Edição 11 100 por cento caipira

Page 1

www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, maio de 2014 - Ano 2 - Nº 11 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Mudanças de hábitos alimentares estimulam produção agropecuária mais sustentável no País

ORGÂNICOS

MERCADO EM ASCENSÃO

Setor deve faturar R$ 2 bilhões este ano REVISTA 100% CAIPIRA -

-


-

- REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA -

-


6

Orgânicos devem faturar R$ 2 bilhões este ano

11

Agricultura familiar é destaque na cafeicultura

Leia também Artigo: O exemplo ambiental da agricultura - Pág. 10 Europa não incentiva soja responsável - Pág. 12 Índice Ceagesp recua 4,84% - Pág. 14

34

ARTIGO: Aplicação aérea na agricultura - 4 - REVISTA 100% CAIPIRA

Licenciamento de veículos cresce em abril - Pág. 20 Massey Ferguson participa da AgroBrasília - Pág. 22 Manejo integrado ajuda a controlar pragas - Pág. 36 Safra de feijão atingirá 598,9 mil toneladas em MG - Pág. 41 Saboreie um delicioso pernil à pururuca - Pág. 44


18

Agronegócio é destaque na Feira Apas 2014

26

Monitoramento remoto permite cultivo a distância

EXPEDIENTE - Revista 100% CAIPIRA®

www.revista100porcentocaipira.com.br

Diretor geral: Sérgio Strini Reis - sergio@revista100porcentocaipira.com.br Editor-chefe: Paulo Fernando Costa - paulofernando@revista100porcentocaipira.com.br Diretor de criação e arte: Eduardo Reis - eduardo@revista100porcentocaipira.com.br (11) 9 9642-4106 Conselho editorial: Adriana Oliveira dos Reis, João Carlos dos Santos, Paulo César Rodrigues e Nilthon Fernandes de Oliveira Jr. Publicidade: Agência Banana

38

FERTILIZANTES: Tunísia vai produzir mais fosfato

Fotografias: Eduardo Reis, Sérgio Reis, Paulo Fernando, iStockphoto e Shutterstock Departamento comercial: Rua das Vertentes, 450 – Vila Constança – São Paulo - SP - Tel.: (11) 2645-0046 Rede social: facebook.com/revista100porcentocaipira A revista 100% Caipira é uma marca registrada com direitos exclusivos de quem a publica e seu registro encontra-se na revista do INPI Nº 2.212, de 28 de maio de 2013, inscrita com o processo nº 905744322 e pode ser consultado no site: http://formulario.inpi.gov.br/MarcaPatente/jsp/servimg/validamagic.jsp?BasePesquisa=Marcas. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista, sendo eles, portanto, de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.

REVISTA 100% CAIPIRA - 5 -


PRODUÇÃO ORGÂNICA

Mercado de orgânicos deve crescer 35% este ano De acordo com o Projeto Organics Brasil, estimativa de faturamento do setor para o ano é de R$ 2 bilhões - 6 - REVISTA 100% CAIPIRA


Os produtos orgânicos estão cada vez mais inseridos não só na casa dos brasileiros, mas também nos indicadores econômicos do País. Promovida pela Francal Feiras em parceria com a NürnbergMesse Brasil, a Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, que acontece de 4 a 7 de junho,na Bienal do

Ibirapuera, é a única feira de negócios a representar este mercado cada vez mais consolidado. O Projeto Organics Brasil, criado pelo IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento), confirma para 2014 um crescimento acima do registrado no ano passado. Tendo como base o faturamento de 2013, análises com órgãos de varejo e acompa-

nhamento de grandes redes, as estimativas indicam que o mercado de produtos orgânicos deve crescer em torno de 35% neste ano - contra os 22% de 2013 – e chegar a R$ 2 bilhões. Segundo Ming Liu, coordenador-executivo de Projetos do IPD, “o mercado de produtos saudáveis vem crescendo a cada dia, tanto no exterior como no Brasil, os REVISTA 100% CAIPIRA - 7 -


PRODUÇÃO ORGÂNICA orgânicos têm grande destaque nesse nicho. No Brasil, o crescimento tem apresentado índices de 30% a 40% ao ano, e a evolução deste mercado poderá ser observada nas tendências e novos produtos da Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina. É uma excelente oportunidade para que novos empreendedores conheçam este segmento, e que o mercado se posicione e potencialize novos projetos que consolidem a tendência de crescimento”. Ainda de acordo com Liu, no ano passado o segmento de orgânicos registrou faturamento mundial de US$ 64 bilhões. A principal parcela deste montante corresponde aos Estados Unidos, que faturou US$ 35 bilhões no período, seguido pela Alemanha, com US$ 7 bilhões, e Canadá, US$ 4,4 bilhões. “O Brasil ainda tem muito para crescer, mas o setor só ganhou espaço em nível mundial devido à mudança de comportamento dos consumidores, o que, consequentemente, abriu espaço para maior produção”, avalia Liu.

- 8 - REVISTA 100% CAIPIRA

Parceria - Desde 2013, a feira conta com a parceria da NürnbergMesse, promotora alemã da BIOFACH – mais importante feira de negócios de orgânicos do mundo, com edições na Alemanha, Índia, China, Japão e Estados Unidos. Com a parceria, a Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina passou a integrar o calendário internacional de feiras dedicadas à produção orgânica, incrementou a grade de seminários com a presença de importantes players mundiais do setor e ampliou as oportunidades de negócios de seus expositores com compradores de diversos países. Fórum - Uma das principais atrações da Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina, o Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável aborda temas importantes e apresenta as novas tendências do setor. O nível qualificado das palestras é garantido pela presença de renomados profissionais e autoridades do mundo orgânico, inclusive internacionais. Neste ano, os convidados participam do painel

Mercado Mundial - Organic 3.0: Tendência e análise do potencial do futuro de orgânicos (com tradução simultânea). Outros destaques do fórum deste ano são os painéis Quais avanços podemos esperar para o setor orgânico com a implementação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PLANAPO?, ministrado por Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e Cosméticos Orgânicos: Saiba o que dizem os especialistas sobre esse proeminente mercado, um dos segmentos que vêm apresentando maior aumento no consumo dentro do mercado de orgânicos. Evento simultâneo - Simultaneamente à Bio Brazil Fair | BIOFACH América Latina acontece a Naturaltech – Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde, único evento brasileiro de negócios voltado ao segmento de produtos naturais.


PESQUISA

REVISTA 100% CAIPIRA - 9 -


ARTIGO

O exemplo ambiental da agricultura Edivaldo Del Grande O agronegócio brasileiro deve registrar a maior safra de grãos da história do país, resultado do aumento da produtividade das fazendas brasileiras e do esforço do produtor rural, que ocupa lugar de destaque na busca de novas divisas por meio do aumento de exportações. O árduo trabalho no campo nem sempre foi visto com bons olhos por grande parcela da população, e tem recebido o selo de vilão do meio ambiente. Mas a produção agrícola brasileira, já de longa data, vem passando por profundas mudanças com inovações tecnológicas, ganho de produtividade e melhora da relação entre a produção e o meio ambiente como inúmeras práticas conservacionistas. A forte atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) coloca o país como modelo para as nações do mundo no desenvolvimento de técnicas agrícolas. E, recentemente, aprovamos um novo Código Florestal, após amplo debate com os agentes de vários segmentos. O resultado talvez não agrade gregos e troianos, mas traz conquistas essenciais para o equilíbrio entre a produção e a preservação. Um novo estudo, que foi publicado em forma de artigo na edição de janeiro da revista Nature Climate Change, tendo o professor David Montenegro Lapola, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, como principal autor, desmistifica o papel de vilão do agricultor brasileiro.

