www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, agosto de 2014 - Ano 2 - Nº 14 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
JOTA CARVALHO
A voz de Barretos
REVISTA 100% CAIPIRA -
-
-
- REVISTA 100% CAIPIRA
REVISTA 100% CAIPIRA -
-
6
Vinhos nacionais: demanda externa em ascensão
8
Site reúne informações sobre atacado de frutas e hortaliças
Leia também São Paulo comemora Dia Nacional do Campo Limpo - Pág. 10 Índice Ceagesp cai em julho - Pág. 12 Conab realizará leilão de milho - Pág. 17
40
Produtos do agronegócio lideram exportações - 4 - REVISTA 100% CAIPIRA
Abertas inscrições para doutorado em bionergia - Pág. 18 Safra de grãos deve crescer 2,6% - Pág. 20 Exportação de carne para países árabes batem recorde- Pág. 22 Indústria automobilística registra alta em julho - Pág. 36 Confiança do produtor rural está em queda - Pág. 39
17
Cresce produção integrada do tabaco
26
Jota Carvalho, o poeta de Barretos
EXPEDIENTE - Revista 100% CAIPIRA®
www.revista100porcentocaipira.com.br
Diretor geral: Sérgio Strini Reis - sergio@revista100porcentocaipira.com.br Editor-chefe: Paulo Fernando Costa - paulofernando@revista100porcentocaipira.com.br Diretor de criação e arte: Eduardo Reis - eduardo@revista100porcentocaipira.com.br (11) 9 9322-8555 Conselho editorial: Adriana Oliveira dos Reis, João Carlos dos Santos, Paulo César Rodrigues e Nilthon Fernandes Publicidade: Agência Banana
44
Saboreie uma deliciosa salada de feijão verde
Fotografias: Eduardo Reis, Sérgio Reis, Paulo Fernando, iStockphoto e Shutterstock Departamento comercial: Rua das Vertentes, 450 – Vila Constança – São Paulo - SP - Tel.: (11) 2645-0046 Rede social: facebook.com/revista100porcentocaipira A revista 100% Caipira é uma marca registrada com direitos exclusivos de quem a publica e seu registro encontra-se na revista do INPI Nº 2.212, de 28 de maio de 2013, inscrita com o processo nº 905744322 e pode ser consultado no site: http://formulario.inpi.gov.br/MarcaPatente/jsp/servimg/validamagic.jsp?BasePesquisa=Marcas. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista, sendo eles, portanto, de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.
REVISTA 100% CAIPIRA - 5 -
COMÉRCIO EXTERIOR
Exportações de vinhos crescem 250% no 1º semestre Volume exportado é recorde para o setor, representando na comparação com o mesmo período de 2013, 17% do total comercializado pelas vinícolas brasileiras A qualificação do setor vitivinícola brasileiro tanto em produtos, profissionalismo comercial e na construção de imagem, turbinada pela exposição do país durante a Copa do Mundo, resultou em ganhos recordes na exportação do vinho brasileiro engarrafado. O volume de exportações no primeiro semestre de 2014 inflou 257% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até junho deste ano, o Brasil já exportou o equivalente a US$ 7,16 milhões em vinhos engarrafados e um total de 1,78 milhão de litros. Para efeito de comparação, em todo o ano passado, o resultado obtido com as vendas para o exterior foi de US$ 5,3 milhões com 1,5 milhão de litros. O volume exportado este ano também corresponde a 17% do total comercializado pelas empresas vinícolas, em vinhos finos engarrafados, no somatório dos mercados interno e externo. Para comparação, o mercado interno consumiu 8,71 milhões de litros dessa categoria de produto. Outro indicador a ser comemorado, é a valorização do preço médio obtido por litro exportado, que passou de US$ - 6 - REVISTA 100% CAIPIRA
3,36 para US$ 4,01, que representa um ganho próximo de 20%. Segundo a gerente do Wines of Brasil, Roberta Baggio Pedreira, o setor está colhendo os resultados da aproximação com redes de varejo internacionais, um dos grandes objetivos do projeto. Entre os compradores, ela destaca o Reino Unido que, no ano passado, ocupava a sexta posição no ranking de principais destinos e, nos últimos três meses, se mantém no topo como maior importador de vinhos brasileiros. “O Reino Unido é a menina dos olhos, porque é lá que as vinícolas estão inseridas nas maiores e mais prestigiadas redes”, diz. O país multiplicou por 12 o valor exportando, absorvendo quase 20% do total exportado pelo Brasil, totalizando US$ 1,56 milhões. Entre estas redes, estão Waitrose, uma das principais cadeias de supermercados de luxo no Reino Unido, com 312 unidades na Inglaterra, Escócia e Gales, e Marks & Spencer, a maior rede de lojas de departamento do Reino Unido, com 840 lojas em 30 países. Roberta também
afirma que a realização da Copa do Mundo no Brasil contribuiu para potencializar marcas brasileiras no Exterior. Percentualmente, a Bélgica foi o destino com o maior crescimento, multiplicando o valor adquirido em vinhos engarrafados por quase 60, totalizando US$ 1,16 milhões. Na terceira posição figura a Alemanha com US$ 730 mil e um crescimento de 456%. A China, por sua vez, que surgiu como importadora de vinhos brasileiros há apenas três anos, hoje está entre os 10 principais compradores, ostentando um dos valores mais altos na média de preço por litro, de US$ 7,47. “Isso se deve ao fato do vinho na China estar ligado a status e não necessariamente à cultura de consumo. Entretanto, o país é estratégico
principalmente pelo tamanho de mercado potencial que apresenta”, observa Roberta. No total, nos primeiros seis meses do ano, os vinhos brasileiros engarrafados foram exportados para 35 países, contra 32 do mesmo período de 2013. Os cinco países-alvo do Wines of Brasil - projeto de promoção dos vinhos brasileiros no Exterior executado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com a Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) - estão entre os 10 principais destinos de exportação, sendo eles Reino Unido, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e China/Hong Kong. Além da Bélgica, figuram entre os destinos de destaque Paraguai, Japão, Suíça e Colômbia.
