Edição 31 100 por cento caipira

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www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, janeiro de 2016 - Ano 4 - Nº 31 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PALMEIRA IMPERIAL MAJESTOSAS E IMPONENTES PLANTAS ORNAMENTAIS REVISTA 100% CAIPIRA |


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Café: Produção do Café deve chegar a 43,24 mi. de sacas nesta safra

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Energias Renováveis: Eletrosul recebe licença para construir usina de energia solar

Análise de Mercado: Impulso aos pequenos produtores

Pastagens: Etapas para formar bem uma pastagem

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Artigo: Palmeira Imperial majestosas e imponentes plantas ornamentais


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Agricultura: Alfaces resistentes a variações climáticas

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Máquinas e Implementos:

Valtra apresenta portifólio completo

Controle de Qualidade:

MAPA suspende venda de 11 marcas de azeite de oliva

Festas:

Festa das Crianças de Santa Isabel Receitas Caipiras: Enrolado Caipira REVISTA 100% CAIPIRA |

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ANÁLISE DE MERCADO

Brasil, janeiro de 2016 Ano 4 - Nº 31 Distribuição Gratuita

EXPEDIENTE Revista 100% CAIPIRA®

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Fonte: Gazeta do Povo

Impulso aos pequenos Produtores como MarceloTiggemann, cooperado da Languiru que sustenta a família com uma área de 7 hectares, estão em regiões altamente integradas A cooperativa, de Teutônia, é a que possui menor abrangência geográfica no Rio Grande do Sul, com 80% da produção num raio de 15 quilômetros, mas ostenta a terceira colocação no ranking estadual de faturamento – as aves respondem por aproximadamente um terço das receitas, que em 2014 chegaram a R$ 970 milhões. Mais valor – Além de gerar riqueza no processo de transformação de grãos em carnes, os frangos ganham valor em cortes especiais, direcio6 | REVISTA 100% CAIPIRA

nados a mercados mais exigentes. O Brasil mantém produção e eleva exportações de milho, que podem chegar a 29,7 milhões de toneladas, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O recorde atual é de 2012/13: 26,2 milhões de t. Investimento – Apesar de comprar milho pagando até R$ 35 por saca – R$ 15 a mais do que em Mato Grosso –, o Rio Grande do Sul investe em aviários gigantes, reformulando o perfil da produção de frangos, concentrada no Sul do país. (IC)

Diretor geral: Sérgio Strini Reis - sergio@ revista100porcentocaipira.com.br Editor-chefe: Paulo Fernando Costa paulofernando@ revista100porcentocaipira.com.br Diretor de criação e arte: Eduardo Reis Eduardo Reis eduardo@ revista100porcentocaipira.com.br (11) 9 9322-8555 Conselho editorial: Adriana Oliveira dos Reis, João Carlos dos Santos, Paulo César Rodrigues e Nilthon Fernandes Publicidade: Agência Banana Fotografias: Eduardo Reis, Sérgio Reis, Paulo Fernando, iStockphoto e Shutterstock Departamento comercial: Rua das Vertentes, 450 – Vila Constança – São Paulo - SP Tel.: (11) 2951-2919 Rede social: facebook.com/ revista100porcentocaipira A revista 100% Caipira é uma marca registrada com direitos exclusivos de quem a publica e seu registro encontra-se na revista do INPI Nº 2.212, de 28 de maio de 2013, inscrita com o processo nº 905744322 e pode ser consultado no site: http://formulario. inpi.gov.br/MarcaPatente/ jsp/servimg/validamagic. jsp?BasePesquisa=Marcas. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista, sendo eles, portanto, de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.


Maltratar animais é crime.... .....abandonar também. Getúlio Vargas aprovou o Decreto nº 24.645/34 prevê pena para todo aquele que incorrer em seu artigo 3º, item V, "abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária". Fernando Henrique Cardoso aprovou a Lei Federal nº 9.605/98 que "dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências", incluindo maus tratos aos animais domésticos.

Animal é vida, não é brinquedo... sente fome, frio e medo!!!!

A educação vem de berço, ensine seus filhos, sobrinhos e conhecidos que os animais merecem respeito.

Não seja um criminoso.

Uma iniciativa da Revista 100% Caipira V.B.A

Para ajudar animais resgatados de maus tratos e abandono a VBA - Voluntários do Bem-Estar Animal conta com a colaboração de todos, através de depósito bancário: Banco Bradesco agência 1382-0 c/c 0127990-4 ou Banco do Brasil agência 6838-1 c/c 25923-3 ou entre em contato através do facebook: REVISTA 100% CAIPIRA | 7 https://www.facebook.com/beatrixsookie, para maiores informações e acompanhamento dos trabalhos realizados.


ARTIGO

Palmeira Imperial - ma plantas or

“a espécie vincula-se definitiv monárquico, à idéia de no 8 | REVISTA 100% CAIPIRA


ajestosas e imponentes rnamentais

vamente à imagem do poder obreza, distinção e classe” Por: Sérgio Strini Reis

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A palmeira-imperial (Roystonea oleracea - Palmae) ou (Oreodoxa oleracea), também chamada palmeira-real, é uma palmeira originária das Antilhas. Pertence ao gênero botânico Roystonea da família Arecaceae. Foi aclimatada pelos franceses no jardim botânico La Gabrielle, instalado na Guiana Francesa e depois transferida para o Jardin de Pamplemousse, nas Ilhas Maurício. No Brasil, o primeiro exemplar de Roystonea oleracea, a Palma Mater, foi plantada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro pelo príncipe regente Dom João VI, em 1809. Fora presenteada a Dom João VI por um dos sobreviventes de uma fragata, o oficial da Armada Real Luís Vieira e Silva, rico comerciante português, aprisionado na Ilha Maurício (então conhecida como Ilha de França) junto com toda a tripulação de sua nau que naufragara ao ser atacada, aproveitou-se da relativa liberdade concedida aos oficiais portugueses com os quais estava detido, visitou o Jardim de Pamplemousses, onde os franceses aclimatavam espécies visando o replantio em suas colônias, em local que houvesse clima e solo que permitissem sua adaptação. O comerciante usou suas habilidades negociadoras para adquirir sementes de cravo da Índia, jaqueira, lichia, canela, fruta-pão, noz-moscada, manga e da palmeira imperial, entre muitas outras espécies. Por um erro histórico, dizia-se que tinha sido trazida do jardim botânico La Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as Guerras Napoleônicas. Porém o La Gabrielle localizava-se nas Guianas Francesas, e as primeiras plantas que chegaram ao Brasil, na verdade, vieram das Ilhas Maurício, do Jardin de Pamplemousse, obtidas clandestinamente por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a Dom João VI. Quando foi plantada por Dom João VI, a primeira Roystonea oleracea (Palmae) brasileira passou a ser conhecida como palmeira-imperial. A Palma Mater floresceu pela primeira vez em 1829. Deste exemplar plantado em 1809, descendem todas as palmeiras imperiais do Brasil, daí sua denominação de Palma Mater. A Palma Mater foi destruída por um raio em 1972. Este exemplar naquela época media 10 | REVISTA 100% CAIPIRA

38,70 metros de altura. O tronco foi preservado e encontra-se em exposição no Museu Botânico. Em seu lugar, foi plantado outro exemplar, simbolicamente chamado de Palma Filia oriunda de uma semente da palmeira original. Segundo Roseli Maria Martins d’Elboux, mestre em história e fundamentos da arquitetura e do urbanismo, o plantio das palmeiras imperiais se tornou comum no Rio de Janeiro em meados do século XIX, diante da “necessidade do fortalecimento simbólico do Segundo Império”. Pode ser procedente a história segundo a qual as sementes da palmeira imperial foram distribuídas aos súditos como sinal de proximidade ou lealdade ao poder central e tenham, assim, se tornado o “símbolo do Império”. “Desse modo, depois de alguns anos, a espécie vincula-se definitivamente à imagem do poder monárquico, à idéia de nobreza, distinção e classe”. A palmeira imperial ou palmeira real estão entre as espécies mais importantes dentre as da família, sendo majestosas e imponentes, foram distribuídas por todo país, por conta de sua beleza fazem parte dos projetos de paisagismo dos arquitetos por todo o Brasil, tanto no campo quanto nas cidades, ornamentando espaços públicos e fazendas, sendo até mesmo confundido com uma espécie legitimamente brasileira, mas esta espécie tão nobre pertence a outras nações nas Antilhas. Lá também ela é a majestosa palmeira. A história da palmeira imperial no Brasil chega a confundir-se com a chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 e na sua chegada Do João VI criou o Jardim da Aclimação que passou a chamar-se Real Horto, (hoje o Jardim Botânico). D. João determinou que fossem plantadas as sementes das palmeiras que recebeu de presente no Real Horto em 1809. Segundo algumas lendas sobre o Jardim botânico, a mais forte palmeira foi plantada pelo próprio Dom João, dando aí a origem do nome “palmeira imperial”. Foi a mais exuberante e bela planta no corredor das palmeiras. Segundo alguns historiadores, a partir de 1829 o então diretor do Real Horto Sr. Bernardo José de Serpa Bandão determinou que fossem queimadas as


sementes da palmeira com o intuito de preservação ao monopólio da instituição sobre a espécie, no entanto diz que “os escravos que trabalhavam no jardim levantavam-se durante a noite e subindo à árvore colhiam as sementes que vendiam a 100 réis cada uma”. Essa seria uma das razões de uma grande distribuição de sementes e assim a distribuição dessas plantas por todo o país. Alem do contrabando de sementes pelos escravos, outro hábito contribuiu para a proliferação da planta, que os nobres ofereciam sementes aos súditos mais fiéis, como símbolo de lealdade à coroa, com isso ocorreu a presença das plantas nos jardins dos solares e fazendas do império brasileiro. Já na época de Dom João VI a França, a Inglaterra, a Espanha e a Holanda mantinham, em suas colônias, jardins botânicos nos quais faziam experimentações de cultivo com plantas nativas ou exóticas economicamente importantes na época, ou promissoras. O mesmo tentava Portugal em suas colônias. A palmeira imperial da Austrália está proporcionando maior renda em médio prazo aos pequenos e médios produtores do Brasil. Suas qualidades como planta ornamental para enfeitar jardins são conhecidas há muito tempo, porém seu maior potencial está no palmito de alta qualidade e produtividade. Agricultores e agroindústrias do setor descobriram que esta planta rende um bom palmito, que pode ser cortado muito precocemente, a partir dos três anos de idade. O palmito é um produto nobre e apreciado em todo o mundo. Sendo uma grande fonte de sais minerais e potássio, um alimento leve com baixíssimo teor de gordura. O palmito da palmeira imperial é quase igual ao sabor do palmito juçara, que é considerado um dos melhores do mundo, no entanto sua produção leva um tempo bem maior para ser extraído, além dos entraves federais, pois o Juçara é uma planta nacional e protegida pelo IBAMA, enquanto que a Palmeira Imperial não, assim é muito mais fácil conseguir licença para o plantio e corte dessa palmeira. A qualidade do palmito de palmeira real chamou a atenção dos produtores que iniciaram o cultivo desta planta em