- 10 - REVISTA 100% CAIPIRA

O estudo revela que, mesmo com a expansão nos últimos dez anos, a agricultura brasileira reduziu as emissões de gases do efeito estufa e o desmatamento. São Paulo é um dos exemplos positivos citados pelo pesquisador. O estado registrou expansão na cultura de cana-de-açúcar no período analisado, mas ela ocorreu sobre áreas de pastagem. A mudança de padrão do uso do solo contribuiu para uma redução de 0,9º C na temperatura. O efeito positivo do novo uso do solo, com maior cobertura vegetal, contribuiu para aumentar a evapotranspiração. O fenômeno libera mais água para a atmosfera e ajuda a resfriar o clima local. Quem conhece de perto o setor, sabe do papel fundamental das cooperativas nessa transformação, orientando seus associados e difundindo novas técnicas agrícolas. As mudanças de paradigmas pontuadas na pesquisa são ainda resultados de um novo comportamento do homem do campo, que estamos observando também nas cooperativas paulistas. Um bom e velho ditado popular diz que “quem planta vento, colhe tempestade”. Frase comum, mas que está incorporada no cotidiano dos nossos produtores, que respeitam o seu local de trabalho e sabem que é da terra, da natureza, que vem o sustento familiar e, por isso, a preocupação com o meio ambiente é essencial para sua sobrevivência. Edivaldo Del Grande é presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP).


DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA

A cafeicultura brasileira no contexto do Ano Internacional da Agricultura Familiar O Brasil possui mais de 285 mil estabelecimentos rurais com café, e a maioria das propriedades é de cafeicultura familiar A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF). O setor inclui todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural, inclusive à cafeicultura. Além de estar intimamente vinculada à segurança alimentar, esse tipo de agricultura preserva os alimentos tradicionais, contribui para alimentação balanceada, para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o AIAF visa aumentar a visibilidade da agricultura familiar e dos pequenos agricultores, focalizando a atenção mundial na importante missão de erradicação da fome e pobreza, provisão de segurança alimentar e nutricional, melhora dos meios de subsistência, gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável, particularmente de áreas rurais. A proposta do AIAF, segundo a ONU, é promover ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam. O AIAF também pretende ajudar a identificar maneiras eficientes de apoiar a agricultura familiar. Para o professor Juarez Sousa e Silva, que desenvolve pesquisas na Universidade Federal de Viçosa (UFV), integrante do Consórcio Pesquisa Café coor-

denado pela Embrapa Café, os pequenos cafeicultores, com exceção dos organizados no sistema de cooperativas, têm poucas possibilidades de comercializar a produção diretamente com os mercados consumidores, ou de retê-la, aguardando melhores preços. Esses cafeicultores, explica Juarez, por não produzirem café com agregação de valor, vendem o produto a atravessadores que pagam o preço que melhor lhes convêm. “Entretanto, pesquisadores do Consórcio desenvolvem e transferem tecnologias em pós-colheita, entre outras de interesse da lavoura cafeeira, apropriadas à cafeicultura de base familiar. Simultaneamente, vêm produzindo e disponibilizando material bibliográfico, em linguagem simples, para a construção e utilização das tecnologias com eficiência comprovada”, acrescenta Juarez.

REVISTA 100% CAIPIRA - 11 -


SOJICULTURA

Europa tem fraca participação em estimular a produção de soja responsável Pesquisa de ONG em cadeias produtivas de outras commodities também está mostrando que o fornecimento reduz riscos e aumenta eficiência dos negócios Empresas europeias que usam soja em produtos de origem animal ou para ração de animais não estão fazendo o suficiente para incentivar os agricultores responsáveis ​​na redução dos impactos negativos da produção de soja, de acordo com uma nova análise do WWF Internacional. Lançado em 8 de maio na reunião anual da Mesa Redonda da Soja Responsável (RTRS), em Foz do Iguaçu, o Boletim da Soja de 2014 também encontrou iniciativas em alguns países europeus sobre soja responsável estimulando um melhor desempenho das empresas, apesar de algumas melhorias ainda serem necessárias. “A Europa consome 34 milhões de toneladas de soja por ano e precisa assumir mais responsabilidade para a redução do desmatamento, a degradação ambiental e os conflitos sociais na América Latina, seu principal fornecedor”, aponta Sandra Mulder, líder do programa global de soja do WWF. “Estamos mostrando neste relatório que as empresas e os países europeus poderiam facilmen- 12 - REVISTA 100% CAIPIRA

te fazer muito mais, a começar por utilizar mais soja certificada que está sendo produzida pela RTRS e ProTerra, atualmente os dois únicos sistemas credíveis para soja responsável”. O relatório examinou 88 grandes varejistas, produtores e fornecedores de alimentos da Dinamarca, França, Holanda, Suécia e Reino Unido, descobrindo que os melhores desempenhos foram concentrados entre varejistas, fabricantes de bens de consumo e indústria de laticínios. Pouco interesse sobre o uso da soja responsável foi mostrado pela maioria das empresas dos setores de ração, carne e produção de ovos. “Com cerca de três quartos da soja mundial indo para alimentação animal (peixes, frangos, porcos, bovinos, etc.), o WWF tem o prazer de trazer um pouco de transparência para uma cadeia de fornecimento caracterizada por empresas desconhecidas e relativamente isoladas das preocupações dos consumidores sobre como a produção de soja afeta as florestas, comunidades ou o clima

global”, esclarece Mulder. “Se quisermos reduzir os impactos negativos da produção de soja, estas são as companhias que vão ter que abrir seu jogo. Por outro lado, as empresas varejistas também podem comprar créditos de soja responsável por si mesmas, a fim de garantir que os produtos que elas oferecem aos consumidores não estão ligados à produção de soja irresponsável”, acrescenta. As empresas que estão no caminho para atingir as metas de uso de 100% da soja a partir de fontes responsáveis ​​certificadas em 2015, no setor de laticínios são Arla (Dinamarca e Suécia) e FrieslandCampina (Holanda); as varejistas Ahold (Holanda), Marks & Spencer e Waitrose (UK); e a sueca Lantmännen no setor alimentício. Metade das empresas de carnes e ovos e quase metade dos fabricantes de ração não responderam à pesquisa, bem como cerca de um quinto das empresas de bens de consumo e de laticínios e menos de um terço das empresas de varejo e serviços de alimenta-