REVISTA 100% CAIPIRA - 7 -
ABASTECIMENTO
Site reúne informações sobre mercado de frutas e verduras Dados ajudam compradores a administrar entressafras ou períodos de oferta baixa ocasionados por adversidades climáticas A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai disponibilizar em seu site, para o público em geral, a partir do próximo mês, informações mensais sobre volume, preço e origem das frutas e hortaliças comercializadas nas Ceasas que atendem as regiões do Centro-Sul do país. Qualquer pessoa poderá saber, por exemplo, de onde vem a batata ou outro produto hortigranjeiro que costuma adquirir para sua mesa, por meio do aceso ao link do Prohort (www.ceasa.gov.br). Com estes dados, donos de restaurantes e gestores de hotéis ou de hospitais poderão escolher o produto de melhor preço e qualidade ou substituí-lo por um similar no período de entressafra ou nas intempéries. É uma forma de ajuda bem-vinda para o setor de consumo atacadista de hortigranjeiros, garantem os técnicos. A metodologia poderá, também, servir de base para análises econômicas de áreas especializadas do governo federal, contribuindo para a definição das políticas públicas do setor, uma das missões da companhia. Boas Práticas - Outra novidade no encontro será o lança- 8 - REVISTA 100% CAIPIRA
mento do Guia de Boas Práticas de Comercialização, uma iniciativa da gerência que cuida de hortigranjeiros na Conab. Será um instrumento de trabalho para orientar os gestores das Ceasas na prática diária com manuseio e descarte de produtos hortigranjeiros, o tratamento de resíduos entre outras questões.
Será útil sobretudo para evitar desperdícios, uma prática que, segundo os técnicos, ocorre muito menos nos boxes de comercialização das centrais, com perda de até 2%, do que no campo, no transporte e nos lares, no manuseio das próprias donas de casa, quando chega a atingir até 12% de descarte.
PESQUISA
REVISTA 100% CAIPIRA - 9 -
ARTIGO
Colhendo o sol
São Paulo comemora 10ª edição do Dia Nacional do Campo Limpo Ações de conscientização ambiental serão promovidas em escolas e comunidades em mais de 100 unidades de recebimento em 23 estados brasileiros O Dia Nacional do Campo Limpo (DNCL) chega a sua décima edição. Comemorado desde 2004, a data já reuniu quase 1 milhão pessoas de todo o Brasil para compartilhar os resultados do Sistema Campo Limpo (logística - 10 - REVISTA 100% CAIPIRA
reversa de embalagens vazias de agrotóxicos) que é referência no país e no mundo. A iniciativa une os envolvidos no Sistema, o inpEV - instituto que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas na destinação desse material
-, agricultores, distribuidores, escolas, autoridades e a comunidade para divulgar a conservação ambiental no campo. Em 2014, as atividades terão início na data oficial, 18 de agosto, e a comemoração deve envolver mais de 100
ECONOMIA
unidades de recebimento de 23 estados brasileiros. A solenidade oficial de abertura acontecerá em São Paulo, no congresso da Andav (Associação dos Distribuidores de Insumos Agropecuários). Em São Paulo, as atividades serão promovidas por 13 centrais de recebimento. As cidades que comemorarão são: Araraquara, Bebedouro, Bilac, Casa Branca, Catanduva, Guariba, Ituverava, Paraguaçu Paulista, Piedade, Piracicaba, São José do Rio Preto, São Manuel e Taquarituba. Todas as centrais promoverão o dia de Portas Abertas, quando a central abre suas portas para a comunidade. Para celebrar, além do dia de Portas Abertas, as centrais também poderão realizar o DNCL na escola, (convite às escolas para promover, por conta própria, atividades como: gincanas, apre-
sentação teatral, exposição de desenhos, passeios ecológicos e materiais produzidos em sala de aula relacionados à conservação do meio ambiente e reconhecimento ao Sistema Campo Limpo), a Ação Comunitária (estímulo ao envolvimento da comunidade em iniciativas pela conservação ambiental) e mais duas novas modalidades. As novidades são o DNCL Universitário, que incluirá palestras, oficinas e visitas para apresentar o Sistema para estudantes universitários e o Dia de Campo, que consistirá em apresentações e entrega de materiais para agricultores sobre a importância da logística reversa e sobre técnicas para fazer a tríplice lavagem. Os agricultores participantes dessa ação receberão um certif icado com o selo do Dia Nacional do Campo Limpo
10 anos. Segundo João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV, a décima edição do DNCL é um marco entre as ações educativas do programa de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícola e tem registrado resultados positivos crescentes a cada ano. Ele comenta que desde a criação do Sistema, em 2002, foram encaminhadas mais de 300 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas para o destino ambientalmente correto. Para Rando, o dia 18 de agosto é o momento de comemorar esse sucesso, que é consequência dos esforços dos diversos elos envolvidos nessa cadeia, e de mostrar para a sociedade o compromisso do setor produtivo agrícola com a produção de alimentos, fibras e energia de forma sustentável. REVISTA 100% CAIPIRA - 11 -
ECONOMIA
Índice Ceagesp cai 0,19% em julho
- 12 - REVISTA 100% CAIPIRA
palmer (-10,8%). O setor de legumes registrou queda de 0,97%. As principais quedas foram do tomate (-21,4%), quiabo (-13,3%), mandioquinha (-10,45), abóbora japonesa (6,75) e ervilha torta (-6,4%). As principais altas foram da berinjela (40,3%), pimentão vermelho (41,7%), mandioca (14,7%), e chuchu (10,8%). Já o setor de verduras caiu 5,92%. As principais quedas do setor foram da mostarda (-18,4%), brócolis ninja (-17,9%), rabanete (-14,5%), couve (-14,2%), erva doce (-11,4%), catalonha (-10,5%) e salsão (-10,7%). Não houve altas significativas no setor. O setor de diversos registrou queda de 8,94%. As principais baixas foram da batata lisa (-31,3%), batata comum (-25,3%), coco seco (-10,8%), canjica (-8,9%) e amendoim (-6,9%). A principal alta do setor foi do milho de pipoca (11,1%). Por fim, o setor de pescados registrou alta de 0,14%. As principais elevações foram da cavalinha (49,9%), robalo (18,5%), tainha (17,7%) e cação (14,1%). As principais quedas foram da abrotea (-12,6%), anchovas (-9%), camarão ferro (-5,6%) e polvo (-4,2%).