áreas não ocupadas por nenhuma atividade produtiva, como encostas ou barrancos de beira de estradas e também nas propriedades em áreas próximas às casas, locais de difícil mecanização. Seu rápido crescimento e adaptação a diversos tipos de solo e a rusticidade a pragas e doenças impulsionou a expansão desta cultura em terrenos um pouco melhores que antes. Viu-se que, melhorando o solo e as técnicas de plantio, como o preparo do solo, a densidade e o número de plantas por cova, o rendimento do palmito poderia ser ainda melhor. O cultivo desta espécie de palmeira para a produção de palmito trouxe para os agricultores do norte catarinense uma perspectiva de diversificação das atividades agrícolas desenvolvidas na região. É considerado de retorno de médio prazo, no entanto, por ser cultivado em alta densidade, trás bom retorno econômico. O comércio deste produto é garantido para indústrias da região e outros estados, mas podem ser agregados valores a esta matéria-prima, se ela for industrializada em nível de produtor, desde que este esteja legalizado, segundo as normas vigentes do Ministério da Agricultura. Por se tratar de uma planta exótica, a palmeira real tem um forte apelo ecológico, pois diminui a pressão sobre a extração das espécies nativas de palmito, como é caso do palmito Juçara. Além disso, ela pode ser cultivada sem uso de agrotóxicos e de produtos químicos, adaptando-se muito bem ao cultivo orgânico. Dessa forma, possui mercado garantido em outros continentes, principalmente o europeu. ASPECTOS FITOTÉCNICOS E FITOSSANITÁRIOS A palmeira imperial adaptou-se bem às condições climáticas e ambientes do vasto espaço brasileiro. Entretanto é imprescindível atenção especial e visão multidisciplinar ao seu correto manejo fitotécnico e fitossanitário, de maneira a constituir um conjunto de ações, propiciando às plantas um desenvolvimento saudável, com menos estresses, realçando sua imponência e exuberância. Nesse sentido, uma série de técnicas agronômicas deve ser criREVISTA 100% CAIPIRA | 11


teriosamente observada em cada etapa do cultivo, dentre as quais: seleção da muda, identificação de local adequado ao plantio, preparo da cova, adubações, plantio, tratamento fitossanitário, multiplicação e transplantio. Preliminarmente, há que se considerar que incidência e severidade de doenças e pragas, podem variar de uma região para outra, dependendo das condições edafoclimáticas (solo e clima), da composição da flora e entomofauna (fauna constituída de insetos) associada, bem como das técnicas de manejo praticadas. Assim, um dos primeiros aspectos a ser observado refere-se ao diagnóstico do problema, pois muitas vezes são confundidos, retardando o início dos tratamentos. Em diversos casos, porém, os problemas fitossanitários surgem como consequência de um fator abiótico, como deficiência nutricional ou de drenagem, compactação do solo, estresse hídrico, etc. De forma preventiva, vale ressaltar a adoção de medidas como a assepsia das sementes utilizadas no plantio, utilizando, por exemplo, soluções de hipoclorito de sódio (0,5%/5 minutos), bem como a inspeção da sanidade das mudas antes da aquisição. Adicionalmente, devem-se empregar substratos livres de patógenos, desinfestados por meio de fumigações ou solarização. Já nos canteiros de semeadura, praticar a sistemática incineração de mudas doentes e restos culturais, assim como a rotação com outras espécies vegetais. Ações regulares de adubação, envolvendo aplicação mineral equilibrada com macro e micronutrientes, incorporação de matéria orgânica aos substratos de plantio e adubações foliares com biofertilizantes são fundamentais para potencializar a expressão dos mecanismos próprios das palmeiras de resistência a doenças e pragas. Com relação às medidas curativas, ênfase para técnicas de controle biológico, com utilização de microrganismos, caldas e extratos de plantas, tanto no controle de pragas quanto de doenças. Dessa forma, resultados práticos tem sido alcançados com a aplicação do óleo de nim (Azadirachta indica) e microrganismos entomopatogênicos (Bacillus thuringiensis, Beauveria bassiana e Metarhizium sp.), princi12 | REVISTA 100% CAIPIRA

palmente no controle de lagartas, brocas, cochonilhas, pulgões e ácaros. Na mesma direção, cita-se o biocontrole de doenças fúngicas de solos e foliares, a partir da aplicação de microrganismos antagonistas como o fungo Trichoderma. Destaque também para a calda sulfocálcica, que aos poucos vem sendo difundida para o manejo de ácaros como o da necrose. Por último, casos mais graves e envolvendo colonização de tecidos condutores de espécimes adultos podem tornar necessário o emprego de fungicidas, antibióticos ou inseticidas, criteriosamente assistido por engenheiro agrônomo especializado. O cultivo da Palmeira Imperial (ou Real) para a produção de palmito está sendo muito difundido em Santa Catarina e outros estados brasileiros, bem como em vários países da América Latina. A cada dia a palmeira imperial torna-se mais importante na produção de palmito e conquista espaços que outrora estavam ociosos ou mal empregados, devido as diversas vantagens que ela apresenta como por exemplo, possui um excelente paladar não perdendo nada para o mais famoso palmito que é o Juçara, planta exótica ornamental usada em praças e jardins, espaços públicos e privados, cultura ecologicamente correta, pois não é invasora, ao invés de retirar nutrientes do solo ela repõe, reestrutura o solo para plantios posteriores, aceita a plantação com outras espécies (no caso da produção de palmito, pode-se fazer a horticultura junto enquanto a palmeira cresce), auxilia na recuperação das nascentes, pois fica com 80% da área coberta devido o adensamento de plantas por hectare entre outros benefícios. No início do plantio para a produção cortava-se a palmeira a partir dos quatro anos de idade, hoje com a melhora do solo e condições de cultivo começou-se a colher com apenas dois anos de vida da planta. Com os estudos realizados em diversas instituições, chegou-se a conclusão que o adensamento ideal em campo é de 16.500 plantas por hectare ou 40.000 plantas por alqueire, seu espaçamento ideal é de 1,50 X 0,40m. A palmeira imperial ou real é cultivada em áreas quentes, porém podem

ser plantadas com sucesso em regiões temperadas, pois apresenta uma tolerância ao frio. Tolera a exposição plena ao sol, mas precisa de proteção quando ainda pequena, Esta planta apresenta um crescimento rápido em condições ideais e o ideal em seu cultivo é que seja adubado uma vez ao ano e irrigado em época de seca. É facilmente propagada por sementes, que são produzidas em grandes quantidades, levam aproximadamente 70 dias para a germinação, no entanto com a escarificação, ela germina em 40 dias (ver o preparo das sementes para o plantio no final do artigo). Embora o cultivo da palmeira possa ser adaptado nas mais diferentes condições climáticas, o ideal é que seja um clima quente e úmido com temperaturas médias anuais entre 17° a 23° C, com um índice pluviométrico entre 1000 a 2000 mm por ano, tolera bem as geadas mesmo quando ainda são mudas de 20 a 50 cm de altura. O plantio em áreas planas ou levemente onduladas, são melhores para o manejo, pois, facilitam a colheita e o transporte do palmito. A palmeira imperial, não é exigente quanto ao solo, podendo se desenvolver em solos pobres e ácidos, mas o ideal para a produção comercial e industrial é que seja corrigido conforme as necessidades. Em solos arenosos, devem ser tomados cuidados quanto a disponibilidade de água e nutrientes e em solos argilosos, deve-se dar atenção aos problemas decorrentes da compactação ao solo e excesso de umidade. Em áreas de fertilidade baixa deve-se basear-se na reposição de nutrientes com adubação anual. A demanda por nutrientes apresentada pelas palmeiras é levada, tanto na fase de crescimento quanto na fase reprodutiva; no entanto a magnitude das respostas quando à aplicação dos fertilizantes dependerá de uma série de fatores relacionados à absorção, transporte e utilização dos nutrientes e aplicados no solo. Também merecem destaques os fatores genéticos e hídricos. O uso de fertilizantes em cultivos com alta extração de nutrientes exige cautela. O suprimento inadequado de nutrientes, seja a falta ou o excesso, pode provocar restrições ao crescimento das plantas em relação a biomas-


sa aérea e radicular, (assim como em qualquer tipo de plantação); bem como promover estágios vegetativos e reprodutivos. Usa-se os estudos ou pesquisas feitas com relação a adubação na plantação das palmeiras, ainda usa-se as recomendações dos institutos de produção ou orientação com os fornecedores das sementes. Em relação a outros tipos de palmeiras cultivadas aconselha-se a fazer uma adubação balanceada, pois ao contrário uma adubação desbalanceada além de elevar os custos de produção, pode trazer reflexos negativos tanto na produção quanto na qualidade do produto e mesmo a duração econômica do cultivo. Na produção e cultivo da palmeira imperial, pode-se fazer plantações consorciadas, ou seja, junto com a palmeira pode-se plantar várias outras espécies de plantas tanto para consumo humano quanto para outros fins, no RS o consórcio com o palmito é a acácia negra que serve depois do corte para fabricação do carvão, em Jaraguá do Sul – SC, o consórcio é feito com bananeira, trazendo uma renda extra enquanto cresce a palmeira colhe-se a banana, em outra regiões há plantação consorciada com hortaliças diversas utilizando todo o espaço entre plantas, há também plantação de leguminosas que até utilizam os troncos das palmeiras para a escora como o feijão, e a vagem. Há neste cultivo grandes possibilidades de lucro uma vez que se aproveitam os espaços e as sombras das palmeiras. Além do rendimento alto do palmito. De uma única palmeira é possível obter, em média 800 a 1,3 kg de palmito “in natura” extraído do seguimento encontrado no interior de cada palmeira. Este seguimento pode ser cortado em várias fatias ou em pedaços maiores com aproximadamente 9 centímetros de comprimento. Estima-se que em uma lavoura produtiva de palmito o agricultor poderá obter com uma única planta com idade entre dois e quatro anos uma quantidade de 1,5 kg de palmito. Ou seja, 5 vidros de 300g de peso liquido, desta forma uma lavoura bem conduzida, com uma área de um hectare, poderá cultivar cerca de 16.500 pés de palmeiras o que corresponde a uma produção de 82.500 vidros de 300g ou 49.500 de 500g em cada hectare de

