www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, fevereiro de 2016 - Ano 4 - Nº 32 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
MANGUEIRA: ÁRVORES FRONDOSAS DE FRUTOS CARNUDOS Árvore
ornamental, produtora de sombra deliciosamente cheirosos
e
frutos
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Gestão: Atual presidente da Yara Brasil, Lair Hanzen assume posição na Diretoria mundial
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Equinos: Mercado do Brasil Central aquece vendas do cavalo Crioulo
Fruticultura: Volume das exportações de mamão cresce em 2015
Brasil: Novos mercados: agronegócio brasileiro vai responder por 10% do comércio mundial
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Artigo: Mangueira: árvores frondosas de frutos carnudos
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Agricultura: Agroecologia na região de Avaré
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Clima
Chuvas prejudicam cultivo de maçã em Fraiburgo (SC) Mercado de Orgânicos:
Pequenos produtores apostam em delivery de alimentos orgânicos
Festas:
Lançamento do CD da Vitória da Viola e Lúcia lyra Receitas Caipiras: Sorvete Caipira de Manga REVISTA 100% CAIPIRA |
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FRUTICULTURA
Fonte: Brapex - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya
Brasil, fevereiro de 2016 Ano 4 - Nº 32 Distribuição Gratuita
EXPEDIENTE Revista 100% CAIPIRA®
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Volume das exportações de mamão cresce em 2015 Vendas externas alcançaram 39.798 toneladas registrando alta de 18,13% puxada pela região nordeste do país
A
s exportações brasileiras de mamão cresceram em 2015. As vendas da fruta para o mercado externo totalizaram 39.798 toneladas, acréscimo de 18,13 % em relação as 33.688 toneladas no ano de 2014. Apesar da evolução na quantidade exportada, o valor gerado pelas exportações em dólar foi menor devido a queda no preço médio da fruta internacional passando de US$ 47.058.855 para US$ 43.675.555, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O Estado que projetou mais uma vez as exportações nacionais foi o Rio Grande do Norte que obteve crescimento de 55,25% alcançando 11.110 toneladas e gerando receita de US$ 10.652.285. O Estado aproximou-se do Espírito Santo que permaneceu como maior exporta6 | REVISTA 100% CAIPIRA
dor nacional com 12.034 toneladas e uma receita de US$ 15.399.363. A Bahia foi o terceiro maior exportador de mamão com 6.981 toneladas, seguido do Ceará que também registrou crescimento significativo nas vendas externas com 5.614 toneladas, alta de 65,22% em relação a 2014. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), Rodrigo Martins, o crescimento das exportações reflete o potencial de produção e logístico da região nordeste. “A questão hídrica ainda prejudicou nossa atividade, caso contrário os números poderiam ser melhores nas exportações”, destaca Martins. Segundo o presidente da Brapex, apesar da queda no preço médio internacional da fruta, a alta do dólar manteve a competitividade do setor para as exportações de mamão.
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Maltratar animais é crime.... .....abandonar também. Getúlio Vargas aprovou o Decreto nº 24.645/34 prevê pena para todo aquele que incorrer em seu artigo 3º, item V, "abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária". Fernando Henrique Cardoso aprovou a Lei Federal nº 9.605/98 que "dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências", incluindo maus tratos aos animais domésticos.
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ARTIGO
Mangueira: รกrvores carnu
ร rvore ornamental, produ deliciosamen 8 | REVISTA 100% CAIPIRA
frondosas de frutos udos
utora de sombra e frutos nte cheirosos Por: Adriana Reis
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A manga tem por sua classificação científica, pertence ao reino: Plantae, da divisão: Anthophyta, da classe: Magnoliopsida, da ordem: Sapindales, da família: Anacardiaceae, do gênero: Mangifera, da espécie: M. indica, por fim seu nome binomial: Mangifera indica. Acredita-se que a manga seja originária do continente asiático, do sudeste da Índia, Mianmar e Bangladesh. Pesquisadores encontraram registros fósseis com cerca de: 25 a 30 milhões de anos. A espécie foi descrita pelo botânico, zoólogo e médico sueco Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu em 1753, porém são encontradas menções a ela em canções do século IV em poemas escritos em sânscrito (é uma língua da Índia, com uso litúrgico no hinduísmo, budismo e jainismo. O sânscrito faz parte do conjunto das 23 línguas oficiais da Índia), por poetas como Calidasa. Fala-se que Alexandre, o Grande (século III aC) provou da fruta, assim como o peregrino e monge chinês Xuanzang (século VII dC). A espécie foi levada para Ásia em torno de 400-500 aC a partir da Índia; seguindo, no século XV para as Filipinas, sendo levada à África e ao Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. No século XVI, o imperador mongol: Akbar plantou 100.000 árvores de manga em Darbhanga (é um cidade no estado indiano de Bihar) em um lugar agora conhecido como Lakhi Bagh. O nome da fruta vem da palavra do idioma malaiala (é o idioma do estado de Kerala, no sul da Índia) manga e foi popularizada na Europa pelos portugueses, que conheceram a fruta em Kerala, que conseguiram através do escambo, pelas trocas de temperos. Foi introduzida com sucesso: no Brasil, em Angola, em Moçambique e em outros países tropicais e subtropicais mundiais, onde o clima favorece seu crescimento, como sul da Ásia, América do Norte, América do Sul e América Central, no Caribe, nas porções sul e central da África e Austrália. Chegaram à Bahia por volta de 1700, segundo o estudioso Pimentel Gomes, trazidas pelos portugueses, depois de descobertas as rotas marítimas entre a Europa e a Ásia. No Brasil, a fruta foi amplamente disseminada. De acordo com Pio Cor10 | REVISTA 100% CAIPIRA
rêa, a mangueira foi a árvore asiática que melhor se adaptou ao clima brasileiro, produzindo inúmeras variedades, tornando-se quase obrigatória na paisagem do norte e do nordeste do país, e sendo facilmente encontrada em cultivo na Amazônia e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Diferentes árvores que produzem diferentes mangas podem ser encontradas, aos montes, em chácaras e fazendas, em pomares e quintais urbanos e rurais, em pequenas e médias propriedades, além de estarem presentes em espaços públicos como parques, praças, ruas e avenidas por todo o país. A cidade de Belém é um exemplo eloquente dessa abundância, tendo se tornado famosa por suas mangueiras, razão pela qual esta se tornou conhecida como “cidade das mangueiras” e a cultura local apelidou o seu estádio de futebol de “Mangueirão”. Noutro extremo do país, na cidade do Rio de Janeiro, a presença de mangueiras no morro próximo à residência dos imperadores, na Quinta da Boa Vista, no século XIX, as mangueiras também eram tantas que acabaram dando o nome a um bairro o Morro da Mangueira, a uma parada de trem a Estação Primeira de Mangueira e a uma escola de samba a “verde e rosa”. Antes dos anos 1900 as mangueiras eram disseminadas por sementes. Em 1900, George B. Cellon criou e usou o enxerto de gomo com sucesso. Estabeleceu então um viveiro em Miami. O: Flórida Mango Fórum que foi organizado em 1938 tem feito muito pelos desenvolvimentos e avanços da manga na Flórida. A manga é uma fruta do tipo drupa (é um tipo de fruto carnoso, com apenas uma semente, sendo esta aderida ao endocarpo de maneira que só pode ser separada mecanicamente), de coloração variada: amarelo, laranja e vermelha, sendo mais roseada no lado que sofre insolação direta e mais amarelada ou esverdeada no lado que recebe insolação indireta. Normalmente, quando a fruta ainda não está madura, sua cor é verde, mas isso depende do cultivo. A polpa é suculenta e muito saborosa, em alguns casos, fibrosa, doce, encerrando uma única semente grande no centro.