ção, mostrando que a consciência de seus impactos é demasiadamente baixa. As empresas de renome que não responderam ou que ainda necessitam tomar medidas significativas para aprimorar suas cadeias de fornecimento de soja são Nando (UK) e Danone (França). As empresas que já iniciaram o processo para o uso da soja responsável incluem a varejista francesa Carrefour, a empresa holandesa de alimentação Nutreco e as varejistas britânicas Tesco e Sainsbury’s. O relatório observou que metade das empresas pró soja res-

ponsável estava empenhada em planos nacionais, como as 27 empresas envolvidas no Diálogo Sueco da Soja que se comprometeram a ter 100% de contratos de soja responsável em 2015 e uma iniciativa da cadeia de fornecimento holandesa de soja responsável que responde por quase um quarto das compras nacionais de soja em 2013. O WWF está pedindo a todas empresas envolvidas que se comprometam a envolver não só a soja para uso doméstico, mas também àquela que está sendo usada em suas operações internacionais e que está incorporada

em produtos de origem animal destinados à exportação. “Apenas 50% da soja certificada RTRS produzida foi vendida. Tendo em conta os preços atuais da soja, os custos adicionais para créditos RTRS são desprezíveis menos de metade de 1% “, comenta Mulder. “Não há desculpa para as empresas não calcularem seu uso de soja e começar a cobri-lo por créditos RTRS agora.” Pesquisas do WWF em cadeias produtivas de outras commodities têm mostrado que o fornecimento responsável pode reduzir o risco e aumentar a eficiência dos negócios. REVISTA 100% CAIPIRA - 13 -


COMÉRCIO ATACADISTA

Índice Ceagesp recua 4,84% Queda acentuada de legumes e verduras impulsiona redução do indicador. No ano, índice acumula alta de 5,36% e, nos últimos 12 meses, elevação de 1,90% Em abril, o Índice de preços Ceagesp recuou 4,84%. Frutas, legumes e verduras registraram retração dos preços praticados. No maior mercado atacadista de alimentos in natura da América Latina, os setores de diversos e pescados apresentaram ligeira alta. “Esta é uma época muito favorável à produção e de retração no consumo. Assim, apesar de algumas elevações pontuais, mais de 90% dos produtos pesquisados devem figurar como opções de compras e manter, portanto, a inflação do setor em queda”, destaca Flávio Godas, economista da companhia. O setor de frutas apresentou retração de 1,71%. As principais quedas foram laranja lima (-24,8%), caju (-24,6%), atemoia (-21,8%), limão Taiti (-19,1%), maracujá doce (-15,4%), melão (-11,9%) e laranja pêra (-10,3%). Principais altas: uva Itália (17,8%), morango (10,8%), abacate (9%) e goiaba (6,3%). O setor de legumes registrou queda de 16,09%. As principais quedas foram do chuchu (-47,5%), vagem (-38,1%), pepino (-29,7%), beterraba (-27,1%), quiabo (-19,4%), abobrinha italiana (-19,55), tomate (-17,8%) e cenoura (-12%). Não houve altas significativas no setor. - 14 - REVISTA 100% CAIPIRA

Já o setor de verduras caiu 17,30%. As principais quedas do setor foram coentro (-79,7%), alface crespa (-33,1%), alface lisa (27%), couve-flor (-26%), almeirão (-25,1%), nabo (-21,2%), milho verde (-18%), escarola (-15,2%), cebolinha (-16,3%) e agrião (-16,1%). Dos 40 produtos acompanhados, as duas únicas altas no setor foram brócolis (25,2%) e salsão (-2,6%). O setor de diversos registrou alta de 9,14%. As principais elevações foram batata lisa (27,8%), batata comum (17%), coco seco (16,3%), ovos (7,5%) e cebola nacional (3,5%). Principais quedas: Milho de pipoca (-4,1%) e alho (-1,5%). Por fim, o setor de pescados registrou ligeira elevação de 0,3%. As principais altas foram do robalo (22,6%), abrotea (14,4%), pescada (13,7%) e namorado (10,2%). As principais quedas foram do cação (-22,3%), anchovas (-15,6%), polvo (-7%) e tainha (-6,4%).

com temperaturas amenas e pouca incidência de chuvas nas regiões produtoras (lado da oferta). Somente se ocorrerem geadas nas regiões produtoras esta situação deverá se inverter. Mesmo o tomate e a batata, com preços em alta neste inicio de maio, em razão da grande quantidade de opções de compra, não deverão permanecer com preços tão elevados. Com o quadro atual, os consumidores substituem ou compram em menor volume, fazendo com que os preços não se sustentem em patamares tão elevados. Assim, a tendência é de redução de preços para a maioria dos legumes e verduras comercializados na Ceagesp. No setor de frutas, vários produtos em plena safra como laranjas pêra e lima, limão, caqui, morango, entre outros, além da retração no consumo de frutas tropicais como coco verde, melancia, melão e abacaxis deverão manter os preços do setor em patamares reduzidos. Tendência - Apesar de algumas O setor de pescados, passado o elevações pontuais neste inicio mês de maior consumo em razão de maio como o tomate, o mês de da Páscoa e fim da época de defemaio deve continuar com preços so de produtos importantes como em queda em razão da retração no sardinha, camarão, entre outros, consumo (lado da demanda) e de também deverá apresentar reducondições climáticas satisfatórias, ção dos preços praticados.


REVISTA 100% CAIPIRA - 15 -


TERCEIRO SETOR

24

- 16 - REVISTA 100% CAIPIRA


ESPORTE

COMIDA TODOS OS DIAS NO FOGÃO À LENHA SÁBADOS E DOMINGOS ESPAÇO KIDS COM MONITORES SHOW E BAILÃO TODOS OS SÁBADOS

4

EM BREVE FAZENDINHA COM ANIMAIS EXÓTICOS E MINI ANIMAIS

REVISTA 100% CAIPIRA - 17 -


EVENTO

Agronegócio mostra sua força na Feira Apas 2014 De olho na expansão do setor supermercadista, produtores e atacadistas participam, mais uma vez, da exposição e congresso promovidos na capital paulista no início do mês Importantes personalidades políticas, grandes estrelas do esporte, centenas de expositores nacionais e internacionais, além do recorde de visitantes. Este é o resumo da Feira Apas 2014, realizada entre os dias 5 e 8 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo. Ao todo, 69.554 pessoas visitaram os 602 expositores, sendo 150 deles internacionais de 17 países. Sob o tema Confiança – Fundamento do Time Campeão, o congresso, que contou com importantes palestras de Vicente Falconi, Stephen M.R.Covey e Steven Jenkins, por exemplo, foi prestigiado por 3.136 pessoas. Já o Projeto Comprador In-

- 18 - REVISTA 100% CAIPIRA

ternacional Apas-Apex contemplou 325 reuniões, onde foram gerados negócios na ordem de US$ 211,5 milhões para os próximos 12 meses, ante US$ 47 milhões em 2013. Em 2015, a Feira APAS será pautada pela temática “Produtividade”. Durante participação no painel O Brasil que dá certo, que contou com a presença da ex-ministra Marina Silva, o presidente João Galassi salientou a importância da produtividade no contínuo crescente do setor. “Com o País em pleno emprego, nós teremos vendas para continuar batendo nossas metas, porém, o que nos preocupa é que

esse modelo está se exaurindo. O pleno emprego se estabilizou e para o futuro precisamos trabalhar para o aumento da produtividade”, disse. O professor da FEA-USP, Nelson Barrizzselli, que mediou o debate do painel “O Brasil que dá certo”, também caminhou por esta linha de raciocínio. Segundo ele, “o Brasil apresenta uma imensa oportunidade de crescimento de produtividade, que ajudará na diminuição dos custos do País”. De olho na expansão do setor supermercadista, produtores rurais e atacadistas marcaram presença, mais uma vez, na mostra anual do varejo.


