mim. — Eu não sei. — Mentira, — eu digo, minha voz um pouco alta demais. — Eu sei o que é. Você não parou de escrever músicas. Addy olha para mim. — Talvez eu não tenha, — diz ela. — Mas a gravadora nunca vai me deixar cantá-las. Aceno a cabeça para o palco. — Você deveria ir até lá e cantar uma delas. — É karaokê. — E daí? — eu pergunto. — Eles têm uma banda aqui. Há um violão bem ali. — Elas são pessoais, — diz ela. Eu dou de ombros. — Como quiser, — eu digo. — Mas a velha Addy teria crescido um par de bolas e ido lá em cima. — Você está tentando me fisgar. — Está funcionando? Addy suspira pesadamente. — De jeito nenhum. Entre as músicas, o silêncio é ensurdecedor e Addy de repente olha para cima. — Tudo bem, — diz ela. — Foda-se. — Isso é o que eu gosto de ouvir. — Um par de bolas? — ela pergunta, se levantando. Eu quero estender a mão e a agarrar, a puxar para o meu colo, mas eu não faço, consciente de estar em público com ela. — Nah, você dizendo 'foda-se', — eu digo.
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Addy se inclina para perto, os cabelos derramando para baixo em torno de seu rosto, e sussurra em meu ouvido. — Foda-se, foda-se, — diz ela. — Isso é o que eu quero fazer com você mais tarde. — em seguida, ela caminha até o palco, me deixando com o maior tesão furioso na história do mundo. Ela conversa com alguém do outro lado do palco, que acena com a cabeça e, em seguida, corre para pegar seu violão. Em seguida, ela puxa uma banqueta para o meio do palco, onde o microfone está. O bar está repleto de conversa que não acalma, mesmo quando Addy começa a tocar as primeiras notas no violão. O baixo ruído de conversas bêbadas rola através do lugar, se recusando a ser silenciado. Até Addy abrir a boca e cantar a primeira nota. E então, é como se tudo parasse no lugar. Pessoas pausam, conversas ficam mudas, é como acontece cada vez que Addy canta. Ela tem essa coisa surpreendente especial que lhe diz que você está na presença da grandeza. Ela canta suavemente, sua voz mais baixa e tranquila do que quando eu a ouvi cantar no estúdio. Eu acho que eu paro de respirar a ouvindo cantar uma de suas canções. Digo a mim mesmo que elas são apenas letras, palavras que ela está cantando e nada mais, que não está dirigida a mim de alguma forma. Mas é difícil pensar quando ela está olhando do jeito que ela está, para mim, nada menos, cantando do jeito que ela está.
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Capítulo vinte e seis ADDY ONZE MESES ATRÁS — Como você pôde? — eu grito. Lágrimas estão nos meus olhos, e eu pisco furiosamente, tentando manter a calma, tentando evitar de pegar o vaso nas proximidades e o jogar em toda a sala da minha mãe, a deixando quebrar em um milhão de pedaços em todo o piso de mármore. — Eu não entendo o porquê você está tão chateada, — diz ela. — Hendrix está bem. Ele veio do hospital, mas ele está inteiro. Ele não foi sequer ferido. Foi há muito tempo, de qualquer maneira. Você tinha uma viagem e você não precisava ser incomodada com esse tipo de notícia. É deprimente, certo? Eu aperto minhas mãos, minhas unhas cavando em minha pele, e me concentro na dor. Eu conto, respirando profundamente para me acalmar, embora eu sinta que estou caindo aos pedaços, fragmentada em mil pedaços pequenos aqui mesmo na frente dela. — Vocês dois nem são próximos, — diz ela. — Eu não consigo ver qual é o grande negócio disso tudo. — Hendrix estava no hospital, — eu digo. — Você não acha que eu poderia querer saber disso? — Ele estava bem, — diz ela. — Nós falamos com ele no telefone, ele estava fazendo alguns... Eu não sei... coisas que os Fuzileiros fazem e teve que viajar para alguns lugares ou algo assim, acho que ele não queria que nós o visitássemos. — Ele... ele disse isso?
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— Ele mencionou especificamente seu nome, Addison, — diz ela. — Eu estava tentando não ser má. — Eu não acredito em você, — eu digo, minha voz embargada. Hendrix estava de volta aos Estados Unidos. Hendrix estava no hospital. Ele estava em uma explosão no Afeganistão. Os pedaços de notícias vêm voando para mim, uma de cada vez. Hendrix não queria me ver. Eu, especificamente. Minha mãe dá de ombros e vira uma página em sua agenda. — Eu não sei que tipo de coisa vocês dois têm entre vocês, mas você realmente precisa começar a agir como adulta, — diz ela. — Agora, nós precisamos conversar sobre a entrevista de amanhã. A gravadora quer que você aproveite o passeio e... A voz dela se afasta, se tornando mais e mais silenciosa enquanto os pensamentos rolam na minha cabeça. Hendrix estava de volta. Ele poderia ter morrido. Ele não queria me ver. Ouço o protesto de minha mãe quando eu me levanto, vou tropeçando ao banheiro e fecho a porta antes de eu entrar em colapso, em lágrimas uma mistura de raiva, tristeza e alívio esmagador. Raiva por Hendrix não querer me ver. Tristeza que seu pelotão foi morto. Alívio que ele está vivo.