As mangas são usadas na alimentação das mais variadas formas, como: sucos, refrescos, sorvetes e doces, mas é mais consumida ao natural. Seu sabor, forma e peso também variam de acordo com a variedade - algumas são do tamanho de uma bola de pingue-pongue, enquanto outras chegam a pesar dois quilos e meio. Devem ser plantadas em uma área com boa drenagem e um solo ligeiramente ácido. Devem ser regadas regularmente quando jovens, porém, ao atingirem a maturidade, devem ser regadas com intervalos entre 10 e 15 dias. Cerca de 4 a 5 meses após a floração, as mangas estão maduras. Quando a manga já chegou em seu tamanho final e está pronta para ser colhida, ela se torna fácil de ser tirada do pé, com um simples puxão. As mangueiras necessitam de calor e períodos secos para poderem produzir bons frutos. As mangueiras são grandes e frondosas árvores, podendo atingir entre 35 e 40 metros de altura, com um raio de copa próximo de 20 metros. Suas folhas botânicas são perenes, entre 15 e 35 centímetros de comprimento e entre 6 e 16 centímetros de largura. Quando jovens estas folhas são verde-folha. As flores são diminutas, em inflorescências paniculadas nas extremidades dos ramos. São tantas que seu perfume é sentido a boa distância. As sementes, quando plantadas em solo fértil e bem irrigado, podem germinar com facilidade e originar novas árvores de crescimento rápido nos primeiros anos. Desta forma a mangueira tem se disseminado pelas formações vegetacionais nativas no Brasil, e apresentam uma ameaça à vegetação nativa quando sua cultura não tem o manejo adequado. A escolha da variedade de mangueira que será cultivada em um determinado pomar está diretamente relacionada à preferência do mercado consumidor, ao potencial produtivo na região considerada, à suscetibilidade às pragas, às doenças e à deterioração que é constatada imediatamente após a colheita e, principalmente, à provável projeção de comercialização verificada à longo prazo. Um eventual erro na escolha da variedade que será cultivada certamente acarretará enormes prejuízos ao mangicultor. Pode-se afirmar que a escolha da variedade
representa uma das decisões econômicas mais importantes para o estabelecimento competitivo da mangicultura, uma vez que a rejeição do fruto pela comunidade à qual foi destinado inviabiliza a manutenção do pomar. Diversas doenças atacam as plantações de manga. Agentes patogênicos podem provocar diversos tipos de doenças, podendo causar pesadas perdas na produção de manga. Mais de 492 espécies de insetos, 17 espécies de ácaros e 26 espécies de nemátodes têm atacado as mangueiras. Acredita-se que a manga é a fruta fresca mais consumida em todo o mundo e tornou-se parte da alimentação e da cultura nacional brasileira. Sua fruta, a manga, fornece diversos nutrientes importantes para a saúde e pode ser encontrada sob a forma de mais de mil variedades. Uma manga fresca contém cerca de: 15% de açúcar, até 1% de proteína e quantidades significativas de vitaminas, minerais e antioxidantes. Contém muitos sais minerais, potássio, betacaroteno, fósforo, cálcio, potássio, zinco, magnésio, e ferro. Rica em carboidratos (em média, 100 gramas da fruta fornecem 65 calorias) e em vitamina A, C e do complexo B. Rica em fibras, seu consumo é indicado para combater a asma, anemia, diarréia, sarna e é expectorante. Graças à alta quantidade de ferro que contém, a manga é indicada para tratamentos de anemia e é benéfica para as mulheres grávidas e em períodos de menstruação. Pessoas que sofrem de cãimbras, stress e problemas cardíacos, podem se beneficiar das altas concentrações de potássio e magnésio existentes que também auxiliam àqueles que sofrem de acidose. Também há relatos de que as mangas suavizam os intestinos, tornando mais fácil a digestão. Na Índia, onde a manga é a fruta nacional, acredita-se que: as mangas estancam hemorragias, fortalecem o coração e trazem benefícios ao cérebro. É também utilizada em afecções pulmonares (bronquite asmática, bronquite catarral e tosse), gengivas inflamadas (gengivites, feridas na boca e no canto dos lábios), úlceras de decúbito (escaras), úlceras varicosas. Em suas utilidades medicinais, a
manga combate a anemia: por conter ferro, acrescentar a manga na dieta alimentar; asma: fazer um chá com as folhas tenras da mangueira acrescido de mel. Tomar morno; problemas respiratórios: cozinhar o suco da manga com mel até ficar reduzido pela metade. Tomar uma colher de sopa desse xarope de hora em hora; sarna: extrair a resina do tronco da mangueira e fazer um cataplasma; verminoses: fazer por infusão um chá com os brotos (bem picados) dos ramos. Acrescentar suco de limão e tomar uma xícara de chá; distúrbios da digestão: combate a acidez e outras doenças do estômago; ossos e dentes: fortificar ossos e dentes é outra utilidade da manga. É notável a grande variação apresentada pelos frutos das mangueiras, em todo o mundo. Encontram- se referências que variam entre um número de 500 e 1000 variedades existentes, os tipos cultivados comercialmente alcançam menor número, pois restringem-se àqueles selecionados visando à melhoria das suas qualidades, como menor quantidade de fibras e fiapos, polpa mais carnuda e predomínio das cores vermelhas e rosadas, preferidas pelos mercados importadores. No Brasil, as mangas são também encontradas em grande diversidade, apenas entre as mais comuns e conhecidas pela população em geral, Pimentel Gomes cita e descreve 36 variedades, todas elas de fácil ocorrência. No entanto, as variedades de mangas mais cultivadas em pomares comerciais alcançam menor número. Basicamente, são variedades obtidas após cuidadoso processo de seleção e de melhoria da fruta, tendo em vista diminuir a quantidade de fibras e de fiapos em sua polpa carnuda, e privilegiar as cores vermelhas e rosadas, mais apreciadas na frota destinada à exportação. As variedades cultivadas com maior frequência na região do Vale do São Francisco são: a Tommy Atkins, a Haden, a Keitt, a Kent, a Palmer, a Rosa e a Espada. Enquanto as cinco primeiras visam principalmente o mercado consumidor internacional, as duas últimas são direcionadas, sobretudo, aos diversos mercados consumidores nacionais. As principais características das referidas variedades tradicionalmente cultivadas
nas propriedades do Vale do São Francisco são: Tommy Atkins A tradicional variedade Tommy Atkins é, atualmente, a mais cultivada nas propriedades localizadas no Vale do São Francisco, ocupando aproximadamente 95% da área total dos pomares destinados à cultura; predominância que já havia sido constatada há alguns anos. A “Tommy Atkins”, originada na Flórida, Estados Unidos, na década de 1920, é uma variedade monoembriônica, vigorosa e precoce, cuja copa é bastante densa. Ela apresenta elevada produtividade, regularidade na produção e uma considerável resistência tanto aos impactos mecânicos, podendo assim ser facilmente transportada, como também à deterioração após a colheita, sendo, portanto, muito menos perecível que as demais variedades cultivadas para os mercados internacionais. A “Tommy Atkins”, é parcialmente resistente à antracnose, contudo, muito suscetível à morte descendente, à malformação floral e ao colapso interno. A variedade responde bem ao processo de indução floral. Os frutos apresentam aproximadamente 500 gramas, coloração alaranjada, amarelada, avermelhada ou púrpura, polpa consistente, firme e suculenta, casca aderente, médio teor de fibras e 17 °Bx (Brix é uma escala numérica de índice de refração), um valor inferior ao valor verificado em outras variedades direcionadas aos mercados externos.
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Haden A variedade Haden, genitora da Tommy Atkins, é igualmente originária da Flórida, Estados Unidos, em 1910. Ela é monoembriônica, precoce como a “Tommy Atkins” e suscetível à antracnose, à malformação floral, à deterioração após a colheita, ao transporte, ao manuseio e ao colapso interno, distúrbio fisiológico ao qual outras variedades cultivadas para a exportação também são vulneráveis. A variedade apresenta copa muito densa, elevada alternância de produção e uma acentuada taxa de autoincompatibilidade que, gerando muitas irregularidades na frutificação, obriga o emprego de outras variedades para polinizá-la nos pomares localizados no Vale do São Francisco e associados ao sistema de produção integrada. A variedade apresenta porte alto e os frutos da “Haden” podem pesar aproximadamente 700 gramas, com atrativa coloração avermelhada, laivos amarelos, lenticelas grandes, polpa consistente, suave e moderada quantidade de fibras e 21°Bx.
Atkins” e à “Haden” e suscetível à antracnose, apresentando, entretanto, uma vulnerabilidade ao colapso interno inferior àquela constatada nas outras variedades. A variedade também apresenta um vigor moderado e regularidade na produção. Mesmo sendo uma consagrada variedade aceita, normalmente no mercado interno para o consumo direto, ela é também aproveitada pelas indústrias de processamento para o beneficiamento, o que certamente tem lhe proporcionado um expressivo aumento na área cultivada. Os frutos da “Palmer” são, além de grandes, podendo pesar até 900 gramas, bastante aromáticos, compridos, firmes e praticamente desprovidos de fibras, esverdeados ou arroxeados quando imaturos e muito vermelhos quando já totalmente maduros, apresentando polpa bem amarelada e 19°Bx.
Kent
Keitt
Palmer A variedade Palmer é originada de parentais desconhecidos na Flórida, no ano de 1945. Com porte considerado intermediário e hábito de crescimento aberto, ela é monoembriônica, muito produtiva, tardia em relação à “Tommy 12 | REVISTA 100% CAIPIRA
tolerância ao transporte e ao manuseio após a colheita, coloração esverdeada a amarelada, com laivos avermelhados, e 21°Bx.
A variedade Keitt originou-se em 1939, sendo provavelmente uma meia irmã da variedade Haden. Ela é monoembriônica, muito produtiva, tardia em comparação a “Tommy Atkins” e a “Haden” e medianamente resistente à antracnose. Os frutos da Keitt pesam comumente mais de 700 gramas, sendo praticamente desprovidos de fibras, as quais se concentram apenas ao redor da semente e apresentando, além de
A variedade Kent originou-se também na Flórida, em 1944. Ela é muito vigorosa, produtiva, tardia em relação a “Tommy Atkins” e a “Haden”, monoembriônica, suscetível à antracnose e ao colapso interno, e vulnerável ao transporte. A copa é compacta e arredondada, ao passo que os frutos são grandes, pesando geralmente até 1 quilo, totalmente desprovidos de fibras e aromáticos, apresentando numerosas pequenas lenticelas, polpa bastante alaranjada, aproximadamente 19°Bx e, quando ainda estão imaturos, uma coloração predominantemente esverdeada que, todavia, com o amadurecimento, gradualmente adquire tonalidade avermelhada.
Rosa A variedade Rosa, cuja copa é arredondada, também é considerada uma variedade nacional, apresentando sementes predominantemente poliembriônicas, assim como a Espada. A “Rosa”, classificada na literatura destinada à cultura como uma variedade relativamente vigorosa, apresenta, no entanto, crescimento lento, porte médio, suscetibilidade à antracnose, produtividade inferior às outras variedades tradicionalmente cultivadas e alternância de produção. Em compensação, verifica-se que o florescimento da “Rosa” é muito intenso, o que lhe proporciona, assim, respostas satisfatórias ao processo de indução floral. A variedade é ainda considerada tardia e moderadamente resistente à morte descendente. Aproveitada em determinadas regiões como porta-enxerto em decorrência da disponibilidade de sementes, a “Rosa” é também uma variedade muito importante e muito conhecida, consequentemente muito comercializada, principalmente para o consumo ao natural. Os frutos pesam aproximadamente 300 a 350 gramas, apresentando coloração amarelada ou rosada a avermelhada, formato oblongo a cordiforme, casca lisa, espessa e aderente, polpa bem amarela, 14°Bx a 16°Bx e uma quantidade expressiva de fibras.
Espada A tradicional variedade Espada, poliembriônica, é considerada pela literatura uma variedade nacional, apresentando muito vigor, porte elevado,
copa densa e elevada produtividade. A “Espada” normalmente produz duas vezes por ano, sendo muito requerida pelo consumidor brasileiro em virtude do sabor, e comumente aproveitada como porta-enxerto em diversas regiões de nosso território, em decorrência da observada rusticidade. Ela expressa precocidade, possibilitando a antecipação do investimento econômico, e resistência à antracnose, à morte descendente e ao colapso interno. Os frutos geralmente apresentam intensa coloração verde ou um equilíbrio entre matizes amarelados e esverdeados, casca lisa e espessa, polpa amarelada, formato oblongo, tamanho intermediário, pesando até aproximadamente 300 gramas, uma significativa porcentagem de fibras e 17 °Bx a 20 °Bx.
