REVISTA
SINDLOC
Ano XVII – Edição 141 – janeiro 2013
PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO Os presidentes de entidades ligadas à cadeia do setor de locação revelam certo otimismo para o ano que se inicia em decorrência das políticas econômicas
Montadoras anunciam os lançamentos de 2013 Tecnologia aprimora a gestão das locadoras
Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo
Bureau de Vendas Grand Brasil
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3018-3020
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Concessionárias
CENTRAL DE ATENDIMENTO
Editorial
Um ano de aprendizados e amadurecimento O ano que passou foi especialmente desafiador para a economia brasileira. Os percentuais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) oscilaram entre 1% e 3%, com inflação na casa de 5%. Mesmo com momentos de turbulência, por um lado reflexo direto da crise econômica internacional, e no cenário doméstico pela restrição ao crédito e da alta taxa de inadimplência, o setor de locação trilhou o caminho do crescimento, com direito a muitos aprendizados. A despeito destas dificuldades, que sempre existiram, 2012 atestou a maturidade do segmento de locação no Brasil. Para 2013, as perspectivas são ainda melhores. Nas páginas a seguir, vamos mostrar a expectativa dos presidentes de entidades ligadas ao turismo, indústria, comércio e a nossa própria atividade. Mesmo em tom comedido, todos preveem o fortalecimento da nossa economia e, consequentemente, de importantes setores como o de locação de veículos. As perspectivas são tão boas para o mercado automotivo que as próprias montadoras transformaram o Brasil em um player para vários lançamentos. E não é só isso. Muitas marcas constataram o potencial do nosso mercado consumidor e anunciaram investimentos bilionários, para incrementar a produção e desenvolver novas tecnologias no país a partir desse ano. Na verdade, estamos de olho em 2014, 2015 e 2016. A agenda de São Paulo já tem vários eventos confirmados para os próximos cinco anos. E é essa visão de futuro que deve determinar nosso sucesso. Megaeventos esportivos como Copa das Confederações e Copa do Mundo de Futebol beneficiarão as mais variadas atividades econômicas em todo o Brasil, com impacto natural na nossa atividade. Paralelamente, imbuído do propósito de unir os empresários de locação e capacitá-los para enfrentar as dificuldades e manter o ritmo de crescimento, o Sindloc-SP vai investir forte na qualificação e profissionalização dos gestores, por meio de cursos e treinamentos regulares, alem de palestras com figuras de destaque no cenário nacional. Estamos trabalhando no planejamento destas nossas ações já desde os primeiros dias de janeiro. Outro marco para este ano é o lançamento da Revista do Sindloc-SP, que traz colunas fixas de especialistas em Direito e Gestão, além de novidades do mercado automotivo e informações técnicas. Nesta primeira edição, abordaremos temas relevantes, entre os quais o uso da tecnologia a favor do aluguel de carros e os principais lançamentos das montadoras para 2013. Alberto de Camargo Vidigal Presidente do Sindloc-SP
Expediente A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuído gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros, jornalistas.
Presidente: Alberto de Camargo Vidigal Vice-Presidente: Eladio Paniagua Junior Diretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang Diretor Secretário: Paulo Miguel Jr. Consultor de Gestão: Luiz Antonio Cabral Conselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha Junior Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.br Coordenação: Eduardo Graboski Redação: Edaurdo Graboski e Katia Simões
Diagramação: Cris Tassi - contato@cristassi.com.br Revisão: Júlio Yamamoto e Leandro Luize Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - piratininga@scritta.com.br Impressão: Gráfica Revelação Tiragem: 5 mil exemplares Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131 E-mail: secretaria@sindlocsp.com.br É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.
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sumário
05 PESQUISA Segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros, os carros populares foram os mais roubados no Brasil em 2012.
07 JURÍDICO Marcelo José Araújo, advogado e professor de Direito de Trânsito, fala sobre os benefícios da suspensão da Resolução 404 do Contran.
16 GESTÃO Os novos recursos tecnológicos garantem cada vez mais agilidade no atendimento e controle financeiro das locadoras.
20 FUTURO A tecnologia wireless utilizada em locadoras de veículos dos Estados Unidos e da Europa é modelo para o Brasil.
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ECONOMIA Presidentes de entidades ligadas à cadeia produtiva que envolve o setor de locação e economistas têm boas perspectivas para 2013.
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MERCADO Neste ano, as montadoras apostam na venda dos sedãs médios, além dos compactos. Veja os principais lançamentos para 2013.
inFormaÇÕEs ÚtEis
ALVO DE CRIMINOSOS
Os veículos populares lideram a lista dos mais roubados Parar o carro na rua exige atenção redobrada. De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNES), no ano passado foram roubados 233.159 veículos no Brasil. Em 2011, esse número era maior, de 237.546. Mesmo com a redução, a estatística ainda é preocupante. A lista é composta praticamente de veículos populares, com valor inferior a R$ 40 mil e que podem ser revendidos mais facilmente. Além disso, automóveis como Fusca e Parati não possuem um sistema de segurança tão eficaz quanto o de modelos mais atuais. Os carros mais roubados em 2012* Ranking
Modelo
Unidades roubadas
1º
Volkswagen Gol
39.086
2º
Fiat Uno
18.005
3º
Fiat Palio
13.448
4º
GM Corsa
10.119
5º
GM Celta
7.221
6º
Ford Fiesta
6.935
7º
GM Monza
4.849
8º
VW Parati
4.577
9º
VW Fusca
4.468
10°
Fiat Siena
3.966
* Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNES)
NOVOS CARROS
Recorde de automóveis emplacados em 2012 Considerado o melhor ano das montadoras no mercado brasileiro, 2012 registrou a marca de 3,63 milhões de carros emplacados. O número é 6% superior ao recorde obtido em 2011. Essa alta é explicada principalmente em razão dos incentivos fiscais concedidos pelo governo à indústria automotiva, além dos juros mais baixos e da facilidade de crédito. Com isso, a média diária de emplacamentos, que caminhava em um ritmo um pouco acima de 12 mil carros, saltou para um volume aproximado de 16 mil unidades a partir de junho. Em dezembro, os brasileiros compraram ainda mais. As concessionárias de todo o país venderam 17 mil carros/dia, com picos de 24 mil licenciamentos. Já nos primeiros dez dias deste ano, segundo dados divulgados pelo Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), foram emplacados 100 mil veículos. Na média, as vendas chegaram a 14,28 mil unidades diárias, alta de 24,2% sobre a média diária de janeiro de 2012. A indústria automotiva mantém seu vigor logo no início do ano.