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DIAS ATUAIS — Você acha que alguém sabia que era eu? — eu pergunto. Hendrix tem a minha mão e ele está me puxando para a praia até que estamos longe do bar, os únicos na areia a esta hora da noite.
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Hendrix ri. — Sim, — diz ele. — Você tem sorte que saímos de lá rapidamente. Esse vídeo vai estar em todo lugar amanhã. E nós vamos nos foder, você sabe. A tequila na minha barriga me deixa quente, corajosa e tola, mas eu não me importo. Eu giro os meus braços na praia. Eu estou girando porque eu estou meio bêbada, com tequila ou com o amor, eu não tenho certeza. E porque eu estou feliz. E, acima de tudo, porque Hendrix está aqui. Ele está aqui, comigo, em uma praia na Carolina do Sul, depois que eu pensei que nunca mas o iria ver novamente. E isso é algo. — Mas esta noite, vamos foder, — eu digo. Hendrix ri. — Você está praticamente xingando como um fuzileiro naval agora, — diz ele. — Eu tenho medo que eu estou passando isso para você. — ele me puxa contra sua dureza e desliza as mãos sobre minha bunda. — Nós podemos voltar para o hotel e você pode realmente passar para mim, — eu digo. — Ou, podemos ficar aqui fora, — diz Hendrix, estendendo a mão para o botão na minha calça. Eu rio e bato suas mãos para longe. — Aqui fora? — eu pergunto, pensando nos fotógrafos e tabloides com fotos de nós na praia. — Isso é apenas o que eu preciso. A boca de Hendrix está contra a minha orelha, e, em seguida, no meu pescoço, e quando eu inclino minha cabeça, minha boca encontra a sua. — Talvez isso é apenas o que você precisa garota Addy. — Sexo na praia? — ele desliza a mão por baixo da minha parte superior do biquíni e dentro do meu sutiã. Seu polegar encontra meu mamilo e seu toque me faz gemer, da forma como sempre faz. — Se lembra da última vez que estivemos aqui? — ele pergunta, seu dedo em círculos correndo em volta do meu mamilo, até que eu estou praticamente implorando para ele. Como se fosse ontem. Eu tenho de sacudir o sentimento, essa sensação de deja vu que vem sobre mim estando aqui juntos. — Eu não fui para a praia em um tempo. — Você sabe o que eu pensei em fazer quando estivemos aqui antes? — ele pergunta. Ele desliza a mão por baixo.
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— O quê? — eu pergunto, olhando em volta no escuro. — Eu pensei em puxar esse pequeno biquíni que você usava para baixo, sobre a sua apertada bunda e montar você, bem aqui no meio de tudo, onde qualquer um poderia nos ver. — Isso é o que você pensou, então? — eu pergunto. Ele disse que ele fantasiou sobre mim antes, mas o ouvir dizer isso de novo, agora, envia um arrepio de excitação pelo meu corpo. — Sim. — Qualquer um podia ver, você sabe, — eu digo. Mas eu deslizo minha mão sobre o seu peito, e para baixo, na frente da calça jeans de qualquer maneira. Hendrix dá de ombros. — Eu acho que eles podiam. — Você é uma má influência. — A pior. — ele me puxa em cima dele na areia, e eu rio quando eu entro sua dureza, então olho em volta na praia deserta de novo, montada nele. — Esta não é uma boa ideia, — eu digo quando ele coloca as mãos sob meus seios através da minha camisa. — Eu sou famosa, você sabe. — Você é? — Eu sou. E há fotógrafos. Paparazzi. — Bem, — ele diz, levantando minha camisa sobre a minha cabeça. — Talvez devêssemos lhes dar um show. Eu bato em seu braço, com força. — É melhor que você não esteja falando sério. — Relaxa, — diz ele, rindo. — Não há ninguém aqui fora. — ele faz uma pausa. — Só nós. Eu passo as mãos sobre ele, sentindo sua dureza debaixo de mim. — Eu quero você agora, — eu respiro suavemente, entre beijos. Hendrix desliza minha saia para cima, em volta da minha cintura e atinge entre as minhas pernas. Sua mão roça minha buceta e ele faz um som de rosnado baixinho. — Sem calcinha, — diz ele. — E você está molhada.