No Brasil, ainda predominam as variedades locais do tipo Bourbon, Rosa, Espada, Coqueiro, Ouro, entre várias outras. A fruticultura brasileira vive um de seus momentos mais dinâmicos. Aspectos como variedades de espécies, maior produtividade e novas formas de apresentação e industrialização, colocam as frutas em destaque no agronegócio nacional. São mais de 40 milhões de toneladas de frutas produzidas, o suficiente para colocar o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial. Já as exportações das frutas brasileiras ainda possuem uma participação pequena no mercado global. Segundo o anuário da fruticultura da Editora Gazeta em volume de negócio
no ano de 2014, a manga teve uma alta de 9%, equivalente a 11 milhões de toneladas, enquanto a receita subiu 10,76%, ou US$ 15,9 milhões, avançando para US$ 163,7 milhões (FOB). O Vale do São Francisco manteve o patamar de cerca de 85% do volume exportado por ano pelo Brasil. Do total exportado em 2014, 99,5 milhões de toneladas tiveram por destino a União Européia (US$ 126,2 milhões) e 22,7 milhões de toneladas seguiram rumo aos Estados Unidos (US$ 24,2 milhões). “não fosse o problema da redução dos frutos e da qualidade por causa do clima, o resultado teria sido ainda mais favorável”, estima João Ricardo Lima. Contudo, ainda existem outras vantagens no cultivo da manga. Em 2009 Ana Célia de Sá, escreveu uma matéria sobre produção de biodiesel e larvicida a partir da gordura extraída do caroço da manga. Segue abaixo parte da matéria. “É possível produzir biodiesel e larvicida contra o mosquito transmissor da dengue a partir da gordura extraída da semente do caroço da manga. A constatação é da pesquisa “Nova Gordura de Origem Vegetal e seu Subproduto de Extração: do Adubo ao Estudo da Atividade Larvicida contra o Aedes aegypti”, desenvolvida por três alunas do Colégio de Aplicação (CAp) da UFPE, sob orientação da professora de Química Kátia Aquino. O projeto das alunas do terceiro ano Jéssica Souza, Joanna Vicente e Thaysa Araújo utiliza a gordura extraída da semente do caroço da manga como matéria-prima para produção de biodiesel pela rota metílica, processo que usa a gordura do caroço, o álcool metílico e um catalisador básico, neste caso o hidróxido de sódio. Segundo Joanna Vicente, a manga foi escolhida por ser uma fruta bastante gordurosa. O estudo também descobriu a ação larvicida que a gordura retirada do caroço da fruta possui contra o mosquito transmissor do vírus da dengue (Aedes aegypti). “Tentamos aplicar a gordura em diversas áreas e descobrimos a ação larvicida através das análises”, conta a estudante Thaysa Araújo. A metodologia utilizada para testar a atividade larvicida da gordura foi a mesma estabelecida pela Organização Mundial da Saúde REVISTA 100% CAIPIRA |13
(OMS). Após diversos testes, chegou-se à concentração em torno de 1.200 ppm (parte por milhão), que apresentou 100% de eficácia na morte de larvas do mosquito no estágio L4. Cada amostra usada nas análises foi composta por cerca de 20 larvas, que foram testadas em triplicata para cada concentração estudada e monitoradas a cada 24 e 48 horas. A partir da pesquisa, concluiu-se também que o subproduto da extração da gordura, chamado de torta, ainda pode ser utilizado em compostagem, resultado obtido pela análise da razão de carbono e nitrogênio do material. De acordo com a professora Kátia Aquino, a pesquisa é inovadora, pois trabalha com um produto de descarte e pouco utilizado: o caroço da manga.
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As análises da pesquisa foram realizadas em parceria com outros departamentos da UFPE. Tanto o biodiesel quanto o larvicida obtidos a partir do caroço da manga já estão em processo de patenteamento, com apoio da Diretoria de Inovação e Empreendedorismo (Dine), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPE. Então, vamos consumir esta fruta nobre, poderosa, deliciosa e potencialmente saudável. Referências: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed/cultivares.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Man-
ga_%28fruta%29 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mangifera_indica http://www.mudasnativas.biz/arvores-frutiferas-de-manga-mangueira/ http://www.maniadeamazonia.com.br/ catalogo_ficha.asp?ArvoreID=211 http://www.grupogaz.com.br/editora/ anuarios/show/4718.html ht t p : / / g e m a estu d o s . bl o g sp ot . c om . br/2010/02/o-dia-da-manga.html https://www.ufpe.br/agencia/index. php?option=com_content&view=arti cl e & i d = 3 5 8 4 9 : a & cati d = 2 0 & Ite mid=77 https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/socioeconomia.htm
GESTÃO
Atual presidente da Yara Brasil, Lair Hanzen assume posição na Diretoria mundial da empresa Nomeação faz parte de uma série de mudanças globais anunciadas nesta semana Fonte: Grupo CDI - Comunicação e Marketing
Porto Alegre, 10 de fevereiro - Atual presidente da Yara Brasil e responsável pelas atividades de distribuição de fertilizantes (Downstream) no País, Lair Hanzen assume a posição recém-criada de vice-presidente sênior da Yara Global, com foco no Brasil – cargo que ocupará simultaneamente à Presidência da empresa no País. Hanzen, que será o único não europeu na Diretoria e o primeiro brasileiro a ocupar uma vice-presidência global na Yara International, passa a se reportar diretamente ao presidente global e CEO da companhia Svein Tore Holsether, com assento na Diretoria mundial da empresa. O executivo será responsável por todas as operações da empresa no País, incluindo a divisão de produção e distribuição de fertilizantes, a joint venture com a Galvani e todos os projetos estratégicos no Brasil. A elevação da Yara Brasil à condição de segmento global, reportando ao CEO Global, e a nomeação de Hanzen fazem parte de uma série de mudanças organizacionais e de gestão anunciadas na última segunda-feira em Oslo, Noruega. Apesar de assumir uma nova posição global, Hanzen permanecerá sediado no País, confirmando o compromisso com a agricultura brasileira e visando a fortalecer o foco operacional, o alinhamento necessário para a direção estratégica e o crescimento sustentável da companhia. Dentre as mudanças promovidas globalmente estão o estabelecimento de um novo segmento de ‘Produção’, que compreende a antiga denominação de Upstream e também as atividades de mi-
neração da Yara. O segmento Downstream passa a ser denominado ‘Nutrição de Plantas’ e seguirá a estratégia desenvolvida recentemente. Trajetória Profissional Lair entrou para o segmento de fertilizantes em 1993 na Adubos Trevo S.A, onde atuou em diversas funções gerenciais e participou dos processos de aquisição. Depois foi CFO da Hydro Agri Argentina S.A e da Yara Brasil. Em 2006, Hanzen tornou-se vice-presidente da Yara Brasil, liderou o processo de aquisição da Fertibrás, sendo promovido no ano seguinte a presidente da empresa. Em 2009, Lair foi nomeado CFO global do segmento de produção de fertilizantes da Yara International ASA em Oslo, Noruega, retornando ao Brasil para liderar a aquisição da Bunge Fertilizantes em 2013 e de 60% de participação da Galvani Indústria, Comércio e Serviços S/A em 2014. Hanzen é formado em Administração de Empresas pela PUCRS e pós-graduado em Administração de Empresas e Estratégia pela ULBRA-RS e em Gestão de Recursos Humanos na Universidade de Belgrano, onde também realizou MBA em Negócios Internacionais. Sobre a Yara O conhecimento, os produtos e as soluções da Yara apoiam agricultores e clientes industriais a aumentarem de seus negócios de maneira rentável e responsável, ao mesmo tempo em que nu-
Foto: Sérgio Zacchi
trem e protegem os recursos naturais, alimentos e meio ambiente. Nossos fertilizantes, programas de nutrição de culturas e tecnologias aumentam a produtividade, melhoram a qualidade e reduzem o impacto ambiental das práticas agrícolas. Nossas soluções industriais e ambientais melhoram a qualidade do ar, reduzindo as emissões da indústria e transporte, e servem como ingredientes-chave na produção de uma gama de produtos Promovemos uma cultura que garante a segurança de nossos colaboradores e sociedade. Fundada em 1905, na Noruega, para resolver a fome emergente na Europa, hoje a Yara conta com uma presença mundial, com mais de 12 mil funcionários e vendas para mais de 150 países. No Brasil, tem sede em Porto Alegre e escritório em São Paulo, três fábricas, um centro de distribuição e 18 unidades misturadoras próprias, com presença nos principais polos de produção agrícola do País. Seu portfólio de fertilizantes – que vai de misturas de grânulos a produtos especiais, como foliares e NPK no grânulo – e programas nutricionais que ajudam a produzir os alimentos necessários para a crescente população mundial. Os produtos e soluções industriais reduzem as emissões, melhoram a qualidade do ar e apoiam operações seguras e eficientes. Para manter a perspectiva de crescimento em longo prazo, a pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Yara são focados na agricultura sustentável e na busca por novas soluções ambientais como a redução do uso da água e a produção de alimentos saudáveis e de qualidade superior com a quantidade precisa de fertilizantes. REVISTA 100% CAIPIRA | 15
FEIRAS E EVENTOS
Itaueira ampliará fronteiras do melão REI durante a Fruitlogística 2016 Fonte: Melhor Palavra Comunicação
Durante o maior evento anual de frutas e hortaliças do mundo os Melões REI estarão sendo degustados por visitantes do mundo inteiro. A Itaueira, produtora do Melão REI, conhecido em todo o Brasil e no exterior por seu diferencial de qualidade e sabor, participa entre os dias 03 e 05 de fevereiro da Fruitlogística – Feira Internacional de Frutas e Hortaliças - maior evento do agronegócio de frutas frescas do mundo, que acontece em Berlim, na Alemanha, todos os anos. Durante o evento, os Melões REI – das variedades Amarelo, Pele de Sapo e Galia – serão degustados por produtores, fornecedores de máquinas e insumos, prestadores de serviços e visitantes em geral, de todo o mundo. A intenção é ampliar ainda mais as fronteiras internacionais da marca. O evento é uma oportunidade única para empresas do setor hortifrutícola apresentarem seus produtos ao mercado internacional. Para Adriana Prado, Gerente de Marketing e Logística Internacional da Itaueira, a Fruitlogística deve consolidar novos negócios da empresa no exterior e tornar a marca REI cada vez mais conhecida internacionalmente. “Já confirmamos, em outras oportunidades, a ótima aceitação dos nossos produtos no mercado Europeu, que a cada ano procura mais por frutas de qualidade superior, como os melões Rei. Na feira, entretanto, além do visitante europeu recebemos um público muito mais amplo. São visitantes de todos os continentes. A degustação de nossas diferentes variedades de melão durante a feira nos permite verificar in loco a reação dos consumidores de uma 16| REVISTA 100% CAIPIRA
enorme variedade de países do mundo ao sabor da fruta que exportamos”, comenta Adriana Prado. A Fruitlogística reúne todos os segmentos da produção e da cadeia de abastecimento de frutas e hortaliças – produtores, varejistas, atacadistas, fornecedores, provedores de serviços, importadores e exportadores de todo o mundo – e desde de 2005, conta com a participação da Itaueira, que atualmente exporta para a Itália, Espanha, Holanda, Rússia, Dubai, Chile, Canadá e Estados Unidos – com foco em nichos de mercado cujo consumidor é extremamente exigente, procura frutas premium, mais saborosas que as encontradas normalmente nas prateleiras das lojas. O Melão REI, possui certificações internacionais que comprovam sua qualidade, como a GlobalGAP, e a F2F - Field to Fork (do campo ao garfo) da rede de supermercados Marks & Spencer da Inglaterra, além da certificação da rede de supermercados Walmart e Carrefour, que lhe permitem “passe livre” no mercado internacional. A Itaueira investe constantemente em pessoal, treinamento, insumos e equipamentos para produção e pós-colheita de suas frutas, buscando sempre melhorar cada vez mais a segurança do alimento, a qualidade e o sabor das frutas que produz e comercializa. “É o resultado de todo esse investimento que apresentaremos, mais uma vez, ao mercado internacional
– frutas saborosas e saudáveis”, destaca José Roberto Prado, diretor comercial da Itaueira. Itaueira Agropecuária Produtora de melões e mini melancias das marcas Rei, CEPI e Turma da Monica – pioneira em sistemas de embalagem, rastreabilidade e produção agrícola para melhorias em qualidade e segurança do alimento, a Itaueira desenvolve seu próprio método de plantio, incluindo o que há de mais moderno em termos de técnicas de preparo de solo, produção, irrigação, fertilização, colheita, pós-colheita e higienização, adotando sempre que possível o uso da mecanização agrícola, para produzir o melão mais Saboroso dos mercados nacional e internacional. A responsabilidade social é um dos grandes diferenciais dessa empresa, que trata seus colaboradores com respeito e busca constantemente melhorar suas condições de vida e trabalho, através de investimentos em treinamento de pessoal, bolsas de estudos, palestras sobre alimentação e saúde, serviços médicos, dentre outros. Sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, são buscas constantes da empresa, que tem fazendas nos estados do Piauí, do Ceará e da Bahia, e produz o ano todo, só comercializando sua própria produção.