REVISTA 100% CAIPIRA - 19 -


TRANSPORTES

Licenciamento de veículos cresce em abril Segundo a associaçãdo dos fabricantes, foi o segundo melhor mês de abril da história em licenciamento A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou, no início do mês, resultados da indústria automobilística em abril e no quadrimestre. O licenciamento de autoveículos apresentou aumento de 21,8% ao se comparar as 293,2 mil unidades vendidas no quarto mês do ano com as 240,8 mil de março. No comparativo com abril de 2013, que registrou licenciamento de 333,7 mil unidades, o recuo foi de 12,1%. No resultado do quadrimestre o setor também registra retração: foram 1,11 milhão de produtos comercializados neste período contra 1,16 milhão no

- 20 - REVISTA 100% CAIPIRA

ano passado, baixa de 5%. O setor registrou queda também nas exportações de autoveículos nos quatro primeiros meses do ano. Foram 111,9 mil produtos enviados para fora do Brasil, retração de 31,9% na comparação com as 164,3 mil do mesmo período do ano passado. Na análise mensal o registro é de crescimento: as 36,7 mil unidades de abril de 2014 representam alta de 55,7% frente a março, quando o setor exportou 23,5 mil autoveículos – com relação as 52,8 mil de abril de 2013 a redução foi de 30,4%. A produção no quadrimestre foi de 1,07 milhão de autoveículos, 12% menor do que as 1,21 milhão

de 2013. Apenas em abril saíram das linhas de montagem 277,1 mil unidades, o que representa redução de 21,4% com relação as 352,4 mil do mesmo mês do ano passado e alta de 1,6% frente as 272,8 mil de março de 2014. Caminhões e ônibus - Os licenciamentos de caminhões registraram baixa de 22%: foram 10,9 mil unidades comercializadas em abril deste ano contra 13,9 mil de igual período de 2013 – sobre as 9,2 mil unidades de março de 2014 houve acréscimo de 17,8%. Quando analisado o volume de vendas nos quatro primeiros meses do ano, a queda é de 14,4%


– 41,3 mil caminhões em 2014 e 48,3 mil no ano passado. Já o segmento de ônibus comercializou 2,2 mil produtos em abril, declínio de 8,8% com relação a março, com 2,4 mil, e de 19,7% frente a abril do ano passado, quando foram licenciados 2,8 mil. Ao comparar os 9,2 mil do acumulado deste ano com os 10,4 mil de 2013, o segmento retraiu 19,7%. Os fabricantes de caminhões produziram também em abril 12,3 mil veículos, baixa de 11% em relação a março, com 13,8 mil, e decréscimo de 31,6% contra as 18 mil de abril do ano anterior. A produção acumulada também registrou queda: a comparação dos 55,1 mil caminhões de 2014 com os 61,1 mil de 2013 significam recuo de 9,8%.

O segmento de ônibus também seguiu em baixa. No último mês saíram das linhas de montagem 3,4 mil ônibus, inferior em 9,7% com relação as 3,8 mil de março e em 8% com as 3,7 mil de abril do ano passado. O declínio para o acumulado do ano foi de 2,1%: foram fabricadas 13,3 mil unidades este ano e 13,6 mil em 2013. As exportações no acumulado de caminhões apresentou alta de 5,9% – foram enviados para fora do Brasil 6,6 mil em 2014 e 6,2 mil de 2013 – enquanto o resultado para ônibus foi de recuo de 13,5%: 2,1 mil ônibus este ano e 2,4 mil no ano anterior. Máquinas agrícolas e de construção - O segmento agrícola apresentou alta nas vendas inter-

nas em abril: as 6,1 mil unidades comercializadas no mês representam elevação de 9,6% com relação as 5,5 mil de março deste ano. Já no comparativo com abril do ano passado, quando foram vendidas 7,4 mil máquinas, o resultado foi inferior em 17,7%. Os dados do quadrimestre apontaram redução de 20,3% ao se comparar as 21 mil de 2014 com as 26,3 mil de 2013. Em abril, a produção registrou ligeira alta de 1% quando as 7,1 mil unidades são confrontadas com as 7 mil de março de 2014. A comparação com abril do ano passado aponta que o resultado ficou 22,4% abaixo ante as 9,1 mil daquele período. No acumulado foram 26,9 mil unidades produzidas este ano, decréscimo de 14,6% frente as 31,5 mil de 2013. REVISTA 100% CAIPIRA - 21 -


TECNOLOGIA AGRÍCOLA

Massey Ferguson lança na AgroBrasília colheitadeira com a maior capacidade da categoria A nova MF 9895 colhe mais hectares com menos combustível, enquanto mantém a potência e reserva de torque para enfrentar condições extremas A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta um aumento de 28% no montante de grãos produzidos no Distrito Federal e região, batendo recorde em produtividade. Segundo levantamento de abril de 2014, a região Centro-Oeste destacou-se pelo retorno das chuvas que beneficiaram o desenvolvimento do milho segunda safra. Também está à frente em financiamentos rurais concedidos às cooperativas, maior parte destinados à comercialização de produtos agropecuários. O Centro -Oeste apresenta aumento de área plantada de arroz e de feijão, com produção de 13% da oferta nacional, com destaque para Goiás. Nesse contexto, a Massey Ferguson, com mais de 50 anos de experiência, desenvolvendo e produzindo máquinas agrícolas para o mercado, lança sua primeira colheitadeira Classe VIII: a MF 9895, durante a Feira Internacional do Cerrado (AgroBrasília). Representada por três concessionárias, a marca também levará ao evento realizado de 13 a 17 de maio, no Distrito Federal, outros - 22 - REVISTA 100% CAIPIRA

destaques como a plantadeira MF 500 Seed Pneumática e os tratores compactos. A MF 9895 é a colheitadeira com a maior taxa de descarga de grãos do mercado (150l/s), proporcionando eficiência e produtividade numa máquina de alto desempenho para produtores de médio e grande porte. Equipada com motor AGCO Power, capaz de entregar até 510 CV de potência, e com o novo rotor denominado “Trident”, a MF 9895 permite um maior processamento sem sacrificar a qualidade dos grãos. A colheitadeira possui um inovador sistema de limpeza estratificado que aumenta consideravelmente a eficiência do conjunto sem a necessidade de aumento de área das peneiras. Outra característica exclusiva é o moderno sistema de arrefecimento denominado “V-Cool” que praticamente elimina manutenções diárias aumentando as jornadas de trabalho. A nova geração de colheitadeiras axiais, voltada a produtores de médio e grande porte foi projeta-