terra cultivada. Das partes menos macias do seguimento utilizados na obtenção do palmito, obtém-se o palmito picadinho, que tem boa aceitação no mercado, embora não seja tão nobre quanto as partes em toletes, que são as mais procuradas. Além disso, os gastos com os tratos culturais deste tipo de palmeira são baixos, pois é uma planta rústica e adaptável em quase todos os tipos de clima, por isso o seu custo de produção é relativamente baixo, o que poderá contribuir para que se obtenha uma renda liquida bastante satisfatória para o produtor. PREPARANDO A SEMENTE PARA O PLANTIO Dependendo da variedade e espécies, apresentam grande quantidade de sementes duras que para germinarem precisam ser escarificadas. Para escarificação da semente pode-se, portanto, recomendar o tratamento com solução de soda caustica a 20% em água, adotando-se o seguinte procedimento: Colocar as sementes em um recipiente de plástico ou metal, em um volume que ocupe aproximadamente a metade do espaço. Junte às sementes a soda caustica em escamas, na proporção de 20% ou seja, (0,5 kg de soda caustica para 2 litros de água) tem que ter o suficiente para cobrir todas as sementes com sobra, se for preciso dupli-

que a quantidade de solução. Despejar água sobre a mistura (sementes mais soda caustica) na proporção de dois litros de água para cada meio quilo de soda, ou quatro litros de água para um quilo de soda e assim por diante. Agite com um pedaço de madeira durante um minuto. A água em contato com a soda irá aquecer atingindo uma temperatura entre 60° e 70° C. Deixe as sementes em contato com a solução durante uma hora. Após esse tempo retirar as sementes e lavar com água pura em abundância, para remover a solução aderida . Deixar as sementes secarem a sombra, devendo a semeadura ser efetuada no máximo em até uma semana após a escarificação. É conveniente lembrar que, muitas vezes, devido a variedade de sementes o tempo de germinação é diferente entre uma e outra espécie. As germinações de sementes são demoradas e irregulares. Para acelerá-las e uniformizá-las, sugere-se, no entanto que, além da umidade, a semente necessita de muito calor para germinar. Caso o fruto seja umedecido e faltar calor, a semente apodrecerá. Quando a temperatura do solo (onde os frutos serão semeados) encontrar-se abaixo de 25° C, será conveniente estimular a germinação, através de tratamento térmico complementar. Para tanto, deve-se embrulhar o saco com os frutos pré-umedecidos numa lona plástica preta e expô-lo ao sol forte por um ou dois dias.

Referências WWW.cpt.com.br/cursos-agroindustriais - palmito da palmeira real WWW.sementescaiçara.com João S. de Paula Araujo – Engº. Agrônomo – Professor Associado e oordenador do Curso de agronomia da UFRRJ http://www.tecnologiaetreinamento.com.br/agroindustrias Eng. Agrônomo Francisco Paulo Chaimsohn M.Sc.

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CAFÉ

Fonte: CONAB

Produção de café deve chegar a 43,24 milhões de sacas nesta safra A safra 2015/2016 de cana-de-açúcar produzida pelo Brasil pode chegar a 658,7 milhões de toneladas 14 | REVISTA 100% CAIPIRA


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safra de café do Brasil das espécies arábica e conilon está estimada, para este ano, em 43,24 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. O resultado, em período de baixa bienalidade da cultura para a maioria das regiões, com exceção da Zona da Mata Mineira, representa queda de 5,3%, quando comparado à produção de 45,64 milhões de sacas obtidas no ano passado. É o que indica o terceiro levantamento, divulgado nesta no último dia 17/12 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com relação à pesquisa realizada em setembro (42,15 milhões de sacas), houve um aumento de 2,7% ou o equivalente a 1,1 milhão de sacas. Isso se deve, principalmente, ao ganho na carga produtiva de café em

coco medida no período da colheita e ao rendimento do café beneficiado. A produção do café arábica deve ser de 32 milhões de sacas, o que representa 74,1% do total do país. Há uma redução de 1,7%, devido baixa de 1.532,7 mil sacas no Cerrado Mineiro e 524,9 mil em São Paulo, correspondendo a 26,6 e 11,4%, respectivamente. A espécie apresenta ganho de produção apenas na Zona da Mata Mineira, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Esta região de Minas está em ano de bienalidade positiva e, apesar das condições climáticas adversas, tem boa produtividade. No Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro a produção recupera-se das condições climáticas adversas, superando a safra anterior. O conilon deve colher 11,19 milhões de sacas, o que representa uma redução de 14,2%, devido a queda da produção no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie. O resultado se deve à estiagem da safra atual, com as lavouras do estado afetadas por déficit hídrico, elevadas temperaturas e grande insolação nos primeiros meses do ano, o que levou à má formação dos grãos. ÁREA – Para a área total plantada no país com as espécies arábica e conilon, o levantamento estima 2.248,9 mil hectares, que é 0,9% inferior à da safra passada e corresponde a uma redução de 19.707,5 hectares. Desse total, 326,8 mil hectares (14,5%) estão em formação e 1.922,1 mil hectares (85,5%) estão em processo produtivo. Com relação ao café arábica, a área plantada no país soma 1.766,9 mil hectares. Nesta safra, houve um decréscimo de 1,1% ou o equivalente a 18.860,5 hectares. Minas Gerais concentra a maior área com a espécie, com 1.190,6 mil hectares, seguido de São Paulo com 213 mil hectares. Já para o café conilon, há uma redução de 0,2% na área, estimada em 482 mil hectares.

Cana-de-açucar A safra 2015/2016 de cana-de-açúcar produzida pelo Brasil pode chegar a 658,7 milhões de toneladas, com um aumento de 3,8% em relação à safra anterior, quando foram colhidas 634,8 milhões de toneladas. Este levantamento é o terceiro do ano realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (17). A estimativa de um aumento na produção e na produtividade (3,9%) se deve, sobretudo, à participação dos canaviais da região Centro-Sul que não sofreram os efeitos da falta de chuvas na safra anterior e que afetaram a produtividade. O estudo mostra também que a área de colheita teve um pequeno decréscimo. A maior parte da cana colhida vai ser destinada à fabricação de etanol, que representa 57,9% de toda produção. O etanol total deve ter um aumento de 1,9% ou cerca de 554 milhões de litros, passando de 28,66 para 29,21 bilhões de litros, enquanto que o hidratado, utilizado nos veículos “flex-fuel”, pode subir mais 7,4% ou o equivalente a 1,25 bilhões de litros. A marca sai de 16,9 bilhões para 18,2 bilhões de litros. Entre as regiões, o Sul não apresentou aumento na produção de etanol hidratado. Já o anidro, destinado à mistura com gasolina, teve redução de 6% (699,8 mil litros), passando de 11,7 bilhões para 11 bilhões de litros. Para a produção de açúcar, está prevista uma redução de 2,7%. A estimativa é que deve cair das 35,56 milhões para 34,61 milhões de toneladas, o que representa 947,5 mil toneladas a menos. Os responsáveis pela queda nacional são os estados de São Paulo, Alagoas, Minas Gerais e Goiás que valorizaram mais a produção de etanol nesta safra. A estimativa é que a moagem já chegou a 86,5% do volume colhido no país, sendo 90,2% na região Centro-Sul e 46,3% na Norte/Nordeste. REVISTA 100% CAIPIRA | 15


TRANSPORTES

FERROVIAS: Novas locomotivas e vagões dobram capacidade operacional da Ferroeste

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

O governador Beto Richa esteve sexta-feira (11/12) em Cascavel, no Oeste do Paraná, para a entrega de cinco novas locomotivas e mais 400 vagões graneleiros da Ferroeste. As novas máquinas foram compradas neste ano, com investimento de R$ 4 milhões, e vão agilizar o escoamento de produtos da região. Até 2010, a Ferroeste tinha quatro locomotivas. Desde 2011, o governo comprou sete novas máquinas e recuperou outras quatro. Com isso, a Ferroeste terá no ano que vem, 15 locomotivas em operação. Quanto aos vagões, antes eram 60 emprestados ou alugados e agora serão 400 de frota própria. “Com esse reforço, a partir do ano que vem, teremos dobrado a capacidade operacional da Ferroeste. Mais um importante avanço para conseguirmos um desenvolvimento mais vigoroso para o Paraná”, enfatizou o governador. Investimento - Em cinco anos de gestão, o governo Beto Richa já investiu mais de R$ 8 milhões na compra de equipamento para modernizar a Ferroeste. Nos anos de 2007 a 2010, os investimentos na Ferroeste foram de R$ 490 mil. Previsão - A previsão é que em 2016 a empresa transporte 1,5 milhão de toneladas de produtos. Segundo o presidente Ferroeste, João Bresolin, é o dobro do movimentado em 2015. “Um grande investimento que a região Oeste esperava muito. Teremos melhores condições de escoar a nossa produção para o Porto de Paranaguá barateando o frete”, disse. Modernização - “Em cinco anos de 16| REVISTA 100% CAIPIRA

gestão do governador Beto Richa modernizamos o maquinário para aumentar o faturamento e garantir melhores custos de transporte às cooperativas”, afirmou. De acordo com Bresolin, com o transporte ferroviário, os produtores economizam até R$ 1,5 mil com frete. Segunda aquisição - Esta é a segunda aquisição de equipamentos que a Ferroeste faz nos últimos dois anos. As cinco locomotivas vão se somar a outras duas adquiridas em 2013. Com locomotivas, mais modernas e de maior potência, haverá um aumento de 95% na capacidade de tração da empresa. Produção agrícola - O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, lembrou que o Oeste do Paraná é uma região de intensa produção agrícola. “O reforço na Ferroeste significa mais eficiencia e agilidade no escoamento da riqueza produzida na região. Significa crescimento sólido”, afirmou ele. Redução de custos – Os avanços da Ferroeste, disse o governador Beto Richa, fazem parte dos investimentos do governo estadual em infraestrutura e logística para reduzir o custo de produção no Estado e garantir o crescimento econômico de todas as regiões. Richa citou o Porto de Paranaguá, que se tornou modelo de administração para os demais portos brasileiros, a partir de investimentos em equipamentos,

melhoria na estrutura e gestão mais eficiente. Ele citou também os investimentos nas rodovias, com implantação de pistas duplas. “Temos hoje 400 quilômetros de rodovias em duplicação. E em 2016 investimentos ainda maiores”, afirmou. Financeira e fiscal – O governador falou sobre o ajuste fiscal feito pelo governo estadual para enfrentar a crise econômica. “Hoje, o Paraná tem a melhor situação fiscal e financeira do Brasil. Enquanto muitos estados têm dificuldades para pagar seus servidores, o Governo do Estado concedeu reajuste e pagou antecipadamente o décimo terceiro salário dos funcionários”, disse ele. Economia - Ele mencionou que os pagamentos dos servidores no final do ano colocarão R$ 4 bilhões na economia do Estado. “Além disso, temos a previsão de investir R$ 6,8 bilhões em 2016, em estradas, hospitais escolas e serviços públicos de mais qualidade”. Presenças – Participaram do evento de entrega dos equipamentos da Ferroeste o secretário chefe da Casa Civil do Paraná, Eduardo Sciarra; o secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, os deputados estaduais André Bueno, José Carlos Schiavinato, Elio Rush, prefeitos de municípios da região e empresários e lideranças do setor produtivo.