CONFRATERNIZAÇÕES ANIVERSÁRIOS CASAMENTOS FESTAS
ESPECIALIDADES: COSTELA DE CHÃO PORCO DE CHÃO PORCO NO ROLETE GALINHADA VACA ATOLADA FEIJOADA FEIJÃO TROPEIRO ARROZ CARRETEIRO
coelhoeventosembu@gmail.com
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(11) 96706-2934
BRASIL
Novos merca brasileiro vai r do comé
Fonte: Assessoria de comunicação Social MAPA
Kátia Abreu diz que Mapa tem agenda arroja A participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial saltará de 7,04% para 10% até 2018. A meta foi anunciada nesta sexta-feira (29) pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante entrevista coletiva à imprensa. O crescimento das exportações do setor, afirmou, será baseado em garantias sanitárias, produtividade e conquista de novos mercados. Para responder por 10% de todo o comércio agrícola no mundo – que em 2014 alcançou US$ 1,17 bilhão –, o Brasil continuará investindo em negociações comerciais e sanitárias com os 22 principais mercados internacionais que, juntos, representam 75% da atividade comercial mundial. Fazem parte desse grupo parceiros tradicionais do Brasil e que compõem o chamado “Big 5”, os cinco maiores 18| REVISTA 100% CAIPIRA
importadores de alimentos no mundo: Estados Unidos, União Europeia, China, Rússia e Japão. “Somente essas nações são responsáveis por metade de todas as compras mundiais de produtos agropecuários”, disse a ministra, que ressaltou que o país precisará negociar um “mix” de acordos, tanto sanitários quanto tarifários. “Estamos com uma agenda bastante arrojada e agressiva para negociar barreiras sanitárias com nossos parceiros, mas isso não exclui a possibilidade de esses mesmos países também firmarem acordos tarifários”, assinalou a ministra. “Nossa perspectiva é bastante real e conservadora para atingir a meta dos 10%.” Também fazem parte do hall de prioridades mercados ainda pouco acessados, mas que apresentam alto
potencial de importação. Um exemplo é a Indonésia, que pode aumentar as compras de produtos brasileiros em 15% até 2018, principalmente de açúcar e soja. Destacam-se ainda a Arábia Saudita (com potencial de crescimento de 12,4%), a Tailândia (11,5%), o Egito (13,6%) e os Emirados Árabes Unidos (10,6%). Barreiras tarifárias A ministra apresentou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mostram que o comércio mundial é feito cada vez mais por meio de acordos comercias, o que indica a necessidade de o Brasil priorizar esse tipo de negociação. Em 1998, 20% do comércio agrícola estava inserido em acordos
ados: agronegócio responder por 10% ércio mundial
ada para intensificar acordos bi e multilaterais de tarifas ou de cotas. Em 2009, esse percentual saltou para 40%. Em comparação com os 22 mercados prioritários mundiais, a média das tarifas brasileiras aplicadas a produtos agropecuários é baixa, de 10%. O pico está em 55%, provocado por apenas dois produtos, coco e pêssego em calda. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram ainda que o Brasil exporta mais para países com média de tarifária menor, com exceção dos Estados Unidos. Acordos sanitários e fitossanitários Os acordos sanitários e fitossanitários que serão conduzidos pelo Mapa em 2016 têm potencial para aumentar em US$ 2,5 bilhões ao ano as exportações do agronegócio brasileiro.
O Mapa negocia com parceiros acordos que visam a harmonizar regras e facilitar procedimentos sanitários e fitossanitários, sem envolver tarifas ou cotas comerciais. As negociações concluídas em 2015 representaram potencial anual de US$ 1,9 bilhão em exportações e, para 2016, a expectativa é ainda maior: US$ 2,5 bilhões. A pasta projeta para 2016 a conclusão das negociações para exportação de carne suína para a Coreia do Sul, que se alonga há quase sete anos. Vai focar ainda no comércio de frutas para diversos países, como Japão, China e Índia e ainda abrir os mercados do Canadá e do México para a carne bovina in natura brasileira. A ministra destacou a iniciativa da Junta Interamericana de Agricultura de fazer um acordo para harmonização de
procedimentos de avaliação de risco sanitário e fitossanitário entre os 34 países americanos. “Essa proposta, que é muito ambiciosa, vai favorecer o posicionamento conjunto da região em fóruns internacionais e aumentar o fluxo comercial entre as nações.” Kátia Abreu também falou sobre o acordo de preferências tarifárias que atualmente o Brasil negocia com o México. A lista de ofertas entre os dois países poderá ser ampliada para mais de 5 mil produtos, sendo 673 agrícolas. Destacou também o acordo Mercosul-Índia, que está em negociação. Mercados considerados pequenos também estão no radar do agronegócio brasileiro, destacou a ministra. “Nenhum país deve ser descartado porque tem pouco consumo. O somatório de cada mercado acaba fazendo a diferença na nossa balança comercial.” REVISTA 100% CAIPIRA | 19
EQUINOS
Fonte: Assessoria de Comunicação da Trajano Silva Remates
Mercado do Brasil Central aquece vendas do cavalo Crioulo Qualidade e genética devem ser destaque na comercialização da temporada de 2016
A
qualidade novamente deve ser o principal chamariz do mercado do cavalo Crioulo nesta temporada. Nos dois primeiros leilões realizados pela Trajano Silva Remates em 2016, a liquidez e a busca por genética superior e a procura de criadores do centro do país por exemplares de criadores reconhecidos vem se repetindo neste início de ano como ocorreu em 2015. No mês de janeiro, dois remates foram realizados pela leiloeira. O leilão virtual Trinca Crioula, realizado pelas cabanhas Iguariaçá, Moema e da Fama, todas de São Borja (RS), teve médias de 20| REVISTA 100% CAIPIRA
R$ 6,68 mil por animal vendido e faturamento de R$ 307,5 mil. Já o remate Crioulos Fronteiriços, promovido pela Estância Aurora, de Uruguaiana (RS), e convidados, alcançou R$ 247 mil com média de R$ 6,67 mil na venda de 37 exemplares da raça Crioula. “Estes resultados nos mostram que o mercado está um pouco mais seletivo e existe uma grande demanda por animais domados”, analisa o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Gonçalo Silva. Para o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, o mercado, apesar da cautela, se mostra otimista para a temporada de 2016. Isso porque a procura pelo cavalo Crioulo nas regiões centrais do Brasil, especial-
mente pelos pecuaristas que buscam na rusticidade uma característica fundamental para o trabalho no campo, além do desempenho em provas e exposições realizadas pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), vem atraindo novos investidores. “Nossa grande aposta é neste mercado crescente do Centro Oeste”, salienta. Os dois próximos leilões da Trajano Silva Remates que devem movimentar o mercado são o Mancha Crioula, que ocorre neste ano em Esteio (RS) no dia 18 de fevereiro, e o tradicional remate da cabanha São Rafael, que será realizado no dia 5 de março na sede do criatório, em São Luiz do Purunã (PR).