Shutterstock.com
Em julho, o Índice de preços Ceagesp recuou 0,19%. Legumes, verduras e diversos permaneceram em queda, enquanto, frutas e pescados registraram ligeira alta. Esta foi à quarta queda consecutiva do índice, porém, com alguns produtos próximos ao custo, a tendência é que os preços parem de cair, mesmo com a demanda retraída no período. “Preservadas as condições climáticas atuais, a tendência é de preços estáveis em agosto e setembro. Estáveis em patamares reduzidos, bom que se diga. Há, porém, riscos eminentes de geadas nas regiões produtoras do sul e sudeste do país e a real possibilidade de racionamento de água na irrigação e produção. Ambas as situações podem alterar o cenário atual e pressionar os preços em praticamente todos os setores”, destaca Flávio Godas, economista da Ceagesp. O setor de frutas apresentou elevação de 1,25%. As principais altas foram do limão (24,2%), mamão formosa (21,6%), abacaxi Havaí (18,5%), melão amarelo (12%) e uva rubi (9,3%). As principais quedas foram da atemoia (-19,8%), maracujá doce (18,9%), morango (-15,8%), ameixa estrangeira (-10,7%) e manga
Ceagesp / Divulgação
Legumes, verduras e diversos impulsionam queda do indicador. No ano, indicador acumula retração de 3,73% e, nos últimos 12 meses, elevação de 0,93%
REVISTA 100% CAIPIRA - 13 -
NORMATIZAÇÃO
Produção Integrada do Tabaco avança Expectativa do setor é contar com produto certificado e ser ainda mais competitivo no mercado internacional do produto em folha
- 14 - REVISTA 100% CAIPIRA
Muito aguardada pelo setor, a publicação no Diário Oficial da União (DOU) das Normas Técnicas Específicas (NTEs) para a produção de tabaco
deverá conferir ao produto brasileiro chancela diferenciada no mercado internacional. Publicadas em 11 de agosto, as NTEs serão um guia de como produzir, colher e beneficiar o tabaco no País, sistema conhecido como Produção Integrada. Aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as normas serão agora encaminhadas ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Inmetro) que credenciará as certificadoras. Segundo Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, o projeto PITAB iniciou em 2008, culminando com a entrega da documentação ao MAPA em julho de 2010. “De lá para cá, temos aguardado esta publicação. O tabaco já é produzido de forma sustentável, mas reconhecemos que nos falta um selo oficial, como já aconte-
ce com outras culturas. Ainda há muito mitos relacionados ao setor, que perpetuam sem embasamento em dados oficiais. Esta também será é uma forma de contrapor ataques sem fundamento”, afirmou Schünke. Segundo ele, as normas não serão impositivas. “A adesão por parte dos produtores e da indústria é voluntária, caracterizandose como um diferencial competitivo”, destacou.
REVISTA 100% CAIPIRA - 15 -
TERCEIRO SETOR
- 16 - REVISTA 100% CAIPIRA
LEILÃO
Conab irá realizar Pepro para 1 milhão de toneladas de milho A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza, em 20 de agosto, leilão de Pepro (Prêmio Equalizador pago ao Produtor Rural) de 1.050 mil toneladas de milho, safra 2013/2014, para atender avicultores, suinocultores, bovinocultores e suascooperativas, indústria de ração para avicultura e suinocultura de várias localidades.
O arrematante, produtor rural ou cooperativa, só não pode escoar o produto para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com exceção dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e norte de Minas Gerais, além de Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia e Tocantins. Os lotes do produto, conforme o Aviso de Venda 117 e que já está no site, estão distribuí-
dos por diversas regiões de Mato Grosso, estado de onde deve partir o escoamento. Outra informação para o adquirente é a definição do preço do milho, para fins de preenchimento do Documento Confirmatório da Operação (DCO). Será de R$ 0,226/kg para o estado do Mato Grosso e de R$ 0,2945/kg para os estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás.
REVISTA 100% CAIPIRA - 17 -
PESQUISA
Programa de pós abre inscrições para o doutorado em bioenergia O Programa Integrado de Pós-graduação (PIPG) em Bioenergia, resultado do convênio de cooperação entre as três universidades estaduais paulistas: - USP, Unicamp e Unesp - está com inscrições abertas para o processo seletivo do curso de doutorado, para ingresso no primeiro semestre de 2015. O programa está estruturado nas áreas de concentração Produção de biomassa para bioenergia; biorefinaria, biocombustíveis e motores; sustentabilidade socioeconômica ambiental e conta com corpo docente composto por representantes das três universidades envolvidas. Os interessados devem realizar a inscrição, exclusivamente, pelo e-mail inscricao.bioen@usp.br, até 30 de setembro de 2014. A documentação necessária e demais informações sobre o processo seletivo podem ser consultadas no edital do processo, disponível no site do programa: http://genfis40.esalq.usp.br/pg_bio/.