TURISMO
O movimento nos aeroportos de São Paulo é 6,2% maior A alta do dólar e a facilidade para obtenção de crédito impulsionaram o turismo nacional em 2012. Os destinos também se empenharam na divulgação de suas infraestruturas e atrações, chamando a atenção inclusive de visitantes estrangeiros. Com isso, a quantidade de voos domésticos saltou para 763.816, ou seja, 4,6% a mais do que em 2011. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a Regional de São Paulo registrou número de passageiros 6,2% maior do que em 2011, superando 58 milhões de embarques e desembarques. Isso faz com que São Paulo seja responsável por 25% dos mais de 3 milhões de voos anuais do país, balizando a média nacional de 6,5% ao representar 30,5%.
Fluxo de passageiros em São Paulo*
2012
2011
Janeiro
Mês
5.160.061
4.693.309
Fevereiro
4.362.973
3.870.552
Março
4.707.057
4.471.485
Abril
4.783.860
4.597.945
Maio
4.726.252
4.442.262
Junho
4.688.826
4.223.501
Julho
5.408.557
5.127.863
Agosto
4.930.667
4.732.928
Setembro
5.020.641
4.631.035
Outubro
5.088.308
4.699.757
Novembro
4.700.573
4.555.499
Dezembro
4.804.429
4.906.312
Acumulado
58.382.204
54.952.448
* Infraero
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coluna
trabalhista
Carnaval é ou não feriado? O fato de não haver expediente de trabalho em em-
ção em outro), desde que não ultrapasse o limite má-
presas, bancos ou repartições públicas nas terças-feiras de
ximo diário estabelecido por lei, observado o acordo
Carnaval e até ao meio-dia da Quarta-Feira de Cinzas cau-
coletivo da categoria e;
sa muitas controvérsias em torno do “feriado de Carnaval”. Essa tradição induz muitas pessoas a acreditar que é feriado
3ª) Liberalidade do trabalho por parte da empresa.
e que, portanto, não precisam exercer suas atividades em seu local de trabalho.
As empresas precisam ficar atentas quanto ao 3º item,
Além do costume, existe o fato de que muitos calendá-
pois a concessão de folga automática e reiterada no dia de
rios apontam “em vermelho” a terça-feira de Carnaval, su-
Carnaval ou no dia que o antecede, ainda que não haja lei
gerindo que se trata de feriado nacional. Em 2013, o Carna-
municipal ou estadual estabelecendo tal feriado ou previsão
val será em 12 de fevereiro, mas, como podemos verificar,
em acordo coletivo, pode acarretar alteração tácita do con-
nem todo município ou estado considera a data feriado.
trato de trabalho.
Nesse sentido, a Lei 9.093/95 dispõe sobre os feriados civis
É o caso, por exemplo, de uma empresa que passa 4 ou
e estabelece que sejam feriados somente aqueles declara-
5 anos concedendo folga automática a seus empregados na
dos em lei federal ou estadual.
véspera e no dia de Carnaval, sem nenhuma previsão con-
Nos municípios em que não haja lei determinando que o Carnaval ou qualquer outro dia comemorativo por tradi-
tratual, ou seja, o empregado folga e não precisa compensar os dias não trabalhados.
ção seja feriado, há basicamente três possibilidades de os
Nesse caso, a Justiça do Trabalho pode entender que
trabalhadores usufruírem dessa folga sem prejuízos salariais,
houve alteração tácita do contrato de trabalho por vontade
possibilitando também à empresa adequar a jornada de
da empresa e que o direito de folgar na véspera e no dia
trabalho às suas necessidades de produção e demanda de
do Carnaval (sem necessidade de compensar) não poderia
serviços:
mais ser restringido aos empregados. Por outro lado, se houver expediente normal na empresa
1ª) Compensação das horas mediante acordo coletivo de banco de horas;
nos dias de Carnaval, sendo considerados feriados devido a dissídio ou legislação vigente, o trabalhador deve ser remunerado, na base de 100% de seu salário, com adicional
2ª) Compensação das horas mediante acordo de compen-
de horas extras. Entretanto, o empregador pode optar por
sação (compensação do excesso de horas de trabalho
oferecer folgas proporcionais aos dias trabalhados. Nesse
em um dia ou período pela correspondente diminui-
caso, o trabalhador deixará de receber a remuneração extra.