MEIO AMBIENTE
Manejo de espécie invasora restaura ambientes ribeirinhos
A bióloga atua, hoje, como analista ambiental, funcionária do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e trabalha na Floresta Nacional de Capão Bonito Fonte: Assessoria de Comunicação USP ESALQ
No Brasil, é comum se deparar com o famoso Pinus elliotti, ou seja, espécie de pinheiro muito presente no Estado de São Paulo e no Sul do país, em áreas de reflorestamento. No entanto, a presença dessa árvore, principalmente próxima às Zonas ripárias, que se integram ao curso d’água dos rios, pode provocar prejuízos ambientais. Esse foi o foco da pesquisa de Marli Ramos, no Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESAL). A pesquisadora iniciou sua dissertação com o seguinte questionamento: É necessário eliminar o Pinus elliottii
de Zonas ripárias? A partir desse ponto, Marli dedicou-se a descobrir a existência de alguma relação entre os atributos físicos e químicos em áreas ripárias com a disseminação e presença da espécie e quais seriam as vantagens e desvantagens para o meio ambiente. “Essas Zonas são extremamente importantes como geradoras de serviços ecossistêmicos essenciais como: estabilidade térmica e dos solos, mitigação de carreamento de sedimentos e nutrientes para os cursos d’água, corredores ecológicos para fauna e flora, qualidade e quantidade de água, regularização dos regimes hídricos e ciclagem de nutrientes”, ressaltou a pesqui-
sadora. A pesquisa, destinada a auxiliar o manejo do pinheiro para a restauração das áreas ribeirinhas, foi orientada pela professora Teresa Cristina Magro, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ e realizada na Floresta Nacional de Capão Bonito. Na região, a bióloga notou uma visível degradação das áreas ripárias pela dispersão e invasão causadas pela espécie exótica Pinus elliottii. “Apesar das vantagens dos plantios dos pinheiros, outras espécies de Pinus se tornaram um sério risco aos problemas relacionados à invasão biótica, ocasionando perdas econômicas e ambientais”, disse Marli. A pós-graduanda verificou a dispersão de Pinus elliotti, dentro de diferentes níveis de distância e sua correlação com os atributos físicos e químicos: densidade, área basal, umidade, cobertura de copa, cobertura e altura de solo, e ainda, pH; independente de níveis de distância, como contribuição à restauração ambiental. De acordo com a bióloga, a pesquisa apresentou resultados de que a espécie causa representativo impacto em áreas de preservação permanente. “Há expressiva densidade de Pinus elliottii que ocupa o espaço da vegetação nativa florestal e não-florestal, causando a descaracterização da área”, contou a bióloga. Outro fator relevante foi o processo de invasão ser contínuo com recrutamento de novos indivíduos, pela chegada de sementes. Segundo a pesquisadora, essa situação pode, certamente, acarretar a contínua substituição da vegetação nativa pela espécie, principalmente nas áreas abertas de campo úmido da unidade e, na área florestal, que sofre impacto natural ou morte de árvores nativas, com abertura de clareiras. “Torna-se essencial realizar ações para o manejo e restauração ecológica desses ambientes contaminados por Pinus elliottii”, ressaltou. “Outra solução é a substituição dos plantios de Pinus elliottii por vegetação nativa num nível em que a cobertura vegetal seja considerada predominantemente nativa conforme estabelecido na legislação do SNUC (Sistema Nacional de Unidades Conservação), pois enquanto houver talhões de Pinus, o processo de invasão continuará”, disse Marli. Ela ainda afirma que a vegetação nativa deverá ser restaurada nas áreas ripárias em toda a extensão dos cursos d’água, com eliminação de espécies invasoras e, em tal largura, que o arranjo estrutural possa preservar as espécies de fauna e flora, com atenção para as ameaças de extinção. REVISTA 100% CAIPIRA |21
SUINOCULTURA
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
Suinocultura d
Suinocultores que se destaca
Cooperativas, técnicos e produtores da suinocultura que se destacaram em 2015 e alcançaram os melhores resultados foram homenageados, na última semana, pela Cooperativa Central Aurora Alimentos. A iniciativa demonstra o compromisso da maior cooperativa de alimentos do País com a sustentabilidade dos negócios do sistema. O evento contou com a presença dos produtores rurais, dos dirigentes cooperativistas, dos técnicos, supervisores e funcionários das cooperativas filiadas e da Aurora, profissionais da imprensa, entre outros convidados. O presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, enalteceu a importância da homenagem ao ressaltar que, com 47 anos de história, a Aurora reafirma o que tem de melhor “o capital humano, afinal, as pessoas fazem toda a diferença na cooperativa”. 22| REVISTA 100% CAIPIRA
A premiação incluiu as seguintes categorias: “Técnico destaque creche” que tem por objetivo valorizar o profissional desta área, incentivar melhorias da cadeia de produção, buscando sempre a competitividade nos aspetos referentes às questões social, ambiental e econômica, além de divulgar os que fazem a diferença no sistema Aurora. O vencedor foi Juliano Perotoni que, aos 20 anos, começou a trabalhar na cooperativa de produção, onde atua até os dias atuais. Técnico agropecuário, também possui formação superior em Tecnologia de Empreendimentos e em Agronomia. Na categoria “Produtor (a) destaque creche Aurora” a ganhadora foi Adriana Savoldi Frigo, que iniciou a atividade com foco para creche em 2014 com capacidade de alojamento para 1.300 cabeças. Atualmente aloja 3.000 e destaca-se pelos bons resultados. A propriedade, de 21 ha, está
localizada em linha De Carli, no município de Concórdia (SC). Para valorizar quem está fazendo a diferença no Sistema Aurora nos processos de terminação Suicooper II foram homenageados três técnicos destaques. Entre os critérios de análise estiveram os de avaliação dos itens de conversão alimentar, mortalidade na propriedade e no transporte, resultado da auditoria dos técnicos, visita aos produtores e efetividade da aplicação do método Suicooper III. O técnico destaque foi Claudir Luiz Sgarbossa (Copérdia). Na segunda colocação ficou o técnico Marcelo José Mandrik (Copérdia), e na terceira, o técnico Marcos Antonio Francisco da Roza (Coopervil). Na categoria produtor, os critérios de avaliação foram conversão alimentar, mortalidade na propriedade e no transporte, participação nos programas de Qualidade Total, infraes-
de excelência
aram em 2015 são premiados trutura da propriedade, aplicação do método Suíno Ideal e fidelidade ao Sistema. O produtor com maior desempenho e qualificado em primeiro lugar foi Antonio Ademir Appelt (Copérdia), da Linha Borboleta Baixa, no município de Itá. O produtor iniciou suas atividades na suinocultura em 2008 e atualmente possui uma propriedade de 26,3 hectares. Na segunda colocação ficou o produtor Carlos Bevilacqua (Cooperalfa), que iniciou suas atividades de suinocultura com a cooperativa no sistema de terminação em 2013. Outra fonte de renda em sua propriedade é a cria, recria e terminação de bovinos de corte. Na terceira colocação ficou o produtor Edson Pekrul (Coopervil), que iniciou a atividade de suinocultura no sistema parceria em setembro de 2013. Atualmente, possui uma pro-
priedade de 54 hectares de área, localizada na comunidade de Cambuinzal, no município de Rio das Antas, na qual trabalha também com a bovinocultura de leite. Na categoria cooperativa, os critérios de avaliação foram conversão alimentar, mortalidade na propriedade, mortalidade no transporte, peso de abate e uso de nutrição Aurora, sempre levando em consideração os resultados do ano. Em primeiro lugar ficou Colacer, segundo Coopervil e em terceiro Copérdia. PROGRAMA O prog rama “Suíno Ide a l” v is a mel horar a ef iciênci a d a c adei a pro dut iva. A inici at iva surg iu p or meio de um di ag nóst ico d a c adei a de suínos re a lizad a no pr imeiro s emest re de 2007 que resu ltou em uma prop ost a de im-
pl ant aç ão do proj eto inici ado em agosto do mesmo ano. D e acordo com o co ordenador do prog rama, Sandro Luiz Treme a, o “Suíno Ide a l” é um pro cess o de mel hor i a cont ínu a e p ara atender às demand as de merc ado, bus c ando inovaçõ es te cnológ ic as que ag reguem va lor à c adei a. “Isto s e cons egue p or meio d a impl ant aç ão de p adrõ es de manej o e de assistênci a té cnic a. A aplic aç ão destes pro ce dimentos nas rot inas dos té cnicos e pro dutores garante as mel hor i as que o merc ado exige”, re a lç ou. C om o prog rama, p er mit iu ele var o p otenci a l de gan ho na c adei a, nos quesitos de mor t a lid ade no c amp o, mor t a lid ade no t ransp or te, unifor mizaç ão d as c arc aç as, re duç ão de do enç as e convers ão a liment ar. REVISTA 100% CAIPIRA | 23
AGRICULTURA
Agroecologia na região de Avar agricultores familiares vendas a R$ 500 mil
A entidade com 45 associados está prestes a assinar seu venda, que em 2016 ultrapassará R$ 500 mil, com muitos agric individualmente no Programa Paulista da Agricultura de Inte Fonte: Assessoria de comunicação Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Redesenho agroecológico nas cadeias produtivas da região de Avaré, realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), tem trazido ótimo retorno econômico para os agricultores familiares da Associação dos Produtores Rurais dos Seis Bairros. Com a mudança estratégica trazida principalmente pelo Sistema Palha, Muda Alta e Biofertilizante (PMB), a expectativa de lucro para 2016 ultrapassa os R$ 500 mil, além do ganho em saudabilidade nos alimentos e na preservação dos recursos naturais. A entidade com 45 associados está prestes a assinar seu terceiro contrato de venda, que em 2016 ultrapassará R$ 500 mil, com muitos agricultores comercializam individualmente no Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS). Os agricultores vendem também, desde 2013, parte da produção para a merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A agroecologia entrou forte na região com o Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (Nea), criado em 2013. É uma parceria entre a Cati Regional Avaré e o Instituto Federal de Edu24 | REVISTA 100% CAIPIRA
cação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IFSP) Campus Avaré, por meio de apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Nossa extensão rural feita por meio da Cati em projetos como o de Avaré é essencial para gerar renda e garantir valor à produção do pequeno agricultor. Neste caso há ainda o ganho adicional de preservação ambiental e saudabilidade do alimento. Estas são três das principais recomendações do governador Geraldo Alckmin para nós da Secretaria de Agricultura”, lembrou o secretário Arnaldo Jardim. O apoio no acesso ao mercado pelo Programa Microbacias II, a preocupação com a qualidade dos alimentos e a segurança alimentar e nutricional, bem como as ações desenvolvidas no São Paulo Orgânico, motivaram a ampliação das parcerias do Núcleo e a formação de uma rede sociotécnica para o redesenho agroecológico das cadeias produtivas na região de Avaré. A mudança priorizou os circuitos curtos de produção e consumo, que permitem maior remuneração e valor agregado e, ao consumidor, a garantia de mais qualidade dos alimentos a um custo acessível.
“O projeto coloca em prática a sustentabilidade, produzindo alimentos em quantidade e qualidade, aumentando renda ao agricultor e viabilizando novos postos de trabalho. A expectativa é de que ampliando a renda e a qualidade de vida dos agricultores familiares, a atividade seja atrativa ao jovem, promovendo também a renovação e a permanência na atividade rural”, ressalta Eliseu Aires de Melo, diretor da Cati Regional Avaré. Uma série de capacitações sobre conceitos de agroecologia, sistemas orgânicos de produção e planejamento do uso do solo e a realização de duas edições do “Semeando Agroecologia em Avaré”, encontro técnico com mesas-redondas, dias-de-campo e palestras, fizeram parte das atividades em 2014 e 2015. O destaque foi a participação do Nea Avaré na Feira da Agricultura Familiar (Agrifam), ocasião em que foi apresentada a tecnologia inovadora de produção registrada como Sistema Palha, Muda Alta e Biofertilizante (PMB). Sistema PMB É uma tecnologia de plantio direto na palha sem herbicida, com uso de biofertilizante e muda alta. O Nea Avaré conso-
ré garante a s superiores
u terceiro contrato de cultores comercializam eresse Social (PPAIS)
lidou o PMB nas pesquisas desenvolvidas nas Unidades de Adaptação de Tecnologia (UATs) no município de Avaré. Para o bom funcionamento, cada agricultor deve encontrar a forma mais simples de obter palha na sua propriedade. No caso de Avaré, a Prefeitura doa resíduos de podas da arborização urbana triturados. Outra etapa é a produção de mudas altas, usando alternativas de recipientes como copos plásticos descartáveis ou pequenos vasos. A terceira fase é a produção de biofertilizante líquido usando o material disponível (estercos, farelos e outros resíduos orgânicos). A parte líquida será usada na adubação de cobertura e para abrir os “berços” de plantio. O lodo acumulado no fundo do tanque pode ser utilizado como adição regular de esterco na área de produção e também como material para plantio das mudas altas. O homem do campo deve questionar sempre como pode melhorar o sistema, trocando experiências com outros produtores e técnicos da Cati. A lógica do Sistema PMB é não revolver solo, ajustando a sequência dos plantios no campo, para que o agricultor ganhe mais tempo, use menos terra e água para produzir, faça menos esforço e use menos máqui-
nas e implementos. Apesar de ser utilizado também por agricultores convencionais, o Sistema é especialmente adequado para agricultura familiar, agroecológica e orgânica, pois exige pouco investimento, aumenta o rendimento da mão-de-obra e o uso eficiente dos adubos orgânicos. O grande avaliador deste sistema é o próprio usuário, que obtém resultados imediatos, mesmo no início da implantação.
conseguiu ampliar sua horta e entregar produtos na merenda escolar, por meio da associação. “Atualmente tenho o apoio do meu marido e dos meus filhos no trabalho com a horta. Como não lido com veneno, hoje fico sossegada, pois tenho criança pequena. Estou muito animada e ampliar e diversificar minha produção”, afirmou.
