Descobrindo Ipameri...
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chacoalhar do ônibus não nos fazia muito bem. O tempo meio fechado também não ajudava na animação, assim como saber que as malas estavam bagunçadas no bagageiro. Rumo a Ipameri, os alunos tentavam se distrair para as cinco horas passarem mais depressa. O que esperar desse lugar? Já na chegada, descobrimos a hospitalidade do município, característica presente durante toda a nossa estadia. Muito mais do que dispostos a nos ajudar, os habitantes de Ipameri queriam fazer novos amigos. Entrevistas viravam longas conversas e as perguntas davam lugar, muitas vezes, a abraços e risadas. Ao final do dia, o “quer passar lá em casa pra comer um pão de queijo?” mostrava a simpatia do ipamerino. Esta revista surgiu da nossa curiosidade e da vontade de dar voz aos que poderiam ter algo para contar. E quantas histórias descobrimos! Foram quatro dias vivendo Ipameri. As eventuais faltas de dados numéricos fizeram com que editores e repórteres se desdobrassem em grandes imersões no munícipio. Cada pessoa, entrevista, comentário e resposta eram importantes para o descobrimento da cidade.
Economia, política, educação, saúde, cultura, esporte e lazer. Na nossa revista laboratorial, mostramos o poder do agronegócio em Ipameri, a situação da saúde pública e do ensino básico e superior, o pioneirismo na comunicação e no setor elétrico, e a história do exército no local. Também falamos sobre o time de futebol profissional Novo Horizonte Futebol Clube, o rally que movimenta o município (Mocajee) e a cultura das motos e do rock n’ roll, que ganha espaço na região. Estivemos também na Feira Gastronômica, que, semanalmente, é local de encontro dos ipamerinos. Conhecemos a Cerâmica Boa Nova, instituição de capacitação artesanal reconhecida internacionalmente como exemplo de projeto social. E por falar em “internacional”, as academias Rise Studio de Dança e Cia de Ballet Farley Mattos, de Ipameri, dão oportunidades para que jovens dancem fora do país. Matérias, perfis e crônicas enchem, de Ipameri, estas páginas. Com olhares curiosos, ouvidos atentos, agilidade na ponta da caneta e no clique da câmera, registramos o município em palavras e imagens. E aqui fica o convite para que, assim como nós, você descubra Ipameri.
Perfil da cidade Tamara Montijo
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uem visita a cidade tem a oportunidade de sentir uma breve pausa no tempo. Surgida no início do século XIX, ainda vive de muitas lembranças do seu passado. Ipameri, que na língua Tupi-Guarani significa “entre rios”, surgiu à margem do ribeirão “Vai-vem” quando homens dedicados ao plantio e à criação de gado se agruparam e formaram o povoado denominado “Vai-vem”. Com o tempo o povoado foi crescendo, dando origem, em 1870, à cidade hoje chamada Ipameri. O município, que atualmente conta com 25 mil habitantes, foi ocupado por povos de diversas nacionalidades. Com a chegada da estrada de ferro, em 1913, essa mistura ficou ainda mais aparente. Vieram pessoas de colônias portuguesas, alemãs, francesas, espanholas e árabes. Esses últimos foram os principais responsáveis pela prática do comércio da região, que é uma das principais fontes de renda até os dias de hoje. A estrada de ferro, além de imigrantes, trouxe a Ipameri uma outra forma de viver. Os ares calmos, típicos do sertão, já não eram mais os mesmo. O trem dinamizou a vida na cidade e trouxe consigo o progresso. É notável o orgulho dos ipamerenses ao contarem que a cidade foi pioneira em vários aspectos dentro do estado de Goiás. A energia elétrica chegou em Ipameri antes mesmo de chegar à capital Goiás Velho. Em 1904, o Major Aristides e seus dois filhos, Francisco Lopes e Edison Lopes, montaram um locomóvel (caldeira que movimentava um dínamo) e geraram a primeira fonte de energia elétrica do estado, que serviu para a iluminação urbana. Dez anos depois, em 1914, foi inaugurada a primeira usina hidrelétrica de Goiás com tecnologia vinda da Suíça. A partir daí Ipameri
