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www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, setembro de 2016 - Ano 4 - Nº 39 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PIMENTAS: FRUTOS COM UMA ENORME VARIEDADE DE CORES, SABORES E AROMAS REVISTA 100% CAIPIRA |


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Governo: Em encontro com Temer, presidente chinês afirma ter confiança no Brasil Pesquisa:

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Nova descoberta com a fibra da laranja

Logística florestal: Como inovações na matriz de transportes impactariam o setor florestal? Laticínios: Creme de leite: opção saudável e que agrega valor à produção leiteira no país

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Artigo: Pimentas, frutos com enorme variedades de cores e sabores


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Frangos e abatedouros: Cooperativas exportaram 4% menos até agosto

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Pesquisa:

Nanopartículas: conheça o exército invisível Equídeos:

Atenções da raça Crioula se voltam para o Rédeas de Ouro

Feiras e eventos:

Expointer 2016 teve a marca da superação econômica Receitas Caipiras: Geléia de Pimenta REVISTA 100% CAIPIRA |

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GOVERNO

Em encontro com Temer, presidente chinês afirma ter confiança em estabilidade do Brasil O presidente da China, Xi Jinping, expressou confiança nesta sexta-feira na capacidade do Brasil em manter estabilidade, após o impeachment de Dilma Rousseff, em mensagem durante encontro com o presidente Michel Temer em Hangzhou “A China possui grande confiança nas perspectivas de desenvolvimento do Brasil, assim como confiança na cooperação entre China e Brasil”, disse Xi. “Devemos seguir nos tratando como parceiros em desenvolvimento e fortalecer a cooperação, e tornar a cooperação China-Brasil um destaque em unidade e relações de cooperação entre países em desenvolvimento.” Temer, por sua vez, reiterou no encontro com Xi a necessidade de se manter as “relações sólidas” construí-

das entre os dois países ao longo dos anos. O Brasil e a China fazem parte do Brics, grupo de economias emergentes que inclui ainda Índia, Rússia e África do Sul. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, anunciou nesta sexta-feira que o Brasil irá assinar nove acordos comerciais com a China em setores como agricultura, aviação e logística, incluindo um projeto de 3 bilhões de dólares na área de siderurgia. Fonte: Reuters

Brasil, setembro de 2016 Ano 4 - Nº 39 Distribuição Gratuita

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ALGODÃO

Algodão do Brasil terá diferencial de rastreabilidade a partir de 2016/17, diz associação

Fonte: Reuters

Em condições climáticas normais, o Brasil, terceiro exportador de algodão do mundo, atrás de Estados Unidos e Índia, vende no exterior cerca de 1 milhão de toneladas da pluma por ano Produtores de algodão do Brasil estão apresentando nesta semana aos seus maiores clientes internacionais as bases laboratoriais de um sistema de rastreabilidade que será lançado nos próximos meses e que deverá garantir ao importador da pluma segurança sobre a qualidade de origem do produto, um diferencial competitivo, segundo a associação dos cotonicultores brasileiros. Uma delegação de importadores de China, Bangladesh, Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Vietnã e Tailândia iniciou nesta segunda-feira, pelo Mato Grosso, uma viagem pelas principais áreas produtoras do país para conhecer fazendas, usinas de beneficiamento e laboratórios de classificação de algodão. O sistema de rastreamento de fardos será lançado em outubro, durante congresso do setor na Inglaterra, e funcionará plenamente a partir da safra 2016/17, quando os produtores brasileiros esperam ter uma produção maior e também uma oferta mais adequada da pluma, após uma quebra da colheita em 2015/16, devido ao clima irregular. Em condições climáticas normais, o Brasil, terceiro exportador de algodão do mundo, atrás de Estados Unidos e

Índia, vende no exterior cerca de 1 milhão de toneladas da pluma por ano. “Com o sistema, os importadores vão poder acompanhar (as cargas) onde estiverem e ter certeza que o fardo saiu daqui, isso vai facilitar muitas negociações. O importador vai ter condições de aferir a qualidade, e estaremos um passo à frente da maioria dos mercados”, disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen, falando de Sapezal (MT). Segundo o dirigente da Abrapa, 12 dos maiores compradores de algodão do mundo estão acompanhando a visita, que passará também por localidades de Goiás e Bahia, além de Brasília, onde está sendo concluído o laboratório de referência do setor. Cerca de 50 milhões de reais foram investidos no laboratório de Brasília e em mais de uma dezena de unidades espalhadas pelo país, recursos que vieram de produtores nacionais e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), instituição criada para receber recursos do governo dos EUA, como parte de solução do contencioso contra subsídios norte-americanos vencido pelo Brasil na Or-

ganização Internacional do Comércio (OMC). Segundo Jacobsen, os participantes da viagem pelos polos produtores brasileiros compram anualmente cerca de 750 mil toneladas das cerca de 1 milhão de toneladas da exportação do Brasil. O executivo disse ainda que uma das maiores preocupações dos importadores tem relação com o índice de fibras curtas do algodão, ainda que o Brasil em sua maioria venda um produto dentro dos padrões exigidos --se a pluma tiver um alto percentual de fibras curtas há prejuízos na fiação. “Os importadores querem estabilidade no fornecimento e estabilidade na qualidade, principalmente porque temos um concorrente sintético... O novo sistema vai facilitar muito a tomada de decisão e a escolha de quais lotes ele vai comprar”, completou Jacobsen, ressaltando que o setor trabalha no desenvolvimento de um esquema de rastreabilidade há cerca de dez anos. O presidente da Abrapa preferiu não falar sobre eventuais novos negócios já fechados com as delegações estrangeiras, durante a missão. REVISTA 100% CAIPIRA |

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Pimentas: frutos c variedade de cores ARTIGO

Embora no passado era tida como n tida como muito saudรกv 8 | REVISTA 100% CAIPIRA


com uma enorme s, sabores e aromas

nociva a saúde, nos tempos atuais é vel e rica em vitaminas Por: Sérgio Strini

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As pimentas, com seus diversos tipos e variedades, constituem um grupo de espécies botânicas com características próprias, que produzem frutos geralmente com sabor picante, embora existam pimentas doces. Além da variedade de tipos, a pimenta também apresenta uma variedade de usos, que vão do preparo de molhos, temperos, geleias, até o preparo de remédios, pimenta seca desidratada, entre outros. A substância responsável por conferir intensidade ao sabor picante da pimenta é a capsaicina. A concentração dessa substância nas diferentes espécies de pimenta é muito variável, por isso algumas são tão ardentes e outras nem tanto. Quase sempre, a capsaicina está contida na semente da pimenta. Por esse motivo, ao tirar as sementes do fruto, ele se torna menos ardido. Quanto às diversas variedades de pimentas, abordaremos abaixo algumas cultivares encontradas no Brasil: Pimenta Malagueta: Essa cultivar pode ser plantada em praticamente todo o Brasil. Trata-se de uma planta arbus10 | REVISTA 100% CAIPIRA

tiva, vigorosa e bastante ramificada; os frutos são alongados e, quando maduros, possuem coloração vermelha, bem picantes. As pimentas malaguetas são utilizadas principalmente para consumo fresco e no preparo de conservas e molhos. A sua planta mede de 0,90 cm a 1,20 m de altura, seus frutos entre 1.5 cm a 4 cm com 0,5 cm de diâmetro, a colheita ocorre em até 120 dias após a semeadura Pimenta Dedo de moça, também conhecida como “chifre de veado”, a pimenta dedo de moça é uma planta arbustiva, caule bastante tortuoso, com frutos alongados e, quando maduros, bem vermelhos. Neste grupo de pimentas, a pungência é mais suave que no grupo das malaguetas e o processo de murchamento do fruto pós-colheita também é menor. Sua planta mede 1 metro ou mais, os frutos medem de 5 cm a 12 cm de comprimento e de 1 cm a 2 cm de diâmetro com uma forma alongada e curva, sendo consumida “in natura” ou em conserva. A colheita ocorre entre 50 a 60 dias após a semeadura.