Os resultados
A troca de experiências entre agricultores e técnicos da Secretaria foi potencializada com a adoção da metodologia de ‘visita dos pares’ utilizada como meio de controle social por grupos de Organização de Controle Social (OCS). Quatro famílias das UATs obtiveram o cadastramento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) da OCS Orgânicos Avaré, ampliando o valor agregado dos produtos em vários programas de compras governamentais, bem como maior garantia da qualidade biológica dos alimentos nos circuitos curtos de produção, comercialização e consumo. Esta metodologia consiste em visitas periódicas em cada uma das unidades produtivas dos integrantes da OCS, com a presença dos demais agricultores componentes do grupo, técnicos de Ater da Cati, consumidores e demais interessados nos processos de produção sustentável para comercialização local. Permite a construção do conhecimento pelos agricultores e membros do grupo, favorecendo o diálogo com os técnicos da Cati e parceiros do Núcleo nas diversas questões que envolvem a produção, gestão e comercialização. Com os resultados positivos apresentados recentemente no I Congresso Paulista de Extensão Rural, esta metodologia de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) foi selecionada para compor o “Caderno de Boas Práticas de Ater na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária”. O objetivo é identificar, sistematizar e compartilhar referências inovadoras, com contribuição comprovada na ação de Ater e na implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural sustentável e solidário, a ser editado e publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Para Alexandre Gabriel Ribeiro, da Unidade de Adaptação de Tecnologia (UAT) Estância Água da Fazenda, produtor de olerícolas diversas, especialmente alface, rúcula e almeirão, a principal vantagem do Sistema é a grande economia de água para irrigação e a redução da compra de insumos externos. “Com a entrada no projeto, reduzi o uso da irrigação em torno de 70% e hoje eu, minha mulher e filha trabalhamos menos e quase não compramos insumos de fora. Antigamente, eu gastava muito com agrotóxicos e arriscava a saúde da minha família”, salienta Alexandre. Já Maria Izabel Alves, da UAT Quintal do Céu, disse que a entrada no projeto mudou sua vida. Ela estava desanimada com a baixa produtividade da horta e o alto custo dos insumos e pensava em desistir da atividade. “Usando a palha, a muda alta e o ‘bio’ consigo colher frutas, legumes e verduras mais saudáveis, gastando menos. Além disso, fico mais tranquila ao saber que meus clientes estão consumindo produtos sem resíduos de venenos”, declarou a agricultora, que está abrindo sua propriedade para o Turismo Agroecológico como forma de ampliar a renda. De acordo com André Diego Albano, da UAT Primus Ranch, o benefício é o rápido desenvolvimento das plantas no campo por meio das mudas altas, sem a necessidade de utilizar adubos químicos, herbicidas e venenos para controlar pragas e doenças. “Atualmente consigo tirar repolho e outros legumes apenas utilizando o biofertilizante com o uso do Sistema PMB”, explicou. Kátia Aparecida dos Santos Ribeiro, da UAT Sítio Sertãozinho, destaca que, ao aderir ao Sistema e seguir as orientações dos técnicos da Cati Regional Avaré,
Organização
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AGRICULTURA
Fonte: Alltech Crop Science
Cebola e alho: padronização obtida com auxílio de manejo nutricional melhora classificação das hortaliças Aspectos visuais como cor, tamanho e aparência são determinantes na escolha dos consumidores ao adquirir frutas e hortaliças No caso da cebola e do alho, o valor comercial é definido principalmente pela classificação de tamanho dos bulbos, o que garante maior rentabilidade ao produtor. Para atender a esses padrões, agricultores têm contado com o auxílio de soluções biotecnológicas que melhoram o desenvolvimento das plantas e minimizam os efeitos estressantes provocados por adversidades ambientais, como explica o engenheiro agrônomo Marcos Revoredo, gerente técnico de hortifruti da Alltech Crop Science. “O tratamento estimula o desenvolvimento da raiz, da parte aérea e da folha, bem como o transporte da seiva para o bulbo, melhorando seu enchimento. Com uma melhor padronização do tamanho do bulbo, consequentemente temos melhor enchimento, 28 | REVISTA 100% CAIPIRA
peso e classificação, que é a moeda de comercialização do produtor na ponta final”, afirma. Um exemplo é o agricultor Diamerson Dourado, de Irecê (BA), que desde 2008 cultiva cebola, com distribuição para as regiões Nordeste e Sudeste. Há três anos, após adotar o manejo nutricional, observou um incremento de produtividade, qualidade e padronização da hortaliça. “Consegui aumentar a renda de 25% a 30%. A produtividade também está acima da média da região, ficando entre 1.800 a 2.220 sacas por tarefa, que equivale a 2,3 hectares”. Cuidados De acordo com o engenheiro agrônomo, a cebola com o tamanho de classe 3 (calibre 50 a 70 mm) é a que
possui maior preço de comercialização no mercado brasileiro, devido a preferência nacional. Já para o alho, as classes principais são as de 6 a 8. “Os materiais genéticos de cebola são selecionados para que produzam uma alta porcentagem de classe 3, para melhor produtividade e rentabilidade, quando em condições ideais de cultivo”. Dessa forma, diante das adversidades climáticas enfrentadas nos últimos anos, recomenda-se alguns cuidados no cultivo de cebola. “Cada local de plantio deve ter uma adequada densidade populacional, irrigação, nutrição e controle fitossanitário, além de ferramentas que auxiliem na capacidade genética em produzir mais bulbos de classe 3, ou seja, melhor padronização no tamanho, proporcionando bons índices de produtividade e rentabilidade”, salienta Revoredo.
CLIMA
Chuvas prejudicam cultivo de maçã em Fraiburgo (SC) Fonte: Linhas Comunicação
Grande volume de chuva afetou plantações na região As grandes quantidades de chuvas nos últimos meses afetaram diretamente o cultivo de maçã na região Sul do país. Como consequência do grande volume de chuva registrado, ocorreu a redução de oferta do produto, resultando no aumento do preço. A situação foi divulgada no dia 26 de janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo analisou os preços de comercialização no atacado em dezembro do ano passado. Na cidade de Caçador, o volume de chuva registrado nos meses de novembro e dezembro totalizou 421,3 mm, segundo informações da meteorologista da Climatempo, Bianca Lobo. A cidade de Fraiburgo, importante produtora de maça sentiu os reflexos desta grande quantidade de chuva e registrou prejuí-
zos durante a fase de cultivo da cultura. A região de Santa Catarina é forte produtora de maçãs, por isso o impacto foi tão grande. Albino Bongiolo Neto, agrônomo da Fischer Agroindústria, conta que quando ocorre o excesso de chuvas, é preciso redobrar o cuidado na plantação, já que a chance de ser prejudicada por doenças é maior. “Esse ano choveu exageradamente, muito acima da média. Se não cuidar da plantação temos problema com a qualidade da fruta”, diz. Albino também ressalta que, além da chuva, a falta de frio causada pelo El Niño no último inverno acabou influenciando na quantidade da produção. A combinação de temperaturas altas e chuvas durante a florada também diminuiu o trabalho das abelhas durante a polinização.
Esse mesmo cenário foi observado por Pierre Nicolas Pérès, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM). Ele explica que as condições durante a florada foram ruins, o que justifica a safra menor do que o esperado. “Mesmo sem o frio, o que mais afetou foi uma geada de outubro durante a florada, parte destas flores foram queimadas. A chuva complicou o quadro que já não estava bom”, conta. Para o cultivo ideal da maçã, o clima deve estar equilibrado. Inverno frio, primavera fresca, verão quente (sem passar dos 30ºC) e chuvas regulares. A previsão é que o preço da fruta continue alto neste primeiro trimestre de 2016, devido à expectativa de precipitações. REVISTA 100% CAIPIRA |29
MERCADO DE ORGÂNICOS
Pequenos produtores apostam em
O aumento da procura por alimentos saudáveis e a dificuldade feiras livres levaram muitos produtores da Região Metropolit Fonte: Gazeta do Povo
A atividade, além de facilitar o acesso a alimentos diretos do campo, gera renda extra a famílias de agricultores do estado. Em suas chácaras, os produtores plantam e colhem as frutas, verduras e legumes que serão entregues em cestas nas residências da capital e cidades vizinhas. Como prega a cartilha da agricultura orgânica, não são utilizados fertilizantes e agrotóxicos e, conforme a época do ano, são plantados alimentos específicos, para preservar a terra. Os produtos são entregues pessoalmente pelos agricultores na casa dos clientes, em um dia específico da semana. Os pedidos são feitos, na grande maioria, pela internet. Há opções de escolher cestas prontas ou montar o seu próprio pacote. Os clientes, em geral, são famílias que buscam uma refeição equilibrada. Na Boutique de Orgânicos, sítio em Contenda, na RMC, o delivery surgiu como uma opção para ampliar as fontes de renda da empresa. Em 1992, o casal catarinense Ana e Wilson Koerich comprou o imóvel pensando na aposentadoria. A ideia, no começo, era apenas criar frango para a indústria. Há seis anos, eles perceberam que precisavam diversificar a produção e começaram a plantar alimentos orgânicos, com a ajuda de programas de capacitação de agricultores. Hoje, são ofertados na Boutique 35 tipos de alimentos e as cestas são entregues todas as terças e quintas-feiras, em Curitiba, pelo próprio Wilson Koerich. Um pacote composto de alface roxa, alface crespa, almeirão, escarola frizze, aipim, cebola, chuchu, ovos caipira, pimentão verde e quiabo custa R$ 46. A empresa faz a entrega de até 100 cestas por semana e tem potencial para 250. 30 | REVISTA 100% CAIPIRA
A Região Metropolitana também foi escolhida pela família Paccagnella, que se instalou em um sítio em Balsa Nova. Tatiana Paccagnela sempre quis ter um imóvel para plantar alimentos orgânicos. Em 2008, já aposentada, realizou o sonho e levou junto marido e filhos para trabalhar no Sítio Mais Saúde. O terreno adquirido era utilizado em monocultura e teve que passar por uma série de adaptações para a produção de orgânicos. Hoje, são 50 itens oferecidos ao longo do ano – o sítio entrega 120 cestas por semana para pessoas físicas e pequenos estabelecimentos.