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— Eu disse que eu queria você. — eu puxo a sua calça jeans, o ajudando a deslizar rapidamente sobre seu traseiro antes de colocar minha mão em torno de seu pau, o guiando em direção a minha entrada. — Porra, não me provoque assim, Addy, — ele adverte. — Você está limpo? — eu pergunto. Eu não sei por que estou fazendo isso. Eu nunca fiz algo parecido com isto, completamente desprotegida. Eu estou sempre segura. Eu não corro riscos. — Addy, — diz ele. — Estou limpo, mas eu tenho preservativos... — Estou tomando pílula e eu estou limpa. — Merda, Addy, — ele geme quando eu toco a cabeça dele contra minha umidade. Ele se aproxima para me beijar. — Eu nunca fiz sexo desprotegido. O pensamento de ambos fazermos isto, pela primeira vez, com nenhuma barreira entre nós, me deixa ainda mais determinada. — Nem eu, — eu digo. — Você tem certeza? — ele pergunta. Estou certa? Não, eu não tenho certeza. Eu estou no meio da praia, e eu tenho o pau do meu meio-irmão na minha mão e eu estou esfregando a ponta dele na minha buceta, como se ele fosse meu próprio brinquedo sexual pessoal. Eu estou certa e positiva que eu perdi a cabeça. — Eu quero você dentro de mim, — eu sussurro. — Eu quero te sentir. — Merda, Addy, — diz ele, a voz embargada. Eu amo isso. Eu amo como faço a sua voz romper assim. Eu amo que eu o trago de joelhos. Quando eu me abaixo para ele, não é suavemente ou cautelosamente. Eu deslizo em cima dele facilmente, auxiliada por minha umidade e Hendrix solta um gemido, soltando meu nome, seguido por vários palavrões. Desta vez, eu sou a única que enfia os dedos pelos seus, prendendo suas mãos acima de sua cabeça para que eu o possa montar. O possuo primeiro, balançando contra ele e saboreando a sensação dele dentro de mim, de estar no controle do homem que normalmente está no controle, em seguida, me sento quando ondas de enxurrada de prazer vêm em cima de mim de novo e de novo.
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Hendrix agarra meus quadris, me mergulha para baixo firmemente em seu pau, até que eu estou cheia ao máximo. — Você se sente tão boa pra caralho assim, Addy, — diz ele, em voz baixa. Eu amo a sensação dele nu, a ponta do seu pau me acariciando por dentro, pressionando contra o lugar mais sensível em mim. Eu a baixo, esfregando meu clitóris enquanto eu o monto, deixando a sensação correr sobre mim quando ele me traz mais e mais alta, até que eu estou quase no limite. — Oh, Deus, Hendrix, eu estou tão perto, — eu gemo. — Eu quero sentir você gozar em mim, — diz Hendrix. — Nada entre nós. O pensamento de gozar no pau nu de Hendrix me empurra sobre o limite e eu deixo ir, gritando bem alto, gemendo o nome de Hendrix. Suas mãos estão apertadas em minhas nádegas e ele geme quando ele aperta o pau em mim e me enche com a sua semente quente. Mais tarde naquela noite, de volta no quarto de hotel, eu deito na cama com Hendrix, os olhos fechados, mas não durmo. — Você está acordada? — sussurra Hendrix. — Sim. — A canção de hoje à noite, — diz ele. — Era boa. Muito boa. — Indie-folk24 não é um vencedor, diz minha gravadora. Não é para mim, — eu sussurro. — Que se fodam, — diz Hendrix. — Você estava viva lá, você sabe. Mais do que quando te vi cantando ou no estúdio. Isso foi diferente. Porque era sobre você, eu quero dizer. É diferente porque era para você. Em seguida, ele faz a pergunta, a que eu tenho esperado ele perguntar. — Para quem era a canção? Faço uma pausa, abrindo e fechando minha boca várias vezes antes de responder. — Era apenas uma canção, Hendrix, — eu minto. Minhas palavras travam na minha garganta e eu estou feliz que Indie-Folk: é um gênero musical que surgiu na década de 1990 por cantores/compositores de indie rock que possuíam fortes influências do folk das décadas de 1950, 1960 e 1970. 24
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ele não pode me ver na escuridão. Por que eu não disse o que eu queria dizer? É tão fácil, colocar as palavras no papel, as cantar na frente de um lugar cheio de estranhos. Mas agora, quando somos nós dois aqui, sozinhos na cama, é de repente impossível falar as palavras em voz alta. Eu amo você. Eu sempre amei você. Estou com medo de te amar do jeito que eu amo. Eu tenho pavor de perder você.
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Capítulo vinte e sete HENDRIX DEZ MESES ATRÁS Garota Addy, Eu não te escrevi uma carta em um longo tempo. Eu costumava as escrever a cada semana. Inferno, às vezes no Afeganistão era todo maldito dia. Eu acho que eu precisava me segurar em alguma coisa quando eu estava lá fora. No campo, eu pensava sobre as aulas de natação na piscina, repeti aquelas noites mais e mais na minha cabeça até que eu juro que quase podia sentir o cheiro de cloro, em vez de o cheiro de sujeira em minhas narinas. E eu gostaria de dizer a mim mesmo que se eu pudesse passar por isso, eu iria com você. Eu apareceria na sua porta da frente e eu faria uma grande declaração de amor, lhe dizer todas as coisas que eu não disse antes porque eu era jovem e estúpido e pensei que eu tinha tantos anos à minha frente que isso não importava. E depois disso, eu não poderia escrever mais. Eu não posso escrever mais. Eu estou voltando para Nashville. Você não sabe, mas eu estou. Eu não sou mais um fuzileiro naval. Vou usar uma camisa de colarinho, e sentar em uma mesa, e definhar. Vou apodrecer na mesma cidade onde você mora, mas eu não posso te ver. Então eu não vou escrever mais para você. Eu tenho que te deixar ir. Eu vou tentar te deixar ir desta vez. Eu acho que posso.