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legislação
O que é Contribuição Sindical Patronal? Anualmente, as empresas devem fazer o recolhimento da contribuição sindical patronal, que neste ano deve ser recolhido até 31 de janeiro, para o sindicato da categoria econômica que a representa. A obrigatoriedade de pagar a contribuição sindical patronal está prevista no artigo 579 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): “A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participam de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão, ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591”. A contribuição sindical patronal possui natureza tributária, conforme previsto no art. 149 da Constituição Federal e art. 3º do Código Tributário Nacional (CTB). Trata-se de contribuição compulsória e que não depende da vontade da empresa. Assim, todas as empresas que integram uma determinada categoria econômica ou profissional estão obrigadas por lei ao pagamento da contribuição sindical. O fato de uma empresa não estar filiada ou associada a sindicato não a isenta do recolhimento das contribuições decorrentes de lei e de natureza tributária, como é o caso da contribuição sindical. A obrigação em recolher a contribuição sindical para a entidade sindical correspondente tem embasamento legal no artigo 8º, IV da Constituição Federal e também nos artigos 578 a 594 da Consolidação das Leis do Trabalho, possuindo plena legalidade a sua exigência pelas entidades de classe, estando essa questão consolidada tanto do ponto de vista legal, quanto jurisprudencial e doutrinário. De acordo com a Constituição Federal, “a assembleia geral fixará contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical res-
pectiva, independentemente da contribuição prevista em lei”. Dessa forma, as contribuições fixadas por assembleia geral extraordinária e devidas ao sindicato dependem de autorização para o respectivo desconto, salvo quando se tratar de contribuição sindical, cujo desconto independe dessas formalidades. Com isso, as empresas que não efetuarem o pagamento da contribuição sindical no período preestabelecido podem ser autuadas pela fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, tendo em vista o Art. 589 da CLT. Além disso, cabe às entidades sindicais a cobrança judicial. O recolhimento da contribuição sindical efetuado fora do prazo previsto na lei terá o acréscimo de multa de 10% (dez por cento), nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adicional de 2% (dois por cento) por mês subsequente de atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária (artigo 600 da CLT). Para novas empresas, o prazo de pagamento da contribuição sindical é estendido aos primeiros 30 dias de seu registro no órgão competente ou de sua licença de exercício.
Vera Lucia dos Santos Menezes Advogada trabalhista
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trânsito
A resolução 404 é suspensa Primeiro foi a Resolução 363 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que, desde o primeiro contato que tivemos com seu texto, alertamos para os efeitos devastadores que causaria não apenas ao setor de locação, mas ao cidadão comum, incumbido do ônus de reconhecimento de firma das assinaturas de condutor e proprietário. O setor de locação foi o que mais se mobilizou e, por essa razão, ela não entrou em vigor. Em seu lugar foi criada em janeiro de 2013, a Resolução 404, e novamente identificamos regras que trariam uma série de questionamentos, e num primeiro momento também foi prorrogada sua aplicação. Se por um lado a Resolução 404 merece aplausos por rever esse absurdo burocrático, por outro lado ela comete pecado capital em alguns aspectos, como o ceamento de defesa em relação à advertência, e, mais grave, ela legitima autuações dos Arts. 162 e 163 para irregularidades detectadas na indicação do condutor e contraria frontalmente dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Explicaremos e exemplificaremos com mais detalhes. Nós sabemos que para ter carro não é necessário possuir carteira de habilitação, portanto uma pessoa que seja cega, esteja na UTI de um hospital, com idade centenária e que nunca tenha sido habilitada pode ser proprietária de um veículo. Supondo que o automóvel esteja sendo usado por uma terceira pessoa habilitada e em condições: o Art. 257, § 7º do CTB prevê que, se não houver indicação do condutor no prazo legal, a responsabilidade recairá sobre o proprietário, que seria o condutor presumido. Portanto, indicar o condutor não é uma obrigação, mas, sim, torna-se uma escolha, visto que as consequências tanto para a ação quanto para a inércia estão previstas. Ocorre que no exemplo citado a Resolução 404 estaria legitimando que, além de recair sobre o proprietário como previsto em lei, haveria uma autuação contra a tal pessoa cega, internada
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e centenária por dirigir sem habilitação. E pior: tal autuação, que só seria cabível no momento da abordagem e com conferência dos dados pessoais, será feita na análise da indicação do condutor, desobedecendo o inciso II, parágrafo único do Art. 281 do CTB, que prevê a expedição da notificação em 30 dias de sua ocorrência. Criou-se o artifício que tal prazo deixa de ser da data da ocorrência, passando a ser da data do protocolo ou da data do prazo final da indicação do condutor, que pode ser até de um ano ou mais da ocorrência, já que só é estabelecido o prazo mínimo e não o máximo. Quanto ao setor de locações, melhor sorte não gozaria. A possibilidade de equiparar ao proprietário o locatário cujo contrato superasse 180 dias poderia parecer o antídoto contra multas e pontuações, pois seria o locatário a ser notificado, porém a multa continua vinculada ao veículo a seu proprietário de fato, ou seja, na prática, quando a locadora retoma o veículo, o faz com os débitos contraídos, e pior, a locadora não teria sido notificada das autuações e penalidades, sendo surpreendida, da mesma forma que ocorre com a instituição financeira que obtém a reintegração de posse quando o arrendatário não honra sua obrigação financeira.