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PASTAGENS

Etapas para formar

É época de formar pasto e o produtor tem até me desse período corre-se o risco de não se ob Fonte: Embrapa Gado de Corte

Quem está pensando em formar pasto tem que, primeiro, escolher a espécie forrageira. E que tal escolher um capim que o boi gosta de comer? Existem várias opções e sugestões. Em segundo lugar, o produtor deve preparar bem o solo, cuidar a semeadura e do primeiro pastejo – para garantir uma boa formação do pasto. Segundo Haroldo Queiroz, zootecnista da Embrapa Gado de Corte, algumas situações levam ao estabelecimento do pasto, como: abertura de áreas novas, áreas de integração lavoura-pecuária, substituição de espécies e recuperação de áreas degradadas. Escolher a espécie é uma etapa importante e depende do objetivo do sistema de produção, do quanto o produtor pode investir e da mão de obra disponível. O clima da região é outro ponto importante que se deve levar em conta, bem como a qualidade do solo e como será utilizada a forrageira; se é para pastejo, silagem, fenação ou vedação esca18| REVISTA 100% CAIPIRA

lonada e, ainda, que categoria animal é menos fibrosa, por isso a preferência utilizará o alimento. pelo Tanzânia. A planta apresenta boa proporção de folhas, com altos conteEscolher o capim que o boi gosta de údos de proteína e digestibilidade procomer porcionando ótimos ganhos de peso por animal. É uma cultivar para solos Os bovinos preferem forrageiras muito férteis e apresenta alta capacidade com muitas folhas e poucos colmos. São de suporte. Outra vantagem do Tanzâas folhas que alimentam e engordam o nia é a facilidade de maneja-la, além de boi. As forrageiras mais apreciadas por apresentar boa produção de sementes e estes animais são a paiaguás, a piatã e resistência a cigarrinha-das-pastagens. a marandu. Em seguida a decumbens, Os animais são muito seletivos e avaa humidícola e a xaraés. Esta última, liam os alimentos. “Quanto mais grosso apesar de possuir muitas qualidades, o colmo mais difícil de arrancar e mastios bovinos não gostam muito porque gar”, explica a pesquisadora Valéria que seus colmos são mais duros que as ou- acrescenta: “o instinto do animal é pegar tras braquiárias, informa a pesquisadora o que é mais fácil e o que enche mais a Valéria Pacheco Euclides, da Embrapa boca, a chamada bocada”. Gado de Corte. Já as plantas leguminosas tropicais, Da família dos panicuns, que inclui como o calopogônio, centrosema, araos capins Mombaça, Massai, Zuri e o chis, guandu e outras, não são as preferiTanzânia, este último é mais aceito pelos das dos bovinos e a explicação é porque animais, apesar de seus colmos serem elas apresentam uma substância chamamais grossos que do capim-massai, ela da tanino que dão a percepção de secura


bem uma pastagem

eados do mês de janeiro para plantar, passando bter um bom estabelecimento da pastagem e adstringência na língua e no palato. É a sensação de boca amarrada quando se come banana verde. As leguminosas apresentam taninos em maior ou menor grau o que interfere na palatabilidade dos animais fazendo com que eles comam menos a planta. Algumas delas os animais aceitam bem, como o estilosantes Campo Grande, e outras, os animais aceitam somente no período seco. Em pastagens consorciadas os animais preferem a gramínea ao invés da leguminosa, apontam as pesquisas.

promover a distribuição do calcário e do fósforo, arar, gradear, distribuir potássio e nitrogênio, fazer uma gradagem niveladora e cuidar a umidade do solo. Semeadura

A semente a ser utilizada deve ser de qualidade – saudável, vigorosa e livre de contaminação por impurezas, nematoides e sementes indesejadas, recomenda Haroldo Queiroz. Segundo ele, as sementes devem ser plantadas de três a cinco centímetros de profundidade. Preparo do Solo Dependendo do caso as sementes podem ser plantadas a lanço, em sulcos ou Depois de escolher a forrageira vem a plantio direto. etapa do solo que deve ser bem preparado para receber a semente de pastagem. Primeiro pastejo depois de 40 dias O solo tem que ser protegido contra erosão, a vegetação indesejada deve ser retiHaroldo explica que a finalidade do rada e se fazer uma análise de solo para primeiro pastejo é diminuir a competideterminar o uso de corretivos. Deve-se ção eliminando o excesso de plantas da também controlar os insetos e pragas, área. É também de proporcionar uma

cobertura de solo mais rápida, e que antecipando a utilização da forragem, os animais aproveitam melhor o alto valor nutritivo do pasto resultando uma boa produção animal por área, além de evitar o acamamento da forrageira. Quanto aos cuidados no primeiro pastejo o zootecnista ensina: “a área deve receber animais depois de 40 a 75 dias após a germinação da forrageira – assim que a planta atingir 75% da altura superior indicada para o manejo do capim. Só entrar com animais leves para diminuir o arranquio de plantas e evitar a compactação do solo”. O sucesso de uma boa formação de pastagens depende da escolha certa da espécie forrageira, de uma adequada utilização, de usar sementes de boa qualidade, ser bem semeada e na quantidade certa, o que varia de uma espécie para outra. Tudo isso e um manejo adequado assegura ao produtor retorno econômico e longevidade da pastagem. REVISTA 100% CAIPIRA | 19


ENERGIAS RENOVÁVEIS

Fonte: Campo Grande News

Eletrosul recebe licença para construir usina de energia solar de R$ 153 milhões O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) emitiu licença para construção de uma usina fotovoltaica (de energia solar) no município de Água Clara, a 198 quilômetros de Campo Grande O empreendimento da Eletrosul Centrais Elétricas S.A, terá investimento de R$ 153,8 milhões e capacidade de produção de 22,08 MWp de energia, segundo a Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar). Essa será primeira com esse porte e tecnologia a ser construída no Estado, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O Imasul já autorizou 11 usinas que utilizam fontes renováveis para a produção de energia elétrica, neste ano. Na passada foram 10 empreendi20| REVISTA 100% CAIPIRA

mentos de termelétricas autorizados, que utilizam como matéria-prima a biomassa, conforme a Sepaf. O investimento previsto nessas térmicas é de R$ 2,760 bilhões, com potencial de geração de energia de 535,75 Megawatts. De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Elias Verruck, o incentivo à produção e exploração de energias renováveis faz parte do planejamento estratégico do governo do Estado para a diversificação da matriz econômica e promoção do desenvolvi-

mento sustentável. “Essa questão está ligada ao cluster florestal que estamos criando em Mato Grosso do Sul, envolve o setor sucroalcooleiro e, a partir de agora, também passa a englobar usinas fotovoltaicas. A exemplo de outras regiões do país, nós temos potencial para o uso da energia solar que precisa ser explorado. Além disso, a instalação de um empreendimento como esse proporciona ao Estado um avanço tecnológico muito significativo e importante”, comentou Jaime.


ORGÂNICOS

Fiscais coletam amostras de orgânicos para reforçar controle de qualidade Ação no comércio faz parte do monitoramento de substâncias proibidas no cultivo desses produtos Fonte: Assessoria de comunicação Social MAPA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) começou a coletar amostras de produtos comercializados como orgânicos nas feiras, supermercados e lojas especializadas de Brasília. O trabalho objetiva evitar a mistura de produtos convencionais aos orgânicos, na hora da comercialização, e identificar falhas na unidade de produção que possam levar à contaminação por substâncias não permitidas no cultivo desses produtos. As amostras são levadas para laboratórios que constatam ou não a presença de agrotóxicos. “Os principais beneficiados são os consumidores”, destaca o coordenador de Agroecologia do Mapa, Rogério Dias. “Com o monitoramento, as práticas ilegais serão desestimuladas. Os produtores orgânicos também se beneficiam, porque os infratores serão identificados e punidos. Tudo isso fortalece a credibilidade do produto orgânico.” As amostras seguem para os laboratórios credenciados ao Mapa, que fazem parte da Rede Nacional de Resíduos e Contaminantes. De acordo com Rogério Dias, qualquer produto orgânico pode ser fiscalizado e monitorado. A seleção acontece de forma aleatória ou a partir de uma suspeita. Esse tipo de trabalho, que começou por Brasília, será estendido para todo o país. O monitoramento no comércio é o passo mais novo da fiscalização de produtos orgânicos, que começou em 2011,

quando os regulamentos começaram a vigorar. Desde aquela época, os fiscais agropecuários verificam embalagens sem o selo oficial, informações inadequadas ou possíveis fraudes. Denúncias Além do trabalho de rotina, os fiscais também podem fazer operações a partir de denúncias e suspeitas apresentadas à Ouvidoria do Mapa ou constatadas por meio de auditorias. Desde 2013, cerca de 2.400 produtores foram exclu-

ídos do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos e atualmente 166 produtores estão suspensos. Caso seja constatada a comercialização irregular de produtos orgânicos, os responsáveis, dependendo de cada caso, sofrem punições, que vão desde uma advertência até a apreensão de produtos, cassação de certificado ou

multa. Apesar de todas as medidas aplicadas pelo Mapa, o coordenador de Agroecologia destaca a importância do controle da própria sociedade, principalmente pelos consumidores que compram direto de produtores e que podem exigir deles a documentação de agricultor orgânico e a visita à propriedade. Mercado De 5,5 mil produtores orgânicos do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, em 2012, o país chegou à marca de 11.478 em novembro de 2015. Segundo Rogério Dias, esse crescimento é resultado do incremento da procura por orgânicos. “Hoje, os produtos orgânicos estão em todas as redes de supermercados, além do aumento continuado do número de feiras orgânicas, que já são mais de 600 semanalmente em todas as regiões do Brasil”, ressaltou. Nos casos de dúvidas, suspeitas ou denúncias, é importante fazer contato com o Mapa, por meio de seu serviço de Ouvidoria, ligando para 0800 704 1995, ou pelo e-mail ouvidoria@agricultura.gov.br . REVISTA 100% CAIPIRA |21


PESQUISAS

Embrapa sequencia o genoma do vírus-dameleira do mamoeiro A Embrapa concluiu o sequenciamento do genoma do vírus-da-meleira do mamoeiro, uma das mais graves doenças da cultura no Brasil, capaz de causar perdas de até 100% nas plantações de mamão, além de inviabilizar a qualidade dos frutos para comercialização Esse resultado abre caminhos para soluções sustentáveis que possam conter os danos causados por esse microrganismo, como o desenvolvimento de kits de diagnósticos mais eficientes para identificação precoce da doença, identificação de possíveis vetores de transmissão do vírus e geração de variedades resistentes por técnicas de melhoramento genético convencional ou ferramentas biotecnológicas. O resultado, divulgado na revista Archives of Virology, publicação oficial da União Internacional da Sociedade de Microbiologia, foi obtido pelos pesquisadores Francisco Aragão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), e Eduardo Chumbinho de Andrade, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), e pelo analista Emanuel Abreu do mesmo centro de pesquisa do DF. “O Brasil é o maior exportador mundial de mamão e o segundo maior produtor, atrás apenas da Índia. Mas, para manter essa posição, é premente conter o avanço e os danos causados por esse vírus (Papaya Sticky Disease Virus – PSDV)”, explica Emanuel Abreu. A meleira apresenta sintomas nos ápices e nas nervuras das folhas novas, além de uma abundante exsudação (migração de líquido para a parte exterior da planta) de

látex mais fluido nos frutos dando-lhes um aspecto borrado. Quando atacada pelo vírus, o único destino da planta é a morte. Dentre as soluções utilizadas pelos produtores para controlar a meleira destacam-se a prática do “Roguing” – eliminação da planta quando ainda está nos estágios iniciais da disseminação do vírus e o uso de variedades com produção precoce aliada ao uso de inseticidas para controlar os insetos transmissores da doença. “Mas são ações paliativas, que não resolvem o problema,” ressalta Francisco Aragão. “Um dos principais obstáculos é que estávamos lidando com um inimigo desconhecido, cuja classificação taxonômica ainda não existe oficialmente. Além disso, não sabemos, ao certo, quais insetos estão diretamente envolvidos na sua transmissão”, complementa. Sequenciamento do genoma vai responder a essas perguntas O sequenciamento do genoma vai ajudar a responder a muitas questões importantes, como a classificação do vírus e a identificação dos insetos transmissores, além de apontar soluções mais efetivas para seu controle.