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DIAS ATUAIS — Você está nervosa? — eu sussurro, uma vez que estamos no bastidores. Eu estou tentando não olhar para ela, exceto que é realmente difícil não olhar quando ela está parecendo uma donzela do século dezenove, como se ela tivesse acabado de sair de um set de um filme antigo. Foi de propósito a ideia de sua mãe para canalizar um tempo caracterizado por valores americanos saudáveis, uma reação pelo fato de que fugimos juntos em uma viagem de carro. Algumas pessoas espalharam o vídeo de Addy cantando no bar, e eles foram virais. Nossos pais ficaram furiosos, não por causa de mim e Addy, no entanto. Eu não acho que eles suspeitam de qualquer coisa... bem, a parte de fazer sexo na praia. A cadela má e o Coronel estavam com raiva, nos acusando de sermos adolescentes rebeldes. Mas não havia nenhum indício de que alguma coisa estava acontecendo, com exceção de Addy arrastando seu guarda-costas para a praia para um pouco de diversão amigável. — Não, — diz Addy, quando eu a acompanho até seu camarim. Tenho cuidado para não a tocar na sua bunda da maneira que eu quero no meio de todas essas pessoas. A área dos bastidores está repleta de artistas, trabalhadores para o show que correm por aí, vestindo e cuidando das estrelas, tirando medidas em cima da hora. Pessoas dizem olá a Addy, tocando o ar ao beijá-la. Ela não parece nervosa. Ela parece calma, o que me deixa feliz. Eu sei que multidões a deixa ansiosa, mas ela não está nem fazendo a sua coisa normal de contar. Dentro da sala de maquiagem, ela me beija assim que eu fecho a porta com os braços em volta do meu pescoço. — Cuidado, garota Addy, — eu advirto. — A menos que você queira que eu te foda bem aqui, em seu camarim, antes do seu show. É isso que você quer? — Mhmm, — ela murmura. — Isso é o que você deveria fazer. É para dar boa sorte, você sabe. — Oh, é isso, agora? — eu a apoio contra a parede. — Eu não quero estragar o seu vestido.
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— Não, — ela diz, sua voz suave quando ela olha para mim. — É o melhor do designer. Tenho certeza que custa tanto quanto um carro. — Então eu deveria ser gentil, certo? — eu digo. Mas a última coisa que estou prestes a fazer é ser gentil com ela. — Espero que não, — diz ela. — Eu ficaria desapontada se você fosse. — então ela chega até as minhas calças. — Eu realmente gosto de você em um smoking, você sabe. — Eu prefiro estar fora dele, — eu digo. — Mas não ainda. — Você vai me fazer implorar por isso? — Addy pergunta, fingindo decepção e me dando um suspiro exagerado. — Não é melhor quando você me diz exatamente o quanto você quer? — eu pergunto, deslizando de joelhos na frente dela, puxando para cima as bordas do vestido e colocando minhas mãos em seus tornozelos. Eu quero rasgar o vestido dela e a tomar gora, mas isso é o que ela quer que eu faça também, então eu a vou fazer esperar. Pelo menos um pouco. — Hendrix, — ela diz baixinho. — Eu quero você dentro de mim. — Eu vou estar dentro de você, — eu digo. — Depois que eu lamber essa buceta doce até que eu esteja satisfeito. Me diga o que é que você quer que eu faça. Me diga se você quer minha língua em você, que eu lamba e chupe seu clitóris em minha boca, até você gozar no meu rosto. — eu deslizo minhas mãos até o interior de suas pernas, empurrando o tecido de seu vestido até que fique sobre a minha cabeça e caia por cima de mim. — Me conte. Debaixo de seu vestido, seu aroma é inebriante. Eu não sei o que há sobre ela, mas eu poderia manter meu rosto enterrado entre as suas pernas o tempo todo e ser um homem feliz. Eu não me canso dela. — Eu quero que você me toque, — diz ela e quando eu chego entre as pernas dela, levemente toco sua buceta e seus lábios com as pontas dos meus dedos e ela geme. Meu pau esta rígido contra o tecido da minha calça de smoking pelo simples ato de tocá-la e eu não quero nada mais do que mergulhar profundamente dentro de seu buceta apertada. Mas eu espero. — O que mais? — eu pergunto. Eu quero que ela me diga o que ela quer. Eu gosto de ouvi-la dizer as palavras.