OS MELHORES EVENTOS SERTANEJOS ACONTECEM COM A GENTE ALÉM DE CARNES NO ROLETE TEMOS O MELHOR DA CULINÁRIA CAIPIRA PRA TODOS OS EVENTOS
www.equipemarrua.com.br contato@equipemarrua.com.br
Nextel> ID 86*248793 - (11) 7822-0639 Fone - (11) 99605-6059 - 4165-3080 - 18 - REVISTA 100% CAIPIRA
COMIDA TODOS OS DIAS NO FOGÃO À LENHA SÁBADOS E DOMINGOS ESPAÇO KIDS COM MONITORES SHOW E BAILÃO TODOS OS SÁBADOS
EM BREVE FAZENDINHA COM ANIMAIS EXÓTICOS E MINI ANIMAIS
REVISTA 100% CAIPIRA - 19 -
PRODUÇÃO NO CAMPO
Estimativa da Conab aponta crescimento de 2,6% na safra de grãos O Brasil deverá registrar uma produção de grãos de 193,47 milhões de toneladas. O volume é aproximadamente 2,6% superior à safra passada, que representa um aumento de 4,81 milhões de toneladas em relação ao mesmo período do ano anterior. O dado é do 11º levantamento de grãos da safra 2013/2014, di-
- 20 - REVISTA 100% CAIPIRA
vulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no início do mês. O maior destaque foi, mais uma vez, a cultura de soja, que apresentou um incremento de 5,1% na produção, o equivalente a 4,16 milhões de t. O trigo também apresentou bom desempenho, com um aumento de 35,7% na
produção, o que representa cerca de 2 milhões de toneladas. O crescimento dessa cultura se deve ao aumento de 20,7% na área plantada e às melhores condições climáticas, principalmente no Paraná. O feijão também teve boa participação, a partir da evolução da produtividade do grão, registrando um aumento de 635,9 mil toneladas, cerca de 22,7%.
O milho total (primeira e segunda safras) sofreu queda de 3,6% (cerca de 3 milhões de t), devendo chegar a 78,55 milhões de toneladas. A redução é reflexo da diminuição da primeira safra, uma vez que o plantio da segunda safra se manteve estável.
A soja segue com crescimento de 8,7%, passando de 27,7 para 30,1 milhões de hectares. A cultura de trigo também apresentou crescimento expressivo, saindo de 2,2 milhões de hectares para 2,6 mil hectares, um crescimento de 20,7%. Outro produto a ser destacado é o feijão, que apresentou reÁrea – O total de área destinada cuperação de área principalmente ao plantio de grãos deve chegar a no Nordeste. A Conab fez a pesquisa entre 56,85 milhões de hectares, o que significa uma alta de 6,1% se com- os dias 20 e 26 de julho. Durante o parado à área de 53,6 milhões de estudo, foram levantadas informahectares da safra passada. ções de área plantada, produção e
produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, evolução da colheita, entre outras variáveis. O trabalho da Conab ocorre em parceria com agrônomos, técnicos do IBGE, de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados) e agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações pertinentes aos levantamentos.
REVISTA 100% CAIPIRA - 21 -
COMÉRCIO EXTERIOR
Exportação de carne brasileira a árabes bate novo recorde no 1º semestre de 2014 Produto bovino apresentou aumento de 22,7%, enquanto o volume exportado em toneladas de frango cresceu 6%. Nações árabes se mantêm na quinta posição como quinto maior destino das exportações brasileiras para o mundo As exportações brasileiras de carne bovina para os países árabes, que representam o maior mercado para o produto nacional, bateram novo recorde no primeiro semestre de 2014, tanto em receita (valor em milhões de dólares) quanto em quantidade (volume em toneladas), em comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas do produto carnes desossadas de bovino congeladas, por exemplo, aumentaram quase 20%. Já o produto fresco ou refrigerado cresceu 18,22% em receita, e 15,35% em volume. Somadas as exportações de carnes de bovinos atingiram - 22 - REVISTA 100% CAIPIRA
US$ 475 milhões. A informação vem de balanço divulgado pela Câmara de Comércio Árabe -Brasileira. “Esses aumento se devem a um melhor desempenho da economia em alguns países. Em países como o Egito, a carne brasileira tem qualidade muito superior à indiana”, explicou o diretor geral e CEO da Câmara Árabe, Michel Alaby. As exportações de carnes de aves também apresentaram desempenho positivo. O produto pedaços e miudezas congelados de frango – que representa quase 8% do total da pauta de exportação aos países árabes -, por exemplo, aumentou 5,59% em volume.
No total de resultados em comércio exterior, o Brasil exportou mais de US$ 1,66 bilhão em carnes de aves. Agronegócio - Outro destaque da pauta foi o milho em grãos exceto para semeadura - que cresceu quase 25% em volume, num total de cerca de US$ 333 milhões. Além dos produtos do agronegócio, mercadorias destinadas a outras indústrias, como a alumina calcinada – muito utilizada no segmento de siderurgia – também demonstrou performance positiva, com exportações aumentando em cerca de 80%, tanto em receita quanto em
volume, acumulando quase US$ 300 milhões. Junto às carnes, milho e alumina, integram o ranking dos 10 produtos mais exportados pelo Brasil aos árabes (com respectivas receitas) os açúcares (U$S 1.528.808.036), os minérios de ferro (US$ 1.333.354.846) e a soja (US$ 183.489.436).