Pimenta Biquinho: É uma pimenta vermelha, arredondada e com a ponta em formato de bico. Essa planta é arbustiva e tem seu cultivo principalmente na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais, sendo muito consumida na forma de conserva, devido ao seu sabor suave. Sua planta varia na altura entre 80 cm a 1.20m, o tamanho dos frutos é de aproximadamente 3 cm de comprimento e 1,5 cm de diâmetro, com forma arredondada e em uma das extremidades possui uma ponta que lembra um bico (por isso o nome de biquinho), os frutos são vermelhos quando maduros. Sua colheita ocorre entre 40 e 70 dias após a semeadura, pode ser consumida “in natura” ou em conservas. A pimenta do reino é uma planta trepadeira perene que apresenta algumas especificidades para o seu cultivo. O Brasil é um dos grandes produtores de pimenta do reino, sendo o Estado do Pará o maior produtor. Pimenta Caiena, o fruto dessa pimenta é alongado e sua coloração pode ser verde ou vermelha. Essa pimenta está


entre os tipos mais fortes e é muito empregada na culinária mexicana. Ela pode ser consumida in natura, mas geralmente, é utilizada na forma desidratada ou em pó. Amada por uns e odiada por outros, ninguém consegue ficar indiferente à pimenta. Ela é designada como sendo uma espécie de condimento com sabor picante, cujo grau de ardência varia de quase nulo (pimentão) a muito forte (malagueta). Aliás, as pimentas são classificadas pelo seu grau de ardência, cuja escala vai de 0 a 10. Dependendo da espécie, a pimenta pode ser proveniente da Ásia ou da América Central. Existe uma grande variedade de pimentas no Brasil e no mundo. Algumas são mais conhecidas e mais agradáveis ao paladar de quem gosta de temperar sua comida. Entre os vários tipos de pimenta e as mais conhecidas destaque para a pimenta malagueta, dedo de moça, pimenta biquinho, pimenta de cheiro, caiena, comari, pimenta vermelha, murupi, habanero, pimenta do reino e jalapeño, considerada a pimenta mais ardida do mundo. Muitas pimentas são usadas para temperar e dar sabor aos alimentos, na produção de molhos e até para fazer geleia de pimenta. A pimenta é usada como tempero ou como acompanhamento de diversos pratos no mundo todo, e também no Brasil. Na culinária brasileira, por exemplo, o acarajé, xinxin de galinha e bobó de camarão são algumas comidas que levam pimenta entre seus ingredientes. Há até quem já tenha experimentado chocolate com pimenta, que dizem ser uma combinação perfeita. Além de ingrediente indispensável nas culinárias por todo o mundo, a pimenta traz muitos benefícios à saúde. Confira a seguir por que a pimenta deve ser incluída no cardápio alimentar. Pimenta faz bem à saúde, apesar de muitas pessoas torcerem o nariz, a pimenta faz bem à saúde, e pode até ajudar a emagrecer, melhorar o humor, aumentar a circulação sanguínea, agir como anti-inflamatório e ainda favorecer a redução de coágulos no sangue (devido à função vasodilatadora). Isto porque a pimenta contém propriedades como a capsaicina (rica em vitamina A, B1, B2), que age ativamente no nosso organismo.

A pimenta pode até ajudar a controlar o peso e a emagrecer devido ao processo de aceleração da queima metabólica, pois ela é considerada um alimento termogênico. Isso ficou comprovado por uma pesquisa realizada na Univesité Laval, de Québec, no Canadá, com a pimenta caiena. Uma pequena porção de pimenta caiena no café da manhã fez com que voluntários tivessem o apetite reduzido e a queima de calorias aumentada. O fruto também estimula a produção da endorfina no cérebro, o hormônio do prazer e do bem-estar, e de outras substâncias como a dopamina e a serotonina. Ele também tem efeito antioxidante devido à presença de vitamina C (atua no fortalecimento de sistema imunológico), licopeno e outros pigmentos, que ajudam a proteger as células contra os efeitos danosos dos radicais livres. Ingrediente importante na culinária brasileira, muitas pessoas acham que a pimenta arde demais. No entanto, se é o grau de ardência que impede que muitos brasileiros acrescentem pimenta à comida, isso pode ser resolvido com uma medida muito simples: basta extrair as sementes, pois é na placenta das sementes que se concentra o sabor ardido. Por isso, se quiser que a pimenta fique menos picante, utilize somente a casca. É claro que algumas propriedades serão perdidas se as sementes forem retiradas, já que quanto mais forte for a pimenta, maiores serão os benefícios à saúde. Apesar dos efeitos positivos na saúde, há algumas contra indicações com relação à pimenta. Pessoas que, por exemplo, sofrem de úlcera, gastrite e refluxo devem evitar o consumo para não agravar o quadro. Mas, ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, os agentes da pimenta não fazem mal, no entanto, como a pimenta estimula a produção de suco gástrico e, consequentemente, de ácido clorídrico, o quadro de úlcera, gastrite e refluxo pode ser piorado. Por isso, elas devem evitar comer alimentos com pimenta. Assim sendo, quem já possui alguma doença no sistema digestivo deve evitar a pimenta, pois ela pode agredir ainda mais as mucosas do intestino. A pimenta mais ardida do mundo até pouco tempo atrás era a Bhut Jo-

lokia, uma pimenta indiana que foi criada cruzando outras pimentas que eram consideradas as mais fortes. O resultado foi a Jolokia, pimenta que quando cortada sua sozinha. Aliás, só de olhar pra pimenta seus olhos já começam a lacrimejar. Mas a Jolokia perdeu o trono para a Trinidad Scorpion Butch T, pimenta produzida em laboratório australiano a partir de um fruto de Trinidad e Tobago. A avaliação do grau de ardência das pimentas é feita pela escala Scoville. Criada pelo farmacologista Wilbur Scoville a escala avalia a pungência das pimentas, que chamamos popularmente de ardência. A escala funciona avaliando quantas vezes uma pimenta precisa ser diluída em água e açúcar para perder totalmente o sabor picante. Só para se ter uma ideia, pimentas conhecidas no Brasil como a malagueta e dedo de moça ficam entre 60 a 100 mil e 5 a 15 mil na pontuação da escala. Já a Jolokia alcança absurdos 1 milhão na escala Scoville. A atual campeã, Trinidad Scorpion, alcançou 1 milhão 107 mil. A pimenta é tão braba que durante seus testes derreteu as luvas de látex usadas pelos pesquisadores. Os resultados dão conta de que se ela entrar em contato com os olhos ou a área próxima deles, pode causar cegueira temporária. Embora a escala de Scoville seja amplamente utilizada, alguns pesquisadores a consideram imprecisa, pois para cada pessoa o nível de ardência pode variar. Outros testes como o High-performance liquid chromatography (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência), promove uma separação mais eficiente dos componentes da amostra e testes de DNA estão sendo empregados atualmente. Tipos de pimenta do Brasil e do Mundo Pimenta Bhut Jolokia: é considerada a pimenta mais forte do mundo, recordista mundial em ardência, segundo o Guiness Book. Para manuseá-la é preciso usar luvas. Quando imatura é verde e quando madura é vermelha. Originária da Índia. Utilizada em sua forma seca quanto frescas, em saladas e molhos. Pimenta Americana ou Doce: ardência doce. Fruto alongado de cor verde intenso e brilhante. Utilizada no preparo de vários pratos da comida brasileira, REVISTA 100% CAIPIRA | 11


muitas vezes substituindo o pimentão. Pimenta Baiana: forte sabor de ardência. Fruto pode ser mais alongado ou mais arredondado. Pode ser de coloração roxa ou preta. Usada na Bahia para fazer o acarajé com sabor de pimenta. Pimenta Biquinho: não arde, mas tem sabor marcante. Fruto de formato arredondado com bico. Quando imaturo tem coloração verde escura e quando maduro, coloração verde-amarelada e vermelha brilhante. Pimenta Branca: menos picante do que a pimenta preta. É a pimenta do reino madura e seca que é descascada. Encontrada em pó ou em sementes. É utilizada em maioneses, peixes, molhos brancos, sopas claras e no tempero de saladas. Pimenta Cambuci ou Chapéu-de-Frade: De ardência doce. Quando imatura, a coloração é verde e quando madura é vermelha. Aproxima-se mais do pimentão. Usada em saladas, cozidos e recheados. Pimenta Cayenne: extremamente picante. Cultivada com fins alimentares, medicinais, condimentares e ornamentais. Utilizada em conservas, molhos, saladas. Originária da América Latina. Pimenta Cereja: pimenta doce. O formato é de cereja. Quando madura tem coloração vermelha. Pode ser feita recheada. Pimenta Chili: extremamente picante. Originária do México. Utilizada em sopas, cremes, molhos cremosos e de tomate, frutos do mar, carnes, aves, ve-

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getais. Pimenta Cumari: alto grau de ardência. Quando imaturo, o fruto é verde e quando maduro é vermelho. Fruto arredondado ou ovalado. Originária do Brasil. Popular na região Sudeste. Utilizada em conservas, molhos, temperos. Também pode ser misturar ao arroz e ao feijão. Pimenta Cumari do Pará: sabor altamente picante. Similar à pimenta cumari. Fruto arredondado ou ovalado. Quando imaturo, a coloração é verde e quando maduro é amarelo. Utilizada principalmente em conservas. Pimenta Dedo de Moça: pouco picante. Quando imaturo, o fruto alongado é de coloração verde e quando está maduro é vermelho. Pode ser encontrada na forma líquida, fresca, e em conserva. Na forma desidratada, recebe o nome de pimenta calabresa. É muito utilizada em molhos. Pimenta Fidalga: também conhecida como cabacinha e/ou 7 molhos e cabaça. Quando madura, tem coloração alaranjada. Utilizada no Pato no Tucupi, prato típico da Amazônia. Pimenta Habanero: sabor muito forte, picante. Quando imatura, a coloração é verde claro e quando madura é vermelha/laranja. São encontradas pimentas desta espécie na coloração amarela e vermelha. Originária do Caribe e da Costa Norte do México. Muito utilizada em molhos. Pimenta Jalapeño: fruto cônico, quando imaturo tem coloração verde