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— Eu quero que você me lamba, — diz ela, então eu a toco com minha língua suavemente, lambendo o comprimento dela, pressionando minha língua contra o clitóris, a sugando em minha boca enquanto ela faz pequenos sons de gemidos. Sento entre suas pernas, quando esta é a minha ideia do céu, quando eu deslizo meus dedos dentro dela e ela geme alto. Eu a estou acariciando, a trazendo mais e mais alta até que ela está me pedindo, me implorando. — Me foda, — ela implora. — Eu estou tão pronta. — Goza na minha cara, primeiro, — eu ordeno. — Merda, Hendrix, eu vou, oh, puta merda, — eu a fodo mais duro com os dedos, sentindo os músculos de sua buceta espremer em volta de mim quando ela começa o seu orgasmo. Então ela chega à parte de trás da minha cabeça. — Oh, sim, você gosta disso, — eu digo. — Hendrix! — ela está gozando em meus dedos, e eu estou gemendo, batendo a cabeça debaixo de seu vestido, dizendo o quanto eu quero colocar meu pau nela. — Se levante! — Hendrix! Eu paro, meu sangue praticamente virando gelo em minhas veias, meus dedos dentro dela param, imóveis, sentindo Addy latejar em torno de mim. Isso definitivamente não era a voz de Addy.
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Capítulo vinte e oito ADDY Eu vou realmente desmaiar. Ou ter um ataque cardíaco. Ou um acidente vascular cerebral. As pessoas têm acidentes vasculares cerebrais ou ataques cardíacos fulminantes em situações como esta. É o tipo de coisa que você lê nos tabloides, as histórias estranhas de mortes de um em um milhão. Me deixe ser o um em um milhão. Eu poderia até morrer de humilhação. Isso tem de ser possível. Eu vou morrer aqui mesmo, agora mesmo e a notícia vai ser, Saudável estrela da música country cai morta com o rosto do seu meio-irmão nos meios das suas pernas. — Hendrix! — minha mãe grita. — Pelo amor de Deus, Coronel, tranque a maldita porta. Aparentemente, isso nunca lhes ocorreu, seus gênios. Eu bato na parte de trás da cabeça de Hendrix. Por que ele ainda está lá, congelado sob a porra do meu vestido? Seus dedos ainda estão alojados na minha buceta, com nossos pais olhando para nós. Ele finalmente se move, saindo de debaixo do meu vestido, e ele cai de volta no chão. Ele se levanta e limpa a boca, realmente olhando para os pais, e agora eu realmente vou morrer. — O que diabos há de errado com vocês dois? — o Coronel grita, se lançando para Hendrix. Seu rosto está vermelho, contorcido de raiva, e eu vejo um olhar vir em Hendrix que eu já vi antes. Hendrix aperta o braço e pega o Coronel antes que ele possa bater nele. — Você que me diz o que está errado com a gente, senhor, — Hendrix diz entre dentes. — Hendrix, não, — eu digo, meu coração na minha garganta. Eu tenho medo que se ele acertar seu pai, ele não vai parar.
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— Isso é nojento... — diz minha mãe, seu lábio enrolado em um rosnado. — O que há de errado com você? Ele é seu irmão! — Meio-irmão, — eu corrijo. — Não é da sua conta quem eu namoro, mãe. Ao meu lado, o Coronel repreende Hendrix. — Eu te dei um maldito emprego depois que você não poderia se manter em um no mundo real. Depois que você não pôde trazer o seu pelotão de volta vivo. É como se as palavras do Coronel, de repente, estivessem sido amplificadas no camarim e tudo o que minha mãe está dizendo parece desaparecer no fundo, como se alguém tivesse baixado o volume de sua voz. Ela está falando sobre meu contrato, ou o meu negócio, ou o que as pessoas vão pensar, ou alguma outra besteira e tudo que eu posso ouvir é o que o Coronel diz ecoando na minha cabeça. Você não pôde trazer o seu pelotão de volta vivo. É como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta. Hendrix recua o punho e dá um soco no Coronel bem no meio da cara. Minha mãe gira para o lado em seu vestido de noite e grita. E eu chamo Hendrix, chamo seu nome quando ele se lança para fora da porta. Minha mãe se vira para mim. — Você vê o que você fez? — O que eu fiz? — eu pergunto. Eu mal estou prestando atenção a ela, mais focada em ir atrás de Hendrix. — Você está demitida, mãe. — Você estragou tudo, cadela ingrata, — diz ela. Por um segundo eu penso em imitar Hendrix e a golpear no rosto também, mas eu não faço. Então é um caos completo. A porta se abre e um dos gerentes de palco olha para nós, piscando. — Srta. Stone, — ele diz. — Está tudo bem? Está quase na sua hora de entrar no palco. — Mudança de planos, — eu digo, passando por minha mãe e caminhando para fora da porta, meu vestido arrastando no chão atrás de mim, mas eu não me importo. Minha mãe está com a mão no rosto do meu padrasto. — Pegue um pouco de gelo, — ela grita com o gerente de palco. — Addison Stone, eu estou entrando em contato com o advogado. — Idem, — eu digo, enquanto saio.