Os cientistas envolvidos na pesquisa utilizaram uma nova ferramenta de sequenciamento, a “Next Generation Sequence”, que tem elevada capacidade de gerar informações do genoma dos organismos com dados bastante robustos e confiáveis. Com o genoma concluído, a criação de kits de diagnóstico para identificação precoce da doença é uma das tendências da pesquisa. “A Embrapa pode iniciar o desenvolvimento de um produto pré-tecnológico, por exemplo, que seria finalizado e comercializado por uma empresa privada”, salienta Emanuel, referindo-se a um kit-diagnóstico. A expectativa é que a descoberta leve a impactos positivos na pesquisa da cultura do mamoeiro no País. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013, o Brasil produziu 1.517.696 toneladas de mamão. A Bahia e o Espírito Santo destacam-se como os dois maiores estados produtores e exportadores, sendo responsáveis por 70% da produção nacional. “Esses dois estados são os mais afetados com a incidência dessa doença, em alguns casos, provocando perdas de milhões de reais com a redução da produtividade e de áreas com a cultura, podendo chegar à destruição total das plantações afetadas, com uso intensivo de agroquímicos e mudança constante de zonas produtoras, tornando o sistema de produção cada vez mais oneroso”, afirma Emanuel. Plantas resistentes ao vírus já estão sendo desenvolvidas Um dos resultados do sequenciamento do genoma já está em pleno desenvolvimento nos laboratórios da Embrapa. Estão sendo geradas plantas geneticamente modificadas para resistência ao vírus-da-meleira e da mancha-anelar a partir de uma tecnologia denominada RNA interferente (RNAi). Essa técnica consiste em expressar, nas plantas de mamão, pequenos fragmentos de RNA capazes de silenciar os genes virais, assim como uma “vacina”, explica o pesquisador Francisco Aragão. Plantas transgênicas de mamão com resistência a viroses vêm sendo utilizadas com sucesso nos Estados Unidos desde 1998, especialmente no Havaí e na Flórida. Hoje, ocupam cerca de 80% da área plantada com mamão naqueles países. Fonte: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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PROCESSAMENTO

Produtor de rapadura em Itaguara investe em tecnologia para ter sucesso na atividade Emater-MG presta assistência aos produtores no município Fonte: Assessoria de Comunicação – Emater-MG

O produtor de Enilson Magno Teles mantém viva uma atividade que faz parte da tradição no meio rural de Itaguara, região do Campo das Vertentes: a fabricação de rapadura. Ao contrário de muitos produtores que preferiram migrar para a produção de tomate ou investir na prestação de serviços, ele decidiu seguir em frente com um trabalho que dura mais de duas décadas. Enilson conta que começou na atividade observando os pais. Hoje, além de contar com a mão de obra familiar, principalmente com a ajuda da esposa, ele também emprega quatro funcionários. O produtor planta a cana usada da fabricação da rapadura e não deixa de atualizar os conhecimentos, por meio de capacitações. Adepto das novidades tecnológicas, ele reconhece que muitos produtores de rapadura enfrentaram dificuldades, mas acredita que o bom desempenho do seu trabalho é fruto da modernização do maquinário. “Acredito na tecnologia, por isso comprei um caminhão pra puxar a cana e troquei o engenho. A forma de trabalhar a rapadura foi muito facilitada nessas últimas décadas”, diz Teles. Ele

produz mensalmente 12 mil unidades de rapaduras. Cada uma, com cerca de 700 gramas é vendida a R$ 2 nos municípios de Pará de Minas, Divinópolis, Bom Despacho, Nova Serrana, Pitangui, Cláudio, Carmo da Mata, Oliveira e Carmópolis de Minas. “É um produtor muito receptivo às informações técnicas e participa dos trabalhos realizados pela Emater-MG, desde 2001, quando começou com o 1º Curso de Processamento Artesanal de Cana-de-Açúcar, ministrado pela empresa”, testemunha a extensionista de bem-estar social Cornélia Silveira. Ela presta assistência e acompanha vários agricultores que vivem da atividade. Mais de 100 anos De acordo com a extensionista, mesmo com os agricultores migrando para outras atividades, a produção de rapadura faz parte da história do município de Itaguara. “Existem relatos de engenhos produzindo rapaduras há mais de cem anos, por isso, como tradição cultural a fabricação de rapaduras não perderá jamais a sua importância. E a Emater-MG

sempre será uma grande incentivadora deste trabalho”, informa. Atualmente, segundo a técnica, Itaguara tem 14 unidades de processamento artesanal de cana-de-açúcar (engenhos) com 47 agricultores familiares. Juntos esses produtores produzem mensalmente 75, 8 mil unidades de rapadura. Ainda de acordo com Cornélia, 50% dos produtores de rapadura fazem parte de associações de agricultores familiares, utilizam a linha de crédito Pronaf e já participaram de três cursos ministrados pela Emater-MG, em parceria com o Senar. Os cursos abordaram 18 temas, entre eles a saúde e segurança no trabalho; boas práticas de fabricação e variedades de cana adequadas ao processamento, entre outros. As rapaduras são feitas puras e acrescidas de amendoim, mamão, coco e abóbora, entre outros sabores. Além da região, a comercialização é realizada em entrega direta na Ceasa, Sul de Minas, com destaque para a cidade de Piranguinho, famosa pela fabricação de pé de moleque. REVISTA 100% CAIPIRA | 23


AGRICULTURA

Alfaces resistentes às variações climáticas ajudam produtores no plantio de verão Os principais polos de produção no Brasil se encontram no entorno das grandes cidades do Sul e Sudeste do Brasil, como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte Fonte: Attuale Comunicação Neste período do ano, com calor e chuvas, a cultura da alface sofre um conjunto de problemas devido à instabilidade do clima. Para amenizar o impacto, além de um manejo preventivo eficaz, o produtor pode optar por cultivares mais resistentes às adversidades. Segundo Silvio Nakagawa, Especialista em Brássicas e Folhosas da Agristar do Brasil, mesmo os produtores mais experientes e que já passaram por vários verões, são surpreendidos com doenças e distúrbios fisiológicos em suas lavouras. “Isso se deve a instabilidade e inconstância do clima de um ano para outro, ficando difícil estabelecer um programa de manejo. Neste período ocorrem doenças foliares fúngicas e bacterianas tais como Alterna24 | REVISTA 100% CAIPIRA

ria, Cercóspora, Pseudomonas, além de distúrbios como queima de bordas, pendoamento precoce, entre outros”. Os principais polos de produção no Brasil se encontram no entorno das grandes cidades do Sul e Sudeste do Brasil, como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. As principais doenças que atingem a alface no verão são o LMV, Vira-cabeça, Fusarium e Rhizoctonia. A linha de sementes Topseed Premium possui em seu portfólio alfaces desenvolvidas para cada clima, além de tolerantes às doenças típicas do período graças aos testes internos, realizados em quatro estações experimentais em diferentes regiões do Brasil. Os experimentos são repetidos em áreas de produtores para que mesmo

em diferentes climas, solos e manejos as alfaces garantam um alto nível de produtividade. “Um de nossos lançamentos recentes, a alface americana Astra, passou por um longo período de triagens internas e depois externas em condições bastante adversas de clima e também nos mais variados tipos de cultivos como hidroponia, solo, substratos, o que nos garante um produto seguro para ser oferecido aos produtores e viveiros”, explica Nakagawa. Entre as variedades que compõe o portfólio Topseed Premium, linha de sementes profissionais de alta tecnologia da Agristar do Brasil, estão a alface crespa Camila, a lisa Regina 500, a americana Astra, a roxa Red Star, a romana Bonnie e as mimosas Imperial e Imperial Roxa.


GOVERNO

Agricultura familiar recebe cerca de R$ 287 milhões por meio do PAA

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) operacionalizou em 2015 cerca de R$ 287 milhões no apoio à comercialização da produção da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Fonte: CONAB

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) operacionalizou em 2015 cerca de R$ 287 milhões no apoio à comercialização da produção da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O valor representa a totalidade do orçamento repassado pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Do valor total aplicado, a maior parte foi destinada à Compra com Doação Simultânea (CDS). Para esta modalidade, os recursos foram na ordem de R$ 241 milhões, o que representa 84% do total. Com isso, mais de 870 projetos com cooperativas e associações de agricultores familiares foram formalizados e os alimentos destinados ao abastecimento das redes socioassistencial, de ensino, de saúde e também a equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional. A Região Nordeste teve grande destaque. Bahia, Alagoas e Paraíba foram responsáveis pela execução de cerca de 25% dos recursos da modalidade CDS, beneficiando

mais de 8 mil agricultores familiares. Já no Norte, Amazonas, Amapá e Rondônia foram os estados que apresentaram maior número de projetos, o que beneficiou, em especial, as famílias indígenas da região. Cabe destaque, também, para a retomada da execução no estado do Paraná. De acordo com o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini, o resultado obtido neste ano é reflexo de um trabalho iniciado em 2014, a partir do estabelecimento do novo manual normativo e das capacitações realizadas com as equipes da Conab e com mais de 3 mil representantes de entidades participantes do PAA. “Essas ações permitiram que recebêssemos uma maior quantidade de projetos, o que resultou na execução total do orçamento repassado pelos ministérios parceiros, possibilitando a operação do Programa em todo os estados brasileiros”, destaca Intini. Aquisição se sementes - As associações e cooperativas também acessaram R$ 14,3 em Aquisição de Sementes. No primeiro ano de execução, a nova modalidade foi operada em 10 superintendências

regionais da Companhia. A partir da iniciativa, foram adquiridos vários tipos de sementes, de variedades e crioulas, como milho, arroz, feijão, cebola, entre outras. Compra Direta - Os agricultores familiares puderam contar com R$ 11 milhões destinados para a Compra Direta. Nesta modalidade, o produto que teve maior destaque foi o leite em pó, com a compra de mil toneladas pelo governo federal. A medida ajudou a manter a remuneração dos pequenos produtores, gerando renda quando os preços praticados no mercado estavam em queda. Formação de estoques - A partir do PAA os agricultores familiares ainda tiveram acesso a R$ 20,7 milhões para formar seus estoques. Desta forma, os produtos, após sofrerem processo de transformação, podem ser comercializados em momento mais favorável do mercado. Desde 2003, os recursos operados pela Companhia por meio do PAA superaram os R$ 3,3 bilhões, beneficiando pequenos produtores de pelo menos 2.700 municípios. REVISTA 100% CAIPIRA |25