não parou. Surgiu a primeira indústria movida a energia elétrica do estado, uma fábrica de beneficiar arroz e, em seguida, uma fábrica de gelo. No ano seguinte, o munincípio recebeu o primeiro cinema da região, instalado por Virgínio V. Lopes, em sua própria casa. Logo depois, surgiu o primeiro serviço publico de telefonia, a primeira máquina de tirar raiox, o primeiro jornal, a primeira rádio católica, o primeiro Banco do Brasil entre outros. Não só de aspectos tecnológicos viveu Ipameri. Seus cidadãos eram muito preocupados com o lado social. Na década de 60, foi constatado que a cidade contava com altas taxas de crianças e jovens na mendicância, sem perspectiva de melhorar de vida. Iniciou-se, então, um projeto para educar e profissionalizar esses jovens, a Cerâmica Boa Nova, onde eles aprendem técnicas e produzem peças artesanais. Para comercializar o trabalho feito por esses jovens, foi criada a Casa do Artesão. Esse projeto Social desenvolvido pela Sra. Margarida Fernandes Horbylon junto com outros moradores que se voluntariaram, está em funcionamento até os dias de hoje. Porém muito se perdeu em Ipameri, principalmente no que tange ao espírito inovador da cidade. Com a mudança de hábitos, no final do século XX, a ferrovia foi perdendo o seu valor. Os viajantes foram dando preferência a rodovias, que eram uma forma mais rápida de chegar ao seu destino. Entre 1930 e 1940, foi construída a BR 050, que desviou o caminho de Ipameri, passando pela cidade de catalão. A construção da rodovia atingiu negativamente a cidade. Ipameri, que antes era passagem obrigatória para quem fazia viagens pelo estado de Goiás, agora passa despercebida. O que um dia foi motivo de orgulho, hoje está na memória dos mora-
dores. A usina hidrelétrica foi desativada. No lugar do antigo cinema, agora funciona um bar. O jornal não existe mais. O município parou no tempo. Perdeu seu espírito inovador e agora carrega traços de uma cidade de interior.
Um espelho de mĂşltiplas faces Diferenciais e contrassensos da rede pĂşblica em Ipameri Texto e Fotos: Mariana Lozzi
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o dia 02 de janeiro de 2013, Ana Lúcia Vaz Simão e mais dez Secretários ocuparam suas salas na prefeitura da cidade, marcando o início da gestão da Prefeita Daniela Vaz Carneiro, eleita pelo PSDB no final de 2012. Com 22 anos de experiência na área de educação, Ana Lúcia hoje é responsável por administrar 16 escolas municipais da cidade de Ipameri. Faltando um dia para completar onze meses desde o início de seu tra-
balho no gabinete da Prefeitura, no dia 1º de novembro Ana Lúcia Vaz Simão senta-se atrás de sua mesa. Nas cadeiras à sua frente, dois jovens lhe aguardam com câmeras fotográficas penduradas nos pescoços e gravadores em punho. Enquanto blocos de notas eram arranhados por canetas frenéticas, em tentativa de registrar cada de suas frases, a Secretária de Ipameri ritmava a fala, pronunciando cada palavra. Depois que a conversa teve fim e Ana Lú-
cia se despediu dos entrevistadores com dois beijinhos nas bochechas de cada, as cadeiras foram ocupadas por uma nova dupla de jovens. Assim haveria de transcorrer o resto de sua manhã – na mira de um gravador, a Secretária de Educação do Município de Ipameri introduziu os visitantes (os estudantes/repórteres da UnB) ao cenário educacional da cidade. De cabelos descoloridos, olhos claros, pequena estatura e gesticu-
lação incessante, Ana Lúcia fala de sua cidade com entusiasmo, “A localização geográfica de Ipameri é muito privilegiada. Somos a intersecção entre as grandes metrópoles de Minas, de Goiás e estamos pertinho da capital da República!”. Sobre a sua mesa repousam algumas canecas com canetas, uma pilha de papéis e, no centro, um documento fechado em cuja capa se lê: “Plano de Educação 2014”. Ela desliza as mãos sobre os papéis e diz: “Esse aí eu ainda não corrigi, por isso não posso discutir nossas metas para 2014 com vocês”. Apesar da insistência, Ana concordou em citar duas atribuições urgentes da Secretaria de Educação para o próximo ano: a nomeação de novos Diretores para as unidades escolares e a definição de um calendário escolar para o período da Copa do Mundo. “Apesar das dificuldades que en-