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Capítulo vinte e nove HENDRIX — Hendrix! — Addy chama. Ela está andando na minha direção, seu vestido esvoaçante atrás dela, o gerente de palco correndo atrás dela, ao mesmo tempo em que fala rapidamente em um fone de ouvido e manda mensagens de texto em seu telefone, sua prancheta debaixo do braço. — Espere, por favor. Quando ela me alcança, ela pega meu braço e eu a sacudo para longe, embora parte de mim a quer levar em meus braços e a beijar ali mesmo. Eu quero pressionar meus lábios contra os dela, inalar o cheiro dela. Mais do que isso, eu quero esquecer a merda que meu pai acabou de dizer, a coisa que tem praticamente rastejando para fora da minha pele, querendo dar o fora daqui. — Addy, vá lá, — eu digo. — Te vejo quando você acabar aqui. — Espere Hendrix, — diz ela, as bochechas coradas. — O que seu pai disse sobre o seu pelotãoEu engulo em seco. — Deixa pra lá, garota Addy. — eu digo. — Você está bem? Addy sorri, suas bochechas coradas. — Sim, — ela diz. — Eu acho que estou. — Onde eles estão? — eu começo. — Eles estão saindo, — diz ela. — Eles vão ser escoltados para fora. Eles eram meus convidados, e eles não são mais bem-vindos. — A segurança provavelmente vai vir me pegar também, você sabe, — eu digo, olhando atrás dela. Espero os homens em ternos aparecerem para me escoltar para fora a qualquer momento.
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Addy balança a cabeça. — Eu não acho que o Coronel vai dizer alguma coisa, — diz ela. — Ele é muito arrogante para deixar que alguém saiba que você o acertou e não o contrário. O gerente de palco interrompe. — Isso é realmente bastante inédito, Srta. Stone. — O que é inédito? — Nós estamos indo, — o gerente de palco diz, pegando o braço de Addy. — Eu vou estar de volta em pouco tempo, — Addy chama. — Espere aqui por mim? E assista ao show! Ela desaparece e eu fico em pé nos bastidores, cercado por pessoas que não conheço, mas que eu reconheço de revistas, em seus smokings e vestidos de gala, agindo como se fosse um coquetel. Eu estou aqui e penso sobre o que meu pai disse. Você não pôde trazer o seu pelotão de volta vivo. As palavras passam mais e mais na minha cabeça e eu não tenho certeza se eu posso ficar aqui assistindo um show de premiações quando estou tão agitado que eu só quero ir correr até que eu não possa mais pensar. Eu inspiro, tentando me concentrar agora, em vez das imagens que começam a piscar na minha cabeça, as imagens que eu não posso apagar. E então eu ouço a voz de Addy em um dos muitos televisores espalhados nas paredes de bastidores e eu me aproximo, ignorando a conversa fútil e estúpida das pessoas ao meu redor, falando sobre seus vestidos de grife e depois sobre as festas de mais tarde. Tudo desaparece no fundo, as vozes se misturam e se tornam um rugido surdo quando eu olho para ela. — Eu estou fora do script, — diz ela, olhando para a câmera. — Era para eu cantar algo do meu mais novo álbum, mas eu não vou fazer isso. Eu vou cantar algo que eu escrevi. Não é chamativo e a banda não está preparada para isso, então será apenas eu e o violão. Eu espero que vocês gostem dela. E Hendrix, se você está assistindo, é tudo para você. Sempre foi. Meu coração está na minha garganta enquanto eu a Addy r o violão e colocar a cinta em volta do pescoço. Algumas pessoas em pé atrás de mim teclam mensagens e eu me viro e as calo com um olhar. Addy ali, em pé, em seu vestido de gala branco brilhante, com
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um violão em torno de seu pescoço, vai ser um daqueles furos que toda revista e site de fofocas correm para ter. Eu fico lá, prendendo a respiração, enquanto ela toca os primeiros acordes de uma música que eu nunca ouvi, os olhos fechados. E então ela começa a cantar, e é hipnótico, eu a observo. Ela canta sobre dor e perda. E amor. Eu tinha esquecido como respirar Eu tinha esquecido como viver Eu tinha esquecido como amar... até que você... E, assim, a noite vira em cento e oitenta graus. Apenas assim, a imagem de Addy na minha mente, em vez do horror do passado. Eu sei que não o substitui permanentemente, mas ela o faz agora. E isso é o suficiente. Quando Addy vem nos bastidores, ela está praticamente rodeada por pessoas, outras celebridades, alguns repórteres, mas separada por corpos e ela fica ali, a poucos passos de distância, olhando para mim. — E? — ela pergunta. — Oh, você já acabou? — eu pergunto. — Eu estava no banheiro mijando, então acho que eu perdi. Addy sorri, caminhando até mim e colocando a mão no meu peito. Eu estou ciente dos olhos em nós, o fato de que neste momento, o que está acontecendo entre nós, está o centro das atenções nesta sala, mas eu não me importo. — Não seja um idiota, — diz ela. — Você tem certeza disso? — eu pergunto, a lembrando de todas as potenciais consequências para ela, à possibilidade dela perder seu contrato. Ser processada pela gravadora. Addy dá de ombros. — Foda-se. — Você sabe que eu te amo, — eu digo a ela. Eu percebo que eu tenho pensado isso mil vezes, e me sinto tão bem, como se eu tivesse dito isso sempre, as palavras deixam minha boca, parecendo tão familiares quando eu falo a ela, mas eu nunca disse isso. Ainda não. Não até agora. — Oh, é mesmo? — ela pergunta. Sua cabeça está inclinada para cima em direção a mim, os lábios entreabertos e eu a quero beijar, mas eu espero, porque há coisas que precisam ser ditas.