Marcelo José Araújo Advogado e professor de Direito de Trânsito. advcon@netpar.com.br
Perspectivas
Um ano com a promessa de crescimento comedido A presidente Dilma Rousseff espera um “pibão” em 2013, conforme declarou em dezembro último. Os economistas, contudo, estão bem mais comedidos e apostam em percentuais de crescimento do PIB entre 1% e 3%, com taxa de inflação na casa dos 5%. Na visão dos analistas do Banco Central, embora as perspectivas sejam modestas, o país reúne condições para continuar crescendo neste ano em um cenário de inflação menor do que o registrado em 2012. Entre os fatores que contribuirão para um bom desempenho figuram o menor reajuste do salário mínimo, a expansão moderada do crédito e a estabilidade dos ativos financeiros.
Mesmo sem a euforia dos últimos anos, presidentes de entidades ligadas à cadeia produtiva que envolve o setor de locação, como ABAV, FIESP, ABEAR, ANFAVEA e ABLA, além de economistas, revelam certo otimismo para o ano que se inicia em decorrência das políticas econômicas adotadas pelo governo, que começam a surtir efeito, e da preparação para os dois grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil a partir de 2014. Na mesma linha, o presidente do Sindloc-SP, Alberto de Camargo Vidigal, prevê um ano sem retração de mercado e
com melhores perspectivas, principalmente em relação ao bom momento do turismo nacional. “A Copa das Confederações em 2013 e os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 também contribuirão com o desenvolvimento da cultura pela locação de automóveis. Além disso, com a economia internacional estável e a nacional crescendo, sugere um cenário bem melhor do que em 2012, quando a crise internacional, e no Brasil, o crédito restrito e os altos índices de inadimplência, prejudicaram o setor de locação de automóveis”, destaca. Confira outras opiniões: r e v i s ta s i n d lo c
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PErsPEctivas
“A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) prevê um 2013 ainda de ajustes para as suas associadas, que têm perdido competitividade nos últimos dois anos, por causa do aumento do combustível de aviação, assim como das tarifas aeroportuárias. Entretanto, superados esses entraves e com a modernização dos principais aeroportos brasileiros, nossa expectativa de médio eduardo sanovicz, prazo é de significativo crescimento, o que impactará diversos elos da presidente da cadeia, a exemplo da locação de automóveis. Mais pessoas viajando, seja associação Brasileira a negócios, seja a lazer, geram sempre incremento em outros setores.” das empresas aéreas (aBear)
“Em 2012, o baixo crescimento do PIB brasileiro, comparado aos dos demais países da América Latina, expôs as deficiências da política econômica nacional. O baixo nível de investimento impediu um maior desenvolvimento da atividade econômica. Em 2013, não será muito diferente. A economia brasileira deverá apresentar alta em torno de 3%, enquanto as economias chinesa e norte-americana deverão manter-se no mesmo ritmo. Já os países europeus deverão regisalcides leite, trar índices negativos. Diante desse cenário, a economia mundial tende economista e a se manter no mesmo ritmo, uma vez que a redução de crescimento de professor da trevisan alguns países poderá ser compensada pelo aumento de outros.” escola de negócios
“As expectativas para 2013 são positivas, com estimativas de um crescimento em torno de 3%, em parte graças às medidas corretas implementadas em 2012 pelo governo federal, com a redução da taxa de juros, a desoneração da folha de pagamentos e o plano de aplicação de descontos na tarifa de energia elétrica. Assim, as micro, pequenas e médias empresas têm boas perspectivas para conquistar resultados positivos em 2013, a começar pelo controle mais amplo da Paulo skaf, economia nacional, cuja expansão deverá ser mais vigorosa. Além disso, presidente da essas empresas terão ao seu alcance novas oportunidades que deverão Federação e do centro ser desencadeadas em 2013, na esteira dos grandes eventos previstos das indústrias do para o Brasil, entre eles a Copa das Confederações.” estado de são Paulo (FiesP e ciesP)
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“O ano de 2012 foi positivo, não houve retração de mercado. As vendas de automóveis leves e veículos pesados tiveram alta de cerca de 5% em relação a 2011. O número representa praticamente uma estabilidade quando se compara ao acumulado de janeiro a novembro, cuja alta é de 4,8%, diante do mesmo período do ano passado. Em 2013, as montadoras deverão produzir 3,51 milhões de veículos, um aumento de 4,5% sobre o volume aguardado para este ano. cledorvino Belini, A expectativa de vendas está na faixa de 3,94 milhões a 3,98 milhões de presidente da veículos.” associação nacional dos Fabricantes de veículos automotores (anFavea)
“O setor de turismo cresceu em 2012 acima de dois dígitos nas três categorias: turismo, corporativo e eventos. Em 2013, as expectativas são bastante positivas. Um dos importantes elos da cadeia, o setor de locação decolará por causa da nova classe média que vem alavancando as vendas de viagens no país nos últimos anos. Mas, para ter um desempenho acima das expectativas, o edmar Bull, segmento tem de rever suas políticas e colaborar mais, adotando ferravice-presidente da mentas que diminuam o tempo gasto pelo turista para locar um veículo associação Brasileira de agências de viagens e tirando a responsabilidade pelos riscos das agências de viagens.” (aBav)
“2012 foi um ano relativamente bom. Poderia ter sido melhor, não fossem as incertezas causadas pelo IPI. 2013 tende a seguir na mesma cadência se o governo não adotar uma política duradoura para o IPI, que permita que as locadoras de automóveis tracem uma programação anual de trabalho. É complicado começar o ano com um preço de carro e terminar com outro. Na Paulo Gaba Jr., teoria, a perspectiva é boa; na prática, só será se o governo adotar uma presidente da associação Brasileira política automotiva de longo prazo.” das locadoras de automóveis (aBla)
“A economia brasileira deve fechar 2013 com o PIB de R$ 4,8 trilhões, 4% a mais do que em 2012. O comércio pode ultrapassar, pela primeira vez, a barreira de R$ 1,5 trilhão em vendas, 6% mais do que o montante de 2012. Só no estado de São Paulo, elas serão de R$ 475 bilhões. Além disso, os prognósticos para o emprego são positivos, ainda que modestos. Mas são suficientes para manter a tendênabram szajman, cia de crescimento do consumo das famílias. Assim, não é uma temeridapresidente da Federação de afirmar que em 2013 o faturamento do comércio aumente, em valores do comércio de Bens, serviços e turismo do reais, 5% no país e 3% em São Paulo”. estado de são Paulo (FecomerciosP) r e v i s ta s i n d lo c
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dia a dia
As locadoras devem entregar a declaração da Rais até março As micros e pequenas empresas (MPEs) têm até o dia 8 de março para entregar a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), ano-base 2012. O preenchimento do documento é obrigatório a todos os estabelecimentos que possuem vínculos empregatícios. Neste ano, a Rais será elaborada por meio de um certificado digital. Quem não cumprir o prazo estará sujeito a multa de R$ 425,64, que pode ser acrescida de R$ 106,40 por bimestre de atraso. De acordo com o Ministério do Trabalho, problemas ocorridos no programa gerador da declaração estão fazendo com que o Serpro, responsável pelo recebimento e processamento das declarações, analise as remessas com lentidão, o que in viabilizou a entrega de todas as declarações.