frentamos diariamente, acredito que os habitantes de Ipameri se orgulham de nossas escolas” começa Ana Lúcia, referindo-se aos mais recentes dados liberados sobre o Ideb (Índices de Desenvolvimento da Educação Básica), indicador criado pelo governo federal para medir a qualidade de ensino nas escolas públicas. “Com média 6.5, Ipameri superou a média nacional de 5.0”, explica, referindose aos índices de 2011. “Dentro do Estado, nossas escolas só perdem para as federais”, revela, com sorriso triunfante. A Secretária menciona a média de remuneração do professor da rede pública em Ipameri, considerado por ela suficiente para levar uma vida relativamente confortável. Em 2008, a Lei 11.738/08, conhecida como “Lei do Piso”, estabeleceu um piso salarial válido em todo país para os professores de Ensino Fundamental e Mé-
dio. No ano de implantação da Lei, era de R$950,00 e desde então houve um aumento no piso de R$617,00, hoje fixado em R$1.567,00. “Em janeiro de cada ano, podemos observar um aumento considerável no salário do professor”, diz Ana Lúcia, referindo-se à obrigatoriedade de atualização do piso no mês de janeiro, como prevê a Lei. Piso. Em 2014, o aumento salarial dos professores é estimado em 19%. “É como ser Diretora de 16 escolas”, desabafa Ana, referindo-se à carga de trabalho na Secretaria. Apesar de ser responsável por um grande número de unidades escolares, ela não tem controle sobre as nove escolas Estaduais de Ipameri. “A prefeitura fica encarregada de gerir as unidades municipais, por isso, não tenho acesso aos dados das estaduais”, revela.
Uma sala de muitos espelhos Em Ipameri, mais de 30 escolas funcionam regularmente, número considerável quando são levados em conta os quase 25 mil habitantes do município. Mas somente três delas oferecem Ensino Médio: a Escola Estadual Normal César Augusto Ceva (ENCAC), o Colégio Estadual Pedro Eduardo Mancini (CEPEM) e o Colégio Universitário Sistema Poliedro, entidade privada. Considerando que nenhuma dessas é municipal, o trabalho que a Prefeitura realiza na coleta de dados para a obtenção de um panorama geral da educação no município fica restrito ao Ensino Fundamental. Além de a falta de comunicação entre os governos municipal e estadual comprometer a obtenção de um panorama realista da educação em Ipameri, os colégios estaduais CEPEM e ENAC ficam encarregados de absorver toda a demanda da cidade por educação média gratuita. Segundo o Censo Demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entre 1991 e 2010, 54,3% dos jovens ipamerinos de 15 a 17 anos concluíam o ensino médio. Índice consideravelmente maior que os 13,2% de crianças entre 7 e 14 anos que não estavam cursando o Ensino Fundamental. Denise dos Santos Miguel, Coordenadora Pedagógica da Escola Estadual Normal César Augusto Ceva, atribui a defasagem escolar entre alunos do Ensino Médio mais ao desejo de obterem independência financeira do que ao envolvimento com drogas ou gravidez precoce. “Normalmente, os alunos que deixam a escola estão envolvidos com o comércio local ou como programas de capacitação empresarial, como o IEL”. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) oferece serviços de capacitação empresarial e gestão financeira a distância e, por não exi-
gir diploma de conclusão de Ensino Médio, é uma alternativa comum aos jovens ipamerinos que procuram inserção no mercado de trabalho. Área de intersecção As diferenças entre os desempenhos de alunos de Ensino Fundamental de escolas estaduais e municipais não constam nos documentos de controle da Prefeitura nem do Estado. Assim, as divergências entre as respostas aos métodos de ensino das redes são analisadas em conversas informais entre professores, e não dentro de gabinetes.