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— Eu te amo, — eu digo. — Absoluta e completamente. Eu te amei desde o primeiro dia, garota Addy. Durante sete anos eu te amei. — Tudo bem, — diz ela. — Tudo bem? — eu pergunto. — É isso? Eu te digo que te amo e você diz tudo bem? Um largo sorriso se espalha por seu rosto. — Eu também te amo, mas você já me ouviu dizer isso no palco, — diz ela. — Agora, pare de me dar uma dura e me beije. Você sabe que os tabloides vão precisar de uma boa imagem para ir com o seu escândalo. Então, vamos lhes dar uma bem boa. Então, eu a beijo, um daqueles beijos de filmes, em câmera lenta, mãos-em-seu-cabelo, beijos onde tudo no mundo para. E então eu me curvo, e a pego em meus braços, e eu a carrego para fora de lá, sorrindo como o filho da puta mais sortudo do planeta, porque eu sou. Bem na frente dos repórteres e tudo mais.
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Capítulo trinta ADDY O meu telefone vibra mais e mais, até que eu finalmente o desligo. Isso não parece bom o suficiente, então eu retiro o cartão SIM e o quebro ao meio antes de virar para Hendrix, que olha para mim com diversão. — Eu não quero falar com ninguém agora, — eu explico. — E vai haver muita coisa para falar. Estamos na limusine, dirigindo de volta para casa, até que Hendrix bate no vidro fumê e pede ao motorista para desviar. Andamos um tempo e não tem nenhum paparazzi, até que ele finalmente para em um pequeno complexo de apartamentos. — Não é nada extravagante, — explica ele, me levando pela porta da frente. — Ok, é tipo só para dormir, então se prepare. Eu só quero te mostrar uma coisa. O apartamento não é um lixo, tanto quanto é nu de qualquer coisa parecida com a personalidade de Hendrix. É gritante, vazio, exceto por algumas peças de mobiliário, algumas roupas e algumas caixas. — Você mora aqui? — eu pergunto. — Sim, — Hendrix diz simplesmente. Ele pega a minha mão e se senta em uma cama, e abre uma caixa. — Eu quero que você saiba quem eu sou os anos em que eu fui embora. E o que meu pai disse— Hendrix, — eu digo, segurando a minha mão para cima. — Você não precisa explicar. — mas eu fecho a minha boca quando ele começa a falar palavras que parecem sair de dentro dele em uma comporta que não deseja fechar. Ele me conta sobre os caras com quem ele estava, com o resto de sua equipe que foi morta em uma explosão de IED25, nas montanhas do Afeganistão. Ele me diz sobre a culpa que ele 25IED:
Um artefato explosivo improvisado ou bomba caseira. É uma bomba de fabricação caseira construída e implantado em outras maneiras do que em uma ação ~ 195 ~
tem por sobreviver, como ele corre por quilômetros à noite em vez de dormir, como ele não conseguia pensar no futuro porque ele não podia ver um para si. Ele fala e fala e fala, quase sem respirar, e eu seguro sua mão, sem dizer nada até que ele termina. Então ele olha para mim e diz: — Eu tenho sido um covarde. É a razão pela qual eu nunca disse que te amava antes. Meu coração parece que está explodindo e eu não tenho certeza se é mais porque ele se quebrou por ele, ou porque finalmente eu sei que ele me ama. Então ele chega à caixa e me entrega uma pilha de cartas. — Esta é a outra razão pela qual eu tenho sido um covarde, Garota Addy, — diz ele. — O que... — abro a que está na frente, meu olhos correndo sobre as primeiras linhas, e se eu pensei que meu coração ia explodir de amor por este homem antes...
Garota Addy, Vinte e dois dias. Eu tenho vinte e dois dias para acabar essa merda. Duzentos e dezoito dias que tudo está indo à merda e eu estou vivo. Meu pelotão está vivo. Vinte e dois dias e nós estamos indo para casa e eu juro que eu vou dizer as coisas que eu queria dizer a você desde que a deixei. Eu tenho certeza que você me odeia agora. Mas se eu chegar em casa, eu vou te dizer que não passou um dia desde que eu a deixei que eu não tenho pensado em você, que você não tenha estado em torno da minha mente.