Os Emirados Árabes Unidos ocupam o topo do ranking como destino das exportações dos produtos brasileiros ao Oriente Médio de Norte da África com 20% de participação e apresentando avanço de 5,41%, o que soma quase US$ 1,2 bilhão e 2,5 milhões de toneladas. Em segundo lugar está o Egi-
to, com quase US$ 1 milhão, 2,2 milhões de toneladas, 15,6% de participação e 4,57% de crescimento. Em seguida, destacam-se (com respectivos percentuais de aumento) Argélia (5,41%), Barein (18,94%), Catar (21,96%), Síria (143,84%), Palestina (13,39%), Djibuti (143,50%) e Comores (48,44%). REVISTA 100% CAIPIRA - 23 -
Alimentos - Além dos já citados, entre os produtos alimentícios com maiores crescimentos no primeiro semestre de 2014 estão, com seus respectivos aumentos e receitas, miúdo de frango (+23% - US$ 8 milhões), ovos de aves (+13% - US$ 1,8 milhão), suco de laranja (+48% - US$ 6,7 milhão), leite condensado (+12% - US$ 3,6 milhões), arroz semi branqueado (+37% US$ - 3,2 milhão), outros feijões (+28% - US$ 2,2 milhões), outros produtos de confeite sem cacau (balas) (+38% - US$ 1,9 milhão), carne de pato (+21% - U$ 1,9 milhão) e outros chocolates (+ 18% - US$ 1 milhão). Novos produtos figuram também como destaque da pauta no primeiro semestre de 2014. São novos itens sem registro nos primeiros seis meses de 2013 e com exportações em dólares superiores a US$ 1 milhão. Com respectivas receitas, são eles aviões e veículos
- 24 - REVISTA 100% CAIPIRA
aéreos (US$ 39 milhões), leite integral e em pó (US$ 36.6 milhões), bem como outros bovinos vivos (US$ 35,8 milhões), além de diamantes brutos, óleo butírico de manteiga e betume de petróleo, entre outros. Apesar da estagnação da relação econômica do Brasil com parceiros tradicionais – como Argentina, Estados Unidos, China e países da Zona do Euro -, as nações da Liga Árabe se mantêm na quinta posição como quinto maior destino das exportações brasileiras para o mundo. REVISTA 100% CAIPIRA - 25 -
AQUECIMENTO GLOBAL FLORICULTURA
- 26 - REVISTA 100% CAIPIRA
ENTREVISTA
Jota Carvalho, a voz da cultura caipira Locutor da Violeira Rose Abrão recebe diploma Orestes de Ávila Por Paulo Fernando De São Paulo
Desde então, Jota Carvalho vem se dedicando à divulgação da cultura caipira, apresentando fesCompositor, radialista, decla- tivais de música sertaneja e partimador e locutor oficial da Violei- cipando de outras festas tradiciora Rose Abrão, Jota Carvalho será nais. agraciado este ano com o diploma Em julho, ao passar pela capital Orestes de Ávila, durante 59ª Fes- paulista, Jota Carvalho concedeu ta do Peão de Barretos, que acon- a entrevista a seguir com exclusitece de 21 a 31 de agosto no Par- vidade para a 100% Caipira. Leia que Mussa Calil Neto. trechos da conversa: O prêmio é o reconhecimento público de sua simplicidade e Por que o senhor se enveredou importância para a cultura caipi- pelo estradão da cultura caipira? ra. Nascido em Barretos em 21 de Eu sou filho de um peão de boiaabril de 1947, Jesus Aparecido de deiro. Meu pai era peão desde anCarvalho já se encantava com o tes do início da Festa do Peão de universo da poesia desde peque- Barretos e já competia nuns conno, quando ouvia no rádio as de- cursos e torneios de antigamente. clamações na voz de Alziro Zarur. Essa cultura, portanto, faz parte Entre 1959 e 1980, Jota Carva- das minhas raízes, está no meu lho morou em São Paulo, cidade DNA. onde militou na política e trabalhou em uma agência de seguran- Quando o senhor começou a exça da Assembleia Legislativa. plorar o universo da poesia e Depois que seu deputado – Na- como o rádio impulsionou sua dir Kenan – perdeu as eleições de carreira? 1978, ele saiu do parlamento pau- Escrevi “Tristeza” em 1967, na lista e, em 1979, prestou concurso cadeia, depois de uma desavença para o TRE (Tribunal Regional que tive com um guarda muniEleitoral). Em 1981, contudo, ele cipal em Barretos. Em 1982, eu voltou para Barretos. me enveredei pelo rádio e, na-
quele mesmo ano, uma música minha com o Itamaracá foi gravada por Zezé di Camargo, que era Zazá e Zezé, antes de Zezé di Camargo ser Zezé di Camargo, lá em Goiânia. Ele gravou “Apelo”, uma música muito bonita, e eu fui aumentando meu repertório de poesias e acabei trabalhando em todas as rádios de Barretos. O público ligava pedindo para eu declamar “Tristeza”, que virou um sucesso. Fui repórter esportivo, fui comentarista de futebol, fazia reportagem de campo. Enfim, fiz de tudo. Em 1997, já com 50 anos, eu prestei concurso para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barretos (SAAEB) e me tornei funcionário público municipal. Daí, passei a me dedicar mais à parte poética, a fazer meus showzinhos com as minhas poesias e, desde então, venho gravando essas poesias, fazendo shows em festas de peão, festivais de queima do alho e outros eventos onde há música sertaneja de verdade, de raiz, como a Violeira Rose Abrão. E por que a Violeira Rose Abrão é relevante para a cultura caipira? REVISTA 100% CAIPIRA - 27 -
FLORICULTURA
No ano pasado, foram exportados para o País US$ 5 milhões, contra US$ 4,3 milhões de 2012. De janeiro a abril deste ano, o Brasil já comprou US$ 1.195.000 em flores do país vizinho
Jota Carvalho e o amigo Gerônimo Luiz Muzetti, presidente do clube Os Independentes, que organiza a Festa do Peão de Barretos
- 28 - REVISTA 100% CAIPIRA
REVISTA 100% CAIPIRA - 29 -
FRUTICULTURA
- 30 - REVISTA 100% CAIPIRA
É o único concurso musical no Brasil que só tem viola e violão. Eu apresentei sua primeira edição, em 1984, quando esse festival era chamado de Violeira dos Independentes. Quando o Rose Abrão morreu, em 1993, o concurso passou a homenageá-lo, pois ele era o padrinho de todos os violeiros que vinham a Barretos, como Tião Carreiro, Goiano, Paraense, Cacique e Pajé, Mococa e Paraíso. Todos os artistas que chegavam a Barretos, não se hospedam em hotel. Eles iam para o sobrado do Rose Abrão. E, neste mês da Festa do Peão de Barretos, vou apresentar esse concurso pela 31ª vez.
meiro CD pela gravadora Atração, em que todas as músicas têm berrante. Nele, eu faço a primeira faixa, “Crônica Boiadeira”, e a sexta faixa, que é homenagem ao Rei do Gado, faço a declamação. Em 2007, eu gravei meu primeiro CD solo, Versos e Reverso. Hoje, já estou no sexto CD.