claro a verde escuro e quando maduro tem coloração vermelha. Originária do México, sendo bastante popular no país e nos Estados Unidos. É utilizada em vários molhos para tacos, nachos e burritos. Também é processada na forma de conservas, desidratada ou em pó. Pimenta Luna: muito picante. Quando imatura, a coloração é verde e quando madura é amarela. Ideal para saladas, condimento para carnes e peixes. Originária do Brasil. Pimenta Malagueta: ardência de média a alta. Quando imatura tem coloração verde, quando maduro é vermelho. Fruto alongado. É muito utilizada em molhos de pimentas, conservas. Também usada como condimento no preparo de peixes, carnes, em feijoadas e no acarajé. Pimenta Murupi: sabor picante. Quando imatura tem coloração verde, depois adquire um tom amarelo, e quando madura tem coloração vermelha. Cultivada na região Norte do Brasil. Pimenta Piãozinho: nível médio de ardência. Quando imatura, tem coloração verde e quando madura é vermelha. Usado fresco para temperar aves e peixes, ou inteiros em conservas no vinagre. Pimenta Rocoto: sabor frutoso e levemente tropical. Quando imatura tem coloração verde e quando madura tem coloração vermelha, amarela e marrom. Utilizada em molhos ou podem ser recheadas. Originária do Peru. Pimenta Serrano: possui mais sementes do que outros tipos de pimenta. Quando imatura a coloração é verde, e quando é madura é vermelha. Originária do México. Utilizada em molhos, salada, arroz. Pimenta Shishito: utilizada como aperitivo. Geralmente são feitas grelhadas. Originária do Japão. Pimenta Tabasco: saborosa e bastante picante. Quando imatura tem coloração verde e quando madura é vemelha alaranjada. Usada como molho. Originária do México. Pimenta Vulcão: sabor picante. Quando imatura, a coloração é verde e quando madura é vermelha. Usada como planta ornamental. Pimenta da Jamaica: pouco picante e ligeiramente adocicada. Coloração marrom. Seu sabor é bastante apreciado


e lembra a combinação de canela, noz-moscada e cravo-da-índia. Nativa das Américas e do Oriente. É utilizada em conservas de legumes, carnes, frutos do mar. Quando é moída serve para aromatizar bolos, biscoitos, pudins, sopas e molhos. Pimenta de Bode: alto grau de ardência. Quando imaturos, os frutos são verdes e quando maduros são amarelo ou vermelho. Pimenta arredondada e achatada. Originária do Brasil. É utilizada como condimento no preparo de carnes, arroz, feijão. Usado também no preparo de conservas. Pimenta de Cheiro: há diversas variedades de pimenta de cheiro. Pode ser doce, levemente picante ou bastante picante. Apresenta frutos alongado, triangular, retangular e arredondado. Quando maduros, os frutos variam desde o amarelo-leitoso, amarelo-forte, alaranjado, salmão, vermelho até preto. Utilizada em saladas, como condimento para carnes e peixes. Típica da culinária baiana e nordestina (xinxim de galinha e bobós). Pimenta-Do-Reino: sabor forte e levemente picante. Pequena e de formato arredondado. Quando imatura tem coloração verde, mas quando madura é vermelha. Originária das florestas equatoriais da Ásia, principalmente Índia. Usada como condimentos, principalmente no tempero de carnes, aves e peixes. Pimenta-Do-Reino Verde: colhida quando ainda está verde, ou seja, antes de ficar madura. É utilizada em pratos como o steak de filé mignon au poivre vert (pimenta verde em francês). A capsaicina contida em algumas espécies de pimenta alivia dores de cabeça e dores musculares. A Pimenta Biquinho tem coloração vermelha, forma arredondada, terminando em uma ponta, com pungência suave. A Pimenta Tabasco tem coloração variando da verde à vermelha, forma alongada e forte pungência.A Pimenta Malagueta tem coloração vermelha, forma alongada e forte pungência.A pimenta Cumari tem coloração variando da amarela à vermelha, forma arredondada e forte pungência.A Pimenta Dedo-de-Moça tem coloração vermelha intensa, forma alongada e curva e forte pungência. As pimentas pertencem ao gênero

Capsicum. As Capsicum annuum são originadas do México e do Norte da América Central. Já as Capsicum frutescens são originadas da América do Sul. As primeiras são as designadas pimentas doces, como o pimentão e as últimas, pimentas picantes, como a tabasco. Além de conferirem um sabor todo especial aos pratos, a capsaicina contida em algumas espécies de pimenta alivia dores de cabeça e dores musculares, além de melhorar a digestão. Tais propriedades são encontradas na Malagueta, na Dedo de Moça e na Cumari. Estas representam a grande maioria das pimentas cultivadas no Brasil. Já a pimenta-do-reino pertence a outro gênero e a substância que causa sua ardência recebe o nome de piperina. A maioria das cultivares de pimentas plantadas no Brasil, como a Malagueta (C. Frutescens), a Dedo de Moça (C. baccatum), a Cumari (C. baccatum var. praetermissum), a De Cheiro e a Bode (C. chinense), são consideradas variedades botânicas, com características de frutos bem definidas. Nos últimos anos, o estado que mais se destacou na produção de pimentas é Minas Gerais, além de ser também um dos seus principais consumidores. A comercialização das pimentas depende do mercado de destino, que determina sua forma de apresentação, quantidade e preço. Na forma in natura, as pimentas são comercializadas como as demais hortaliças, através das centrais de abastecimento (CEASAs), que agrupa e redistribui o produto para o varejo ou para grandes consumidores, como indústrias e restaurantes. Outras formas de comercialização incluem a venda para intermediários, que compram o produto na roça e se responsabilizam pelo transporte e pela venda, e para distribuidores e empacotadores, que reúnem diferentes tipos de pimentas e as embalam com marca própria e depois revendem para a rede de varejo. Algumas das maiores redes de supermercados têm suas próprias centrais de distribuição de produtos hortícolas e comercializam com suas marcas, e neste caso podem adquirir as pimentas diretamente de produtores, fornecedores credenciados ou atacadistas. O mercado para as pimentas no Bra-

sil sempre foi considerado como secundário em relação às outras hortaliças, provavelmente devido ao baixo consumo e ao pequeno volume comercializado. Este cenário está modificando-se rapidamente pela exploração de novos tipos de pimentas e o desenvolvimento de novos produtos, com grande valor agregado, como conservas ornamentais, geleias especiais e outras formas processadas. Os empreendedores rurais e o segmento da agroindústria podem descobrir novas oportunidades de negócios pela prospecção de mercado e a exploração de “nichos” especializados, aproveitando o bom momento das pimentas na mídia, com uma maior divulgação de suas propriedades medicinais e desfazendo mitos de que pimenta faz mal à saúde. O lançamento de novos produtos a base de pimentas deve ser acompanhada de esclarecimentos aos consumidores, ressaltando-se as características diferenciais em relação aos produtos tradicionais, tanto para as formas processadas como para novas cultivares e tipos para consumo fresco. Exemplos de nichos de mercado para consumo in natura: aumento da oferta e divulgação das qualidades das pimentas do tipo americano, de sabor mais suave e de melhor digestão; uso de pimentas menos ardidas e mais aromáticas, como a “De Cheiro” e “Biquinho”; cultivo de pimentas com frutos de diversas cores, formas e de tamanho reduzido para a confecção de conservas ornamentais. Na parte de processamento, desenvolvimento de molhos com diferentes graus de picância ou ardume (teor de capsaicina) e com sabores diferenciados, similar ao “Tabasco” importado dos Estados Unidos; avaliação de novos tipos varietais para uso na indústria de processamento, como pimentas em flocos desidratados, conservas e geleias, entre outros. Referências: www.revistasaúde@uol.com.br/ nutrição/use pimenta para melhorar a saúde do coração www.cpt.com.br/ cursos agroindustriais atigos sobre pimentas www.brasilagricola.com/ 2015 cultivo de pimentas no Brasil www.terra.com.br www.pimentasonline.com.br/ pimentopédia - história e origem da pimenta www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ Pimenta comercializacao.html www.emater.go.gov.br www.revistacampoenegocios.com.br/pimenta-tipos-e-ardencias

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PESQUISA

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PESQUISAS

Nova descoberta com a fibra da laranja Trabalho de conclusão de curso mostrou que é possível utilizar fibra de laranja para produzir pães macios, ricos em fibras e sem gordura Com o índice de brasileiros acima do peso em crescimento no país – mais da metade da população está nessa categoria (52,5%), segundo o Ministério da Saúde –, a busca por uma alimentação mais saudável e com menos gorduras tem sido um desafio. De acordo com a professora de Engenharia de Alimentos da UFRGS Roberta Silveira Thys, há uma tendência mundial que procura reduzir o teor de gordura e de aditivos químicos nos alimentos para torná-los mais funcionais. Por outro lado, as indústrias brasileiras registram um enorme descarte de resíduos alimentícios, muitas vezes, com grande potencial de nutrientes: “A indústria de suco de laranja, no Brasil, abastece quase todos os países, então tu imaginas a quantidade de casca que sobra disso?”, questiona Roberta. Reunindo essas questões, a engenheira de alimentos Liana Stoll desenvolveu, como trabalho de conclusão de curso, a pesquisa Utilização de fibra de laranja como substituto de gordura em pão de forma, orientada por Roberta Thys e coorientada por Simone Flôres. “A gente sabe que existem diversos processos in16| REVISTA 100% CAIPIRA

dustriais que geram subprodutos e que, às vezes, eles são utilizados para adubo, sendo que não possuem propriedades para isso”, conta Liana. A partir de resíduos doados por uma empresa de sucos e de um processo de pó de casca de laranja desenvolvido em trabalho de mestrado do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos (ICTA), Liana aplicou essa fibra pronta em pães de forma para verificar se o pão do qual foi retirada a gordura ficava com características similares às do pão comum. “Percebemos que, a partir de certa quantidade, esse pão ficava com um gosto muito amargo, então a gente trabalhou com uma faixa limite para evitar o sabor residual”, explica. Para evitar a redução do volume do pão, a adição da fibra de laranja foi combinada ao uso de a-amilase – uma enzima natural da farinha de trigo que serve para quebrar o carboidrato, transformando-o no açúcar gerador da levedura que vai dar o volume adequado. “Nós já sabíamos também que essa fibra em pó tinha um potencial para substituir a gordura, reter a água, o que permite a maciez, porque pão sem gordura normal-