A Gazeta do Povo preparou uma lista de produtores e empresas locais que fazem a entrega de org ân i -
Redes A participação em grupos locais de agricultores facilita a troca de experiência e favores – quando falta um determinado produto em um sítio, por exemplo, é possível comprar do vizinho, sem prejudicar o serviço de entrega. Um exemplo é a Rede Ecovida, que promove encontros e reuniões periodicamente entre os produtores. A rede também faz a certificação de produtores de alimentos orgânicos. Conheça seis deliveries de alimentos orgânicos em Curitiba e região Produtores da RMC plantam, colhem e entregam frutas e verduras no endereço escolhido pelo cliente. Da redação
cos e m Curitiba e região. As compras são programadas, normalmente, com 24 horas de antecedência e o pagamento é realizado no ato da entrega. Os pedidos são feitos pelo site ou e-mail. Confira:
m delivery de alimentos orgânicos
em encontrar produtos orgânicos a preços acessíveis fora das tana de Curitiba (RMC) a apostar em um serviço de delivery BioÉ Orgânicos A empresa tem parceria
Os pedidos precisam ser feitos até as 14h de segunda-feira, para a entrega na terça-feira Também há opção de incluir geleias e chás. Os pedidos são feitos pelo site.http://www.bioeorganicos.com.br/ Boutique de Orgânicos A chácara de Contenda faz entregas de cestas para Curitiba e região, todas as terças e quintas-feiras. São oferecidos três tipos de cestas: com cinco, sete e dez itens. Cada uma é composta por um determinado número de folhas e legumes. É possível também fazer pedidos avulsos e trocar itens do pacote. A cesta de dez itens custa R$ 46 mais taxa de entrega. Os pedidos são feitos pelo site. http://boutiquedeorganicos. com.br/ Chácara 3 Córregos
com produtores orgânicos da Região Metropolitana de Curitiba para fazer a entrega de produtos in natura, como hortaliças e legumes. Não há cestas prontas, o cliente pode montar o pedido no site de acordo com as suas preferências.
A Chácara 3 Córregos está localizada em Mandirituba e desde 2008 planta frutas e verduras orgânicas. Além de participar de feiras em Curitiba, são feitas entregas todas as quintas-feiras na cidade para pedidos efetuados até a meia noite de terça-feira. As encomendas têm que ser de, no mínimo, R$ 30, e não há cobrança de taxa de entrega. Os pedidos são feitos pelo site. http://www.chacara3corregos.com.br/ Chácara MorroAlto As principais atividades da Chácara MorroAlto, em Almirante Tamandaré, envolvem o cultivo de alimentos orgâ-
nicos, processados como doces, geleias, conservas, sucos e pães. Além do destaque no cultivo de morangos, a chácara produz outras frutas, verduras, hortaliças da época e mel. Os pedidos não têm quantidade mínima e são entregues em Curitiba, Almirante Tamandaré e Colombo. As entregas são realizadas nas terças-feiras e os pedidos podem ser feitos até as 14h00 de segunda-feira, pelo site. http://chacaramorroalto.com.br/ Orgânicos Morretes O trabalho da Orgânicos Morretes funciona com a entrega semanal de cestas de hortifrutis em domicílio. Também há uma variedade de produtos processados como pães, geleias, farinhas, cereais, sucos, além de produtos para higiene e bem-estar. Na sexta-feira, a empresa envia um e-mail com a opção de produtos aos clientes. Os pedidos são fechados até segunda-feira e entregues na terça-feira em Morretes e na quarta-feira em Paranaguá. O pedido deve ser feito por e-mail contato@organicosmorretes.com.br. Sítio Mais Saúde Produtores de frutas, legumes e verduras orgânicas no município de Balsa Nova, o Sítio Mais Saúde faz entregas em toda Curitiba nas terças, quartas e sextas-feiras, conforme o dia do pedido. O cliente pode montar a sua cesta. Há a opção de incluir temperos frescos. Para pedidos acima de R$ 50,00, o frete é grátis. Os pedidos são feitos pelo site. http://sitiomaissaude.com.br/ REVISTA 100% CAIPIRA |31
ANÁLISE DE MERCADO
Alltech cresce 180% em 2015 e projeta faturamento de U$S 4 bilhões Empresa projeta para 2016 uma expansão de 12% nas vendas no mercado interno Fonte: Assessoria de Imprensa Alltech
Após realizar 13 aquisições de empresas do setor pelo mundo, expectativa é alcançar valor nos próximos três anos. No Brasil, multinacional encerrou o ano com 100% das metas de vendas atingidas e projeta crescer em 12% no mercado interno em 2016 A Alltech Inc., líder em nutrição e saúde animal, fechou o ano de 2015 com faturamento global de US$ 2,1 bilhões, registrando crescimento de 180% em comparação a 2014, quando faturou US$ 750 milhões. O bom desempenho é resultado da fusão com duas importantes empresas de nutrição animal no Canadá, a Ridley e a Masterfeeds, bem como em função do crescimento orgânico nos principais mercados, que tem permitido a empresa projetar para, nos próximos três anos, chegar a marca de US$ 4 bilhões em faturamento. As operações no Brasil são responsáveis pelo segundo maior volume de produção mundial da multinacional, e em 2015, atingiram 100% das metas de vendas, crescendo 7% no mercado interno, que junto ao mercado externo representou 17%. “Diante de um cenário político e econômico conturbado no território brasileiro, que impactou diversos setores, conseguimos alcançar nossa meta e já projetamos para 2016 uma expansão de 32 | REVISTA 100% CAIPIRA
12% nas vendas da Alltech no mercado interno”, analisa o diretor da Alltech do Brasil, Clodys Menacho. Os resultados refletem o investimento realizado em 2014 na planta de São Pedro do Ivaí (PR), que possibilitou a independência energética da empresa. “Se analisarmos o mercado, muitas empresas enfrentaram dificuldades por conta da elevação da tarifa de energia. Após a instalação de tecnologia própria em nossa unidade no interior do Paraná passamos a produzir de forma mais autônoma, o que certamente fez a diferença”, pontua o diretor. Para dar suporte ao crescimento previsto nas vendas, a Alltech do Brasil pretende ampliar a equipe, a fim de atender demanda de mercado. “Tivemos um incremento de 11% em nosso quadro de colaboradores”, comenta Menacho. Além disso, estão previstos investimentos em treinamento interno, seguindo a política da empresa de valorizar o capital humano. A companhia possui um plano de capacitação para os funcionários em todos os níveis. “O grande diferencial da Alltech é que os treinamentos atingem vários níveis e não apenas o gerencial ou executivo”, explica a diretora Administrativa, Elaine Rodrigues. Entre as oportunidades, o primeiro treinamento inicia após seis meses de contratação, quando o funcionário passa
por três dias de aprendizado sobre o ambiente corporativo e os produtos, conhecido como B2B – Back to Basics. Além disso, a empresa oportuniza para funcionários com no mínimo seis anos de casa em função de gestão um Mini MBA Internacional e também treinamento de desenvolvimento pessoal, organizado em três módulos após um ano de experiência na empresa. Para os integrantes da equipe de vendas com no mínimo seis meses de empresa, ao longo do ano são realizados dois treinamentos. Aquisições Em 2015, em operações globais, além da aquisição da Ridley e da Masterfeeds, a companhia realizou formalizou a compra de duas empresas norueguesas, a Produs AS and Produs Aqua AS, com atuação na área agrícola e aquicultura. As fusões ampliam a presença da empresa em mais de 128 países, com um total de 4.200 funcionários no mundo todo. O posicionamento, segundo o fundador e presidente da Alltech, Dr. Pearse Lyons, é aproveitar o conhecimento e a tecnologia desenvolvida e somar as influências dessas empresas localmente. “Estamos trabalhando para melhorar o desempenho e valor para os produtores no âmbito global, principalmente, em termos de eficiência e rentabilidade”, avalia Lyons.
APICULTURA
Fonte: Assessoria de Comunicação Social SEAGRO TO
Apicultores tocantinenses alimentam abelhas para garantir estabilidade das colmeias Para quem depende da produção de mel, alimentar as colmeias é fundamental para que os enxames se mantenham fortes O manejo é fundamental para manter as abelhas saudáveis, estabilizar as colônias, sem risco de abandono das colmeias. Em época de escassez de floradas para as abelhas e fatores climáticos adversos, surge a necessidade de realizar a alimentação artificial. Para quem depende da produção de mel, alimentar as colmeias é fundamental para que os enxames se mantenham fortes. É o caso dos apicultores tocantinenses, que nesses primeiros meses do ano, janeiro e fevereiro, já estão auxiliando na alimentação das abelhas para que se mantenham saudáveis, não abandonem as colônias e garantam boa produção de mel. O apicultor João Gabriel de Araújo possui 28 caixas com abelhas italianas, na Chácara Boa Vista, no Projeto de Assentamento (PA) Entre Rios, município de Palmas, começou a oferecer uma alimentação extra. Um xarope feito com
sobra de mel e açúcar. “Vai fortalecer as abelhas até o pico da floração garantindo uma boa produção de mel”, disse. Ele conta que fez uma pesquisa, trocando a abelha rainha a cada dois anos e descobriu que a produção de mel aumenta muito. “Em 15 dias as caixas estão cheias, com cerca de 10 kg de mel, cada”, afirma.
todas as etapas mantendo as abelhas saudáveis, estabilizando as colônias, sem risco de abandonarem as colmeias”, afirma a médica veterinária e diretora de Políticas Públicas para Pecuária da Seagro, Erika Jardim.
Qualificação
Em 2013 a produção de mel no Tocantins foi de 210 toneladas e cresce a cada ano. “Temos o mercado, preço do mel em alta e aumento do consumo per capita, por isso a expectativa da Secretaria da Agricultura é que a apicultura continue em crescimento em 2016”, afirma Érika Jardim. No Tocantins a apicultura é desenvolvida na maioria dos municípios, sendo que os maiores criadores estão nos municípios de Nova Olinda e Araguaína.