O senhor já levou seu trabalho para além das fronteiras do estado de São Paulo? Em 2009, morreu o touro Bandido, que foi enterrado no dia 4 de janeiro daquele ano no Parque do Peão em Barretos, onde tem até um mausoléu com estátua dele. O touro Bandido foi uma Como sua obra está registrada? referência no mundo rodeio, e Em 2005, ano da 50ª Festa do também foi artista de novela e Peão de Barretos, gravei meu pri- era realmente uma referência no
rodeio. Então, eu escrevi o “Relato do Touro Bandido”, no qual eu me encontro com ele num sonho e ele pede para eu escrever a história. Tem um clipe no You Tube com a minha voz fazendo esse relato sobre o touro Bandido e que está com quase 350.000 exibições. Esse material foi autorizado pelo Paulo Emílio, que era o dono dele. Meus trabalhos passaram, então, a ter mais visibilidade e isso aí virou uma febre e, em 2010, o então presidente do clube Os Independentes, Marcos Murta, em parceria com a AGECIP (Associação de Gestão Cultural do Interior Paulista), da cidade de Monte Alto, me levou para participar do primeiro encontro da diversidade cultural da América Latina no Rio de Janeiro, lá nos Arcos da Lapa.
REVISTA 100% CAIPIRA - 31 -
- 32 - REVISTA 100% CAIPIRA
E como está a cultura caipira hoje em dia no Brasil? Poderia estar bem melhor, principalmente por uma coisa: eu gosto de falar de rádio, porque o rádio, para a gente que é do interior, é ainda um veículo espetacular. Mas os donos de rádios esqueceram da importância da faixa AM para a divulgação da cultura caipira de verdade, pois as rádios FMs só tocam essas Como é seu show hoje em dia? musiquinhas da moda, essas porNo meu show, eu faço 52 números carias que podemos chamar de de declamações direto da minha ‘sertanojo universitário’ ou ‘brecabeça, sem papel, porque, se for ganejo’, como alguns dizem por para eu ler, eu nem começo. Eu aí. Na TV, nós tínhamos o Som também não faço nada dos outros, Brasil, com o Rolando Boldrin e eu só faço coisas minhas e de al- o Lima Duarte, que era um deguns parceiros bastante chegados, clamador de primeira linha, era como Itamaracá, que foi o meu uma maravilha. Hoje, você vê o grande ídolo e parceiro. Aliás, tudo [programa] Senhor Brasil, mucomeçou com ele e o Paulo Aza- dou totalmente a história, foi rias, um mineirinho gente boa. perdendo aquela essência de anEu achei isso muito interessante, porque eu levei uma mixaria de CDs, pensando: como vou vendê-los na terra do samba? No fim, tinha fila de gente brigando pelos CDs. Em 2011, eu voltei ao Rio de Janeiro para o lançamento da Festa do Peão de Barretos na quadra da escola de samba da Unidos da Tijuca, e aquilo foi um sucesso estarrecedor.
tigamente. Os grandes shows não têm mais o pessoal da música de raiz, o pessoal da velha guarda. A música sertaneja já era, a realidade é essa. Veja a Festa do Peão de Barretos deste ano. Teremos uma noite com Chitãozinho & Xororó e com Milionário & José Rico, o que é muito bom, mas são apenas essas duplas tocando música de verdade. Nas outras noites, não haverá ninguém dando continuidade ao trabalho das grandes duplas do passado, como Cascatinha e Inhana, Pedro Bento e Zé da Estrada, Tião Carreiro e Pardinho etc. Há um vácuo, um hiato muito grande entre gerações. E isso é triste para mim, porque eu vivo dessa cultura. O que o senhor acha do possível tombamento da Queima do Alho como patrimônio imaterial de São Paulo? Isso é muito bom e também partiu da AGCIP (Associação Gestão Cultural no Interior Paulista), que começou esse movimento em 2009, se eu não me engano, em Barretos, para o tombamento da Queima do Alho como patrimônio histórico imaterial, que muita gente não conhece até por falta de divulgação. Mas aqui, na Grande São Paulo, fico impressionado com o trabalho do Papito, organizador do Circuito Paulista da Queima do Alho, que conta com 35 comitivas participantes. Aliás, a Queima do Alho da Grande São Paulo tem mais reúne mais comitivas do que a Festa do Peão de Barretos. É um trabalho espetacular de divulgação da cultura caipira, que me impressiona muito mesmo. REVISTA 100% CAIPIRA - 33 -
CITRICULTURA
- 34 - REVISTA 100% CAIPIRA
CANAVIAIS
REVISTA 100% CAIPIRA - 35 -
ECONOMIA
Indústria automobilística registra alta em julho Vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias cresceram 8,8% no mês passado, mas resultado do ano ainda é pior do que o verificado no ano passado, segundo associação que representa o setor O desempenho da indústria automobilística em julho aponta melhora com relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea. No sétimo mês do ano, foram comercializados 294,8 mil autoveículos, 11,8% maior do que as 263,6 mil unidades de junho. Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o segundo semestre deste ano apresentará dados positivos em licenciamento, produção e exportação em razão de alguns fatores. “A segunda metade do ano terá mais dias úteis do que a primeira e, historicamente, este período apresenta desempenho superior. Além disso, acreditamos que as medidas anunciadas nos últimos dias trarão aumento de liquidez para a economia brasileira como um todo”, explica. Os dados de julho foram superiores também para produção e exportação ao defrontar julho contra junho. Foram produzidos em julho 252,6 mil - 36 - REVISTA 100% CAIPIRA