Fonte: UFRGS Ciência

mente é duro”, observa Roberta. O painel de provadores foi composto por 50 pessoas de idade entre 18 e 60 anos. A aceitação geral da amostra obteve nota 7,4, referente a “gostei moderadamente” a “gostei muito”. Considerando que, para um produto ser aceito no mercado, seu índice de aceitação sensorial deve ser superior a 70%, a pesquisa concluiu que esse produto é viável para o consumo. “Com a adição dessa fibra, conseguimos ter um pão sem gordura, com fonte de fibras, mantendo-se a sua maciez e a sua qualidade nutricional”, afirma Roberta. No entanto, a professora salienta que poucas empresas se interessam pelo resultado desse tipo de pesquisa. “Acho que a indústria ainda não se deu conta de que, além de dar um destino melhor para os resíduos, ela pode ganhar dinheiro com isso”, revela Liana, que segue com a motivação de reduzir os impactos ambientais e agregar valor aos alimentos. Ao longo do mestrado, finalizado em 2015, trabalhou com subprodutos provenientes de vinícolas. “A gente tem que pensar nessas alternativas, e é nesse sentido que a gente está caminhando”, conclui.


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LEILÃO RURAL

MASSA FALIDA DAS FAZENDAS BOI GORDO OBTÉM SUCESSO EM ÚLTIMO LEILÃO Organizado pela Lut leilões, pregão arrecada mais de R$ 317 milhões para ressarcirmento de credores São Paulo, setembro de 2016 – A Massa Falida das Fazendas Boi Gordo arrecadou mais de R$ 317 milhões em leilão realizado pela Lut Leilões no último dia 13 de setembro. Ocorrido de forma híbrida, em modalidade online e presencial, as terras leiloadas são remanescentes de um dos maiores processos de falência do País e o primeiro a ressarcir em partes, os credores lesados com a fraude. Ocorrido em duas praças, o leilão que não obteve comprador na primeira praça realizada em 19 de agosto, seguiu com deságio de 40% nas terras e arrecadou cerca de R$ 305 milhões na área principal da fazenda (135 mil hectares), aproximadamente a área urbana da cidade de SP, além de aproximadamente R$ 12 milhões com a venda de 17 lotes de 200 hectares cada. Cezar Badolato, leiloeiro oficial, credita o sucesso de venda das terras à força-tarefa de uma equipe técnica multidisciplinar, com apoio do Juiz, do Promotor de Justiçã, do Síndico da Massa e também dos credores lesados para que a venda fosse viabilizada. “O estudo geográfico realizado nas terras para lotear e definir a capacidade produtiva e áreas disponíveis foi fundamental para o sucesso deste leilão, mesmo em um momento de crise econômica no País”, ressalta o leiloeiro da Lut Leilões. O caso das Fazendas Boi Gordo ficou nacionalmente conhecido por ser um dos 18| REVISTA 100% CAIPIRA

maiores casos de falência envolvendo pirâmides financeiras, no Brasil. Mais de 30 mil pessoas foram lesadas com a fraude, entre eles famosos como Marisa Orth, Felipão, Evair e Vampeta. Contudo, 70% dos credores eram pequenos investidores que aplicaram até R$ 25 mil no negócio. Para o Juiz Marcelo Sacramone, responsável pelo caso sob jurisdição da 1ª Vara Cível do Fórum Central, a concretização das vendas dessas terras é um marco para a sociedade, mas também uma forma de movimentar a economia, uma vez que as terras adquiridas gerarão novos negócios no segmento do agrobusiness. “O comprador terá à disposição terras altamente produtivas, livre de ônus e prontas para girar o mercado do agronegócio, em contrapartida, credores receberão parte do valor investido na fraude, um dinheiro considerado por muitos, perdido”, explica Sacramone. No caso desde 2007, o Promotor de Justiça Dr. Eronides dos Santos, ressalta a notoriedade do caso e, principalmente, os precedentes que este resultado tão positivo reverberam no âmbito da justiça falimentar. “É a primeira vez que vemos um processo falimentar ressarcir credores. Temos inúmeros casos de falência no Brasil, poucos com a magnitude e números de credores tão expressivos como as Fazendas Boi Gordo, mas raros são os casos em que o leilão de bens ressarce o investidor, entendemos que este caso será

um modelo positivo de conduta e bons resultados a ser seguido”, finaliza Santos. As fazendas leiloadas serviram de cenário para a famosa novela O Rei do Gado e são terras produtivas que mesclam áreas próximas aos centros urbanos, agrícolas, grãos, pecuária e reserva ambiental. Um final feliz, ao menos em partes, para os investidores de um dos maiores esquemas de pirâmide do País. ENTENDA O CASO: Criada em 1988, a empresa Fazenda Reunidas Boi Gordo iniciou em 1996 processo de abertura de investimentos em animais. Era um sonho para investidores que receberiam após 18 meses o lucro da venda do boi engordado com promessas de 42% de rendimento via certificados de investimentos. Foram mais de 30 mil pessoas que investiram neste esquema de pirâmide financeira, que pagava contratos vencidos com recursos de novos investidores. Em 2001, a empresa pediu concordata, uma vez que o dinheiro investido, aos poucos foi desviado para outros negócios do empresário Paulo Roberto de Andrade, fundador da empresa. Com uma despesa a pagar maior que a receita a Boi Gordo faliu em 2004. Informações para imprensa: Cibely Toller – cibely@mdassessoriacom.com.br Daniela Guapo – dani@mdassessoriacom.com.br Márcia Dadamos – marcia@mdassessoriacom.com.br MD Assessoria & Comunicação


CANA DE AÇÚCAR

Canavieiros se destacam na recuperação Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, divulgou os dados das vendas do setor em agosto/16, apontando queda geral de 28,9% sobre o mesmo mês do ano passado, praticamente o mesmo índice acumulado do ano (-30,9%) Fonte: Bioagência

Isso significa que nos primeiros 8 meses de 2016 o segmento vendeu 19 mil unidades a menos que o mesmo período de 2015, e mais de 61 mil a menos que 2014. Em agosto de 2011 o setor acumulava vendas de 126,5 mil unidades, 84 mil unidades a mais que 2016. É possível dizer que o setor está trabalhando com ociosidade de 2/3 de sua capacidade comprovada. Há diversos segmentos de mercado com comportamentos diferentes. Os implementos ligados ao agronegócio estão com números melhores. Tanques: Queda de 17,7% nas vendas em agosto O segmento de Tanques, dedicados ao mercado de transporte de carga líquida, entre eles combustíveis, teve em ago/16 queda de 17,7% nas vendas sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano a queda é de

35,5%. O segmento de tanques deixou de vender, portanto, apenas 86 unidades neste ano frente a 2015, mas 579 frente a 2014. Os anos de 2013 e 2014 foram de vendas fortes neste segmento, de 11,4 mil e 12,2 mil unidades respectivamente, números recordes da série histórica do setor. Contudo, após esse investimento no transporte de produtos líquidos, principalmente combustíveis, notou-se um arrefecimento da demanda em volume nominal, bem como adequações no escoamento de etanol em larga escala (dutovia). Há consequentemente um ajuste em curso, pois ainda sobra caminhão tanque no mercado. Carga Seca: Recuo em 29,3% nas vendas, mas relativa estabilidade. Foram vendidas em agosto/16 apenas 783 unidades, 29,3% menos que ago/15, dos segmentos de Carga Seca, que são focados no mercado de transporte de grãos

e açúcar entre outros produtos. No acumulado são 7.527 unidades vendidas, contra 8.365 no ano passado, 10% a menos que 2015, mas 58% menos que 2014, dois anos atrás. Canavieiros: Segmento em recuperação lenta O segmento de implementos Canavieiros, cujo mercado dispensa explicações, encerrou agosto de 2016 com vendas 10,7% acima do mesmo mês de 2015. No acumulado a recuperação já está em 22,5%. Novamente, é importante observar que a base de comparação é de números bem baixos. As vendas acumuladas de implementos canavieiros em 2016 estão a 50% do patamar de 2014 (2 anos atrás). É o início da retomada no segmento, que é reforçada pelo momento favorável para rentabilidade do setor sucroenergético (açúcar e etanol). É de fato uma inflexão importante. REVISTA 100% CAIPIRA | 19


AGROECOLOGIA

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Pescado entra no cardápio do brasileiro: 400 mil toneladas são importadas anualmente para abastecer o mercado interno Na 13ª Semana do Peixe, comemorada entre o 1º e 15 de setembro, as Comissões Nacionais de Aquicultura e Pesca da CNA comemoram o aumento do consumo da proteína no País 20| REVISTA 100% CAIPIRA