Além de controlar a atividade trabalhista no país, a Rais fornece dados para a elaboração de estatísticas e ainda disponibiliza informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. São obrigadas a entregar a Rais todas as empresas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) que tenham funcionários sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), trabalhadores avulsos, temporários, entre outros. Mesmo as empresas que não têm empregados registrados ou terceirizados precisam apresentar a Rais Negativa. Somente estão isentos da entrega os empreendedores individuais (Eis) que não possuem funcionários.
Preços de combustíveis sobem 6,6% no primeiro trimestre Confirmado pelo governo, o reajuste dos combustíveis já causa descontentamento entre os motoristas. A Petrobras comunicou o aumento dos preços da gasolina em 6,6% e do diesel em 5,4%. Essa já era a previsão do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIA). A atual defasagem da gasolina, segundo a entidade, ultrapassa 15% em relação ao valor que deveria ser cobrado internamente. Com o reajuste, a Petrobras obterá um aporte de R$ 600 milhões. O valor está baseado no fluxo de caixa referente a dezembro de 2012. Como alternativa, o governo até estu-
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dou o aumento da quantidade de álcool na gasolina a partir de abril, na primeira safra de cana de açúcar do ano. Mas, como a defasagem de valores é muito alta, o aumento foi inevitável. De acordo com a Petrobras, a alteração foi definida levando em consideração a política de preços do próprio órgão, que pretende alinhar os valores dos derivados aos praticados no mercado internacional, levando em consideração a perspectiva de médio e longo prazo.
mercado
As montadoras investem na assistência aos frotistas Na última década, o setor de locação de veículos ganhou força e consolidou-se como importante atividade econômica. De olho nesse segmento, as montadoras têm as locadoras como potenciais clientes, responsáveis também por divulgar novos modelos e criar hábitos de consumo. Por isso, grande parte delas investe na assistência especializada a essas empresas. As que oferecem os melhores serviços e as melhores opções para as locadoras e clientes frotistas acabam ganhando a árdua luta da concorrência. Os planos de assistência passaram a ser uma preocupação dos proprietários de montadoras, que estão cada vez mais se preocupando em oferecer, além de um produto de qualidade, um serviço de primeira, garantindo a fidelidade do cliente. Além de disponibilizarem uma estrutura específica de vendas, as montadoras reservam áreas específicas nas concessionárias com entrada independente e vendedores especialmente treinados para atender às diversas necessidades particulares de cada segmento frotista. São profissionais que atuam como consultores, ajudando o cliente a encontrar sempre a melhor e mais adequada solução para o seu problema. Outro diferencial são os programas de pós-vendas para as locadoras. O cliente é recebido por profissionais especializados no assunto, para um atendimento feito com base em um sistema informatizado. Paralelamente, são firmados acordos comerciais, fazendo com que os lançamentos automotivos cheguem com mais rapidez às locadoras com preços bem competitivos. Algumas montadoras oferecem o veículo com frete gratuito, taxas de financiamento especiais, revisões programadas, assistência 24 horas, manutenções periódicas, atendimento prioritário e conselho profissional de melhoria de controle de custos.
O financiamento de veículos deve crescer 10% Depois que o governo federal reduziu a taxa de juros, no fim do ano passado, a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef ) acredita que o número de financiamentos seja 10% maior em 2013. A procura deve ser, principalmente, por carros comerciais leves para pessoa física. No ano passado, a associação estima que tenham sido concedidos R$ 206,4 bilhões em créditos para a compra de veículos. O saldo é 2,5% superior na comparação com 2011, quando o montante chegou a R$ 201 bilhões.