autoveículos, o que representa crescimento de 17% em relação as 215,9 mil de junho. As exportações também terminaram o período em alta de 40,2%: foram 34,2 mil unidades em julho e 24,4 mil no mês anterior. Nas comparações com os resultados de 2013, contudo, o licenciamento de julho deste ano aponta queda de 13,9% ao se comparar com as 342,3 mil do mesmo mês de 2013. No acumulado do ano o declínio é de 8,6%: 1,96 milhão em 2014 e 2,14 milhões no ano passado. A produção dos primeiros sete meses, de 1,82 milhão de veículos, está 17,4% abaixo das 2,20 milhões do mesmo período do ano passado. Já no comparativo mensal a produção fechou julho com retração de 20,5% – 317,9 mil unidades foram fabricadas em julho de 2013. Nas exportações a baixa foi de 35,4%: foram 204,4 mil no acumulado de 2014 e 316,4 mil no ano passado. Ao analisar o resultado do mês, foram enviados para outros países 34,2 mil produtos,
decréscimo de 36,7% frente as 54,1 mil de julho do ano passado. Máquinas autopropulsadas - O resultado das vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em julho de 2014, com 6,4 mil unidades, ficou 8,8% acima das 5,9 mil unidades de junho e 16% menor ao defrontar com as 7,6 mil de julho do ano passado. As vendas no acumulado registram queda de 19,2% quando comparadas as 39,4 mil unidades deste ano com as 48,7 mil de 2013. A produção de máquinas autopropulsadas em julho deste ano ficou 7,7% inferior do registrado em julho de 2013 – 8,8 mil contra 9,5 mil – e 50,7% acima das 5,8 mil fabricadas em junho passado. Nos sete primeiros meses as 49,2 mil unidades estão 15,1% abaixo das 57,9 mil de igual período de 2013. No período acumulado das exportações o desempenho de máquinas recuou 5,8%: foram 7,9 mil este ano e 8,4 mil em 2013. No comparativo mensal o segmento apresentou resultado positivo em
julho com alta de 9,1%, quando confrontadas as 1,3 mil unidades e as 1,2 mil de junho, e retração de 2,6% com relação as 1,4 mil unidades em julho do ano passado.
unidades, maior em 17% ao se comparar com as 10,6 mil de junho deste ano e menor em 18,2% sobre as 15,1 mil de julho de 2013. No último mês foram produzidas 12,3 mil unidades, 50,5% a Caminhões - Com 77 mil pro- mais do que em junho, quando o dutos comercializados, o segmen- segmento encerrou o mês com 8,2 to de caminhões registrou nos mil unidades, e inferior em 30,5% sete primeiros meses decréscimo com relação as 17,7 mil de julho de 13,6% frente as 89,1 mil de de 2013. No acumulado as 88,3 mil uni2013. Ao analisar o resultado do mês, foram licenciadas 12,4 mil dades produzidas em 2014 estão
20,7% menores do que as 111,3 mil de 2013. As exportações encerraram o mês com recuo de 19,4%, ao se comparar os 1,3 mil caminhões de julho com os 1,6 mil de junho, e diminuição de 39,5% frente as 2,1 mil unidades exportadas em junho do ano passado. O resultado nos sete primeiros meses de 2014, com 11 mil unidades, está 17,9% inferior com relação as 13,4 mil de 2013. REVISTA 100% CAIPIRA - 37 -
- 38 - REVISTA 100% CAIPIRA
CONJUNTURA
Cai Índice de Confiança do Produtor Rural 31ª Rodada do levantamento do AgroFEA mostra queda de 34% na confiança do produtor ao final de julho em comparação com o trimestre anterior; pesou negativamente a expectativa de queda no preço dos grãos O Índice de Confiança do Produtor Rural (ICPRural) e o Índice de Confiança do Produtor de Soja (ICPSoja) apresentaram os piores resultados desde que começaram a ser medidos, em 2010, indicando baixa confiança dos agricultores. Os índices apontaram 68,7 e 75,6 pontos, respectivamente, sendo que valores abaixo dos 100 pontos indicam pessimismo por parte dos produtores rurais. Na rodada anterior, divulgada em abril, esses números eram 104,3 e 114,5. “Já há seis meses o cenário mostra uma situação de piora. Na rodada anterior, que se deu em época de colheita, não houve a queda que se esperava principalmente devido aos bons preços dos grãos”, avalia Roberto fava Scare, Coordenador do AgroFEA, Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto. Nesta 31ª rodada, a expectati-
va de queda de preço ao final da safra, um reflexo da supersafra anunciada nos Estados Unidos, deixou o produtor ainda mais cauteloso com relação ao equilíbrio do seu negócio. “Além dos preços de venda, os produtores enfrentam elevação nos custos de produção o que resulta em menos investimento em máquinas, implementos e insumos em geral”, afirma Fava Scare. Ele lembra porém que com a incidência de novas pragas e doenças nas lavouras, mesmo que haja uma redução de investimentos não será tão intenso, no que se refere a insumos. “A produção rural é um sistema que exige escala e eficiência mas, neste próximo ano, a expectativa é que essa pressão sobre o agricultor aumente ainda mais. Além de um aumento custos, que já era uma realidade, temos agora a queda no preço dos grãos, uma das poucas commodities que ainda se sustentava”, diz o pesquisador.