Eu olho para as outras cartas em minha mão, todas dirigidas à mim. O impacto total do que eu estou me segurando me bate, e eu começo a chorar. Hendrix me pega e enxuga uma lágrima do meu rosto. — Eu não poderia dizer o que eu queria dizer. E depois... do que aconteceu com o meu pelotão... eu parei. — E então você chegou em casa, — eu digo. Hendrix desliza seus braços em volta de mim. — E então eu vim para casa. — ele faz uma pausa. — É meio idiota te escrever. militar convencional. Pode ser construída de explosivos militares convencionais, como um círculo de artilharia, ligado a um mecanismo de detonação. ~ 196 ~
Eu ri, recua e olha para mim. — Você está rindo de mim? — Eu vou te mostrar mais tarde, — eu digo. — Eu tenho um caderno cheio de músicas, Hendrix. Elas são todas sobre você. Você escreveu cartas, eu escrevi canções. — Eu acho que nós dois somos idiotas, — diz ele. — Eu acho que nós somos. Hendrix me beija em seguida, e eu sei que, independentemente do resultado da premiação, tudo vai ficar bem.
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Epílogo HENDRIX Addy ronca enquanto dorme, não aquele ronco baixinho. Ela está em seu terceiro trimestre e ela soa como um trem de carga no mínimo. Ela está apoiada em travesseiros, vários nas costas e uma sob seus joelhos como se estivesse dormindo em uma cadeira e eu me aproximo e deslizo a mão sobre sua barriga que cresce rapidamente, tentando não acordá-la. Eu não durmo mais agora do que antes, mas não é mais porque eu estou correndo. Na verdade, eu parei de fugir de tudo. Quando eu disse a Addy que eu a amava, eu quis dizer isso. Eu não a queria deixar ir. Nos escondemos por uma semana depois que tudo aconteceu. Um dia depois, eu pensei que Addy estaria ferrada. Mas seus fãs adoraram a música e o clipe de sua fala e a música foi repetida em todos os lugares. Addy saiu chamuscada, porém, mais determinada também. Ela contratou um advogado foda e uma equipe de relações públicas e ela lutou como o inferno quando a gravadora tentou alegar que o nosso relacionamento era uma violação da sua cláusula de moralidade. Fizemos entrevistas com a imprensa, em talk shows e, surpreendentemente, o público foi amplamente favorável. Nem tudo é arco-íris e borboletas. Addy se acertou com o estúdio e seu contrato foi rescindido. Mas ela acabou não devendo qualquer coisa e ela estava livre de tudo isso. Addy bufa um pouco e se move suavemente, a mão cobrindo a minha e eu me aconchego ao lado dela, a respirando, e fechando os olhos. Eu não posso dormir, mas eu vou ficar aqui contente com a minha futura esposa e filho. Eu sei que tenho um futuro com eles. E isso é o suficiente.
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ADDY Eu ando pela areia branca, ofuscante à luz do sol, as mãos alisando o tecido do vestido de verão branco sobre a minha barriga cada vez maior. Hendrix pega a minha mão e ele tem o maior sorriso que eu acho que já vi. — Você tem certeza que quer fazer isso, docinho? — ele pergunta. — Você tem certeza que quer fazer isso comigo? — eu pergunto. — Meus pés estão inchados e eu não estou sequer andando a pé mais, eu estou gingando em todos os lugares. Como um pato. Um pato gigante, grande e gordo. Hendrix me vira, desliza seus braços em volta de mim, em toda a minha barriga, seu rosto no meu pescoço. — Eu definitivamente estou certo, — diz ele. — Eu nunca tive tanta certeza de nada na minha vida. Isto é o que eu quero. Com você e com nosso filho. Nós teremos um menino. Eu vou ser mãe. E, a partir de hoje, aqui na praia, uma esposa. Tudo é como deveria ser. Realmente, é melhor do que eu jamais poderia ter imaginado. Eu estava preparada para que tudo desmoronasse após a premiação. Não foi fácil, isso é certo. Eu perdi o meu contrato confortável com a gravadora. E alguns amigos. Minha mãe e o pai de Hendrix não têm falado conosco. Seu pai nunca disse nada sobre a briga que eles tiveram, não em qualquer meio de comunicação. Minha mãe, por outro lado, está supostamente escrevendo um livro contando tudo. Mas minha irmã, Grace, tem sido uma de minhas maiores apoiadoras, e estamos mais próximas do que nunca. E eu sei que o nosso filho e Brady vão crescer juntos. Eu estou escrevendo canções como louca agora. Eu comecei minha própria gravadora, um indie e eu vou colocar no mercado um álbum de folk em um par de semanas. Eu também vou casar com Hendrix em aproximadamente cinco minutos. E nós estamos tendo um bebê. Quando o ministro diz: — Você pode beijar a noiva, — Hendrix sorri. ~ 199 ~
— Inferno, sim, — ele sussurra em meu ouvido. E quando ele me beija, é apenas como a primeira vez, no meio do bosque. Nós temos dezesseis anos de novo, adolescentes com toda a nossa vida à frente e o mundo para de girar, e só assim, tudo é como deveria ser. Minha vida pode não ser um conto de fadas total, o modo como todos, inclusive eu, pensei que seria quando eu fui descoberta pela primeira vez. Mas mesmo que ela não seja perfeita e Hendrix e eu não estamos nem perto de ser história de ficção, é a nossa história. Nós vamos viver a nossa versão do ‗felizes para sempre’.
FIM
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