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MÁQUINAS E IMPLEMENTOS

Valtra apresenta portfólio completo de colheitadeiras axiais Marca fecha a renovação de seus maquinários em 2015 e disponibiliza a mais alta tecnologia para a colheita

Fonte: S2Publicom

Os recorrentes recordes de produção de grãos também trazem boas perspectivas aos agricultores brasileiros. Para se ter uma ideia, a safra 2015/2016 deve superar as anteriores, atingindo 212,9 milhões de toneladas, segundo a Conab. Além disso, o Brasil está em condições de superar os Estados Unidos no futuro e se transformar no maior produtor de alimentos e bens agrícolas do mundo, de acordo com relatório recente apresentado pela FAO/OCDE (Food and Agriculture Organization/ Organisation for Economic Co-operation and Development). Diante da expectativa de que o nosso País venha a alcançar o posto de maior produtor mundial de alimentos, a Valtra tem trabalhado cada dia mais na busca de novas tecnologias, que tenham como objetivo simplificar o trabalho no campo e ampliar a rentabilidade, com foco na 28 | REVISTA 100% CAIPIRA

sustentabilidade. Assim, a marca investiu nestes últimos dois anos na renovação completa de seu portfólio de colheitadeiras axiais. Foram lançadas três novas máquinas de 2014 até agora (BC8800, BC7800 e BC6800), que aliam alta tecnologia à economia de combustível. “As novas colheitadeiras Valtra estão aptas a operar de maneira excelente nos ambientes mais exigentes, pois o novo processador permite que o produtor rural possa enfrentar as condições mais difíceis de colheita, com mais capacidade de processamento e menor consumo por tonelada colhida”, explica Douglas Vincensi, gerente de marketing do produto colheitadeira da AGCO América do Sul. Além de possuir a maior taxa de descarga do mercado (com capacidade de 150 litros por segundo, na 7800 e 8800), as novas colheitadeiras axiais da série

800 da Valtra têm ainda um sistema que dispensa o uso da tela rotativa, o V-flow, desenvolvido para se livrar de palhas e resíduos. O sistema previne obstruções, gasta menos energia e reduz manutenções diárias. A renovação da frota da Valtra começou com o lançamento da BC8800, que ocorreu durante a Agrishow 2014, segundo Vincensi, “o DNA desta máquina foi melhorado e adaptado à lavoura brasileira. Por isso, é possível dizer que a BC8800 chegou para atender a uma demanda do mercado interno por máquinas de alta performance, que permitem ao produtor rural trabalhar em janelas de colheita mais reduzidas”. Em fevereiro de 2015, durante o Show Rural Coopavel, foi a vez da marca apresentar a BC7800. Inspirada na “irmã maior”, a nova classe 7 da Valtra (BC7800) alia alta potência e tecnologia,


além do melhor desempenho em litros por tonelada colhida, já que em condições ideais de colheita e logística, ela consegue colher, em média, 450 a 550 sacas de soja por hora, com picos de até 650 sacas. Por fim, em agosto deste ano, durante a Expointer, a Valtra lançou a BC6800 – uma colheitadeira classe 6 com cara de classe 7, que foi desenvolvida com conceitos inovadores, para que a máquina possa trabalhar como nenhuma outra da categoria, apresentando alta performance e economia de combustível. Sendo que, em condições ideais de terreno e de logística, a nova máquina faz em média 60 hectares/dia. Diferenciais da série 800 Conheça os principais itens inovadores que integram as novas colheitadeiras axiais da Valtra. Todos estão presentes nas versões BC6800, BC7800 e BC8800: Sistema TriZone: sistema de processamento onde a trilha e a separação ocorrem em 360º, por ser segmentado o rotor processa o material com menor dano ao grão, com baixo índice de resíduos e com grande vazão – características adequadas para encarar as condições mais difíceis de colheita. Sistema de suporte de côncavos em H: são 12 as seções de côncavos, seis ao lado direito e seis ao lado esquerdo. Com ele, foi possível reduzir o peso dos conjuntos e permitir uma fixação simples e rápida para instalação, tornando mais fácil a remoção ou troca dos côncavos para adequar a configuração. Isso representa mais autonomia para o operador, pois agora é possível fazer este trabalho sozinho. Em outros modelos, é necessário o auxilio de outra pessoa. Além disso, como o sistema é composto por mais seções individuais, os custos de reposição podem ser menores, em caso de danos por objetos estranhos. Vale destacar também que nos modelos BC7800 (classe 7) e BC8800 (classe 8), a seção de trilha tem 1.250 mm de comprimento e ângulo de envolvimento de 142 graus, conferindo uma área total de 1,36 m². Na BC6800 a área de trilha é de 1,20m². Para a seção de trilha, a Valtra desenvolveu três tipos diferentes de côncavos: arame fino,

arame grosso e barra redonda. Estas opções permitem que os côncavos sejam configurados para atender às diferentes culturas e condições. Os côncavos são suportados por uma estrutura em forma de H e contam com uma proteção exclusiva contra sobrecargas através de um sistema de suspensão por molas. Sistema de limpeza: consiste num sistema de limpeza de grãos de multiestágios, que conta com um fluxo de ar direcionado, suportado por um ventilador de grande capacidade, assim, é capaz de ampliar a velocidade do ar e o direcionar para uma saída acima da peneira de pré-limpeza, eliminando, desta forma, tudo o que não for grão. Com isso, a máquina oferece maior capacidade de limpeza e diminui a sensibilidade de colheita em terrenos inclinados. Outro fator importante da nova colheitadeira é que o diâmetro do caracol de grãos limpos foi ampliado, incrementando em 60% o fluxo de grãos. Tudo para suportar a maior capacidade de processamento do novo rotor Vale destacar ainda que a exclusiva pré-limpeza por fluxo de ar superior acompanha toda a extensão do processador TriZone, prevenindo perdas provenientes por excesso de material ou separação tardia dos grãos. A posição do rotor, diretamente sobre o sistema de limpeza, elimina a necessidade de caracóis transportadores, proporcionando menor dano aos grãos. Sistema de resfriamento V-Flow: o V-Flow é mais um sistema inovador da Valtra. O exclusivo formato em ”V” e distribuição dos radiadores ‘proporciona um desempenho muito superior em relação ao tradicional sistema de tela rotativa. O acionamento inteligente da reversão do ventilador garante que a entrada de ar do sistema esteja sempre livre de obstruções, isso elimina a necessidade de manutenção diária do sistema, reduzindo custos e a necessidade de parada para manutenção. Pois o sistema reverte a ação de aspiração do ar externo com base na temperatura, e, automaticamente a cada 15 minutos ou manualmente a partir do terminal C2100 dentro da cabine do operador. Motor AGCO POWER e controle operacional: alimentada pelo motor AGCO Power de 84 WI de 8,4 litros e 6

cilindros em linha, a BC6800 possui 350 cv (potência nominal), 370 cv (potência máxima) e 380 cv (potência reserva). No caso da BC7800 são: 410 cv (potência nominal), 430 cv (potência máxima) e 450 cv (potência reserva), e motor AGCO Power de 98 WI de 9,8 litros e 7 cilindros em linha. Já a BC8800 tem 470 cv (potência nominal), 495 cv (potência máxima) e 510 cv (potência reserva) e motor AGCO Power de 98 WI de 9,8 litros e 7 cilindros em linha. As configurações das novas colheitadeiras da Valtra proporcionam mais potência e assim entregam mais capacidade. Além disso, todos os controles das máquinas estão ao alcance das mãos e a um toque da tela, pois o Terminal C2100 com touchscreen é facilmente ajustado à altura e ângulos desejados por meio do suporte deslizante. O console, à direita, mantém todas as múltiplas funções da colheitadeira próximo dos dedos. E a alavanca multifunção giratória busca aumentar ainda mais o conforto operacional durante toda a jornada de trabalho. Tecnologia embarcada: produzida para trabalhar com os mais modernos conceitos em equipamentos para agricultura de precisão, a série 800 da Valtra está preparada para absorver o sistema de telemetria AgCommand (monitoramento de máquinas agrícolas à distância), monitor de produtividade Fieldstar II (sistema para mapeamento de produção da lavoura) e piloto automático AutoGuide 3000. Sobre a Valtra A linha de produtos Valtra inclui tratores de 50 a 375 cavalos, colheitadeiras, implementos e pulverizadores. No Brasil desde 1960, a empresa possui forte presença no segmento canavieiro, sendo a primeira empresa do setor a se instalar no país. A Valtra conta hoje com uma rede de mais de 160 pontos de venda e assistência técnica no país, além de 13 distribuidores nos demais países da América Latina. A Valtra é uma das marcas pertencentes ao Grupo AGCO. Para saber mais sobre a Valtra, produtos e serviços visite nosso site www.valtra.com.br. REVISTA 100% CAIPIRA |29


CONTROLE DE QUALIDADE

Mapa

Fiscalização foi feita

rada na embalagem. “Os lotes que foram reprovados pelo Mapa não podem ser destinados ao consumo humano por demonstrarem qualidade inferior à estampada na embalagem”, disse o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Fábio Florêncio. Segundo o diretor, todas as amostras foram coletadas foram analisadas na unidade do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Minas Gerais. Após análise, foi emitido um laudo para confirmar se o azeite estava ou não em conformidade com os parâmetros definidos na Instrução Normativa do Mapa nº 1/2012.

em cinco estados e

Ouvidoria

suspende venda de 11 marcas de azeite extra virgem

no DF. Empresas foram multadas

O

Ministério da Ag r i c u lt u r a , Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizou a qualidade do azeite comercializado em supermercados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco e Amazonas. Das 55 amostras coletadas e analisadas, foram identificadas irregularidades em 33 amostras de 11 marcas que tiveram a venda suspensa. Embora estivessem sendo vendidos como “extra virgem” no rótulo da embalagem, os produtos eram compostos por outros óleos comestíveis. As empresas foram multadas pelo Mapa. A fiscalização foi realizada entre 2014 e 2015 para atestar se a qualidade do produto estava de acordo com a informação decla30 | REVISTA 100% CAIPIRA