“Já aconteceram outros momentos em que os custos aproximavam-se das receitas. Porém, é importante lembrar que este cenário de preocupação parte de um setor que vem segurando a economia brasileira”, destaca Roberto Fava Scare. Dentre os subíndices que compõem o ICPRural e ICPSoja o que se refere às condições atuais da economia também apresentou quedas acentuadas. No ICPRural a queda foi de 39%, indo de 94 para 57,7 pontos enquanto que para os produtores de soja a queda foi de 30%, partindo de 93,9 para 65,8 pontos. “Em um cenário econômico preocupante, com ‘estagflação’, notamos que o grande motor apresenta sinais de desgaste”, completa o pesquisador. Segundo Fava Scare, o impacto do desequilíbrio no agronegócio também aumenta o risco financeiro pode aumentar uma vez que existe uma grande tomada de crédito de longo prazo inerente à produção agrícola. REVISTA 100% CAIPIRA - 39 -
BALANÇA COMERCIAL
Agronegócio continua liderando exportações de produtos brasileiros Retomada dos embarques de café, com crescimento de 77,2% em valor no mês de julho, é um dos destaques do setor Dos 10 principais produtos da pauta exportadora brasileira no período de janeiro a julho de 2014, sete são do agronegócio, segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Um dos destaques é a retomada das exportações de café, cujas vendas cresceram 77,2% em valor (US$ 522 milhões) e 44% em quantidade (2,8 milhões de toneladas) em julho na comparação com o desempenho do ano anterior. De janeiro a julho de 2014, o resultado das vendas externas de café em grão, US$ 3,1 bilhões, mostra um aumento de 16,1% em relação a igual período do ano passado. A desvalorização dos preços internacionais do grão, que perdurou de 2013 até janeiro último, comprometeu fortemente - 40 - REVISTA 100% CAIPIRA
as receitas com as exportações de café, cenário que começou a mudar nos últimos meses. As vendas de carne bovina aumentaram 23,2% em valor (US$ 571,7 milhões) no mês de julho e 16,7% no período de janeiro a julho de 2014 (US$ 3,3 bilhões), na comparação com 2013. Segundo a CNA, o forte aumento das exportações brasileiras de carne bovina foi impulsionado, principalmente, pelo aumento das vendas para Hong Kong, Venezuela, Egito e Irã. A decisão da China de retirar o embargo imposto à carne bovina poderá impulsionar ainda mais as vendas do produto no segundo semestre do ano. O segmento de couros e peles bovinas também vem crescendo significativamente. As receitas com as exportações desses produtos aumentaram 24,6% no acumulado do ano até julho, totalizando US$ 1,7 bilhão, com expectativa
de novo recorde em 2014. A soja em grão continua liderando a pauta exportadora brasileira. A receita cambial foi de US$ 19,3 bilhões até julho, resultado que representou 14,4% dos US$ 133,6 bilhões em exportações totais do Brasil. Destaque, ainda, no período, para o bom desempenho no valor das vendas de madeira serrada (+17,4%), de farelo de soja (+15%) e de carne suína (+12,9%). Os embarques de milho e fumo em folhas continuam com queda expressiva de 53,2% e 34,5% em valor, respectivamente. No caso do milho, a redução do valor das vendas externas está relacionada ao aumento da oferta, resultado da colheita da segunda safra brasileira e da recuperação da produção nos Estados Unidos. A perspectiva é de recuperação dos estoques mundiais e consequente redução dos preços.
Há, também, sinais de recuperação para o açúcar em bruto. O valor das exportações caiu 18,9% no acumulado dos sete primeiros
meses do ano, mas, em julho, as vendas cresceram 5,4%. O ritmo dos embarques nos próximos meses dependerá, especialmente, das
condições climáticas na Índia e na Tailândia e do tamanho da produção brasileira na safra 2014/2015, que deve ser menor. REVISTA 100% CAIPIRA - 41 -
-
- REVISTA 100% CAIPIRA
REVISTA 100% CAIPIRA - 43 -
COZINHA DA ROÇA
Salada de feijão verde Ingredientes • • • • • • • • • • • •
1/2 kg de feijão verde 1 linguiça calabresa 200 g de bacon Cebola 1 caldo de carne Alho Cheiro verde Coentro Pimentões verde e vermelho Azeite Sal Vinagre Balsâmico
Modo de preparo 1. Cozinhe o feijão com água e caldo de carne, mas não deixe cozinhar muito para não desmanchar. 2. Em outra panela frite o bacon, a linguiça e a cebola. 3. Quando o feijão estiver pronto escorra, coloque em uma travessa, coloque o bacon com a linguiça frita, pimentões, cheiro verde e coentro. 4. Tempere com azeite, sal e vinagre balsâmico. - 44 - REVISTA 100% CAIPIRA
REVISTA 100% CAIPIRA - 45 -
- 46 - REVISTA 100% CAIPIRA
AGÊNCIA BANANA PUBLICIDADE PROPAGANDA E MARKETING
A AGÊNCIA BANANA DE PROPAGANDA E PUBLICIDADE LTDA, é uma agência que atua em vários segmentos, além da publicidade clássica, m a r k e t i n g e s t rat é g i c o , f e i ra s e v e n t o s e n o v o s m e i o s , e m b o r a a s m a i o r e s p r e o c u p a ç õ e s s ã o : A excelência no atendimento e a qualidade nos serviços.
CRIAÇÃO E PLANEJAMENTO
MÍDIA EXTERIOR MÍDIA TELEVISIVA ANÚNCIOS IMPRESSOS
FEIRAS E EVENTOS
CAMPANHAS PROMOCIONAIS MARKETING ESTRATÉGICO REVISTA 100% CAIPIRA - 47 fones: (11) 2645-0046 - (11) 99642-4106
ARTIGO
-
- REVISTA 100% CAIPIRA
REVISTA 100% CAIPIRA - 49 -
-
- REVISTA 100% CAIPIRA
REVISTA 100% CAIPIRA -
-
ESPAÇO PARA EVENTOS LOCAÇÃO DE BAIAS PISTA PARA TREINO ARENA DE RODEIO LAZER PARA TODA FAMÍLIA
BRASIL
-
E-mail: harasroyalpark@hotmail.com facebook.com/HARAS ROYAL PARK
- REVISTA 100% CAIPIRA