A razão da ausência de instrumento pedagógico que vise nivelar os desempenhos dos alunos das escolas públicas em Ipameri é a adoção, pela Prefeitura e pelo Estado do Goiás, de exames distintos. Enquanto as escolas municipais realizam a Prova Brasil, as estaduais avaliam o desempenho pelo Saego (Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás), tornando inviável uma análise comparativa. Denise dos Santos Miguel, além de Coordenadora da Escola Normal durante a manhã, trabalha, no turno da tarde, no Centro Municipal de Ensino e Treinamento João Marcelino. “É bastante comum”, explica a Secretária Ana Lúcia, “que professores da rede estadual também dêem aula na rede municipal, uma coisa não impede a outra”. Ana acredita que a participação de professores em ambas as redes só tem a contribuir
para o diálogo entre as unidades estaduais e municipais. Maria Ivone, Diretora da Escola Municipal Godofredo Perfeito, declarou que procura conversar com o corpo docente de colégios Estaduais antes de adotar determinado nível didático. “Assim, evitamos tomar rumos pedagógicos muito diferentes”, diz Maria Ivone. Telefone sem fio O Colégio Estadual Professor Eduardo Mancini, mais conhecido como CEPEM, com 80anos, é a unidade escolar mais antiga e com maior número de alunos matriculados, 580 alunos. Formada em Artes Visuais e Pedagogia, Márcia Aparecida leciona no colégio há 14 anos, se reveza entre salas de aula de Ensino Fundamental e Ensino Médio e, assim como a colega Denise dos Santos Miguel, dá aulas para ambas as redes. Ao longo dos anos, Márcia coletou impressões
sobre os possíveis desdobramentos da bipartição da educação pública dentro do município. “Acredito que o aproveitamento na rede municipal seja maior, talvez porque seja mais rigorosa. O fato de haver uma Prefeitura praticamente no quintal das escolas é de grande ajuda durante as horas de crise”, ela explica. Segundo Márcia, a grande distância entre as escolas estaduais e a sede do governo do Estado de Goiás dificulta a comunicação. “Não é incomum termos de nos deslocar até a Subsecretaria, em Pires do Rio, quando o problema exige uma urgência maior”, ela revela. Além da demora na obtenção de uma resposta quando um problema da escola é transmitido para uma das Subsecretarias estaduais, a mensagem, de tanto ser repassada por mediadores, corre o risco de chegar danificada aos ouvidos de quem interessa.
eficientes durante a prova porque auxiliam o aluno a se lembrar um conteúdo extenso, mas, em longo prazo, a fórmula é esquecida. Márcia também explica que o aluno não precisa necessariamente entender o processo de raciocínio que resultou na fórmula para usá-la na prova e obter êxito, o que acaba por desestimular a curiosidade na busca por conhecimentos fundamentados. “O jovem precisa saber que ele é capaz de andar com suas próprias pernas.”, sintetiza a professora.
Com a experiência que adquiriu como educadora Márcia entende que as prioridades do sistema educacional brasileiro precisam sofrer mudanças drásticas para que os alunos não sejam prejudicados. “Somos contemplados por um sistema educacional que visa quantidade e não qualidade”. Segundo Márcia, os alunos são “bombardeados” com um volume muito grande de conteúdo para ser aprendido em um curto período de tempo. Com isso, completa a professora, “a aprendizagem torna-se superficial, o conteúdo não é fixado devidamente e nem aprofundado e, uma vez que o aluno deixa a escola, é fácil esquecer-se do que foi aprendido em sala de aula”. Um dos efeitos negativos dessa mentalidade imediatista, afirma Márcia, é tornar os alunos dependentes de resumos didáticos, conhecidos como “fórmulas”. Tais fórmulas são
Faxina Em seu escritório na Prefeitura de Ipameri, na mesma manhã de novembro em que aspirantes a jornalistas a visitaram com gravadores e canetas frenéticas, a Secretária de Educação Ana Lúcia contou uma historia antiga que se desenrola até o presente. Quando foi indagada a respeito de dados precisos e quantitativos imprescindíveis para traçar um panorama geral da educação no Município, disse: “Queria poder ajudálos, mas não posso.” Sorriu com os olhos baixos e espalmou as mãos sobre o “Plano de Educação 2014”. “Quando cheguei nessa sala, dia 2 de janeiro, encontrei o escritório limpo. E não é de pó que estou falando – não havia um único documento referente ao trabalho da gestão anterior. Queriam que eu começasse do zero”. Ana descreve o episódio como uma prática recorrente dentro de Prefeituras de Municípios pequenos quando a troca de gestão faz com que alianças políticas sabotem os mandatos umas das outras na alternância do poder. “Infelizmente, é assim que se faz política por aqui”, diz ela, que se levanta para se despedir dos visitantes.