da para trabalhar com menos paradas, manutenção e esforço. Segundo o gerente de marketing do produto da Massey Ferguson, Roberto Ruppenthal, essa máquina possui a maior taxa de descarga de grãos do mercado: 150 litros por segundo. “Com design surpreendente, ela já nasce com toda a tecnologia mais avançada disponível para maximizar os resultados e aumentar o retorno financeiro no campo”. Ele explica que a colheitadeira MF 9895 pode ser equipada com: sistema de agricultura de precisão Fieldstar II, sistema de telemetria desenvolvido pela AGCO – o AgCommand, e opção de piloto automático AG 3000. “Tudo isso garante maior conforto e segurança ao operador, além de aumentar a produtividade durante a colheita. É uma colheitadeira com mais capacidade e menos complexidade para que o produtor possa colocar mais grãos limpos no tanque com menos paradas, menos manutenção e menos cansaço”, destaca. Claudio Alves, diretor executivo da Safra Tratores (MG), uma


das concessionárias participantes, explica que mercado regional mantém-se estável e a feira é o momento em que os produtores decidem as compras do ano, pois já obtiveram os resultados da safra de verão. “Estamos animados com o grande interesse pela MF 9895. O público está muito receptivo ao lançamento, que faremos na AgroBrasília”, conclui. De acordo com o Carlos Alberto Amaral, diretor-comercial da Navesa (GO), a AgroBrasília vem se consolidando como uma feira forte quanto à geração de negócios, pela organização e conforto oferecido aos participantes da

região. “Os produtores podem sair de suas propriedades pela manhã e retornar à tarde, aproveitando as melhores e mais modernas máquinas que estamos oferecendo”, opina. A Massey Ferguson também será representada no evento pela Redemaq Minas (MG). Segundo explica Rafael Guarienti, coordenador comercial da Massey Ferguson, a AgroBrasília é uma iniciativa tradicional no Centro-Oeste, contemplando desde agricultura familiar até profissional de larga escala. A região é marcada pela diversificação de culturas e, por isso,

favorável à sustentabilidade dos negócios para o produtor local. “Estamos com uma expectativa muito positiva referente à edição deste ano”, conclui. Os produtores da região ainda terão acesso às plantadeiras MF 500 Seed, que passaram a ser disponibilizadas também com dosadores pneumáticos de sementes. Em relação ao sistema de distribuição mecânico, o pneumático apresenta diversas vantagens, como menor dano às sementes e utilização das mesmas em tamanhos diferentes. Disponível nas versões de 9 a 17 linhas, e até 34 linhas em tanREVISTA 100% CAIPIRA - 23 -


TECNOLOGIA AGRÍCOLA

dem, a série vem equipada também com a nova linha pneumática de sementes, que oferece um trabalho eficaz mesmo em solos irregulares. As máquinas da série Seed foram desenvolvidas para os agricultores que preferem fazer adubação antecipada.

te programação prévia e troca automática de marchas para determinada faixa de rotação e velocidade, proporcionando alto desempenho aliado à economia de combustível. Além disso, apresentará a Série MF 8600 Dyna-VT, com tratores de alta potência, já consagrados nos Estados Unidos, na Europa Tratores de transmissão inteli- e na África do Sul, representados gente - A marca, líder a mais de 50 com exclusividade no Brasil pela anos no mercado nacional de trato- Massey Ferguson. res, leva à AgroBrasília a Série MF Com os modelos de dimen7000 Dyna-6, com quatro modelos, sões compactas, a Massey Fergucuja transmissão inteligente permi- son oferece uma oferta robusta - 24 - REVISTA 100% CAIPIRA

em máquinas para culturas de café, hortaliças, flores e frutas. O portfólio conta com três versões: MF 4265 (65 cv), MF 4275 (75 cv) e MF 4283 (85 cv). Além do mesmo design moderno da série MF 4200, as máquinas têm peso embutido para facilitar as manobras, câmbio de oito ou doze velocidades, acionamento lateral da tração dianteira auxiliar para aumentar o vão livre, tomada de potência com rotação nominal de 540 rpm e sistema hidráulico com capacidade de levante de 2100 kgf.


REVISTA 100% CAIPIRA - 25 -


LIÇÃO DE VIDA TECNOLOGIA

Monitoramento remoto permite cultivo de árvores a distância Projeto de recuperação ambiental monitorada usa chip chip de radiofrequência em mudas plantadas no Mato Grosso

Unir tecnologia da informação à preocupação com o meio ambiente é o objetivo de uma ação da Curupira, instituição voltada a projetos de recuperação ambiental, e da InfraTI, integradora de serviços de TIC, em uma área adotada de 200 hectares em Nova Mutum, no Mato Grosso. O pro- 26 - REVISTA 100% CAIPIRA

jeto prevê o reflorestamento com plantio de espécies da mata nativa extinta, em um trabalho no qual cada muda ganhará um chip RFID (identificação via radiofrequência) que transmitirá informações sobre o desenvolvimento da planta a um portal na Internet. A ideia é que as empresas en-

gajadas no projetos, como a InfraTI e outras parceiras da Curupira, “doem” as árvores adotadas para clientes, colaboradores e amigos, que ganharão um login e senha para acessar o portal e acompanhar as informações enviadas por RFID sobre “suas” plantas. Com isso, é possível acompanhar todo


o ciclo da muda: plantio, desenvolvimento, adubagem e outros processos de tratamento, quantidade de CO2 neutralizada, interações de animais presentes na área, entre outros dados. Além disso, toda a área de 200 hectares é monitorada por tecnologia de georeferenciamento

(identificação e localização segundo coordenadas de posicionamento global), permitindo o envio também de imagens de satélite das plantas ao portal. De acordo com a Curupira, a região de Nova Mutum foi escolhida para esta ação porque o Mato Grosso é uma dos estados

historicamente mais afetados pelo intenso desenvolvimento da produção agrícola, o que o tornou um dos grandes fornecedores desta cadeia no Brasil, mas também acarretou prejuízos à biodiversidade local. Com a ação em parceria com as empresas, a meta do projeto é ajudar na recuREVISTA 100% CAIPIRA - 27 -


BEBIDA ARTESANAL

peração destes espaços nativos. Participante da iniciativa, a InfraTI se propõe a engajar pessoas por meio da doação de cinco árvores plantadas em sua área adotada para cada novo cliente com que fechar contrato e uma para cada atual cliente que renovar contratações de seus serviços. “O objetivo é aproximar as pessoas da ação, inseri-las em participação ativa no quesito sustentabilidade, que muitas vezes fica na esfera puramente corporativa - 28 - REVISTA 100% CAIPIRA

ou governamental. A ideia é gerar engajamento pessoal, uma ponte direta entre o ser humano e o meio-ambiente, por meio da tecnologia”, comenta Augusto Bueno, diretor da InfraTI. Comandante da ação, a Curupira é dedicada a atividades de recuperação e proteção ambiental. A instituição, fundada em Joinville, Santa Catarina, reúne diversas empresas e pessoas físicas associadas, e conta com equipe especializada no plantio, adubação e

manutenção das árvores nativas plantadas em suas reservas. “Muito se fala em Green IT, em otimizar as estruturas de TIC para potencializar recursos ambientais. Temos nossas iniciativas nesta linha, mas o plantio efetivo de árvores e a aplicação de tecnologia ao monitoramento desta ação, envolvendo realmente a TI e as pessoas no processo de recuperação ambiental, reforça nossas ações. Nos sentimos realmente fazendo nossa parte”, finaliza Bueno.