Na 13ª Semana do Peixe, comemorada entre o 1º e 15 de setembro, as Comissões Nacionais de Aquicultura e Pesca da CNA comemoram o aumento do consumo da proteína no País Até pouco tempo, o pescado tinha data para frequentar a mesa dos brasileiros: Semana Santa e Natal. Isto vem mudando rapidamente. A produção interna não é suficiente para atender o consumo da população e, atualmente, 400 mil toneladas de peixe são importadas por ano, para completar as exigências da demanda. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que cada pessoa ingira 12 quilos de peixe por ano, entretanto, o consumo brasileiro per capta anual é de apenas nove quilos. Marcela Alves segue a risca a recomendação da OMS. Em sua casa, o pescado é servido duas vezes na semana e, às vezes, se come até mais. “Adoro frutos do mar. Peixe, então, nem se fala. Acho mais saudável e mais leve. Não como mais, por causa do preço e porque gosto dos produtos mais frescos, e nem sempre os acho no supermercado”, comenta a funcionária pública. O peixe é rico em vitaminas, minerais, sódio, potássio, ferro, magnésio e cálcio, e são fontes de vitaminas do complexo B. Seu consumo regular age no controle da

pressão arterial, colabora com a coagulação do sangue e auxilia na proteção da pele dos raios UV, recomendam os nutricionistas. O aumento do consumo do pescado por parte dos brasileiros é motivo de comemoração para os produtores, as indústrias e para o governo federal. Todos investem para que o mercado interno aumente e vire autossustentável. Atualmente, a produção nacional chega apenas a 1,2 milhões de toneladas, por ano, o que não atende a demanda interna. Por isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou há 13 anos, junto com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Semana do Peixe, como forma de incentivar o consumo do produto entre os brasileiros. Para este ano, a campanha tem o mote “Peixe é saboroso, saudável e sustentável”. Segundo a assessora técnica das Comissões Nacionais de Pesca e de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lilian Figueiredo, a Semana do Peixe é mais uma oportunidade para que o produtor consiga conscientizar o consumidor sobre as propriedades do pescado, uma proteína muito versátil, com atrativos como sabor, textura e formas de preparo, que variam em cada região do país.

Para o secretário-executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe-BR), Francisco Medeiros, o aumento do consumo de pescado é positivo também para a melhoria da saúde da população: ele é rico em proteínas de alto valor nutritivo, tem menos gordura e menos calorias, entre outras vantagens. No entanto, ressalta, nos mostra que é preciso maior atenção das autoridades na questão da produção, uma vez que ela continua sendo deficitária. “Ainda temos muito gargalos, não apenas na produção, mas também no processamento e na comercialização”, explica. O secretário-executivo, que também é piscicultor, observa que faltam equipamentos adequados, técnicas de manejos, infraestrutura, campanhas de consumo, técnicas de produção, além dos entraves burocráticos como licenças ambientais, fundamentais para o aumento da produção. “A produção de pescado no Brasil ainda é pequena, mas temos todo o potencial para crescer e sermos autossustentáveis e exportadores”, afirma. Mercado – De acordo com dados da Abras, é esperado um crescimento de até 25% nas vendas na Semana do Peixe. O comércio, de 2010 até 2015, registrou incremento nominal de 137% no acumulado do período.

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LOGÍSTICA FLORESTAL

Como inovações na matriz de transportes impactariam o setor florestal? Fonte: Malinovski

2º Encontro Brasileiro de Infraestrutura e Logística Florestal abordará este e outros temas com palestrantes de renome na área A competitividade dos produtos brasileiros em segmentos como setor florestal é a muito tempo ameaçada pelos altos custos de transporte e logística no nosso país, que acabam encarecendo toda a produção nacional. Para mudar este cenário, é preciso efetivar grandes mudanças em todo o modelo atual, especialmente por meio de investimentos em novos sistemas. “A oferta de sistemas de transporte que potencializam a intermodalidade, conectados e integrados com terminais portuários e de armazenagem eficientes, dentro de um regime de concorrência adequado, é essencial para que se possa atingir a redução de custos logísticos necessária”, explica o engenheiro civil Mario Stamm, doutor em engenharia de transportes e consultor da FIEP. Nos dias 06 e 07 de outubro, em Curitiba (PR), Stamm irá expandir estas ideias em palestra proferida no 2º Encontro Brasileiro de Infraestrutura e 22| REVISTA 100% CAIPIRA

Logística Florestal. No evento, o engenheiro discutirá a matriz de transportes brasileira e os programas de investimentos em infraestrutura de transportes e trânsito pelas instâncias governamentais, destacando a multimodalidade e as perspectivas do desenvolvimento na área. O palestrante ressalta que, nos últimos anos, apesar da grande preocupação dos governos em viabilizar os investimentos em infraestrutura e logística, faltam ações coordenadas e bem estruturadas que possam garantir os investimentos. Desta forma, o problema central – a falta de uma infraestrutura logística adequada – permanece sem solução. “Vivemos no momento um grande desafio, que é o de encontrar a forma de viabilizar os investimentos, implementar infraestrutura logística e baixar custos de transporte. É necessário pensar e trabalhar um novo modelo a fim de viabilizar tudo isso”, alerta Stamm.

A programação do 2º Encontro Brasileiro de Infraestrutura e Logística Florestal já está completa. O evento conta com palestrantes de grandes empresas florestais como: Duratex, Ferbasa, Fibria, JSL, Klabin, Suzano, Veracel, entre outras. Para ter acesso a mais informações ou realizar a inscrição acesse: www. infraestruturaflorestal.com.br

Programação acesse o site: http://www. infraestruturaflorestal.com.br/programa--o.html Inscrições: acesse http://www.infraestruturaflorestal.com.br/inscri--es.html Contato: info@malinovski.com.br Mais informações: http://www.infraestruturaflorestal.com.br/ +55 (41) 3049-7888 Data de Publicação: 16/09/2016 às 08:30hs


AGRICULTURA FAMILIAR

Agricultura familiar catarinense fornece alimentos para todo o país A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio da Superintendência Regional de Santa Catarina, está investindo mais de R$ 3,3 milhões na compra de feijão e farinha de milho da agricultura familiar Os alimentos serão destinados a famílias de indígenas, acampados e outros grupos populacionais em situação de insegurança alimentar em todo o país. Estão sendo adquiridos cerca de 450 mil quilos de feijão preto e quase 123 mil quilos de farinha de milho, que serão encaminhados para os estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,

Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal. As aquisições fazem parte da primeira chamada pública de 2016 para compras institucionais do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado pela Companhia em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA). A segunda chamada pública, para compra de arroz beneficiado, farinha de mandioca, feijão preto, farinha de milho e leite em pó integral, está com inscrições abertas até o final da tarde desta terça-feira (13). Os alimentos

serão adquiridos pelas superintendências regionais da Companhia em Alagoas, Amazonas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para entrega em diversas regiões. As associações e cooperativas interessadas devem encaminhar o formulário com a proposta de venda à superintendência da Conab no respectivo Estado, acompanhado da documentação exigida no edital (como cópia do CNPJ da organização e DAP Jurídica, entre outros) e de amostra do produto para avaliação prévia. Fonte: CONAB

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LATICÍNIOS

Creme de leite: opção saudável e que agrega valor à produção leiteira no país Relatório do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae apresenta dicas para investir em um produto versátil e que atende à demanda por bem-estar

Fonte: Dialetto

A demanda por alimentos mais saudáveis traz uma grande oportunidade para empreendedores do setor leiteiro no Brasil: a produção de creme de leite desnatado. Dado o tamanho do mercado brasileiro - quinto do mundo e que aumentou em 54% a produção em apenas 10 anos - a fabricação de creme de leite pode agregar valor a muitos produtores, como destaca recente relatório do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae, lembrando que a saudabilidade e o bem-estar são algumas das principais tendências mapeadas pelo Brasil Food Trends 2020. O creme de leite é a gordura que foi separada do leite, que se torna desnatado essa separação ocorre geralmente por centrifugação do líquido. Há diversos tipos no mercado: o fresco contém pelo menos 48% de gordura, é mais encorpado e pode ser batido em chantilly. O de caixinha ou lata, mais líquido e leve, tem 18% de gordura e passa pelo processo de temperatura ultra alta (UHT) para prolongar a validade. Já o food service é voltado para empresas que trabalham com alimentos, costuma ser acondicionada em caixas de um litro e contêm entre 24% e 27% de gordura. Os azedos e fermentados, como o sour cream e o creme fraiche, têm percentual de gordura entre 18% e 27% (respectivamente) e acidez maior devido a fermentação bacteriana láctica. Para obter maior rendimento e qua24 | REVISTA 100% CAIPIRA

lidade do creme de leite, o processo de desnatamento do leite deve ser realizado imediatamente após a ordenha, em que a temperatura do líquido é aproximada de 33 a 35ºC. A produção demanda equipamentos como: • Silos: utilizado para resfriar e estocar o leite até que se inicie o processo de fabricação do creme de leite. • Desnatadeira: realiza a separação do creme de leite, ou nata, e o leite desnatado. • Tambor: utilizado para processos associados ao de pasteurização. • Esterilização: equipamento para o processo de esterilização, ou ultra-high temperature (UHT). • Máquinas de envase: utilizado para o envase e embalamento do produto. Existem diferentes tipos de equipamentos, dependendo do tipo de embalagem que for escolhido: lata, caixinha, ou outro tipo. Estabelecimentos que trabalham com o segmento de creme de leite estão submetidos a uma série de normas e leis, como o Regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal – RIISPOA (que abrange higiene dos estabelecimentos, embalagem e rotulagem, classificação de produtos, meios de transporte, entre outros aspectos), a portaria N146, que aprova os regulamentos técnicos de identidade e qualidade dos produtos lácteos, o regulamento técnico de identidade e qualidade de creme de leite (aspectos físicos e químicos para o pro-