A fiscalização foi intensificada a partir de denúncias recebidas pela Ouvidoria do Mapa. Além de

suspender a comercialização das marcas irregulares, os produtos foram inutilizados e as empresas receberam multa de R$ 5 mil cada uma. As multas foram acrescidas de 400% do valor comercial da mercadoria, levando-se em conta a quantidade do produto fiscalizado. Em 2016, o Mapa vai encaminhar os processos para a Secretaria de Defesa do Consumidor para adoção das providências relacionadas a prejuízos causados. Além disso, concluirá os processos de apuração das irregularidades dos demais lotes condenados das outras marcas e expandir a fiscalização aos demais estados. “A importância de ações como essas é a garantia que o Mapa dá ao consumidor na compra de produtos de acordo com o padrão de qualidade estabelecido em normas”, destacou Fábio Florêncio. Fonte: Assessoria de comunicação social MAPA


AVIAÇÃO AGRÍCOLA

Aviação Agrícola:tecnologia a serviço da agricultura Em 64 anos de atividade, o setor evoluiu em tecnologia de aplicações, segurança e proteção de pilotos

O Brasil ocupa hoje a sétima posição na economia mundial, e isso se deve em grande parte pelo crescimento constante da agricultura, com mais tecnologia e maior área plantada, e a aviação agrícola faz parte dessa tecnologia aplicada. “Seria impossível o Brasil atingir esse nível de produção agrícola sem a pulverização aérea, o tratamento de grandes áreas com rapidez e eficiência, principalmente no controle de doenças e pragas em diversas culturas, como a ferrugem asiática da soja”, enfatiza o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola – SINDAG, Nelson Antônio Paim. Conforme informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mundo precisa aumentar em 20% a produção de alimentos para atender a demanda de crescimento da população até 2020, e o Brasil é o país que ampliara a produção em 40% no período. Portanto, observa Paim, fica evidente a necessidade de crescimento da frota de aeronaves agrícolas. “Seria necessário quase dobrar o número de aeronaves”, diz. O Brasil tem hoje a segunda maior força aérea agrícola no mundo, cerca de 980 aviões de propriedade de empresas e 240 de produtores. Conforme estimativa do Sindag com base na frota de aeronaves e informações da Anac, são cerca de 1.600 pilotos agrícolas habilitados. Em média, 60 profissionais são formados anualmente em quatro escolas: Aeroagrícola Santos Dumont, Cachoeira do Sul/ RS, Aeroclube de Carazinho/RS, EJ Escola de Aviação Civil, Itápolis/SP e Aeroclu-

be de Ponta Grossa/PR. Em seus 64 anos de atividade em solo brasileiro, o setor evoluiu muito em tecnologia de aplicações, segurança e proteção de pilotos. Paim lembra que há 12 anos a aviação agrícola não operava com a Tecnologia DGPS. Hoje, 100% das aeronaves operam com sistema de Balizamento por Satélite, eliminando totalmente o balizamento humano, permitindo a impressão de mapas, controle de coordenadas geográficas e percurso percorrido pela aeronave. Houve um avanço também na legislação dos órgãos fiscalizadores. Hoje todo operador aeroagrícola, seja empresa ou produtor rural, é obrigatório possuir e utilizar pátios modernos de descontaminação das aeronaves e equipamentos, com sistema de ozônio que retira 95% dos resíduos químicos utilizados. A legislação da ANAC também foi reformulada para a atividade, com a atualização da legislação aérea, sendo incluído nela o COA - Certificado de Operador Aeroagrícola. Assim, todas as empresas estão sendo vistoriadas e certificadas pela agencia. “Até 2016, 100% das empresas estarão certificadas”, afirma Paim. Foi incluído ainda o MGSO - Manual de Gerenciamento de Segurança Operacional, que traz métodos de segurança para os pilotos e equipes envolvidas nas operações, protegendo principalmente os pilotos. As novas tecnologias de aplicação vêm trazendo um crescimento no uso do avião em relação aos equipamentos terrestres. Além da questão relacionada ao aumento de produtividade, os empresários aeroagrícolas estão voltando

suas atenções para outros nichos, como o setor de combate a incêndios florestais. Largamente utilizado em muitos países, como Estados Unidos, Espanha, Portugal e Austrália, a técnica começou a ser empregada no Brasil em meados de 2003. O serviço tem despertado nos empresários o interesse em aeronaves com maior capacidade de carga. “Esse mercado vem crescendo todos os anos, porém ainda em passos curtos”, avalia Paim. Muitos estados vêm contratando o serviço. Contudo, o processo é lento e burocrático. Mas, segundo Paim, no momento em que houver maior agilidade nas contratações, haverá um crescimento rápido da atividade. O Sindag pretende atuar forte na divulgação das vantagens da contratação de empresas aeroagrícolas em operações de combate a incêndios florestais. A decisão foi tomada na penúltima semana de julho, em uma reunião corrida na sede do Sindicato, em Porto Alegre, com associadas que já prestam esse tipo de serviço. Eleito no início de maio, Paim propõe entre seus projetos, trabalhar na divulgação da aviação agrícola junto a população, órgãos fiscalizadores e entidades de ensino. “Tenho projetos para ingressar nas faculdades de agronomia, com objetivo de capacitar os futuros profissionais. Vou prosseguir com os projetos de pesquisas da pulverização aérea. Trabalhar na conscientização dos operadores. É preciso manter um elo de segurança operacional para a atividade, porque é impossível imaginar o crescimento da produção de alimentos sem o uso das aeronaves agrícolas”. Fonte: cotrijal.com.br

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PRAGAS E DOENÇAS

Temporada 2016 de combate às doenças do milho começa pelo Mato Grosso e Goiás Palestras gratuitas da FMC terão início na próxima semana pelas cidades do Mato Grosso e Goias Fonte: Assessoria de Comunicação FMC

De acordo com a última projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a somatória das primeira e segunda safras das lavouras de milho no País devem render cerca de 82,624 milhões a 83,592 milhões de toneladas e a área plantada deve ser de 15,401 milhões a 15,560 milhões de hectares. Para contribuir com a produtividade e sua manutenção, a FMC Agricultural Solutions dá início à temporada de palestras educativas gratuitas em 2016, levando informação sobre o amplo controle das doenças de milho nas principais cidades produtoras do País. O cronograma terá início na próxima semana pelos estados de Mato Grosso e Goiás e contará com os especialistas Edson Borges e Cesio Humberto de Brito. Nos dias 11 e 12 de janeiro, Borges estará nas cidades de Diamantino (MT) e Nova Mutum (MT), respectivamente. Já nos dias 12 e 13 de janeiro, Humberto de Brito será responsável pelas palestras em Goiás, nas cidades de Rio Verde e Jataí. Dando continuidade à programação semanal em Mato Grosso, as cidades de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop serão contempladas com a palestra de Edson Borges nos dias 13, 14 e 15 de janeiro. A companhia também lança o novo fungicida Authority, com foco no con32 | REVISTA 100% CAIPIRA

trole de cercosporiose, doença com alto potencial destrutivo, que provoca necrose foliar intensa e vem causando perdas significativas de produção. “Com 1% de severidade, a cercosporiose pode levar a redução de 50 a 86 kg/ha, com danos podendo chegar a 60% na produção. O Authority vem com a missão de contribuir na prevenção dessa doença e assegurar a produtividade nas lavouras, pois conta com a mais alta sistemicidade apresentada no mercado atual, o que significa menor dependência de altas doses de óleo mineral, além de menores fatores causadores de fito. Sua formulação balanceada com ingredientes ativos, com triazol de alta sistemicidade e estrobilurina de alto poder de absorção e movimentação, sem efeito não juvenoide, garante o desenvolvimento pleno, sem desacelerar o metabolismo das plantas”, destaca o diretor de Tecnologia & Inovação da FMC, Reginaldo Sene. O diretor ressalta também que a avaliação do fungicida por um time técnico e de pesquisadores nos últimos cinco anos, em mais de 300 áreas de milho teste, com resultados positivos confirmados pelas expectativas dos produtores rurais nas mais diversas situações do campo em todo o País e aprovados também por empresas de pesquisa. “Uma média de incremento de produtividade

de 25 sacas por hectare quando comparadas áreas não tratadas e áreas tratadas com Authority ”. Indicação Aplicar o Authority entre a as fases de V6 até pré pendoamento, buscando o maior retorno das aplicações. Sene destaca a importância de investimentos em soluções. “Queremos contribuir para a produtividade do agricultor com sustentabilidade e qualidade, garantindo conveniência e facilidade de aplicação no dia a dia do campo”, ressalta. Soluções combinadas – Manejo completo para milho Por meio de soluções combinadas, a FMC apresenta seu portfólio oficial e manejo completo para o controle eficiente de milho para todo o complexo de controle de doenças de milho e todas as fases da produção da cultura. A linha é composta pelos inseticidas Rocks, Picus, Mustang, Nufos, Talisman, inseticida biológico Xentari, herbicida Aurora e agora o fungicida Authority. Informações podem ser obtidas pelo site www.fmcagricola.com.br.


SUINOS

Aurora Alimentos vai eliminar uso de celas de gestação para porcas até 2026

Fonte: CarneTec

A Cooperativa Central Aurora Alimentos anunciou que irá eliminar o uso de gaiolas individuais para gestação de fêmeas suínas até 2026 A Cooperativa Central Aurora Alimentos, uma das maiores produtoras de suínos do Brasil, anunciou que irá eliminar o uso de gaiolas individuais para gestação de fêmeas suínas até 2026, adotando um sistema de gestação coletiva. “Há cronograma de execução prevendo a integral substituição do sistema de gestação das fêmeas suínas, para as atuais granjas e na estrutura física existente, até o ano de 2026, sendo que para novos projetos, seja de construção e/ou ampliação, a nova sistemática será adotada já a partir do ano de 2016”, informou a empresa. A Aurora informou que o prazo de dez anos para adotar a gestação coletiva em toda a cadeia é necessário já que, dentro do sistema de cooperativa no qual a empresa atua, há muitos pequenos produtores rurais que utili-

zam mão de obra familiar e têm limitação na capacidade de investimento. A organização não governamental (ONG) protetora de animais Humane Society International (HSI), que tem realizado campanhas para a eliminação do uso de gaiolas para gestação de suínos, disse que iniciativa é um importante primeiro passo, mas encoraja a empresa a completar a transição em um período de tempo mais curto. “Isso manda uma clara mensagem à indústria nacional: o futuro da produção será livre de gaiolas de gestação. Esperamos trabalhar com outros produtores e empresas alimentícias em políticas similares”, disse a gerente sênior de campanhas da HSI no Brasil, Carolina Galvani, em nota. A JBS informou em meados de novembro que pretende eliminar o uso de gaiolas de gestação em toda a

cadeia de fornecimento de suínos até 2025. A BRF, maior produtora de carne suína do Brasil, também já se comprometeu a adotar a gestação coletiva até 2026, conforme anunciado no final do ano passado. O sistema de celas de gestação para porcas ainda é o mais usado no Brasil, com fêmeas mantidas isoladas, privadas de interagir com o grupo, andar ou explorar o ambiente. A União Europeia, o Canadá e vários estados dos EUA já proibiram o uso de celas de gestação, que também será abandonado na Nova Zelândia até o fim deste ano, e na Austrália, até 2017. A Associação Sul-Africana de Produtores de Suínos também espera eliminar a prática até 2020, segundo a HSI. REVISTA 100% CAIPIRA |33