REVISTA 100% CAIPIRA - 29 -


BEBIDA ARTESANAL

- 30 - REVISTA 100% CAIPIRA


VITIVINICULTURA

REVISTA 100% CAIPIRA - 31 -


REBANHO IMUNIZADO

Resultado de 97,5% obtido no ano passado é superior ao de 2012

- 32 - REVISTA 100% CAIPIRA


ECONOMIA

REVISTA 100% CAIPIRA - 33 -


ARTIGO

Aplicação aérea: funciona e é valiosa na agricultura João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha, professor plista, o custo da aplicação aérea é superior ao da da Universidade Federal de Uberlândia terrestre. No entanto, se forem computados os custos de amassamento e compactação, esta relação se A aviação agrícola possui um papel fundamen- inverte. Estas generalizações, porém, são bastante tal no aumento de ganho de produtividade pela perigosas, pois dependem de cada situação. sua natureza de rápida e eficaz cobertura. Sem Um fator que influencia bastante é a distância da dúvida, a aplicação aeroagrícola funciona e é uma área a ser aplicada até a pista de decolagem. Quanto ferramenta valiosa na agricultura quando reali- maior for esta, mais onerosa será aplicação. Outro fazada dentro de critérios técnicos bem definidos e tor que limita a aplicação aérea é a presença de muiacompanhada por pessoal técnico especializado. tos obstáculos na área e relevo muito acidentado. O uso de aviões para fins agrícolas começou Outra controvérsia com relação ao uso do avião antes da Segunda Guerra Mundial. Inicialmente o agrícola é que o mesmo somente é viável em grannúmero de aeronaves era pequeno. Empregavam- des áreas. Contudo, se as áreas forem próximas à se aviões militares modificados. Com o tempo, a pista de pouso, a aplicação é viável mesmo em peatividade foi se desenvolvendo e no final da década quenas áreas. de 40 surgiu o primeiro avião projetado e construDeve ficar claro que tanto a aplicação aérea, ído para fins agrícolas. como a terrestre, são eficientes e têm seu campo de A aplicação aérea, assim como a aplicação ter- aplicação. Quando a capacidade operacional insrestre, apresenta vantagens e desvantagens. Como talada de máquinas não for suficiente, ou as conprincipal vantagem tem-se a grande capacidade dições climáticas não forem favoráveis, como lonoperacional, isto é, a possibilidade de tratamento gos períodos chuvosos que impeçam a entrada de de grandes áreas em pequeno tempo. Como con- tratores, a aplicação aeroagrícola é uma excelente sequência deste alto rendimento, possibilita tam- opção, tanto do ponto de vista econômico, como bém a realização do tratamento no momento mais do ponto de vista técnico. oportuno para o controle, seja de plantas daniAs duas formas de aplicação apresentam vannhas, de doenças ou de insetos. Além disso, evita a tagens e desvantagens. Estas devem ser bem avacompactação do solo e as injúrias às culturas, tão liadas e contornadas utilizando-se de técnicas adefrequentes nas aplicações tratorizadas. quadas. As aeronaves agrícolas vêm apresentando No entanto, se a operação não for bem executa- melhorias contínuas, de forma a promoverem aplida, dentro dos parâmetros técnicos recomendados, cações mais eficientes e mais seguras do ponto de a aplicação aérea pode causar a deriva dos fitossa- vista ambiental. nitários (arrastamento pelo vento) para áreas viziA indústria química também tem auxiliado nhas. Além disso, como o volume de pulverização na segurança das aplicações. Produtos químicos (água + fitossanitários) é reduzido, muitas vezes in- (adjuvantes) têm sido desenvolvidos para serem ferior a 40 litros por hectare, requer estratégias que aplicados junto com os fitossanitários, permitinassegurem a boa deposição e cuidado redobrado do menor risco de evaporação e perda por dericom as condições climáticas durante as aplicações. va. Portanto, a aplicação aérea é uma importante Um fator bastante controverso com relação à ferramenta que os agricultores podem e devem se aplicação aérea refere-se ao custo. De forma sim- utilizar para obter o sucesso tão desejado. - 34 - REVISTA 100% CAIPIRA


AVIAÇÃO AGRÍCOLA

Ipanema é destaque na Agrishow A Embraer exibiu, de 28 de abril a 2 de maio, durante a 21ª edição da Agrishow, a aeronave agrícola Ipanema. Produto mais longevo da companhia, com 43 anos de produção ininterrupta, o Ipanema já teve mais de 1.300 unidades entregues. “O sucesso da aeronave se deve, também, à sua capacidade de adaptação: ao longo do tempo, foram incorporadas melhorias de acordo com as necessidades dos clientes, o que tem garanti-

do a confiança e a sua liderança no mercado”, disse Fábio Bertoldi Carretto, gerente comercial da Embraer para o programa. O Ipanema foi a primeira aeronave produzida em série no mundo a sair de fábrica certificada para voar com etanol (álcool hidratado), mesmo combustível utilizado em automóveis – o modelo está disponível desde 2005. A fonte alternativa de energia renovável, derivada da cana-de -açúcar, reduziu o impacto am-

biental e os custos de operação e manutenção e ainda melhorou o desempenho geral da aeronave, tornando-a mais atrativa para o mercado. Hoje, cerca de 40% da frota em operação é movida a etanol e aproximadamente 80% dos novos aviões são vendidos com essa configuração. Com cerca de 65% de participação no mercado, o Ipanema é utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas. REVISTA 100% CAIPIRA -

-


PESQUISA

Manejo integrado ajuda a controlar pragas nas lavouras Pesquisador da Embrapa Cerrados avalia a situação das principais pragas que estão atacando as plantações brasileiras Não é só a Helicoverpa armigera que está tirando o sono dos produtores rurais brasileiros quando o assunto são pragas com potencial de gerar danos econômicos. A lagarta falsa-medideira e a mosca-branca também deixam um rastro de prejuízos nas lavouras onde passam e não existe uma única solução para controlá-las. O caminho, indica o pesquisador da Embrapa Cerrados Sergio Abud, passa obrigatoriamente pelo manejo integrado e por ações conjuntas nas regiões. Segundo ele, as duas pragas já atacam as lavouras brasileiras há anos, mas recentemente os produtores focaram no controle da recém-chegada Helicoverpa armigera, o que fez com que aumentasse a população de ambas, já que os produtos utilizados na Helicoverpa não têm a mesma eficiência para acabar com a falsa-medideira e a mosca-branca. Outro problema é que muitas vezes o produtor deixa para fazer o controle após o momento ideal. “O manejo dessas pragas deve ser feito de forma integrada, com foco não somente em uma cultura, mas também na paisagem agrícola da região e, principalmente, preservando os inimigos naturais. - 36 - REVISTA 100% CAIPIRA

Alguns ácaros ajudam a controlar a mosca-branca e existem muitos outros inimigos naturais para controlar a falsa-medideira”, avisa. Para explicar a importância do controle integrado, ele usa como exemplo o caso da Helicoverpa armigera, uma praga exótica invasora que não existia no Brasil e que já traz em sua formação genética a resistência a determinados produtos químicos. Conforme Abud, a lagarta se estabeleceu principalmente em áreas onde existia desequilíbrio ambiental e o uso excessivo desses agroquímicos, o que acabou fazendo a seleção de indivíduos resistentes. A recomendação, especialmente em relação à Helicoverpa, é fazer o monitoramento adequado do número da população de lagartas para poder saber se chegou ao nível de dano econômico e, a partir daí, se estabelecer qual o tipo de controle será usado. “Também é preciso pensar na tecnologia de aplicação, aonde ele vai conseguir posicionar, seja os produtos biológicos ou químicos, no alvo para que se tenha eficácia no controle dessa lagarta que tem causado um dano econômico muito grande nas lavouras brasileiras”, ressalta.