duto) e a instrução Normativa n. 23, que estabelece o regulamento técnico de identidade e qualidade de nata. Aos empreendedores que querem iniciar a produção de creme de leite, o SIS/ Sebrae recomenda: • Desenvolver embalagens e rótulos atrativos ao consumidor. Para isso, é interessante atentar para o Brasil Food Trends 2020 e Brasil Pack Trends 2020, que tratam de tendências na área de alimentos e de embalagens. É importante contratar um designer para desenvolver a embalagem de acordo com o regulamento Técnico para rotulagem de produtos de origem animal embalado, da IN n. 22/2005 • Considerando o alto investimento para obtenção do Selo de Inspeção Federal, é interessante cogitar o cooperativismo como estratégia para agregar valor à produção. Além de corroborar com menores custos associados ao SIF, o cooperativismo contribui para o acesso do produto ao mercado, obtenção de autorização de produção e venda do produto, entre outros aspectos. • Busque capacitação e participação em eventos da área e assuntos relacionados ao negócio. Além de se manter atualizado, essas oportunidades possibilitam networking que podem resultar em parcerias e negócios. Para tanto, confira cursos oferecidos pelo Sebrae EaD e Senar SC, e confira o calendário de eventos que ocorrem no País.


GOVERNO

Fonte: Agência Brasil

Caixa e BNDES vão disponibilizar R$ 30 bilhões para concessões de infraestrutura A emissão de debêntures será usada como instrumento de captação de recursos A expectativa do governo para novos aportes em financiamentos do Projeto Crescer, que prevê a concessão de projetos de infraestrutura à iniciativa privada, é de R$ 30 bilhões, sendo que R$ 12 bilhões virão do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e um montante entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A emissão de debêntures será usada como instrumento de captação de recursos. De acordo com o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, o volume de recursos disponíveis pode aumentar, de acordo com o interesse de outros bancos. “Estamos considerando R$ 30 bilhões inicialmente mas, temos também o Banco do Brasil, os bancos privados, e há possibilidade de novos investidores. Então, o volume de recursos disponível é imensurável por conta do apetite dos demais bancos a entrarem nesse negócio. Acreditamos que a qualidade dos projetos, as decisões que o governo federal está tomando para qualificar o processo vão atrair novos investidores e vamos ter condições de ter um

volume muito maior”, disse. O governo anunciou hoje mudanças na forma de financiamento de longo prazo para os projetos de concessão. Na fase das obras, o risco de crédito será assumido pelos bancos, inclusive o BNDES, a Caixa e o Banco do Brasil. O novo modelo também contará com a participação dos bancos privados e de outras fontes financiadoras, o que, segundo o governo, exigirá projetos bem qualificados e que apresentem taxas de retorno adequadas às condições de captação do mercado. As garantias do financiamento serão compartilhadas entre credores e debenturistas, para minimizar os riscos dos financiadores de longo prazo. Segundo Occhi, a emissão de debêntures será desburocratizada. “Qualquer projeto inserido no PPI já pode ter autorização automática para a emissão de debentures. Isso acelera e ajuda na captação desses recursos”, disse.

mudança no modelo de financiamento é que não haverá mais o chamado empréstimo ponte, que era concedido no início da operação para que fosse liquidado no futuro por um empréstimo definitivo. “Acontece que muitas coisas mudavam no meio do caminho, e tivemos alguns casos que totalizam mais de 4 bilhões de empréstimos feitos que acabaram não se concluindo”, disse. Segundo Cafarelli, o objetivo é que os financiadores do projeto sejam definidos desde o início A previsão é que seja feita uma fiança bancária por bancos públicos ou privados para garantir o financiamento do início da obra até que o projeto comece a ter lucro. “A partir do momento que o projeto comece a gerar recebíveis, a fiança deixa de existir. Como temos poucos grandes bancos no Brasil hoje, esse processo acaba fazendo com que os bancos teEmpréstimos nham um giro mais rápido, e a rotatividade dessa fiança poderá ser Segundo o presidente do Banco direcionada para outros projetos”, do Brasil, Paulo Cafarelli, a principal disse Cafarelli. REVISTA 100% CAIPIRA |25


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APOIO CULTURAL

Encontro de Folia de Reis Família Du Catira A Folia de Reis é considerado um patrimônio cultural e imaterial. É expressiva a presença da Folia de Reis em todo o Estado de São Paulo. São grupos que por devoção, por gosto ou função social peregrinam de casa em casa do dia de Natal até o dia 06 de janeiro, ou quando promovem grandes encontros dos grupos de Folia de Reis e Festivais de Cultura Caipira, fora de época. Desde 1960, Sr. Sebastião e seu filho Zé do Laço, moradores de Itapevi, fundadores da tradição e com o grupo de Guarulhos de Folia de Reis (Os mensageiros de Santos Reis), todo ano, em dezembro unia o grupo e vinha para Itapevi, em cantoria fazendo o uso de temas religiosos da Profecia ao Nascimento de Jesus Menino e a visita dos Três Reis Magos, sempre cumprindo o mesmo ritual de chegada e despedida, visitando amigos e os devotos. Após sua morte, ficou para seus filhos e netos, em especial a Du Catira, que desse continuidade a festividade. Assim, o encontro é realizado no segundo semestre na cidade de Itapevi e no final do ano em Guarulhos, estabelecendo assim, intercâmbio cultural e de turismo com a cidade de Guarulhos e outras convidadas. Texto: Família Du Catira

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FRANGOS E ABATEDOUROS

Cooperativas exportaram 4% menos até agosto

Fonte: Avisite

As exportações das cooperativas agropecuárias brasileiras recuaram 4,3% de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2015 e somaram US$ 3,6 bilhões. Em volume, as De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Secex/Mdic), 140 cooperativas do segmento agropecuário exportaram nos primeiros oito meses deste ano. Já as importações das cooperativas cresceram 45% na mesma comparação, para US$ 292 milhões, reflexo do real mais valorizado em relação ao dólar. Com isso, o superávit da balança comercial das cooperativas atingiu US$ 3,3 bilhões, 7% inferior ao observado no mesmo intervalo do ano passado. Entre os produtos mais exportados pelas cooperativas de janeiro a agosto, os cortes e os miúdos de frango seguiram na liderança, com receita de US$ 635,8 milhões, 1,6% mais que em igual período de 2015. 30 | REVISTA 100% CAIPIRA

Em seguida, veio a soja em grão. O faturamento com as vendas externas do produto alcançou US$ 531,5 milhões, alta de 5,7% frente a igual período de 2015. Logo após, vieram o açúcar, cujas exportações recuaram 10,4% para US$ 467 milhões, e o café em grão, que teve receita de US$ 398,8 milhões, 40% menos que em igual período um ano antes. A China mais uma vez figurou como o principal destino para as vendas externas das cooperativas agrícolas. De janeiro a agosto de 2016, os embarques desses grupos ao país asiático somaram US$ 835,6 milhões, 22,7% a mais que o total alcançado no mesmo período de 2015. O segundo país que mais importou das cooperativas brasileiras foram os Estados Unidos - os embarques ao país

somaram US$ 271,4 milhões, queda de 14% no mesmo intervalo de comparação. Em terceiro, a Alemanha importou US$ 246 milhões da cooperativas. As cooperativas brasileiras que mais exportaram nos primeiros oito meses deste ano foram a paranaense Coamo, a paulista Copersucar, a catarinense Aurora e a mineira Cooxupé. Quando se consideram os resultados das vendas de cooperativas ao exterior apenas em agosto, as receitas alcançaram US$ 530,1 milhões, uma queda de 20% em relação ao mesmo mês de 2015. Já as importações atingiram US$ 29,5 milhões, um 70% mais que em igual período do ano passado. E como resultado, o saldo comercial no oitavo mês deste ano cresceu 18% para US$ 500,6 milhões.


CAFÉ

Cafeicultura brasileira como modelo de sustentabilidade Principais ações ligadas à responsabilidade socioambiental serão um dos atrativos da Semana Internacional do Café 2016, de 21 a 23 de setembro, em Belo Horizonte Um dos grandes temas da quarta edição da Semana Internacional do Café, que acontece entre os dias 21 e 23 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte, é a sustentabilidade da cadeia produtiva. Atualmente maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil também serve como modelo de cafeicultura sustentável para o mercado internacional, tanto na questão ambiental quanto econômica e social. No evento, os principais profissionais do setor estarão reunidos para debater as ações realizadas até o momento e os próximos passos para o desenvolvimento das gerações futuras, tendo como foco esses princípios.