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GESTÃO DE PESSOAS
O sucesso empresarial só caminha com motivação Confira dicas para que as empresas mantenham seu time sempre unido Para que um negócio seja bem-sucedido, é preciso muito mais do que indicadores positivos no balanço no fim do mês. Uma equipe motivada que “vista a camisa” da empresa e compartilhe sua missão e seus valores é fator decisivo para um bom desempenho no mercado. Porém, “não é tão simples manter o time afinado”, afirma o consultor Flávio Castro, especialista em recursos humanos. Em um grupo com muitas pessoas, as diferenças tendem a pesar no decorrer do tempo, comprometendo o rendimento no ambiente de trabalho. Para isso, programas de liderança e motivação podem assegurar bons resultados,
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independentemente da área de atuação de cada profissional. Quando tudo vai bem e os funcionários acreditam e trabalham pela companhia, a imagem percebida pelo cliente é de confiabilidade e segurança. Assim, fica mais fácil cativá-lo e torná-lo fiel. Outra consequência é o “boca a boca”. Quando as notícias são boas, um bom cliente sempre atrai outro. Cada integrante da equipe também deve ser visto como porta-voz da organização. Uma vez que estão empenhados em seu crescimento, a imagem que transmitem, inconscientemente, é a que vale a pena investir nos produtos que estão vendendo. O consultor, que também atua em
gestão de pessoas, apresenta algumas dicas práticas para manter a equipe motivada e conviver bem com os colegas. A primeira recomendação é que o empreendedor tenha tolerância e paciência para ouvir o que os outros têm a dizer – sejam funcionários, fornecedores ou clientes –, mesmo que não esteja de acordo, e mostrar o seu ponto de vista com moderação. Como consequência, é preciso estar aberto a sugestões e manter um relacionamento amistoso principalmente com os colaboradores. É importante saber reconhecer quando algum colega apresenta uma ideia melhor. O orgulho deve ser deixado de lado para o bem da empresa. “Ao mesmo tempo, é fundamental trabalhar em equipe, saber dividir as tarefas, delegar funções e compartilhar informações. Ninguém é único e insubstituível no mercado de trabalho”, destaca Castro. Outras dicas são evitar conflitos – quando surgir problemas entre os funcionários, evite tomar partido de alguém e analise a situação com isenção e imparcialidade – colaborar para o bom andamento dos trabalhos, mantendo uma postura colaborativa e participativa, além de ser solidário, oferecendo ajuda à equipe. “O funcionário deve fazer parte da empresa para sentir-se motivado e desempenhar bem a sua função”, finaliza o especialista.
dia a dia
VISTORIA
Prefeitura de SP divulga cronograma de inspeção veicular Como os vereadores de São Paulo ainda não decidiram o futuro da inspeção veicular, devido ao recesso parlamentar, os proprietários de automóveis são obrigados a agendar essa vistoria normalmente. A Prefeitura defende novos padrões para a inspeção, bem como o fim da taxa cobrada atualmente (R$ 47,44). O cronograma das vistorias já foi publicado e afeta, primeiramente, os donos de veículos com placas final 1. Para esses, o prazo da inspeção ambiental começou no dia 1º de fevereiro e termina em 30 de abril. O prévio agendamento deve ser realizado junto à Controlar, empresa responsável pela inspeção. Ao passar por esse procedimento, o motorista recebe um certificado e um selo para ser colado no para-brisa, caso o veículo esteja dentro das condições de normalidade. Quem não fizer a vistoria dentro do prazo estabelecido
para as placas fica sujeito a multa de R$ 550,00 em caso de flagrante pela fiscalização.
Cronograma de inspeção veicular Final da placa
Início do agendamento
Período para a inspeção
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2/janeiro
1/fevereiro a 30/abril
2
1/fevereiro
1/março a 31/maio
3
1/março
1/abril a 30/junho
4
1/abril
2/maio a 31/julho
5
2/maio
1/junho a 31/agosto
6
2/maio
1/junho a 31/agosto
7
1/junho
1/julho a 30/setembro
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1/julho
1/agosto a 31/outubro
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1/agosto
2/setembro a 30/novembro
0
2/setembro
1/outubro a 31/dezembro
sEtor
A tecnologia a favor da locação de veículos O setor de tecnologia da informação (ti) desenvolve novos softwares para as locadoras de automóveis No mercado nacional, a Tecnologia da Informação (TI) ganha relevância a passos largos em vários setores. Para a locação de veículos, os novos recursos garantem cada vez mais agilidade no atendimento e controle da gestão da empresa. E, com um número crescente de empreendimentos, as companhias de TI apostam no desenvolvimento de novas ferramentas. Para as locadoras, o leque de funcionalidades passa por sistemas de gestão de locação, prospecção de mão de obra, rastreamento de frota, controle de manutenção, venda e reservas on-line. Os sistemas integrados asseguram, via internet, controle integral das operações, além de proporcionar uma gestão administrativo-financeira 100% segura e transparente. De olho nesse mercado, a Info Sistemas desenvolveu o software Locavia para oferecer suporte à terceirização de frotas com gestão rent a car, central de reservas e controle de manutenção preventiva dos automóveis. Com interface simples, de fácil manuseio, o programa possibilita significativa rapidez no uso, uma vez que pode ser acessado pela internet. Para as empresas de locação, outra vantagem é que o Lo-
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cavia grava todas as operações do sistema, permitindo consultar, por exemplo, o responsável por alterações ou exclusões de informações no sistema. As transações são registradas com o nome do usuário, data e hora. Com a terceirização de frota representando grande parte da fatia do negócio, as locadoras centralizam decisões e reduzem esforços. As atenções do proprietário de uma locadora voltam-se exclusivamente para o negócio, enquanto as prestadoras dispõem de suporte e até mesmo consultoria aos clientes. Já a CarPlus trabalha há dois anos com um padrão internacional de locação, utilizado principalmente por agentes de viagem. “É o padrão para a Copa de 2014 e conseguimos atender a essa demanda com antecedência. São novidades como esta que nos permitirão crescer até 30%”, observa o diretor Luiz Carlos Lang. A empresa direcionou o know-how para a gestão, com consultoria, treinamento, auditoria e correção. O software armazena informações desde a compra do veículo até o controle de locações, multas, avarias, manutenções e licenciamento.