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FESTAS

FESTA DAS CRIANÇA

O projeto da Festa Das Crianças De Santa Isabel, teve inicio num lindo fim de tarde, em uma hípica na Cidade de Santa Isabel, quando os membros da Comitiva “DinTerimBebim”, reunidos, concluíram que parte do dinheiro gasto com churrascos, bebidas e cavalgadas em suas reuniões semanais, podiam e deviam ser economizados para que anualmente fosse realizado uma festa beneficente para as crianças carentes da cidade. Como todo novo projeto, seu início foi difícil. Os cidadãos da cidade ainda não estavam envolvidos nesta ação social, mesmo porque não existia divulgação do projeto, portanto a primeira festa foi simples com poucos presentes e cestas 36 | REVISTA 100% CAIPIRA

básicas. Ao passar dos anos foi-se aprimorando e aperfeiçoando esta festa. Com o tempo surgiu a necessidade de promover eventos e jantares para angariar fundos como intuito de divulgar a festa para manter e aprimorar este maravilhoso evento. Ao aproximar da décima terceira festa, a Comitiva “DinTerimBebim” decidiu no final do mês de novembro, que todo o dinheiro arrecadado durante o ano, seria mais útil iniciar um novo projeto, a “Equoterapia Dinterinfeliz” . Projeto dedicado ao tratamento de crianças através da utilização de cavalos, totalmente gratuito, que ocorre todos os sábados na Cidade de Santa Isabel no Jardim Das

Acácias. Contudo a festa era um compromisso assumido com as crianças carentes de Santa Isabel, não tão menos importante que a Equoterapia. Neste momento (no dia 14/12/2013) os Senhores Alberto, Paula, Flávio, Elizabete e Carminha da Hípica do Batista, reuniram-se e criaram a Comitiva Esperança. Esta nova comitiva abraçou a causa e em 15 dias angariou doações e voluntariou pessoas dispostas a trabalhar no evento, realizando assim sua primeira Festa Das Crianças De Santa Isabel, dando continuidade a esse lindo trabalho. Neste ano conseguimos atender quase trezentas crianças e mais de 230 famílias


AS DE SANTA ISABEL

carentes com presentes, lanches, refrigerantes, sorvete, algodão doce, pipoca, atividades com as crianças, apresentação de animais e diversos sorteios. A festa de 2.014 foi outro sucesso, porém mais organizada e bem distribuída, trazendo tudo o que havia no ano anterior com mais qualidade, e também com doações de 180 cestas básicas para as famílias que ali já haviam sido cadastradas. Já em 2.015, aprimorando esta ação social que tem por objetivo entregar cestas básicas as famílias e brinquedos e diversão para as crianças de até 10 anos de idade da cidade de Santa Isabel no período festivo natalino, atendeu 380 crianças e recebeu o total de 830 pessoas que se di-

vertiram muito, das as 9:30 até as 14:30h. Esperamos com isso acrescentar algo melhor a cada ano e atender sempre um número maior de crianças. E segundo o Beto, um dos organizadores: “- Vale salientar que se não fosse o apoio do Flávio Fazan, Carminha e da minha esposa Paula essa festa não teria tido continuidade, saliento também que a emoção brota dentro de mim quando eu me recordo, que a 42 anos atrás eu estava nessa fila e pedindo a Deus que ainda tivesse brinquedo quando chegasse a minha vez de receber o brinquedo. Hoje quando as crianças veem a nossa camisa, elas perguntam se no

próximo ano haverá a festa, pensando nisso, definimos que a data da festa será sempre no segundo sábado de dezembro e para que mais crianças saibam e possam participar, esperamos este ano poder contar com o apoio das escolas para divulgação do nosso trabalho. Quero deixar claro que a Festa Das Crianças De Santa Isabel, não tem um dono, um nome, uma pessoa, ela pertence somente as Crianças De Santa Isabel. Lembrando também que os patrocinadores desta festa com suas doações, não querem divulgação dos seus nomes e nem propaganda de suas empresas porque fazem isso por pura solidariedade e amor ao próximo.” REVISTA 100% CAIPIRA |37


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FLORICULTURA

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DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

A da ma apresenta novo f un gic id a contra ferrug e m a s i ática a pesqui sadore s Fonte: CDI Comunicação Corporativa

Pesquisa voltada ao mercado brasileiro visa desenvolvimento de produto que combate uma das principais doenças da cultura de soja O manejo de doenças na cultura da soja é um dos assuntos técnicos em maior evidência nas últimas safras, devido à queda sistemática da eficiência dos principais fungicidas utilizados na cultura, especialmente para a ferrugem asiática. Diante da necessidade iminente de novas ferramentas que possam conter os prejuízos, a Adama Brasil (leia-se Adamá) apresentou a pesquisadores uma solução inovadora, que possibilitará o manejo de resistência das doenças da soja. A Adama acredita que a parceria com os pesquisadores enriquece o desenvolvimento do produto no campo, além de difundir esta nova tecnologia entre produtores de diversas regiões de cultivo de soja do país. “A agilidade da empresa em apresentar uma mistura pré-fabricada na formulação de grânulos dispersíveis (WG) contendo 42 | REVISTA 100% CAIPIRA

mancozebe é marcante. Vejo um futuro brilhante da Adama no controle da ferrugem da soja”, afirma o Dr. Erlei Melo Reis, consultor e professor de agronomia da UPF (Universidade de Passo Fundo). O fungicida da Adama, que está em fase final de registro, apresenta características únicas para o mercado brasileiro. A combinação altamente sinérgica de dois fungicidas sistêmicos e um fungicida de contato estabelece um novo patamar de performance e controle da ferrugem asiática. “Após anos de pesquisa e investimentos, a Adama chegou a uma fórmula exclusiva que permite boa qualidade de aplicação, dupla proteção, amplo espectro de ação e longo período de controle, que vai simplificar a vida do agricultor no manejo das principais doenças da soja”,

explica o coordenador de projetos, Gerson Dalla Corte. Sobre a Adama A Adama Agricultural Solutions, antes conhecida como Makhteshim Agan Industries, e no Brasil como Milenia Agrociências S.A., é uma das líderes globais em soluções de proteção ao cultivo e líder em produtos pós-patente. Está presente em 120 países e tem como propósito trazer simplicidade para a agricultura através de soluções que aliam tecnologia a padrões de proteção ambiental e controle de qualidade. Em 2014, a Adama teve faturamento global superior a US$ 3,22 bilhões, o sétimo maior no setor agroquímico mundial. Para mais informações, acesse http://www.adama.com/brasil.


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ARTIGO

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DIA DE CAMPO

Bayer marca presença no Dia de Campo de Verão da C. Vale Fonte: S2Publicom – Assessoria de Imprensa

Empresa mostra programas de relacionamento e plataformas de monitoramento de culturas em evento paranaense Até 14 de janeiro, a Bayer participará do Dia de Campo de Verão da C. Vale, um dos principais eventos de agronegócio do País, realizado em Palotina, PR. Durante os três dias de programação, os representantes da divisão agrícola da empresa mostrarão ao público plataformas de relacionamento como o Programa de Pontos e a Rede AgroServices. André Angonese, Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado da Bayer, comenta o diferencial do Programa de Pontos. “Foi desenvolvido para clientes indiretos - àqueles que compram insumos por meio de distribuidores e cooperativas. Explicaremos como funciona e os benefícios para os agricultores participantes”. Já sobre a Rede AgroServices, plataforma online de relacionamento com o produtor, Angonese destaca ainda que é o espaço ideal para produtores e entusiastas do setor. “A plataforma reúne amplo conteúdo sobre agronegócio e para ter acesso basta cadastrar-se no site www.redeagroservices.com.br.” 46 | REVISTA 100% CAIPIRA

Os programas ‘De Primeira, Sem Dúvida’ e ‘Bayer Contra Lagartas’ serão outros destaques que os especialistas da empresa apresentarão no evento. Segundo Angonese, ambos foram desenvolvidos para ajudar o produtor rural a fazer o monitoramento da lavoura. “O primeiro trata da importância da primeira aplicação e o momento correto de usar o fungicida no cultivo de soja e, o segundo, ajuda o agricultor a monitorar e reduzir a população de lagartas nos cultivos de soja e milho”, explica. Sobre a divisão Crop Science A Bayer é uma empresa global, com suas principais atividades concentradas em Ciências da Vida, nas áreas de saúde e agricultura. A Crop Science, divisão da Bayer AG e responsável pelo negócio agrícola, tem vendas anuais de 9.494 bilhões de euros (2014), sendo uma das líderes mundiais em ciências agrícolas nas áreas de sementes, proteção de cultivos e

controle de pragas não-agrícolas. Oferece uma excelente gama de produtos, incluindo sementes de alto valor, soluções inovadoras para a proteção de cultivos baseadas em modos de ação químicos e biológicos, bem como extensivos serviços de suporte para o desenvolvimento de uma agricultura moderna e sustentável. Na área de produtos não-agrícolas, a Crop Science tem um amplo portfólio de produtos e serviços para o controle de pragas urbanas, de casa e jardim, além de produtos para o segmento de reflorestamento. A empresa conta com uma força de trabalho global de mais de 23.100 colaboradores e está presente em mais de 120 países. No Brasil, faz parte do Grupo Bayer, com mais 119 anos de atuação no País e aproximadamente quatro mil colaboradores. A Crop Science Brasil conta com mais de 1,9 mil colaboradores, uma instalação industrial em Belford Roxo (RJ) e um Centro de Pesquisa e Inovação no Estado de São Paulo.


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PREPARO Recheio: Dessalgue a carne seca, cozinhe em uma panela de pressão deixe esfriar e desfie, em uma panela coloque o azeite e doure o alho, em seguida acrescente a cebola e os outros temperos, refogue e acrescente a carne desfiada, deixe cozinhar. Massa; Em uma mesa coloque todos os ingredientes secos, misture bem e em seguida acrescente a água aos poucos até virar uma massa que não grude nas mãos, deixe descansar em uma assadeira coberta com um pano até dobrar de tamanho, estique a massa com um rolo de macarrão coloque o recheio e enrole e leve ao forno 180° por aproximadamente 45 minutos ou até ficar dourado. REVISTA 100% CAIPIRA | 49


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