O assessor especial de Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (Seapa), Niwton Castro Moraes, explica que o país tem a mais rígida legislação para a proteção do meio ambiente entre todas as nações produtoras de café – que são em torno de 50 – e uma das mais avançadas na área social. Além disso, o Ministério Público Estadual (MPE) é efetivo nas fiscalizações e autuações. “Isso dá transparência, o que, muitas vezes, não acontece nos demais países. E o mundo cobra qualidade, mas também essa responsabilidade no processo produtivo”, argumenta. O diretor da Federação da Agri-

cultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e presidente das comissões de Café da entidade e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, reforça que a sustentabilidade é, hoje, um diferencial de mercado. “O comprador internacional está disposto a pagar mais para garantir que o produto adquirido esteja em conformidade com as boas práticas”, completa. Ele ressalta que, para atender às exigências, os cafeicultores brasileiros têm procurado, ao longo dos anos, modernizar a gestão do seu negócio e capacitar os funcionários, com foco na responsabilidade socioambiental. Fonte: Link Comunicação Empresarial REVISTA 100% CAIPIRA |31


PESQUISA

Fonte: Gazeta do Povo

Nanopartículas: conheça o exército invisível que promete revolucionar o mercado do leite Pegue um metro e divida por um bilhão 32 | REVISTA 100% CAIPIRA


Na calculadora parece mais um número qualquer, mas tente aplicar isso à rotina. Estamos falando de uma escala menor que as células do seu corpo. Agora, o conceito parece bem mais abstrato certo? Não para a ciência, que já é capaz de fabricar estruturas deste porte, as chamadas nanopartículas. Em contraste ao tamanho, as possibilidades de uso dessas partículas são gigantescas, inclusive na área da saúde, tanto para nós, humanos, quanto para outros animais. Foi o que percebeu, dez anos atrás, o pesquisador Humberto Brandão, da Embrapa Gado de Leite, em parceira com a Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais. Ele e sua equipe tinham um desafio enorme, ou melhor, microscópico. Colocar um composto de antibiótico dentro das células de defesa de uma vaca, para resolver um problema recorrente no tratamento da mastite, uma infecção na glândula mamária que traz uma série de prejuízos à cadeia leiteira. Geralmente, mesmo com o uso do medicamento correto e que, aparentemente, o animal esteja recuperado, a doença acaba voltando depois de cinco ou seis dias. “Existem bactérias que ficam dentro das células de defesa, protegidas. Elas não se reproduzem, mas continuam vivas. Quando essa célula encerra o ciclo natural de vida, as bactérias voltam a cir-

cular e a causar a mastite”, explica Brandão. “A doença tinha sido dada como curada, mas não foi totalmente.” Com a funcionalidade da nanopartícula, que é 100% orgânica, além de evitar que a infecção retorne, os pesquisadores conseguiram reduzir consideravelmente a dose de antibiótico utilizada. “Temos estudos que indicam que, com metade da dose, conseguimos resultados semelhantes ou melhores que no caso dos antibióticos convencionais”, salienta Brandão. “As nanopartículas racionalizam o uso do fármaco.” Atualmente, o projeto busca parceiros na indústria farmacêutica para levar a novidade ao mercado. “É importante dizer que é uma tecnologia pioneira e 100% brasileira. Não temos notícias de trabalhos na área animal com esse grau de maturidade”, completa o pesquisador da Embrapa. Prejuízos passam de R$ 1,3 bi ao ano no Paraná A mastite é tão grave quanto comum. Qualquer vaca está suscetível à infecção, mas o que mais preocupa os produtores é que, quanto mais produtivo é o animal, mais riscos ele corre, por causa da sensibilidade e até mesmo do stress. “O úbere é como uma máquina. Ao longo dos anos, os animais foram melhorados geneticamente e, hoje, te-

mos vacas que produzem até 80 litros de leite por dia. É muito intensivo”, afirma a veterinária do Emater, Valéria Camacho. 1,35 bilhão - Valéria esclarece que a doença se manifesta de duas formas diferentes: clínica e subclínica. No primeiro caso, o leite, mais viscoso, acaba sendo jogado fora na hora. Já no segundo, as perdas são indiretas. O rendimento industrial do produto diminui e, em alguns casos, o leite pode ser totalmente descartado quando chega à indústria. Segundo o coordenador de produção animal do Emater, Luiz Gertner, o prejuízo anual da mastite no Paraná equivale a 30% da produção - ou seja, 1,35 bilhão de litros de leite, o que, pela média dos últimos preços, renderia quase R$ 1,34 bilhão aos criadores. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), o estado é o terceiro colocado no ranking nacional e produz aproximadamente 4,5 bilhões de litros. Gertner calcula que, por vaca, o prejuízo com a mastite beire os R$ 2,5 mil. “Isso tudo pra uma vaca apenas”, frisa. “Primeiro, você tem que tirar esse animal da ordenha e descartar todo o leite, mas não dá para parar de alimentar a vaca. Há então as perdas por litro durante o período de tratamento, que pode chegar a 10 dias; a consulta com veterinário; o gasto com os antibióticos. O custo é alto.”

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Os verdadeiros guardiões das culturas sertanejas

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PRÊMIOS

Resguardando

a

cultura

caipira a ABCAS mantém a tradição de entrega do troféu Osasco Capital da Viola para os artistas da raiz sertaneja

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EQUIDEOS

Atenções da raça Crioula se voltam para o Rédeas de Ouro

Fonte: Assessoria de Comunicação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC)

Última modalidade do ciclo 2016 vai distribuir R$ 150 mil em prêmios aos vencedores Passada a Expointer, as atenções da raça Crioula agora se voltam para a realização do Rédeas de Ouro, que chega a sua quarta edição. O evento ocorre de 19 a 25 de setembro no Haras Raphaela, em Porto Feliz (SP). Ao longo destes sete dias, admiradores do cavalo Crioulo e do esporte equestre testemunharão a briga pelo título da modalidade que mais cresce no país e que, além de revelar os melhores competidores do ciclo, irá distribuir mais de R$ 150 mil em prêmios. De acordo com o coordenador da Subcomissão de Rédeas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos 38 | REVISTA 100% CAIPIRA

Crioulos (ABCCC), Antonio Correa, a expectativa para a disputa é positiva, com grandes cavaleiros do país em pista. Lembra que este ano a novidade é a final exclusiva da categoria Potro do Futuro. “A grande novidade é a mudança do regulamento onde os animais do Potro do Futuro correm separados dos animais experientes. Vamos valorizar mais esta categoria”, observa. Outra novidade para o ano é a mudança de local para o Rédeas de Ouro, que continua no Estado de São Paulo mas muda de pista. Correa avalia que o Haras Raphaela é um dos melhores

locais do país para a realização da modalidade. “Acreditamos que, com a mudança do local para um lugar movimentado e de fácil acesso será um atrativo. Com certeza teremos bastante público”, projeta. A equipe responsável por garantir o sucesso do evento já foi escalada. Hiram Resende, Leonardo Feitosa, Fabrício Suris, Paulo Koury e Ricardo Heyman integrarão o corpo de jurados da prova. Marcos Antônio Junior cumprirá o papel de juiz de equipamentos, e Gustavo Arhanitsch, profissional credenciado à ABCCC, ficará responsável pela supervisão técnica.


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Planejamento agrícola com ajuda de TI: uma receita de sucesso Fonte: RMA Comunicação

O mercado do agronegócio é um dos mais importantes para a economia brasileira e também um dos mais competitivos. As empresas desse setor trabalham com commodities que, geralmente, têm preço fixo e, por isso, são fortemente pressionadas pela questão custo, tempo e rentabilidade. Nesse cenário, é indispensável focar em estratégias que possam garantir uma redução de custos integrada a uma gestão eficiente e sustentável. Mas, como a tecnologia pode ajudar na preparação de uma safra? O primeiro passo é entender que o planejamento é uma peça essencial para o produtor rural definir onde ele quer chegar e, a partir disso, fazer a mensuração de seus resultados e gerenciar suas despesas. Para isso, é preciso compreender que há duas variáveis – a produtividade e o preço do mercado. Se a intenção é atingir uma melhor rentabilidade na produção agrícola, isso só será possível por meio de uma excelência em custos e perfeito aproveitamento de recursos, o que só faz sentido com o apoio de uma ferramenta que organize as atividades e os processos de ponta a ponta. Hoje, existem tecnologias especializadas em realizar um bom planejamento

O mercado do agronegócio é um dos mais importantes para a economia brasileira e também um dos mais competitivos agrícola, considerando as melhores estratégias para cada tipo de cultivo. Desta forma, é possível criar um plano padrão de operações, que inclui o cenário global ou um recorte de ações diárias, facilitando o levantamento de análises de clima e parâmetros de uso de recursos como terra, mão de obra, máquinas, adubos, herbicidas, sementes, entre outros. Tudo isso, com a possibilidade de comparar unidades e até indicar preços médios de materiais e despesas, para que o produtor consiga avaliar a melhor opção para cada safra. Com base nesses indicadores é possível conhecer e avaliar a produção e os recursos utilizados, mas, sobretudo, organizar o que é necessário para cada ambiente de produção, incluindo equipamentos, área e tempo gasto. O produtor pode então acompanhar a execução das tarefas e comparar o resultado real com o que foi planejado anteriormente, coletando as informações para análise gerencial e fazendo apontamentos e especificações da produção via smartphone ou tablet, o que facilita o dia a dia e torna todo o processo mais eficiente. No entanto, não basta ter um sistema que controle todas as suas atividades,

pois o planejamento começa bem antes do plantio e depende de um processo de levantamento de informações e projeções anuais. E ele também não acaba na colheita, já que essa gera informações essenciais para o planejamento do próximo ciclo. É preciso buscar apoio em uma tecnologia que seja capaz de cruzar os dados e gerar avaliações para que o produtor rural tenha elementos suficientes na hora de iniciar um novo processo, ou realizar alteração naqueles que já estão em andamento. Essas etapas só serão bem aproveitadas se aplicadas dentro de um modelo de gestão bem conhecido no mercado, o ciclo PDCA - Planejar, Executar, Controlar e Agir. O resultado final deste processo é uma gestão bem resolvida e orientada para tomada de decisões e otimização das etapas de produção, além de cuidar da tão almejada redução de custos. Ou seja, não basta ter os equipamentos mais modernos, os melhores insumos e uma mão de obra bem treinada se o produtor não souber planejar e converter esses elementos em lucro e excelência para o seu negócio. REVISTA 100% CAIPIRA | 39