O trabalho de qualificação do apicultor para que possa praticar o bom manejo da atividade, para garantir abelhas saudáveis e boa produção de mel é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado Tocantins (Ruraltins). “O manejo da entressafra é fundamental para que o apicultor saiba realizar bem
Apicultura no Tocantins
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ANÁLISE DE MERCADO
Entenda a redução no preço pago ao produtor leiteiro Fonte: Dialetto
Relatório do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae explica essa variação e aponta saídas para que as consequências sejam menores O aumento dos custos de produção, a queda no consumo de produtos lácteos com maior valor agregado (iogurtes, queijos, leite condensado, entre outros), a operação em baixa do mercado leiteiro em 2015 - levando o leite em pó a ser comercializado a menos de U$ 2 mil dólares a tonelada - a oferta elevada de leite no mercado interno e a importação de leite em pó do Uruguai e da Argentina foram os principais agravantes para a redução dos preços internacionais das commodities lácteas, resultando na diminuição dos valores pagos aos produtores brasileiros. Diante desse quadro de variação para o setor, o Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae produziu um relatório sobre o assunto para que os pequenos produtores compreendam as características das importações realizadas pelo país, entendam como acontece a variação do preço pago ao produtor e traz ainda informações sobre como se manter diante deste cenário turbulento. A baixa do preço pago pelo leite gerou impactos na produção em 2015. Dados do Centro de Estudos Avança38 | REVISTA 100% CAIPIRA
dos em Economia Aplicada e da Confederação Nacional da Agricultura (CEPEA/CNA) apontam que em comparação com igual período de 2014, o poder de compra do pecuarista leiteiro sofreu forte queda entre janeiro e maio. Os principais estados produtores, onde a conjugação de fatores negativos provocou perda do poder de compra do produtor de leite e gastos elevados na composição dos insumos utilizados na produção, foram Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As consequências climáticas, como as chuvas excessivas no Sul, reduziram a produção de leite em muitas regiões, além de dificultarem a captação do produto; As mudanças no mercado, como o forte reajuste em Minas Gerais, interferiram no preço pago ao produtor recentemente, amenizando a baixa nacional; Muitos insumos importados, como fertilizantes para o pasto e medicamentos
para os animais, sofrem interferência com a alta do dólar impactando nos custos de produção; Os custos de energia e mão de obra, que sofreram reajustes significativos; O comportamento do consumidor e a mudança de hábitos alimentares; Ao entender quais são os processos que influenciaram essa queda, o pecuarista pode otimizar a gestão do seu negócio com um melhor planejamento, buscando alternativas para reduzir custos, como a economia de energia, por exemplo. Embora não influencie no preço pago, a diminuição de despesas, a incorporação de novas tecnologias que facilitem o processo produtivo, o acompanhamento da sazonalidade do mercado com o monitoramento contínuo dos preços do leite ao produtor e a avaliação da sustentabilidade do negócio, por meio do Custo Operacional Total (COT) podem influenciar no aumento da margem de lucro.
AGRICLTURA FAMILIAR
Exportação de sisal melhora renda de agricultores baianos O volume é 4,7% inferior às 95,4 mil toneladas de 2014, mas os preços subiram 30%, assegurando renda ao produtor A produção de sisal em 2015 no Brasil, maior produtor e exportador mundial da fibra, foi estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 91,1 mil toneladas. O volume é 4,7% inferior às 95,4 mil toneladas de 2014, mas os preços subiram 30%, assegurando renda ao produtor. Os preços médios anuais recebidos saltaram de R$ 2,37 o quilo em 2014 para R$ 3,08 em 2015. Com isso, foram beneficiados todos os agentes da cadeia produtiva do sisal, incentivando também novas
plantações e a melhoria do setor. Em 2015, foram exportadas 66,2 mil toneladas do produto, 5% a menos que no ano anterior. Tal retração foi compensada por um aumento no valor FOB médio obtido, em dólares, e pela valoração cambial ocorrida no período. As exportações somaram US$ 124 milhões de dólares, 7% a mais que em 2014, o maior volume de divisas obtido desde 1980 - início da série histórica. O reflexo disso é o ingresso de cerca de R$ 400 milhões de reais no
Território do Sisal. Para o técnico Ivo Naves, que produziu o relatório, os números são pequenos se relacionados com a magnitude da produção agrícola brasileira e das exportações agrícolas nacionais. “No entanto, o resultado é de alta relevância socioeconômica e ambiental para os cerca de 140 municípios, que compõem o Território do Sisal, no semiárido brasileiro, e que têm no sisal a maior geradora de empregos e renda na região e uma das únicas culturas ali possíveis”, destaca.
Fonte: Conab - Companhia Nacional de Abastecimento
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FLORICULTURA
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FEIRAS E EVENTOS
Fonte: http://www.showrural.com.br
Show Rural Coopavel 2016 teve Recorde de visitação Sucesso garantido com 235.465 visitantes, recorde de público no evento O Show Rural Coopavel é referência mundial, é nesse evento que as principais empresas mundiais de pesquisa e de equipamentos lançam novos produtos e tecnologias antecipando com exclusividade as tendências para o agronegócio. É uma vitrine tecnológica que facilita o acesso de produtores rurais a equipamentos e técnicas que auxiliam a produzir mais e melhor, mesmo com severas adversidades climáticas, uma nova constante imposta pelo aquecimento global. Com relação ao Paraná, é exemplo para todo o agronegócio, o Estado está preocupado com as cooperativas, elas são um modelo de gestão, está dando muito certo, são esses exemplos que precisamos incorporar ao país. As cooperativas do Paraná são extraordinariamente fantásticas, competem com o mercado globalizado e buscam suas soluções e a continui42 | REVISTA 100% CAIPIRA
dade para seu negócio. Com relação ao Show Rural Coopavel 2016, a Coopavel está de parabéns, o que tem aqui de diferença é a inovação, é uma vitrine tecnológica, de gestão e de eficiência. A feira mostra o moderno e o inovador. É uma feira que nunca poderá acabar. Aqui o produtor vem abastecer-se de conhecimento, “não precisamos reinventar a roda” diz Rodrigues. Este ano o Show Rural Coopavel superou seus números e bateu o Record de visitação, com 235.465 visitantes, dentre eles os filhos de agricultores que aproveitaram para adquirirem conhecimento. Estes visitantes tão especiais tem apoio da Universidade Coopavel. São das regiões oeste e sudoeste do Paraná, filhos de produtores e auxiliam seus pais na administração da propriedade rural. Além de oferecer conheci-
mentos através do Show Rural Coopavel, a Unicoop contrata professores que realizam cursos e treinamentos com os jovens durante todo o ano. De acordo com a Gerente da Unicoop, Sandra Aparecida dos Santos e o Engenheiro Agrônomo, Ademir Souza que auxilia nos treinamentos, os jovens são o futuro da Cooperativa, da propriedade rural e da família. O objetivo da Unicoop é fornecer informações a esses jovens para que tenham uma excelente qualidade de vida no campo, uma maior união familiar na administração da propriedade e que consigam sempre uma rentabilidade financeira positiva. “Desta forma, teremos sempre sucessores qualificados e comprometidos, preservando o meio ambiente e construindo o futuro” ressaltou Ademir.
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ARTIGO
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FRUTICULTURA
Safra da laranja 2015/16 é reestimada em 289,92 milhões de caixas Aumento é de 1,3% em relação à reestimativa de dezembro, que foi de 286,14 mi caixas A terceira reestimativa da safra de laranja 2015/16 do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais feita pelo Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura indica uma produção de 289,92 milhões de caixas, de 40,8 kg cada. Este valor representa um aumento de 1,3% em relação à reestimativa de dezembro e 3,8% da estimativa inicial de maio/2015. Um dos motivos para o acréscimo foi o volume de chuva acima da média histórica que colaborou com aumento do tamanho e peso dos frutos e, consequentemente, com a redução da quantidade de laranjas necessária para atingir o peso de 40,8 kg por caixa. O tamanho médio reestimado em fevereiro, considerando todas as variedades, é de 234 frutos/caixa, três a menos do que em dezembro. Outro fator que contribuiu para diminuir a quantidade de laranjas necessárias para compor uma caixa foi o menor número de frutos por árvore, pois a laranjeira compensa a menor quantidade de frutos devido ao 46 | REVISTA 100% CAIPIRA
maior desenvolvimento deles. Nas variedades Hamlin, Westin e Rubi, o tamanho dos frutos tiveram pequeno aumento, necessitando 275 frutos/ caixa, um a menos do que na reestimativa de dezembro. As outras laranjas precoces foram reestimadas em 235 frutos/caixa (dois frutos a menos). A Pera Rio não sofreu alteração e continua com 232 frutos/caixa, a Natal ficou com 223 frutos/caixa (dois a menos). Já Valência e Valência Folha Murcha apresentaram o maior aumento, com 212 frutos/caixa (oito a menos), este fato foi decorrente das chuvas mais intensas em novembro que coincidiram com o pico de colheita destas variedades. A taxa média de queda, considerando todas as variedades, foi reestimada em 17,62%, um pouco abaixo dos 17,65% de dezembro/2015. A queda das variedades Hamlin, Westin e Rubi continua em 12,12%, e das demais precoces em 11,91%. A Pera Rio caiu para 15,51%, sendo a anterior de 15,73%. Já Valência
e Valência Folha Murcha se mantiveram em 23% e a Natal ficou em 19,71% Estima-se que 92,1% da safra já tenha sido colhida até o final de janeiro, sendo 99,3% para as variedades Hamlin, Westin e Rubi; outras precoces 98,2%; Pera Rio 93,5%; Valência e Valência Folha Murcha 87,9% e, Natal 88,3%. As reestimativas de safra são realizadas a partir do monitoramento de talhões, que consiste em visitas mensais dos técnicos do Fundecitrus em pomares de todo o parque citrícola para coleta de informações sobre tamanho e queda de frutos. O trabalho é feito em parceria com a Markestrat, Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) e Departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (FCAV/Unesp). O fechamento da safra será divulgado em 11 de abril. Fonte: Comunicação Fundecitrus
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Sorvete caipira de manga Uma curiosidade sobre o surgimento da sobremesa, surgiu no inverno chinês a mais de 3.000 anos, e nada melhor neste verão do que uma sobremesa bem caipira como um delicioso sorvete de fruta tirada diretamente do pomar, nesta edição escolhemos nada mais e nada menos do que a deliciosa manga.
INGREDIENTES 1 lata de creme de leite 1 lata de leite condensado 2 mangas grandes (prefira um tipo que tiver poucos fiapos)
PREPARO Descasque, corte a manga e coloque no liquidificador. Acrescente o leite condensado, o creme de leite e bata até formar um creme homogêneo. Coloque em um refratário com tampa ou feche com papel-filme, e leve ao congelador por 12h para ficar bem consistente. REVISTA 100% CAIPIRA | 49
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