repArte Uma forma de transmitir conhecimentos artĂsticos Ă sociedade Texto: Bruna de Araujo Lima e Mariana Foto:
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artha Rocha não gosta de ser chamada de dona, senhora e evita quaisquer denominações que remetam à chegada da idade. Apesar do infindável estoque de histórias acumulada durante a vida que construiu em Ipameri, esta senhora, ou melhor, mulher, acredita rejuvenescer com o passar dos anos e adora conversar pessoal e virtualmente. Nos fins de semana, passa perfume e batom para encontrar os amigos e desfrutar dos programas que a cidade tem a oferecer. Freqüenta lugares de públicos mais jovens bem como os conhecidos como favoritos da terceira idade. Por se relacionar com todas as idades, Martha estabelece um ciclo de amizades que ultrapassa o espaço físico da pequena cidade e, através de suas atividades nas redes sociais, atinge proporções globais. Já foi advogada, professora de português, é instrutora de motos em uma auto-escola e, apesar de não se considerar uma artista, seus trabalhos com o pincel são conhecidos em toda a cidade. Aprendeu sozinha a desenhar e pintar. O treino e as técnicas, desenvolvidas pela própria Martha, ajudaram a aperfeiçoar sua arte. “Meu primeiro esboço é o ar”, revela a artista, com os olhos fechados e sorriso sereno no rosto. “Primeiro imagino o que vou fazer e, só depois de visualizar a obra, desenho no ar com as minhas mãos”, completa Martha. Suas habilidades artísticas são um dos motivos pelo qual a pintora é uma figura de destaque no cenário ipamerino, mas não o único. Como forma de transmitir conhecimentos artísticos aos cidadãos de Ipameri, Martha realiza trabalhos no Projovem e no Grupo de Convivência de Melhor Idade, programas vinculados à Secretaria de Assistência Social que têm como objetivo geral contribuir para a melhoria na qualidade de vida da população. O Pro-
jovem acolhe jovens de 15 a 17 anos a fim de ensiná-los a conviver no mercado de trabalho e na sociedade. Promove palestras com autoridades em temas como meio-ambiente, leis, respeito, deveres civis, oferece atividades físicas, de lazer e introduz jovens no mercado de trabalho. Não é incomum que Martha ministre as aulas de desenho e artes visuais ofertadas pelo Projovem, ensinando aos alunos técnicas em cerâmica. “Trata-se de uma técnica de pintura com os dedos que incentiva os alunos a expressarem seus sentimentos e liberarem a criatividade”, diz Martha, a respeito das aulas de pintura no azulejo. Os encontros do Grupo de Convivência da Melhor Idade acontecem às quintas-feiras e reúnem aproximadamente 120 idosos. Atividades como aulas de dança, exercícios físicos, pintura, artesanato, palestras e assistência à saúde norteiam o programa. Martha ensina pintura em tecido, que, além de ser uma atividade prazerosa, também é capaz de gerar lucro através da venda dos trabalhos confeccionados na aula. Martha acredita que em, suas aulas, não apenas cumpre um dever cívico, mas aprende junto com seus alunos a ser uma melhor profissional, cidadã e ser humano
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