montadoras
LANÇAMENTOS
Compactos e sedãs médios devem conquistar as locadoras em 2013 Impulsionada pelo bom momento econômico do país e pelas medidas de incentivo anunciadas pelo governo, como a redução do IPI, a indústria automotiva fechou o ano passado com mais de 100 lançamentos. Destaque para os novos hatches compactos Chevrolet Onix, Toyota Etios e Hyundai HB20. Em 2013, será a vez dos sedãs médios, além dos compactos. É o que as maiores montadoras do mundo garan-
A Ford prepara o lançamento das novas gerações de consagrados modelos, como o novo Focus
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tem. Ao investir R$ 4,5 bilhões até 2015 na capacidade de produção, engenharia e desenvolvimento de sua fábrica de motores no Nordeste, a Ford apostará em novas gerações de consagrados modelos. Devem chegar às ruas o novo Focus (hatch e sedã) e o New Fiesta. Os modelos concorrerão diretamente com os compactos nacionais. Neste ano, a Volkswagen também deve anunciar um grande lançamento.
O novo Santana – aposentado pela montadora em 2006 – voltará com novo design e mais potência. O modelo foi concebido para concorrer com carros na faixa de R$ 35 mil a R$ 40 mil, como o Fiat Grand Siena, Chevrolet Cobalt e Nissan Versa. Outra aposta é o novo Golf. A General Motors (GM) aproveitará o bom momento do Onix para lançar sua versão sedã. A previsão é que o mo-
Com foco na terceirização de frotas, a italiana Fiat lançará o novo utilitário Fiorino, semelhante ao Novo Uno
delo chegue às concessionárias em abril. A montadora também pretende combater os concorrentes Renault Duster e o novo Ford EcoSport com o utilitário esportivo Tracker. O SUV deve ser fabricado no México e vendido no Brasil até o fim do ano. Já o grupo PSA Peugeot Citroën, promete o compacto 208 em abril. Ao contrário do que muitos imaginam, o modelo será construído sobre uma plataforma distinta da do Peugeot 207,
com o qual conviverá concomitantemente. O grupo também continuará apostando no novo Citroën C4, lançado no fim do ano passado com novo design e tecnologia de ponta. Mesmo antecipando seus lançamentos em 2011 e 2012, a Fiat também lançará novidades neste ano. A italiana aposta na nova geração do Fiorino. O utilitário será produzido na plataforma do Novo Uno e promete atrair, principalmente, empresas do segmento de
transporte e locadoras de veículos que focam na terceirização de frota. Por outro lado, a francesa Renault não promete muitas novidades em 2013. Depois de lançar o Sandero, um dos compactos mais vendidos do Brasil no ano passado, a montadora vai descansar para planejar as novas gerações do Logan e do próprio Sandero em 2014. Até lá, a Renault continua investindo suas atenções no utilitário esportivo Duster.
Novo Santana, um sedã de médio porte que já fez muito sucesso no Brasil, voltará remodelado em 2013
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MUNDO
locadoras dos EUA e da Europa apostam na tecnologia wireless Rede sem fio passa a ser utilizada no carregamento das baterias dos carros elétricos Realidade nas locadoras de automóveis dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa, a tecnologia wireless (rede sem fio) ainda é teoria no mercado brasileiro. Apesar de o recurso já estar disponível no mercado nacional, seu uso não foi popularizado em razão do alto custo de implantação. Isso também ocorre no segmento de carros elétricos, praticamente inviável no Brasil. O sistema wireless pode ser empregado no rastreamento da frota, para localização imediata dos carros; no monitoramento do desempenho de veículos e condutores, aprimorando a gestão da empresa; no check-in do cliente, na agência, para a reserva ou retirada do veículo alugado; e até mesmo no carregamento de modelos elétricos. Nesse último caso, quando o carro estiver estacionado sobre um campo magnético apropriado, ele começa a ser carregado. O processo utiliza uma antena wireless para estabelecer a conexão entre o veículo (baterias) e o aparelho gerador de energia. Em pouco tempo, o automóvel está pronto para voltar às ruas sem que haja a necessidade de plugar cabos. Além disso, o wireless já é utilizado em sistemas de telemetria, que geram relatórios com informações diárias, em aplicações como logística, medição do desempenho dos motoristas, redução de acidentes, sustentabilidade e segurança do veículo. Para a terceirização, a solução otimiza frota e rota, acompanha o desempenho dos veículos, reduz as paradas para manutenções e os custos relacionados ao desgaste de peças. Em muitos países da Europa, as locadoras ainda utilizam essa tecnologia para o conforto de seus clientes. Com a ajuda de um mecanismo computadorizado, a pressão dos pneus é monitorada, com a compensação das alterações causadas por mudanças climáticas. Outros modelos são equipados com internet wi-fi, possibilitando conexão imediata de notebooks, tablets e smartphones à rede de computadores.