Ameaças ao Brasil - Estudos da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) apontam a existência de 150 pragas exóticas invasoras distribuídas na América do Sul que causam grandes danos às culturas existentes no Brasil. Dentre elas, 10 tipos têm chances reais de chegarem às lavouras brasileiras, alerta o pesquisador. Nesse momento, a maior preocupação é com a mosca-branca “raça Q”. A praga já foi localizada no Paraguai e na Argentina e existem relatos, não oficialmente constatados, da sua presença no Rio Grande do Sul. De acordo com Abud, esse biótipo é de difícil controle e é preciso fazer o manejo adequado para evitar que ele chegue à região central do Brasil, onde estão localizadas as principais culturas que essa praga costuma atacar: feijão, algodão, soja, tomate e outras hortaliças. “Praga não respeita fronteira. A visão tem que ser no complexo de pragas e pensar que nós somos uma única fazenda e não várias. Precisa ser uma ação de uma região. A Helicoverpa armigera era uma delas e assim como essas outras pragas, normalmente se estabelece quando o ambiente está em desequilíbrio. O conjunto de


todas essas técnicas previstas no MIP faz com que a gente reduza a população dessas pragas, reestabeleça a diversidade e consiga diminuir o impacto ambiental, além de garantir segurança alimentar”. Vídeo do SENAR - Em outubro do ano passado o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) lançou um vídeo para informar os produtores rurais e participantes dos seus cursos sobre as características e formas de controlar a Helicoverpa armigera.

O material foi divulgado nos cursos do SENAR e também disponibilizado para Sindicatos Rurais, cooperativas e veículos de comunicação e no portal da entidade. Na opinião de Abud, as informações do vídeo contribuíram para que os produtores tivessem conhecimento da ocorrência da praga, como ela aparece na região e como identificá-la. A partir disso, os pesquisadores da Caravana Embrapa tiveram mais facilidade para repassar orientações sobre manejo integrado aos agricultores.

“O resultado foi extremamente importante. Um vídeo como esse, disponibilizado da forma como o SENAR faz, tem acesso a qualquer lugar do País. Se nós fizermos um levantamento, a maior parte dos produtores de soja hoje não tem uma orientação técnica direta. Então esse vídeo chega gratuitamente até eles levando as orientações, fazendo com que desperte neles o interesse pela busca de mais informações e que se reestabeleça esse equilíbrio que nós estamos repetindo que é fundamental”, declara. REVISTA 100% CAIPIRA - 37 -


INTERNACIONAL

Tunísia vai aumentar produção de fosfato em 50% até 2020 Meta é atingir 12 milhões de toneladas anuais de fertilizante e país busca parceria com a Vale, segundo ministro tunisiano da Indústria, que participou de fórum Brasil-Tunísia O ministro tunisiano da Indústria, Minas e Energia, Kamel Ben Naceur, participou do fórum “Brasil-Tunísia: oportunidades a abraçar”, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no início de maio, com apoio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Segundo ele, o objetivo é criar condições para que o Brasil esteja, em três anos, entre os dez maiores parceiros comerciais do país árabe. O titular da pasta ainda revelou que a Tunísia está se preparando para quadruplicar a produção de fosfato - base para fertilizantes, produto do qual o Brasil é um grande importador - até 2020. “Vim ao Brasil para promover a nova Tunísia. Temos uma nova Constituição e vivemos o que estamos chamando de ‘start-up democracy’ (democracia iniciante). Por isso, estamos promovendo o aumento dos negócios e investimentos. As trocas comerciais com o Brasil poderiam ser bem maiores”, disse. “Poderíamos formar uma parceria entre o Brasil, a Tunísia e outros países da África. Estamos promovendo oportunidades em - 38 - REVISTA 100% CAIPIRA

diversos setores - além dos já tradicionais ligados ao agronegócio -, como energia (incluindo as renováveis), aeronáutico, infraestrutura, elétrico, eletrônico, mecânico, têxtil, calçados e couros, farmacêutico, serviços terceirizados, turismo, serviços logísticos, tecnologia da comunicação e informação”, acrescentou Naceur. O titular da pasta destacou as cerca de 5,7 mil indústrias presentes no país, que, juntas, empregam mais de meio milhão de colaboradores. Do total dessas companhias, cerca de dois terços são exportadoras e quase 1,2 mil são estrangeiras. Já o diretor-geral da Agência Tunisiana de Promoção de Investimentos Exteriores (Fipa), Khalil Labidi, ressaltou as estratégias nacionais para promoção de investimentos internacionais, entre elas a prorrogação de anistia fiscal, a simplificação dos procedimentos para criação de empresas, a abertura de investimentos em novos setores e a diversificação das fontes para financiamento de projetos. Ele ainda reforçou a posição estratégica da Tunísia na região do

Mediterrâneo e a vocação do país árabe do Norte da África para atuar como uma hub de exportações brasileiras para outras regiões. Fertilizantes - Sobre a produção de fosfato, o ministro informou que a Tunísia pretende aumentar sua produção para 12 milhões de toneladas até 2020. Naceur disse também que está discutindo possibilidades de cooperação tecnológica nesta área com a brasileira Vale. “Estamos falando de excelentes oportunidades. Primeiro na parte de tecnologia, porque a Vale tem experiência no transporte de fertilizantes com água por dutos. Esse tipo de sistema poderia ser muito interessante para nós, em minas que tenham produção de dois a três milhões de toneladas por ano”, contou. Outra possível cooperação com a mineradora brasileira, afirmou Naceur, é em um projeto de uma mina de fosfato no centro-oeste da Tunísia. “É um investimento de US$ 2,5 bilhões. Vamos ver como podemos aperfeiçoar todo o ciclo usando o conhecimento de empresas como a Vale”, disse. O fórum contou ainda com a


presença do presidente da Câmara Árabe, Marcelo Sallum, que destacou o desempenho do comércio entre Brasil e Tunísia, apontando possibilidades de crescimento. “Em 2013, a corrente comercial entre os dois países foi de US$ 426 milhões. Acreditamos realmente que existem oportunidades de expansão dos negócios em ambos os lados”, afirmou. Michel Alaby, diretor-geral da Câmara Árabe, ressaltou a im-

portância de as empresas brasileiras observarem a questão da internacionalização, ou seja, de se instalarem em outro país. Como exemplos de companhias brasileiras que já estão no país árabe, ele mencionou a Dumond (calçados) e a Votorantim (cimento). “As exportações do Brasil para a Tunísia são muito vinculadas a matérias-primas e alimentos, mas podemos produzir alimentos também lá, onde há uma mão de obra produtiva e efetiva.”