FLORICULTURA

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FEIRAS E EVENTOS

Expointer teve a marca da superação econômica, diz Sartori A 39ª edição da Expointer, no Parque Assis Brasil, em Esteio, fecha neste domingo (4) com volume de negócios atingindo R$ 1,92 bilhão. Na coletiva realizada na Central de Imprensa, o governador José Ivo Sartori disse que essa foi “a Expointer da superação econômica”, de acreditar na retomada do crescimento e do país. “A Expointer nos mostra que o momento é de retomada: no estado e no país, na política e na economia”, disse. A estimativa dos organizadores era de que, até o encerramento, a feira alcançasse um público de cerca de 355 mil visitantes. “É um patrimônio do Rio Grande do Sul”, completou Sartori. Segundo ele, o trabalho de muitas mãos fizeram o evento. Enfatizou ainda que a reunião de ministros da Agricultura do Uruguai e da Argentina com o titular da Pasta no Brasil, Blairo Maggi, terá desdobramentos futuros e vai contribuir para a reativação do Mercosul. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, ressaltou a parceria com as entidades para que a mostra agropecuária - uma das maiores da América Latina - ocorra de forma harmônica. O subsecretário do Parque Assis Brasil, Sérgio Bandoca Foscarini, salientou a geração de 5 mil empregos temporários durante a exposição. Incremento nas máquinas

çada pela entidade. Atualmente, 66% dos equipamentos agrícolas fabricados no Brasil saem Rio Grande do Sul. Venda de animais

toda a semana. A venda das agroindústrias na Expointer alcançou R$ 2.033.801,66, valor 8% menor que na edição de 2015. “Como tivemos 30 expositores a menos neste ano, em virtude do espaço, considero o resultado semelhante”, afirma o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva. Segundo ele, a chuva insistente e a questão econômica nacional também influenciaram os negócios deste ano. Para 2017, Joel espera a ampliação do setor com a construção do segundo pavilhão da Agricultura Familiar. O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, considerou positiva a edição deste ano. “Foi uma boa Expointer, com bom volume arrecadado e uma excelente qualidade dos produtos oferecidos”, resumiu. “Além das vendas, ocorreram encontros e entendimentos para desburocratizar a produção das agroindústrias”, completou o vice-presidente da Fetag, Nestor Bonfanti. Na 33ª Expoargs - Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul, as vendas somaram R$ 942.522,80, com a saída de 22.755 peças. O espaço reuniu expositores cadastrados no Programa Gaúcho do Artesanato (PGA) da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS). As vendas deste ano praticamente se igualaram aos R$ 960 mil movimentados no ano passado.

A venda de animais foi de R$ 11,77 milhões nos nove dias de feira, ficando 24,97% abaixo da receita obtida em 2015, informou a Federação da Agricultura do RS (Farsul). “É um espetáculo de tecnologias de máquinas e de genética. Traduz tudo o que o Brasil não consegue fazer, e todos colocam seus esforços para haver superação”, definiu o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira. O maior volume de vendas de animais veio da raça Crioula, com R$ 8,79 milhões (74% do total). Em oito remates, foram comercializados 280 lotes entre animais inteiros, cotas, embriões e coberturas. O exemplar mais valorizado foi a égua Guria Bragada, no remate da Estância Vendramin, no dia 25 de agosto, vendida por R$ 350 mil. De acordo com o diretor administrativo da Federação, Francisco Schardong, o grande destaque neste ano foi a venda de exemplares rústicos. A Feira de Novilhas, promovida pela Farsul, comercializou R$ 990,5 mil. Segundo Schardong, a mostra sinaliza a alta genética que vai ser comercializada nos remates e feiras de Primavera – são 32 proA venda de máquinas teve incremento gramadas nesta temporada. de 12,95% em relação ao ano passado. As Agricultura familiar e artesanato propostas encaminhadas durante a feira soUm dos espaços mais concorridos na maram R$ 1, 90 bilhão ante o R$ 1,70 bilhão de 2015. Conforme o presidente do Simers, feira, o Pavilhão da Agricultura Familiar Texto: Eliane Iensen e Ernani Campelo Claudio Bier, o número superou a meta tra- esteve com seus corredores cheios durante Edição: Rui Felten/Secom

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ARTIGO

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PESQUISA

Terra Legal tem potencial para reduzir desmatamento O impacto do Programa Terra Legal na redução do desmatamento na região amazônica é tema de estudo realizado em parceria entre a Universidade de Chicago (EUA) e o Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM). Dados preliminares apontam que o desmatamento acumulado nas ocupações registradas em 2010 foi, em média, 2,05% menor do que em áreas similares registradas em 2014 Fonte: ASCOM - Assessoria de Comunicação

Conforme a pesquisa intitulada “Regularização Fundiária e Efeitos do Programa Terra Legal no Desmatamento”, de autoria de Leith McIndewar, com a supervisão de Tiago Reis, o aumento da governança sobre a terra tem um papel importante para controlar o desmatamento na região amazônica, juntamente com outras estratégias. De acordo com os pesquisadores, as ocupações cadastradas no programa entre 2010 e 2014 apresentaram redução no desmatamento após terem sido georreferenciadas. Além disso, ocupações há mais tempo no programa apresentaram, em média, um desmatamento acumulado menor do que ocupações que entraram mais recentemente. Reis ressalta que o estudo ainda é preliminar e indica que o aumento da governança na Amazônia, por meio da titulação de terras públicas não destinadas, tem um impacto ambiental positivo. “Em breve, poderemos afirmar com mais segurança o tamanho deste impacto e caracterizar as relações entre titulação de áreas ocupadas pela agricultura familiar e a conservação de ativos ambientais”, explica. Foram examinadas as mudanças antes e depois do registro dessas propriedades no Terra Legal até 2014. Considerou-se as taxas de desmatamento entre 2009-2014 46 | REVISTA 100% CAIPIRA

após contabilizar o desmatamento acu- grama Terra Legal tem como objetivo solucionar os problemas fundiários de mulado até 2009. propriedades com menos de 15 módulos fiscais nos nove estados que compõem a Metodologia região amazônica: Acre, Amapá, AmaA metodologia aplicada no estudo zonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, considerou que cada propriedade tem as Rondônia, Roraima e Tocantins. O Terra suas especificações, como tamanho, área Legal é coordenado pela Secretaria Extrade floresta e não floresta, área desmatada ordinária de Regularização Fundiária na ao longo de todos os anos e área com cor- Amazônia Legal (Serfal), órgão vinculapos d’água. Por causa dessas diferenças, do à Secretaria Especial da Agricultura Tiago Reis explica que foi desenvolvido Familiar e do Desenvolvimento Agrário um modelo estatístico que projeta como (Sead). seria o comportamento das ocupações Desde que foi criado, o programa já se elas fossem todas iguais (mesma área, emitiu 26,5 mil títulos urbanos e rurais na mesma quantidade de vegetação nativa, região amazônica, beneficiando 950 mil mesmo estado etc), mudando apenas a pessoas em seus sete anos de atividade. À frente da Serfal, Sorrival de Lima data de registro, que pode ser 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, e utilizando os dados ressalta que a regularização das terras do Projeto de Monitoramento do Desma- públicas não é algo fácil ou simples. “A tamento na Amazônia Legal por Satélite regularização tem de ser feita de modo (Prodes), do Instituto Nacional de Pes- que respeite as comunidades tradicionais, quisas Espaciais (INPE), como referência. que respeite as unidades de conservação, “É a forma que temos de avaliar qual é o de modo que não haja qualquer problema efeito de fato do programa Terra Legal na ou conflito na área. A ação tem que resulmudança do comportamento de desma- tar em paz no campo”, explica. tamento, e evitar que haja interferência O secretário acrescenta que, para rede todas as outras características”, diz o ceber o título da terra, o proprietário se compromete a preservar o meio ambienpesquisador. te, a não desmatar e a cuidar das águas. Terra Legal No processo pós-titulação, o governo torna-se responsável por fiscalizar essas Instituído em junho de 2009, o Pro- terras.


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Geléia de Pimenta INGREDIENTES

3 Pimentas Dedo de Moça 1 Copo de Suco de Laranja 1 Xícara de Açúcar 1 Maçã Grande Ralada sem casca e sem sementes 1 Dente de alho Inteiro sem casca 5 Grãos de pimenta do reino Sal a gosto

PREPARO Corte as pimentas dedo de moça ao meio remova as semente, pique em pequenos pedaços e reserve. Em uma panela adicione o de Suco de Laranja, 1 xícara de chá de açúcar, as pimentas dedo de moça picada, os grãos de pimenta do reino inteiros, 1 maçã grande ralada s/ casca, o alho inteiro e sal a gosto misture bem até diluir o açúcar, pare de misturar e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 25 minutos ou até ficar em ponto de geléia. REVISTA 100% CAIPIRA | 49


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