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Sindiloc-SP
Sindloc-SP
aposta na profissionalização do setor de locação Atualmente, o Sindloc-SP representa cerca de 900 locadoras de veículos no Estado. A entidade tem como principal papel criar facilitadores e contribuir com a eliminação de entraves que prejudicam o desenvolvimento da atividade das locadoras de veículos. Durante mais de duas décadas, o Sindloc-SP consolidou seu compromisso com a ética e o respeito, ampliando conceitos de qualidade e profissionalismo entre as empresas, parceiros, o mercado e a sociedade. A entidade oferece todo o assessoramento de gestão para os seus associados e inúmeros benefícios, como assessoria jurídica sobre questões trabalhistas, tributárias, trânsito entre outras. Além disso, mantêm parceria com fornecedores de produtos e serviços necessários ao negócio de locação em condições diferenciadas e realiza treinamentos e palestras regulares. Não à toa, em toda a sua história, o Sindloc SP já cadastrou mais de mil empresas do setor, que juntas disponibilizam uma frota de mais de 150 mil automóveis para locação no Estado de São Paulo. Ao mesmo tempo, o Sindloc-SP interage com as autori-
dades constituídas e quando necessário promove ações que visam preservar o interesse da atividade de locação de automóveis. Como resultado de todo esse esforço, a entidade representativa amplia a cada dia o número de locadoras de veículos associadas. São empresas que enxergam o valor das ações do Sindloc-SP e se utilizam dos benefícios disponibilizados, acreditando que a união é fundamental no processo de desenvolvimento do setor. Ao liderar este importante segmento da economia brasileira, o objetivo do Sindloc-SP é que estas empresas se profissionalizem cada vez mais e prestem um serviço de qualidade, além de difundir a cultura da locação de automóveis e ampliar o mercado. O incentivo ao contato entre os parceiros de negócios, a atuação diante dos poderes públicos em prol de questões que envolvem o setor e, ao mesmo tempo, a disposição de capacitação e conhecimentos técnicos e de legislação a serviço das empresas locadoras do Estado demonstra o empenho da atual Diretoria Executiva para alcançar os objetivos do Sindloc-SP.
Contate-nos pelo telefone (11) 3123-3131 ou pelo e-mail sindiloc@sindlocsp.com.br
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artigo
Quando o planejamento faz a diferença Uma das grandes qualidades do brasileiro é o empreendedorismo. Para constatar isto, basta observar o contingente de pessoas que, ao deixarem seus empregos, opta por abrir um negócio próprio. Porém, muitos se lançam na empreitada sem nenhum tipo de informação sobre o mercado em que vão atuar nem sobre a empresa que vão abrir, o que faz com que 71% das micro e pequenas empresas abertas anualmente no Brasil fechem antes de completar cinco anos. Para escapar dessa estatística, muitos empreendedores estão lançando mão de algumas ferramentas muito importantes para o administrador moderno, como o plano de negócios (ou Business Plan) e os estudos de viabilidade econômica, nomes cada vez mais comuns no dia a dia de empresários de médio e pequeno porte. Essas ferramentas fornecem ao empreendedor informações fundamentais para a gestão empresarial, para o lançamento de um empreendimento ou produto, dando-lhe uma visão estratégica e possibilitando a busca de parceiros ou investidores. Em muitos casos, o empreendedor é um bom técnico da área em que vai atuar, mas entende muito pouco de gestão, estrutura societária, levantamento de capital e planejamento estratégico e análise tributária, questões essenciais no processo administrativo. O plano de negócios pode ser descrito como um currículo da empresa, que a posicionará no mercado em que pretende atuar, apresentando potenciais concorrentes e definindo projeções e resultados. Com isso, definem-se os objetivos da companhia e se planejam procedimentos para atingi-los. Esse plano, além de importante para a abertura de novas empresas, pode também ser utilizado pelas companhias que já estão no mercado ou para a busca de novos investidores, bem como para reestruturação societária ou venda do negócio. Por possuir todos os dados da empresa, o documento mostra-se muito eficiente para a captação de recursos financeiros, humanos e novas parcerias. O Business Plan também é muito útil no lançamento de um produto, analisando questões como viabilidade econômica do projeto, público consumidor e concorrência. Nesse caso, são estudados ape-
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lo mercadológico, custo de todas as etapas de produção, necessidade de validação de órgãos certificadores (como o Inmetro), estrutura necessária e projeções. Com um plano bem delineado, a empresa diminui significativamente os riscos do negócio, por conhecê-los de antemão e possuir soluções previamente pensadas. O plano de negócios oferece ao empresário todas essas informações. Na expansão da empresa, o plano identifica investidores em potencial que, quando contatados, têm mais chance de se interessar em fechar negócio, por já possuírem uma radiografia da companhia nas mãos. A ferramenta também se mostra muito útil em processo de aquisições, pois identifica a real situação da empresa, possibilitando definir precisamente o valor real do seu patrimônio. Os trabalhos realizados no desenvolvimento do Business Plan buscam apresentar uma radiografia da companhia a partir da análise do seu desempenho financeiro. A identificação das melhores opções para alcançar novos objetivos também é uma preocupação do plano, pois são avaliados todos os investimentos da companhia e o retorno dos mesmos. Os riscos de qualquer novo negócio também são minimizados ou até evitados. Na elaboração do plano de negócios são pensados todos os pontos de diferenciação da corporação ou do produto que ela comercializa, bem como seus pontos vulneráveis. Com essas informações, é possível elaborar estratégias de marketing para produtos e serviços que antecipem possíveis problemas, apresentando soluções para os mesmos. Com essas informações nas mãos, o gestor terá um documento que, além de essencial em negociações, será uma importante ferramenta de análise empresarial, que possibilitará à companhia planejar seus passos, desde o início de suas atividades até o seu crescimento, traçar diretrizes e corrigir eventuais equívocos cometidos até então. Raul Corrêa da Silva Diretor da BDO Auditoria e Consultoria