Participaram ainda do evento de negócios o vice-presidente da Fiesp, Elias Miguel Haddad; o embaixador da Tunísia em Brasília, Sabri Bachtobji; o secretário executivo do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil, Ricardo Schaefer; o chefe do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores, Rodrigo de Azeredo Santos e o gerente de Internacionalização da Apex-Brasil, Juarez Leal. REVISTA 100% CAIPIRA - 39 -


TRANSPORTES MEIO AMBIENTE

- 36 40 38 - REVISTA 100% CAIPIRA


PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Safra de feijão deve alcançar 598,9 mil toneladas em MG Tecnologia e boas práticas de produção permitiram expansão da produtividade em 15,8% Os produtores de Minas Gerais devem colher 598,9 mil toneladas de feijão na safra 2013/14, segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), considerando os dados da terceira safra com base nos registrados no período 2012/13. Conforme avaliação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o volume estimado é 6% maior que o registrado na safra anterior. Além disso, a estimativa mostra que as lavouras mineiras respondem por 72% da produção de feijão da Região Sudeste e por 16,8% da safra nacional. Segundo o secretário de Agricultura, André Merlo, “Minas ocupa a segunda posição no ranking brasileiro de feijão, atrás do Paraná, que responde por 890,5 mil toneladas e os dados da Conab evidenciam o empenho dos agricultores mineiros em aumentar a oferta do produto”. O levantamento mostra uma produtividade média de 1,6 tonelada por hectare nas lavouras de feijão do Estado,

expansão de 15,8% em relação à safra 2012/2013. “A utilização de tecnologia e as boas práticas de produção possibilitam a expansão do rendimento, apesar do recuo da área plantada de 419,7 mil hectares para 384,3 mil hectares”, ressalta.

O maior volume da safra mineira de feijão, segundo o IBGE, é colhido nas seguintes regiões: Noroeste (27,3%), Sul (16,6%), Alto Paranaíba (10,3%) e Norte (9,1%). No ranking da produção municipal, o primeiro colocado é Unaí, no Noroeste, com 99,1 mil toneladas. Os quatro seguintes estão localizados também na região: Paracatu (41,76 mil toneladas), Guarda-Mor (21,1 mil

toneladas), Buritis (19,3 mil toneladas) e Bonfinópolis de Minas (14,9 mil toneladas). Sorgo em expansão - As estimativas da safra 2013/14 são favoráveis também ao sorgo, que deve alcançar 547,3 mil toneladas, volume 16% superior ao registrado no período 2012/13. Segundo o secretário, no caso dessa cultura também se observa o crescimento da produtividade, que alcança 3,1 toneladas por hectare ante as 2,8 toneladas da safra anterior. “Houve ainda o crescimento de 7% da área de cultivo, que alcança 175,2 mil hectares.” A utilização do sorgo como complemento do milho no preparo da ração para aves e suínos tem estimulado o cultivo em Minas Gerais. O grupo de municípios líderes da produção no Estado é formado por Unaí, na região Noroeste, Sacramento, no Alto Paranaíba, Conceição das Alagoas, Capinópolis e Uberlândia, no Triângulo (35 mil, 31,8 mil e 30 mil toneladas, respectivamente). REVISTA 100% CAIPIRA - 41 -


-

- REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA - 43 -


COZINHA DA ROÇA

Pernil de porco assado à pururuca INGREDIENTES 1 - Pernil traseiro com o couro de 7 kg 1 - Cabeça de alho 2 - Cebolas médias 2 - Copos de vinho branco seco (200 ml ) 1 - Xícara chá de água 2 - Colheres sopa bem cheia de sal 6 - Folhas de louro 2 - Pimentas dedo de moça 3 - Xícaras de chá de vinagre branco 1 – Colher de sopa de tomilho fresco 1- Litro de óleo (milho, soja, ou outro de sua preferência)

MODO DE PREPARO Pegue o pernil coloque em um recipiente com água e vinagre (UM COPO) e deixe por 20 minutos, esfregue bem e lave com água para que fique limpo e sem sangue. Enxugue bem e com uma faca faça furos para que colocar o tempero (NÃO FURE O COURO) Pegue os temperos, sal, cebolas, alho, vinho, água (UMA XICARA CHÁ) e um pouco do vinagre o restante que sobrou (duas xícaras), bata tudo no liquidificador. Pegue o pernil coloque-o com a parte sem couro para baixo na bacia ou forma grande, despeje o conteúdo do liquidificador sobre ele e deixe-o marinando de um dia para outro (para que pegue o tempero), não esqueça as folhas de louro, (coloque-as sob o pernil), vire-o de vez em quando. Para assar, retire o excesso de tempero e coloque-o de volta na assadeira, passe óleo na pele do pernil (isto serve para o papel alumínio não grudar na pele) e cubra com papel alumínio por cerca de 2 ou 3 horas em fogo médio 120 a 140 graus. Tire o papel alumínio, com uma faca afiada, faças cortes em diagonal no couro para que fique em forma de losangos (com cerca de 4cm cada um). Numa panela ferva o óleo restante e despeje sobre o couro do pernil, repita esse processo mais uma vez. (CUIDADO PARA NÃO SE QUEIMAR). Com o tempero que sobrou, você pode leva-lo ao fogo para apurar, e depois de frio acrescentar, cebola bem picada, salsinha, pimentão e servir como acompanhamento do pernil. - 44 - REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA - 45 -


ESPAÇO GASTRONÔMICO

Cassoulet à nossa moda

- 46 - REVISTA 100% CAIPIRA


AGÊNCIA BANANA PUBLICIDADE PROPAGANDA E MARKETING

A AGÊNCIA BANANA DE PROPAGANDA E PUBLICIDADE LTDA, é uma agência que atua em vários segmentos, além da publicidade clássica, m a r k e t i n g e s t rat é g i c o , f e i ra s e v e n t o s e n o v o s m e i o s , e m b o r a a s m a i o r e s p r e o c u p a ç õ e s s ã o : A excelência no atendimento e a qualidade nos serviços.

CRIAÇÃO E PLANEJAMENTO

MÍDIA EXTERIOR MÍDIA TELEVISIVA ANÚNCIOS IMPRESSOS

FEIRAS E EVENTOS

CAMPANHAS PROMOCIONAIS MARKETING ESTRATÉGICO REVISTA 100% CAIPIRA - 47 fones: (11) 2645-0046 - (11) 99642-4106


ARTIGO

-

- REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA - 49 -


-

- REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA -

-


MONTE O SEU TIME E Vร AO ATAQUE CONTRA A DENGUE

Fique atento aos locais que podem acumular รกgua e mantenha-os sempre limpos e fechados. -

- REVISTA 100%/minsaude CAIPIRA /minsaude


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.